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SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................. 8
2. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR ...................................................... 10
2.1. CONTEXTUALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO COLÉGIO: ........................ 10
2.1.1. Breve histórico do Colégio: .......................................................................... 10
2.1.2. Caracterização do Funcionamento do Colégio: ......................................... 11
2.1.2.1. Funcionamento: horários e turnos: ............................................................... 11
2.1.2.2. Número de alunos matriculados por série no ano de 2010: ......................... 12
2.1.3. Recursos Financeiros: .................................................................................. 12
2.1.4. Condições Físicas: ........................................................................................ 13
2.1.5. Recursos Pedagógicos: ................................................................................ 14
2.1.6. Recursos Materiais e Didático-tecnológicos: ............................................. 16
2.1.7. Recursos Humanos:...................................................................................... 17
2.1.7.1 Equipe de Gestão Educacional .................................................................... 17
2.1.7.2. Corpo Docente ............................................................................................. 17
2.1.7.3. Agentes Educacionais I e II .......................................................................... 18
3. OBJETIVO GERAL .............................................................................................. 20
4. MARCO SITUACIONAL ...................................................................................... 21
4.1. SOCIEDADE ...................................................................................................... 21
4.2. ESCOLA ............................................................................................................. 23
4.3. ALUNOS ............................................................................................................. 25
4.4. PROFESSORES ................................................................................................ 35
4.5. FUNCIONÁRIOS ................................................................................................ 36
5. MARCO CONCEITUAL ....................................................................................... 37
5.1 AS INSTÂNCIAS COLEGIADAS E A DEMOCRATIZAÇÃO DA ESCOLA
PÚBLICA ................................................................................................................... 43
5.1.1 Conselho Escolar .......................................................................................... 43
3
5.1.2 APMF - Associação de Pais, Mestres e Funcionários ................................ 44
5.1.3 Grêmio Estudantil.......................................................................................... 44
5.1.4 Conselho de Classe ...................................................................................... 45
5.2. AVALIAÇÃO ...................................................................................................... 46
6. MARCO OPERACIONAL .................................................................................... 52
6.1. TRABALHOS A SEREM DESENVOLVIDOS COM CORPO DOCENTE E
DEMAIS FUNCIONÁRIOS DA ESCOLA: .................................................................. 53
6.2. TRABALHOS A SEREM DESENVOLVIDOS COM OS ALUNOS: ..................... 54
6.3. TRABALHOS A SEREM DESENVOLVIDOS COM A COMUNIDADE: .............. 56
7. REFERÊNCIAS .................................................................................................... 58
8. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ....................................................... 59
8.1 IDENTIDADE DO ENSINO FUNDAMENTAL ..................................................... 59
8.2. IDENTIDADE DO ENSINO MÉDIO .................................................................... 60
8.3. ARTE .................................................................................................................. 62
8.3.1 Apresentação da Disciplina .......................................................................... 62
8.3.2. Objetivos Gerais ........................................................................................... 63
8.3.3. Conteúdos ..................................................................................................... 64
8.3.4. Metodologia .................................................................................................. 88
8.3.5. Avaliação ....................................................................................................... 90
8.3.6. Referências ................................................................................................... 94
8.4. BIOLOGIA ......................................................................................................... 95
8.4.1. Apresentação da disciplina ......................................................................... 95
8.4.2. Objetivos ....................................................................................................... 98
8.4.3. Conteúdos ..................................................................................................... 99
8.4.4. Metodologia ................................................................................................ 107
8.4.5. Avaliação ..................................................................................................... 108
8.4.6. Referência ................................................................................................... 111
8.5. CIÊNCIAS ....................................................................................................... 112
8.5.1. Apresentação da disciplina ....................................................................... 112
8.5.2. Objetivos ..................................................................................................... 115
8.5.3. Conteúdos ................................................................................................... 116
8.5.4. Metodologia ................................................................................................ 120
4
8.5.5. Avaliação ..................................................................................................... 122
8.5.6. Referências ................................................................................................. 124
8.6. EDUCAÇÃO FÍSICA........................................................................................ 126
8.6.1. Apresentação geral da disciplina ............................................................. 126
8.6.2. Objetivos gerais ......................................................................................... 126
8.6.3. Conteúdos ................................................................................................... 127
8.6.4. Metodologia ................................................................................................ 134
8.6.5. Avaliação ..................................................................................................... 136
8.6.6. Referências ................................................................................................. 137
8.7. ENSINO RELIGIOSO ...................................................................................... 138
8.7.1. Apresentação da disciplina ....................................................................... 138
8.7.2. Objetivos ..................................................................................................... 140
8.7.3. Conteúdos ................................................................................................... 141
8.7.4. Metodologia ................................................................................................ 145
8.7.5. Avaliação ..................................................................................................... 145
8.7.6. Referências ................................................................................................. 146
8.8. FILOSOFIA ...................................................................................................... 147
8.8.1. Apresentação da disciplina ....................................................................... 147
8.8.2. Objetivos Gerais ......................................................................................... 149
Levar o aluno a: ....................................................................................................... 149
8.8.3. Conteúdos ................................................................................................... 150
8.8.4. Metodologia ................................................................................................ 153
8.8.5 Avaliação ...................................................................................................... 155
8.8.6. Bibliografia: ................................................................................................ 157
8.9. FÍSICA ............................................................................................................. 159
8.9.1. Apresentação da disciplina ....................................................................... 159
8.9.2. Conteúdos ................................................................................................... 160
8.9.3. Metodologia ................................................................................................ 163
8.9.4. Avaliação ..................................................................................................... 164
8.9.5. Referências ................................................................................................. 164
8.10. GEOGRAFIA ................................................................................................. 165
8.10.1. Apresentação da Disciplina ..................................................................... 165
8.10.2. Objetivos Gerais ....................................................................................... 166
8.10.3. Conteúdos ................................................................................................. 167
5
8.10.4. Metodologia .............................................................................................. 177
8.10.5. Avaliação ................................................................................................... 178
8.10.6. Referências ............................................................................................... 184
8.11. HISTÓRIA ..................................................................................................... 185
8.11.1. Apresentação da Disciplina ..................................................................... 185
8.11.2. Objetivos Gerais ....................................................................................... 186
8.11.3. Objetivos Específicos .............................................................................. 186
8.11.4. Conteúdos ................................................................................................. 187
8.11.5. Metodologia .............................................................................................. 194
8.11.6. Avaliação ................................................................................................... 196
8.11.7. Referências ............................................................................................... 197
8.12. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ESPANHOL .................................... 199
8.12.1. Apresentação geral da disciplina............................................................ 199
8.12.2. Objetivos Gerais ....................................................................................... 200
8.12.3. Objetivos Específicos .............................................................................. 200
8.12.4. Conteúdos ................................................................................................. 203
8.12.5. Metodologia .............................................................................................. 206
8.12.6. Avaliação ................................................................................................... 209
8.12.7. Referências ............................................................................................... 209
8.13. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS ........................................... 210
8.13.1. Apresentação da disciplina ..................................................................... 210
8.13.2. Objetivos gerais ....................................................................................... 212
8.13.3. Conteúdos ................................................................................................. 213
8.13.4. Metodologia .............................................................................................. 220
8.13.5. Avaliação ................................................................................................... 222
8.13.6. Referências bibliográficas ....................................................................... 224
8.14. LÍNGUA PORTUGUESA ............................................................................... 225
8.14.1. Apresentação da Disciplina ..................................................................... 225
8.14.2. Objetivos Gerais ....................................................................................... 227
8.14.3. Objetivos Específicos .............................................................................. 228
8.14.4. Conteúdos ................................................................................................. 231
8.14.5. Metodologia .............................................................................................. 248
8.14.6. Avaliação ................................................................................................... 251
8.14.7. Referências ............................................................................................... 252
6
8.15. MATEMÁTICA ............................................................................................... 254
8.15.1. Apresentação da disciplina ..................................................................... 254
8.15.2. Objetivos ................................................................................................... 257
8.15.3. Conteúdos ................................................................................................. 259
8.15.4. Metodologia .............................................................................................. 266
8.15.5. Avaliação ................................................................................................... 269
8.15.6. Referências ............................................................................................... 273
8.16. QUÍMICA ....................................................................................................... 275
8.16.1. Apresentação geral da disciplina............................................................ 275
8.16.2. Objetivos gerais ....................................................................................... 275
8.16.3. Conteúdos ................................................................................................. 276
8.16.4. Metodologia .............................................................................................. 282
8.16.5. Avaliação ................................................................................................... 282
8.16.6. Referências ............................................................................................... 283
8.17. SOCIOLOGIA ................................................................................................ 284
8.17.1. Apresentação da disciplina ..................................................................... 284
8.17.2. Objetivos Gerais ....................................................................................... 287
8.17.3. Objetivos Específicos .............................................................................. 287
8.17.4. Conteúdos ................................................................................................. 288
8.17.5. Metodologia .............................................................................................. 296
8.17.6. Avaliação ................................................................................................... 297
8.17.7. Referências ............................................................................................... 298
8.18. PROGRAMA VIVA A ESCOLA - HORTA NA ESCOLA E EDUCAÇÃO
AMBIENTAL ............................................................................................................ 299
8.18.1. Justificativa ............................................................................................... 299
8.18.2. Fundamentação teórica ........................................................................... 300
8.18.3. Objetivos ................................................................................................... 301
8.18.4. Metodologia: ............................................................................................. 301
8.18.5. Infraestrutura: ........................................................................................... 303
8.18.6. Recursos Materiais: ................................................................................. 303
8.18.7. Resultados esperados: ............................................................................ 304
8.18.8. Critérios de participação: ........................................................................ 304
8.19. PROGRAMA VIVA A ESCOLA - MUSICALIZAÇÃO ..................................... 305
8.19.1. Justificativa: ............................................................................................. 305
7
8.19.2. Fundamentação teórica: .......................................................................... 305
8.19.3. Objetivos: .................................................................................................. 307
8.19.4. Metodologia: ............................................................................................. 307
8.19.5. Infraestrutura: ........................................................................................... 309
8.19.6. Recursos Materiais: ................................................................................ 309
8.19.7. Resultados esperados: ............................................................................ 309
8.19.8. Critérios de participação: ........................................................................ 309
8.20. PROGRAMA VIVA A ESCOLA – FORMANDO LEITORES .......................... 311
8.20.1. Justificativa: ............................................................................................. 311
8.20.2. Conteúdos: ............................................................................................... 311
8.20.3. Objetivos: .................................................................................................. 312
8.20.4. Metodologia: ............................................................................................. 312
8.20.5. Infraestrutura: ........................................................................................... 312
8.20.7. Critérios de Participação: ........................................................................ 313
9. MATRIZ CURRICULAR....................................................................................... 314
10. CALENDÁRIO ESCOLAR ................................................................................ 315
8
1. APRESENTAÇÃO
Conhecimento, seriedade ética e incorporação de novas tecnologias tecem o
sonho de todo o cidadão atual. É certo que a ciência e a tecnologia, por si só, não
resolvem os problemas modernos, mas sem elas não há solução.
A construção da cidadania ativa implica no domínio dos novos códigos e
linguagens, na incorporação das sofisticadas ferramentas da ciência e da tecnologia,
no entendimento dos conceitos sociológicos e na apropriação da cultura. Só desta
maneira é possível garantir a formação ética, o desenvolvimento da autonomia
intelectual e o fortalecimento do pensamento crítico.
As novas relações entre conhecimento e trabalho exigem capacidade de
iniciativa e inovação. A educação escolar tem como função garantir condições para
que o aluno se aproprie de instrumentos que o capacitem para um processo de
formação e aprendizagem permanentes. Além disso, torna-se necessário levar em
conta uma dinâmica de ensino que favoreça não só o desenvolvimento das
potencialidades do trabalho individual, mas também do trabalho coletivo.
Efetivamente, os avanços da ciência e da tecnologia estão alterando não só
os processos de aprendizagem e do conhecimento, mas também o comportamento
das pessoas. Cabe, então, colocar as novas tecnologias a serviço do currículo,
incorporá-las ao dia-a-dia da sala de aula, revelando sua importância na vida
moderna. Na verdade, está lançado um desafio ao arrojo e à criatividade dos
educadores: conciliar, dinamicamente, humanismo e tecnologia.
É nesta linha de ação que se elabora a Proposta Pedagógica do Colégio
Estadual João Ferreira Küster - Ensino Fundamental e Médio: enfatizando a
importância da intervenção do educando em todo o processo de aprendizagem,
fazendo as conexões entre os conhecimentos que possibilitarão ao estudante utilizar
o que aprende para se comunicar melhor com o seu grupo social, consultar livros e
pesquisar, analisar criticamente os conhecimentos e informações que recebe na
escola e através dos meios de comunicação, enfim, tomar decisões no momento em
que precisa.
9
Considerando as características e necessidades específicas de seu alunado,
a Proposta Pedagógica elaborada pelo colégio junto a direção, equipe pedagógica,
professores, funcionários, pais e alunos, tem em vista uma educação crítica,
orientada para a discussão e prática da responsabilidade social e política, garantindo
a preparação básica para o trabalho e cidadania, aprimorando o educando como
pessoa humana e dotando-o de instrumentos que permitam que continue
aprendendo ao longo de toda a vida.
10
2. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
2.1. CONTEXTUALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO COLÉGIO:
2.1.1. Breve histórico do Colégio:
No dia 5 de maio de 1981, sob a Resolução nº 3239/ 81 de 30/ 12/ 81
começou a funcionar na Rua Waldemar Leo Braga a Escola Municipal José
Alexandre Sávio - Ensino de 1º Grau no Bairro Jardim Social, ficando assegurada a
matrícula para 189 alunos da Casa Escolar Tiradentes, situada até então na Rua
Ademar de Barros desde 1973, tendo na época como diretora a senhora Eliane
Krüger.
Em 1984 começou a funcionar o Pré - Escolar no período da tarde e o
estabelecimento passou a denominar-se Escola Municipal José Alexandre Sávio -
Ensino Pré - Escolar e de 1º Grau.
Em 1992 ocorreu a implantação da 5ª série e gradativamente as demais
turmas até a 8ª série do Ensino Fundamental.
Através da Resolução nº 258/ 98 de 05/ 03/ 98 o Projeto de Estadualização
criou a Escola Estadual João Ferreira Küster - Ensino Fundamental, que passou a
responder pelo ensino de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental.
Em 1999 a Escola Estadual João Ferreira Küster passou a ofertar o Ensino
Médio no período noturno, implantando o primeiro ano desta modalidade, onde foi
ampliando progressivamente seu atendimento, de acordo com as necessidades da
clientela escolar. A escola passou a denominar-se Colégio Estadual João Ferreira
Küster - Ensino Fundamental e Médio, conforme resolução 1534/2000 de
05/05/2000.
O Colégio tem como Patrono o Sr. João Ferreira Kuster, que nasceu no dia 25
de janeiro de 1908, em Campo Largo. Filho primogênito de uma família de 11
irmãos, nasceu da união de Methridates da Rocha Küster e de Zulmira Ferreira
Küster, o qual fez o curso primário no Grupo Escolar Macedo Soares na cidade de
11
Campo Largo, e em seguida, aprimorou seus estudos sob a orientação do Padre
Ladislau Kulka. Mais tarde prestou serviço militar no 15º Batalhão de Caçadores, em
Curitiba. Nomeado no governo de Afonso Camargo, prestou serviços na Coletoria
Estadual de Campo Largo e, mais tarde na Coletoria da cidade de Paranaguá,
sendo exonerado dessas funções, no período revolucionário de 1930. Foi
posteriormente nomeado para trabalhar na Prefeitura de Campo Largo, como
professor de música, tendo reorganizado a Banda de Música de Campo Largo.
