314
SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................. 8 2. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR ...................................................... 10 2.1. CONTEXTUALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO COLÉGIO: ........................ 10 2.1.1. Breve histórico do Colégio: .......................................................................... 10 2.1.2. Caracterização do Funcionamento do Colégio: ......................................... 11 2.1.2.1. Funcionamento: horários e turnos: ............................................................... 11 2.1.2.2. Número de alunos matriculados por série no ano de 2010: ......................... 12 2.1.3. Recursos Financeiros: .................................................................................. 12 2.1.4. Condições Físicas: ........................................................................................ 13 2.1.5. Recursos Pedagógicos:................................................................................ 14 2.1.6. Recursos Materiais e Didático-tecnológicos: ............................................. 16 2.1.7. Recursos Humanos:...................................................................................... 17 2.1.7.1 Equipe de Gestão Educacional .................................................................... 17 2.1.7.2. Corpo Docente ............................................................................................. 17 2.1.7.3. Agentes Educacionais I e II .......................................................................... 18 3. OBJETIVO GERAL .............................................................................................. 20 4. MARCO SITUACIONAL ...................................................................................... 21 4.1. SOCIEDADE ...................................................................................................... 21 4.2. ESCOLA ............................................................................................................. 23 4.3. ALUNOS............................................................................................................. 25 4.4. PROFESSORES ................................................................................................ 35 4.5. FUNCIONÁRIOS ................................................................................................ 36 5. MARCO CONCEITUAL ....................................................................................... 37 5.1 AS INSTÂNCIAS COLEGIADAS E A DEMOCRATIZAÇÃO DA ESCOLA PÚBLICA ................................................................................................................... 43 5.1.1 Conselho Escolar .......................................................................................... 43

SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO 8 2.1.1. Breve histórico do Colégio · 5.1.1 Conselho Escolar ... turmas até a 8ª série do Ensino Fundamental. Através da Resolução nº 258/ 98

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................. 8

2. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR ...................................................... 10

2.1. CONTEXTUALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO COLÉGIO: ........................ 10

2.1.1. Breve histórico do Colégio: .......................................................................... 10

2.1.2. Caracterização do Funcionamento do Colégio: ......................................... 11

2.1.2.1. Funcionamento: horários e turnos: ............................................................... 11

2.1.2.2. Número de alunos matriculados por série no ano de 2010: ......................... 12

2.1.3. Recursos Financeiros: .................................................................................. 12

2.1.4. Condições Físicas: ........................................................................................ 13

2.1.5. Recursos Pedagógicos: ................................................................................ 14

2.1.6. Recursos Materiais e Didático-tecnológicos: ............................................. 16

2.1.7. Recursos Humanos:...................................................................................... 17

2.1.7.1 Equipe de Gestão Educacional .................................................................... 17

2.1.7.2. Corpo Docente ............................................................................................. 17

2.1.7.3. Agentes Educacionais I e II .......................................................................... 18

3. OBJETIVO GERAL .............................................................................................. 20

4. MARCO SITUACIONAL ...................................................................................... 21

4.1. SOCIEDADE ...................................................................................................... 21

4.2. ESCOLA ............................................................................................................. 23

4.3. ALUNOS ............................................................................................................. 25

4.4. PROFESSORES ................................................................................................ 35

4.5. FUNCIONÁRIOS ................................................................................................ 36

5. MARCO CONCEITUAL ....................................................................................... 37

5.1 AS INSTÂNCIAS COLEGIADAS E A DEMOCRATIZAÇÃO DA ESCOLA

PÚBLICA ................................................................................................................... 43

5.1.1 Conselho Escolar .......................................................................................... 43

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3

5.1.2 APMF - Associação de Pais, Mestres e Funcionários ................................ 44

5.1.3 Grêmio Estudantil.......................................................................................... 44

5.1.4 Conselho de Classe ...................................................................................... 45

5.2. AVALIAÇÃO ...................................................................................................... 46

6. MARCO OPERACIONAL .................................................................................... 52

6.1. TRABALHOS A SEREM DESENVOLVIDOS COM CORPO DOCENTE E

DEMAIS FUNCIONÁRIOS DA ESCOLA: .................................................................. 53

6.2. TRABALHOS A SEREM DESENVOLVIDOS COM OS ALUNOS: ..................... 54

6.3. TRABALHOS A SEREM DESENVOLVIDOS COM A COMUNIDADE: .............. 56

7. REFERÊNCIAS .................................................................................................... 58

8. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ....................................................... 59

8.1 IDENTIDADE DO ENSINO FUNDAMENTAL ..................................................... 59

8.2. IDENTIDADE DO ENSINO MÉDIO .................................................................... 60

8.3. ARTE .................................................................................................................. 62

8.3.1 Apresentação da Disciplina .......................................................................... 62

8.3.2. Objetivos Gerais ........................................................................................... 63

8.3.3. Conteúdos ..................................................................................................... 64

8.3.4. Metodologia .................................................................................................. 88

8.3.5. Avaliação ....................................................................................................... 90

8.3.6. Referências ................................................................................................... 94

8.4. BIOLOGIA ......................................................................................................... 95

8.4.1. Apresentação da disciplina ......................................................................... 95

8.4.2. Objetivos ....................................................................................................... 98

8.4.3. Conteúdos ..................................................................................................... 99

8.4.4. Metodologia ................................................................................................ 107

8.4.5. Avaliação ..................................................................................................... 108

8.4.6. Referência ................................................................................................... 111

8.5. CIÊNCIAS ....................................................................................................... 112

8.5.1. Apresentação da disciplina ....................................................................... 112

8.5.2. Objetivos ..................................................................................................... 115

8.5.3. Conteúdos ................................................................................................... 116

8.5.4. Metodologia ................................................................................................ 120

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4

8.5.5. Avaliação ..................................................................................................... 122

8.5.6. Referências ................................................................................................. 124

8.6. EDUCAÇÃO FÍSICA........................................................................................ 126

8.6.1. Apresentação geral da disciplina ............................................................. 126

8.6.2. Objetivos gerais ......................................................................................... 126

8.6.3. Conteúdos ................................................................................................... 127

8.6.4. Metodologia ................................................................................................ 134

8.6.5. Avaliação ..................................................................................................... 136

8.6.6. Referências ................................................................................................. 137

8.7. ENSINO RELIGIOSO ...................................................................................... 138

8.7.1. Apresentação da disciplina ....................................................................... 138

8.7.2. Objetivos ..................................................................................................... 140

8.7.3. Conteúdos ................................................................................................... 141

8.7.4. Metodologia ................................................................................................ 145

8.7.5. Avaliação ..................................................................................................... 145

8.7.6. Referências ................................................................................................. 146

8.8. FILOSOFIA ...................................................................................................... 147

8.8.1. Apresentação da disciplina ....................................................................... 147

8.8.2. Objetivos Gerais ......................................................................................... 149

Levar o aluno a: ....................................................................................................... 149

8.8.3. Conteúdos ................................................................................................... 150

8.8.4. Metodologia ................................................................................................ 153

8.8.5 Avaliação ...................................................................................................... 155

8.8.6. Bibliografia: ................................................................................................ 157

8.9. FÍSICA ............................................................................................................. 159

8.9.1. Apresentação da disciplina ....................................................................... 159

8.9.2. Conteúdos ................................................................................................... 160

8.9.3. Metodologia ................................................................................................ 163

8.9.4. Avaliação ..................................................................................................... 164

8.9.5. Referências ................................................................................................. 164

8.10. GEOGRAFIA ................................................................................................. 165

8.10.1. Apresentação da Disciplina ..................................................................... 165

8.10.2. Objetivos Gerais ....................................................................................... 166

8.10.3. Conteúdos ................................................................................................. 167

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5

8.10.4. Metodologia .............................................................................................. 177

8.10.5. Avaliação ................................................................................................... 178

8.10.6. Referências ............................................................................................... 184

8.11. HISTÓRIA ..................................................................................................... 185

8.11.1. Apresentação da Disciplina ..................................................................... 185

8.11.2. Objetivos Gerais ....................................................................................... 186

8.11.3. Objetivos Específicos .............................................................................. 186

8.11.4. Conteúdos ................................................................................................. 187

8.11.5. Metodologia .............................................................................................. 194

8.11.6. Avaliação ................................................................................................... 196

8.11.7. Referências ............................................................................................... 197

8.12. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ESPANHOL .................................... 199

8.12.1. Apresentação geral da disciplina............................................................ 199

8.12.2. Objetivos Gerais ....................................................................................... 200

8.12.3. Objetivos Específicos .............................................................................. 200

8.12.4. Conteúdos ................................................................................................. 203

8.12.5. Metodologia .............................................................................................. 206

8.12.6. Avaliação ................................................................................................... 209

8.12.7. Referências ............................................................................................... 209

8.13. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS ........................................... 210

8.13.1. Apresentação da disciplina ..................................................................... 210

8.13.2. Objetivos gerais ....................................................................................... 212

8.13.3. Conteúdos ................................................................................................. 213

8.13.4. Metodologia .............................................................................................. 220

8.13.5. Avaliação ................................................................................................... 222

8.13.6. Referências bibliográficas ....................................................................... 224

8.14. LÍNGUA PORTUGUESA ............................................................................... 225

8.14.1. Apresentação da Disciplina ..................................................................... 225

8.14.2. Objetivos Gerais ....................................................................................... 227

8.14.3. Objetivos Específicos .............................................................................. 228

8.14.4. Conteúdos ................................................................................................. 231

8.14.5. Metodologia .............................................................................................. 248

8.14.6. Avaliação ................................................................................................... 251

8.14.7. Referências ............................................................................................... 252

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8.15. MATEMÁTICA ............................................................................................... 254

8.15.1. Apresentação da disciplina ..................................................................... 254

8.15.2. Objetivos ................................................................................................... 257

8.15.3. Conteúdos ................................................................................................. 259

8.15.4. Metodologia .............................................................................................. 266

8.15.5. Avaliação ................................................................................................... 269

8.15.6. Referências ............................................................................................... 273

8.16. QUÍMICA ....................................................................................................... 275

8.16.1. Apresentação geral da disciplina............................................................ 275

8.16.2. Objetivos gerais ....................................................................................... 275

8.16.3. Conteúdos ................................................................................................. 276

8.16.4. Metodologia .............................................................................................. 282

8.16.5. Avaliação ................................................................................................... 282

8.16.6. Referências ............................................................................................... 283

8.17. SOCIOLOGIA ................................................................................................ 284

8.17.1. Apresentação da disciplina ..................................................................... 284

8.17.2. Objetivos Gerais ....................................................................................... 287

8.17.3. Objetivos Específicos .............................................................................. 287

8.17.4. Conteúdos ................................................................................................. 288

8.17.5. Metodologia .............................................................................................. 296

8.17.6. Avaliação ................................................................................................... 297

8.17.7. Referências ............................................................................................... 298

8.18. PROGRAMA VIVA A ESCOLA - HORTA NA ESCOLA E EDUCAÇÃO

AMBIENTAL ............................................................................................................ 299

8.18.1. Justificativa ............................................................................................... 299

8.18.2. Fundamentação teórica ........................................................................... 300

8.18.3. Objetivos ................................................................................................... 301

8.18.4. Metodologia: ............................................................................................. 301

8.18.5. Infraestrutura: ........................................................................................... 303

8.18.6. Recursos Materiais: ................................................................................. 303

8.18.7. Resultados esperados: ............................................................................ 304

8.18.8. Critérios de participação: ........................................................................ 304

8.19. PROGRAMA VIVA A ESCOLA - MUSICALIZAÇÃO ..................................... 305

8.19.1. Justificativa: ............................................................................................. 305

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8.19.2. Fundamentação teórica: .......................................................................... 305

8.19.3. Objetivos: .................................................................................................. 307

8.19.4. Metodologia: ............................................................................................. 307

8.19.5. Infraestrutura: ........................................................................................... 309

8.19.6. Recursos Materiais: ................................................................................ 309

8.19.7. Resultados esperados: ............................................................................ 309

8.19.8. Critérios de participação: ........................................................................ 309

8.20. PROGRAMA VIVA A ESCOLA – FORMANDO LEITORES .......................... 311

8.20.1. Justificativa: ............................................................................................. 311

8.20.2. Conteúdos: ............................................................................................... 311

8.20.3. Objetivos: .................................................................................................. 312

8.20.4. Metodologia: ............................................................................................. 312

8.20.5. Infraestrutura: ........................................................................................... 312

8.20.7. Critérios de Participação: ........................................................................ 313

9. MATRIZ CURRICULAR....................................................................................... 314

10. CALENDÁRIO ESCOLAR ................................................................................ 315

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1. APRESENTAÇÃO

Conhecimento, seriedade ética e incorporação de novas tecnologias tecem o

sonho de todo o cidadão atual. É certo que a ciência e a tecnologia, por si só, não

resolvem os problemas modernos, mas sem elas não há solução.

A construção da cidadania ativa implica no domínio dos novos códigos e

linguagens, na incorporação das sofisticadas ferramentas da ciência e da tecnologia,

no entendimento dos conceitos sociológicos e na apropriação da cultura. Só desta

maneira é possível garantir a formação ética, o desenvolvimento da autonomia

intelectual e o fortalecimento do pensamento crítico.

As novas relações entre conhecimento e trabalho exigem capacidade de

iniciativa e inovação. A educação escolar tem como função garantir condições para

que o aluno se aproprie de instrumentos que o capacitem para um processo de

formação e aprendizagem permanentes. Além disso, torna-se necessário levar em

conta uma dinâmica de ensino que favoreça não só o desenvolvimento das

potencialidades do trabalho individual, mas também do trabalho coletivo.

Efetivamente, os avanços da ciência e da tecnologia estão alterando não só

os processos de aprendizagem e do conhecimento, mas também o comportamento

das pessoas. Cabe, então, colocar as novas tecnologias a serviço do currículo,

incorporá-las ao dia-a-dia da sala de aula, revelando sua importância na vida

moderna. Na verdade, está lançado um desafio ao arrojo e à criatividade dos

educadores: conciliar, dinamicamente, humanismo e tecnologia.

É nesta linha de ação que se elabora a Proposta Pedagógica do Colégio

Estadual João Ferreira Küster - Ensino Fundamental e Médio: enfatizando a

importância da intervenção do educando em todo o processo de aprendizagem,

fazendo as conexões entre os conhecimentos que possibilitarão ao estudante utilizar

o que aprende para se comunicar melhor com o seu grupo social, consultar livros e

pesquisar, analisar criticamente os conhecimentos e informações que recebe na

escola e através dos meios de comunicação, enfim, tomar decisões no momento em

que precisa.

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Considerando as características e necessidades específicas de seu alunado,

a Proposta Pedagógica elaborada pelo colégio junto a direção, equipe pedagógica,

professores, funcionários, pais e alunos, tem em vista uma educação crítica,

orientada para a discussão e prática da responsabilidade social e política, garantindo

a preparação básica para o trabalho e cidadania, aprimorando o educando como

pessoa humana e dotando-o de instrumentos que permitam que continue

aprendendo ao longo de toda a vida.

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2. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

2.1. CONTEXTUALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO COLÉGIO:

2.1.1. Breve histórico do Colégio:

No dia 5 de maio de 1981, sob a Resolução nº 3239/ 81 de 30/ 12/ 81

começou a funcionar na Rua Waldemar Leo Braga a Escola Municipal José

Alexandre Sávio - Ensino de 1º Grau no Bairro Jardim Social, ficando assegurada a

matrícula para 189 alunos da Casa Escolar Tiradentes, situada até então na Rua

Ademar de Barros desde 1973, tendo na época como diretora a senhora Eliane

Krüger.

Em 1984 começou a funcionar o Pré - Escolar no período da tarde e o

estabelecimento passou a denominar-se Escola Municipal José Alexandre Sávio -

Ensino Pré - Escolar e de 1º Grau.

Em 1992 ocorreu a implantação da 5ª série e gradativamente as demais

turmas até a 8ª série do Ensino Fundamental.

Através da Resolução nº 258/ 98 de 05/ 03/ 98 o Projeto de Estadualização

criou a Escola Estadual João Ferreira Küster - Ensino Fundamental, que passou a

responder pelo ensino de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental.

Em 1999 a Escola Estadual João Ferreira Küster passou a ofertar o Ensino

Médio no período noturno, implantando o primeiro ano desta modalidade, onde foi

ampliando progressivamente seu atendimento, de acordo com as necessidades da

clientela escolar. A escola passou a denominar-se Colégio Estadual João Ferreira

Küster - Ensino Fundamental e Médio, conforme resolução 1534/2000 de

05/05/2000.

O Colégio tem como Patrono o Sr. João Ferreira Kuster, que nasceu no dia 25

de janeiro de 1908, em Campo Largo. Filho primogênito de uma família de 11

irmãos, nasceu da união de Methridates da Rocha Küster e de Zulmira Ferreira

Küster, o qual fez o curso primário no Grupo Escolar Macedo Soares na cidade de

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Campo Largo, e em seguida, aprimorou seus estudos sob a orientação do Padre

Ladislau Kulka. Mais tarde prestou serviço militar no 15º Batalhão de Caçadores, em

Curitiba. Nomeado no governo de Afonso Camargo, prestou serviços na Coletoria

Estadual de Campo Largo e, mais tarde na Coletoria da cidade de Paranaguá,

sendo exonerado dessas funções, no período revolucionário de 1930. Foi

posteriormente nomeado para trabalhar na Prefeitura de Campo Largo, como

professor de música, tendo reorganizado a Banda de Música de Campo Largo.

Posteriormente, com base em seu desempenho nas funções municipais, foi

nomeado Secretário da Prefeitura, cargo que exerceu por muitos anos e no qual foi

aposentado. Passando depois a prestar serviços na Secretaria da Câmara

Municipal, onde terminou suas atividades funcionais. João Ferreira Küster faleceu no

dia 17 de fevereiro de 1978. Assim, como uma homenagem, o Colégio leva o nome

de Colégio Estadual “João Ferreira Küster”, por causa da pessoa ilustre que foi, e

que por onde passou deixou inúmeras amizades.

O Colégio Estadual João Ferreira Küster atende alunos do Ensino

Fundamental (5ª a 8ª série) e do Ensino Médio; totalizando no ano de 2008, 328

alunos matriculados regularmente nesta Instituição.

O Colégio localiza-se na rua Waldemar Leo Braga, nº 340, no Bairro Jardim

Social, no Município de Campo Largo com o CEP 83.606-010 e telefone para

contato, 3392-4887. O mesmo pertence ao Núcleo da Área Metropolitana Sul –

NRE.

2.1.2. Caracterização do Funcionamento do Colégio:

2.1.2.1. Funcionamento: horários e turnos:

Ensino Fundamental

Turno Horário

Manhã das 7h e 30 min às 11h e 50 min

Tarde das 13h às 17h e 20 min

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Ensino Médio

Turno Horário

Noite das 18h e 40min às 22h e 50 min

2.1.2.2. Número de alunos matriculados por série no ano de 2010:

Ensino Fundamental

Série Nº de Turmas Turnos Total de Alunos

5ª 01 Manhã 28

5ª 01 Tarde 30

6ª 01 Manhã 30

6ª 01 Tarde 30

7ª 01 Manhã 32

7ª 01 Tarde 37

8ª 01 Manhã 21

8ª 01 Tarde 23

Ensino Médio

Série Nª de Turmas Turnos Total de Alunos

1º 01 Noite 32

2º 01 Noite 28

3º 01 Noite 24

2.1.3. Recursos Financeiros:

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13

Por ser uma escola estadual, é mantida pelo Governo Estadual, recebendo

verbas como o Fundo Rotativo/FUNDEPAR, o PDDE/FNDE e Projeto Escola

Cidadã/FUNDEPAR, implantado a partir do mês de agosto do ano de 2005, que

destina recursos à compra de complementos para a merenda dos alunos. Além

desses, a comunidade se mobiliza através da APMF para arrecadar recursos por

meio de promoções.

2.1.4. Condições Físicas:

O Colégio faz uso de prédio municipal, dividindo o espaço físico com a Escola

José Alexandre Sávio, que atende o alunado de Educação Infantil e 1ª a 4ª série do

Ensino Fundamental, a qual funciona nos períodos da manhã e da tarde. Por esse

motivo o espaço físico a ser utilizado pela escola fica bastante reduzido.

Fazem parte da estrutura física da escola:

04 salas de aula;

01 sala adaptada para biblioteca;

01 sala para os professores;

01 laboratório de informática para alunos e professores;

01 sala para a secretaria;

01 sala para a direção;

01 sala para a equipe pedagógica;

01 almoxarifado;

03 banheiros, sendo 01 para uso dos professores;

01 laboratório de ciências;

01 cozinha compartilhada com a escola municipal;

01 depósito de alimentos compartilhado com a escola municipal;

01 depósito para material de limpeza;

01 refeitório compartilhado com a escola municipal;

01 quadra coberta compartilhada com a escola municipal;

01 quadra de esportes compartilhada com a escola municipal.

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O espaço físico destinado à escola, não está condizente com a demanda de

alunos da comunidade, visto que a escola não tem condições de ofertar Ensino

Médio diurno devido à falta de infra-estrutura, uma vez que não possuímos salas de

aula para receber esses alunos.

Os ambientes destinados ao laboratório e a uma sala de aula, na verdade

fazem parte de um espaço improvisado, feitas com divisórias de madeira, sendo

bastante falho na questão “acústica” do espaço. As salas destinadas à direção,

equipe pedagógica e ao almoxarifado também são organizadas por divisórias.

2.1.5. Recursos Pedagógicos:

Como material pedagógico a escola conta com um acervo razoável de livros,

mas que muitas vezes não atende as necessidades dos alunos, pois faltam livros de

pesquisa e enciclopédias atualizadas. Fazem parte do acervo da biblioteca os

seguintes livros e demais recursos pedagógicos:

181 livros de Português

163 livros de Matemática

179 livros de História

163 livros de Geografia

17 livros de Artes

30 livros de Química

32 livros de Física

78 livros de Biologia

120 Livros de pesquisas (diversos)

1000 livros de Literatura

294 livros do Projeto Venha Ler

206 na Biblioteca do Professor

131 livros paradidáticos

26 enciclopédias

61 dicionários de Português, Português/Inglês

13 Atlas Geográfico

28 Mapas Geográfico

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03 Globos Terrestres

Coleção de DVD - TV Escola volume I

Coleção de DVD – TV Escola volume II

20 Atlas Geográfico Escolar Multimídia

Fitas de vídeo diversas

02 (caixas) Geologia na Escola – Caminho das rochas

165 Fantoches

20 Sólidos Geométricos de acrílico (diversas formas)

02 (caixas) Conjunto Sólidos Geométricos de madeira

40 Flautas Doce Soprano – plástico

01 Relógio Didático

02 (jogos) Tangram em madeira

08 Jogos de Alfabeto Silábico

06 Jogos Dominó Associação de Idéias

06 Jogos Vamos Formar Palavras

06 Jogos Seqüência Lógica

10 Jogos de Memória Antônimos

01 (caixa) Conjunto Barras de Medidas

01 Blocos Lógicos

02 Conjuntos Números e Sinais

02 Dominó Subtração

02 Dominó Multiplicação

02 Escala Cusinare

02 Conjunto Dourado

02 Conjunto Regras Numéricas

Além de contar com os livros didáticos para as turmas de Ensino

Fundamental nas disciplinas de: História, Geografia, Português, Matemática e

Ciências. As turmas do Ensino Médio fazem uso dos livros das disciplinas de

Português, Matemática, Química, Biologia e História, bem como dos livros

elaborados pela SEED nas disciplinas de química, matemática, geografia, educação

física, português, língua estrangeira, história, biologia, sociologia, física, arte e

filosofia.

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2.1.6. Recursos Materiais e Didático-tecnológicos:

A escola dispõe dos equipamentos que seguem na lista abaixo, sendo alguns

deles comprados com dinheiro arrecadado pela escola junto a APMF através de

promoções feitas na escola, ou adquiridos com a verba do governo destino à compra

de materiais permanentes. Todos os equipamentos estão em condições de uso, em

bom estado de conservação.

02 Videocassete

04 DVD‟s

01 Aparelhos de televisão 20”

01 Aparelho de televisão 29”

04 Aparelhos de televisão 29” (pendrive)

01 Retroprojetor

06 Impressoras

01 Máquina copiadora

01 Mimeógrafos

01 Aparelho de fax

07 Ventiladores

01 Aparelho de som

02 Rádios

01 Caixa acústica

03 Microfones

01 Bebedouro

18 Microcomputadores Proinfo

24 Microcomputadores Paraná Digital

01 Notebook

02 Câmeras/filmadora digital

01 WebCam

01 Balança de Plataforma

01 Estadiometro Portátil

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2.1.7. Recursos Humanos:

Atualmente, a Escola conta com 48 funcionários, faz-se necessário ressaltar

que alguns professores atuam tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino

Médio, sendo dispostos nas seguintes funções:

01 Direção

01 Direção Auxiliar

02 Equipe Pedagógica

01 Secretária

03 Agente Educacional II

21 Professores Regentes de Ensino Fundamental – 5ª a 8ª série

13 Professores Regentes de Ensino Médio

06 Agente Educacional I

2.1.7.1 Equipe de Gestão Educacional

Nome Função C.H. Semanal Formação

Daiane Kassiele Segatto Direção Auxiliar 20 Superior Completo

Deili de Fátima do Nascimento Pedagoga 40 Superior Completo

Gertrudes Maria Carlotto Kulka Secretária 20 Pós – Graduação

Márcia Regina Durau Diretora 40 Pós – Graduação

Mônica Ferreira de Souza Pedagoga 20 Pós – Graduação

2.1.7.2. Corpo Docente

Nome Disciplina de

Atuação

Modalidade Formação

Adriana de Fátima Durau Português EF/EM Letras

Andreza Bonatto Sociologia EM Ciências Jurídicas

Arzirio Alberto Cardoso L.E.M. Espanhol EM Letras Port. / Espanhol

Elis Cristina de Andrade Matemática EM

Elizete Vieira L.E.M. Inglês EF Letras

Emerson José Martins Física EM Matemática

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Eni Apª dos Santos Andrade Matemática EF Ciências Econômicas

Fernanda Sabim História EF Acadêmica

Gerson Carlos Marchiori ARTES / Música EF / VIVA ESCOLA Música

Giselle da Silva Ciências EM Ciências Biológicas

Irenilson Lubacheski História / Filosofia EM História

Jane Maximo Morawski Projeto Literatura VIVA ESCOLA Letras Port./Ingles

Joelma Maria Valpcoski Ed. Física EF Ed. Física

Laercio Marcos Torezin História / Filosofia EF/EM História

Larisse Cristine Stoco Ciências / Biologia EF/EM Ciências Biológicas

Luciane Ap. Durau Carloto Inglês EF Letras

Luciane Maria Bubniak Geografia EF Geografia

Magda B. Leon Bordes Ferreira Ed. Física EF Ed. Física

Maria Ap. Borges Leal da Silva Matemática EF/EM Economia

Marilei Favretto Schroeder En. Religioso EF História

Marilice Mazon Tigrinho Filosofia EM História

Osmar Israel dos Santos Matemática EF Administração

Regiane Maria Pereira Barszcz Geografia EM Geografia

Regina Celia Pereira História EF História

Renato Antonio de Lara História EF Acadêmico

Roseli Aparecida Fedechem Português EF Letras

Sueli Catarina Seguro L.E.M. Inglês EF Letras Port. / Inglês

Tania Portella Costa Biologia EM Ciências Biológicas

Vera Lucia Czuy Ciências EF Ciências Biológicas

Vilma Aparecida Barszcz Geografia EF / VIVA ESCOLA Geografia

Wederle Sturm Ed. Física EF/EM Ed. Física

Odete EM Pedagogia / Est. Sociais

2.1.7.3. Agentes Educacionais I e II

Nome Função C.H.

Semanal

Formação

Daniele do Carmo R. de Lima Agente Educacional II 40 Superior – Em curso

Dirce Fracaro Agente Educacional II 40 Superior – Completo

Eugênia de Fátima Santos Agente Educacional I 40 Ens. Fundamental – Completo

Gisele Nascimento Agente Educacional II 20 Superior – Completo

Lúcia Eduardo Félix Cabral Agente Educacional I 40 Ens. Médio – Completo

Lucinei Apª Leoncio Dallavele Agente Educacional I 40 Superior – Em curso

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Maria Izabel da Silva Agente Educacional I 40 Ens. Médio – Completo

Marinice Brolese Schervinski Agente Educacional I 40 Ens. Médio – Completo

Vitalina Borges dos Santos Agente Educacional I 20 Ens. Médio – Completo

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3. OBJETIVO GERAL

Proporcionar ao aluno a apreensão dos conhecimentos historicamente

acumulados os quais lhe darão os fundamentos necessários para uma atuação

ética, crítica e participativa na sociedade no âmbito cultural, social e político,

preparando-o assim para o exercício da cidadania, por meio de ações conjuntas

entre escola, família e comunidade na discussão e busca de soluções para

problemas comuns, através do planejamento participativo no estabelecimento de

metas, procurando concretizar uma educação inclusiva respeitando, reconhecendo,

aceitando e valorizando as diversidades étnicas, religiosas, econômicas, sociais,

culturais, físicas e intelectuais dos alunos, buscando assim, uma educação de

qualidade para todos, em seus diferentes níveis de ensino.

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4. MARCO SITUACIONAL

4.1. SOCIEDADE

Sabe-se que historicamente nossa sociedade é organizada em classes. Elas

sempre existiram fazendo a separação entre as pessoas que detinham o poder - a

burguesia, e os que cumpriam ordens – o proletariado, o que só vem a evidenciar as

diferenças sócio-econômicas existentes desde os tempos remotos. As classes mais

abastadas não são capazes de diminuir o seu padrão de vida, criando um „‟buraco‟‟

muito grande entre a elite e a classe menos privilegiada, fazendo com que a

organização da nossa sociedade continue seguindo àquela máxima: “os ricos

continuam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres”.

Dessa forma, nossa sociedade capitalista e consumista, não é justa, pois é

organizada de uma maneira que nem todos são contemplados. Aos poucos, vamos

incorporando a forma capitalista de ser, onde cada um deve se preocupar apenas

consigo mesmo, já que seu semelhante é um provável concorrente, por isso não é

mais amigo e sim adversário. Com isso passou-se a valorizar o TER em detrimento

do SER.

Diante dessa visão de sociedade, os alunos deveriam estar seguindo um

caminho transformador, para que no futuro, não só a escola, como também a

sociedade fosse mais justa. Nossos adolescentes e jovens estão confusos, pois

aprendem na escola que devem agir conforme a moral, a ética, devem seguir os

“bons costumes”, mas no dia-a-dia vivenciam as contradições como corrupção

administrativa em seu país, miséria e injustiça social. Essa lógica injusta precisa com

urgência ser superada, precisamos valorizar o ser humano e não o dinheiro.

Vivemos num país privilegiado, cheio de riquezas naturais, conhecido por sua

beleza e pela alegria de seu povo, porém toda essa beleza e alegria se contrapõe a

pobreza, a miséria, a fome, ao analfabetismo, a violência, ao descaso dos

governantes, a corrupção, ao desemprego, os baixos salários. Brasil, um país onde

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as desigualdades sociais são enormes, onde a pobreza e a miséria convivem lado a

lado com o luxo e a riqueza.

Essa realidade também pode ser vista no bairro em que o colégio está

localizado, pois em um pequeno espaço encontramos pessoas com bom poder

aquisitivo, enquanto alguns não conseguem manter sequer a sobrevivência, vivendo

dos recursos providos pelo governo. Pode-se dizer que algumas famílias buscam

através da educação e do trabalho melhorar suas condições de vida, enquanto

outros se acomodam ou recorrem aos meios ilícitos para suprir suas necessidades

básicas e/ou de consumo, aumentando ainda mais o índice de violência do bairro.

Essas características estão cada vez mais presentes nos jovens da comunidade,

onde roubar é questão de status, de poder, fator que está diretamente ligado a

impunidade.

No bairro, além da escola, não encontramos espaços destinados ao lazer e a

cultura, o que contribui para o envolvimento com as drogas e a violência, visto que

crianças, adolescentes e jovens ficam muito tempo ociosos.

Outra característica social que pode ser citada, é a desestrutura familiar, onde

crianças e adolescente ficam abandonados sem o acompanhamento dos pais, o que

reflete na falta de valores, de limites, e até mesmo falta de perspectiva de futuro.

Nos encontramos numa época de desconfiança, de pouca esperança, pois

ano após ano a população sofre com o descaso, com a falta de respeito por parte

das pessoas que decidem o rumo dos nossos municípios, estados ou do nosso país.

Hoje é tempo de pensar, de refletir como foi nosso passado, como é nosso presente,

e como será e o que será do nosso futuro.

Participamos de uma triste realidade, onde dia após dia ligamos a televisão, o

rádio, abrimos os jornais ou acessamos a internet, e nos deparamos com tragédias

como as guerras, a fome, a violência, a pobreza, as mortes, a corrupção, não

encontramos nenhum indício, nenhuma perspectiva de um futuro melhor.

Contudo, o que dizer de um povo que passa por tantas dificuldades e ainda

sim vive, ainda sim sorri? Pode-se dizer que esse é um povo que ainda sonha.

Sonha com um futuro melhor, com uma sociedade mais justa, com uma vida mais

digna.

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4.2. ESCOLA

Historicamente podemos dizer que a educação era um direito de poucos, logo

poucos tinham acesso a ela. Esses poucos a quem nos referimos, era um grupo

formado por alunos de classe alta, das famílias nobres, crianças pertencentes a

elite. Sendo a escola projetada para atender essa minoria dentro de suas

peculiaridades e interesses.

Hoje, a grande maioria da população tem acesso a escola. A educação

tornou-se um direito de qualquer cidadão, pois perante a lei todos são iguais e

possuem os mesmos direitos. Porém, não se repensou/reformulou a estrutura

escolar, os objetivos da educação, não nos projetamos para atender aos interesses

e peculiaridades dessa nova clientela. Agora existe escola para todos, ou quase

todos, mas ainda não existe escola diferente para cidadãos diferentes.

No Brasil, ainda vemos milhares de crianças e jovens em idade escolar longe

das salas de aula, uma realidade bem distante do que é proposto em lei, onde

educação é direito de TODOS, mas nem sempre é usufruída por todos, ou seja, a

escola não é para todos e sim para poucos, uma vez que continuamos seguindo um

sistema classificatório e excludente. Muitos alunos deixam os bancos escolares para

tentar ajudar financeiramente suas famílias através do trabalho, em alguns casos

trabalho ilegal, uma vez que entende-se que todo aluno que está em idade escolar,

deixa de freqüentar a escola para exercer qualquer outro tipo de atividade estará

agindo na ilegalidade, pois é dever do estado, da sociedade, e da família ofertar

ensino e zelar pela permanência do aluno na escola.

Quando falamos em papel da escola, percebemos que ela passou a ser vista

ao longo do tempo, como um local de “refúgio” para muitos alunos, ou então, um

local que os pais tem para deixar seus filhos para que não fiquem sozinhos em casa,

visto que para o sustento da família, é necessário que todos trabalhem. Contudo a

necessidade de aprender, de pensar, de se transformar em cidadãos críticos

acabam ficando em segundo plano. Assim, algumas vezes o papel da escola na

sociedade vai muito além de apenas trabalhar o conhecimento científico como era

até então, hoje, em muitas comunidades a escola é uma extensão do lar, ou seja,

muitas crianças precisam da escola até para suprir necessidades básicas que faltam

no lar, como saúde, alimentação e vestuário. Muitas crianças com problemas

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visuais, auditivos ou que sofrem maus tratos, são identificados pelo professor e

atendidos pela escola. Assim, ela passa a exercer um papel assistencialista.

Entendemos que a escola hoje deve trabalhar os conhecimentos

historicamente construídos, com vistas a formação de cidadãos críticos que possam

buscar formas de mudar senão a sociedade, pelo menos a sua realidade através da

cidadania, da luta por seus direitos e pelo cumprimento de seus deveres.

Com o passar dos anos e com os avanços tecnológicos, a educação escolar

veio perdendo espaço para outras formas de educar, de aprender. A grande

dificuldade da escola é a concorrência com a mídia, pois a mídia incute em nossos

alunos valores “invertidos”, devido a grande apelo do mundo comercial. A escola

ainda tenta, de forma tradicional, repassar saberes e valores humanos para

amenizar o paradoxo escola-sociedade, mas muitas vezes não obtém sucesso.

Precisamos de uma escola que seja capaz de transformar essa relação de

dominação que nossa sociedade apresenta, e que faça a verdadeira inclusão social

de nossos alunos.

Existem diversos tipos de escolas, mas não “funcionam” devidamente por

falta de apoio do governo em questões como: a falta de profissionais capacitados

em suas áreas de atuação, uma vez que hoje, ainda em que menor número,

professores formados em uma determinada disciplina lecionam em outras totalmente

opostas a sua formação devido a falta de profissionais capacitados.

No que se refere à estrutura física, existem várias formas e tipos de escola

diferentes, para classes diferentes, onde escolas centrais, que abrangem em sua

grande maioria alunos com melhores condições financeiras, possuem ótima infra-

estrutura, o que possibilita melhores condições de trabalho, enquanto as escolas da

periferia sofrem com o abandono, bem como os alunos que estão inseridos nela. As

escolas de periferia muitas vezes são esquecidas pelos governantes e mal vistas

pela própria comunidade na qual está inserida. Podemos dizer que em nosso estado

foram dados alguns passos importantes rumo a transformação desta triste realidade,

mas ainda é pouco perto do muito a ser feito.

Contudo, a escola busca atender às questões emergentes de nossa

sociedade, visto que todas recaem no espaço escolar.

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4.3. ALUNOS

Nossa clientela não apresenta um padrão definido, único. Temos vários tipos

de alunos alguns com bom padrão de vida, outros com dificuldades financeiras,

outros com relacionamentos familiares complicados, pais separados, ausentes,

famílias envolvidas com drogas, bebidas, entre tantos outros problemas que

encontramos no dia-a-dia de nossa sociedade.

Como não existem pessoas iguais, também não podemos generalizar todas

as famílias, cada família possui uma cultura própria, onde são passados hábitos,

costumes e valores. Muitos alunos fazem parte de famílias estruturadas, que

“sustentam” os filhos tanto na questão financeira quanto nos valores, através de

conselhos e exemplos. Existem outras, que apenas dão o apoio financeiro e não

participam da vida do filho. Temos ainda casos de alunos totalmente desprovidos de

condições financeiras, bem como de valores morais e éticos.

Geralmente as escolas da “periferia” atendem uma comunidade carente, onde

a maioria vive em um meio pouco promissor, com pouca perspectiva de um futuro

melhor. Os alunos que possuem uma condição melhor de vida, procuram as escolas

mais centrais em busca de educação de qualidade, uma vez que confundem

educação de qualidade com estrutura física de qualidade. Esses alunos geralmente

têm mais chances de dar continuidade aos estudos, pois têm outra perspectiva de

futuro.

Poucos alunos da rede pública de ensino possuem plenas condições de

crescimento e aprendizagem, que tenham uma boa alimentação, auxílio médico,

acesso a diversos tipos de músicas - além daqueles ofertados pela mídia, acesso ao

cinema e ao teatro, ou a outros momentos de lazer.

Muitas vezes por falta de oportunidade acabam se marginalizando, andando

nas ruas procurando o que fazer, e em muitos casos encontram a má companhia

que os leva a lugares que não são ideais. Nossos alunos são, muitas vezes,

crianças e adolescentes imaturos, deixam-se levar por influências externas, uma vez

que os valores familiares, como o respeito, o companheirismo, entre outros, não

estão enraizados em suas personalidades, acabam “caindo” na marginalidade ou

tornando-se dependentes químicos.

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Para que pudéssemos retratar a realidade da comunidade em que o Colégio

está inserido, com clareza e veracidade, foi desenvolvido junto aos alunos do Ensino

Fundamental e Médio uma pesquisa com questões relativas a dados gerais sobre a

realidade dos mesmos, além de outras questões que visam saber como agem e

pensam sobre os mais diversos aspectos, tais como: estudos, vida profissional,

lazer, família, sexo, religião e política.

A idade dos alunos atendidos pelo Colégio varia de 11 a 17 anos no Ensino

Fundamental e de 15 a 43 anos no Ensino Médio.

Os problemas encontrados quanto à idade – série, são devido ao grande

número de reprovações no Ensino Fundamental, ou quando o aluno resolve retomar

os estudos após um período de tempo considerável, esse fator é mais evidente no

Ensino Médio.

Encontramos na escola casos de alunos com dificuldades educativas

especiais, como: problemas de baixa visão, transtorno de conduta, e dificuldade de

aprendizagem.

No aspecto inerente a cor, constatou-se que:

A maior parte dos alunos matriculados mora no Jardim Social, bairro onde

localiza-se o Colégio. O estabelecimento também atende alunos provenientes de

bairros próximos como Jardim Helvídia, Bom Jesus, São Jerônimo (Saad), Rivabem,

Guabiroba, Francisco Gorski, Itaboa, entre outros. Parte dos alunos moram em

casas próprias, outros dividem espaço com demais membros da família, há aqueles

que moram em casas alugadas. O Colégio também “atende” a alunos de outras

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localidades do município, devido a falta de vagas nas escolas mais próximas das

suas moradias, devido a distância e a falta de transporte escolar, muitos desses

alunos abandonam os estudos, elevando o índice de evasão e abandono escolar do

Colégio.

De forma geral, hoje em nossa sociedade, o papel de crianças e adolescentes

é de colaborar com a manutenção da família, algumas vezes trabalhando, com

atividades rurais, outras, cuidando da casa, de irmãos menores, enquanto os pais

precisam trabalhar, outros, passam o tempo todo nas ruas, em companhia de

desocupados. Quando chegam na escola, não tem o menor interesse em estudar,

pois estão cansados, ou então a escola não é tão atrativa quanto a rua.

Muitos de nossos alunos, mesmo os do Ensino Fundamental, já

desenvolveram ou desenvolvem algum tipo de atividade remunerada como entrega

de panfletos, cuidam de crianças - babá, ou empacotador em mercados da cidade,

garçom, entre outros. Os alunos do Ensino Médio em sua maior parte trabalham

como frentistas ou vendedores no comércio local. É válido mencionar que conciliar

as atividades escolares com a profissional não é fácil, mas extremamente

necessário, pois almejam uma função ou um emprego melhor do que o

desempenhado atualmente.

Devido às injustiças sociais e a falta de oportunidade muitos alunos estão

desestimulados. Aqueles que possuem idade para trabalhar não encontram

emprego e acabam tendo dificuldade de manter os estudos, e quando estão

empregados, muitas vezes não conseguem conciliar estudo e trabalho, levando-os

assim ao abandono escolar.

A maioria dos lares é formado, em média, por 4 a 5 membros como mostra o

gráfico abaixo.

Existem casos de alunos que são criados pelos avós ou tios, os que moram

apenas com o pai ou a mãe devido a separação do casal, ou falecimento de um

deles. Temos ainda, famílias formadas pela segunda união do casal, onde homem e

mulher, ou um dos dois já trazem consigo filhos de outros relacionamentos.

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Devemos lembrar também, que existem casos de alunos (as) que ao longo do

ano letivo deixaram a escola para constituir outra família, em alguns casos mesmo a

aluna estando grávida, manteve-se na escola com o apoio dos pais.

A religião predominante é a católica, sendo a evangélica pouco mencionada.

Em pesquisa realizada observamos que 80% dos alunos têm religião, sendo que

70% são fiéis, muito embora 92% acreditem em Deus, porém percebeu-se que a

questão da fé é bem abstrata e pouco entendida por eles.

Em relação à escolaridade dos pais, pode-se dizer que alguns pais

concluíram a primeira etapa do Ensino Fundamental – 1ª a 4ª série, enquanto a

grande maioria não conseguiu vencer essa etapa, poucos são os pais que

terminaram o Ensino Fundamental e Médio, e o número se reduz mais ainda quando

trata-se do ensino superior, como segue no gráfico abaixo produzido com dados

fornecidos pelos pais no momento da matrícula para o ano letivo de 2010.

No dia-a-dia da escola observa-se que muitos pais usam como desculpa para

a falta de acompanhamento dos estudos dos filhos, sua pouca “instrução”,

justificando assim o abandono da vida escolar dos mesmos. Porém existem aqueles

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que mesmo com “pouca instrução” incentivam seus filhos a estudar, ou ainda

aqueles que com muito esforço voltam para os bancos escolares em busca do

conhecimento.

No que se refere às atividades profissionais desenvolvidas pelos pais, os

homens, em sua maioria, trabalham como operários nas indústrias existentes no

município, principalmente em cerâmicas. Encontramos outras profissões como

pedreiros, caminhoneiros, agricultores, mecânicos, motoristas, entre outras. Deve-se

lembrar também que algumas famílias sofrem com o desemprego.

A maior parte das mulheres dedica-se exclusivamente às atividades

domésticas e a educação dos filhos. As que trabalham “fora”, desenvolvem as

seguintes profissões: empregada doméstica, diarista, cozinheira, ceramista. Cabe

lembrar que algumas mulheres de nossa comunidade são responsáveis pelo

sustento do lar, pesando sobre seus ombros a responsabilidade de prover

alimentação, saúde e educação aos filhos.

Em relação aos alunos, constatamos que a minoria exerce alguma atividade

remunerada como segue, mas muitos já vivem o desejo de se inserir nesse mundo.

Inclusive quando perguntados sobre a escolha da profissão, 53% alegaram já

escolheram a profissão que irão seguir.

A renda salarial média de grande parte das famílias, como segue no gráfico,

varia de 1 a 3 salários mínimos, com os quais se garante a manutenção da família

no que se refere a alimentação, vestuário, transporte e serviços básicos. Mas,

existem também aqueles que não possuem renda fixa, pois sobrevivem do trabalho

temporário, dos chamados “bicos”.

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Durante a pesquisa várias questões foram levantadas para averiguar o nível

sócio-econômico da família, como “mostra” o gráfico a seguir.

Quanto às atividades de lazer preferidas por nossos alunos destacam-se a

prática de esportes, assistir televisão, realizar passeios, andar de bicicleta, ouvir

música e dançar. Os programas de televisão preferidos são novelas, filmes,

desenhos e programas de auditório. Ressalta-se que poucos fazem uso da TV como

meio de informação e acesso a fatos e notícias, mas sim como simples forma de

lazer e descanso. Observa-se que uma pequena parte dos alunos gosta de ler,

considerando-se que esse interesse sofre um decréscimo considerável de acordo

com o aumento da escolaridade. Desses, cerca de 60% afirmaram gostar de ler

histórias em quadrinhos, seguido de livros, revistas e jornais, em menor proporção.

Ca s a Pr ó p r ia

Ou t r o Im ó ve l

Ca r r o

Ap a r e lh o d e So m

Má q u in a d e La va r

0 %

1 0 %

2 0 %

3 0 %

4 0 %

5 0 %

6 0 %

7 0 %

8 0 %

9 0 %

Sim

Nã o

Nã o Op in a r a m

Prática de esportes

Leitura

Assintir TV

Ouvir música

Cinema/Teatro

Bares/Restaurantes

Convívio com os amigos

Outra opção

0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0%

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Na opção de programas com a família 76% dos alunos, em alguma ocasião

ou sempre, optam em sair com a família, comportamento que entendemos ser

primordial para o desenvolvimento do adolescente, e para o fortalecimento de sua

relação com a família.

Observou-se que entre 70% dos alunos pesquisados, os assuntos que estão

presentes nas conversas entre amigos são: o sexo, o namoro, as amenidades

(“fofoca”, “besteiras”, e TV). Já religião e política não aparecem como tema de

“discussão”.

Analisando os dados da pesquisa, constatou-se um dado alarmante, que cerca de

23%, dos 191 alunos pesquisados, já fizeram ou fazem uso de algum tipo de droga,

sendo que destes, 53% tiveram contato com a droga com 14 anos ou menos. As

drogas mais consumidas, ou de mais fácil acesso são o álcool, os solventes e o

tabaco, sendo também citada a maconha, a cocaína, o crack e até a heroína.

Sabemos que nem todos os alunos usuários se pronunciaram, pois esse é um tema

pouco discutido na escola, temido na sociedade e repudiado pela família.

Outra característica dos alunos da sociedade moderna, é o “contato precoce”

com o sexo, na mesma pesquisa citada acima, cerca de 29% dos alunos já tiveram

iniciaram a vida sexual, sendo que a maioria com 15 anos ou menos de idade.

Destes, 54% relataram que a primeira relação não foi com um namorado (fixo), mas

sim com um amigo ou outra pessoa. Isso mostra que para nosso alunos o sexo é

algo banal. Esses dados nos defrontam com outro problema encontrado nas salas

de aula, a gravidez na adolescência, condição essa que lava muitas alunas a deixar

a sua educação formal/científica, para educar, muitas vezes sem apoio, um novo

ser.

Quando questionados do por que estudam, percebemos que nossos alunos

reconhecem que a educação escolar é importante para suas vidas, como segue no

gráfico abaixo, mas poucos compreendem que ela auxilia no desenvolvimento

pessoal e na aquisição de conhecimentos básicos necessários à vida em sociedade.

A maioria vincula a formação escolar ao ingresso no mercado de trabalho e a um

futuro melhor ou mais promissor.

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32

N

o decorrer da pesquisa percebemos que 57% dos alunos afirmaram que em geral

quando estão na escola prestam atenção nas explicações e participam das

atividades propostas pelos professores.

Segundo a pesquisa, o modelo de boa escola para nossos alunos, ainda é a

forma tradicional, onde o professor passa o conteúdo no quadro, cabendo a eles

copiar e depois memorizar para realizar as provas. Quando a aula foge dessa linha

não sabem lidar com a situação, pois sentem dificuldade no trabalho em grupo, não

sabem buscar o conhecimento (pesquisar) e geralmente não são questionadores.

Pode-se dizer que aos poucos essa realidade vem sendo transformada através de

um longo trabalho de conscientização.

Mesmo tendo essa visão de educação tradicional, cerca de 80% dos alunos

relatam que existe a necessidade de alteração do currículo escolar e da prática

pedagógica por parte de alguns professores. No que se refere à avaliação, 83%

deles afirmam ser avaliados de forma justa.

Há alunos que encontram na escola uma forma de extravasar seus anseios e

frustrações, deixando de lado o mais importante, a aprendizagem, o conhecimento.

O plano de futuro para a maior parte deles é o de concluir o ensino médio e tornar-

se operário de alguma empresa da região. Como reflexo dessa realidade, o número

de alunos que ingressam em um curso superior é baixo, porém essa realidade vem

mudando de forma gradativa e lenta.

A realidade apresentada reflete-se diretamente nos índices de aprovação,

aprovação por conselho de classe, reprovação e evasão escolar, como mostram os

dados dos dois últimos anos letivos, 2008 e 2009.

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0

10

20

30

40

50

60

70

Aprovação Aprovação por

Conselho de

Classe

Reprovação Evasão

5ª Série / 6º Ano

2008

2009

0

10

20

30

40

50

60

Aprovação Aprovação por

Conselho de

Classe

Reprovação Evasão

6ª Série / 7º Ano

2008

2009

01020304050607080

Aprovação Aprovação por

Conselho de

Classe

Reprovação Evasão

7ª Série / 8º Ano

2008

2009

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34

01020304050607080

Aprovação Aprovação por

Conselho de

Classe

Reprovação Evasão

8ª Série / 9º Ano

2008

2009

0

10

20

30

40

50

60

Aprovação Aprovação por

Conselho de

Classe

Reprovação Evasão

1ª Série

2008

2009

0

10

20

30

40

50

60

Aprovação Aprovação por

Conselho de

Classe

Reprovação Evasão

2ª Série

2008

2009

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0

10

20

30

40

50

60

70

80

Aprovação Aprovação por

Conselho de

Classe

Reprovação Evasão

3ª Série

2008

2009

4.4. PROFESSORES

As dúvidas que pairam sobre “o que ensinar” cercam a humanidade desde os

tempos remotos. Essa realidade continua presente em nossa escola, uma vez que

fazemos uso de suportes didáticos que não atendem muitas vezes a real

necessidade de nossos alunos, cabendo ao professor propor critérios básicos e

necessários para que “o que ensinar” atenda aos anseios de “a quem ensinar', num

conjunto sincronizado e eficiente para a formação de cidadãos críticos e

participativos na sociedade. Porém ainda encontramos em nossa escola

profissionais que não tem essa mesma visão, professores que ainda fazem uso do

livro didático como principal fonte de conhecimento, como norteador do seu trabalho

pedagógico em sala de aula, esquecendo que esse deveria ser apenas um

complemento, um auxílio ao seu trabalho.

Os professores tem a função de não apenas ensinar mas de fazer o aluno

compreender. Cabe a ele respeitar a diversidade de cada aluno, e reconhecer a

dificuldade de cada um deles, e incentivá-los a persistir em sua busca ao

conhecimento,pois o processo educacional deve ser dinâmico, já que a escola

oferece aparatos tecnológicos, possibilitando aos alunos alcançarem os objetivos

propostos pelos professores.

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Embora o sistema faça com que muitos professores não criem vínculo com a

escola, a maioria vem se esforçando para que a educação progrida cada vez mais.

Acreditando e defendendo a formação continuada como meio de

transformação, interação e envolvimento de todos no processo com subsídios

importantes para o dia a dia escolar.

Cabe ao professor, além de sua formação específica, ampliar seus

conhecimentos, mantendo-se atualizado para melhorar e aprimorar sua prática

pedagógica.

4.5. FUNCIONÁRIOS

A escola a qual conhecemos, há várias pessoas envolvidas no processo

educacional, desde os agentes educacionais até o diretor, cada qual com a sua

responsabilidade e importância no processo de ensino aprendizagem de nossos

alunos. O que falta para a escola é uma interação maior entre as pessoas, pois o

trabalho em equipe fará com que as dificuldades sejam sanadas mais rapidamente.

Nesse âmbito, temos o nosso funcionário, desempenhando uma função importante,

como qualquer outro, é ele que prepara toda a estrutura para um melhor rendimento

de alunos e professores, procurando realizar suas atividades sempre visando o

melhor do aluno.

