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SOCIEDADE POLIS LITORAL RIA FORMOSA, SA
Elaboração de Projectos de Execução para a requalificação de espaços ribeirinhos, de parques públicos e percursos pedonais
- Parque Ribeirinho de Faro -
RF 18.02.45 Contrato 101/9/CN019
ESTUDO PRÉVIO | ANTEPROJECTO
Processo : 6950.9.01 | Data : Julho de 10 | Rev : 01
Memória Descritiva
Data : Julho, 2010 Processo : 6950.9.01 Rev :01
EQUIPA
Isabel Vaz Serra – coordenador geral
Miguel M. Pereira - coordenador geral
Desenho Urbano
Arquitectura Paisagística
Joana Pires
Inês M. Pinto
Espaços Exteriores
Desenho Urbano/ Acessibilidades
Rita Pires
Miguel Pestana
Arquitectura
Arquitectura
António Barroso Instalações, equipamentos e sistemas de águas e esgotos
Pedro Cortes
Pedro Gonçalves
Instalações, equipamentos e sistemas eléctricos e sistemas de comunicações
Sistemas de Segurança Integrada
Iluminação pública e Redes de comunicações
Carlos Canhita Sinalética exterior
António Madeira Rede Viária e pedonal
Infra-estruturas de águas, drenagem de residuais domésticas e pluviais dos espaços públicos
Miguel Repas Medidas e boas práticas de requalificação ambiental
Memória Descritiva
Data : Julho, 2010 Processo : 6950.9.01 Rev :01
INDICE
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 3
2. ÁREA DE INTERVENÇÃO ............................................................................................................................... 3
3. METODOLOGIA DE ABORDAGEM E ADEQUAÇÃO DO PROJECTO.................................................................. 3
3.1 IDENTIFICAÇÃO DE IGT ....................................................................................................................................... 3
4. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO .......................................................................................... 16
5. ANÁLISE SWOT ........................................................................................................................................... 18
6. ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO .................................................................................................................. 19
7. TEMÁTICA DO PARQUE | CONCEITO .......................................................................................................... 21
8. ESTRUTURA FUNCIONAL ............................................................................................................................ 22
8.1 ESTRUTURA FUNCIONAL .................................................................................................................................... 22
8.2 EQUIPAMENTOS DE APOIO ................................................................................................................................ 28
8.3MOBILIÁRIO URBANO ....................................................................................................................................... 29
9. REDE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA .......................................................................................................... 31
9.1 CONSUMOS .................................................................................................................................................... 31
9.2 LIGAÇÃO À REDE MUNICIPAL ............................................................................................................................. 32
9.3 TRAÇADO E MATERIAIS ..................................................................................................................................... 32
9.4 SISTEMA DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS DOMÉSTICAS .................................................................................... 32
9.5 INFRA-ESTRUTURAS PROPOSTAS ......................................................................................................................... 33
9.6 SISTEMA DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS ........................................................................................................ 33
10. INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO ................................................................................................................ 35
10.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................ 35
10.2 EQUIPAMENTOS A INSTALAR ............................................................................................................................ 35
11. MATERIAL VEGETAL ................................................................................................................................. 37
12. SUSTENTABILIDADE ................................................................................................................................. 43
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1. INTRODUÇÃO
A Resolução de Conselho de Ministros nº 90/2008, de 3 de Junho, consagra a realização de
uma politica integrada de protecção ambiental e valorização paisagística do litoral, denominada
Polis Litoral – Operações Integradas de Requalificação e Valorização da Orla Costeira.
No caso da Ria Formosa, esta RCM determina como área de intervenção 48km de frente
costeira e 57km de frente lagunar, incidindo na área protegida do Parque Natural da Ria
Formosa, e incluindo os municípios de Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António.
Decorrente do concurso público para a “Elaboração de Projectos de Execução para a
Requalificação de Espaços Ribeirinhos, de Parques Públicos e Percursos Pedonais –
Parque Ribeirinho de Faro”, promovido pela Sociedade Polis Litoral, Ria Formosa, SA, a
intervenção agora apresentada, foi objecto de uma fase preliminar de concepção, na qual forma
lançadas as bases de intervenção para a área determinada para o Parque Ribeirinho de Faro.
2. ÁREA DE INTERVENÇÃO
A área de intervenção situa-se na zona Poente de Faro, e abarca um total de 39 ha.
Encontra-se dividida a intervenção em duas fases, sendo a primeira correspondente a cerca de
16 ha (excluindo a área das salinas e a área do loteamento aprovado da Horta das Figuras,
mas incluindo os percursos pedonais envolventes ás salinas com cerca de 1100ml) e a
segunda, cerca de 23 ha.
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3. METODOLOGIA DE ABORDAGEM E ADEQUAÇÃO DO PROJECTO
O projecto para o Parque Ribeirinho de Faro desenvolveu a sua abordagem tendo em conta,
em primeiro lugar, a sua adequação aos Instrumentos de Gestão Territorial em vigor e a
outros estudos complementares.
A abordagem assentou nos seguintes passos:
1º passo - identificação dos IGT e respectivos objectivos / linhas estratégicas ou
medidas, para área em questão; caracterização da área de intervenção;
2º passo – identificação daqueles objectivos / linhas estratégicas ou medidas que
têm enquadramento e viabilidade na área de intervenção;
3º passo – desenvolvimento de soluções que concretizem e “cruzem” esses os
objectivos / linhas estratégicas ou medidas, identificados.
3.1 IDENTIFICAÇÃO DE IGT
Foram analisados os seguintes IGT:
• PLANO REGIONAL DE ORDENAMENTO DO TERRITORIO DO ALGARVE, (PROT Algarve),
DR nº 11/91 de 21 de Março
• PLANO DE ORDENAMENTO DA ORLA COSTEIRA (POOC) VILAMOURA – VILA REAL DE
SANTO ANTÓNIO, RCM nº 103/2005
• PLANO DE ORDENAMENTO DO PARQUE NATURAL DA RIA FORMOSA (POPNRF), DR nº
2/91 de 24 de Janeiro
• PDM FARO, RCM nº 174/95 com alterações posteriores
E ainda os seguintes Planos:
• PLANO ESTRATÉGICO DA INTERVENÇÃO DE REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA
RIA FORMOSA , Sociedade Polis Litoral Ria Formosa, SA
• PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL DO CONCELHO DE FARO, Universidade do
Algarve
• PLANO ESTRATÉGICO DA CIDADE, CM Faro
• PLANO VERDE DE FARO, CM Faro
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Destes planos foram retirados alguns extractos, com os objectivos/ temáticas que directamente
influem sobre a área de intervenção.
PLANO REGIONAL DE ORDENAMENTO DO TERRITORIO DO ALGARVE (PROT Algarve)
O PROT Algarve constitui-se como um instrumento de referência para o desenvolvimento do
Algarve, e estabelece as orientações para o ordenamento do território regional, numa
perspectiva de desenvolvimento económico, social e cultural, constituindo o quadro de
referência para os Planos Municipais de Ordenamento do Território.
Prossegue as linhas programáticas e os objectivos estratégicos definidos no PNPOT para esta
Região, nomeadamente:
• Qualificar e diversificar o cluster turismo/lazer;
• Robustecer e qualificar a economia e promover actividades intensivas em
conhecimento;
• Promover um modelo territorial equilibrado e competitivo;
• Consolidar um sistema ambiental sustentável e durável.
Neste enquadramento, são ainda definidas diferentes opções territoriais, entre as quais se
destacam:
• Criar as condições de qualificação do turismo e promover a diversificação da economia
e a emergência de actividades da sociedade do conhecimento;
• Estruturar o sistema urbano regional na perspectiva do equilíbrio territorial e da
competitividade, assente na afirmação de aglomerações urbanas policêntricas e no
reforço da cooperação interurbana;
• Garantir níveis elevados de protecção dos valores ambientais e paisagísticos e
preservar os factores naturais e territoriais da competitividade turística;
• Qualificar o espaço público e preparar programas integrados de renovação ou
recuperação de áreas urbanas e turísticas em risco de degradação;
• Controlar os processos de edificação dispersa e requalificar os espaços afectados;
• Assegurar o planeamento e a gestão integrados do litoral, visando nomeadamente a
protecção da orla costeira e das áreas vitais para a rede ecológica regional.
No PROT Algarve, a Ria Formosa enquadra-se na unidade territorial Litoral Sul e Barrocal —
Subunidade territorial — Ria Formosa. Correspondendo ao Parque Nacional da Ria Formosa
(PNRF), zona húmida lagunar de elevada produtividade biológica e diversidade ecológica. A
pesca, a moliscicultura e a aquicultura têm uma expressão significativa nesta área.
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As orientações e prioridades indicadas para esta subunidade passam pela elaboração dos
planos de intervenção nas praias e do plano de urbanização, ou plano de pormenor, nos
principais aglomerados urbanos e nas zonas envolventes consideradas degradadas, em
articulação com o POPNRF, com vista à qualificação e estabilização dos usos e paisagem
envolvente e pela concretização das acções do POOC.
