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GUEDES EDUCANDÁRIO Trabalho apresentado pelo aluno Arthur Antunes C. A da Silva como parte da avaliação referente à III Unidade de Sociologia.

Socio

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Privatização

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GUEDES EDUCANDÁRIO

IBICARAÍ-BA2015

Trabalho apresentado pelo aluno Arthur Antunes C. A da Silva como parte da avaliação referente à III Unidade de Sociologia.

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Os pontos positivos e negativos das privatizações

A privatização de empresas estatais é um assunto que gera muita

discussão no Brasil. Pra falar a verdade, a palavra “privatização” e tudo o que

gira em torno dela, não é bem aceita pela sociedade. Privatizar se tornou

quase um termo obsceno. E isso se deve à intensa dedicação da esquerda –

em especial ao Partido dos Trabalhadores – em deturpar a realidade para

tentar desqualificá-la.

Ano de eleição é sempre igual: surge o marketing petista com todo o

sensacionalismo que lhe cabe e traz as privatizações para o centro das

discussões para tentar abalar os adversários. Quem acompanha o horário

político já estar cansado de ter visto: homens de terno, bem vestidos,

passando-se por grandes empresários multimilionários, reunidos sorriem como

se acabassem de ter feito um grande negócio. No segundo seguinte, com a

mágica que a TV proporciona, surge uma família humilde, com o semblante

triste enquanto toca uma música dramática e uma voz surge anunciando que o

outro candidato governa para os ricos e que se for eleito entregará nossas

empresas nas mãos dos empresários, estes cada vez mais ricos, enquanto a

população, cada vez mais pobre, não desfrutará de nenhum benefício. A cada

eleição é a mesma história, que de tão repetida é enxergada como a verdade

pelos brasileiros.

A “cruzada” petista contra a privatização uniu o útil ao agradável: o

posicionamento contrário de suas ideologias esquerdistas em relação ao

assunto, com o fato do governo tucano de FHC – do qual era oposição – ter

iniciado uma onda de privatizações no país. Vamos tomar como exemplo a

Vale, uma das maiores empresas brasileiras, foi privatizada no governo FHC. O

lucro da Vale do Rio Doce em 1997, quando foi privatizada, era de R$ 756

milhões. Em 2011, a empresa atingiu um lucro recorde de R$ 37,814 bilhões,

na época anunciado como o “maior já registrado por uma empresa de capital

aberto brasileira”. Parece um bom negócio? Em julho do ano passado, em meio

à campanha eleitoral, a página oficial da presidente Dilma comemorou no

Facebook: “A Vale quebrou recorde histórico de produção de minério de ferro

para o segundo trimestre. Entre abril e junho, a empresa produziu 79,4 milhões

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de toneladas do minério. A melhor marca da empresa havia sido no segundo

trimestre de 2012, com a produção de 77,8 milhões de toneladas de minério de

ferro.” Quando a empresa foi privatizada o PT foi contra, e agora, parece um

bom negócio?

Agora, para ter como exemplo uma empresa estatal de mesma

proporção, que tal a Petrobras? A empresa “orgulho do povo brasileiro”, hoje

agoniza em praça pública em meio à incompetência e corrupção que a atingiu

em cheio. Em maio de 2008 as ações da Petrobras chegaram a valer R$ 50,

por estes dias estão cotadas a pouco menos de R$ 10. Hoje custa mais caro

comprar uma lata de Leite em Pó do que uma ação na petrolífera. Parece um

bom negócio?

Hoje temos que lidar com esse tipo de notícia sobre a Petrobras:

Folha de S. Paulo – 06/08/2015

Exame – 06/08/2015

G1 – 11/08/2015

Gazeta do Povo – 14/11/2014

Estado de Minas – 23/04/2015

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Em 2005 a revista Exame estudou os efeitos da privatização nas

empresas. O resultado confirma: é sim um bom negócio.

“A primeira coisa que salta aos olhos é a fantástica recuperação

que elas tiveram assim que saíram das mãos do Estado. Os números

impressionam. Verifica-se um crescimento expressivo nos indicadores de

saúde financeira a partir do momento em que os gestores se libertaram da

ingerência política inerente a uma estatal e puderam tocar as empresas

segundo a lógica da economia de mercado.

O sucesso dessas empresas tem sido vital para o desenvolvimento

do Brasil. O exemplo do setor de telefonia é revelador. Desde 1997, ano do

leilão das empresas telefônicas, o país saiu do tempo das cavernas em

matéria de telefonia para contar com tecnologia de ponta. O maior

beneficiário tem sido o cidadão comum. O número de linhas fixas e de

celulares no país saltou de 27 milhões em 1998 para os atuais 105 milhões.

Outro setor privatizado que tem tido resultados expressivos é o ferroviário.

Sucateadas nos últimos anos do período estatal, as empresas hoje privadas

têm recebido um aporte considerável de investimentos.”

Ao pesquisar os aspectos contrários das privatizações, encontramos:

“Soberania Nacional – Ao privatizar determinado serviço, o Estado perde

parte de sua soberania”.

Logo acima há a notícia do impacto de R$ 140 bilhões de uma estatal no PIB.

Que tal essa soberania?

“Roubo - Ao privatizar uma empresa, o Estado entrega à iniciativa privada

uma empresa construída com dinheiro público. Logo, dinheiro público é

usado para enriquecer a iniciativa privada.”

A definição mais incorreta de “roubo” já encontrada. O Estado não entrega, o

Estado vende de forma justa – ou deveria.

“Corrupção – Todos sabemos que os políticos privateiros sempre receberão

favores das empresas que porventura façam ganhar as licitações e leilões.

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Corrupção não é consequência nem causa de privatizações. Corrupção é um

mal à parte que é afastado quando a empresa é privatizada.

Desemprego

Refuto com o estudo da Exame: “De fato, num primeiro momento, foi

exatamente o que aconteceu com a maioria delas. No entanto, há também

vários casos mostrando o contrário. Muitas companhias ganharam musculatura

ao passar para o setor privado e, com o tempo, sentiram necessidade de

contratar. O caso da Embraer é emblemático. O crescimento espetacular na

venda de aviões foi acompanhado de aumento no pessoal. O quadro de

funcionários dobrou. Também foi o que ocorreu com a Vale -- o número de

empregados passou de 17 000 em 1997 para 30 000 em 2003.”

O que aprendemos: Privatização é um meio grandioso para alcançar o

desenvolvimento e progresso. Os males que espalham sobre o assunto são

fruto de hipocrisia ou alienação. Negamos sua eficácia enquanto assistimos as

estatais se afundarem na lama da corrupção, da incompetência e da

ineficiência.