Posteriormente, com base em seu desempenho nas funções municipais, foi
nomeado Secretário da Prefeitura, cargo que exerceu por muitos anos e no qual foi
aposentado. Passando depois a prestar serviços na Secretaria da Câmara
Municipal, onde terminou suas atividades funcionais. João Ferreira Küster faleceu no
dia 17 de fevereiro de 1978. Assim, como uma homenagem, o Colégio leva o nome
de Colégio Estadual “João Ferreira Küster”, por causa da pessoa ilustre que foi, e
que por onde passou deixou inúmeras amizades.
O Colégio Estadual João Ferreira Küster atende alunos do Ensino
Fundamental (5ª a 8ª série) e do Ensino Médio; totalizando no ano de 2008, 328
alunos matriculados regularmente nesta Instituição.
O Colégio localiza-se na rua Waldemar Leo Braga, nº 340, no Bairro Jardim
Social, no Município de Campo Largo com o CEP 83.606-010 e telefone para
contato, 3392-4887. O mesmo pertence ao Núcleo da Área Metropolitana Sul –
NRE.
2.1.2. Caracterização do Funcionamento do Colégio:
2.1.2.1. Funcionamento: horários e turnos:
Ensino Fundamental
Turno Horário
Manhã das 7h e 30 min às 11h e 50 min
Tarde das 13h às 17h e 20 min
12
Ensino Médio
Turno Horário
Noite das 18h e 40min às 22h e 50 min
2.1.2.2. Número de alunos matriculados por série no ano de 2010:
Ensino Fundamental
Série Nº de Turmas Turnos Total de Alunos
5ª 01 Manhã 28
5ª 01 Tarde 30
6ª 01 Manhã 30
6ª 01 Tarde 30
7ª 01 Manhã 32
7ª 01 Tarde 37
8ª 01 Manhã 21
8ª 01 Tarde 23
Ensino Médio
Série Nª de Turmas Turnos Total de Alunos
1º 01 Noite 32
2º 01 Noite 28
3º 01 Noite 24
2.1.3. Recursos Financeiros:
13
Por ser uma escola estadual, é mantida pelo Governo Estadual, recebendo
verbas como o Fundo Rotativo/FUNDEPAR, o PDDE/FNDE e Projeto Escola
Cidadã/FUNDEPAR, implantado a partir do mês de agosto do ano de 2005, que
destina recursos à compra de complementos para a merenda dos alunos. Além
desses, a comunidade se mobiliza através da APMF para arrecadar recursos por
meio de promoções.
2.1.4. Condições Físicas:
O Colégio faz uso de prédio municipal, dividindo o espaço físico com a Escola
José Alexandre Sávio, que atende o alunado de Educação Infantil e 1ª a 4ª série do
Ensino Fundamental, a qual funciona nos períodos da manhã e da tarde. Por esse
motivo o espaço físico a ser utilizado pela escola fica bastante reduzido.
Fazem parte da estrutura física da escola:
04 salas de aula;
01 sala adaptada para biblioteca;
01 sala para os professores;
01 laboratório de informática para alunos e professores;
01 sala para a secretaria;
01 sala para a direção;
01 sala para a equipe pedagógica;
01 almoxarifado;
03 banheiros, sendo 01 para uso dos professores;
01 laboratório de ciências;
01 cozinha compartilhada com a escola municipal;
01 depósito de alimentos compartilhado com a escola municipal;
01 depósito para material de limpeza;
01 refeitório compartilhado com a escola municipal;
01 quadra coberta compartilhada com a escola municipal;
01 quadra de esportes compartilhada com a escola municipal.
14
O espaço físico destinado à escola, não está condizente com a demanda de
alunos da comunidade, visto que a escola não tem condições de ofertar Ensino
Médio diurno devido à falta de infra-estrutura, uma vez que não possuímos salas de
aula para receber esses alunos.
Os ambientes destinados ao laboratório e a uma sala de aula, na verdade
fazem parte de um espaço improvisado, feitas com divisórias de madeira, sendo
bastante falho na questão “acústica” do espaço. As salas destinadas à direção,
equipe pedagógica e ao almoxarifado também são organizadas por divisórias.
2.1.5. Recursos Pedagógicos:
Como material pedagógico a escola conta com um acervo razoável de livros,
mas que muitas vezes não atende as necessidades dos alunos, pois faltam livros de
pesquisa e enciclopédias atualizadas. Fazem parte do acervo da biblioteca os
seguintes livros e demais recursos pedagógicos:
181 livros de Português
163 livros de Matemática
179 livros de História
163 livros de Geografia
17 livros de Artes
30 livros de Química
32 livros de Física
78 livros de Biologia
120 Livros de pesquisas (diversos)
1000 livros de Literatura
294 livros do Projeto Venha Ler
206 na Biblioteca do Professor
131 livros paradidáticos
26 enciclopédias
61 dicionários de Português, Português/Inglês
13 Atlas Geográfico
28 Mapas Geográfico
15
03 Globos Terrestres
Coleção de DVD - TV Escola volume I
Coleção de DVD – TV Escola volume II
20 Atlas Geográfico Escolar Multimídia
Fitas de vídeo diversas
02 (caixas) Geologia na Escola – Caminho das rochas
165 Fantoches
20 Sólidos Geométricos de acrílico (diversas formas)
02 (caixas) Conjunto Sólidos Geométricos de madeira
40 Flautas Doce Soprano – plástico
01 Relógio Didático
02 (jogos) Tangram em madeira
08 Jogos de Alfabeto Silábico
06 Jogos Dominó Associação de Idéias
06 Jogos Vamos Formar Palavras
06 Jogos Seqüência Lógica
10 Jogos de Memória Antônimos
01 (caixa) Conjunto Barras de Medidas
01 Blocos Lógicos
02 Conjuntos Números e Sinais
02 Dominó Subtração
02 Dominó Multiplicação
02 Escala Cusinare
02 Conjunto Dourado
02 Conjunto Regras Numéricas
Além de contar com os livros didáticos para as turmas de Ensino
Fundamental nas disciplinas de: História, Geografia, Português, Matemática e
Ciências. As turmas do Ensino Médio fazem uso dos livros das disciplinas de
Português, Matemática, Química, Biologia e História, bem como dos livros
elaborados pela SEED nas disciplinas de química, matemática, geografia, educação
física, português, língua estrangeira, história, biologia, sociologia, física, arte e
filosofia.
16
2.1.6. Recursos Materiais e Didático-tecnológicos:
A escola dispõe dos equipamentos que seguem na lista abaixo, sendo alguns
deles comprados com dinheiro arrecadado pela escola junto a APMF através de
promoções feitas na escola, ou adquiridos com a verba do governo destino à compra
de materiais permanentes. Todos os equipamentos estão em condições de uso, em
bom estado de conservação.
02 Videocassete
04 DVD‟s
01 Aparelhos de televisão 20”
01 Aparelho de televisão 29”
04 Aparelhos de televisão 29” (pendrive)
01 Retroprojetor
06 Impressoras
01 Máquina copiadora
01 Mimeógrafos
01 Aparelho de fax
07 Ventiladores
01 Aparelho de som
02 Rádios
01 Caixa acústica
03 Microfones
01 Bebedouro
18 Microcomputadores Proinfo
24 Microcomputadores Paraná Digital
01 Notebook
02 Câmeras/filmadora digital
01 WebCam
01 Balança de Plataforma
01 Estadiometro Portátil
17
2.1.7. Recursos Humanos:
Atualmente, a Escola conta com 48 funcionários, faz-se necessário ressaltar
que alguns professores atuam tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino
Médio, sendo dispostos nas seguintes funções:
01 Direção
01 Direção Auxiliar
02 Equipe Pedagógica
01 Secretária
03 Agente Educacional II
21 Professores Regentes de Ensino Fundamental – 5ª a 8ª série
13 Professores Regentes de Ensino Médio
06 Agente Educacional I
2.1.7.1 Equipe de Gestão Educacional
Nome Função C.H. Semanal Formação
Daiane Kassiele Segatto Direção Auxiliar 20 Superior Completo
Deili de Fátima do Nascimento Pedagoga 40 Superior Completo
Gertrudes Maria Carlotto Kulka Secretária 20 Pós – Graduação
Márcia Regina Durau Diretora 40 Pós – Graduação
Mônica Ferreira de Souza Pedagoga 20 Pós – Graduação
2.1.7.2. Corpo Docente
Nome Disciplina de
Atuação
Modalidade Formação
Adriana de Fátima Durau Português EF/EM Letras
Andreza Bonatto Sociologia EM Ciências Jurídicas
Arzirio Alberto Cardoso L.E.M. Espanhol EM Letras Port. / Espanhol
Elis Cristina de Andrade Matemática EM
Elizete Vieira L.E.M. Inglês EF Letras
Emerson José Martins Física EM Matemática
18
Eni Apª dos Santos Andrade Matemática EF Ciências Econômicas
Fernanda Sabim História EF Acadêmica
Gerson Carlos Marchiori ARTES / Música EF / VIVA ESCOLA Música
Giselle da Silva Ciências EM Ciências Biológicas
Irenilson Lubacheski História / Filosofia EM História
Jane Maximo Morawski Projeto Literatura VIVA ESCOLA Letras Port./Ingles
Joelma Maria Valpcoski Ed. Física EF Ed. Física
Laercio Marcos Torezin História / Filosofia EF/EM História
Larisse Cristine Stoco Ciências / Biologia EF/EM Ciências Biológicas
Luciane Ap. Durau Carloto Inglês EF Letras
Luciane Maria Bubniak Geografia EF Geografia
Magda B. Leon Bordes Ferreira Ed. Física EF Ed. Física
Maria Ap. Borges Leal da Silva Matemática EF/EM Economia
Marilei Favretto Schroeder En. Religioso EF História
Marilice Mazon Tigrinho Filosofia EM História
Osmar Israel dos Santos Matemática EF Administração
Regiane Maria Pereira Barszcz Geografia EM Geografia
Regina Celia Pereira História EF História
Renato Antonio de Lara História EF Acadêmico
Roseli Aparecida Fedechem Português EF Letras
Sueli Catarina Seguro L.E.M. Inglês EF Letras Port. / Inglês
Tania Portella Costa Biologia EM Ciências Biológicas
Vera Lucia Czuy Ciências EF Ciências Biológicas
Vilma Aparecida Barszcz Geografia EF / VIVA ESCOLA Geografia
Wederle Sturm Ed. Física EF/EM Ed. Física
Odete EM Pedagogia / Est. Sociais
2.1.7.3. Agentes Educacionais I e II
Nome Função C.H.
Semanal
Formação
Daniele do Carmo R. de Lima Agente Educacional II 40 Superior – Em curso
Dirce Fracaro Agente Educacional II 40 Superior – Completo
Eugênia de Fátima Santos Agente Educacional I 40 Ens. Fundamental – Completo
Gisele Nascimento Agente Educacional II 20 Superior – Completo
Lúcia Eduardo Félix Cabral Agente Educacional I 40 Ens. Médio – Completo
Lucinei Apª Leoncio Dallavele Agente Educacional I 40 Superior – Em curso
19
Maria Izabel da Silva Agente Educacional I 40 Ens. Médio – Completo
Marinice Brolese Schervinski Agente Educacional I 40 Ens. Médio – Completo
Vitalina Borges dos Santos Agente Educacional I 20 Ens. Médio – Completo
20
3. OBJETIVO GERAL
Proporcionar ao aluno a apreensão dos conhecimentos historicamente
acumulados os quais lhe darão os fundamentos necessários para uma atuação
ética, crítica e participativa na sociedade no âmbito cultural, social e político,
preparando-o assim para o exercício da cidadania, por meio de ações conjuntas
entre escola, família e comunidade na discussão e busca de soluções para
problemas comuns, através do planejamento participativo no estabelecimento de
metas, procurando concretizar uma educação inclusiva respeitando, reconhecendo,
aceitando e valorizando as diversidades étnicas, religiosas, econômicas, sociais,
culturais, físicas e intelectuais dos alunos, buscando assim, uma educação de
qualidade para todos, em seus diferentes níveis de ensino.
21
4. MARCO SITUACIONAL
4.1. SOCIEDADE
Sabe-se que historicamente nossa sociedade é organizada em classes. Elas
sempre existiram fazendo a separação entre as pessoas que detinham o poder - a
burguesia, e os que cumpriam ordens – o proletariado, o que só vem a evidenciar as
diferenças sócio-econômicas existentes desde os tempos remotos. As classes mais
abastadas não são capazes de diminuir o seu padrão de vida, criando um „‟buraco‟‟
muito grande entre a elite e a classe menos privilegiada, fazendo com que a
organização da nossa sociedade continue seguindo àquela máxima: “os ricos
continuam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres”.
Dessa forma, nossa sociedade capitalista e consumista, não é justa, pois é
organizada de uma maneira que nem todos são contemplados. Aos poucos, vamos
incorporando a forma capitalista de ser, onde cada um deve se preocupar apenas
consigo mesmo, já que seu semelhante é um provável concorrente, por isso não é
mais amigo e sim adversário. Com isso passou-se a valorizar o TER em detrimento
do SER.
Diante dessa visão de sociedade, os alunos deveriam estar seguindo um
caminho transformador, para que no futuro, não só a escola, como também a
sociedade fosse mais justa. Nossos adolescentes e jovens estão confusos, pois
aprendem na escola que devem agir conforme a moral, a ética, devem seguir os
“bons costumes”, mas no dia-a-dia vivenciam as contradições como corrupção
administrativa em seu país, miséria e injustiça social. Essa lógica injusta precisa com
urgência ser superada, precisamos valorizar o ser humano e não o dinheiro.
Vivemos num país privilegiado, cheio de riquezas naturais, conhecido por sua
beleza e pela alegria de seu povo, porém toda essa beleza e alegria se contrapõe a
pobreza, a miséria, a fome, ao analfabetismo, a violência, ao descaso dos
governantes, a corrupção, ao desemprego, os baixos salários. Brasil, um país onde
22
as desigualdades sociais são enormes, onde a pobreza e a miséria convivem lado a
lado com o luxo e a riqueza.
Essa realidade também pode ser vista no bairro em que o colégio está
localizado, pois em um pequeno espaço encontramos pessoas com bom poder
aquisitivo, enquanto alguns não conseguem manter sequer a sobrevivência, vivendo
dos recursos providos pelo governo. Pode-se dizer que algumas famílias buscam
através da educação e do trabalho melhorar suas condições de vida, enquanto
outros se acomodam ou recorrem aos meios ilícitos para suprir suas necessidades
básicas e/ou de consumo, aumentando ainda mais o índice de violência do bairro.
Essas características estão cada vez mais presentes nos jovens da comunidade,
onde roubar é questão de status, de poder, fator que está diretamente ligado a
impunidade.
