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CURSO EM PDF – LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA – RECEITA FEDERAL Prof. Vilson Cortez ________________________________________________ www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf Página 1 Querido Concurseiro… Antes de iniciar nosso trabalho informo a você que todas as dicas, conselhos, informações trazidas a este material serão muito úteis para a sua aprovação. E para comprovar isto usarei um texto que gosto muito. “Se alguém crer que se fará o que se diz, lhe será feito”. Marcos 11:23 Queridos alunos nós cremos no que se diz, este material vai ser precioso e você vai matar boa parte das 15 questões peso 2 de nossa disciplina e quem sabe outras questões diversas que irão cair em Direito Tributário ou em Legislação Aduaneira, pois a disciplina Impostos Federais cai diluída nestas três disciplinas em nossa prova. Aos queridos concurseiros de plantão que vão pleitear este concurso para Analista e Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, vamos juntos fazer uma breve análise do edital na parte relacionada aos Impostos Federais. I) ANÁLISE DO EDITAL Cargo – Vagas – Remuneração Analista Tributário – 750 vagas – Salário de R$ 7.996,07 Auditor Fiscal – 200 vagas – Salário de R$ 13.600,00 Provas Analista: 16 de setembro de 2012 Auditor: 15 e 16 de setembro de 2012 Etapas do Concurso Prova Objetiva Prova Dissertativa Sindicância da vida pregressa Conteúdo das provas Analista: Língua Portuguesa, Inglês ou Espanhol, Raciocínio Lógico- Quantitativo, Direito Constitucional, Direito Administrativo, Administração Geral, Direito Tributário, Contabilidade Geral, Legislação Tributária e Aduaneira, além de Informática (para os cargos da área de informática). Auditor: Língua Portuguesa, Inglês ou Espanhol, Raciocínio Lógico- Quantitativo, Direito Civil, Direito Penal, Direito Comercial, Administração Pública e Administração Geral, Direito Constitucional, Direito Administrativo,

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Querido Concurseiro… Antes de iniciar nosso trabalho informo a você que todas as dicas,

conselhos, informações trazidas a este material serão muito úteis para a sua aprovação.

E para comprovar isto usarei um texto que gosto muito.

“Se alguém crer que se fará o que se diz, lhe será feito”. Marcos 11:23

Queridos alunos nós cremos no que se diz, este material vai ser precioso e você vai matar boa parte das 15 questões peso 2 de nossa disciplina e quem sabe outras questões diversas que irão cair em Direito Tributário ou em Legislação Aduaneira, pois a disciplina Impostos Federais cai diluída nestas três disciplinas em nossa prova.

Aos queridos concurseiros de plantão que vão pleitear este concurso para Analista e Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, vamos juntos fazer uma breve análise do edital na parte relacionada aos Impostos Federais.

I) ANÁLISE DO EDITAL Cargo – Vagas – Remuneração Analista Tributário – 750 vagas – Salário de R$ 7.996,07

Auditor Fiscal – 200 vagas – Salário de R$ 13.600,00

Provas

Analista: 16 de setembro de 2012

Auditor: 15 e 16 de setembro de 2012

Etapas do Concurso

Prova Objetiva

Prova Dissertativa Sindicância da vida pregressa

Conteúdo das provas

Analista: Língua Portuguesa, Inglês ou Espanhol, Raciocínio Lógico-Quantitativo, Direito Constitucional, Direito Administrativo, Administração Geral, Direito Tributário, Contabilidade Geral, Legislação Tributária e Aduaneira, além de Informática (para os cargos da área de informática).

Auditor: Língua Portuguesa, Inglês ou Espanhol, Raciocínio Lógico-Quantitativo, Direito Civil, Direito Penal, Direito Comercial, Administração Pública e Administração Geral, Direito Constitucional, Direito Administrativo,

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Direito Tributário, Auditoria, Contabilidade Geral e Avançada, Legislação Tributária e Aduaneira e Comércio Internacional.

Comparando os editais de legislação tributária de ambos os cargos (Analista x Auditor) você poderá reparar que os o edital de Analista está quase todo incluído no de Auditor (exceto pelo item 1.1. Princípios Constitucionais Aplicáveis ao II e item 3.1 Princípios Constitucionais Aplicáveis ao IPI. Para facilitar a análise do aluno nós tomamos a liberdade de colocar em negrito dentro dos tópicos do edital do Auditor, aqueles que também aparecem no Analista.

Edital do Analista Tributário da Receita Federal do Brasil da disciplina de Legislação Tributária

1. Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza.

1.1. Princípios Constitucionais aplicáveis.

1.2. Critérios orientadores.

1.3. Renda e Proventos. Conceito.

1.4. Disponibilidade Econômica ou jurídica.

1.5. Acréscimo patrimonial.

1.6. Tributação das pessoas físicas.

1.7. Fato gerador.

1.8. Contribuintes e Responsáveis.

1.9. Domicílio Fiscal.

1.10. Base de cálculo.

1.11. Alíquotas.

1.12. Lançamento.

1.13. Sistema de bases correntes.

1.14. Período de apuração.

2. Tributação das pessoas jurídicas.

2.1. Gerador.

2.2. Contribuintes e Responsáveis.

2.3. Domicílio Fiscal.

2.4. Base de cálculo.

2.5. Receitas e Rendimentos. Conceito.

2.6. Omissão de receita.

2.7. Lucro real.

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2.8. Lucro presumido.

2.9. Lucro arbitrado.

2.10. Isenções e reduções.

2.11. Imunidades.

2.12. Tributação na fonte.

2.13. Período de apuração.

2.14. Regime de caixa e regime de competência.

2.15. Alíquotas e adicional.

2.16. Lançamento.

3. Imposto sobre Produtos Industrializados.

3.1. Princípios constitucionais aplicáveis.

3.2. Seletividade.

3.3. Não-cumulatividade.

3.4. Imunidades.

3.5. Bens de capital.

3.6. Fato gerador.

3.7. Industrialização. Conceito.

3.8. Características e modalidades de industrialização.

3.9. Contribuintes e Responsáveis.

3.10. Estabelecimentos Industriais e equiparados.

3.11. Domicílio.

3.12. Base de cálculo.

3.13. Créditos.

3.14. Não Tributados.

3.15. Suspensão.

3.16. Isenção.

3.17. Redução e majoração do imposto.

3.18. Período de apuração.

3.19. Apuração do imposto.

3.20. IPI na importação.

3.21. Lançamento.

3.22. Recolhimento.

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3.23. Rotulagem e marcação de produtos.

3.24. Selos de controle.

3.25. Registro Especial.

3.26. Cigarros.

3.27. Bebidas.

Edital do Auditor Fiscal da Receita Federal da disciplina de Legislação Tributária

1. Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza.

1.1. Critérios orientadores.

1.1.1. Renda e Proventos. Conceito.

1.1.2. Disponibilidade Econômica ou jurídica.

1.1.3. Acréscimo patrimonial.

1.2. Tributação das pessoas físicas.

1.2.1. Incidência.

1.2.2. Rendimento.

1.2.3. Rendimento Tributável.

1.2.4. Rendimentos isentos ou não tributáveis.

1.2.5. Tributação exclusiva.

1.2.6. Deduções.

1.2.7. Contribuintes.

1.2.8. Responsáveis.

1.2.9. Domicílio Fiscal.

1.2.10. Base de cálculo.

1.2.11. Alíquotas.

1.2.12. Lançamento.

1.2.13. Cálculo do tributo.

1.2.14. Sistema de bases correntes.

1.2.15. Período de apuração.

1.2.16. Recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão).

1.2.17. Recolhimento Complementar.

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1.2.18. Tributação Definitiva.

1.3. Tributação das pessoas jurídicas.

1.3.1. Incidência.

1.3.2. Contribuintes.

1.3.3. Responsáveis.

1.3.4. Domicilio Fiscal.

1.3.5. Base de cálculo.

1.3.6. Receitas e rendimentos.

1.3.7.Omissão de receita.

1.3.8. Ganhos de capital.

1.3.9. Despesas dedutíveis e indedutíveis.

1.3.10. Remuneração de administradores.

1.3.11.Lucro real.

1.3.12. Lucro presumido.

1.3.13. Lucro arbitrado.

1.3.14. Lucros, rendimentos e ganhos de capital obtidos no exterior.

1.3.15. Preço de transferência.

1.3.16. Investimentos em sociedades coligadas e controladas avaliados pelo método do patrimônio líquido.

1.3.17. Reorganizações societárias.

1.3.18. Gratificações e participações nos lucros.

1.3.19. Atividade rural.

1.3.20. Sociedades cooperativas.

1.3.21. Isenções e reduções.

1.3.22. Imunidades.

1.3.23. Tributação na fonte.

1.3.24. Tributação das operações financeiras.

1.3.25.Período de apuração.

1.3.26. Regime de caixa e regime de competência.

1.3.27. Alíquotas e adicional.

1.3.28. Lançamento.

1.3.29. Planejamento tributário.

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1.3.30. Livros Fiscais.