Para além de outros, são identificados os seguintes Programas Estratégicos e as medidas
associadas:
PE 03 | Valorização e requalificação ambiental
• Discriminação positiva de áreas protegidas
• Rede ecológica regional
• Fomento de energias renováveis
• Ordenamento e valorização de zonas húmidas
PE 06 | Valorização do litoral e frentes de mar
• Requalificação e valorização das frentes de mar
• Implementação dos POOC
• Intervenções em ordenamento do território
• Ordenamento e requalificação de eixos estruturantes
PE 10 | Mar algarvio — um oceano de oportunidades
• Intervenções estruturantes nas pescas, aquicultura e produção de sal
• Apoios ao recreio náutico
• Dinâmica costeira
• Investigação científica
Estrutura Regional de Protecção e Valorização Ambiental
O Algarve apresenta uma elevada biodiversidade, cuja representação deve estar assegurada
na Estrutura Regional de Protecção e Valorização Ambiental.
A área da Ria Formosa corresponde ao Parque Natural e à ZPE da Ria Formosa, estando
também incluída num SIC – PTCON0013. Nesta área, pretende-se promover a conservação e
gestão integradas de um ecossistema costeiro fortemente humanizado, assegurando a
preservação da composição, estrutura e funcionalidade do ecossistema lagunar costeiro,
sistemas dunares e manchas de matos e pinhais dunares adjacentes, mantendo a diversidade
de espécies e habitats a eles associados, potenciando a exploração sustentável dos recursos
naturais, com espécies atenção para recursos aquáticos e valorizando a zona húmida como
elemento diferenciador do turismo desenvolvido na faixa costeira do Algarve.
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Energias Renováveis
A análise da realidade regional mostrou que existe um potencial enorme de aproveitamento de
recursos energéticos renováveis, os quais estão actualmente a ser aproveitados de forma muito
limitada. O uso eficiente da energia e a gestão racional da procura energética na Região terão
de ser encorajados, minimizando os níveis de desperdício e a dependência de energias não
renováveis. Identificar e promover exemplos de boas práticas na eficiência e conservação da
energia terá de ser uma aposta, aproveitando as potencialidades das energias renováveis para
tornar mais competitivas as empresas e a economia da Região. Essa aposta passa
inevitavelmente por uma alteração de comportamentos individuais e colectivos relativos ao
consumo de energia, conducentes a melhoramentos na eficiência dos equipamentos e nas
diversas aplicações da energia.
Ciclovias
Para além da importância que têm na perspectiva do recreio e lazer, as vias cicláveis assumem
uma importância crescente em termos de mobilidade, sobretudo nas Zonas urbanas ou na
acessibilidade a essas zonas a partir de envolventes próximas. Assim, para este modo,
estabelecem-se as seguintes orientações:
• Concluir o programa de vias cicláveis - Ecovia;
• Promover a interligação entre a rede de vias cicláveis e os centros urbanos,
particularmente nas áreas com maior interesse turístico, cultural e patrimonial;
PLANO DE ORDENAMENTO DA ORLA COSTEIRA (POOC) VILAMOURA – VILA REAL DE
SANTO ANTÓNIO
O POOC, que tem por objecto as águas costeiras e interiores e respectivos leitos e margens,
regulamenta, na zona terrestre, uma faixa de protecção, cuja largura máxima não excede 500
metros, contados da linha que limita a margem das águas do mar. No presente caso a faixa
costeira regulamentada por este instrumento de gestão territorial insere-se, quase na sua
totalidade, na área de jurisdição do PNRF, pelo que a implementação de algumas acções e
projectos definidos no POOC são da responsabilidade desta entidade.
O Plano de Ordenamento da Orla Costeira Vilamoura — Vila Real de Santo António (POOC)
tem a natureza de plano especial de ordenamento do território e visa planear de forma
integrada os recursos da orla costeira. Para tal define condicionantes, vocações, usos
dominantes e a localização de infra-estruturas de apoio a esses usos, preocupando-se,
especialmente com a protecção e integridade biofísica do espaço, com a valorização dos
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recursos existentes e com a conservação dos valores ambientais e paisagísticos. As
orientações de base deste plano são:
- a preservação e qualificação do ambiente natural,
- a análise crítica dos processos da dinâmica costeira e a qualificação deste território sob
a vertente económica do turismo e da actividade piscatória.
Para tal, define e regulamenta o uso, a ocupação e a transformação da Zona Terrestre de
Protecção e Margens das Águas do Mar e da Zona Marítima de Protecção.
O POOC estabelece regimes de salvaguarda de recursos e valores naturais e fixa os usos e o
regime de gestão a observar na execução do Plano com vista a assegurar a permanência dos
sistemas indispensáveis à utilização sustentável da sua área de intervenção, visando, em
especial, a prossecução dos seguintes objectivos:
• O ordenamento dos diferentes usos e actividades específicas da orla costeira;
• A classificação das praias e a regulamentação do uso balnear;
• A valorização e qualificação das praias consideradas estratégicas por motivos
ambientais ou turísticos;
• A orientação do desenvolvimento de actividades específicas da orla costeira;
• A defesa e valorização dos recursos naturais e do património histórico e cultural.
PLANO DE ORDENAMENTO DO PARQUE NATURAL DA RIA FORMOSA (POPNRF)
Objectivos
O POPNRF estabelece regimes de salvaguarda de recursos e valores naturais e fixa os usos e
o regime de gestão com vista a garantir a manutenção e a valorização das características das
paisagens naturais e seminaturais e a diversidade biológica da respectiva área de intervenção.
Objectivos gerais:
• Assegurar a protecção e a promoção dos valores naturais, paisagísticos e culturais,
concentrando o esforço nas áreas consideradas prioritárias para a conservação da
natureza;
• Enquadrar as actividades humanas através de uma gestão racional dos recursos
naturais, com vista a promover simultaneamente o desenvolvimento económico e o
bem-estar das populações de forma sustentada;
• Corrigir os processos que podem conduzir à degradação dos valores naturais em
presença, criando condições para a sua manutenção e valorização;
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• Assegurar a participação activa de todas as entidades públicas e privadas, em estreita
colaboração com as populações residentes, de modo a serem atingidos os objectivos
de protecção e promoção dos valores naturais, paisagísticos e culturais do Parque
Natural da Ria Formosa (PNRF);
• Definir modelos e regras de ocupação e transformação do uso e das utilizações nas
zonas prioritárias para a conservação da natureza, bem como nos restantes espaços
identificados, por forma a garantir a salvaguarda, a defesa e a qualidade dos recursos
naturais, numa perspectiva de desenvolvimento sustentável;
• Assegurar a salvaguarda e a valorização do património arqueológico (terrestre e
subaquático), cultural, arquitectónico, histórico e tradicional da região em
complementaridade com a conservação da natureza.
Objectivos específicos:
• A restauração e regeneração dos ecossistemas terrestres e marinhos degradados;
• A conservação dos habitats naturais;
• A melhoria das condições de habitat da avifauna aquática, bem como a criação de
condições para a manutenção de espécies da flora globalmente ameaçadas;
• A redução da degradação de sistemas geológicos e geomorfológicos sensíveis;
• A reconversão das práticas mais degradativas para práticas ambientalmente
sustentáveis;
• A valorização dos produtos do PNRF;
• A promoção da exploração sustentada dos recursos haliêuticos;
• O ordenamento e disciplina da utilização do plano de água;
• A promoção e a divulgação do turismo de natureza;
• A sensibilização e formação dos agentes económicos e sociais para o uso sustentável
dos recursos naturais;
• A promoção do PNRF, através do uso público, do conhecimento e difusão dos valores
naturais e sócio-culturais;
• A educação ambiental, divulgação e reconhecimento dos valores naturais e do
património cultural.
Os objectivos do ordenamento do PNRF devem ser atingidos através da concretização das
medidas expressas num programa de execução, o qual indica as principais intervenções, as
entidades responsáveis pela sua concretização e implementação, bem como a estimativa dos
custos e o cronograma de execução.
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Actos e actividades a apoiar ou promover
Na área abrangida pelo PNRF, deve ser apoiada ou promovida pelo PNRF a prática dos
seguintes usos, actos e actividades, sujeitos a regras conducentes a uma boa gestão dos
recursos naturais e da conservação da natureza:
• As acções de conservação da natureza, em particular aquelas relativas aos habitats e
espécies com estatuto de conservação desfavorável;
• A requalificação da paisagem, nomeadamente dos espaços ocupados por
povoamentos florestais estremes e das áreas ocupadas por espécies vegetais não
indígenas como a Acácia (Acacia spp.), o Chorão (Carpobrotus edulis) e a Spartina
densiflora;
• A reconversão das práticas agro-florestais no PNRF para floresta extensiva de uso
múltiplo com espécies autóctones;
• A exploração sustentada dos recursos haliêuticos;
• As acções de recuperação das áreas florestais degradadas, em particular daquelas
onde existem excepcionais valores botânicos, como sejam os habitats de Tuberaria
major e Thymus lotocephalus;
• O desenvolvimento de estudos científicos, em particular os de caracterização e
monitorização dos valores biológicos, e de dinâmica sedimentar costeira.
