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Almada vai ter marina Hora de fugir do bairro ‘Jamaica www.smjornal.publ.pt semanário - edição n.º 656 5.ª série - 0,50 € região de setúbal Sábado | 19.Mar.2011 Distribuído com o Impressão Digital Raquel Pinho dos ‘Ídolos não precisa de palco 12 ABERTURA Grande parte das famílias que residem há cerca de quinze anos no popularmente conheci- do como o bairro da Jamai- ca, concelho do Seixal, que- rem fugir daquele território a ‘sete pés’. Os moradores vivem em condições mise- ráveis e há anos que aguar- dam os tão prometidos re- alojamentos. Agora dizem- -se decididos a criar uma associação para «pressio- nar» a autarquia a resol- ver de vez o problema. Para além de viverem em pré- dios inacabados e muito degradados, os residentes confrontam-se quotidiana- mente com ondas de crimi- nalidade. Esta semana fo- ram detidos na zona mais onze suspeitos de envolvi- mento em tráfico de droga e homicídio. Pub. Pub. Director: Raul Tavares VENDA INTERDITA +REGIÃO O projecto foi apresentado esta semana pela Arco Ribeirinho Sul aos investidores. PÁG. 9 PÁG. 2 PÁG. 8 Pub. Caderno Nesta edição pode ler o melhor de “O Sul” Centrais 100 mil processos de dívida ‘entopem’ tribunais do distrito McLane com força logística +NEGÓCIOS Entrevista com o lí- der da empresa que conta com armazéns em Cabanas. PÁG. 20 Peritos visitam Arrábida ACTUAL O perito da UNESCO veio testemunhar a ri- queza arrabina. PÁG. 8 Governo Civil vai combater violência no futebol distrital PÁG. 6 Temos o melhor aquifero Ibérico VEND DA INT gital l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l o +Região Cidade de Setúbal vai estrear videovigilância 18 PÁGS. 4 e 5

SM_19_03_2011

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Edição Jornal Semmais 19-3-2011

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Almada vai ter marina

Hora de fugir do bairro ‘Jamaica

www.smjornal.publ.ptsemanário - edição n.º 656 • 5.ª série - 0,50 € • região de setúbalSábado | 19.Mar.2011

Distribuído com o

Impressão Digital Raquel Pinhodos ‘Ídolos não precisa de palco

12

ABERTURA Grande parte das famílias que residem há cerca de quinze anos no popularmente conheci-do como o bairro da Jamai-ca, concelho do Seixal, que-rem fugir daquele território a ‘sete pés’. Os moradores vivem em condições mise-

ráveis e há anos que aguar-dam os tão prometidos re-alojamentos. Agora dizem--se decididos a criar uma associação para «pressio-nar» a autarquia a resol-ver de vez o problema. Para além de viverem em pré-dios inacabados e muito

degradados, os residentes confrontam-se quotidiana-mente com ondas de crimi-nalidade. Esta semana fo-ram detidos na zona mais onze suspeitos de envolvi-mento em tráfi co de droga e homicídio.

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Director: Raul Tavares

VENDA INTERDITA

+REGIÃO O projecto foi apresentado esta semana pela Arco Ribeirinho Sul aos investidores.

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CadernoNesta ediçãopode ler omelhor de “O Sul”

Centrais

100 milprocessosde dívida ‘entopem’ tribunais do distrito

McLane com forçalogística+NEGÓCIOS Entrevista com o lí -der da empresa que conta com armazéns em Ca banas.

PÁG. 20

Peritos visitamArrábidaACTUAL O perito da UNESCO veio testemunhar a ri -queza arrabina.

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Governo Civil vaicombaterviolênciano futeboldistrital

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Temos o melhor aquifero Ibérico

VENDDA INT

gitalllllllllllllllllllllllll

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+RegiãoCidade de Setúbal vai estrear videovigilância

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Almada vai ter marina

Hora de fugir do bairro ‘Jamaica

www.smjornal.publ.ptsemanário - edição n.º 656 • 5.ª série - 0,50 € • região de setúbalSábado | 19.Mar.2011

Distribuído com o

Impressão Digital Raquel Pinhodos ‘Ídolos não precisa de palco

12

ABERTURA Grande parte das famílias que residem há cerca de quinze anos no popularmente conheci-do como o bairro da Jamai-ca, concelho do Seixal, que-rem fugir daquele território a ‘sete pés’. Os moradores vivem em condições mise-

ráveis e há anos que aguar-dam os tão prometidos re-alojamentos. Agora dizem--se decididos a criar uma associação para «pressio-nar» a autarquia a resol-ver de vez o problema. Para além de viverem em pré-dios inacabados e muito

degradados, os residentes confrontam-se quotidiana-mente com ondas de crimi-nalidade. Esta semana fo-ram detidos na zona mais onze suspeitos de envolvi-mento em tráfi co de droga e homicídio.

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+REGIÃO O projecto foi apresentado esta semana pela Arco Ribeirinho Sul aos investidores.

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Centrais

100 milprocessosde dívida ‘entopem’ tribunais do distrito

McLane com forçalogística+NEGÓCIOS Entrevista com o lí -der da empresa que conta com armazéns em Ca banas.

PÁG. 20

Peritos visitamArrábidaACTUAL O perito da UNESCO veio testemunhar a ri -queza arrabina.

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Governo Civil vaicombaterviolênciano futeboldistrital

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Temos o melhor aquifero Ibérico

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Abertura

Na semana em que as forças policiais voltaram a irromper pelo bairro

da Jamaica (Seixal), onde deti-veram 11 suspeitos de envol-vimento em tráfi co de droga e tentativas de homicídio, os moradores afi rmaram-se «cansados» de viver em permanente sobressalto. Durante uma visita ao bairro que juntou autarcas e técnicos da câmara, um grupo de resi-dentes dos prédios inacabados garantiu que vai constituir uma associação, por conta e risco, para tentar ganhar capacidade negocial junto do município.

«Queremos viver com

dignidade. Já chega de adiarem o nosso futuro», reclama Teodósio Veloso, que, juntamente com Álvaro Sacramento, surge à cabeça do grupo de moradores que tenciona, em breve, criar uma associação. O objec-tivo da nova estrutura é reunir condições para ser a porta-voz de um dos bairros mais problemáticos da região, onde as torres continuam em tijolo, após terem sido ocupadas no início da década de 90, na sequência da falência da empresa construtora, que abandonou a obra.

«Quando houver opor-tunidade de adquirirmos

uma casa, é claro que a popu-lação vai ter de fazer esse esforço, porque as pessoas

estão cansadas de viver no meio do lixo», alerta Teodósio Veloso. O morador chama a atenção para o risco de colapso de alguns edifí-cios, numa altura em que as fundações estão desgastadas, enquanto os esgotos são escoados para as respectivas caves, embora uma percen-tagem chegue à via pública.

«Não queremos fi car agarrados aqui»

«A criminalidade dá muito mau nome ao bairro, mas não é isso que nos preo-cupa mais», nota Álvaro Sacramento, que, ao fi m de 15 anos a viver na Jamaica, continua a acreditar que um dia vai sair com a família para um local mais acolher. «Aqui todos querem ir para um sítio melhor, isto não é bairro para fi carmos cá agar-rados», diz ao SemMais, admitindo que «talvez pres-sionando a câmara, de forma mais organizada, seja possível conseguir essa vitória», adianta, lamentando

ainda «as falsas expectativas que têm sido criadas às pessoas por parte da câmara. Cá continuamos à espera.»

Na resposta, a autarquia do Seixal relembra que desde

1993 que tenta arranjar solução para Vale de Chícharos (vulgo Jamaica), anunciando a vereadora Corália Loureiro que a edili-dade tenciona demolir e limpar o bairro até fi nal de 2013. Contudo, falta encon-trar uma solução para realojar as cerca 800 pessoas que aqui vivem. Como nenhuma família se enquadra no Programa Espe-cial de Realojamento, explica a autarca, «estamos a ver se no âmbito do Pró-habita haverá alguma possibilidade. Mas também se trata de um programa que implica bastante investimento.»

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Após aumento da criminalidade moradores criam associação para abandonar bairro

É hora de fugir do ‘Jamaica’Os moradores do Bairro da Jamaica, no Seixal, estão cansados de viver no sufoco. A prisão de mais onze suspeitos de tráfico de droga na zona encheu o balão. Agora querem forçar a saída daquele território.

Samuel Cruz, vereador do PS - partido que promoveu esta visita – lamentou a falta de condições de salubridade em que as pessoas vivem, sublinhando que do ponto de vista urbanístico se «constatou que, apesar das sucessivas promessas da CDU nada de relevante se fez ou se perspectiva fazer a curto e médio prazo para a reso-lução deste problema.» O autarca recordou os sucessivos adiamentos de uma solução,

chamando ainda atenção para o Plano de Pormenor para a área, aprovado em 2009. «A maioria comunista afi rmou que seria desta que o problema seria resolvido, com o realojamento desta população noutro local», criticando o facto de também desde essa altura não ter havido qualquer evolução, exigindo que «de uma vez por todas, o PCP assuma as responsabilidades que tem neste problema.»

Vereadores socialistas condenam atrasos no realojamento

“Talvez

pressionando

a Câmara

de forma

organizada

seja possível

conseguir esta

vitória”

As famílias que habitam o Bairro vivem em condições miserá-

veis. Teodósio Veloso e Álvaro Sacramento estão ali há 15 anos

Foto

s: R

B

:::::::::::: Roberto Dores ::::::::::::

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Um dos grandes dramas do futuro próximo será a fi leira da água, aquele bem essencial que, ao contrário do que muitos pensam, não é inesgotável.

A região de Setúbal conta com um dos mais ricos aquíferos da península ibérica e isso é uma riqueza inestimável.

Esta espécie de ‘petróleo’ do futuro tem que ser evidentemente bem tratado e, mais ainda, estudado de forma a proceder à sua equilibrada captação e uso. Apesar da preocupação e da sistematização operada nos últimos anos, esses estudos precisam de ser actualizados do ponto de vista técnico e científi co.

Há decisões políticas a tomar, e algumas ideias têm vindo a ser desenvolvidas, nomeadamente entre o universo autárquico, mas esses contornos técnicos são fundamentais para aferir as verdadeiras dimensões da actuação futura, mais sistematizada e mais consentânea com as necessidades.

A montante, ao nível dos hábitos e das boas práticas, é uma questão de cultura e de mentalidade. Precisamos, todos, de compreender que não é mais possível agir sob a batuta do desperdício.

É um crime de lesa futuro. Por isso é preciso lembrar a importância estratégica de água.

A importância estratégica da água N

estes tempos de contenção de custos, obrigados pela crise

que nos assola, é sempre bem vinda a poupança praticada por aqueles que gerem o dinheiro dos nossos impostos. Estão neste caso, também, as Câmaras muni-cipais. Sendo certo que são dos órgãos da nossa demo-cracia dos mais perdulá-rios (cartões de crédito para os eleitos utilizados sem controlo, telemóveis e plafons de 75 euros e mais mensais distribuídos aos funcionários sem critério, gastos inexplicáveis nos vários tipos de comunicação social, custos escandalosos com os seus próprios bole-tins – a Câmara do Seixal gasta cerca de 4,5 milhões de euros por mandato com o seu boletim quinzenal), esperamos sempre da parte dos nossos eleitos um rasgo de discernimento que nos leve a pensar que, fi nal-mente, entraram no bom caminho da gestão rigo-rosa dos dinheiros públicos. Infelizmente, a Câmara do Seixal anda arredia dessa boa e necessária prática. Refe-rimo-nos ao novo organo-grama dos serviços votado em sessão de Câmara e já aprovado na última Assem-bleia Municipal. Assim, dum organograma aprovado há cerca de 10 anos, ainda em vigor e que abarca 6 departamentos e cerca de 24 divisões, a CMSeixal fez aprovar e vai implementar em breve uma nova grelha que contempla 2 direcções municipais (o correspondente a director-geral na adminis-tração central), nas quais se penduram 7 departamentos e 4 gabinetes numa delas e 7 departamentos e 1 gabinete noutra. Apenas o gabinete jurídico fi cará autónomo. Como é evidente, e o novo

organograma não mostra, o número de divisões aumen-tará inevitavelmente, para sustentar o aumento (supe-rior a 100%) do número de departamentos. Isto, numa altura em que não se perspectivam quaisquer transferências de competências do governo central para as autarquias e a principal atribuição destas (administração do seu território) sofre uma profunda travagem devido à malfadada crise (mas também aos excessos permitidos antes), não se prevendo qualquer retoma nos próximos anos. Para além da constatação de que o cargo de director municipal existe apenas em Câmaras como Lisboa ou Porto (e uma ou outra mais mal dirigida), ressalta a ligeireza com que se criam cargos sem qualquer corres-pondência de responsabili-dade com os equivalentes (em vencimento) directores-gerais, e estamos a lembrar-nos, por exemplo, do director-geral das contribuições e impostos. Por outras palavras, quando na administração central o governo funde direcções-gerais para poupar nos custos, na CMSeixal faz-se o contrário. Outra peculiaridade deste novo organograma (e caso de estudo futuro para os especialistas em gestão organizacional) é o facto da pirâmide ter sido inver-tida de tal modo que cada um dos dois directores vai responder perante dois ou três vereadores, já que para dois directores existem 5 vereadores a tempo inteiro – supondo que o presidente fi ca apenas com o gabi-nete jurídico. Irracional? Não, apenas mais uma forma de gastar sem nexo o dinheiro dos contribuintes.

Cuidado com

o dinheiro dos

contribuintesAntónio

MarquêsEditorial // Raul Tavares

Uma das vantagens de poder escrever em plena segunda década do

Sec. XXI é precisamente poder escrever assim como vos vou escrever. Acordos ortográ-fi cos à parte, desconfi o k a nova geração esteja precisa-mente a dizer k fi nalmente há um articulista de um jornal a escrever correctamente, tal-qualmente estivessem a receber uma sms.Não sei se a geração é rasca, sucessora da rasca, está “à rasca”, mas sei k vivemos num País singular, onde um movimento espontâneo criou uma manifestação contra a classe política, mas essa mesma classe política participou na própria reunião k suposta-mente era contra si…lolEu nunca me assumi como político, embora exerça cargos públicos e políticos há mtos anos e tenho a noção que pouco importa de como eu me assuma, desde k as pessoas me vejam como político.E nunca gostei de ser cata-logado como político pk embora veja mtos políticos k orgulhem a classe politica, mtos outros actuam como se de verdadeiros déspotas e autistas se tratassem.Enquanto eleito local, tudo faço para justifi car a confi ança de kem em mim depositou e desdobro-me em actividds e em trabalho em prol da comu-nidade. Pouco ou mto, pelo menos tento e esforço-me para justifi car o cargo k ocupoFoi isso mm k fiz esta semana numa reunião pedida à admi-nistração das Estradas de Portugal, pelo Deputado eleito pelo PSD no Círculo de Setúbal, Luís Rodrigues e que se fez acompanhar por um Vereador eleito pelo PSD no concelho de Almada e Presidente dessa conce-lhia partidária, Nuno Matias, pela Presidente da conce-lhia do PSD Seixal e líder

da bancada municipal do PSD no concelho, Catarina Tavares e por mim próprio enquanto vereador eleito por esse partido.O mote era discutirmos o IC-32, expropriações, incongruên-cias do tratado, negociações com particulares, contratos de subconcessão, impacto ambiental, cobrança de porta-gens, mas quando uma das admi-nistradoras que nos recebeu afi rmou k no k reportava aos postes de alta tensão apresen-taram (a subconcessionária) à Sra. Presidente da Câmara Municipal de Almada uma proposta de solução imediata do enterramento na via no percurso de 3 kms, apro-veitando as obras, tudo sem custos para o estado ou para a Câmara e k tal proposta foi recusada pela Sra. Presidente, isso leva-me a concluir k esta situação exemplifi ca preci-samente a geração “à rasca” tentou chamar a atenção k mais não é do k dizer k esta geração de políticos, no poder há mtos anos precisa de gente jovem, com ideias arejadas, com respeito pelo cidadão, pelo cumprimento e rigor orça-mental, pela objectividd e sobre-tudo por colocar o interesse público acima de qq interesse ou capricho pessoal.Compreende-se k podendo fazer uma obra a custo zero e sem mais problemas para

a população se opte por a fazer mais tarde, com custos e incómodos para essa mesma população (os postes a serem enterrados mais tarde, o piso terá de ser novamente reaberto com os naturais incómodos).Por estas e por outras e k já há kem diga k esta geração terá de fi car mto mais tempo “à rasca” pk com gestores municipais e nacionais assim só lhes resta aproveitar e substituir alguns alimentos k sofreram aumentos do IVA e k os seus ordenados inexis-tentes não permitem aceder e dedicarem-se ao golfe onde extraordinariamente o IVA vai ser reduzido para 6%.Nota: este texto é uma homenagem à geração “à rasca” e por isso vai escrito à maneira rasca…

Advogado*

Ora Bolas, ó Rasca!

Paulo Edson Cunha*

«Por estas e por

outras e k já há

kem diga k esta

geração terá que

ficar mto mais

tempo “à rasca”

pk com gestores

municipais e

nacionais assim só

lhes resta substituir

alimentos que

sofreram aumento

do IVA

fi cha técnica

Director: Raul Tavares; Editor-Chefe: Joaquim Guerra; Redacção: Anabela Ventura, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores, Fotografi a: Joaquim Torres; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação), Lídia Faísca. Cartoonista: Ricardo Campos e José Sarmento. Projecto Gráfi co: Edgar Melitão/”� e Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfi co: Marisa Batista e Rita Martins. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Webmaster iMais: Susete Amaral. Web Manager/SEO: José Luís Andrade. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. Email: [email protected]; [email protected]. Administração e Comercial: Tel.: 265 538 810; Fax.: 265 538 813. Impressão: Empresa Gráfi ca Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Espaço Europa

A Comissão Europeia publicou em 26 de Fevereiro último o convite anual à apresentação de propostas para fi nan-ciamentos no âmbito do programa LIFE+, o instrumento fi nanceiro da União Euro-peia para o ambiente, dotado de um orça-mento total de 2 143 milhões de euros para o período 2007-2013. Para o ano 2011 estão disponíveis para co fi nancia-

mento 267 milhões de euros. O prazo de apresentação de propostas termina a 18 de Julho de 2011. Os projectos fi nan-ciados pelo programa LIFE+ devem ser de interesse comunitário e contribuir signifi cativamente para alcançar o objec-tivo geral do programa. Devem ainda ser técnica e fi nanceiramente coerentes e viáveis e ser rentáveis.

LIFE+ 2011: 267 milhões de euros para projectos ambientais

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Dia da Água

Pub.

Aágua que abastece a região de Setúbal, originária do subsistema aquífero Tejo-

Sado Margem Esquerda/Península de Setúbal, garante uma enorme disponibilidade de reservas, bem como um «elevadíssimo» grau de qualidade.

A grande procura de água para abastecimentos urbanos, indus-triais e agrícolas e a possibilidade

de, num futuro próximo, esta procura vir a aumentar por via dos investimentos previstos para a região, não assusta os especia-listas que garantem ser este subsistema parte integrante do melhor e mais produtivo aquí-fero da Península Ibérica e um dos melhores da Europa. Por isso, garantem, há condições para asse-gurar as necessidades decorrentes

do crescimento regional. Trata-se de um bem precioso

para o desenvolvimento susten-tado da península de Setúbal, e que tem vindo a ser «gerido de forma excelente» pelas autar-quias, revela o secretário-geral da Associação Intermunicipal da Água (AIA), Nuno Vitorino.

E é por se tratar de um bem fundamental para o desenvol-

vimento da sociedade que está em falta a realização de um estudo científi co aprofundado sobre as capacidades deste subsistema, responsável por boa parte da água subterrânea dispo-nível no aquífero da Bacia do Tejo. «É fundamental que se conheça, aprofundadamente, este subsistema» de modo a gerir os recursos de forma ainda mais

assertiva, sustenta. Pela parte das autarquias,

representadas através da AIA, para as questões da água, está na forja um estudo que pretende propor aos municípios «um sistema intermunicipal de abas-tecimento em alta».

Com o caderno de encargos terminado, a elaboração do estudo vai agora a concurso, prevendo-

Península de Setúbal ‘segura’ reservas de qua

Pelo facto de em Almada existir água de excelência, os Serviços Municipais de Água e Saneamento lançaram recentemente a campanha “Beba Água da Torneira”. Com análises regulares, a água que é bebida em Almada é captada em aquíferos do concelho do Seixal. A médio prazo está prevista a cons-trução de novos furos na zona da Ponta dos Corvos.

Em Almada existem 32 furos de captação, onze estações elevatórias, 25 reservatórios e uma rede de cerca de mil quilómetros de condutas, sem falar nas quatro estações de tratamento de águas residuais. A cobertura do

território é de cem por cento para uma população de 160 mil pessoas.

Em termos de investimento, a aposta, no futuro, recai na reno-vação das redes mais antigas, sendo que na freguesia do Laranjeiro já foi investido mais de um milhão e meio de euros, bem como em Vala Cavala, na Charneca de Caparica, e na freguesia da Sobreda.

Os furos de captações estão loca-lizados essencialmente em três zonas do concelho do Seixal, nomeada-mente Quinta da Bomba (Miratejo), Corroios e Vale Milhaços, o que representam 93 por cento do total da água consumida.

SMAS de Almada em força

A Águas de Santo André (AdSA), concessionária do sistema de abas-tecimento de água, de saneamento e de resíduos sólidos de Santo André, serve os municípios de Santiago do Cacém e Sines, num total de 27 356 habitantes, no que concerne ao abas-tecimento de água, e outros 23 157 em termos de saneamento de águas residuais, segundo os dados de 2009.

A AdSA tem em curso a obra de reforço do abastecimento de água industrial à ZILS e a execução de uma nova adutora para o aumento de abas-tecimento de água potável à ZILS

(ligação à rede da AICEP- GLOBAL PARQUES). Ainda inserida nesta área de negócio, a AdSA está a reunir condi-ções para receber e tratar os efl uentes urbanos de Santiago do Cacém bem como abastecer todo o município de Santiago do Cacém. Outra obra que trará uma grande melhoria no bem estar da população servida pela AdSA é a de renovação das condutas de abastecimento de água e ramais prediais no âmbito da Requalifi cação Urbana do Bairro da Petrogal e da Várzea na cidade de Vila Nova de Santo André.

Águas de Santo Andréreforça abastecimento

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Pub.

lidade do melhor aquífero ibéricose que este projecto a médio prazo potencie a já boa gestão da água como bem público essencial.

Dados globais mostram‘saúde’ das águas subterrânas

Este aquífero tem sido alvo de vários estudos, revela o secre-tário-geral da AIA, «embora com abordagens geográfi cas e concep-

tuais, do ponto de vista da mode-lação, diferentes».

Os casos melhor conhecidos dessas abordagens são o estudo do Programa da Nações Unidas para o Desenvolvimento PNUD (1980), o estudo da Hidrotéc-nica Portuguesa (HP) para a EPAL (1994) e o estudo Gestágua também para a EPAL (1996). Destes só o estudo EPAL/HP

se refere a um espaço geográ-fico muito semelhante ao abor-dado no presente trabalho, os restantes dois enquadram o espaço geográfico global de “implantação” do Aquífero Tejo-Sado (8200 Km2 na conside-ração do estudo do PNUD, face aos cerca de 1560 Km2 relativos aos 9 municípios da região - subsistema aquífero Tejo-Sado

Margem Esquerda/Península de Setúbal).

