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Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!
Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93
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CONTRATAO/FISCALIZAO
PREFEITURA DO MUNICPIO DE IBIRAREMA
Rua Alexandre Simes de Almeida, 367
19940-000 IBIRAREMA / SP
(14) 3307.1422
CNPJ: 46.211.694/0001-07
Prefeito THIAGO ANTONIO BRIGAN
Diretor de Meio Ambiente ROBERTO LEANDRO COMOTE
Superviso e Coordenao ALLAN OLIVEIRA TCITO
EXECUO
CIVAP CONSRCIO INTERMUNICIPAL DO VALE DO PARANAPANEMA
Via Chico Mendes, 65 Parque de Exposies
19807-130 ASSIS / SP
(18) 3323.2368
CNPJ: 51.501.484/0001-93
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EQUIPE TCNICA
LEANDRO HENRIQUE MARTINS DIAS
Engenheiro Ambiental CREA/PR: 102924/D
Coordenao Geral
IDA FRANZOSO DE SOUZA
Diretora Executiva do CIVAP CRQ/RS: 05100244
Coordenao Adjunta
FERNANDO SILVA DE PAULA
Engenheiro Florestal CREA/SP: 5063422090
Estagirio
JENIY HARUKA KONISHI
Graduanda em Cincias Biolgicas
Estagiria
MARCELO CAVASSINI FRANCISCATTI
Graduando em Engenharia Ambiental
Estagirio
PAULO VITOR CLEMENTE LIMA
Graduando em Tcnico em Meio Ambiente
Estagirio
RAFAEL FLORES BORIN
Graduando em Tcnico em Meio Ambiente
Estagirio
REGIANE NOVAIS LEITE
Graduanda em Cincias Biolgicas
Estagiria
VANDEIR JOS FIGUEIREDO
Graduando em Tcnico em Meio Ambiente
Estagirio
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APRESENTAO
Os resduos slidos, conhecidos como lixo, so resultantes das atividades do homem e dos animais
e descartados ou considerados como imprestveis e indesejveis. A sua gerao se d, inicialmente, pelo
aproveitamento das matrias-primas, durante a confeco de produtos (primrios ou secundrios) e no
consumo e disposio final. Com o desenvolvimento tecnolgico e econmico, modificando-se
continuamente. Assim, o Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos PMGIRS tem que levar
em considerao uma estimativa da variao qualitativa e quantitativa do resduo produzido na cidade.
Para a elaborao do PMGIRS de Ibirarema, realizaram-se levantamentos e anlises dos diversos tipos de
resduos, do modo de gerao, formas de acondicionamento na origem, coleta, transporte, processamento,
recuperao e disposio final utilizado atualmente. Foram elaborados a partir de levantamentos em
campo, considerando estudos e programas existentes no prprio municpio. Assim, esta compilao de
dados municipais referentes ao servio de limpeza urbana entende-se como o diagnstico da situao
atual, utilizado como subsdio pela equipe para a definio das proposies.
Este documento parte integrante do processo de elaborao do Plano Intermunicipal de Gesto
Integrada de Resduos Slidos que ser elaborado pelo Consrcio Intermunicipal do Vale do Paranapanema
CIVAP, para cumprimento da Poltica Nacional de Resduos Slidos PNRS, instituda pela Lei Federal n
12.305, de 02 de agosto de 2013, tomando-se tambm como base a Lei Federal n 11.445, de 05 de janeiro
de 2007, em termo firmado entre o CIVAP e a Prefeitura Municipal de Ibirarema, em assembleia ordinria
de prefeitos, que ocorreu no dia 15 de abril de 2013, na sede do CIVAP em Assis, SP.
Este documento faz uma descrio das atividades relacionadas com a limpeza urbana, em primeiro
momento discorrendo sobre a Caracterizao dos Servios de Limpeza Pblica Existentes, apresentando a
situao atual da coleta de resduos slidos domsticos, coleta seletiva de materiais reciclveis, limpeza
urbana, resduos de servios de sade, resduos especiais e industriais, procurando detalhar o
funcionamento desses servios e suas particularidades.
Tambm so tratados os aspectos legais, atravs da apresentao das Legislaes existentes sobre
o assunto, nas esferas municipal, estadual e federal, alm de detalhar os contratos relacionados limpeza
pblica existentes no municpio.
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SUMRIO
CONTRATAO/FISCALIZAO I
EXECUO I
EQUIPE TCNICA II
APRESENTAO III
SUMRIO IV
LISTA DE FIGURAS VII
LISTA DE MAPAS VIII
LISTA DE TABELAS IX
LISTA DE QUADROS X
LISTA DE GRFICOS XI
1. PREMBULO 1
2. INTRODUO 1
2.1. CONSRCIO INTERMUNICIPAL DO VALE DO PARANAPANEMA CIVAP 2
2.1.1. PROJETOS AMBIENTAIS DO CIVAP 3
3. METODOLOGIA PARA ELABORAO DO PLANO 4
3.1. INSTRUMENTOS UTILIZADOS PARA O DIAGNSTICO 4
3.2. FORMA DE VALIDAO DO PLANO 4
3.3. PRAZO DE REVISO DO PLANO 5
4. CONSIDERAES GERAIS 5
4.1.RESDUOS SLIDOS 5
4.2.CLASSIFICAO DE RESDUOS SLIDOS 5
3.2.1. QUANTO NATUREZA FSICA 6
3.2.1.1. RESDUOS SECOS 6
3.2.1.2. RESDUOS MIDOS 6
4.2.2. QUANTO A COMPOSIO QUMICA 7
4.2.2.1. RESDUOS ORGNICOS 7
4.2.2.2. RESDUOS INORGNICOS 7
4.2.3. QUANTO AOS RISCOS POTENCIAIS 7
4.2.3.1. RESDUOS CLASSE I PERIGOSOS 7
4.2.3.2. RESDUOS CLASSE II NO PERIGOSOS 7
4.2.3.2.1. RESDUOS CLASSE II A NO INERTES 7
4.2.3.2.2. RESDUOS CLASSE II B INERTES 7
4.2.4. QUANTO ORIGEM 8
4.2.4.1. DOMSTICO 8
4.2.4.2. COMERCIAL 8
4.2.4.3. PBLICO 8
4.2.4.4. SERVIOS DE SADE 8
4.2.4.5. RESDUOS ESPECIAIS 11
4.2.4.6. RESDUOS DA CONSTRUO CIVIL RCC 12
4.2.4.7. INDUSTRIAL 13
4.2.4.8. PORTOS, AEROPORTOS E TERMINAIS FERROVIRIOS E RODOVIRIOS 13
4.2.4.9. AGRCOLA 13
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4.2.4.10. RESPONSABILIDADE 13
4.3. POLTICA NACIONAL DE RESDUOS SLIDOS PNRS 14
5. CARACTERIZAO DO MUNICPIO 14
5.1. CONTEXTUALIZAO REGIONAL 14
5.1.1. HISTRICO 14
5.1.2. LOCALIZAO 15
5.1.3. ACESSOS 15
5.2. ASPECTOS FSICOS AMBIENTAIS 15
5.2.1. CLIMA 15
5.2.2. HIDROGRAFIA 15
5.2.3. SOLO 15
5.2.4. GEOLOGIA 16
5.2.5. VEGETAO 16
5.3. ASPECTOS ANTRPICOS 16
5.3.1. DEMOGRAFIA 16
5.3.1.1. DENSIDADE DEMOGRFICA 16
5.3.2. EQUIPAMENTOS SOCIAIS 17
5.3.2.1. SADE E EDUCAO 17
5.3.3. SANEAMENTO BSICO 17
5.3.4. ECONOMIA 17
5.3.5. ESTRUTURA ADMINISTRATIVA 18
6. DIAGNSTICO DOS SERVIOS DE LIMPEZA PBLICA EXISTENTES 18
6.1. RESDUOS SLIDOS DOMSTICOS E COMERCIAIS COLETA CONVENCIONAL 19
6.1.1. FREQUNCIA E ITINERRIOS DE COLETA DOS RESDUOS DOMSTICOS E COMERCIAL 19
6.1.2.TRANSPORTE DE RESDUOS DOMSTICOS 20
6.1.3.HISTRICO DE DISPOSIO DOS RESDUOS SLIDOS 21
6.1.4.DESTINAO FINAL DOS RESDUOS DOMSTICOS E COMERCIAIS 21
6.1.5.PROJEO POPULACIONAL 21
6.1.6. PRODUO PER CAPITA DE RESDUOS DOMSTICOS 22
6.1.7.TAXA DE CRESCIMENTO POPULACIONAL 23
6.1.8.ESTIMATIVA DE QUANTIDADE DE RESDUOS 23
6.2.COLETA SELETIVA MATERIAIS RECICLVEIS 24
6.2.1. COLETA SELETIVA MUNICIPAL 25
6.2.2.COLETA INFORMAL: BARRACES 26
6.2.3. AES DA PREFEITURA 26
6.3.VARRIO E RESDUOS DE PODA E CAPINA 26
6.4. CONSTRUO CIVIL 27
6.4.1.PROGRAMA DE BENEFICIAMENTO DE RESDUOS DA CONSTRUO CIVIL PROBEN-RCC 27
6.5.RESDUOS VOLUMOSOS 28
6.6.RESDUOS DE SERVIO DE SADE 28
6.6.1.CHEIRO VERDE AMBIENTAL LTDA. 28
6.6.2.SILCON AMBIENTAL LTDA. 29
6.7.RESDUOS INDUSTRIAIS 29
6.8.RESDUOS DO SERVIOS DE TRANSPORTE 29
6.9. RESDUOS DA ZONA RURAL 29
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6.10. RESDUOS DAS ATIVIDADES AGROSSILVOPASTORIS 30
6.11. RESDUOS DO SERVIO DE SANEAMENTO 30
6.11.RESDUOS DE LEO 30
6.12.1. OLAM RECICLE 30
6.13. RESDUOS FUNERRIOS 30
6.13. RESDUOS ESPECIAIS 30
6.14.1. RESDUOS DE LEOS LUBRIFICANTES 30
6.14.1.1. LWART LUBRIFICANTES LTDA. 31
6.14.1.2. QUMICA INDUSTRIAL SUPPLY LTDA. 31
6.14.1.3. WJ COMRCIO E DEPSITO DE LEO LUBRIFICANTE 31
6.14.2.PNEUMTICOS INSERVVEIS, ELETROELETRNICOS, PILHAS E BATERIAS 32
6.14.2.1.PROJETO ECO.VALEVERDE 32
6.14.3.EMBALAGENS DE AGROTXICOS 33
6.14.4.LMPADAS FLUORESCENTES 33
7. REAS CONTAMINADAS E PASSIVOS AMBIENTAIS 34
8. EDUCAO AMBIENTAL 34
8.1. COLETA DE RESDUOS DE LEOS COMESTVEIS 34
8.2. PROJETO CIDADE LIMPA 34
8.3. COLETA DE ELETROELETRNICO, PILHAS E BATERIAS 35
8.4. COLETA SELETIVA 36
9. ANALISE FINANCEIRA DA GESTO DOS RESDUOS SLIDOS 36
10. ASPECTOS LEGAIS 36
10.1. LEGISLAO PERTINENTE 37
10.1.1. LEGISLAO FEDERAL 37
10.1.2. LEGISLAO ESTADUAL 37
10.1.3. LEGISLAO MUNICIPAL 38
11. REFERNCIAS 39
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LISTA DE FIGURAS
FIGURA 01: Sede do CIVAP em Assis, SP 3
FIGURA 02: Municpio de Ibirarema no final da dcada de 1960 14
FIGURA 03: Lagoa de Tratamento de Esgotos Sanitrios 17
FIGURA 04: Funcionrios realizando a coleta convencional 19
FIGURA 05: Lixeiras dispostas no centro da cidade 20
FIGURA 06: Lixeiras em frente s residncias 20
FIGURA 07: Aterro em Valas 21
FIGURA 08: Entrada do Aterro em Valas 21
FIGURA 09: Carrinhos bags utilizado na coleta seletiva 25
FIGURA 10: PEVs dispostas nas ruas de Ibirarema 25
FIGURA 11: Servio de varrio 26
FIGURA 12: Resduo da construo civil beneficiado 27
FIGURA 13: Equipamento de beneficiamento de resduos da construo civil 27