• A regulamentação dos aproveitamentos tradicionais do PNRF, estabelecendo
directrizes ou normas para a sua manutenção, com vista à protecção, salvaguarda,
fruição e valorização das paisagens culturais e do Património Cultural Histórico-
Arqueológico como factor de desenvolvimento, reconhecendo o seu valor como
elemento de originalidade, de diferenciação e de afirmação de identidade e memória;
• A promoção do PNRF, através do uso público, do conhecimento, da educação
ambiental e da difusão dos valores naturais e sócio-culturais, e a obtenção de uma
maior compreensão e de apoio público à gestão de conservação do mesmo;
• A regulação das instalações e actividades susceptíveis de gerar impactos negativos,
ordenando a sua implantação e funcionamento e condicionando-as ao cumprimento de
medidas de minimização dos impactos;
• A gestão activa dos povoamentos florestais, que potencie o seu uso múltiplo e a
redução de risco de incêndio, através de acções e medidas preventivas compatíveis
com a conservação dos valores naturais;
• As actividades agrícolas e pastoris através de práticas adequadas à exploração do solo
e de que não resulte a degradação dos valores naturais em presença, nomeadamente
pela divulgação de métodos de protecção integrada, produção integrada e agricultura
biológica, e pelo fornecimento de informação relativa a formas alternativas de
produção;
Memória Descritiva
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• A promoção dos produtos tradicionais de base regional e de actividades turísticas que
respeitem e promovam os valores naturais da região;
• A divulgação, sinalização e gestão dos percursos interpretativos ou outros associados a
actividades recreativas, desportivas, culturais ou educativas, visando o reconhecimento
dos valores naturais, bem como a fruição de ambiências e equipamentos locais;
• A educação ambiental, divulgação e reconhecimento dos valores naturais e do
património cultural, bem como a fruição de valores locais como a gastronomia e a
paisagem;
• O incentivo e apoio à investigação científica e à monitorização ambiental, criando
condições para a recepção e trabalho de técnicos e investigadores.
• A elaboração de uma carta de desporto da natureza;
• A conservação e reconstrução do património construído, compatibilizando a sua
exploração com os objectivos da conservação da natureza;
• A vigilância e fiscalização.
Produção de sal marinho
A histórica utilização de áreas do PNRF para a produção de sal marinho criou habitats e
paisagens com elevado valor natural, que devem ser protegidos e promovidos, garantindo-se a
manutenção de elevados índices de qualidade ambiental, designadamente da qualidade da
água, e uma gestão sustentável das áreas afectas à actividade.
Em caso de abandono de áreas do Domínio Público Hídrico utilizadas para salinicultura,
compete à Comissão Directiva do PNRF decidir sobre a sua reutilização, podendo fazê-lo no
sentido da renaturalização.
Actividades lúdicas
A área do PNRF é frequentada anualmente por dezenas de milhares de utilizadores que
desenvolvem diversas actividades de carácter lúdico, nomeadamente a pesca, apanha de
invertebrados, desportos náuticos motorizados, vela, remo, observação da flora e da fauna,
mergulho e usos balneares.
A apanha e pesca lúdica de quaisquer espécies animais ou vegetais só pode ser exercida nas
áreas do PNRF definidas para o efeito através de edital e de acordo com as regras nele
previstas.
PDM FARO
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Ordenamento
Espaços culturais
Os espaços culturais integram áreas predominantemente naturalizadas com uma vocação
recreativa e cultural e elementos do património construído com interesse.
• Parque Ribeirinho de Faro
O Parque Ribeirinho de Faro, constitui um espaço integrado no Parque Natural da Ria
Formosa, numa área marginal ao aglomerado de Montenegro e à cidade de Faro.
O objectivo principal do Parque Ribeirinho de Faro, é contribuir para a divulgação dos valores
naturais da Ria Formosa e para a consciencialização da população local e nacional, da
importância desses valores, aliada à criação de uma área de lazer para a população local. Pela
importância cultural de que se reveste este espaço, ele é integrado na unidade operativa de
planeamento e gestão referida no artigo 96.º do Regulamento.
Espaços urbanos estruturantes
Os espaços urbanos estruturantes, são constituídos por malhas urbanas existentes com
ocupação edificada consistente, dispondo de infra-estruturas urbanísticas e de equipamentos e
serviços que garantem um papel polarizador no território; destinam-se a uma ocupação com
fins predominantemente habitacionais, podendo integrar outras funções, como actividades
terciárias, indústria ou turismo, desde que, pelas suas características, sejam compatíveis com a
função habitacional.
Unidade operativa de planeamento e gestão da zona ribeirinha de Faro
A UOP da zona ribeirinha de Faro delimitada na planta de síntese, é constituída por terrenos
públicos e privados destinados à instalação do novo parque público ribeirinho, do passeio
ribeirinho e ainda à reconversão urbana da zona ribeirinha da cidade.
Esta UOP deve ser objecto de planos de pormenor, com base em programas previamente
acordados com as entidades intervenientes (Câmara Municipal, Instituto Portuário e dos
Transportes Marítimos, Parque Natural da Ria Formosa, Caminhos de Ferro Portugueses e
proprietários privados) e de acordo com as regras de ocupação definidas no presente
Regulamento para cada área específica.
Os objectivos desta UOP são:
• No troço integrado na área do Parque Natural da Ria Formosa - divulgação dos valores
naturais da ria aliada à criação de uma área de lazer para a população local;
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• No troço entre o parque ribeirinho e a doca de Faro - requalificar a ocupação urbana do
espaço ribeirinho e integrar os projectos de reconversão das instalações industriais e
ferroviárias e a remodelação e expansão das docas de recreio;
• No troço que integra o percurso ribeirinho a nascente da doca actual e o Largo de São
Francisco - definição da ocupação para o conjunto da área, incluindo o reordenamento
do Largo de São Francisco e sua relação com a ria, novo cais de carreiras fluviais para
ligação às Ilhas e tratamento da frente de ria, envolvendo as diversa entidades públicas
e privadas interessadas na área.
PLANO ESTRATÉGICO DA INTERVENÇÃO DE REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA
RIA FORMOSA
A estratégia a prosseguir assenta na afirmação da Ria Formosa como uma zona costeira
singular – referencial de sustentabilidade, através do reconhecimento da sua excelência
ambiental e territorial, reflexo de uma gestão sustentável dos recursos, valores naturais e
paisagísticos, dos usos e das actividades que aí se desenvolvem.
Para garantir o sucesso da visão estratégica, afigura-se fundamental a aposta em três grandes
Eixos:
Eixo 1 | Preservar o património natural e paisagístico, mediante:
� A protecção e requalificação da zona costeira visando a prevenção de risco;
� A promoção da conservação da natureza e biodiversidade no âmbito de uma gestão
sustentável.
Eixo 2 | Qualificar a interface ribeirinha, mediante:
� A revitalização das frentes de ria;
� A valorização de núcleos piscatórios;
� O ordenamento e qualificação da mobilidade;
Eixo 3 | Valorizar os recursos como factor de competitividade, mediante:
� A preservação das actividades económicas ligadas aos recursos da Ria;
� A transformação dos “espaços- ria” para fruição pública;
� A promoção da Ria Formosa, suportada no património ambiental e cultural
Memória Descritiva
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PLANO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL DO CONCELHO DE FARO
Visão
Potenciar a inter modalidade, reduzindo a necessidade de deslocação por veículo motorizado,
através de:
• Integração das diversas componentes de transportes, como factor de desenvolvimento
do território, no decorrer dos processo de planeamento territorial e gestão do meio
urbano;
• Uma eficiente complementaridade entre os modos de transporte;
• Criação de redes funcionais e atractivas para os modos pedestre e ciclista.
Áreas Temáticas
• Planeamento territorial e urbano
• Intervenções urbanas
• Integração de modos de transporte
• Modos de transporte individual e colectivo
• Ordenamento do trânsito
• Participação e informação pública
Objectivos Estratégicos
• Validar as condições de estruturação da rede de transportes que sirvam os espaços
urbanos do concelho, num formato compatível com uma estratégia de desenvolvimento
sustentável para o concelho de Faro;
• Fomentar uma maior eficiência nas redes e respectivas infra-estruturas dos transportes
públicos, nos processos de planeamento territorial e gestão do meio urbano;
• Estudar novas soluções de gestão do espaço urbano (arruamentos e espaços
pedonais) que assegurem melhores níveis de mobilidade nas deslocações individuais
para todos;
• Verificar as condições e meios de se reforçar a oferta de transportes públicos, no
quadro de uma política de protecção ambiental e para o bem estar da população;
• Promover uma maior complementaridade e integração dos diferentes modos de
transporte, estudando as condições de implementação a curto e médio prazo, de novos
interfaces inter-modais;
• Preparar um plano de iniciativas que promovam as deslocações a pé e um maior uso
da bicicleta;
Memória Descritiva
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• Preparar um plano de actividades de sensibilização colectiva para um uso acrescido
dos transportes públicos.
