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SÍNDROME DE BURNOUT: UM ESTUDO INTERPRETATIVO DAS DIMENSÕES DE MASLACH COM OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DO SISTEMA PENITENCIÁRIO PARAIBANO Eufrasio Vieira dos Anjos Junior (UFPB/PPGEP ) [email protected] JOSEILMA DANTAS AGEU (UFPB/PPGA ) [email protected] Marcos Aurelio Gomes de Aquino (UFPB/PPGA ) [email protected] Ricardo Moreira da Silva (UFPB/PPGEP ) [email protected] Carlos Eduardo Cavalcante (UFPB/PPGA ) [email protected] As constantes modificações do mercado de trabalho exigem mudanças no perfil do profissional, assim, o submetendo a ambientes com bastante pressão, podendo adquirir vários problemas psicossociais, como a Síndrome de Burnout. A síndrome de Burnout pode ser desencadeada principalmente pelas condições do trabalho e pelo desgaste emocional do profissional. O presente trabalho constitui-se de um estudo, no qual buscou-se identificar os índices das 03 dimensões apontadas por Maslach que estão associadas à síndrome de Burnout. Para tanto o público alvo selecionado foram os profissionais do Programa Saúde Penitenciária-PSP, atuantes em Unidades Prisionais do Estado da Paraíba. Para pesquisa foi utilizado o MBI (Maslach Burnout Inventory) que aborda as três dimensões da síndrome: Exaustão Emocional, Despersonalização do Trabalho e Realização Profissional e que possuía 27 questões. Foram aplicados 22 formulários eletrônicos às equipes do Programa de Saúde na Penitenciária. Com os resultados pode-se perceber que por mais que os profissionais estejam em um ambiente com altos níveis de insalubridade e periculosidade, a frequência das ocorrências pesquisadas sobre a exaustão e a despersonalização estão fora de uma zona de preocupação. No tocante a realização profissional merece atenção as frequências do descontentamento com o trabalho em si, o que seria XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10 Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.

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SÍNDROME DE BURNOUT: UM ESTUDO

INTERPRETATIVO DAS DIMENSÕES DE

MASLACH COM OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

DO SISTEMA PENITENCIÁRIO PARAIBANO

Eufrasio Vieira dos Anjos Junior (UFPB/PPGEP )

[email protected]

JOSEILMA DANTAS AGEU (UFPB/PPGA )

[email protected]

Marcos Aurelio Gomes de Aquino (UFPB/PPGA )

[email protected]

Ricardo Moreira da Silva (UFPB/PPGEP )

[email protected]

Carlos Eduardo Cavalcante (UFPB/PPGA )

[email protected]

As constantes modificações do mercado de trabalho exigem mudanças no

perfil do profissional, assim, o submetendo a ambientes com bastante

pressão, podendo adquirir vários problemas psicossociais, como a Síndrome

de Burnout. A síndrome de Burnout pode ser desencadeada principalmente

pelas condições do trabalho e pelo desgaste emocional do profissional. O

presente trabalho constitui-se de um estudo, no qual buscou-se identificar os

índices das 03 dimensões apontadas por Maslach que estão associadas à

síndrome de Burnout. Para tanto o público alvo selecionado foram os

profissionais do Programa Saúde Penitenciária-PSP, atuantes em Unidades

Prisionais do Estado da Paraíba. Para pesquisa foi utilizado o MBI (Maslach

Burnout Inventory) que aborda as três dimensões da síndrome: Exaustão

Emocional, Despersonalização do Trabalho e Realização Profissional e que

possuía 27 questões. Foram aplicados 22 formulários eletrônicos às equipes

do Programa de Saúde na Penitenciária. Com os resultados pode-se perceber

que por mais que os profissionais estejam em um ambiente com altos níveis

de insalubridade e periculosidade, a frequência das ocorrências pesquisadas

sobre a exaustão e a despersonalização estão fora de uma zona de

preocupação. No tocante a realização profissional merece atenção as

frequências do descontentamento com o trabalho em si, o que seria

XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10

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justificado em função da modalidade de vínculo com o Estado (contratos).