Os dados globais apresen-tados por cada um dos trabalhos, para as respectivas áreas estu-dadas, indicam, no PNUD, 53,2 m3 de água por segundo; pela Gestágua de 29,55 m3/s; e pela Hidrotécnica Portuguesa de 12,93 m3/s.

Diz ainda o especialista que

a extrapolação destes estudos para a região «permitem esperar que as disponibilidades no terri-tório da península (com origem na recarga e na circulação subter-rânea) poderão situar-se entre os 14 e os 9 m3/s».

Em 2008, os nove sistemas municipais extraíram 2,18 m3 de água por segundo, o que corres-ponde a 69.556.955 m3/ano.

A Águas do Sado é a empresa concessionária dos sistemas de abas-tecimento de água e de saneamento do concelho de Setúbal. A sua acti-vidade iniciou-se em Novembro de 1997. Neste momento, como grande obra, a empresa destaca a intervenção de desvio das duas maiores condutas de abastecimento de água devido ao novo troço da A2, com ligação directa ao porto de Setúbal.

O sistema de abastecimento é constituído por 6 origens principais, 4 em Setúbal e 2 em Azeitão, num total de 18 furos, e integra ainda 8 estações elevatórias de água potável, 16 reservatórios, com uma capaci-

dade de armazenamento total de 25 854 metros cúbicos e 661 quilóme-tros de condutas. A rede de abaste-cimento assegura uma taxa de aten-dimento na ordem dos 99 por cento, servindo uma população de 120 mil habitantes.

Em 31 de Dezembro de 2010, a carteira de clientes registava mais de 64 mil contratos, com uma clara predominância do segmento doméstico.

Toda a água destinada a abaste-cimento público do concelho é de origem subterrânea, sendo captada entre os 80/300 metros de profun-didade.

Águas do Sado serve 120 mil A Simarsul - Sistema Integrado

Multimunicipal de Águas Residuais da Península de Setúbal detém a concessão, em regime de exclusi-vidade, da actividade de recolha, tratamento e rejeição de águas resi-duais em oito dos municípios que fazem parte da Península, nomea-damente Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal.

Consubstanciando um serviço público e tendo por objectivo contri-buir para preservar e melhorar a qualidade do ambiente e dos recursos hídricos, visando a melhoria da qualidade de vida das

populações numa região de grande valor ambiental, a Simarsul, empresa do Grupo Águas de Portugal, repre-senta uma parceria que beneficia das sinergias da experiência e gestão local dos municípios e da capaci-dade do maior grupo português no sector do ambiente.

A gestão do sistema abrange 1 450 quilómetros quadrados, sendo responsabilidade da Simarsul asse-gurar o seu bom funcionamento e realizar um significativo investi-mento na reabilitação e construção de novas infra-estruturas de drenagem e tratamento de águas residuais.

Simarsul olha pelo ambiente

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Actual

Governador civil garante cooperação contra violência no futebol distritalO Governador Civil de Setúbal,

Manuel Malheiros, vai encetar contactos com a

GNR e PSP no sentido de prevenir e evitar agressões ou tentativas de agressão contra os árbitros do futebol distrital.

Esta foi uma das garantias deixadas pelo governador civil, esta quarta-feira, durante uma reunião com o presidente da direcção da Associação de Futebol de Setúbal (AFS), Sousa Marques, acompanhado pelo líder do Conselho de Arbitragem distrital, João Nortadas, e o pelo repre-sentante dos seis núcleos de árbi-tros do distrito, António Sérgio, que visou ajustar caminhos que contribuam para a erradicação da violência do futebol.

Manuel Malheiros compre-ende as preocupações dos árbi-tros e prometeu «analisar os inci-dentes ocorridos» e «contactar as forças policiais» de forma a serem encontradas as melhores soluções para travar estes «crimes públicos».

O governador garante que vai «colaborar e acompanhar com o máximo de importância» o assunto, porque «a violência no desporto tem de ser combatida».

Ao Semmais Sousa Marques, que classifi cou o encontro de «muito positivo», disse que na reunião foram «partilhadas preo-cupações que têm merecido a atenção da AFS, no sentido de promover uma concertação entre o ministério público e as forças

policiais que contribuam, de forma mais efi caz, para erradicar casos de violência no futebol», e que nos últimos tempos têm visado, especialmente, a segu-rança dos árbitros.

O dirigente associativo, a quem coube a iniciativa do encontro, sentiu grande dispo-nibilidade do governador em dar o seu contributo neste processo, e garante «total colaboração da AFS na efectivação de soluções que combatam todos e quaisquer episódios condenáveis».

Por seu turno, António Sérgio elogiou a iniciativa da AFS e quali-fi cou de «excelente e frutífera» a intervenção do governador civil, que prometeu desencadear todos os esforços para que os processos

de violência sejam mais adequados, no sentido dos agres-sores serem devidamente punidos.

António Sérgio admitiu ain da que foram discutidas sugestões que possam levar a uma cooperação mais deta-lhada na preparação dos jogos entre todas as partes.

‘Greve’ dos árbitrossem grande eco

A anunciada indisponibili-dade de uma quantidade signi-ficativa de árbitros filiados na AFS em comparecer nos cerca de 200 jogos do passado fim-de-semana não resultou em números avassaladores.

Ao que o Semmais apurou, a

iniciativa promovida pelos seis núcleos de árbitros, em forma de protesto contra alguns casos de violência registados, não teve qualquer expressão nos jogos de futsal, e no futebol a adesão fi cou-se pelos 50 por cento (75 jogos), sendo que a I distrital não registou qualquer ausência.

Entretanto, Carlos Alves, presidente da direcção do núcleo de árbitros do Barreiro, e que foi que porta-voz da acção de protesto em nome dos núcleos, apresentou a sua demissão da liderança dos árbitros barrei-renses na passada sexta-feira, dia 11, alegando «motivos pessoais e profi ssionais».

Joaquim Guerra

TST na Meia Maratona A TRANSPORTES Sul do

Tejo (TST) associa-se, este ano, à Meia Maratona de Lisboa oferecendo o trans-porte gratuito aos partici-pantes, este domingo.

Em comunicado, a em - presa afi rma que a inicia-tiva se estende a toda a rede da TST, bastando, para isso, que os atletas se apresentem com o dorsal de participação na prova colocado no seu equipamento.

Ainda devido à realização

da 21ª Meia Maratona de Lisboa, nesse mesmo dia a Ponte 25 de Abril estará encerrada entre as 9h00 e as 12h00. Por essa razão, serão suspensas todas as carreiras previstas para esse período na Ponte 25 de Abril.

Linha do Sado ganha mais 11% de passageiros

EM 2010, a CP registou um aumento da procura na ordem dos 11 por cento, na Linha do Sado, represen-tando, em termos absolutos, mais de 338 mil passageiros transportados, em compa-ração com o ano de 2009.

Para a administração da CP, «a melhoria substancial» dos padrões de qualidade do transporte no percurso Barreiro-Praias do Sado

«permitiu captar novos clientes, tanto nas de deslocações regu-lares – casa/trabalho/escola - , como viagens de lazer».

Recorde-se a linha sofreu uma alteração na dinâmica do serviço, com a substituição do material circulante diesel por eléctrico, modernização das estações e reforço da oferta de comboios, garantindo uma frequência de 30 em 30 minutos nos dias úteis.

Escritor Manuel da Fonseca ‘vira’ selo

ALVES Redol, fundador do neo-realismo português, e Manuel da Fonseca, o escritor de Santiago do Cacém que retratou o Alen-tejo na primeira metade do século XX, são lembrados pelos CTT – Correios de Portugal na emissão fi laté-lica “Vultos da História e da Cultura”, lançada esta semana.

Com o valor de 0,47

euros, o selo que retrata Manuel da Fonseca baseia-se numa fotografi a e num manuscrito do escritor, pertencentes ao Museu do Neo-Realismo, em Vila Franca de Xira, com design de Sofi a Martins.

Nascido em 1911, Manuel da Fonseca, natural de Santiago do Cacém, que faleceu em 1993, distinguiu-se pelo retrato do Alentejo.

‘Encontro’ Stand Barata dá a conhecer novos produtos O STAND Barata, do

Grupo Auto Sueco, promoveu, no passado dia 11, nas suas instalações do Parque Industrial do Seixal, o 1.º Encontro Aftermarket, onde foram apresentados alguns dos produtos comer-cializados pela empresa e lançadas campanhas promo-cionais sobre baterias, óleos, fi ltros e líquidos refrigerantes.

No evento estiveram em evidência expositores de cerca de 20 fornecedores, nomeadamente das marcas Valeo, Gates, Klarius, Federal Mogul, entre outras.

A niciativa serviu para o lançamento de novas gamas e marcas que passam a trabalhar com o stand Barata, como é o caso da Purfl ux e Varta, entre outras. Na ocasião foi ainda efec-tuada uma demonstração do novo portal de compras do stand Barata.

Nuno Reis, director-exe- cutivo da empresa, realça que a intenção da iniciativa teve como fi nalidade «reunir clientes e fornecedores», que assim tiveram oportu-nidade de «trocar experi-ências» sobre os vários pro -dutos de qualidade da em -

presa. Quanto ao futuro, Nuno Reis afi rma que o mercado «continua a evoluir de forma signifi cativa e é nossa meta continuar a acompanhar essa evolução do mercado e inovar na forma como nos relacionamos com o cliente», remata.

Nuno Reis, director-executivo do Stand Barata, 33 anos, orgulha-se da activi-dade e da consolidação no mercado da empresa que dá emprego a 104 pessoas, através das dez lojas criadas, a maioria na zona Sul do Tejo.

SMJ - Como está de saúde o Stand Barata?

Nuno Reis - Graças a Deus, goza de boa saúde. O negócio da empresa está sólido. Somos uma empresa consoli-dada no mercado.

SMJ - Quantos empregos criou a empresa

e há quantos está em actividade?

NR - Damos trabalho a 104 pessoas e estamos em actividade há 33 anos, com lojas em Lisboa, Barreiro, Cruz de Pau, Almada, Seixal, Santiago do Cacém, Évora, Faro e Portimão.

SMJ - Qual a principal actividade do Stand

Barata e com quantas marcas trabalham?

NR - Dedicamo-nos ao negócio de reta-lhista de peças para automóveis e traba-lhamos com 60 marcas.

SMJ - A carteira de clientes da fi rma tem

vindo a crescer?

NR - Sim, está a crescer. Além disso, abrimos uma nova loja em Lisboa, em Novembro, do ano transacto. A empresa está consolidada a Sul do Rio Tejo e esta nova loja representa um passo impor-tante na zona norte do Tejo.

Flash / “A empresa está consolidada e tem vindo a crescer no mercado da a Sul do Tejo”

Os clientes conviveram e conheceram novas apostas

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A CRISE está a provocar o aumento de processos judi-ciais para cobrança de dívidas nos tribunais do distrito de Setúbal e tende a aumentar já nos próximos meses, segundo garantem os próprios juízes. Neste momento as comarcas da região já totalizam mais cem

mil execuções, mas apenas os «grandes credores» vão conseguir reaver o dinheiro com «relativa facilidade», segundo avançou ao SemMais o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha do Nascimento.

À margem da cerimónia da abertura do ano judi-cial, Noronha do Nasci-mento alertou que perante o «enxerto de processos de dívidas entregues aos tribunais», dificilmente o cidadão comum terá uma resposta num prazo razo-ável, sendo que a média para a resolução destes

casos nunca é inferior a cinco anos. Mas deverá agudizar-se já em 2011 face ao alastrar da crise econó-mica que está a originar um aumento de incumpri-mentos em todos os conce-lhos da região.

Lixo processualdesde os anos 80

«Os tribunais foram inva-didos desde os anos 80 com este lixo processual e hoje a situação é muito compli-cado, sobretudo nos tribu-nais do Litoral, onde há mais gente», explicou Noronha do Nascimento, reiterando que «só os grandes credores é que conseguem cobrar dívidas com relativa facili-dade, porque têm os seus próprios agentes de execução que trabalham especifi camente para eles.»

Perante este cenário e perspectiva de agravamento nos próximos meses, a

Câmara dos Solicitadores já apelou ao Governo para que viabilize a criação de medidas especiais que permitam desbloquear processos que estão parados há vários anos.

Relembra José Carlos Resende, presidente daquela estrutura, que qualquer cobrança pela via judicial, através da cha mada acção executiva, pode levar até

cinco anos. Para que melhor se perceba a mo -rosidade que está em causa, uma penhora de um depósito bancário «demora, em média, mais de um ano», diz o mesmo dirigente.

De resto, é justamente nesse sentido a que aponta a

criação, por parte do Governo, de um Juízo de Execução Liquidatário, que vai abrir portas apenas em Lisboa. É, ainda assim, encarado pela magistratura como um «primeiro sinal» destinado a obviar processos de execução mais antigos (dívidas e indem-nizações cíveis), que estejam há vários anos parados nas gavetas dos tribunais, sem possibilidade de cobrança.

Tribunais da região entupidos com maisde cem mil dívidas

A não o bri ga to riedade da inter venção do juíz na penhora de um bem tem mo tivado situações em baraçosas. Há ci -dadãos que, não sendo titulares de dívidas, têm visto as suas contas bancárias ou outros bens arrestados, por confusão da identidade.

Segundo o próprio Ministério da Jus -tiça, o fe nómeno do au mento diário do nú -mero de dí vidas que chegam aos tribunais já ul trapassou em lar -ga escala – em quan-tidade e gravidade – a antiga modalidade dos «cheques ca recas».

Muitos são os casos onde não é possível cobrar nada, mas em que os credores insistem em manter os pro cessos abertos, na expectativa de que o devedor vai a ar ranjar um emprego. Estas não são acções paradas, mas antes créditos incobráveis.

O elevado nível de in -cumprimento é um sintoma da crise de endividamento pes soal e de agregados familiares. Nos últimos anos têm aumentado o número de insolvências individuais, quando o devedor as -sume não ter como saldar compromissos.

Os responsáveis judiciais não têm mãos a medir e espera-se este ano um aumento de execuções. Para a resolução dos casos, os tribunais prevêem um prazo nunca inferior a cinco anos.

::::::::::: Roberto Dores ::::::::::::

O PERITO da UNESCO Gérard Collin esteve de visita à Arrábida, na semana passada, para tomar conhe-cimento dos vários locais que poderão constituir uma mais-valia para a candida-tura a Património Mundial.

A visita, feita a pedido da Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS), culminou em reuniões com autarcas dos concelhos de Sesimbra, Setúbal e Palmela e com membros da equipa do plano de gestão para tomar conhecimento do andamento do processo de candidatura da Arrábida a Património Mundial.

O objectivo, conforme adiantou ao Semmais a técnica da AMRS Cristina Coelho, passa por um diagnóstico deste especialista sobre «a forma e a composição do dossier, quer do ponto de vista natural quer ambiental» que está a ser elaborado para posterior concretização da candidatura.

«O que lhe pedimos foi uma pré-peritagem antes de enviarmos a candidatura, no sentido de termos a certeza de que as opções que tomamos são as correctas do ponto de vista da UNESCO»,

especifi ca a especialista. São passos «seguros» que

a candidatura pretende dar, adianta Cristina Coelho, no sentido de que a Arrábida seja contemplada com o estatuto de Património Mundial. O parecer de Gérard Collin, formalizado através de um relatório escrito, deverá chegar a Setúbal durante o mês de Abril, afi ança.

O projecto está a ser desenvolvido pela AMRS desde 2004 mas, com a refor-mulação da candidatura de natural para mista, o que permite a inclusão de novos conteúdos e o alargamento

da área a candidatar, o processo ainda está ainda em aberto.

A candidatura da Arrá-bida a Património Mundial está a ser promovida pela AMRS, em estreita parceria com as câmaras de Palmela, Sesimbra e Setúbal e o Insti-tuto de Conservação da Natureza e Biodiversidade. É função da entidade promo-tora garantir os aspectos referentes à componente científi ca, técnica e aos processos administrativos, bem como a promoção do envolvimento de todos os agentes regionais.

Arrábida a Património Mundialpede peritagem internacional

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O especialista Gérard Colin numa das etapas da visita à região

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O 1º GRANDE Capítulo da Confraria Saberes e Sabores no Lousal já entro-nizou os primeiros confrades.

Numa cerimónia reali-zada a 26 de Fevereiro, no Lousal, em Grândola, a confraria realizou, também, a bênção das insígnias, numa cerimónia em que actuaram o Coro dos Mineiros do Lousal e o Grupo da Irman-dade da Santa Casa da Mise-ricórdia de Vila do Bispo.

Fernanda Calado, a diri-gente da Confraria dos Saberes e Sabores no Lousal,

abriu as cerimónias que contaram com nomes de peso como membros da mesa de honra, como Fernando Fantasia, Carlos Beato e Pedro Ruas.

A Confraria surge como forma de divulgar a história, o património e as gentes da aldeia do Lousal, afi rma a direcção desta entidade que se assume como um veículo

de divulgação, preservação e dinamização daquela região alentejana, bem como as ancestrais comunidades mineiras e a sua importância para o desenvolvimento local.

Confraria gastronómica promove Lousal

O POSTO de atendi-mento dos correios, na loja do cidadão, em Setúbal, vai encerrar ao público no fi nal do mês de Março. A infor-mação foi confi rmada pelo gabinete de imprensa dos CTT que não avançou razões para o encerramento do balcão.

A mesma fonte adiantou que tinha sido solicitada pelos CTT uma reunião com

a Câmara Municipal de Setúbal ainda sem data marcada e que só posterior-mente avançariam com qual-quer declaração sobre o assunto.

O SEM MAIS sabe ainda que está previsto o encer-ramento do balcão exis-tente no Largo do Bocage, uma informação, no entanto, não confirmada pelos CTT.

CTT na loja do cidadão encerramno final de Março

A ÁGUA e o Nosso Futuro Comum é o tema do colóquio agendado pela Associação Intermunicipal de Água (AIA) da Região de Setúbal, para a manhã do dia 23, no auditório da Escola Superior de Tecno-logia do Barreiro, e aberto à população.

Este é o primeiro de vários encontros progra-mados ao abrigo do Ciclo de Colóquios da AIA, para este ano, designado A Água na Região de Setúbal. O objec-tivo dos encontros passa por «promover uma refl exão multidisciplinar, alavancada pelo poder local e partici-pada pela comunidade regional na sua diversidade em torno das questões da água», adianta a associação.

De acordo com a AIA, pretende-se que este ciclo de colóquios seja «mais um espaço na construção parti-cipada de uma política local da água», na linha do defi nido no Plano Estratégico para o Desenvolvimento da Penín-sula de Setúbal (PEDEPES), «contribuindo para uma compreensão geral da proble-mática hídrica, integrando o princípio de “pensar global, agir local” e o reforço e quali-fi cação das políticas públicas locais da água, assentes na gestão pública, defendendo e implementando o “Direito à Água” proclamado pela ONU, na via de um desenvolvimento social, económico e cultural, que respeite os ecossistemas e os direitos das gerações vindouras».

A iniciativa de dia 23, que assinalará também o Dia Mundial da Água, pretende abordar a problemática da questão hídrica, nas suas perspectivas técnica, social e política, e contará com a intervenção do presidente da Câmara do Barreiro e do presidente do conselho directivo da AIA, também

presidente da Câmara da Moita, bem como de três especialistas em questões hídricas e ambiente.

O projecto de criação de um sistema intermunicipal para o abastecimento de água em alta à região será abordado no colóquio pelo secretário-geral da AIA. A participação é livre e aberta à comunidade.

Barreiro apresentaMatriz da Água

A assinalar o Dia Mundial da Água, a autarquia barrei-rense lança, terça-feira, a Matriz da Água do Barreiro, numa cerimónia que vai decorrer no Auditório Muni-cipal Augusto Cabrita, no parque da cidade.

A publicação ‘Matriz da Água do Barreiro’ tem como objectivo principal apre-sentar os dados disponíveis sobre os fl uxos de água que entram e saem do concelho, fragmentando, sempre que possível, por tipo de utili-zador e tipo de utilização.

Para a autarquia, o docu-mento assume-se como «um instrumento de planeamento e gestão urbana, através da recolha e avaliação de indi-cadores referentes à captação, utilização e tratamento da água no município barreirense».

Campanha paraboa gestão em Almada

No mês em que se assi-nala o Dia Mundial da Água, a autarquia almadense avança com a acção SMAS Portas Abertas.

A iniciativa convida a população a visitar as insta-lações representativas das actividades de abastecimento de água e de drenagem e tratamento de águas resi-duais, em colaboração com as freguesia do concelho.

Municípios em reflexão no Dia Mundial da Água

CONSTRUIR uma cidade de duas margens, valorizando a economia do mar numa perspectiva do desenvol-vimento turístico é o objectivo do projecto da primeira marina da margem sul do Tejo apresentado terça-feira pelo Arco Ribeirinho Sul a potenciais investidores.

A nascer nos antigos estaleiros da Lisnave, o projecto é considerado «de forte prestígio e pensado para captar turismo de elevada qualidade». Com 500 pontos de amarração, o Arco Ribei-rinho Sul pretende que a marina funcione como «o projecto âncora da nova Cidade da Água» prevista no Plano de Urbanização de Almada Nascente.

António Fonseca Ferreira, que preside ao Arco Ribeirinho Sul, sentiu «boa receptividade» por parte dos convidados, em representação de poten-ciais investidores privados, entre os quais várias empresas de construção e gestão de marinas, representantes da banca, consultores e membros de câmaras de comércio.

Entre as vantagens da zona da antiga

Lisnave, refere Fonseca Ferreira, estará «a estabilidade dos fundos e a ausência de correntes, o que confere ao local as

condições excepcionais que apresenta para a náutica de recreio».

Apostado em que o investimento na marina seja feito «em regime de concessão e integralmente suportado por capitais privados», Fonseca Ferreira acredita que esta apresentação preli-minar abriu portas para novas sessões com outros investidores, «também para acolher sugestões, de modo a tornar este produto ainda mais atractivo junto do mercado».

Para o secretário-geral do Forum Empresarial da Economia do Mar, «se o mar estivesse cotado em Bolsa, valeria qualquer coisa como 10 mil milhões de euros». Por isso, Fernando Ribeiro e Castro sustenta a necessidade de iniciativas como a da Marina de Almada «para colocar todo o potencial do mar ao serviço do país».

Os terrenos da Lisnave na Margueira fazem parte do projecto do Arco Ribei-rinho Sul, um plano considerado deci-sivo de valorização ambiental e urba-nística de um vasto património do Estado ainda por potenciar.

Arco Ribeirinho ‘namora’ privadosno projecto da Marina de Almada

DURANTE dois dias a mesa política da comissão Arco Atlântico esteve reunida nas instalações da Adminis-tração do Porto de Sines (APS), nos passados dias 10 e 11. O encontro foi dedicado à estratégia europeia para esta zona geográfi ca que reúne 27 regiões, desde a Andaluzia à Escócia, que cooperam em diversos temas.