PLANO ESTRATÉGICO DA CIDADE
Objectivo:
• Afirmar Faro face à região e ao exterior, melhorando a sua competitividade e
reforçando as vantagens comparativas na rede urbana, regional, nacional e ibérica.
• Linhas fundamentais:
• Reforçar as vantagens competitivas de Faro criando os equipamentos e serviços
necessários à promoção do seu desenvolvimento sócio-económico.
• Apostar no estabelecimento de parcerias de projecto e acção.
• Contribuir para que este processo de desenvolvimento seja ajustável.
Estratégias:
• Mobilizar e desenvolver a cooperação entre os agentes urbanos;
• Desenvolver a base económica de Faro, apoiando-se nos seus recursos humanos,
culturais, ambientais e económicos;
• Promover Faro a Centro Cultural de relevo regional e de projecção nacional e
internacional;
• Proporcionar condições para a melhoria do funcionamento global da Cidade e da
Qualidade de Vida Urbana;
• Desenvolver a animação cultural;
• Aprofundar a cooperação a nível regional, nos espaços nacional e europeu;
Principais objectivos:
• Ambiente Urbano (Estrutura Verde e Sistemas de Recolha Selectiva);
• Melhoria das acessibilidades a estacionamento na cidade;
• Modernização dos serviços públicos (melhoria nos processos e informatização);
• Reabilitação e valorização do Centro Histórico;
• Diversificar o turismo e fomentar o surgimento de serviços turísticos avançados;
Memória Descritiva
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PLANO VERDE DE FARO
Princípios orientadores:
• Os valores naturais, culturais e paisagísticos, que na sua diversidade e interdependência
constituem a Estrutura Ecológica, são um bem comum, património da comunidade e
garante da sustentabilidade dos sistemas urbanos e da qualidade de vida das populações.
• A gestão territorial deverá, simultaneamente, salvaguardar as funções ecológicas dos
valores naturais, culturais e paisagísticos e garantir o aproveitamento das suas
potencialidades para o usufruto das populações, no presente e no futuro.
Objectivos:
• Revisão e actualização do Plano de Estrutura Verde do sistema urbano Faro-
Montenegro, elaborado em 1995, com recurso a bases cartográficas mais actualizadas
e eficazes, que permitem uma mais correcta percepção e inventariação do existente e
maior operacionalidade na implementação do proposto.
• Elaboração de Regulamento, aplicável ao Concelho, que constitua um instrumento de
ordenamento do território e de gestão urbanística operativo e eficaz, no que concerne à
gestão do património natural e cultural existente, com vista à sua fruição pela
comunidade e que regulamente as características conceptuais e técnicas dos espaços
verdes decorrentes da expansão urbana.
• Delimitação da Estrutura Ecológica no sistema urbano Faro - Montenegro, ao nível do
existente e do proposto, tendo sido delimitadas unidades com grande importância
ecológica, existentes e a criar, assinalados elementos existentes que constituem
valores naturais e/ou culturais e apontadas directivas para a sua integração numa “rede
ecológica” contínua, à qual estarão associadas funções de lazer, recreio e valorização
cultural.
• Delinear os princípios gerais e estratégicos para a futura delimitação da Estrutura
Ecológica Municipal, a executar em sede da revisão do PDM ou de outros Planos a
desenvolver.
Objectivos
Dotar o município de Faro de uma figura de gestão urbanística operativa e eficaz, no que
concerne à melhoria das condições ambientais nas áreas urbanas, dando resposta às
exigências de sustentabilidade, racionalização energética e melhoria da qualidade de vida.
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4. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO
A relação da cidade de Faro com a Ria, nomeadamente nesta zona, é diminuta, sobretudo
devido à presença da linha de caminho de ferro que separa a frente urbana, do espaço lagunar.
Trata-se de um espaço desqualificado e abandonado, que importa devolver a cidade.
Apresenta umas salinas desactivadas e um antigo armazém de sal em avançado estado de
degradação; encontramos ainda um núcleo piscatório e alguns armazéns devolutos, bem como
edificações de piso térreo devolutas ou algumas em ruínas. Existe um loteamento com as infra-
estruturas concluídas, denominado loteamento da Horta das Figuras, o qual a ser edificado tal
como aprovado irá criar alguns constrangimentos à uniformidade do parque e algumas
barreiras (físicas e visuais) entre algumas áreas do parque.
De uma maneira geral, o espaço público encontra-se desqualificado, sendo o acesso a esta
zona feito apenas por uma passagem viária e pedonal de nível.
Em termos ambientais, trata-se de um sistema lagunar, com dimensões significativas. Nela
residem uma grande diversidade de habitats, dos quais se destacam as dunas, sapais, salinas,
Memória Descritiva
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e cursos de água doce com vegetação ribeirinha, transformando então como uma área especial
para a conservação.
Esta área caracteriza-se por uma elevada riqueza biológica e ecológica, albergando no seu
interior espécies endémicas e raras para a conservação, importantes tanto do ponto de vista
nacional como internacional.
Em termos de espécies florísticas, a importância da área para a conservação passa pela sua
riqueza específica e, principalmente, pelo valor endémico e cientifico de alguns táxones
existentes. No elenco florístico destacam-se os endémicos ibéricos, europeus e lusitanos. Os
táxones têm para a área um inegável valor ornamental, aromático, forrageiro e condimentar.
Nesta área encontramos ainda várias actividades económicas directamente relacionadas com a
Ria, como é o caso da pesca, da salicultura e o turismo.
Neste espaço de intervenção existe uma malha edificada de um núcleo piscatório a manter. Tal
o antigo armazém do sal e o moinho de maré a requalificar.
No que se refere a acessibilidades e mobilidade, encontramos uma única entrada na zona,
obrigando o visitante a atravessar a linha-férrea, que constitui forte barreira (física, visual e
sonora). A ligação entre o centro urbano da cidade de Faro e o Teatro Municipal é assegurada
por autocarro. Existem cerca de 217 lugares de estacionamento gratuitos junto ao Teatro
Municipal, apesar de como estão do outro lado da linha de caminho de ferro, a sua eventual
utilização como suporte ao parque Ribeirinho implicará equacionar a forma de atravessamento
pedonal, sobre a linha.
A Ecovia do Algarve que atravessa parte da zona, apresenta troços degradados ou pouco
cuidados, sendo notória a descontinuidade de percursos, e acentuada dificuldade de circulação
nos (poucos) existentes
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5. ANÁLISE SWOT
Ameaças:
� Subida do nível médio das águas do mar e desaparecimento do sistema lagunar;
� Agravamento do desordenamento e degradação da paisagem;
� Aumento da perturbação dos ecossistemas
� Degradação dos sistemas edificados e consequente impacto ambiental
Oportunidades:
� Promoção da marca “Ria Formosa”;
� Regeneração da oferta turística na Ria Formosa;
� Valorização da imagem do Algarve;
� Desenvolvimento das actividades compatíveis com os recursos da Ria com maior
acrescento;
� Potenciar a relação dos centros urbanos com a Ria;
Pontos Fracos | Fraquezas:
� Desqualificação das frentes de Ria;
� Descargas de efluentes não tratados para o sistema lagunar;
� Degradação de património cultural construído;
� Défice de equipamento de apoio ao recreio e lazer;
� Efeito barreira gerado pela linha de caminho de ferro ao longo da Ria;
Pontos Fortes | Potencialidades
� Elevada rentabilidade e potencialidade de exportação dos produtos da Ria;
� Inserção da Ria num eixo urbano de importância regional;
� Dinâmica de actividades económicas, de cariz tradicional, associada aos produtos da
Ria;
� Preservação de
núcleos piscatórios
com manutenção da
actividade
tradicional;
� Território singular de
elevado valor
ambiental;
� Existência de
estruturas de apoio
ao turismo de
natureza;
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6. ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO
“Ria Formosa como uma zona singular – referencial de sustentabilidade”
Para tal é necessário apostar: na preservação do sistema lagunar e minimizar situações de
risco, para um equilíbrio biofísico da Ria; na criação e melhorias de condições de vivencia na
Ria e nas cidades envolventes; na valorização e potenciação dos recursos da Ria.
O objectivo estratégico é assim de:
� valorizar actividades económicas ligadas aos recursos da Ria;
� valorizar os “espaço-ria” para fruição pública;
� promover a Ria Formosa, suportada no património ambiental e cultural existente mas
adormecido.