FIGURA 14: Carregamento de pneumticos 32
FIGURA 15: Adesivo da Campanha Papa-Pilhas 32
FIGURA 16: Divulgao da Campanha Cidade Limpa 35
FIGURA 17: Divulgao da Campanha Lixo Eletrnico 35
FIGURA 18: Campanha de Coleta Seletiva 36
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LISTA DE MAPAS
Mapa 01: Localizao do Municpio de Ibirarema no Oeste Paulista 15
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LISTA DE TABELAS
TABELA 01: Projeo populacional para Ibirarema 22
TABELA 02: Mdia de gerao per capita de resduos domsticos 22
TABELA 03: Gerao per capita de resduos domsticos 22
TABELA 04: Estimativa da gerao anual de resduos slidos domsticos 23
TABELA 05: Quantidade aproximada de materiais reciclveis coletados por ms 25
TABELA 06: Frequncia de coleta de resduos de sade 28
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LISTA DE QUADROS
QUADRO 01: Classificao dos resduos slidos 6
QUADRO 02: Classificao dos resduos de servios de sade 9
QUADRO 03: Classificao do RCC 12
QUADRO 04: Responsabilidade pelo gerenciamento de resduos 13
QUADRO 05: Benefcios da coleta seletiva 24
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LISTA DE GRFICO
GRFICO 01: Distribuio da populao urbana e rural 16
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1. PREMBULO
Este Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos PMGIRS, tem o objetivo de atender
Lei Federal n 12.305, de 02 de agosto de 2010, que institui a Poltica Nacional de Resduos Slidos
PNRS, dispondo sobre seus princpios, objetivos e instrumentos, bem como as diretrizes sobre a gesto
integrada e ao gerenciamento de resduos slidos urbanos.
O PMGIRS tambm tem como objetivo fornecer uma base slida de dados para o Plano
Intermunicipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos, a ser elaborado pelo Consrcio Intermunicipal do
Vale do Paranapanema CIVAP, que alm de considerar as proposies individuais de cada municpio, que
produto deste PMGIRS, ir propor novas solues consorciadas alm das proposies j apresentadas
pelo Consrcio.
2. INTRODUO
crescente a preocupao com a proteo e conservao do meio ambiente no panorama mundial,
considerado como aspecto essencial e condicionante na sociedade moderna. A degradao ambiental traz
prejuzos, na grande maioria das vezes irreparveis ao ecossistema e, consequentemente, a toda a
sociedade e, atualmente, todos os focos esto voltados aos resduos slidos.
A falta de ateno com a gesto dos resduos slidos por parte do poder pblico que ocorre em
muitas cidades do Brasil compromete a sade da populao, bem como contribui com a degradao dos
recursos naturais, especialmente o solo e os recursos hdricos. A interdependncia dos conceitos de meio
ambiente, de sade e de saneamento hoje bastante evidente, o que refora a necessidade de integrao
das aes desses setores em prol da melhoria da qualidade de vida da populao brasileira.
Com a alta concentrao urbana da populao no pas, aumentam-se as preocupaes com os
problemas ambientais urbanos e, entre estes, o gerenciamento dos resduos slidos, cuja atribuio
pertence esfera da administrao pblica local.
O Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos (PMGIRS) de Ibirarema, elaborado pelo
Consrcio Intermunicipal do Vale do Paranapanema CIVAP, em parceria com a Prefeitura de Ibirarema e
as instituies de ensino Universidade Estadual Paulista Jlio de Mesquita Filho UNESP FCL Assis, SP, e
ETEC Pedro DArcdia Neto de Assis, SP, tem como objetivo, atender s exigncias da Poltica Nacional dos
Resduos Slidos (PNRS), instituda pela Lei Federal n 12.305, de 02 de agosto de 2010. A PNRS tem como
princpios, conforme disposto na referida Lei, em seu art. 6, nos incisos:
I a preveno e a precauo; II o poluidor-pagador e o protetor-recebedor; III a viso sistmica, na gesto
dos resduos slidos, que considere as variveis ambiental, social, cultural, econmica, tecnolgica e de sade
pblica; IV o desenvolvimento sustentvel; V a ecoeficincia, mediante a compatibilizao entre o
fornecimento, a preos competitivos, de bens e servios qualificados que satisfaam as necessidades humanas e
tragam qualidade de vida e a reduo do impacto ambiental e do consumo de recursos naturais a um nvel, no
mnimo, equivalente capacidade de sustentao estimada do planeta; VI a cooperao entre as diferentes
esferas do poder pblico, o setor empresarial e demais segmentos da sociedade; VII a responsabilidade
compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; VIII o reconhecimento do resduo slido reutilizvel e reciclvel
como um bem econmico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania; IX o
respeito s diversidades locais e regionais; X o direito da sociedade informao e ao controle social; XI a
razoabilidade e a proporcionalidade. (BRASIL, Lei Federal n 12.305, de 02 de agosto de 2010).
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A partir destes princpios, o PMGIRS foi arquitetado e direcionado, buscando, por meio da Poltica
anteriormente apresentada, atender tambm o art. 225 da Constituio Federal, que dispe sobre os
direitos e deveres sobre o Meio Ambiente, sendo este um bem comum e de importncia para a
manuteno da vida, a Lei Federal n 11.445, de 05 de janeiro de 2007 que dispe sobre a Poltica Nacional
de Saneamento Bsico, a Lei Estadual n 7.750, de 31 de maro de 1992, que dispe a Poltica Estadual
Saneamento e a Lei Estadual n 12.300, de 16 de maro de 2006, que institui a Poltica Estadual de Resduos
Slidos.
Para a elaborao do Plano, o Consrcio tem por base os instrumentos da PNRS: coleta seletiva;
logstica reversa; incentivo criao e ao desenvolvimento de cooperativas e de demais associaes de
catadores de materiais reciclveis; e o Sistema Nacional de Informaes sobre a Gesto dos Resduos
Slidos SINIR, alm de contar com o apoio da legislao ambiental do Municpio de Ibirarema.
Considerando a quantidade e a qualidade dos resduos gerados no municpio de Ibirarema, assim
como a populao atual e sua projeo, apresenta-se a caracterizao da situao atual do sistema de
limpeza desde a sua gerao at o seu destino final. Este produto permite traar um diagnstico e realizar o
planejamento do gerenciamento dos resduos de forma integrada, de modo a abranger um sistema
adequado de coleta, segregao, transporte, tratamento e disposio final dos resduos municipais.
O horizonte de tempo considerado para este Plano foi de 17 anos, com sua primeira reviso em
2016, em razo da necessidade de compatibilizao como o Plano Plurianual, e as demais a cada quatro
anos.
2.1. CONSRCIO INTERMUNICIPAL DO VALE DO PARANAPANEMA CIVAP
A organizao foi formada em 12 de dezembro de 1985, sob a denominao de Consrcio
Intermunicipal do Escritrio da Regio de Governo de Assis CIERGA, com a finalidade especifica de captar
recursos das Prefeituras, Cooperativas e Usinas, para financiar parte do levantamento de solo da regio. A
iniciativa vinha sendo gestada desde 1983, quando, em um Seminrio sobre Manejo e Conservao de Solo
realizado na Associao dos Engenheiros Agrnomos, nasce a ideia do projeto de levantamento de solos, a
ser concretizado em parceria com o Instituto Agronmico de Campinas, que tinha capacidade tcnica para
realiz-lo, mas, no os recursos necessrios. Com o sucesso obtido na captao de recursos financeiros, o
levantamento de solos foi realizado no perodo de 1986 1990, tendo sido financiado em partes iguais,
com recursos do Governo do Estado e da regio (Prefeituras, Cooperativas e Usinas).
Com o encerramento do levantamento de campo em 1990, e no vendo motivos para darem
continuidade ao Consrcio, ou por no vislumbrarem novos projetos ou novas ideias, os Prefeitos
decidiram pela paralisao do CIERGA naquele ano. O Consrcio permaneceu parado de 1990 a 1994,
quando foi reativado pela nova leva de Prefeitos. A partir de Julho de 1994, iniciaram-se alguns projetos
como o PED Programa de Execuo Descentralizada / Projeto Agricultura Limpa (06 projetos aprovados
no Estado de So Paulo, entre 85 apresentados), projeto financiado pelo Banco Mundial, com a
participao fundamental das Prefeituras de Assis e de Tarum, do Centro de Desenvolvimento do Vale do
Paranapanema CDVale e uma forte atuao do CIERGA, que j possua, ento, uma organizao
administrativa consolidada. Para garantir a continuidade dos trabalhos j comeados, a Prefeitura de Assis
empenhou-se no fortalecimento poltico e tcnico do Consrcio, conseguindo vitrias importantes e
fortalecendo o trabalho do Consrcio.