A comissão Arco Atlân-tico é uma das seis comis-sões geográfi cas da confe-rência das regiões perifé-ricas marítimas e a sua acção, apesar de ser espe-cífi ca às expectativas das suas regiões membros, inscreve-se também num âmbito mais geral, assu-mindo particular impor-tância na execução dos

programas de cooperação inter-regional.

Esta comissão compre-ende vários grupos de trabalho que apresentaram o ponto de situação das acti-vidades desenvolvidas. No âmbito do grupo de trabalho de “Transportes”, a presi-dente da APS, Lídia Sequeira, foi convidada a apresentar o tema das “Auto-estradas do Mar”, tendo-se destacado também o tema do Eixo Prio-ritário n.º 16 da Rede Tran-seuropeia de Transportes, que liga Sines a Madrid e à Europa em transporte ferro-viário.

O evento terminou com uma visita aos terminais portuários, que os partici-pantes aproveitaram para conhecer em detalhe o funcio-

namento do porto de Sines, um dos poucos portos de águas profundas da Europa.

Militares visitam porto

Entretanto, o Instituto de Estudos Superiores Militares também visitou o porto de Sines, no passado dia 11, com o intuito de conhecer a reali-dade e as potencialidades deste porto, no âmbito do Curso de Promoção a Ofi cial General. Este curso faz parte do processo de formação complementar dos Ofi ciais superiores das Forças Armadas e tem por fi nalidade a preparação dos partici-pantes para o exercício de cargos de comando e direcção.

A delegação constituída

por 30 auditores do refe-rido curso foi recebida por Lynce Faria, administrador desta entidade, que apre-sentou os principais factores de competitividade do porto, assim como os indicadores de actividade desta infra-estrutura e a sua evolução nos últimos anos.

No fi nal do evento os participantes visitaram os diversos terminais portu-ários, constatando, no local, a evolução das obras de ampliação do Terminal XXI, que disponibilizará, breve-mente, 730 metros de cais, e a construção do terceiro tanque de armazenagem de gás natural, que aumentará a capacidade do país em receber esta importante fonte energética.

Comiss debateu no Portode Sines estratégia da zona atlântica

Romaria de confrades durante uma das fases das cerimónias

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Maqueta do projecto da nova marina

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Política

A DEPUTADA Catarina Marcelino vai encerrar, quarta-feira, em Setúbal, a campanha para liderança nacional das mulheres socialistas.

A sessão decorre na Fede-ração de Setúbal do PS e deverá contar com as presenças das

representantes de Setúbal na lista (B), entre as quais Fátima Lopes, Maria José Esteves, Ana Isabel Santos e Helena Domin-gues, Natividade Coelho e Francisca Parreira.

Aberto «a mulheres e a homens», o encontro

pretende vincar «o carácter de mudança de ciclo» que a candidatura “Pelo Futuro” representa para as mulheres socialistas», explicou ao Semmais uma representante da direcção de campanha da deputada de Setúbal.

Catarina Marcelino, que lidera o Departamento Fede-rativo das Mulheres Socia-listas de Setúbal desde 2006, vai disputar as eleições dos próximos dias 25 e 26 com a actual líder Manuela Augusto.

UGT ganha novos ‘militantes’A DELEGAÇÃO da UGT de

Setúbal, no seguimento dos contactos efectuados na última semana em empresas e grandes superfícies da região, registou dezenas de entradas de ‘militantes’, o que deixa esta estru-tura sindical muito satisfeita.

Luís Rosado Santos, vice-presi-dente da UGT Setúbal, faz um balanço «muito positivo» das acções desenvolvidas, na última semana, realçando que a questão do desem-prego é um problema «conhecido de todos nós», sublinhando, por outro lado, que a UGT apoia o Governo no que diz respeito do patronato descontar um por cento sobre os salários para a criação de um fundo de reserva no caso de ocorrer despedimento colectivo».

«Este projecto, do contacto com os trabalhadores, é para dois anos, em todo o distrito, no sentido de uma maior aproximação e dispo-nibilização de informação», vinca.

No dia 9, os dirigentes sindi-cais da UGT Setúbal deslocaram-se ao Fórum Almada, Fórum Montijo, Jumbo de Setúbal e Atlantic Park, onde foram distri-buídos folhetos e brindes no âmbito da Igualdade de Género e pres-tadas informações às trabalha-doras dos seus direitos, sobretudo quando estão grávidas. «Houve uma grande receptividade e as pessoas fi caram admiradas pela forma como a UGT desenvolveu

estas iniciativas numa altura de crise em que ninguém aparece. Nota-se que as pessoas estão um bocado desiludidas com tudo».

No dia 10, a comitiva da UGT visitou empresas em Palmela e no Montijo, onde foi ministrado um workshop. Nesse mesmo dia, as acções centraram-se na Praça do Bocage, onde foi montada uma banca para distribuição, à popu-lação, de folhetos da Comissão de Igualdade para o Trabalho e o Emprego e da UGT sobre ques-

tões pertinentes. No mesmo local, com o apoio do Teatro Estúdio Fontenova, foi simulado «um desentendimento» entre um empre-gador e uma trabalhadora grávida.

No dia 11, a UGT Setúbal deslocou-se ao Barreiro, onde foram visitadas várias grandes superfícies para distribuição de informação aos trabalhadores. De tarde, na Avenida Luísa Todi, foram distribuídas T-Shirts, brindes e informação à população.

Depois da distribuição de

brindes e T-Shirts, na Avenida Luísa Todi, no sábado, o último dia da campanha, a UGT convidou a popu-lação a assistir ao seminário, que arrancou às18 horas, no Club Setu-balense, alusivo à temática de promover a igualdade no trabalho, culminando o dia com teatro, música, poesia, jantar e o lança-mento de balões. O seminário contou a envolvência de diversos oradores, dos quais se destaca João Proença, líder nacional da UGT, e 90 participantes.

PSD debate futuro da saúde no distritoA COMISSÃO Política

Distrital de Setúbal do PSD e o Gabinete de Estudos vão realizar dia 24, às 20h30, no Novotel de Setúbal, o coló-quio “Saúde - Que Futuro para o Distrito de Setúbal”. A iniciativa conta, na sessão de encerramento, com a

presença de Adão Silva, vice-presidente do Grupo Parla-mentar do PSD.

A abertura está a cargo de Pedro do Ó Ramos, presidente da concelhia ‘laranja’, de Mercês Borges, coordena-dora do Gabinete de Estudos Distrital, e de Luís Cabrita,

coordenador do Grupo de Trabalho da Saúde do Grupo de Estudos.

O médico Emanuel Esteves falará sobre “Primá-rios, Primeiros ou Bastardos?”, seguindo-se Victor Rocha, que abordará o tema “Complementaridade

dos Cuidados de Saúde: Unidades Locais de Saúde”. Angelina Francisco falará sobre “A Prestação Integrada de Cuidados de Saúde/Primá-rios e Hospitalares”, enquanto Ana Xavier falará de “Os Cuidados Continuados/Cuidados Paliativos”.

PCP contesta aumentos dos tarifários dos TST

OS DEPUTADOS do PCP, Paula Santos e Bruno Dias, querem saber que medidas é que o Governo tenciona tomar face aos «inaceitáveis» aumentos de tarifas nos auto-carros dos TST da região.

Os deputados recordam que os TST apresentaram uma proposta de revisão do tarifário a vigorar a partir de 1 de Março, sendo que a empresa propunha uma descida de preços em passes em Setúbal e na Quinta do Conde, mantendo inalterado o restante tarifário, nome-adamente os bilhetes pré-comprados e de bordo que nas Urbanas de Setúbal sofreram aumentos que, em alguns casos, atingiram os 18 por cento. Desta forma a empresa garantiria «supos-tamente» um aumento médio de 4,5 por cento.

Segundo informação fornecida pela Federação Nacional das Cooperativas de Consumidores, os TST

aumentaram as tarifas para valores «muito superiores à média de 4,5 por cento», fi xados pelo Governo. Os deputados realçam que o Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres terá notifi cado a empresa TST a apresentar os preços para 2011 e os dados das vendas de 2010. Posterior-mente, o referido instituto veio a considerar que os títulos da rede urbana de Setúbal têm um «peso signi-fi cativo» nas vendas, o que gerou um aumento médio superior a 4,5 por cento.

«A prestação de um serviço público de trans-portes, por natureza regu-lado pelo Estado, exige rigor e transparência, sob o risco de ser o próprio Estado que, ao arrepio e manipulação criativa da lei, garante rendas públicas a empresas privadas, monopolistas dos serviços», concluem os deputados comunistas.

Cabrita reconhece esforço do Governo

O DEPUTADO Eduardo Cabrita reconhece que o Governo está empenhado na criação de um distrito «sustentável», supor-tado na área mais dinâmica da Área Metropolitana de Lisboa e que encara a região como «uma enorme oportunidade».

O político falava na Moita, no passado dia 10, durante o primeiro de uma série de oito encontros, inseridos no ciclo de debates “Que Distrito Quere - mos?”, promovido pelo Gabi-nete Federativo de Ambiente e Planeamento Regional, da Fede-ração Distrital de Setúbal do PS.

O orador sublinhou que o distrito foi colocado no centro das apostas dos investimentos nacionais, pelo primeiro Governo de José Sócrates, de onde se destacam o aeroporto de Alcochete, a Terceira Travessia do Tejo, a Plataforma Logística do Poceirão, o TGV e a criação da Sociedade Arco Ribeirinho Sul, que contempla a requalifi cação dos terrenos da Margueira, Quimiparque e Lisnave, bem como as apostas turísticas previstas para Litoral Alentejano.

Catarina encerra campanha em Setúbal

As acções de rua da UGT serviram para informar melhor os trabalhadores sobre os seus direitos laborais

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Arrábida curtas e doc´sA Associação de Municípios do Distrito de Setúbal está a receber, até 31de Maio, os trabalhos no âmbito do concurso “Arrábida, Curtas e DOc´s”, com a fi nalidade de valorizar e promover a Arrábida e todo o seu património natural e cultural.

Fotografia de Patrícia Almeida O Centro Emmerico Nunes, em Sines, inaugura este sábado, às 18 horas, a exposição de fotografi a de Patrícia Almeida. As fotos foram feitas durante os festivais de música rock e apresentam jovens no meio da natureza.

Solistas da Orquestra GulbenkianPedro Pacheco (violino), Otto Michael Pereira (violino), Lu Zheng (viola) e Raquel Reis (violoncelo) são os solistas que irão actuar na sala principal do Teatro Azul, interpretando temas inesquecíveis.Teatro Municipal de Almada | 21h30

Serão musical emCasa de RossiniCarlos Otero, possuidor de um invejável currículo no mundo das artes performativas, aposta nesta conferência/concerto dedicada ao génio de Rossini, que inaugura mais uma Temporada de Música da Casa da Ópera do Cabo Espichel.Cine-teatro Municipal João Mota, Sesimbra | 21h30

Grão-de-BicoO Grupo de Teatro O Bando leva à cena a peça infantil “O Grão de Bico”, destinada a crianças a partir dos 3 anos. O trabalho baseia-se num conto de tradição oral, no qual o multimédia estabelece a ponte para lá do (in)visível…Biblioteca Bento de Jesus Caraça, Moita | 16h

+ Cartaz...

Sáb. 19

Jorge Cristo SuperstarO Teatro Oriundo da Nossa Imaginação (TONI) e a Associação DRACA estreiam o musical “Jorge Cristo Superstar”. Este espectáculo divertido fala das difi culdades que os jovens artistas enfrentam para entrarem no mercado de trabalho e para se manterem nele. Sociedade Filarmónica Humanitária, em Palmela | 21h30

Sáb 19

Os medos de KlimpCom interpretação de Hugo Sovelas, estreia esta noite a peça “Tem o medo muitos olhos”. Klimp fala dos seus medos, passados e presentes. Gostava de sair daquele quarto, daquela prisão, daquele bunker, mas não pode. Está ali fechado por culpa de alguém que o amava e morreu há cinco anos.Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida, Montijo, 21h30.

Sáb 19

Sáb 19

Sáb 19

Pinóquio e outras surpresasTrata-se de um espectáculo do programa de Artes e Ideias Arestas de Vento, que inclui a representação da peça “Pinóquio” e outras surpresas, pelo Grupo de Animação e Teatro Espelho Mágico.Auditório N.ª Sr.ª da Anunciada, Setúbal | 21h30

CONVITES PARA LA FERIA Temos convites duplos para oferecer aos nossos leitores para assistirem aos musicais “Um Violino no Telhado”, em cena no Teatro Politeama, em Lisboa, e “Fado – História de um Povo”, no Casino Estoril, ambos produzidos por Filipe La Feria. Para se habilitar aos convites duplos, para ambos os espectáculos, basta ligar para o 918 047 918 e solicitar a sua oferta.

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Sáb 19

Música modernaA segunda eliminatória do 16.º Festival de Música Moderna de Corroios leva ao palco os Skills & Bunny Crew (Lisboa) e os Old Gun (Vila Nova de Gaia). Os Iconoclastes (Lisboa) são os convidados de honra.Ginásio Clube de Corroios 22 horas

Sáb 19

Previsões de Arlete - CONSULTAS DE TAROT - Marcações para: 925 596 447

CARNEIRO | CARTAO momento é de renova-ção de afectos, tanto nas

relações já existentes como no surgimento de novos afectos. Pre-cisa de dar mais apoio à família, alguém que está longe precisa de si. Receberá notícias em breve. Nºs. 1 – 3 – 9 – 27 e 30.

CARANGUEJO | NUVENSApesar de tudo parecer muito bem sucedido, a vida

sentimental tende a exigir muito e dar pouco. Podem surgir problemas ou transtornos no meio familiar. Sentirá medo que outros ultrapassam, e para que esse receio não se torne realida-de, use o seu valor que você tem des-curado. Nºs. 6 – 17 – 23 – 29 e 36.

CAPRICÓRNIO | CÃOHá muita carência em si e falamos de ternura; afecto

e atenção. Saiba que alguém o tem debaixo de olho se estiver descom-prometido. Valorize-se, pois a con-juntura profi ssional anda pouco otimista devido ao seu marasmo. Nºs. 7 – 18 – 26 – 33 e 50.

BALANÇA | BARCOA condução da sua vida sentimental está nas suas

mãos e só vai onde quer e com quem quer. Laços familiares for-tes. Exige-se transparência e mui-to rigor no trabalho para obter uma feliz mudança profissional. Nºs. 3 – 12 – 15 – 17 e 29.

TOURO | CRIANÇAAlgum excesso de exigên-cia no campo amoroso

pode difi cultar a boa “onda” nesse campo. Contudo o seu charme e atri-butos ultrapassarão esta difi culdade. Pede-se um pouco mais de respon-sabilidade nos desafi os profi ssionais, use mais rigor pois por vezes parece ser imaturo. Nºs. 5 – 13 – 23 – 28 – 31.

LEÃO | ANELNesta fase tudo se fará em equipa: casamentos;

sociedades profissionais e ajudas sociais. Cuidado com furtos ou com burlões pois não anda muito sensível a estas pessoas/atitudes. Nºs. 13 – 23 – 25 – 46 e 47.

AQUÁRIO | PÁSSAROSFase em que criará novas amizades e apesar de sentir

quebras anímicas amizades e famí-lia são a sua prioridade. No trabalho está efi ciente e terá avaliações de mérito. Nºs. 3 – 12 – 28 – 31 e 34.

ESCORPIÃO | CORAÇÃOA semana parece anima-da pois haverá clarifica-

ções e dúvidas finalmente serão esclarecidas. Conte com uma volta significativa no campo amo-roso. Boa fase energética e melho-rias financeiras com a possibilida-de de aquisição de imóveis. Nºs. 24 – 29 – 34 – 41 e 45.

PEIXES | CASAAlguns problemas ligados a uma casa podem ser

motivo de preocupações o que necessariamente se vai refl ectir no amor e no trabalho. Melhorias a curto prazo resolvendo assim uma decisão amorosa que estava para-da. Cuidado com armadilhas na profi ssão. Nºs. 10 – 14 – 25 – 29 e 39.

SAGITÁRIO | NUVENSAlgumas difi culdades estão vincadas na sua vida e uma

delas é a quebra dum laço afectivo: p. ex-emplo, um divórcio. A justiça está pre-sente na sua vida pelo que vá contando com papéis e tribunais. Nºs. 5 – 6 – 21 – 27 e 32.

VIRGEM | LUAVirgem não tem ideia de se vergar a situações

de domínio ou posse. Anda um pouco triste e deprimido mas terá provas de grande estima e afecto. Desafios no trabalho e dinheiro são inevitáveis. Nºs. 11 – 18 – 32 – 33 e 35.

GÉMEOS | RAMALHETESentirá muita realização na sua vida amorosa,

podendo até contar com uma ma-ternidade na família. Conte com assuntos a resolver na justiça, daí a existência na sua vida de tribunais e litígios. Justiça será feita. Nºs. 13 – 15 – 16 – 20 e 23.

Horóscopo / Semana de 19 a 26 de Março TAROT CIGANO

OTeatro do Elefante (TE) promove, este sábado, um programa

centrado na formação artís-tica, na Câmara de Setúbal, a partir das 15 horas. As acti-vidades iniciam-se pelas 15 horas com o ensaio público do espectáculo “Dentro de Mim Fora Daqui”, pelo Ensemble, Unidade de Produção da Escola de Artes Performativas. Às 16h30 horas é dinamizado o debate aberto ‘Formação teatral, para quê e para quem?’ e, pelas 21 horas, será apre-sentado o ensaio aberto do espectáculo ‘Gato que Brincas na Rua’, pelo grupo de jovens da Academia de Talentos, do Montijo.

“Dentro de Mim Fora Daqui” é o segundo espec-táculo criado pelo Ensemble, integrado no Programa PANOS2011, promovido pela Culturgest. Baseado no texto escrito por Filipe Homem Fonseca, o espectáculo fala de «uma história de fé e egoísmo, da procura pelo que cada um espera encon-trar dentro de si próprio, por mais longe que o dentro esteja»m refere fonte do grupo. Contada e vivida pelos protagonistas em vários tempos que se

misturam e diluem, retrata o «inconformismo de quem não espera nada, mas, às vezes, exige coisas». No seguimento do ensaio com os jovens das escolas secun-dárias de Setúbal, D. Manuel Martins e D. João II, promove-se uma conversa aberta sobre formação teatral com os convidados, professores e dinamizadores de Teatro e Expressão Dramática.

O programa termina com o ensaio aberto do espectá-culo “Gato que Brincas na Rua - a partir da poesia de Fernando Pessoa e alguns heterónimos”, pela Academia de Talentos. A direcção do espectáculo é do TE, que dinamiza as sessões de formação artística no bairro do Esteval, no Montijo, em parceria com o projecto Tu Kontas (+ainda), patrocinado pelo Programa Escolhas. “Gato que brincas na rua” apresenta o universo do poeta e seus heterónimos. De um modo descontraído, constroem-se narrativas, a partir das palavras e imagens poéticas por ele(s) criadas, que convidam cada espec-tador a visitar por dentro o pensamento de Pessoa.

Teatro do Elefante aposta na formação artística

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12 S á ba do | 19. M a r. 2 0 1 1 www.smjornal.publ.ptImpressão Digital

Apesar de não ter vencido o programa da SIC, consi-dera-se um ‘Ídolo’ de Por-tugal?Não. Um ídolo é alguém que infl uencia, cria modas, leva pessoas a quererem ser iguais a ele.

Pode-se dizer-se que já nasceu para a música?Sempre adorei cantar, mas não via nisso um futuro. Cos-tumo chamar-me ‘cantora de chuveiro’ ou nem isso.

Já lhe apeteceu partir o microfone?Além de terem sido poucas as vezes que peguei num mi-crofone sem ser no progra-ma “Ídolos”, nunca me sur-giu essa vontade (risos).

Fez muitos amigos no pro-grama “Ídolos”? Nos castings convivemos com muitas pessoas diferen-tes, de sítios diferentes do

país e com gostos diferen-tes. Aprende-se muito no con-vívio com pessoas que gos-tam tanto de música, que já têm mais experiência do que eu e que querem realmente fazer da música futuro.

As cantigas são para a vida?Sim, claro. Costumo andar pela rua a cantar mesmo quando ando sozinha, não preciso de um palco para cantar, felizmente (risos).

É uma mulher de paixões?Sim, acho fundamental, a paixão leva-nos a fazer coi-sas que se pensavam impos-síveis, é algo muito forte que nos move, que nos dá força na vida.

Para se ser cantor é preciso ter sorte ou saber cantar?Ser cantor é cantar bem mas nem sempre isso chega. No mundo da música, é talvez mais importante ser dife-

rente e passar mensagens do que cantar bem.

Que avaliação faz do tra-balho dos autarcas do nos-so distrito?Confesso que não me inte-resso muito por essas ques-tões.

O que o faz zangar seria-mente?Detesto mentira, sinismo

e falsidade, prezo pesso-as sinceras.

Há alguma fi gura re-gional que lhe me-reça rasgados elogios?O treinador José Mou rinho, porque além de ser um orgulho para a região, é também um símbolo mundial.

Raquel Pinho - Cantora

«Não preciso de um palco para cantar»

B. I. Idade: 18 anos Naturalidade: Lisboa Família: Amiga Estado civil: Solteira Residência: Seixal

Íntimo Filme ou livro de cabeceira: “Dirty Dancing” e “Um Momento Inesquecível”, de Nicholas Sparks.

Férias de sonho: Brasil.

Local de eleição: Adoro Lisboa à noite.

A primeira paixão: Michael Jackson.

Maior ousadia: Ter enfrentado os quatro júris ‘mais temíveis’ da televisão portuguesa.

Ídolo de referência: Michael Jackson.

Projecto de vida por realizar: Quero seguir pilotagem aeronáutica, na Força Aérea. Além disso, adoro representar e adorava ter a oportunidade de fazer televisão e cinema.

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Família: Amiga Estado civil: Solteira Residência: Seixal

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Pub.

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Abertos a todos, agora, vamos à obra!António Serzedelo – Director

[email protected]

ano: 2011 . nr 14 . mês: março . director: António Serzedelo . preço: 0,01 €

03.11 NR

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O SUL é propriedade da cooperativa Prima Folia, primafolia.blogspot.com, uma cooperativa cultural, sem fins lucrativos, que o edita em Setúbal, e por cujos princípios se rege. Atente-se que a coop-erativa não recebe apoios do Estado, nem do Poder Local. Quanto ao jornal já vai na terceira geração.

Recuemos então até 1901, ano da criação do jornal O SUL, um semanário republicano, em plena monarquia, para o qual escreveram personalidades como Ana de Castro Osório ou Paulino de Oliveira. Na altura era o que hoje se chamaria um jornal alternativo, como este continua a ser, e por isso agradou e marcou a região, como este pretende marcar.

Passando a O SUL na versão de 2010, segunda geração, trata-se de um órgão de informa-ção, que visa ser um jornal de cul-tura e promoção de debates e partilha do conhecimento.

Por isso este mensário tem sido composto de reportagens, entrevistas, artigos de opinião das mais diversas sensibilidades, dando relevância à problemática do género, e publicando textos de divulgação do património histórico, cultural e natural en-volvente. O jornal está ao serviço do desenvolvimento nacional e regional, que neste distrito não é fácil, devido ao conservadorismo dos poderes fácticos. Somos pela promoção do progresso económi-co, social e cultural das popula-ções, com atenção para os mais desfavorecidos, tendo em conta os princípios da sustentabilidade e da verdade. Somos contra os discursos únicos, que tanto gras-sam na nossa sociedade, fruto de uma mentalidade herdada do passado que fez com que, em muitas cabeças dos nossos concidadãos, haja sempre ou um polícia ou um padre.