A principal potencialidade paisagística do parque resulta da possibilidade de fruição da beleza e
especificidade do espaço lagunar, no seu estado natural ou semi-natural, com algumas formas
tradicionais de exploração de recursos marinhos e lagunares.
De uma forma geral, preconizam-se os seguintes objectivos:
� Turismo de natureza, com produtos inovadores. Nesta área da Ria Formosa, pelas
suas características naturais, existe potencial para o desenvolvimento do
birdwatching.
� Criação de estruturas de apoio ao turismo da natureza, como é o caso dos locais de
observatório e miradouros espalhados um pouco por toda a área de intervenção.
� Actividades de “animação ambiental”, como o caso da gastronomia, uma
gastronomia tradicional, com receitas e formas de confecção com produtos da Ria.
� Outra das potencialidades é a venda de produtos regionais e de produção de
agricultura biológica.
� A interpretação natural também é uma das potencialidades do turismo da natureza,
nela incluindo os percursos interpretativos e observatórios.
A intervenção de requalificação ambiental do Parque Ribeirinho de Faro, compreende, de
entre várias linhas de intervenção associadas a eixos estratégicos identificados nos IGT, a
preservação do património ambiental e paisagístico, com intervenções que visam a
renaturalização, reestruturação e valorização do equilíbrio dos ecossistemas e a minimização
de situações de risco e dos impactes ambientais.
Esta linha de intervenção agrega um conjunto de acções que constituem o objectivo central da
componente ambiental, através de soluções técnicas que promovam a sustentabilidade
ambiental e a análise dos eventuais efeitos significativos no ambiente, indicando alternativas
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possíveis face aos objectivos e ao território. Propõem-se novos espaços de fruição colectiva
que permitam uma nova vivência da cidade e da sua relação com a Ria Formosa, através do
reconhecimento da sua excelência ambiental e territorial, reflexo de uma gestão sustentável
dos recursos e dos valores naturais.
INPUT O que vamos encontrar
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7. TEMÁTICA DO PARQUE | CONCEITO
Proporcionar espaços onde se podem pôr em acção os 5 SENTIDOS.
Este é o conceito que está na base da proposta, ou seja, para poderemos desfrutar ao
máximo de todo o Parque Ribeirinho é necessário vive-lo com todos os nossos sentidos:
visual, olfactivo, auditivo, paladar e táctil.
Cada um dos sentidos é capaz de nos dar sensações diferentes e únicas, e são essas as
sensações únicas que vamos querer recriar nos nossos espaços e percursos ao longo
do Parque.
Cada percurso criado vai ter associado a ele um ou mais do que um, dos cinco sentidos,
permitindo que o indivíduo que passeie pelo parque consiga sentir e viver essa experiencia e
essas sensações causadas pela envolvente e pelo próprio percurso.
O projecto prevê assim, o desenvolvimento de actividades de recreio e lazer e
actividades relacionadas com informação, animação e sensibilização ambiental.
Estes percursos são o elo de ligação das 3 zonas, também elas com sensações e vivencias
distintas, ora sossegadas e naturais, ora mais movimentadas, lúdicas ou pedagógicas.
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8. ESTRUTURA FUNCIONAL
8.1 ESTRUTURA FUNCIONAL
A operacionalidade da estratégia de intervenção proposta dá origem a três zonas distintas mas
perfeitamente integradas, que englobam as acções a desenvolver no Parque Ribeirinho de
Faro:
1. Núcleo Piscatório, Docas e Anfiteatro;
2. Parque Natural e;
3. Pomar e Bosque Encantado.
1. Núcleo Piscatório, Docas e Anfiteatro (planta a alterar)
Memória Descritiva
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O acesso principal ao Parque Ribeirinho é feito por uma praça a seguir à entrada junto ao
Teatro Municipal, a qual denominamos “Praça da Luz”.
O projecto de requalificação do espaço público existente integra-se numa estratégia mais vasta
de restrição do acesso automóvel à área de intervenção e ao nível do espaço exterior público.
Subjacente a esta estratégia estará sempre o objectivo de melhorar as condições de usufruto
desta zona para quem a visita e para quem aí reside.
Pretende-se assegurar que a circulação viária que exista seja condicionada e restrita aos
moradores do núcleo piscatório, ainda que se proponha um pequeno parque de
estacionamento junto a esta entrada, o qual poderá ser alvo de exploração. Neste parque
localizamos cerca de 98 lugares para veículos ligeiros, sendo quatro para mobilidade
condicionada.
Propõe-se a localização de ensombramento dos veículos com materiais de ensombramento
adequados.
Aproveita-se ainda a localização do parque de estacionamento do loteamento Horta das
Figuras, para junto a este colocar um estacionamento restrito aos moradores do núcleo
piscatório, sendo contabilizados 23 lugares.
Na escola de Condução existente no Parque Ribeirinho de Faro propõe-se a localização de um
quiosque para aluguer de meios de transporte público não poluidor (trotinetes, bicicletas,
segways, patins em linha).
Este tipo de transporte corresponderá na sua totalidade às
exigências ambientais em termos de qualidade do ar, uma vez que
irá minimizar as emissões de gases com efeito de estufa para a
atmosfera desta zona sensível, e ao mesmo tempo, tornar a
travessia pelo parque, mais aprazível.
Actualmente, os espaços públicos do núcleo piscatório encontram-
se descaracterizados e não desempenham funções estruturantes na malha pedonal e ciclável.
Propõe-se, por essa razão, transformar a zona piscatória num espaço diversificado com um
programa baseado em critérios multifuncionais, eficazes e de baixa manutenção.
Os espaços passarão a estar organizados entre si, maximizando as utilizações polivalentes e
integrando os elementos naturais existentes; prevê-se uma zona de recreio com jogos
tradicionais, a localização de alinhamentos arbóreos e o reforço da mancha verde local. A
vegetação arbórea a propor deverá assegurar ensombramento das zonas de estadia.
Memória Descritiva
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O parque de estacionamento terá um sistema de cobertura baseado na utilização de energia
solar, bem como o mobiliraio urbano diverso, a sinalética orientativa e explicativa da temática
do Parque.
Prevê-se ainda a localização de um terreiro de jogos tradicionais, junto ao estacionamento de
moradores.
A ecovia tem o seu percurso através desta zona, sendo que se propõe o seu revestimento em
saibro até à zona pavimentada; nestes troços, o seu revestimento passará a betuminoso,
integrando-se no restante pavimento.
Ainda a partir do núcleo piscatório, temos a localização de alguns equipamentos de apoio, tipo
quiosques, criando um espaço de troca e comércio de produtos locais, que pode ser explorado
pelos próprios moradores.
Continuando com a Ria pelo lado esquerdo, seguimos ao longo do percurso VISUAL, até à
zona das docas.
Aqui passamos por cima da linha de drenagem existente, sendo necessário proceder à
reabilitação da ponte pedonal existente. Encontramos então um espaço de animação e
restauração, composto por três módulos, cada um com cerca de 110m2.
Estes estão dispostos usufruindo das vistas sobre a ria, sobre um deck que permite e
localização de esplanadas e um contacto mais próximo com a ria.
Pretende-se com a localização destes espaços dinamizar esta zona e criar atractivos para as
pessoas visitarem e permanecerem neste espaço da área de intervenção.
Ainda que não considerando para já a intervenção no armazém do sal, ponde este vir a ser um
futuro equipamento consideramos no entanto a intervenção no espaço público fronteiro ao
mesmo – Praça do Anfiteatro - dado que esta será uma zona central no Parque Ribeirinho de
Faro, pela multiplicidade de usos e actividades que poderá albergar.
Nesta área vamos encontrar os seguintes espaços:
- Zona de equipamentos didácticos
- Anfiteatro
A zona de equipamentos didácticos será dedicada essencialmente às crianças, procurando
potenciar a sua capacidade motora e sensorial, sem nunca perder a relação com a ria e as
salinas e as suas histórias.
O anfiteatro será por excelência um espaço de estadia que deverá ser usado não apenas
aquando da realização de eventos mas sim durante todo o ano. Tirando partido de um
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excelente enquadramento cénico sobre as salinas e de uma orientação a poente, este
anfiteatro servirá de ponto de encontro, de reflexão e de estudo tirando partido de uma rede
“wireless lan” que poderá vir a ser disponibilizada no local.
O anfiteatro terá uma capacidade aproximada de 500 pessoas, muito embora a sua concepção
permita uma maior ocupação durante a realização de eventos no exterior.
A ciclovia que atravessa toda a área do parque acaba por ser o fio condutor desta intervenção,
interligando os espaços de uma forma orgânica e fluida. É permitido aos visitantes que saiam
deste percurso e livremente circulem pelos percursos sensoriais, ora aproximando-se da ria,
ora afastando-se da mesma. Permite-se a passagem da ciclovia por cima da ria através de uma
ponte em estrutura ligeira.
Nos percursos ao longo das salinas são criados alguns miradouros os quais funcionam como
pontos de estadia e contemplação.