No bairro, além da escola, não encontramos espaços destinados ao lazer e a
cultura, o que contribui para o envolvimento com as drogas e a violência, visto que
crianças, adolescentes e jovens ficam muito tempo ociosos.
Outra característica social que pode ser citada, é a desestrutura familiar, onde
crianças e adolescente ficam abandonados sem o acompanhamento dos pais, o que
reflete na falta de valores, de limites, e até mesmo falta de perspectiva de futuro.
Nos encontramos numa época de desconfiança, de pouca esperança, pois
ano após ano a população sofre com o descaso, com a falta de respeito por parte
das pessoas que decidem o rumo dos nossos municípios, estados ou do nosso país.
Hoje é tempo de pensar, de refletir como foi nosso passado, como é nosso presente,
e como será e o que será do nosso futuro.
Participamos de uma triste realidade, onde dia após dia ligamos a televisão, o
rádio, abrimos os jornais ou acessamos a internet, e nos deparamos com tragédias
como as guerras, a fome, a violência, a pobreza, as mortes, a corrupção, não
encontramos nenhum indício, nenhuma perspectiva de um futuro melhor.
Contudo, o que dizer de um povo que passa por tantas dificuldades e ainda
sim vive, ainda sim sorri? Pode-se dizer que esse é um povo que ainda sonha.
Sonha com um futuro melhor, com uma sociedade mais justa, com uma vida mais
digna.
23
4.2. ESCOLA
Historicamente podemos dizer que a educação era um direito de poucos, logo
poucos tinham acesso a ela. Esses poucos a quem nos referimos, era um grupo
formado por alunos de classe alta, das famílias nobres, crianças pertencentes a
elite. Sendo a escola projetada para atender essa minoria dentro de suas
peculiaridades e interesses.
Hoje, a grande maioria da população tem acesso a escola. A educação
tornou-se um direito de qualquer cidadão, pois perante a lei todos são iguais e
possuem os mesmos direitos. Porém, não se repensou/reformulou a estrutura
escolar, os objetivos da educação, não nos projetamos para atender aos interesses
e peculiaridades dessa nova clientela. Agora existe escola para todos, ou quase
todos, mas ainda não existe escola diferente para cidadãos diferentes.
No Brasil, ainda vemos milhares de crianças e jovens em idade escolar longe
das salas de aula, uma realidade bem distante do que é proposto em lei, onde
educação é direito de TODOS, mas nem sempre é usufruída por todos, ou seja, a
escola não é para todos e sim para poucos, uma vez que continuamos seguindo um
sistema classificatório e excludente. Muitos alunos deixam os bancos escolares para
tentar ajudar financeiramente suas famílias através do trabalho, em alguns casos
trabalho ilegal, uma vez que entende-se que todo aluno que está em idade escolar,
deixa de freqüentar a escola para exercer qualquer outro tipo de atividade estará
agindo na ilegalidade, pois é dever do estado, da sociedade, e da família ofertar
ensino e zelar pela permanência do aluno na escola.
Quando falamos em papel da escola, percebemos que ela passou a ser vista
ao longo do tempo, como um local de “refúgio” para muitos alunos, ou então, um
local que os pais tem para deixar seus filhos para que não fiquem sozinhos em casa,
visto que para o sustento da família, é necessário que todos trabalhem. Contudo a
necessidade de aprender, de pensar, de se transformar em cidadãos críticos
acabam ficando em segundo plano. Assim, algumas vezes o papel da escola na
sociedade vai muito além de apenas trabalhar o conhecimento científico como era
até então, hoje, em muitas comunidades a escola é uma extensão do lar, ou seja,
muitas crianças precisam da escola até para suprir necessidades básicas que faltam
no lar, como saúde, alimentação e vestuário. Muitas crianças com problemas
24
visuais, auditivos ou que sofrem maus tratos, são identificados pelo professor e
atendidos pela escola. Assim, ela passa a exercer um papel assistencialista.
Entendemos que a escola hoje deve trabalhar os conhecimentos
historicamente construídos, com vistas a formação de cidadãos críticos que possam
buscar formas de mudar senão a sociedade, pelo menos a sua realidade através da
cidadania, da luta por seus direitos e pelo cumprimento de seus deveres.
Com o passar dos anos e com os avanços tecnológicos, a educação escolar
veio perdendo espaço para outras formas de educar, de aprender. A grande
dificuldade da escola é a concorrência com a mídia, pois a mídia incute em nossos
alunos valores “invertidos”, devido a grande apelo do mundo comercial. A escola
ainda tenta, de forma tradicional, repassar saberes e valores humanos para
amenizar o paradoxo escola-sociedade, mas muitas vezes não obtém sucesso.
Precisamos de uma escola que seja capaz de transformar essa relação de
dominação que nossa sociedade apresenta, e que faça a verdadeira inclusão social
de nossos alunos.
Existem diversos tipos de escolas, mas não “funcionam” devidamente por
falta de apoio do governo em questões como: a falta de profissionais capacitados
em suas áreas de atuação, uma vez que hoje, ainda em que menor número,
professores formados em uma determinada disciplina lecionam em outras totalmente
opostas a sua formação devido a falta de profissionais capacitados.
No que se refere à estrutura física, existem várias formas e tipos de escola
diferentes, para classes diferentes, onde escolas centrais, que abrangem em sua
grande maioria alunos com melhores condições financeiras, possuem ótima infra-
estrutura, o que possibilita melhores condições de trabalho, enquanto as escolas da
periferia sofrem com o abandono, bem como os alunos que estão inseridos nela. As
escolas de periferia muitas vezes são esquecidas pelos governantes e mal vistas
pela própria comunidade na qual está inserida. Podemos dizer que em nosso estado
foram dados alguns passos importantes rumo a transformação desta triste realidade,
mas ainda é pouco perto do muito a ser feito.
Contudo, a escola busca atender às questões emergentes de nossa
sociedade, visto que todas recaem no espaço escolar.
25
4.3. ALUNOS
Nossa clientela não apresenta um padrão definido, único. Temos vários tipos
de alunos alguns com bom padrão de vida, outros com dificuldades financeiras,
outros com relacionamentos familiares complicados, pais separados, ausentes,
famílias envolvidas com drogas, bebidas, entre tantos outros problemas que
encontramos no dia-a-dia de nossa sociedade.
Como não existem pessoas iguais, também não podemos generalizar todas
as famílias, cada família possui uma cultura própria, onde são passados hábitos,
costumes e valores. Muitos alunos fazem parte de famílias estruturadas, que
“sustentam” os filhos tanto na questão financeira quanto nos valores, através de
conselhos e exemplos. Existem outras, que apenas dão o apoio financeiro e não
participam da vida do filho. Temos ainda casos de alunos totalmente desprovidos de
condições financeiras, bem como de valores morais e éticos.
Geralmente as escolas da “periferia” atendem uma comunidade carente, onde
a maioria vive em um meio pouco promissor, com pouca perspectiva de um futuro
melhor. Os alunos que possuem uma condição melhor de vida, procuram as escolas
mais centrais em busca de educação de qualidade, uma vez que confundem
educação de qualidade com estrutura física de qualidade. Esses alunos geralmente
têm mais chances de dar continuidade aos estudos, pois têm outra perspectiva de
futuro.
Poucos alunos da rede pública de ensino possuem plenas condições de
crescimento e aprendizagem, que tenham uma boa alimentação, auxílio médico,
acesso a diversos tipos de músicas - além daqueles ofertados pela mídia, acesso ao
cinema e ao teatro, ou a outros momentos de lazer.
Muitas vezes por falta de oportunidade acabam se marginalizando, andando
nas ruas procurando o que fazer, e em muitos casos encontram a má companhia
que os leva a lugares que não são ideais. Nossos alunos são, muitas vezes,
crianças e adolescentes imaturos, deixam-se levar por influências externas, uma vez
que os valores familiares, como o respeito, o companheirismo, entre outros, não
estão enraizados em suas personalidades, acabam “caindo” na marginalidade ou
tornando-se dependentes químicos.
26
Para que pudéssemos retratar a realidade da comunidade em que o Colégio
está inserido, com clareza e veracidade, foi desenvolvido junto aos alunos do Ensino
Fundamental e Médio uma pesquisa com questões relativas a dados gerais sobre a
realidade dos mesmos, além de outras questões que visam saber como agem e
pensam sobre os mais diversos aspectos, tais como: estudos, vida profissional,
lazer, família, sexo, religião e política.
A idade dos alunos atendidos pelo Colégio varia de 11 a 17 anos no Ensino
Fundamental e de 15 a 43 anos no Ensino Médio.
Os problemas encontrados quanto à idade – série, são devido ao grande
número de reprovações no Ensino Fundamental, ou quando o aluno resolve retomar
os estudos após um período de tempo considerável, esse fator é mais evidente no
Ensino Médio.
Encontramos na escola casos de alunos com dificuldades educativas
especiais, como: problemas de baixa visão, transtorno de conduta, e dificuldade de
aprendizagem.
No aspecto inerente a cor, constatou-se que:
A maior parte dos alunos matriculados mora no Jardim Social, bairro onde
localiza-se o Colégio. O estabelecimento também atende alunos provenientes de
bairros próximos como Jardim Helvídia, Bom Jesus, São Jerônimo (Saad), Rivabem,
Guabiroba, Francisco Gorski, Itaboa, entre outros. Parte dos alunos moram em
casas próprias, outros dividem espaço com demais membros da família, há aqueles
que moram em casas alugadas. O Colégio também “atende” a alunos de outras
27
localidades do município, devido a falta de vagas nas escolas mais próximas das
suas moradias, devido a distância e a falta de transporte escolar, muitos desses
alunos abandonam os estudos, elevando o índice de evasão e abandono escolar do
Colégio.
De forma geral, hoje em nossa sociedade, o papel de crianças e adolescentes
é de colaborar com a manutenção da família, algumas vezes trabalhando, com
atividades rurais, outras, cuidando da casa, de irmãos menores, enquanto os pais
precisam trabalhar, outros, passam o tempo todo nas ruas, em companhia de
desocupados. Quando chegam na escola, não tem o menor interesse em estudar,
pois estão cansados, ou então a escola não é tão atrativa quanto a rua.
Muitos de nossos alunos, mesmo os do Ensino Fundamental, já
desenvolveram ou desenvolvem algum tipo de atividade remunerada como entrega
de panfletos, cuidam de crianças - babá, ou empacotador em mercados da cidade,
garçom, entre outros. Os alunos do Ensino Médio em sua maior parte trabalham
como frentistas ou vendedores no comércio local. É válido mencionar que conciliar
as atividades escolares com a profissional não é fácil, mas extremamente
necessário, pois almejam uma função ou um emprego melhor do que o
desempenhado atualmente.
Devido às injustiças sociais e a falta de oportunidade muitos alunos estão
desestimulados. Aqueles que possuem idade para trabalhar não encontram
emprego e acabam tendo dificuldade de manter os estudos, e quando estão
empregados, muitas vezes não conseguem conciliar estudo e trabalho, levando-os
assim ao abandono escolar.
A maioria dos lares é formado, em média, por 4 a 5 membros como mostra o
gráfico abaixo.
Existem casos de alunos que são criados pelos avós ou tios, os que moram
apenas com o pai ou a mãe devido a separação do casal, ou falecimento de um
deles. Temos ainda, famílias formadas pela segunda união do casal, onde homem e
mulher, ou um dos dois já trazem consigo filhos de outros relacionamentos.
28
Devemos lembrar também, que existem casos de alunos (as) que ao longo do
ano letivo deixaram a escola para constituir outra família, em alguns casos mesmo a
aluna estando grávida, manteve-se na escola com o apoio dos pais.
A religião predominante é a católica, sendo a evangélica pouco mencionada.
Em pesquisa realizada observamos que 80% dos alunos têm religião, sendo que
70% são fiéis, muito embora 92% acreditem em Deus, porém percebeu-se que a
questão da fé é bem abstrata e pouco entendida por eles.
Em relação à escolaridade dos pais, pode-se dizer que alguns pais
concluíram a primeira etapa do Ensino Fundamental – 1ª a 4ª série, enquanto a
grande maioria não conseguiu vencer essa etapa, poucos são os pais que
terminaram o Ensino Fundamental e Médio, e o número se reduz mais ainda quando
trata-se do ensino superior, como segue no gráfico abaixo produzido com dados
fornecidos pelos pais no momento da matrícula para o ano letivo de 2010.
No dia-a-dia da escola observa-se que muitos pais usam como desculpa para
a falta de acompanhamento dos estudos dos filhos, sua pouca “instrução”,
justificando assim o abandono da vida escolar dos mesmos. Porém existem aqueles
29
que mesmo com “pouca instrução” incentivam seus filhos a estudar, ou ainda
aqueles que com muito esforço voltam para os bancos escolares em busca do
conhecimento.
No que se refere às atividades profissionais desenvolvidas pelos pais, os
homens, em sua maioria, trabalham como operários nas indústrias existentes no
município, principalmente em cerâmicas. Encontramos outras profissões como
pedreiros, caminhoneiros, agricultores, mecânicos, motoristas, entre outras. Deve-se
lembrar também que algumas famílias sofrem com o desemprego.
A maior parte das mulheres dedica-se exclusivamente às atividades
domésticas e a educação dos filhos. As que trabalham “fora”, desenvolvem as
seguintes profissões: empregada doméstica, diarista, cozinheira, ceramista. Cabe
lembrar que algumas mulheres de nossa comunidade são responsáveis pelo
sustento do lar, pesando sobre seus ombros a responsabilidade de prover
alimentação, saúde e educação aos filhos.
Em relação aos alunos, constatamos que a minoria exerce alguma atividade
remunerada como segue, mas muitos já vivem o desejo de se inserir nesse mundo.
Inclusive quando perguntados sobre a escolha da profissão, 53% alegaram já
escolheram a profissão que irão seguir.
A renda salarial média de grande parte das famílias, como segue no gráfico,
varia de 1 a 3 salários mínimos, com os quais se garante a manutenção da família
no que se refere a alimentação, vestuário, transporte e serviços básicos. Mas,
existem também aqueles que não possuem renda fixa, pois sobrevivem do trabalho
temporário, dos chamados “bicos”.
30
Durante a pesquisa várias questões foram levantadas para averiguar o nível
sócio-econômico da família, como “mostra” o gráfico a seguir.
Quanto às atividades de lazer preferidas por nossos alunos destacam-se a
prática de esportes, assistir televisão, realizar passeios, andar de bicicleta, ouvir
música e dançar. Os programas de televisão preferidos são novelas, filmes,
desenhos e programas de auditório. Ressalta-se que poucos fazem uso da TV como
meio de informação e acesso a fatos e notícias, mas sim como simples forma de
lazer e descanso. Observa-se que uma pequena parte dos alunos gosta de ler,
considerando-se que esse interesse sofre um decréscimo considerável de acordo
com o aumento da escolaridade. Desses, cerca de 60% afirmaram gostar de ler
histórias em quadrinhos, seguido de livros, revistas e jornais, em menor proporção.