2. Imposto sobre Produtos Industrializados.

2.1. Bens de capital.

2.2. Incidência.

2.3. Industrialização. Conceito.

2.4. Características e modalidades de industrialização.

2.5. Exclusões.

2.6. Contribuintes.

2.7. Responsáveis.

2.8. Estabelecimentos Industriais e equiparados.

2.9. Domicílio.

2.10. Base de cálculo.

2.11. Valor tributável.

2.12. Créditos.

2.13. Não Tributados.

2.14. Suspensão.

2.15. Isenção.

2.16. Redução e majoração do imposto.

2.17. Período de apuração.

2.18. Apuração do imposto.

2.19. IPI na importação.

2.20. Crédito presumido.

2.21. Classificação de produtos.

2.22. Regimes fiscais.

2.23. Lançamento.

2.24. Recolhimento.

2.25. Rotulagem e marcação de produtos.

2.26. Selos de controle.

2.27. Obrigações dos transportadores, adquirentes e depositários de produtos.

2.28. Registro Especial.

2.29. Cigarros.

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2.30. Bebidas.

2.31. Produtos industrializados por encomenda.

Em negrito são os itens repetidos em ambos os editais.

Visando nosso melhor estudo estabelecemos o roteiro de aulas da seguinte forma:

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA FEDERAL

Aula 00: Aula demonstrativa sobre os IMPOSTOS FEDERAIS na Constituição Federal

Aula 01: Imposto Sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. Princípios constitucionais. Critérios orientadores. CTN. Normas gerais em matéria de Imposto de Renda. Conceitos fundamentais. Renda e proventos. Disponibilidade econômica ou jurídica. Acréscimo patrimonial. (30/07)

Aula 02: Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF). Incidência. Rendimentos. Rendimentos tributáveis. Rendimentos isentos ou não tributáveis. Contribuintes. Responsáveis. Domicílio Fiscal. Sistema de bases correntes. Regimes de tributação. Retenções na fonte. Declaração de ajuste anual. Lançamento. (01/08)

Aula 03: IRPF. Regime de tributação anual. Esquema geral de apuração do imposto. Base de cálculo. Deduções da base de cálculo. Alíquota. Tabela Progressiva. Deduções do imposto devido. Antecipações do imposto. Recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão). Recolhimento complementar. Imposto a pagar ou a restituir. Regime de tributação definitiva. Regime de tributação exclusiva na fonte. (03/08)

Aula 04: Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ). Incidência. Contribuintes. Responsáveis. Domicílio Fiscal. Imunidades. Isenções. Base de cálculo. Regime de caixa e regime de competência. Receitas e rendimentos. Omissão de receita. Ganhos de capital. Lucros, rendimentos e ganhos de capital obtidos no exterior. Preços de transferência. Investimentos em sociedades coligadas e controladas avaliados pelo método do patrimônio líquido. (08/08)

Aula 05: IRPJ. Lucro real. Conceito. Ajustes do lucro líquido. Despesas dedutíveis e indedutíveis. Remuneração de administradores. Gratificações e participações nos lucros. Lucro presumido. Lucro arbitrado. Sociedades cooperativas. Atividade rural. Reorganizações societárias. Tributação na fonte. Tributação das operações financeiras. Livros Fiscais. Planejamento tributário. Lançamento. (15/08)

Aula 06: Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Princípios constitucionais. Incidência. Industrialização. Conceito. Características e modalidades de industrialização. Exclusões do conceito de industrialização. Classificação de produtos. Bens de capital. Produtos não Tributados. Contribuintes. Responsáveis. Estabelecimentos Industriais e equiparados. Domicílio. (22/08)

Aula 07: IPI. Suspensão. Isenção. Base de cálculo. Valor tributável. Redução e majoração do imposto. Período de apuração. Apuração do imposto. Créditos. Crédito presumido. Lançamento. Recolhimento. (29/08)

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Aula 08: IPI. Regimes fiscais. Rotulagem e marcação de produtos. Selos de controle. Obrigações dos transportadores, adquirentes e depositários de produtos. Registro Especial. Cigarros. Bebidas. Produtos industrializados por encomenda. IPI na importação. (05/09)

Vamos iniciar a nossa aula de número zero trazendo aos alunos uma análise do que vem acontecendo nos concursos de Auditor Fiscal e Analista da Receita Federal do Brasil.

Nos últimos concursos as disciplinas de legislação tributária e de legislação aduaneira eram cobradas em outra fase do concurso, ou seja, após o curso de formação, em regra de três meses de duração, mas este concurso em especial não terá mais o curso de formação trazendo tais disciplinas com grande importância.

Ainda assim cabe atentar ao aluno que na disciplina Direito Tributário nós temos todos os impostos federais sendo citados, a saber:

IMPOSTOS FEDERAIS Os impostos de competência da União são aqueles que estão contidos no art. 153 da Constituição Federal de 1988, são eles:

I) Imposto de importação de produtos estrangeiros;

II) Imposto de exportação de produtos nacionais ou nacionalizados;

III) Imposto de renda e proventos de qualquer natureza; IV) Imposto sobre produtos industrializados;

V) Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro ou relativas a títulos ou valores mobiliários;

VI) Imposto sobre propriedade territorial rural;

VII) Imposto sobre grandes fortunas.

Em uma análise inicial a respeito dos referidos impostos podemos resumir ao aluno detalhes importantes a respeito de cada um destes impostos, a saber:

4. Tributos de Competência da União.

4.1. Imposto sobre a Importação.

4.2. Imposto sobre a Exportação.

4.3. Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural.

4.4. Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza.

4.5. Imposto sobre Produtos Industrializados.

4.6. Imposto sobre Operações Financeiras.

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Então cabe ao aluno conhecer os aspectos principais de cada um destes importantes impostos federais que vão ser cobrados com muitas questões seja em Direito Tributário, seja em Legislação Aduaneira ou mesmo em Legislação Tributária.

ESTUDO DOS ASPECTOS DO FATO GERADOR De acordo com a melhor doutrina o fato gerador de qualquer tributo é

uno e indecomponível.

No entanto, cada fato gerador traz, em sua “hipótese de incidência” (previsão abstrata e genérica, estabelecida em lei), diversos aspectos relevantes, que permitem a sua perfeita identificação e por decorrência permitem a sua diferenciação, quanto aos demais fatos geradores.

Para saber se determinado fato jurídico tributário (conhecido como fato gerador) ocorreu, é necessário que todos os aspectos da hipótese de incidência sejam atendidos, entre eles:

a) Aspecto objetivo ou material - a situação descrita na lei tributária como necessária e suficiente para o surgimento da obrigação tributária principal (o Código Tributário Nacional, em seu art. 114, conceitua o fato gerador por esse aspecto dado por muitos autores como o mais importante, juntamente com a base de cálculo). Caracteriza-se muitas vezes por uma ação verbal: comprar, vender, transferir, doar, remeter, importar, arrematar etc.

b) Aspecto subjetivo ou pessoal – composto pelo estabelecimento, em cada situação tributária, dos sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária. O sujeito ativo (é o Fisco, que deve ser a União, nos impostos federais) e o sujeito passivo é a pessoa que praticou o fato gerador (conhecido como o contribuinte).

c) Aspecto quantificativo ou quantitativo - esse aspecto é formado pela base de cálculo (que para muitos autores é o elemento mais importante do fato gerador, associado ao “aspecto material”), que geralmente sofre a aplicação de uma alíquota (específica ou “ad valorem”).

d) Aspecto espacial – que é dado pelo local onde, de acordo com a lei de cada tributo, o fato gerador se considera ocorrido.

e) Aspecto temporal – determinado pelo momento (data) em que, de acordo com a lei de cada tributo, o fato gerador se considera ocorrido.

Em nosso estudo inicial sobre cada um dos impostos federais devemos conhecer o “nome na lei” do tributo, ou seja, o nome descrito na Constituição Federal e mais cada um destes importantes aspectos.

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1.1 - IMPOSTO SOBRE A IMPORTAÇÃO Este importante imposto sobre o comércio exterior está previsto na

competência tributária da União através do art. 153, I da CF/88 e também tem detalhamento através dos artigos 19 a 22 do CTN.

BREVE HISTÓRICO DO II Este imposto também conhecido como Tarifa Aduaneira tributa a

entrada no território aduaneiro de bens de origem estrangeira. Tributação bastante utilizada pela maior parte dos países, no Brasil tomou função predominantemente extrafiscal, pois visa proteger a indústria nacional, tributando a maior os produtos que não interessar a entrada no país e a menor os produtos em que houver interesse na sua entrada, sendo que a majoração de suas alíquotas são exceção a Anterioridade Anual (art. 150, III, b CF/88) e a Noventena (art. 150, III, c CF/88). Os decretos federais que tratam a respeito do II são: Decreto n. 37/1966, Decreto n. 2472/1988 e o Decreto n. 6759/2009 que trata do Regulamento Aduaneiro.