Entretanto, de modo geral os profissionais apresentaram um nível mediano

em ambas às dimensões do MBI. Como forma de contribuição aos

profissionais, aconselha-se que busquem um equilíbrio maior no

desenvolvimento das atividades diárias, evitando assim, que entrem em

processo de exaustão emocional, principal fator desencadeante da Síndrome

de Burnout.

Palavras-chaves: Síndrome de Burnout, Profissionais de Saúde, Sistema

Penitenciário

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1. Introdução

O mercado de trabalho atual passou por grandes modificações, decorrentes principalmente do

processo de abertura das economias e a expansão tecnológica, tendo como consequências as

mudanças significativas no perfil dos profissionais, que passaram a conviver

profissionalmente com as mais fortes tensões. Isso se dá pela falta do emprego ou pela

precarização nas relações de trabalho. Todos esses aspectos que pressionam o profissional

(concorrência acirrada, busca pela excelência, necessidade de estabilidade profissional e

busca por melhores condições de trabalho) desaguam no seu psicológico e assim, tendem a

desenvolver algum tipo de estress ou até mesmo adquirir uma síndrome como a de Burnout.

De acordo com Ferenhof e Ferenhof (2002), a Síndrome de Burnout apresenta-se, hoje, como

um dos grandes problemas psicossociais que estão a afetar profissionais de diversas áreas.

Esta realidade tem gerado grande interesse e preocupação não só da comunidade científica

internacional, mas também de entidades governamentais, empresariais, educacionais e

sindicais no Brasil. Essa atenção e dedicação é devido à severidade das consequências, tanto

individuais quanto organizacionais apresentadas pela Síndrome, especialmente como fator de

interferência nas relações interpessoais.

Partindo deste entendimento, o presente trabalho constitui-se de um estudo, no qual buscou

identificar a associação da síndrome de Burnout com os profissionais de saúde atuantes em

Unidades Prisionais no Estado da Paraíba.

A metodologia utilizada neste trabalho foi de natureza descritiva de caráter quantitativo, visto

que segundo conceituação dada por Gil (2008), as pesquisas descritivas possuem como

objetivo a descrição das características de uma população, fenômeno ou de uma experiência.

Foi selecionado para tanto, uma amostra do tipo intencional de acordo com a acessibilidade e

não probabilística de profissionais pertencentes ao quadro de servidores do Programa Saúde

Penitenciária, atuantes nas Unidades Prisionais do Estado da Paraíba, não caracterizando com

isso, portanto, a intenção de generalizar os resultados apontados. Para análise dos dados,

utilizou-se de estatística simples (frequência) através do software Microsoft Excel.

Com o apoio da Secretaria de Segurança do Estado da Paraíba foram pesquisadas as equipes

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de saúde das unidades prisionais da Paraíba: Cadeia Pública, Colônia Penal Agrícola, Instituto

de Psiquiatria, Penitenciária Padrão, Penitenciária de Segurança Média e Penitenciária de

Segurança Máxima.

Utilizou-se de um formulário padrão formulado por Cristina Maslach e Susan Jackson em

1978, o MBI – Maslach Burnout Inventory, (CARLOTTO; CAMARA, 2004) que pode

apontar e qualificar o Burnout avaliando a forma como o trabalhador vivencia suas atribuições

com base em três dimensões: Exaustão Emocional, Despersonalização do Trabalho e

Realização Profissional.

Para captação dos dados foi utilizado um formulário eletrônico que continha 27 questões

divididas em 4 etapas. No primeiro momento era constituído de 5 questões sobre o perfil do

respondente. Da questão 6 a 14 as questões tratavam-se da exaustão emocional, da questão 15

a 19 tratava sobre a despersonalização do trabalho e da questão 20 a 27 tratava sobre a

realização profissional. Na escala qualitativa foi utilizada a escala de 7 gradações que

determinavam a frequência das ocorrências como nunca, algumas vezes ao ano, uma vez ao

mês ou menos, algumas vezes durante o mês, uma vez por semana, algumas vezes durante a

semana e todo dia.