Mais afastados da ria, temos ainda uma outra zona de passeio e estadia, na qual se propõe a
localização de uma zona de merendas, um parque infantil, para diferentes faixas etárias,
equipamentos geriátrico e um circuito de manutenção com diversos equipamentos, que se
distribuem ao longo dos percursos pedonais.
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2. Parque Natural
A continuidade da primeira fase do parque é tratada de uma forma mais natural, sendo que
predomina uma estrutura verde suportada nos ecossistemas mais característicos deste
território.
São exemplo disso os maciços de vegetação herbáceo – arbustiva de protecção e
enquadramento à linha férrea ou os prados de características halófitas.
Memória Descritiva
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3. Pomar e Bosque Encantado. (planta a alterar)
Fazendo esta área parte da 2ª fase de intervenção no parque e sendo uma área fortemente
condicionada pela carácter privado do espaço, a opção de projecto é a de intervir de forma
restrita e pontual.
O projecto desta 2ª fase está condicionado pelo futuro traçado ainda em estudo da Circular Sul
de Montenegro, restringindo assim as opções de desenho urbano neste projecto, deixando uma
área a reestruturar num projecto futuro. Nesse projecto seria importante a criação de uma nova
entrada no Parque Ribeirinho localizada a norte, bem como de um pequeno parque de
estacionamento com cerca de 50 lugares.
Aqui a Ecovia tem a sua continuidade e esta continua a ser o fio condutor da intervenção.
Propomos que a restante intervenção nesta zona se concentre na continuidade do percurso da
Ecovia, pelo que a mesma será implantada, quase sempre, em caminhos existentes entre
propriedades; por outro lado será de propor em fase seguinte de projecto, formas de fomentar e
potenciar o carácter de “pomar” que esta zona já apresenta, no sentido de não deixar de ter
uma zona tratada.
Na zona a sul desta fase, localiza-se uma zona um pouco mais lúdica e pedagógica,
denominada “Bosque Encantado”, onde com o auxílio de mobiliário urbano específico, se
proporcionam espaços de brincadeira e aprendizagem em contacto directo com a natureza.
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8.2 EQUIPAMENTOS DE APOIO
A criação de Equipamentos de Apoio no parque ribeirinho de Faro, tem um papel importante na
proposta de requalificação ambiental deste parque, permitindo um apoio à fruição dos novos
espaços públicos e percursos interpretativos, dinamizando toda esta nova vivência da ria.
A temática proposta para o parque, é proporcionar espaços onde se possam por em acção os
cinco sentidos. Com base neste conceito, desenvolveram-se equipamentos de apoio que
apelam ao sentido comum ao percurso onde estão implantados.
A grande maioria dos equipamentos de apoio, localiza-se predominantemente na zona 1 e 2,
mais perto da cidade, com carácter urbano e correspondendo, na sua grande maioria, aos
percursos visuais e tácteis.
Tendo em conta estas premissas e relacionando o conceito proposto para o parque,
desenvolveram-se equipamentos de apoio que, através da sua localização, potenciam
enquadramentos visuais e transmitem sensações tácteis, através da textura da materialidade
proposta.
Reinterpretaram-se os motes das salinas e as paliçadas de madeira, típicas e marcantes da
paisagem da ria, num ripado/tabuado vertical e ritmado que, para além da função técnica,
produz uma imagem estética forte.
O objectivo é desenvolver um conjunto modular, que se adapte às diferentes zonas de
implantação, permitindo adaptar-se não só às diferentes tipologias, como aos diversos
percursos e localizações específicas
Com base em módulos pré-fabricados estandardizados de 6x3m e 8x4m, desenvolveu-se um
conjunto edificado, adaptável, flexível, funcional, durável, com possibilidade de mobilidade
futura e de prazo de execução curto.
A estereotomia vertical da madeira cumpre a função de “pele” exterior, de ensombramento ou
corta-vento e através da cor natural, dá continuidade à paisagem e funciona como
prolongamento dos elementos inspiradores, nomeadamente das paliçadas e dos motes dos
percursos das salinas.
Os módulos de 6x3 adaptam-se a equipamentos de apoio com programas simplificados,
nomeadamente instalações sanitárias, quiosques, lojas e bares/esplanadas, enquanto que os
módulos de 8x4 permitem programas mais complexos, de restaurante com sala de refeições
integrada.
As instalações sanitárias, quiosques, lojas, e bares partilham uma imagem comum, com uma
entrada de serviço centrada no alçado maior, que funciona como núcleo distribuidor para as
restantes 3 divisões.
Memória Descritiva
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Vãos rasgados tanto na horizontal como na vertical, definem zonas de balcão ou entradas de
luz de acordo com a diferente função do módulo.
O restaurante pretende transmitir a ideia de 3 módulos independentes encostados, intercalados
por pórticos. Desenvolve-se longitudinalmente e abre-se através de um óculo para a paisagem
da ria.
Em consonância com a estratégia de sustentabilidade definida para a proposta de
requalificação do parque ribeirinho, os materiais utilizados na construção dos equipamentos de
apoio são amigos do ambiente.
Utilizam-se materiais de impacto ambiental reduzido, nomeadamente nos interiores através do
OSB (aglomerado de partículas de madeiras longas e orientadas ), fabricado com desperdícios
de madeira reciclados, e no exterior utilizando ripado/tabuado, de pinho termo-tratado
proveniente de florestas geridas de forma sustentável e produzido sem adição de químicos.
Para os decks poderá ainda ser possível a utilização de madeira/deck compósito reciclado, que
dispensa tratamento, tem textura semelhante à da madeira, é anti-derrapante e tem certificação
ambiental.
Os apoios, apresentam na sua generalidade, estrutura metálica revestida a painéis de GRC
(betão reforçado com fibra), paredes interiores em gesso cartonado, Viroc e OSB e caixilharia
em madeira à cor natural.
A flexibilidade programática, bem como a mobilidade facilitada pela pré-fabricação, permite uma
adaptação às necessidades do parque e dos seus usufrutuários, criando uma dinâmica muito
interessante entre natureza e elementos construídos de apoio.
8.3 MOBILIÁRIO URBANO
O Estudo de toda esta área revela potencial para criação de zonas que venham devolver toda a
frente ribeirinha ao parque, assim como zonas de lazer e desporto no interior deste, de modo a
alargar o máximo possível o espectro de potenciais utilizadores.
A proposta baseia-se no conceito de parque multi-ambientes, uma vez que a própria zona,
pelas suas dimensões, se presta a este tipo de intervenção.
Uma das premissas é adaptar zonas lúdicas, de lazer e desportivas a todo o potencial natural já
existente, causando ao mesmo tempo o mínimo de impacte ambiental e visual.
Com este propósito, os o mobiliário urbano proposto pretende criar uma simbiose com
ambiente de cada zona, privilegiando uma aproximação ao uso de materiais e equipamentos
que se integrem visualmente no ambiente.
Memória Descritiva
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Uma outra premissa é a sustentabilidade do mobiliário urbano e dos equipamentos a nível
ambiental e social, tendo como preocupação a escolha de equipamentos favoráveis à
envolvente natural e à acessibilidade e interacção da população.
Serão criados quatro ambientes, correspondentes a quatro zonas distintas entre si, mas
integrando-se numa perspectiva de usufruto máximo dos utilizadores do parque.
A zona ribeirinha integrada com as salinas sugere a contemplação dos elementos naturais,
apresentando-se como um local tranquilo e de estimulo aos sentidos, permitindo ao visitante
captar a natureza nas suas diversas formas proporcionando ambiente para uma leitura uma
tertúlia ou simples passeio ao longo do passeio.
A zona de manutenção e parque infantil, dedicada ao culto do desporto e do bem-estar físico
beneficia da pureza natural da zona, privilegiando a interacção dos visitantes com os
equipamentos e a comunicação multi-geracional.
A zona de floresta está talhada para a vertente lúdica em que todos os sentidos estão alerta e a
criatividade surge a cada detalhe, equipamentos surgem de formas diversas em que os troncos,
aves, plantas se fundem. É o local onde as crianças poderão tomar contacto com vários
elementos assumindo uma vertente descontraída e educativa.
Espaços de sensibilidades distintas que encontram a passividade e descontracção com energia
infantil e o contacto dos elementos com a actividade desportiva.
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9. REDE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
No projecto está prevista a instalação de alguns equipamentos para os quais será necessário o
abastecimento de água potável, nomeadamente:
3 unidades de restauração c/ cerca de 110m2/cada nas Docas.
4 “quiosques” de apoio a comércio na zona sul da área de intervenção.
1 unidade de serviços para a escola de condução.
4 WCs públicos distribuídos pela área de intervenção: 1 junto ao Anfiteatro, 1 junto á
Praça do Anfiteatro, outro junto à zona de equipamento lúdico, manutenção e apoio ao
parque de merendas e outro junto ao “Bosque Encantado”.