Ca s a Pr ó p r ia
Ou t r o Im ó ve l
Ca r r o
Ap a r e lh o d e So m
Má q u in a d e La va r
0 %
1 0 %
2 0 %
3 0 %
4 0 %
5 0 %
6 0 %
7 0 %
8 0 %
9 0 %
Sim
Nã o
Nã o Op in a r a m
Prática de esportes
Leitura
Assintir TV
Ouvir música
Cinema/Teatro
Bares/Restaurantes
Convívio com os amigos
Outra opção
0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0%
31
Na opção de programas com a família 76% dos alunos, em alguma ocasião
ou sempre, optam em sair com a família, comportamento que entendemos ser
primordial para o desenvolvimento do adolescente, e para o fortalecimento de sua
relação com a família.
Observou-se que entre 70% dos alunos pesquisados, os assuntos que estão
presentes nas conversas entre amigos são: o sexo, o namoro, as amenidades
(“fofoca”, “besteiras”, e TV). Já religião e política não aparecem como tema de
“discussão”.
Analisando os dados da pesquisa, constatou-se um dado alarmante, que cerca de
23%, dos 191 alunos pesquisados, já fizeram ou fazem uso de algum tipo de droga,
sendo que destes, 53% tiveram contato com a droga com 14 anos ou menos. As
drogas mais consumidas, ou de mais fácil acesso são o álcool, os solventes e o
tabaco, sendo também citada a maconha, a cocaína, o crack e até a heroína.
Sabemos que nem todos os alunos usuários se pronunciaram, pois esse é um tema
pouco discutido na escola, temido na sociedade e repudiado pela família.
Outra característica dos alunos da sociedade moderna, é o “contato precoce”
com o sexo, na mesma pesquisa citada acima, cerca de 29% dos alunos já tiveram
iniciaram a vida sexual, sendo que a maioria com 15 anos ou menos de idade.
Destes, 54% relataram que a primeira relação não foi com um namorado (fixo), mas
sim com um amigo ou outra pessoa. Isso mostra que para nosso alunos o sexo é
algo banal. Esses dados nos defrontam com outro problema encontrado nas salas
de aula, a gravidez na adolescência, condição essa que lava muitas alunas a deixar
a sua educação formal/científica, para educar, muitas vezes sem apoio, um novo
ser.
Quando questionados do por que estudam, percebemos que nossos alunos
reconhecem que a educação escolar é importante para suas vidas, como segue no
gráfico abaixo, mas poucos compreendem que ela auxilia no desenvolvimento
pessoal e na aquisição de conhecimentos básicos necessários à vida em sociedade.
A maioria vincula a formação escolar ao ingresso no mercado de trabalho e a um
futuro melhor ou mais promissor.
32
N
o decorrer da pesquisa percebemos que 57% dos alunos afirmaram que em geral
quando estão na escola prestam atenção nas explicações e participam das
atividades propostas pelos professores.
Segundo a pesquisa, o modelo de boa escola para nossos alunos, ainda é a
forma tradicional, onde o professor passa o conteúdo no quadro, cabendo a eles
copiar e depois memorizar para realizar as provas. Quando a aula foge dessa linha
não sabem lidar com a situação, pois sentem dificuldade no trabalho em grupo, não
sabem buscar o conhecimento (pesquisar) e geralmente não são questionadores.
Pode-se dizer que aos poucos essa realidade vem sendo transformada através de
um longo trabalho de conscientização.
Mesmo tendo essa visão de educação tradicional, cerca de 80% dos alunos
relatam que existe a necessidade de alteração do currículo escolar e da prática
pedagógica por parte de alguns professores. No que se refere à avaliação, 83%
deles afirmam ser avaliados de forma justa.
Há alunos que encontram na escola uma forma de extravasar seus anseios e
frustrações, deixando de lado o mais importante, a aprendizagem, o conhecimento.
O plano de futuro para a maior parte deles é o de concluir o ensino médio e tornar-
se operário de alguma empresa da região. Como reflexo dessa realidade, o número
de alunos que ingressam em um curso superior é baixo, porém essa realidade vem
mudando de forma gradativa e lenta.
A realidade apresentada reflete-se diretamente nos índices de aprovação,
aprovação por conselho de classe, reprovação e evasão escolar, como mostram os
dados dos dois últimos anos letivos, 2008 e 2009.
33
0
10
20
30
40
50
60
70
Aprovação Aprovação por
Conselho de
Classe
Reprovação Evasão
5ª Série / 6º Ano
2008
2009
0
10
20
30
40
50
60
Aprovação Aprovação por
Conselho de
Classe
Reprovação Evasão
6ª Série / 7º Ano
2008
2009
01020304050607080
Aprovação Aprovação por
Conselho de
Classe
Reprovação Evasão
7ª Série / 8º Ano
2008
2009
34
01020304050607080
Aprovação Aprovação por
Conselho de
Classe
Reprovação Evasão
8ª Série / 9º Ano
2008
2009
0
10
20
30
40
50
60
Aprovação Aprovação por
Conselho de
Classe
Reprovação Evasão
1ª Série
2008
2009
0
10
20
30
40
50
60
Aprovação Aprovação por
Conselho de
Classe
Reprovação Evasão
2ª Série
2008
2009
35
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Aprovação Aprovação por
Conselho de
Classe
Reprovação Evasão
3ª Série
2008
2009
4.4. PROFESSORES
As dúvidas que pairam sobre “o que ensinar” cercam a humanidade desde os
tempos remotos. Essa realidade continua presente em nossa escola, uma vez que
fazemos uso de suportes didáticos que não atendem muitas vezes a real
necessidade de nossos alunos, cabendo ao professor propor critérios básicos e
necessários para que “o que ensinar” atenda aos anseios de “a quem ensinar', num
conjunto sincronizado e eficiente para a formação de cidadãos críticos e
participativos na sociedade. Porém ainda encontramos em nossa escola
profissionais que não tem essa mesma visão, professores que ainda fazem uso do
livro didático como principal fonte de conhecimento, como norteador do seu trabalho
pedagógico em sala de aula, esquecendo que esse deveria ser apenas um
complemento, um auxílio ao seu trabalho.
Os professores tem a função de não apenas ensinar mas de fazer o aluno
compreender. Cabe a ele respeitar a diversidade de cada aluno, e reconhecer a
dificuldade de cada um deles, e incentivá-los a persistir em sua busca ao
conhecimento,pois o processo educacional deve ser dinâmico, já que a escola
oferece aparatos tecnológicos, possibilitando aos alunos alcançarem os objetivos
propostos pelos professores.
36
Embora o sistema faça com que muitos professores não criem vínculo com a
escola, a maioria vem se esforçando para que a educação progrida cada vez mais.
Acreditando e defendendo a formação continuada como meio de
transformação, interação e envolvimento de todos no processo com subsídios
importantes para o dia a dia escolar.
Cabe ao professor, além de sua formação específica, ampliar seus
conhecimentos, mantendo-se atualizado para melhorar e aprimorar sua prática
pedagógica.
4.5. FUNCIONÁRIOS
A escola a qual conhecemos, há várias pessoas envolvidas no processo
educacional, desde os agentes educacionais até o diretor, cada qual com a sua
responsabilidade e importância no processo de ensino aprendizagem de nossos
alunos. O que falta para a escola é uma interação maior entre as pessoas, pois o
trabalho em equipe fará com que as dificuldades sejam sanadas mais rapidamente.
Nesse âmbito, temos o nosso funcionário, desempenhando uma função importante,
como qualquer outro, é ele que prepara toda a estrutura para um melhor rendimento
de alunos e professores, procurando realizar suas atividades sempre visando o
melhor do aluno.
A escola funciona como um todo. Por isso a necessidade de conhecer e
valorizar a função desenvolvida por todos.
Atualmente a escola vem desenvolvendo momentos de interação com toda
equipe, proporcionando a troca de ideias, resolução de problemas e um
conhecimento geral do andamento da escola, visando avaliar o trabalho
desenvolvido e construindo projetos futuros.
37
5. MARCO CONCEITUAL
A escola está inserida numa sociedade capitalista, sendo este sistema
excludente e que exige cada vez mais a escolarização das pessoas que já estão
trabalhando ou que ainda irão ingressar no mundo de trabalho. Devido esse sistema
a sociedade acaba se tornando cada vez mais individualizada, onde o que importa é
a posição que o indivíduo ocupa e os bens que possui, cabendo aos menos
favorecidos a impressão de que não são capazes e que sua situação é sua própria
culpa – ideologia neoliberal.
A sociedade gera indivíduos de primeira e segunda classe, onde há os que
ocupam uma posição melhor e que serão formados numa escola separada dos
demais, ou seja, serão os futuros chefes e a outra que irá preparar os subalternos.
Esta dualidade do sistema de ensino é aceita em nossa sociedade como normal e
cabe a escola pública resgatar os indivíduos menos favorecidos desse sistema e
buscar melhor prepará-los para a convivência nesta sociedade, como lhes é
garantido por lei:
A Constituição Federal do Brasil incorporou como princípio que toda e qualquer educação visa o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (CF art.2005). Este princípio é retomado pelo art. 2º da LDB, após o reconhecimento da importância da vinculação entre mundo escolar e mundo do trabalho. Logo, pessoa, cidadania e trabalho são três conceitos que sistematizam os fins da educação e até mesmo da ordem social (CURY, 2002, p.28, grifo do autor).
Partindo da Carta Magma e do ECA (lei 8.069/90) onde coloca-se o direito à
educação como um dos requisitos básicos para a construção da solidariedade e da
cidadania, a garantia de acesso e permanência na escola são encarados como
direitos a serem tutelados pelo Estado. Como segue em alguns artigos do Estatuto
da Criança e do Adolescente:
Art. 53º. A criança e o adolescente têm direito a educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, (...)
38
Art. 4º. É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Art. 5º. Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
Entende-se que para que tenhamos uma sociedade mais justa e não
excludente, a escola exerce papel fundamental, pois é na escola que nossos alunos
entram em contato com o saber que foi construído durante anos. É importante que o
aluno ao entrar em contato com esse saber, saiba que relação ele tem com o nosso
dia-a-dia, e que a aquisição do mesmo é importante, uma vez que o trabalho
educativo que visa produzir os elementos e recursos necessários a uma existência
produtiva numa dada sociedade humana, historicamente situada.
Para dar conta das demandas sociais, a escola não pode mais refletir e seguir
os moldes da educação bancária, mas sim apropriar-se da concepção pedagógica
da escola histórico crítica dos conteúdos, pois entende-se que a escola é um espaço
social onde os sujeitos se apropriam do saber universal, onde os conhecimentos
produzidos historicamente são socializados a todos, como instrumento de
compreensão da realidade social e atuação crítica e democrática para a
transformação desta realidade.
A lógica do capitalismo já está imposta, cabe a escola pública dentro deste
sistema, buscar cada vez mais meios de transformação desse realizada,
promovendo um educação de qualidade. Os conhecimentos que devem ser
trabalhados terão como meta à formação omnilateral do homem, ou seja, em toda a
sua integralidade levando o aluno ao domínio do método científico, das formas de
comunicação, de relacionamento e organização coletiva, de maneira a utilizar
conhecimentos científicos e estabelecer relações sociais de modo articulado para
resolver problemas da prática social e produtiva.
O currículo da escola que se quer não precisa ser necessariamente novo,
mas que haja uma generalização de conhecimentos que até o presente momento
estão sob o controle de uma pequena parcela da população. Os conteúdos das
disciplinas deverão ser democratizados para toda a população, já que estes
conhecimento são necessários para que participem da sociedade que cada vez mais
reúne ciência e tecnologia. A escola assim deixaria de distribuir o conhecimento de
39
forma desigual e haveria dessa forma uma verdadeira democratização dos
conteúdos, que levaria a uma nova organização social.
A teoria histórico crítica dos conteúdos pressupõe um método dialético onde o
processo de ensino aprendizagem decorre das relações estabelecidas entre
conteúdo – método e concepção de mundo, que deve ter a prática social como
ponto de partida, pois entende-se que é por meio do conhecimento e do trabalho
que o homem se humaniza toma consciência da sua realidade, se instrumentaliza e
a transforma.
Refletindo sobre a função da escola, como espaço onde os alunos ampliam
seus saberes para exercer a cidadania, sendo respaldada na lei que garante o
acesso e a permanência do aluno em idade escolar e aqueles que não tiveram
acesso em idade própria, para garantir que esse processo ocorra, a escola deve
constantemente rever sua prática pedagógica, reformulando currículo e adaptando
às realidades e implementando promovendo ações de apoio a cultura afro-brasileira,
preservação ambiental, cuidados com o patrimônio, mostras culturais e científicas,
gincanas culturais, visitas a museus, reservas ecológicas, entre outros, garantindo
assim, o conhecimento científico, artístico e cultural.
As políticas educacionais devem garantir a diversidade cultural sem que haja
desigualdade, isso também se faz através da relação professor – aluno. Nesse
propósito, os professores devem estar constantemente atualizando-se e
freqüentando cursos, grupos de estudos e discussões para que possam garantir
qualidade no ensino, independente das condições sociais, econômicas e culturais
dos alunos. Pois de acordo com Freire (2000), a escola deve respeitar as diferenças
individuais que os alunos trazem, sejam elas de linguagem, sintaxe ou prosódia,
assim como deve respeitar a autonomia do aluno, e na prática procurar a coerência
do saber, pois é de bom senso que as condições sociais, culturais e econômicas de
seus alunos, famílias e vizinhos não impeçam a escola de realizar um bom trabalho
pedagógico, buscando para tanto, meios para os educandos terem uma
aprendizagem concreta.
A diversidade é caracterizada pelas diferenças ou características entre os
grupos sociais. Já a cultura se afirma pelos diferentes modos de vida, é a partir
dessa cultura que os seres constituem sua identidade.
Levando-se em consideração tais conceitos (diversidade e cultura) as práticas
pedagógicas desenvolvidas pela escola não podem ser a mesma para todos. Pois
40
algumas crianças, adolescentes, jovens e adultos conseguem aprender conforme
certos padrões didáticos homogêneos, mas outros necessitam de práticas
diferenciadas. Logo a escola é lugar de cultura, é onde diferentes talentos, formas
de vida e de cultura estão reunidos, sendo assim, precisa-se tomar cuidado com as
práticas pedagógicas aplicadas para que não haja desigualdade e que essas
diferenças tornem-se apenas formas de cultura e não discriminação.
Sabe-se que muitas vezes a discriminação está diretamente ligada à evasão
escolar, sendo necessário a realização de um trabalho de orientação educacional
coletivo, onde, professores e equipe pedagógica devem trabalhar constantemente
na busca de soluções para as questões emergentes a seu tempo.
Escola e professores devem estar preparados para formar um aluno crítico.
Mas como? Desenvolvendo nesse o interesse pelo saber, relacionando o saber ao
seu dia a dia, motivando-o, despertando nele a curiosidade, a vontade da aprender e
pesquisar, utilizando para alcançar esse objetivo diversas técnicas e recursos.
Conforme o art 2º da LDB, “ educação, dever da família e do Estado,
inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por
finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Num currículo que contemple a
presente lei, não há espaço para repetição, memorização, aprendizagem de
conteúdos e de formas operacionais parciais, as quais devem ser substituídas pelo
raciocínio lógico, habilidades comunicativas, pela capacidade de discernir, de criar,
de construir soluções originais, de não se satisfazer, mas buscar educar-se
continuamente.