Os 22 formulários foram respondidos entre o período do dia 13 de janeiro de 2014 a 28 de

janeiro de 2014 e a identidade dos profissionais mantida em sigilo. Além disso, os formulários

foram enviados eletronicamente pela Coordenadora Geral do Programa mantendo assim, a

descrição dos entrevistados.

2. Conceituação

Na concepção de Codo e Vasques-Menezes (1999), Burnout, trata-se de uma expressão

inglesa que significa “queimar-se” ou “consumir-se pelo fogo”. Foi utilizada pela fácil

semelhança metafórica com o estado de exaustão emocional, o “estar consumido”, que é o

fenômeno vivenciado com mais frequência e de forma intensa por algumas categorias

profissionais.

O termo Burnout, no sentido de desgaste emocional desencadeado principalmente pelas

condições do trabalho, foi empregado na década de 70 pelo psicólogo clínico Herbert J.

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Freudenberger. Há, entretanto, alguns autores que consideram a hipótese de que ele apenas

nomeou um sentimento que já existia e havia sido experimentado por muitos (Codo e

Vasques-Menezes, 1999).

Freudenberger percebeu em si os sintomas desta síndrome e passou a observá-la com maior

propriedade, e assim, buscou defini-la como tal. Para Codo e Vasques-Menezes (1999),

Burnout consiste em uma síndrome da desistência, pois o indivíduo, nessa situação, deixa de

investir em seu trabalho e nas relações afetivas que dele decorrem e, aparentemente, torna-se

incapaz de se envolver-se emocionalmente com o mesmo.

O fato é que, aqueles que nao estão acometidos por tal, mesmo diante de uma situação de

extremo estresse, não desistem daquilo que pretendem executar profissionalmente, enquanto

que o os indivíduos que estão com Burnout já perderam toda a vitalidade necessária para o

cumprimento de tais tarefas.

2.1 Grupos de maior ocorrência

O fenômeno afeta uma ampla gama de profissionais – em especial aqueles há uma interação

constante com outras pessoas no seu dia-a-dia de trabalho. De modo geral, os profissionais

mais afetados são: médicos, enfermeiros, psicólogos, professores, assistentes sociais, agentes

penitenciários, policiais, bombeiros, cuidadores de pessoas com doenças degenerativas, entre

outros. Cada grupo possue características distintas que o os coloca em situação de grande

possibilidade da incidência da síndrome.

Os profissionais da educação, por exemplo, têm como elementos propulsores a intensa

sobrecarga de trabalho, o progressivo declínio da autonomia profissional, a diminuição do

status social da profissão, e aumento das pressões sofridas em função da precarização do

trabalho, além de falta de lazer, do convívio familiar e social.

Já aqueles da área de saúde vivem constantemente sob forte pressão no ambiente de trabalho

por envolver no dia a dia das suas atividades situações de forte risco de vida dos pacientes sob

suas responsabilidades. A incidência, portanto, de Burnout nestes profissionais é bastante

comum, visto que como defesa psicológica dos casos e situações encontradas, desenvolvem

certas defesas, principalmente de cunho emocional.

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Reforçando essa ideia, Remen (1993), define esse profissional de saúde como sendo uma

pessoa que sofreu profundas modificações como resultado de treinamento especializado, do

conhecimento e da experiência. Esses profissionais estão diariamente expostos à dor, à doença

e à morte, tornando essas experiências não mais como conceitos abstratos, mas sim,

realidades comuns.

No caso selecionado para o estudo, a predisposição à Síndrome de Burnout está tanto

relacionada à profissão quanto ao ambiente onde é desempenhada a atividade, visto que

profissionais de saúde que atuam em Unidades Prisionais estão sujeitos ao risco de rebeliões e

motins. Vale ressaltar que lidar com pessoas que estão privadas de liberdade em função do

cometimento de crimes de todo o tipo requer do profissional de saúde uma maior

sensibilidade e atenção no desempenho de suas atividades, visto que qualquer detalhe pode

desencadear revolta e até mesmo sentimento de vingança nestes pacientes.