REGRAS CONSTITUCIONAIS DO II Nos termos do art. 153, parágrafo 1º da CF/88, é facultado ao Poder

Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar a alíquota do imposto sobre a importação de produtos estrangeiros.

FATO GERADOR DO II: O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos

estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional. (CTN, art. 19)

A rigor, para incidência do gravame, a condição necessária e suficiente é a de que, cumulativamente, implementem-se os seguintes requisitos:

Que haja a entrada no território nacional; O produto deve ser estrangeiro;

A entrada seja para permanência definitiva.

SUJEITO ATIVO DO II: União

SUJEITO PASSIVO DO II:

O contribuinte do importo de importação é o importador ou a quem a ele a lei equiparar, e o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados (CTN, art. 22).

Geralmente, o importador é uma pessoa jurídica, regularmente estabelecida, mas, para os fins do imposto, é considerado importador

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qualquer pessoa, seja natural ou jurídica, regularmente estabelecida ou não, que realize a introdução da mercadoria no território nacional.

BASE DE CÁLCULO DO II: A base de cálculo do II é (art. 20 CTN):

I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;

II - quando a alíquota seja "ad valorem", o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País;

III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço da arrematação.

1.2 - IMPOSTO SOBRE EXPORTAÇÃO

Este importante imposto sobre o comércio exterior está previsto na competência tributária da União através do art. 153, II da CF/88 e também tem detalhamento através dos artigos 23 a 28 do CTN.

BREVE HISTÓRICO DO IE O imposto sobre a Exportação foi instituído na Brasil através do

alvará em 1818. Este tributo tem função predominantemente extrafiscal, pois visa tributar, por exceção, produtos cuja saída do país não seja interessante e desonerar as exportação, sendo que a majoração de suas alíquotas são exceção a Anterioridade Anual (art. 150, III, b CF/88) e a Noventena (art. 150, III, c CF/88). Os decretos federais que tratam a respeito do IE são: Decreto n. 1578/1977 e o Decreto n. 6759/2009 que trata do Regulamento Aduaneiro.

REGRAS CONSTITUCIONAIS DO IE Nos termos do art. 153, parágrafo 1º da CF/88, é facultado ao Poder

Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar a alíquota do imposto sobre a exportação de produtos nacionais ou nacionalizados.

FATO GERADOR DO IE:

O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, de produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes no território nacional (CTN, art. 23).

Considera-se ocorrido o fato gerador no momento da expedição da guia de exportação ou documento equivalente, porém a condição necessária

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para incidência do tributo é a de, cumulativamente, implementarem-se os seguintes requisitos:

Ocorrer a saída do território nacional; A saída for de produto nacional ou nacionalizado;

Tal saída se der para consumo ou uso no exterior.

SUJEITO ATIVO DO IE: União SUJEITO PASSIVO DO IE

Contribuinte do imposto é o exportador ou quem a lei a ele equiparar (CTN, art. 27).

A Constituição Federal não vinculou o imposto de exportação a um sujeito passivo específico, nem atribuiu à lei complementar essa definição de sorte que o legislador ordinário pode livremente escolher o contribuinte desse imposto. È claro, porém, que esse sujeito passivo, para assumir a condição de contribuinte, há de ter relação pessoal e direta com o fato gerador do tributo, por força do que estabelece o art. 121, parágrafo único, do CTN. A lei não pode, portanto, equiparar ao exportador pessoa sem qualquer relação com a exportação.

BASE DE CÁLCULO DO IE A base de cálculo do imposto sobre a exportação é (art. 24 do CTN):

I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária; II - quando a alíquota seja "ad valorem", o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência.

Para os efeitos do inciso II, considera-se a entrega como efetuada no porto ou lugar da saída do produto, deduzidos os tributos diretamente incidentes sobre a operação de exportação e, nas vendas efetuadas

1.3 - IMPOSTO SOBRE RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA

Este importante imposto sobre o patrimônio e a renda está previsto na competência tributária da União através do art. 153, III da CF/88 e também tem detalhamento através dos artigos 43 a 45 do CTN.

BREVE HISTÓRICO DO IR O imposto de renda foi instituído no Brasil ex vi do artigo 31 da Lei nº

4.625 de 31de dezembro de 1922, que orçou a Receita Geral da República dos Estados Unidos do Brasil para o exercício de 1923:

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“Art.31. Fica instituído o imposto geral sobre a renda, que será devido, annualmente, por toda a pessoa physica ou juridica, residente no territorio do paiz, e incidirá, em cada caso, sobre o conjunto liquido dos rendimentos de qualquer origem”.

Com apenas um artigo e oito incisos da lei orçamentária do Brasil para o exercício de 1923, estava instituído, de forma tímida, o imposto geral sobre a renda no país, embora há trinta anos já havia nos orçamentos da União título que tratava da cobrança de tributos que se baseavam em rendimentos. Inicialmente era o imposto de dividendos, adotado em 1892, posteriormente o de vencimentos que foi arrecadado até final da década de 1910 e o imposto sobre os lucros das profissões liberais, criado em 1921

Este tributo tem função fiscal (arrecadatória) sendo na atualidade o imposto que mais arrecada no Brasil, sendo que a majoração de suas alíquotas seguem a Anterioridade Anual (art. 150, III, b CF/88) mas são exceção a Noventena (art. 150, III, c CF/88). O decreto federal que trata a respeito do IR é: Decreto n. 3000/1999 que trata do Regulamento do IR.

REGRAS CONSTITUCIONAIS DO IR (CRITÉRIOS ORIENTADORES) GENERALIDADE

A CF/88 prevê que compete à União instituir impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza, sendo que esse imposto será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei.

Deve-se acrescentar que os critérios orientadores do imposto sobre a renda constituem desdobramentos da idéia de isonomia tributária prevista no art. 150, II da CF/88.

O critério da GENERALIDADE, por primeiro, significa que todas as pessoas que aufiram renda e proventos de qualquer natureza devem submeter-se à imposição tributária, sem privilégios e discriminações (conforme Misabel Derzi, nota ao Direito Tributário Brasileiro, de Aliomar Baleeiro, 7. ed., Rio de Janeiro: Forense, 1997. p. 293.), logo o tributo deve abranger todos os contribuintes pratiquem o ato ou estejam em igual relação com o fato descrito na hipótese de incidência. A generalidade abrange todos os contribuintes não se admitindo qualquer tributação especial. Todos os contribuintes deverão ser tratados de uma só forma o que aliás já decorre do próprio princípio da isonomia.

UNIVERSALIDADE O critério da UNIVERSALIDADE, por sua vez, impõe que nenhuma

forma de renda, advinda do trabalho, do capital, ou da combinação de ambos, pode estar fora do campo de incidência do tributo (Misabel Derzi, nota ao Direito Tributário Brasileiro, de Aliomar Baleeiro, 7. ed., Rio de Janeiro: Forense, 1997. p. 292) . Este critério se refere à extensão da base

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de cálculo, que deve abranger quaisquer rendas e proventos auferidos pelo contribuinte. A universalidade significa que o imposto sobre a renda incide sobre todos os fatos descritos na hipótese de incidência. Observa-se que tal princípio não impede que a União venha a conceder isenções objetivas ou subjetivas.

Em face do critério constitucional da UNIVERSALIDADE, ter-se-ia de considerar a totalidade das rendas do contribuinte como uma totalidade, sem estabelecer distinção entre tipos de rendas para tributação diferenciada.

PROGRESSIVIDADE Já o critério da PROGRESSIVIDADE traça orientação para o

legislador no estabelecimento de critério para a graduação do imposto. A Constituição Federal de 1988 estabelece, expressamente, a obrigatoriedade do critCério da progressividade para a graduação das alíquotas do Imposto de Renda em seu art. 153, § 2º, I. Assim, quanto maior a renda, maior será a progressividade das alíquotas fixadas. Esse princípio determina a existência de diversas alíquotas para o Imposto de Renda, de acordo com a faixa de renda do contribuinte. Conforme Alexandrino e Paulo (2006a, p. 165), com essa técnica dá-se efetividade ao princípio da isonomia, tributando-se desigualmente os que se encontram em situação econômica distinta, conforme o axioma de que deve pagar mais quem pode pagar mais, o que, para esse imposto, não se concretizaria com a mera proporcionalidade. Lembremos que a disponibilidade efetiva de renda de um indivíduo aumenta mais do que proporcionalmente ao aumento de sua renda global.

A progressividade, por sua vez, é critério que exige variação positiva da alíquota à medida que há aumento da base de cálculo. De fato, tem-se progressividade quando há diversas alíquotas graduadas progressivamente em função do aumento da base de cálculo.

FATO GERADOR DO IR:

O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:

a) de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;

b) de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.

A incidência do imposto depende da denominação da receita ou do rendimento da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção.

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Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo.(CTN, art. 43).