Para isso queremos contribuir para a existência de uma opinião pública infor-mada, activa e interveniente, contra a iliteracia reinante, pois isto é condição fundamental da democracia, e do exercí-cio pleno de uma Cidadania activa e não reactiva, como a que vimos vivendo, que não gera alternativas, e quer simultânea-mente isto, e o seu contrário.Contem portanto, os nossos leitores, com um jornal que vai promover a construção de uma cultura viva alternativa ao centro, ao invés de uma cultura suburbana como a que estamos vivendo, lutaremos pela compreensão da globalização, sem deixar de dar atenção ao global.

Contem portanto também que vamos defender acrisoladamente o Património, um riqueza cultural que os portugueses e os poderes de-sprezam, por baixa auto-estima, da mesma forma que vamos defender a promoção da criação artística.Vamos defender o bom-trato dos animais, como forma de acrescentar um “plus” à Democracia. Vamos dar oportunidades aos jovens da geração dita “à rasca” que agora começa a acordar. Quanto às Mulheres contem connosco!

O SUL em terceira geração

“Um jornal impresso tem de se reinventar ou tornar-se-á irrelevante”, dizíamos nós no primeiro número. Isto aplica-se perfeitamente a O SUL, que se vem reinventando sempre, e tem como slogan, “O SUL quando nasce é para todos”. Mas apresentemo-nos desde já aos nossos leitores desta nova viagem no SemMais.

Esta é a terceira geração do O SUL, como “upgrade” para o SemMais, resultando de um “casamento” que, como em todos os contratos de casamento, vai trazer um enriqueci-mento dos nubentes, neste caso no domínio dos conteúdos, e uma maior visibilidade e amplitude para O SUL.

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Identidade da Margem Esquerda?Procurar promover um discur-

so cultural para a região do Distrito de Setúbal não é tarefa de pouca difi culdade, até porque, em qual-quer análise mais rigorosa, nos apercebemos que a região aparece desprovida de uma identidade co-mum. Calibramos a nossa bússola e trocamos impressões com o Go-vernador. Ele aponta para o Sul, pois Norte não há. De um ponto de vista geográfi co temos dentro da província sadina regiões bem distintas. No extremo Norte situa-se uma vasta área estuarina, com as suas especificidades. Segue-se-lhe uma zona plana, arenosa e razoavelmente fértil – a char-neca, que abrange os concelhos a Norte do Distrito. Depois temos outra, central, que corresponde a uma micro-região serrana. Segue-se-lhe uma vasta área estuarina, com as suas especifi cidades. Por fi m, a Sul, temos a área do litoral alentejano, com características diferenciadoras bem vincadas. O Distrito não é nenhum continente geografi camente evidente, pelo que a ser algo mais do que um conjunto de linhas arbitrárias traçadas por um qualquer político da capital, terá de trata-se de um conceito cultural e histórico, um território de fronteiras imateriais.

Quando abordamos o proble-ma identitário numa perspectiva histórica, também não lhe vislum-bramos homogeneidade. Avieno e Plínio descrevem diversos povos, de diferentes origens e com graus civilizacionais distintos, para este território, antes da conquista ro-mana. Politicamente não houve unificação desta zona nem em período romano, nem nos seus subsequentes, à excepção da época em que todas estas terras foram doadas à Ordem de Santiago e Espada. Foi um fogo-fátuo, pois pouco depois as propriedades antes ofertadas foram anexadas à Coroa, extirpando qualquer se-mente identitária. Mesmo a criação do actual distrito é de data muito recente. Trata-se de um território de fronteiras novas.

É quando analisamos este território de um ponto de vista socioeconómico, que nos aperce-

bemos de ténues laços comuns. Há uma importante tradição operária em toda a região, em parte dela porque ali se fi xaram as unidades industriais, noutra parte porque era quem as abastecia de forma directa, tanto em víveres, como em mão-de-obra barata, mercê das migrações dentro da região. A tradição operária também não é uniforme, pois pouco tem a ver a CUF (Barreiro) com a indústria conserveira (Setúbal), a corticei-

ra Mundet (Seixal) com a Lisnave (Cacilhas, Almada). A análise social do fenómeno industrial oferece-nos fi nalmente um ligante em co-mum. Tratam-se de grandes indús-trias, mesmo as agro-industriais (viticultura), que são detidas desde fi nais do Século XIX por um núme-ro limitado de famílias burguesas bem conhecidas. Do outro lado estavam os proletários, mão-de-obra massifi cada, que se formou dentro das ideologias anarquistas,

socialistas e comunistas, tudo isto bem cimentado e consolidado com o muito de sangue que jorrou dos trabalhadores para se defenderem da cobiça. Esse vínculo histórico semelhante, por vezes até parti-lhado em acções contestatárias concertadas, permite talvez falar de uma ligação solidária entre todo o território. Aliás, nesse fenóme-no assenta muito da explicação da Margem Sul ser a Margem Esquerda do Zeca Afonso, ou mais prosaicamente, um “Comunistão”. Essa força política vê-se, actualmente, reduzida à esfera local. O siste-ma de empregabilida-de mudou, passando da indústria para os serviços. Essa transfor-mação no sector do trabalho não implicou o enriquecimento dos trabalhadores, como é evidente, mas erradicou definitivamente a formação marxista das mas-sas proletárias, o que coloca em causa essa matriz identitária. Tal é particularmente visível através de dois fenómenos, um primeiro indiscutivel-mente político, que é o facto de a nível na-cional os resultados das eleições cada vez se aproximarem mais da média do resto do país, baseada na pola-rização PSD/PS e, um segundo, de natureza demográfi ca, com o êxodo de ha-bitantes de Lisboa para áreas com habitações a preços mais módicos na periferia, o que amolece o sen-tido de pertença local.

Outro fenómeno cultural rele-vante é habitualmente subvalori-zado. Setúbal, para além de Distrito é, igualmente, uma Diocese. Apesar da história da Igreja ser longa e importante, ela não deixou de ser muitas das vezes apagada. Setúbal é a Diocese com menor prática católica do país, mas talvez por isso mesmo possui uma das igrejas mais pujantes e interventivas. Os desafi os da contemporaneidade, que têm afastado os portugueses da prática católica nos últimos

30-40 anos, pouco eco tiveram nesta Diocese. Aqui essa prática diminuída em muito antecede a queda do Estado Novo, está li-gada ao surto industrializante já aludido de fi nais de Oitocentos, que teve causas e consequências demográfi cas, sociais, culturais e políticas profundas. Trata-se de uma Igreja com rotina centená-ria de resistência e sacrifício, de

trabalho efectivo de “trincheiras”, o que explica em muito o seu poderio e efi caz capacidade de res-posta, bem como das suas ONG’s (directas e indirec-tas), em território

particularmente difícil e, quantas vezes, declaradamente hostil. Ao contrário do que vemos no resto do país, aqui existe uma Igreja em crescimento. Mas se com D. Manuel Martins ainda podia ha-ver, para os mais distraídos, uma interpretação das acções da Igreja local como inspirada na “Teologia da Libertação”, actualmente já nin-

guém pensa nisso.É neste caldo,

em que catolicismo e marxismo se en-contram reunidos numa mesma pane-la, com implicações económicas, socio-lógicas e psicológi-cas profundas, em que cada povoado

os pondera nas devidas proporções próprias específi cas, mas sempre presentes, que vislumbramos um ligante neste território. E sendo es-tes os factores que condicionam a priori qualquer abordagem cultural, é com eles que teremos de refl ectir. Tratam-se de dois fenómenos de-terminantes, mas, por si mesmos, não constituem uma identidade, mas sim duas totalmente distintas e, a fazer fé nos pareceres de Bento XVI e Karl Marx, totalmente irre-conciliáveis. Não deixa por isso de ser um território nas fronteiras da solidariedade … e isso é importante.

José Luís [email protected]

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“ É quando analisamos este ter-ritório de um ponto de vista socioeconó-mico, que nos aper-cebemos de ténues laços comuns

Lenin, The New Brush That Sweeps Clean

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Puxar pela excelência do distrito de SetúbalNeste primeiro número em que

O SUL é distribuído para o distrito de Setúbal com o semanário Sem Mais/Expresso, associo-me com gosto ao inicio desta relação.

Faço-o convocando à refl exão os agentes que representam os vários sectores da Sociedade Civil e os políticos do nosso distrito para a necessidade de criarmos uma estratégia concertada, que lhe reforce a identidade, supor-tada num projecto claro de qua-lidade em que todos os cidadão se revejam, para além das opções individuais de cada um.

Por múltipla razões o distri-to está hoje, ainda associado, no imaginário colectivo às difi cul-dades da vida, simbolizadas no que foram as bandeiras negras e infelizmente menos às invulgares

e excepcionais potencialidades que encerra, para além da sua centralidade policroma que se estente do Litoral Alentejano ao Arco Ribeirinho-Sul.

Sucede, como a realidade o demonstra, que mesmo para a superação das difi culdades dos que mais sofrem, é decisivo prio-rizarmos a criação de riqueza, puxarmos pelo bem estar e pela qualidade de vida, e integrarmos estes objectivos na referida es-tratégia, de futuro e de reforço da nossa identidade.

Essa estratégia passa pela compreensão da centralidade do distrito, quer no plano interno que no da relação com o nosso único vizinho continental, a Espanha, para além da importância que o distrito tem para a ligação euro-

atlântica, a favorecer a valoriza-ção dos portos, sobretudo os de Sines e Setúbal.

Em função desta centralidade melhor se compreendem os es-forço que se têm levado a efeito nos últimos anos, com a programação de in-fra-estruturas essen-ciais para a afi rmação de Portugal no mun-do, traduzidos entre outros na plataforma logística do Poceirão, nos investimentos na plataforma industrial de Sines, na dinami-zação turística da península de Tróia, para além do novo aero-porto no Campo de Tiro de Al-cochete, na nova travessia sobre o Tejo e no TGV, ainda que estes

últimos estejam condicionados agora pelos constrangimentos decorrentes da crise.

Estes objectivos não preclu-dem a necessidade de, face a esta crise, centrarmos também esfor-

ços na valorização de todo o sector primário, ou seja, na agricultura e nas pescas, para além da reindus-trialização, essen-ciais à criação de riqueza, numa ló-gica coerente que contr ibua para

responder ao próprio endivida-mento externo. Como é sabido não produzimos o suficiente para a nossa própria auto-sustentação alimentar, importante a maior

parte dos bens, o que não pode persistir. O distrito deve contri-buir fortemente para a alteração deste estado de coisas e não o fará se muitos continuarem a puxar para baixo.

Não temos tempo para perde-mos tempo para a concretização desta estratégia para o distrito.

Esta é a grande prioridade, incompatível, em absoluto, com a persistência da exploração do miserabilismo. Como está à vista de todos e que a persistir deve ser penalizada.

Temos que puxar pela exce-lência do nosso distrito! É este o caminho.

Vitor RamalhoPresidente da Federação

do PS do Distrito de Setúbal

Animais, Democracia e Poder LocalEm Dezembro do ano passa-

do, num sobressalto de cidadania, duzentas fi guras públicas envia-ram ao ministro da agricultura um abaixo – assinado a favor de uma campanha nacional de “es-terilização de cães e gatos”.

Preconizava-se que esta cam-panha fosse feita em estreita cola-boração com os municípios, canis, médicos veterinários e associações, para levar a cabo este objectivo.

O século passado ficou co-nhecido pela erradicação da raiva, com a vacina. Pretende – se que este fique reconhecido, por ter reduzido o mau trato dos animais, diminuído a sobrepo-pulação dos de companhia, o abandono de animais, (que a crise económica pode agravar)

e por pôr termo ao seu abate, que é superior a 100 mil/ano e tende a aumentar.

É que a qualidade da Demo-cracia, e da Cidadania, também se mede pelo bom ou mau trato que dá aos animais, e infelizmente, em Portugal eles são muito mal tratados, havendo muito pou-ca consciência disso.

Não vamos aqui falar de touradas, nem de lutas de cães. Aque-las que tanto dividem a opinião pública, apesar do mau tratam que publicamente é infl i-gido aos animais como espectá-culo. Setúbal é aqui uma cidade pecadora.

Mas estes problemas que pa-recem óbvios, e para os quais o ministério da agricultura numa reunião a que estive presente declarou “dar todo o apoio para

resolver”, mas lem-brando as “ restri-ções orçamentais “ tem outros busílis a ultrapassar.

Primeiro, é pre-ciso dialogar com a associação nacional de municípios, que em muitos casos não tem a mesma

sensibilidade do ministério, depois, é preciso fazer uma “abordagem estratégica “que passa pela con-trolo das populações, identifi cação de todos os animais, pelo abate

dos animais problemáticos, e es-terilização dos restantes. Passa ainda pela criação de protocolos com associações de animais, de sensibilidades diferentes, universi-dades, ONG´s internacionais, e de novo o Poder Local. Entretanto, há que avaliar os recursos muni-cipais e sobretudo impulsionar as associações intermunicipais, que apontam desígnios mais vastos, com baixas de custos, mas a que alguns municípios são reactivos, por razões ideológicas. As asso-ciações ficaram de apresentar um projecto-piloto com custos, estratégias, e populações abrangi-das. Sugerimos a intervenção dos “media”, e informações no site do ministério, mas constatei certas reservas em mobilizar a cidadania.

Enfi m, há que enfrentar o tema dos animais errantes. O zootécnico Pedro Vieira alertou para a gravida-de do que se passa na Serra da Ar-rábida, onde uma matilha de 6 cães, em 2003, se transformou em mais de 100, ameaçadores para pessoas, e rebanhos, depois de destruírem toda a fauna de raposas e coelhos da serra. A DGV empurra para a Câmara de Setúbal, cujo canil não é mode-lo, que por sua vez empurra para DGV, que empurra para a direcção do Parque Nacional da Arrábida.

Todos reconhecem ser um caso grave de “saúde pública”. Até à data não tomaram decisões.

Mobilizem-se os cidadãos!

António Serzedelo – [email protected]

“ Por múltiplas razões o distrito está hoje ainda associa-do, no imaginário colectivo, às difi cul-dades de vida

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“ (...) a qualidade da Democracia, e da Cidadania, também se mede pelo bom ou mau trato que dá aos animais

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Indignação e alternativaDesta vez foram tanto a Sul

como a Norte as centenas de mi-lhar que vieram para a rua mos-trar a sua indignação na jornada da “Geração à Rasca”. Indignação por lhes ser negado o acesso às virtudes que o sistema costumava prometer: acesso ao emprego e razoável possibilidade de ascensão social, pelo menos ao nível do que os pais tinham conseguido.

Pode até recriminar-se a gera-ção anterior pelo bloqueio a que deixou chegar as coisas, mas, para além do fantasma de confl ito ge-racional, o que transparece “é a descrença nestas elites políticas”, naqueles que “são supostos sa-ber conduzir” os representados. O que é deveras perturbador é a experiência colectiva da “ansieda-de associada ao reconhecimento de que têm de ser as pessoas”, os representados, a ensaiar realmente uma resposta (as aspas são para citar livremente Slavoj ZiZek no Seu “Da Tragédia à Farsa”).

Se este primeiro momento é o de desejar ainda (re)conquistar o direito a re-entrar no sistema, a verdade é que pode acontecer

uma aprendizagem adaptativa, mesmo que se desfaçam algumas ambiguidades presentes no mo-vimento. Desde logo porque não poderá abrir-se o sistema sem que aconteça uma remodelação eco-nómica e política de tal forma que

sejam os excluídos de hoje a co-modelar o novo sistema também.

Essa remodelação tem obvia-mente de atingir o próprio modelo de democracia parlamentar que cultiva a passividade do voto de 5 em 5 anos e que gera uma adminis-

tração partidária e do Estado opa-cas. E tem de envolver igualmente a rigidez do arco da representação partidária na medida em que são ne-cessários novos protagonistas com novas soluções partidárias e novas lideranças em partidos tradicionais mais permeáveis ao poderoso sen-timento que vem de baixo, da rua. O evolucionismo que se advinha é o de ser necessário abordar a questão progra-mática com um forte pendor para assumir as dores concretas da gover-nação e que permita ir experimentando transformações que relancem a prosperidade e o emprego. Só uma nova disposição para discutir estratégias de governo, na praça pública e em aberto con-fronto negocial com os potenciais parceiros que gerem maiorias viabi-lizadoras, poderá trazer à esquerda o protagonismo na construção da prosperidade, ao invés do que tem sido o seu enfoque no protesto e em meros ganhos eleitorais. Im-

porta portanto que haja à esquerda o amadurecimento de um combate pela boa administração do país só possível de resto com reformas inadiáveis na economia e no Estado.

E é chegados aqui que se tor-nam imperativas as discussões sobre os eixos transformado-res. Devem suscitar um amplo

debate problemas como a evolução do sistema assalariado que comprometa os trabalhadores num empreendimento de prosperidade, nome-adamente na esfera da economia pública e no apoio à inovação, e na questão europeia

com a resposta a dar às orienta-ções neoliberais que prevalecem amplamente na direcção da União Europeia. No fundo a mensagem é esta: a “geração à rasca”, para ganhar o seu lugar na história e na construção do país, tem de se desenrascar.

Paulo FidalgoRenovadores Comunistas

FICHA TÉCNICA:

Propriedade e Editor: Prima Folia - Cooperativa Cultural, CRL . Morada: Rua Fran Paxeco nr 178, 2900 Setúbal . Telefone: 96 388 31 43 . NIF: 508254418 . Director: António Serzedelo . Subdirector: José Luís Neto

Consultores Especiais: Fernando Dacosta e Raul Tavares . Conselho Editorial: Catarina Marcelino, Daniela Silva, Hugo Silva, Leonardo da Silva, Maria Madalena Fialho, Paulo Cardoso . Directora de Arte: Rita Oliveira

Martins . Consultor Artístico: João Raminhos . Morada da redacção: Rua Fran Pacheco n.º 176 1.º andar 2900-374 Setúbal . E-mail: [email protected] . Registo ERC: 125830 . Depósito Legal: 305788/10 .

Periodicidade: Mensal . Tiragem: 45.000 exemplares . Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro

Um impressionante e inconsequente protestoNo último 12 de Março, uma

suposta “geração à rasca” saiu à rua numa dúzia de cidades do país. Em protesto. Por Lisboa, contaram-se umas 200 mil pes-soas. Por entre as restantes, outras 100 mil. Os números, diga-se, im-pressionaram toda a gente.

Ou nem toda a gente. Uma leitura do ‘manifesto’ da rapaziada (o ofi cial) – uma coisa pobre, desinteressante e insípida – não deixa de ajudar a explicar o fenómeno. Engendrado para não excluir nada nem ninguém, o dito ‘movimento’ propunha-se a abria a porta a todos os que se decidissem a protestar contra a ‘precariedade’. Sem limite de idades, cre-dos, ideias, ou a falta delas, todos estavam convocados. E se a coisa começava como intencionalmente vaga, veio naturalmente a terminar par-ticularmente confusa. Por entre anarquistas, nacionalistas, e outros tantos anacronismos célebres, não

faltou quase ninguém. Pelos partidos com assento parlamentar – que, coi-tados, não possuem outra forma de expressão – as ‘jotas’ do BE, do PCP e do PSD marcaram a sua presença. Os dos do PS, apesar de fi sicamente ausentes, espiritualmente não dei-xaram de trautear umas músicas; afi nal, não fora o próprio Primeiro-ministro José Sócrates quem viria a revelar que “compreendia” muito bem o sentimento dos manifestantes, enquanto desculpava a sua ausência pelas presentes obrigações de um trabalho que hoje em dia ele próprio

sente como ‘precário’?É claro que, no

meio de todas as ‘cantigas de inter-venção’ e ‘palavras de ordem’, ninguém gastou um momento da sua ocupada vida a pensar no que re-almente o havia ali

levado. Afi nal, nem nisso “a gera-ção com o maior nível de formação na história do país” quis ser muito diferente de qualquer outra, tendo

faltado a algumas aulas básicas. A duas pelo menos. Uma sobre

economia e outra sobre educação. Por esta ordem. Muito simplesmen-te, Portugal não tem uma economia intermédia sólida; e por isso, muito logicamente, não se demonstra ca-paz de gerar qualquer forma de trabalho inter-médio. O que existe, e já existe há muito tempo, é algum (pouco) emprego para pessoas com altas qualifi cações e um vas-to emprego para pesso-as com baixas qualifi -cações – algo que não implicam muito mais que uma formação de 9º ano. Enquanto foi possível, o emprego na máquina do Estado foi absorvendo todos aqueles que esta-vam no meio – uma solução desde logo a prazo e em última análise ruinosa, mas que servia para es-conder a crua realidade. Agora isso acabou. Agora, a mentira em que o sistema educativo português se tem baseado, e que muitos se esforçaram

por alimentar, chegou ao seu limite: a de que uma licenciatura dava ga-rantias automáticas de emprego. E com uma agravante: a qualidade da dita educação piora de dia para dia. Hoje não se ensina; ‘qualifi cam-se’ pessoas para um mercado de traba-

lho inexistente. Perceber como

se chegou a esta miséria deveria ter sido o primeiro e único objectivo de toda aquela gente. Infelizmente, não foi, tendo-se pre-ferido antes exigir acéfalamente “um futuro digno, com

estabilidade e segurança em to-das as áreas da nossa vida”: na educação, no trabalho, na saúde, na família, no amor. Uma loucu-ra claustrofóbica que ignora uma premissa base de toda a existência: na vida não há garantias. De nada.

Por esta razão não deixa de ser sintomático a ‘frase de ordem’ que fecha o dito ‘manifesto’: “Protestamos

por uma solução e queremos ser par-te dela.” Uma frase simples que en-cerra em si mesma todo um projecto: a “geração à rasca”, longe de desejar uma reforma de um Estado falido e de um regime falhado, exige, isso sim, que esse mesmo Estado e regime os absorva, como durante anos, aliás, absorveu muitos outros.

Sim, as pessoas têm plenas ra-zões para estarem insatisfeitas. E sim, o número de manifestantes impressionou. Quase tanto como a clara inconsequência da coisa. O protesto de 12 de Março poderia ter sido importante e marcar o prin-cípio de uma mudança de menta-lidades. Infelizmente, não o foi. Ao invés de procurar responsabilizar os vários governos que se têm de-leitado a gerir irresponsavelmente e mentirosamente este país desde 1974, a “geração à rasca” preferiu antes exigir ao país a cota parte do bolo de que se acha merecedora. No fundo, nada mudou.

Tiago Apolinário BaltazarEstudante Universitário

“ o que trans-parece “é a descrença nestas elites políti-cas”, naqueles que “são supostos saber conduzir” os repre-sentados

“ Uma leitura do ‘manifesto’ da rapaziada (o ofi cial) – uma coisa pobre, desinteressante e insípida – não deixa de ajudar a explicar o fenómeno“ Por entre

anarquistas, nacio-nalistas, e outros tantos anacronismos célebres, não faltou quase ninguém

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A censura contra a economia parva

No dia em que o Bloco de Es-querda apresentou a sua moção de censura, o primeiro-ministro garantia no parlamento que o orçamento estava controlado e que estava tudo de acordo com o guião. Deixem-nos trabalhar, repe-tia, lembrando alguém do passado.