Isto também pode ser considerado um fator desencadeante de estresse e, portanto, pode vir a

influenciar no grau de realização pessoal destes profissionais, aumentando assim a

possibilidade de adquirir o Burnout, já que alguns ambientes laborais, dependendo da

complexidade e área de atuação, exercem forte pressão nos indivíduos.

Outro fator importante a ser destacado é que o próprio ambiente físico e as normas

operacionais das Unidades Prisionais requerem e impõem àqueles que ali atuam um maior

zelo e maiores cuidados específicos, inclusive com os equipamentos manuseados durante os

atendimentos realizados.

Diante de todo o exposto, considera-se que o estado emocional e motivacional destes

profissionais oscila enormemente no dia a dia do desempenho de suas atividades laborais,

pelo iminente risco ao qual estão sujeitos cotidianamente.

2.2 Regulamentação da Síndrome no Brasil

Vários estudos apontam que a incidência de Burnout tem sido uma das maiores causas do

afasatamento temporário do trabalhador. De acordo com Brasil (2001), as leis brasileiras de

auxílio ao trabalhador já contemplam o Burnout. No Anexo II do Decreto nº 3048/99 ao se

referir aos transtornos mentais e do comportamento relacionado com o trabalho (Grupo V da

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CID-10), o inciso XII aponta a sensação de estar acabado (síndrome de burn-out, síndrome do

esgotamento profissional) (Z73.0) (BRASIL, 2001).

Moreira et al (2009) cita que Burnout foi listado no Manual de Doenças Relacionadas ao

Trabalho 9, do Ministério da Saúde, no qual indica que, quando o diagnóstico da síndrome é

confirmado, este deve ser abordado como evento sentinela e servir de indicador para uma

investigação mais criteriosa da situação do trabalho (Classificação Internacional de Doenças,

10a revisão - CID-10: Z56.3, Z56.6).

2.3 Maslach Burnout Inventory - MBI

Em 1978 foi criado o Maslach Burnout Inventory – MBI, como forma de avaliar a incidência

de Burnout, por Christina Maslach e Susan Jackson. Este instrumento passou por algumas

modificações e ate os dias atuais é o instrumento mais utilizado.

Segundo Maslach (1993), sua construção partiu de duas dimensões, exaustão emocional e

despersonalização, sendo que a terceira dimensão, realização profissional, surgiu após estudo

desenvolvido com centenas de pessoas de uma ampla gama de profissionais.

2.4 Exaustão emocional

A exaustão emocional é percebida através da sensação muito forte de tensão emocional, que

na maioria das vezes se traduz pelo sentimento de esgotamento, de falta de energia e de

insuficiente estrutura emocional capaz de lidar com as rotinas laborais, representando assim, a

dimensão individual da síndrome.

Conforme Lima et al (2007), a exaustão emocional é a primeira reação ao estresse gerado

pelas exigências do trabalho. Uma vez exaustas, as pessoas sentem cansaço físico e

emocional, com dificuldade de relaxar. A exaustão é a característica central do Burnout, a

manifestação mais óbvia, sendo a principal queixa dos indivíduos que sofrem dessa síndrome.

Nos estudos desenvolvidos por Maslach, na análise dessa dimensão, quanto maior a

frequência dos itens no desenvolvimento das atividades laborais, maior a tendência de que a

síndrome esteja iniciada naquele profissional.

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2.5 Despersonalização

A despersonalização é o processo pelo qual o profissional tende a adotar comportamento de

distanciamento e passa a ter sentimentos e atitudes negativas, em torno daquelas pessoas que

estão diretamente relacionadas às suas atividades profissionais, por exemplo, os pacientes,

clientes, fornecedores, colegas de trabalho entre outros.

2.6 Realização Profissional

No trabalho é uma dimensão na qual existe um sentimento de inadequação pessoal e

profissional. Há uma tendência de o trabalhador se autoavaliar de forma negativa, com

apresentação de baixa autoestima, o que acaba afetando a habilidade para a realização do

trabalho e o atendimento, o contato com as pessoas usuárias do trabalho, bem como com a

organização.