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Em novembro de 2000 foi deliberada pelo Conselho de Prefeitos a alterao da denominao do
Consrcio, que passou para CONSRCIO INTERMUNICIPAL DO VALE DO PARANAPANEMA CIVAP e em
Dezembro de 2001, foi deliberado tambm a criao do Consrcio Intermunicipal do Vale do
Paranapanema/Sade CIVAP/SADE para atuar especificamente na rea da sade.
O Consrcio Intermunicipal do Vale do Paranapanema CIVAP um Consrcio Pblico, organizado
e constitudo na forma de Associao Pblica, com personalidade jurdica de direito pblico, sem fins
lucrativos, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial, em consonncia com as disposies
emanadas da Lei Federal n 11.107, de 06 de abril de 2005, do Decreto Federal n 6.017, de 17 de janeiro
de 2007, do Cdigo Civil Brasileiro e demais legislaes pertinentes e aplicveis espcie, pelo presente
Estatuto, alm de normas e regulamentos que vier a adotar atravs de seus rgos.
Os municpios, conjuntamente, atuam com mais eficcia e para que isto ocorra, a atuao do CIVAP
pautada em:
So consorciados ao CIVAP os municpios: Assis, Bor, Campos Novos Paulista, Cndido Mota,
Cruzlia, Echapor, Flornea, Joo Ramalho, Ibirarema, Iep, Lutcia, Maraca, Nantes, Ocauu, Oscar
Bressane, Palmital, Paraguau Paulista, Pedrinhas Paulista, Platina, Quat, Rancharia, Santa Cruz do Rio
Pardo, Taciba e Tarum.
2.1.1. PROJETOS AMBIENTAIS DO CIVAP
Por meio de todos os projetos desenvolvidos e em desenvolvimento, o CIVAP espera demonstrar a
preocupao com o desenvolvimento, a preservao, conservao e recuperao do meio ambiente, uma
vez que so condies essenciais para a humanidade.
Enfoque regional sustentvel;
Integrao dos municpios;
Busca de solues globalizadas;
Participao de foras vivas da sociedade regional, estadual e federal.
FIGURA 01: Sede do CIVAP em Assis, SP FONTE: CIVAP
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Os problemas a cargo do governo municipal na maioria das vezes exigem solues que extrapolam
o alcance da capacidade de ao do municpio em termos de investimentos, recursos humanos e
financeiros para o custeio e a atuao poltica. Alm disso, grande parte destas solues exigem aes
conjuntas, uma vez que dizem respeito a problemas que afetam, ao mesmo tempo, mais de um municpio.
Alm do que, mesmo que seja vivel para o municpio atuar de forma isolada, pode ser muito mais
econmico buscar a parceria com os demais municpios, possibilitando assim, solues que satisfaam
todas as partes com um desembolso menor e consequentemente com melhores resultados.
Os governos estadual e federal, tradicionais canais de solicitao de recursos utilizados pelos
municpios, apresentam, em geral, baixa capacidade de interveno. Deixar simplesmente que o governo
estadual e federal assuma ou realize atividades de mbito local ou regional, que poderiam ser realizados
pelos municpios, pode significar uma renncia autonomia municipal, retirando dos cidados a
possibilidade de intervir diretamente nas aes pblicas que lhes dizem respeito.
O CIVAP, em parceria com as demais prefeituras, governo estadual e federal, aumenta a capacidade
de um grupo de municpios solucionar problemas comuns sem retirar a autonomia, assumindo o
compromisso de garantir os recursos adequados para a promoo do crescimento socioeconmico e a
melhoria contnua da qualidade de vida da populao do Vale do Paranapanema.
3. METODOLOGIA PARA ELABORAO DO PLANO
Este Plano apresenta o diagnstico do municpio em relao aos resduos, de acordo com a sua
classificao, apresentando a quantidade gerada, forma de acondicionamento,coleta, transporte,
tratamento e destinao final.
3.1. INSTRUMENTOS UTILIZADOS PARA O DIAGNSTICO
Para chegar ao diagnstico apresentado neste plano utilizou-se de questionrio elaborado pelo
CIVAP, contendo questes bsicas necessrias para o levantamento, como por exemplo a quantidade
gerada de cada tipo de resduo, nmeros de licena dos destinos finais de cada tipo de resduo, nmero de
funcionrios empregados em cada coleta ou servio, maquinrio e equipamentos utilizados, entre outros.
Aps o preenchimento do questionrio, foram realizados levantamentos de campo, por meio dos
estagirios, onde foi verificada a veracidade dos dados preenchidos no questionrio, tiradas as fotos e
levantadas questes tcnicas que no foram possveis de serem levantadas por questionamentos escritos.
Utilizou-se tambm do acervo que a prefeitura dispunha no momento.
3.2. FORMA DE VALIDAO DO PLANO
O Municpio de Ibirarema criou uma Comisso de acompanhamento, por meio da Portaria
Municipal n 2.120/2013, que nomeia pessoas pertencentes ao poder pblico, sociedade civil, membros de
sindicatos, da indstria, comrcio e de cooperativas e/ou associaes quando houver, de maneira paritria,
para se reunirem durante o plano a fim de avaliarem e propor alteraes para o mesmo.
Esta comisso efetuou quatro reunies durante a fase de elaborao do plano, sendo: a primeira
para que seja tomado conhecimento sobre a necessidade do plano e a elaborao deste pelo CIVAP, a
segunda para conhecimento do volume de Diagnstico e para que sejam propostas alteraes; a terceira
para que seja conhecido o volume de prognstico e sejam propostas alteraes; e finalmente a quarta para
que seja finalizado o PMGIRS e encaminhado a Cmara Municipal para votao, tornando-se uma lei e
disponibilizado no site da prefeitura.
Para validao pblica do plano, tambm foi efetuado Audincia Pblica nos dias 06 de junho de
2013 e 06 de janeiro de 2014, sendo a primeira para informar a populao sobre a existncia da Lei Federal
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n 12.305 e sua importncia, a necessidade do plano, e a elaborao do plano pelo CIVAP, e a segunda
Audincia Pblica para apresentar o PMGIRS j com o Diagnstico e Prognstico prontos para que sejam
discutidas as propostas e metas com a populao.
3.3. PRAZO DE REVISO DO PLANO
Como j mencionado anteriormente, o prazo de reviso do plano para 2016, para que seja
efetuado juntamente com o Plano Plurianual do Municpio, e posteriormente a cada 04 (quatro) anos, ou
quando se julgar necessrio pelo fato de alteraes dos dispositivos relacionados a quaisquer tipos de
resduos gerados no municpio.
4. CONSIDERAES GERAIS
Este captulo apresenta algumas importantes definies, normas tcnicas, legislaes e demais
materiais relacionados a resduos slidos, que subsidiaro a elaborao e compreenso deste relatrio.
4.1. RESDUOS SLIDOS
Segundo o Dicionrio de Aurlio lixo : "Tudo o que no presta e se joga fora; Coisa ou coisas
inteis, velhas, sem valor; Resduos que resultam de atividades domsticas, industriais, comerciais". J, de
acordo com a Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT), lixo definido como os "Restos das
atividades humanas, consideradas pelos geradores como inteis, indesejveis ou descartveis".
Ainda na Norma Brasileira (NBR) 10.004/04 define resduos slidos como:
Resduos nos estados slidos e semisslidos, resultantes de atividades de origem industrial,
domstica, hospitalar, comercial, agrcola, de servio e de varrio. Ficam includos nesta definio os lodos
provenientes do sistema de tratamento de gua, aqueles gerados em equipamentos e instalaes de
controle de poluio, bem como determinados lquidos, cujas particularidades tornem invivel o seu
lanamento na rede pblica de esgotos ou corpos de gua, ou exijam para isso solues tcnica e
economicamente invivel em face melhor tecnologia disponvel.
4.2. CLASSIFICAO DE RESDUOS SLIDOS
Existem diversas formas de classificar os resduos slidos, que se baseiam em suas caractersticas
e/ou propriedades fsicas e qumicas. A classificao importante para a escolha da estratgia de
gerenciamento mais vivel. Dessa forma, os resduos podem ser classificados quanto: natureza fsica,
composio qumica, riscos potenciais ao meio ambiente e quanto sua origem.
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CLASSIFICAO DOS RESDUOS SLIDOS
Quanto natureza fsica Secos;
Molhados.
Quanto composio qumica Matria Orgnica;
Matria Inorgnica.
Quantos aos riscos potenciais
ao meio ambiente
Resduos Classe I Perigosos;
Resduos Classe II No perigosos;
o Resduos Classe II A No inertes;
o Resduos Classe II B Inertes.
Quanto origem
Domstico;
Comercial;
Pblico;
Servio de Sade;
Resduos Especiais;
Pilhas e Baterias;
Lmpadas Fluorescentes;
leos lubrificantes;
Pneus;
Embalagens de agrotxicos;
Radioativos;
Construo civil/entulhos;
Industrial;
Portos, aeroportos e terminais
rodovirios e ferrovirios;
Agrcola.
4.2.1. QUANTO NATUREZA FSICA
4.2.1.1. RESDUOS SECOS
Os resduos secos so compostos principalmente de plsticos, papis, vidros e metais diversos,
podendo ser constitudos tambm por produtos compostos, como as embalagens longa vida entre
outros.
4.2.1.2. RESDUOS MIDOS
Resduos midos so compostos principalmente por restos oriundos do preparo de alimentos.
Contm parte de alimentos in natura, como folhas, cascas e sementes, restos de alimentos industrializados
e outros. Esses resduos so constitudos principalmente por matria orgnica.
4.2.2. QUANTO COMPOSIO QUMICA
4.2.2.1.RESDUOS ORGNICOS
Resduos orgnicos so os que possuem origem animal ou vegetal. Podem ser includos restos de
alimentos, verduras, flores, legumes, plantas, folhas, sementes, restos de carnes e ossos, papis, madeira,
QUADRO 01 Classificao dos Resduos Slidos
Fonte: IPT/CEMPRE, 2000
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etc. A maior parte dos resduos orgnicos pode ser usada na compostagem, na qual so transformados em
fertilizantes e corretivos do solo, contribuindo, dessa forma, para o aumento da taxa de nutrientes e,
consequentemente, melhorar a qualidade da produo agrcola.