SUJEITO ATIVO DO IR: União

SUJEITO PASSIVO DO IR:

Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o art.43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis. (CTN, art 45).

BASE DE CÁLCULO DO IR: A base de cálculo do imposto sobre a renda e proventos de qualquer

natureza é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis. 1.4 - IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS

Este importante imposto sobre a produção e a circulação está previsto na competência tributária da União através do art. 153, IV da CF/88 e também tem detalhamento através dos artigos 46 a 51 do CTN.

BREVE HISTÓRICO DO IPI O imposto sobre produtos industrializados – IPI é um dos tributos

típico da sociedade industrial do Brasil, ele surge com a Lei nº 25, de 03/12/1891, embora alguns historiadores tenham localizado indícios do tributo na época do império.

Este tributo tem função fiscal (arrecadatória) e também extrafiscal (quando cobrado na importação de produtos industrializados), pois, neste caso, visa equiparar o preço dos produtos importados com os produtos nacionais, sendo que a majoração de suas alíquotas são exceção a Anterioridade Anual (art. 150, III, b CF/88) mas seguem a Noventena (art. 150, III, c CF/88). O decreto federal que trata a respeito do IPI é: Decreto n. 7212/2010 que trata do Regulamento do IPI.

REGRAS CONSTITUCIONAIS DO IPI

Nos termos do art. 153, parágrafo 3º da CF/88 tem-se algumas importantes regras constitucionais a respeito do IPI federal:

I – O IPI será seletivo, em função da essencialidade do produto;

O IPI devera ser seletivo em função da essencialidade do produto. Diz-se que o imposto é seletivo, quando tributa os produtos de acordo coma

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sua utilidade. À medida que o produto for adquirindo uma utilidade secundária, a tributação será aumentada. O IPI, portanto é um tributo que onera mais os produtos supérfluos e beneficia aqueles que são méis essenciais.

II – O IPI será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores;

O IPI será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores. Na prática, abate-se o imposto exigido na operação anterior, de forma que o tributo não se acumule ao longo das operações subseqüentes, evitando a incidência em cascata.

III – O IPI não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior;

O IPI não incide sobre produtos industrializados destinados ao exterior. Nesse dispositivo da Constituição, que consagra uma imunidade qualificada à incidência do imposto, vê-se nitidamente o desempenho da função protecionista do tributo. Mediante a adoção dessa política, o Estado abre mão de uma receita financeira, a fim de incentivar uma atividade econômica destinada a carrear dívidas para o país.

IV – O IPI terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei. (Acrescentado pela EC-000.042-2003)

Deve ser desonerada pela União a aquisição de máquinas e equipamentos que venham a gerar fomento na industrialização de outros produtos em virtude de serem considerados bens de capital. Não se trata de regra de imunidade e sim de desoneração.

Ainda no art. 153, §5° temos imunidade quanto ao IPI no ouro quando ativo financeiro e instrumento cambial:

Art. 153, § 5º - O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do IOF-ouro.

O IPI não incide sobre a produção do ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, tendo em vista que esse bem se sujeita, exclusivamente, à incidência do IOF.

Outras imunidades quanto ao IPI aparecem no art. 155, §3° da CF/88, a saber:

Art. 155, § 3º - À exceção do II, do IE e do ICMS, nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País.

Logo tratam-se de imunidades quanto ao IPI em relação a operações relativas a energia elétrica e operações relativas a derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País

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FATO GERADOR DO IPI O imposto, de competência da União, sobre produtos industrializados

tem como fato gerador:

a.1) o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira;

a.2) a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do art. 51;

a.3) a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão.

Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo.(CTN, art. 46)

SUJEITO ATIVO DO IPI: União

SUJEITO PASSIVO DO IPI:

Contribuinte do imposto é:

c.1) o importador ou quem a lei a ele equiparar;

c.2) o industrial ou quem a lei a ele equiparar;

c.3) o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça aos contribuintes definidos no inciso anterior;

c.4) o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão.

Para os efeitos deste imposto, considera-se contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de importador, industrial, comerciante ou arrematante.(CTN, art. 51).

BASE DE CÁLCULO DO IPI A base de cálculo do IPI é (art. 47 do CTN):

I - no caso da importação, o preço normal, acrescido do montante:

a) do Imposto sobre a Importação;

b) das taxas exigidas para entrada do produto no País;

c) dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis; II - no caso da saída de estabelecimento industrial ou equiparado a industrial:

a) o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria;

b) na falta do valor a que se refere a alínea anterior, o preço corrente da mercadoria, ou sua similar, no mercado atacadista da praça do remetente;

III - no caso da arrematação, o preço da arrematação.

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1.5 - IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES DE CRÉDITO, CÂMBIO E SEGUROS E SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS A TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS.

Este importante imposto sobre a circulação financeira está previsto na competência tributária da União através do art. 153, V da CF/88 e também tem detalhamento através dos artigos 63 a 67 do CTN.

BREVE HISTÓRICO DO IOF

Este imposto conhecido como Imposto sobre Operações Financeiras é sucessor do antigo “Imposto sobre o Selo”, vindo a substituí-lo através da Emenda Constitucional n. 18/65. Tal imposto tem função predominantemente extrafiscal, pois visa o controle da política monetária no país, sendo que a majoração de suas alíquotas são exceção a Anterioridade Anual (art. 150, III, b CF/88) e a Noventena (art. 150, III, c CF/88). Os decretos federais que tratam a respeito do IOF são: Decreto n. 6306/2007 e Decreto n. 6339/2008.

REGRAS CONSTITUCIONAIS DO IOF Nos termos do art. 153, parágrafo 5º da CF/88, o ouro quando fizer

parte das reservas monetárias do país como ativo financeiro ou instrumento cambial sofrerá a incidência do IOF-ouro com alíquota mínima de 1% e toda a sua arrecadação sendo repartida para estados, Distrito Federal e territórios de origem do ouro ou municípios de origem do ouro, conforme se observa no texto constitucional.

O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do caput deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos:

I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem;

II - setenta por cento para o Município de origem.

FATO GERADOR DO IOF São cinco as hipóteses de incidência relativas ao IOF (IOF-crédito,

IOF-câmbio, IOF-seguro, IOF títulos ou valores mobiliários e IOF ouro), a saber:

O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato gerador:

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I - quanto às OPERAÇÕES DE CRÉDITO, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado;

II - quanto às OPERAÇÕES DE CÂMBIO, a sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado, em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este;

III - quanto às OPERAÇÕES DE SEGURO, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável;

IV - quanto às OPERAÇÕES RELATIVAS A TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS, a emissão, transmissão, pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicável.

V – Nas operações com o OURO QUANDO ATIVO FINANCEIRO OU INSTRUMENTO CAMBIAL é a primeira aquisição do ouro, ativo financeiro, ou instrumento cambial, efetuada por instituição autorizada integrante do Sistema Financeiro Nacional (art. 36, §3° Decreto 6306/2007).

Parágrafo único - A incidência definida no inciso I exclui a definida no inciso IV, e reciprocamente, quanto à emissão, ao pagamento ou resgate do título representativo de uma mesma operação de crédito.(CTN, art 63)

SUJEITO ATIVO DO IOF: União

SUJEITO PASSIVO DO IOF:

Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei. (CTN, art 66)

São contribuintes do imposto: a) os tomadores de crédito, os compradores de moeda estrangeira para pagamento de importação de bens e serviços;

b) os segurados e os adquirentes de títulos e valores mobiliários;

c) os primeiros tomadores – pessoas físicas ou jurídicas – dos créditos concedidos pelos agentes do Sistema Financeiro da Habitação.

d) as instituições autorizadas pelo Banco Central do Brasil que efetuarem a primeira aquisição do ouro, ativo financeiro, ou instrumento cambial (art. 37, Decreto 6306/2007).

BASE DE CÁLCULO DO IOF: A base de cálculo do IOF é:

I - quanto às operações de crédito, o montante da obrigação, compreendendo o principal e os juros;

II - quanto às operações de câmbio, o respectivo montante em moeda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição;

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III - quanto às operações de seguro, o montante do prêmio; IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários:

a) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver;

b) na transmissão, o preço ou o valor nominal ou o valor da cotação em Bolsa, como determinar a lei;

c) no pagamento ou resgate, o preço.

V - A base de cálculo do IOF é o preço de aquisição do ouro, desde que dentro dos limites de variação da cotação vigente no mercado doméstico, no dia da operação (Lei nº 7.766, de 1989, art. 9º).

a) Tratando-se de ouro físico, oriundo do exterior, o preço de aquisição, em moeda nacional, será determinado com base no valor de mercado doméstico na data do desembaraço aduaneiro.

Um bom conselho aos colegas que irão fazer este concurso de Analista e de Auditor Fiscal é dar uma olhada em importantes partes do Decreto n. 6306/2007 que traz regulamentação a respeito do IOF.