O que se almeja é a formação de um novo homem para agir numa nova
sociedade, esta sendo mais democrática demanda por um currículo que tenha um
caráter político, que fuja de uma grade que articula disciplinas e horas, mas que seja
o resultado de um projeto intencional de formação humana orientado para uma
utopia, ao redor do qual se articulam todos os esforços da comunidade escolar, e
para que isso ocorra é preciso consenso da comunidade escolar sobre os conteúdos
do projeto político-pedagógico.
O maior desafio é a mudança do trabalho pedagógico e do currículo
enciclopedista, pois há anos que as disciplinas que compõe o currículo têm seus
interesses intelectuais que preocupavam os pensadores da Grécia clássica e sem
desmerecer estes conhecimentos resta, a saber, se os temas que constituem as
41
disciplinas atuais, dão conta das necessidades atuais da sociedade, pois os filósofos
constituíam uma elite, a qual estudavam temas que estavam distantes do trabalho,
da vida cotidiana e da aplicação prática. Hoje se educa para formar pessoas
capacitadas para o mundo do trabalho, com um perfil pré-determinado pela
sociedade capitalista, mas o compromisso da escola é democratizar o conhecimento
como estratégia de construção de uma sociedade na qual todos tenham direitos
iguais. Por isso, os professores em sua dimensão de intelectual coletivo, devem
avaliar os conteúdos que têm sido reproduzidos nas práticas escolares, estas com
apoio na tradição, e buscar na sociedade novos conteúdos sobre os quais se
constroem os modos de produzir e de organizar a vida individual e coletiva, sem
deixar de tomá-los na sua perspectiva histórica e sua relação com a lógica concreta
que rege o movimento das relações sociais.
De acordo com Freire (2000), o professor deve saber que ensinar não é
transmitir conhecimento, mas criar possibilidades para que o aluno adquira a própria
produção ou construção do mesmo, deve ter consciência que terá que formar seres
sujeitos da história e não meros “objetos sociais”; deverá capacitá-los de forma que
possam intervir no mundo, decidir, romper e escolher, além de serem capazes de
grandes ações; deve saber que ensinar exige a apreensão da realidade para que
sejamos capazes de não apenas, mas sobretudo, transformar a realidade e nela
intervir.
Para que esse objetivos se efetivem, com vistas a uma educação de
qualidade, a organização interna da escola deve dar atenção a toda dimensão
escolar, desde o financiamento, espaço físico, gestão, equipamentos, recursos
humanos, currículo, atendimento à clientela – pais, alunos, conforme a lei vigente
LDB 9394/96:
Art. 3º. O ensino será ministrado com base nas seguintes princípios: I. igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o
saber; III. pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; IV. respeito à liberdade e apreço à tolerância; V. (...) VI. (...) VII. (...) VIII. gestão democrática, do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas
de ensino; IX. garantia de padrão de qualidade;
42
X. valorização da experiência extra-escolar; XI. vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
Seguindo tais princípios, há também a busca da integralidade da escola para
a obtenção dos resultados esperados. Para isso seu ambiente interno deve
favorecer a prática democrática, onde todos tenham direitos iguais e sejam ouvidos
em suas reivindicações, assim não só essa instituição será verdadeiramente
democrática, como também a sociedade por influência desta.
Entenda-se gestão democrática segundo a explicação de Paro (2004, p.16):
Aceitando-se que a gestão democrática deve implicar necessariamente a participação da comunidade, parece faltar ainda uma maior precisão do conceito de participação. A esse respeito, quando uso esse termo, estou preocupado, no limite, com a participação nas decisões. Isso não elimina, obviamente, a participação na execução; mas também não a tem como fim e sim como meio, quando necessário, para a participação propriamente dita, que é a partilha do poder, a participação nas tomadas de decisões.
A verdadeira democracia deve também vir de fora para dentro da escola, pois
enquanto os alunos tiverem dificuldades em sua permanência e acesso ao sistema
escolar, não estará havendo uma sociedade democrática e esta dívida social exige
esforço dos gestores públicos nos níveis estadual e nacional, que devem ampliar as
vagas e elaborar políticas públicas para permanência desses alunos no sistema.
Cabendo a eles propor melhoria na qualidade do ensino, em equipamentos,
ampliação do espaço físico e na qualificação permanente dos professores e que
estes tenham boas condições de trabalho e remuneração, pois a educação não é
voluntariado, improvisação, mas exige relações de trabalho claramente
regulamentadas, sendo que os alunos têm o direito a serem educados por
professores adequadamente capacitados e com seus direitos respeitados, como
acontece em todos os campos profissionais.
É imprescindível numa gestão democrática a socialização do conhecimento
entre todos os envolvidos, buscando os reais fins da educação, bem como, avaliar
avanços e não contradições no desempenho dos papeis de cada integrante. Tais
ações propiciarão uma melhora na organização da infra-estrutura, da administração
e do processo pedagógico.
43
A formação permanente deve ter como objetivo a reflexão e a elaboração das
equipes sobre a sua prática, assim, faz-se necessário que a capacitação do
professor seja coerente com os princípios que se quer que ele internalize e aplique,
fazendo-os tomar consciência dos conceitos que estão em jogo e da forma como se
desenvolvem as situações de aprendizagem. A situação de capacitação deve ser um
exercício ou exemplo daquilo que se quer que ele desenvolva na sua prática
pedagógica.
Entendendo gestão democrática como participação nas tomadas de decisão,
devemos voltar nosso olhar para as instâncias colegiadas, pois é por meio delas que
a participação acontece, pois são formadas por representantes de todos os
seguimentos da comunidade escolar. Nesse meio é que devem ser promovidas a
tomadas de decisões, tomando como ponto de partida a função social da escola. De
acordo com Veiga (1998 p. 114), “ ... o funcionamento de uma organização escolar é
fruto de um compromisso entre estrutura formal e as interações que se produzem no
seu interior.”
5.1 AS INSTÂNCIAS COLEGIADAS E A DEMOCRATIZAÇÃO DA ESCOLA
PÚBLICA
5.1.1 Conselho Escolar
O Conselho Escolar é um importante espaço no processo de democratização
da escola, na medida em que reúne: direção, representantes da equipe pedagógica,
do corpo docente, dos agentes educacionais I, dos agentes educacionais II, do
corpo discente e dos pais, para discutir e planejar as atividades da escola.
Assim o Conselho Escolar será um fórum permanente de debates de
articulação entre os vários setores da escola, tendo em vista o atendimento das
necessidades educacionais e os conhecimentos necessários à soluções de
questões pedagógicas administrativas e financeiras, que possam intervir no
funcionamento da mesma.
Assim, segundo Veiga (1994, p.116):
44
O Conselho Escolar deverá, portanto, favorecer a aproximação dos centros de
decisão dos atores. Isso facilita a comunicação, pois, rompendo com as relações burocráticas e formais, permite a comunicação vertical e também horizontal. Sob essa ótica, o Conselho possibilita a delegação de responsabilidades e o envolvimento de diversos participantes. É um gerador de descentralização. É o órgão máximo de decisão no interior da escola, procura defender uma nova visão de trabalho.
5.1.2 APMF - Associação de Pais, Mestres e Funcionários
A APMF é uma das instâncias colegiadas da escola que tem como objetivo o
aprimoramento da educação, a integração da família-escola-comunidade e a
efetivação da gestão democrática, sendo formada por representantes do corpo
docente, discente, funcionários e pais de alunos. Segundo Veiga (1994, p.118) “a
APM deverá exercer a função de sustentadora jurídica das verbas públicas
aplicadas pela escola, com participação dos pais no seu cotidiano em cumplicidade
com a administração (...)”.
Veiga (1994, 120) complementa ainda que:
A participação de pais, professores, alunos e funcionários por meio da APM dará autonomia à escola, favorecendo a participação de todos na tomada de decisões no que concerne às atividades curriculares e culturais, à elaboração do calendário escolar, horário de aulas etc; enfim, a definição da política global da escola, ou seja, a construção do seu projeto político-pedagógico.
5.1.3 Grêmio Estudantil
O grêmio é a organização que representa os interesses dos estudantes na
escola. Ele permite que os alunos discutam, criem e fortaleçam inúmeras
possibilidades de ação tanto no próprio ambiente escolar quanto na comunidade,
sendo também um importante espaço de aprendizagem, cidadania, convivência,
responsabilidade e de luta por direitos, sendo formado apenas por alunos, de forma
independente, desenvolvendo atividades curriculares e esportivas, produzindo jornal,
organizando debates sobre assuntos de interesse dos estudantes, quando não
45
fazem parte do Currículo Escolar, e também organizando reivindicações, tais como
compra de livros para a biblioteca, transporte gratuito para estudantes, entre outros.
O grêmio estudantil não terá caráter político-partidário, religioso, racial e
também não deverá ter fins lucrativos.
O trabalho do grêmio é definido pelo conjunto de estudantes. O que assegura
esta organização são as leis:
Lei Federal nº 7.398, de novembro de 1985;
Lei Estadual nº 11.057, de 17 de janeiro de 1995
São alguns objetivos do grêmio estudantil:
Congregar e representar os estudantes da escola;
Defender seus direitos e interesses;
Cooperar para melhorar a escola e a qualidade do ensino;
Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e educacional com
outras instituições.
Contudo entende-se que, segundo Veiga (1994, p.122) “o grêmio estudantil
não é um instrumento de luta contra a direção da escola, mas uma organização
onde se cultiva o interesse dos estudantes, onde eles têm possibilidades de
democratizar decisões e formar o sentimento de responsabilidade”.
5.1.4 Conselho de Classe
O Conselho de Classe é um órgão colegiado criado para que haja a
integração dos profissionais que atuam na escola e que deve ser utilizado para uma
reflexão e avaliação do desempenho dos alunos e práticas pedagógicas. Devendo
ser entendido como um espaço democrático, pois agrega todos os professores
envolvidos com o trabalho pedagógico da escola, gerando uma rede de relações
entre conteúdos e metodologias.
Dalben (2004) discute a questão da fragmentação que ocorre nas escolas,
primeiramente aulas dispostas por disciplinas, disciplinas dispostas por números de
46
aulas, e essa por sua vez fragmentadas em tempos previamente estipulado, o que
dificulta a inter-relação dos profissionais envolvidos com o processo pedagógico,
sendo o conselho de classe um dos poucos momentos que permite uma troca de
experiências de forma integrada por parte dos professores das várias disciplinas.
O Conselho de Classe é formado preferencialmente por docentes e equipe
pedagógica, mas pode contar com pais e alunos, já que estes últimos são a figura
central das discussões e avaliações. Por se tratar de um “espaço interdisciplinar de
estudo e tomada de decisões sobre o trabalho pedagógico desenvolvido na escola”
é também um órgão deliberativo sobre objetivos de ensino, critérios de seleção de
conteúdos curriculares e formas de acompanhamento dos alunos.
Entendendo que a tarefa central da escola é oportunizar situações didáticas
para que a aprendizagem ocorra, e que a aprendizagem é a atividade do aluno e
isso exige uma disposição em querer aprender, Veiga (1994, p.117) aponta que,
“avaliar é efetivar oportunidades de ação-reflexão, num acompanhamento contínuo
dos professores que levará ao aluno a novas questões. É preciso deixar claro que o
Conselho de Classe é o ensino e suas relações com a avaliação da aprendizagem”.
Assim, de acordo com Veiga (1994, p.118) “(...) cabe ao Conselho de Classe
dar conta de importantes questões didático-pedagógicas, aproveitando seu potencial
de gerador de idéias e como um espaço educativo”.
5.2. AVALIAÇÃO
O maior objetivo do professor não deve ser o de saber o quanto o aluno sabe, mas sim o de garantir a aprendizagem de todos (VASCONCELLOS, 1995, p. 49).
Antes de qualquer “discussão” ou definição sobre a avaliação, devemos parar
e perguntar, avaliar para quê? Para atribuir nota, classificar, verificar o “nível de
aprendizagem”, para registro visando a promoção dos alunos, para analisar o
conhecimento do educando, para fazer reflexão da prática pedagógica, a fim de
selecionar os melhores, rotular, discriminar, marginalizar, punir / castigar,
desmerecer, constatar as falhas, ver quem assimilou os conteúdos, quem alcançou
os objetivos... Afinal avaliar para quê?
47
Segundo Vasconcellos (1995, p.46),
o conhecimento não tem sentido em si mesmo: deve ajudar a compreender o mundo e nele intervir. Assim sendo, compreendemos que a principal finalidade da avaliação no processo escolar é ajudar a garantir a construção do conhecimento, a aprendizagem por parte dos alunos (grifo do autor).
Enquanto educadores, devemos saber distinguir avaliação de nota, como
apresenta Vasconcellos (1995, p.43):
a avaliação é um processo abrangente da existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar obstáculos. A nota, seja na forma de número (ex.: 0-10), conceito (ex.: A, B, C, D) ou menção (ex.: Excelente, Bom, Satisfatório, Insatisfatório) é uma exigência formal do sistema educacional. Podemos imaginar um dia em que não haja mais nota na escola - ou qualquer tipo de reprovação -, mas certamente haverá necessidade de continuar existindo avaliação, para poder se acompanhar o desenvolvimento dos educandos e ajudá-los em suas eventuais dificuldades (grifo do autor).
Seguindo o princípio de avaliação apresentado por Vasconcellos, o Colégio
faz uma avaliação diagnóstica, contínua, permanente em função dos adjetivos, e
tem por finalidade auxiliar a aprendizagem do educando, obedecendo à ordenação e
seqüência do ensino, bem como a orientação do currículo. Portanto esta deve refletir
a totalidade das produções do aluno, fugir do modo tradicional e possibilitar a
visualização tanto dos resultados mais gerais quanto das especificidades, estando
presente em todos os momentos do processo de ensino aprendizagem.
LUCKESI (2203, p.93-94) afirma que
... em raras situações, encontram-se professores que fazem da aferição da aprendizagem um efetivo ato de avaliação. Para eles, a aferição da aprendizagem se manifesta como um processo de compreensão dos avanços, limites e dificuldades que os educandos estão encontrando para atingir os objetivos educacionais. A avaliação assim, torna-se um excelente mecanismo subsidiário da condução da ação.
O momento de avaliação do aproveitamento escolar não é o ponto definitivo
de chegada, mas um momento de parar para observar se a caminhada está
48
ocorrendo com a qualidade que deveria ter e a avaliação manifesta-se como um ato
dinâmico que qualifica e subsidia o reencaminhamento da ação, possibilitando
conseqüências no sentido da construção dos resultados que se deseja.
Para que se utilize corretamente a avaliação no processo ensino-
aprendizagem no contexto escolar, importa estabelecer um padrão mínimo de
conhecimentos, habilidades e hábitos que o educando deverá adquirir e não uma
média mínima de notas, como normalmente acontece. É necessário definir que o
mínimo necessário não significa ater-se a ele. O mínimo necessário deverá ser
ensinado e aprendido por todos, mas deverá ir além dele.