Estes resduos tambm so grande fonte de energia, dada sua concentrao de carbono, em
processos de gerao de combustvel pela matria orgnica. Processo esse similar ao da queima de
biomassa, tecnologia largamente difundida para gerao de energia na agroindstria.
4.2.2.2. RESDUOS INORGNICOS
Resduo inorgnico todo material que no apresenta elementos orgnicos em sua constituio
qumica, por exemplo: plsticos, vidros, metais, etc. Quando lanados diretamente ao meio ambiente, sem
ter passado por nenhum tratamento prvio, esses resduos costumam apresentar maior tempo de
degradao.
4.2.3. QUANTO AOS RISCOS POTENCIAIS
A NBR 10.004 Resduos Slidos de 2004 da ABNT, classifica os resduos slidos baseando-se no
conceito de classes em:
4.2.3.1. RESDUOS CLASSE I PERIGOSOS
So os resduos que apresentam risco sade pblica e ao meio ambiente, apresentando uma ou
mais das seguintes caractersticas: periculosidade, inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxidade e
patogenidade (ex: baterias, pilhas, leo usado, resduo de tintas e pigmentos, resduo de servios de sade,
resduo inflamvel, etc.).
4.2.3.2. RESDUO CLASSE II NO PERIGOSOS
Os resduos Classe II so classificados de acordo com a solubilizao de seus constituintes por meio
de testes efetuados em laboratrios. Podem ser classificados como inertes ou no inertes em acordo com o
teste especificado pela NBR 10.005 e 10.006, ambas do ano de 2004.
4.2.3.2.1. RESDUO CLASSE II A NO INERTES
Aqueles que no se enquadram na classificao Resduos Classe I Perigosos ou Resduos Classe
II B Inertes, nos termos da NBR 10.004. Os Resduos Classe II A No Inertes podem ter propriedades
tais como: biodegrabilidade, combustibilidade ou solubilidade em gua (ex.: restos de alimentos, resduos
de varrio no perigosos, sucata de metais ferrosos, borrachas, espumas, materiais cermicos, etc.)
4.2.3.2.2. RESDUO CLASSE II B INERTES
Qualquer resduo que quando amostrado de uma forma representativa, de acordo com a ABNT
NBR 10.007, e submetido a um contato dinmico e esttico com gua destilada ou deionizada,
temperatura ambiente, segundo a ABNT NBR 10.006, no tiver nenhum de seus constituintes solubilizados
a concentraes superiores aos padres de potabilidade da gua, executando-se aspecto, cor, turbidez,
dureza e sabor. (ex.: rochas, tijolos, vidros, entulhos/ construo civil, luvas de borracha, isopor, etc.).
4.2.4. QUANTO ORIGEM
A origem o principal elemento para a caracterizao dos resduos slidos.
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4.2.4.1. DOMSTICO
So os resduos gerados nas atividades dirias em casas, apartamentos, condomnios e demais
edificaes residenciais. Apresentam em torno de 50% a 60% de composio orgnica, que constitudo
por restos de alimentos (cascas de frutas, verduras e sobras, etc.), e o restante formado por embalagens
em geral, jornais e revistas, garrafas, latas, vidros, papel higinico, fraldas descartveis e uma grande
variedade de outros itens. A taxa mdia diria de gerao de resduos domsticos por habitantes em reas
urbanas de 0,5 a 1 Kg/hab./dia, para cada cidado, dependendo do poder aquisitivo da populao, nvel
educacional, hbitos e costumes.
4.2.4.2. COMERCIAL
So os resduos gerados em estabelecimentos comerciais, e as caractersticas dependem da
atividade desenvolvida. Por exemplo, no caso de restaurantes, bares e hotis, predominam os resduos
orgnicos, j os escritrios, bancos e lojas, os resduos predominantes so o papel, plstico, vidro entre
outros.
Os resduos comerciais podem ser divididos em dois grupos, que dependem da quantidade gerada por dia.
So considerados pequenos geradores de resduos comerciais os estabelecimentos que geram at 120
litros por dia e grandes geradores de resduos comerciais so os que geram um volume superior a esse
limite.
4.2.4.3. PBLICO
So os resduos provenientes dos logradouros pblicos, em geral resultantes da natureza, como por
exemplo, folhas, galhadas, poeira, terra e areia, assim como aqueles descartados irregular e indevidamente
pela populao, como entulho, bens considerados inservveis, papis, restos de embalagens e alimentos.
Tambm so includos como resduos pblicos aqueles gerados em prdios e reparties pblicas, que tem
caractersticas que se assemelham a dos resduos domiciliares e comerciais.
4.2.4.4. SERVIOS DE SADE
Segundo a Resoluo ANVISA / RDC n 306/2004 e a Resoluo CONAMA n 358/2005, definem-se
como geradores de resduos de servio de sade (RSS) todos os servios relacionados com o atendimento
sade humana ou animal, inclusive os servios de assistncia domiciliar e de trabalhos de campo;
laboratrios analticos de produtos para sade; necrotrios, funerrias e servios onde se realizem
atividades de embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservao); servios de medicina legal; drogarias
e farmcias, inclusive as de manipulao; estabelecimentos de ensino e pesquisa na rea de sade; centros
de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacuticos, importadores, distribuidores e
produtores de materiais e controles para diagnstico in vitro; unidades mveis de atendimento sade;
servios de acupuntura; servios de tatuagem, dentre outros similares.
A classificao dos RSS vem sofrendo um processo de evoluo contnuo, na medida em que so
introduzidos novos tipos de resduos nas unidades de sade e como resultado do conhecimento do
comportamento destes perante o meio ambiente e sade, como forma de estabelecer uma gesto segura
com base nos princpios da avaliao e gerenciamento dos riscos envolvidos na sua manipulao. Os
resduos de servios de sade so parte importante do total de resduos slidos, no por conta da
quantidade gerada, mas sim pelo potencial de risco que representam sade e ao meio ambiente. Os RSS
so classificados em funo de suas caractersticas e riscos que podem acarretar ao meio ambiente e
sade.
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De acordo com ANVISA e CONAMA (2006) os resduos de servios de sade so classificados da
seguinte forma:
GRUPO DESCRIO
GRUPO A
(Potencialmen
te Infectante)
A1
Culturas e estoques de microrganismos; resduos de fabricao de
produtos biolgicos, exceto os hemoderivados; descarte de vacinas
de microrganismos vivos ou atenuados; meios de cultura e
instrumentais utilizados para transferncia, inoculao ou mistura
de culturas; resduos de laboratrios de manipulao gentica;
Resduos resultantes da ateno sade de indivduos ou animais,
com suspeita ou certeza de contaminao biolgica por agentes
Classe de Risco IV, microrganismos com relevncia epidemiolgica
e risco de disseminao ou causador de doena emergente que se
torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de
transmisso seja desconhecido;
Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes
rejeitadas por contaminao ou por m conservao, ou com prazo
de validade vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta;
Sobras de amostras de laboratrio contendo sangue ou lquidos
corpreos, recipientes e materiais resultantes do processo de
assistncia sade, contendo sangue ou lquidos corpreos na
forma livre.
A2
Carcaas, peas anatmicas, vsceras e outros resduos provenientes
de animais submetidos a processos de experimentao com
inoculao de microrganismos, bem como suas forraes, e os
cadveres de animais suspeitos de serem portadores de
microrganismos de relevncia epidemiolgica e com risco de
disseminao, que foram submetidos ou no a estudo
anatomopatolgico ou confirmao diagnstica.
A3
Peas anatmicas (membros) do ser humano; produto de
fecundao sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou
estatura menor que 25 centmetros ou idade gestacional menor que
20 semanas, que no tenham valor cientfico ou legal e no tenha
havido requisio pelo paciente ou famlia.
QUADRO 02: Classificao dos Resduos de Sade
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A4
Kits de linhas arteriais, endovenosas e deslizadores, quando
descartados;
Filtros de ar e gases aspirados de rea contaminada; membrana
filtrante de equipamento mdico-hospitalar e de pesquisa, entre
outros similares. Sobras de amostras de laboratrio e seus
recipientes contendo fezes, urina e secrees, provenientes de
pacientes que no contenham e nem sejam suspeitos de conter
agentes da Classe de Risco IV, e nem apresentem relevncia
epidemiolgica e risco de disseminao, ou microrganismo causador
de doena emergente que se torne epidemiologicamente
importante ou cujo mecanismo de transmisso seja desconhecido
ou com suspeita de contaminao com prons. Resduos de tecido
adiposo proveniente de lipoaspirao, lipoescultura ou outro
procedimento de cirurgia plstica que gere este tipo de resduo.
Recipientes e materiais resultantes do processo de assistncia
sade, que no contenha sangue ou lquidos corpreos na forma
livre. Peas anatmicas (rgos e tecidos) e outros resduos
provenientes de procedimentos cirrgicos ou de estudos
anatomopatolgicos ou de confirmao diagnstica. Carcaas, peas
anatmicas, vsceras e outros resduos provenientes de animais no
submetidos a processos de experimentao com inoculao de
microrganismos, bem como suas forraes.
Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual ps-transfuso.
A5
rgos, tecidos, fluidos orgnicos, materiais perfuro cortantes ou
escarificantes e demais materiais resultantes da ateno sade de
indivduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminao
com prons.
Grupo B
(Qumicos)
Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostticos; anti-
neoplsicos; imunossupressores; digitlicos; imuno-moduladores;
antirretrovirais, quando descartados por servios de sade, farmcias,
drogarias e distribuidores de medicamentos ou apreendidos e os resduos
e insumos farmacuticos dos medicamentos controlados pela Portaria
MS 344/98 e suas atualizaes;
Resduos de saneantes, desinfetantes; resduos contendo metais pesados;
reagentes para laboratrio, inclusive os recipientes contaminados por
estes. Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores).
Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em anlises
clnicas. Demais produtos considerados perigosos, conforme classificao
da NBR 10.004 da ABNT (txicos, corrosivos, inflamveis e reativos).
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Grupo C
(Rejeitos
Radioativos)
Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham
radionucldeos em quantidades superiores aos limites de iseno
especificados nas normas do CNEN e para os quais a reutilizao
imprpria ou no prevista;
Enquadram-se neste grupo os rejeitos radioativos ou contaminados com
radionucldeos, proveniente de laboratrios de anlises clinica, servios
de medicina nuclear e radioterapia, segundo a resoluo CNEN-6.05.