Nesse item em especial o profissional não consegue visualizar os pontos positivos de sua

carreira, passando a adotar uma postura de insatisfação com a sua posição atual.

3 Programa de Saúde Penitenciária – PSP

Percebe-se que na realidade prisional do Brasil, o número de detentos é superior ao

quantitativo de vagas disponíveis em todo o sistema prisional, ocasionando a superlotação e

vários outros problemas. Essa superlotação submete os detentos a situações de insalubridade,

condições precárias de higiene, transformando as penitenciárias em ambientes propícios a

contaminação e proliferação de doenças.

Com as condições de encarceramento, os detentos estão vulneráveis as doenças. Várias causas

são inerentes à carceragem, como o sedentarismo, as drogas, as condições de higiene, entre

outros. Ao longo do tempo percebem-se os esforços por parte dos governos federal, estaduais

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e municipais, para incluir as pessoas privadas de liberdade, ao ponto de fomentar essas e

outras normativas no sentido de assegurar o direito à saúde.

A política penitenciária da Paraíba está em concordância com a política penitenciária do

Brasil, assim como estão correlacionados os fatores contributivos para coerência com que

rege a Lei de Execuções Penais n° 7.210/84, principalmente no tocante ao direito de

assistência. A LEP, n° 7.210, nos artigos 10 e 11, estão relacionadas à assistência ao preso: “a

assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar

o retorno à convivência em sociedade. A assistência estende-se ao egresso. A assistência será:

material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa”.

Corroborando com os princípios e diretrizes do SUS, o Ministério da Saúde e o Ministério da

Justiça aprovaram o Plano Nacional de Saúde Penitenciária, destinado a dispor a atenção

integral à saúde às pessoas mantidas em cárceres bem como assistência psiquiátrica e

odontológica.

O impacto qualitativo e/ou positivo de uma equipe de saúde implantada em uma unidade

prisional é evidente, não só em benefícios para os cidadãos privados de liberdade, mas torna

menos árdua a tarefa de realizar uma contenção qualificada daqueles que cumprem sentenças.

Esse plano tem como objetivo geral prover o acesso da população privada de liberdade à

prestação de serviços ofertados pelo SUS, assim, garantindo incentivo financeiro às unidades

federativas qualificadas e a implantação de unidades de saúde com o objetivo de atender às

demandas da atenção primária, compostas por uma equipe mínima dos seguintes

profissionais: médico(a), enfermeiro(a), odontólogo(a), psicólogo(a), assistente social,

auxiliar ou técnico de enfermagem e auxiliar de saúde bucal.

O objetivo principal do projeto é de promover a saúde, contribuir para o controle e/ou redução

dos agravos mais frequentes que os apenados são acometidos, o favorecimento do perfil

epidemiológico e sanitário dos ambientes das unidades, entre outras ações que venham

beneficiar a saúde dos apenados. A Paraíba vem executando o projeto “Saúde do Sistema

Penitenciário”, desde dezembro de 2008.

Com o número de presos bem acima da capacidade, o Estado da Paraíba ocupa a quarta

colocação no número de pessoas presas, perdendo para os Estados do Pernambuco, Bahia e

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Ceará. Segundo o portal do Governo da Paraíba, a população carcerária no mês de Dezembro

totalizou 9233 pessoas, sendo que 81% está em regime fechado e 19% em regime semiaberto.

O Programa de Saúde nos Presídios (PSP) é constituído por 11(onze) equipes de saúde

prisional que são constituídas por profissionais de saúde, em sua maioria servidores públicos

da SEAP e da SES, com uma equipe mínima composta por médicos, enfermeiros, cirurgiões

dentistas, técnicos em enfermagem, assistentes sociais, psicólogos e auxiliares em saúde

bucal.

Com a aplicação do PSP, as ações de saúde passaram a ocorrer com caráter diagnóstico para,

após traçado o perfil epidemiológico desta população, direcionar as ações em função dos

agravos de maior incidência nas unidades prisionais.