Sabemos agora que, à mesma hora, já o governo tinha negociado com a União Europeia e o BCE um novo pacote de austeridade que implica reduzir para um terço as

indemnizações por despedimento, congelar as pensões e diminuir mesmo algumas, cortar no serviço de saúde, aumentar os preços da electricidade, liberalizar as rendas de casa dos inquilinos mais velhos e provavelmente cortar nos sub-sídios de férias e de Natal.

Para um país que entra agora em recessão, graças às medidas nego-ciadas pelo PS e PSD, não está mal. Curamos a economia através das medidas parvas, para parafrasear os

Deolinda – a solução do governo é continuar a facilitar despedimentos, diminuir salários e pensões e fi nan-ciar o sistema fi nanceiro.

Não sei onde estão agora os que diziam que a moção de censura era inoportuna, radical e extremista. Já vemos onde estão os radicais, inoportunos e extremistas: no go-verno e na direita, cujas políticas provocam o maior desemprego da nossa história. Precisamos de alguma prova mais de que esta

economia é destruidora? De que não traz nenhuma solução? De que persegue os salários e pensões? De que só garante aos jovens que os vai expulsar cá dentro? Não precisamos. Esta política tem que ser parada e já.

Foi esse o sentido da gigantesca manifestação das “gerações à ras-ca”. A maior moção de censura já conhecida. Um governo isolado e uma direita afl ita. Continuar esse combate é hoje a única garantia que temos de recuperar a democracia

e de estabelecer uma economia decente, que proteja os salários e crie emprego, que tribute o sistema fi nanceiro e ataque as desigualda-des. Esse é o sentido da acção do Bloco de Esquerda, porque só por esta via se pode conseguir a força, a maioria, a determinação para uma governação de esquerda para uma política socialista.

Francisco LousãDeputado – Coordenador do BE

Agora sim, damos a volta a isto?Agora sim, damos a volta a isto! / Agora sim, há pernas para andar! / Agora sim, eu sinto o optimismo! / Vamos em frente, ninguém nos vai parar!

Foram 300 mil as pessoas que, por todo o país, aderiram ao Protes-to da Geração à Rasca. Um mar de gente e de opiniões divergentes que – partilhando a urgência de fazer algo para contrariar aquilo que Salgueiro Maia designaria por “o estado a que isto che-gou” – saiu às ruas e deu mediatismo a uma insatisfação latente – e crescente – há muito.

Com esta força popular transversal às gerações, vamos começar, por fim, a construir um país melhor, um Portugal mais justo.

A matéria-prima existe e a von-tade de criar alternativas foi visível nos últimos três anos, com a fun-dação de cinco novas forças partidárias – uma efervescên-cia que só encontra paralelo nos anos 70 e que se torna mais notável pelo facto de, em 2003, PSD, PS e CDS-PP terem aumentado em 50% o número de assinaturas exigidas para legalizar um partido, a par de outras medidas tendentes a difi cul-

tar a sobrevivência das forças de menor expressão.

Então, o que nos pode travar?

Agora não, que falta um impres-so... / Agora não, que o meu pai não quer... / Agora não, que há engar-rafamentos... / Vão sem mim, que eu vou lá ter...

Nós mesmos. Apesar de te-rem superado as barreiras ins-

titucionais, quatro dessas cinco novas forças políticas (o Partido pelos Ani-mais e pela Nature-za ainda não se sub-meteu a eleições) tiveram uma fraca prestação eleitoral.

Então e a ne-cessidade de novos actores? Não supera a resistência à mudança? Estaremos assim tão apegados à lógica de “mais vale um diabo conhecido...”? Se a descrença nos

partidos que gover-naram o país nos úl-timos 35 anos atinge o nível expresso a 12 de Março, como con-tinuam essas forças a ter mais de três quar-tos da representação parlamentar?

Entre os inúmeros factores que contribuem para este cenário, destacaria dois. Em primei-ro lugar, temos um sistema eleitoral

que, ao dividir o país em 20 círculos, favorece os dois maiores partidos, quando um círculo nacional único permitiria aumentar a pluralidade no parlamento. Em segundo, preva-lece no discurso político e mediático uma lógica maniqueísta inerente à suposta “eleição do primeiro-ministro” nas legislativas, quando estas visam, na realidade, eleger os 230 deputados da Nação.

Se é verdade que as mudanças de que o país carece passam por todos e não apenas pela classe política, também é certo que esta

assume um lugar privilegiado na defi nição dos rumos colectivos. Por isso se torna tão premente eleger melhores representantes – parlamentares mais conscien-tes do impacto das medidas que votam e que não verguem o seu “sim” ou “não” às indicações de um líder ou o condicionem à mera proveniência das propostas.

Num momento em que as le-gislativas antecipadas são um dado adquirido, os eleitores devem assu-mir a responsabilidade de recusar o facilitismo da abstenção, do voto

nulo ou do voto em branco, e es-colher entre as opções disponíveis – e não apenas entre os alegados “candidatos a primeiro-ministro” – deputados que, à semelhança da vitalidade cívica que inundou as ruas a 12 de Março, inundem de vida (e de soluções) o debate político.

Porque, afi nal, como se lia num mural pintado há uns anos em Setúbal, “mais vale um deputado acordado do que dez a dormir”.

Luís Humberto [email protected]

“ Temos um sistema eleitoral que, ao dividir o país em 20 círculos, favo-rece os dois maiores partidos

“ Foram 300 mil pessoas que, por todo o país, aderi-ram ao Protesto da Geração à Rasca

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Espirituosas, licorosas, destiladas e encevadas

TRAVESSA DOS GALEÕES, L. 5 C - SETÚBAL

Solta a franga e arredores

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"Minha pátria é a língua portuguesa", Fernando PessoaComo é sabido, a revista A Águia

foi uma das mais importantes do início do século XX em Portugal, em que colaboraram algumas das mais relevantes figuras da nossa Cultura, como Teixeira de Pascoaes, Jaime Cortesão, Raul Proença, Le-onardo Coimbra, António Carneiro, António Sérgio, Fernando Pessoa e Agostinho da Silva. A ideia de re-lançar a revista, agora sob o nome de NOVA ÁGUIA, pretende ser uma homenagem a essa tão importante revista da nossa História, procuran-do recriar o seu “espírito”, adaptado aos nossos tempos. Não se trata, nessa medida, de fazer uma revista voltada para o passado, meramente revivalista. Trata-se, antes, de fazer uma revista para os tempos de hoje, para o século XXI.

Tal como n’ A Águia, procurare-

mos o contributo das mais relevantes fi guras da nossa Cultura, que serão chamadas a reflectir sobre deter-minados temas. O tema do sexto número, que agora lançamos, é “Fernando Pessoa: “Minha pátria é a língua portuguesa” (nos 15 anos da CPLP)”. Uma vez mais, a NOVA ÁGUIA celebra, de forma assumida e descomplexada, as fi guras maiores da nossa Cultura.

Para além de Fernando Pessoa, outros autores são abordados neste número da Nova Águia – nomeada-mente, António Feliciano de Castilho, Carlos Queiroz e António Quadros, de quem publicamos um texto, “Da língua portuguesa para a fi losofi a portuguesa. Neste número, quisemos ainda homenagear Malangatana, recentemente falecido, dada a sua importância para a cultura lusófona.

Para além das rubricas habituais, publicamos ainda um longo ensaio de cariz pedagógico, bem como al-gumas recensões, a maior parte delas de títulos da “Colecção Nova Águia”, em que se publicaram já mais de vinte títulos (ver lista no fi nal).

Incluindo este número todos esses textos, mais alguns po-emas – a Nova Águia tem sempre publicado poesia –, tivemos que sacrificar em parte a secção “Minha pátria é a língua portuguesa” (nos 15 anos da CPLP)”, apesar da importância do tema para nós – como se pode ler no “Manifesto da Nova Águia”, publica-do no primeiro número da revista:

“Portugal não pode ser pensado fora da grande comunidade dos cerca de 240 milhões de falantes, em todo o mundo”. Alguns dos textos que

não couberam neste número serão, contudo, publicados no próxi-mo, cujo tema maior será: “O Pensamento da Cultura de Língua Portuguesa: nos 30 anos da morte de Ál-varo Ribeiro”.

Como tem acon-tecido semestre após semestre, também este número será lançando

por todo o país e em vários locais do espaço lusófono, dado o apoio que o MIL: Movimento Internacional Lusófono (www.movimentolusofono.org) tem dado a este projecto. O MIL

é um movimento cultural e cívico, registado notarialmente no dia 15 de Outubro de 2010, que conta já com mais de 5 MIL adesões, de todos os países da CPLP. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por meia centena de pes-soas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países lusófonos – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procu-rando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.

Renato EpifâneoNOVA ÁGUIA: REVISTA

DE CULTURA PARA O SÉCULO XXIwww.novaaguia.blogspot.com

A persistência do NaturalismoOs pintores que a partir de 1830

escolheram a aldeia de Barbizon para pintar fundaram o Naturalis-mo e lançaram a semente de uma revolução na pintura. O seu sucesso não se deveu a um consistente su-porte teórico, que não existia, nem à realização de obras especialmente elaboradas ou inovadoras, o que de um modo geral também não acon-tecia; deveu-se, sim, a uma atitude que marcou a diferença.

Os pintores da escola de Barbi-zon recusaram o ensino académico, fechado, previsível e sempre agar-rado aos mestres do passado, onde apenas eram considerados os temas tidos como nobres, como a mitolo-gia, a história e o retrato (nesta altu-ra, em França, a religião já não era tema que tivesse muitos adeptos). Pretendiam apenas pintar o dia-a-dia do espaço onde estavam inseri-dos, com especial destaque para as paisagens e para o trabalho rural. Duas décadas depois esta atitude viria a ter refl exos também no meio urbano de Paris, numa primeira fase através do Realismo.

A focagem no presente retirou exclusividade aos temas admitidos pelos académicos. O ar livre per-mitiu descobrir coloridos, refl exos, sombras, brilhos, texturas e am-bientes impossíveis de discernir nos estúdios. E para isso bastou-lhes trocar a escola de belas-artes pela “escola das belas árvores”, como lhe chamavam.

O colorido de ar livre tornou-se o principal pilar do Impressionis-mo. A valorização da cor nos seus múltiplos aspetos (atmosféricos,

simbólicos, emocionais, etc.) vai estar também presente no Pós-impressionismo, no Simbolismo e no Expressionismo. A partir daqui surge um rol de movimentos e de grupos que, ao longo do século XX, fi zeram com que a pintura não mais voltasse a ser como antes.

O Naturalismo continuou e espalhou-se por toda a Europa e até fora dela após 1870, quando a escola de Barbizon se desintegrou. Contudo, este movimento foi rele-gado para segundo plano, trucidado

por outros que não teriam existido sem ele, assim como por historiado-res e teóricos que valorizam no séc. XX apenas os que se afastavam da realidade objetiva. O Naturalismo passou a ser um movimento de ar-tistas dispersos e sem organização, tendo como suporte teórico o de sempre, primordial e básico, apenas acrescentando à sua temática origi-nal a paisagem urbana e o retrato.

Contudo, o Naturalismo não de-sapareceu. São naturalistas os pinto-res que registam as paisagens da sua

terra; são naturalistas aqueles que pintam as coisas comuns à sua volta, com um razoável grau de fi delidade. Alguns entre eles são senhores de um elevado domínio técnico.

Ora, um movimento artístico que resistiu a mais de cem anos de desprezo pelos fazedores da histó-ria, que não alinhou em inovadoras propostas estéticas, mesmo que aliciantes, obviamente tem de ser visto com respeito. Não se tenham dúvidas de que, além dos poucos conhecidos, outros nomes de valor se escondem ainda, merecendo ser valorizados e divulgados.

No Naturalismo português do séc. XX ainda são poucos os no-mes sonantes que marcam o seu lugar na história, como Abel Manta e Henrique Medina. Por que não incluir nesse grupo o setubalense Luciano dos Santos, com uma obra coerente e de qualidade, de quem se comemora presentemente o cen-tenário do seu nascimento?

António GalrinhoProfessor

NOVA ÁGUIA, Nº 7 (nos 15 anos da CPLP)

Luciano dos Santos - O Ensino e o Trabalho, fresco do átrio da Escola Secundária de Sebastião da Gama, em Setúbal, 244x697, 1955

“ Tal como n’ A Águia, procurare-mos o contributo das mais rele-vantes fi guras da nossa Cultura, que serão chamadas a refl ectir sobre de-terminados temas

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Decrescimento, Crise, EcologiaAssim, visto que não há no planeta lugar para sete mil milhões de consumidores, a nossa primeira obrigação consiste em reduzir sensivelmente as nossas ilusões a esse respeito.

Carlos Taibo

Ao ritmo alucinante que os tele-jornais e outros media nos intoxicam com esse espectáculo de variedades chamados notícias, vamos-nos aper-cebendo de que algo anda mal por aqui. Mas a intoxicação que pouco permite pensar dá-nos uma ideia confusa da crise que vivemos. De-crescimento é uma palavra assusta-dora no meio de tudo isto, mas que funciona, não como uma solução, mas como um convite à refl exão.

Vivemos uma crise, é certo. Mas que tipo de crise? Ou de que crises? Este debate tenta centrar-se sobretudo na crise dos recursos naturais. É um debate difícil porque precisamente por cima desta aná-lise padecemos da intoxicação que nos colonizou o imaginário e nos faz olhar para a economia como o deus supremo do mundo. O convite então fi ca em tentar perceber que economia teríamos sem recursos? Sem petróleo, sem trigo, sem mine-rais... E quem acredita que podemos consumir eternamente num planeta onde os recursos são fi nitos, ou é louco, ou é economista.

O debate do decrescimento centra-se muito aqui. Se consi-derarmos o consumismo como indústria, falaremos com certeza

da maior actividade económica mundial. Plasmas, gps’s, roupa e calçado, automóveis, turismo, portáteis, telemóveis... voam a um ritmo alucinan-te das prateleiras do consumo para as casas das con-sumidoras. A eco-nomia de um estado mede-se pelos ín-dices de confiança do consumo e não pela nossa felici-dade real. Se não há consumo, não há economia, se não há economia não há em-pregos e por aí adiante... Espirais loucas e sem fim que parecem não ter soluções nem fins.

E é complicado procurar outras soluções, requer um esforço indivi-dual enorme pensar de outra forma que não a imposta pelas 3000 men-

sagens diárias que uma pessoa recebe da publicidade a diá-rio. Seja pela tv, pelos jornais ou pelos cerca de 40kg de panfl etos que cada pessoa dei-ta ao lixo por ano... A publicidade já é a se-gunda maior indústria mundial a seguir à do

armamento. Por isso, juntando-a às indústrias que nos permitem este modo de vida irresponsável, certa-mente temos o consumismo como grande motor da nossa economia.

Juntando a facilidade ao crédito para continuar a consumir e a ob-solescência programada, vemos que estamos dentro de uma teia bem montada para nos prender a esta forma de viver.

Tendo em conta o fi m do petró-leo e ainda não termos encontrado alternativas viáveis para manter o mesmo modelo (biocombustíveis e automóveis eléctricos não são solução) os caminhos para en-contrar viabilidade escasseiam, pois tal acontece com os recursos. O modelo agro-industrial ameaça a soberania alimentar das pessoas, como vemos acontecer no Médio Oriente e noutros lugares. A resposta é complicada, mas o movimento do decrescimento aponta soluções

nada desprezáveis. Mas parece que repensar o nosso modo de vida, o do norte opulento, que se alimenta vorazmente à custa dos países afri-canos, americanos e asiáticos é cada vez uma questão mais urgente.

Menos é mais. Menos consumo é mais qualidade de vida. Menos tra-balho é mais tempo e lazer. Menos velocidade é mais efi ciência. Decres-cer não signifi ca atirar-nos para a idade da pedra. Agora, um modelo capitalista que para alimentar um europeu exige 2 ha de terra pode bem atirar-nos para um lugar bem pior. Se o planeta tem 13 biliões de hectares de superfície e somos 7 biliões de habitantes é fácil fazer as contas.

João de Sousa Gomes

Viver e Conviver Positivamente com o VIHHoje, na África e no resto do

Mundo (onde o problema é escas-sez de antiretrovirais), resolvido o problema da sobrevivência ao SIDA fi ca o problema social do VIH.

Quanto maior a distância dos grandes centros, maior o fenóme-no de “insularidade” e isolamen-to dos portadores VIH e menor a probabilidade de es-tes, nas suas regiões, encontrarem formas de sociabilizarem e de combaterem a auto-exclusão.

Surge por isso a Rede Positivo, uma rede reconhecida e ao serviço da CPLP, como uma resposta sob a forma de uma rede social destinada a sero-positivos e a todos aqueles que se preocupam e que de algum modo se relacionam com os assuntos que lhes dizem respeito e que dispõe de Chat, Fóruns, Blogues, Deba-

tes e Informação VIH/SIDA e Co-Infecções (www.redepositivo.org) e que está presente em diferentes localizações na internet e enquan-to marca, tais como: Facebook/Orkut/Blogger/Badoo/GNP+/Aidsspaces (ONUSIDA).

Reflectindo sobre este pro-blema e no que ele constitui

para quem vive e sobrevive com esta patologia, importa falar-se – e na nossa sociedade sobretudo – do enorme proble-ma do estigma e ao preconceito ligado ao VIH e ao peso de ser portador, à con-

sumação dos afectos apesar do que isso implica no ato de reve-lar ao outro o estatuto serológico, como ainda nas relações laborais e familiares.

Nenhuma outra patologia tem tanto estigma e preconceito as-

sociado, mas existem as mesmas pessoas com os mesmos estigmas sociais em todas elas. Só no VIH as pessoas se interrogam primeiro como a con-traiu e depois, como se sente ou como o porta-dor/paciente lida com o assunto.

Todos temos direito à integração social. O estigma e o preconcei-to existem e seria um erro crasso negá-lo. Numa comunidade de seroposi-tivos, qualquer pessoa com VIH/Sida se sente segura e na socieda-de em geral, juridicamente, todos temos o direito à não discrimina-ção que lhe é constitucionalmente garantida.

A revelação do estado serológi-co é opção do indivíduo. A atitude de revelar a sua condição de saúde, tal como a opção sexual, é algo de muito íntimo e não deve ser toma-

da de ânimo leve. A prevenção sim, é obrigação de todos. Devemos gostar de nós mesmos e respeitar

o outro, de na dúvi-da (ou não), usar o preservativo.

O VIH é hoje, nos países desen-volvidos, nos casos onde os antiretro-virais estão razoa-velmente disponí-veis, um Síndrome Infl amatório Cró-

nico Adquirido e uma doença que predispõe os pacientes para problemas cardiovasculares e para depressões, cujo mecanis-mo ainda não compreendemos completamente.

Embora não exista cura para o VIH, podemos ter esperança nisso e no avanço em melhores tratamentos, que aliás estão em fase de desenvol-vimento (quase todos os dias saem novidades sobre isso ao contrário

de há anos). Existem esperanças re-dobradas saídas do mapeamento de processos feito durante o sucesso de cura do Homem de Berlim.

Não afirmamos isto sob o pressuposto que o VIH é hoje uma doença letal (mas pode ser), mas porque é uma doença crónica, complicada, pode muito bem não ser a única que venha por essa via e o tratamento é caro e fi ca con-nosco para a vida toda.

Temos é sim, a obrigação con-nosco próprios de procurar formas de sociabilizar abertamente e sem-pre que possível duma forma segu-ra, para que nos possamos sentir mais iguais, mais libertos e menos sós e sem preconceitos. Qualquer que seja a situação é nossa missão lutarmos pelo direito que nos assis-te a todos de sermos felizes.

Luís SáREDE POSITIVO

www.redepositivo.org

“ Todos temos direito à integração social. O estigma e o preconceito existem e seriaa um erro crasso negá-lo

“ (...) um mo-delo capitalista que para alimentar um europeu exige 2 ha de terra pode bem atirar-nos para um lugar bem pior

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“ Temos é sim, a obrigação conosco próprios de procurar formas de sociali-zar abertamente e sempre que possível duma forma segura

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[ SESIMBRA ]

+ RegiãoS á ba do | 19. M a r. 2 0 1 1 www.smjornal.publ.pt

Pub.

O fotógrafo sesimbrense Carlos Sargedas é o contemplado da edição deste ano do Prémio

Espichel, na área Artes e Letras. A distinção, segundo explicam os

deputados municipais sesimbrenses, «traduz o reconhecimento das acções de cidadania desenvolvidas» nos últimos tempos por Carlos Sargedas, de onde se destaca o envolvimento directo do fotógrafo na promoção da recuperação e eventual classifi cação

do Santuário do Cabo Espichel, refor-çando o progr ama de comemorações alusivas aos 600 anos do início do culto e à edifi cação da Ermida da Memória. Carlos Sargedas acolhe o prémio como «forma de projectar» o concelho, a sua cultura e património além fronteiras.

A decisão da Assembleia Muni-cipal teve ainda em conta o currí-culo profi ssional e a participação em causas sociais através do Rotary

Club de Sesimbra.A cerimónia, marcada para a

próxima quinta-feira, no Auditório Conde de Ferreira, inclui também a apresentação deste prémio por parte da presidente da Assembleia Municipal, Odete Graça, e uma palestra de Fernando António Baptista Pereira, historiador de Arte e professor catedrático, sobre Os valores Culturais e Artísticos do Santuário do Cabo Espichel.

Centro Rafael Monteiro prepara-se para reabrir

A CÂMARA de Sesimbra reabriu, esta semana, o Centro de Docu-mentação Rafael Monteiro, no Castelo de Sesimbra.

O centro de documentação abre ao público de cara lavada, depois de um período de reno-vação e reorganização. Este espaço passará a ser o principal ponto de acolhimento de visi-tantes ao castelo.

Para além de um posto de aten-dimento, terá uma livraria, com livros sobre Sesimbra, editados pela Câmara, para além da venda de materiais promocionais e produtos regionais.

O centro de cultura local pretende, ainda, apresentar exposições temporárias dedi-cadas à arqueologia e à história do concelho e, numa segunda fase, receberá uma exposição sobre o espólio de Rafael Monteiro, personalidade da cultura sesimbrense que viveu naquele espaço.

Boa água na Azóia A Rua dos Pescadores, que estabelece a ligação entre a EM569 e a Rua da Baleeira, na Azóia, está em obras para receber uma nova conduta de água.A obra, da responsabilidade da autarquia, envolve uma conduta com cerca de 350 metros de comprimento que «visa melhorar o abastecimento público de água» à população. Esta intervenção está orçada em cerca de 7500 euros e prevê-se que esteja concluída no início de Abril.

Jovens ‘pintam’ turismoUma Ideia Jovem de Futuro para Sesimbra é o tema da 4.ª edição do concurso As Cores da Cidadania, cujo objectivo é promover a criação de trabalhos inéditos nas áreas do desenho e poesia e incentivar o espírito crítico dos mais novos. Integrada na 8.ª edição da Assembleia Municipal de Jovens, a iniciativa está aberta à participação de alunos do 3.º e 4.º ano do 1.º ciclo do ensino básico.