Grupo D
(Resduos
Comuns)
Papel de uso sanitrio e fralda, absorventes higinicos, peas descartveis
de vesturio, resto alimentar de paciente, material utilizado em
antissepsia e hemostasia de venclises, equipo de soro e outros similares
no classificados como A1;
Sobras de alimentos e do preparo de alimentos; resto alimentar de
refeitrio; resduos provenientes das reas administrativas; resduos de
varrio, flores, podas e jardins;
Resduos de gesso provenientes de assistncia sade.
Grupo E
(Perfuro
cortantes)
Materiais perfuro cortantes ou escarificantes, tais como: lminas de
barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodnticas,
pontas diamantadas, lminas de bisturi, lancetas; tubos capilares;
micropipetas; lminas e lamnulas; esptulas; e todos os utenslios de
vidro quebrados no laboratrio (pipetas, tubos de coleta sangunea e
placas de Petri) e outros similares.
4.2.4.5. RESDUOS ESPECIAIS
Os resduos especiais so considerados em funo de suas caractersticas txicas, radioativas e
contaminantes, devido a isso passam a merecer cuidados especiais em seu manuseio, acondicionamento,
estocagem, transporte e sua disposio final. Dentro da classe de resduos de fontes especiais, merecem
destaque os seguintes resduos:
Pilhas e Baterias: As pilhas e baterias tm como princpio bsico a converso de energia qumica
em energia eltrica. Podem conter um ou mais dos seguintes metais: chumbo (Pb), cdmio (Cd), mercrio
(Hg), nquel (Ni), prata (Ag), ltio (Li), zinco (Zn), mangans (Mn) e seus compostos.
As substncias das pilhas que contm esses metais possuem caractersticas de corrosividade,
reatividade e toxidade e so dessa forma, classificados como Resduos Perigosos Classe I.
As substncias que contm cdmio, chumbo, mercrio, prata e nquel causam impactos negativos
sobre o meio ambiente e consequentemente para o homem. Outras substncias presentes nas pilhas e
baterias, como o zinco, mangans e o ltio, embora no estejam limitadas pela NBR 10.004, tambm
causam problemas ao meio ambiente.
Lmpadas Fluorescentes: O p que se torna luminoso encontrado no interior das lmpadas
fluorescentes contm mercrio. Contudo, isso no se apresenta apenas nas lmpadas fluorescentes
comuns de forma tubular, mas encontra-se tambm nas lmpadas fluorescentes compactas.
As lmpadas fluorescentes liberam mercrio quando so quebradas, dispostas diretamente no solo
ou queimadas, transformando-as em Resduo Perigoso - Classe I, j que o mercrio txico para o
sistema nervoso humano e, quando inalado ou ingerido, pode causar problemas fisiolgicos. Alm disso, o
mercrio tem a capacidade de penetrar a cadeia alimentar atravs de um processo denominado de
FONTE: ANVISA/ CONAMA, 2006
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metilao, que forma o metilmercrio, contaminando assim os organismos aquticos. Ainda, o
metilmercrio tem outra caracterstica indesejvel, que chamada de bioacumulao, que a capacidade
de ser continuamente acumulada ao longo dos nveis trficos da cadeia alimentar. Ou seja, os
consumidores finais da cadeia alimentar contaminada (ex: o homem) passam a apresentar maiores nveis
de mercrio no organismo. Quanto aos riscos ambientais, ao serem lanadas nos aterros, se as lmpadas
no estiverem intactas, estas liberam vapor de mercrio, que contaminam os solos e consequentemente os
cursos dgua.
leos Lubrificantes: Os leos so poluentes devido aos aditivos incorporados. O impacto ambiental
que pode ser causado por este resduo, so os acidentes que envolvem o derramamento de petrleo e seus
derivados nos recursos hdricos. O leo pode causar intoxicao principalmente pela presena de
compostos como o tolueno, o benzeno e o xileno, que ao serem absorvidos pelo organismo podem causar
cncer e mutaes, alm de outros distrbios.
Pneus: A sua principal matria-prima a borracha vulcanizada, que mais resistente que a
borracha natural, no se degrada facilmente e, quando queimada a cu aberto, gera enormes quantidades
de material particulado e gases txicos, contaminando assim, o meio ambiente com carbono, enxofre e
outros poluentes. Estes apresentam tambm riscos sade pblica, pois quando so dispostos em
ambiente inadequado, sujeito a intempries, os pneus acumulam gua, formando ambientes propcios para
a disseminao de doenas, como a dengue e a febre amarela.
4.2.4.6. RESDUO DA CONSTRUO CIVIL RCC
Os resduos da construo civil so uma mistura de materiais inertes oriundos de construes,
reformas, reparos e demolies de obras de construo civil, resultantes da preparao e da escavao de
terrenos, tais como: tijolos, blocos cermicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas,
tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfltico, vidros, plsticos,
tubulaes, fiao eltrica etc., frequentemente chamados de entulhos de obras.
Segundo o CONAMA n 307/2002, os resduos da construo civil so classificados conforme
apresentado no QUADRO 03:
QUADRO 03: Classificao do RCC
CLASSIFICAO DEFINIO
Classe A
So os resduos reutilizveis ou reciclveis como agregados, tais como:
De construo, demolio, reformas e reparos de pavimentao e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;
De construo, demolio, reformas e reparos de edificaes: componentes cermicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento, entre outros), argamassa e concreto;
De processo de fabricao e/ou demolio de peas pr-moldadas em concreto, blocos, tubos, meio-fio, entre outros produzidos nos canteiros de obras.
Classe B So materiais reciclveis para outras destinaes, tais como: plsticos, papel/papelo, metais, vidros, madeiras e outros.
Classe C So os resduos para os quais no foram desenvolvidas tecnologias ou aplicaes economicamente viveis que permitam a sua reciclagem/recuperao, tais como os produtos oriundos do gesso.
Classe D So os resduos perigosos oriundos do processo de construo, tais como: tintas, solventes, leos, ou aqueles contaminados oriundos de demolies, reformas e reparos de clnicas radiolgicas, instalaes industriais.
FONTE: CONAMA, 2002
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4.2.4.7. INDUSTRIAL
So os resduos provenientes de atividades industriais, tais como metalurgia, qumica,
petroqumica, papelaria, alimentcia, entre outros. So resduos bastante variados que possuem
caractersticas diversificadas, podendo ser representado por cinzas, lodos, leos, resduos alcalinos ou
cidos, vidros, cermicas, etc. Inclui tambm nesta categoria, a grande maioria dos resduos considerados
txicos. Sendo que esse tipo de resduo necessita de tratamento adequado e especial devido ao seu
potencial poluidor. Adota-se a NBR 10.004 da ABNT para classificar os resduos industriais: Classe I
(Perigosos), Classe II A (No Perigosos No Inertes) e Classe II B (No Perigosos - Inertes).
4.2.4.8. PORTOS, AEROPORTOS E TERMINAIS FERROVIRIOS E RODOVIRIOS
So os resduos gerados em terminais, dentro de navios, aeronaves e veculos de transporte. Os
resduos encontrados nos portos e aeroportos so oriundos do consumo realizado pelos passageiros,
basicamente constituem-se de materiais de higiene, asseio pessoal e restos de alimentos. A periculosidade
destes resduos est diretamente ligada ao risco de transmisso de doenas, que podem ser veiculadas de
outras cidades, estados ou pases. Alm disso, essa transmisso pode ser realizada atravs de cargas
contaminadas (animais, carnes e plantas).
Estes resduos no se diferente muito dos resduos domiciliares, mas dado o grande nmero de
pessoas que frequentam diariamente estes locais, o volume gerado grande, o que d o nome de grandes
geradores.
4.2.4.9. AGRCOLA
So os resduos originados das atividades agrcolas e da pecuria, formados basicamente por
embalagens de adubos e defensivos agrcolas contaminados com pesticidas e fertilizantes qumicos, que
so utilizados na agricultura. A falta de fiscalizao e de penalidades mais rigorosas para o manuseio
adequado destes resduos faz com que sejam misturados aos resduos comuns e dispostos nos vazadouros
das municipalidades, ou o que pior, sejam queimados nas fazendas e stios mais afastados,
consequentemente ocorrendo gerao de gases txicos. O resduo proveniente de pesticidas considerado
txico e necessita de um tratamento especial.
4.2.4.10. RESPONSABILIDADE
A responsabilidade do gerenciamento dos resduos das prefeituras para resduos pblicos,
domiciliares e alguns casos de resduos domsticos. Os demais servios so de responsabilidade do
gerador, apresentando-se no quadro abaixo.
QUADRO 04: Responsabilidade pelo gerenciamento de resduos
Origem do Resduo Responsvel
Domiciliar Prefeitura
Comercial Prefeitura*
Pblico Prefeitura
Servios de Sade Gerador (hospitais, clnicas, etc.)
Industrial Gerador (indstria)
Portos, aeroportos, terminais ferrovirios e rodovirios
Gerador (ou gerenciador do empreendimento)**
Agrcola Gerador (agricultor)
Entulho Gerador (*) A prefeitura responsvel por pequenas quantidades, geralmente, inferiores a 50 quilogramas dirios, de acordo coma legislao municipal especfica. Quantidades superiores so de responsabilidade do gerador. (**) Em diversos municpios os terminais rodovirios, por exemplo, so de gesto da prefeitura, sendo assim os resduos gerados tambm de responsabilidade da prefeitura.
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4.3. POLTICA NACIONAL DE RESDUOS SLIDOS PNRS
O Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos (PMGIRS) constitui-se em um
documento que visa administrao dos resduos por meio de um conjunto integrado de aes
normativas, operacionais, financeiras e de planejamento que leva em considerao os aspectos referentes
sua gerao, segregao, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e
disposio final, de forma a atender os requisitos ambientais e de sade pblica. Alm da administrao
dos resduos, o plano tem como objetivo minimizar a gerao dos resduos no municpio.