A escola funciona como um todo. Por isso a necessidade de conhecer e

valorizar a função desenvolvida por todos.

Atualmente a escola vem desenvolvendo momentos de interação com toda

equipe, proporcionando a troca de ideias, resolução de problemas e um

conhecimento geral do andamento da escola, visando avaliar o trabalho

desenvolvido e construindo projetos futuros.

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5. MARCO CONCEITUAL

A escola está inserida numa sociedade capitalista, sendo este sistema

excludente e que exige cada vez mais a escolarização das pessoas que já estão

trabalhando ou que ainda irão ingressar no mundo de trabalho. Devido esse sistema

a sociedade acaba se tornando cada vez mais individualizada, onde o que importa é

a posição que o indivíduo ocupa e os bens que possui, cabendo aos menos

favorecidos a impressão de que não são capazes e que sua situação é sua própria

culpa – ideologia neoliberal.

A sociedade gera indivíduos de primeira e segunda classe, onde há os que

ocupam uma posição melhor e que serão formados numa escola separada dos

demais, ou seja, serão os futuros chefes e a outra que irá preparar os subalternos.

Esta dualidade do sistema de ensino é aceita em nossa sociedade como normal e

cabe a escola pública resgatar os indivíduos menos favorecidos desse sistema e

buscar melhor prepará-los para a convivência nesta sociedade, como lhes é

garantido por lei:

A Constituição Federal do Brasil incorporou como princípio que toda e qualquer educação visa o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (CF art.2005). Este princípio é retomado pelo art. 2º da LDB, após o reconhecimento da importância da vinculação entre mundo escolar e mundo do trabalho. Logo, pessoa, cidadania e trabalho são três conceitos que sistematizam os fins da educação e até mesmo da ordem social (CURY, 2002, p.28, grifo do autor).

Partindo da Carta Magma e do ECA (lei 8.069/90) onde coloca-se o direito à

educação como um dos requisitos básicos para a construção da solidariedade e da

cidadania, a garantia de acesso e permanência na escola são encarados como

direitos a serem tutelados pelo Estado. Como segue em alguns artigos do Estatuto

da Criança e do Adolescente:

Art. 53º. A criança e o adolescente têm direito a educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, (...)

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Art. 4º. É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Art. 5º. Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.

Entende-se que para que tenhamos uma sociedade mais justa e não

excludente, a escola exerce papel fundamental, pois é na escola que nossos alunos

entram em contato com o saber que foi construído durante anos. É importante que o

aluno ao entrar em contato com esse saber, saiba que relação ele tem com o nosso

dia-a-dia, e que a aquisição do mesmo é importante, uma vez que o trabalho

educativo que visa produzir os elementos e recursos necessários a uma existência

produtiva numa dada sociedade humana, historicamente situada.

Para dar conta das demandas sociais, a escola não pode mais refletir e seguir

os moldes da educação bancária, mas sim apropriar-se da concepção pedagógica

da escola histórico crítica dos conteúdos, pois entende-se que a escola é um espaço

social onde os sujeitos se apropriam do saber universal, onde os conhecimentos

produzidos historicamente são socializados a todos, como instrumento de

compreensão da realidade social e atuação crítica e democrática para a

transformação desta realidade.

A lógica do capitalismo já está imposta, cabe a escola pública dentro deste

sistema, buscar cada vez mais meios de transformação desse realizada,

promovendo um educação de qualidade. Os conhecimentos que devem ser

trabalhados terão como meta à formação omnilateral do homem, ou seja, em toda a

sua integralidade levando o aluno ao domínio do método científico, das formas de

comunicação, de relacionamento e organização coletiva, de maneira a utilizar

conhecimentos científicos e estabelecer relações sociais de modo articulado para

resolver problemas da prática social e produtiva.

O currículo da escola que se quer não precisa ser necessariamente novo,

mas que haja uma generalização de conhecimentos que até o presente momento

estão sob o controle de uma pequena parcela da população. Os conteúdos das

disciplinas deverão ser democratizados para toda a população, já que estes

conhecimento são necessários para que participem da sociedade que cada vez mais

reúne ciência e tecnologia. A escola assim deixaria de distribuir o conhecimento de

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forma desigual e haveria dessa forma uma verdadeira democratização dos

conteúdos, que levaria a uma nova organização social.

A teoria histórico crítica dos conteúdos pressupõe um método dialético onde o

processo de ensino aprendizagem decorre das relações estabelecidas entre

conteúdo – método e concepção de mundo, que deve ter a prática social como

ponto de partida, pois entende-se que é por meio do conhecimento e do trabalho

que o homem se humaniza toma consciência da sua realidade, se instrumentaliza e

a transforma.

Refletindo sobre a função da escola, como espaço onde os alunos ampliam

seus saberes para exercer a cidadania, sendo respaldada na lei que garante o

acesso e a permanência do aluno em idade escolar e aqueles que não tiveram

acesso em idade própria, para garantir que esse processo ocorra, a escola deve

constantemente rever sua prática pedagógica, reformulando currículo e adaptando

às realidades e implementando promovendo ações de apoio a cultura afro-brasileira,

preservação ambiental, cuidados com o patrimônio, mostras culturais e científicas,

gincanas culturais, visitas a museus, reservas ecológicas, entre outros, garantindo

assim, o conhecimento científico, artístico e cultural.

As políticas educacionais devem garantir a diversidade cultural sem que haja

desigualdade, isso também se faz através da relação professor – aluno. Nesse

propósito, os professores devem estar constantemente atualizando-se e

freqüentando cursos, grupos de estudos e discussões para que possam garantir

qualidade no ensino, independente das condições sociais, econômicas e culturais

dos alunos. Pois de acordo com Freire (2000), a escola deve respeitar as diferenças

individuais que os alunos trazem, sejam elas de linguagem, sintaxe ou prosódia,

assim como deve respeitar a autonomia do aluno, e na prática procurar a coerência

do saber, pois é de bom senso que as condições sociais, culturais e econômicas de

seus alunos, famílias e vizinhos não impeçam a escola de realizar um bom trabalho

pedagógico, buscando para tanto, meios para os educandos terem uma

aprendizagem concreta.

A diversidade é caracterizada pelas diferenças ou características entre os

grupos sociais. Já a cultura se afirma pelos diferentes modos de vida, é a partir

dessa cultura que os seres constituem sua identidade.

Levando-se em consideração tais conceitos (diversidade e cultura) as práticas

pedagógicas desenvolvidas pela escola não podem ser a mesma para todos. Pois

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algumas crianças, adolescentes, jovens e adultos conseguem aprender conforme

certos padrões didáticos homogêneos, mas outros necessitam de práticas

diferenciadas. Logo a escola é lugar de cultura, é onde diferentes talentos, formas

de vida e de cultura estão reunidos, sendo assim, precisa-se tomar cuidado com as

práticas pedagógicas aplicadas para que não haja desigualdade e que essas

diferenças tornem-se apenas formas de cultura e não discriminação.

Sabe-se que muitas vezes a discriminação está diretamente ligada à evasão

escolar, sendo necessário a realização de um trabalho de orientação educacional

coletivo, onde, professores e equipe pedagógica devem trabalhar constantemente

na busca de soluções para as questões emergentes a seu tempo.

Escola e professores devem estar preparados para formar um aluno crítico.

Mas como? Desenvolvendo nesse o interesse pelo saber, relacionando o saber ao

seu dia a dia, motivando-o, despertando nele a curiosidade, a vontade da aprender e

pesquisar, utilizando para alcançar esse objetivo diversas técnicas e recursos.

Conforme o art 2º da LDB, “ educação, dever da família e do Estado,

inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por

finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da

cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Num currículo que contemple a

presente lei, não há espaço para repetição, memorização, aprendizagem de

conteúdos e de formas operacionais parciais, as quais devem ser substituídas pelo

raciocínio lógico, habilidades comunicativas, pela capacidade de discernir, de criar,

de construir soluções originais, de não se satisfazer, mas buscar educar-se

continuamente.

O que se almeja é a formação de um novo homem para agir numa nova

sociedade, esta sendo mais democrática demanda por um currículo que tenha um

caráter político, que fuja de uma grade que articula disciplinas e horas, mas que seja

o resultado de um projeto intencional de formação humana orientado para uma

utopia, ao redor do qual se articulam todos os esforços da comunidade escolar, e

para que isso ocorra é preciso consenso da comunidade escolar sobre os conteúdos

do projeto político-pedagógico.

O maior desafio é a mudança do trabalho pedagógico e do currículo

enciclopedista, pois há anos que as disciplinas que compõe o currículo têm seus

interesses intelectuais que preocupavam os pensadores da Grécia clássica e sem

desmerecer estes conhecimentos resta, a saber, se os temas que constituem as

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disciplinas atuais, dão conta das necessidades atuais da sociedade, pois os filósofos

constituíam uma elite, a qual estudavam temas que estavam distantes do trabalho,

da vida cotidiana e da aplicação prática. Hoje se educa para formar pessoas

capacitadas para o mundo do trabalho, com um perfil pré-determinado pela

sociedade capitalista, mas o compromisso da escola é democratizar o conhecimento

como estratégia de construção de uma sociedade na qual todos tenham direitos

iguais. Por isso, os professores em sua dimensão de intelectual coletivo, devem

avaliar os conteúdos que têm sido reproduzidos nas práticas escolares, estas com

apoio na tradição, e buscar na sociedade novos conteúdos sobre os quais se

constroem os modos de produzir e de organizar a vida individual e coletiva, sem

deixar de tomá-los na sua perspectiva histórica e sua relação com a lógica concreta

que rege o movimento das relações sociais.

De acordo com Freire (2000), o professor deve saber que ensinar não é

transmitir conhecimento, mas criar possibilidades para que o aluno adquira a própria

produção ou construção do mesmo, deve ter consciência que terá que formar seres

sujeitos da história e não meros “objetos sociais”; deverá capacitá-los de forma que

possam intervir no mundo, decidir, romper e escolher, além de serem capazes de

grandes ações; deve saber que ensinar exige a apreensão da realidade para que

sejamos capazes de não apenas, mas sobretudo, transformar a realidade e nela

intervir.

Para que esse objetivos se efetivem, com vistas a uma educação de

qualidade, a organização interna da escola deve dar atenção a toda dimensão

escolar, desde o financiamento, espaço físico, gestão, equipamentos, recursos

humanos, currículo, atendimento à clientela – pais, alunos, conforme a lei vigente

LDB 9394/96:

Art. 3º. O ensino será ministrado com base nas seguintes princípios: I. igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o

saber; III. pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; IV. respeito à liberdade e apreço à tolerância; V. (...) VI. (...) VII. (...) VIII. gestão democrática, do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas

de ensino; IX. garantia de padrão de qualidade;

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X. valorização da experiência extra-escolar; XI. vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

Seguindo tais princípios, há também a busca da integralidade da escola para

a obtenção dos resultados esperados. Para isso seu ambiente interno deve

favorecer a prática democrática, onde todos tenham direitos iguais e sejam ouvidos

em suas reivindicações, assim não só essa instituição será verdadeiramente

democrática, como também a sociedade por influência desta.

Entenda-se gestão democrática segundo a explicação de Paro (2004, p.16):

Aceitando-se que a gestão democrática deve implicar necessariamente a participação da comunidade, parece faltar ainda uma maior precisão do conceito de participação. A esse respeito, quando uso esse termo, estou preocupado, no limite, com a participação nas decisões. Isso não elimina, obviamente, a participação na execução; mas também não a tem como fim e sim como meio, quando necessário, para a participação propriamente dita, que é a partilha do poder, a participação nas tomadas de decisões.

A verdadeira democracia deve também vir de fora para dentro da escola, pois

enquanto os alunos tiverem dificuldades em sua permanência e acesso ao sistema

escolar, não estará havendo uma sociedade democrática e esta dívida social exige

esforço dos gestores públicos nos níveis estadual e nacional, que devem ampliar as

vagas e elaborar políticas públicas para permanência desses alunos no sistema.

Cabendo a eles propor melhoria na qualidade do ensino, em equipamentos,

ampliação do espaço físico e na qualificação permanente dos professores e que

estes tenham boas condições de trabalho e remuneração, pois a educação não é

voluntariado, improvisação, mas exige relações de trabalho claramente

regulamentadas, sendo que os alunos têm o direito a serem educados por

professores adequadamente capacitados e com seus direitos respeitados, como

acontece em todos os campos profissionais.

É imprescindível numa gestão democrática a socialização do conhecimento

entre todos os envolvidos, buscando os reais fins da educação, bem como, avaliar

avanços e não contradições no desempenho dos papeis de cada integrante. Tais

ações propiciarão uma melhora na organização da infra-estrutura, da administração

e do processo pedagógico.

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A formação permanente deve ter como objetivo a reflexão e a elaboração das

equipes sobre a sua prática, assim, faz-se necessário que a capacitação do

professor seja coerente com os princípios que se quer que ele internalize e aplique,

fazendo-os tomar consciência dos conceitos que estão em jogo e da forma como se

desenvolvem as situações de aprendizagem. A situação de capacitação deve ser um

exercício ou exemplo daquilo que se quer que ele desenvolva na sua prática

pedagógica.

Entendendo gestão democrática como participação nas tomadas de decisão,

devemos voltar nosso olhar para as instâncias colegiadas, pois é por meio delas que

a participação acontece, pois são formadas por representantes de todos os

seguimentos da comunidade escolar. Nesse meio é que devem ser promovidas a

tomadas de decisões, tomando como ponto de partida a função social da escola. De

acordo com Veiga (1998 p. 114), “ ... o funcionamento de uma organização escolar é

fruto de um compromisso entre estrutura formal e as interações que se produzem no

seu interior.”

5.1 AS INSTÂNCIAS COLEGIADAS E A DEMOCRATIZAÇÃO DA ESCOLA

PÚBLICA

5.1.1 Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um importante espaço no processo de democratização

da escola, na medida em que reúne: direção, representantes da equipe pedagógica,

do corpo docente, dos agentes educacionais I, dos agentes educacionais II, do

corpo discente e dos pais, para discutir e planejar as atividades da escola.

Assim o Conselho Escolar será um fórum permanente de debates de

articulação entre os vários setores da escola, tendo em vista o atendimento das

necessidades educacionais e os conhecimentos necessários à soluções de

questões pedagógicas administrativas e financeiras, que possam intervir no

funcionamento da mesma.

Assim, segundo Veiga (1994, p.116):

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O Conselho Escolar deverá, portanto, favorecer a aproximação dos centros de

decisão dos atores. Isso facilita a comunicação, pois, rompendo com as relações burocráticas e formais, permite a comunicação vertical e também horizontal. Sob essa ótica, o Conselho possibilita a delegação de responsabilidades e o envolvimento de diversos participantes. É um gerador de descentralização. É o órgão máximo de decisão no interior da escola, procura defender uma nova visão de trabalho.

5.1.2 APMF - Associação de Pais, Mestres e Funcionários

A APMF é uma das instâncias colegiadas da escola que tem como objetivo o

aprimoramento da educação, a integração da família-escola-comunidade e a

efetivação da gestão democrática, sendo formada por representantes do corpo

docente, discente, funcionários e pais de alunos. Segundo Veiga (1994, p.118) “a

APM deverá exercer a função de sustentadora jurídica das verbas públicas

aplicadas pela escola, com participação dos pais no seu cotidiano em cumplicidade

com a administração (...)”.

Veiga (1994, 120) complementa ainda que:

A participação de pais, professores, alunos e funcionários por meio da APM dará autonomia à escola, favorecendo a participação de todos na tomada de decisões no que concerne às atividades curriculares e culturais, à elaboração do calendário escolar, horário de aulas etc; enfim, a definição da política global da escola, ou seja, a construção do seu projeto político-pedagógico.

5.1.3 Grêmio Estudantil

O grêmio é a organização que representa os interesses dos estudantes na

escola. Ele permite que os alunos discutam, criem e fortaleçam inúmeras

possibilidades de ação tanto no próprio ambiente escolar quanto na comunidade,

sendo também um importante espaço de aprendizagem, cidadania, convivência,

responsabilidade e de luta por direitos, sendo formado apenas por alunos, de forma

independente, desenvolvendo atividades curriculares e esportivas, produzindo jornal,

organizando debates sobre assuntos de interesse dos estudantes, quando não

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fazem parte do Currículo Escolar, e também organizando reivindicações, tais como

compra de livros para a biblioteca, transporte gratuito para estudantes, entre outros.

O grêmio estudantil não terá caráter político-partidário, religioso, racial e

também não deverá ter fins lucrativos.

O trabalho do grêmio é definido pelo conjunto de estudantes. O que assegura

esta organização são as leis:

Lei Federal nº 7.398, de novembro de 1985;

Lei Estadual nº 11.057, de 17 de janeiro de 1995

São alguns objetivos do grêmio estudantil:

Congregar e representar os estudantes da escola;

Defender seus direitos e interesses;

Cooperar para melhorar a escola e a qualidade do ensino;

Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e educacional com

outras instituições.

Contudo entende-se que, segundo Veiga (1994, p.122) “o grêmio estudantil

não é um instrumento de luta contra a direção da escola, mas uma organização

onde se cultiva o interesse dos estudantes, onde eles têm possibilidades de

democratizar decisões e formar o sentimento de responsabilidade”.

5.1.4 Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um órgão colegiado criado para que haja a

integração dos profissionais que atuam na escola e que deve ser utilizado para uma

reflexão e avaliação do desempenho dos alunos e práticas pedagógicas. Devendo

ser entendido como um espaço democrático, pois agrega todos os professores

envolvidos com o trabalho pedagógico da escola, gerando uma rede de relações

entre conteúdos e metodologias.

Dalben (2004) discute a questão da fragmentação que ocorre nas escolas,

primeiramente aulas dispostas por disciplinas, disciplinas dispostas por números de

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aulas, e essa por sua vez fragmentadas em tempos previamente estipulado, o que

dificulta a inter-relação dos profissionais envolvidos com o processo pedagógico,

sendo o conselho de classe um dos poucos momentos que permite uma troca de

experiências de forma integrada por parte dos professores das várias disciplinas.

O Conselho de Classe é formado preferencialmente por docentes e equipe

pedagógica, mas pode contar com pais e alunos, já que estes últimos são a figura

central das discussões e avaliações. Por se tratar de um “espaço interdisciplinar de

estudo e tomada de decisões sobre o trabalho pedagógico desenvolvido na escola”

é também um órgão deliberativo sobre objetivos de ensino, critérios de seleção de

conteúdos curriculares e formas de acompanhamento dos alunos.

Entendendo que a tarefa central da escola é oportunizar situações didáticas

para que a aprendizagem ocorra, e que a aprendizagem é a atividade do aluno e

isso exige uma disposição em querer aprender, Veiga (1994, p.117) aponta que,

“avaliar é efetivar oportunidades de ação-reflexão, num acompanhamento contínuo

dos professores que levará ao aluno a novas questões. É preciso deixar claro que o

Conselho de Classe é o ensino e suas relações com a avaliação da aprendizagem”.

Assim, de acordo com Veiga (1994, p.118) “(...) cabe ao Conselho de Classe

dar conta de importantes questões didático-pedagógicas, aproveitando seu potencial

de gerador de idéias e como um espaço educativo”.

5.2. AVALIAÇÃO

O maior objetivo do professor não deve ser o de saber o quanto o aluno sabe, mas sim o de garantir a aprendizagem de todos (VASCONCELLOS, 1995, p. 49).

Antes de qualquer “discussão” ou definição sobre a avaliação, devemos parar

e perguntar, avaliar para quê? Para atribuir nota, classificar, verificar o “nível de

aprendizagem”, para registro visando a promoção dos alunos, para analisar o

conhecimento do educando, para fazer reflexão da prática pedagógica, a fim de

selecionar os melhores, rotular, discriminar, marginalizar, punir / castigar,

desmerecer, constatar as falhas, ver quem assimilou os conteúdos, quem alcançou

os objetivos... Afinal avaliar para quê?

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Segundo Vasconcellos (1995, p.46),

o conhecimento não tem sentido em si mesmo: deve ajudar a compreender o mundo e nele intervir. Assim sendo, compreendemos que a principal finalidade da avaliação no processo escolar é ajudar a garantir a construção do conhecimento, a aprendizagem por parte dos alunos (grifo do autor).

Enquanto educadores, devemos saber distinguir avaliação de nota, como

apresenta Vasconcellos (1995, p.43):

a avaliação é um processo abrangente da existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar obstáculos. A nota, seja na forma de número (ex.: 0-10), conceito (ex.: A, B, C, D) ou menção (ex.: Excelente, Bom, Satisfatório, Insatisfatório) é uma exigência formal do sistema educacional. Podemos imaginar um dia em que não haja mais nota na escola - ou qualquer tipo de reprovação -, mas certamente haverá necessidade de continuar existindo avaliação, para poder se acompanhar o desenvolvimento dos educandos e ajudá-los em suas eventuais dificuldades (grifo do autor).

Seguindo o princípio de avaliação apresentado por Vasconcellos, o Colégio

faz uma avaliação diagnóstica, contínua, permanente em função dos adjetivos, e

tem por finalidade auxiliar a aprendizagem do educando, obedecendo à ordenação e

seqüência do ensino, bem como a orientação do currículo. Portanto esta deve refletir

a totalidade das produções do aluno, fugir do modo tradicional e possibilitar a

visualização tanto dos resultados mais gerais quanto das especificidades, estando

presente em todos os momentos do processo de ensino aprendizagem.

LUCKESI (2203, p.93-94) afirma que

... em raras situações, encontram-se professores que fazem da aferição da aprendizagem um efetivo ato de avaliação. Para eles, a aferição da aprendizagem se manifesta como um processo de compreensão dos avanços, limites e dificuldades que os educandos estão encontrando para atingir os objetivos educacionais. A avaliação assim, torna-se um excelente mecanismo subsidiário da condução da ação.

O momento de avaliação do aproveitamento escolar não é o ponto definitivo

de chegada, mas um momento de parar para observar se a caminhada está

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ocorrendo com a qualidade que deveria ter e a avaliação manifesta-se como um ato

dinâmico que qualifica e subsidia o reencaminhamento da ação, possibilitando

conseqüências no sentido da construção dos resultados que se deseja.

Para que se utilize corretamente a avaliação no processo ensino-

aprendizagem no contexto escolar, importa estabelecer um padrão mínimo de

conhecimentos, habilidades e hábitos que o educando deverá adquirir e não uma

média mínima de notas, como normalmente acontece. É necessário definir que o

mínimo necessário não significa ater-se a ele. O mínimo necessário deverá ser

ensinado e aprendido por todos, mas deverá ir além dele.

Assim, caberá ao professor, junto a equipe pedagógica, fazer uma auto-

crítica, abrindo mão do uso autoritário da avaliação que o sistema lhe faculta, lhe

autoriza; revendo a metodologia de trabalho em sala de aula; alterando a postura

diante dos resultados da avaliação; criando uma nova mentalidade junto aos alunos,

aos colegas educadores e aos pais. Para isso, seguem alguns pontos importantes,

segundo Vasconcellos (2006) a serem observados, pela comunidade escolar

mediante ao processo avaliativo, sendo eles:

Não prender-se só as provas - diversificar as formas de avaliação:

atividades por escrito, dramatização, trabalho de pesquisa, avaliação oral,

experimentação, desenho, maquete, etc. (levar em consideração os

estágios de desenvolvimento dos educandos);

Diversificar os tipos de questões: testes objetivos, V ou F, palavras

cruzadas, completar, pedir desenhos, enumerar de acordo com ordem de

ocorrência, copiar parte do texto de acordo com critério, associar, formar

frases com palavras dadas, etc. Destacamos, no entanto, a necessidade

de espaço para a avaliação dissertativa, por dar a oportunidade de

expressão mais sintética do conhecimento (síntese construída pelo aluno).

Dar peso maior para questões dissertativas, por exigirem maior empenho

e domínio do conhecimento;

Contextualizar as questões: questões a partir de texto, perguntas

relacionadas à aplicação prática, problemas com significado,

acompanhados por desenhos, gráficos, esquemas, etc.;

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Colocar questões a mais, dando opção de escolha para os alunos (este

recurso é simples e dá oportunidade de maior individualização das

avaliações);

Dimensionar adequadamente o tempo de resolução da avaliação, de

forma a evitar a ansiedade. Não ficar fazendo pressão durante a aplicação

(“faltam 30”‟; “faltam 25”‟ , etc.);

Ao invés de “prova”‟ (ninguém tem que provar nada para ninguém), usar o

termo “atividade”; substituir a “folha de prova” por “folha de atividades”,

que também pode ser usada para trabalhos, pesquisas e etc.(lembrar, no

entanto, que não se trata apenas de mudar o termo...);

Deixar muito claro para os alunos e os pais quais os critérios de

avaliação que estão sendo adotados pelo professor. O educando deve

saber o que vai ser exigido dele. E sistematicamente o fator sorte, pois

este leva à irresponsabilidade, à convicção mística;

Realizar avaliação em dupla e/ou em grupo (sem dispensar a individual);

Fazer avaliação com consulta;

Elaborar avaliações interdisciplinares (questões comuns servindo para

duas ou mais disciplinas)

Alunos elaborarem sugestões de questões (ou propostas de trabalhos)

para a avaliação;

Não incentivar a competição entre os alunos, ou, melhor dizendo,

combater sua ocorrência, pela não valorização da nota, de uma vez que,

normalmente, a competição já esta presente no contexto social. Não

comparar alunos entre si; cada um deve ser comparado a si mesmo;

comparações criam competição, ódio, inveja, desanimo.

A avaliação não deve ser elaborada por terceiros, mas sim pelo próprio

professor.

Não fazer a avaliação de cunho decorativo, deve ser reflexiva, relacional e

compreensiva.

O sistema de registro de avaliação adotado pelo Colégio é Trimestral, sendo

os resultados da avaliação expressos através de notas computados trimestralmente,

em várias aferições na seqüência e ordenação dos conteúdos, trabalhos individuais

e em equipe, por meio de testes, debates, entrevistas, atividades escritas ou orais e

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demais modalidades que se mostrem aconselháveis e de aplicação possível. Como

forma de garantia, de que o aluno está sendo avaliado continuamente, independente

da disciplina e do número de aulas,

Conforme previsto em lei, é garantida ao aluno a recuperação paralela

quando o mesmo não tenha atingido 60% do valor da avaliação. O aluno terá direito

a realizar 2ª chamada da atividade avaliativa mediante apresentação de atestado

médico ou declaração de trabalho ou justificativa dos pais.

O cálculo da Média Anual para efeito de promoção será feito na forma de

média aritmética simples, ou seja, soma-se as notas do 1º trimestre, do 2º trimestre

e do 3º trimestre e divide por três, como está representado na formula:

Média Anual = 1º trimestre + 2º trimestre + 3º trimestre

3

Para a promoção, os alunos deverão atingir a média 6.0 (seis) em todas as

disciplinas e freqüência superior a 75% do total da carga horária do ano letivo, visto

que é essa a exigência do sistema educacional vigente.

A classificação é o procedimento que o Estabelecimento de Ensino adota

para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com a idade, experiência e

desenvolvimento adquiridos por meios formais ou informais, podendo ser realizada:

por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série

ou fase anterior, no próprio Colégio;

por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do

país ou do exterior, considerando a classificação da escola de origem;

independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para

posicionar o aluno na série, compatível ao seu grau de

desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou

informais.

A reclassificação é o processo pelo qual o Estabelecimento de Ensino avalia o

grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano,

levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de

estudos compatível com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do

que registre o seu Histórico Escolar. Cabe aos professores, ao verificarem as

possibilidades de avanço na aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e

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com freqüência na série, dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma

possa iniciar o processo de reclassificação. O aluno reclassificado deve ser

acompanhado pela equipe pedagógica, durante dois anos, quanto aos seus

resultados de aprendizagem.

Os registro das avaliações são feitos nos Livros Registros, sendo repassados

aos alunos e responsáveis por meio dos boletins entregues em reuniões individuais

ou coletivas. Os resultados finais são transcritos em Relatórios Finais,

encaminhados para a SEED, e no Histórico Escolar.

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6. MARCO OPERACIONAL

Formar um cidadão crítico e reflexivo é o ideal de toda escola. Ideal esse que

muitas vezes não conseguimos atingir, algumas vezes por não estarmos

trabalhando de forma adequada, uma vez que continuamos seguindo a visão

tradicional de transmissão de conhecimentos e saberes fragmentados, que não

estabelecem vínculo com a realidade que vivemos. Esses saberes são importantes

para o desenvolvimento de um cidadão crítico, preparado para atuar no mundo de

trabalho, como propõe a lei vigente, mas cabe lembrar, que para esses saberes

sejam válidos, esses devem ser significativos para os alunos, os quais devem

compreender porque estudam fatos que ocorram no passado, devem entender que

esses são conteúdos válidos sim, pois mostram a transformação histórica de nossa

sociedade, mas para aprendê-los necessitamos compreender a importância que

possuem para o desenvolvimento social. Não queremos ensinr por ensinar, apenas

cumprir com o currículo proposto, ou apenas fingir que estamos ofertando um ensino

de qualidade.

Para ofertar um ensino de qualidade, não precisamos necessariamente

abandonar tudo o que conhecemos, o que temos feito em nossa prática, mas sim,

avaliar onde estamos cometendo falhas e propor mudanças, mudanças de postura,

mudanças na didática, mudanças na gestão e organização escolar.

Procura-se adotar uma prática democrática, onde todos têm participação nas

decisões da escola, envolvendo não só direção e equipe pedagógica, mas também

corpo docente, funcionários, alunos representados pelo grêmio estudantil, bem como

pais representados pela Associação de Pais Mestres e Funcionários – APMF, já que

todos fazem parte da escola, e tem um papel fundamental para a oferta de um

ensino de qualidade.

Uma das primeiras mudanças adotadas pela comunidade escolar, foi a

reorganização da Matriz Curricular do Ensino Fundamental e Médio para os anos

seguintes, onde sob orientação da SEED foram redistribuídos os números de horas-

aula por disciplina, como mostra a Matriz que segue em anexo, bem como a

organização do calendário escolar contemplando as datas previstas para reuniões

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pedagógicas, como pode ser observado também anexo, bem como a elaboração da

nova proposta curricular tanto para o Ensino Fundamental quanto Médio, tendo

como base as Diretrizes Curriculares Estaduais.

Uma das linhas de ação a serem adotadas pela comunidade escolar, é a

organização das datas dos conselhos escolares, entrega de notas, e implantação de

projetos ao inicio de cada ano, para que todos possam organizar suas atividades de

forma a contemplar todas as atividades propostas pela escola.

A organização dos conteúdos e os planejamentos serão realizados por

disciplinas, de forma que todos os profissionais da área, estejam trabalhando de

forma sincronizada e contextualizada, possibilitando o trabalho com projetos a serem

propostos pela comunidade escolar, ou encaminhados pela SEED ao longo do ano.

No que se refere a organização da hora atividade, devido ao porte da escola e

a atuação de grande parte do corpo docente em outras instituições, é feita por

professor, ou seja, individualmente, não sendo possível o contato entre os

professores das mesmas áreas, essa mediação acontece em outros momentos

excepcionais, ou quando a SEED estipula datas para planejamento.

6.1. TRABALHOS A SEREM DESENVOLVIDOS COM CORPO DOCENTE E

DEMAIS FUNCIONÁRIOS DA ESCOLA:

Entendendo a formação continuada como fator indispensável para a

organização do pensamento crítico, reformulação da prática docente, bem como

fundamentação para uma educação de qualidade, propõe-se as seguintes

intervenções junto ao corpo docente e demais funcionários da escola:

Capacitação de professores e funcionários ao início do ano letivo, bem

como ao início do segundo semestre, orientados pela SEED e repassados

pela equipe pedagógica;

Organização e planejamento dos conteúdos por disciplina ao início do ano

letivo;

Organização das atividades ou projetos a serem desenvolvidos pelas

disciplinas ao longo do ano;

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Reuniões pedagógicas para estudar e discutir problemas vigentes, bem

como apresentar os avanços conseguidos ao longo do trabalho;

Conselhos de Classe para avaliar a prática pedagógica, bem como

desenvolvimento dos alunos, procurando, através de discussão entre o

grupo, caminhos para solucionar os problemas encontrados;

Conversa informal com os professores trazendo propostas de

atividades/projetos dentro dos conteúdos que estão sendo trabalhados,

bem como, sobre o andamento das atividades, rendimento dos alunos e

problemas de indisciplina;

Promover a participação dos professores e funcionários, em cursos de

formação continuada ofertados pela SEED, respeitando as condições e os

recursos da escola;

Trabalho de reconhecimento e valorização das atividades desenvolvidas

pelos demais funcionários da escola;

Incentivo à participação do corpo docente do Projeto Folhas promovido

pela SEED;

Participação na O.A.C. (Objeto de Aprendizagem Colaborativo) sob

orientação da equipe do CRTE / NREamsul;

Utilização dos livros da Biblioteca do Professor e dos Temas Paranaenses,

em reuniões pedagógicas, grupos de estudos e hora atividade;

Participação nos encontros descentralizados / grupos de estudos

promovidos pela SEED;

Utilização do laboratório de informática para planejamento de aulas e

acesso ao Portal Dia-a-dia Educação.

6.2. TRABALHOS A SEREM DESENVOLVIDOS COM OS ALUNOS:

Como ainda estamos longe de um trabalho interdisciplinar, algo que envolva

todas as disciplinas em todas as atividades da escola, do início ao fim do ano

pretende-se propor aqui atividades que visam o envolvimento de todas as disciplinas

ao menos em alguns momentos do ano letivo. Atividades que proporcionam

momentos de conhecimento aliados a diversão, que visam o aprendizado, a

interação e integração social.

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São exemplos de projetos implantados na escola:

Gincana Cultural – atividade que visa envolver todos os alunos, tendo

como objetivo cumprir tarefas que envolvem temas de todas as disciplinas,

como elaborar paródias, poesias, histórias, desenhos, confeccionar

maquetes e roupas com material reciclável, sendo todas direcionadas por

temas previamente estabelecidos, entre outros;

Mostra Cultural e Científica – visando apresentar para a comunidade e

demais instituições, os trabalhos desenvolvidos pelos alunos em sala de

aula;

Jogos Escolares – visa a integração de todos os alunos do três turnos;

Feira das Profissões – tem como objetivo apresentar aos alunos do Ensino

Médio as várias profissões existentes no mercado de trabalho, e qual a

área de atuação de cada uma, possibilitando aos alunos escolher onde

futuramente pretendem atuar;

Projeto Falando sobre Sexo – atividades que contemplem todas as

turmas, cada uma dentro da sua realidade, fazendo uso de vários formas

de informação, como palestras, vídeos, teatros, músicas, com o objetivo

de apresentar aos alunos quais são as doenças sexualmente

transmissíveis, como podem ser pegas, como podem ser evitadas.

Projeto Drogas To Fora! - atividades que contemplem todas as turmas,

cada uma dentro da sua realidade, fazendo uso de vários meios de

informação, como palestras, vídeos, teatros, músicas, etc, que explicite

aos alunos os riscos que uma pessoa corre quando faz uso de algum tipo

de substância entorpecente; esclarecer que o álcool e o cigarro também

são drogas e são igualmente prejudiciais a saúde;

Projetos que trabalhem as principais datas comemorativas;

Elaboração do Jornal da Escola - Jornal JFK com artigos/matérias

envolvendo todas as disciplinas. Espaço em que o professor poderá

mostrar o trabalho realizado pelos alunos;

Espaço da Poesia - mural exclusivo para exposição das produções dos

alunos;

Viva Escola: Projeto Horta na Escola e Educação Ambiental, Projeto

Musicalização e Projeto Formando Leitores.

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Passeios Ecológicos como visitas a parques, zoológicos, entre outros;

Visitas a museus e feiras;

Participação no FERA, CELEM, COM CIÊNCIA e Jogos Colegiais;

Outros projetos/atividades que podem ser propostas ao longo do ano por

professores ou pela SEED.

6.3. TRABALHOS A SEREM DESENVOLVIDOS COM A COMUNIDADE:

Entendemos que o trabalho desenvolvido na escola, só será efetivado com

sucesso quando esse está em consonância com o que a família repassa para seus

filhos, ou seja, família e escola devem seguir a mesma linha de atuação, devem falar

a mesma linguagem, para que nossos alunos possam enraizar em suas

personalidades valores éticos pregados por ambas as instituições.

Em nossa comunidade vê-se a necessidade de um trabalho intensificado

junto às famílias, uma vez que, a maior parte delas apresenta uma estrutura bem

diferente da “família tradicional”. Nota-se que boa parte dos problemas encontrados

em nosso dia-a-dia, se dão devido a falta de informação dos pais. Muitos deles não

têm conhecimento de seus direitos e deveres, acham que estão a margem da

vontade de leis que muitas vezes não compreendem e, acreditam que estão contra e

não a favor deles, como é o caso do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA,

pois a interpretam como uma lei que veio apenas proteger o menor, deixando os

pais com as mãos atadas no que se refere a educação dos filhos.

Para tentar sanar parte das dificuldades observadas em nossa comunidade

propõe-se as seguintes atividades ao longo do ano:

Participação da comunidade nas decisões da escola, bem como

manutenção/organização da mesma;

Palestras informativas com representantes do Conselho Tutelar, visando

trabalhar alguns pontos importantes do Estatuto da Criança e do

Adolescente;

Palestras informativas com os responsáveis no município pela Patrulha

Escolar;

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Reuniões com pais, preferencialmente organizados por turmas, para que

direção, professores e equipe pedagógica possam passar informações

sobre os alunos, como problemas de indisciplina, rendimento escolar, e

demais informações sobre a escola;

Palestras que objetivem trabalhar a educação de filhos, mostrando que os

limites são necessários, que dizer não em algumas ocasiões é

fundamental, entre outras colocações;

Participação nas atividades desenvolvidas na escola como feira de

ciências, semana cultural, feira das profissões, entre outros;

Reuniões individuais, para resolver problemas de comportamento,

rendimento escolar ou faltas consecutivas do aluno.

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7. REFERÊNCIAS

CAPELO, Maria Regina Clivati. Diversidade cultural e desigualdades sociais: primeiras aproximações. Universidade do Oeste Paulista. CURY, Carlos Roberto Jamil. O que você precisa saber sobre...: legislação educacional brasileira. 2ª ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. Ensino Fundamental na Rede Pública de Ensino da Educação Básica do Estado do Paraná. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários á prática escolar. 15ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2000. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96. Editora do Brasil. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília: 2005. PARO, Vitor Henrique. Gestão democrática da escola pública. 3ª ed. São Paulo: Ática, 2004. VÁSQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. 23ª ed. Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 2002.

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8. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

8.1 IDENTIDADE DO ENSINO FUNDAMENTAL

Analisando o processo histórico da educação no Brasil, comprova-se que

essa era ofertada apenas as elites, aos filhos das pessoas nobres do país,

totalmente voltada aos seus interesses e culturas, ou seja, uma educação elitista.

Somente a partir de 1940, as classes populares passam a ter um ingresso

significativo aos bancos escolares, rompendo com a conjunção harmônica entre

qualidade e escola de elite. No entanto, a ampliação da oferta da educação

“obrigatória” limitou-se a construção de prédios escolares e do atendimento das

condições mínimas de infra-estrutura, mantendo-se a escassez de recursos

destinados a remuneração de professores, ou seja, investiu-se o suficiente para

viabilizar o acesso de uma parcela maior da população ao meio escolar. Porém

esses alunos que adentravam a escola, não tinham êxito, uma vez que o ensino

historicamente foi formulado para atender uma minoria privilegiada, não atendendo

aos interesses, experiências e necessidades provindas dos alunos das classes

populares que a escola passou a receber.

Apenas com a reforma da LDBEN/61 pela lei nº 5.692/71, é o tempo de

escolarização compulsaria foi ampliada para oito anos. Assim, desde o início dos

anos de 1970, a manifestação do acesso à escola pública de 1ª a 8ª série tornou-se

uma realidade.

Hoje, o Ensino Fundamental legalmente é tido como parte da educação

básica que tem por finalidade “desenvolver o educando, assegurar-lhe comum

indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no

trabalho e em estudos posteriores” (ART 21 LDBEN/96), sendo ofertada pelo estado

gratuitamente como direito do cidadão.

De acordo com o artigo 32 da LDBEN/1996, esta etapa da escolarização deve

garantir a formação básica do cidadão e o desenvolvimento integral do educando,

mediante:

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I - O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos

o pleno domínio da leitura, da escrita e do calculo;

II - Compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da

tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III - O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a

aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

IV - O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade

humana e de tolerância recíproca que se assenta a vida social.

Nessa perspectiva, a função da escola fundamental é o trabalho com o

conhecimento que propicie oportunidades de aprendizagem para que adquiram

“chaves conceituais de compreensão de seu mundo e de seu tempo; deve ainda

permitir que tomem consciência das operações que mobilizam durante a

aprendizagem, contribuindo para que prossigam na relação de conhecimento, que é

desvendamento, compreensão e transformação do que se dá a conhecer”.

(SAMPAIO, 1998, p.147)

8.2. IDENTIDADE DO ENSINO MÉDIO

As escolas de Ensino Médio foram se desenvolvendo, ao longo dos anos, nos

espaços ociosos do ensino fundamental. Na rede pública, são poucos os

estabelecimentos que foram planejados para atender às características dos

adolescentes. Em decorrência, assim como não construíram a sua identidade em

termos de concepção, também não construíram sua identidade física enquanto

escolas que educam jovens. A Resolução nº. 03/1998/CNE reconhece essa

limitação e determina que os Sistemas de Ensino e as escolas busquem, através da

articulação com a comunidade, construir identidade própria de modo a atender, da

melhor forma possível, as condições e necessidades dos jovens e adultos, em

termos de espaço e tempo de aprendizagem (art. 7).

Na prática, isso significa planejar espaços, layout e equipamentos que,

levando em conta as especificidades dos jovens alunos, propiciem as necessárias

condições para que relações diversificadas e significativas com o conhecimento se

estabeleçam de forma prazerosa; Bibliotecas, videotecas. Laboratórios diversos,

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inclusive de línguas e de informática, espaços para práticas esportivas, artísticas e

culturais devem estar disponíveis não só para a realização de atividades

programadas, mas também para que o jovem faça experimentos, pesquisas, busque

respostas para suas inquietações, crie grupos de dança, aprenda música, faça

práticas esportivas, exercite a organização estudantil, entre outros horários, sentindo

prazer em permanecer na escola.

Evidentemente, a crise de financiamento por que passam as escolas públicas

faz com que essa possibilidade se ponha distante; no entanto, essa dificuldade não

deve justificar a inexistência de esforço do Estado e das escolas no sentido de

utilizar os recursos disponíveis e promover as necessárias articulações para

compartilhar espaços e projetos comunitários.

Para atender aos princípios adotados, a oferta de Ensino Médio deverá

manter uma única estrutura que assegure a todo alunado os mesmos direitos

relativos à certificação e à qualidade, o que significa adotar uma única trajetória no

que diz respeito aos objetivos da educação básica, que será complementada por

ofertas diversificadas que atendam as diferentes necessidades, particularmente

aquelas derivadas das diferenças de classe. Dessa forma, não se admitirá uma

trajetória para jovens trabalhadores que se resuma à preparação para o trabalho,

diferente da propedêutica, exclusivamente voltada para o ensino superior; ao

contrário, toda a rede oferecerá educação básica, experiências de cidadania e parte

diversificada, de livre opção para os alunos segundo seus interesses e

necessidades, de modo a articular ciência, cultura, cidadania e trabalho.

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8.3. ARTE

8.3.1 Apresentação da Disciplina

O que é arte? Criação humana com valores estéticos (beleza, Equilíbrio,

harmonia, revolta) que sintetizam as suas emoções, sua história, seus sentimentos e

a sua cultura, ou seja a arte é criação e manifestação do poder criador do homem. O

homem criou objetos para satisfazer as suas necessidades práticas, como as

ferramentas para cavar a terra e os utensílios de cozinha. Outros objetos são criados

por serem interessantes ou possuírem um caráter instrutivo. O homem cria a arte

como meio de vida, para que o mundo saiba o que pensa, para divulgar as suas

crenças (ou as de outros), para estimular e distrair a si mesmo e aos outros, para

explorar novas formas de olhar e interpretar objetos e cenas.

Criar é transformar, e nesse processo o sujeito também cria. A arte, quando

cria uma nova realidade, reflete a essência do real. O sujeito, por meio de suas

criações artísticas, amplia e enriquece a realidade já humanizada pelo trabalho.

Sendo a escola o primeiro espaço formal onde se dá o desenvolvimento de

cidadãos, nada melhor que por aí se dê o contato sistematizado com o universo

artístico e suas linguagens: artes visuais, teatro, dança e, música. No ensino da arte

há possibilidade de resgatar o processo de criação, permitindo que os alunos

reconheçam a importância de criar.

A arte compreendida como área do conhecimento apresenta relações com a

cultura por meio das manifestações expressas em bens materiais (físicos) e

imateriais (práticas culturais coletivas). Existem alguns campos conceituais que

contribuem para as reflexões a respeito do objeto de estudo da arte:

Conhecimento estético: está relacionado à apreensão do objeto artístico

em seus aspectos sensíveis e cognitivos. O pensamento, a sensibilidade e

a percepção articulam-se numa organização que expressa esses

pensamentos e sentimentos, sob a forma de representações artísticas,

como por exemplo: palavras na poesia; sons melódicos na música;

expressões corporais na dança ou no teatro; cores, linhas e formas nas

artes visuais.

Conhecimento artístico: está relacionado com o fazer e com o processo

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criativo. Considera desde o imaginário, a elaboração e a formalização do

objeto artístico até o contato com o público.

Conhecimento contextualizado: envolve o contexto histórico (político,

econômico e sociocultural) dos objetos artísticos e contribui para a

compreensão de seus conteúdos explícitos e implícitos.

Norteada pelo conjunto desses campos conceituais, a construção do

conhecimento em arte se efetiva na inter-relação de saberes que se concretiza na

experienciação estética por meio da percepção, da análise, da criação/produção e

da contextualização histórica. Assim, segundo a DCE de Arte 2008, com o estudo da

arte objetiva-se que os alunos adquiram conhecimentos sobre a diversidade de

pensamento e de criação artística para expandir sua capacidade de criação e

desenvolver o pensamento crítico.

Ao trabalhar a arte, o professor deverá ter em mente que

O ser humano produz, (...), maneiras de ver e sentir, diferentes em cada tempo histórico e em cada sociedade. Por isso, é fundamental considerar as influências sociais, políticas e econômicas sobre as relações entre os Homens e destes com os objetos, para compreender a relatividade do valor estético, as diversas funções que a Arte tem cumprido ao longo da história, bem como o modo de organização das sociedades (PARANÁ, 1992, p. 149 apud DCE DE ARTE, 2008 p. 55 e 56)

Por fim,

A disciplina de Arte, além de promover conhecimento sobre as diversas áreas de arte, deve possibilitar ao aluno a experiência de um trabalho de criação total e unitário.15 O aluno pode, assim, dominar todo o processo produtivo do objeto: desde a criação do projeto, a escolha dos materiais e do instrumental mais adequado aos objetivos que estabeleceu, a metodologia que adotará e, finalmente, a produção e a destinação que dará ao objeto criado. (DCE DE ARTE, 2008 p.62)

8.3.2. Objetivos Gerais

Construir, expressar e comunicar-se em artes plásticas e visuais,

articulando percepção, imaginação, memória, sensibilidade e reflexão;

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64

Analisar criticamente elementos da linguagem visual cotidiana;

Situar e compreender as relações entre corpo, dança e sociedade;

Conhecer e apreciar as variadas manifestações musicais de nosso país;

Compreender o teatro nas diversas dimensões (artística, estética, histórica

e social);

Valorizar diversas escolhas de interpretação e de criação, em sala de aula

e na sociedade.

Construir, expressar e comunicar-se em artes plásticas/visuais, articulando

percepção, imaginação, memória, sensibilidade e reflexão;

Analisar criticamente elementos da linguagem visual cotidiana;

Situar e compreender as relações entre corpo, dança e sociedade;

Conhecer e apreciar as variadas manifestações musicais de nosso país;

Compreender o teatro nas diversas dimensões (artística, estética, histórica

e social);

Valorizar diversas escolhas de interpretação e de criação, em sala de aula

e na sociedade.

8.3.3. Conteúdos

5ª SÉRIE / 6º ANO

ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Elementos Formais

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Sons graves, médios e agudos

Som longo e curto

Fontes sonoras, origem do som

Forte e fraco

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65

Densidade A orquestra, bandas populares

Composições

Ritmo

Melodia

Escalas: Diatônica,

Pentatônica e

Cromática

Improvisação

Estilos musicais, compassos simples,

pulsação

Relação das figuras da escrita musical

com o som

Quando sugiram, períodos e contexto

social

Espontaneidade

Movimentos e

Períodos

Greco-Romana

Oriental

Ocidental

Africana

Apreciação auditiva de músicas destes

períodos

Análise comparativa e cultural

ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Elementos Formais

Ponto

Linha

Textura

Forma

Superfície

Volume

A importância do ponto e sua utilização

nas artes gráficas

Construções arquitetônicas

contemporâneas

Orgânica, Inorgânica e gráfica

Orgânicas e inorgânicas

As pinturas modernas

Escultura clássia e moderna

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66

Cor

Luz

Formação da cor, cores primárias e

secundárias

A importância da luz na visualização das

cores

Composições

Bidimensional

Figurativa

Geométrica

Simetria

Técnicas: pintura,

escultura e

arquitetura

Gêneros: cenas da

mitologia

Equilíbrio e desequilíbrio

Desenvolvimento a partir de um tema

Formas geométricas (quadriláteros)

Dentro das pinturas de diferentes períodos

Livre e dirigida a partir de um tema

Personagens da mitologia clássica

Movimentos e

Períodos

Arte Greco-Romana

Arte Africana

Arte Ocidental

Arte Pré-Histórica

O teatro, a arquitetura e a escultura

Povos, cultos, máscaras, dança e música

A história das artes visuais do ocidente,

origens até a atualidade

Ritos e mitos dos povos, materiais

utilizados, pinturas como parte dos rituais

míticos

ÁREA TEATRO

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67

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Elementos Formais

Personagem

Expressões

corporais, vocais,

gestuais e faciais

Ação

Espaço

A importância do personagem em um

espetáculo

Exercícios direcionados, improvisações

Gestual comum em situações variadas

Relação com a ação e o gestual

Composições

Enredo, roteiro

Espaço Cênico,

Adereços

Técnicas: jogos

teatrais, teatro

direto e indireto,

máscaras,

improvisação

Gênero: Tragédia,

Comédia e Circo.

Sinopse

Palco

Figurinos e seus personagens

Máscaras do teatro grego

Jogos de improvisação

Teatro grego

Teatro grego

Diferença entre tragédia e comédia

Movimentos e

Períodos

Greco-Romana

Teatro Oriental

Teatro Medieval

Renascimento

Dramaturgos

Figurinos típicos

O teatro como doutrinamento

Companhias de teatro

ÁREA DANÇA

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68

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Elementos Formais

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Limites corporais, exploração do

movimento

Andamentos em diferentes espaços e

músicas

O movimento e o espaço

Composições

Kinesfera

Eixo

Ponto de Apoio

Movimentos

articulares

Fluxo (livre

interrompido)

Rápido e Lento

Formação

Níveis (alto, médio

e baixo)

Deslocamento

(direto e indireto)

Dimensões

(pequeno e grande)

Técnica:

Improvisação

Gênero: circular

O outro, equilíbrio e desequilíbrio

Diferentes andamentos e diferente

músicas

A dança de grupo

O salto e o solo

Exploração do espaço de dança

Diferentes tipos de movimentos

Individual e coletiva

As danças circulares nas culturas

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69

Movimentos e

Períodos

Pré-história

Greco-Romana

Renascimento

Dança Clássica

A dança como rito

As danças rituais, grega e romana

A dança pagã

O balé

6ª SÉRIE / 7º ANO

ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Elementos Formais

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Classificação das vozes no canto

A utilização dos instrumentos nas músicas

populares

Os diferentes instrumentos utilizados nas

músicas populares

A intensidade como forma intencional

dentro das músicas

Conjuntos populares: Choro, Bossa Nova,

Bandas de Rock

Composições

Ritmo

Melodia

Escala

Gêneros: folclórico,

indígena, popular e

étnico

Técnicas: vocal,

instrumental e mista

Diferentes ritmos brasileiros

Deferentes músicas e cantores brasileiros

Maiores e menores

Canções folclóricas, cantigas de roda

O cânone vocal

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70

improvisação

Movimentos e

Períodos

Música popular e

étnica (ocidental e

oriental)

A história da MPB

A música dos povos

ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Elementos Formais

Ponto

Linha

Textura

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

A importância do ponto e sua utilização

nas artes gráficas, combinação das cores

através dos pontos

Tipos de linhas, utilização na atualidade,

Op Arte

Orgânica, inorgânica e gráfica e onde são

encontradas

A forma nas artes gráficas, propaganda

impressa

A utilização na pintura- Cubismo

Bidimensional e tridimensional

Teoria da cor e a sua utilização na pintura

moderna

Propriedades da luz

A luz como elemento primordial nas artes

visuais

Proporção

Tridimensional

Figura e fundo

Planos em uma pintura

Escultura clássica e moderna

Dentro das pinturas nos diferentes

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71

Composições

Abstrata

Perspectiva

Gravura

Gênero: Paisagem,

retrato e natureza

morta

períodos

Contexto social do surgimento da arte

abstrata

Artistas e técnica utilizada

Introdução à perspectiva cônica e paralela

A história da gravura e os diferentes tipos

de gravuras

Desenho de observação

Movimentos e

Períodos

Arte Indígena

Arte Popular

Brasileira e

Paranaense

Renascimento

Barroco

Os diferentes povos indígenas brasileiros

e suas culturas

O artista popular e autodidata

Artistas de destaque e suas obras

Técnicas de pintura

Perspectiva com ponto de fuga

A arte em função da religião

O barroco mineiro

ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Personagem:

expressões

Criação de personagem

Exploração cênica do personagem

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72

Elementos Formais corporais, vocais,

gestuais e faciais

Ação

Espaço

Planos na representação

O teatro itinerante

Composições

Representação,

leitura dramática ,

cenografia.