Assim, caberá ao professor, junto a equipe pedagógica, fazer uma auto-
crítica, abrindo mão do uso autoritário da avaliação que o sistema lhe faculta, lhe
autoriza; revendo a metodologia de trabalho em sala de aula; alterando a postura
diante dos resultados da avaliação; criando uma nova mentalidade junto aos alunos,
aos colegas educadores e aos pais. Para isso, seguem alguns pontos importantes,
segundo Vasconcellos (2006) a serem observados, pela comunidade escolar
mediante ao processo avaliativo, sendo eles:
Não prender-se só as provas - diversificar as formas de avaliação:
atividades por escrito, dramatização, trabalho de pesquisa, avaliação oral,
experimentação, desenho, maquete, etc. (levar em consideração os
estágios de desenvolvimento dos educandos);
Diversificar os tipos de questões: testes objetivos, V ou F, palavras
cruzadas, completar, pedir desenhos, enumerar de acordo com ordem de
ocorrência, copiar parte do texto de acordo com critério, associar, formar
frases com palavras dadas, etc. Destacamos, no entanto, a necessidade
de espaço para a avaliação dissertativa, por dar a oportunidade de
expressão mais sintética do conhecimento (síntese construída pelo aluno).
Dar peso maior para questões dissertativas, por exigirem maior empenho
e domínio do conhecimento;
Contextualizar as questões: questões a partir de texto, perguntas
relacionadas à aplicação prática, problemas com significado,
acompanhados por desenhos, gráficos, esquemas, etc.;
49
Colocar questões a mais, dando opção de escolha para os alunos (este
recurso é simples e dá oportunidade de maior individualização das
avaliações);
Dimensionar adequadamente o tempo de resolução da avaliação, de
forma a evitar a ansiedade. Não ficar fazendo pressão durante a aplicação
(“faltam 30”‟; “faltam 25”‟ , etc.);
Ao invés de “prova”‟ (ninguém tem que provar nada para ninguém), usar o
termo “atividade”; substituir a “folha de prova” por “folha de atividades”,
que também pode ser usada para trabalhos, pesquisas e etc.(lembrar, no
entanto, que não se trata apenas de mudar o termo...);
Deixar muito claro para os alunos e os pais quais os critérios de
avaliação que estão sendo adotados pelo professor. O educando deve
saber o que vai ser exigido dele. E sistematicamente o fator sorte, pois
este leva à irresponsabilidade, à convicção mística;
Realizar avaliação em dupla e/ou em grupo (sem dispensar a individual);
Fazer avaliação com consulta;
Elaborar avaliações interdisciplinares (questões comuns servindo para
duas ou mais disciplinas)
Alunos elaborarem sugestões de questões (ou propostas de trabalhos)
para a avaliação;
Não incentivar a competição entre os alunos, ou, melhor dizendo,
combater sua ocorrência, pela não valorização da nota, de uma vez que,
normalmente, a competição já esta presente no contexto social. Não
comparar alunos entre si; cada um deve ser comparado a si mesmo;
comparações criam competição, ódio, inveja, desanimo.
A avaliação não deve ser elaborada por terceiros, mas sim pelo próprio
professor.
Não fazer a avaliação de cunho decorativo, deve ser reflexiva, relacional e
compreensiva.
O sistema de registro de avaliação adotado pelo Colégio é Trimestral, sendo
os resultados da avaliação expressos através de notas computados trimestralmente,
em várias aferições na seqüência e ordenação dos conteúdos, trabalhos individuais
e em equipe, por meio de testes, debates, entrevistas, atividades escritas ou orais e
50
demais modalidades que se mostrem aconselháveis e de aplicação possível. Como
forma de garantia, de que o aluno está sendo avaliado continuamente, independente
da disciplina e do número de aulas,
Conforme previsto em lei, é garantida ao aluno a recuperação paralela
quando o mesmo não tenha atingido 60% do valor da avaliação. O aluno terá direito
a realizar 2ª chamada da atividade avaliativa mediante apresentação de atestado
médico ou declaração de trabalho ou justificativa dos pais.
O cálculo da Média Anual para efeito de promoção será feito na forma de
média aritmética simples, ou seja, soma-se as notas do 1º trimestre, do 2º trimestre
e do 3º trimestre e divide por três, como está representado na formula:
Média Anual = 1º trimestre + 2º trimestre + 3º trimestre
3
Para a promoção, os alunos deverão atingir a média 6.0 (seis) em todas as
disciplinas e freqüência superior a 75% do total da carga horária do ano letivo, visto
que é essa a exigência do sistema educacional vigente.
A classificação é o procedimento que o Estabelecimento de Ensino adota
para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com a idade, experiência e
desenvolvimento adquiridos por meios formais ou informais, podendo ser realizada:
por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série
ou fase anterior, no próprio Colégio;
por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do
país ou do exterior, considerando a classificação da escola de origem;
independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para
posicionar o aluno na série, compatível ao seu grau de
desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou
informais.
A reclassificação é o processo pelo qual o Estabelecimento de Ensino avalia o
grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano,
levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de
estudos compatível com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do
que registre o seu Histórico Escolar. Cabe aos professores, ao verificarem as
possibilidades de avanço na aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e
51
com freqüência na série, dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma
possa iniciar o processo de reclassificação. O aluno reclassificado deve ser
acompanhado pela equipe pedagógica, durante dois anos, quanto aos seus
resultados de aprendizagem.
Os registro das avaliações são feitos nos Livros Registros, sendo repassados
aos alunos e responsáveis por meio dos boletins entregues em reuniões individuais
ou coletivas. Os resultados finais são transcritos em Relatórios Finais,
encaminhados para a SEED, e no Histórico Escolar.
52
6. MARCO OPERACIONAL
Formar um cidadão crítico e reflexivo é o ideal de toda escola. Ideal esse que
muitas vezes não conseguimos atingir, algumas vezes por não estarmos
trabalhando de forma adequada, uma vez que continuamos seguindo a visão
tradicional de transmissão de conhecimentos e saberes fragmentados, que não
estabelecem vínculo com a realidade que vivemos. Esses saberes são importantes
para o desenvolvimento de um cidadão crítico, preparado para atuar no mundo de
trabalho, como propõe a lei vigente, mas cabe lembrar, que para esses saberes
sejam válidos, esses devem ser significativos para os alunos, os quais devem
compreender porque estudam fatos que ocorram no passado, devem entender que
esses são conteúdos válidos sim, pois mostram a transformação histórica de nossa
sociedade, mas para aprendê-los necessitamos compreender a importância que
possuem para o desenvolvimento social. Não queremos ensinr por ensinar, apenas
cumprir com o currículo proposto, ou apenas fingir que estamos ofertando um ensino
de qualidade.
Para ofertar um ensino de qualidade, não precisamos necessariamente
abandonar tudo o que conhecemos, o que temos feito em nossa prática, mas sim,
avaliar onde estamos cometendo falhas e propor mudanças, mudanças de postura,
mudanças na didática, mudanças na gestão e organização escolar.
Procura-se adotar uma prática democrática, onde todos têm participação nas
decisões da escola, envolvendo não só direção e equipe pedagógica, mas também
corpo docente, funcionários, alunos representados pelo grêmio estudantil, bem como
pais representados pela Associação de Pais Mestres e Funcionários – APMF, já que
todos fazem parte da escola, e tem um papel fundamental para a oferta de um
ensino de qualidade.
Uma das primeiras mudanças adotadas pela comunidade escolar, foi a
reorganização da Matriz Curricular do Ensino Fundamental e Médio para os anos
seguintes, onde sob orientação da SEED foram redistribuídos os números de horas-
aula por disciplina, como mostra a Matriz que segue em anexo, bem como a
organização do calendário escolar contemplando as datas previstas para reuniões
53
pedagógicas, como pode ser observado também anexo, bem como a elaboração da
nova proposta curricular tanto para o Ensino Fundamental quanto Médio, tendo
como base as Diretrizes Curriculares Estaduais.
Uma das linhas de ação a serem adotadas pela comunidade escolar, é a
organização das datas dos conselhos escolares, entrega de notas, e implantação de
projetos ao inicio de cada ano, para que todos possam organizar suas atividades de
forma a contemplar todas as atividades propostas pela escola.
A organização dos conteúdos e os planejamentos serão realizados por
disciplinas, de forma que todos os profissionais da área, estejam trabalhando de
forma sincronizada e contextualizada, possibilitando o trabalho com projetos a serem
propostos pela comunidade escolar, ou encaminhados pela SEED ao longo do ano.
No que se refere a organização da hora atividade, devido ao porte da escola e
a atuação de grande parte do corpo docente em outras instituições, é feita por
professor, ou seja, individualmente, não sendo possível o contato entre os
professores das mesmas áreas, essa mediação acontece em outros momentos
excepcionais, ou quando a SEED estipula datas para planejamento.
6.1. TRABALHOS A SEREM DESENVOLVIDOS COM CORPO DOCENTE E
DEMAIS FUNCIONÁRIOS DA ESCOLA:
Entendendo a formação continuada como fator indispensável para a
organização do pensamento crítico, reformulação da prática docente, bem como
fundamentação para uma educação de qualidade, propõe-se as seguintes
intervenções junto ao corpo docente e demais funcionários da escola:
Capacitação de professores e funcionários ao início do ano letivo, bem
como ao início do segundo semestre, orientados pela SEED e repassados
pela equipe pedagógica;
Organização e planejamento dos conteúdos por disciplina ao início do ano
letivo;
Organização das atividades ou projetos a serem desenvolvidos pelas
disciplinas ao longo do ano;
54
Reuniões pedagógicas para estudar e discutir problemas vigentes, bem
como apresentar os avanços conseguidos ao longo do trabalho;
Conselhos de Classe para avaliar a prática pedagógica, bem como
desenvolvimento dos alunos, procurando, através de discussão entre o
grupo, caminhos para solucionar os problemas encontrados;
Conversa informal com os professores trazendo propostas de
atividades/projetos dentro dos conteúdos que estão sendo trabalhados,
bem como, sobre o andamento das atividades, rendimento dos alunos e
problemas de indisciplina;
Promover a participação dos professores e funcionários, em cursos de
formação continuada ofertados pela SEED, respeitando as condições e os
recursos da escola;
Trabalho de reconhecimento e valorização das atividades desenvolvidas
pelos demais funcionários da escola;
Incentivo à participação do corpo docente do Projeto Folhas promovido
pela SEED;
Participação na O.A.C. (Objeto de Aprendizagem Colaborativo) sob
orientação da equipe do CRTE / NREamsul;
Utilização dos livros da Biblioteca do Professor e dos Temas Paranaenses,
em reuniões pedagógicas, grupos de estudos e hora atividade;
Participação nos encontros descentralizados / grupos de estudos
promovidos pela SEED;
Utilização do laboratório de informática para planejamento de aulas e
acesso ao Portal Dia-a-dia Educação.
6.2. TRABALHOS A SEREM DESENVOLVIDOS COM OS ALUNOS:
Como ainda estamos longe de um trabalho interdisciplinar, algo que envolva
todas as disciplinas em todas as atividades da escola, do início ao fim do ano
pretende-se propor aqui atividades que visam o envolvimento de todas as disciplinas
ao menos em alguns momentos do ano letivo. Atividades que proporcionam
momentos de conhecimento aliados a diversão, que visam o aprendizado, a
interação e integração social.
55
São exemplos de projetos implantados na escola:
Gincana Cultural – atividade que visa envolver todos os alunos, tendo
como objetivo cumprir tarefas que envolvem temas de todas as disciplinas,
como elaborar paródias, poesias, histórias, desenhos, confeccionar
maquetes e roupas com material reciclável, sendo todas direcionadas por
temas previamente estabelecidos, entre outros;
Mostra Cultural e Científica – visando apresentar para a comunidade e
demais instituições, os trabalhos desenvolvidos pelos alunos em sala de
aula;
Jogos Escolares – visa a integração de todos os alunos do três turnos;
Feira das Profissões – tem como objetivo apresentar aos alunos do Ensino
Médio as várias profissões existentes no mercado de trabalho, e qual a
área de atuação de cada uma, possibilitando aos alunos escolher onde
futuramente pretendem atuar;
Projeto Falando sobre Sexo – atividades que contemplem todas as
turmas, cada uma dentro da sua realidade, fazendo uso de vários formas
de informação, como palestras, vídeos, teatros, músicas, com o objetivo
de apresentar aos alunos quais são as doenças sexualmente
transmissíveis, como podem ser pegas, como podem ser evitadas.
Projeto Drogas To Fora! - atividades que contemplem todas as turmas,
cada uma dentro da sua realidade, fazendo uso de vários meios de
informação, como palestras, vídeos, teatros, músicas, etc, que explicite
aos alunos os riscos que uma pessoa corre quando faz uso de algum tipo
de substância entorpecente; esclarecer que o álcool e o cigarro também
são drogas e são igualmente prejudiciais a saúde;
Projetos que trabalhem as principais datas comemorativas;
Elaboração do Jornal da Escola - Jornal JFK com artigos/matérias
envolvendo todas as disciplinas. Espaço em que o professor poderá
mostrar o trabalho realizado pelos alunos;
Espaço da Poesia - mural exclusivo para exposição das produções dos
alunos;
Viva Escola: Projeto Horta na Escola e Educação Ambiental, Projeto
Musicalização e Projeto Formando Leitores.
56
Passeios Ecológicos como visitas a parques, zoológicos, entre outros;
Visitas a museus e feiras;
Participação no FERA, CELEM, COM CIÊNCIA e Jogos Colegiais;
Outros projetos/atividades que podem ser propostas ao longo do ano por
professores ou pela SEED.
6.3. TRABALHOS A SEREM DESENVOLVIDOS COM A COMUNIDADE:
Entendemos que o trabalho desenvolvido na escola, só será efetivado com
sucesso quando esse está em consonância com o que a família repassa para seus
filhos, ou seja, família e escola devem seguir a mesma linha de atuação, devem falar
a mesma linguagem, para que nossos alunos possam enraizar em suas
personalidades valores éticos pregados por ambas as instituições.
Em nossa comunidade vê-se a necessidade de um trabalho intensificado
junto às famílias, uma vez que, a maior parte delas apresenta uma estrutura bem
diferente da “família tradicional”. Nota-se que boa parte dos problemas encontrados
em nosso dia-a-dia, se dão devido a falta de informação dos pais. Muitos deles não
têm conhecimento de seus direitos e deveres, acham que estão a margem da
vontade de leis que muitas vezes não compreendem e, acreditam que estão contra e
não a favor deles, como é o caso do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA,
pois a interpretam como uma lei que veio apenas proteger o menor, deixando os
pais com as mãos atadas no que se refere a educação dos filhos.
Para tentar sanar parte das dificuldades observadas em nossa comunidade
propõe-se as seguintes atividades ao longo do ano:
Participação da comunidade nas decisões da escola, bem como
manutenção/organização da mesma;
Palestras informativas com representantes do Conselho Tutelar, visando
trabalhar alguns pontos importantes do Estatuto da Criança e do
Adolescente;
Palestras informativas com os responsáveis no município pela Patrulha
Escolar;
57
Reuniões com pais, preferencialmente organizados por turmas, para que
direção, professores e equipe pedagógica possam passar informações
sobre os alunos, como problemas de indisciplina, rendimento escolar, e
demais informações sobre a escola;
Palestras que objetivem trabalhar a educação de filhos, mostrando que os
limites são necessários, que dizer não em algumas ocasiões é
fundamental, entre outras colocações;
Participação nas atividades desenvolvidas na escola como feira de
ciências, semana cultural, feira das profissões, entre outros;
Reuniões individuais, para resolver problemas de comportamento,
rendimento escolar ou faltas consecutivas do aluno.