O PGIRS deve ser elaborado pelo gerador dos resduos e de acordo com os critrios estabelecidos
pelos rgos de meio ambiente e sanitrio federal, estaduais e municipais. Gerenciar os resduos slidos de
forma adequada significa:
Manter o municpio limpo por um sistema de coleta seletiva e transporte adequado, tratando o
resduo slido com tecnologias compatveis com a realidade local;
Um conjunto interligado de todas as aes e operao do gerenciamento, influenciando umas as
outras. Assim, uma coleta mal planejada encarece o transporte; um transporte mal dimensionado
gera prejuzos e reclamaes e prejudica o tratamento e a disposio final do resduo; tratamento
mal dimensionado no atinge os objetivos propostos, e disposies inadequadas causam srios
impactos ambientais;
Garantir o destino ambiental correto e seguro para o resduo slido;
Conceber o modelo de gerenciamento do municpio, levando em conta que a quantidade e a
qualidade do resduo gerada em uma dada localidade decorrem do tamanho da populao e de
suas caractersticas socioeconmicas e culturais, do grau de urbanizao e dos hbitos de consumo
vigentes;
Manter a conscientizao da populao para separar materiais reciclveis;
Catadores de materiais reciclveis organizados em cooperativas e/ou associaes, adequados a
atender coleta do material oferecido pela populao e comercializ-lo junto s fontes de
beneficiamento.
5. CARACTERIZAO DO MUNICPIO
5.1. CONTEXTUALIZAO REGIONAL
5.1.1. HISTRICO
O Municpio de Ibirarema, inicialmente
denominada Pau DAlho, desenvolveu-se ao longo da
margem direita do riacho tambm chamado Pau
DAlho, onde havia exuberncia de terras frteis e
rvores pau dalho.
As primeiras exploraes para a passagem da
futura Estrada de Ferro Sorocabana em 1913, rumo
ao Mato Grosso do Sul, margeando o Rio
Paranapanema, fizeram com que Joo Corra e
Nadrio Marana abandonassem o povoado de Pau
DAlho e formassem outro povoado: Ibirarema. Em
12 de outubro de 1914, a Estrada de Ferro
Sorocabana foi inaugurada e Ibirarema progrediu,
sendo elevado a distrito de Pau DAlho em 1922,
atendendo a Lei Estadual n 1.889, de 11 de
FIGURA 02: Municpio de Ibirarema dcada 1960. FONTE: Prefeitura de Ibirarema.
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dezembro de 1922, e instalado em 03 de maio de 1923 no Municpio e Comarca de Salto Grande. O Distrito
de Pau DAlho foi elevado a Municpio de Ibirarema pelo Decreto-Lei Estadual n 14.334, de 30 de
novembro de 1944, sendo constitudo dos Distritos de Paz de Ibirarema e Nuretama (atualmente Campos
Novos Paulista). Em 1948, Nuretama foi desanexado pela Lei Estadual n 233, de 24 de dezembro, e possui
hoje em dia um nico Distrito de Paz, o da sede do Municpio.
5.1.2. LOCALIZAO
Ibirarema est localizado no Oeste
Paulista, fazendo divisa com os municpios de
Campos Novos Paulista (Norte), Salto Grande
(Leste), Platina (Noroeste), Palmital (Oeste) e com
o Municpio de Cambar, no Estado do Paran
(Sul).
Est situado a uma altitude de 482 metros
em relao ao nvel do mar (CEPAGRI), e possui
uma superfcie de 228,32 Km (SEADE, 2013).
5.1.3. ACESSOS
O Municpio de Ibirarema cortado pela
Rodovia Raposo Tavares (SP 270) sob concesso
da CART Concessionria Auto Raposo Tavares
S/A.
5.2. ASPECTOS FSICO-AMBIENTAIS
5.2.1. CLIMA
De acordo com a Classificao Climtica de Kppen, o municpio possui o tipo climtico Aw, que
caracteriza o clima tropical chuvoso com inverno seco e ms mais frio com temperatura mdia superior a
18C. O ms mais seco tem precipitao inferior a 60 mm e com perodo chuvoso que se atrasa para o
outono. A temperatura mdia de 22,4C, tendo 18,6C como temperatura mdia mnima e 25,4C mdia
mxima. Em relao pluviosidade, a mdia anual de 1279,2 mm (CEPAGRI).
5.2.2. HIDROGRAFIA
O Municpio de Ibirarema faz parte do complexo hidrogrfico do Rio Paranapanema e est inserido
na Bacia Hidrogrfica do Mdio Paranapanema. cortado por diversos rios e ribeires, sendo os principais
o Ribeiro Pau DAlho (divisa com o Municpio de Palmital) e Ribeiro Santa Rosa (divisa com o Municpio
da Estncia Climtica de Campos Novos Paulista). Na regio sul de Ibirarema, na divisa com o Estado do
Paran, est situado o Rio Paranapanema (SIFESP).
5.2.3. SOLO
Na regio do Vale do Paranapanema onde est localizada a cidade de Ibirarema, possui 26 unidades
simples de mapeamento de solo e 12 associaes. As unidades e associaes mais representativas so: Lea
2 (10,99%); LVa 2 + Lea 2 (8,57%); PVe 2 + Ped 1 + LEd 1 (8,21%); TRe 2 (7,20%); LEd 2 (6,32%); LRd 1
(6,18%); Lre 1 (5,93%). Pode se dividir a regio em trs grandes tipos de solo (PLANO DE MANEJO DA
FLORESTA ESTADUAL DE ASSIS):
MAPA 01: Localizao do Municpio de Ibirarema. FONTE: SEADE, 2013.
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1. Terras roxas ao longo do rio Paranapanema, nas menores altitudes dentro da bacia, altamente
frteis, originalmente ocupadas por Floresta Estacional Semidecidual e hoje quase totalmente ocupadas
por agricultura;
2. Terras arenosas e cidas das altitudes intermedirias, originalmente cobertas pelo cerrado (onde
se localiza a Floresta Estadual de Assis), geralmente ocupadas por pastagens e agora sendo tambm
utilizadas para cultivo de cana-de-acar e soja;
3. Terras mistas da regio de Marlia, em altitude elevada e relevo acidentado, frteis, mas altamente
suscetveis eroso, anteriormente ocupadas por floresta estacional semidecidual sendo ocupadas com
cafeicultura e pastagens.
5.2.4. GEOLOGIA
O substrato geolgico do Municpio de Ibirarema constitudo por rochas sedimentares e
magmticas da Bacia do Paran. As unidades litoestratigrficas existentes no municpio so constitudas por
derrames baslticos toleticos, de textura afantica, com intercalaes de arenitos finos a mdios e
intertrapeanos do Perodo Mesozoico, pertencentes Formao Serra Geral Grupo So Bento (CBH
Mdio Paranapanema).
O relevo formado por colinas amplas, caractersticas do Planalto Ocidental, com domnio de
basaltos da Formao Serra Geral Grupo So Bento (SIRGH).
5.2.5. VEGETAO
A cobertura vegetal, de acordo com o IBGE, observada no Municpio de Ibirarema de Cerrado e
zona de contato com a Mata Atlntica. Apresentando tipos fisionmicos: cerrado, cerrado stricto sensu,
campo mido, floresta paludcola, ectono Cerrado / Floresta Estacional Semidecidual (Plano de Manejo da
Estao Ecolgica de Assis).
5.3. ASPECTOS ANTRPICOS
5.3.1. DEMOGRAFIA
5.3.1.1. DENSIDADE DEMOGRFICA
De acordo com o censo do IBGE (2010), a populao do Municpio de Ibirarema de 6.725
habitantes distribuindo-se a maioria na rea urbana do municpio. Segundo dados do SEADE, no perodo de
2010-2013, a populao ibiraremense teve uma taxa geomtrica de crescimento anual de 1,18%. A
populao residente, tanto na rea rural como urbana, conforme dados do IBGE, mais representativa na
faixa de 15 a 19 anos. H o predomnio da populao masculina (50,5%) em relao feminina (49,5%). A
densidade demogrfica de 30,47hab./Km (SEADE, 2013).
GRFICO 01: Distribuio da populao Urbana e Rural FONTE: IBGE, 2012 (adaptado)
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5.3.2. EQUIPAMENTOS SOCIAIS
5.3.2.1. SADE E EDUCAO
No Municpio de Ibirarema, o ndice de Desenvolvimento Humano (IDH) tem evoludo ao longo dos
anos. Segundo dados do PNUD (2010), o ndice de 0,708, considerado um ndice de desenvolvimento alto.
De acordo com os dados do SEADE (2011), a taxa de mortalidade infantil do municpio
inexistente.
Com relao aos centros de sade, conforme os dados do IBGE (2009), o municpio conta com
apenas um estabelecimento de sade. Quanto educao, segundo dados da Secretria da Educao do
Estado de So Paulo (2012), Ibirarema possui quatro estabelecimentos de Ensino Municipal, uma Escola
Estadual e uma sala descentralizada do Centro Paula Souza, localizados na zona urbana do municpio.
5.3.3. SANEAMENTO BSICO
Os tratamentos de esgoto e de gua
do Municpio de Ibirarema so de
responsabilidade do Servio Autnomo de
gua e Esgoto de Ibirarema (SAAEI).
A Estao de Tratamento de Esgoto
ETE de Ibirarema, localizada na Rodovia
IBM 050, gua Pau DAlho, Ibirarema, SP,
apresenta Licena de Operao de
Tratamentos de Esgotos Sanitrios n
59000652 emitida pela CETESB. O
tratamento constitudo por gradeamento,
calha Parshall e trs lagoas aerbicas. O
ndice de tratamento de esgotos sanitrios
apresentado no municpio, de acordo com
dados de 2013 do SAAEI, de 98,10%. A gua do Municpio oriunda de poos tubulares profundos, num
total de seis poos e do manancial de abastecimento superficial Barra Bonita. Atualmente a estrutura de
abastecimento de gua abrange 100 % do municpio de Ibirarema, segundo dados de 2013 do SAAEI.
O municpio ainda no possui plano de saneamento bsico conforme a Lei Federal n 11.445, de 05 de
janeiro de 2007, que abrange tratamento de gua, tratamento de efluentes sanitrios, macro drenagem
urbana, e resduos slidos, este ltimo em maneira mais aberta, tendo uma viso macro da gerao e
destinao destes. Mesmo sem ter o Plano de Saneamento elaborado, o Municpio de Ibirarema, tambm
em parceria com o CIVAP, elaborou em 2010 parte deste plano, intitulado Plano de Saneamento dos
Resduos Slidos Urbanos e Manejo de Resduos, como uma viso macro dos problemas gerados pelos
resduos apenas em mbito urbano, diferentemente deste plano apresentado que apresenta vises mais
sistmicas e abrange outros resduos gerados dentro dos limites municipais que no os resduos urbanos.