Técnicas: jogos

teatrais, mímica,

improvisação,

formas animadas

Gêneros: Rua e

arena,

caracterização

A construção de cenários

Teatro de sombras

Teatro de fantoches

O teatro cego

Movimentos e

Períodos

Comédia dell” arte

Teatro Popular

Brasileiro e

Paranaense

Teatro Africano

Histórico e técnicas

Locais de manifestação

Técnicas utilizadas

Principais autores, artistas e trabalhos

Manifestação da cultura

O culto e os rituais

ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

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73

ESTRUTURANTES BÁSICOS

Elementos Formais

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Espontaneidade de movimentos

Diferentes andamentos

Delimitação do espaço da dança

Composições

Ponto de Apoio

Rotação

Coreografia

Salto e queda

Peso (leve e

pesado)

Fluxo (livre,

interrompido e

conduzido)

Lento rápido e

moderado

Níveis (alto, médio

e baixo)

Formação

Direção

Gênero: folclórica,

popular e étnica

Passos

O giro (completo, duplo, meio giro)

Criação de coreografias

A dança de casais e individuais

Danças folclóricas

Movimentos e

Períodos

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

Cantigas de roda

Danças típicas, populares de diferentes

regiões

Fandango

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74

Africana

Indígena

A importância da dança para a cultura

A dança como rito

7ª SÉRIE / 8º ANO

ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Elementos Formais

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Tonalidades mais usadas nas músicas

POP'S

A intenção psicológica da duração das

músicas

Tipos de instrumentos utilizados na

música POP

Sintetizadores

Decibéis, som automotivo

Diferentes combinações tímbricas

utilizadas nas músicas

Composições

Ritmo

Melodia

Harmonia

Tonal, modal e a

função de ambos

Técnicas: vocal,

instrumental e mista

POP e Dance

Qualidade melódica nas músicas

populares

Tipos de instrumentos utilizados nas

músicas POP'S

Análise de músicas POP'S Nacionais e

internacionais

Composição de canções

Movimentos e

Industria Cultural

Eletrônica

O rendimento financeiro dos artistas

Artistas que utilizam deste estilo

Studio fonográfico

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75

Períodos Minimista

Rap, Rock e Tecno

Como se produz, princípios, apreciação

Clip's

ÁREA ARTES VISUAIS

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos

Básicos

Conteúdos Específicos

Elementos Formais

Ponto

Linha

Textura

Forma

Volume

Superfície

Cor

Luz

Pop Art

A utilização das formas geométricas

Papel reciclado

Quadriláteros

Arquitetura moderna

A influência das cores no consumo

A importância da luz na visualização das

cores

Composições

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Estilização

A repetição de temas em diferentes estilos

e épocas

Claro e escuro na pintura

Geometrização

Artistas modernos

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76

Deformação

Técnicas: desenho,

fotografia,

audiovisual e mista

Expressionismo

Montagem e colagem

Movimentos e

Períodos

Industria Cultural

Arte no Século XX

Arte

Contemporânea

Pop Art

Os “Ismos” da arte moderna

Arte Conceitural

ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Elementos Formais

Personagem:

expressões

corporais, vocais,

gestuais e faciais

Ação

Espaço

Dramatização com diferentes enfoques

Leitura dramática

Planos de representação

Experimentação de diferentes espaços

Composições

Representação no

Cinema e Mídias

Texto Dramático

Maquiagem

Sonoplastia

Cinema mudo

Teatro grego

Construção de personagem

Experimentação de diferentes músicas e

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77

Roteiro

Técnicas: jogos

teatrais, sombra

adaptação cênica

sons

Construção de texto para teatro, a partir de

uma sinopse

Jogos de improviso e interpretação

Movimentos e

Períodos

Industria Cultural

Realismo

Expressionismo

Cinema Novo

O teatro amador e profissional

O teatro do cotidiano

O teatro político e de protesto

Teatrokê

A interação da platéia

ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Elementos Formais

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Movimentos espontâneos e dirigidos

Diferentes andamentos

Delimitação do espaço na dança

Composições

Giro

Rolamento

Saltos

Aceleração e

desaceleração

Giro completo, duplo e meio giro

Impulso para o salto

Andamento da música articulado com a

dança

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78

Direções (frente,

atrás, direita e

esquerda)

Improvisação

Coreografia

Sonoplastia

Gênero: Indústria

Cultural e

espetáculo

Criação de coreografias apreciação de

coreografias já existentes

Diferentes estilos musicais

A dança no teatro e na ópera

Movimentos e

Períodos

Hip Hop

Musicais

Expressionismo

Indústria Cultural

Dança Moderna

Histórico e grupos

Os musicais da TV e do teatro

8ª SÉRIE / 9º ANO

ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Altura

Duração

Sons graves, médios e agudos

Som longo e curto- A duração das

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79

Elementos Formais

Timbre

Intensidade

Densidade

canções

Instrumentos utilizadas nas canções de

protesto

Som forte, fraco como função ideológica

Contrastes de densidades nas canções de

protesto

Composições

Ritmo

Melodia

Harmonia

Tonal, modal e a

função de ambos

Técnicas: vocal,

instrumental e mista

Gêneros: popular,

folclórico e étnico

Ritmos mais frequentes nas canções de

protesto

Qualidade e intensionalidade nas canções

da década de 1960

Instrumentos e combinações nas canções

de protesto

Apreciação e análise de canções

Apreciação e análise das canções da

década de 1960

Diferenciação e análise das canções

folclóricas e populares

Movimentos e

Períodos

Música Engajada

Música Popular

Brasileira

Música

Contemporânea

A música da década de 1960 e os festivais

O samba e a Bossa nova

Histórico e principais artistas

Novos cantores e compositores

ÁREA ARTES VISUAIS

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80

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Elementos Formais

Linha

Forma

Textura

Volume

Superfície

Cor

Luz

Perspectiva cônica, ponto de fuga

Decomposição da forma

Diferentes tipos de suportes para pintura

Perspectiva paralela

Planos em uma paisagem

Mescla aditiva e subtrativa

A variação da cor em contato com os

diferentes tipos de luzes

Composições

Bidimensional

Tridimensional

Figura-fundo

Ritmo Visual

Técnicas: pintura e

grafite

Gêneros: paisagem

urbana, cenas do

cotidiano

Anamorfose e alteração de superfície

Arte fractal

A figura como fundo e o fundo como figura

no Dsign gráfico

O infinito dentro de um espaço finito

Aquarela e acrílica

Arte surrealista

Movimentos e

Realismo

Na antiguidade e moderna

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81

Períodos Vanguarda

Muralismo e Arte

Latino Americana

Hip Hop

Cubismo

Temas e origens

O grafite como forma de arte

ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Elementos Formais

Personagem:

expressões

corporais, vocais,

gestuais e faciais

Ação

Espaço

A construção de personagem

Personalidade do personagem

Exploração de diferentes espaços cênicos

Composições

Técnicas:

Monólogo, jogos

teatrais, direção,

ensaio, Teatro

Fórum

Dramaturgia

Cenografia

Sonoplastia

Iluminação

Figurino

Construção de minipeças

Companhias teatrais

A produção profissional e amadora

Movimentos e

Teatro Engajado

Teatro do Oprimido

O teatro como transmissão de ideologia e

formação política

O teatro na conscientização popular

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82

Períodos

Teatro Pobre

Teatro do Absurdo

Vanguardas

O teatro enquanto ferramenta de protesto

Reconhecimento e diferenciação dos tipos

de teatro

ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Elementos Formais

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Espontâneo e dirigido

Diferentes andamentos

Delimitação do espaço na dança

Composições

Kinesfera

Ponto de Apoio

Peso

Quedas

Saltos

Giros

Rolamentos

Extensão (perto e

longe)

Coreografias

Deslocamento

Gênero:

Impulso para o salto

Giro completo, duplo e meio giro

Diferentes estilos musicais

Criação de coreografias apreciação de

coreografias já existentes

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83

performance e

moderna

Movimentos e

Períodos

Vanguardas

Dança Moderna

Dança

Contemporânea

Festivais de dança

Funcionamento

1ª SÉRIE

ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Elementos Formais

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Em construção

Composições

Ritmo

Melodia

Harmonia

Escalas: Modal, Tonal e

fusão de ambas

Gêneros: erudito,

clássico, popular, étnico,

folclórico, pop...

Técnicas: vocal,

instrumental, eletrônica,

informática e mista

Improvisação

Em construção

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84

Movimentos e

Períodos

Música popular

Brasileira

Paranaense popular

Indústria cultural

Engajada

Vanguarda

Ocidental

Oriental

Africana

Latino-Americana

Em construção

ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Elementos Formais

Ponto

Linha

Textura

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

Em construção

Composições

Bidimensional

Tridimensional

Figura e fundo

Figurativo

Abstrato

Perspectiva

Semelhanças

Contrastes

Ritmo visual

Simetria

Em construção

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85

Deformação

Estilização

Técnica: pintura,

desenho, modelagem,

instalação performance,

fotografia, gravura e

esculturas, arquitetura,

história em quadrinhos...

Gêneros: paisagem,

natureza-morta, cenas

do cotidiano, histórica,

religiosa, da mitologia...

Movimentos e

Períodos

Arte Ocidental

Arte Oriental

Arte Africana

Arte Brasileira

Arte Paranaense

Arte Popular

Arte de Vanguarda

Industria Cultural

Arte Contemporânea

Arte Latino-Americana

Em construção

ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Elementos Formais

Personagem

Expressões corporais,

vocais, gestuais e

faciais

Ação

Em construção

Page 85: SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO 8 2.1.1. Breve histórico do Colégio · 5.1.1 Conselho Escolar ... turmas até a 8ª série do Ensino Fundamental. Através da Resolução nº 258/ 98

86

Espaço

Composições

Técnicas: jogos teatrais,

teatro direto e indireto,

mímica, ensaio, Teatro-

Fórum

Roteiro

Encenação e leitura

dramática

Gênero: Tragédia,

Comédia, Drama e

Épico

Dramaturgia

Representação nas

mídias

Caracterização,

sonoplastia, figurino e

iluminação

Direção

Produção

Em construção

Movimentos e

Períodos

Teatro Greco-Romano

Teatro Medieval

Teatro Brasileiro

Teatro Paranaense

Teatro Popular

Industria Cultural

Teatro Engajado

Teatro Dialético

Teatro Essencial

Teatro do Oprimido

Teatro de Vanguarda

Teatro Renascentista

Teatro Latino-Americano

Em construção

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87

Teatro Realista

Teatro Simbolista

ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Elementos Formais

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Em construção

Composições

Kinesfera

Fluxo

Peso

Eixo

Salto e Queda

Giro

Rolamento

Movimentos articulares

Lento, Rápido e

Moderado

Aceleração e

desaceleração

Níveis

Deslocamento

Direções

Planos

Improvisação

Coreografia

Gêneros: Espetáculo,

industria cultural, ética,

folclórica, populares e

de salão.

Em construção

Pré-história Em construção

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88

Movimentos e

Períodos

Greco-Romana

Renascimento

Dança Clássica

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

Hip – Hop

Industria Cultural

Dança Moderna

Vanguardas

Dança Contemporânea

8.3.4. Metodologia

Para que um bom trabalho seja desenvolvido junto aos alunos, de acordo com

a DCE de Arte (2008, p. 69), o professor deverá ao preparar as aulas

(...) considerar para quem elas serão ministradas, como, por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como espaço de conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do ensino da arte, três momentos da organização pedagógica: • Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos • Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte • Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma obra de arte.

Todas as atividades desenvolvidas na disciplina de Arte serão baseadas nas

técnicas de observação, reflexão, interpretação e pesquisa, procurando dar maior

ênfase no trabalho em equipe.

Os conteúdos propostos serão trabalhos através de: produção de desenhos,

trabalhos com argila, apresentação de teatros, preparação e elaboração de

coreografias, filmes (produção de desenhos e sínteses das histórias apresentadas),

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pesquisa de alguns temas entre eles história do teatro, vida de alguns artistas

plásticos do Brasil e do mundo.

No desenvolvimento do trabalho com Artes, o professor deverá, por meio de

atividades práticas ou não, apresentar aos alunos as diversas manifestações

artísticas em cada momento histórico, dentro do teatro, da dança, das artes visuais e

da música, proporcionando aos alunos o contato/acesso a diversas obras ou

composições por eles não conhecidas, uma vez que isso não faz parte de seu dia a

dia. Dessa forma o aluno entenderá o processo histórico da “transformação”

artística, fazendo com que o trabalho em sala de aula não fique apenas na produção

sem significado, ou em uma história (teoria) sem sentido, dando aos alunos

condições de extrapolarem os estereótipos existentes em nossa sociedade.

Os conteúdos propostos serão trabalhos conforme orientações das DCE's:

Artes Visuais:

imagens bidimensionais: desenhos, pinturas, gravuras, fotografia,

propaganda visual;

imagens virtuais: cinema, televisão, computação gráfica, vídeo-arte;

imagens tridimensionais: esculturas, instalações, produções

arquitetônicas.

Dança:

criação de formas de registro gráfico da formação inicial e dos passos

seqüenciais;

uso de diferentes adereços;

proposta de criações, improvisações e execuções coreográficas

individuais e coletivas;

identificação do gênero a que pertence a dança e em que época foi

concebida.

Música:

percepção musical;

organização dos sons no tempo e no espaço;

registro de sons;

produção musical;

interpretação dos sons memorizados, organizados e registrado;

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reconhecimento e significação.

Teatro:

descrição do contexto, nome da peça, autor, direção, local, atores, período

histórico da representação;

análise da estrutura e organização da peça, tipo de cenário e sonoplastia,

expressões usadas com mais ênfase pelos personagens e outros

conteúdos trabalhados em aula;

análise da peça sob o ponto de vista do aluno, com sua percepção e

sensibilidade em relação à peça assistida.

Por fim, seguindo as orientação das DCE‟s de Arte (2008, p. 81)

de modo geral para todas as áreas da disciplina recomenda-se, no encaminhamento metodológico, o enfoque nos seguintes trabalhos com os alunos: • manifestação das formas de trabalho artístico que os alunos já executam, para que sistematizem com mais conhecimentos suas próprias produções; • produção e exposição de trabalhos artísticos, a considerar a formação do professor e os recursos existentes na escola.

8.3.5. Avaliação

A avaliação será diagnóstica e processual, no sentido de perceber ao longo

das atividades o crescimento artístico e o envolvimento do aluno, conforme exposto

na DCE de Arte

a concepção de avaliação para a disciplina de Arte proposta nestas Diretrizes Curriculares é diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. A avaliação processual deve incluir formas de avaliação da aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas), bem como a autoavaliação dos alunos. (2008, p.81)

Avaliar também consiste em construir uma síntese do que os alunos estão

aprendendo, sem nenhum julgamento, a qual pode ser: descritiva e por meio de

registro. A avaliação descritiva comunica o andamento do processo ensino-

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aprendizagem, comparando-se o que o aluno sabia no início do processo e os

saberes que adquiriu durante este movimento. Já na avaliação por registro, tudo o

que é vivenciado e produzido pelo aluno é registrado de forma concreta e material,

por exemplo: fotos, portfólio, obras artísticas produzidas e gravações de vídeo e

áudio, entre outras. Logo, a avaliação consistirá na observação e registro do

desenvolvimento do aluno, tomando como pontos de partida, a participação, o

trabalho em grupo, a capacidade para resolver problemas, os registros

sistematizados dos conteúdos, ou seja suas produções, não levando em conta

somente os padrões estéticos, mas sim a superação das dificuldades e a apreensão

dos conteúdos trabalhados.

Toda avaliação das diferentes linguagens artísticas pode ser realizada por

duas formas: a informal e a formal. Na informal, o discente manifesta os conteúdos

escolares que foram aprendidos e o docente os que foram ensinados; e na formal, o

docente seleciona os conteúdos trabalhados e verifica se houve ou não

aprendizagem pelo discente, e para tal utiliza-se de diversos instrumentos de

avaliação, tais como: ficha de registro e de observação, dramatização, auto-

avaliação, relatos, vivências, sínteses, etc.

Assim, a avaliação em Arte superara o papel de mero instrumento de mediação da apreensão de conteúdos, busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno. Sendo processual e sem estabelecer parâmetros comparativos entre os mesmos, estará discutindo dificuldades e progressos de cada um a partir da sua própria produção. Assim sendo, considerará o desenvolvimento do pensamento estético, levando em conta a sistematização dos conhecimentos para a leitura da realidade. (DCE DE ARTE, 2008, p. 81)

Mas como sabemos se o aluno aprendeu? De que forma ele expressa esta

aprendizagem? Para responder tais questões, torna-se necessário que critérios de

avaliação sejam estabelecidos, para que haja clareza dos conteúdos que o aluno

apreendeu ou não, e daqueles que está a caminho de apreender ou não, desde que

o foco esteja no processo e não no resultado da práxis pedagógica artística. Assim,

o aluno expõe os diferentes níveis de apropriação e aprofundamento que efetivou ou

não, e que pode vir a realizar. Como critérios de avaliação, destacam-se:

ÁREA CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a

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Música

música e sua relação com o movimento artístico no qual se

originaram.

Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de

intervalos melódicos e harmônicos.

Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas

origens e práticas contemporâneas.

Apropriação prática e teoria de técnicas e modos de

composição musical.

Compreensão das diferentes formas musicais no Cinema e nas

mídias, sua função social e ideológica de veiculação e

consumo.

Apropriação prática e teoria das tecnologias e modos de

composição musical nas mídias relacionadas à produção,

divulgação e consumo.

Compreensão da música como fator de transformação social.

Produção de trabalhos musicais, visando atuação em sua

realidade singular e social.

Artes Visuais

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as

artes visuais e sua relação com o movimento artístico no qual

se originaram.

Apropriação prática e teoria de técnicas e modos de

composição visual.

Compreensão das diferentes formas artísticas populares, suas

origens e práticas contemporâneas.

Compreensão das artes visuais em diversos no Cinema e nas

mídias, sua função social e ideológica de veiculação e

consumo.

Apropriação prática e teoria das tecnologias e modos de

composição das artes visuais nas mídias, relacionadas à

produção, divulgação e consumo.

Compreensão da dimensão das Artes Visuais enquanto fator

de transformação social.

Produção de trabalhos, visando atuação em sua realidade

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singular e social.S ESTRUTURANTESAGEM

Teatro

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o

teatro e sua relação com os movimentos artísticos nos quais se

originaram.

Apropriação prática e teoria de técnicas e modos de

composição teatrais.

Compreensão das diferentes formas de representação

presentes no cotidiano, suas origens e práticas

contemporâneas.

Compreensão das diferentes formas de representação no

Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de

veiculação e consumo.

Apropriação prática e teoria das tecnologias e modos de

composição da representação nas mídias; relacionadas à

produção, divulgação e consumo.

Compreensão da dimensão ideológica presente no teatro e o

teatro enquanto fator de transformação social.

Criação de trabalhos teatrais, visando atuação em sua

realidade social.

Dança

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a

dança e sua relação com o movimento artístico no qual se

originaram.

Apropriação prática e teoria de técnicas e modos de

composição da dança.

Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas

origens e práticas contemporâneas.

Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema,

Musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de

veiculação e consumo.

Apropriação prática e teoria das tecnologias e modos de

composição da dança nas mídias relacionadas à produção,

divulgação e consumo.

Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de

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transformação social.

Produção de trabalhos com dança, visando atuação em sua

realidade social.

8.3.6. Referências

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ Diretrizes Curriculares da Educação

Básica - Arte. Curitiba: SEED, 2008.

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8.4. BIOLOGIA

8.4.1. Apresentação da disciplina

A disciplina de biologia tem como objetivo o estudo da VIDA. Este interesse

está relacionado a sobrevivência da espécie humana, juntamente com a exploração

da natureza. Para compreender estes fenômenos, o ensino buscou explicações em

contextos históricos os quais foram influenciados pela religião, economia, política

entre outros fatores.

A tentativa de explicar o fenômeno vida, vem desde antiguidade, onde

registros históricos demonstram que Platão e Aristóteles, pensadores filósofos,

deixaram contribuições importantes quanto a organização dos seres vivos e a

compreensão da natureza.

Na idade média a igreja se tornou poderosa, o que dificultou os estudos

científicos já que esta instituição afirmava que todo o conhecimento do universo era

vinculado a Deus. Desta forma houve a necessidade de discutir o conhecimento

cientifico em um ambiente distinto dos centros religiosos, assim surgiram as

primeiras universidades medievais.

Na renascença, houve confrontos entre alguns naturalistas que utilizavam o

pensamento matemático, versos naturalistas que utilizavam o pensamento

descritivo.

Os estudos da zoologia desenvolveram-se mais rapidamente a partir dos

avanços tecnológicos, o que permite estudos anatômica comparativa, o que auxiliou

na classificação dos seres vivos por Carl Von Linné, possibilitando a organização da

biologia pela comparação das espécies, caracterizando o pensamento biológico

descritivo.

Enquanto as zoologias, a botânica e medicina, tratavam de explicar a

natureza de forma descritiva, Bacon (1561-1626) propôs um procedimento de

investigação.

Nesse período, ocorreram diversas mudanças e avanços científicos em varias

áreas, as teorias aceitas foram questionadas, originando novos estudos. Porem com

todos esses avanços não foi possível concluir a origem da vida, ois pouco se sabia

da natureza evolutiva para maiores definições.

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O pensamento mecanicista reafirmou com a invenção de instrumentos que

permitiram ampliar a visão anatômica e filosológica, permitindo entender o

funcionamento da vida.

No fim do século XVIII e inicio do século XIX, a imutabilidade da vida foi

questionada, devido a evidencias evolutivas, através das teorias desenvolvidas por

Darwin e Lamarck.

Darwin, afirmou que todos os seres vivos, atuais e do passado, tiveram a

mesma origem evolutiva, e criou a base para a Teoria da Evolução das Espécies.

Para consolidar sua teoria, usou provas como registro fosseis, distribuição

geográfica das espécies e anatomia e embriologia comparada.

Pouco tempo após, surgiu as leis da hereditariedade, propostas por Mendel,

que afirmava ocorrência da transmissão das características hereditárias entre os

seres vivos.

No século XIX, a biologia fez grandes progressos, com o surgimento da teoria

celular, por Schwann e Schleiden,onde todo ser vivo era composto de células, que

contribui para a idéia da geração espontânea.

No século XX, os geneticistas confirmaram os trabalhos de Mendel,

provocando uma revolução conceitual na biologia contribuindo para a construção de

um modelo explicativo dos mecanismos evolutivos, vinculados ao material genético,

sob influência do pensamento evolutivo.

Os estudos de Morgan contribuiriam para que a genética se desenvolvesse

como ciência, Em 1970, ocorreu à necessidade de rever ao método de construção

do conhecimento cientifico.

Desta forma, a biologia, ampliou sua área de atuação e se diversificou. Uma

delas é a biologia molecular, que permite o desenvolvimento de inovações

tecnológicas, o que gera conflitos sociais e discussão sobre a manipulação genética

e suas implicações sobre o fenômeno vida.

No Brasil, a primeira tentativa de organização do ensino ocorreu no Rio de

Janeiro em 1838, seguindo o pensamento mecanicista, centrada em um ensino

tradicionalista. Na década de 30, com a criação dos cursos superiores de ciências

naturais, ampliaram-se os conhecimentos biológicos, porem a metodologia era a

mesma de 1838.

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Na década de 50, a tendência de abordagem era diferente, os conteúdos

eram separados, as aulas praticas, tinham como objetivo tão somente ilustrar as

aulas teóricas.

Na década de 60, os EUA, produziram cadernos que abrangiam os conteúdos

bioquímicos, ecológicos e celulares. Esse material reforçou a importância de trazer

para a escola conhecimento atualizados da Biologia. No Brasil, nesta mesma época,

a aprovação da lei de diretrizes e Bases da Educação, sistematizou o ensino de

Biologia, com a preocupação com a formação do cidadão.

Na década de 70, passou a se discutir as implicações sociais do

desenvolvimento tecnológico e científico. O sistema de ensino brasileiro sofreu

mudanças significativas após a lei n. 5.692/71, que trazia uma formação tecnicista.

Na década de 80, os conteúdos de biologia eram aprendidos com base nas

observações, e comprovados com experimentos.

Na década de 90, as discussões sobre ensino-aprendizagem, teve um

enfoque construtivista, onde o aluno demonstrava dominar a concepção cientifica de

um determinado conteúdo, mudando suas concepções em favor a uma explicação

cientifica.

Em 1990, no estado do Paraná, o ensino do segundo grau, passou a ter

referencial pedagógico o contexto histórico – critico, onde a abordagem dos

conteúdos deve ter relação com a realidade do aluno.

Em 1998, foram promulgadas das DCNEM, o ensino passou a ser organizado

por áreas de conhecimento. Os PCNs, enfatizaram o desenvolvimento de projetos

considerados necessários para a vida dos alunos.

Portanto, hoje as Diretrizes Curriculares consideram a concepção histórica da

Ciência articulada aos princípios da Filosofia da Ciência. A partir da dimensão

histórica da disciplina de Biologia, foram identificados os marcos conceituais do

pensamento biológico. Essa dimensão histórica e filosófica da Ciência está em

conformidade com o atual contexto sócio-econômico e político estabelecido pela

concepção de ciência com a construção humana.

Objetivo da disciplina de biologia esta relacionado em, compreender o

aparecimento e a evolução da vida, nas suas diversas formas de manifestação,

exige um entendimento das condições geológicas e ambientais reinantes em nosso

planeta primitivo;

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A compreensão dos ecossistemas atuais implica um conhecimento da

intervenção humana, de caráter social e econômico, assim como dos ciclos de

materiais e fluxos de energia. Ter uma noção de como operam esses níveis sub-

microscópicos da Biologia, em um pressuposto para uma compreensão mínima dos

mecanismos da biotecnologia.

Entender que a associação entre ciência e tecnologia se amplia, tornando-se

mais presentes no cotidiano e modificando cada vez mais o mundo e o próprio ser

humano. Questões relativas a valorização da vida em sua diversidade, à ética nas

relações entre seres humanos, entre eles seu meio e o planeta, ao desenvolvimento

tecnológico e sua relação com a qualidade de vida marcam fortemente nosso tempo,

pondo em discussão os valores envolvidos na produção e aplicação do

conhecimento científico e tecnológico.

Desenvolver posturas e valores pertinentes às relações entre seres humanos,

entre eles e o meio, entre o ser humano e o conhecimento, contribuindo para uma

educação que formará indivíduos sensíveis e solidários, cidadãos conscientes dos

processos e regularidades do mundo e da vida, capazes, assim, de realizar ações

práticas, de fazer julgamentos e de tomar decisões.

8.4.2. Objetivos

Compreender o aparecimento e a evolução da vida, nas suas diversas

formas de manifestação, exige um entendimento das condições

geológicas e ambientais reinantes em nosso planeta primitivo;

Compreender os ecossistemas atuais implica um conhecimento da

intervenção humana, de caráter social e econômico, assim como dos

ciclos de materiais e fluxos de energia. Ter uma noção de como operam

esses níveis submicroscópicos da Biologia, em um pressuposto para uma

compreensão mínima dos mecanismos da biotecnologia.

Entender que a associação entre ciência e tecnologia se amplia, tornando-

se mais presentes no cotidiano e modificando cada vez mais o mundo e o

próprio ser humano. Questões relativas a valorização da vida em sua

diversidade, à ética nas relações entre seres humanos, entre eles seu

meio e o planeta, ao desenvolvimento tecnológico e sua relação com a

qualidade de vida marcam fortemente nosso tempo, pondo em discussão

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os valores envolvidos na produção e aplicação do conhecimento científico

e tecnológico.

Desenvolver posturas e valores pertinentes às relações entre seres

humanos, entre eles e o meio, entre o ser humano e o conhecimento,

contribuindo para uma educação que formará indivíduos sensíveis e

solidários, cidadãos conscientes dos processos e regularidades do mundo

e da vida, capazes, assim, de realizar ações práticas, de fazer julgamentos

e de tomar decisões.

8.4.3. Conteúdos

1° ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Organização dos

seres vivos

Classificação dos seres

vivos: critérios

taxonômicos e

filogenéticos

Sistemas biológicos:

anatomia morfologia e

fisiologia

Introdução à Biologia:

Conceito de Biologia;

Características gerais dos seres

vivos: composição química,

reprodução, respiração, etc;

Método científico.

Mecanismos

biológicos

Mecanismos celulares

biofísicos e bioquímicos

Teorias evolutivas

Histórico da Citologia e

Microscopia;

Diferenças entre células

procariótica e eucariótica;

Envoltórios celulares: composição

química, transporte de nutrientes.

Organelas celulares: constituição

e funções que desempenham na

célula.

Estruturas do núcleo e suas

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respectivas funções;

Divisões celulares.

Biodiversidade

Transmissão das

características

hereditárias

Dinâmica dos

ecossistemas: relações

entre os seres vivos e

interdependência com o

ambiente.

Conceitos básicos;

Fluxo de energia num

ecossistema;

Relações ecológicas.

Ciclos biogeoquímicos;

Desequilíbrios ambientais.

Resoluções do CONAMA/MMA

(Conselho Nacional do Meio

Ambiente) e Política Nacional da

Biodiversidade.

Manipulação

Genética

Organismos

geneticamente

modificados

2° ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS BÁSICOS

Organização dos

seres vivos;

Classificação dos seres

vivos: critérios

taxonômicos e

filogenéticos

Sistemas biológicos:

anatomia morfologia e

fisiologia

Organismos

geneticamente

modificados.

Transmissão das

Sistemática e Nomenclatura.

Mecanismos Biológicos e

Biodiversidade.

Classificação dos seres vivos: os

5 reinos

Vírus:

Características gerais dos vírus;

Estrutura dos vírus;

Ciclo reprodutivo viral;

Vírus e doenças;

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Mecanismos

biológicos

Biodiversidade

Manipulação

genética

características

hereditárias

Dinâmica dos

ecossistemas: relações

entre os seres vivos e

interdependência com o

ambiente.

Mecanismos celulares

biofísicos e bioquímicos

Teorias evolutivas

AIDS: maior índice nos povos

africanos;

Doenças endêmicas da África.

Reino monera:

Características estruturais dos

moneras;

Nutrição das bactérias;

Reprodução das bactérias

Classificação das bactérias

Bactérias e doenças;

Importância das bactérias para a

humanidade.

Reino Protoctista:

Algas:

o Características das algas;

o Principais grupos de algas;

o Reprodução das algas;

o Importância econômica e

ecológica das algas.

Protozoários:

o Características gerais dos

protozoários;

o Principais grupos de

protozoários;

o Reprodução dos

protozoários;

o Doenças causadas por

protozoários.

Reino Fungi:

Características gerais e

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estruturas dos fungos;

Classificação dos fungos;

Reprodução dos fungos;

Prejuízos causados por fungos;

Importância ecológica e

econômica dos fungos.

Reino Plantae:

Características gerais das plantas;

Classificação das plantas: principais

grupos.

Anatomia das plantas;

Fisiologia das plantas;

Importância econômica das plantas;

Ecologia das plantas: biomas,

extinção de espécies, agrotóxicos e

alimentos orgânicos.

Reino Animmalia: Invertebrados

Características gerais dos

animais.

Lei Estadual do Paraná n° 14037,

20 de março 2003, Código de

proteção aos animais.

Poríferos:

o Características gerais e

estruturas;

o Principais representantes;

o Importância ecológica e

econômica.

Cnidários:

o Características gerais e

estruturas;

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o Principais representantes ;

o Importância ecológica e

econômica.

Platelmintos:

o Características gerais e

estruturas;

o Reprodução, nutrição e

ciclo de vida;

o Principais representantes;

o Doenças causadas por

platelmintos;

o Importância ecológica.

Nematelmintos:

o Características gerais e

estruturas;

o Reprodução, nutrição e

ciclo de vida;

o Doenças causadas por

nematelmintos.

Moluscos:

o Características gerais e

estruturas;

o Anatomia e fisiologia dos

moluscos;

o Classes de moluscos;

o Importância econômica e

ecológica.

Anelídeos:

o Características gerais e

estruturas;

o Anatomia e fisiologia;

o Importância econômica e

ecológica.

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Artrópodes:

o Características gerais dos

artrópodes;

o Classificação dos

artrópodes;

o Anatomia e fisiologia dos

artrópodes;

o Importância ecológica e

econômica dos artrópodes;

o Prejuízos causados por

artrópodes.

Equinodermos:

o Características gerais e

estruturas;

o Classificação dos

equinodermos;

o Anatomia e fisiologia dos

equinodermos;

o Importância ecológica e

econômica dos

equinodermos.

Reino Animmalia: Os Vertebrados

Peixes:

o Características gerais;

o Anatomia e fisiologia;

o Classificação dos peixes;

o Importância econômica e

ecológica.

Anfíbios:

o Características gerais e

estruturas;

o Anatomia e fisiologia;

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o Principais representantes;

o Importância ecológica e

econômica dos anfíbios.

Répteis:

o Características gerais e

estruturas;

o Anatomia e fisiologia;

o Principais representantes;

o Importância ecológica e

econômica.

Aves:

o Características gerais das

aves e estruturas;

o Anatomia e fisiologia das

aves;

o Principais representantes;

o Importância ecológica e

econômica das aves.

Mamíferos:

o Características gerais e

estruturas;

o Anatomia e fisiologia;

o Principais representantes;

o Importância ecológica e

econômica.

3° ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS BÁSICOS

Classificação dos seres

vivos: critérios

Sistemas de coordenação:

nervoso e endócrino;

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Organização dos

seres vivos

taxonômicos e

filogenéticos

Sistemas biológicos:

anatomia morfologia e

fisiologia

Sistemas de nutrição:

cardiovascular, respiratório e

digestório;

Sistema excretor;

Sistemas de relacionamento:

esquelético, muscular e órgãos

dos sentidos;

Sistema reprodutivo.

Mecanismos

biológicos

Mecanismos celulares

biofísicos e bioquímicos

Teorias evolutivas

DNA, RNA, cromossomos:

conceitos básicos;

Divisão celular.

Origem e Evolução dos seres

vivos:

Hipóteses sobre a Origem da

Vida;

Evidências da evolução;

Teorias da evolução;

Estudo sobre teorias

antropológicas.

Biodiversidade

Transmissão das

características

hereditárias

Dinâmica dos

ecossistemas:relações

entre os seres vivos e

interdependência com o

ambiente.

Introdução: termos usados em

Genética;

Histórico da Genética;

Genética no cotidiano;

Leis de Mendel:

o 1º Lei de Mendel;

o 2ª Lei de Mendel;

Desmitificação das teorias

racistas destituindo de significado

de a pseudo-superioridade racial;

Estudo das características

biológicas (biotipo) dos diversos

povos;

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Herança ligada ao sexo;

Herança de grupos sanguíneos

na espécie humana;

Anemia falciforme, pressão alta e

doenças características dos

povos africanos.

Manipulação

Genética

Organismos

geneticamente

modificados

Biotecnologia:

o Lei de Biossegurança

transgênico, clonagem.

8.4.4. Metodologia

A compreensão do fenômeno VIDA significa analisar uma Ciência em

transformação, cujo caráter provisório permite a reavaliação dos seus resultados e

possibilita mudar conceitos e teorias elaborados em cada momento histórico, social,

político, econômico e cultural.

O processo de construção do pensamento biológico presente na história da

Ciência torna possível compreender que há uma ampla rede de relações entre a

produção científica e os contextos social, econômico, político e cultural, verificando-

se que a formulação e a validade ou não das diferentes teorias científicas estão

associados ao momento histórico em que foram propostas e aos interesses

dominantes do período.

Para diagnosticar conceitos dos alunos, é recomendável favorecer o debate

em sala, pois ele oportuniza a análise e contribui para a formação de um sujeito

investigador, interessado, que busca conhecer e compreender a realidade.

Recursos como a aula dialogada, a leitura, a escrita, a experimentação, e as

analogias, entre tantos outros, devem favorecer a expressão dos alunos, seus

pensamentos, suas percepções, significações, interpretações, uma vez que

aprender envolve a produção/criação de novos significados, tendo em vista que esse

processo acarreta o encontro e o confronto das diferentes idéias que circulam em

sala de aula.

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108

O uso de diferentes imagens como vídeo, transparências, votos e as

atividades experimentais são recursos usados com freqüência nas aulas de Biologia

e requerem uma problematização em torno da demonstração e da interpretação.

A metodologia deve integrar conhecimentos veiculados com uma concepção

sobre a relação homem – ambiente, e possibilitar novas elaborações em pesquisa e

estudo do meio, o qual pode ocorrer em locais como: parques, praças, terrenos

baldios, praias, bosques, rios, zoológicos, hortas, mercados, lixões, fábricas, etc.

Outras atividades que podem ser desenvolvidas são: os jogos didáticos,

produção de painéis, história em quadrinhos, tirinhas, folder, projetos para

participação na Mostra Cultural e Científica, e do Com Ciência.

Cabe ressaltar que a aula, assim concebida, deve introduzir momentos de

reflexão teórica com base na exposição dialogada. Assim, o ensino de Biologia não

deve se limitar a uma única metodologia, podendo fazer uso de:

Atividades experimentais, onde o aluno compreende a inter-relação entre

os conhecimentos químicos, físicos e biológicos:

Aulas expositivas;

Filmes e documentários;

Atividades em grupo e individual;

Pesquisas e trabalhos;

Recortes de revistas e jornais;

Problematizações e contextualizações

Visitas: parques, museus e indústrias;

Jogos. dinâmicas, dramatizações e imagens;

Maquetes;

Murais, exposições e feiras;

Leitura e interpretações de textos;

Palestras, fóruns, seminários e debates com profissionais da área;

Interdisciplinaridade;

Uso de mapas conceituais, gráficos e tabelas;

Desenhos.

8.4.5. Avaliação

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No processo ensino-aprendizagem a avaliação se faz presente como

instrumento de diagnostico e investigação da prática para metodologia aplicada,

tendo como objetivo proporcionar subsídios para o real processo educativo que

envolve professor e aluno.

A avaliação visa contribuir para a compreensão das dificuldades de

aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que essa

aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade, da

sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos

estão inseridos.

O processo avaliativo, está diretamente ligado à formação de sujeitos que se

apropriem do conhecimento para compreender as relações humanas em suas

contradições e conflitos com o meio, sendo que a ação pedagógica contribui para

está formação.

Avaliação escolar deve constituir um projeto de futuro social, pela intervenção

da experiência do passado e compreensão do presente, num esforço coletivo a

serviço da ação pedagógica, em movimentos na direção da aprendizagem do aluno,

da qualificação do professor e da escola.

O professor é quem compreende a avaliação e a executa como um projeto

intencional e planejado, que deve contemplar a expressão de conhecimento do

aluno como referência uma aprendizagem permanente.

Sendo assim, o método avaliativo deve se dar de forma continua e paralela

com todos os conteúdos e atividades, trazendo como base de desenvolvimento a

memorização, observação, percepção, descrição, argumentação, análise crítica,

interpretação, criatividade e formulação de hipóteses.

Os instrumentos avaliativos ocorrem por diferentes formas e métodos que

envolvem o aluno e professor na construção efetiva e com um conhecimento sólido

como em:

Atividades de leitura compreensiva de texto;

Pesquisas bibliográficas;

Palestras, apresentação oral;

Atividades experimentais;

Relatórios;

Produção de painéis, histórias em quadrinhos, slogan, jogos educativos;

Atividades avaliativas com questões discursivas e objetivas.

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CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Organização dos

seres vivos

Identificar e comparar as características dos diferentes seres

vivos;

Estabeleça relações entre as características específicas dos

micro-organismos, dos organismos vegetais e animais, e dos

vírus.

Reconheça e compreenda a classificação filogenetica.

Compreender a anatomia, morfologia e fisiologia dos diversos

seres vivos;

Mecanismos

biológicos

Identificar a estrutura e o funcionamento das organelas

citoplasmáticas;

Reconhecer e identificar as organelas citoplasmaticas;

Reconhecer a importância e identificar os mecanismos

biológicos e biofisicos que ocorrem no interior da célula;

Reconhecer o mecanismo e funcionamento da célula;

Diferenciar as estruturas celulares e suas funções;

Biodiversidade

Compreender a importância e valorizar a diversidade biológica

para a manutenção do equilíbrio do ecossistema;

Reconhecer as relações interdependentes entre os seres vivos

e o meio em que vivem;

Compreender a diversidade biológica e a manutenção do

equilíbrio ecológico;

Identificar fatores bioticos a abioticos;

Manipulação

Genética

Reconhecer e analisar a importância da estrutura genética

para manutenção da diversidade dos seres vivos;

Compreender a transmissão das características hereditárias;

Identificar técnicas de manipulação do material genético e os

resultados decorrentes de suas aplicações;

Relacionar os conhecimentos biotecnológicos às alterações

produzidas pelo homem na diversidade biológica;

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111

Analisar e discutir aspectos da Pesquisa cientifica e bioetica,

que envolve manipulação genética;

8.4.6. Referência

BURNS, G. W. Genética: uma introdução à hereditariedade. 5ª ed. Rio de Janeiro: 1984. FERRI, Mário Guimarães et alli. Botânica: Fisiologia: curso experimental. São Paulo: Martins Fontes, 1984. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Diretriz Curricular de Biologia para o Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2008.

JOLY, A. B. Introdução à taxionomia vegetal. São Paulo: Nacional, 1979. LOPES, A. Conhecimento escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1999. SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas/SP: Autores Associados, 1997.

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8.5. CIÊNCIAS

8.5.1. Apresentação da disciplina

Considerando a evolução do pensamento humano, tem-se a partir dele a

origem da Ciência. No âmbito, em que o homem e os demais seres vivos precisam

de condições ambientais básicas para sua existência.

Mesmo antes da descoberta do fogo, o homem começou a buscar maneiras

de satisfazer suas necessidades cotidianas, caçando e criando objetivos próprios

para isso. Logo, em seguida utilizou-se da descoberta do fogo e passou a cozinhar

os alimentos, usando técnicas de conservação de alimentos e até mesmo maneiras

de transformar uma substancia em outra, processo hoje chamado de experiência

química.

Assim do homem que caçava, se inicia um período em que ele começa a tirar

proveito da natureza para sua subsistência, aperfeiçoando suas técnicas

aprendendo a armazenar alimentos, desenvolvendo poções de cálculos criando até

mesmo calendários a partir de movimentos celestes.

Enfim o homem começa a formular teorias, desenvolvendo crenças e valores,

partindo de uma ciência racional, a filosofia. Desta forma a ciência passa a ser

determinada pela maneira com que o homem expressa seu conhecimento.

Com o passar do tempo começaram a surgir denominações para algumas

ciências as quais começam a explicar o novo mundo através de novas teorias que

foram sendo descobertas e estudadas com especificidade como: a química que

acabou com a mineração e a metalúrgica e com a produção de pólvora; a física que

trouxe um grande avanço aos estudos referentes ao magnetismo, a mecânica e a

óptica;a matemática que colaborou com as soluções para os problemas dos

navegadores e das construções das grandes catedrais; a biologia, que por meio da

botânica e da zoologia destacou-se com ilustrações detalhadas para o estudo das

plantas e animais.

Logo após, filósofos e cientistas como Leonardo da Vinci, Nicolau Copérnico,

Galileu Galilei, Francis Bacon e Isac Newton se destacaram com inovações

científicas, derrubando muitas crenças e tradições da época.

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113

Com a revolução industrial, iniciou-se um processo de extração da madeira e

do carvão mineral como forma de produção de energia, com isso intensificaram-se

os desmatamentos e também com o aperfeiçoamento da extração do carvão mineral

evidenciaram -se os processos de impacto ambiental, onde o homem percebe que

pode interferir na natureza buscando melhores condições de vida.

Nos anos seguintes o cientista Charles Darwin muda a visão do homem em

relação ao passado quando lança o livro “A origem das espécies” contribuindo para

as ciências biológicas, psicológicas, sociológicas e outros ramos do pensamento;

assim como quando Mendel descobriu os princípios da genética.

No século seguinte, a ciência entra em momentos negativos ao influenciar

Guerras e misérias de muitos, mas mesmo perante estes fatos, fica cada vez mais

claro que a ciência é uma construção humana, intencional e diretamente aliada aos

avanços tecnológicos e com as relações sociais.

Assim a trajetória do currículo de ciências se destaca pelo ensino das

verdades básicas, a experiência pela experiência a solução de problemas pelo

método científico e unidade de trabalho com base na tecnologia educacional.

Através do decreto de 19.890/31, a disciplina de ciência foi inserida no

currículo a partir de reforma Francisco Campos. O método de ensino usado na

época destaca-se com a exposição, memorização e repetição, sendo propostos os

conteúdos de Água, Ar, Terra, considerando as perspectivas físicas, químicas,

cósmicas, biológicas e sociais.

A importância do ensino de ciências cresceu em todos os níveis e passou a

ser objeto de movimento em busca de reformas educacionais para os

desenvolvimentos econômicos, culturais e sociais da época.

A ciência teve um processo de formação de novos pesquisadores, para que o

Brasil pudesse participar em melhores condições do processo de industrialização,

esta época marcou-se por intensos políticos, onde a LDB ampliou o espaço da

disciplina de “Ciências Físicas e Naturais”, denominada “iniciação à ciência”,

estabelecendo a sua obrigatoriedade para todas as séries do ginasial. E com as três

formações ocorridas no país com o regime militar de 1964, o ensino de ciências

passou a ter um compromisso co a formação de mão-de-obra técnico para poder

assim atender a demanda do desenvolvimento econômico do país.

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A partir de uma nova configuração, as disciplinas científicas foram atingidas

por uma restauração de um novo currículo, descaracterizando o que historicamente

marcava o ensino de ciências.

O final dos anos 70 marcou-se por uma crescente degradação ambiental,

através do grande desenvolvimento industrial, resultando numa nova ênfase nos

currículos escolares. Assim, neste momento emerge o movimento ciência.

Tecnologia e sociedade, que traz ao mundo uma grande competição tecnológica e o

Brasil se vê em meio a uma transição política onde a democratização influencia o

ensino de ciências se associando a questões sociais, alguns temas estiveram

presentes nos programas desenvolvimento para aprimorar o ensino de ciências e a

tecnologia ainda que muitas vezes, assumisse uma postura ingênua, sem

estabelecer relações com pratica social.

A partir dos anos 90, o currículo básico propôs ao ensino de ciências a

integração dos conteúdos em três eixos norteadores: Noções de Astronomia,

Transformação e Interação de Matéria e Energia e Saúde.

Mediante políticas publicas federais, o ensino de ciências teve seu objetivo de

estudo redirecionado e o esvaziamento de seus conteúdos clássicos, sendo que

amplos campos de estudo da disciplina de ciências, como saúde, sexualidade, meio

ambiente, dentre outros passaram a ser tratados por outras disciplinas, por meio de

projetos curriculares e extra-curriculares. Existiam ainda a ideia dos eixos

norteadores, ou eixos temáticos: Terra e Universo, Vida e Ambiente, Ser Humano e

Saúde, Tecnologia e Sociedade, todos trazendo ao ensino de ciências uma visão

mais articulada, mas limitando as possibilidades de trabalho do professor.

Em 2003, uma nova metodologia foi implantada no ensino de ciências, a qual

buscou solicitar ao professor uma maior reflexão perante a realidade da escola,

criando uma interação entre a escola e a comunidade, preparando melhor os

professores, e a partir daí aumentar a valorização do estudo da disciplina.

A disciplina de ciências constitui um conjunto de conhecimento necessário

para compreender e explicar os fenômenos da natureza resultantes das relações

entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força,

campo, energia e vida, e suas interferências no mundo. Por isso, estabelece

relações entre os diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos, em cujos

cenários estão os problemas reais, a prática social.

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Uma forma de conhecimento produzido pelo homem no decorrer da sua

história é a ciência, que se caracteriza por ser a tentativa do homem em entender e

explicar racionalmente a natureza buscando formular leis que em última instância

permitam a atuação humana.

Em outros estágios a ciência acreditava que alcançaria um conhecimento

absoluto e inquestionável, hoje, a ciência é tratada como uma atividade humana

complexa, que não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos construídos

a partir do caráter experimental, os quais estão em permanente transformação.

É na apropriação e discussão dos conteúdos que historicamente compõe o

currículo de ciências, articulando à realidade, possibilitando aos educadores

situarem-se na sociedade, compreendem o que ocorre ao seu redor e assumirem

uma postura crítica para intervirem no seu contexto social.

Pautando essa concepção, o processo de ensino e aprendizagem de ciências

valoriza a dúvida, a contradição, a diversidade e a divergência, o questionamento

das certezas e incertezas e faz superar o tratamento curricular dos conteúdos por

eles mesmos de modo a dar prioridade à sua função social.

A disciplina de ciências caracteriza-se pela necessidade da compreensão do

mundo natural, mundo construído e do cotidiano historicamente e dialeticamente

pela humanidade levando em consideração os aspectos sociais, políticos,

econômicos, culturais e éticos. Com esse conhecimento o aluno poderá intervir na

sociedade avançando a ciência e a tecnologia e consequentemente melhorando o

ambiente e a qualidade de vida.

Esta disciplina tem como objetivo promover a socialização dos conhecimentos

científicos e tecnológicos em sua historicidade, intencionalidade, provisoriedade,

aplicabilidade e nas inter-relações que se estabelece na sociedade.

8.5.2. Objetivos

Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em

sociedade, como agente de transformações do mundo em que vive, em

relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do

ambiente;

Compreender a Ciência como um processo de produção de conhecimento

e uma atividade humana, histórica, associada a aspectos de ordem social,

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econômica, política e cultural;

Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia

e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica, e

compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas,

sabendo elaborar juízo sobre riscos e benefícios das práticas cientíifico-

tecnológicas;

Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e

coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes;

Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a

partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em prática

conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado

escolar;

Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados a energia, matéria,

transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;

8.5.3. Conteúdos

5º SÉRIE / 6º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Astronomia

Universo

Sistema Solar

Movimentos

Terrestres

Movimentos Celestes

Teorias da formação do Sistema Solar

Geocentrismo e heliocentrismo

Astros (estrelas, cometas, meteoros,

satélites naturais)

Os planetas do sistema solar

Os movimentos da Terra

As estações do ano

Matéria

Constituição da

Matéria

Terra primitiva

Camadas da Terra

Rochas e minerais

Solo (origem, formação, tipos, erosão

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e técnicas)

Atmosfera primitiva

Camadas atmosféricas

Ar (composição, propriedades,

pressão atmosférica)

Sistemas Biológicos

Níveis de

organização

Características gerais dos seres vivos

Célula, unicelulares, pluricelulares,

eucariontes, procariontes, autótrofo e

heterótrofo.

Classificação dos seres vivos

Reino: Monera, Portista e Fungos

Invertebrados (Poríferos, cnidários,

platelmintos, nematelmintos,

moluscos, anelídeos, artrópodes e

equinodermos)

Energia

Formas de energia

Conversão de

energia

Transmissão de

energia

Energia eólica

Magnetismo

Corrente elétrica

Formas de geração de energia elétrica

Biodiversidade

Organização dos

seres vivos

Ecossistema

Evolução dos seres

vivos

Componentes bióticos e abióticos

Ecologia e ecossistema

Nicho, Habitat, comunidade,

população

Biodiversidade

Cadeia alimentar

Extinção de espécies

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6° SÉRIE / 7º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Astronomia

Astros

Movimentos

Terrestres

Movimentos

Celestes

Sol – composição química e a

produção de sua energia

Eclipses do Sol e Lua

Constelações

Matéria

Constituição da

Matéria

Água

Água nos seres vivos

Composição da água

Mudanças dos estados físicos da

água

Ciclo da água

Densidade

Água como solvente

Saneamento básico

Sistemas Biológicos

Célula

Morfologia e

fisiologia doas seres

vivos

Célula (teoria, tipos, estrutura, e

parede celular)

Fotossíntese

Plantas

Animais vertebrados: peixes

mamíferos, anfíbios, aves e repteis

Energia

Formas de energia

Transmissão de

energia

Formas de energia

Conversão e conservação de energia

Noção de grandezas físicas

Sistema de unidades de medidas

Biodiversidade

Origem da vida

Organização dos

seres vivos

Sistemática

Teoria sobre a origem da vida

Biogênese e Abiogênese

Classificação dos seres vivos

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7° SÉRIE / 8º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Astronomia Origem e evolução

do Universo

Teorias sobre a origem e evolução do

universo

Matéria

Constituição da

matéria

Modelos atômicos, íons, elementos

químicos.

Substancias e misturas.

Sistemas Biológicos

Célula

Morfologia e

fisiologia doas seres

vivos

Célula (Partes, organelas e função)

Tecidos

Sistema digestório

Sistema Respiratório

Sistema Cardiovascular

Sistema Excretor

Sistema Locomotor

Energia

Formas de energia

Movimento de repouso

Movimento uniforme variado

Força

Roldanas

Alavancas

Energia térmica: conceito de calor e

temperatura

Biodiversidade

Evolução dos seres

vivos

Componentes bióticos e abióticos

Interações nas comunidades

Teoria de Lamarck Darvin

Degradação ambiental

Esgotamento de recursos naturais

Poluição alterações na biosfera

8° SÉRIE / 9º ANO

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CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Astronomia Astros

Gravitação universal

Força gravitacional

Leis de Newton e Kepler

Matéria

Propriedades da

matéria

Propriedades gerais da matéria

Propriedades específicas da matéria

Classificação dos elementos químicos

Tabela periódica

Reações, ligações e funções

químicas

Sistemas

Biológicos

Morfologia e

fisiologia doas seres

vivos

Mecanismos de

herança genética

Sistema Sensorial

Sistema endócrino

Sistema reprodutor

Dna e Rna

O gene- herança genética

Mitose e meiose

Energia

Formas de energia

Conservação de

energia

Ondas

Eletricidade e magnetismo

Biodiversidade

Interações

ecológicas

Ciclo da água

Ciclo do carbono

Ciclo do nitrogênio

Ciclo do oxigênio

Relações harmônicas e desarmônicas

Poluição da água, ar e solo.