1.6 - IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL

Este importante imposto sobre a propriedade está previsto na competência tributária da União através do art. 153, VI da CF/88 e também tem detalhamento através dos artigos 29 a 31 do CTN.

BREVE HISTÓRICO DO ITR Este imposto já foi de competência estadual, nos termos da CF/46 e

de competência municipal (EC n. 5/61). Hoje é de competência da União e está disciplinado pela Lei n. 9393/96, regulamentada pelo Decreto n. 4382/2002.

O ITR foi criado para evitar o descumprimento da função social da propriedade rural, tendo ressaltada função extrafiscal. Por isso é considerado importante instrumento de política agrária dando combate aos latifúndios improdutivos no Brasil.

REGRAS CONSTITUCIONAIS DO ITR De acordo com o art. 153, parágrafo 4º e incisos da Magna Carta o

ITR apresenta importantes características:

I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas;

Desta forma existe a característica constitucional da progressividade das alíquotas do ITR, que deverá ser progressivo visando a desestimular a manutenção pelos proprietários de propriedades improdutivas. De acordo com a tabela de alíquotas do ITR prevista ao final da lei n. 9393/96, este

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imposto tem como menor alíquota o valor de 0,03% e como maior alíquota o enorme valor de 20%, valores que variam em virtude da área total do imóvel e do grau de utilização do mesmo.

II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel;

Trata-se de verdadeira regra de imunidade tributária prevista na CF/88, onde de acordo com a Lei n. 9393/96 em seu art. 2º o aluno poderá descobrir quais são as pequenas glebas rurais amparadas pela imunidade tributária:

Art. 2º Nos termos do art. 153, § 4º, in fine, da Constituição, o imposto não incide sobre pequenas glebas rurais, quando as explore, só ou com sua família, o proprietário que não possua outro imóvel.

Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, pequenas glebas rurais são os imóveis com área igual ou inferior a : I - 100 ha, se localizado em município compreendido na Amazônia Ocidental ou no Pantanal mato-grossense e sul-mato-grossense;

II - 50 ha, se localizado em município compreendido no Polígono das Secas ou na Amazônia Oriental;

III - 30 ha, se localizado em qualquer outro município.

III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.

Observa-se uma clara regra de transferência da capacidade tributária ativa nas funções administrativas de fiscalização e cobrança, a respeito do ITR, onde a União delega tais funções aos municípios que assim optarem e que celebrarem com a União convênios administrativos, tudo conforme a Lei n. 11250/2005, que regulou tal matéria.

FATO GERADOR DO ITR O imposto, de competência da União, sobre a propriedade territorial

rural tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localizado fora da zona urbana do Município.(CTN, art. 29).

É interessante que o aluno conheça alguns conceitos importantes:

I) Propriedade: o gozo jurídico pleno de uso, fruição e disposição do bem imóvel.

II) Domínio útil ou domínio foreiro: domínio que confere ao enfiteuta ou foreiro o direito de fruir de todas as qualidades da coisa enfitêutica, sem destruir a sua substância, mediante a obrigação de pagar ao proprietário (senhorio direto) uma pensão anual invariável (foro). O enfiteuta pode

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dispor do domínio útil, mediante pagamento de laudêmio ao senhorio direto, e transmiti-lo aos seus herdeiros.

III) Posse: abrange situações em que o possuidor age como se fosse titular do domínio útil.

SUJEITO ATIVO DO ITR: a União

SUJEITO PASSIVO DO ITR:

Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular de seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título. (CTN, art. 31).

Para que o aluno possa bem conhecer este imposto vale a pena ler a lei instituidora do mesmo, trata-se da Lei Federal n. 9393/96, a seguir transcrita:

LEI Nº 9.393, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1996. Dispõe sobre o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, sobre pagamento da dívida representada por Títulos da Dívida Agrária e dá outras providências.

Capítulo I DO IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE

TERRITORIAL RURAL - ITR Seção I

Do Fato Gerador do ITR Definição

Art. 1º O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, de apuração anual, tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do município, em 1º de janeiro de cada ano.

§ 1º O ITR incide inclusive sobre o imóvel declarado de interesse social para fins de reforma agrária, enquanto não transferida a propriedade, exceto se houver imissão prévia na posse.

§ 2º Para os efeitos desta Lei, considera-se imóvel rural a área contínua, formada de uma ou mais parcelas de terras, localizada na zona rural do município.

§ 3º O imóvel que pertencer a mais de um município deverá ser enquadrado no município onde fique a sede do imóvel e, se esta não existir, será enquadrado no município onde se localize a maior parte do imóvel.

Imunidade Art. 2º Nos termos do art. 153, § 4º, in fine, da Constituição, o imposto não incide sobre PEQUENAS GLEBAS RURAIS, quando as explore, só ou com sua família, o proprietário que não possua outro imóvel.

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Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, pequenas glebas rurais são os imóveis com área igual ou inferior a :

I - 100 ha, se localizado em município compreendido na Amazônia Ocidental ou no Pantanal mato-grossense e sul-mato-grossense; II - 50 ha, se localizado em município compreendido no Polígono das Secas ou na Amazônia Oriental;

III - 30 ha, se localizado em qualquer outro município.

Seção II Da Isenção

Art. 3º São isentos do imposto: I - o imóvel rural compreendido em programa oficial de reforma agrária, caracterizado pelas autoridades competentes como assentamento, que, cumulativamente, atenda aos seguintes requisitos:

a) seja explorado por associação ou cooperativa de produção;

b) a fração ideal por família assentada não ultrapasse os limites estabelecidos no artigo anterior;

c) o assentado não possua outro imóvel.

II - o conjunto de imóveis rurais de um mesmo proprietário, cuja área total observe os limites fixados no parágrafo único do artigo anterior, desde que, cumulativamente, o proprietário:

a) o explore só ou com sua família, admitida ajuda eventual de terceiros; b) não possua imóvel urbano.

Seção III Do Contribuinte e do Responsável

Contribuinte Art. 4º Contribuinte do ITR é o proprietário de imóvel rural, o titular de seu domínio útil ou o seu possuidor a qualquer título.

Parágrafo único. O domicílio tributário do contribuinte é o município de localização do imóvel, vedada a eleição de qualquer outro.

Responsável Art. 5º É responsável pelo crédito tributário o sucessor, a qualquer título, nos termos dos arts. 128 a 133 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Sistema Tributário Nacional).

Seção IV Das Informações Cadastrais

Entrega do DIAC Art. 6º O contribuinte ou o seu sucessor comunicará ao órgão local da Secretaria da Receita Federal (SRF), por meio do Documento de Informação e Atualização Cadastral do ITR - DIAC, as informações cadastrais

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correspondentes a cada imóvel, bem como qualquer alteração ocorrida, na forma estabelecida pela Secretaria da Receita Federal.

§ 1º É obrigatória, no prazo de sessenta dias, contado de sua ocorrência, a comunicação das seguintes alterações: I - desmembramento;

II - anexação;

III - transmissão, por alienação da propriedade ou dos direitos a ela inerentes, a qualquer título;

IV - sucessão causa mortis;

V - cessão de direitos; VI - constituição de reservas ou usufruto.

§ 2º As informações cadastrais integrarão o Cadastro de Imóveis Rurais - CAFIR, administrado pela Secretaria da Receita Federal, que poderá, a qualquer tempo, solicitar informações visando à sua atualização.

§ 3º Sem prejuízo do disposto no parágrafo único do art. 4º, o contribuinte poderá indicar no DIAC, somente para fins de intimação, endereço diferente daquele constante do domicílio tributário, que valerá para esse efeito até ulterior alteração.

Entrega do DIAC Fora do Prazo Art. 7º No caso de apresentação espontânea do DIAC fora do prazo estabelecido pela Secretaria da Receita Federal, será cobrada multa de 1% (um por cento) ao mês ou fração sobre o imposto devido não inferior a R$ 50,00 (cinqüenta reais), sem prejuízo da multa e dos juros de mora pela falta ou insuficiência de recolhimento do imposto ou quota.

Seção V Da Declaração Anual

Art. 8º O contribuinte do ITR entregará, obrigatoriamente, em cada ano, o Documento de Informação e Apuração do ITR - DIAT, correspondente a cada imóvel, observadas data e condições fixadas pela Secretaria da Receita Federal.

§ 1º O contribuinte declarará, no DIAT, o Valor da Terra Nua - VTN correspondente ao imóvel. § 2º O VTN refletirá o preço de mercado de terras, apurado em 1º de janeiro do ano a que se referir o DIAT, e será considerado auto-avaliação da terra nua a preço de mercado.

§ 3º O contribuinte cujo imóvel se enquadre nas hipóteses estabelecidas nos arts. 2º e 3º fica dispensado da apresentação do DIAT.

Entrega do DIAT Fora do Prazo Art. 9º A entrega do DIAT fora do prazo estabelecido sujeitará o contribuinte à multa de que trata o art. 7º, sem prejuízo da multa e dos

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juros de mora pela falta ou insuficiência de recolhimento do imposto ou quota.