5.3.4.ECONOMIA
Em relao economia do municpio, o setor que mais contribui para o Produto Interno Bruto (PIB)
do municpio o setor tercirio, ou seja, o setor de servios. Segundo dados do SEADE (2010), este setor
contribui com 55,67% no PIB de Ibirarema, seguido pelo setor secundrio (23,65%) e por ltimo pelo setor
primrio (20,68%).
FIGURA 03: Lagoa de tratamento. FONTE: CIVAP, 2013.
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No setor secundrio, a cidade conta com indstrias de produo de alimentos. J no setor primrio,
as principais atividades so as produes de cana-de-acar e mandioca para indstria, de soja e de milho
(INVESTE SP, 2010).
Com relao ao emprego, a maior participao nos vnculos empregatcios o de agropecuria,
seguido por indstria, servios e por ltimo o de comrcio (INVESTE SP, 2010).
5.3.5. ESTRUTURA ADMINISTRATIVA
A estrutura administrativa do governo municipal composta por rgos segmentados, tendo nveis
de atuao e abrangncia definidos por rea. Estes tm como objetivo de criar condies e realizar as
metas e aes propostas.
Consolidada pela Lei Municipal n 1.312/2012, e suas alteraes, a Municipalidade est constituda
pelos seguintes rgos:
Gabinete do Prefeito;
Assessoria Jurdica;
Departamento de Administrao, Planejamento e Finanas;
Departamento de Recursos Humanos;
Departamento de Educao;
Departamento de Cultura, Esporte e Turismo;
Departamento de Sade;
Departamento de Planejamento, Obras e Servios;
Departamento de Agricultura e Abastecimento;
Departamento de Meio Ambiente;
Departamento de Assistncia Social.
Dentro dos departamentos descritos acima, encontram-se demais setores que completam a gesto
administrativa dentro da Prefeitura de Ibirarema.
6. DIAGNSTICO DOS SERVIOS DE LIMPEZA PBLICA EXISTENTES
A Constituio Federal, em seu art. 30, inciso V, dispe sobre a competncia dos municpios em
"organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concesso ou permisso, os servios pblicos de
interesse local, includo o transporte coletivo, que tem carter essencial". O que define e caracteriza o
"interesse local" a predominncia do interesse do Municpio sobre os interesses do Estado ou da Unio.
No que tange aos municpios, portanto, encontram-se sob a competncia dos mesmos os servios pblicos
essenciais, de interesse predominantemente local e, entre esses, os servios de limpeza urbana (IBAM,
2001).
No Municpio de Ibirarema, a gerao de resduos domsticos de aproximadamente 82 toneladas
por ms, pelos dados coletados pelo CIVAP em 2013, contabilizando todos os resduos coletados pela
coleta convencional. O servio de coleta, transporte e disposio final dos resduos domsticos so
realizados pela Prefeitura, e tem como destino final dos resduos, o Aterro em Valas de Ibirarema, SP.
Quanto aos resduos de servio de sade, o servio terceirizado, ficando aos estabelecimentos
comerciais que geram este tipo de resduo, como de farmcias, clinicas e consultrios, a responsabilidade
de contratao e pagamento do mesmo. A empresa que faz essa coleta no municpio a Cheiro Verde
Ambiental que responsvel pelo transporte e destinao final. No caso dos resduos de servio de sade
provenientes do servio pblico, a coleta, transporte e destinao so tambm de responsabilidade da
Cheiro Verde Ambiental, ficando o nus a cargo do municpio.
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A execuo dos servios de limpeza pblica de Ibirarema tambm prpria. Os servios abrangidos
pela limpeza pblica so: varrio das sarjetas e caladas, limpeza e desobstruo de bocas de lobo, capina
manual e mecanizada das vias pblicas, roada dos terrenos, inclusive o transporte e destinao final dos
resduos produzidos por estes servios.
A Prefeitura de Ibirarema no possui oficialmente coleta seletiva municipal. Os resduos reciclveis
so coletados por trs catadores autnomos que centralizam a coleta em reas setorizadas pela Prefeitura
no Municpio, que realizam a coleta individual, e a comercializao dos materiais, tambm ocorre
individualmente.
Em parceria com a prefeitura, existem suportes para bags confeccionados em metal, onde os bags
so encaixados e os muncipes depositam os resduos reciclveis. A prefeitura disponibiliza caminho
Poliguindaste para retirada e deslocamento at o barraco de triagem dos bags.
No municpio no existe servio pblico de coleta e destinao dos resduos funerrios.As
funerrias devem cumprir as exigncias das Resolues CONAMA nos 283/2001 e 358/05, assim como da
ANVISA/RDC n 306/04, e possuir o Plano de Gerenciamento de Resduos de Sade, sendo responsveis
pela destinao de final destes resduos por meio de empresa terceirizada. No entanto, no apresentaram
este plano a prefeitura.
Os resduos industriais so de responsabilidade dos seus respectivos geradores, os quais contratam
empresas especializadas na destinao final dos mesmos.
Para um melhor entendimento da situao atual dos servios de limpeza pblica existentes no
Municpio de Ibirarema, os itens a seguir descrevem o diagnstico de cada servio existente no municpio.
6.1. RESDUOS SLIDOS DOMSTICOS E COMERCIAIS COLETA CONVENCIONAL
Atualmente, no Municpio de Ibirarema, o servio de coleta de resduos slidos domsticos e comerciais
(coleta convencional) atende toda a malha urbana, que corresponde a 27,79 quilmetros por dia. No total,
1.743 casas so atendidas pela coleta convencional.
Diariamente so coletadas 2,752 toneladas de
resduos, que so destinados ao Aterro Municipal em
Valas localizado na Rodovia IBM 050, gua Pau DAlho,
Ibirarema, SP, que liga o Municpio de Ibirarema ao de
Palmital, distante 3,85 quilmetros da sede da
prefeitura.
6.1.1. FREQUNCIA E ITINERRIO DE
COLETA DOS RESDUOS SLIDOS DOMSTICOS E
COMERCIAIS
O sistema de coleta, assim como as rotas e
frequncias foram definidas pela prefeitura, sendo
executadas por equipe de coleta prpria.
FIGURA 04: Funcionrios realizando a coleta convencional. FONTE: CIVAP, 2013.
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Um nico caminho compactador realiza a coleta dos resduos de todo o municpio em um nico
turno de coleta, sendo segunda, quarta e sexta-feira, das 07 s 17 horas com intervalo de uma hora para
almoo. O caminho caamba utilizado para recolha de resduos de construo civil, sendo acionado
apenas quando existe a demanda. Todas as teras-feiras so realizadas manuteno preventiva no
caminho.
Dado a pequena extenso do municpio, o itinerrio de coleta ocorre inicialmente nas proximidades
da garagem do Setor de Transportes, e posteriormente ao restante do municpio.
No Municpio de Ibirarema, os resduos domsticos e comerciais, ficam costumeiramente
acondicionados em sacos plsticos dispostos em lixeiras em frente s residncias ou comrcio.
Durante visita a campo, verificou-se que os muncipes e comerciantes obedecem aos horrios de
coleta, dispondo os resduos corretamente, nos horrios apropriados, mesmo quando no h lixeiras, os
resduos so colocados para fora das residncias cerca de duas horas antes da coleta.
Na regio central do municpio e em praas pblicas, so dispostas lixeiras em pontos estratgicos
para atender a maior circulao de pessoas, num total de 43 lixeiras.
6.1.2. TRANSPORTE DOS RESDUOS DOMSTICOS
So utilizados dois caminhes que realizam a coleta dos resduos de toda rea urbana do municpio,
com uma equipe de seis funcionrios, que realizam a tarefa diariamente: um caminho caamba Mercedes
Benz 1113, ano 1986, com capacidade de carga de 12 toneladas, placa BFY-0436, que se apresenta em bom
estado de conservao, para coleta de resduos da construo civil, e apresenta quilometragem mdia de
48 quilmetros por dia, e um caminho
compactador Volkswagen 17180, ano 2002, com capacidade de carga de 15 m, placa DBA-3202, que
tambm se encontra em bom estado de conservao, para coleta dos resduos domiciliares e do comrcio,
com mdia de quilometragem de 40 quilmetros por dia.
Verificou-se, durante a visita em campo, que os funcionrios responsveis pela coleta de resduos
apresentavam-se sem uniformes de identificao e utilizavam apenas luvas de raspa de couro como
equipamento de proteo individual (EPI).
FIGURA 05: Lixeira disposta no centro da cidade. FONTE: CIVAP, 2013.
FONTE: CIVAP, 2013
FIGURA 06: Lixeiras em frente s residncias.
FONTE: CIVAP, 2013.
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6.1.3. HISTRICO DE DISPOSIO DOS RESDUOS SLIDOS
Todos os tipos de resduos gerados no municpio eram depositados, sem nenhum controle
ambiental, no antigo lixo localizado na Rodovia Francisco Antunes Ribeiro, km 01 (IBM 010) at meados do
ano de 2002. Quando no incio de 2002, foi adquirido um terreno de 119.500 m para instalao de um
aterro sanitrio localizado na Estrada Municipal Ibirarema x Palmital, na rodovia IBM 050, com Licena de
Operao de n 11000653, emitida pela CETESB.
6.1.4. DESTINAO FINAL DOS RESDUOS DOMSTICOS E COMERCIAIS
Os resduos domsticos e comerciais coletados no Municpio de Ibirarema so destinados ao Aterro
em Valas de Ibirarema (CNPJ: 46.211.694/0001-07), na Estrada Municipal IBM-050, gua Pau DAlho,
Ibirarema, SP, que d acesso ao municpio de Palmital, SP, com Licena de Operao para Aterro Sanitrio
n 59000708, emitida pela CETESB. A estimativa de vida til do aterro de 15 anos, com encerramento
previsto para o ano de 2018. O aterro ainda apresenta IQR, ndice de Qualidade de Resduos avaliado pela
CETESB em 2012, de 8,3, tendo o seu valor mximo de 10.
A infraestrutura do aterro apresenta barreira vegetal, guarita, barreira mecnica impedindo o
acesso, cerca de divisa em arame liso de cinco fios para delimitao da rea, placas informativas e
cobertura imediata dos resduos aps sua deposio.