8.5.4. Metodologia

Para o ensino de Ciências propõem uma prática pedagógica que leva à

integração dos conceitos científicos e valorize o pluralismo metodológico. O ensino

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de Ciências deve possibilitar ao aluno a capacidade de: situar-se no mundo de forma

ativa e crítica; entender e avaliar questões sociais, econômicas e políticas.

É importante que o professor trabalhe os conteúdos específicos ao longo dos

quatro anos, respeitando o desenvolvimento cognitivo dos estudantes, a diversidade

cultural, a realidade local e os aspectos essenciais no ensino de Ciências: a História

da Ciência, a divulgação científica e as atividades experimentais.

O ensino de Ciências não deve se limitar a uma única metodologia. Assim, o

ensino de Ciência fará uso de:

Atividades experimentais, onde o aluno compreende a inter-relação entre

os conhecimentos químicos, físicos e biológicos:

Aulas expositivas;

Filmes e documentários;

Atividades em grupo e individual;

Pesquisas e trabalhos;

Recortes de revistas e jornais;

Problematizações e contextualizações

Visitas: parques, museus e indústrias;

Jogos, dinâmicas, dramatizações e imagens;

Maquetes;

Murais, exposições e feiras;

Leitura e interpretações de textos;

Palestras, fóruns, seminários e debates com profissionais da área;

Interdisciplinaridade;

Uso de mapas conceituais, gráficos e tabelas;

Desenhos.

Para do desenvolvimento destas atividades o professor poderá recorrer a

variados recursos tecnológicos e didáticos: microscópicos, telescópio, computador

(internet), TV Multimídia, Portal Dia-a-Dia, TV Paulo Freire, DVDS, CDS, livro

didático, texto de jornal, revista, figuras, quadro de giz, torso, esqueleto, mapa,

globo.

Nesta proposta, inclui-se estudos relacionados à Educação Ambiental, Lei nº:

9.795/99, voltada para a conservação do meio ambiente e a sustentabilidade do

planeta. A disciplina de Ciências desenvolverá seus conteúdos fazendo uma

reflexão com os temas étnicos-raciais, Lei 11.645/08”História e Cultura Afro-

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Brasileira e Indígena”, Lei 10.639/03 “História e Cultura Afro-Brasileira”, através de

pesquisas, problematizações, estudos das teorias antropológicos, características

biológicas os diversos povos, contribuição dos povos africanos e de seus

descendentes para os avanços da Ciência e da Tecnologia, alimentos de origem

afro e indígena, flora medicinal (práticas curativas das tribos indígenas), recursos

naturais (caça e pesca).

Faz se também necessário incluir neste estudo a História do Paraná, que,

dentro do currículo de Ciências trata de espécies animais e vegetais característicos

da região, espécies ameaçadas e áreas de preservação e conservação. Tudo isso

para que o aluno adquira conhecimento, desenvolva habilidades, atitudes e

competências voltadas a preservação e conservação do meio ambiente.

8.5.5. Avaliação

A ação avaliativa é importante no processo ensino- aprendizagem, pois pode

propiciar um momento de interação e construção de conhecimentos significativos

para que o aluno se aproprie de conceitos científicos. Os critérios e instrumentos de

avaliação precisam ser planejado para superar o modelo de avaliação classificatória

e excludente.

Para compreender um conceito científico de forma clara, é preciso que a

avaliação seja diferenciada e transferível, o professor utiliza instrumentos compostos

por questões e problemas novos, não familiares e sim diversificados, que exija a

máxima transformação do conhecimento adquirido.

A avaliação devera valorizar os conhecimentos alternativos dos alunos,

constituídos no cotidiano, nas atividades experimentais ou a partir de diferentes

estratégias que envolva recursos pedagógicos instrucionais diversos. Estabelecendo

critérios para que a formação do aluno seja precisa e se concretize de diferentes

atividades como:

atividades de leitura compreensiva de texto;

pesquisas bibliográficas;

palestras, apresentação oral;

atividades experimentais;

relatórios;

produção de painéis, histórias em quadrinhos, slogan, jogos educativos;

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provas com questões discursivas e objetivos.

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Astronomia

Entender as ocorrências astronômicas como fenômenos da

natureza.

Conhecer as características básicas de diferenciação entre

estrelas, planetas, satélites, cometas, asteróides, meteoros e

meteoritos.

Conhecer a história da ciência, a respeito das teorias

geocêntricas e heliocêntricas.

Compreender os movimentos (noite e dia, eclipses e

estações do ano).

Refletir sobre os modelos científicos que abordam a origem e

a evolução do universo conhecendo os fundamentos da

classificação cosmológica.

Entender as leis de Kepler e Newton para as orbitas dos

planetas e a gravitação universal.

Interpretar os fenômenos terrestres relacionados a gravidade.

Biodiversidade

Distinguir ecossistema, comunidade, população;

Conhecer a respeito da extinção de espécies;

Entender a formação de fósseis;

Conhecer a classificação dos seres vivos, de categorias

taxonômicas e filogenia;

Entender as interações e sucessões ecológicas, cadeia

alimentar seres autótrofos e heterótrofos.

Conhecer a respeito das eras geológicas e das teorias sobre

a origem da vida;

Entender as teorias evolutivas;

Entender os ciclos biogeoquímicos.

Entender a constituição e propriedades da matéria, suas

transformações com o fenômeno da natureza.

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Matéria

Compreender a constituição do planeta Terra, no que se

refere a atmosfera e crosta, solo, rochas, minerais, manto e

núcleo;

Entender a constituição do planeta Terra primitivo e os

componentes essenciais ao surgimento da vida;

Conceituar matéria e sua constituição, com base nos

modelos atômicos;

Definir átomo, íons, elementos químicos, substancias,

ligações e reações químicas;

Conhecer as leis da conservação da massa;

Compreender as propriedades da matéria.

Sistemas

Biológicos

Entender a constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos

como em toda integração.

Reconhecer as características gerais dos seres vivos.

Conhecer os níveis de organização celular;

Conhecer os fundamentos da estrutura química da célula e

as diferenças entre os tipos celulares;

Compreender o fenômeno da fotossíntese e os processos de

conversão de energia na célula;

Identificar a relação entre os órgãos e sistemas animais e

vegetais a partir do entendimento dos mecanismos celulares;

Conhecer a estrutura e funcionamento dos tecidos;

Compreender que a digestão, espiração, circulação,

excreção, nutrição, anatomia e fisiologia desses sistemas no

organismo;

Compreender os fundamentos teóricos que descrevem os

sistema nervoso, sensorial, reprodutor e endócrino;

Entender os mecanismos de herança genética.

8.5.6. Referências

BARROS, C. Ciências: os seres vivos. São Paulo: Editora Ática, 1999.

CRUZ, D. Química e Física. Ed. 26. São Paulo: Ática, 2001.

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125

GEWANDSZNAJDER, F. Ciências: o planeta terra. 2 Ed. São Paulo: Ática, 2002.

GODWAK, D. Coleção Ciências, novo pensar. Edição 1. São Paulo: FTD, 2002.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Ciências. Paraná: 2008.

SEED-PR: Cadernos Temáticos, HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA: educando para as relações étnicos-raciais/ Paraná. Curitiba, 2006.-110p.

SILVA, C. J. Ciências: entendendo a natureza. 16 Ed. São Paulo: Saraiva, 1999. VALLE, C. Coleção Ciências. Ed. 1. Curitiba: Editora Positivo, 2004.

REFERÊNCIAS ON LINE

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/-site acessado no dia 12 de fevereiro de 2010

http://www.ciencias.seed.pr.gov/

http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=311

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126

8.6. EDUCAÇÃO FÍSICA

8.6.1. Apresentação geral da disciplina

Nas aulas de Educação Física, a aprendizagem dos conteúdos não está

necessariamente vinculada à experiência prática. No entanto, a valorização do

desempenho técnico com pouca ênfase no prazer ou vice-versa, a abordagem

técnica com referência em modelos muito avançados, e, principalmente, uma

concepção de ensino que deixa como única alternativa ao aluno adaptar-se ou não a

modelos predeterminados têm resultado, em muitos casos, na exclusão de alunos.

Na aprendizagem e no ensino da cultura corporal de movimentos, trata-se

basicamente de acompanhar a experiência prática e reflexiva dos conteúdos na

aplicação dentro de contextos significativos.

Julga-se adequado nas duas primeiras séries do ensino fundamental, uma

ênfase nas atividades lúdicas por meio de jogos e brincadeiras, considerando os

perigos de uma especialização técnica precoce e seus efeitos deficientes.

Noutras, justamente em função da suposta precariedade técnica dos jogos e

brincadeiras exercidos nessas primeiras séries propõem-se exercícios de

habilidades e fundamentos esportivos como construção de pré-requisitos para a

aprendizagem de modalidades esportivas nas séries posteriores.

Além da metodologia crítico-emancipatória, a construtivista defende o método

de integração com o mundo externo e com o mundo interno do aluno, procurando o

resultado de provocar o gosto de aprender e a auto-suficiência na busca de

respostas. O aluno é tomado como um ser pensante, com desenvolvimento próprio,

o professor procura ser um orientador que facilita a aprendizagem criando situações

estimulantes e motivadoras de respostas e a escola é o espaço do saber e

integração do indivíduo à sociedade e à cultura.

Em síntese, o que se quer ressaltar é que nem os alunos, nem os conteúdos

tampouco os processos de ensino e aprendizagem são virtuais ou ideais, mas sim

reais, vinculados ao que é possível em cada situação e em cada momento

8.6.2. Objetivos gerais

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127

Despertar o interesse pela prática espontânea do voleibol.

Mostrar a relação entre o voleibol e outros esportes e com as outras

atividades do cotidiano.

Valorizar a contribuição individual dentro do coletivo.

Estabelecer as semelhanças e diferenças entre as modalidades coletivas.

Proporcionar aos alunos condições de participar nas diversas modalidades

esportivas de forma ativa, crítica e com conhecimento básico sobre o

assunto.

Desenvolver no educando a importância do trabalho em grupo.

Despertar o interesse para hábitos saudáveis.

Diferenciar jogo e esporte.

Levantar aspectos históricos de cada esporte.

Trabalhar o condicionamento físico básico dos alunos.

Conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos

saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo

com responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva;

Trabalhar as regras de cada esporte.

Proporcionar através da atividade física, recreativa e do desporto, o

desenvolvimento e o aperfeiçoamento das potencialidades físicas, de

autocontrole, de espírito de grupo e de respeito às individualidades.

Focar a qualidade de vida, a solidariedade e os conflitos por meio de

diálogo.

Divulgar brinquedos com materiais alternativos, atividades coletivas, jogos

de oposição, jogos adaptados ou criados, entre outros. Sejam de natureza

cooperativa ou competitiva, que oferecem a possibilidade de vivenciar o

lúdico

8.6.3. Conteúdos

Os conteúdos estruturantes devem ser abordados em complexidade

crescente, respeitando as múltiplas experiências dos alunos relativas ao

conhecimento.

Cada um dos conteúdos estruturantes abaixo será tratado de forma que

contemple os fundamentos da disciplina, em articulação com aspectos políticos,

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128

históricos, sociais, econômicos, culturais, bem como elementos da subjetividade

representados na valorização do trabalho coletivo, na convivência com as

diferenças, na formação social crítica e autônoma.

Esporte: Contemplar, além das técnicas, táticas e regras básicas das

modalidades esportivas, os aspectos sociais e históricos possibilitando ao

aluno um entendimento e uma análise crítica das mesmas e, como

ferramenta de aprendizado para o lazer e para o aprimoramento da saúde.

Jogos e brincadeiras:Conjunto de possibilidades que ampliam a percepção

e a interpretação da realidade, permitindo a flexibilização de regras e da

organização coletiva.

Criação de jogos e brincadeiras, de natureza cooperativa ou competitiva,

com a possibilidade de vivenciar o lúdico por meio da construção de

brinquedos com materiais alternativos.

Ginástica: Reconhecimento das possibilidades do corpo como diferentes

formas de representação desenvolvendo o senso crítico perante a mídia

no que se refere à apologia do culto ao corpo.

Lutas: Formas de conhecimento da cultura humana, produzida

historicamente e com simbologias próprias identificando valores culturais.

Dança: Manifestação da cultura corporal que trata o corpo e suas

diferentes práticas desenvolvendo a criatividade, a sensibilidade, a

expressão corporal, a cooperação, entre ouros aspectos.

5ª SÉRIE / 6º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Esportes Coletivos

Individuais

Em construção

Jogos e

brincadeiras

Jogos e brincadeiras

populares

Brincadeiras e cantigas

de roda

Jogos de tabuleiro

Em construção

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129

Jogos cooperativos

Dança Danças folclóricas

Danças de rua

Danças criativas

Em construção

Ginástica Ginástica rítmica

Ginástica circense

Ginástica geral

Em construção

Lutas Lutas de aproximação

Capoeira

Em construção

6ª SÉRIE / 7º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Esportes Coletivos

Individuais

Em construção

Jogos e

brincadeiras

Jogos e brincadeiras

populares

Brincadeiras e cantigas

de roda

Jogos de tabuleiro

Jogos cooperativos

Em construção

Dança Danças folclóricas

Danças de rua

Danças criativas

Danças circulares

Em construção

Ginástica Ginástica rítmica

Ginástica circense

Ginástica geral

Em construção

Lutas Lutas de aproximação

Capoeira

Em construção

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130

7ª SÉRIE / 8º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Esportes Coletivos

Radicais

Em construção

Jogos e

brincadeiras

Jogos e brincadeiras

populares

Jogos de tabuleiro

Jogos dramáticos

Jogos cooperativos

Em construção

Dança Danças criativas

Danças circulares

Em construção

Ginástica Ginástica rítmica

Ginástica circense

Ginástica geral

Em construção

Lutas Lutas com instrumento

mediador

Capoeira

Em construção

8ª SÉRIE / 9º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Esportes Coletivos

Radicais

Em construção

Jogos e

brincadeiras

Jogos e brincadeiras

populares

Jogos de tabuleiro

Jogos dramáticos

Jogos cooperativos

Em construção

Dança Danças criativas Em construção

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131

Danças circulares

Ginástica Ginástica rítmica

Ginástica circense

Ginástica geral

Em construção

Lutas Lutas com instrumento

mediador

Capoeira

Em construção

1ª E 2ª SÉRIES

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Esportes

Coletivos

Futebol

Voleibol

Basquetebol

Handebol

Futevôlei

Individuais Tênis de mesa

Atletismo

Xadrez

Radicais Skate

Rappel

Jogos e

brincadeiras

Jogos de tabuleiro Xadrez

Trilha

Dama

Jogos dramáticos Imitação

Mímica

Jogos cooperativos Dança das cadeiras

cooperativas

Tato contato

Folclóricas

Fandango

Quadrilha

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132

Dança

Frevo

Salão Valsa

Tango

Vanerão

Forró

Rua Break

Hip hop

Popping

Criativas Atividades de expressão

corporal, elementos de

movimento (tempo,espaço)

Circulares Contemporâneas

Folclóricas

Ginástica Ginástica de academia

Alongamentos

Ginástica aeróbica

Ginástica localizada

Ginástica geral Movimentos gímnicos

(balancinha,rolamentos,

paradas)

Lutas Lutas de aproximação Judô

Luta olímpica

Sumô

Lutas que mantém a

distância

Karatê

Boxe

Taekwondo

Capoeira Regional

3ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Coletivos

Futebol

Voleibol

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Esportes

Basquetebol

Handebol

Futevôlei

Individuais Tênis de mesa

Atletismo

Xadrez

Radicais Rafting

Bungee jumping

Rappel

Jogos e

brincadeiras

Jogos de tabuleiro Xadrez

Trilha

Dama

Jogos dramáticos Imitação

Mímica

Jogos cooperativos Dança das cadeiras

cooperativas

Tato contato

Dança

Folclóricas

Fandango

Quadrilha

Frevo

Salão Valsa

Tango

Bolero

Forró

Rua Break

Hip hop

Popping

Criativas Atividades de expressão

corporal, elementos de

movimento (tempo, espaço)

Circulares Contemporâneas

Folclóricas

Ginástica Ginástica de academia Alongamentos

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134

Ginástica aeróbica

Ginástica localizada

Ginástica geral Movimentos gímnicos

(balancinha,rolamentos,

paradas)

Lutas Lutas de aproximação Judô

Luta olímpica

Sumô

Lutas que mantém a

distância

Karatê

Boxe

Taekwondo

Capoeira Regional

Lutas com instrumento

mediador

Esgrima

Kendô

8.6.4. Metodologia

Nas Diretrizes Curriculares Nacionais, as áreas do Conhecimento devem ser

articuladas com aspectos da Vida Cidadã: saúde, sexualidade, vida familiar e social,

meio ambiente, trabalho, ciência e tecnologia, cultura e linguagens.

Procurando atuar no processo de construção da cidadania e de igualdade de

direitos entre os cidadãos, a disciplina de Educação Física, dentro de suas

especificidades, deverá através dos seus eixos norteadores, repensar e re-estruturar

rituais, regras, valores, tempos e espaços que compõem o trabalho pedagógico que

abrange a educação do corpo da escola.

É fundamental que se faça uma clara distinção entre os objetivos da

Educação Física escolar e os objetivos do esporte, da dança, da ginástica e da luta

profissional. Embora sejam uma fonte de informações, não podem transformar-se

em meta a ser almejada pela escola, como se fossem fins em si mesmas: “É o

movimento humano com determinado significado/sentido, que por sua vez, lhe é

conferido pelo contexto histórico-cultural. O movimento que é tema da Educação

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Física é o que se apresenta na forma de jogos, de exercícios ginásticos, de

esportes, de dança, etc.”(Brachdt, apud Daolio, 2004: 43)

A Educação Física escolar deve dar oportunidades a todos os alunos para

que desenvolvam suas potencialidades, de forma democrática e não seletiva,

visando seu aprimoramento como seres humanos. Cabe assinalar que os alunos

portadores de necessidades especiais não podem ser privados das aulas de

Educação Física. Segundo Mauro Betti, este enfoque dentre outros dois princípios,

vêm de encontro às novas Diretrizes Curriculares:

Princípio da não exclusão: que prega que os conteúdos e métodos da Educação Física devem incluir a totalidade dos alunos, (2) Princípio da diversidade, que defende que os conteúdos do programa de educação física ofereçam variedade de atividades, a fim de permitir ao aluno escolher criticamente, de forma valorativa, seus motivos-fins em relação às atividades da cultura corporal de movimento e (3) Princípio da alteridade, termo caro à antropologia social, ciência cuja tradição fez com que os pesquisadores de campo se defrontassem com o outro, o diferente, o exótico, o distante. Betti afirma que o profissional de educação física deve considerar o outro(aluno, clientela, atleta) numa relação de totalidade, não como objeto, mas como sujeito humano, ouvindo-o como ser humano global. (Betti, apud Daólio, 2004, p.53).

O trabalho na área de Educação Física tem seus fundamentos nas

concepções sócio-culturais de corpo e movimento, e a natureza do trabalho

desenvolvido nessa área se relaciona intimamente com a compreensão que se tem

desses dois conceitos.

A compreensão da organização institucional da cultura corporal de movimento

na sociedade, incluindo uma visão crítica do sistema esportivo profissional, deve dar

subsídios para uma discussão sobre a ética do esporte profissional e amador, sobre

a discriminação sexual e racial que neles existe. Essa discriminação pode ser

compreendida pela explicitação de atitudes cotidianas, muitas vezes inconscientes e

automáticas, pautadas em preconceitos. Contribui para essa compreensão, por

exemplo, o conhecimento do processo político e histórico de inclusão dos negros e

das mulheres nas práticas organizadas dos esportes em olimpíadas e campeonatos

mundiais. Pode, ainda, favorecer a formação de uma consciência individual e social

pautada no bem-estar, em poucas não-preconceituosas e não-discriminatórias e,

ainda, no cultivo dos valores coerentes com a ética democrática.

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136

8.6.5. Avaliação

A proposta sugerida da Educação Física é democratizar, humanizar e

diversificar a pratica pedagógica da área, buscando sempre ampliar as dimensões

afetivas, cognitivas e sócio-culturais dos alunos, procurando sempre subsidiar as

discussões, os planejamentos e as avaliações da pratica de Educação física.

Em todas as atividades propostas tem por objetivo o desenvolvimento

intelectual, social e moral do aluno. A avaliação neste sentido visa diagnosticar como

a disciplina esta contribuindo para a efetiva apropriação destes saberes. A meta do

ensino de Educação Física é que o aluno possa desenvolver capacidades físicas e

intelectuais, tendo pensamento independente e criativo.

A avaliação será continua buscando o desenvolvimento individual e de

grupos, enfatizando a expressão física e esportiva, contribuindo para que o aluno

tenha apropriação do conhecimento e sua atuação perante a sociedade.

Serão observados ainda, os seguintes aspectos:

Conhecimento: da parte teórica e escrita, individualmente ou em grupos.

Como complemento, poderá ser verificado a realização das atividades

propostas nessas atividades e também à verificação da pesquisa sugerida

no decorrer dos bimestres.

Habilidade: serão realizados testes práticos sobre os fundamentos. O

professor terá de elaborar teses sobre fundamentos, táticas e técnicas dos

esportes. Durante os testes, devera ser observada principalmente a

naturalidade, coordenação motora, domínio corporal e do movimento,

execução do movimento grau de dificuldade individual e outros. Cabe ao

professor criar meios para que o aluno em defasagem possa progredir e

superar suas dificuldades.

Atitude: devera ser observado nas aulas. O professor terá como base os

seguintes aspectos: espírito de equipe, participação, espírito de luta,

espírito de liderança positiva, criatividade, raciocínio rápido, acato as

regras, respeito mutuo, com o professor e com os colegas, espírito

esportivo, socialização, dinamismo, capacidade de síntese e compreensão

e a organização em grupos.

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137

8.6.6. Referências

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Educação Física. Paraná: 2008.

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138

8.7. ENSINO RELIGIOSO

8.7.1. Apresentação da disciplina

No Brasil o pluralismo religioso, iniciado com a implantação da Republica,

possibilitou que diferentes correntes religiosas se efetivassem na sociedade

brasileira, crescendo de forma gradual. Neste contexto hoje temos em nossas

escolas uma diversidade religiosa que merece ser destacada. Por isso a

necessidade de se resgatar o conhecimento histórico atribuído a estas religiões,

socializando-as a todos para a valorização da diversidade religiosa, bem como de

sua própria cultura e liberdade de crença.

A disciplina de Ensino Religioso vem sendo ministrada no Brasil, em sua

apresentação inicial no âmbito escolar trazia em sua proposta o ensino voltado para

o catolicismo, uma vez que era a religião oficial do período Imperial Brasileiro, que

vinha apoiada pela constituição de 1824 e que permaneceu até mesmo após a

Independência.

Com o advento da Republica, o Ensino mudou seu caráter religioso católico e

passou a ser laico, dissolvendo a estrutura catequética que era imposta, onde todas

as formas de credo passaram a ter liberdade no interior da sociedade.

Com a constituição de 1934, durante o Estado Novo o Ensino Religioso

passou a ser implantado nas escolas publicas porem com matricula facultativa,

sempre de acordo com credo religioso do educando. Igualmente se posicionou o

Ensino Religioso nas constituições de 1937, 1946 e 1967.

As discussões em torno dos posicionamentos sobre o Ensino Religioso

possibilitou a abertura de reelaboração do currículo a partir da liberdade religiosa

presente na Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada em 1948. No

entanto, mesmo perdendo a sua função catequética, as aulas de Ensino Religioso

continuavam sendo ministradas por pessoas leigas ou ligadas a correntes religiosas

o que resultava em influenciar o educando à religião destas correntes. Com isto,

conforme as “Disposições Gerais e Transitórias” da LDB 4.024/61, o caráter

facultativo do Ensino religioso era mantido e não deveria não acarretar ônus ao

poder publico.

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139

A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996/1997,

pela Lei 9.475, sobretudo de acordo com o artigo 33 da LDBEN, a implementação do

Ensino Religioso foi regulamentado nas escolas públicas, constituindo-se em uma

proposta de modelo laico e pluralista de ensino.

No Paraná a Secretaria de Estado Educação, posicionou-se de forma a

buscar o aperfeiçoamento dos professores para o Ensino Religioso a partir da

formação continuada, preparando e treinando os professores do Estado do Paraná

para que estes garantissem o modelo de educação ofertado.

Contudo no ano de 1996 surgiram os PCN, onde o Ensino Religioso não foi

incluído e a partir de discussões o conselho Estadual de educação do Paraná a

Deliberação 03/02 que regulamenta o Ensino Religioso nas Escolas Públicas do

Sistema Estadual do Ensino do Paraná.

A SEED através desta deliberação organizou a instrução conjunta n° 001/02

do DEF/SEED, estabelecendo normas para o Ensino Religioso na rede publica de

ensino do Estado do Paraná. Contudo o Estado retomou o encargo sobre a oferta da

disciplina no Paraná a partir da gestão de 2006, sobretudo no que se refere a

organização do cirriculo da disciplina e a formação do corpo docente, avaliação,

metodologia e formação de docentes. Este processo foi avançando nos anos de

2004-2008, através do DEB, onde houve grande discussão de professore para a

elaboração das Diretrizes Curriculares desta disciplina.

Enfim a partir de 2005, houve o repensar do Ensino Religioso enfatizada na

Deliberação n°01/06 que instituiu novas normas para a disciplina, onde passou-se a

considerar a diversidade religiosa em sua totalidade, reconhecendo a expressão das

diferentes organizações religiosas e suas manifestações culturais.

Tendo em vista que o conhecimento religioso insere-se como patrimônio da

humanidade, e em conformidade com legislação brasileira que trata do assunto, o

Ensino Religioso, em seu currículo, pressupõe promover aos educandos a

oportunidade no processo de escolarização fundamental de tornarem-se capazes de

entender os movimentos religiosos específicos de cada cultura, possuir o substrato

religioso, de modo a colaborar com a formação da pessoa, pois como menciona

Gaarder “... o estudo das religiões pode ser importante no desenvolvimento pessoal

do individuo”, uma vez que poderá entrar em contato com culturas religiosas que

não a sua, desenvolvendo a tolerância e o respeito proporcionando o

desaparecimento das diferenças.

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140

A sociedade civil, hoje, reconhece como direito os desígnios desse

conhecimento no espaço escolar, bem como a valorização da diversidade em todas

as suas formas, pois a sociedade brasileira é composta por grupos de diferentes

culturas.

O Ensino Religioso, nesta perspectiva contribui também para superar a

desigualdade étnico-religiosa e garante o direito constitucional de liberdade de

crença e expressão.

Cabe destacar que essa disciplina tem por base a diversidade expressa nas

organizações religiosas, o que possibilita a reflexão sobre a realidade contida na

pluralidade desse assunto, numa perspectiva de compreensão sobre a sua

religiosidade e a do outro, na diversidade universal do conhecimento humano e de

suas diferentes formas de ver o sagrado. As Diretrizes Curriculares expressam esta

reflexão, pois a sociedade está constituída mais do que nunca em um modelo

pluralista religioso e cultural.

Com isso, a disciplina pretende contribuir para o conhecimento e respeito às

diferentes expressões religiosas advindas da elaboração cultural dos povos, bem

como possibilitar o acesso às diferentes fontes da cultura sobre o fenômeno

religioso.

Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, pode-se destacar a

necessária a superação das tradicionais aulas de religião, e a inserção de conteúdos

que tratam da diversidade de manifestações religiosas, dos seus ritos, das suas

paisagens e símbolos, sem perder de vista as relações culturais, sociais, políticas e

econômicas de que são impregnadas.

8.7.2. Objetivos

Contextualizar o conhecimento, sendo capaz de conviver com as

diferenças culturais e religiosas, respeitando os valores humanos,

incentivando para que possuam o fundamento religioso, de modo a

colaborar com a formação pessoal e do grupo.

Identificar os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos como

festas e datas comemorativas.

Compreender os eixos organizadores do conteúdo de Ensino Religioso.

Proporcionar o conhecimento dos elementos básicos que compõem o

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fenômeno religioso, a partir das experiências religiosas percebidas no

contexto dos educandos.

Compreender o sagrado como o núcleo da experiência religiosa do

cotidiano que o contextualiza no universo cultural.

Identificar os textos sagrados das diferentes Tradições Religiosas,

entendendo que são referenciais de fé e orientação para a vida.

Conhecer a importância da espiritualidade das diferentes religiões na vida

das pessoas, dos rituais e símbolos, mostrando que estes últimos são

formas de linguagens que por vezes definem os traços religiosos.

Enfatizar que os textos sagrados das diferentes Tradições Religiosas, são

referenciais de fé e orientação para a vida.

Conhecer a importância da espiritualidade das diferentes religiões na vida

das pessoas, dos rituais e símbolos, mostrando que estes últimos são

formas de linguagens que por vezes definem os traços religiosos.

Conhecer as diferentes idéias do transcendente construídas ao longo do

tempo, desenvolvendo uma atitude de respeito às diferentes concepções

sobre o Transcendente.

Reconhecer os limites éticos propostos pelas diferentes Tradições

Religiosas.

Promover um espaço de reflexão na sala de aula sobre valores humanos e

leis de qualidade de vida.

Analisar as tradições religiosas e as estruturas que permeiam as

hierarquias no Oriente e Ocidente

Identificar os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos como

festas e datas comemorativas.

Analisar o histórico religioso no Brasil, visando a compreensão da

diversidade religiosa e cultural. Promover a discussão sobre a importância

dos conceitos de vida e morte presente nas tradições religiosas.

8.7.3. Conteúdos

5ª SÉRIE / 6º ANO

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142

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Ensino religioso na

escola pública

Orientações legais

Objetivos

Principais diferenças entre as

aulas de Religião e o Ensino

Religioso como disciplina escolar.

Respeito à

diversidade religiosa

Declaração Universal dos Direitos

Humanos e Constituição

Brasileira.

Direito a professar fé e liberdade

de opinião e expressão.

Direitos Humanos e sua

vinculação com o sagrado.

Organizações

religiosas

No Oriente e no Ocidente

Principais características de

organização.

Estrutura e dinâmica social dos

sistemas religiosos, incluindo as

religiões afro-brasileiras e

indígenas

Diferentes formas de

compreensão e de relações com

o sagrado.

Fundadores e/ou Líderes

Religiosos.

Estruturas hierárquicas

Paisagem

Religiosa

Lugares Sagrados Caracterização dos lugares e

templos sagrados: lugares de

peregrinação, de culto, de

rever6encia, principais práticas

de expressão do sagrado nestes

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locais.

Lugares na natureza: rios, lagos,

montanhas, grutas, cachoeiras

etc.

Lugares construídos: Templos,

cidades sagradas, etc.

Textos Sagrados

Textos Sagrados

orais ou escritos

Ensinamentos sagrados

transmitidos de forma oral e

escrita pelas diferentes tradições

religiosas.

Literatura oral e escrita – cantos,

narrativas, poemas, orações, etc.

Universo

Simbólico

Religioso

Símbolos Religiosos O universo simbólico: mitos, ritos

cotidiano

Símbolos religiosos como

linguagem que expressam

sentidos

6ª SÉRIE / 7º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Paisagem

Religiosa

Universo

Temporalidade

Sagrada

Temporalidade da criação das

diversas tradições religiosas

Calendários e tempos sagrados

Nascimento de lideres religiosos,

Festas

Datas de Rituais

Ritos

Práticas celebrativas das

tradições religiosas, formadas por

um conjunto de rituais

Ritos de passagem

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Simbólico

Religioso

Textos Sagrados

Mortuários

Propiciatórios

Outros – danças, via sacra,

festejo indígena de colheita, etc.

Festas religiosas

Eventos organizados pelos

diferentes grupos religiosos, com

diversos objetivos:

confraternização, rememoração

dos símbolos, períodos ou datas

importantes.

Peregrinações, festas familiares,

festas nos templos, datas

comemorativas.

Vida e morte

Respostas elaboradas para a vida

além da morte nas diversas

tradições religiosas e sua relação

com o sagrado.

O sentido da vida nas diferentes

tradições religiosas.

Reencarnação.

Ressurreição.

Além morte.

Ancestralidade.

Outras interpretações.

Diversidade religiosa

A paisagem religiosa.

Influência das crenças religiosas

na vida prática das pessoas.

Princípios éticos das diversas

tradições religiosas.

As diferentes espiritualidades das

diferentes tradições religiosas do

mundo.

Religiões Afro-brasileiras e

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Indígenas.

8.7.4. Metodologia

O trabalho com a disciplina de Ensino Religioso se dará de forma dinâmica

através de uma metodologia flexível e adequada a cada conteúdo ou tema a ser

desenvolvidos, de modo a favorecer a interação, o diálogo, a participação ativa e o

compromisso com a vida.

A partir da liberdade que o educador tem para desenvolver o trabalho

pedagógico de acordo com o seu próprio método, podem-se trabalhar discussões,

debates, pesquisas, apresentações orais e escritas, filmes, montagem de peças

teatrais, jogos, jograis com apresentações (datas comemorativas), entre outras

atividades pedagógicas desenvolvidas que respeitem às diversas manifestações

religiosas, ampliando e valorizando o universo cultural dos alunos, bem como

contemplem a Lei Nº 11.645/08 referente a História e Cultura Afro-Brasileira e

Indígena.

8.7.5. Avaliação

O Ensino Religioso não se constitui como objeto quantitativo pois não terá

registro de notas ou conceitos na documentação escolar. Porém a avaliação não

deixa de ser um dos elementos integrantes do processo educativo na disciplina do

Ensino Religioso.

A avaliação considerará a participação e o envolvimento do aluno nas

atividades propostas, bem como análise de seu comportamento ao tratar com seu

colega, agindo de forma respeitosa, aceitando as diferenças e empregando

conceitos adequados para referir-se às diferentes manifestações do sagrado.

Na disciplina do Ensino Religioso espera-se que o aluno:

Estabeleça discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica;

Desenvolva uma cultura de respeito à diversidade religiosa e cultural;

Reconheça que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de

identidade de cada grupo social.

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8.7.6. Referências

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso. Paraná: 2008.

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8.8. FILOSOFIA

8.8.1. Apresentação da disciplina

O ensino da filosofia no Currículo do Ensino Médio passa a fazer parte, tendo

como princípio a construção do individuo como ser integrante a questionamentos da

sociedade. Na formação pluridimencional e democrática, capaz de oferecer ao

educando a possibilidade de compreender a complexidade do mundo

contemporâneo, suas múltiplas particularidades e especializações. Num mundo que

se manifesta todo fragmentado o educando não pode prescindir de um saber que

opere por questionamentos conceitos e categoria o qual busque articular o espaço-

temporal e sócio-historico em que se da o pensamento e a experiência humana.

A Filosofia é constituída como pensamento há mais de 2600 anos, tendo sua

origem no mundo Grego, trazendo consigo o problema do embate entre o

pensamento de Platão e as teorias dos sofistas. Naquele momento trata-se de

compreender a relação entre o conhecimento e o papel da retórica do ensino. Para

Platão a prática da Filosofia poderia ter um efeito nulo sobre os jovens por ser de

caráter de persuasão, mas como também o ensino da Filosofia favorecia posturas

polemicas como o relativismo moral ou o uso pernicioso do conhecimento.

A preocupação hoje é com delimitação de metodologias mais sim que possa

garantir que os métodos de ensino da Filosofia não lhe deturpem o conteúdo. A idéia

de que não existem verdades absolutas em conteúdo. As quais devem ser

abordadas pelos alunos de formar uma concepção a partir do contexto estudado, e

das abordagens feitas através de discussões.

Toda teoria pedagógica tem seus fundamentos baseados num sistema filosófico. É a Filosofia que, expressando uma concepção de homem e de mundo, dá sentido à, Filosofia definindo seus objetivos e determinando os métodos da ação educativa. Nesse sentido, não existe educação neutra. Ao trabalhar na área do conhecimento da Filosofia na educação, é sempre necessário tomar partido, assumir posições. E toda escolha de uma concepção do conteúdo é, fundamentalmente, o reflexo da escolha de uma filosofia de vida (Haydt, 1997, p. 23).

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Com a epígrafe acima, inicia-se uma discussão sobre a filosofia da educação,

buscando referencial que clarifique sua função na área educacional. A filosofia pode

contribuir para que a educação seja pensada, analisada e refletida, saindo assim do

ativismo, ou seja, do fazer pelo fazer, sem respaldo que norteie o porquê e o para

quê destina-se esse fazer.

Ao pensar filosoficamente, o educando foge da simplicidade, da ingenuidade

e das explicações mágicas ao interpretar os problemas do cotidiano, buscando

aprofundar sua análise, não se satisfazendo com as aparências, buscando a

causalidade dos fatos de forma inquieta e intensa. Segundo Chauí, os princípios

campos filosóficos relativos ás manifestações culturais são: a filosofia das ciências,

da religião, das artes, da existência ética e da política. Além disso, a Filosofia ocupa-

se também com a critica das ideologias que se originam na vida política, mas se

estendem para todas as manifestações da cultura (Chauí, pg132) não se pode

perder de vista a necessidade da garantia da provocação e do convite aos educando

quanto à reflexão filosófica, portanto ao pensamento. Tal capacidade humana

permite estar no mundo com algum saber, com consciência. Segundo Contrim “... a

biologia classifica o homem atual por sapiens: o ser que sabe. É que o homem é

capaz de fazer sua inteligência debruçar sobre si mesmo para tomar posse de seu

próprio saber, avaliada sua consciência, sua consistência, seu limite e seu valor”.

(Coltrim, pg. 42)

Diante dessa perspectiva, a história do ensino da Filosofia, no Brasil e no

mundo, tem apresentado inúmeras possibilidades de abordagem, dentre as quais se

destacam segundo Mora (2001):

a divisão cronológica linear: Filosofia Antiga,Filosofia Medieval,Filosofia

Renascentista,Filosofia Moderna e Filosofia Contemporânea,etc.;

a divisão geográfica : Filosofia Ocidental , Africana , Filosofia Oriental,

Filosofia Latino-Americana , dentre outras, etc.;

a divisão por conteúdo: Teoria do Conhecimento , Ética , Filosofia Política

, Estética , Filosofia da Ciência, Ontologia, Metafísica , Lógica, Filosofia da

Linguagem , Filosofia da Historia , Filosofia da Arte , etc.

a filosofia africana traz como vantagem, a idéia de que o ser é dinâmico e

doado de forças, concepção essa que, aparece também em algumas

filosofias ocidentais. Todavia, é preciso considerar que a sua função

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exclusiva na linguagem oral, ainda que pareça interessante, acaba por

apresentar-se como uma fragilidade, evidenciada pela dificuldade com o

idioma e também pela carência bibliográfica. Por essa razão, esse

conteúdo não está relacionado aos estruturantes, mas cabe ao professor

utilizá-los de maneira coerente e pertinente as referentes diversidades.

8.8.2. Objetivos Gerais

Levar o aluno a:

Apropriar-se de conhecimentos e modos discursivos específicos da

Filosofia;

Entender a reflexão crítica como processo sistemático e interpretativo do

pensamento;

Desenvolver procedimentos próprios do pensamento crítico, bem como

métodos e técnicas de leitura e análise de textos;

Produzir textos analíticos e reflexivos;

Adquirir e reutilizar conhecimentos, conceitos e procedimentos;

Articular as teorias filosóficas e o tratamento de temas e problemas

científico-tecnológicos, ético-políticos, sócio-culturais e vivenciais;

Entender a reflexão crítica como processo sistemático e interpretativo do

pensamento;

Desenvolver discussão oral de modo sistemático;

Articular as teorias filosóficas e o tratamento de temas e problemas

científico-tecnológicos, ético-políticos, sócio-culturais e vivenciais;

Problematizar situações discursivas;

Argumentar filosoficamente;

Formular raciocínio lógico, coerente e crítico;

Desmistificar a realidade;

Perceber o que está por trás das ideologias e posicionar-se;

Fazer um elo entre a teoria e a prática, o abstrato e o empírico;

Desenvolver sua estrutura cognitiva exercitando a criticidade para

empregá-la coletivamente de forma consciente e criativa;

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Reconhecer-se sujeito ético, autônomo, superando as dificuldades para

encontrar o equilíbrio da existência enquanto ser humano – subjetividade;

Compreender as diversas culturas e sua linguagem, valorizando-as, sem

apontar uma hierarquia de valores, considerando-as dentro do próprio

contexto;

Desenvolver a relação crítica pela busca do conhecimento, levando em

consideração outros campos de conhecimentos, como a ciência, a religião,

etc.

8.8.3. Conteúdos

1º SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Mito e filosofia

Mito e Filosofia

Atualidade do Mito

Saber místico;

O que é mito;

Saber filosófico;

O nascimento da filosofia;

Os Pré – Socrático;

Mito os Ilíadas;

Mito da Caverna;

Do senso comum ao crítico

filosófico;

Concepção e Mitos

Contemporâneos.

Saber filosófico

O que é filosofia

Origem e linha do tempo

Conceituação Importância,

Aplicabilidade

Primeiros Filósofos

(Sócrates 470-399 a.C.) –

maiêutica; (Platão 427-347

a.C.) – Mito ou Alegoria da

Caverna; Aristóteles (384-

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322 a.C.)

Lógica, senso comum e

Conhecimento filosófico.

Teoria do

Conhecimento

Possibilidade do

Conhecimento

O problema da verdade

A questão do método

Conhecimento e Lógica

Conceituação, característica

Empirismo - John Locke

David Hume

Racionalismo - Immanuel

Kant

Método Cartesiano - René

Descartes

Ceticismo

Dogmatismo e Niilismo

Conceito de concepção na

História Filosófica

Diferenças de concepção

filosófica

Lógica dialética (Platão)

Lógica Matemática (Aristóteles)

2ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Ética

Ética e Moral

Pluralidade Ética

Ética e Violência

Razão, desejo e vontade

Liberdade: autonomia do

sujeito e a necessidade

das normas

Conceitos e Diferenças;

Aristóteles, Santo Agostinho,

Kant, Sartre

Baruch Espinosa (1632-1677)

Friedrich Nietzsche (1844-

1900)

Jean Paul Sartre (1905-1980)

Política

Relação entre

comunidade e poder

Liberdade e igualdade

Invenção da Política/

Introdução a Política

Política grega e Política

normativa

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política

Política e Ideologia

Esfera Publica e Privada

Cidadania Formal e

Participativa

Platão e a Republica

O Pensamento político de

Aristóteles e as formas de

governo

Idade Média (A vinculação

de política à Religião)

Estado e Igreja (A cidade de

Deus-Santo Agostinho)

Democracia (Jean-Jacques

Rousseau 1712-1778)

Poder Nicolau Maquiavel

(1469-1527)

Absolutismo – Thomas

Hobbes

(1588-1679)

A utopia de Thomas Morus

3ª SÉRIE

Conteúdos

Estruturantes

CONTEÚDOS BÁSICOS Conteúdos Específicos

Filosofia Política

Política

Relações entre

comunidade e poder

Liberdade e igualdade

política

Política e ideologia

Esfera Publica e Privada

Cidadania Formal e

Participativa

Democracia – Jean Jacques

Rousseau (1712 - 1778)

Poder – Nicolau Maquiavel

(1469 - 1527)

Liberalismo – John Locke

(1632 - 1704)

Absolutismo – Thomas

Hobbes (1588 - 1679)

Ciência

Concepção de Ciência

Concepção de ciência

Do Senso comum e ciência

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Filosofia da ciência

A questão do Método

Cientifico

Contribuição e Limite da

Ciência

Ciência e Ideologia

Pensar a ciência e o seu

progresso;

Ciência X Cientifico

Dogmatismo científico e

fundamentos Ideológicos da

ciência.

Bioética, Clonagem

A tecnologia a serviço de

objetivos humanos e os

riscos da tecnologia

René Descartes (1596-1650)

Karl Popper (1902-1994)

Tomas Kuhn (1922-...)

Estética

Estética

Natureza da Arte

Filosofia e Arte

Categoria Estética

Feio, belo, sublime,

trágico, cômico,

Grotesco, gostoso, etc.

Estética e Sociedade

Concepção de Estética

(Pensar a Beleza)

Estética e desenvolvimento

da sensibilidade e da

imaginação,

Belo - Immanuel Kant (1724 -

1804)

A arte como forma de

conhecer o mundo;

O universo da arte

A arte e a Filosofia

Arte - Walter Benjamin (1892

-1940) Alexandre Baugarten

(1714-1762) Obra Estética

(1750)

Arte erudita, massa, popular.

8.8.4. Metodologia

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Situar a Filosofia enquanto disciplina escolar no horizonte dos problemas

contemporâneos científicos, tecnológicos, ético-políticos, artísticos ou decorrentes

das transformações das linguagens e das modalidades e sistemas de comunicação,

implicam uma tomada de posição para que sua contribuição seja significativa,

enquanto aos conteúdos e processos cognitivos.

Especificamente o trabalho de Filosofia no ensino resulta da conjugação de

um repertório de conhecimentos que funcionam como um sistema de referências

para discussões, julgamentos, justificações e valorações, e de procedimentos

básicos de análises, leitura e produção de textos. Tomando posse desse repertório

de conhecimentos e constituindo uma retórica, isto é, desenvolvendo um sistema

discursivo, o aluno pode passar da variedade dos fatos, acontecimentos, opiniões e

idéias para o estado reflexivo do pensamento, para a atitude de discernimento que

produz configurações de pensamento. Qualquer que seja o assunto tratado, não se

pode esquecer que a leitura filosófica retém o essencial da atividade filosófica. Uma

leitura não é filosófica apenas porque os textos são filosóficos, podem-se ler textos

filosóficos sem filosofar e ler filosoficamente textos jornalísticos, artísticos, políticos,

etc. Esta leitura não se caracteriza pela simples aplicação de metodologias de leitura

e análise de texto, mas pela atenção aos pressupostos subentendidos do texto, pela

reconstrução de um imaginário oculto que ultrapasse a literalidade.

É através das competências e habilidades que os alunos capacitam-se para

tratar os conteúdos programáticos justificando tomadas de decisões e posições,

produzindo interpretações, transferindo conhecimentos de uma dimensão a outra da

realidade, estabelecendo articulações entre as questões tratadas nas diferentes

áreas do saber e da experiência. Munidos de sistemas de referências e exercitando

os requisitos discursivos, podem aceder ao domínio das representações, isto é, à

elaboração teórica. Possa, assim, deslocar-se da apreensão imediatista da realidade

para uma disposição esclarecida, efeito da criticidade.

Podem ser utilizadas como encaminhamento metodológico as seguintes

atividades:

Leituras;

Elaboração de textos;

Cartazes;

Transparências;

Debates;

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Histórias em quadrinhos;

Recortes de propaganda;

Charges;

Vídeos/outros recursos fornecidos pela mídia;

Seminários;

Músicas/paródias.

8.8.5 Avaliação

A avaliação para o ensino de Filosofia, não deve se restringir ao mero

cumprimento da exigência legais,para mensuração de notas.A avaliação de estar

inserida no contexto da própria aula de Filosofia e suas especificidades.Pois a

disciplina de Filosofia tem em seus conteúdos elementos mediadores fundamentais

para que possam desenvolver o caráter especifico do ensino através de avaliações

que sejam de caráter problematizador,investiagador e que criem conceitos levando o

educando para uma avaliação sua e não somente do professor.Para tanto, não

hesita em formulá-la oralmente e por escrito, e, retoma-se o enunciado para dissecá-

lo friamente sem idéias pessoais, comparando as duas opiniões do filosofar e da

filosofia.

A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica, isto é, ela não

possui uma finalidade em sim mesma, mas tem por função subsidiar e mesmo

redirecionar o curso da ação do processo ensino-aprendizagem, tendo em vista,

garantir a qualidade do processo educacional, que professores estudantes e a

própria instituição de ensino, estão construindo coletivamente. No ensino de

Filosofia, a avaliação não se trata meramente de perceber o quanto o aluno

assimilou o conteúdo presente na história da filosofia, os problemas dos filósofos,

nem tão pouco, sua capacidade de tratar deste ou daquele tema. Portanto, o

pensamento crítico não surge apenas das discussões sobre questões atinentes aos

problemas culturais, históricos e vivenciais, pela simples confrontação de posições

divergentes, nem da reprodução das soluções apresentadas pelo professor.

O professor pode considerar também para avaliação os trabalhos em grupos

realizados em sala de aula e como atividade extraclasse, nas quais os alunos

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deverão demonstrar intensa atividade de pesquisa e capacidade de expor, por

escrito e de forma clara, as suas idéias.

Os debates orais sobre temas pertinentes aos conteúdos programáticos,

desenvolvidos de forma sistemática, nos quais se procura levar em conta a

participação do aluno, poderá ser outro ponto para avaliação. Enfim, o professor

organizará os instrumentos de avaliação dos conteúdos de Filosofia, procurando

constatar se o aluno reelaborou os conhecimentos adquiridos, avaliando a

capacidade do aluno em reformular questões de maneira organizada e estruturada,

procedendo de forma sistemática, com conteúdos determinados, buscando as raízes

e examinando as diversas dimensões do problema num todo articulado. Através de

exercícios do “estilo reflexivo” nas aulas, nos trabalhos de pesquisas, nas

discussões, nas leituras de textos e comentários escritos, o professor poderá ir

avaliando o grau de inteligibilidade alcançada pelos educandos, no sentido de

diagnosticar as dificuldades e intervir no processo para que possa atingir uma maior

qualidade de reflexão. Neste sentido é possível entender a avaliação como um

processo que se dá no interior da própria aula de Filosofia e não um momento em

separado destinado a avaliar.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Mito e filosofia

Na complexidade do mundo contemporâneo, suas

particularidades e especializações espera-se que o

educando possa compreender, pensar e problematizar

os conteúdos básicos do conteúdo estruturante,

elaborando respostas aos problemas suscitados e

investigados. Desenvolvendo atividades filosóficas com

os conteúdos básicos o qual poderá formular suas

respostas quando tomada posições de forma escrita,

oral,argumentativa.

Teoria do

Conhecimento

Análise e interpretação da origem e linha do tempo

através do estudo e análise dos primeiros filósofos.

Conhecimento da maiêutica através de suas

experiências.

Interpretação e análise através dos mitos. Produção de

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cartaz e interpretação do mito.

Através de textos e do conhecimento adquirido formula-

se questões argumentativas que possam levar o

educando a uma concepção filosófica.

Ética

Através do conhecimento e moral o educando deverá

desenvolver atividades através dos problemas de seu

cotidiano relacionados a ética, moral, violência e a liberdade

do indivíduo perante a sociedade a qual está inserido.

Aplicando debates e análises.

Filosofia Política

Tendo o conhecimento histórico da política, o educando será

avaliado através do conhecimento adquirido.

Através de uma análise iniciando com Aristóteles até a

utopia de Thomaz Morus, o educando deverá formular

suas respostas quando tomar posições o qual terá

condições de ser construtor de idéias, tendo como base a

liberdade e igualdade política, utilizando-se de ideologias

da estrutura pública e privada na qual inserido.

Filosofia da ciência

Através de uma análise iniciando com Aristóteles até a

utopia de Thomaz Morus, o educando deverá formular

suas respostas quando tomar posições o qual terá

condições de ser construtor de idéias, tendo como base a

liberdade e igualdade política, utilizando-se de ideologias

da estrutura pública e privada na qual inserido.

Estética

Segundo a concepção de estética e beleza, através do

pensar beleza e usando da sensibilidade e imaginação o

educando deve desenvolver e definir beleza.Através de

análise crítica do material inserido em sala de aula dos

conteúdos estruturantes e básicos. Utilizando de forma

criativa e construtiva.

8.8.6. Bibliografia:

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Arroyo, Miguel G. (2002): Ofício de mestre: imagens e auto-imagens, 6.ª ed., Rio de Janeiro, Editora Vozes. CHAUÍ, M. O retorno teológico-político. In: Sérgio Cardoso (org.). Retorno ao republicanismo. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2004. GALLO, S. ; KOHAN, W. O. (orgs). Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis: Vozes, 2000. LANGON M. Filosofia do ensino de Filosofia. In: Gallo, S.; CORNELLI, G.; DANELLON, M. (org.) Filosofia do ensino de Filosofia. Petrópolis: Vozes, 2003. ROHAUT-AROBDEL MADELEINE Exercícios filosóficos.Tradução Paulo Neves, Edit.Martins Fontes,São Paulo: 2007. RANCIÈRE, J. A partilha do sensível. Estética e política. Tradução de Mônica Costa Netto. São Paulo: EXO experimental org.; Ed. 34, 2005. Rosa, Sanny S. da (2000): Construtivismo e mudança, São Paulo, Cortez Editora. RUSSEL, B. Os problemas da Filosofia. Tradução António Sérgio. Coimbra: Almedina, 2001. SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná: Filosofia do Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2009. Severino, Antônio Joaquim (2001): «Identidade e tarefas da filosofia da educação», in Educação, sujeito e história, São Paulo, Olho D‟água.

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8.9. FÍSICA

8.9.1. Apresentação da disciplina

O ensino da física requer uma identificação com as teorias cognitivas de

aprendizagem, como forma de discutir os mecanismos que favorecem a

compreensão dos conceitos e fenômenos físicos, e tem como objeto de estudo o

Universo em toda sua complexidade e, por isso, como disciplina escolar, propõe aos

estudantes o estudo da natureza, entendida, segundo Menezes (2005), como

realidade material sensível.

O aluno deverá compreender e fazer uso da ciência como elemento de

interpretação e intervenção, e a tecnologia como conhecimento sistemático de

sentido prático, fazendo com que perceba a importância da física na sua vida. É

essencial despertar o interesse do educando.

Precisamos ficar atentos às mudanças ao nosso redor e mostrar ao aluno

que o estudo da física e importante no Ensino Médio. Nesse mundo globalizado é

necessário que o aluno saiba conhecer fontes e formas de obter informações

relevantes, sabendo interpretar notícias científicas, e ter conhecimento da teoria e

saber aplicá-la para explicar os fenômenos no dia-a-dia. Isso torna mais agradável

seu estudo, sem fugir do rigor cientifico, relacionando com outras ciências (biologia,

química, historia, geografia, outras).