58
7. REFERÊNCIAS
CAPELO, Maria Regina Clivati. Diversidade cultural e desigualdades sociais: primeiras aproximações. Universidade do Oeste Paulista. CURY, Carlos Roberto Jamil. O que você precisa saber sobre...: legislação educacional brasileira. 2ª ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. Ensino Fundamental na Rede Pública de Ensino da Educação Básica do Estado do Paraná. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários á prática escolar. 15ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2000. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96. Editora do Brasil. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília: 2005. PARO, Vitor Henrique. Gestão democrática da escola pública. 3ª ed. São Paulo: Ática, 2004. VÁSQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. 23ª ed. Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
59
8. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
8.1 IDENTIDADE DO ENSINO FUNDAMENTAL
Analisando o processo histórico da educação no Brasil, comprova-se que
essa era ofertada apenas as elites, aos filhos das pessoas nobres do país,
totalmente voltada aos seus interesses e culturas, ou seja, uma educação elitista.
Somente a partir de 1940, as classes populares passam a ter um ingresso
significativo aos bancos escolares, rompendo com a conjunção harmônica entre
qualidade e escola de elite. No entanto, a ampliação da oferta da educação
“obrigatória” limitou-se a construção de prédios escolares e do atendimento das
condições mínimas de infra-estrutura, mantendo-se a escassez de recursos
destinados a remuneração de professores, ou seja, investiu-se o suficiente para
viabilizar o acesso de uma parcela maior da população ao meio escolar. Porém
esses alunos que adentravam a escola, não tinham êxito, uma vez que o ensino
historicamente foi formulado para atender uma minoria privilegiada, não atendendo
aos interesses, experiências e necessidades provindas dos alunos das classes
populares que a escola passou a receber.
Apenas com a reforma da LDBEN/61 pela lei nº 5.692/71, é o tempo de
escolarização compulsaria foi ampliada para oito anos. Assim, desde o início dos
anos de 1970, a manifestação do acesso à escola pública de 1ª a 8ª série tornou-se
uma realidade.
Hoje, o Ensino Fundamental legalmente é tido como parte da educação
básica que tem por finalidade “desenvolver o educando, assegurar-lhe comum
indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no
trabalho e em estudos posteriores” (ART 21 LDBEN/96), sendo ofertada pelo estado
gratuitamente como direito do cidadão.
De acordo com o artigo 32 da LDBEN/1996, esta etapa da escolarização deve
garantir a formação básica do cidadão e o desenvolvimento integral do educando,
mediante:
60
I - O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos
o pleno domínio da leitura, da escrita e do calculo;
II - Compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a
aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV - O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade
humana e de tolerância recíproca que se assenta a vida social.
Nessa perspectiva, a função da escola fundamental é o trabalho com o
conhecimento que propicie oportunidades de aprendizagem para que adquiram
“chaves conceituais de compreensão de seu mundo e de seu tempo; deve ainda
permitir que tomem consciência das operações que mobilizam durante a
aprendizagem, contribuindo para que prossigam na relação de conhecimento, que é
desvendamento, compreensão e transformação do que se dá a conhecer”.
(SAMPAIO, 1998, p.147)
8.2. IDENTIDADE DO ENSINO MÉDIO
As escolas de Ensino Médio foram se desenvolvendo, ao longo dos anos, nos
espaços ociosos do ensino fundamental. Na rede pública, são poucos os
estabelecimentos que foram planejados para atender às características dos
adolescentes. Em decorrência, assim como não construíram a sua identidade em
termos de concepção, também não construíram sua identidade física enquanto
escolas que educam jovens. A Resolução nº. 03/1998/CNE reconhece essa
limitação e determina que os Sistemas de Ensino e as escolas busquem, através da
articulação com a comunidade, construir identidade própria de modo a atender, da
melhor forma possível, as condições e necessidades dos jovens e adultos, em
termos de espaço e tempo de aprendizagem (art. 7).
Na prática, isso significa planejar espaços, layout e equipamentos que,
levando em conta as especificidades dos jovens alunos, propiciem as necessárias
condições para que relações diversificadas e significativas com o conhecimento se
estabeleçam de forma prazerosa; Bibliotecas, videotecas. Laboratórios diversos,
61
inclusive de línguas e de informática, espaços para práticas esportivas, artísticas e
culturais devem estar disponíveis não só para a realização de atividades
programadas, mas também para que o jovem faça experimentos, pesquisas, busque
respostas para suas inquietações, crie grupos de dança, aprenda música, faça
práticas esportivas, exercite a organização estudantil, entre outros horários, sentindo
prazer em permanecer na escola.
Evidentemente, a crise de financiamento por que passam as escolas públicas
faz com que essa possibilidade se ponha distante; no entanto, essa dificuldade não
deve justificar a inexistência de esforço do Estado e das escolas no sentido de
utilizar os recursos disponíveis e promover as necessárias articulações para
compartilhar espaços e projetos comunitários.
Para atender aos princípios adotados, a oferta de Ensino Médio deverá
manter uma única estrutura que assegure a todo alunado os mesmos direitos
relativos à certificação e à qualidade, o que significa adotar uma única trajetória no
que diz respeito aos objetivos da educação básica, que será complementada por
ofertas diversificadas que atendam as diferentes necessidades, particularmente
aquelas derivadas das diferenças de classe. Dessa forma, não se admitirá uma
trajetória para jovens trabalhadores que se resuma à preparação para o trabalho,
diferente da propedêutica, exclusivamente voltada para o ensino superior; ao
contrário, toda a rede oferecerá educação básica, experiências de cidadania e parte
diversificada, de livre opção para os alunos segundo seus interesses e
necessidades, de modo a articular ciência, cultura, cidadania e trabalho.
62
8.3. ARTE
8.3.1 Apresentação da Disciplina
O que é arte? Criação humana com valores estéticos (beleza, Equilíbrio,
harmonia, revolta) que sintetizam as suas emoções, sua história, seus sentimentos e
a sua cultura, ou seja a arte é criação e manifestação do poder criador do homem. O
homem criou objetos para satisfazer as suas necessidades práticas, como as
ferramentas para cavar a terra e os utensílios de cozinha. Outros objetos são criados
por serem interessantes ou possuírem um caráter instrutivo. O homem cria a arte
como meio de vida, para que o mundo saiba o que pensa, para divulgar as suas
crenças (ou as de outros), para estimular e distrair a si mesmo e aos outros, para
explorar novas formas de olhar e interpretar objetos e cenas.
Criar é transformar, e nesse processo o sujeito também cria. A arte, quando
cria uma nova realidade, reflete a essência do real. O sujeito, por meio de suas
criações artísticas, amplia e enriquece a realidade já humanizada pelo trabalho.
Sendo a escola o primeiro espaço formal onde se dá o desenvolvimento de
cidadãos, nada melhor que por aí se dê o contato sistematizado com o universo
artístico e suas linguagens: artes visuais, teatro, dança e, música. No ensino da arte
há possibilidade de resgatar o processo de criação, permitindo que os alunos
reconheçam a importância de criar.
A arte compreendida como área do conhecimento apresenta relações com a
cultura por meio das manifestações expressas em bens materiais (físicos) e
imateriais (práticas culturais coletivas). Existem alguns campos conceituais que
contribuem para as reflexões a respeito do objeto de estudo da arte:
Conhecimento estético: está relacionado à apreensão do objeto artístico
em seus aspectos sensíveis e cognitivos. O pensamento, a sensibilidade e
a percepção articulam-se numa organização que expressa esses
pensamentos e sentimentos, sob a forma de representações artísticas,
como por exemplo: palavras na poesia; sons melódicos na música;
expressões corporais na dança ou no teatro; cores, linhas e formas nas
artes visuais.
Conhecimento artístico: está relacionado com o fazer e com o processo
63
criativo. Considera desde o imaginário, a elaboração e a formalização do
objeto artístico até o contato com o público.
Conhecimento contextualizado: envolve o contexto histórico (político,
econômico e sociocultural) dos objetos artísticos e contribui para a
compreensão de seus conteúdos explícitos e implícitos.
Norteada pelo conjunto desses campos conceituais, a construção do
conhecimento em arte se efetiva na inter-relação de saberes que se concretiza na
experienciação estética por meio da percepção, da análise, da criação/produção e
da contextualização histórica. Assim, segundo a DCE de Arte 2008, com o estudo da
arte objetiva-se que os alunos adquiram conhecimentos sobre a diversidade de
pensamento e de criação artística para expandir sua capacidade de criação e
desenvolver o pensamento crítico.
Ao trabalhar a arte, o professor deverá ter em mente que
O ser humano produz, (...), maneiras de ver e sentir, diferentes em cada tempo histórico e em cada sociedade. Por isso, é fundamental considerar as influências sociais, políticas e econômicas sobre as relações entre os Homens e destes com os objetos, para compreender a relatividade do valor estético, as diversas funções que a Arte tem cumprido ao longo da história, bem como o modo de organização das sociedades (PARANÁ, 1992, p. 149 apud DCE DE ARTE, 2008 p. 55 e 56)
Por fim,
A disciplina de Arte, além de promover conhecimento sobre as diversas áreas de arte, deve possibilitar ao aluno a experiência de um trabalho de criação total e unitário.15 O aluno pode, assim, dominar todo o processo produtivo do objeto: desde a criação do projeto, a escolha dos materiais e do instrumental mais adequado aos objetivos que estabeleceu, a metodologia que adotará e, finalmente, a produção e a destinação que dará ao objeto criado. (DCE DE ARTE, 2008 p.62)
8.3.2. Objetivos Gerais
Construir, expressar e comunicar-se em artes plásticas e visuais,
articulando percepção, imaginação, memória, sensibilidade e reflexão;
64
Analisar criticamente elementos da linguagem visual cotidiana;
Situar e compreender as relações entre corpo, dança e sociedade;
Conhecer e apreciar as variadas manifestações musicais de nosso país;
Compreender o teatro nas diversas dimensões (artística, estética, histórica
e social);
Valorizar diversas escolhas de interpretação e de criação, em sala de aula
e na sociedade.
Construir, expressar e comunicar-se em artes plásticas/visuais, articulando
percepção, imaginação, memória, sensibilidade e reflexão;
Analisar criticamente elementos da linguagem visual cotidiana;
Situar e compreender as relações entre corpo, dança e sociedade;
Conhecer e apreciar as variadas manifestações musicais de nosso país;
Compreender o teatro nas diversas dimensões (artística, estética, histórica
e social);
Valorizar diversas escolhas de interpretação e de criação, em sala de aula
e na sociedade.
8.3.3. Conteúdos
5ª SÉRIE / 6º ANO
ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Elementos Formais
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Sons graves, médios e agudos
Som longo e curto
Fontes sonoras, origem do som
Forte e fraco
65
Densidade A orquestra, bandas populares
Composições
Ritmo
Melodia
Escalas: Diatônica,
Pentatônica e
Cromática
Improvisação
Estilos musicais, compassos simples,
pulsação
Relação das figuras da escrita musical
com o som
Quando sugiram, períodos e contexto
social
Espontaneidade
Movimentos e
Períodos
Greco-Romana
Oriental
Ocidental
Africana
Apreciação auditiva de músicas destes
períodos
Análise comparativa e cultural
ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Elementos Formais
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
A importância do ponto e sua utilização
nas artes gráficas
Construções arquitetônicas
contemporâneas
Orgânica, Inorgânica e gráfica
Orgânicas e inorgânicas
As pinturas modernas
Escultura clássia e moderna
66
Cor
Luz
Formação da cor, cores primárias e
secundárias
A importância da luz na visualização das
cores
Composições
Bidimensional
Figurativa
Geométrica
Simetria
Técnicas: pintura,
escultura e
arquitetura
Gêneros: cenas da
mitologia
Equilíbrio e desequilíbrio
Desenvolvimento a partir de um tema
Formas geométricas (quadriláteros)
Dentro das pinturas de diferentes períodos
Livre e dirigida a partir de um tema
Personagens da mitologia clássica
Movimentos e
Períodos
Arte Greco-Romana
Arte Africana
Arte Ocidental
Arte Pré-Histórica
O teatro, a arquitetura e a escultura
Povos, cultos, máscaras, dança e música
A história das artes visuais do ocidente,
origens até a atualidade
Ritos e mitos dos povos, materiais
utilizados, pinturas como parte dos rituais
míticos
ÁREA TEATRO
67
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Elementos Formais
Personagem
Expressões
corporais, vocais,
gestuais e faciais
Ação
Espaço
A importância do personagem em um
espetáculo
Exercícios direcionados, improvisações
Gestual comum em situações variadas
Relação com a ação e o gestual
Composições
Enredo, roteiro
Espaço Cênico,
Adereços
Técnicas: jogos
teatrais, teatro
direto e indireto,
máscaras,
improvisação
Gênero: Tragédia,
Comédia e Circo.
Sinopse
Palco
Figurinos e seus personagens
Máscaras do teatro grego
Jogos de improvisação
Teatro grego
Teatro grego
Diferença entre tragédia e comédia
Movimentos e
Períodos
Greco-Romana
Teatro Oriental
Teatro Medieval
Renascimento
Dramaturgos
Figurinos típicos
O teatro como doutrinamento
Companhias de teatro
ÁREA DANÇA
68
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Elementos Formais
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Limites corporais, exploração do
movimento
Andamentos em diferentes espaços e
músicas
O movimento e o espaço
Composições
Kinesfera
Eixo
Ponto de Apoio
Movimentos
articulares
Fluxo (livre
interrompido)
Rápido e Lento
Formação
Níveis (alto, médio
e baixo)
Deslocamento
(direto e indireto)
Dimensões
(pequeno e grande)
Técnica:
Improvisação
Gênero: circular
O outro, equilíbrio e desequilíbrio
Diferentes andamentos e diferente
músicas
A dança de grupo
O salto e o solo
Exploração do espaço de dança
Diferentes tipos de movimentos
Individual e coletiva
As danças circulares nas culturas
69
Movimentos e
Períodos
Pré-história
Greco-Romana
Renascimento
Dança Clássica
A dança como rito
As danças rituais, grega e romana
A dança pagã
O balé
6ª SÉRIE / 7º ANO
ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Elementos Formais
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Classificação das vozes no canto
A utilização dos instrumentos nas músicas
populares
Os diferentes instrumentos utilizados nas
músicas populares
A intensidade como forma intencional
dentro das músicas
Conjuntos populares: Choro, Bossa Nova,
Bandas de Rock
Composições
Ritmo
Melodia
Escala
Gêneros: folclórico,
indígena, popular e
étnico
Técnicas: vocal,
instrumental e mista
Diferentes ritmos brasileiros
Deferentes músicas e cantores brasileiros
Maiores e menores
Canções folclóricas, cantigas de roda
O cânone vocal
70
improvisação
Movimentos e
Períodos
Música popular e
étnica (ocidental e
oriental)
A história da MPB
A música dos povos
ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Elementos Formais
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
A importância do ponto e sua utilização
nas artes gráficas, combinação das cores
através dos pontos
Tipos de linhas, utilização na atualidade,
Op Arte
Orgânica, inorgânica e gráfica e onde são
encontradas
A forma nas artes gráficas, propaganda
impressa
A utilização na pintura- Cubismo
Bidimensional e tridimensional
Teoria da cor e a sua utilização na pintura
moderna
Propriedades da luz
A luz como elemento primordial nas artes
visuais
Proporção
Tridimensional
Figura e fundo
Planos em uma pintura
Escultura clássica e moderna
Dentro das pinturas nos diferentes
71
Composições
Abstrata
Perspectiva
Gravura
Gênero: Paisagem,
retrato e natureza
morta
períodos
Contexto social do surgimento da arte
abstrata
Artistas e técnica utilizada
Introdução à perspectiva cônica e paralela
A história da gravura e os diferentes tipos
de gravuras
Desenho de observação
Movimentos e
Períodos
Arte Indígena
Arte Popular
Brasileira e
Paranaense
Renascimento
Barroco
Os diferentes povos indígenas brasileiros
e suas culturas
O artista popular e autodidata
Artistas de destaque e suas obras
Técnicas de pintura
Perspectiva com ponto de fuga
A arte em função da religião
O barroco mineiro
ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Personagem:
expressões
Criação de personagem
Exploração cênica do personagem
72
Elementos Formais corporais, vocais,
gestuais e faciais
Ação
Espaço
Planos na representação
O teatro itinerante
Composições
Representação,
leitura dramática ,
cenografia.