Com o objetivo de melhorar a atenção à saúde da população prisional, controlar as doenças

que possuem grande propensão de acontecimento como a tuberculose, busca-se a implantação

do tratamento diretamente supervisionado, como também outros meios de tratamento e

estratégias voltadas às características do local. Busca-se, ainda, encontrar casos novos, como

também abordagem direta aos familiares dos portadores de tuberculose em tratamento;

monitorar os portadores de hipertensão arterial, viabilizando o tratamento medicamentoso e o

aconselhamento para dieta hipossódica.

4. Discussão Dos Resultados

Foi adotado como critério de análise dos resultados apontados neste estudo inicialmente a

verificação do perfil dos profissionais, e em seguida a verificação individualizada por

dimensão do MBI, tentando entender qual seria a atual realidade vivenciada no desempenho

diário de profissionais que lidam numa atividade já de natureza bastante exaustiva, além

disso, tendo como agravante o ambiente que as prisões representam de um modo geral.

Importante que seja destacado que os resultados e discussões aqui apresentados nao têm a

intenção nem o caráter de criar generalizações, sendo apenas definido como um estudo que

dentro de suas limitações e possibilidades traz a tona, de modo bastante elementar, uma

interpretação dos sentimentos e sensações sentidas por aqueles profissionais das equipes do

PSP-PB, que ora estão atuando.

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No que se refere as características dos profissionais entrevistados, segue a Tabela

01.

Analisando o gênero dos pesquisados, contata-se a similaridade entre os gênero feminino

(57%) e o gênero masculino com (43%). Nesse sentido, Lima, et all (2007) menciona os

resultados da pesquisa Taking the Stress out of Work, realizada pela International Stress

Management Association (ISMA-BR), na qual constata que as mulheres, embora mais

estressadas, possuem meios que as auxiliam para ter uma vida melhor, como por exemplo a

verbalização de suas emoções; maior conscientização de suas condições físicas e emocionais;

procuram ajuda ao apresentar os primeiros sinais e sintomas de possíveis docenças; possuem

disciplina e práticas de relaxamento; possuem crença religiosa.

Em relação ao tempo de atuação percebe-se que o tempo de atuação na organização em que

cerca de 57% estão a menos de três anos na instituição. Carlotto e Palazzo (2006)

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consideram a síndrome de Burnout como sendo algo que resulta de suscessivos e duradouros

estresses, como também da pressão emocional constante ligada ao grande envolvimento das

pessoas para com o trabalho. Trata-se de uma população madura em que 64% dos

entrevistados estão entre 31 a 40 anos.

Quanto a escolaridade há um empate entre os graduados (43%) e os especialistas (43%), fato

que é comprovado pelas exigências dos cargos desenvolvidos, que precisa-se de maior

qualificação para sua prática, como os cargos de medico, odontológo, psicológo, entre outros.

Outro dado relevante para o estudo no Burnout é a unidade presional de atuação em que 29%

dos entrevistados atuam em Penitenciárias de Segurança Máxima, 29% em Penitenciárias de

Segurança Média, 19% em Penitenciária Padrão, 14% em Cadeias Públicas e nenhum

respondente em Colônia Penal Agrícola.

Na sequência são apresentados os resultados referente a utilização do Inventário de Burnout

de Maslach (MBI) com os profissionais do programa de saúde prisional.

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Partindo da ideia de que a Exaustão Emocional envolve o consumo da energia dos recursos

emocionais como também o desgaste emocional do funcionário que fica abalado pela

consequência do contato diário com as pessoas e principalmente com o trabalho (RITTER, et

al., 2012), pode-se perceber que em vários momentos do MBI é notado a variabilidade na

frequência das ocorrências.

Levando em consideração a escala utilizada, as ocorrências que prevaleceram variam entre

algumas vezes ao mês e ao ano. Assim, deixando os respondentes fora da zona de

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preocupação, supondo que quando mais frequente a incidência das ocorrências, maior chance

de adquirir a síndrome.

Um dado que chama a atenção é as sucessivas vezes durante a semana em que os

respondentes se sentem cansados ao final do dia de trabalho, fato que pode ser entendido

como relfexo das superlotações nos presídios do Estado da Paraíba. Assim, a equipe do

programa tem que atender a um o grande número de pacientes que não condizem com a

quantidade de integrantes da equipe.