A aprendizagem da física torna-se indispensável, pois a cada dia que passa, a

ciência avança de forma acelerada. Percebe então a importância dessa disciplina

nas escolas, atentando para o contínuo avanço tecnológico do mundo em que

vivemos, sendo importante na formação de cidadãos, em sua vida profissional e

social.

Segundo Sacristán fala de impressões que,

tal como imagens, trazem à mente o conceito de currículo”. Em algumas dessas impressões, a idéia de que o currículo é construído para ter efeitos sobre as pessoas fica reduzida ao seu caráter estrutural prescritivo. Nelas, parece não haver destaque para a discussão sobre como se dá, historicamente, a seleção do conhecimento, sobre a maneira como esse conhecimento se organiza e se relaciona na estrutura curricular e, conseqüência disso, o modo como as pessoas poderão compreender o mundo e atuar nele.

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[...] o currículo como conjunto de conhecimentos ou matérias a serem superadas pelo aluno dentro de um ciclo – nível educativo ou modalidade de ensino é a acepção mais clássica e desenvolvida; o currículo como programa de atividades planejadas, devidamente sequencializadas, ordenadas metodologicamente tal como se mostram num manual ou num guia do professor; o currículo, também foi entendido, às vezes, como resultados pretendidos de aprendizagem; o currículo como concretização do plano reprodutor para a escola de determinada sociedade, contendo conhecimentos, valores e atitudes; o currículo como experiência recriada nos alunos por meio da qual podem desenvolver-se; o currículo como tarefa e habilidade a serem dominadas como é o caso da formação profissional; o currículo como programa que proporciona conteúdos e valores para que os alunos melhorem a sociedade em relação à reconstrução social da mesma. (SACRISTAN, 2000, p. 14)

A contextualização significa aproveitar o máximo as relações entre os

conteúdos abordados e o contexto pessoal ou social do aluno, de modo que aquilo

que esta aprendendo tenha significado efetivo para ele. Assim, o aluno desenvolve a

a capacidade de relacionar o aprendido com o observado e a teoria envolvida com

as suas conseqüências e aplicações praticas.

A interdisciplinaridade propõe que os conteúdos e as situações de

aprendizagem sejam trabalhados de modo a destacar as múltiplas interações com

as varias disciplinas do currículo, superando, na medida do possível, a separação

entre elas. Algumas disciplinas como a física e a matemática, por exemplo, têm

muitas afinidades e pontos comuns, portanto os professores dessas disciplinas

podem aplicar, estudos de investigação, visando o desenvolvimento do aluno ( ou

mais) disciplinas, as ciências naturais física, química e Biologia – trocam

informações entre si usando a linguagem matemática

8.9.2. Conteúdos

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Movimento

Momentum e inércia

Conservação de

quantidade de

movimento

(momentum)

Variação da quantidade

A física (histórico , científico,

tecnológico, econômico e

social). Os fenômenos físicos.

As divisões da física. As

grandezas físicas.

Cinemática escalar e vetorial.

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de

movimento = Impulso

2ª Lei de Newton

3ª Lei de Newton e

condições de equilíbrio

Energia e o Princípio

da Conservação da

energia

Gravitação

Movimentos verticais.

Movimentos compostos.

Leis de Newton.

Força de atrito e componentes

da força resultante..

Potência de uma força

Impulso e quantidade de

movimento.

Colisões

Iniciação á hidrostática.

Teorema de Stevin

(implicações).

Teorema de Pascal.

Teorema de Arquimedes.

Conceito de calor e temperatura

Termometria

Dilatação nos sólidos e líquido

Principio das trocas de calor

Fases da matéria

Mudança de fase

Transmissão de calor

Condução térmica

Convecção térmica

Radiação térmica

Leis da Termodinâmica

Energia Interna

Trabalho de um gás

Ondas

Propagação de energia através

de ondas

Classificação das ondas

Estudo matemático de ondas

Termodinâmica

Leis da

Termodinâmica:

Lei zero da

Termodinâmica

1ª Lei da

Termodinâmica

2ª Lei da

Termodinâmica

Eletromagnetismo

Carga, corrente

elétrica,

campo e ondas

eletromagnéticas

Força eletromagnética

Equações de Maxwell:

Lei de Gauss para

eletrostática/Lei de

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Coulomb, Lei de

Ampère, Lei de Gauss

magnética, Lei de

Faraday

A natureza da luz e

suas propriedades

Elementos da onda

Fenômenos ondulatórios

Reflexão, propriedades

Refração, propriedades

Interferência, propriedades

Difração

Ressonância

Polarização

Óptica

A luz

Classificação dos meios

Propagação retilínea da luz

Reflexão e refração da luz

Espelhos planos

Leis da reflexão

Equações dos espelhos

esféricos

Formação de imagens

Lentes

A carga elétrica

Um pouco da historia da

eletricidade

Força eletrostática

Lei de Coulomb

Representação gráfica da lei de

Coulomb

Potencial elétrico

Energia potencial

Corrente elétrica

Condutores e isolantes

Resistores e Lei de Ohm

Resistor e resistência

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Receptores elétricos

Potencia e energia elétrica

Potencia dissipada no resistor

O campo magnético

A energia no Brasil

Medindo a energia utilizada

Economia de energia ( Petróleo

e seus derivados, eletricidade)

Fontes Alternativas de energia

A energia solar

Força magnética

Fontes de campo magnético

Indução eletromagnética

Lei de Faraday

Lei de Lenz

Supercondutores e magnetismo

Física Moderna

A teoria da Relatividade

Mecânica Quântica

Partículas elementares

8.9.3. Metodologia

Os conteúdos previstos para o desenvolvimento da disciplina serão

apresentados em forma de aulas expositivas, usando diferentes linguagens: verbal,

física, gráfica e corporal e trabalhos em grupos e individuais, em classe e extra-

classe, para estimular o estudante ao conhecimento na sala de aula e tendo a visão

dos fenômenos físicos fora Do âmbito escolar.

A introdução de alguns conteúdos da Física Moderna serão trabalhados com

mídias ( vídeos). Utilizar softwares educativos para o aprimoramento de conceitos

físicos e simulações de alguma situações.

Fazer uso do laboratório para aulas praticas visando o conhecimento obtido

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164

em sala de aula e TV pendrive.

8.9.4. Avaliação

A avaliação é um instrumento fundamental no processo ensino aprendizagem

que oferece informações ao professor e a equipe pedagógica analisarem os

resultados de seu trabalho e para o estudante analisar seu desempenho, visando o

seu crescimento.

É importante ressaltar que a avaliação se concretiza de acordo com o que se

estabelece nos documentos escolares como o Projeto Político Pedagógico e, mais

especificamente, a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de Trabalho Docente,

documentos necessariamente fundamentados nas Diretrizes Curriculares.

Durante o decorrer dos trimestres serão avaliados, dependendo do conteúdo,

alguns aspectos como:

Avaliação escrita individual sem consulta

Trabalho escrito com resolução em casa

Pesquisa

Lista avaliativa

Avaliação com consulta no caderno

Recuperação de estudos quando se fizer necessário, com retomada dos

conteúdos defasados.

8.9.5. Referências

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Física. Paraná: 2008.

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165

8.10. GEOGRAFIA

8.10.1. Apresentação da Disciplina

Não basta explicar o mundo, é preciso compreendê-lo e participar do

processo evolutivo no qual estamos inseridos. Assim a Geografia assume um papel

político significativo na formação do cidadão.

A busca da vivência do educando com os lugares, de modo que possam

construir concepções novas e mais complexas a seu respeito, faz parte da

abordagem geográfica atual, visando, desse modo, ao desenvolvimento da

capacidade de refletir sobre diferentes aspectos da realidade, compreendendo a

relação homem / natureza.

A Geografia, portanto, permite aos alunos compreender o significado da vida

em sociedade: cada cidadão ao conhecer as características sociais, culturais do

lugar onde vive, bem como as de outros lugares, pode comparar, explicar,

compreender e espacializar as múltiplas relações que diferentes sociedades, em

épocas variadas, estabeleceram e estabelecem com a natureza na construção do

espaço geográfico.

Desde os tempos mais remotos, na Pré História, o homem necessitava de

conhecimentos geográficos em termos de localização para garantir sua

sobrevivência. Com a evolução das sociedades e o avanço do capitalismo a partir da

Idade Moderna, a Geografia passa a ter um papel ainda mais importante no sentido

de denunciar as explorações irracionais dos recursos naturais no espaço geográfico

e também apontar as possíveis soluções para os problemas. Existe hoje, a

necessidade de mudanças nos paradigmas conceituais e teóricos, estabelecendo

críticas contundentes a maneira como a produção do espaço geográfico é tratado

pelas vertentes tradicionais e críticas.

O estudo da Geografia deve contribuir para que o aluno desenvolva uma

leitura crítica do mundo atual. A proposta é que o aluno seja preparado para a leitura

da dinâmica do espaço geográfico, considerando as relações de classe e a atuação

do homem na transformação do espaço, e as diferentes escalas geográficas.

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166

“ Cabe à Geografia preparar os alunos para uma leitura crítica da produção

social do espaço, negando a “naturalidade” dos fenômenos que imprimem

passividade aos indivíduos” (CASSETI, 2002).

O Objeto de estudo da Geografia é o ESPAÇO GEOGRÁFICO. O espaço

geográfico construído e transformado pelos seres humanos. Ele contém elementos

“naturais” (rios, planaltos, planícies etc) e artificiais (casas, avenidas, pontes, etc). Ao

pensarmos no espaço geográfico estamos pensando nos elementos e aspectos que

existem nas paisagens, mas também nas diversas ações que as pessoas realizam

sobre a natureza. Essas ações correspondem aos vários tipos de atividades

humanas: trabalho, estudo, lazer. Envolvem, portanto, relações econômicas, sociais

e políticas. Trata-se de algo bastante dinâmico, que está em constante mudança

com o passar do tempo e que se diferencia nas diversas sociedades, pois o Espaço

geográfico é reflexo da sociedade que o constrói.

De acordo com as DCEs página 260, 2008 imput (SILVA, 1995) o Espaço

geográfico é entendido como interdependente do sujeito que o constrói. Trata-se de

uma abordagem que não nega o sujeito do conhecimento nem supervaloriza o

objeto, mas antes, estabelece uma relação entre eles, entendendo-os como dois

polos no processo do conhecimento. Assim o sujeito torna-se presente no discurso

geográfico.

8.10.2. Objetivos Gerais

Analisar criticamente as transformações do espaço geográfico

compreendendo as dimensões econômica, política, cultural, demográfica e

socioambiental.

Analisar as transformações do espaço geográfico e suas implicações para

a vida humana, compreendendo as relações entre os diferentes espaços e

as populações que neles atuam.

Analisar as transformações do espaço geográfico brasileiro e suas

implicações para a vida humana, compreendendo as relações de

produção.

Analisar a reorganização do espaço geográfico no contexto da

mundialização do capital, percebendo a redefinição do papel do Estado e

as implicações desses processos na vida das pessoas.

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167

8.10.3. Conteúdos

5ª SÉRIE / 6º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Dimensão

econômica do

espaço geográfico

Formação e transformação das

paisagens naturais e culturais.

Dinâmica da natureza e sua

alteração pelo emprego de

tecnologias de exploração e

produção.

A formação, localização,

exploração e utilização dos

recursos naturais.

A distribuição espacial das

atividades produtivas e a

(reorganziação do espaço

geográfico.)

As relações campo e cidade na

sociedade capitalista.

Os setores da economia;

Sistemas de circulação de

mercadorias, pessoas,

capitais e informações;

Sistema de produção

industrial;

Agroindústria;

O espaço geográfico;

Sociedade e natureza

Cartografia

Dimensão política

do espaço

geográfico

As diversas regionalizações do

espaço geográfico

Lugar, paisagem e espaço

geográfico;

Trabalho, técnica e

transformação do espaço.

Dimensão cultural

A transformação demográfica,

a distribuição espacial e os

indicadores estatísticos da

população.

A mobilidade populacional e as

manifestações sociespaciais

da diversidade cultural.

Fatores e tipo de migração e

imigração e suas influências

no espaço geográfico.

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168

Dimensão

socioambiental do

espaço geográfico.

Dinâmica da natureza e sua

alteração pelo emprego de

tecnologias de exploração e

produção.

A natureza, seus recursos e

problemas ambientais:

Produtos e matérias primas;

Recursos materiais

renováveis e não renováveis;

Desenvolvimento sustentável

As eras geológicas;

Os movimentos da Terra no

Universo e suas influências

(Rotação e Translação)

As rochas e minerais;

Classificação, fenômenos

atmosféricos e mudanças

climáticas;

Rios e bacias hidrográficas;

Sistemas de energia;

Circulação e poluição

atmosférica;

Desmatamento;

Chuva ácida;

Buraco na Camada de

Ozônio;

Efeito Estufa (Aquecimento

Global);

Ocupação de áreas

irregulares;

6ª SÉRIE / 7º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

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169

Dimensão

econômica do

espaço geográfico.

A formação, mobilidade das

fronteiras e a reconfiguração

do território brasileiro.

O espaço rural e a

modernização da agricultura.

A formação, o crescimento das

cidades a dinâmica dos

espaços urbanos e a

urbanização.

A distribuição espacial das

atividades produtivas, a

(re)organização do espaço

geográfico.

A circulação de mão-de-obra,

das mercadorias e das

informações.

Economia e desigualdade

social;

O desenvolvimento

econômico e industrial no

Centro-Sul;

Uma grande e diversificada

agropecuária no Centro-Sul;

Nordeste, uma região em

transformação;

Ocupação recente da

Amazônia.

Dimensão política

do espaço

geográfico

As diversas formas de

regionalizações do espaço

brasileiro.

Estado, nação e território;

Biopirataria;

Movimentos sociais;

O território brasileiro;

As regiões brasileiras;

Dimensão cultural e

demográfica do

espaço geográfico.

As manifestações

sócioespaciais e os

indicadores estatísticos da

população.

Movimentos migratórios e suas

motivações.

O êxodo-rural;

Urbanização e favelização;

População Brasileira;

Meio ambiente e

desenvolvimento;

Movimentos sociais.

Dimensão sócio

ambiental do

espaço geográfico.

A dimânica da natureza e sua

alteração pelo emprego de

tecnologias de exploração e

produção.

O Meio ambiente rural e

urbano;

Desigualdade social e

problemas ambientais;

A intensa transformação das

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170

paisagens e a degradação

ambiental no Centro-Sul;

Amazônia o domínio da

floresta;Amazônia o domínio

da floresta;O fenômeno da

seca no Sertão;

A exploração sustentável da

floresta Amazônica;

As grandes paisagens

naturais do Brasil.

7ª SÉRIE / 8º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Dimensão

econômica do

espaço geográfico.

O comércio e suas implicações

socioespaciais.

A circulação da mão-de-obra,

do capital, das mercadorias e

das informações.

A distribuição espacial das

atividades produtivas, a

(re)organização do espaço

geográfico.

As relações entre o campo e a

cidade na sociedade

capitalista.

Globalização;

Dependência tecnológica;

O Trabalho e a

Transformação da natureza e

do espaço geográfico;

Acordos e blocos

econômicos.

Dimensão política

do espaço

As diversas regionalizações do

espaço geográfico.

A formação, mobilidade das

fronteiras e a reconfiguração

A regionalização do espaço

geográfico mundial;

Organismos internacionais;

Narcotráfico;

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171

geográfico dos territórios do continente

americano.

A nova ordem mundial, os

territórios supranacionais e o

papel do Estado.

O Espaço rural e a

modernização da agricultura.

Formação dos Estados

Nacionais;

Desigualdades dos países

Norte X Sul.

Dimensão cultural e

demográfica do

espaço geográfico

A transformação demográfica,

a distribuição espacial e os

indicadores estatísticos da

população.

Os movimentos migratórios e

suas motivações.

As manifestações

socioespaciais da diversidade

cultural.

Consumo e consumismo;

Condições de vida no mundo

subdesenvolvido;

O drama da fome no mundo

subdesenvolvido;

A qualidade de vida no

mundo desenvolvido;

Movimentos sociais;

Fatores de imigração e

migração e suas influências

no espaço geográfico.

Dimensão sócio

ambiental do

espaço geográfico.

Formação, Localização,

exploração e utilização dos

recursos naturais.

Origem e distribuição dos

continentes e oceanos na

superfície da Terra;

Os movimentos da crosta

terrestre e as áreas de

instabilidade tectônica;

A dinâmica natural na

formação das paisagens;

As grandes paisagens

naturais da Terra;

A transformação das

paisagens naturais;

Consumo e questão

ambiental.

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172

8ª SÉRIE / 9º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Dimensão

econômica do

espaço geográfico.

A revolução tecno-científico-

informacional e os novos

arranjos no espaço da

produção.

O comércio mundial e as

implicações socioespaciais.

A distribuição espacial das

atividades produtivas, a

(re)organização do espaço

geográfico.

O espaço em rede: produção,

transporte e comunicação na

atual configuração territorial.

A revolução tecnológica e a

formação do espaço global;

A dinâmica do espaço Global

(expansão das

multinacionais, fluxos e

redes);

Acordos e blocos

econômicos.

Dimensão política

do espaço

geográfico

As diversas regionalizações do

espaço geográfico.

A nova ordem mundial, os

territórios supranacionais e o

papel do Estado.

A formação, mobilidade das

fronteiras e a reconfiguração

dos territórios.

Blocos econômicos;

Globalização:

desenvolvimento e

subdesenvolvimento;

Guerra Fria;

Conflitos Mundiais;

Políticas Ambientais;

Órgãos Internacionais;

Neoliberalismo;

Terrorismo;

Território e fronteiras no

mundo atual.

As manifestações

socioespaciais da diversidade

Fluxos populacionais: o caso

das migrações internacionais;

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Dimensão cultural e

demográfica do

espaço geográfico.

cultural.

Históricos das imigrações;

Estrutura Etária;

Formações e conflitos étnicos

religiosos e raciais;

Movimentos sociais;

Meios de comunicação;

Estudo de gênero: masculino

e feminino, entre outros;

Globalização: desigualdade e

exclusão social;

Dimensão sócio

ambiental do

espaço geográfico.

A dinâmica da natureza e sua

alteração pelo emprego de

tecnologias de exploração e

produção.

Meio ambiente e problemática

ecológica;

Movimentos ambientalistas;

Desenvolvimento Sustentável

1ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Dimensão

econômica do

espaço geográfico

Formação e transformação das

paisagens.

Dinâmica da natureza e sua

alteração pelo emprego de

tecnologias de exploração e

produção

A distribuição espacial das

atividades produtivas, a

transformação da paisagem, a

(re)organização do espaço

geográfico.

O Espaço Geográfico.

Cartografia (localização e

orientação);

Nova ordem mundial, os

territórios supranacionais e o

Noções de fronteira e

territorialidade

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Dimensão política

do espaço

geográfico

papel do Estado.

Formação, mobilidade das

fronteiras e a reconfiguração

dos territórios

As diversas regionalizações do

espaço geográfico.

As implicações socioespaciais

do processo de mundialização.

Conceito de Geografia:

objetos e objetivos;

Dimensão cultural e

demográfica do

espaço geográfico.

A formação e transformação

das paisagens.

Ação antrópica nas

paisagens terrestres.

Dimensão sócio

ambiental do

espaço geográfico

A formação, localização e

exploração dos recursos

naturais.

A dinâmica da natureza e sua

alteração pelo emprego de

tecnologias de exploração e

produção.

A revolução técnico-científica-

informacional e os novos

arranjos no espaço da

produção;

Origem do universo e

formação da Terra;

Geologia: estrutura, origem e

processos de formação da

litosfera;

Relevo: estrutura e processos

de formação;

Hidrosfera: conceitos básicos;

Águas continentais e águas

oceânicas;

Uso e disponibilidade da

água;

Atmosfera;

Clima: fatores de formação,

tipologia climática;

Vegetação;

Os grandes domínios

morfoclimáticos;

Os biomas brasileiros;

2ª SÉRIE

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175

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Dimensão

econômica do

espaço geográfico.

A formação, localização e

exploração dos recursos

naturais.

O espaço rural e a

modernização da agricultura.

As relações entre o campo e a

cidade na sociedade

capitalista.

A circulação de mão-de-obra,

do capital, das mercadorias e

das informações.

Atividades econômicas;

Extrativismo: conceito e tipos;

Pecuária: conceitos e tipos;

Agricultura: conceitos e

sistemas agrícolas;

Indústria: conceitos e tipos

Fatores de instalação das

indústrias;

Indústria no Brasil;

Fontes de energia.

Dimensão política

do espaço

geográfico

Os movimentos sociais,

urbanos e rurais, e a

apropriação do espaço.

Reforma Agrária;

Dimensão cultural e

demográfica do

espaço geográfico

A evolução demográfica, a

distribuição espacial da

população e os indicadores

estatísticos.

Os movimentos migratórios e

suas motivações.

A mobilidade populacional e as

manifestações socioespaciais

da diversidade cultural.

Teorias demográficas;

Características da população:

geral e do Brasil;

Pirâmide etária;

Características das pirâmides

etárias nos países ricos e

pobres;

Migrações e movimentos

populacionais;

Migrações no Brasil;

Dimensão sócio

ambiental do

espaço geográfico.

Formação e transformação das

paisagens.

A dinâmica da natureza e sua

alteração pelo emprego de

tecnologias de exploração e

produção.

Erosão e conservação do

solo;

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176

3ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Dimensão

econômica do

espaço geográfico.

O espaço em rede: produção,

transporte e comunicação na

atual configuração territorial.

O comércio e as implicações

socioespaciais.

Comércio;

Meios de transporte;

Cidade;

Dimensão política

do espaço

geográfico

As implicações socioespaciais

do processo de mundialização.

Formação, mobilidade das

fronteiras e a reconfiguração

dos territórios.

Globalização;

Conseqüências da

Globalização;

O Brasil no contexto da

globalização.

Dimensão cultural e

demográfica do

espaço geográfico.

A formação e o crescimento

das cidades, a dinâmica dos

espaços urbanos e a

urbanização recente.

Evolução urbana;

Dimensão sócio

ambiental do

espaço geográfico.

A dinâmica da natureza e sua

alteração pelo emprego de

tecnologias de exploração e

produção.

A formação, localização e

exploração dos recursos

naturais.

Problemas urbanos;

Poluição: conceitos e tipos;

Problemas ambientais

globais;

El Niño e La Niña

Efeito estufa;

Destruição da Camada de

ozônio;

Chuva ácida;

Inversão térmica;

Os acordos internacionais

para a preservação do meio

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177

ambiente.

8.10.4. Metodologia

Os conteúdos específicos serão trabalhados de uma forma crítica e dinâmica,

interligando a teoria e prática a realidade, mantendo uma coerência dos

fundamentos teóricos propostos, utilizando a cartografia como ferramenta essencial,

possibilitando assim transitar em diferentes escalas espaciais, ou seja, do local para

o global e vice-versa.

De acordo com as DCEs (página 283, 2008), a metodologia do ensino da

Geografia, deve permitir que os alunos se apropriem dos conceitos fundamentais da

Geografia e compreendam o processo de produção e transformação do espaço

geográfico. Para isso, os conteúdos da Geografia devem ser trabalhados de forma

crítica e dinâmica, interligados com a realidade próxima e distante dos alunos, em

coerência com os fundamentos teóricos propostos pelas DCEs.

Não há separação do ponto de vista metodológico entre os conteúdos, pois

existe uma relação entre os mesmos já que as transformações no espaço são

concebidas pela ação do homem em um determinado momento histórico. Dessa

maneira torna-se fundamental a utilização de materiais didáticos sem adotar uma

linearidade de conteúdos ou alimentando a dicotomia sociedade-natureza.

Dentro da prática pedagógica apresentada, visualizar o educando como

agente participativo, com diferentes potencialidades a serem desenvolvidas. A

Geografia é uma ciência ligada à vida, ao nosso espaço de vivência. Nesse contexto

o educando participa desenvolvendo a construção de seus conhecimento, realizando

pesquisas, contextualizando a realidade, produzindo textos, debates, participando de

seminários, entrevistas, aula de campo, desenvolvendo projetos e desenvolvendo

técnicas de efetivação da aprendizagem como: painéis, mapas, maquetes, jogos,

dramatizações, correspondências, análise de materiais periódicos, análise de

gráficos, tabelas e imagens.

Os conteúdos devem ser abordados de forma contextualizada aliando

exemplos práticos do cotidiano com o conhecimento vivenciado pelo aluno.

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No ensino de Geografia, o professor deve utilizar todos as ferramentas

necessárias, como: computador, internet, vídeo, jornal, revistas, etc. É importante

também diversificar as atividades e proporcionar o diálogo entre os alunos e o

professor.

Outra metodologia valiosa para o estudo do espaço geográfico, são as aulas

de campo. A realização de saídas de campo permite que o aluno estabeleça um

vínculo entre o conteúdo trabalhado em sala de aula e o conhecimento dos

processos geográficos visualizados na prática. Para que uma visita ou estudo de

campo seja proveitoso, o professor deve organizar a observação sistemática do

lugar visitado com os alunos, realizando a descrição, seleção e ordenação das

informações ora obtidas e o registro final destas impressões sob forma de croquis,

maquetes, desenhos, figuras, debates, pôster, gráficos, etc.

Pode-se também fazer uso de imagens não animadas (pôster, slides, cartões

postais, fotografias) e de filmes como importantes ferramentas metodológicas, desde

que o professor leve em consideração o tipo de clientela atingida, o conteúdo a ser

trabalhado e também a abordagem do tema.

Por fim, o uso da cartografia nas aulas de Geografia também deve ser

encarado como um importante recurso metodológico no sentido de possibilitar a

espacialização do conteúdo trabalhado em sala de aula, possibilitando ao aluno uma

melhor visualização dos aspectos inerentes a produção do espaço geográfico.

8.10.5. Avaliação

De acordo com as DCEs (página 293, 2008), a avaliação em Geografia deve

ser mais do que a definição de uma nota ou de um conceito. Desse modo, as

atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo devem possibilitar ao aluno a

apropriação dos conteúdos e posicionamento crítico frente aos diferentes contextos

sociais.

A avaliação deve ser compreendida como elemento integrador entre a

aprendizagem e o ensino, o que envolve múltiplos aspectos:

O ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno

aprenda da melhor forma;

A obtenção de informação sobre os temas de conhecimentos;

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A reflexão contínua do educador sobre sua prática educativa.

A conscientização dos avanços dificuldades e possibilidades.

A avaliação, portanto, ocorrerá durante todo o processo ensino-

aprendizagem, desde o planejamento das atividades por parte do educador até a

etapa final de retorno dado pelo educando. Buscando obter o máximo de

informações em relação aos processos de aprendizagem, é necessário considerar a

importância de uma diversidade de instrumentos e situações para possibilitar tanto a

avaliação das diferentes capacidades e os variados conteúdos curriculares em

questão, como o contraste de dados obtidos e a observação da transferência da

aprendizagem, em contextos múltiplos.

Sendo assim, faz-se necessário a utilização de diferentes práticas

pedagógicas, tais como: leitura, interpretações de mapas, gráficos, tabelas, fotos,

imagens, produção de textos geográficos, aula de campo, apresentações de

seminários e construções de maquetes.

Os principais critérios de avaliação em Geografia: a formação dos conceitos

geográficos básicos e entendimento das relações socioespaciais nas diversas

escalas geográficas.

Ao longo do ano, dentro de cada conteúdo estruturante, serão avaliados os

seguintes critérios:

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Dimensão econômica

do espaço geográfico

Reconheça o processo de formação e transformação das

paisagens geográficas.

Entenda que o espaço geográfico é composto pela

materialidade (natural e técnica) e pelas ações sociais,

econômicas, culturais e políticas.

Identifique as formas de apropriação da natureza, a partir

do trabalho e suas consequências econômicas,

socioambientais e políticas.

Entenda o processo de transformação de recursos

naturais em fontes de energia.

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180

Identifique relações existentes entre o espaço urbano e

rural: questões econômicas, ambientais, políticas,

culturais, movimentos demográficos, atividades

produtivas.

Entenda o processo de formação das fronteiras agrícolas

e a apropriação do território.

Entenda o espaço brasileiro dentro de um contexto

mundial, compreendendo suas relações econômicas,

culturais e políticas com outros países.

Verifique o aproveitamento econômico das bacias

hidrográficas e do relevo.

Estabeleça relações entre a estrutura fundiária e os

movimentos sociais no campo.

Entenda o processo de transformação das paisagens

brasileiras, levando em consideração as formas de

ocupação, as atividades econômicas desenvolvidas, a

dinâmica populacional e a diversidade cultural.

Estabeleça relação entre o uso de tecnologias nas

diferentes atividades econômicas e as consequêntes

mudanças nas relações sócio-espaciais e ambientais.

Reconheça a configuração do espaço de circulação de

mão-de-obra, mercadorias e sua relação com os espaços

produtivos brasileiros.

Reconheça a constituição de blocos econômicos,

considerando a influencia política e econômica na

regionalização do continente americano.

Identifique as diferentes paisagens e compreenda sua

exploração econômica no continente Americano.

Reconheça a importância da rede de transporte,

comunicação e circulação das mercadorias, pessoas e

informações na economia regional.

Compreenda as inovações tecnológicas, sua relação com

as atividades produtivas industriais e agrícolas e suas

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consequências ambientais e sócias.

Entenda o processo de industrialização e a produção

agropecuária em relação com a apropriação dos recursos

naturais.

Reconheça a constituição de blocos econômicos,

considerando a influencia política e econômica na

regionalização mundial.

Compreenda a atual configuração do espaço geográfico

mundial em suas implicações sociais, econômicas e

políticas.

Compreenda que os espaços estão inseridos numa

ordem econômica e política global, mas também

apresentam particularidades.

Entenda a importância econômica, política e cultural do

comércio mundial.

Identifique as organizações socioespaciais na atuação

das organizações econômicas internacionais.

Relacione o desenvolvimento das inovações

tecnológicas nas atividades produtivas.

Dimensão política do

espaço geográfico

Forme e signifique os conceitos de paisagem, lugar,

região, território natureza e sociedade.

Reconheça as diferentes formas de regionalização do

espaço geográfico.

Aproprie-se dos conceitos de paisagem, lugar, região,

território natureza e sociedade.

Identifique o processo de formação do território brasileiro

e as diferentes formas de regionalização do espaço

geográfico.

Identifique a configuração socioespacial da América por

meio de leitura dos mapas, gráficos, tabelas e imagens.

Diferencie as formas de regionalização da América nos

diversos critérios adotados.

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Compreenda a formação dos territórios e a

reconfiguração das fronteiras do continente americano.

Identifique a configuração mundial por meio de leitura dos

mapas, gráficos, tabelas e imagens.

Compreenda a atual configuração do espaço geográfico

mundial em suas implicações sociais, econômicas e

políticas.

Compreenda que os espaços estão inseridos numa

ordem econômica e política global, mas também

apresentam particularidades.

Entenda a importância econômica, política e cultural do

comércio mundial.

Identifique os conflitos étnicos e separatistas e suas

consequências no espaço geográfico.

Reconheça a reconfiguração de fronteiras e a formação

de novos territórios nacionais.

Dimensão cultural e

demográfica do espaço

geográfico

Entenda a transformação e a distribuição espacial da

população, como resultados de fatores históricos,

naturais e econômicos.

Entenda o significado dos indicadores demográficos

refletindo a organização espacial.

Identifique as manifestações espaciais dos diferentes

grupos culturais.

Identifique a diversidade regional e cultural construída por

diferentes povos.

Compreenda o processo de crescimento da população e

sua mobilidade pelo território.

Relacione as migrações e a ocupação do território

brasileiro.

Compreenda como a industrialização influenciou o

processo de urbanização brasileira.

Compreenda os fatores que influenciaram na mobilidade

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da população e sua distribuição espacial.

Reconheça as configurações espaciais dos diferentes

grupos étnicos americanos em suas manifestações

culturais e em seus conflitos étnicos

Relacione as diferentes formas de apropriação espacial

com a diversidade cultural.

Compreenda como ocorreram os problemas sociais e as

mudanças demográficas geradas no processo de

industrialização.

Identifique a estrutura da população mundial e relacione

com as políticas demográficas adotadas nos diferentes

espaços.

Reconheça as motivações dos fluxos migratórios

mundiais.

Dimensão

socioambiental do

espaço geográfico

Localize-se e oriente-se no espaço geográfico através da

leitura cartográfica,

Entenda o processo de transformação dos recursos

naturais em fontes de energia.

Identifique áreas de proteção ambiental e sua importância

para a preservação dos recursos naturais.

Entenda como a industrialização acelerou a exploração

dos elementos da natureza e trouxe consequências

ambientais.

Estabeleça relações entre o uso de tecnologias nas

diferentes atividades econômicas e as consequêntes

mudanças nas relações sócio-espaciais e ambientais.

Compreender a formação, localização e a importância

estratégica dos recursos naturais para a sociedade

contemporânea.

Relacione as questões ambientais com a utilização dos

recursos naturais no mundo e no continente americano.

Entenda as consequências ambientais geradas pelas

atividades produtivas.

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184

Analise as transformações na dinâmica da natureza

decorrentes do emprego de tecnologias de exploração e

produção.

8.10.6. Referências

ANDRADE, Manoel Correia de. Uma geografia para o século XXI. Papirus. Campinas: 1994.

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ Diretriz Curricular de Geografia. Curitiba: SEED, 2008.

MOREIRA, Rui. O que é geografia? Brasiliense. São Paulo: 1985.

RUA, João e outros. Para ensinar a geografia: Contribuição para o trabalho de 1º e 2º graus. Acess. Rio de Janeiro: 1993.

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185

8.11. HISTÓRIA

8.11.1. Apresentação da Disciplina

A concepção de história pressupõe entender de modo crítico os princípios

que possibilitam a construção da História como ciência.

Entende-se que a história é produto da prática concreta do homem, esse

princípio norteia o estudo da sociedade no tempo e no espaço, pela compreensão

de que essas sociedades têm de original e comum um com os outros, ao mesmo

tempo e em tempos diferentes. Os homens estabelecem relações sociais,

organizando-se de modo diferente no tempo e espaço. Em cada sociedade existem

diferentes classes e grupos que se organizam e expressam-se de diferentes formas.

O ensino da disciplina de História tem como objetivos suscitar reflexões a

respeito dos aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais, visando a produção

do conhecimento histórico, o entendimento da produção historiográficas,

permanências, mudanças e rupturas que envolveram a história, e analisar as

pessoas comuns como sujeitos da história. Sua importância se refere à construção

do conhecimento enquanto crítica social, e na construção de identidade de classe,

gênero, etnia, religiosidade, assim como para a construção de uma sociedade mais

justa, humanitária e solidária.

Assim, ressalta-se a importância de levar o aluno a assimilar a História

como produto da ação de todos os homens, que se caracteriza por meio de sua

produção através dos tempos, onde os homens transformam a realidade de acordo

com suas necessidades e, nesse processo, criam meios para satisfaze-los.

Com esse fim, sugere-se trabalhar a historiografia atualizada, procurando

aproximar o ensino na pesquisa em história, superando o ensino tradicional,

enfatizando o tempo, a memória, as fontes historiográficas, o patrimônio histórico e o

incentivo a pesquisa, visando o desenvolvimento crítico do aluno. Para isso o estudo

da história deve abranger a História do Paraná e a História e Cultura afro-brasileira e

Africana, enfatizando relações étnico-raciais, bem como os desafios

contemporâneos que sejam pertinentes a disciplina.

A disciplina deve propor atividades coletivas, resgatando interesses,

conhecimentos e valores para a formação de um homem, integro, justo, livre,

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responsável, democrático, solidário, critico, portador de conhecimentos gerais e

específicos. Um ser humano competente para explorar a sua potencialidade. Desta

forma, ele estará

Por fim, segundo a DCE de História (2008), a finalidade do seu ensino é a

formação do pensamento histórico dos alunos por meio da consciência histórica.

Reconhecer as contradições, impasses sociais da atualidade, e analisá-los a partir

de seu contexto histórico, permitem compreender como as relações foram

construídas no processo histórico e como determinam a condição de vida do

conjunto da população.

8.11.2. Objetivos Gerais

O aluno deverá ampliar a compreensão de sua realidade, confrontando -

a, relacionando-a com outras realidades históricas e assim fazer

escolhas e estabelecer critérios para suas ações.

8.11.3. Objetivos Específicos

Estudar os processos históricos relativos as ações e as relações

humanas praticadas no tempo, nem como os sentidos que os sujeitos

deram às mesmas, tendo ou não consciência dessas ações;

Entender as ações dos sujeitos históricos como estruturas sócio

históricas, ou seja, formas de agir, e pensar, de racionar, de representar,

de imaginar, de instituir. Portanto, de se relacionar social, cultural e

politicamente;

Considerar como objetos de estudo as relações dos seres humanos com

os fenômenos naturais – condições geográficas, físicas e biológicas – de

uma determinada época e local.

Configurar uma consciência histórica exemplar, onde o estudante poderá

expressar suas experiências do passado e seus valores;

Compreender a vida social a partir de uma consciência histórica

genética, que enfatiza as permanências e as transformações temporais

dos modelos culturais;

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Permitir que o aluno elabore conceitos, que permitam pensar

historicamente, superando também a idéia de História como algo dado,

como verdade absoluta;

Identificar a importância da dimensão local na construção do

conhecimento do passado;

Situar acontecimentos históricos e verificar a relação entre os fatos de

dimensão local na construção do conhecimento do passado;

Reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um conhecimento

interdisciplinar;

Compreender que as histórias individuais são partes integrantes de

histórias coletivas;

Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em diversos

tempos e espaços, em suas manifestações culturais, econômicas,

políticas e sociais, reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles,

continuidades e descontinuidades, conflitos e contradições.

8.11.4. Conteúdos

Os conteúdos estruturantes foram definidos como saberes (conhecimentos de

grande amplitude, conceitos ou práticas) que identificam e organizam os campos de

estudos de uma disciplina escolar, constituem-se historicamente e são legitimados

socialmente por isso não são sempre os mesmos.

Como princípio básico para o ensino fundamental é o reconhecimento das

características de seus alunos considerando as diferentes experiências com o

conhecimento sistematizado.

Com os conteúdos estruturantes o enfoque passa a ser a compreensão do

objeto e a organização nos campos de estudo da disciplina de História, a fim de

atender a Proposta Curricular aqui apresentada: Trabalho, Poder e Cultura.

No trabalho, o estudo refere-se aos primeiros passos da organização dos

povos, e a experiência humana no tempo, suas diferentes trajetórias e

desenvolvimentos e primeiros contatos com o trabalho e também relações com o

comércio. Na Idade Média, os senhores feudais fazem com que o trabalhador ou

servo seja obrigado a apenas obedecer e não questionar. O século XIV surge com

muitas descobertas como a chegada do europeu na América, ligados também a

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cultura, vigorando agora uma concepção de História Critica, onde o cidadão passa a

fazer parte da História como agente transformador.

O poder está sempre permeando as ações do homem no tempo, desde o

momento que surgem as classes, surgem os poderosos e os explorados. O Estado

surge para gerenciar os interesses das Nações, e acaba fazendo um papel não de

gerenciador, mas de opressor nas Nações, e ditador de regras que interessam

apenas ao Estado e não ao cidadão. Essa necessidade de poder cada vez maior,

faz com que a humanidade fique a beira da ruína. O ser humano passa agir em

função de conseguir o poder, sem preocupar-se com os meios, contando que

cheguem ao seu objetivo: Poder.

A Cultura será essencial para que o estudo dos conteúdos estruturantes

sejam bem feitos, pois ela explicará em vários lugares e em tempos diferentes, essa

necessidade do ser humano querer cada vez mais poder. Ao se propor a cultura

com dimensão para estudo da História entende-se essa dimensão em que aquela

que o indivíduo se permite conhecer os conjuntos de significados que os homens

conferiam a sua realidade para explicar o mundo, bem como as culturas locais e a

cultura comum e as culturais que foram desenvolvidas na formação das diferentes

sociedades ao longo do tempo.

5ª SÉRIE / 6º ANO

Os diferentes sujeitos suas culturas suas histórias

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Relações de

trabalho

Relações de

poder

A experiência

humana no

tempo.

Os sujeitos e

suas relações

com o outro no

tempo.

As culturas locais

Produção do conhecimento Histórico

O historiador e a produção do

conhecimento histórico;

Tempo e temporalidade;

Fontes, documentos;

Patrimônio material e imaterial;

Pesquisa.

Articulação da História com outras áreas

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Relações culturais e acultura

comum.

do conhecimento

Arqueologia, antropologia, paleontologia,

geografia, geologia, sociologia, etnologia,

entre outras.

Humanidade e História:

De onde viemos, quem somos, como

sabemos?

Arqueologia no Brasil:

Lagoa Santa: Luzia (MG);

Serra do Capivari (PI);

Sambaquis (PR);

Surgimento e desenvolvimento da

humanidade e grandes migrações:

Teorias do surgimento do homem na

América;

Mitos e lendas da origem do gomem;

Desconstrução do conceito de pré-história

Povos ágrafos, memória e história oral

Povos indígenas no Brasil e no Paraná

Ameríndios do território brasileira

Kaigang, Guarani, Xetá e Xokleng.

As primeiras civilizações na América:

Olmecas, Mochicas, Tiwanacus, Maias,

Astecas e Incas;

Ameríndios da América do Norte

As primeiras civilizações na África,

Europa e Ásia:

Mesopotâmia, Egito, Nubia e Mali;

Fenícios, Hebreus, gregos e romanos.

Europa Medieval

A chegada dos Europeus na América

(des) encontros de culturas;

Resistência e dominação;

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190

Escravização;

Catequese

Península Ibérica nos séculos XIV e XV:

cultura, sociedade e política

Reconquista do território;

Religiões: judaísmo, cristianismo e

islamismo;

Comércio (África, Ásia, América e

Europa).

Formação da sociedade brasileira e

americana:

América portuguesa;

América espanhola;

América franco-inglesa;

Organização político administrativa

(capitanias hereditárias, sesmarias);

Manifestações culturais (sagrado e

profano);

Organização social (família patriarcal e

escravismo);

Escravização de Indígenas e africanos;

Economia (pau-brasil, cana-de-açúcar e

minérios);

Os reinos e sociedades africanas e os

contatos com a Europa:

Songai, Benin, Ifé, Congo, Monomotapa

(Zimbabwe) e outros;

Comércio

Organização político-administrativa;

Manifestações culturais;

Organização social;

Uso de tecnologias: engenho de açúcar, a

batea, construção civil...

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191

Diáspora africana.

6ª SÉRIE / 7º ANO

A constituição histórica do mundo rural e urbano e a formação da propriedade em

diferentes tempos e espaços

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Relações de

trabalho

Relações de

poder

Relações culturais

As relações de

propriedade.

A constituição

histórica do

mundo do campo

e do mundo da

cidade.

As relações entre

o campo e a

cidade.

Conflitos e

resistências e

produção cultural

campo/ cidade.

Expansão, consolidação e colonização do

território:

Missões

Bandeiras

Consolidação dos estados nacionais

europeus e a Reforma Pombalina

Reforma e Contrarreforma

Colonização do território “paranaense” –

História do Paraná:

Economia;

Organização social;

Manifestações culturais;

Organização político-administrativa.

Movimentos de contestação:

Quilombos (Campo Largo,PR e BR);

Irmandades: manifestações religiosas-

sincretismo;

Revolta nativistas e Nacionalistas;

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192

Inconfidência Mineira;

Conjuração Baiana;

Revolta da Cachaça;

Revolta do maneta;

Guerra dos mascates;

Independência das treze colônias inglesas

da América do Norte.

Diáspora africana.

Revolução Francesa:

Comuna de Paris e influência na

Inconfidência Mineira e Baiana.

Chegada da família real ao Brasil:

De Colônia a Reino Unido;

Missões artístico-científicas;

Biblioteca Nacional;

Banco do Brasil;

Urbanização da capital;

Imprensa Régia.

Invasão Napoleônica na Península Ibérica.

O Processo de Independência do Brasil:

Governo de D. Pedro I;

Constituição outorgada de 1824;

Unidade territorial;

Manutenção da estrutura social;

Confederação do Equador;

Província Cisplatina;

Haitinismo;

Revoltas regenciais: Malês, Sabinada,

Balaiada, Cabanagem, Farroupilha.

O processo de independência das

Américas:

Haiti

Colônias espanholas.

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7ª SÉRIE / 8º ANO

O mundo do trabalho e os movimentos de resistência

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Relações de

trabalho

Relações de poder

Relações culturais

História das relações

da humanidade com o

trabalho.

O trabalho e a vida

em sociedade.

O trabalho e as

contradições da

modernidade.

O trabalhadores e as

conquistas de direito.

Em construção

8ª SÉRIE / 9º ANO

Relações de dominação e resistência: a formação do Estado e das instituições

sociais.

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Relações de

trabalho

Relações de poder

Relações culturais

A constituição das

instituições sociais.

A formação do

Estado.

Sujeitos, Guerras e

Revoluções.

Em construção

1ª, 2ª E 3ª SÉRIES

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CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Relações de

trabalho

Relações de poder

Relações culturais

Trabalho Escravo,

Servil, Assalariado e o

Trabalho Livre.

Em construção

Urbanização e

industrialização

Em construção

O Estado e as

relações de poder

Em construção

Os sujeitos, as

revoltas e as guerras

Em construção

Movimentos sociais,

políticos e

culturais e as guerras

e revoluções

Em construção

Cultura e religiosidade

Em construção

8.11.5. Metodologia

A busca pelas noções de identidade no que se refere à construção do

conhecimento histórico torna-se mais evidenciado no estudo da História Regional,

partindo assim da história local para Brasil e mundo. Dessa maneira as atividades

em que se busca construção de noções de cidadania e identificação com os

costumes e conceitos morais, étnicos, religiosos etc., devem ser propostas à

disciplina. O trabalho com fontes diversas possibilita essa identificação do alunos

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com seu meio, uma vez que ele incita a pesquisa, o debate e as análises criticas,

por meio das narrativas históricas.

No processo de aprendizagem o aluno deverá Ter estímulo para discernir

limites e possibilidades de atuação na permanência ou transformação,

simultaneidade e das periodizações, comparando presente e passado, percebendo-

se como agente transformador da sociedade.

Através de atividades variadas (individuais, em duplas, em grupos) os alunos

realizarão análise e síntese de texto, filmes, artigos de jornais, revistas e

documentários. As estratégias devem ser voltadas para estimular o trabalho do

discente tornando-se mais atraente e dinâmico, estimulando assim a criatividade, o

confronto de idéias e espírito crítico do aluno, o gosto pela leitura e de novas

descobertas, o interesse em adquirir novos conhecimentos em sala, estudo do meio

(visita a museus, fábricas, cidades históricas, reservar biológicas, bibliotecas),

procurando comparar conhecimento teórico com dados obtidos em campo.

Os educandos farão leitura crítica dos conteúdos vinculados aos textos

básicos, trabalho de reflexão e produção, comentários a partir de imagens (mapas,

fotos, obras de arte e desenhos), produção de textos conceituais, poéticos,

narrativos a respeito de temas históricos, confecção de jornais, com materiais que

abordem a respeito de temas históricos que familiarizam os estudantes com outros

tipos de fontes históricas.

Entende-se que com o uso contínuo de diversas fontes históricas, o aluno

poderá compreender melhor a sociedade contemporânea, e nela situar-se de modo

a perceber-se como agente transformador do seu meio, participativo e consciente.

Como fonte de pesquisa durante as aulas os alunos poderão fazer uso do

laboratório de informática para pesquisas na Internet, em sites e links relacionados

com o conteúdo trabalhado, proporcionando amplo acesso a conhecimentos. Outro

recurso tecnológico que pode ser utilizado é a TV Pen Drive, auxiliando a

reprodução de imagens, mapas atualizados, bem como filmes, vídeos, músicas. A

utilização do Data Show para aulas com utilização de Power Point, podem tornar as

aulas diferentes do comum, e trazer uma forma criativa de se abordar temas

históricos.

Por fim, pretende-se dar ao ensino de História uma ênfase que esteja

vinculada a todas as analises e recortes que se proponham problematizar,

diferenciar, refletir, conscientizar os alunos a agirem e se compreenderem como

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agentes atuantes na História, bem como, sendo parte de um processo que ao longo

do tempo possibilitou construções e desconstruções, continuidades e rupturas.

8.11.6. Avaliação

A avaliação no ensino de História objetiva-se em favorecer a busca da

coerência entre a concepção de História defendida e as práticas avaliativas que

integram o processo de ensino de aprendizagem. Nessa perspectiva, a avaliação

deve estar colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que

permeie o conjunto das ações pedagógicas, e não como um elemento externo a este

processo.

Através da avaliação, o professor identifica a apreensão do conteúdo, como

conquista do aluno, comparando o antes, o durante e o depois. Assim, este caráter

diagnóstico possibilita ao professor se auto avaliar como docente, refletindo sobre as

intervenções metodológicas e buscando outras possibilidades para atuação no

processo de aprendizagem dos alunos.

Para que o processo e avaliação se efetive faz-se necessário que exista um

dialogo entre professor e aluno, onde são expostos os critérios avaliativos, e a

função da avaliação, vendo-a não como punição mas sim como “sinalizador” no

processo de aprendizagem. Dessa forma, o aprendizado e a avaliação poderão ser

compreendidos como um fenômeno compartilhado que se dará de modo contínuo,

processual, e diversificado, permitindo uma análise critica das práticas que poder ser

constantemente retomadas pelo professor e pelos alunos. Retomar a avaliação com

os alunos ainda permite situá-los como parte de um coletivo, onde a

responsabilidade pelo e com o grupo seja assumida com vista a aprendizagem de

todos.

Sabendo da diversidade de inteligências existentes na sala de aula, entende-

se a necessidade de também diversificar os instrumentos avaliativos, uma vez que

alguns demonstram maior facilidade na expressão oral, outros nas atividades

escritas etc.

Para o desenvolvimento do pensamento crítico, a avaliação deverá propor

situações que permitam os alunos estabelecerem relações entre sociedades

estudadas, detectando as semelhanças e diferenças, exercitando assim a reflexão

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acerca das mudanças e permanências que se estabelecem entre temporalidades

distintas.

Os instrumentos podem ser: interpretação e análise de textos históricos,

mapas e documentos históricos; produção de narrativas históricas e histórias em

quadrinhos; relatórios de filmes; pesquisa bibliográficas; sistematização de conceitos

históricos; apresentação de seminários e debates; elaboração de acrósticos e jornais

históricos; apresentação teatrais; entre outros

Por fim, seguem os critérios a serem observados pelo professor que permitem

analisar os conteúdos e conceitos históricos que foram apropriados pelos alunos.

Compreender como se encontraram as relações de trabalho no mundo

contemporâneo, como elas se configuram, e como o mundo de trabalho se

constitui em diferentes períodos históricos considerando os conflitos

inerentes as mesmas relações de trabalho;

Compreender que as relações de poder se apresentam em todos os

espaços sociais;

Reconhecer em si e aos outros como construtores de uma cultura,

consideradas as especificidades de cada grupo social e as relações entre

eles;

Reconhecer que o conceito construído de forma a permitir o estudo das

diferentes dimensões e contextos históricos propostos para cada nível de

ensino;

Entender como se encontraram as relações de trabalho no mundo

contemporâneo, junto com conflitos inerentes a essas relações;

Compreender as relações de poder em todos os aspectos sociais;

Compreender as reflexões sobre passado e presente com a utilização de

documentos em sala de aula;

Confrontar documentos históricos de naturezas diferentes.

8.11.7. Referências

CABRINI, Conceição; CASTELLI, Roberto; MONTELLATO, Andréa. História Temática. Scipione, 2005

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198

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ Diretriz Curricular de Educação História para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2008

CAMPOS, Flavio de; AGUILAR, Lídia; CLARO, Regina; MIRANDA, Renan Garcia. O jogo da História. São Paulo: Moderna, 2002.

FERREIRA, José Roberto Martins. História. São Paulo: FTD, 1997.

MARINO, Denise Mattos; STAMPACCHIO, Léo. Link do Tempo. São Paulo: Moderna, 2002.

ORDONES, Marlene. Caderno do Futuro: História. São Paulo: IBEP, 2003

PANAZZO, Silvia; VAZ, Maria Lúzia. Navegando pela História. São Paulo: Quinteto Editorial, 2001.

RODRIGUE, Joelza Ester. História em Documento. São Paulo: FDT, 2002

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199

8.12. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ESPANHOL

8.12.1. Apresentação geral da disciplina

A língua faz intermediação entre indivíduos. E a L.E.M. tem a finalidade de

proporcionar essa função de interagir sendo um elemento de ligação entre

indivíduos de línguas e culturas distintas. Esse idioma deve ser entendido como

parte da formação do educando, que vive num mundo onde se faz necessário

compreender e fazer-se compreender como falante de outras línguas.

Constituirá o conteúdo estruturante para o ensino de língua estrangeira

moderna o discurso, entendido como prática social sob os seus vários gêneros.

Pois, como afirma Bakhtin: “...o essencial na tarefa de decodificação não consiste

em reconhecer a forma utilizada, mas compreendê-la num contexto concreto

preciso, compreender sua significação numa enunciação particular”.

Dessa forma, os discursos, entendidos com base teórica bakhtiniana,

estabelecem-se como elementos indispensáveis, integradores e que estarão

presentes em qualquer situação de interação do aluno com a língua estrangeira,

seja em que prática for: conhecimentos linguísticos, discursivos, culturais e sócio-

pragmáticos.

Os conhecimentos linguísticos dizem respeito ao vocabulário, à fonética e às

regras gramaticais, elementos necessários para que o aluno interaja com a língua

que se lhe apresenta. Os discursivos, aos diferentes gêneros do dos discursos que

constituem a variada gama de práticas sociais que são apresentadas aos alunos. Os

culturais, a tudo aquilo que sente, acredita, pensa, diz, faz e tem uma sociedade, ou

seja, a forma como um grupo social vive e concebe a vida. Os sócio-pragmáticos,

aos valores ideológicos, sociais e verbais que envolvem o discurso em um contexto

sócio-histórico particular.