5 bebedouros distribuídos pela área de intervenção.
Diversos pontos de água p/ rega e instalação de marcos de incêndio
9.1 CONSUMOS
Os consumos estimados para as diferentes unidades, no ano 0, são:
15 m3/dia por cada restaurante (capitação de 300 l/utente/dia)
1 m3/dia por cada quiosque
1 m3/dia por cada WC
10 m3/dia p/ a praça de jogos aquáticos (equipada c/ depósitos e funcionamento em
circuito fechado)
15 m3/dia p/ regas, bebedouros e outros pequenos equipamentos
Nota: prevê-se a não simultaneidade de funcionamento dos marcos de águas c/ os restantes
equipamentos anexos.
O consumo máximo estimado para a totalidade dos equipamentos é de 80-100m3/dia (ano 0-
ano 40), prevendo-se um factor de ponta máximo de 5.
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9.2 LIGAÇÃO À REDE MUNICIPAL
Na área de intervenção do parque já existem algumas condutas de água, nomeadamente na
zona sul, oriunda da Avª Calouste Gulbenkian.
Atendendo à grande distância existente entre a maioria dos equipamentos consumidores na
zona sul do parque (restaurantes e quiosques) da 1ª fase e a 2ª fase, em mais de 1000 metros,
entende-se que os respectivos consumos deverão ser assegurados por 2 ligações
independentes à rede pública:
Outra, a sul, oriunda da rotunda da Avª Calouste Gulbenkian, que alimentará a zona de
restauração, estimando-se um caudal de ponta máximo na ordem dos 4.2 list/seg, sendo
necessária uma conduta c/ calibre mínimo de 63mm, recomendando-se DN90 para montagem
de “marcos de água” DN80 p/ combate a incêndios.
E outra a norte, já na 2ª fase, a ser prevista com a zona a reestruturar depois do projecto da
Circular Sul de Montenegro.
Os marcos de água ou hidrantes a instalar serão, salvo outra recomendação da edilidade,
Bombeiros ou Serviço de Protecção Civil, do tipo “AVK-Orion Stop” c/ DN80mm, c/ 3 bocas
“Storz” (1xØ65+2x Ø40mm), considerando-se a zona como “risco de grau 1”.
Considerando a topografia e o tipo de construções a abastecer, a pressão mínima a garantir na
ligação à rede municipal será de 0.25MPa.
9.3 TRAÇADO E MATERIAIS
A rede de distribuição será montada nos caminhos de acesso aos diferentes equipamentos,
enterrada a profundidade de ~0.80m
Prevê-se a instalação de tubagem em polietileno de alta densidade “banda azul”/PN10 (PEAD
PE 100) com acessórios reforçados c/ fibra de vidro (“PPFV”) sempre que possível, sendo as
válvulas e outros órgãos em aço inox ANSI 316 sempre que possível, de modo a garantir a
maior longevidade no ambiente de elevada concentração de sal (NaCl) existente.
Todos os elementos de consumo serão dotados de contadores incluindo as bocas de rega.
9.4 SISTEMA DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS DOMÉSTICAS
A área de intervenção, em plena zona de sapal e salinas na Ria Formosa, não está dotada de
qualquer infra-estrutura de drenagem de esgoto doméstico.
Memória Descritiva
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Existem 2 Estações Elevatórias, uma a SW da área de intervenção a qual bomba os esgotos
domésticos provenientes do colector geral implantado na Rua Henrique Fernandes Ferrão, no
limite poente da área de intervenção, outra no extremo NE.
Existe ainda uma ETAR (por lagunagem) a sul da área de intervenção e no extremo NE da
pista do aeroporto.
9.5 INFRA-ESTRUTURAS PROPOSTAS
De acordo com os consumos de água previstos, os caudais domésticos a drenar são pouco
significativos (~100m3/dia) com caudal de ponta máximo na ordem dos 350 lits/min, incluindo
caudais de infiltração.
Atendendo à topografia plana, ao tipo de zona (de sapal) e às novas necessidades de
drenagem de esgotos domésticos, preconizam-se as seguintes soluções a adoptar:
Para a drenagem dos equipamentos, propõe-se a instalação duma pequena rede geral ligada a
uma Estação Elevatória (EE) nova a implantar no limite sul da área de intervenção do Plano
com emissário directamente à ETAR existente a cerca de 1 km de distância.
As unidades de restauração serão equipadas c/ depósitos de retenção de gorduras individuais.
O material a utilizar na tubagem será o PVC/PN6 com diâmetro nominal de 200mm, com
ligação por junta autoblocante com anel de neoprene p/ os colectores, caixas de reunião
devidamente impermeabilizadas e estanques, de modo a limitar ao máximo os caudais por
infiltração de águas freáticas fortemente salgadas, e o PEAD/PN10 p/ os emissários das EEs.
As tampas das caixas serão em ferro fundido no modelo aprovado pelos serviços camarários.
A tubagem será enterrada a profundidade mínima de 1,0m e implantada nos arruamentos de
acesso.
9.6 SISTEMA DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
A área de intervenção, em pleno sapal, situa-se na zona de ligação da Ribeira de Marchil, mais
a norte, ao sistema de canais da Ria Formosa.
O impacto das novas infra-estruturas a criar na impermeabilização dos solos é diminuta na área
de intervenção, quer pela pequena área impermeabilizada, quer pelo tipo de revestimento a
utilizar.
Assim, as águas pluviais serão conduzidas, dum modo geral, superficialmente para os canais
mais próximos, com várias ligações de modo a minimizar o impacto de cada ligação pluvial à
Ria.
Memória Descritiva
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A drenagem pluvial das áreas impermeabilizadas nas zonas de restauração, quiosques e
anfiteatro, com drenagem directa p/ o canal mais próximo.
Dado o número mais elevado de lugares, recomenda-se a instalação dum depósito retentor de
hidrocarbonetos no sistema de drenagem das águas pluviais do parque de estacionamento no
limite sul da área de intervenção, devendo as águas pluviais ser conduzidas directamente ao
canal mais próximo.
Atendendo ao pequeno comprimento da rede pluvial a executar, o material a adoptar será,
preferencialmente, o PVC para tubagem (PVC corrugado) e caleiras (com grelhas em PVC
rígido ou ferro fundido); as caixas a executar poderão ser em anéis de betão com tampa em
ferro fundido.
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10. INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO
10.1 INTRODUÇÃO
Este estudo tem como objectivo a definição da concepção geral das INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS,
nomeadamente no referente à iluminação dos espaços de acesso público do Parque
Ribeirinho de Faro; no que concerne aos vários tipos de luminárias a prever, tivemos em
atenção a sustentabilidade dos equipamentos e materiais utilizados procurando igualmente ser
o menos invasivo possível no meio natural envolvente.
Com o objectivo de uma Engenharia sustentável, os equipamentos previstos serão na sua
maioria de tecnologia led ou alimentados com painéis solares ou, quando equipados com
lâmpadas convencionais, dotados de difusores e lâmpadas de alto rendimento.
Com o objectivo de uma intervenção pouco invasiva, nas zonas de contacto com a natureza a
iluminação irá ser reduzida ao mínimo necessário para garantir uma circulação agradável e
segura com impacto reduzido.
É intenção da equipa projectista a criação de uma luminária com cerca de quatro metros, de
design original, equipada com tecnologia led e alimentada por meio de um sistema fotovoltaico
e integrar no próprio equipamento. Em situações pontuais, definidas na descrição dos cenários,
a estrutura da luminária poderá ser utilizada com base para montagem do sistema fotovoltaico,
sem montagem da armadura e permitindo desse modo a criação de pequenos núcleos de
produção/alimentação eléctrica aos equipamentos de iluminação instalados, permitindo desse
modo a eliminação de grandes extensões de valas e cabos ao longo do Parque Ribeirinho.
10.2 EQUIPAMENTOS A INSTALAR
Nos núcleos de maior concentração de actividades, a iluminação será composta pelas
luminárias de 4 metros como iluminação principal do núcleos e complementada por balizadores
de tecnologia led, quer do tipo postalete, quer de encastrar no solo. Serão ainda utilizados
projectores de encastrar no solo equipados com lâmpadas fluorescentes compactas para
destaque de elementos de maiores dimensões.
Em zonas estratégicas como: o anfiteatro, as docas ou a zona de equipamentos, às luminárias
de 4 metros poderão ser adicionadas algumas funcionalidades como sejam: antenas wi-fi,
portas usb para carregamento de telemóveis e help-points com saídas áudio para invisuais ou
utentes de língua estrangeira com descrição do parque e das temáticas ambientais aí
presentes.
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No troço da Ecovia do Algarve e nos percursos dos cinco sentidos, a iluminação será composta
por elementos com uma presença tão discreta quanto possível, que assegurem a sinalização e
segurança dos percursos, garantindo de igual modo o destaque de alguns elementos de maior
relevância paisagística ou estética.