Seção VI Da Apuração e do Pagamento

Subseção I Da Apuração

Apuração pelo Contribuinte Art. 10. A apuração e o pagamento do ITR serão efetuados pelo contribuinte, independentemente de prévio procedimento da administração tributária, nos prazos e condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal, sujeitando-se a homologação posterior.

§ 1º Para os efeitos de apuração do ITR, considerar-se-á:

I - VTN, o valor do imóvel, excluídos os valores relativos a:

a) construções, instalações e benfeitorias;

b) culturas permanentes e temporárias; c) pastagens cultivadas e melhoradas;

d) florestas plantadas;

II - área tributável, a área total do imóvel, menos as áreas:

a) de preservação permanente e de reserva legal, previstas na Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, com a redação dada pela Lei nº 7.803, de 18 de julho de 1989;

b) de interesse ecológico para a proteção dos ecossistemas, assim declaradas mediante ato do órgão competente, federal ou estadual, e que ampliem as restrições de uso previstas na alínea anterior;

c) comprovadamente imprestáveis para qualquer exploração agrícola, pecuária, granjeira, aqüícola ou florestal, declaradas de interesse ecológico mediante ato do órgão competente, federal ou estadual;

d) sob regime de servidão ambiental; (Redação dada pela Lei nº 12.651, de 2012). e) cobertas por florestas nativas, primárias ou secundárias em estágio médio ou avançado de regeneração; (Incluído pela Lei nº 11.428, de 2006)

f) alagadas para fins de constituição de reservatório de usinas hidrelétricas autorizada pelo poder público. (Incluído pela Lei nº 11.727, de 2008)

III - VTNt, o valor da terra nua tributável, obtido pela multiplicação do VTN pelo quociente entre a área tributável e a área total;

IV - área aproveitável, a que for passível de exploração agrícola, pecuária, granjeira, aqüícola ou florestal, excluídas as áreas:

a) ocupadas por benfeitorias úteis e necessárias;

b) de que tratam as alíneas do inciso II deste parágrafo; (Redação dada pela Lei nº 11.428, de 2006)

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V - área efetivamente utilizada, a porção do imóvel que no ano anterior tenha:

a) sido plantada com produtos vegetais;

b) servido de pastagem, nativa ou plantada, observados índices de lotação por zona de pecuária;

c) sido objeto de exploração extrativa, observados os índices de rendimento por produto e a legislação ambiental;

d) servido para exploração de atividades granjeira e aqüícola;

e) sido o objeto de implantação de projeto técnico, nos termos do art. 7º da Lei nº 8.629, de 25 de fevereiro de 1993;

VI - Grau de Utilização - GU, a relação percentual entre a área efetivamente utilizada e a área aproveitável. § 2º As informações que permitam determinar o GU deverão constar do DIAT.

§ 3º Os índices a que se referem as alíneas "b" e "c" do inciso V do § 1º serão fixados, ouvido o Conselho Nacional de Política Agrícola, pela Secretaria da Receita Federal, que dispensará da sua aplicação os imóveis com área inferior a: a) 1.000 ha, se localizados em municípios compreendidos na Amazônia Ocidental ou no Pantanal mato-grossense e sul-mato-grossense;

b) 500 ha, se localizados em municípios compreendidos no Polígono das Secas ou na Amazônia Oriental;

c) 200 ha, se localizados em qualquer outro município.

§ 4º Para os fins do inciso V do § 1º, o contribuinte poderá valer-se dos dados sobre a área utilizada e respectiva produção, fornecidos pelo arrendatário ou parceiro, quando o imóvel, ou parte dele, estiver sendo explorado em regime de arrendamento ou parceria.

§ 5º Na hipótese de que trata a alínea "c" do inciso V do § 1º, será considerada a área total objeto de plano de manejo sustentado, desde que aprovado pelo órgão competente, e cujo cronograma esteja sendo cumprido pelo contribuinte.

§ 6º Será considerada como efetivamente utilizada a área dos imóveis rurais que, no ano anterior, estejam:

I - comprovadamente situados em área de ocorrência de calamidade pública decretada pelo Poder Público, de que resulte frustração de safras ou destruição de pastagens;

II - oficialmente destinados à execução de atividades de pesquisa e experimentação que objetivem o avanço tecnológico da agricultura.

§ 7o A declaração para fim de isenção do ITR relativa às áreas de que tratam as alíneas "a" e "d" do inciso II, § 1o, deste artigo, não está sujeita à prévia comprovação por parte do declarante, ficando o mesmo responsável

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pelo pagamento do imposto correspondente, com juros e multa previstos nesta Lei, caso fique comprovado que a sua declaração não é verdadeira, sem prejuízo de outras sanções aplicáveis. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001)

Valor do Imposto Art. 11. O valor do imposto será apurado aplicando-se sobre o Valor da Terra Nua Tributável - VTNt a alíquota correspondente, prevista no Anexo desta Lei, considerados a área total do imóvel e o Grau de Utilização - GU.

§ 1º Na hipótese de inexistir área aproveitável após efetuadas as exclusões previstas no art. 10, § 1º, inciso IV, serão aplicadas as alíquotas, correspondentes aos imóveis com grau de utilização superior a 80% (oitenta por cento), observada a área total do imóvel. § 2º Em nenhuma hipótese o valor do imposto devido será inferior a R$ 10,00 (dez reais).

Subseção II Do Pagamento

Prazo Art. 12. O imposto deverá ser pago até o último dia útil do mês fixado para a entrega do DIAT.

Parágrafo único. À opção do contribuinte, o imposto a pagar poderá ser parcelado em até três quotas iguais, mensais e consecutivas, observando-se que:

I - nenhuma quota será inferior a R$ 50,00 (cinqüenta reais);

II - a primeira quota ou quota única deverá ser paga até a data fixada no caput; III - as demais quotas, acrescidas de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema de Liquidação e de Custódia (SELIC) para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do primeiro dia do mês subseqüente à data fixada no caput até o último dia do mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento) no mês do pagamento, vencerão no último dia útil de cada mês;

IV - é facultado ao contribuinte antecipar, total ou parcialmente, o pagamento do imposto ou das quotas.

Pagamento Fora do Prazo

Art. 13. O pagamento do imposto fora dos prazos previstos nesta Lei será acrescido de:

I - multa de mora calculada à taxa de 0,33% (zero vírgula trinta e três por cento), por dia de atraso, não podendo ultrapassar 20% (vinte por cento), calculada a partir do primeiro dia subseqüente ao do vencimento do prazo previsto para o pagamento do imposto até o dia em que ocorrer o seu pagamento;

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II - juros de mora calculados à taxa a que se refere o art. 12, parágrafo único, inciso III, a partir do primeiro dia do mês subseqüente ao vencimento do prazo até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento) no mês do pagamento.

Seção VII Dos Procedimentos de Ofício

Art. 14. No caso de falta de entrega do DIAC ou do DIAT, bem como de subavaliação ou prestação de informações inexatas, incorretas ou fraudulentas, a Secretaria da Receita Federal procederá à determinação e ao lançamento de ofício do imposto, considerando informações sobre preços de terras, constantes de sistema a ser por ela instituído, e os dados de área total, área tributável e grau de utilização do imóvel, apurados em procedimentos de fiscalização.

§ 1º As informações sobre preços de terra observarão os critérios estabelecidos no art. 12, § 1º, inciso II da Lei nº 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, e considerarão levantamentos realizados pelas Secretarias de Agricultura das Unidades Federadas ou dos Municípios.

§ 2º As multas cobradas em virtude do disposto neste artigo serão aquelas aplicáveis aos demais tributos federais.

Seção VIII Da Administração do Imposto

Competência da Secretaria da Receita Federal Art. 15. Compete à Secretaria da Receita Federal a administração do ITR, incluídas as atividades de arrecadação, tributação e fiscalização.

Parágrafo único. No processo administrativo fiscal, compreendendo os procedimentos destinados à determinação e exigência do imposto, imposição de penalidades, repetição de indébito e solução de consultas, bem como a compensação do imposto, observar-se-á a legislação prevista para os demais tributos federais.

Convênios de Cooperação Art. 16. A Secretaria da Receita Federal poderá celebrar convênio com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA, com a finalidade de delegar as atividades de fiscalização das informações sobre os imóveis rurais, contidas no DIAC e no DIAT. § 1º No exercício da delegação a que se refere este artigo, o INCRA poderá celebrar convênios de cooperação com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, Fundação Nacional do Índio - FUNAI e Secretarias Estaduais de Agricultura.

§ 2º No uso de suas atribuições, os agentes do INCRA terão acesso ao imóvel de propriedade particular, para levantamento de dados e informações.