+ Notícias

Sargedas arrecada Prémio Espichel

DR

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[ ALMADA ]

[ SEIXAL

Sapal vai ganhar observatórioO SAPAL de Corroios vai ter

um circuito interpretativo e um observatório de aves.

O projecto é da autoria do Grupo Flamingo e surge «com natu-ralidade enquanto parte dos objec-tivos do grupo de contribuir para a salvaguarda do património ambiental do concelho», afi rmam os ambientalistas locais.

O circuito, que agora entra em fase de implementação, cujo traçado é designado “Do Moinho de Maré à Ponta dos Corvos”, tem uma extensão aproximada de 4.500 metros, promovendo a ligação entre o Moinho de Maré de Corroios e a Ponta dos Corvos.

Paralelamente, será criado um observatório de aves naquela que é considerada uma zona de consi-derado interesse ornitológico e excepcional valor natural. Todos os Invernos «passam ou permanecem no sapal cerca de 10 mil indivíduos de várias espécies», lembra o grupo Flamingo. As aves migradoras vêm da Europa do Norte (Norte da Alemanha, Suécia, Finlândia, Noruega) fugindo aos frios rigo-rosos, procurando temperaturas amenas e alimento abundante.

Banhada pelo rio Tejo e um dos

seus afl uentes, o rio Judeu, o Sapal de Corroios integra-se na orla costeira do estuário do Tejo com a respectiva "várzea" estuarina baixa, constituído aqui uma restinga de areia, com praia e sistema dunar e a respectiva vege-tação característica de salgado formando calhetas e mouchões.

O Grupo Flamingo - Asso-ciação de Defesa do Ambiente,

Organização Não Governamental de Ambiente, registada na Agência Portuguesa do Ambiente com o n.º 135/L, membro da Confede-ração Portuguesa das Associa-ções de Defesa do Ambiente - CPADA, tem como um dos seus objectivos a preservação do Patri-mónio Natural desenvolvendo actividades específi cas para essa persecução.

O projecto é do grupo Flamingo, como salvaguarda daquele património

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Ambiente de Março a AbrilNatália Gromicho

no Espaço JovemO Espaço Arte Jovem, no Miratejo, apresenta até ao dia 6 de Abril, a exposição de pintura de Natália Gromicho: Mulher do Século XXI. Uma abordagem retrospectiva onde, segundo a artista, “estão expostos rostos e expressões de mulheres sem liberdade, sem vida própria”.Natália Gromicho nasceu em Lisboa, em 1977 e tem como base de formação o curso de Artes e Ofícios - variante cerâmica e frequentou o curso de pintura da escola de arte Independente ArCo.

Nuno Calado mostra Noite Antena 3 O Espaço Março Fora D’Horas recebe a 19 e 26 de Março e 2 de Abril, a Noite Antena 3, com as Escolhas de Nuno Calado a subir ao palco dos Refeitórios da Mundet, na edição deste ano do Março Jovem Murdering Tripping Blues e Dr. Frankenstein actuam no dia 19 e no sábado seguinte, é a vez de Noidz e Phantom Vision. A 2 de Abril, encerra o Março Jovem com Fita Cola, Bypas e Ninja Kore.

A PARTIR deste sábado e até 9 de Abril, o concelho do Seixal comemora o Dia da Árvore e Dia Mundial da Floresta (21 de Março) com um programa que contempla exposições, ateliers, fotografi a, teatro, leitura e visitas guiadas.

De acordo com a autarquia, as iniciativas pretendem sensi-bilizar para a importância da preservação e valorização das árvores, sobretudo em contexto urbano.

Destaque para a Feira das Plantas, já a 26 deste mês, que uma vez mais irá disponibi-lizar muitas variedades a preços simbólicos e cujo valor reverte a favor de uma Insti-tuição de Solidariedade Social do concelho e também para as visitas ao Viveiro Municipal.

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A floresta é um dos temas

Cidade vence prémio da mobilidade

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ALMADA acaba de sagrar-se vencedora do Prémio da Semana Euro-peia da Mobilidade 2010. O anúncio foi feito pelo Comissário Europeu do Ambiente, Janez Poto nik, numa cerimónia realizada em Bruxelas, Bélgica. É a primeira vez que este prémio europeu é entregue a uma cidade portuguesa. Almada deixou para trás Múrcia (Espanha) e Riga (Letónia), as outras duas fi nalistas candidatas a este galardão.

O vereador António Matos realça que este prémio representa «o reco-nhecimento» de um trabalho de «inovação» que a autarquia tem vindo a desenvolver desde há dez anos a esta parte na área de novos conceitos de mobilidade nas cidades. «As nossas semanas da mobilidade apelam para a necessidade de viver a cidade e não pensar-se apenas no carro como único meio de transporte pessoal», sublinha, acrescentando que também foi premiado o conjunto de trans-formações que, por ocasião da

semana da mobilidade, o município efectuou no território, para que as pessoas possam viver de uma forma mais saudável e equilibrada.

Almada destaca-se assim entre as 2 221 cidades mundiais participantes na edição da Semana Europeia da Mobilidade 2010, entre elas 66 portu-guesas. A escolha do júri baseou-se nas actividades realizadas durante esta semana mas também pelas medidas de carácter permanente implementadas pela autarquia, desta-cando-se a entrada em funcionamento do serviço de mobilidade reduzida Flexibus (autocarros eléctricos), a construção de um bicilink, o Madan Parque e a entrada em funcionamento de cinco novos parques de estacio-

namento cobertos e a requalifi cação e pedonalização da Rua Cândido dos Reis, em Cacilhas.

Almada é uma das poucas cidades europeias a aderir pelo 10.º ano consecutivo a esta iniciativa europeia. Em 2010, e depois de ter passado por sete diferentes fregue-sias do concelho, a SEM (organi-zação do município) celebrou 10 anos regressando ao centro da cidade, onde a 18 de Setembro ocorreu o 1.º Festival da Mobilidade.

O Prémio da Semana Europeia da Mobilidade é instituído pela Comissão Europeia e premeia as cidades que mais se empenharam na sensibilização para a mobili-dade sustentável.

Corpo de ucraniano enterrado um mês depois

O CORPO do cidadão ucra-niano que há mais de um mês estava por reclamar na morgue do Hospital Garcia de Orta, e que causou aos utentes um odor nause-abundo que alastrou ao átrio do edifício de internamento, foi a enterrar na quarta-feira.

Segundo fonte do hospital, esta unidade foi informada pela Santa Casa da Misericórdia na quarta-feira de manhã da marcação da cerimónia fúnebre. Entretanto, a Embaixada da Ucrânia terá também encontrado um familiar deste cidadão. Caso a família venha a reclamar o corpo, o mesmo poderá ser trasladado, garantiu a mesma fonte.

A morgue do Garcia de Orta tem 22 câmaras frigorífi cas. Fonte do referido hospital sublinha que o mau cheiro denunciado pelos utentes não se fi cou a dever ao facto de haver problemas de lotação naquele espaço.

Concelho celebra florestaO município organiza várias actividades para comemorar o Dia Mundial da Floresta e sensibilizar para a importância da natureza e dos espaços verdes. Ateliers ecológicos, teatro de marionetas, percurso de descoberta pelo Parque da Paz e actividades pedagógicas são algumas das propostas. Na Ecoteca pode adoptar a 21 e 22, entre as 10 e as 18 horas, uma árvore ou um arbusto juvenil que depois poderá plantar no seu jardim, horta ou mesmo num terraço ou varanda.

Mostra de teatroA 15ª Mostra de Teatro apresenta de 1 a 17 de Abril cerca de 20 espectáculos, entre os quais várias estreias, envolvendo quase duas dezenas de companhias e grupos de teatro. Organizada anualmente pelo município, em parceria com os grupos teatrais, o objectivo desta mostra, que arrancou em 1996, no Salão da Incrível Almadense, é promover e divulgar a diversifi cada produção teatral.

O vereador António Matos, ao centro, recebeu o prémio da mobilidadeD

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[ BARREIRO ]

[ MOITA ]

Endereço electrónico para munícipes A autarquia criou o endereço electrónico [email protected] de um endereço específi co para receber questões e sugestões que os munícipes queiram colocar, nomeadamente perguntas sobre livros existentes, horário, disponibilidade para utilização do auditório e actividades realizadas.

Novos títulos disponíveis«O traje do novo imperador», «Ama o teu mundo», «Onde meto o meu nariz», «As árvores», «O mundo em que vivi» e «Uma aventura no Pulo do Lobo» são os novos títulos que a Biblioteca tem à disposição dos utentes. Entretanto, no âmbito das celebrações do Ano Internacional da Floresta, está patente até fi nal de Maio uma exposição com fotografi as da autoria de Nuno Cabrita, organizada em conjunto com o Centro de Educação Ambiental da Mata da Machada e Sapal do Rio Coina.

+ Notícias

DE 11 A 15 e de 18 a 21 de Abril, o Centro de Educação Ambiental da Mata Nacional da Machada e Sapal do Rio Coina volta a promover este contacto privile-giado com a natureza.

Durante duas semanas, cerca de 60 crianças, entre os 6 e os 12 anos, poderão usufruir da riqueza natural da Mata da Machada, entre jogos pedagógicos e brincadeiras, sempre de carácter ambiental,

que lhes permitirão aprender um pouco mais sobre este espaço verde, bem como a preservar o meio ambiente.

Para a realização deste campo de férias terá de existir um mínimo

de 15 crianças e o máximo de 30 participantes inscritos.

Os interessados podem obter mais informações através da Linha Verde do Ambiente 800 205 681.

Páscoa ‘ambiental’ em força na Mata da Machada

O NÚCLEO de Apoio à Vítima (NAV), no Barreiro, vai fi car insta-lado no edifício da divisão de inter-venção social da autarquia.

A cedência do espaço à coope-rativa de solidariedade social Rumo foi formalizada esta semana, em protocolo, pela autarquia, que prevê a cedência das instalações a título gratuito.

«Ninguém faz nada sozinho», reconhece Augusto Sousa, presidente da Rumo, salientando a importância da articulação de uma rede no apoio à vítima. «É com as próprias vítimas» que mais têm aprendido, sublinhou, admitindo, no entanto, que «há muito

trabalho a fazer» no sentido de uma comunidade inclusiva.

O edil barreirense admite que seria «preferível não termos neces-sidade de assinar este protocolo» e deixou uma palavra de solida-riedade para com todas as vítimas.

O NAV Barreiro está instalado no edifício onde se encontra a Divisão de Intervenção Social da câmara, no Parque Empresarial da Quimiparque. Funciona às terças-feiras, das 14h00 às 17h30, pres-tando apoio psicológico, social e jurídico, e garantido atendimento individual, anónimo e confi dencial.

O protocolo prevê, ainda, a

promoção por parte da autarquia e da Rumo de actividades neces-sárias e tendentes a “dinamizar acções conjuntas que visem a divul-gação e a sensibilização da popu-lação sobre igualdade de género e violência de género”.

À Rumo competirá, segundo o documento, promover o apoio e aten-dimento a vítimas de violência domés-

tica; assegurar a implementação e dinamização do modelo de atendi-mento integrado para pessoas vítimas de violência doméstica, numa pers-pectiva do trabalho em rede e de parceria; promover acções de sensi-bilização sobre a temática da violência no concelho e participar na reali-zação dos diagnósticos sociais e planos de desenvolvimento social.

Município ‘ampara’ vítimas de violênciacom novo espaço

O edil Carlos Humberto na assinatura do protocolo com a associação RUMO

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ABRIU quarta-feira, as portas mais uma edição da Quinzena da Juventude, no concelho da Moita, que vai prolongar-se até 2 de Abril.

A Câmara, em parceria com os jovens do concelho, promete «dias preenchidos com muita música, dança, cinema, debate e exposições», naquele que é um dos certames mais concorridos do ano.

A abertura ofi cial ocorreu no Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, com o espectáculo Hip Hop Danza Urbana, pela Compañia Brodas, de Espanha.

Este sábado, a iniciativa

“Uma Conversa e Um Café”, pelas 16h00, e o “Às 10h, Tocas à Porta”, pelas 22h00, ambos no Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira, vão ser dedicados ao projecto musical “MIXTAPE (VA)”.

Este projecto resulta do trabalho de um colectivo de jovens talentos do Vale da Amoreira, durante seis meses, no estúdio comunitário do Centro de Experimentação Artística do Vale da Amoreira, com o apoio diário dos moni-tores do estúdio: Rãs M, Banastra, Primero g e Janelo da Costa. O CD vai sair em breve

com 20 temas de rap, kizomba, jerk, reggae, soul e r&b.

Nesta Quinzena da Juventude, destaca-se ainda o Moita Metal Fest, promo-

vido pela banda Switchtense, nos dias 25 e 26 de Março, na Sociedade Filarmónica Estrela Moitense. Angelus Apatrida (Espanha), Ava

Inferi, Seven Stitches, Mour-ning Lenore, Machinergy; Holocausto Canibal, Contra-diction (Alemanha), For � e Glory, Web, Crushing Sun, Decrepidemic, Painted Black, Grankapo, Head:stoned, Adamantine, Dark Oath são algumas das bandas que irão actuar neste festival.

A fechar esta edição da Quinzena da Juventude, vai estar o AV FEST, no dia 2 de Abril, na Sede do Grupo Os Indefectíveis, em Alhos Vedros. Com entrada livre, o AV Fest vai contar com a actuação de Roadies, Fernando Alvim e Seventy Seven Golden Events.

Quinzena da juventude para todos os gostos

Autarquia aposta, novamente, na arte dos mais novos

Autarquia ajuda associações a ganhar ‘músculo’ financeiro A ASSOCIAÇÃO Naval

Sarilhense, em Sarilhos Pequenos, vai receber da câmara uma verba de 640 euros para fazer face a custos do Curso de Pinturas Tradi-cionais.

Desde 11 de Fevereiro que a autarquia está a promover este curso, no

âmbito do Programa Muni-cipal de Preservação e Valorização da Cultura Marítima, que pretende preservar e transmitir às novas gerações as técnicas tradicionais de embeleza-mento das embarcações típicas do Tejo.

A decisão foi tomada

na última reunião de câmara, altura em que o executivo decidiu, também, um apoio financeiro de 900 euros ao Clube Recreativo do Penteado para o 2º Grande Prémio de Atle-tismo do Penteado e ao Centro de Atletismo da Baixa da Banheira que irá

dinamizar a XII Milha Ribeirinha.

Tendo em consideração que a conclusão da cons-trução do jardim-de-infância da EB1/JI n.º 1 da Moita «torna necessária uma alteração de trânsito» na Rua Professor António Guerreiro Dias, foi, ainda,

aprovado que, a partir do dia 31 de Março, o trânsito vai ser alterado no entron-camento desta via com a Rua da Paz sendo também colocada a sinalização necessária no arruamento do parque de estaciona-mento do jardim-de-infância.

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Bienal de Pintura abre inscrições A Câmara Municipal da Moita, a Junta de Freguesia de Alhos Vedros e o Círculo de Animação Cultural voltam a dinamizar, em 2011, a V Bienal de Pintura de Pequeno Formato – Prémio Joaquim Afonso Madeira. As inscrições e entrega das obras decorrem de 1 a 30 de Abril, na Junta de Freguesia. A Bienal pretende dinamizar e valorizar a criação artística, dando visibilidade à pintura e aos artistas plásticos.

Bando na bibliotecaEste sábado, o Grupo de Teatro O Bando vai levar ao palco da Biblioteca Bento de Jesus Caraça, a peça infantil “Grão-de-Bico”, baseada no conto de tradição oral europeia “O Bago de Milho”.

+ Notícias

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[ MONTIJO ]

[ ALCOCHETE ]

Câmara incentiva agricultura urbana A AGRICULTURA urbana

tem vindo a assumir um papel cada vez mais importante na vida das populações urbanas, nomeadamente as de menores recursos fi nanceiros. Uma convicção da autarquia alcochetana que, a partir deste mês, será traduzida na criação de espaços especí-fi cos para hortas urbanas, no concelho.

A ideia, só possível devido a um acordo com a Fundação Salinas do Samouco, visa promover a educação ambiental e dar resposta às necessidades de

pessoas ou famílias com poucos recursos.

O projecto Hortas Sociais disponibiliza talhões para cultivo, oferecidos pela Fundação no terreno adja-cente à Estrada Municipal 501.

No total, são dezoito talhões, que variam entre os 50m2 e os 700m2, a entregar preferencialmente a resi-dentes no concelho de Alco-chete; benefi ciários de apoios sociais e reformados ou pensionistas.

A renda de ocupação da horta terá o valor simbólico e dois euros mensais e implica

que a relação entre o hortelão e a Fundação das Salinas do Samouco fi que estabelecida através de um contrato anual sujeito a avaliação e de um regulamento interno; a produção hortícola será reali-zada de acordo com um manual de boas práticas, obedecendo a um regime de produção biológica; as casas de apoio destinam-se apenas ao arrumo dos utensílios e produtos inerentes à horta; e, por outro lado, não é permi-tida a construção de barracas nem a permanência de cães e outros animais.

Gulbenkiam promove leitura para os mais pequenos do PassilA FUNDAÇÃO Calouste

Gulbenkian vai disponibi-lizar verbas para a entrega de seiscentos livros às crianças da escola básica e jardim-de-infância do Passil. A primeira metade foi agora entregue, prevendo-se que os restantes cheguem até fi nal deste ano lectivo.

Trata-se de um projecto

iniciado em 2009, pela autar-quia, e decorre de uma candi-datura do município aos projectos de promoção da leitura em bibliotecas públicas da Fundação Calouste Gulbenkian, enti-dade que apoia o projecto “Crianças Miúdas, Leituras Graúdas” com uma verba de 5 mil euros destinada à aqui-

sição de fundo documental.A realização quinzenal

de sessões de promoção da leitura na sala de aula, assegurada por uma técnica da Biblioteca Municipal, é a outra vertente do projecto.

«Temos sempre uma grande intervenção na Escola do Passil no sentido de

apoiarmos uma comunidade que é fragilizada e a leitura tem um papel fundamental na promoção não só das questões globalmente ligadas à escolaridade, mas sobre-tudo na promoção da igual-dade de oportunidades, para que quando estes alunos entrarem para o 5.º ano possam ter tido o mesmo

conjunto de ofertas e de experiências de leitura», explica o vereador Educação.

Paulo Machado destaca que este projecto «só é possível na medida em que há um trabalho de articu-lação com o sector de apoio às Bibliotecas Escolares, partilhado também pelas bibliotecas das escolas.

Galeria retrata luta pela igualdade de género

OLHAR Feminino sobre as Mulheres do Sahara Ocidental é o título da ex -posição patente na Galeria Municipal, em homenagem à luta das mulheres de todo o mundo.

Através de 34 registos fotográficos, Helena Costa e Inês Seixas apresentam um olhar sobre o quoti-diano das mulheres que vivem em “Djala”, o acam-pamento de refugiados mais longínquo e menos visitado dos acampamentos sarauís na Argélia.

A exposição, que está patente na Galeria Muni-cipal até 8 de Abril, visa divulgar as difi culdades deste povo, principalmente das mulheresque lutam diariamente pelos seus direitos e por uma Repú-blica Árabe Saharauí Demo-crática, livre e independente.

Freguesia de Pegões vai ter novo edifício sede com biblioteca

O DIA 25 de Abril vai ter ainda mais festa para os montijenses, com a Câmara a inaugurar o edifício sede da Junta de Freguesia de Pegões/ Pólo de Pegões da Biblioteca Muni-cipal Manuel Giraldes da Silva.

A decisão foi avançada quarta-feira, pela presidente da Câmara, Maria Amélia Antunes, durante uma visita à freguesia de Pegões para encontros com autarcas locais e a população. «Comemoramos o Dia da Liberdade e dignifi camos o poder local democrático com a inaugu-ração de um espaço que também está associado à cultura e ao conhe-cimento», afi rmou a edil socialista.

Durante o dia, os autarcas reuniram com a Associação do Lar de Idosos de Pegões – Centro de Dia (ALIP) e os Escuteiros de Pegões e contactaram directamente com alguns problemas que preocupam os autarcas da freguesia e a popu-lação. A ligação dos esgotos domés-ticos à ETAR, nomeadamente na Quinta da Lua e da fossa colectiva da Rua 5 de Outubro foram priori-dades apontadas pelo executivo da freguesia. O estado de conservação da antiga Estrada Nacional nº 10, o

alargamento e novo piso da rua da Estremadura, o asfaltamento da Rua da Água e da Rua 5 de Outubro foram outros temas debatidos.

Às defi ciências em algumas escolas da freguesia, como as infl i-trações de água das chuvas, apon-tadas pela associação de pais “Educar é Crescer” a autarca respondeu com «um investimento colossal, nos últimos dez anos, no parque escolar do concelho». Amélia Antunes adianta que há dois anos foi apresentado um projecto para desenvolver o Centro Escolar de Pegões, que «permitirá agrupar todos os alunos num mesmo espaço,

o que levará ao encerramento das escolas agora existentes».

A edil explicou que candidatura ao QREN, desenvolvida numa primeira fase, não foi aprovada. «A autarquia está a desenvolver esforços no sentido de apresentar nova candi-datura. Não será nos próximos dois anos que teremos o centro escolar, mas talvez, dentro de três a quatro anos. Não faz sentido uma inter-venção de fundo, porque signifi caria desperdiçar recursos», acrescen-tando que, no entanto, «é obrigação da autarquia melhorar as condições das escolas e minimizar as defi ci-ências apontadas».

PSP alerta idosos para segurança no Censos

A CASA do Ambiente do Montijo recebeu ontem dezenas de idosos do concelho para uma acção de sensibilização “Censos 2011 – Prin-cípios Básicos de Segurança”.

A iniciativa, promovida pela Câmara Municipal, em colabo-ração com a PSP local, levou agentes da Polícia de Segurança Pública a dar conselhos aos idosos sobre os procedimentos de segu-rança que deverão adoptar em relação aos Censos 2011.

Um das questões relevantes prende-se com o facto de todos os recenseadores estarem devida-mente identifi cados, para evitar oportunismos e dar mais segu-rança e confi ança.

Entre Março e Abril, o Instituto Nacional de Estatística, com o apoio das câmaras e juntas de freguesia, está a realizar os Censos 2011 de modo a recensear todos os cida-dãos e famílias residentes, ou apenas presentes, no território português, bem como todos os alojamentos e edifícios destinados à habitação.

Tu Kontas quer mais saúde oral

NA PRÓXIMA quarta-feira, realiza-se um workshop sobre a Promoção da Saúde oral Rastreio Saúde Oral, na sede do Projecto Tu Kontas, Centro Cívico do Esteval.

O projecto Tu Kontas (+ ainda) surge de uma candidatura ao Programa Escolhas, tem como entidade promotora a Câmara Municipal do Montijo, através da Divisão de Solidariedade e Promoção da Saúde do Depar-tamento de Desenvolvimento Social, Cultural e Saúde, e, como entidade gestora, a Câmara Muni-cipal de Montijo.

Um dos resultados directos do Projecto Tu Kontas foi o impulso dado para a criação da primeira associação de imigrantes no concelho – ASSIM (Associação de Imigrantes do Montijo) que, tendo hoje autonomia institucional, ocupa uma das lojas do Centro Cívico do Esteval (loja laranja). Pese embora a sua autonomia, a ASSIM, continua a ser parceira do projecto Tu Kontas (+ ainda), nomeadamente no que diz respeito às actividades diri-gidas à comunidade imigrante.