6.1.5. PROJEO POPULACIONAL
Para a estimativa da produo per capita de resduos slidos, item deste relatrio, foi elaborado
um levantamento baseando-se nos dados censitrios anteriores e tambm nas projees populacionais da
Fundao SEADE Sistema Estadual de Anlise de Dados, para definir o crescimento populacional no
intervalo entre 2013 e 2030, pelo motivo dos dados que so apresentados pelo SEADE.
A projeo populacional encontra-se na Tabela 02 abaixo.
FIGURA 08: Entrada do Aterro em Valas. FONTE: CIVAP, 2013.
FIGURA 07: Aterro emVvalas FONTE: CIVAP, 2013.
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6.1.6. PRODUO PER CAPITA DE RESDUOS DOMSTICOS
A gerao per capita relaciona a quantidade de resduos slidos gerada diariamente e o nmero de
habitantes de determinada regio. Muitos tcnicos consideram de 0,50 a 1,30 hab./dia como a faixa de
variao mdia para o Brasil conforme a tabela abaixo:
Para o clculo da produo per capita de resduos domsticos do municpio de Ibirarema, foram
utilizadas a populao urbana estimada pelo SEADE as quantidades de resduo coletado pela prefeitura
num perodo de 30 dias no ms de maro de 2013. O valor obtido per capita foi de 0,40 kg/hab./dia (Tabela
02), o que pode ser considerado dentro dos padres estimado pelas referncias bibliogrficas que utilizam
at 0,50 kg/hab./dia para populao urbana de at 30.000 habitantes.
Ressaltamos que no foram includos os resduos originados da construo civil e da indstria.
Tamanho
da Cidade
Populao Urbana
(habitantes)
Gerao Per Capita
(kg/hab./dia)
Pequena At 30.000 0,50
Mdia De 30.000 a 500.000 De 0,50 a 0,80
Grande De 500.000 a 3.000.000 De 0,80 a 1,00
Megalpole Acima de 3.000.000 De 1,00 a 1,30
Populao
urbana
(hab.)
Coleta
Domstica
(kg/ms)
Coleta
Domstica
(kg/dia)
Per Capita
(kg/hab./dia)
6.956* 82.560 2.752 0,4
TABELA 01: Projeo Populacional para Ibirarema.
Ano Populao
2013 6.956
2014 7.038
2015 7.121
2016 7.197
2017 7.274
2018 7.351
2019 7.430
2020 7.509
2025 7.819
2030 8.065
FONTE: SEADE, 2013.
TABELA 02: Mdia de gerao per capta de resduos domsticos.
FONTE: CEMPRE, 2002
FONTE: CIVAP, 2013. *SEADE: Projeo Populacional de 2013.
TABELA 03: Gerao per capta de resduos domsticos.
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6.1.7. TAXA DE CRESCIMENTO POPULACIONAL
A equao abaixo foi empregada para realizao do clculo da taxa de crescimento de gerao per
capita ao longo do tempo. O perodo considerado para clculo foi de 17 anos (2030 - 2013) com uma
tendncia linear do crescimento da gerao per capita de resduos de 0,4 a 0,5 kg/hab./dia, resultando uma
taxa de crescimento de 1,47% ao ano.
Variao Anual = 0059,0
013.2030.2
4,05,0
Taxa de Crescimento =
%47,14,0
0059,0
6.1.8. ESTIMATIVA DE QUANTIDADE DE RESDUO
Os resultados tabelados abaixo tm a finalidade de avaliar o impacto da gerao de resduos do
municpio. Sendo estes obtidos com base na projeo populacional fornecida pelo SEADE (Fundao
Sistema Estadual de Anlise de Dados) e por meio da variao anual per capita de aproximadamente
0,0059, anteriormente apresentada.
Os valores de resduos per capita calculados atravs da seguinte frmula:
Resduos Per Capita (Kg/hab./dia) =
Quantidade de Resduos (Kg/ano) =
Quant. Acum. (Kg)=
6.2. COLETA SELETIVA MATERIAIS RECICLVEIS
A coleta seletiva o sistema de recolhimento dos materiais reciclveis como: papis, plsticos,
vidros, metais, entre outros. Uma das definies para coleta seletiva a de um sistema ecologicamente
TABELA 04: Estimativa da gerao anual de resduos slidos domsticos.
Ano Populao Resduos
Per Capita (Kg/hab/dia)
Quantidade de resduos (Kg/ano)
Quantidade acumulada (Kg)
2013 6.956 0,4 1.004.480 1.004.480 2014 7.038 0,3941 1.012.392 2.016.872 2015 7.121 0,3882 1.008.996 3.025.868 2016 7.197 0,3823 1.004.266 4.030.133 2017 7.274 0,3764 999.346 5.029.479 2018 7.351 0,3705 994.094 6.023.573 2019 7.430 0,3646 988.777 7.012.350 2020 7.509 0,3587 983.120 7.995.470 2025 7.819 0,3292 939.515 12.782.925 2030 8.065 0,2997 882.234 17.310.551
FONTE: CIVAP, 2013.
Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!
Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93
correto, que visa recolher o material potencialmente reciclvel que foi previamente separado na fonte
geradora por meio de uma ao conjunta entre inmeros parceiros (SEMA, 2006). Alm disso, a coleta
seletiva proporciona benefcios nos mbitos ambiental, econmico e social, conforme demonstrado no
QUADRO 05.
Os procedimentos de coleta de materiais reciclveis encontrados atualmente podem ser da
seguinte forma:
Coleta seletiva porta a porta: o modelo mais empregado nos programas de reciclagem. Nesse
modelo, a populao faz a separao dos materiais reciclveis existente nos resduos domsticos para
que depois esses materiais separados possam ser coletados por um veculo especfico.
Pontos de entrega voluntria
PEV: Consiste na instalao de
contineres ou recipientes em
locais pblicos para que a
populao, voluntariamente,
possa fazer o descarte dos
materiais separados em suas
residncias.
Postos de troca: baseado na
entrega do material reciclvel
pela troca de outro material
(algum bem ou benefcio).
Cooperativa de catadores: A
coleta formal envolve a
participao da prefeitura, com o
uso de equipamentos adequados
para a realizao da coleta,
uniformizao e cadastramento
dos catadores, etc. Por outro
lado, a coleta informal envolve a
coleta dos materiais reciclveis
em lugares como lixes ou
aterros (quando se permitido), ou recolhem os reciclveis por meio da coleta de porta em porta, nas
residncias e comrcios.
Aps o processo de coleta, separao e triagem, os materiais reciclveis so vendidos pelos
barraces e catadores como matria prima aos sucateiros, aparistas e s indstrias. Dentre os fatores
contribuintes de todo esse processo, atribui-se que o sucesso da coleta seletiva proporcional ao nvel de
sensibilizao e conscientizao da populao em realizar e participar da coleta seletiva, assim como da
existncia de mercado ara os materiais reciclveis.
Os itens a seguir detalham sobre a situao atual de Ibirarema relacionada com a coleta de material
reciclvel no municpio: sistema de coleta, transporte e destinao final dos materiais reciclveis, aes da
prefeitura, abordagem dos diversos atuantes da coleta seletiva como os catadores, receptadores e
empresas.
QUADRO 05: Benefcios da Coleta Seletiva.
BENEFCIOS DA COLETA SELETIVA A
mb
ien
tal
Diminui a explorao de recursos naturais renovveis e no renovveis;
Evita a poluio do solo, da gua e do ar;
Melhora a qualidade do composto produzido a partir da matria orgnica;
Melhora a limpeza da cidade;
Possibilita o reaproveitamento de materiais que iriam para o aterro sanitrio;
Prolonga a vida til dos aterros sanitrios;
Reduz o consumo de energia para fabricao de novos bens de consumo;
Diminui o desperdcio.
Eco
n
mic
o Diminui os custos da produo, com o aproveitamento de
reciclveis pelas indstrias;
Gera renda pela comercializao dos reciclveis;
Diminui os gastos com a limpeza urbana.
Soci
al Cria oportunidade de fortalecer organizaes comunitrias;
Gera empregos para a populao;
Incentiva o fortalecimento de associaes e cooperativas.
FONTE: SEMA, 2006.
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6.2.1. COLETA SELETIVA MUNICIPAL
No Municpio de Ibirarema no existe coleta regular de material reciclvel feita pela prefeitura.
Sendo esta atividade realizada por trs catadores autnomos que coletam o material reciclvel em toda
rea urbana do municpio.
A prefeitura apoia esses catadores por meio da utilizao de equipamentos da prefeitura, j que
sistema de coleta utilizado pelo municpio consiste na utilizao de um suporte de material metlico
localizado em locais pr-definidos pela prefeitura, onde os bags de coleta so encaixados e a populao
realiza a deposio dos resduos reciclveis nestes bags. Alm disso, so coletados os resduos de 20 lixeiras
de coleta seletiva que esto dispostas na Praa Francisco Duarte.
FIGURA 09: Carrinhos bags utilizado na coleta seletiva. Figura 10: PEVs dispostas nas ruas de Ibirarema FONTE: CIVAP, 2013. FONTE: CIVAP, 2013.
Quando completa-se o bag, aproximadamente uma vez por semana, a prefeitura disponibiliza um
caminho poliguindaste Mercedes Benz 1218R, ano 2008, com capacidade de carga de 10 toneladas, placa
BNZ-5311, que encontra-se em bom estado de conservao, com mdia semanal de 47 quilmetros
rodados para fazer o iamento dos bags e realizar o transporte at o barraco de triagem dos catadores
autnomos.
A TABELA 06 demonstra a mdia mensal do primeiro trimestre de 2013 da quantidade de material
vendido pelos catadores autnomos segundo o Departamento de Meio Ambiente do municpio de
Ibirarema.
6.2.2. COLETA INFORMAL: BARRACO
No Municpio de Ibirarema, como a coleta realizada por autnomos, os resduos reciclveis so
armazenados em barraco particular. As condies e locais de armazenamento so inadequadas, pois
apesar de existir uma rea coberta e com impermeabilizao de solo do barraco para armazenamento dos
TABELA 05: Quantidade aproximada de coleta de materiais reciclveis por ms.
FONTE: Prefeitura de Ibirarema, 2013.
Material Quantidade (Kg)
Alumnio 930
Ferro 7.450
Papel 4.450
Plstico 4.150
Sozinho o