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§ 3o A Secretaria da Receita Federal, com o apoio do INCRA, administrará o CAFIR e colocará as informações nele contidas à disposição daquela Autarquia, para fins de levantamento e pesquisa de dados e de proposição de ações administrativas e judiciais. (Redação dada pela Lei nº 10.267, de 28.8.2001)

§ 4o Às informações a que se refere o § 3o aplica-se o disposto no art. 198 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966. (Redação dada pela Lei nº 10.267, de 2001)

Art. 17. A Secretaria da Receita Federal poderá, também, celebrar convênios com:

I - órgãos da administração tributária das unidades federadas, visando delegar competência para a cobrança e o lançamento do ITR; II - a Confederação Nacional da Agricultura - CNA e a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura - CONTAG, com a finalidade de fornecer dados cadastrais de imóveis rurais que possibilitem a cobrança das contribuições sindicais devidas àquelas entidades.

Seção IX Das Disposições Gerais

Dívida Ativa - Penhora ou Arresto Art. 18. Na execução de dívida ativa, decorrente de crédito tributário do ITR, na hipótese de penhora ou arresto de bens, previstos no art. 11 da Lei nº 6.830, de 22 de setembro de 1980, será penhorado ou arrestado, preferencialmente, imóvel rural, não tendo recaído a penhora ou o arresto sobre dinheiro.

§ 1º No caso do imóvel rural penhorado ou arrestado, na lavratura do termo ou auto de penhora, deverá ser observado, para efeito de avaliação, o VTN declarado e o disposto no art. 14.

§ 2º A Fazenda Pública poderá, ouvido o INCRA, adjudicar, para fins fundiários, o imóvel rural penhorado, se a execução não for embargada ou se rejeitados os embargos.

§ 3º O depósito da diferença de que trata o parágrafo único do art. 24 da Lei nº 6.830, de 22 de setembro de 1980, poderá ser feito em Títulos da Dívida Agrária, até o montante equivalente ao VTN declarado.

§ 4º Na hipótese do § 2º, o imóvel passará a integrar o patrimônio do INCRA, e a carta de adjudicação e o registro imobiliário serão expedidos em seu nome.

Valores para Apuração de Ganho de Capital Art. 19. A partir do dia 1º de janeiro de 1997, para fins de apuração de ganho de capital, nos termos da legislação do imposto de renda, considera-se custo de aquisição e valor da venda do imóvel rural o VTN declarado, na forma do art. 8º, observado o disposto no art. 14, respectivamente, nos anos da ocorrência de sua aquisição e de sua alienação.

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Parágrafo único. Na apuração de ganho de capital correspondente a imóvel rural adquirido anteriormente à data a que se refere este artigo, será considerado custo de aquisição o valor constante da escritura pública, observado o disposto no art. 17 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995.

Incentivos Fiscais e Crédito Rural

Art. 20. A concessão de incentivos fiscais e de crédito rural, em todas as suas modalidades, bem como a constituição das respectivas contrapartidas ou garantias, ficam condicionadas à comprovação do recolhimento do ITR, relativo ao imóvel rural, correspondente aos últimos cinco exercícios, ressalvados os casos em que a exigibilidade do imposto esteja suspensa, ou em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora.

Parágrafo único. É dispensada a comprovação de regularidade do recolhimento do imposto relativo ao imóvel rural, para efeito de concessão de financiamento ao amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF.

Registro Público

Art. 21. É obrigatória a comprovação do pagamento do ITR, referente aos cinco últimos exercícios, para serem praticados quaisquer dos atos previstos nos arts. 167 e 168 da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973 (Lei dos Registros Públicos), observada a ressalva prevista no caput do artigo anterior, in fine.

Parágrafo único. São solidariamente responsáveis pelo imposto e pelos acréscimos legais, nos termos do art. 134 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Sistema Tributário Nacional, os serventuários do registro de imóveis que descumprirem o disposto neste artigo, sem prejuízo de outras sanções legais.

Depósito Judicial na Desapropriação

Art. 22. O valor da terra nua para fins do depósito judicial, a que se refere o inciso I do art. 6º da Lei Complementar nº 76, de 6 de julho de 1993, na hipótese de desapropriação do imóvel rural de que trata o art. 184 da Constituição, não poderá ser superior ao VTN declarado, observado o disposto no art. 14.

Parágrafo único. A desapropriação por valor inferior ao declarado não autorizará a redução do imposto a ser pago, nem a restituição de quaisquer importâncias já recolhidas.

Capítulo II DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 23. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos, quanto aos arts. 1º a 22, a partir de janeiro de 1997.

Art. 24. Revogam-se os arts. 1º a 22 e 25 da Lei nº 8.847, de 28 de janeiro de 1994.

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Brasília, 19 de dezembro de 1996; 175º da Independência e 108º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

TABELA DE ALÍQUOTAS

(Art.11)

Área total do imóvel (em hectares)

GRAU DE UTILIZAÇÃO - GU ( EM %)

Maior que

80

Maior que

65 até 80

Maior que

50 até 65

Maior que

30 até 50

Até 30

Até 50 0,03 0,20 0,40 0,70 1,00

Maior que 50 até 200 0,07 0,40 0,80 1,40 2,00

Maior que 200 até 500 0,10 0,60 1,30 2,30 3,30

Maior que 500 até 1.000 0,15 0,85 1,90 3,30 4,70

Maior que 1.000 até 5.000 0,30 1,60 3,40 6,00 8,60

Acima de 5.000 0,45 3,00 6,40 12,00 20,00

1.7 - IMPOSTO SOBRE GRANDES FORTUNAS A Constituição Federal de 1988 atribui à União competência para

instituir imposto sobre grandes fortunas, nos termos da lei complementar (art. 153, inc. VII). Não obstante, até agora esse imposto não foi instituído, nem editada a lei complementar para definir o que se deve entender como grande fortuna

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) ( ) (AFRF/2003/ESAF) A posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localizado fora da zona urbana do Município, não constitui fato gerador do imposto sobre propriedade territorial rural.

RESOLUÇÃO 1) Falsa, o imóvel por natureza, no caso, o solo, desde que fora da zona urbana do município, de acordo com o plano diretor da cidade, nos termos do art. 19 do CTN.

2) ( ) (TCE/PR/2003/ESAF) ( ) Medida provisória que implique majoração do imposto sobre propriedade territorial rural só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. RESOLUÇÃO 2) Correta, nos termos do art. 62, parágrafo 2º da CF/88 trata-se da regra de eficácia da medida provisória que majora o ITR, sendo que este imposto não representa exceção a esta regra.

3) (AFRF/2002-2/ESAF) Relativamente ao Imposto Territorial Rural (ITR), avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a opção correta. ( ) Como regra, o ITR incide inclusive sobre o imóvel declarado de interesse social para fins de reforma agrária. ( ) Segundo a interpretação legal, imóvel rural de área inferior a 30 hectares, independentemente do local onde se encontre, é considerada pequena propriedade, imune ao imposto. ( ) O “posseiro” do imóvel é estranho à relação jurídica relativa ao ITR, pois o contribuinte do imposto é o titular do domínio útil ou o proprietário. a) V, V, V b) V, V, F c) V, F, F d) F, F, F e) F, V, F

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RESOLUÇÃO Item I – Verdadeiro, uma vez que o ITR deve incidir sobre todo imóvel rural incluído os declarados de interesse social. Não confundir com a imunidade prevista no art. 184, § 5º que afirma que são isentas (na realidade imunes) de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de imóveis (impostos sobre a transmissão) desapropriados para fins de reforma agrária.

Item II – Verdadeiro, segundo interpretação do artigo 2º da Lei n. 9393/96 que instituiu o ITR em todo o território nacional a área abaixo de 30 hectares pode ser considerada pequena gleba rural.

Item 3 – Falso, o posseiro com “animus domini” é contribuinte do ITR assim como o titular do domínio útil ou o proprietário.

Alternativa B

4) (AFRF/2002-1/ESAF) Avalie as afirmações abaixo e marque a opção que corresponda, na devida ordem, ao acerto ou erro de cada uma (V ou F, respectivamente). 1 - Sobre o imóvel declarado de interesse social para fins de reforma agrária deixa ipso facto de incidir o imposto territorial rural (ITR). 2 - Um imóvel de 100 hectares, localizado na Amazônia Ocidental, é considerado “pequena gleba rural” para fins de não-incidência (imunidade) do ITR, se presentes as demais condições. 3 - Competem ao INCRA as atividades de arrecadação, tributação e fiscalização do ITR. a) V, V, V b) V, V, F c) F, V, F d) F, F, F e) F, F, V

RESOLUÇÃO 1) Falsa, sobre o imóvel declarado de interesse social para fins de reforma agrária incide o ITR. A expressão ipso facto significa por este fato, e de acordo com a Lei n. 9393/96, incide o ITR sobre este imóvel.

2) Verdadeira, nos termos do art. 2º, parágrafo único, I Lei n. 9393/96. 3) Falsa, tais atividades cumprem somente à Secretaria da Receita Federal, nos termos do art. 15 da Lei n. 9393/96.