Além disso, uma abordagem do discurso em sua totalidade será realizada e

garantida através de atividades significativas em língua estrangeira nas quais as

práticas de leitura, escrita e oralidade, interajam entre si e constituam uma prática

sócio-cultural. Ela auxilia a formação cultural, levando o aluno a entender a

diversidade cultural. Além disso, amplia o conhecimento interpretativo da realidade,

possibilitando uma visão de mundo.

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200

Nortear o trabalho L.E.M na cidadania, priorizando as questões

educacionais às técnicas, preparando os indivíduos críticos para interagir na

sociedade desenvolvendo as habilidades (ler, falar, escrever e ouvir) de acordo com

a comunidade escolar local. O idioma é de fundamental importância na nossa

realidade, pois devido à globalização, além da língua materna, deve-se ter

conhecimento de outra para ampliar seus horizontes, valorizando sua cultura local e

levando-os a conhecer outras disparidades culturais.

Sendo que a LEM vem fazendo parte da nossa realidade cada vez, através

de vários veículos de comunicação, no comércio mundial, nas competições

esportivas, no turismo, nas músicas e nas artes.

Por isso é de suma importância conhecê-la para não se sentir isolado no

mundo globalizado de hoje.“Portanto esse idioma tem como objetivo oportunizar o

domínio dos procedimentos de construção de sentido aceito pela língua e cultura

materna, e ao mesmo tempo estaria dando ênfase à transformação destes

procedimentos, usados para nomear o mundo” segundo Paulo Freire.

O papel da escola está em propiciar o desenvolvimento de uma visão crítica

que se reflita sobre esta comunidade estudantil, proporcionado a transformação.

8.12.2. Objetivos Gerais

Ao final do Ensino Médio, espera-se que o aluno tenha podido

experimentar, na aula de LEM, formas de participação que lhe

possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas.

Seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e

escrita.

Compreenda que os significados são sociais e historicamente

construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social.

Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade.

Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural,

constatando seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

8.12.3. Objetivos Específicos

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1ª SÉRIE

Utilizar a língua espanhola em diferentes situações de comunicação

levando em consideração os conhecimentos da língua materna.

Incentivar o aluno a refletir sobre a atual importância da língua como meio

de comunicação e aprimoramento devido ao avanço tecnológico e no

grande intercambio entre os povos.

Descreve uma pessoa (aspectos físicos e características psicológicas)

cabelos, olhos, estatura e vestuário.

Construir contexto de respeito entre os alunos através de diálogos.

Trabalhar noções de respeito com o próprio material escolar e o da escola.

Favorecer um espaço para a reflexão sobre os projetos de vida entre os

quais se inclui o projeto profissional.

Valorizar os profissionais.

Desenvolver a noção de organização, de espaço, de tempo e de

quantidade.

Trabalhar a percepção de localização, localizar-se dentro de uma casa, de

uma cidade.

Respeitar às diferenças interpessoais.

Perguntar e responder sobre quantidades.

Respeitar as diferenças culturais e a importância de buscar informações

antes de tomar uma atitude.

2ª SÉRIE

Trabalhar noções de cordialidade e a solidariedade dentro da sala de aula.

Desenvolver a noção de organização, de espaço de tempo.

Despertar atitudes de cordialidade com o próximo.

Trabalhar noções de respeito para com o próprio material escolar.

Trabalhar o desenvolvimento do cidadão através da noção do que ele

pode ou não fazer.

Expressar ações habituais.

Perguntar e responder sobre preferências alimentares.

Utilizar a criatividade de expressão oral e escrita.

Perguntar e responder sobre a sua própria rotina e de terceiros.

Expressar ações habituais, costumeiras.

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Desenvolver a percepção e valorização das diferenças individuais,

sabendo expressar-se corretamente.

Caracterizar pessoa fisicamente e psicologicamente.

Brincar com os Palíndromos.

Saber sobre os Santos Vestidos da Guatemala.

Usar o verbo “gusta” presente do indicativo.

Empregar corretamente os pronomes interrogativos e exclamativos.

Acentuar os pronomes corretamente.

Preencher fichas com dados pessoais.

Fazer um anúncio para uma revista.

Expressar gostos.

Trabalhar com adjetivos, substantivos e verbos derivados.

Usar os adjetivos como apelidos.

Jogar com as palavras – compromissos e obrigações.

Revisar o corpo humano, aspectos físicos, caráter, vestuário, casa, objetos

de uso pessoal, alimento.

Revisar os verbos.

Saber sobre capacidade de percepção do corpo humano.

3ª SÉRIE

Revisar cores, objetos da casa, vestuário, alimentos, profissões,

advérbios, objetos da escola, sentimentos.

Conhecer sobre alguns lugares de Espanha.

Aprender sobre alguns animais e sua relação com a troca de clima.

Usar corretamente o Imperativo.

Trabalhar o verbo no futuro do Imperfecto de Indicativo.

Conjugar o verbo ir+a no presente do Indicativo.

Empregar Hay e regras de acentuação

Formar o diminutivo. Ler e interpretar pensamentos.

Ver curiosidades sobre o planeta Terra, sobre palácios, Ventos e covas.

Saber sobre as línguas no mundo

Aprender sobre a Venezuela, Chile, Guatemala, México e sobre Santiago

de Compostela.

Aprender sobre datas festivas

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Conhecer algumas regras de acentuação.

Revisar os tempos verbais no pretérito: Indefinido, Perfecto, e Imperfecto

do Indicativo.

Usar os advérbios.

Conjugar verbos irregulares.

Revisar as conjunções.

Estudar as variações entre Y y de O

Flexionar os substantivos quanto ao número

Ver as variantes linguísticas.

Aprender sobre superstições.

Ver curiosidades numéricas.

Conhecer comidas raras. Saber sobre Honduras, Tikal e Segovia.

Estudar os Indefinidos.

Revisar as regras de acentuação.

Revisar os artigos e preposições.

8.12.4. Conteúdos

1ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Discurso como

prática social

Prática da leitura,

escrita e oralidade

integradas aos

conhecimentos

linggüísticos -

discursivos. -

culturais e socio-

Apresentar-se, apresentar o outro e

perguntar sobre a vida do outro (nome,

idade, nacionalidade, etc.).

Descrever uma pessoa (aspecto físico

e características psicológicas (cabelo,

olhos, estatura, vestuário, sua

profissão, sua classe social, antipatia,

simpatia, gentileza)).

Comprar objetos (no início, objetos

encontrados na classe: em seguida

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pragmáticos.

pode-se simular um bazar ou um "dia

de troca" para que cada um descreva e

tente vender ou trocar seu objeto).

Expressar vontades (querer objetos,

fazer planos, programar uma festa de

aniversário, etc.).

Localizar objetos no espaço,

descrevendo peças de casa em

recortes de revistas, fotos de um

quarto, desenhos feitos pelo próprio

aluno.

Perguntar sobre o que o outro possui

(ter ou não objetos, ter ou não

vontades, ter ou não artigos e

expressar a posse).

Perguntar sobre as preferências do

outro (sobre animais, esportes, cinema,

livros, jogos, etc.).

Localizar-se numa cidade ou numa

estrada de um país estrangeiro

(trabalhar com mapas, guias turísticos

fazer perguntas para ir a tal ou tal

lugar).

2ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Passar alimentos durante uma refeição,

servir outra pessoa, solicitar que seja

servido.

Pedir um favor, uma ajuda.

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Discurso como

prática social

Prática da leitura,

escrita e oralidade

integradas aos

conhecimentos

linggüísticos -

discursivos. -

culturais e socio-

pragmáticos.

Dar ordens (diretas ou não).

Pedir permissão para fazer algo (abrir a

porta, sair, etc.).

Pedir informações sobre um país

estrangeiro e sua população.

Pedir a opinião de alguém sobre o país,

sua população ou outro assunto

estudado.

Pedir perdão.

Fazer um convite (para uma festa, um

almoço, para um fim de semana).

Aceitar ou rejeitar um convite e explicar

o porquê.

Fazer perguntas no passado (recente)

sobre: férias, passeios, festas, exames

na escola, o que se fez ontem.

Expressar opiniões sobre fatos (como

férias, passeios, ida ao cinema,

exames na escola, etc.).

Fazer entrevistas (perguntas para

pesquisar assuntos variados: leitura,

cinema, lazer, etc.). Esse ato de fala

prevê a elaboração de questionários

em grupos; dessa forma, o oral e a

escrita serão trabalhados.

Fazer planos para o futuro (estudos,

profissão, vida afetiva, etc.).

Comprar alimentos ou outros objetos

nos vários estabelecimentos levando

em consideração a cultura do país em

questão (padaria, açougue, mercearia,

banca de jornais, confeitaria, etc.).

Complementando o que foi visto na 1ª

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série.

3ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Discurso como

prática social

Prática da leitura,

escrita e oralidade

integradas aos

conhecimentos

linggüísticos -

discursivos. -

culturais e socio-

pragmáticos.

Narrar fatos num mais passado remoto.

Expressar noção de hipóteses

(presente e futuro)

Expressar a proibição e o dever.

Narrar fatos no passado usando ao

mesmo tempo imperfeito e pretérito.

Contar a vida dos avós, a história das

imigrações (italianos, poloneses,

alemães, japoneses, etc.).

Desenvolver a noção de hipótese

(passado e condicional)

Falar ao telefone: - pedir informações

sobre cinema, teatro, (horário de trem e

ônibus ou avião).

Contatar um amigo para pedir ajuda

(lição, receita ou empréstimo).

Persuadir um amigo a fazer algo (ir ao

cinema, viajar, etc.).

Defender um ponto de vista (prefiro tal

coisa por isso ou aquilo, não gosto

disso, por isso ou aquilo).

8.12.5. Metodologia

A metodologia de LEM deve estar condizente com os objetivos gerais

levando em conta que o aluno é parte integrante do processo e um agente ativo da

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aprendizagem que acontece nas interações sociais. Ao trabalhar com LEM o

professor abordará questões linguísticas, e as sócio-pragmáticas, culturais, e

discursivas, assim como as práticas do uso da língua – leitura, escrita e oralidade.

O texto enquanto unidade de linguagem em uso, ou seja, uma unidade de

comunicação verbal, que pode tanto ser escrita, oral ou visual será o ponto de

partida da aula de língua estrangeira.

Sendo assim, os alunos podem desenvolver atividades linguísticas como (ler, falar,

ouvir e escreve), acredita-se, entretanto, que, no atual contexto escolar, o objetivo

de desenvolver as quatro habilidades com igual intensidade é muito ambicioso e,

possivelmente, destinado a resultados frustrantes. È preciso que o professor

estabeleça prioridades de acordo coma realidade de cada turma. Ao trabalhar as

quatro habilidades o aluno é levado a utilizar estratégias de aprendizagem e de

raciocínio crítico. Dessa forma, os alunos não só aprendem a língua como também

aprendem, empregando estratégicas como: classificar, inferir, aplicar conhecimento

prévio, tirar conclusões, selecionar e organizar informação, entre outras.

Valorizar não só os conteúdos a serem ensinados e aprendidos, mas

principalmente o processo de ensino-aprendizagem. Portanto, ressaltar a

importância da reflexão constante sobre as atividades realizadas em sala de aula.

Acreditar que a educação é um processo essencialmente cultural e social no qual

alunos e professores participam, interagindo, na construção de um conhecimento

conjunto. Não se pode negligenciar o conhecimento que o aluno já tem sobre a sua

própria língua. Esse conhecimento não deve ser considerado como uma

interferência negativa. Na verdade, ele contribuir para a aprendizagem da língua

estrangeira, a exemplo dos outros tipos de conhecimento que o aluno já traz

consigo.

Sendo que a base do conhecimento não restringe-se basicamente só a livros

didáticos, pode-se beneficiar de outros tipos de recursos como: dicionários, CD, CD-

Rom, internet, revistas, músicas e filmes, isso dependendo da realidade de cada

estabelecimento.

Propiciar textos que tragam problematização em relação a um tema. A busca pela

solução deste problema despertará o interesse dos alunos fazendo com que eles

desenvolvam uma prática reflexiva e crítica, ampliem seus conhecimentos

linguísticos e percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas presentes

em todo discurso.

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Os gêneros do discurso organizam nossa fala da mesma maneira que

dispõem às formas gramaticais. Portanto, é fundamental que se apresente ao aluno

textos em diferentes gêneros textuais, mas sem categorizá-los. Apresentar ao aluno

textos pertencentes a vários gêneros: publicitários, jornalísticos, literários,

informativos, de opinião, etc., ressaltando as suas diferenças estruturais e

funcionais, a sua autoria, bem como o caráter do público a que se destina e,

sobretudo, aproveitar o conhecimento que ele já tem das suas experiências com a

língua materna, é imprescindível.

Ler em língua estrangeira pressupõe a familiarização do aluno com os

diferentes gêneros textuais, provenientes das várias práticas sociais de uma

determinada comunidade que utiliza a língua que se está aprendendo literatura,

publicidade, jornalismo, mídia etc. Cabe ao professor criar condições para que o

aluno não seja um leitor ingênuo, mas que seja um leitor crítico e que reaja aos

diferentes textos com que se depare e entenda que por traz de cada texto há um

sujeito, com uma história, com uma ideologia e com valores particulares e próprios

da comunidade em que está inserido. Não se pode esquecer que a leitura se refere

também aos textos não-verbais estejam eles combinados ou não com o texto

verbal.

As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos a

textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, procurando compreendê-los em

suas especificidades e incentivar os alunos a expressarem suas ideias em língua

estrangeira dentro de suas limitações.

Com relação à escrita não podemos esquecer que ela deve ser vista como

uma atividade sócio-interacional, ou seja, significativa, pois, em situações reais de

uso, escreve-se sempre para alguém, ou um alguém de quem se constrói uma

representação.

Com relação aos textos de literatura, é preciso apresentar textos literários

aos alunos, propor atividades que colaborem para que o aluno reflita sobre os textos

e os perceba como uma prática social de uma sociedade em um determinado

contexto sócio-cultural particular.

Outro aspecto importante com relação ao ensino de língua estrangeira é que

ele será, necessariamente, articulado com as demais disciplinas do currículo.

Esse processo metodológico garante ao aluno criatividade e raciocínio para realizar

um tipo de atividade que vai além da repetição ou aplicação mecânica de estruturas

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linguísticas.

Dessa forma, privilegia-se uma metodologia que não coloca a ênfase no

aprendiz, ou no papel do professor isoladamente, mas que focaliza a interação entre

professor e alunos na construção do conhecimento comum.

8.12.6. Avaliação

O aluno precisa ser envolvido no processo de avaliação, pois o mesmo é

construtor do conhecimento. Seu esforço precisa ser reconhecido através de ações

e desenvolvimentos e o erro deve ser visto como reflexão para sua aprendizagem,

valorizando o processo de aprendizagem do aluno e não apenas seus resultados

finais.

A avaliação é diagnostica, somativa e formativo. Para avaliar é preciso

identificar, de fato, as aprendizagens realizadas para tanto, além disso, é bom não

perder de vista que é um progresso relacionado a um critério específico pode

manifestar-se de diferentes formas em diferentes alunos. Uma mesma ação para

um aluno pode indicar avanço em relação a um critério estabelecido e para outro,

não. Por isso, além de necessitarem de indicadores, os critérios de avaliação devem

ser tomados em seu conjunto, considerados à luz dos objetivos que realmente

orientam o ensino oferecido aos alunos.

E, se o propósito é avaliar também o processo, além do produto, não há

nenhum instrumento de avaliação de aprendizagem melhor do que a produção

textual para buscar identificar porque o aluno teria dado as respostas que deu às

situações que lhe foram propostas.

8.12.7. Referências

BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei n.9394/96: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. Texto elaborado pelos participantes dos encontros de formação continuada/Orientações Curriculares. Curitiba: SEED/DEM, 2003/2005. Mimeo. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1992.

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8.13. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS

8.13.1. Apresentação da disciplina

O objetivo maior da aprendizagem de Língua Inglesa de acordo com as

Diretrizes Curriculares é superar uma visão de ensino de língua estrangeira apenas

como meio para se atingir fins comunicativos, mas dar espaço às experiências de

identificação social e cultural. Ao ensinar língua estrangeira deve ser levado em

conta o aluno e seu objetivo em aprender, sua classe social e suas relações sociais,

enfim a comunidade onde vive. Para desenvolver tal trabalho.

A Língua Estrangeira Moderna, como outras disciplinas, deve ter como ponto

principal do trabalho docente a formação do individuo como cidadão consciente,

crítico e participativo – inserido na sociedade local e no panorama internacional.

As Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental devem assegurar ao

aluno o embasamento necessário para dar continuidade ao estudo da língua em

séries posteriores, bem como ampliar sua visão de mundo, tornando - os cidadãos

mais críticos e reflexivos.

Por ser uma disciplina, atualmente, relevante na formação do aluno para o

desenvolvimento de habilidades comunicativas, deve levar o educando a comparar a

língua materna com a língua estrangeira estudada.

Assim, ao ensinar língua inglesa é necessário uma compreensão teórica do

que é linguagem, refinando a percepção de sua própria cultura por meio do

conhecimento da cultura de outros povos.

Os temas centrais nesta proposta são a cidadania e a consciência crítica de

como a linguagem é usada no mundo social, e os aspectos sócio-políticos da

aprendizagem da língua inglesa dentro do trabalho com a leitura, produção oral e

escrita. Uma das finalidades da Língua Estrangeira Moderna é que esta seja

instrumento de acesso à informação a outras culturas, associá - las aos

conhecimentos científicos, às linguagens que darão suporte para a resolução de

problemas que se propõe adicionar.

A aprendizagem de Língua Estrangeira no Ensino Fundamental não é só um

exercício intelectual em aprendizagem de formas e estruturas linguísticas em um

código diferente; é, sim, uma experiência de vida, pois amplia as possibilidades de

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se agir discursivamente no mundo. O papel educacional da Língua Estrangeira é

importante, desse modo para o desenvolvimento integral do individuo, devendo seu

ensino proporcionar ao aluno essa nova experiência de vida. Assim, contribui - se

para a construção, e para o cultivo pelo aluno, de uma competência não só no uso

de línguas estrangeiras, mas também na compreensão de outras culturas.

A disciplina de Língua Inglesa priorizará os temas das relações étnico - raciais

e histórias e cultura Afro-brasileira e indígena; Textos relacionados a preservação e

conservação do Meio Ambiente, em sala de aula, com o objetivo de mostrar a

influência dos negros e indígenas na cultura dos norte-americanos e,

consequentemente, em nossa formação cultural brasileira, em conformidade com a

Lei nº. 11.645 que prevê a abordagem destes conteúdos no currículo escolar.

O acesso a essa língua representa para o aluno a possibilidade de se

transformar em cidadão ligado à comunidade global, ao mesmo tempo que se pode

compreender, com mais clareza, seu vínculo como cidadão em seu espaço social

mais imediato.

Para garantir o ensino de uma Língua estrangeira moderna no Estado do

Paraná foi criado um Centro de Línguas Estrangeiras que ofereciam aos alunos

aulas no contraturno.

Após uma década de vigência no Brasil, embora a abordagem comunicativa

tenha se apresentado como reação à visão estruturalista da língua concentrando -

se nos aspectos semânticos e não no código linguístico, esta passou a ser criticada

por' intelectuais adeptos da pedagogia crítica.

A pedagogia crítica é o referencial teórico que sustenta o documento de

Diretrizes Curriculares, por seu uma abordagem que valoriza a escola como espaço

social democrático, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento

como instrumento de compreensão das relações sociais e para a transformação da

realidade.

De acordo com as Diretrizes, o ensino de Língua Estrangeira Moderna será

norteada para um propósito maior de educação, considerando as contribuições de

Giroux (2004) “ao rastrear as relações entre língua, texto e sociedade, as novas

tecnologias e as estruturas de poder que lhes subjazem”. Para este educador, é

fundamental que os professores reconheçam a importância da relação entre língua e

pedagogia crítica no atual contexto global educativo, pedagógico e discursivo, na

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medida em que as questões de uso da língua, do diálogo, da comunicação, da

cultura, do poder, e as questões da política e da pedagogia não se separam.

Propõe - se que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um espaço

para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de

modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de

significados em relação ao mundo em que vive. Espera - se que o aluno

compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e ,

portanto, passíveis de transformação na prática social.

8.13.2. Objetivos gerais

Oportunizar a participação do educando a construção de significados

ligados à situação de uso da língua;

Propiciar a construção de identidades dos alunos como cidadãos

participativos e transformadores;

Possibilitar a aprendizagem da língua como meio de conhecer culturas

diversas, bem como as diversas maneiras de se viver a experiência

humana;

Inserir a linguagem oral e escrita levando em consideração sua natureza

sócio - internacional;

Reconhecer que o aprendizado de uma ou mais línguas lhe possibilita o

acesso a bens culturais da humanidade construídos em outras partes do

mundo;

Construir consciência linguística e consciência crítica dos usos que se

fazem da língua estrangeira que está aprendendo;

Ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer utilizando-a

como meio de acesso ao mundo de trabalho e dos estudos avançados;

Valorizar o papel exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade

brasileira e no panorama internacional.

Cultivar a linguagem para um melhor relacionamento com os

semelhantes, como expressão do mundo interior e exterior do educando.

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213

8.13.3. Conteúdos

Para o ensino de Língua Estrangeira, enfoca - se o discurso como prática

social para que o aluno aprenda a ler e compreender textos, e a produzir textos orais

e escritos para defender seu ponto de vista, e colocar - se diante de diferentes

situações sociais.

5ª SÉRIE / 6º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Discurso como

prática social

Leitura

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Ortografia

Discurso como

prática social

Oralidade

Elementos extralinguísticos: entonação,

pausas gestos;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Vozes sociais presentes no texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência,

gírias, repetição.

Diferenças e semelhanças entre o

discurso oral e o escrito;

Adequação da fala ao contexto;

Pronúncia.

Identificar o tema do texto;

Finalidade do texto;

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214

Discurso como

prática social

Escrita

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade (Informações necessárias

para a coerência do texto).

Emprego do sentido denotativo e

conotativo no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Ortografia.

Discurso como

prática social

Análise

Linguística

Greetings;

Introductions;

Personal Pronouns;

The English Alphabet;

Verb to Be;

Article;

Demonstrative Pronouns;

Numbers (1 to 100);

Possessive Pronouns (my, your…);

Vocabulary (family, countries and

nationalities, colors, candies, school

objects, jobs, animals and means of

transportation);

Questions (what, who, when, ...)

Prepositions

Pontuação e seus efeitos de sentido no

texto

Vocabulário;

Coesão e coerência.

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215

6ª SÉRIE / 7º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Discurso como

prática social

Leitura

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Ortografia

Discurso como

prática social

Oralidade

Elementos extralinguísticos: entonação,

pausas gestos;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Vozes sociais presentes no texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência,

gírias, repetição.

Diferenças e semelhanças entre o

discurso oral e o escrito;

Adequação da fala ao contexto;

Pronúncia.

Discurso como

prática social

Escrita

Identificar o tema do texto;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade (Informações necessárias

para a coerência do texto).

Personal information;

Months of the year;

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216

Discurso como

prática social

Análise

Linguística

Days of the week;

Ordinal numbers;

Dates;

Application forms;

Verb can;

School subjects;

Time;

Interrogative pronouns;

Verb have;

Genitive case;

Possessive pronouns;

Simple Present X Present Continuous;

Vocabulary about sports, clothes, shoes,

accessories, house and furniture;

Imperative;

Prepositions (in, on, at);

Plural of nouns;

Verbs;

Vocabulário;

Pontuação e seus efeitos de sentido no

texto;

Substantivos contáveis e incontáveis;

Concordância nominal e verbal;

Coesão e coerência.

7ª SÉRIE / 8º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

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217

Discurso como

prática social

Leitura

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Ortografia

Discurso como

prática social

Oralidade

Elementos extralinguísticos: entonação,

pausas gestos;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Vozes sociais presentes no texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência,

gírias, repetição.

Diferenças e semelhanças entre o

discurso oral e o escrito;

Adequação da fala ao contexto;

Pronúncia.

Discurso como

prática social

Escrita

Identificar o tema do texto;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade (Informações necessárias

para a coerência do texto).

Discurso como

prática social

Análise

Linguística

Imperative form;

Verb there to be: Present Tense

(affirmative, negative and Interrogative

Form);

Vocabulary about services;

Simple present (affirmative, negative and

interrogative form);

Vocabulary about physical description;

Simple past (affirmative, negative and

interrogative form);

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218

Regular and irregular verbs);

Vocabulary about healthy problems and

parts of the body;

Future tense : future with will and be going

to;

Plans for the future: agenda;

Prepositions: in, on, at;

Adverbs (frequency);

Adjectives;

Coesão e coerência;

Pontuação e seus efeitos de sentido no

texto;

Vocabulário;

Função dos pronomes, artigos, numerais,

adjetivos, verbos preposições,

conjunções, falsos cognatos e outras

categorias como elementos do texto.

8ª SÉRIE / 9º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Discurso como

prática social

Leitura

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Ortografia

Elementos extralinguísticos: entonação,

pausas gestos;

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219

Discurso como

prática social

Oralidade

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Vozes sociais presentes no texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência,

gírias, repetição.

Diferenças e semelhanças entre o

discurso oral e o escrito;

Adequação da fala ao contexto;

Pronúncia.

Discurso como

prática social

Escrita

Identificar o tema do texto;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade (Informações necessárias

para a coerência do texto).

Discurso como

prática social

Análise

Linguística

Modal verbs: can, could, would, may;

Vocabulary about fruit, vegetables, drink

and food. (At the restaurant);

Review: simple past (affirmative, negative

and interrogative);

Review: regular and irregular verbs;

Interrogative pronouns: who, what, how;

Comparative form: superiority, inferiority,

equality;

The superlative;

Vocabulary about adjectives;

Adverbs: place, time, manner and

frequency;

Relative pronouns;

Prepositions;

Coesão e coerência;

Pontuação e seus efeitos de sentido no

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220

texto;

Vocabulário;

Função dos pronomes, artigos, numerais,

adjetivos, verbos, preposições, advérbios,

palavras interrogativas, substantivos

contáveis e incontáveis, falsos cognatos,

e outras categorias como elementos do

texto.

8.13.4. Metodologia

Partindo do pressuposto que a aprendizagem acontece nas interações

sociais, o trabalho será voltado para a participação dinâmica do aluno em atividades

diversificadas que envolverão as habilidades linguísticas (ler, falar, ouvir, escrever).

Entende - se por “participação dinâmica do aluno” a contribuição na

construção do conhecimento, na prática da linguagem, a pesquisa voltada a outras

culturas e no posicionamento crítico.

O professor deve valorizar o conhecimento prévio do aluno para que este

sinta - se incluído no processo ensino-aprendizagem. Além disso, valorizando o que

o educando já sabe, abre - se espaço para uma leitura de mundo mais ampla, e para

uma adequação da metodologia do professor à realidade da classe. É necessário

também propiciar momentos de leitura ao aluno para , em sala de aula, de forma

que ler seja agradável e prazeroso.

Será enfatizado o trabalho com diferentes textos, observando as

características do texto e construção do vocabulário no contexto do texto, tais como:

narração, argumentação, descrição, entre outros.

Na oralidade será explorada a leitura, ritmo e entonação, percebendo o valor

expressivo do texto, fazendo ainda discussão dos assuntos lidos, acontecimentos,

situações polêmicas, notícias, relatos pessoais e outros, envolvendo a língua

inglesa. Será organizado apresentações de textos produzidos pelos alunos;

propondo reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos.

O processo de ensino e aprendizagem contempla atividades diversificadas ao

educando mediadas pelo professor, a fim de propiciar ao aluno a aquisição

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221

progressiva da Língua Inglesa falada e escrita, permitindo assim a compreensão de

textos e a expressão do pensamento. Pode - se trabalhar algumas atividades como:

Filmes (ouvir e interpretar);

Produções orais e escritas, com leituras sobre o tema a escrever, com

apresentações;

Confecções de cartazes, slogans;

Entrevistas;

Diálogos;

Traduções e interpretações de tipologias textuais diversificadas: trava-

línguas, anedotas, provérbios, charadas, rimas, palavras cruzadas,

adivinhas, caça - palavras;

Interpretação e leitura de diversos tipos de textos como histórias em

quadrinhos, anúncios, propagandas, rótulos, notícias, classificados,

receitas, poemas, bulas, instrucional, narrativo, informativo; levando o

aluno a analisar, interpretar e compreender o texto;

Leitura de diversos textos para observação da intertextualidade

Dramatizações, músicas;

Análise de recursos próprios da oralidade;

Uso de revistas, livros, fitas de vídeo, CDs, DVDs.

Pesquisa de palavras desconhecidas;

Observação da participação do aluno em classe;

Reconhecimento e contextualização dos tempos verbais empregados em

determinados textos;

Avaliação escrita e oral.

A partir da realização das atividades propostas o professor proporcionará a

oportunidade do educando ir ao encontro de outra língua e culturas, e como

consequência adquirir consciência do lugar que ocupa no mundo, extrapolando

assim o domínio linguístico que o aluno possa vir a ter.

Quando a atividade for de produzir textos, o professor auxiliará no momento

da produção, mas havendo necessidade, será feita com o aluno, a revisão e

reestruturação do texto.

O trabalho com textos será encarado como um trabalho prioritário, efetivo, de

leitura e compreensão de textos autênticos, onde de acordo com a necessidade

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222

serão explorados aspectos gramaticais relevantes naquele momento, como: (tempos

verbais, pronomes, artigos, preposições, diferenciação de linguagem formal e

informal, clareza nas ideias no caso de produção, de forma contextualizada.

Os Gêneros textuais são fenômenos históricos ligados à vida cultural e social

dos indivíduos então será possível explorar uma diversidade deles, tais como:

charges, notícias, quadrinhas, reportagens, bilhetes, carta pessoal, jornalística,

receita culinária, cardápio de restaurante, bulas de remédios, anedotas, tirinhas,

poemas, pesquisas, convites, carta pessoal, anúncio, músicas, filmes, resumo,

horóscopo,debates, entre outros.

Para trabalhar com a cultura afro-brasileira será feito também pesquisas da

literatura Norte Americana, de escritores americanos negros para compará - las com

a literatura brasileira.

8.13.5. Avaliação

O processo de ensino-aprendizagem tem como base o eixo

ação/reflexão/ação. Sendo assim, é concebido como um processo de construção e

reconstrução, no qual professor e aluno são participantes ativos.

O ato avaliativo não é um momento isolado, mas faz parte do conjunto de

atividades docentes, que devem ser coerentes entre si.

A avaliação da aprendizagem será diagnóstica, contínua e cumulativa, onde

serão analisadas as progressões do aluno, com intenção de levantar as dificuldades

e avanços dos mesmos superando a concepção de mero instrumento de

classificação pela obtenção da nota.

Os momentos avaliativos se constituem pelas diversas propostas de trabalhos

encaminhados aos alunos através de trabalhos individuais ou em grupos, atividades

escritas e orais como: diálogos, leituras diversificadas, painéis, jogos, produção

textual, interpretação de textos, maquetes, teatro, pesquisas, entre outras.

O aluno é construtor do conhecimento e está envolvido no processo de

avaliação, desse modo precisa ter seu esforço reconhecido pelo retorno de suas

produções, com o fornecimento do seu desempenho e entendimento do “erro” como

parte integrante da aprendizagem.

De acordo com LUCKESI: “a avaliação de aprendizagem necessita, para

cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da

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aprendizagem bem sucedida. A condição necessária para que isso aconteça é de

que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de autoridade, que decide

sobre o destino do educando, e assuma o papel de auxiliar no crescimento”. A

função da avaliação é diagnosticada, sendo rigorosa a observância dos critérios pré

- estabelecidos por nós mesmos. Sendo dinâmica, cabe a nós registrar as

observações, em relação ao processo de ensino-aprendizagem.

Todo e qualquer material explorado e trabalhado dentro e fora de sala de aula

deve ser considerado no processo de avaliação, inclusive aspectos da história dos

alunos, da comunidade e da cultura local.

A avaliação, assim como a recuperação paralela antes de serem realizadas

terão o conteúdo retomado por parte do professor, para que efetivamente tenha a

função de diagnosticar e estimular o avanço do processo, e seus resultados devem

servir para sua orientação, cumprindo sua função educacional.

Podem ser citados como instrumentos de avaliação:

Observação da participação do aluno em classe;

Pesquisa de palavras;

Montagem de cartazes;

Apresentação oral;

Avaliações escritas e orais;

Atividades e trabalhos de pesquisa;

Leitura, escrita e compreensão de estruturas básicas e pequenos textos,

visando à interação oral com informações recebidas e a contribuição no

desenvolvimento do idioma na vida do aluno;

A disciplina tem como critérios de avaliação na análise lingüística o

reconhecimento e contextualização dos tempos verbais empregados em

determinados contextos; reconhecendo também as demais classes gramaticais

trabalhadas de forma contextualizada.

No que se refere a leitura, os alunos deverão ter uma leitura compreensiva do

texto; localizar informações explícitas, identificar a ideia principal do texto, identificar

o tema; deduzir os sentidos das palavras e /ou expressões a partir do contexto.

Como critério avaliativo na oralidade, o aluno deverá apresentar suas ideias

com clareza; organizar a sequência de sua fala; participar ativamente dos diálogos,

relatos, discussões, quando necessário em língua materna. Na escrita espera - se

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224

que o aluno expresse suas ideias com clareza; elabore textos atendendo às

situações de produção; use recursos textuais como: coesão e coerência.

8.13.6. Referências bibliográficas

HOFFMANN, J. Avaliação Mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. 24 ed. Porto Alegre: Mediação, 1998. ROCHA, Analuzia Machado. Take Your Time, 3ª ed. Reformulado. Ed. Moderna, 2004. AZEVEDO,D.G.;GOMES,A.A.Blow up. São Paulo:FTD,1999. PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Língua Estrangeira Moderna. Curitiba: SEED, 2008.

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225

8.14. LÍNGUA PORTUGUESA

8.14.1. Apresentação da Disciplina

O ensino da Língua Portuguesa deve girar em torno de uma unidade teórico-

metodológica que fundamenta e orienta a aprendizagem, criando-se condições para

que o aluno desenvolva e aperfeiçoe, de uma forma progressiva, contínua e

integrada, o uso da língua.

A disciplina de Língua Portuguesa requer posicionamentos e práticas de

ensino diferenciados, pautados em uma proposta que dê ênfase à língua viva,

dialógica, em constante movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva.

Há tempos atrás, aproximadamente até a década de 70, o ensino de Língua

Portuguesa fundamentava- se em exercícios estruturais, técnicas de redação e

treinamento de habilidades de leitura. Hoje, o ensino/aprendizagem de Língua

Portuguesa visa aprimorar os conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos,

para que eles possam compreender os discursos que os cercam e terem condições

de interagir com esses discursos. A repetição e a padronização já não têm mais

espaço na sala de aula.

Em relação à variação linguística, a única aceita como correta no espaço

escolar, até a década de 70, era a norma culta. Assim, a escola empenhava-se em

“corrigir” a fala do aluno. Ao desconsiderar a linguagem própria de cada indivíduo,

oriunda do grupo social que ele pertencia, a escola desvalorizava, inclusive, os

aspectos culturais inerentes a cada uma dessas variações.

O fato de a escola ensinar a língua padrão é justificável, pois os alunos

precisam ter domínio sobre ela. Porém, é necessário combater o preconceito no que

se refere a considerar uma variação “certa” e outra “errada”; uma “melhor” e outra

“pior”. O que precisa ficar claro é que a linguagem deve ser adequada ao seu

objetivo, tendo em vista o contexto e os interlocutores a que se destina. Isso implica

no uso efetivo da linguagem, que permite a igualdade de participação social.

Aprender a ler e escrever, isto é, tornar-se alfabetizado significa adquirir uma

tecnologia, a decodificar a língua escrita (ler), não basta, porém, adquirir esta

tecnologia, é preciso apropriar-se da escrita, isto é, fazer uso das práticas sociais de

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leitura e escrita, articulando-as ou dissociando-as das práticas de interação oral,

conforme as situações.

A apropriação da linguagem depende da interação com o outro e com a

própria linguagem, por isso a necessidade de trabalhar uma diversidade de textos

tanto para as atividades de leitura, quanto para as propostas de atividades orais e

escritas, objetivando criar condições para que os alunos interajam com os diferentes

discursos e aprimorem sua competência linguística de tal modo que consigam

adequar seus atos verbais às mais diferentes situações sócio-ideológicas.

As atividades propostas devem girar em torno do eixo uso-reflexão-uso da

linguagem para permitir ao aluno o aprimoramento da competência linguística e,

consequentemente, desenvolver-se cognitiva, social, cultural e politicamente.

Assim, o ensino da Língua Portuguesa deve propiciar a possibilidade de um

fazer reflexivo, em que não apenas se opera concretamente com a linguagem, mas

também se busca construir um saber sobre a língua e a linguagem e sobre os

modos como as opiniões, valores e saberes são veiculados nos discursos orais e

escritos, impondo as necessidades de percepção da diversidade do fenômeno

linguístico e dos valores constituídos em torno de formas de expressão, permitindo,

dessa forma, que o sujeito supere sua condição imediata.

Com base na Lei n.° 10.639/2003, o trabalho de Língua Portuguesa refletirá

sobre a influência e a importância da história e cultura Afro-Brasileira e das

Africanidades na formação da cultura brasileira.

O ensino de Língua Portuguesa, contemplará as três práticas discursivas:

oralidade, leitura e escrita, sendo que a análise linguística perpassará as três

práticas. O objeto de estudo da disciplina é a língua em situação real de uso,

portanto, trabalhar-se-á numa perspectiva sócio-interacionista elencando textos com

função social, possibilitando a comunicação e a participação cidadã do educando.

“O aprimoramento da competência linguistica do aluno acontecerá com maior

propriedade se lhe for dado conhecer, nas práticas de leitura, escrita e oralidade, o

caráter dinâmico dos gêneros discursivos. O trânsito pelas diferentes esferas de

comunicação possibilitará ao aluno uma inserção social mais produtiva no sentido de

poder formular seu próprio discurso e interferir na sociedade em que está

inserido”.(DCEs, p.53).

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8.14.2. Objetivos Gerais

A linguagem nos acompanha onde quer que estejamos e serve para articular

não apenas as relações que estabelecemos como o mundo, mas também a visão

que construímos sobre ele. É ela que nos possibilita pensar nos objetos e a operar

com eles na sua ausência.

Sendo assim, é um conjunto de signos que são a representação do real. Toda

variedade de língua possui uma organização sintática, ou seja, uma gramática que

permite o entendimento entre as pessoas, em momentos de interlocução. Dessa

forma, a análise linguística está presente entre os objetivos da língua portuguesa,

pois diferencia o trabalho da escola do contato informal do aluno com a linguagem

em seu dia-a-dia.

Aprimorar, pelo contato com textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e sensibilidade estética dos alunos;

Resgatar, por meio dos elementos fornecidos pelo texto, valores humanos

e aplicá-los no dia-a-dia;

Contribuir para o desenvolvimento das habilidades de saber ouvir, falar, ler

e escrever, codificando e decodificando mensagens;

Valorizar a cultura afro-descendente;

Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-

la a cada contexto e interlocutor, bem como descobrindo as intenções que

estão subentendidas nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante

dos mesmos;

Desenvolver as habilidades de uso da língua em situações discursivas

realizadas por meio de práticas textuais, considerando-se os

interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes

textuais e o contexto de produção/leitura.

Criar situações em que os alunos tenham oportunidades de refletir sobre

os textos que leem, escrevem, falam ou ouvem, intuindo, de forma

contextualizada, as características de cada gênero e tipo de texto, assim

como os elementos gramaticais empregados na organização do discurso

ou texto;

Dar ao aluno condições de ampliar o domínio da língua e da linguagem,

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228

reconhecendo-o como um ser construído e em construção, auxiliando-o no

processo de aquisição e desenvolvimento do falar, escutar, ler e escrever.

Permitir ao aluno, pela mediação do professor, apropriar-se de informação

e desenvolver uma consciência crítica sobre os papéis que desempenha,

sobre suas relações sociais e sobre o seu lugar na sociedade.

Utilizar a linguagem na escuta e produção de textos orais e na leitura e

produção de textos escritos de modo a atender as múltiplas demandas

sociais, responder a diferentes propósitos comunicativos e expressivos, e

considerar as diferentes condições de produção de discurso;

Utilizar a linguagem para estruturar a experiência e explicar a realidade,

operando sobre as representações construídas em várias áreas do

conhecimento;

Analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio,

desenvolvendo a capacidade de avaliação dos textos;

Conhecer e valorizar as diferentes variedades do português, procurando

combater o preconceito linguístico;

Reconhecer e valorizar a linguagem de seu grupo social como instrumento

adequado e eficiente na comunicação cotidiana, na elaboração artística e

mesmo nas interações com pessoas de outros grupos sociais que se

expressem por meio de outras atividades;

Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de análise

linguística para expandir sua capacidade de monitoração das

possibilidades de uso da linguagem, ampliando a capacidade de análise

crítica, proporcionando ao aluno condições para apropriar-se, também, da

norma padrão.

8.14.3. Objetivos Específicos

Da prática da oralidade:

Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-

la a cada contexto e interlocutor, bem como descobrindo as intenções que

estão subentendidas nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante

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229

dos mesmos;

Respeitar os conhecimentos linguísticos dos alunos, bem como promover

situações em que os mesmos utilizem as variações de linguagem em suas

relações sociais;

Oportunizar aos alunos para que se tornem falantes ativos e competentes,

compreendendo os diferentes discursos e os organizando de forma clara,

coesa e coerente;

Permitir ao aluno o conhecimento e a utilização da variedade linguística

padrão e fazê-lo entender a necessidade desse uso em determinados

contextos sociais.

Ler textos que priorizem a cultura afro-descendente, fazendo comparações

entre os mesmos;

Oferecer condições ao aluno de falar com fluência em situações formais;

Adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto,

intenções);

Aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e, principalmente,

praticar e aprender a convivência democrática que supõe o falar e o ouvir;

Permitir ao aluno conhecer e também usar a variedade linguística padrão

e entender a necessidade desse uso em determinados contextos sociais.

Da prática da leitura:

Ler e compreender diferentes gêneros textuais;

Explorar estratégias de leitura diversificadas;

Construir a leitura como situação efetiva de interlocução;

Relacionar o texto com outros já lidos considerando o conhecimento

prévio;

Possibilitar a leitura crítica dos textos que circulam socialmente, a ponto de

perceber neles ideologias defendidas;

Apresentar nas atividades de interpretação de texto, questões que levem o

educando a construir um sentido para o que lê, que o faça retomar os

textos, quantas vezes sejam necessárias, para uma leitura de fato

compreensiva.

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230

Da prática da escrita:

O que determina um texto é a sua intenção: quem escreve, o que escreve,

para quem, para que, por que, quando, onde e como se escreve. Sem esses

parâmetros é impossível ao texto ter um objetivo, ser real. Deve-se ter claro no ato

da escrita a noção de interlocutor, de quem irá ler o que vai ser escrito, mesmo que

ele não seja conhecido. Esse interlocutor virtual vai condicionar parte da nossa

linguagem, o que nos levará a optar pelo assunto e a maneira como iremos fazer a

exposição. A sua ausência acarreta muitos problemas, pois não teremos senão a

linguagem verbal para adaptar nossa mensagem. Além disso, cada gênero textual

tem suas normas: a composição, a estrutura e o estilo do texto varia conforme se

produza um poema, um bilhete, etc. Nosso aluno precisa ter esse esclarecimento

em sala de aula.

É necessário, ainda, despertar no aluno a vontade de produzir um texto,

assumindo a autoria do que produz.

Isto só irá ocorrer se o professor mediar esse trabalho: da motivação para a

produção, da reflexão durante o processo e a revisão, reestruturação e reescrita do

texto em conjunto com o aluno. Realizado todo o processo deve-se garantir a

socialização da produção textual, de diversas formas, a fim de que seja recuperado

o caráter interlocutivo da linguagem, tão importante na construção textual.

Na prática de produção de textos, destacam-se os gêneros: entrevistas,

debates, depoimentos, exposições, na forma oral. Na modalidade escrita: relatos

(histórias de vida), bilhetes, cartas, cartazes, avisos, poemas, contos e crônicas,

notícias, idolatrias, cartas do leitor entrevistas, relatórios, resumos de artigos,

verbetes de enciclopédias.

Oferecer condições ao aluno de compreender o funcionamento de um

texto escrito, que se faz a partir de elementos como organização, unidade

temática, coerência, coesão, etc;

Compreender que a escrita apresenta elementos significativos próprios,

ausentes na fala, tais como: o tamanho e tipos de letras, cores e formatos;

Oportunizar ao aluno a socialização da experiência da produção textual

através das estratégias: afixar textos em murais, montar livrinhos com

produções dos alunos, publicar produções no jornal da escola;

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231

Desenvolver a noção de adequação na produção de textos reconhecendo

a presença do interlocutor e as circunstâncias de produção, usando os

conhecimentos adquiridos por meio da prática de análise linguística para

expandir sua capacidade de monitoração das possibilidades de uso da

linguagem.

Da análise linguística:

A análise linguística deverá contemplar o que as relações dialógicas, entre

autor e leitor, os sentidos atribuídos aos diversos textos, o posicionamento do aluno

leitor diante desses textos, o reconhecimento da função dos diferentes elementos

linguísticos usados no texto, o domínio da estrutura textual, tanto no seu aspecto

temático como na articulação entre as partes que constituem o texto, a clareza, a

coerência, a consistência argumentativa.

Desse modo é imprescindível que o aluno amplie sua capacidade discursiva

em atividades de uso da língua, de maneira a compreender outras exigências de

adequação da linguagem.

Possibilitar a reflexão consciente sobre fenômenos gramaticais e textual-

discursivos que perpassam os usos linguísticos;

Possibilitar aos alunos a reflexão sobre seu próprio texto, através de

atividades de revisão, reeestruturação ou refacção e de análise coletiva de

um texto selecionado;

Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às

ferramentas de expressão e compreensão dos processos discursivos,

proporcionando aos alunos condições para adequar a linguagem aos

diferentes contextos sociais.

8.14.4. Conteúdos

5ª SÉRIE / 6º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

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232

Discurso como

prática social

Oralidade

Participação em conversações com objetivos

determinados em grupos de trabalho e

exposição oral do resultado de pesquisas

realizadas, manifestando experiências

pessoais;

Reconhecimento de gestos, expressões

faciais e atitudes corporais como

manifestação de interação;

Diferenciar instruções orais e escritas;

Emprego de linguagem coloquial e formal

explorando as características da linguagem

falada.

Discurso como

prática social

Leitura

Leitura e compreensão de diferentes

gêneros/tipologias textuais: narrativas longas

(fábulas, lendas, romances, contos, poemas,

etc.), informativos: jornais e revistas (notícia,

reportagem, entrevista, etc), provenientes de

diversas culturas, enfatizando a Afro-

descendência.

Discurso como

prática social

Escrita

Pesquisa e registro de informações, a partir de

perguntas pré-elaboradas

Criação de capa e contracapa de livros

Transposição dos dados de gráficos para texto

exclusivamente verbal;

Transposição de dados verbais para a linguagem

gráfica;

Criação de instruções a partir de proposta lúdica que

permite verificar, na prática, a compreensão do texto

instrucional.

Revisão do texto de um colega;

Escrita de um parágrafo coeso, a partir da

estruturação de dados fornecidos pela proposta

Prática de diferentes processos para efetivar um

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233

resumo

Criação de anedota, a partir de situação verossímil;

Adequação do texto ao interlocutor e à finalidade;

Produção de notícia a partir de dados fornecidos sobre

determinado assunto;

Produção de anúncios classificados;

Planejamento e gestão de estratégias de escrita:

discussão sobre o tema, consulta bibliográfica,

redação de rascunhos, suporte e diagramação;

Produção de textos ajustados a leitores e propósitos

determinados;

Produção de texto ficcional – lenda - a partir de dados

fornecidos.

Discurso como

prática social

Aanálise

linguística:

(perpassando

as práticas da

leitura,

oralidade e

escrita)

Reconhecimento das especificidades do

verbete de dicionário: abreviaturas, entradas

léxicas, informações adicionais;

Reconhecimento e análise da estrutura de

diferentes tipologias textuais;

Uso dos registros formal e informal, segundo a

situação interlocutiva;

Uso de fórmulas de saudação e despedida em

contextos formais e informais;

Uso de pronomes pessoais nas cartas;

Noção e emprego da língua padrão em

situações de comunicação que a exijam;

Identificação de alguns mecanismos de

coesão referencial;

Observação e emprego de elementos

coesivos de referência: palavras que remetem

a outras em um mesmo texto;

Reconstrução e reposição de palavras ou

frases subentendidas no texto;

Identificação de empréstimos recentes de

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234

outra língua (inglês);

Observação de incorporação de novas

palavras da área da informática ao

vocabulário da língua portuguesa;

Organização de redes semânticas de palavras

em letras de canção;

Adequação da linguagem do interlocutor

possível;

Emprego dos conectivos próprios do texto

instrucional;

Utilização das formas e modos verbais;

Compreensão do parágrafo como uma

unidade de sentido;

Estudo dos pronomes oblíquos átonos como

elementos coesivos;

Uso de procedimentos de substituição para

evitar repetições de palavras e expressões;

Observação da concordância verbal;

Emprego de elementos coesivos para unir

orações;

Análise da onomatopeia como recurso da

história em quadrinhos;

Uso de sinais de pontuação como recursos de

ênfase na linguagem da historia em

quadrinhos;

Identificação das características de uma

noticia e dos elementos básicos que a

compõe;

Abreviaturas e siglas;

Reconhecimento de tempo e aspectos

verbais;

Reconhecimento da linguagem clara e precisa

como forma de organização do texto

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235

informativo;

Reconhecimento da estrutura textual do

gênero notícia: pirâmide invertida e perguntas

clássicas a que a noticia responde;

Análise da função de elementos de uma

primeira página de jornal: cabeçalho,

manchete, chamadas, lide, índice, fotos,

legenda e infográfico;

Reconhecimento dos índices linguísticos que

diferenciam um relato ficcional de uma notícia;

Reconhecimento dos índices linguísticos que

diferenciam o texto ficcional do texto de

informação cientifica;

Identificação da estrutura narrativa do gênero

lenda: sequência, personagens, espaço,

tempo, narrador;

Analise da linguagem precisa do texto de

divulgação cientifica.

6ª SÉRIE / 7º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Discurso como

prática social

Oralidade

Participação ativa em grupos de trabalho com

objetivos determinados através de

manifestação de opiniões e críticas;

Participação em debates coletivos,

respeitando as normas básicas da

comunicação oral;

Participação em atividades de teatro lido e

dramatizado;

Elaboração de perguntas para entrevistas

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236

coletivas na escola;

Exploração de características próprias da

linguagem falada;

Dramatização: leitura de notícias, ajuste do

papel de apresentador de programa televisivo

de notícias.

Discurso como

prática social

Leitura

Leitura e compreensão de diferentes

gêneros/tipologias textuais: textos do

cotidiano, guia de cinema, gráficos, primeira

página de jornal, textos de opinião,

argumentativo, narrativas longas (fábulas,

lendas, romances, contos, poemas, etc.),

informativos: jornais e revistas (notícia,

reportagem, entrevista, etc), provenientes de

diversas culturas, enfatizando a Afro-

descendência.

Discurso como

prática social

Escrita

Elaboração de perguntas para entrevistas,

tendo em vista objetivos determinados.

Observação de algumas normas técnicas para

apresentação de trabalhos científicos: capa,

folha de rosto, sumário, referências.

Elaboração de anúncio publicitário,

considerando-se o interlocutor, o suporte

textual e a finalidade do anúncio.

Pesquisa sobre história da música popular

brasileira e posterior registro.

Escrita de texto instrucional.

Desenvolvimento de narrativa ficcional a partir

do enredo básico.

Paródia de um conto de fadas.

Improvisação de diálogos.

Construção de narrativa ficcional a partir de

dados históricos.

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237

Escrita de carta de leitor para comentar

reportagem lida.

Transcrição de história em quadrinhos para a

linguagem exclusivamente verbal.

Escrita de parágrafo argumentativo, dada uma

determinada situação.

Escrita de diálogos em histórias em

quadrinhos dada.

Escrita de notícias a partir de dados

fornecidos.

Elaboração do resumo de reportagem lida.

Discurso como

prática social

Análise

linguística:

(perpassando

as práticas da

leitura,

oralidade e

escrita)

Reconhecimento da importância de campos

léxicos para busca de informações

Reconhecimento das especificidades do

verbete de dicionário: abreviaturas, entradas

léxicas, informações adicionais;

Usa da vírgula, dos parênteses e dos

travessões para esperar informações de

ordem explicativa;

Uso do imperativo em textos publicitários;

Reconhecimento da função do logotipo como

estratégia publicitária;

Identificação de versos, estrofes e refrões;

Localização e identificação de rimas;

Identificação de marcas típicas da modalidade

oral;

Uso dos discursos direto e indireto;

Adequação do discurso ao interlocutor

possível;

Identificação de níveis de registro (formal e

informal);

Identificação de índices que permitem

compreender a imagem do locutor (homem,

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238

mulher, criança);

Uso do pronome eu/mim segundo a língua

padrão;

Análise do uso dos tempos verbais no relato

histórico;

Utilização dos verbos no modo indicativo;

Análise do uso de tempos verbais para

diferenciar relato e comentário;

Caracterização das sequências discursivas,

narrativas e argumentativas;

Análise dos componentes da narrativa;

Observação da linguagem econômica da

história em quadrinhos;

Uso dos sinais de pontuação como recurso de

ênfase na linguagem das histórias em

quadrinhos;

Uso de elementos coesivos que permitem a

progressão textual;

Análise de mecanismos linguísticos para o uso

de discurso citado em textos da imprensa;

Observação e análise do uso da sigla em

textos jornalísticos.