A autarquia local vai agora ter mais condições para trabalhar em segurança

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Hortas Sociais é o nome do projecto nas Salinas do Samouco

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[ PALMELA ]

CERCA de 47 mil euros é o montante que o muni-cípio vai despender com a alimentação dos alunos do pré-escolar e das escolas básicas do concelho no presente ano lectivo.

A autarquia garante aos alunos do 1.º ciclo do ensino básico e crianças da educação pré-escolar, da rede pública, o acesso a refeições através da concretização do Programa de Alimentação Escolar, que compreende a confecção local, nos estabelecimentos dotados com refeitório escolar, ou transportada, com confecção externa.

Neste contexto, o muni-cípio estabeleceu protocolos de colaboração com os agru-pamentos de escolas do concelho, defi nindo compe-tências de parceria na concre-tização daquele programa, visando assegurar uma alimentação «equilibrada e adequada» às necessidades da população escolar.

É responsabilidade do município, no âmbito dos protocolos de colaboração celebrados com os Agrupa-mentos de Escolas José Maria dos Santos e José Saramago, comparticipar fi nanceira-mente o programa através da transferência de verbas, assegurando o bom funcio-namento do mesmo. O apoio consiste numa compartici-pação fi nanceira relativa às crianças/alunos benefi ciá-rios de apoio alimentar que frequentam as EBs António Santos Jorge e João Eduardo Xavier, bem como o 1.º ciclo do ensino básico da escola José Saramago.

O presente apoio fi nan-ceiro inclui acertos do ano lectivo transacto, decor-rentes de previsões efectu-adas no momento das atri-buições, e inclui também o valor do primeiro período lectivo e uma previsão para o segundo e terceiro perí-odos (até ao mês de Maio).

A APOSTA no turismo de aventura e a cobrança de ingressos à entrada, ao preço simbólico de um euro, são as principais novidades do 17.º Festival do Queijo, Pão e Vinho, que decorre entre 1 e 3 de Abril, nas instalações da Associação Regional de Cria-dores de Ovinos Leiteiros da Serra da Arrábida (ARCOLSA), em S. Gonçalo, freguesia de Quinta do Anjo, com um orça-mento de 30 mil euros.

Pedro Fontes, da organi-zação, realça que devido à redução dos apoios fi nan-ceiros por parte das entidades ofi ciais, o festival viu-se obri-gado, pela primeira vez, a cobrar entradas à porta. «O preços dos ingressos destina-se a ajudar a custear as despesas com a organização deste festival que, mais uma vez, garante qualidade e tradição», vinca.

Num espaço da feira, que conta com cerca de 40 expo-sitores, a maior participação de sempre, vai ser possível aos visitantes poderem praticar diversos desportos de aventura/campo, como Todo-o-Terreno, motos, BTT, escalada, entre outros.

O município aprovou, na sessão pública de quarta-feira, um apoio fi nanceiro no valor de 5 mil euros para o certame. Além desta verba, a autarquia disponibiliza também um importante apoio logístico ao evento que contribui para a promoção turística e desenvolvimento económico de Palmela.

Ao longo destes anos, segundo o município, o festival tem sublinhado a «importância da promoção dos produtos locais de quali-dade para a afi rmação turís-tica do concelho» e tem ganho um «lugar cada vez mais determinante na manu-tenção da ruralidade» do território municipal.

Por outro lado, a autar-quia realça que a iniciativa é «ainda mais relevante» porque são os próprios agentes sociais e económicos que assumem a responsa-bilidade da sua realização.

Apesar da crise, a autar-quia entende que o festival volta a «ousar crescer e lança raízes» que podem ser mais um factor de atractividade e sustentabilidade, ou até gerar «dinâmicas de desenvolvi-mento futuro» de uma inicia-tiva autónoma no campo do turismo de aventura. «É mais uma área de intervenção que o festival conquista, e mais um espaço que disponibiliza aos visitantes e às empresas da região», vinca a mesma fonte.

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALDO NOTÁRIO LiCENCIADO JOÃO FARINHA ALVES

Certifico narrativamente que, por escritura de onze de Março do ano de dois mil e onze, lavrada de folhas dezoito e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número cento e quarenta e dois-A, deste Cartório, JOSÉ JOAQUIM AMARAL, natural da freguesia da Aldeia de Joanes, do concelho de Fundão, viúvo, residente habitualmente na Rua Zacarias d’ Aça, número 4, quinto andar esquerdo, em Lisboa, contribuinte fiscal número 107607727, b) CRISTINA MARIA PEREIRA AMARAL MARTINS FÉLIX, natural da freguesia de Mercês, do concelho de Lisboa, que declarou ser casada com Alfredo Manuel Martins Félix sob o regime da comunhão de bens adquiridos, residente habitualmente na mesma morada da Rua Zacarias d’ Aça, contribuinte fiscal número 111383242, justificaram ser donos e legítimos possuidores, em comum e sem determinação de parte ou direito, com exclusão de outrem, de um prédio urbano, situado em Cabanas, presentemente na Rua Marquês das Minas, número 40, na freguesia de Quinta do Anjo, do concelho de Palmela, com as seguintes características: Prédio urbano composto de rés-do-chão, destinado à habitação, garagem e logradouro com a área total de oitocentos e seis vírgula noventa e oito metros quadrados, confrontando a Norte com arruamento sem toponímia, a Sul com Pedro Calado de Almeida, a Nascente com Rua Marquês das Minas e a Poente com Ernesto Lavado.Inscrito na matriz sob o artigo 11.816, que proveio do artigo 1410, da freguesia da Quinta do Anjo, constando como titular do referido artigo matricial, Maria de Lurdes Lopes Pereira Guerra Amaral, cabeça de casal da herança, e no tocante ao registo predial não se encontra o prédio descrito.ESTÁ CONFORME.

Cartório Notarial de Setúbal, do Notário Lic. João Farinha Alves, aos onze de Março do ano de dois mil e onze.

O Notário,(Lic. João Farinha Alves)

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Venda de terrenosNo dia 22, às 10h00, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, terá lugar uma hasta pública para venda de 19 terrenos municipais, localizados nas freguesias de Poceirão, Marateca, Palmela e Pinhal Novo. De acordo com o edital, os interessados deverão requerer, junto da autarquia, a sua inscrição como licitantes até às 12 horas do dia 21, tomando conhecimento das condições defi nidas e que regem a hasta pública.

Noite de fadosA Associação Aires Fonte da Boa Vontade, vai levar a efeito no dia 1 de Abril, uma noite de fados, no Salão da Igreja em Aires. A iniciativa destina-se a angariar fundos para a sua loja social. O elenco inclui os fadistas Georgete de Jesus, Laurinda Oliveira, Luísa Vaz, Odete Silva, Alfredo Santos, Carlos Xabregas e Alfredo da Fé . Cada ingresso tem o custo de 5 euros.

+ Notícias

NO PRÓXIMO dia 24, entre as 15 e as 17h30, as bibliotecas da Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico de Pinhal Novo, Secundária de Palmela, EB1/JI de Quinta do Anjo e EB 2,3 de Poceirão, em parceria com o município, a CP, a REFER e a Columbófi la de Palmela, dinamizam a iniciativa de promoção da leitura “Leituras em Viagem”.

Dezenas de alunos e professores viajarão de comboio, naquele período, no percurso Pinhal Novo/ Setúbal/ Pinhal Novo, dina-mizando a viagem através da leitura de textos sobre a temática “Natureza, Floresta e Energia”, proposta pelo Ministério da Educação para a comemoração da Semana da Leitura.

As animações de leitura decorrerão, também, nas esta-ções ferroviárias de Pinhal Novo, Palmela e Setúbal e em espaços públicos próximos dos referidos estabelecimentos de ensino. Uma solta de pombos-correio, em Quinta do Anjo, fará a ligação simbó-lica entre os diferentes locais..

Promoção da leitura

A 2.ª ALTERAÇÃO ao Orçamento 2011 e Grandes Opções do Plano 2011-2014 foi aprovada na quarta-feira em sessão pública. O valor desta alteração representa 3,5 por cento do orçamento em vigor e tem como objec-tivo incluir no orçamento, nos capítulos da receita e da despesa, o empréstimo

de curto prazo, no valor de 2 milhões de euros, adjudi-cado no passado dia 19 de Janeiro, após aprovação na Assembleia Municipal de 17 de Dezembro de 2010.

Como resultado da inclusão do empréstimo de curto prazo, o valor da receita e da despesa passa a sessenta milhões, trezentos e trinta e

cinco mil e duzentos euros.Alterou-se igualmente

uma classifi cação econó-mica da acção das GOP “Bombeiros – Seguros”. Procedeu-se ao reforço da acção “Recuperação do Chafariz D. Maria II”, em contrapartida da acção “Recuperação do Moinho – AJITAR”.

Segunda alteração ao orçamento

Município atribui 47 mil euros para alimentação escolar

Pão, Queijo e Vinho inovacom turismo de aventura

. Auxiliares de Acção Directa, para apoio domiciliário

. Mínimo 3 anos de experiência

. Com viatura própria [email protected] Telf : 925985745

Município garante alimentação aos alunos das escolas

A edição deste ano bate recordes em termos de expositores

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[ SETÚBAL ]

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALDO NOTÁRIO LiCENCIADO JOÃO FARINHA ALVES

Certifi co narrativamente que, por escritura de quinze de Março do ano de dois mil e onze, lavrada de folhas trinta e quatro e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número cento e quarenta e dois-A, deste Cartório, ADRIANO CARDOSO MARTINS, natural da freguesia de São Sebastião, concelho de Setúbal, e, mulher, CIDÁLIA MARIA PEREIRA MARTINS, natural da freguesia de Melides, concelho de Grândola, casados sob o regime da comu-nhão geral de bens, como declararam, residentes na Rua dos Combatentes, número 20, Santo Ovídio, Faralhão, em Setúbal, contribuintes fi scais, respectivamente, números 128944544 e 128944552, declararam ser donos e legítimas possuidoras, com exclusão de outrem, de prédio rústico, com a área total de quinhentos metros quadrados, composto de cultura arvense, inscrito na matriz cadastral sob parte do artigo 4, da secção L, da freguesia de São Sebastião, do concelho de Setúbal, situado em Santo Ovídio, que confronta do Norte com caminho, do Nascente, do Sul e do Poente com herdeiros de José Cardoso Martins, constando como titular do referido artigo: Alberto Nunes; Helena Martins Ribeiro, José Cardoso Martins; e, Maria Luísa.

No tocante ao registo predial faz parte do prédio descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal sob o número duzentos e sete, de vinte de Fevereiro de mil novecentos e oitenta e nove, da freguesia do Sado, constando como titulares:

ALBERTO ANTUNES, casado, sob o regime da comunhão geral de bens, com HELENA MARTINS RIBEIRO, na proporção de um barra seis avos indivisos, registados pela inscrição requisitada pela Apresentação dez, de vinte e sete Novembro de mil novecentos e sessenta e oito; e, na proporção de dois barra seis avos indivisos, registados pela inscrição requisitada pela Apresentação quatro, de cinco de Junho de mil novecentos e setenta e um.

Em comum e sem determinação de parte ou direito, por sucessão na herança de José Cardoso Martins, registados pela inscrição requisitada pela Apresentação trinta e nove, de nove de Setembro de mil novecentos e setenta e nove, a favor de:

MARIA LUÍSA MARTINS, viúva;ACÁCIO CARDOSO MARTINS, casado com Maria Flora Simões

Cardoso Martins, sob o regime da comunhão geral de bens;VITOR MANUEL CARDOSO MARTINS, casado com Carmen

Maria Tavares Butes Martins, sob o regime da comunhão de adquiridos;

ADRIANO CARDOSO MARTINS, casado com Cidália Maria Pereira Martins, sob o regime da comunhão geral de bens, o ora justifi cante;

MARIA SUSETE ROSA CARDOSO SOARES, casada com António Jacinto Soares, sob o regime da comunhão de adquiridos;

MARIA CREMILDE MARTINS SILVA, casada com Francisco Eduardo Silva, sob o regime da comunhão de adquiridos;

CARLOS ALBERTO CARDOSO MARTINS, casado com Odete de Jesus Guerreiro Martins, sob o regime da comunhão de adquiridos.

ESTÁ CONFORME.

Cartório Notarial de Setúbal, aos quinze de Março do ano dois mil e onze.

O Notário,(Lic. João Farinha Alves)

Conta nº 185

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Semana da leituraPalestras, dramatizações, exposições e workshops são algumas das actividades incluídas na semana da leitura “a Ler + Verde”, a realizar entre os dias 21 e 25, nos estabelecimentos de ensino do Agrupamento Vertical de Escolas Luísa Todi. A leitura da história “O Dia em que a Mata Ardeu”, de José Fanha, dia 21, às 09h30, na EBI/Jardim-de-Infância Luísa Todi, pela presidente Dores Meira, aos alunos do pré-escolar, é a primeira actividade do programa, desenvolvido no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Árvore e da Floresta.

Associativismo jovemMúsica, dança e desporto são actividades que compõem o programa da V Mostra do Associativismo Jovem, evento que decorre nos dias 26 e 27, no Largo de Jesus. A iniciativa, integrada no m@rço.28, programa dedicado às comemorações locais do Mês da Juventude, é promovida pelo município em parceria com o movimento associativo do concelho, decorrendo, em ambos os dias, das 11 às 21 horas.

+ Notícias

A LIGA dos Amigos do Hospital de S. Bernardo, através do seu corpo de voluntariado, vai levar a efeito um espectáculo musical para angariação de fundos. A iniciativa tem lugar este sábado, pelas 16 horas, no auditório da Anunciada, em Setúbal, com entradas a cinco euros.

Maria Eugénia Canito, coordenadora do volunta-riado da Liga, realça que a festa inclui o «elenco possível», para contribuir para a ajuda da transferência da

actual sala do serviço de Neonatologia/Pediatria, do Hospital de S. Bernardo, para um espaço «mais amplo». E conclui: «Para que os nossos objectivos se concretizem

precisamos da presença de todos neste evento, pois só todos juntos poderemos ajudar as pessoas e a comu-nidade».

Este espectáculo surge

por ocasião do Ano Europeu do Voluntariado e conta com o apoio do Grupo Renas-cença - Rádio SIM e de um grupo de artistas da região de Setúbal que se disponi-bilizou gratuitamente para a iniciativa.

Piedade Fernandes, as Três Marias, o Grupo de Alentejanos do Grupo Desportivo “O Indepen-dente”, a Tuna de Estudantes da Escola Superior e dois artistas surpresa convidados pela Rádio Renascença é o elenco garantido para a festa.

Voluntários do S. Bernardo angariam verbas

O MUNICÍPIO aprovou quarta-feira, em reunião pública, a celebração de um protocolo com a Fundação Buehler-Brockhaus, enti-dade que visa apoiar fi nan-ceiramente, no âmbito do mecenato, uma intervenção urbanística na zona ribei-

rinha da cidade.A comparticipação fi nan-

ceira atribuída pela Fundação Buehler-Brockhaus, no valor esti-mado de 61 mil e 740 euros, vem apoiar uma intervenção urbana liderada pela autar-quia na Rua da Saúde, numa

área defronte da Doca dos Pescadores.

A obra inclui a plantação de 14 palmeiras e respectivos arranjos urbanísticos, a colo-cação de bancos, papeleiras, parqueamento para bici-cletas e também iluminação pública.

Fundação Buehler-Brockhaus apoia arranjo de zona ribeirinha

A COMPANHIA de Bom beiros Sapadores de Setúbal (CBSS) retoma o projecto “De Portas Abertas à Comunidade” com nova sessão no dia 27, durante a manhã e a tarde.

A iniciativa, que visa dotar a população de conhe-cimentos e competências no domínio da segurança, protecção e socorro, decorre no último domingo de cada mês, com duas sessões diárias, a primeira das 10 às 12h30, e a seguinte das 15 às 17h30.

Estas acções, em que é igualmente possível fi car a conhecer os meios técnicos e humanos da CBSS e o Núcleo Museológico do Bombeiro, decorrem durante todo o ano, à excepção dos meses de Julho, Agosto e Dezembro.

Através de exercícios práticos e simulacros, os Sapadores transmitem medidas preventivas e

indicam as melhores formas de actuação perante acidentes domésticos.

A par dos ensinamentos sobre protecção e socorro, há um conjunto de activi-dades em que a população pode participar, como esca-lada, slide, rappel e brinca-deiras na espuma utilizada no combate a incêndios, sendo que, neste caso, é conveniente levar uma muda de roupa.

Sapadores abrem portas à comunidade

SETÚBAL está entre dez cidades portuguesas com um projecto de instalação de câmaras de vídeovigi-lância para o centro da cidade. A confi rmação foi feita esta semana pela secre-tária de Estado da Adminis-tração Interna, Dalila Araújo, que alertou a Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) para que não «ultrapasse as competên-cias» na emissão de pare-ceres relativamente a sistemas de videovigilância de áreas públicas.

O projecto para a baixa sadina, que é reclamado há vários anos pelos comer-ciantes, mas que a autarquia nunca viu com bons olhos, será em breve apresentado no âmbito do Plano Nacional de Videovigilância, sujei-tando-se ao parecer da CNPD.

A secretária de Estado garantiu ter sido elaborado um projecto consistente, «que garante totalmente o direito à privacidade das pessoas», apelando à comissão para seja «sensível à voz dos autarcas e das forças de segurança», aler-

tando ainda que nos três projectos em curso no país - Ribeira do Porto, Ourém e Coimbra – a criminalidade baixou em média 30%.

Recorde-se que o avolumar de assaltos e actos de vandalismo registados na baixa de Setúbal, levaram a autarquia sadina a ceder a uma antiga reivindicação dos comerciantes locais, há cerca de dois anos. Depois

de recusar o sistema, a edili-dade decidiu pela colocação da videovigilância nas prin-cipais ruas do centro histó-rico. Contudo, apesar dos comerciantes preferirem que as fi lmagens sejam captadas a tempo inteiro, a autarquia defende que o sistema funcione apenas entre as 19.00 e as 08.00 horas, período em que as lojas estão fechadas ao público.

Cidade entre as primeiras a estrear Videovigilência

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Voluntários querem ajudar a remodelar o Hospital

A tão desejada videovigilância previne assaltos a lojas

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Escalada nos bombeiros

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[LITORAL ]

ESTE ANO sob a batuta da edili-dade, a ‘Santiagro’, que se dedica aos sectores agro-pecuários do concelho, quer reforçar a sua força dentro e fora de portas, após a extinção da NEDGAL, a entidade responsável da feira nos últimos anos.

O evento decorre este ano entre os dias 27 e 29 de Maio e prevê um investimento total da ordem dos 150 mil euros, num ambicioso programa que inclui os habituais colóquios e vários espectáculos musicais, com a presença assegu-rada da cantora santiaguense Áurea, Camané e os Buraca Som Sistema.

O presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Vítor Proença, deixou claro que a autarquia nunca deixou de equacionar a realização da feira e explicou que a extinção da NEDGAL fi cou a dever-se «à inca-pacidade entre os associados de resolver as inúmeras difi culdades

fi nanceiras, por falta de patrocínios».«A importância e o peso desta

feira fi cou claro com a unanimidade em torno da sua realização este ano, mesmo perante as questões fi nan-ceiras», sublinhou Vítor Proença. O autarca evidenciou as parcerias

estratégicas conseguidas, nomea-damente com a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Costa Azul, GALP e Associação de Desenvolvimento do Litoral Alentejano. «Vamos mais uma vez fazer uma grande feira e valorizar as boas produções que

temos em Santiago», dando ênfase aos sectores agro-pecuários que neste momento, segundo Proença, «estão a exportar bastante».

Por seu turno, o vereador José Rosado, lembrou que este é também o ano para dar destaque às coudela-rias, embora seja necessário «investir nos pavilhões para que os animais possam ter as melhores condições».

O vereador, que nos últimos anos tem liderado, em nome do município, a equipa organizadora da ‘Santiagro’, aludiu também ao facto de a procura de expositores continuar em alta, prevendo-se a ocupação integral dos pavilhões e espaços destinados aos feirantes e expositores. Embora a feira deste ano decorra com menos um dia, os responsáveis da autarquia esperam a visita de 50.000 pessoas, sendo que a grande novidade deste ano é a emissão de um bilhete duplo. «Criar esta opção e baixar o preço do bilhete tem a ver com esta altura complicada que os portugueses estão a viver», afi rmou Vítor Proença.

A DECISÃO do Governo, de encerrar escolas com menos de 21 alunos já causou ‘mossa’ nos muni-cípios do litoral alentejano, com Alcácer do Sal e Santiago do Cacém a protestarem publicamente.

Os autarcas prometem fazer tudo o que estiver ao alcance para evitar o fecho de mais escolas que, em Santiago, pode colocar em causa nove estabelecimentos de ensino.

O edil santiaguense, Vítor Proença, mostra-se apreensivo, uma vez que, a concretizar-se esta medida, estariam em causa as escolas de Vale de Água, Abela, Cruz de João Mendes,

S. Bartolomeu da Serra, Arealão, Aldeia dos Chãos, Relvas Verdes, Brescos e Deixa o Resto. Em Alcácer, por seu lado, estarão na ‘berlinda’ Palma e Casebres.

Manifestando-se «frontalmente contra» a medida, os autarcas dizem-se «indignados» com a decisão do Ministério da Educação. «É a razia de encerramentos e um fecho cego, sem consultas à Associação de Municí-pios e às autarquias», denuncia Vítor Proença, até porque não são dadas alternativas credíveis aos alunos.

Em Alcácer, todo o executivo protestou, prometendo que, em coor-

denação com as juntas de freguesia abrangidas, «fará tudo o que estiver ao seu alcance», nomeadamente mobilizando a população, «para expor argumentos contrários a tal medida junto da tutela».

O 5.ºCONCURSO de Música Pop/Rock, Kumpania Algazarra, Dj Kika Lewis e Dj Grouse prometem animar o Fórum da Juventude Grândola 2011, promo-vido pela Câmara de Grândola, já a partir deste sábado.

A edição de 2011 arranca com

a inauguração da Exposição de Graffi ti “Lado Urbano” de Pedro Zela Marques na Biblioteca Muni-cipal. Para os amantes dos desportos de ondas está previsto um Meeting Surf Bodyboard no domingo, na Praia do Carvalhal. O já habitual ciclo de cinema

decorre entre os dias 24 e 28 de Março com a exibição de fi lmes em Grândola e Melides.

Agendado para dia 25, o concurso de Música Pop Rock conta com a actuação de seis bandas no palco do Pavilhão do Parque de Feiras e Exposições.

A Feira da Ladra marca o início das actividades do dia 26, no Largo

Catarina Eufémia. O 1.º espectá-culo musical da noite fi ca a cargo da Banda da Sociedade Musical Fraternidade Operária de Grân-dola pelas 21.30h. O artista Oker passa à acção com um liveacting de pintura marcado pelo início do concerto dos Kumpania Algazzara, um dos momentos mais esperados do certame deste ano.