Alternativa C

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5) (AFRF/2002-2/ESAF) É correto o seguinte asserto: a) No que se refere ao imposto de importação, a legislação brasileira, devido ao princípio da nação mais favorecida, determina que todo tratamento aduaneiro decorrente de ato internacional aplica-se a mercadorias originárias de qualquer exportador e não apenas a do país beneficiário. b) Compete à autoridade monetária, em especial ao Banco Central do Brasil, a administração do IOF, incluídas as atividades de arrecadação, tributação e fiscalização. c) O imposto sobre operações financeiras (IOF) incide sobre operações de crédito realizadas por comerciantes (crédito direto ao consumidor) quando os direitos creditórios não tenham sido alienados. d) Quando se tratar de mercadoria despachada para consumo, a norma legal considera como ocorrido o fato gerador do imposto de importação não na data do ingresso nas águas territoriais brasileiras, mas na do registro, na repartição aduaneira, da declaração de importação. e) O fato gerador do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) ocorre em cada exercício ao completar-se um ano civil em que o contribuinte esteja vinculado ao imóvel.

RESOLUÇÃO Analisando as alternativas:

a) Falsa, de acordo com o princípio da nação mais favorecida sabe-se que todo tratamento aduaneiro decorrente de ato internacional aplica-se as mercadorias que tenham origem nos países signatários do ato internacional e não de qualquer país não signatário.

b) Falsa, tais atividades administrativas competem à Secretaria da Receita Federal.

c) Falsa, sobre tais operações de crédito direto ao consumidor incide o ICMS dos estados.

d) Verdadeira, trata-se de exceção à regra geral.

e) Falsa, no primeiro dia de cada exercício.

6) A respeito do Imposto sobre Grandes Fortunas, é possível afirmar que: I) trata-se de tributo de competência da União ainda dependente de regulamentação mediante lei complementar.

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II) O Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, criado pelo art. 79 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT, para vigorar até o ano de 2010, tem como objetivo viabilizar a todos os brasileiros o acesso a níveis dignos de subsistência e seus recursos serão aplicados em ações suplementares de nutrição, habitação, saúde, educação, reforço de renda familiar e outros programas de relevante interesse social, voltados para a melhoria da qualidade de vida, constituindo-se como parcela deste fundo toda a arrecadação do IGF. III) De acordo com a doutrina, o IGF será autorizado pela lei complementar, mas será instituído por lei ordinária federal Estão corretas: a) I e II b) II e III c) I e III d) todas as assertivas e) nenhuma das anteriores RESOLUÇÃO I) Verdadeiro, nos termos do art. 153, VII da CF/88

II) Falso, de acordo com a EC n. 67/2010 o FECOP foi prorrogado por prazo indefinido.

III) Verdadeira, é a doutrina predominante. Alternativa C

7) Em nosso sistema tributário, as operações relativas à importação e comercialização dos derivados de petróleo e combustíveis (A) são imunes à tributação. (B) estão sujeitas somente a impostos, por imperativo constitucional. (C) estão sujeitas somente ao ICMS. (D) estão sujeitas somente ao ICMS, IPI e impostos aduaneiros. (E)) estão sujeitas ao ICMS, impostos de importação e exportação e CIDE.

RESOLUÇÃO Nos termos do art. 155, parágrafo 3º da CF/88, as operações relativas a petróleo e combustíveis estão sujeitas ao ICMS, II, IE e CIDEs.

Alternativa E

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8) (AFRFB/2006/ESAF) Segundo a legislação própria, considera-se estrangeira(o) e, salvo disposição em contrário, pode, sobre ela(e), incidir o imposto de importação (salvo se por outra razão seja verificada sua não-incidência): a) mercadoria restituída pelo importador estrangeiro, por motivo de modificações na sistemática de importação por parte do país importador. b) mercadoria enviada em consignação e não vendida no exterior no prazo autorizado, quando retorna ao País. c) produto devolvido do exterior por motivo de defeito técnico, para reparo ou substituição. d) mercadoria nacional que retornar ao País. e) produto estrangeiro em trânsito aduaneiro de passagem acidentalmente destruído no País. RESOLUÇÃO Incide o Imposto sobre a Importação quando a mercadoria for desnacionalizada (sair do país) e depois retornar ao país. As demais hipóteses da questão são de não incidência.

Alternativa D

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS SEM O GABARITO

1) ( ) (AFRF/2003/ESAF) A posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localizado fora da zona urbana do Município, não constitui fato gerador do imposto sobre propriedade territorial rural.

2) ( ) (TCE/PR/2003/ESAF) ( ) Medida provisória que implique majoração do imposto sobre propriedade territorial rural só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. 3) (AFRF/2002-2/ESAF) Relativamente ao Imposto Territorial Rural (ITR), avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a opção correta. ( ) Como regra, o ITR incide inclusive sobre o imóvel declarado de interesse social para fins de reforma agrária. ( ) Segundo a interpretação legal, imóvel rural de área inferior a 30 hectares, independentemente do local onde se encontre, é considerada pequena propriedade, imune ao imposto. ( ) O “posseiro” do imóvel é estranho à relação jurídica relativa ao ITR, pois o contribuinte do imposto é o titular do domínio útil ou o proprietário. a) V, V, V b) V, V, F c) V, F, F d) F, F, F e) F, V, F

4) (AFRF/2002-1/ESAF) Avalie as afirmações abaixo e marque a opção que corresponda, na devida ordem, ao acerto ou erro de cada uma (V ou F, respectivamente). 1 - Sobre o imóvel declarado de interesse social para fins de reforma agrária deixa ipso facto de incidir o imposto territorial rural (ITR). 2 - Um imóvel de 100 hectares, localizado na Amazônia Ocidental, é considerado “pequena gleba rural” para fins de não-incidência (imunidade) do ITR, se presentes as demais condições. 3 - Competem ao INCRA as atividades de arrecadação, tributação e fiscalização do ITR.

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a) V, V, V b) V, V, F c) F, V, F d) F, F, F e) F, F, V

5) (AFRF/2002-2/ESAF) É correto o seguinte asserto: a) No que se refere ao imposto de importação, a legislação brasileira, devido ao princípio da nação mais favorecida, determina que todo tratamento aduaneiro decorrente de ato internacional aplica-se a mercadorias originárias de qualquer exportador e não apenas a do país beneficiário. b) Compete à autoridade monetária, em especial ao Banco Central do Brasil, a administração do IOF, incluídas as atividades de arrecadação, tributação e fiscalização. c) O imposto sobre operações financeiras (IOF) incide sobre operações de crédito realizadas por comerciantes (crédito direto ao consumidor) quando os direitos creditórios não tenham sido alienados. d) Quando se tratar de mercadoria despachada para consumo, a norma legal considera como ocorrido o fato gerador do imposto de importação não na data do ingresso nas águas territoriais brasileiras, mas na do registro, na repartição aduaneira, da declaração de importação. e) O fato gerador do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) ocorre em cada exercício ao completar-se um ano civil em que o contribuinte esteja vinculado ao imóvel.

6) A respeito do Imposto sobre Grandes Fortunas, é possível afirmar que: I) trata-se de tributo de competência da União ainda dependente de regulamentação mediante lei complementar. II) O Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, criado pelo art. 79 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT, para vigorar até o ano de 2010, tem como objetivo viabilizar a todos os brasileiros o acesso a níveis dignos de subsistência e seus recursos serão aplicados em ações suplementares de nutrição, habitação, saúde, educação, reforço de renda familiar e outros programas de relevante interesse social, voltados para a melhoria da qualidade de vida, constituindo-se como parcela deste fundo toda a arrecadação do IGF.

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III) De acordo com a doutrina, o IGF será autorizado pela lei complementar, mas será instituído por lei ordinária federal Estão corretas: a) I e II b) II e III c) I e III d) todas as assertivas e) nenhuma das anteriores

7) Em nosso sistema tributário, as operações relativas à importação e comercialização dos derivados de petróleo e combustíveis (A) são imunes à tributação. (B) estão sujeitas somente a impostos, por imperativo constitucional. (C) estão sujeitas somente ao ICMS. (D) estão sujeitas somente ao ICMS, IPI e impostos aduaneiros. (E)) estão sujeitas ao ICMS, impostos de importação e exportação e CIDE.

8) (AFRFB/2006/ESAF) Segundo a legislação própria, considera-se estrangeira(o) e, salvo disposição em contrário, pode, sobre ela(e), incidir o imposto de importação (salvo se por outra razão seja verificada sua não-incidência): a) mercadoria restituída pelo importador estrangeiro, por motivo de modificações na sistemática de importação por parte do país importador. b) mercadoria enviada em consignação e não vendida no exterior no prazo autorizado, quando retorna ao País. c) produto devolvido do exterior por motivo de defeito técnico, para reparo ou substituição. d) mercadoria nacional que retornar ao País. e) produto estrangeiro em trânsito aduaneiro de passagem acidentalmente destruído no País.

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Gabarito:

1-FALSA 2-CORRETA 3-B 4-C

5-D 6-C 7-E 8-D