7ª SÉRIE / 8º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Participação ativa em grupos de trabalho com

objetivos determinados;

Identificação de razões de mal entendidos na

comunicação oral e suas soluções;

Análise da leitura oral: tom de voz, pausa e

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239

Discurso como

prática social

Oralidade

postura, analisando e refletindo sobre

recursos e procedimentos de uma exposição

oral;

Reflexão sobre a importância de saber ouvir;

Seleção adequada ao gênero de recursos

discursivos, semânticas e gramaticais,

prosódicas e gestuais;

Emprego de recursos escritos como apoio

para manutenção da continuidade da

exposição;

Leitura dramatizada de contos, crônicas,

novelas e textos literários;

Enquetes, entrevistas com familiares e

pessoas da comunidade;

Apresentação de programas radiofônicos.

Discurso como

prática social

Leitura

Leitura e compreensão de diferentes

gêneros/tipologias textuais: textos do

cotidiano como piadas, charge, texto teatral,

depoimentos, narrativas longas (fábulas,

lendas, romances, contos, poemas, etc.),

informativos: jornais e revistas (notícia,

reportagem, entrevista, etc), provenientes de

diversas culturas, enfatizando a Afro-

descendência.

Planejamento de palestra, elaboração de

resumo esquemático.

Escrita de nota crítica sobre filme.

Elaboração coletiva de resenha sobre

programa de televisão.

Escrita de conto, textos narrativos,

argumentativos de opinião, instrucional,

descritivos, propagandas.

Criação de enredos a partir de sinopses

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240

Discurso como

prática social

Escrita

dadas.

Registro de pesquisas.

Elaboração de textos argumentativos a partir

de notícias previamente lidas e analisadas.

Relatório escrito de visitas e realizações de

projetos sociais.

Criação de textos de divulgação de um

produto.

Criação de propagandas utilizando recursos

não verbais.

Discurso como

prática social

Análise

linguística:

(perpassando

as práticas da

leitura,

oralidade e

escrita)

Reconhecimento da importância de campos

lexicais para a busca de informação;

Reconhecimento das características

especificas de textos expositivos orais;

Análise e reflexão sobre o uso de adjetivos

em textos de opinião;

Reconhecimento de elementos linguísticos

que identificam o tipo de narrador;

Uso de pontuação para indicar falas dos

personagens em textos narrativos;

Reconhecimento de elementos da narrativa;

Observação da manipulação produzidas por

escolhas linguísticas;

Análise de elementos linguísticos que

diferenciam um relato mitológico de um texto

de divulgação cientifica;

Análise de elementos coesivos em diferentes

tipologias textuais;

Observação de elementos linguísticos que

conferem sentido ao texto;

Análise de efeitos de sentidos pelo uso de

pronomes de tratamento e dos valores

implícitos no uso de “você” e “senhor”;

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241

Uso de expressões próprias da língua falada

para busca de interação convencional;

Observação e análise dos indícios linguísticos

que indicam manipulação em uma entrevista;

Uso do discurso direto e indireto;

Análise dos efeitos produzidos por diferentes

verbos e tempos verbais, introduzidos no

discurso direto;

Estudo e uso de recursos conectivos próprios

da argumentação;

Reconhecimento de relações lógicas no

interior do texto causa/efeito, sequência

temporal;

Análise da função do logotipo;

Análise das características estruturais do

anuncio publicitário;

Analisar a importância da acentuação em um

texto;

Analisar o uso e a importância do acento nos

plurais dos verbos: ter, conter, deter, intervir;

Aprimorar o estudo da ortografia;

Analisar os recursos de coesão textual,

evitando a repetição de palavras;

Analisar o efeito consequente do uso de

advérbios e locuções adverbiais;

Analisar a ocorrência da contração do artigo

com a preposição;

Analisar o uso dos parênteses e aspas no

texto;

Relacionar esse emprego às pessoas do

discurso;

Reconhecer o uso do imperativo em textos

publicitários e instrucionais – e a formação do

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242

imperativo;

Diferenciar adjetivo de locução adjetiva;

Reconhecer tempos e conjugações no modo

subjuntivo;

Transformar o discurso informal em formal;

Reconhecer o emprego da linguagem

figurada.

8ª SÉRIE / 9º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Discurso como

prática social

Oralidade

Participação em conversações com objetivos

determinados em grupos de trabalho,

comparando fenômenos linguísticos

observados na fala e na escrita em diferentes

variedades regionais do Brasil;

Recitação de poemas, valorizando aspectos

fônicos: rima, ritmo, assonâncias, aliterações,

exaltando a literatura popular oral;

Leitura dramatizada de contos, reconhecendo

diferenças de entonação, expressão facial e

corporal, etc.;

Produção e dramatização de paródias,

entrevistas, divulgação de livros de trabalhos,

cenas de livros, filmes, telenovelas, peças de

teatro, etc.

Discurso como

prática social

Leitura

Leitura e compreensão de diferentes

gêneros/tipologias textuais: textos do

cotidiano como anúncios, pichações, textos

científicos, textos argumentativos, narrativas

longas (romances, contos, poemas, etc.),

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243

informativos: jornais e revistas (notícia,

reportagem, entrevista, etc), provenientes de

diversas culturas, enfatizando a Afro-

descendência.

Discurso como

prática social

Escrita

Registro de pesquisa sobre gêneros textuais

presentes em meios impressos.

Organização de antologias de poemas.

Escrita de contos a partir de introduções

dadas, respeitando as características do texto

narrativo e utilizando, na produção, os

elementos básicos da narrativa.

Produções de paródias.

Produção de textos instrucionais.

Pesquisa e produção de tiras, charges,

caricaturas, cartuns e histórias em

quadrinhos.

Produção de notícias, editoriais, classificados,

de acordo com os estilos de jornais

estudados.

Produção de textos dissertativos.

Discurso como

prática social

Análise

linguística:

(perpassando

as práticas da

leitura,

oralidade e

escrita)

Reconhecimento do universo discursivo

dentro do qual cada tipo e gênero de texto se

inserem, considerando as intenções do

enunciador, os interlocutores, os

procedimentos narrativos, descritivos,

expositivos, argumentativos, e

conversacionais que privilegiam;

Identificação de versos, estrofes e refrões;

Observação da regularidade métrica e

identificação de rimas;

Reconhecimento das figuras de linguagem

como recursos expressivos da linguagem

poética;

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244

Análise dos elementos linguísticos que

identificam os elementos da narrativa;

Uso da pontuação para indicar a fala dos

personagens no texto narrativo;

Emprego de tempos verbais na narrativa;

Análise e emprego de elementos coesivos,

próprios da sequência narrativa: conectivos

temporais e lógicos;

Articulação entre conhecimentos prévios e

informações textuais para dar conta de

ambiguidades, ironias e expressões figuradas,

opiniões e valores implícitos;

Análise das implicações discursivas

decorrentes do uso da virgula em orações

subordinadas adjetivas;

Observação e uso do pronome relativo ONDE

como elemento coesivo;

Observação e análise da inclusão de recursos

linguísticos para inclusão dos outros no

discurso;

Uso de pronomes pessoais e de vocativo

como recursos de persuasão;

Análise e uso de recursos expressivos usados

nas charges, tiras, cartuns, etc.;

Utilização das regularidades observadas

como parte das estratégias usadas para

solução de problemas de ortografia e de

acentuação gráfica;

Observação dos efeitos produzidos por

determinadas escolhas linguísticas: uso da

voz passiva, voz ativa e voz reflexiva;

Observação e análise dos períodos

compostos: orações coordenadas e orações

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245

subordinadas;

Estudo e emprego da concordância verbal e

nominal e da regência verbal e nominal;

Reconhecimento e análise do uso obrigatório,

proibitivo e facultativo da crase.

1ª, 2ª E 3ª SÉRIES

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Discurso como

prática social

Oralidade

Conversações com objetivos determinados em

grupos de trabalho e exposição oral de

pesquisas realizadas;

Apresentação de teatros;

Recitação de poemas (sonetos);

Dramatização de contos;

Simulação de discursos políticos;

Análise da unidade de sentido do texto oral;

Debates regrados sobre assuntos polêmicos;

Escuta de gravações de telejornais para

posterior análise do discurso oral usado;

Particularidades de pronúncia de algumas

palavras;

Elaboração de argumentos convincentes para

defender suas ideias (júri-simulado).

Discurso como

Leitura

Interpretação textual de diferentes gêneros

textuais, observando:

conteúdo temático

interlocutores

fonte

intencionalidade

ideologia

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246

prática social informatividade

situacionalidade

marcas linguísticas

Identificação do argumento principal e dos

argumentos secundários;

As particularidades (lexicais, sintáticas e

composicionais) do texto em registro formal e

informal;

As vozes sociais presentes no texto;

Relações dialógicas entre textos;

Textos verbais, não - verbais, midiáticos;

Estética do texto literário;

Contexto de produção da obra literária;

Diálogo da literatura com outras áreas

(História / Artes).

Discurso como

prática social

Escrita

Adequação ao gênero: conteúdo temático,

elementos composicionais, marcas

linguísticas;

Argumentação;

Coesão e coerência textual;

Finalidade do texto;

Paragrafação;

Paráfrases de textos;

Resumos;

Diálogos textuais (intertextualidade);

Refacção textual;

Vícios de linguagem;

Produções de diversos gêneros textuais

(dissertativo, narrativo, poético, informativo,

resenhas, charges, transposição dos dados

de gráficos para textos exclusivamente

verbais, carta de reclamação, paródia,

propagandas.

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247

1ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Discurso como

prática social

Análise

linguística:

(perpassando

as práticas da

leitura,

oralidade e

escrita)

Conotação e denotação;

Figuras de pensamento e linguagem;

Funções da linguagem;

A pontuação e seus efeitos;

Gírias, neologismos e estrangeirismos;

Acentuação gráfica;

Variações linguísticas;

Elementos coesivos;

Elementos estruturais do texto poético;

Elementos estruturais do texto narrativo;

Polissemia.

2ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Discurso como

prática social

Análise

linguística:

(perpassando

as práticas da

leitura,

oralidade e

escrita)

Vícios de linguagem;

Discurso direto, indireto e indireto livre na

manifestação das vozes que falam no texto;

Os substantivos e sua função referencial no

texto;

Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo

como elementos do texto;

Acentuação gráfica;

A pontuação e seus efeitos;

Elementos coesivos;

Concordância verbal e nominal;

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248

Coesão textual;

Coerência textual.

3ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Discurso como

prática social

Análise

linguística:

(perpassando

as práticas da

leitura,

oralidade e

escrita)

Coordenação e subordinação nas orações do

texto;

Procedimentos de concordância verbal e

nominal;

Acentuação gráfica;

A pontuação e seus efeitos;

Elementos coesivos;

Colocação pronominal;

Crase;

Coesão textual;

Coerência textual;

Variações ortográficas- revisão

8.14.5. Metodologia

O cerne do ensino em Língua Portuguesa se constitui no trabalho com o

texto. Este deverá ser entendido como um material verbal, produto de uma

determinada visão de mundo, de uma intenção e de um momento de produção. O

núcleo do trabalho do professor será criar situações de contato com visões do real,

via texto, para que o aluno desenvolva um controle sobre os processos interacionais.

É importante, nesse sentido, trazer para a sala de aula todo o tipo de texto

literário, informativo, dissertativo, publicitário, colocando estas linguagens em

confronto, não apenas as suas formas particulares, mas o conteúdo veiculado por

elas.

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A ação pedagógica se pauta numa postura interlocutiva, vivenciada oralmente

e por escrito, por meio de atividades planejadas para que o aluno expresse suas

ideias, experiências, conhecimento, sentimentos, etc., na fala e na escrita, tanto

quanto reflita sobre o uso da linguagem em diferentes contextos e situações.

O trabalho de Língua Portuguesa, nesse contexto, se realiza a partir da

prática de oralidade, leitura, escrita, apresentados a seguir.

Oralidade:

Apresentação de temas variados (histórias de família, da comunidade, em

filme, um livro), depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno

ou pessoas de seu convívio; dramatização; debates; seminários; júris-simulado;

troca de opiniões; contação de histórias; declamação de poemas, etc.

No discurso oral, devem ser enfatizadas as similaridades e diferenças que

precisam ser refletidas sobre a modalidade oral e escrita. É fundamental saber ouvir,

escutar com atenção e respeitar os mais diferentes interlocutores.

Escrita:

As atividades com a escrita realizar-se-ão de modo interlocutivo, podendo-se

relacionar o dizer escrito às circunstâncias de produção; isso implica o produtor do

texto assumir-se como locutor. Diversos gêneros serão trabalhados em sala: convite,

bilhete, editorial, carta do leitor, resultado de consultas bibliográficas, resumos,

resenhas, crônicas, contos, etc. Alguns procedimentos na prática de escrita:

1º O professor planeja o que será escrito;

2º Alunos escrevem a primeira versão sobre a proposta apresentada;

3º Alunos revisam, reestruturam e reescrevem os textos conforme a

intenção que se teve ao produzi-lo.

A prática da produção textual constitui um ato linguístico fundamental na

aprendizagem da língua. É preciso que os alunos se envolvam com os mais diversos

textos que produzem, assumindo de fato a autoria do que escrevem. Ao se

perceber como autor, o aluno poderá aprimorar sua condição de escritor. Este

contato do aluno com a produção escrita de diferentes tipos textuais, permite-lhe

ampliar o próprio conceito de gênero.

O envolvimento do aluno e do professor com a escrita é um processo que

acontece em vários momentos: o da motivação para a sua produção; o da reflexão

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que precede e acompanha todo o desenvolvimento da produção; o da revisão,

reestruturação e reescrita do texto, que também acaba se constituindo num

momento de reflexão.

Durante a revisão do texto, como situação didática, o professor seleciona em

quais aspectos pretende que os alunos se concentrem, uma vez que não é possível

tratar de todos ao mesmo tempo.

Assim, na interação com os mais variados textos, pela ação do professor e,

principalmente pela atividade de ler e escrever que o aluno vai se apropriar das

especificidades que caracterizam a modalidade escrita de linguagem.

Leitura:

Será desenvolvida através de questões abertas, discussões, debates,

interpretações de diversos gêneros textuais. Referente à Literatura, serão

selecionadas obras que contemplem diversos movimentos literários.

A leitura é um modo de exercitar a atenção, a memória e o pensamento,

requisitos necessários para a efetiva aprendizagem. Formar leitores competentes é

formar as bases para que as pessoas continuem a aprender durante toda a vida, é

instrumentalizá-las para o exercício da cidadania, é combater a alienação e a

ignorância.

Por isso, a leitura na escola precisa ser vista como uma prática consistente do

leitor perante a realidade. É uma interação em que o autor e o leitor constróem os

sentidos de um texto o que significa que para o fenômeno da compreensão este traz

sua experiência sócio-cultural determinando, assim, leituras diferentes para cada

leitor e, também, para um mesmo leitor, conforme seus conhecimentos, interesses e

objetivos naquele momento.

Um texto fornece várias informações, conhecimentos, opiniões, que

favorecem a reflexão e ampliação de sentido sobre o que foi lido. Assim, é

importante que a leitura seja vista em função de uma concepção interacionista de

linguagem, segundo a qual se busca formar leitores no âmbito escolar. Segundo

Bakhtin (1986), o texto deve ser entendido como um veículo de intervenção no

mundo.

Algumas estratégias, na escola, favorecem o envolvimento com a leitura:

cercar os alunos de livros que possam ser folheados; proporcionar ambiente atrativo;

ler trechos de obras; ilustrar textos lidos; leitura de obras prediletas; produzir textos

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sobre o que foi lido; discutir o título e as ilustrações da história; encontrar músicas

relativas ao texto; criar momentos em que os alunos exponham suas ideias, opiniões

e experiências de leitura, escolher e trabalhar a leitura de forma não repetitiva.

Análise Linguística:(perpassando as práticas da oralidade, leitura e escrita):

Desenvolvimento de atividades que levem o aluno a refletir sobre seu próprio

texto, fazer revisão, reestruturação ou refacção e análise coletiva de um texto

selecionado. Todas as atividades de gramática focalizam o texto como parte da

atividade discursiva, possibilitando ao aluno usar os conhecimentos adquiridos por

meio da prática de análise linguística para expandir sua capacidade de monitoração

das possibilidades de uso da linguagem, ampliando a capacidade de análise crítica.

Literatura:

O trabalho com a literatura em sala de aula permite que o aluno perceba seu

papel na interação com o texto, uma vez que este carrega em si ideologias.

Esta abordagem pode contemplar diferentes gêneros textuais, assim como

diferentes meios de comunicação como a televisão, cinema, teatro.

Além dos literários, pode-se contemplar também os textos de imprensa:

noticias; editoriais, artigos, reportagens, entrevistas, textos lúdicos (trava-língua,

quadrinhas, adivinhas, parlendas e piadas). Verbetes enciclopédicos, relatórios,

artigos e textos didáticos precisam também ser trabalhados.

8.14.6. Avaliação

Avaliar é mais do que dar nota, é perceber dificuldades e apontar caminhos

para o sucesso da aprendizagem, levando em consideração as diferentes

inteligências dos educandos. Portanto, a avaliação será processual (cada atividade é

momento de avaliação), diagnóstica (para detectar problemas e mudar a rota,

possibilitando a intervenção pedagógica a todo momento), formativa e somativa.

Na oralidade avalia-se a adequação dos diferentes discursos nas mais

diversas situações de uso de acordo com os interlocutores, por meio de

apresentações orais de textos, poemas, notícias, mensagens, dramatizações,

apresentações públicas, seminários, debates, entrevistas, relatos de histórias.

Nessas atividades será verificada a participação do aluno nos diálogos, relatos, etc;

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observando-se a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala,

e como apresenta os argumentos para defender seus pontos de vista. Em certas

situações o próprio aluno será colocado como avaliador de textos orais com os quais

convive: programas de televisão, discursos políticos, etc.

Na leitura serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a

compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos.

Através de questões abertas, serão desenvolvidas atividades de discussão, debates

e reflexões, analisando a capacidade do aluno de se colocar diante do texto, bem

como avaliar a fluência, clareza, pontuação e a compreensão do texto lido e a

relação deste com o mundo e suas experiências, independente do gênero.

A análise linguística é a reflexão do uso da língua, aspectos gramaticais e

interpretação, percebendo o que há no texto e nas entrelinhas do texto. Os

elementos linguísticos serão avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada,

deixando de ser feito um trabalho com a gramática a partir de exercícios tradicionais,

mas sim, levar o aluno a compreender o que seja um bom texto, sua organização, os

elementos de conexão e adequação dos discurso considerando o destinatário.

Na escrita, o texto será visto como uma fase do processo de produção, nunca

como produção final. Verificar-se-á a coesão e coerência textual, a adequação à

proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem está de acordo com o contexto

exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a organização dos parágrafos.

Em certos momentos, o aluno se posicionará como avaliador dos textos que o

rodeiam e de seu próprio texto. No momento da reescrita certos aspectos serão

observados: se a intenção do texto foi alcançada, se há relação entre as partes do

texto, se há necessidade de cortes, substituições, etc.

Não esquecendo que a avaliação também é momento de aprendizagem,

portanto, deve ser tempo de reflexão e de redirecionamento do fazer pedagógico.

8.14.7. Referências

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a escola Pública do Estado do Paraná. Curitiba: SEED,1990.

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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008

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8.15. MATEMÁTICA

8.15.1. Apresentação da disciplina

Indivíduos e povos têm, ao longo de suas existências e ao longo da história,

criado e desenvolvido instrumentos de reflexão, de observação, instrumentos

teóricos e, associados a esses, técnicas, habilidades e teorias, (Techbné, ticas) para

explicar, entender, conhecer, aprender (matema), para saber e fazer como resposta

a necessidade de sobrevivência, em ambientes naturais, sociais e culturais (etnos).

Os povos das antigas civilizações, os babilônios, por volta de 2000 a.C.,

foram os primeiros a apresentarem registros na humanidade sobre configurações

físicas e geométricas, comparação de formas, tamanhos e quantidades.

Como campo do conhecimento, somente mais tarde é que gregos, nos

séculos VI e V a.C., estabeleceram regras, princípios lógicos e exatidão de

resultados. Com os pitagóricos ocorreram as primeiras discussões sobre a

importância e o papel da Matemática no ensino e na formação das pessoas.

Com os platônicos, buscava-se, pela Matemática, um instrumento que,para

eles, instigaria o pensamento do homem. Essa concepção arquitetou as

interpretações e o pensamento matemático de tal forma que influencia no ensino de

Matemática até os dias de hoje.

Existe, portanto, um corpo de conhecimentos comuns a inúmeras civilizações,

composto por processos de organização, classificação, contagem e medições,

mescladas com manifestações que podem ser identificadas com arte, religião,

música, técnicas e ciências, reconhecido academicamente como Matemática.

O conhecimento matemático é um bem cultural produzido na relação do

homem com a Natureza e com outros homens. Assim, são os homens que, ao se

relacionarem com o meio e com os outros homens, procurando respostas às suas

necessidades, produzem o conhecimento.

Esse conhecimento deve ser meio para produzir, expressar e comunicar suas

idéias atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação; questionar a

realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para isso o

pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica,

selecionando procedimento e verificando sua adequação.

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Ao analisar os conteúdos e objetivos propostos para o ensino da matemática,

entende-se que para serem alcançados é necessário compreender a verdadeira

função social da escola, o que se confirma na DCE (p. 11, 2008) “a aprendizagem

da Matemática consiste em criar estratégias que possibilitam ao aluno atribuir

sentido e construir significado às idéias matemáticas de modo a tornar-se capaz de

estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar.” Partindo dessa concepção,

após sua apropriação, os conhecimentos matemáticos servirão como instrumentos

que auxiliam a compreender, descrever e modificar a realidade. Assim, a Matemática

tem um valor formativo que ajuda a estruturar o pensamento dedutivo, porém

também desempenha um papel instrumental, pois é uma ferramenta que serve para

a vida cotidiana e para suas tarefas especificas em quase todas as atividades

humanas.

Quando se fala sobre o que é ensinar Matemática, surge uma preocupação, a

qual aflora, atualmente, de forma desafiadora para o professor, exigindo que o

mesmo faça uma interpretação da educação mediante uma postura filosófica,

relacionando sua maneira de ver o conhecimento matemático e do aluno, uma vez

que este é um processo cumulativo, intencional, racional e histórico. O acesso a este

conhecimento pode contribuir para as transformações sociais, não apenas por meio

da socialização (em si mesma) do conhecimento matemático, mas, também, por

meio de uma dimensão política, contida na própria relação entre o conteúdo

matemático e a forma de seu ensino-aprendizagem.

Segundo KOCH:

Ensinar Matemática é interferir de maneira que o aluno aprenda: não é deixá-lo construir sozinho, nem supor que tudo o que se explica será aprendido. Ensinar não é, pois, explicar e depois propor problemas, mas é fazer com que o aluno, ao tentar resolver um problema novo, ponha em ação o seu saber, tente novas soluções que ainda não conhece (mas que podem ser socializadas e discutidas no grupo) e produzir um conhecimento em direção ao novo. Esta incompletude de “falta de ensinar” dá sentido ao novo conhecimento que o professor pretende ensinar e possibilita o aprender. (1998, p. 85/86)

Mostrar a Matemática como elaboração humana para entender o mundo é a

meta do professor. É necessário favorecer a postura reflexiva e investigadora, e

colaborar para a construção da autonomia de pensamento e ação. O ensino da

Matemática não pode ser voltado para um futuro distante, pois, conhecer os

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conteúdos da matemática é ampliar a possibilidade de participação social e

desenvolvimento mental e assim, capacitar o aluno a exercer desde já seu papel

como cidadão do mundo. Em acordo com a DCE (p.13, 2008 apud LORENZATO e

VILA, 1993, p. 41) “é imprescindível que o estudante se aproprie do conhecimento

matemático de forma que 'compreenda os conceitos e princípios matemáticos,

raciocine claramente e comunique idéias matemáticas, reconheça suas aplicações e

aborde problemas matemáticos com segurança'.” Logo é dever e responsabilidade

dos educadores direcionar o trabalho pedagógico de forma a permitir que esse saber

escolar tenha relação com o saber que o aluno já detém. O conhecimento

matemático, é expresso hoje por meio de uma linguagem altamente elaborada, cuja

aparência formalizada parece desprender-se totalmente do mundo em que vivemos.

É na interação destes saberes que o aluno poderá ter acesso ao conteúdo

construído historicamente, em sua forma mais elaborada, sem desvinculá-lo de sua

prática social.

Entendendo que escola é a instituição incumbida da transmissão do

conhecimento científico, e que a partir desse conhecimento deve contribuir para a

formação do cidadão e para o seu desenvolvimento como pessoa. É necessário

contribuir para a formação de indivíduos autônomos, com capacidade de adaptar-se

as mudanças constantes e de enfrentar permanentemente novos desafios.

A matemática é utilizada como base nos diversos ramos do conhecimento e

também na formação do individuo, é aplicada aos fenômenos do mundo real. Assim

a disciplina de matemática desenvolverá seus conteúdos fazendo a reflexão e

contextualização com os temas das relações étnico-raciais, história da cultura afro-

brasileira e africana, conforme lei nº 10639, de 09/01/2003 que inclui oficialmente no

currículo a obrigatoriedade do ensino desta temática na rede de ensino.

Matemáticos, antes pesquisadores, tornaram-se também professores e

passaram a se preocupar mais diretamente com as questões de ensino. Para sua

prática docente, alguns professores de Matemática começaram a buscar

fundamentação não somente nas teorias matemáticas,mas em estudos psicológicos,

filosóficos e sociológicos. A partir desses congressos, começou-se a pensar num

ensino de matemática que articulasse, numa única disciplina, a Aritmética, a

Álgebra, a Geometria, a Trigonometria, etc.

Assim, a concepção de ensino da matemática tem como pressuposto o

caráter social do conhecimento matemático, a relação entre o conhecimento

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historicamente produzido e a lógica de sua elaboração, enquanto fatores

inteiramente ligados, portanto a Matemática caracteriza-se como forma de

compreender e atuar no mundo e o conhecimento gerado nessa área do saber como

fruto da construção humana na sua interação constante como o contexto natural,

social e cultural. Com a presente proposta professores e alunos devem desenvolver

uma concepção de matemática que permita a todos o acesso aos conhecimentos e

instrumentos matemáticos, necessários para participarem e interferirem na

sociedade em que vivem.

8.15.2. Objetivos

Adotar uma atitude positiva em relação à matemática, ou seja,

desenvolver sua capacidade de “fazer matemática” construindo conceitos

e procedimentos, formulando e resolvendo problemas para si mesmo e,

assim, aumentar sua auto-estima e perseverança na busca de soluções

para um problema;

Perceber que os conceitos e procedimentos matemáticos são úteis para

compreender o mundo e, compreendendo-o, poder atuar melhor nele;

Pensar logicamente, relacionando idéias, descobrindo regularidades e

padrões, estimulando sua curiosidade, seu espírito de investigação e sua

criatividade na resolução de problemas;

Observar sistematicamente a presença da matemática no dia-a-dia

(quantidades, números, formas geométricas, simétricas, grandezas e

medidas, tabelas e gráficos, “previsões”, etc.);

Formular e resolver situações-problema. Para isso, o aluno deverá ser

capaz de elaborar planos e estratégias para a solução do problema,

desenvolvendo varias formas de raciocínio (estimativa, analogia, indução,

busca de padrão ou regularidade, pequenas inferências lógicas, etc.),

executando esses planos e essas estratégias com procedimentos

adequados;

Integrar os vários eixos temáticos da matemática (números e operações,

geometria, grandezas e medidas, raciocínio combinatório, estatística e

probabilidade) entre si e com outras áreas do conhecimento;

Comunicar-se de modo matemático, argumentando, escrevendo e

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representando de varias maneiras (com números, tabelas, gráficos,

diagramas, etc.) as idéias matemáticas;

Interagir com os colegas cooperativamente, em dupla ou em equipe,

auxiliando-os e aprendendo com eles, apresentado suas idéias e

respeitando as deles, formando, assim, um ambiente propicio à

aprendizagem.

Ler e interpretar textos de Matemática;

Ler, interpretar e utilizar representações matemáticas (tabelas, gráficos,

expressões etc.);

Transcrever mensagens matemáticas da linguagem corrente para

linguagem simbólica (equações, gráficos, diagramas, fórmulas, tabelas

etc.) e vice-versa;

Exprimir-se com correção e clareza, tanto na língua materna, como na

linguagem matemática, usando a terminologia correta;

Produzir textos matemáticos adequados;

Utilizar adequadamente os recursos tecnológicos como instrumentos de

produção e de comunicação;

Utilizar corretamente instrumentos de medição e de desenho;

Identificar o problema (compreender enunciados, formular questões etc.);

Procurar, selecionar e interpretar informações relativas ao problema;

Formular hipóteses e prever resultados;

Selecionar estratégias de resolução de problemas;

Interpretar e criticar resultados numa situação concreta;

Distinguir e utilizar raciocínios dedutivos e indutivos;

Fazer e validar conjecturas, experimentando, recorrendo a modelos,

esboços, fatos conhecidos, relações e propriedades;

Discutir idéias e produzir argumentos convincentes;

Desenvolver a capacidade de utilizar a Matemática na interpretação e

intervenção real;

Aplicar conhecimentos e métodos matemáticos em situações reais, em

especial em outras áreas do conhecimento;

Relacionar etapas da história da Matemática com a evolução da

humanidade;

Utilizar adequadamente calculadoras e computador, reconhecendo suas

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limitações e potencialidades.

8.15.3. Conteúdos

5ª SÉRIE / 6º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Números e álgebra

Sistemas de Numeração

Sistemas de numeração: sistemas egípcio,

babilônico e romano; sistema indo-arábico.

Números Naturais

Números naturais:

Leitura e escrita

Sucessor e antecessor

Operações: adição, subtração,

multiplicação, divisão, potenciação e

radiciação

Expressões numéricas

Múltiplos e divisores Divisibilidade: múltiplos e divisores

Critérios de divisibilidade

Números primos

Decomposição em fatores primos

Mínimo múltiplo comum (m.m.c)

Máximo divisor comum (m.d.c)

Potenciação e radiciação Potência com números naturais

Raiz quadrada de um nº natural

Números Fracionários

Números racionais absolutos:

Representação, comparação, leitura,

escrita e equivalência

Operações: adição, subtração,

multiplicação, divisão, potenciação e

radiciação

Fração decimal e números decimais;

Números decimais Números decimais:

Representação e leitura de números

decimais

Operações: adição, subtração,

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multiplicação, divisão, potenciação e

radiciação

Transformação de números fracionários

em números decimais

Valor numérico de expressões algébricas,

apresentando as noções de variável e

incógnita

Grandezas e medidas

Medidas de comprimento

Medidas de comprimento;

Unidade padrão(Múltiplos e submúltiplos)

Transformação de unidades

Cálculo de perímetro de figuras

geométricas planas;

Medidas de Massa

Medidas de massa;

Unidade padrão (múltiplos e submúltiplos)

Transformação de unidades

Medidas de área

Medidas de superfície, seus múltiplos e

submúltiplos;

Área de figuras geométricas planas;

Medidas de volume

Medidas de volume seus múltiplos e

submúltiplos;

Cálculo do volume de cubos e

paralelipípedos;

Medidas de tempo

Unidades de medidas de tempo;

Transformação de unidades;

Medidas de Ângulos

Ângulo reto, agudo e obtuso;

Sistema Monetário Moeda brasileira: O Real com seus

múltiplos e submúltiplos;

Geometrias

Geometria Plana

Ponto;

Reta e plano;

Semi-reta;

Segmento de reta;

Ângulos;

Polígonos: Triângulos e Quadriláteros;

Cìrculo e circunferência;

Cálculo de área e perímetro

Classificação de figuras bidimensionais

Geometria Espacial Cálculo de volume do cubo e

paralelepípedos

Classificação de figuras tridimensionais;

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261

Planificação de sólidos geométricos

Tratamento da

informação

Dados, tabelas e gráficos;

Coleta, organização e descrição de dados;

Leitura, interpretação e descrição de

dados por meio de tabelas, listas,

diagramas, quadros e gráficos;

Porcentagem; Cálculo de porcentagens por meio de

resolução de situações-problemas,

relacionando com os números fracionários

e decimais;

6ª SÉRIE / 7º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Números e álgebra

Números inteiros Números inteiros: conjunto e

subconjuntos;

Operações;

Expressões numéricas;

Números Racionais

Números racionais:

Operações;

Expressões numéricas;

Equação e inequação do

1º grau

Equações do 1° grau.

Noções de inequações do 1° grau.

Razão e Proporção

Noções de proporcionalidade: fração,

razão, proporção, semelhança e diferença;

Grandezas diretamente e inversamente

proporcionais;

Regra de três Regra de três simples e composta.

Grandezas e medidas

Medidas de temperatura Medidas de temperatura;

Ângulos Conceito de ângulo;

Medidas e classificação de ângulos;

Propriedades dos ângulos;

Geometrias

Geometria Plana;

Polégonos e classificação

Cálculo de área de figuras planas

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262

Geometria Espacial;

Volume de cubos e paralelepípedos.

Representação cartesiana.

Geometria não-

Euclidianas.

Noções topológicas: conceitos de interior,

exterior, fronteira, vizinhança, conexidade,

curvas e conjuntos abertos e fechados;

Tratamento da

informação

Pesquisa Estatística;

Coleta, organização e descrição de dados;

Leitura, interpretação e descrição de

dados por meio de tabelas, listas,

diagramas, quadros e gráficos;

Gráficos de barras, colunas, linhas

poligonais, setores, curvas e histogramas;

Construção de gráficos

Média Aritmética;

Medias simples e ponderada;

Moda e Mediana;

Moda e mediana.

Juros simples; Calculo de juros simples;

7ª SÉRIE / 8º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Números e álgebra

Números irracionais Números reais: naturais, inteiros,

racionais;

Números irracionais;

O número π (pi)

Sistemas de equações do 1º

grau

Sistemas de equações do 1° grau.

Operações;

Representação no gráfico cartesiano;

Potências

Propriedades das potências;

Monômios e Polinômios

Polinômios:

Operações;

Frações algébricas:

Simplificação;

Equações fracionárias.

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263

Valor numérico de expressões

algébricas.

Produtos notáveis

Produtos notáveis: cálculo e

representação geométrica;

Fatoração.

Operações;

Grandezas e medidas

Medidas de comprimento

Comprimento da circunferência

Medidas de Área

Área de polígonos e círculo;

Medidas de Ângulos Ângulos:

Unidades: fracionamento e cálculo;

Complementares e suplementares;

Opostos pelo vértice;

Feixe de paralelas cortadas por

transversais;

Geometrias

Geometria Plana

Polígonos:

Nomenclatura;

Número de diagonais;

Soma das medidas dos ângulos;

Triângulos:

Condição de existência;

Classificação;

Soma das medidas dos ângulos;

Altura, mediana, mediatriz e bissetriz;

Noções sobre o teorema de Pitágoras;

Congruência;

Quadriláteros:

Nomenclatura;

Soma das medidas dos ângulos;

Circunferência e círculo:

Comprimento da circunferência;

Área do círculo;

Posições relativas (reta e

circunferência, duas circunferências);

Arco, ângulo central, ângulo inscrito

Geometria Espacial Estudo de pirâmides, prismas e

cilindros.

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264

Geometria Analítica

Representação gráfica no plano

cartesiano e relação com a álgebra;

Geometrias não-euclidianas Fractais e suas propriedades

Tratamento da

informação

Gráfico e informação Coleta, organização e descrição de

dados;

Leitura, interpretação e descrição de

dados por meio de tabelas, listas,

diagramas, quadros e gráficos;

População e amostra Noções de probabilidade

8ª SÉRIE / 9º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Números e álgebra

Números reais Números reais:

Naturais, inteiros, racionais, irracionais

e intervalos.

Potências:

Expoente natural;

Expoente inteiro negativo;

Notação científica;

Propriedades dos radicais

Radicais:

Expoente fracionário;

Simplificação;

Operações;

Equação do 2º grau

Equações biquadradas

Equações irracionais

Equações do 2° grau:

Incompletas;

Completas;

Fracionárias;

Biquadradas;

Irracionais;

Sistemas de equações do 2º grau.

Teorema de Pitágoras

Teorema de Pitágoras;

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265

Regra de três composta Regra de três composta na resolução

de situações problemas;

Grandezas e medidas

Relações métricas no

triângulo retângulo

Trigonometria no triângulo

retângulo

Triângulo retângulo:

Teorema de Pitágoras;

Relações Métricas;

Trigonometria:

Razões trigonométricas no triângulo

retângulo;

Funções

Noção intuitiva de função

afim

Função:

Noções;

Lei da função;

Domínio;

Imagem;

Função polinomial do 1° grau.

Noção intuitiva de função

quadrática

Função polinomial do 2° grau.

Geometrias

Geometria Plana

Semelhança de Triângulos;

Soma de ângulos internos do um

triângulo e polígonos regulares;

Teorema de Talles;

Circunferência e círculo:

o Comprimento da

circunferência;

o Área do círculo;

o Relações métricas;

o Polígonos inscritos;

Áreas de figuras geométricas planas.

Geometria Espacial

Poliedros regulares e suas relações

métricas.

Volume de sólidos geométricos.

Medidas: comprimento, área, volume,

capacidade e massa.

Noções de desenho geométrico:

Geometria Analítica

Construções e representações no

espaço e no plano;

Construção de polígonos inscritos na

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266

circunferência;

Definição e construção de baricentro,

ortocentro, incentro e circuncentro.

Geometrias não-euclidianas Fractais e suas propriedades;

Tratamento da

informação

Noções de análise

combinatória

Contagem com princípio multiplicativo

em situações problemas;

Noções de probabilidade

Espaço amostral

Experimentos aleatórios

Estatística

Construção de gráficos.

Média, moda e mediana.

Juros compostos Calculo de juros compostos: conceito

de taxa, capital e montante

1ª, 2ª e 3ª SÉRIES

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Números e Álgebra

Em construção

Grandezas e Medidas

Funções

Geometria

Tratamento da

informação

8.15.4. Metodologia

A escola é a instituição incumbida da transmissão do conhecimento científico,

e deve, portanto, contribuir para a formação do cidadão e para o seu

desenvolvimento como pessoa, em que as qualidades postuladas são a

solidariedade, a participação e o pensamento crítico.

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267

É preciso formar indivíduos completos, dotados de conhecimentos mais

amplos e profundos, convencidos da necessidade de aperfeiçoar continuamente

seus conhecimentos. É necessário contribuir para a formação de indivíduos

autônomos, com capacidade de adaptar-se a mudanças constantes e de enfrentar

permanentemente novos desafios.

O mundo está em grande mudança, dado o grande e rápido desenvolvimento

da tecnologia. Máquinas de calcular, computadores, Internet, etc. são assuntos do

dia-a-dia. E todos eles têm ligações estreitas com a Matemática.

Portanto, deve-se levar em conta que se aprende Matemática fazendo

Matemática, e que essa aprendizagem está ligada a apreensão e atribuição de

significados. Os conteúdos não serão trabalhados de forma isolada, mas sim

articulando-se entre si. Serão abordados através de tendências metodológicas da

educação matemática, entre elas: resolução de problemas, modelagem matemática,

uso de mídias tecnológicas, etnomatemática, história da matemática e investigações

matemáticas. Para isso, alguns princípios devem orientar o trabalho:

A Matemática é importante na medida em que a sociedade necessita e

utiliza, cada vez mais, de conhecimentos científicos e recursos

tecnológicos. Portanto, deve ser mostrada como um todo e não como uma

sucessão de temas isolados, destacando-se as conexões existentes entre

situações da vida real, ou em outras disciplinas e suas representações

matemáticas e entre duas representações matemáticas equivalentes.

O ensino-aprendizagem de Matemática tem como ponto de partida a

resolução de problemas. A capacidade de resolver problemas deve ser

considerada como um eixo organizador do ensino da Matemática, pois

possibilita aos alunos mobilizar conhecimentos e gerenciar as informações

que estão ao seu alcance.

É fundamental compreender que os problemas não são um conteúdo e

sim uma forma de trabalhar os conteúdos, servindo como orientação para

a aprendizagem, pois proporcionam o contexto em que se pode apreender

conceitos, procedimentos e atitudes matemáticas.

A história da Matemática deve ser utilizada como um instrumento de

resgate da identidade cultural, e pode esclarecer idéias matemáticas que

estão sendo construídas pelo aluno, pois conceitos abordados em

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conexão com sua história constituem veículos de grande valor formativo.

Os recursos tecnológicos devem ser utilizados como meios facilitadores e

incentivadores do espírito de pesquisa. As calculadoras, computadores,

televisão e vídeos deverão ser utilizados, pois permitem atividade de

exploração, recuperação e desenvolvimento e sua utilização traz

significativas contribuições ao ensino da matemática.

Os jogos são formas interessantes de propor problemas e devem ser

utilizados sempre que possível, pois permitem que sejam apresentados

de forma atrativa e que favoreçam a criatividade na busca de soluções.

Propiciam a simulação de situações - problema que exigem soluções vivas

e imediatas e possibilitam a construção de uma atitude positiva perante os

erros, sem deixar marcas negativas.

A promoção de atividades em grupo deve acontecer sempre que possível,

pois estimula a discussão e confrontação de idéias, levando o aluno a

respeitar o modo de pensar dos colegas, aprendendo com eles.

As atividades que estimulam a comunicação oral e escrita, a verbalização

de raciocínios, análises, processos e resultados devem ser valorizados,

pois levam o aluno a utilizar o vocabulário e as formas de representação

matemáticas adequadas. A linguagem do professor deve ser rigorosa, mas

adequada ao nível de desenvolvimento do aluno.

A seleção e organização de conteúdos devem levar em conta sua

relevância social e sua contribuição para o desenvolvimento intelectual do

aluno.

A Educação Matemática deve valorizar a história dos estudantes através

do reconhecimento e respeito de suas raízes culturais.

O Ensino e Aprendizagem da Matemática devem valorizar também o aluno

no seu contexto social, levantando problemas que sugiram

questionamentos sobre situações da vida.

Através da etnomatemática pretende-se trabalhar questões de relevância

social que produzem o conhecimento matemático.

Com a modelagem matemática será possível a problematização de

situações do cotidiano, com a valorização do aluno no contexto social.

As mídias tecnológicas como softwares, televisão, calculadoras e

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269

aplicativos da internet, favorecem as experimentações matemáticas e

potencializam as formas de resolução de problemas.

Na investigação matemática, o aluno é solicitado a propor questões e

formular conjecturas a respeito do que está sendo investigado.

Dentro do conteúdo estruturante tratamento da informação serão

trabalhados conteúdos que apresentam dados que contemplem a História

e Cultura Afro-Brasileira, História do Paraná e Educação Ambiental.

Não existe um caminho como único e melhor para o ensino da Matemática,

mas conhecer e utilizar diversas possibilidades de trabalho é fundamental para que

o professor construa sua prática.

8.15.5. Avaliação

A avaliação é um instrumento fundamental para fornecer informações sobre

como está se realizando o processo ensino - aprendizagem como um todo – tanto

para o professor e a equipe escolar conhecerem e analisarem os resultados de seu

trabalho como para o aluno verificar seu desempenho – e não simplesmente

focalizar o aluno, seu desempenho cognitivo e o acúmulo de conteúdos para

classificá-lo em “aprovado” ou “ reprovado”.

O processo da avaliação visto como um diagnóstico contínuo e dinâmico

torna-se um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os

procedimentos e as estratégias de ensino, para que realmente o aluno aprenda.

Em geral, a avaliação é feita através do progresso do aluno no domínio de

conceitos ou de observações realizadas a todo momento em sala de aula, através

da sua participação.

É importante que a avaliação verifique a capacidade de interpretar, identificar

informações, estimar, investigar, justificar, argumentar e comprovar.

A aprendizagem da Matemática é um processo dinâmico e a avaliação deve

levar em conta os caminhos percorridos pelo aluno, as suas tentativas de solucionar

os problemas propostos e, a partir do diagnóstico de suas dificuldades, ampliar o

seu domínio sobre os conteúdos em estudo.

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270

Dessa forma a avaliação em Matemática não deve priorizar a verificação da

memorização de regras e esquemas, mas sim a compreensão dos conceitos, o

desenvolvimento de atitudes e procedimentos, a criatividade nas soluções, que se

refletem no modo de enfrentar e resolver situações - problema.

O resultado não é o único elemento a ser observado numa avaliação, mas

sim o processo de construção do conhecimento. Assim, os erros não devem apenas

ser constatados. É necessário explorar e trabalhar as possibilidades decorrentes

desses erros, pois eles resultam de uma visão parcial que o aluno possui do

conteúdo.

Portanto a avaliação deve informar sobre:

O conhecimento e compreensão de conceitos e procedimentos.

A capacidade de resolver problemas do cotidiano.

As habilidades de análise, generalização e raciocínio.

A confiança em fazer matemática.

A perseverança e o cuidado na realização de tarefas e a cooperação nos

trabalhos em grupo.

Além das provas escritas e individuais, a avaliação deverá conter também:

pesquisas;

relatórios;

trabalhos em grupos e individuais;

atividades do livro;

observação do professor.

O aluno que não atingir 6,0 em cada avaliação ou grupo de avaliações

valendo 10,0, terá direito à reavaliação, realizada após a retomada dos conteúdos.

Assim, o objetivo da avaliação é diagnosticar como está se dando o processo

ensino-aprendizagem e coletar informações para corrigir possíveis distorções

observadas nele. Quando os resultados não forem satisfatórios, é preciso buscar as

causas. Pode ser que os objetivos foram superdimensionados ou que o problema

esteja no conteúdo, na metodologia de ensino, nos materiais, na própria forma de

avaliar ou em algum outro aspecto. O importante é determinar os fatores do

insucesso e reorientar as ações para sanar ou minimizar as causas e promover a

aprendizagem do aluno.

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CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Números e Álgebra

Conhecer os diferentes sistemas de numeração;

Reconheça o conjunto dos números naturais, comparando e

reconhecendo seus elementos;

Efetue as operações fundamentais com números naturais;

Expresse situações problema que envolvam as operações, de maneira

oral ou escrita;

Estabeleça relação de igualdade e transformação: fração e número

decimal; fração e número misto;

Identifique o MMC e o MDC entre dois ou mais números naturais;

Identifique a potenciação como multiplicação de fatores iguais e a

radiciação com sua operação inversa;

Relacione potências e raízes quadradas com padrões numéricos e

geométricos;

Identifique os conjuntos numéricos , seus registros e operações;

Aplique os princípios aditivo e multiplicativo, como propriedade da

igualdade e desigualdade;

Reconheça razão como uma comparação entre grandezas e

proporção como igualdade entre duas razões;

Identifique grandezas diretamente e inversamente proporcionais;

Reconheça o conceito de incógnita;

Reconheça números naturais, inteiros, racionais e irracionais;

Aplique a notação científica;

Calcule a raiz quadrada exata e aproximada de números irracionais;

Identifique o número π (pi) como irracional;

Identifique e opere com monômios e polinômios;

Utilize os produtos notáveis;

Opere com expoentes fracionários;

Reconheça expoente fracionário como radical e aplique as

propriedades na sua simplificação;

Use a fatoração para extrair raízes;

Reconheça equações do 2º grau completas e incompletas;

Encontre as raízes de uma equação do 2º grau através de diferentes

processos;

Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica;

Resolva equações biquadradas;

Resolva situações-problema que envolvam regra de três composta;

Reconheça o metro como unidade-padrão de medida de comprimento;

Identifique os diversos sistemas de medidas;

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272

Grandezas e Medidas

Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma;

Calcule perímetro e área de figuras planas;

Reconheça o metro cúbico como unidade-padrão de medida de

volume;

Transforme unidades de medidas de tempo;

Identifique ângulos retos, agudos e obtusos;

Relacione o sistema monetário brasileiro com outros sistemas

mundiais;

Calcule a área de uma superfície;

Reconheça e aplique os diversos tipos de medidas;

Identifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadro para medi-

los;

Calcule o comprimento da circunferência;

Calcule a área do circulo;

Calcule a área de polígonos;

Reconheça ângulos formados por paralelas interceptadas por

transversal;

Aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo;

Utilize o teorema de Pitágoras em situações diversas

Funções

Expresse a dependência entre variáveis;

Identifique função afim e sua representação gráfica;

Reconheça gráficos que descrevam funções;

Identifique a função quadrática e sua representação gráfica;

Analise graficamente funções afins e quadráticas;

Geometria

Identifique ponto, reta, plano, semi-reta e segmento de reta;

Calcule o perímetro de figuras planas;

Encontre a área de figuras planas;

Reconheça círculo e circunferência e seus elementos;

Identifique os sólidos geométricos e sua planificação, assim como

seus elementos;

Encontre a área de figuras planas;

Classifique e construa sólidos geométricos a partir de figuras planas;

Reconheça noções topológicas através de conceitos como interior,

exterior, fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos

e fechados;

Identifique triângulos semelhantes;

Calcule a soma dos ângulos internos de polígonos regulares;

Trace e reconheça retas paralelas;

Reconheça noções de paralelismo;

Calcule área e volume de poliedros;

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Reconheça o sistema de coordenadas cartesianas;

Reconheça os fractais;

Reconheça polígonos semelhantes;

Utilize a semelhança de triângulos em situações-problema;

Aplique o teorema de Tales;

Calcule a superfície e o volume de Poliedros;

Analise e discuta a auto-similaridade e a complexidade infinita de um

fractal;

Tratamento da

informação

Identifique os diferentes tipos de gráficos;

Faça a leitura de dados, tabelas e gráficos;

Resolva situações-problemas que envolvam porcentagem;

Interprete informações de pesquisas estatísticas;

Calcule a média aritmética, moda e mediana;

Calcule juros simples em situações-problemas;

Represente em gráficos diferentes uma mesma informação;

Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados;

Desenvolva o raciocínio combinatório e aplique o principio

multiplicativo;

Descreva o espaço amostral em um experimento aleatório;

Calcule as chances de ocorrência de um evento;

Calcule juros compostos.

8.15.6. Referências

BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. BRASIL. Presidência da República. Lei nº 9394. Brasília: 1996. BRASIL. Presidência da República. Lei nº 9795. Brasília: 1999. DANTE, Luiz Roberto. Tudo é matemática: livro do professor. São Paulo: Ática, 2002. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br. Acesso em: 30 de julho de 2008. GIOVANNI, José Ruy, CASTRUCCI, Benedito, GIOVANNI, José Ruy. A conquista da matemática: a + nova. São Paulo: FTD, 2002.

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274

GUELLI, Oscar. Matemática: uma aventura do pensamento: livro do professor. São Paulo: Ática, 2002. MORI, Iracema. Matemática: Idéias e desafios, 5ª série. 11 ed., São Paulo: Saraiva, 2002. PARANÁ. Governo do Estado. Lei nº 13.381. Curitiba: 2001. PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática. Curitiba. SEED, 2006.

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275

8.16. QUÍMICA

8.16.1. Apresentação geral da disciplina

Ligada diretamente à vida a Química desempenha papel essencial na

formação do indivíduo, levando-o ao estudo das substâncias materiais e suas

transformações.

Analisando-se a história da Química temos claro que seu estudo foi

extremamente ligado ao desenvolvimento das civilizações e às necessidades

humanas: comunicação, sobrevivência, etc.

A pedagogia sócio-histórica vem sendo um referencial teórico que

compreende uma proposta de ensino voltada ao trabalho na perspectiva de

formação de conceitos diretamente relacionados com sua finalidade, construindo-se

assim conceitos cientificamente estabelecidos. Desta forma, o aluno aproxima-se

cada vez mais qualitativamente do conceito desejado. Há a necessidade de

compreensão precisa de conceitos e do entendimento de suas relações com os

diversos campos do conhecimento.

O ensino de Química deve contribuir para a alfabetização científica do

cidadão através do inter-relacionamento do conhecimento químico e o contexto

social. Faz-se necessária a compreensão mínima do conhecimento científico e

tecnológico para além do domínio estrito dos conceitos de Química. Diz respeito ao

entendimento das inter-relações sociais do sujeito, ao desenvolvimento de sua

capacidade de participação através de uma atitude crítica e atuação transformadora

na direção de uma sociedade justa.

8.16.2. Objetivos gerais

Propiciar ao aluno condições para que domine os conhecimentos

científicos a partir dos quais poderá entender os fenômenos naturais,

interpretando o ambiente em que vive tendo oportunidades de vivenciar o

processo de investigação científica;

Desenvolver no aluno a capacidade de comunicar-se, lendo e

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276

interpretando textos de interesse científico e tecnológico;

Desenvolver no aluno a capacidade de questionar os diferentes processos

naturais e tecnológicos, investigando e compreendendo situações reais,

relacionando com outras áreas do conhecimento.