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A despersonalização do trabalho analisa as atitudes insensíveis e impessoais para com as

pacientes e companheiros de trabalho (RITTER, et al., 2012). Ou seja, quando o profissional

não demonstra mais nenhuma sentimento positivo a respeito das pessoas que utilizam das suas

atribuições.

A partir da Tabela 03 percebe-se que as respostas contrariam o conceito da despersonalização,

visto que em todos os casos, a maioria dos respondentes apresentaram respostas que nunca

despertam sentimentos negativos para com os pacientes. Esse fato pode ser justificado ao

fazer alusão a questão do tempo de atuação na organização, em que a maioria dos

respondentes possuem menos de três anos, ou seja, provavelmente não se teve tempo

suficiente para que o relacionamento Profisional X Paciente entrasse em um estágio de

endurecimento.

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Grande parte dos profissionais de saúde ingressa na profissão com o intuito de prover

condições e acesso aos serviços primários de saúde, por esse motivo, quando percebem que

não estão contribuindo nesse aspecto, os profissionais ficam vulneráveis a sentimentos de

desapontamento podendo desencadear em depressões.

Em relação ao alcance dos objetivos pessoais, os resultados apresentados demonstram o

descontentamento com a expectativa que a função oferece. Ao serem perguntados sobre a

vitalidade prevaleceu a frequência de algumas vezes ao ano. Subtende-se que os profissionais

perdem a vitalidade por causa do clima do ambiente organizacional, como também os níveis

de insalubridade e periculosidade que são fatores influenciadores.

Ao questionar sobre o contato com os pacientes, os respondentes se sentem motivados por

trabalharem em contato com eles. Essa questão reforça as respostas da dimensão da

despersonalização em que os profissionais não despertam sentimentos negativos com os

pacientes e ainda se sentem inspirados por esse contato cotidiano.

Outro ponto notório entre os questionamentos foi sobre a forma adequada de agir com os

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problemas emocionais em que os respondentes dividiram suas respostas em pontos extremos

com frequência de algumas vezes ao mês até o a frequência diária.

As divergências nas respostas dessa dimensão podem ser justificadas ao se levar em conta os

cargos e as atribuições exercidas pelos profissionais, visto que há atribuições que exige um

tato maior com as questões psicológicas, como por exemplo, os psicólogos e assistentes

sociais, em contra partida tem-se os técnicos que sempre estão em contato mais direto com os

pacientes.

5. Considerações Finais

Como resultado o presente estudo, mesmo compreendendo que há algumas limitações de

profundidade na discussão, foram evidenciadas importantes constatações sobre como os

profissionais do Programa Saúde Penitenciária, atuantes no Estado da Paraíba, percebem e

sentem o ambiente laboral onde atuam.

Foi observado através dos índices apresentados no estudo, que as médias para cada um dos

aspectos de: exaustão emocional, despersonalização e realização profissional, estão situados

próximos à linha média da escala que variou de 1 a 5, que na escala aplicada ao modelo de

Maslach, corresponde ao item - algumas vezes durante o mês.

Esses valores indicam que os participantes do estudo consideram que possuem mediano

controle sobre o trabalho, a carga de trabalho, e as relações continuam sendo motivadas, assim

como sentem que há reconhecimento do trabalho desenvolvido.

Como forma de contribuição aos profissionais, aconselha-se que busquem um equilíbrio

maior no desenvolvimento das atividades diárias, evitando assim, que entrem em processo de

exaustão emocional, o que poderia comprometer muito a saúde psicossocial dos mesmos,

visto que a exaustão é sempre a dimensão mais preocupante e indicativa de que aqueles

indivíduos estão acometidos da síndrome de Burnout.

A realização de atividades físicas e a busca por um ambiente de trabalho mais ameno, é

sempre uma excelente opção de energização daqueles indivíduos que estão ou possam vir a

estarem passando por momentos de estresse e desmotivação e/ou esgotamento profissional.

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Portais Visitados:

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