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REPORTAGEM
ILUMINAÇÃOILUMINAÇÃO
Enseada de Botafogo recebeu , no dia 16 de fevereiro,
cerca de 200 mil pessoas em comemoração às quatro
décadas do ministério pastoral do missionário R.R. Soares
e os 30 anos de pregação da Palavra de Deus na TV. O líder
da Igreja Internacional da Graça de Deus – que hoje tem
mais 2.300 igrejas e congregações pelo Brasil e pelo mundo
– se transformou, comprovadamente, em uma das figuras
mais presentes e marcantes da TV brasileira. Isso significa
mais de 100 horas se-
manais de exposição
em grandes redes, como
Rede TV, CNT e Rede
Bandeirantes – onde
ocupa o horário nobre
–, sem contar repeti-
doras e emissoras de rá-
dio espalhadas pelo Bra-
sil e pelo mundo. Os fi-
éis chegaram em cerca
de 2.500 ônibus freta-
dos de várias partes da
cidade e de outros esta-
dos, como São Paulo e
Minas Gerais, e se aco-
Osiel [email protected]
Amodaram nos arredores do local. Uma estrutura de som, luzes
e câmeras foi montada para o dia do evento, que teve a trans-
missão ao vivo pela Rede Internacional de Televisão (RIT).
O megaevento teve a entrada franca e estiveram pre-
sentes personalidades e empresários. Os cantores Fernan-
des Lima, Cassiane, Carmen Silva, Bruna Olly, Gauchi-
nhos, Mattos Nascimento, Banda e Voz, Turminha da Gra-
ça, Rosivaldo, Marcelo Crivella, Ministério de Adoração
da Graça e Rose Nasci-
mento se apresentaram
em um palco de 400 m2
em formato de concha.
Para garantir a segu-
rança dos fiéis que par-
ticiparam do Show da
Fé, a Igreja Internacio-
nal da Graça de Deus
buscou apoio da prefei-
tura do Rio de Janeiro e
de outros órgãos, e equi-
pes da Polícia Militar e
do Corpo de Bombeiros
ficaram de prontidão
para assegurar que tudo
Para assumir o sucesso do evento, profissionais especializados foramcontratados para garantir uma estrutura que não deixasse a desejar nosquesitos sonorização e iluminação
a serviço da fé
Som e
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REPORTAGEM
corresse conforme o pla-
nejado. Foram disponi-
bilizados cerca de 200
banheiros públicos
PROFISSIONAISDE SOM
O projeto de sono-
rização foi organizado
pela empresa Áudio
Company Sonorização
e Iluminação – respei-
tada no segmento por
realizar periodicamente
grandes encontros des-
te porte. Para o show
foram usados dois Fly PA na frente do
palco e seis torres de Delay ao longo
da areia (de 80 em 80 metros) para
oferecer a melhor fidelidade de som.
Segundo Magnum Dias, técnico de
áudio, tudo foi meticulosamente pen-
sado a fim de que o público pudesse
aproveitar ao máximo um som de qua-
lidade e uma iluminação de primeira
linha. Ao todo, foram duas torres de
PA, cada uma com 48 DAS, 16 SB Mil
e 12 DAS Aero 48. Nas torres de delay,
quatro delas com um sistema de PA
aero 38 e as outras com um PA aero 28.
A microfonação dos inúmeros ins-
trumentos utilizados pelos artistas
presentes foi feita com setups com-
pletos da Shure, da Sennheiser no to-
tal de 10 microfones . Foram seis da
marca Shure (4 DD4 e 2 UC) e ainda os
outros quatro da Sennheiser EW100.
Especificamente, para o missionário,
foi utilizado um sem fio da marca
Shure DD4. O backline do evento
também foi oferecido pela compa-
nhia. Para o contrabaixo da marca
Elieser Ultra Jazz, um sistema de 2 cai-
xas SHR 700 com 4 auto-falantes de
12, um módulo 60 Leath II 8Ohm e
um cabeçote Working Pro 700. Já na
percussão, a bateria Gretsch recebeu
um microfone 52 e 57 na caixa. A
guitarra Stratolaster da
Fender utilizou dois am-
plificadores, um Cubo
JCM 900 da Marshall e
uma Caixa 1960 Lead.
De acordo com os orga-
nizadores do evento, a
aposta na empresa de
som e iluminação ren-
deu frutos e foi além do
resultado esperado. Pro-
va disso foi a resposta
dos próprios músicos,
que elogiaram a quali-
dade do som.
LUZ E IMAGEMPara um espetáculo deste porte,
todo cuidado com a iluminação é
pouco. Segundo Renato Cardoso,
técnico de iluminação, no palco fo-
ram disponibilizados 80 spots divi-
didos em 36 Washes DTS, 8 Gioto-
spot e 36 Spots DTS, XR9 e XR7.
Para o público foram direcionados
12 Spots Roble e 80 lâmpadas pares.
Para dar conta de tudo isso, foram
instalados dois dimmers Avolites,
cada um ligado em todo o sistema de
iluminação que controla o acio-
namento de cada refletor e spot. “Os
dimmers permitem que a intensida-
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de de cada lâmpada seja dosada, garantindo que só seja
utilizada para o efeito desejado, sem que haja nenhum
desperdício”, explica.
Renato acrescenta que ainda foram utilizados 2 ca-
nhões seguidores, um da marca Clevim e o outro da
Gread de Q30, que servem para destacar pessoas e am-
bientes. “E no caso de falha em alguma mesa sempre
temos uma de stand by para garantir o sucesso do even-
to”, finaliza.
Não foram poupados investimentos, esforços e profis-
sionalismo para a realização do evento que teve a trans-
missão pela RIT. Segundo Gustavo Emílio, supervisor de
operações da emissora, o mais importante era garantir que
tudo funcionasse com perfeição, para que o público de casa
também pudesse assistir ao evento. “É necessário que tudo
fique alinhado, porque na hora da filmagem tudo passa
muito rápido e depois na edição você vê o que não tinha
visto. Então não tem mais escolha”, frisa.
O canal RIT trouxe o que tem de mais moderno em
equipamento de filmagem. Como o evento seria trans-
mitido ao vivo, foi disponibilizada uma unidade móvel
para captar o sinal e posteriormente, transmiti-lo. Seis
câmeras foram posicionadas em pontos estratégicos.
Duas de cada lado do palco e uma seguidora. Para o pú-
blico poder acompanhar tudo de perto foram dispo-
nibilizados cinco painéis de alta resolução, dois de
cada lado do palco e os outros três ficaram suspensos
nas torres de delay.
O trabalho é bastante intenso até a hora do show,
mas isso não significa que depois que tudo inicia, os téc-
nicos e operadores ficam parados. Segundo Luciano
Barcelos, responsável pelo evento, é importante ter
profissionais especializados que saibam conduzir tudo
para que o resultado saia como planejado. Mesmo du-
rante a programação é possível verificar que sempre tem
alguém que corre de um lado para o outro. “É um traba-
lho incessante que vai até o último minuto do evento.
A todo instante é um detalhe importante que precisa-
mos nos atentar. Isso significa que algumas vezes preci-
samos iniciar do zero. Montar e desmontar iluminação e
cenário”, finaliza.