8.16.3. Conteúdos

1ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Matéria e sua

natureza

Biogeoquímica

Química sintética

Introdução ao estudo

da Química

ciências - definições e históricos

a química na abordagem do

cotidiano

aspectos da Química

método científico

Propriedades da

matéria

características macroscópicas e

microscópicas

energia

mudança de estado físico

transformações da matéria

fenômenos físicos e químicos

densidades dos materiais

Substâncias e

Misturas

substâncias puras

substâncias simples e compostas

alotropia

misturas - tipos

sistemas

Processos de

separação

análise imediata

separação de componentes de

mistura heterogênea

separação de componentes de

mistura homogênea

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277

alguns aparelhos utilizados em

laboratório e suas aplicações

Composição da

matéria

modelos científicos para o átomo

partículas fundamentais

caracterização do átomo

comparação entre os átomos

íons

distribuição eletrônica – Linus

Pauling

Classificação

Periódica dos

Elementos

introdução – bases da tabela

periódica

tabela atual – organização em

grupos e séries

localização dos elementos na tabela

periódica

ocorrência dos elementos – naturais

e artificiais

propriedades periódicas e

aperiódicas

obtenção dos elementos

Ligações Químicas

ligações iônicas

compostos iônicos – fórmulas e

características

ligações covalentes – fórmulas e

características

geometria molecular

polaridade das ligações e de

moléculas

forças intermoleculares

ligações metálicas

Química Inorgânica

divisão histórica

substâncias inorgânicas –

nomenclatura, classificação,

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278

formulação, aplicação

ácidos

bases

sais

óxidos

2ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Matéria e sua

natureza

Biogeoquímica

Química sintética

Reações Químicas

aspectos qualitativos das reações

tipos de reações

equações químicas

balanceamento das equações

reação de óxido redução

Grandezas Químicas

unidades de medida

conceito de massa atômica

massa de um elemento

massa molecular

número de Avogrado

mol

massa molar

notação científica

determinação de fórmulas centesimal

e molecular

Estequiometria

estudo das quantidades das

substâncias

os coeficientes e o número de mols

Oxi - redução

transferência de elétrons

número de nox

reação de oxi redução

agentes oxidantes e redutores

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279

balanceamento por óxido redução

Eletroquímica

isolantes e condutores

potenciais de redução

pilha elétrica ou galvânica

espontaneidade das reações

eletrólise

Estudo dos Gases

caracterização do gás

variáveis de estado

teoria cinética dos gases

equação de Clapeyron

transformações gasosas

relação entre gases

volume molar dos gases

mistura de gases

Estudo das Soluções

tipos de soluções

dispersões

soluções

coeficiente e curvas de solubilidade

aspectos quantitativos das soluções

preparo das soluções

diluição

misturas

determinação da concentração por

titulometria

Cinética Química

velocidade das reações

conceito de velocidade

como as reações se processam

condições que influenciam a

velocidade das reações

Radioatividade

radioatividade e estrutura atômica

estudo das emissões

poder de penetração

transmutação nuclear

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280

fissão e fusão nuclear

aplicações industriais da

radioatividade

Equilíbrio Químico

conceito de equilíbrio químico

constantes de equilíbrio

deslocamento de equilíbrio

ocorrência das reações

influência de água no equilíbrio

medida de pH

3ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Matéria e sua

natureza

Biogeoquímica

Química sintética

Termoquímica

definição da termoquímica

entalpia

valores da entalpia

fatores que influenciam nos valores

de entalpia

transformação de energia

calor de reação

equação termoquímica

processos endotérmicos e

exotérmicos

estado padrão

lei de Hess

entropia

espontaneidade das reações

Os compostos

orgânicos

definição

histórico

características dos compostos

orgânicos

características do átomo de carbono

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281

classificação do carbono na cadeia

carbônica

classificação das cadeias carbônicas

classificação dos compostos

orgânicos

Funções orgânicas

nomenclatura oficial, aplicação dos

principais compostos das funções

orgânicas

hidrocarbonetos

funções oxigenadas

compostos halogenados

compostos nitrogenados

funções sulfuradas

compostos organometálicos

compostos de funções mistas

Comparação entre

compostos orgânicos

séries orgânicas

propriedades físicas

Reações orgânicas

reações de adição

reações de substituição

reações de eliminação

reações de oxidação

reações de redução

Isomeria

isomeria plana

isomeria espacial

Polímeros classificação

principais polímeros

obtenção e aplicação

Introdução à

bioquímica

substâncias bioquímicas

Química descritiva

abordagem dos principais temas do

cotidiano

poluição e reciclagem

fertilizantes

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282

agrotóxicos

tóxicos

energia e combustíveis alternativos

8.16.4. Metodologia

O ensino da Química na sua trajetória histórica foi conteudista com a

finalidade inicialmente de formar o aluno cientista e os conteúdos trabalhados

deslocados do contexto social e histórico de sua produção o que acabou resultando

ficarem pouco significativos para os alunos que, desta forma, não entendiam porque

estudar Química e terminarem por não gostar da disciplina.

A experimentação desempenha função essencial no ensino de Química. Seu

papel investigativo auxilia o aluno na elaboração dos conceitos, não sendo

necessários laboratórios sofisticados, pois o experimento faz parte do contexto

normal de sala de aula. Há também de se ter a clareza da necessidade de migração

do conhecimento químico do esoterismo (para poucos) exoterismo (para todos).

Para que isso aconteça a linguagem/discurso exerce um papel fundamental nesse

movimento pois depende da forma como os significados e os entendimentos são

desenvolvidos no contexto social da sala de aula. Mais do que a interação com o

aluno para que o mesmo possa encontrar sentido no que aprende o professor

precisará contemplar as diversas perspectivas no seu próprio discurso,

possibilitando/facilitando a leitura do mundo.

8.16.5. Avaliação

A avaliação é o ponto nevrálgico de todo e qualquer processo, através dela se

apura a validade e a eficiência das teorias, dos recursos e das práticas. Leva-se em

consideração o conhecimento que o aluno traz previamente das suas relações com

o mundo (senso comum) e as superações que faz no decorrer do processo.

Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos

científicos. O processo de “construção e reconstrução de significados dos conceitos

científicos” (MALDANER, 2003, p.144) se dá a partir de uma ação pedagógica em

que a partir de conhecimentos anteriores dos alunos seja permitido aos mesmos o

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283

entendimento e a interação com a dinâmica dos fenômenos naturais por meio de

conceitos químicos. Os critérios e formas de avaliação devem ficar bem claros para

os alunos, como direito que têm de acompanhar todo o processo.

Na disciplina de Química, as avaliações não se limitam a provas, serão

usados instrumentos variados para se observar os avanços do educando e, também

como recurso para o professor redirecionar a sua prática pedagógica no processo de

ensino-aprendizagem.

Portanto, nessa visão de avaliação o professor se serve das várias formas de

expressão dos alunos, como: leitura e interpretação de textos, produção de textos,

leitura e interpretação da tabela periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de

aulas em laboratório realizadas em sala, apresentação de seminários, entre outros.

8.16.6. Referências

AXT, R. O papel da experimentação no ensino de ciências. In: Moreia, M. A; AXT, R. Tópicos em Ensino de Ciências. Porto Alegre: Sagra, 1991. BAIRD, C. Química Ambiental. 2ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2002. BRADY, J. E HUMISTON, G. E. Química Geral. LTC, 1981. Chassot, A. Educação conSciência. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2003. HALL, NINA. Neoquímica. A química moderna e suas aplicações. Porto Alegre: Bookman, 2004. KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. Trad. B. V. Boeira e N. Boeira. São Paulo: Perspectiva, 1996. MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de Química: professor/pesquisador. 2ª ed. Ijuí: Editora Inijuí, 2003. P.120. SARDELLA, A.; FALCONE, M. Química: série Brasil. São Paulo: Ática, 2004. SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná: Química do Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2008.

VANIN, J. A. Alquimistas e químicos: o passado, o presente e o futuro. São Paulo: Moderna, 2002.

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8.17. SOCIOLOGIA

8.17.1. Apresentação da disciplina

A sociologia surgiu na Europa, como a ciência das questões sociais. Assumiu

as inquietações da Revolução Industrial do século XIX e desenvolveu-se como a

ciência no rastro do pensamento positivista de Auguste Comte, que foi o primeiro

que estabeleceu métodos científicos para a ciência.

O contexto de nascimento da Sociologia como uma disciplina cientifica é

marcado pelas conseqüências de três grandes revoluções: uma política, a

Revolução Francesa de 1789; uma social, a Revolução Industrial r uma revolução na

ciência, que se firma com o iluminismo, retirando desses eventos os valores e os

princípios para a formação de uma nova sociedade.

Nesse sentido, a disciplina de sociologia desenvolve a perspectiva positivista

e por isso passa a se caracterizar como um instrumento de intervenção do homem

na realidade. Para tanto com a contribuição de Karl Marx, a sociologia veio a

desenvolver um olhar mais critico procurando destacar as diferenças entre as

classes sociais e a exploração social de uma classe, a capitalista (burguesia) sobre

o revolucionário Antonio Gramsci trouxe para a sociologia, um fortalecimento do

pensamento crítico, através de análises centradas nas questões educacionais.

No Brasil, no mesmo estilo a disciplina da Sociologia no mundo, apresenta-se

no plano curricular como uma ciência de reflexão acadêmica, com base na pesquisa

científica, que busca a formação do individuo diante dos problemas sociais. A

reflexão sociológica for fundamental para o desenvolvimento da sociologia. De um

lado, destaca-se a corrente de Silvio Romero e de outro Gilberto Freire. A teoria do

primeiro mais Euclides da Cunha e Oliveira Vianna versava sobre os problemas da

nação brasileira no processo de modernização das primeiras décadas do século XX,

numa tentativa de definir a brasilidade.

A teoria de Gilberto Freire projetava-se na análise das origens européia e

africana do povo brasileiro, considerando o primeiro especialista brasileiro com a

formação cientifica. Gilberto Freire foi influenciado pela escola culturalista americana

que se opunha às teorias sociais relevantes do século XIX. Fernando de Azevedo

destaca-se como representante do pensamento escala novista que busca dar um

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tratamento cientifico para o entendimento da educação através da ciência

sociológica, cabendo a esta a função de salvar não só a educação, mas a própria

sociedade.

Da corrente Marxista destacaram-se Caio Prado Junior, Sérgio Buarque de

Holanda, Florestan Fernandes e Otávio Anni cuja produção sociológica tentaram

explicar a organização da sociedade, as relações de produção na sociedade, o

nacionalismo econômico, o sindicalismo e a formação de uma classe trabalhadora

agrária e urbana.

A trajetória da produção sociológica brasileira é uma prova de que ela se

constituiu disciplina no debate, entre diferentes concepções teóricas responsáveis

por respostas a questões que a sociedade coloca em diversos momentos e por isso

apresenta muitas contradições e contribuições diferentes.

A introdução da sociologia como disciplina curricular apresenta-se como parte

do processo de institucionalização da escola, em sua realidade. Apresenta-se numa

perspectiva transformadora almejando inspirar projetos de sociedade e visões

políticas avançadas.

Este anseio não tem se mostrado suficiente para a disciplina de sociologia se

instalar de forma definitiva nos currículos, como área do conhecimento fundamental

para a formação humana. Isto tem posicionado a sociologia desde o inicio do século

XX até fim de 1990, como instável com interrupções na sua prática, expressando

falta de tradição nas escolas.

No Paraná, desde 2004, diante de várias situações da realidade

contemporânea não há mais espaço para o trabalho da educação escolar sobreviver

sem a sociologia. Constata-se que a Sociologia é fundamental no processo

educacional, sobrepondo-se a apresentação simples, através da leitura e

explicações teóricas, e exigindo cada vez mais reflexões mais práticas sobre muitas

questões sociais discussões e debates que levem os educandos a um

posicionamento social. Diante desta realidade, é missão inadiável da escola e da

sociologia formar novos valores, uma nova ética, novas ações sociais que apontem

para a possibilidade de construção de novas relações sociais.

A partir da obrigatoriedade do ensino da disciplina a partir de 2007,

determinada pelo Conselho Nacional de Educação, as escolas de ensino médio do

Estado buscam a melhor forma de aproximar a sociologia do conhecimento prático

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do educando e vir a construir com ela uma tradição pedagógica que expresse a

importância da sociologia para a vida.

Daí a importância do tratamento dos conteúdos Sociológicos, fundamenta-se

e sustenta-se em teorias originárias de diferentes tradições, casa uma com o

potencial explicativo correspondente. Essas linhas teóricas devem estacar seus

autores-pensadores, conteúdos, temáticas, metodologias, concepções de sociedade

e de educação.

EMILE DURKHEIM: Concebe a sociedade enquanto vinculo moral entre

os homens e a educação é forma de manutenção da estabilidade e da

ordem social. E educação para Durkheim é sinônimo de socialização

(socializar é ensinar e aprender o lugar de cada um entro da sociedade).

Para Durkheim a sociedade modela a ação individual e à educação cabe

enquadrar cada individuo às expectativas de classe, gênero, etnia, moral

que são esperadas ele.

KARL MARX: concebe a sociedade como uma relação de exploração de

uma classe sobre as outras e vê a educação como possibilidade de

superação e emancipação da opressão exercida por esta sociedade

desigual. Marx complexifica a concepção Durkheiniana ao demonstrar que

a coerção da sociedade sobre os indivíduos e, sim que a coerção

acontece de uma determinada classe social sobre outra. Essa

coerção/dominação manifesta-se de diversas formas, a educação é uma

delas, pois dissemina a ideologia dominante e inculcada classe dominada

o modo burguês de ver o mundo. Mas Marx também via a educação como

potencial e emancipação, pois forneceria ao proletariado, instrumento para

o conhecimento da totalidade, conhecer os mecanismos de dominação e

exploração de uma classe sobre as outras. Mas desta forma é bom

salientar que Karl Marx observa e entende a educação, como um

mecanismo que conforme o seu conteúdo de classe pode oprimir ou

emancipar o homem.

MAX WEBER: concebe a sociedade como vinculo de racionalização da

vida, resultado de uma enorme teia de interações e relações inter-dividuais

e pensa a educação como uma resposta limitada e inexorável a esta

racionalização. Segundo Weber o estabelecimento de uma ordem social

vai se tornando cada vez mais ampla, institucionalizada, desencantada e,

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principalmente burocrática. Desta forma, resta à educação prover os

indivíduos de conteúdos (especializados, eruditos) e disposições que se

predisponha a ter condições (conduta de vida e conhecimento

especializado) necessárias para realizar suas funções de perito na

burocracia profissional.

8.17.2. Objetivos Gerais

Entender a dialética dos fenômenos sociais do seu cotidiano;

Discutir exclusão, desemprego, violência urbana e rural, segurança,

cidadania, consumo, individualismo, reforma agrária e educação;

Compreender a mercantilização das relações sociais das relações

sociais, conflitos étnico-raciais, celebração da cultura de massas,

estilos de vida individualista e consumista;

Transmitir normas, regras, valores necessários para a vida em

sociedade;

Abordar as instituições sociais, como: família, escola e igreja, enfatizar

a origem e importância dessas instituições;

Entender o conceito de cultura, como todo conhecimento adquirido:

crenças, arte, moral, lei e costumes. Compreendendo que não existem

culturas superiores ou inferiores, mas diferentes culturas.

8.17.3. Objetivos Específicos

Interpretar o processo de criação das ciências da sociedade e sua

manifestação histórica;

Distinguir as diferentes características que compõem as Ciências

Sociais;

Reconhecer a importância da Sociologia para o conhecimento a cerca

da vida em sociedade;

Diferenciar cultura erudita de cultura popular;

Problematizar a Indústria Cultural, como cultura de massa,

intensificando a passividade social;

Entender o trabalho como condição de sobrevivência humana;

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Conhecer a divisão social do trabalho, baseado na sociedade

capitalista;

Perceber as origens das classes sociais;

Compreender o uso do poder de diferentes instâncias na nossa

sociedade;

Perceber a ideologia como uma visão de mundo, que varia de acordo

com os grupos, que dominam o poder;

Entender o Estado como nação, que é capaz de construir relações

políticas, econômicas e sociais;

Considerar a questão de direitos, inscritos nas leis, entendendo que

direito é atrelado a dever;

Compreender a verdadeira cidadania;

Entender os diferentes movimentos sociais, seu motivos e o que

desencadearam em sociedade.

8.17.4. Conteúdos

1° SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

O surgimento da

sociologia e

teorias

sociológicas

Formação e

consolidação da

sociedade

capitalista e o

desenvolvimento

do pensamento

social;

Teorias

sociológicas

clássicas: Comte,

Durkheim, Engels e

Marx, Weber.

O Surgimento da Sociologia.

Compreender o processo da criação

das Ciências da Sociedade.

Buscaremos conhecer como se deu o

processo histórico de criação da

Sociologia. Conhecer quais foram os

condicionantes históricos e intelectuais

que influenciaram no surgimento da

Sociologia no século XIX.

O que são chamadas Ciências

Sociais? Identificar as diferentes

características que compõem as

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O desenvolvimento

da Sociologia no

Brasil.

Ciências Sociais; reconhecer a

importância de todas as disciplinas que

compõem as Ciências da Sociedade.

As Teorias sociológicas (Auguste

Conte, Max Weber, Émile Durkheim e

Karl Marx). Apresentar as principais

contribuições dos fundadores da

Sociologia, os autores que serviram de

referencial para grande parte das

discussões sociológicas ao longo do

Ensino Médio.

A produção Sociológica brasileira.

Estudaremos as três fases da

implantação da Sociologia no Brasil.

Conheceremos os autores que marcam

cada uma das fases; as principais

contribuições de cada sociólogo para

se pensar as questões do Brasil entre

outras coisas.

Processo de

socialização e as

Processo de

Socialização;

Instituições sociais:

Familiares;

Escolares;

Religiosas;

Instituições de

Reinserção

(prisões,

manicômios,

educandários,

asilos, etc)

Socialização:

inserção/construção/transmissão de

valores, normas e regras capazes de

desenvolver a vida em sociedade. Mas

para viver em sociedade é necessário

que os membros conheçam e

internalizem as expectativas de

comportamento, estabelecendo

valores, regras e normas.

As Instituições Sociais: As

Instituições têm sido estudadas de

forma históricas e como responsáveis

pela manutenção de ordem social sem

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290

instituições

sociais

uma reflexão de sua construção

tomando como um dado natural. O que

importa à disciplina da Sociologia é

desenvolver um olhar critico,

explicativo, mas principalmente

interrogador e que conduza a

mudanças de atitudes a respeito da

organização da sociedade, levando a

refletir a respeito das características

que compõem cada uma das

instituições que compõem a sociedade.

Instituição Familiar: As origens

históricas, as diferentes configurações

nos diversos lugares e principalmente a

dinâmica das famílias nas sociedades

contemporâneas. Importa ao aluno

compreender a importância das

famílias como parte constituinte das

sociedades, mas principalmente livrar-

se de qualquer tipo de pré-julgamentos

e preconceitos em relação a uma outra

forma de organização familiar. A leitura

e discussão de textos ligados à

antropologia, que demonstram povos

com organizações sociais totalmente

distintas da nossa, contribui para

“romper” com visões etnocêntricas; a

exibição de filmes que provoquem a

reflexão e remetam o aluno à situações

próximas distantes da sua realidade

também levam o jovem a pensar, a

rever e a buscar modelos familiares

adequados às suas necessidades; a

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291

realização de investigações na própria

comunidade também podem contribuir

para o alcance dos objetivos

pretendidos.

Instituição Escolar: As origens

históricas, as diferentes teorias ou

“olhares” construídos sobre a

instituição escolar, os diferentes

modelos escolares presentes em

sociedades diversas, assim como, a

reflexão sobre a importância e o papel

da escola e de seus atores

(professores, alunos, funcionários,

direção) nas sociedades atuais.

Instituição Religiosa: As origens e

importância do pensamento religioso,

as diferentes práticas religiosas, a

reflexão sobre idéias pré-concebidas,

preconceitos e sectarismo entre outras

questões.

2° SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Cultura e indústria

cultural

Desenvolvimento

antropológico do

conceito de cultura

e sua contribuição

na análise das

diferentes

sociedades;

Diversidade

Cultura ou Culturas, uma

contribuição Antropológica. O

Conceito de cultura é diverso, mas

comumente diz respeito: “a todo

conhecimento adquirido, crenças, arte,

moral, leis e costumes”. Esses

conhecimentos nos revelam que a

cultura não é natural nos indivíduos,

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292

cultural;

Identidade;

Indústria cultural;

Meios de

comunicação de

massa;

Sociedade de

consumo;

Indústria cultural no

Brasil;

Questões de

gênero;

Cultura

afrobrasileira e

africana;

Culturas indígenas.

que é um comportamento aprendido e

se difere de um grupo para outro.

Diversidade Cultural Brasileira: É

importante problematizar para o aluno

de Ensino Médio o conceito de cultura

e suas derivações para que ele

perceba que não existem culturas

superiores ou inferiores, melhores ou

piores, mas apenas culturas distintas e

formas de apropriação cultual

diferenciada.

Cultura, criação ou apropriação. A

partir deste tópico podemos chegar aos

conceitos (conteúdos) e Cultura Erudita

e Cultura Popular e destes partir para o

conceito de Indústria que também pode

ser trabalhado como cultura de massa.

Trabalho,

produção e

classes sociais

O conceito de

trabalho e o

trabalho nas

diferentes

sociedades;

Desigualdades

sociais:

estamentos,

castas, classes

sociais;

Organização do

trabalho nas

sociedades

capitalistas e suas

contradições;

Globalização e

O que é trabalho para a Sociologia?

– O conceito de trabalho também é

diverso, mas comumente se refere

trabalho e condição de sobrevivência

do homem agindo sobre a natureza

com a finalidade de suprir as condições

materiais para sua existência, com o

trabalho os homens reproduzem a si

mesmos e ao reproduzirem a vida,

produzem riqueza.

Trabalho na Sociedade Capitalista.

Na sociedade capitalista a produção da

vida material é baseada na propriedade

privada, no trabalho assalariado e

numa determinada divisão social do

trabalho, discutiremos neste tópico

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Neoliberalismo;

Relações de

trabalho;

Trabalho no Brasil.

como os autores clássicos da

sociologia analisam o mundo moderno

e a sociedade capitalista.

Trabalho nas Teorias Clássicas da

Sociologia. Como foi dito o inicio deste

texto existem diversos conceitos de

Trabalho, na visão de Durkheim, a

divisão social do Trabalho é uma forma

de justamente atenuar a concorrência e

competição entre os homens. Para Karl

Marx, a sociedade é dividida em

classes, Burguesia, detentora dos

meios de produção e o proletariado,

que vende a sua mão-de-obra em troca

de um salário. Para Marx, as classes

sociais são antagônicas e desiguais

lutam constantemente entre elas, o

trabalhador por melhores condições e a

burguesia para aumentar sua riqueza.

Para Weber, a noção de classe

baseada em indicadores de status. O

acesso a determinados tipos de bens

de consumo, aos próprios meios de

produção, aos serviços é o que

identificará as diversas classes sociais.

Trabalho em perspectivas

contemporâneas ou o Trabalho em

época de Globalização. Numa

perspectiva sociológica, a categoria

Trabalho deve também se atentar em

problematizar o lugar da mulher, do

negro, do índio, do jovem no atual

mercado de trabalho, suas dificuldades

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os dilemas de quem esta muitas vezes

à margem do mercado de trabalho.

3° SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Poder, política e

ideologia

Formação e

desenvolvimento

do Estado

Moderno;

Democracia,

autoritarismo,

totalitarismo

Estado no Brasil;

Conceitos de

Poder;

Conceitos de

Ideologia;

Conceitos de

dominação e

legitimidade;

As expressões da

violência nas

sociedades

contemporâneas.

O que é Poder? Discutir o conceito de

poder, a partir dos referenciais

clássicos da Sociologia. Poder é uma

relação assimétrica, hierárquica o seu

uso não se faz ou não se limita ao uso

da força estritamente, ele se faz

através da linguagem, dos símbolos e

das práticas efetivas. E, portanto,

também está permeado pela ideologia.

Através deste pequeno conceito pode-

se estudar Max Weber; Karl Marx;

Pierre Bourdieu entre outros.

O que é ideologia? Discutir o conceito

de ideologia a partir dos teóricos da

Sociologia. Ideologia é comumente

associada a uma visão de mundo de

acordo com um determinado grupo,

classe, formação etc.

O que é o Estado? Trabalhar o

conceito de Estado. Discutir a

instituição e as suas diversas

características: controle político e

administrativo de um determinado

território, autoridade amparada num

sistema legal e jurídico. Controle e uso

do monopólio legítimo da força.

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Pretende-se discutir os tipos de Estado

existentes. As tarefas que competem

ao Estado. Sua importância para a

população em geral etc.

A Formação do Estado Moderno.

Desde que os homens começaram a

viver em grupos e trabalhar

coletivamente, várias formas de

organização social foram se

configurando, sendo que uma das mais

recentes e que permanece até hoje em

várias sociedades, chama-se Estado.

Mas como ele surgiu? Segundo alguns

filósofos, o Estado é uma necessidade

da vida do homem em Sociedade, não

existe sociedade sem a presença do

Estado, afirmam que o Estado é

condição para a existência de vida em

grupo. Mas quando surge o Estado

com características modernas? Iremos

trabalhar neste item com a formação

histórica do Estado e os autores

(filósofos) que discutem o tema.

Direitos, cidadania

e movimentos

sociais

Direitos: civis,

políticos

e sociais;

Direitos Humanos;

Conceito de

cidadania;

Movimentos

Sociais;

Movimentos

Sociais no Brasil;

O que é o Direito? Conceito e

aplicação. Na análise da questão dos

direitos deve-se considerar se esses

foram sendo inscritos nas leis,

lentamente ou foram conquistados

através de pressão dos que não tinham

direitos. São os direitos que definem a

cidadania, mas só existem se forem

exercidos no cotidiano das ações das

pessoas. A organização e a luta de

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A questão

ambiental e os

movimentos

ambientalistas;

A questão das

ONG‟s.

grupos sociais estão presentes no

âmbito de vários tempos históricos.

Os tipos de movimentos sociais. Os

movimentos sociais são práticas civis

de confronto, que desempenham o

papel de criadoras de novas políticas

que acabam influenciando no próprio

desenvolvimento da sociedade. O

estudo deste conteúdo possibilitará aos

alunos a compreensão da dinâmica

que os cerca, como também a

capacidade de inserir-se e participar de

movimentos já organizados ou em

processo de organização. Discutiremos

e analisaremos o papel dos seguintes

movimentos sociais urbanos e rurais:

a) Movimentos Estudantis; b)

Movimentos Rurais; c) Movimentos

Sociais Conservadores; d) Movimentos

religiosos; entre outros.

8.17.5. Metodologia

A compreensão de conceitos e práticas no campo do ensino da Sociologia

deve ser encaminhada pela necessidade de entender e explicar a dialética dos

fenômenos sociais do cotidiano de uma perspectiva que não seja a do senso

comum, chegando-se à síntese necessária ao entendimento da sociedade, à luz do

conhecimento científico. Não está inscrita na realidade social sua divisão ou

compartimentação em áreas ou conteúdos disciplinares. No entanto, a dificuldade

em compreendê-la em sua complexidade e totalidade impõe a necessidade em

“dividi-la” em partes com objetivos analíticos e didáticos com a finalidade de tomá-la

acessível e compreensível a um maior número de pessoas. Esta divisão “analítica”

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do conhecimento sociológico não pode ser estanque, e muito menos compreendida

em si mesma, mas deve ter a preocupação de estar continuamente em diálogo com

a totalidade a qual se refere, assim como em diálogo com as transformações sociais,

culturais, econômicas e políticas emergentes no mundo contemporâneo.

Assim, é impossível no campo da Sociologia Critica discutir exclusão,

desemprego, violência urbana e no campo, segurança, cidadania, consumo,

individualismo, reforma agrária, educação e saúde precárias, desvinculados de

transnacionalização da economia, sujeição de paises às exigências do capitalismo

multinacional, superdimensionamento do mercado. Estado mínimo privatista,

mercantilização das relações sociais, conflitos étnico-radicais, celebração da cultura

de massas, estilos de vida indivualistas e consumistas. É importante ressaltar que

não se pretende através dos conteúdos estruturantes responder pela totalidade da

Sociologia e nem pelos seus desdobramentos em conteúdos específicos, pois tem-

se a clareza da dimensão e da dinâmica próprias da sociedade e do conhecimento

cientifico que acompanha, as quais, no entanto, não podem ser ignoradas, quando

objetiva-se uma análise atenta e critica das problemáticas sociais.

Os conteúdos estruturantes, e os conteúdos específicos deles desdobrados,

não devem ser pensados e trabalhados de maneira autônoma, como se bastassem

a si próprios, como também não devem ser pensados e trabalhados de forma

seqüencial como se exigissem obediência incondicional.

No Ensino de Sociologia é fundamental a utilização de múltiplos instrumentos

metodológicos:

Leitura e esclarecimentos do significado dos conceitos, e lógica dos textos

(teóricos, temáticos, literários);

Análise;

Discussões;

Pesquisa de campo e bibliográfica;

Discussão de filmes;

O importante é levar o aluno a relacionar a teoria com o vivido.

8.17.6. Avaliação

Deve ser em conformidade com os processos de ensino-aprendizagem e de

acordo com os encaminhamentos metodológicos. A avaliação deve ser pensada, e

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elaborada de forma transparente e coletiva. Seus critérios devem ser debatidos,

criticados e acompanhados por todos:

Apreensão de alguns conceitos básicos da ciência articulados a pratica

social;

A capacidade de argumentação fundamentada teoricamente;

A clareza e coerência na exposição das idéias sejam em textos escritos ou

orais. Pode-se também avaliar as mudanças na forma de olhar para os problemas

sociais, as iniciativas e a autonomia em tomar atitudes diferenciadas e criativas. Por

fim, não só os alunos, mas também professores e a instituição escolar devem

constantemente ser avaliados em suas dimensões práticas e discursivas e

principalmente em seus princípios políticos com a qualidade e a democracia.

8.17.7. Referências

DIRETRIZES CURRICULARES da Educação Básica. Sociologia. Secretaria da

Educação do PARANÁ. 2008.

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299

8.18. PROGRAMA VIVA A ESCOLA - HORTA NA ESCOLA E EDUCAÇÃO

AMBIENTAL

8.18.1. Justificativa

Tomando-se como referência o fato de a maior parte da população brasileira

viver em cidades, observa-se uma crescente degradação das condições ambientais,

refletindo diretamente o estilo de vida das pessoas. Isto nos remete a uma

necessária reflexão sobre os desafios para mudar as formas de pensar e agir em

torno da questão ambiental, e da vida sustentável.

Diante das crescentes catástrofes climáticas atualmente vivenciadas, e de

tantos outros problemas decorrentes da não preservação da natureza, a educação

ambiental surge como uma necessidade nos currículos escolares, pois é uma prática

educativa que dialoga essencialmente com a problemática ambiental. Essa prática

visa desenvolver no educando uma mudança de valores, atitudes e comportamentos

para o estabelecimento de uma nova relação entre o ser humano e a natureza. Uma

relação que deixe de ser instrumental e utilitarista, para se tornar harmoniosa e

respeitadora dos limites ecológicos. Uma relação onde agora a Natureza não seja

mais compreendida apenas como um “recurso natural” passível de apropriação

humana a qualquer custo para nosso usufruto.

O projeto justifica-se pelo fato de que o trabalho efetivo dos alunos na

plantação, manutenção e colheita dos produtos produzidos na horta, vem a ser uma

forma de trabalhar o desenvolvimento sustentável, o respeito e a preservação do

meio ambiente. O projeto horta na escola e a educação ambiental terá também a

finalidade de intervir na cultura alimentar e nutricional dos alunos.

A promoção da saúde permite que as pessoas adquiram maior controle sobre

sua própria qualidade de vida. Através da adoção de hábitos saudáveis não só os

indivíduos, mas também suas famílias e comunidade se apoderam de um bem, um

direito e um recurso aplicável à vida cotidiana, pois uma alimentação equilibrada e

balanceada é um dos fatores fundamentais para o bom desenvolvimento físico,

psíquico e social do ser humano.

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8.18.2. Fundamentação teórica

A implantação de hortas escolares e nas comunidades pode representar uma

estratégia de organização comunitária, educação ambiental, desenvolvimento

sustentável e promoção de hábitos saudáveis pelo consumo dos produtos

cultivados. Nas escolas, as atividades envolvidas na horta permitem trabalhar os

conteúdos de alimentação, nutrição e ecologia em diversas disciplinas (matemática,

ciências, geografia, etc). A horta, além de contribuir para a merenda escolar,

proporciona a aquisição de bons hábitos alimentares, estímulo ao consumo de

hortaliças e frutas, bem como resgate de hábitos regionais e locais (SEPLAN BAHIA,

2008).

O hábito do consumo de hortaliças pode ser desenvolvido na escola com a

participação dos alunos. Além da satisfação de poder aproveitar na alimentação

escolar as hortaliças que ajudou a cultivar, o aluno aprende o seu valor nutritivo,

bem como seus benefícios para a sua saúde. Para Bianco citado por Kurek e Butzke

(2006), uma horta bem organizada e planejada oferece muitas vantagens, tais como:

fornece hortaliças que têm vitaminas e minerais essenciais para a saúde;

possibilita uma alimentação de qualidade, saudável e variada;

diminui os gastos com a alimentação;

permite a colaboração dos educandos, enriquecendo seus conhecimentos

e aprimorando experiências;

é fonte de renda familiar quando a produção é maior que o consumo;

melhora a aparência e o valor nutritivo das refeições;

permite produção em curto espaço de tempo.

A existência de uma horta na escola possibilitará mostrar aos alunos a

importância de se produzir o próprio alimento e, principalmente, saber a qualidade e

a procedência do que está consumindo. A produção orgânica, muito mais do que

uma produção que não usa agrotóxicos, é uma produção baseada em tecnologias

limpas e sustentáveis para gerar produtos dentro de boas práticas da segurança

alimentar. Essa prática mostrará aos alunos que é possível obter em sua própria

casa um produto de qualidade, saudável de alto valor nutritivo e medicinal, e o mais

importante, livre de agrotóxicos.

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A horta tem aplicações pedagógicas vastíssimas. No ensino de Geografia, por

exemplo, ela permite o desenvolvimento de temas, em aulas teóricas e práticas, tais

como:

Compostagem: sua importância para a reciclagem do lixo orgânico.

Reciclagem de materiais descartáveis: sua importância para a

preservação do meio ambiente.

Qualidade, preservação e uso consciente da água, solo e ar: sua

importância para a saúde da coletividade e sustentabilidade do meio

ambiente.

A origem dos vegetais e de como chegaram até aqui, trabalhando assim

geografia e história. Além disso, o professor também pode trabalhar nos

alunos a consciência do que é o desenvolvimento sustentável.

O trabalho do homem no campo.

Pesquisar, pela região, quais os tipos de plantações são cultivadas; para

que fim são destinadas (subsistência e/ou comercialização);

8.18.3. Objetivos

Propiciar o comprometimento dos educando com o ambiente e a saúde;

Apresentar e estimular um estilo de alimentação saudável;

Promover estudos, debates e atividades sobre as questões ambiental,

alimentar e nutricional;

Perceber a importância do solo para o homem;

Identificar os fatores que influem na agricultura, tais como o clima, solo,

relevo, e a hidrografia;

Estimular o aluno compreender o mundo e atuar como individuo e

cidadão, utilizando conhecimento populares e tracionais e de natureza

cientifica e tecnológica;

Oportunizar aos alunos um trabalho escolar dinâmico e participativos.

8.18.4. Metodologia:

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Para realização do projeto as atividades propostas serão divididas em oito

etapas como segue. Porém as aulas teóricas e as práticas estarão sempre sendo

conciliadas para que os alunos possam ter base teórica para as aplicações práticas.

1º Etapa - Visitação à horta: Nesta etapa os alunos serão levados a fazer o

reconhecimento do espaço em que será feito o plantio, analisando se o local é

apropriado para o cultivo de hortaliças, obedecendo alguns critérios que serão pré-

estabelecidos. Posteriormente à exploração do espaço da horta, serão apresentados

os instrumentos que serão utilizados nas várias etapas como: enxada, enxadão,

regador, ancinho, sacho, carrinho-de-mão.

2ª Etapa - Preparação da terra: Antes de iniciar a preparação dos canteiros,

limpando o terreno, afofando a terra desmanchando os torrões, tirando pedras e

outros objetos. Posteriormente farão a demarcação dos canteiros, caso necessite,

fazer a correção do solo, em seguida farão a adubação dos canteiros com adubo

natural, feito de resíduos vegetais e animais. Para concluir essa etapa deverão ser

preparadas as covas.

3ª Etapa - Plantio: A etapa será iniciada com explicações sobre o plantio, as

diferenças entre os vários tipos de solos, quais plantas podem ser cultivadas na

região e no Estado, bem como a época de plantio e colheita de cada uma. Após as

devidas explicações sobre o plantio serão semeadas as sementes de alface,

cenoura e outras hortaliças. Depois da plantação, será organizado um cronograma

com a turma para que seja feita a rega e a limpeza dos canteiros.

4ª Etapa - Como Cuidar da Horta: A horta deve ser regada duas vezes ao dia,

e ser mantida limpa. A cada colheita, deverá ser feita a reposição do adubo para

garantir a qualidade da terra e das hortaliças.

5ª Etapa - Colheita: Na época adequada a cada hortaliça, os alunos farão a

colheita do que foi plantado, destinando o produto colhido para utilização na cozinha

da escola, com vistas uma alimentação mais saudável. 6ª Etapa - Higienização de

alimentos: Processo de conscientização quanto à higiene necessária para a

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manipulação de alimentos e quanto à importância da horta escolar, feito pelos

próprios alunos envolvidos no projeto através de palestras.

7ª Etapa - Alimentação saudável: Fazer a “ficha nutricional dos alimentos”,

utilizando a internet, pesquisar também como tirar melhor proveito dos alimentos,

(folhas, raízes, cascas, etc). Pesquisar receitas que aproveitem as sobras dos

alimentos. Algumas receitas poderão ser preparadas pelos alunos, as mais

interessantes serão transformadas em um livro que será entregue as mães dos

alunos. Os alunos assistirão a uma palestra com uma nutricionista sobre a

alimentação saudável.

8ª Etapa - Compostagem: Construir na horta escolar uma composteira,

aproveitando os resíduos da merenda escolar. Antes da construção da composteira

os alunos assistirão a vídeos sobre o tema e realizarão pesquisas no laboratório de

informática. Durante as etapas serão desenvolvidas atividades como: entrevista e

palestra com engenheiro agrônomo; Pesquisas no laboratório de informática;

Construção de placas educativas para serem espalhadas pela escola; Visita a uma

fazenda ou ao horto municipal; entrevistas com pessoas e leituras de textos sobre

Horta escolar; discussão e debates sobre alimentação saudável; pesquisa junto a

familiares mais experientes sobre as principais hortaliças; realização de murais com

receitas saudáveis; trabalho com o filme “Hortaliças”; Os alunos participantes

deverão explicar às turmas da escola durante visitação todo os processo de

construção da horta e sua importância; Socialização e exposição do trabalho à

comunidade escolar.

8.18.5. Infraestrutura:

Serão utilizados a biblioteca da escola para aulas teóricas, o laboratório de

informática para pesquisas, e o espaço no pátio da escola onde será construída a

horta.

8.18.6. Recursos Materiais:

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Algumas ferramentas são essenciais para o preparo da terra e plantio das

hortaliças:

Luvas

Enxada

Enxadão

Regador

Ancinho (pequeno e grande)

Sacho

Carrinho de mão

Botas de borracha

Rastelo

Tesouras de poda

Sementes: Cenoura, Alface, Salsinha, Mostarda, Beterraba, Rabanete,

Pepino, Abobrinha, Vagem

8.18.7. Resultados esperados:

Que o aluno compreenda a natureza como um todo dinâmico, e que somos

parte integrante e agente das transformações do mundo em que vivemos, com vistas

à melhoria do meio ambiente, e ao estímulo de uma alimentação de qualidade.

8.18.8. Critérios de participação:

Terão prioridade alunos com dificuldades de aprendizagem, bem como

aqueles que demonstrarem interesse e/ou habilidade para o desenvolvimento das

atividades propostas, considerando que as mesmas servem de estímulo à aquisição

e/ou transformação de conhecimentos específicos.

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8.19. PROGRAMA VIVA A ESCOLA - MUSICALIZAÇÃO

8.19.1. Justificativa:

Mas, a música também deve ser estudada como matéria em si, como

linguagem artística, forma de expressão e um bem cultural. A escola deve ampliar o

conhecimento musical do aluno, oportunizando a convivência com os diferentes

gêneros, apresentando novos estilos, proporcionando uma análise reflexiva do que

lhe é apresentado, permitindo que o aluno se torne mais crítico. Entendendo que

uma das tarefas primordiais da escola é assegurar a igualdade de chances, para que

todos possam ter acesso à música e possa educar-se musicalmente, qualquer que

seja o ambiente sócio-cultural de que provenha”. As atividades musicais realizadas

na escola não visam a formação de músicos, e sim, através da vivência e

compreensão da linguagem musical, propiciar a abertura de canais sensoriais,

facilitando a expressão de emoções, ampliando a cultura geral e contribuindo para a

formação integral do ser.

8.19.2. Fundamentação teórica:

O trabalho com musicalização na escola é um poderoso instrumento que

desenvolve, além da sensibilidade à música, fatores como: concentração, memória,

coordenação motora, socialização, acuidade auditiva e disciplina. As atividades

musicais na escola podem promover o alívio de tensões devidas à instabilidade

emocional e fadiga, promovendo processos de expressão, comunicação e descarga

emocional através do estímulo musical e sonoro; proporcionando situações que

possam contribuir para estimular e desenvolver o sentido da ordem, harmonia,

organização e compreensão.

O aprendizado de música, além de favorecer o desenvolvimento afetivo,

amplia a atividade cerebral, melhora o desempenho escolar dos alunos e contribui

para integrar socialmente o indivíduo”. Entendendo que a música é composta

basicamente por:

Som: são as vibrações audíveis e regulares de corpos elásticos, que se

repetem com a mesma velocidade, como as do pêndulo do relógio. As

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vibrações irregulares são denominadas ruído.

Ritmo: é o efeito que se origina da duração de diferentes sons, longos ou

curtos.

Melodia: é a sucessão rítmica e bem ordenada dos sons. Harmonia: é a

combinação simultânea, melódica e harmoniosa dos sons.

Cada um dos aspectos ou elementos da música corresponde a um aspecto

humano específico, ao qual mobiliza com exclusividade ou mais intensamente: o

ritmo musical induz ao movimento corporal, a melodia estimula a afetividade; a

ordem ou a estrutura musical (na harmonia ou na forma musical) contribui

ativamente para a afirmação ou para a restauração da ordem mental no homem.

Segundo a DCE de Artes (p.22), “o homem transformou o mundo e a si

próprio pelo trabalho e, por ele, tornou-se capaz de abstrair, simbolizar e criar arte.”

Entendemos que os processo oposto pode ser adotado, quando a arte é o meio de

transformação da sociedade, uma vez que quem a “produz” primeiramente analisa

seu eu e a realidade em que está inserido, produzindo ou reproduzindo na arte suas

idéias, sua visão de mundo, ou suas projeções.

Ainda, conforme recorte da DCE de Artes (p. 23), “a história social da arte

demonstra que as formas artísticas exprimem sua contemporaneidade, por serem

produção do Homem, um ser que é simultaneamente constituído/constituinte do

social. Essas formas artísticas – como expressão concreta de visões de mundo –

são determinadas, mas também determinam o contexto histórico, social, econômico

e político, isto é, as transformações da sociedade implicam condições para uma

nova atitude estética e são por elas modificadas.

Novas maneiras de ver e de ouvir não são apenas resultado de aperfeiçoamentos ou refinamentos na percepção sensorial, mas também uma decorrência de novas realidades sociais (...) o ritmo, o barulho e o tempo das grandes cidades estimulam novos modos de ver e ouvir; um camponês enxerga uma paisagem de maneira diversa da de um homem da cidade, e assim por diante (FISCHER, 2002, p.170).

Partindo desse princípio, observa-se a importância do trabalho musical, não

apenas como uma “disciplina/conteúdo” a ser trabalhado, mas como um instrumento

de transformação do ser, o qual propicia momentos de análise crítica da realidade,

de integração social, de troca de experiências, de mudança de pensamentos. Assim

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a estaremos entendendo a arte como forma de conhecimento, como ideologia, e

como trabalho criador.

8.19.3. Objetivos:

Oportunizar o conhecimento dos vários estilos musicais;

Desenvolver a percepção auditiva;

Vivenciar, compreender e diferenciar os elementos musicais;

Contribuir com a aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento cognitivo/

lingüístico, psicomotor e sócio-afetivo do participante.

Através da música estabelecer a harmonia pessoal, facilitando a

integração, a inclusão social;

Trabalhar a música considerando o conceito de ciência e arte;

Entender a música como criatividade e auto-expressão, permitindo a

expressão de nossos pensamentos e sentimentos.

Produzir instrumentos musicais com vários tipos de materiais.

8.19.4. Metodologia:

A implantação desse projeto na escola, visa formar um banda rítmica com

alunos de todas as séries e idades, utilizando-se de diversos tios de materiais,

como; tubo de PVC, latas, potes plásticos, molhos de chave, madeira, entre outros,

com intuito de organizar estes sons em forma de música. A partir da banda será

trabalhado a exploração rítmica, sonora a teoria musical e a organização sonora dos

objetos explorados (produção).

De acordo com a DCE de Artes (p. 47) “para se entender melhor a música, é

necessário desenvolver o hábito de ouvir os sons com mais atenção, de modo que

se possa identificar os seus elementos formadores, as varições e as maneiras como

esses sons são distribuídos e organizados em uma composição musical. Essa

atenção vai propiciar o reconhecimento de como a música se organiza.” Assim, para

que esse trabalho seja realizado com sucesso, e que os alunos compreendam a

música, a produção musical, e não fiquem apenas na reprodução de sons, será

necessário num primeiro momento um trabalho de musicalização, que é um

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processo de construção do conhecimento, que tem como objetivo despertar e

desenvolver o gosto musical, favorecendo o desenvolvimento da sensibilidade,

criatividade, senso rítmico, do prazer de ouvir música, da imaginação, memória,

concentração, atenção, auto-disciplina, do respeito ao próximo, da socialização e

afetividade, também contribuindo para uma efetiva consciência corporal e de

movimentação.

Um dos elementos importantes na “produção” musical é a escuta sensível e

ativa, que pode ser desenvolvida com atividades simples que explorem o universo

sonoro, levando os participantes a ouvir com atenção, analisando e comparando os

sons, buscando identificar as diferentes fontes sonoras. Exercícios simples como

esse desenvolvem no aluno a capacidade auditiva, exercitando a atenção, a

concentração e a capacidade de análise e seleção de sons. As atividades de

exploração sonora vão partir do ambiente familiar, passando depois para ambientes

diferentes.

Outras atividades que a serem desenvolvidas com os alunos: os participantes

serão levados a ficar em silêncio e observar os sons ao seu redor, depois poderão

descrever, desenhar ou imitar o que ouviram; realizar passeios pelo pátio da escola

para descobrir novos sons, ou aproveitar um passeio fora da escola e descobrir sons

característicos de cada lugar; trabalho com a gravação de sons, onde será pedido

aos alunos que identifiquem cada um, ou a produzir sons sem que vejam os objetos

utilizados, pedindo que os identifiquem, ou descubram de que material é feito o

objeto (metal, plástico, vidro, madeira) ou como o som foi produzido (agitado,

esfregado, rasgado, jogado no chão). As atividades onde se busca localizar a fonte

sonora e estabelecer a distância em que o som foi produzido (perto ou longe), são

de grande relevância, para isso, com os olhos fechados indicarão de onde veio o

som produzido por ele, ou ainda, o professor pode caminhar entre os alunos

utilizando um instrumento ou outro objeto sonoro e vão acompanhando o movimento

do som com as mãos.

Após o desenvolvimento das atividades descritas acima, será trabalhado os

atributos do som: Altura; Intensidade; Duração e Timbre.

Paralelamente ao trabalho de musicalização com a montagem da banda

rítimica, será explorado o violão: técnica do instrumento, acordes, cifragem,

tonalidades, rítmos, músicas, transposição, iniciação à harmonia musical e

desenvolvimento auditivo para cifragem de músicas, sendo destinado 02 horas/aulas

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semanais para as atividades diversas de musicalização e 02 horas/aulas semanais

para o conhecimento do violão;

8.19.5. Infraestrutura:

Será utilizado o espaço da bilioteca escolar e também a quadra esportiva

coberta para desenvolvimento das atividades. A casa da Cultura municipal também

será utilizada em alguns momentos específicos, inclusive para a socialização do

projeto no final do ano letivo quando os participantes farão uma apresentação à toda

comunidade.

8.19.6. Recursos Materiais:

Quadro de giz; xerox de apostila montada pelo professor; instrumentos de

percussão como: xilofone, chocalho, afuxê, pandeiro, caixa clara, bumbo, atabaque,

reco-reco, triângulo; materiais diversos: tubo pvc, latas, potes, chaves, madeiras,

arame tesoura, alicate; caderno pautado de música; canetas coloridas, cola,

tesoura, revistas. pastas com plásticos. DVD, rárdio, TV;

8.19.7. Resultados esperados:

Apresentações da banda nos eventos da escola e demais lugares da

comunidade, bem como o desenvolvimento das faculdades intelectuais e sensoriais

e a busca de uma interação enriquecedora entre ambas. Advoga-se a tese de maior

intercâmbio entre arte, ciência e técnica e, de que “toda pessoa é talentosa”,

procurando despertar no estudante sua sinceridade de emoção, sua agudeza de

observação, sua fantasia e criatividade.

8.19.8. Critérios de participação:

Terão prioridade alunos com dificuldades de aprendizagem, considerando que

as atividades relacionadas à música servem de estímulo à realização e o controle de

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movimentos específicos, contribuem na organização do pensamento, e as atividades

em grupo favorecem a cooperação e a comunicação. Também participarão alunos

com habilidades aguçadas para o manuseio de instrumentos, como motivação ao

grupo.

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8.20. PROGRAMA VIVA A ESCOLA – FORMANDO LEITORES

8.20.1. Justificativa:

Enquanto educadores, devemos pensar a leitura como uma fonte de

conhecimento e informação, mas também um meio de lazer. É necessário motivar os

estudantes para o ato de ler, pois a leitura é algo essencial para a aprendizagem do

ser humano, sendo que por meio dela podemos enriquecer nosso vocabulário, obter

conhecimento, dinamizar o raciocínio e a interpretação. Muitas pessoas dizem não

ter paciência para ler um livro, no entanto isso acontece por falta de hábito, pois se a

leitura fosse um hábito rotineiro saberiam apreciar uma boa obra literária, por

exemplo. Logo, pensando em formar leitores proficientes é que tal proposta objetiva

despertar o prazer e o gosto pela leitura, dando condições para o exercício da

cidadania, considerando ser um meio de entendimento da realidade do mundo atual

e desenvolvendo a capacidade de transformá-lo. A partir do momento que tivermos

alunos leitores com senso crítico desenvolvido o resto fluirá com o tempo. \"Lendo

pode-se sonhar, ser criativo, encontrar-se consigo mesmo, pensar sobre o mundo e

as coisas\".(Lucia Pimental Góes)

8.20.2. Conteúdos:

Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais compreende-se a leitura como

um ato dialógico, interlocutivo e capaz de tornar o leitor um sujeito ativo e

emancipado. Por isso, para visar o aperfeiçamento das práticas discursivas –

Oralidade, Leitura e Escrita, contemplar-se-á nesta proposta os seguintes

conteúdos: *LEITURA: Textos narrativos: fábulas, lendas, peças teatrais, poesias,

crônicas, histórias em quadrinhos, etc; * ORALIDADE: Interpretações, círculos de

conversas, contação de histórias, dramatizações (peças teatrais), apresentação de

jograis, divulgação de certas obras da biblioteca ao coletivo escolar, musicalização

de poemas, etc; *ESCRITA: Pesquisas biográficas de autores, produção de rádio

novela (dramaturgia), rádioescola, filmes, paródias de histórias lidas, produções de

livros com interpretação e ilustração de provérbios, etc.

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8.20.3. Objetivos:

Estimular o ato de ler e a contação de histórias; Despertar o espírito lúdico

dos participantes e o prazer pela leitura; Difundir o livro e outros meios de leituras

como fontes de prazer e imaginação; Incentivar que o ato de ler chegue à

comunidade em geral; Formar alunos capazes de interpretar bem o que lêem e de

se expressar corretamente; Proporcionar, através do convívio com diferentes obras

literárias, oportunidades de escolha, avaliação e crítica; Expressar– se por meio dos

mais variados meios simbólicos: peças de teatro, filmes, televisão, pinturas,

esculturas, literatura, poesia, livros científicos, artigos de revistas, jornais.

Confeccionar um livro coletivo; Levar os participantes a enteder que a leitura não

deve ser confundida com o simples ato de descodificar sinais gráficos, pelo

contrário, é necessário passar pelos planos da intelecção, da interpretação para

finalmente chegar a aplicação, podendo ser: icônica, gestual e sonora.

8.20.4. Metodologia:

As atividades serão desenvolvidas nas seguintes etapas: - Exposição oral

explicando os objetivos da proposta e certos conceitos referentes à Literatura; -

Trabalho com os diferentes gêneros litarários: romance, novela, conto, crônica,

poema, história infanto-juvenil, fábula, provérbios, charge, história em quadrinhos,

peças teatrais. Este trabalho será feito utilizando metodologias diversificadas:

Leituras, relatos de leituras, círculo de conversas, dramatizações, declamações,

contação de histórias, divulgação de certas obras da biblioteca ao coletivo escolar,

produção de paródias de histórias lidas, criação de fantoches e de outras formas

animadas, musicalização de poemas, pesquisa de biografias de autores. - Produção

do livro coletivo da produção dos alunos; - Apresentação de peças teatrais; -

Produção de uma radionovela, radioescola, filmes de dramartugia.

8.20.5. Infraestrutura:

O projeto será desenvolvido utilizando-se como espaço físico principal a

biblioteca da escola. Esporadicamente, poderá ser utilizado também a quadra

esportiva coberta para que dispostos em circulos, os participantes possam

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desenvolver dinâmicas de contação de histórias; O auditório da Casa da Cultura

Municipal será utilizado em um momento específico para a socialização do projeto

desenvolvido durante o ano, quando os participantes apresentarão trabalhos a toda

comunidade escolar;

8.20.6. Resultados Esperados:

Espera-se que os participantes entendam a leitura como sendo uma atividade

permanente da condição humana, uma habilidade a ser adquerida desde cedo. Lê-

se para sonhar, viajar com a imaginação. Lê-se por prazer e curiosidade. Lê-se para

aprender e ficar informado. Lê-se para questionar e resolver problemas. A leitura

permite ao leitor manipular o próprio tempo, evolvendo-o em idéias, acontecimentos

e fazendo-o interagir com o mundo de forma mais atraente. Mas, não há literatura

sem leitor, e o texto nunca é o mesmo, porque provoca cada um de modo diferente.

Logo, espera-se com este projeto, formar alunos leitores com capacidade de

interpretação e modificação da realidade social.

8.20.7. Critérios de Participação:

Serão priorizados os alunos em situação de vulnerabilidade social, aqueles

com restrições financeiras e até mesmo desestrutura familiar que ficam ociosos no

contra-turno sem atividades. Também serão valorizados os alunos com habilidades

específicas de forma que sejam influentes e líderes posiTIvos do grupo.

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9. MATRIZ CURRICULAR

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10. CALENDÁRIO ESCOLAR