Grândola anima juventude

SINES promove, entre 11 e 15 de Abril, mais uma edição das Férias Activas. O programa destina-se a crianças e jovens entre os 6 e os 15 anos e proporciona ocupação nos períodos entre as nove da manhã e o meio-dia, e as duas e as cinco da tarde. Os inscritos podem almoçar na escola básica n.º 1, ao preço normal da senha de refeição.

As Férias Activas são cons-tituídas por um programa cultural e desportivo com acti-vidades diversifi cadas como Ofi cina de Teatro, Dança Cria-tiva, Natação, Jogos Aquáticos, Jogos de Tabuleiro, Jogos Pré-Desportivos, Jogos Colectivos, Badminton, Atelier Musical, Atelier Surpresa, Atelier Expressão Plástica/Dramática, “Pôr em Cena”, “Brincar à Ginás-tica”, Passeio Pedestre e Demonstração Skate.

Férias ocupamjovens na Páscoa

A ÁREA da antiga companhia agrícola vai receber o Barrosinha Nature Farm Resort, com um total de 7.894 camas e baseado no conceito de rural chic. Está prevista a criação de 1.622 postos de trabalho, directos e indirectos.

A Assembleia Municipal acabou de aprovar o Plano de Urbanização da Herdade da Barrosinha, que será publicado nos próximos dias. O docu-mento dá forma ao empreendimento Barrosinha Nature Farm Resort, que pretende afi rmar-se como destino

turístico de reconhecido valor nacional e internacional, a cerca de 100 quilómetros de Lisboa. Um total de 7.894 camas para dois mil hectares, onde vai vingar o conceito de rural chic e serão criados 1.622 postos de trabalho, directos e indirectos.

O empreendimento, que repre-senta um investimento de 600 milhões de euros, tem como âncora a rurali-dade do espaço, nomeadamente com a manutenção e até aprofundamento de produções agrícolas de vinho e arroz e a complementaridade com

novas actividades turísticas.À frente deste PIN – Projecto de

Interesse Nacional – assim decre-tado pelo Governo em 2008 – está o grupo Imovia, que pretende criar no concelho um complexo destinado à classe média alta onde toda a família se possa divertir com diversifi cadas valências e actividades.

O passo seguinte será a submissão faseada dos projectos de execução para cada uma das 12 unidades opera-tivas, que incluem a recuperação dos edifícios já existentes.

Alcácer aprova Barrosinha Nature Farm

Autarquias contra encerramento de escolas

Sines ensina a salvar vidasA fase de inscrições para os cursos de nadador-salvador começou esta semana. Nos cursos podem participar jovens a partir dos 18 anos. Para ingressarem na formação, os candidatos têm que fazer um exame de admissão (agendado para duas datas: 26 de Abril e 27 de Maio), que consiste em diversas provas físicas. Os interessados em candidatar-se devem dirigir-se à Capitania do Porto de Sines.

Música sacra em Santiago A autarquia santiaguense associou-se ao Festival de música sacra do Baixo Alentejo e assegura financiamento do concerto com a soprano Maria Bayo. O executivo deliberou apoiar financeiramente o concerto com a soprano Maria Bayo e a orquestra Barroca “Il Divino Sospiro”, sob a direcção do Maestro Titular Massimo Mazzeo. O concerto que terá lugar na Igreja Matriz de Santiago do Cacém vai ter um reportório dedicado a António Vivaldi, Alexandre Delgado e Geovanni Battista Ferrandini.Para além deste apoio fi nanceiro, a Câmara assume ainda a parte logística do espectáculo.O concerto realiza-se dia 2 de Abril às 21h30 e marca a abertura da sétima edição do Festival “Terras sem Sombra” – Festival de Música Sacra do Baixo Alentejo, organizado pelo Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja.

Alcácer ‘ganha’ melhores amazonas da Europa A “cidade equestre” da Herdade da Comporta, em Alcácer do Sal recebe, este sábado, uma prova exclusivamente feminina, denominada “Michel Finquel”, pontuável para o ranking mundial. Em disputa estará um prize-money no valor de 23 mil euros, um dos mais elevados do circuito mundial.A competição homenageia o criador da GPA, uma das marcas mais conceituadas do mundo equestre, e apoiante do Atlantic Tour desde a sua primeira edição. A prova é um dos pontos altos do fi m-de-semana de encerramento do Atlantic Tour 2011, que chegará ao fi m no domingo com a realização do CSI 4 Estrelas, com um prize-money total de 187.500 mil euros.

+ Notícias‘Santiagro’ deste ano em forçae com estratégia renovada

O Governo prevê fechar 11 no litoral

Autarquia nunca equacionou o fim da Santiagro , que este ano renova forças

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A McLane Portugal, Logística e Transporte, S.A., com arma-zéns em Cabanas, Palmela, e

no Porto, e plataformas em Évora, Faro, Castelo Branco e Coimbra, facturou 5,8 milhões de euros em 2010. Fundada em 2000, a empresa dá emprego a 60 pessoas. Ao longo dos anos de actividade foram inves-tidos cerca de 6,5 milhões de euros em instalações, equipamentos e tecnologia.

Lourenço Fernandes, director-geral da McLane Portugal, realça que o grande sonho da empresa é «captar a preferência do nosso mercado-alvo e corresponder com as suas expectativas e necessidades de logística». Além disso, a McLane

espera ainda «corresponder à expectativa do accionista Drayton McLane, de desenvolvimento de um negócio sustentável» e, por outro lado, «contribuir para o bem-estar dos colaboradores e de todos os que os rodeiam a actividade de negócio» da McLane.

Os serviços da McLane distin-guem-se das outras empresas congéneres devido ao baixo índice de erros operacionais, pontuali-dade dos serviços prestados, tecno-logia inovadora, uma relação com o cliente de elevado nível de satis-fação - onde impera a versatili-dade, o sentido de urgência e o profi ssionalismo -, a efi ciência económica, uma equipa jovem,

dinâmica e competente, além da experiência internacional.

Tendo como lema “Todos os dias fazemos acontecer”, Lourenço Fernandes refere que a logística está presente «em todos os momentos da vida quotidiana». «Estamos cientes da importância de corresponder à expectativa do consumidor/utilizador fi nal dos produtos dos nossos clientes, que é terem quando necessitam», frisa.

Qualidadede ouro

O controle de qualidade dos serviços da McLane é de ouro, pois está garantido devido aos

«processos operacionais e ‘costumer service’ que estão defi -nidos. «De forma clara e simples estabelecemos o cruzamento de informação entre a McLane e o cliente, desde o recebimento e preparação das encomendas, até à entrega das mesmas, bem como a conferência com o destinatário da conformidade das mesmas», explica Lourenço Fernandes, que acrescenta que, por outro lado, existem também «processos preventivos, de forma a garantir a qualidade dos serviços pres-tados».

A McLane trabalha com regu-laridade com as empresas Lidl, Vatel, Unicer, O Boticário, Johnson

Diversey, Sport Zone, entre outras, sendo que o número de entregas, por dia, a nível nacional, a cargo da empresa, oscila entre as 400 e as 750.

Além dos armazéns de Palmela e do Porto, e das quatro plata-formas, a McLane espera, no futuro, vir a inaugurar mais duas plata-formas de cross-docking, no centro do país e em Trás-os-Montes. «Apesar de Portugal ter uma estru-tura geográfi ca pequena, existe a necessidade de termos um centro de distribuição no norte para responder ao reduzido tempo de entrega das encomendas dos clientes», remata Lourenço Fernandes.

PARA que uma empresa apresente uma boa gestão, é fundamental que os gestores adoptem soluções de equilíbrio fi nanceiro, apostem na inovação, moti-vação e formação dos cola-boradores, bem como na adopção de estratégias orien-tadas a resultados. É esta a recomendação que a empresa sadina Aloha - Solu-ções Informáticas, Lda., vai transmitir no próximo dia 25, entre as 15h30 e as 18 horas, no Hotel do Sado, em Setúbal, através da 1.ª Confe-rência Empresarial, que vai debater as boas práticas de gestão em tempos de crise e a certifi cação de software.

Trata-se do primeiro projecto que a empresa lança para o público, além das

acções de divulgação/formação que tem vindo a realizar internamente para os seus clientes. Este projecto representa uma «mais-valia» para o tecido empresarial da região que parece «andar um pouco desmotivado por causa da crise», começa por realçar Paulo Ângelo, um dos sócios-gerentes da Aloha. «Vamos relembrar algumas das boas práticas de gestão empresarial que uma empresa deve seguir com vista ao sucesso», vinca.

Para a conferência de Setúbal já se inscreveram, gratuitamente, cerca de 30 fi rmas/empresários mas a intenção é alcançar as duzentas participações de decisores de empresas. Fran-cisco Velez Roxo e Adérito

Dias são dois dos oradores da acção. As inscrições podem ser formalizadas através do sítio www.artsoft.pt/conferencias ou pelo tele-fone 217 107 220. Depois de Setúbal, a conferência empresarial segue para Almada, Lisboa, Leiria, entre outras.

Alohaa crescer

Criada em Setúbal, no ano 2000, a Aloha Soluções Informáticas, Lda. tem vindo, ao longo da sua existência, a prestar serviços às empresas, na área da infor-mática, principalmente de apoio ao ERP de gestão Artsoft , implementação de sistemas de segurança de

dados e formação.Paulo Ângelo conta que

a Aloha nasceu de uma «pequena brincadeira», numa altura em que foram criadas «algumas pequenas soluções para empresas nossas conhecidas». A partir daí, as empresas foram passando palavras umas às outras e, foi assim, que foi crescendo a carteira de clientes da Aloha. «Ficámos a conhecer as necessidades uns dos outros e fomos evoluindo nesse sentido», frisa.

A carteira de clientes da Aloha, com quatro postos de trabalho, segundo o responsável, tem registado, nos últimos anos, um «crescimento», o que obriga a empresa a encon-

Aloha ensina empresas a adoptar boas práticas na gestão pa

A dupla que orienta a empresa Aloha é setuba-lense de gema. Paulo Ângelo, 36 anos, Rita Cris-tóvão, 33 anos, ambos nascidos e residentes em Setúbal, orgulham-se de ter ‘gerado’ uma firma que tem registado um constante crescimento e apresentado boas soluções ao mercado. A desig-nação Aloha inspira-se na saudação dos hawaianos e, em português, significa ‘Olá’.

Dupla de SucessoPaulo Ângelo afirma que a empresa está em crescimento

McLane McLane Portugal na Portugal na vanguardavanguardada logística da logística e transportee transporte

O maior centro de distri-buição da empresa é em Palmela. A McLane Portugal trabalha actualmente com clientes de quase todas as indústrias. Possui uma área de armazenagem e trans-porte específi ca e separada para os produtos a seco, químicos, bens de grande consumo e produtos que requerem temperatura e humidade controladas, com entregas diárias em mais de 12 mil pontos nacionais e internacionais em camiões multi-temperatura.

Maior centrode discriçãoem Palmela

Lourenço Fernandes, director-geral da McLane Portugal, reconhece que falta construir duas plataformas de cross-docking no centro do País e em Trás-os-Montes

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+ Negócios

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ra ganhar equilíbriotrar «novas soluções» para satisfazer ainda mais os clientes e apoiá-los em termos de análises para a decisão. «Apesar da crise, tivemos um forte cresci-mento no ano passado e alguns dos nossos clientes fortaleceram-se o que muito nos ajudou a crescer», vinca.

A empresa trabalha com clientes na área da produção e transformação alimentar, metalomecâ-nica, construção naval, pescado, gabinetes de contabilidade, entre outros sectores, sobretudo das zonas de Setúbal e Lisboa. O apoio às empresas, na área da informática apro-ximada à gestão, tem sido

uma grande preocupação da equipa. «Estamos a apostar na optimização de recursos da empresa a nível informático para, poste-riormente, haver uma melhoria nos resultados da gestão», frisa.

Na área da formação, Paulo Ângelo destaca acções para as empresas clientes, como foi exemplo a tran-sição poc/snc, e mais recen-temente a certifi cação do software. Sempre que ocorram alterações legais que implique a alteração dos softwares, ou as empresas precisem de planos de formação espe-cífi cos «estamos cá para dar formação em torno desses temas».

A ADMINISTRAÇÃO do Porto de Setúbal e Sesimbra procedeu à requalifi cação da zona portuária de Santa Catarina, através da demo-lição das antigas instalações da Salmex, situadas junto à EN 10.4.

A empreitada constituiu na identifi cação prévia e rigo-rosa dos diversos elementos construtivos componentes do edifício, ou seja os futuros resíduos, escolha do destino a dar-lhes, trituração dos materiais seleccionados para

este tipo de tratamento, e regularização dos terrenos envolventes, com recurso à

incorporação da maior quan-tidade possível de materiais triturados.

Tratando-se de uma obra de demolição, estas tarefas foram geridas através de um Plano de Prevenção e Gestão de Resíduos elaborado pela APSS, centrado na remoção prévia de resíduos perigosos e no encaminhamento a desti-natários autorizados. Da mesma forma, a segurança dos trabalhos e de todo o espaço envolvente, com destaque para o tráfego da estrada nacional, foi gerida por um Plano de Segurança e Saúde.

Porto de Setúbal requalifica zona de Santa Catarina

A S-LOG - Serviços e Logística, SA, empresa do grupo Entreposto, sedeada no Vale da Rosa, em Setúbal, alcançou as certifi cações do Sistema de Gestão Ambiental e do Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho pela APCER.

Esta distinção, que surge na sequência da certifi cação em 2009 do Sistema de Gestão de Qualidade da S-LOG, também pela APCER, vem confi rmar a aposta da empresa num dos seus objec-tivos principais que é a «satisfação dos clientes, mediante a melhoria e apri-moramento dos seus processos internos», realça fonte da empresa.

A S-LOG reforça, assim, a «competência e rigor» na execução dos serviços que presta, assumindo o compro-misso com o cumprimento de normas de «elevado rigor e exigência», nos domínios ambiental e da segurança e saúde no trabalho, a par da qualidade.

A empresa engloba duas divisões, que no seu conjunto incluem 15 cola-

boradores: a de logística integrada ou fraccionada, que se ocupa da recepção/manutenção, arrumação/separação, embalagem e expedição dos produtos sobre os quais recai o serviço de logística pres-tado pela empresa; e a de logística de viaturas, que se ocupa da recepção, parque-amento e entrega, prepa-ração, pintura, serviços rápidos, transformações/montagens e controlo de qualidade das viaturas objecto do serviço prestado pela empresa.

A S-LOG tem tido como propósito reforçar as competências adquiridas no relacionamento com a industria automóvel e assim desenvolver uma oferta especializada como operador logístico de média dimensão vocacionado para prestar serviços a diversos clientes em diferentes sectores de actividade nas áreas de logística integrada -vocacionado para pres-tação de serviços globais a fabricantes, distribuidores e concessionários.

S-LOG alcança certificação ambiental e segurança e saúde no trabalho

A antiga fábrica da Salmex já foi demoilda pela APSS

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+ Desporto

Sesimbra recebe regional de velaA “1.ª Prova do Campeonato Regional de Juvenis”, na classe de Optmist, realiza-se este fi m-de-semana, na baía de Sesimbra.Com seis regatas previstas nos dois dias, o evento, organizado pelo clube naval local, deverá contar com a participação de uma centena de barcos, em representação de emblemas de todo o país, uma vez que a prova é pontuável para o apuramento do Campeonato de Portugal de juvenis.

Hóquei sineenseficou fora da Taça A equipa de hóquei em patins do HC Vasco da Gama perdeu, 3-2, no seu reduto, diante do IR Biblioteca (2.ª Sul), nos 16-avos-de-fi nal da Taça de Portugal. Com esta eliminação, o distrito deixa ter representantes na competição.Entretanto, refi ra-se que os sineenses seguem no 2.º lugar do Nacional da 3.ª divisão Sul, posição que, a confi rmar-se no fi nal da prova, garante a subida de patamar competitivo.

Passes Curtos

Futebol da I distrital reserva jogo entre líderes do campeonatoNa luta pela subida ao nacional, a equipa do Ol. Montijo, recebe amanhã, às 15 horas, o Vasco da Gama de Sines, no jogo mais aguardado da 20.ª ronda do campeonato e que opõe os dois primeiros classifi cados, ambos com 43 pontos.

Campeonato de ginástica rítmica no Seixal O Pavilhão Municipal da Torre da Marinha acolhe este domingo, entre as 9 e as 18 horas, o Campeonato Distrital de 1ª Divisão de Ginástica Rítmica. A prova vai contar com a participação de 54 atletas.

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Este domingo, quando forem 16 horas em Portugal, o moto-ciclismo luso começa, no

Qatar, a escrever a sua história no Mundial de velocidade, pelas mãos de um jovem piloto alma-dense, de 16 anos. Será a estreia ofi cial de Miguel Oliveira no Campe-onato do Mundo de Velocidade de 125 cc e o abrir de portas a um desafi o onde o piloto quer deixar um registo assinalável.

Concluídos, de forma positiva, os testes de pré-época à Aprilia

n.º 44 – moto que o identifi cará nas pistas - Miguel Oliveira garante estar «orgulhoso» por ser o primeiro português a marcar presença no MotoGP e «motivado para corresponder às expectativas» que estão depositadas na sua pres-tação, quer pela equipa Team Anda-lucia-Banca Cívica, quer pelos adeptos nacionais do motociclismo.

Vice-campeão no campeonato espanhol de velocidade do ano passado, o jovem almadense já deu provas de ser um piloto rápido,

qualidade que deseja evidenciar no Mundial, mas com as cautelas naturais de quem está a chegar a um palco muito mais exigente. «Os testes são uma coisa, as corridas são diferentes. Não posso elevar as expectativas, basta olhar a lista de pilotos com muita experiência que vão correr nas 125 esta tempo-rada», destaca.

Contudo, a prudência das pala-vras não evitam um libertar de ambições na hora do piloto traçar objectivos: «Ficar entre os dez

primeiros no fi nal do campeonato e, se possível, ser considerado o melhor estreante do ano». «Mas, quem sabe se em algum circuito possa haver alguma surpresa», aponta Oliveira, piscando o olho a um desejado lugar de pódio, que poderá acontecer nas 15 provas calendarizadas para esta tempo-rada, entre as quais o Grande Prémio de Portugal, agendado para 1 de Maio, no Estoril.

Joaquim Guerra

O debute mundial do almadenseO debute mundial do almadenseMiguel OliveiraMiguel Oliveira

O jovem piloto almadense Miguel Oliveira promete acelerar a fundo a sua Aprilia n.º 44 na estreia no Mundial de 125 que arranca amanhã no Qatar

4.º GrandePrémio Crédito Agrícola partena Qtª do Conde

Orientação emPinhal Novo

A PRIMEIRA etapa do 4º Grande Prémio Crédito Agrícola da Costa Azul realiza-se na sexta-feira, dia 25, com o tiro de partida, às 11h55, na Quinta do Conde e chegada a Setúbal.

A mais importante prova velo-cipédica da região conta com a participação de 17 equipas, entre as quais seis estrangeiras, percor-rendo o pelotão três etapas num total de 464,4 quilómetros.

A segunda etapa será percor-rida, no sábado, entre Santiago do Cacém e Ourique.

No domingo, o pelotão começa a pedalar em Sines com vista à meta instalada em Sines, onde será coroado o vencedor da competição.

CENTENAS de atletas são espe-rados esta manhã, a partir das 10 horas, no campo de futebol, em Rio Frio, para participarem no 6.º Troféu de Orientação Vila de Pinhal Novo.

A iniciativa da Escola Secun-dária de Pinhal Novo, referência distrital na promoção da modali-dade de orientação, reservou para a edição deste ano um percurso numa área de grande beleza natural.

UM ANO depois de travar a competição, o piloto almadense Carlos Sousa regressa este fi m-de-semana às provas de todo-o-terreno, na Baja Carmim, a realizar-se em Tavira, no Algarve.

Ao volante de um Mitsubishi Racing Lancer, Carlos Sousa promete acelerar a fundo no primeiro dos sete eventos calen-darizados do campeonato. «Quero surgir ao melhor ní vel e estar na luta pelo triunfo a cada prova»,

declarou o piloto que já venceu por quatro vezes a competição lusa.

Este regresso é igualmente um factor de motivação para voltar a

disputar o Dakar. «Ficar parado mais um ano só difi cultaria um eventual regresso ao próximo Dakar, pelo que empenhei-me nestes últimos meses em colocar de pé um projecto que me permitisse lutar por uma posição de destaque no campeonato. Essen-cialmente, estou feliz por voltar a competir. E isso, nesta altura, é até mais importante do que o desejo de querer ganhar, que é sempre muito». Admitiu o piloto que já leva 22 anos de carreira.

Carlos Sousa regressa ao todo-o-terreno nacional

Carlos Sousa aponta ao título de TT

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19 Março 2011Jornal do VITÓRIA N.º 92

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O Vitória FC fez-se repre-sentar com três atletas no Torneio Nacional Fede-ração Portuguesa de Judo e Campeonato Nacional de Cadetes, realizado no fi m-de-semana, em Anadia.No sábado, a júnior Ágata

Swiatkiewicz, em estreia numa prova sénior, deu boas indicações depois de realizar três combates, onde perdeu apenas um.Na competição juvenil, Ruben Correia, que competiu nos -50Kg, conseguiu um 5.º

lugar depois de ter sido derrotado na meia-fi nal. Por seu turno, João Martinho, que se lesionou na última passada, acabou por se ressentir da lesão, o que lhe obrigou a abandonar a prova ao segundo combate.

Judo sadino com boas prestações nacionais

Na antevisão ao jogo deste domingo, às 16 horas, no Estádio do Bonfi m, frente ao Nacional da Madeira, Ricardo Silva, defesa central do Vitória Futebol Clube, assumiu que a equipa vitoriana está motivada para conse-guir o grande objectivo do momento que passa por conquistar os três pontos.Recuperado de um trau-matismo no pé direito, o capitão da equipa do Vitória, que voltou esta quinta-feira a treinar-se com o plantel sem quaisquer limitações, deu voz

à ambição sadina a propósito da recepção aos madeirenses. “Vimos de um resultado posi-tivo em Guimarães (empate 1-1) e temos que vencer o Nacional para consolidarmos a nossa posição na tabela clas-sifi cativa”.Todavia, o central vitoriano não hesitou em apontar as difi culdades que o adversário vai promover em Setúbal. “Vai ser um jogo difícil. O Nacional é uma equipa complicada, que

vale pelo seu colectivo. É uma formação que trabalha muito durante o jogo todo, mas estamos a pensar unicamente em nós. E vamos trabalhar para alcançar os três pontos." Garantiu o atleta, acrescen-tando que o triunfo frente aos insulares é o grande objectivo imediato do clube.Para a recepção ao Nacional da Madeira, o treinador vito-riano Bruno Ribeiro, não deverá contar com o contri-butos dos médios Djikiné, Silva, Gallo, Regula e José Pedro, jogadores a contas com lesões e entregues ao departamento médico sadino. Recorde-se que o Vitória FC, à entrada para 24.ª jornada do campeonato, ocupa o 14.º

lugar da classifi cação geral da Liga, com 21 pontos,

menos dez do que o Nacional, sétimo posicionado com 31 pontos.O jogo deste domingo será arbitrado por Paulo Baptista.

Capitão vitoriano regressacom motivação renovada

"Temos de vencer o Nacional para consolidarmos a nossa posição na tabela classfi cativa"

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