Nos percursos dos cinco sentidos a iluminação será constituída por projectores para montagem
submersa/superfície, para obstar ao possível alagamento sazonal dos trajectos e tecnologia
led, integrados ora no pequeno talude dos percursos, ora nos passadiços de forma tão discreta
e disfarçada quanto possível. Junto às estações a criar ao longo dos percursos a iluminação
será reforçada com balizadores de tecnologia led, quer do tipo postalete, quer de encastrar no
solo próximos do mobiliário urbano.
No troço da Ecovia do Algarve a iluminação será composta por balizadores e projectores de
montagem submersa/superfície semelhantes aos colocados nos percursos cinco sentidos, e
luminárias com quatro metros de altura útil, tal como descritas na introdução.
As luminárias de quatro metros serão o elemento de iluminação principal da Ecovia e irão ter
pontualmente a instalação de luminárias falsas para alimentação dos restantes equipamentos
de iluminação.
As zonas mais naturalizadas, são compostas basicamente pelas salinas, pela ria e pelas zonas
de parque não transitáveis. Uma vez que estes elementos se encontram nos limites das áreas
de intervenção e com cruzamento com as restantes intervenções, não iremos criar qualquer
tipo de iluminação ficando a iluminação de segurança assegurada pela das outras intervenções
permitindo desse modo reduzir a contaminação luminosa e usufruir de forma mais intensa do
cenário natural composto pelos elementos naturais iluminados pelo luar que poderá desse
modo manifestar o seu reflexo no espelho de água.
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11. MATERIAL VEGETAL
O material vegetal proposto procurou ser adaptado às características de cada ecossistema
presente na área de intervenção. Desta forma será possível minimizar os consumos de água e
o consumo de fito-fármacos nas acções de manutenção e gestão dos espaços verdes.
Esta diferenciação do material vegetal permitirá também a reconstituição de diversos
ecossistemas que servirão de suporte a novas comunidades de fauna e flora, potenciando
desta forma a biodiversidade local.
Por fim, o material vegetal terá também um importante papel na composição cromática do
parque ribeirinho uma vez que será feita uma escolha criteriosa das árvores e arbustos por
forma a gerar diferentes cenários com diferentes colorações e cheiros.
Maciços de vegetação herbáceo/arbustiva de protecção e enquadramento
Arbutus unedo
Calluna vulgaris
Cistus crispus
Cistus liadanifer
Clemantis flammula
Erica umbellata
Erica australis
Genista triacanthos
Halimium halimifolium
Jasminum fruticans
Pistacia lentiscus
Phillyrea angustifolia
Prunus lusitanica
Ulex argenteus ssp. subsericeus
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Maciços de vegetação herbácea/arbustiva ornamental e odorífera:
Artemisia absinthium
Calluna vulgaris
Cistus crispus
Daphne gnidium
Lavandula luisieri
Lavandula penduculata
Lonicera implexa
Festuca glauca
Halimium calycinum
Juniperus turbinata
Limoniastrum monopetalum.
Melissa officinalis
Plumbago auriculata
Rosmarinus officinalis
Salvia officinalis
Santolina chamaecyparissus
Solanum jasminoides
Thymbra capitata
Vinca difformis
Maciços de sebes arbóreo/arbustivas:
Arbutus unedo
Clemantis flammula
Jasminum fruticans
Juniperus turbinata
Lonicera implexa
Lavandula penduculata
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Lavandula luisieri
Myrtus communis
Pittosporum tobira
Rosmarinus officinalis
Spartium junceum
Teucrium fruticans
Vegetação de revestimento da margem das linhas de drenagem e gramíneas
Aathrocnemum fruticosum
Carex pendula
Crataegus monogyna
Iris pseudocorus
Inula crithmoides
Juncus acutus
Juncus maritimus
Phragmites australis
Limoniastrum monopetalum.
Sambucus nigra
Scirpuis maritimus
Spartina maritima
Tamarix africana
Thypha angustifolia
Revestimento com vegetação característica de sapais:
Prados de Spartina densiflora
Prados de Spartina marítima
Vegetação pioneira de Salicornia
Juncais
Matos de Sarcocornia
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Matos de Sarcocornia das margens dos canais e de sapal médio
Matos de Arthrocnemum de sapal alto
Bancos de Suaeda vera
Vegetação de Limoniastrumde bancos elevados
Matos marginais de sapais e salinas
Vegetação seca de sapal alto
Vegetação de lagunas costeiras e de salinas tradicionais
Árvores ornamentais:
Celtis australis
Cupressus sempervirens ssp. stricta
Metrosideros excelsa
Punica granata
Tipuana tipu
Árvores de enquadramento:
Casuarina equisetifolia
Celtis australis
Ceratonia siliqua
Laurus nobilis
Pinus halepensis
Pinus pinea
Populus alba
Populus nigra
Fraxinus angustifolia
Quercus faginea
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Árvores de fruto:
Citrus sinensis
Citrus deliciosa
Ficus carica
Olea europaea var. europaea
Prunus dulcis
Punica granata
Árvores existentes a manter
Eucalipto, palmeira, pinheiro, oliveira, citrino
Árvores existentes a remover
Eucalipto, palmeira, pinheiro, oliveira, citrino, figueira, nespereira, romanzeira, sobreiro
Sementeiras de prados e relvados:
Soluções de mistura de sementes:
1- Prado de sequeiro
50% Festuca arundinacea var. Inferno
25% Festuca rubra rubra var. Florensate
20% Lolium multiflorum
2,5% Trifolium incarnatum
2,5% Trifolium repens
Densidade de sementeira 60gr/m2 para a segunda situação
2- Prado regado
50% Festuca ovina var. Aurora Gold
47% Festuca rubra rubra var. Florensate
3% Baby Bloomers ( flores silvestres que atingem entre 40 a 50cm de altura)
Densidade de sementeira 50 gr/m2
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3- Relvado
35% Festuca arundinacea var. Quest
35% Festuca arundinacea var. Inferno
20% Lolium perenne var. Silverdollar
10 % Poa pratensis var. Thermal Blue
Densidade de sementeira 60 gr/m2
.
Memória Descritiva
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12. SUSTENTABILIDADE
Toda a intervenção será orientada de forma a salvaguardar critérios de sustentabilidade
objectivos, que deverão ser definidos ainda numa fase de projecto e monitorizados durante a fase
de construção e exploração do parque ribeirinho.
Esta monitorização contínua permitirá averiguar a eficácia das medidas implementadas, podendo
a servir como “balão de ensaio” para um modelo mais alargado de sustentabilidade a outros
espaços verdes do concelho.
Neste sentido e do ponto de vista objectivo serão propostas as seguintes acções de forma a
garantir a sustentabilidade do parque e os seus edifícios;
Energia:
Auto-suficiência total do ponto de vista energético do edifício museológico e do parque
Criação de uma unidade de microgeração
Aplicação de armaduras solares no exterior
Água:
Auto-suficiência total do ponto de vista do consumo de água para regas
Depósito de grandes dimensões para captar águas pluviais
Colocação de alvéolos de retenção de água nos estacionamentos e percursos
Depuração e reaproveitamento de águas dos sanitários para rega através de mini-etares
Utilização de plantas xerófitas e prados rústicos adaptados
Aquíferos:
Utilização pontual de pisos impermeáveis
Colocação de estação de separação de hidrocarbonetos nos estacionamentos
Interdição de aplicação de fito-fármacos
Qualidade do ar:
Aplicação de folhosas junto à linha férrea e estacionamentos do parque com vista à
fixação de poeiras em suspensão
Adopção do principio carbono 0 na gestão dos espaços verdes
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Ruído:
Criação de uma micro modelação de terreno que reduza a propagação de ruído a partir
da linha férrea
Introdução de arbustivas folhosas que absorvam o ruído
Fauna e Flora:
Criação de nichos para desenvolvimento de novas comunidades de fauna
Financeira:
Definição de um budget anual de custos de manutenção
A eficácia das medidas propostas com vista a assegurar a sustentabilidade do parque poderá ser
validadas através de um processo de certificação ISO 12001 para a gestão e manutenção do
parque, assim como pela implementação das seguintes medidas de gestão;
Energia:
Elaboração de relatórios periódicos de balanços energéticos
Água:
Elaboração de relatórios periódicos de balanços de consumos de água
Aquíferos:
Medição regular da qualidade de água das salinas contíguas e do aquífero a 15 m
Qualidade do ar:
Medição regular da qualidade do ar com a quantificação das poeiras em suspensão
Ruído:
Medição regular do índice do ruído gerado pelo parque e recebido a partir da linha férrea
Fauna e Flora:
Levantamentos regulares de fauna e flora do parque actualizando anualmente os
indicadores de biodiversidade
Financeira:
Elaboração de um relatório anual de gestão do parque onde são estimados os custos e
os proveitos desta infraestrutura com vista à rentabilização de todo o equipamento.