Técnicas: jogos
teatrais, mímica,
improvisação,
formas animadas
Gêneros: Rua e
arena,
caracterização
A construção de cenários
Teatro de sombras
Teatro de fantoches
O teatro cego
Movimentos e
Períodos
Comédia dell” arte
Teatro Popular
Brasileiro e
Paranaense
Teatro Africano
Histórico e técnicas
Locais de manifestação
Técnicas utilizadas
Principais autores, artistas e trabalhos
Manifestação da cultura
O culto e os rituais
ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
73
ESTRUTURANTES BÁSICOS
Elementos Formais
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Espontaneidade de movimentos
Diferentes andamentos
Delimitação do espaço da dança
Composições
Ponto de Apoio
Rotação
Coreografia
Salto e queda
Peso (leve e
pesado)
Fluxo (livre,
interrompido e
conduzido)
Lento rápido e
moderado
Níveis (alto, médio
e baixo)
Formação
Direção
Gênero: folclórica,
popular e étnica
Passos
O giro (completo, duplo, meio giro)
Criação de coreografias
A dança de casais e individuais
Danças folclóricas
Movimentos e
Períodos
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Cantigas de roda
Danças típicas, populares de diferentes
regiões
Fandango
74
Africana
Indígena
A importância da dança para a cultura
A dança como rito
7ª SÉRIE / 8º ANO
ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Elementos Formais
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Tonalidades mais usadas nas músicas
POP'S
A intenção psicológica da duração das
músicas
Tipos de instrumentos utilizados na
música POP
Sintetizadores
Decibéis, som automotivo
Diferentes combinações tímbricas
utilizadas nas músicas
Composições
Ritmo
Melodia
Harmonia
Tonal, modal e a
função de ambos
Técnicas: vocal,
instrumental e mista
POP e Dance
Qualidade melódica nas músicas
populares
Tipos de instrumentos utilizados nas
músicas POP'S
Análise de músicas POP'S Nacionais e
internacionais
Composição de canções
Movimentos e
Industria Cultural
Eletrônica
O rendimento financeiro dos artistas
Artistas que utilizam deste estilo
Studio fonográfico
75
Períodos Minimista
Rap, Rock e Tecno
Como se produz, princípios, apreciação
Clip's
ÁREA ARTES VISUAIS
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Conteúdos Específicos
Elementos Formais
Ponto
Linha
Textura
Forma
Volume
Superfície
Cor
Luz
Pop Art
A utilização das formas geométricas
Papel reciclado
Quadriláteros
Arquitetura moderna
A influência das cores no consumo
A importância da luz na visualização das
cores
Composições
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Estilização
A repetição de temas em diferentes estilos
e épocas
Claro e escuro na pintura
Geometrização
Artistas modernos
76
Deformação
Técnicas: desenho,
fotografia,
audiovisual e mista
Expressionismo
Montagem e colagem
Movimentos e
Períodos
Industria Cultural
Arte no Século XX
Arte
Contemporânea
Pop Art
Os “Ismos” da arte moderna
Arte Conceitural
ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Elementos Formais
Personagem:
expressões
corporais, vocais,
gestuais e faciais
Ação
Espaço
Dramatização com diferentes enfoques
Leitura dramática
Planos de representação
Experimentação de diferentes espaços
Composições
Representação no
Cinema e Mídias
Texto Dramático
Maquiagem
Sonoplastia
Cinema mudo
Teatro grego
Construção de personagem
Experimentação de diferentes músicas e
77
Roteiro
Técnicas: jogos
teatrais, sombra
adaptação cênica
sons
Construção de texto para teatro, a partir de
uma sinopse
Jogos de improviso e interpretação
Movimentos e
Períodos
Industria Cultural
Realismo
Expressionismo
Cinema Novo
O teatro amador e profissional
O teatro do cotidiano
O teatro político e de protesto
Teatrokê
A interação da platéia
ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Elementos Formais
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Movimentos espontâneos e dirigidos
Diferentes andamentos
Delimitação do espaço na dança
Composições
Giro
Rolamento
Saltos
Aceleração e
desaceleração
Giro completo, duplo e meio giro
Impulso para o salto
Andamento da música articulado com a
dança
78
Direções (frente,
atrás, direita e
esquerda)
Improvisação
Coreografia
Sonoplastia
Gênero: Indústria
Cultural e
espetáculo
Criação de coreografias apreciação de
coreografias já existentes
Diferentes estilos musicais
A dança no teatro e na ópera
Movimentos e
Períodos
Hip Hop
Musicais
Expressionismo
Indústria Cultural
Dança Moderna
Histórico e grupos
Os musicais da TV e do teatro
8ª SÉRIE / 9º ANO
ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Altura
Duração
Sons graves, médios e agudos
Som longo e curto- A duração das
79
Elementos Formais
Timbre
Intensidade
Densidade
canções
Instrumentos utilizadas nas canções de
protesto
Som forte, fraco como função ideológica
Contrastes de densidades nas canções de
protesto
Composições
Ritmo
Melodia
Harmonia
Tonal, modal e a
função de ambos
Técnicas: vocal,
instrumental e mista
Gêneros: popular,
folclórico e étnico
Ritmos mais frequentes nas canções de
protesto
Qualidade e intensionalidade nas canções
da década de 1960
Instrumentos e combinações nas canções
de protesto
Apreciação e análise de canções
Apreciação e análise das canções da
década de 1960
Diferenciação e análise das canções
folclóricas e populares
Movimentos e
Períodos
Música Engajada
Música Popular
Brasileira
Música
Contemporânea
A música da década de 1960 e os festivais
O samba e a Bossa nova
Histórico e principais artistas
Novos cantores e compositores
ÁREA ARTES VISUAIS
80
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Elementos Formais
Linha
Forma
Textura
Volume
Superfície
Cor
Luz
Perspectiva cônica, ponto de fuga
Decomposição da forma
Diferentes tipos de suportes para pintura
Perspectiva paralela
Planos em uma paisagem
Mescla aditiva e subtrativa
A variação da cor em contato com os
diferentes tipos de luzes
Composições
Bidimensional
Tridimensional
Figura-fundo
Ritmo Visual
Técnicas: pintura e
grafite
Gêneros: paisagem
urbana, cenas do
cotidiano
Anamorfose e alteração de superfície
Arte fractal
A figura como fundo e o fundo como figura
no Dsign gráfico
O infinito dentro de um espaço finito
Aquarela e acrílica
Arte surrealista
Movimentos e
Realismo
Na antiguidade e moderna
81
Períodos Vanguarda
Muralismo e Arte
Latino Americana
Hip Hop
Cubismo
Temas e origens
O grafite como forma de arte
ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Elementos Formais
Personagem:
expressões
corporais, vocais,
gestuais e faciais
Ação
Espaço
A construção de personagem
Personalidade do personagem
Exploração de diferentes espaços cênicos
Composições
Técnicas:
Monólogo, jogos
teatrais, direção,
ensaio, Teatro
Fórum
Dramaturgia
Cenografia
Sonoplastia
Iluminação
Figurino
Construção de minipeças
Companhias teatrais
A produção profissional e amadora
Movimentos e
Teatro Engajado
Teatro do Oprimido
O teatro como transmissão de ideologia e
formação política
O teatro na conscientização popular
82
Períodos
Teatro Pobre
Teatro do Absurdo
Vanguardas
O teatro enquanto ferramenta de protesto
Reconhecimento e diferenciação dos tipos
de teatro
ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Elementos Formais
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Espontâneo e dirigido
Diferentes andamentos
Delimitação do espaço na dança
Composições
Kinesfera
Ponto de Apoio
Peso
Quedas
Saltos
Giros
Rolamentos
Extensão (perto e
longe)
Coreografias
Deslocamento
Gênero:
Impulso para o salto
Giro completo, duplo e meio giro
Diferentes estilos musicais
Criação de coreografias apreciação de
coreografias já existentes
83
performance e
moderna
Movimentos e
Períodos
Vanguardas
Dança Moderna
Dança
Contemporânea
Festivais de dança
Funcionamento
1ª SÉRIE
ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Elementos Formais
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Em construção
Composições
Ritmo
Melodia
Harmonia
Escalas: Modal, Tonal e
fusão de ambas
Gêneros: erudito,
clássico, popular, étnico,
folclórico, pop...
Técnicas: vocal,
instrumental, eletrônica,
informática e mista
Improvisação
Em construção
84
Movimentos e
Períodos
Música popular
Brasileira
Paranaense popular
Indústria cultural
Engajada
Vanguarda
Ocidental
Oriental
Africana
Latino-Americana
Em construção
ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Elementos Formais
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Em construção
Composições
Bidimensional
Tridimensional
Figura e fundo
Figurativo
Abstrato
Perspectiva
Semelhanças
Contrastes
Ritmo visual
Simetria
Em construção
85
Deformação
Estilização
Técnica: pintura,
desenho, modelagem,
instalação performance,
fotografia, gravura e
esculturas, arquitetura,
história em quadrinhos...
Gêneros: paisagem,
natureza-morta, cenas
do cotidiano, histórica,
religiosa, da mitologia...
Movimentos e
Períodos
Arte Ocidental
Arte Oriental
Arte Africana
Arte Brasileira
Arte Paranaense
Arte Popular
Arte de Vanguarda
Industria Cultural
Arte Contemporânea
Arte Latino-Americana
Em construção
ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Elementos Formais
Personagem
Expressões corporais,
vocais, gestuais e
faciais
Ação
Em construção
86
Espaço
Composições
Técnicas: jogos teatrais,
teatro direto e indireto,
mímica, ensaio, Teatro-
Fórum
Roteiro
Encenação e leitura
dramática
Gênero: Tragédia,
Comédia, Drama e
Épico
Dramaturgia
Representação nas
mídias
Caracterização,
sonoplastia, figurino e
iluminação
Direção
Produção
Em construção
Movimentos e
Períodos
Teatro Greco-Romano
Teatro Medieval
Teatro Brasileiro
Teatro Paranaense
Teatro Popular
Industria Cultural
Teatro Engajado
Teatro Dialético
Teatro Essencial
Teatro do Oprimido
Teatro de Vanguarda
Teatro Renascentista
Teatro Latino-Americano
Em construção
87
Teatro Realista
Teatro Simbolista
ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Elementos Formais
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Em construção
Composições
Kinesfera
Fluxo
Peso
Eixo
Salto e Queda
Giro
Rolamento
Movimentos articulares
Lento, Rápido e
Moderado
Aceleração e
desaceleração
Níveis
Deslocamento
Direções
Planos
Improvisação
Coreografia
Gêneros: Espetáculo,
industria cultural, ética,
folclórica, populares e
de salão.
Em construção
Pré-história Em construção
88
Movimentos e
Períodos
Greco-Romana
Renascimento
Dança Clássica
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
Hip – Hop
Industria Cultural
Dança Moderna
Vanguardas
Dança Contemporânea
8.3.4. Metodologia
Para que um bom trabalho seja desenvolvido junto aos alunos, de acordo com
a DCE de Arte (2008, p. 69), o professor deverá ao preparar as aulas
(...) considerar para quem elas serão ministradas, como, por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como espaço de conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do ensino da arte, três momentos da organização pedagógica: • Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos • Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte • Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma obra de arte.
Todas as atividades desenvolvidas na disciplina de Arte serão baseadas nas
técnicas de observação, reflexão, interpretação e pesquisa, procurando dar maior
ênfase no trabalho em equipe.
Os conteúdos propostos serão trabalhos através de: produção de desenhos,
trabalhos com argila, apresentação de teatros, preparação e elaboração de
coreografias, filmes (produção de desenhos e sínteses das histórias apresentadas),
89
pesquisa de alguns temas entre eles história do teatro, vida de alguns artistas
plásticos do Brasil e do mundo.
No desenvolvimento do trabalho com Artes, o professor deverá, por meio de
atividades práticas ou não, apresentar aos alunos as diversas manifestações
artísticas em cada momento histórico, dentro do teatro, da dança, das artes visuais e
da música, proporcionando aos alunos o contato/acesso a diversas obras ou
composições por eles não conhecidas, uma vez que isso não faz parte de seu dia a
dia. Dessa forma o aluno entenderá o processo histórico da “transformação”
artística, fazendo com que o trabalho em sala de aula não fique apenas na produção
sem significado, ou em uma história (teoria) sem sentido, dando aos alunos
condições de extrapolarem os estereótipos existentes em nossa sociedade.
Os conteúdos propostos serão trabalhos conforme orientações das DCE's:
Artes Visuais:
imagens bidimensionais: desenhos, pinturas, gravuras, fotografia,
propaganda visual;
imagens virtuais: cinema, televisão, computação gráfica, vídeo-arte;
imagens tridimensionais: esculturas, instalações, produções
arquitetônicas.
Dança:
criação de formas de registro gráfico da formação inicial e dos passos
seqüenciais;
uso de diferentes adereços;
proposta de criações, improvisações e execuções coreográficas
individuais e coletivas;
identificação do gênero a que pertence a dança e em que época foi
concebida.
Música:
percepção musical;
organização dos sons no tempo e no espaço;
registro de sons;
produção musical;
interpretação dos sons memorizados, organizados e registrado;
90
reconhecimento e significação.
Teatro:
descrição do contexto, nome da peça, autor, direção, local, atores, período
histórico da representação;
análise da estrutura e organização da peça, tipo de cenário e sonoplastia,
expressões usadas com mais ênfase pelos personagens e outros
conteúdos trabalhados em aula;
análise da peça sob o ponto de vista do aluno, com sua percepção e
sensibilidade em relação à peça assistida.
Por fim, seguindo as orientação das DCE‟s de Arte (2008, p. 81)
de modo geral para todas as áreas da disciplina recomenda-se, no encaminhamento metodológico, o enfoque nos seguintes trabalhos com os alunos: • manifestação das formas de trabalho artístico que os alunos já executam, para que sistematizem com mais conhecimentos suas próprias produções; • produção e exposição de trabalhos artísticos, a considerar a formação do professor e os recursos existentes na escola.
8.3.5. Avaliação
A avaliação será diagnóstica e processual, no sentido de perceber ao longo
das atividades o crescimento artístico e o envolvimento do aluno, conforme exposto
na DCE de Arte
a concepção de avaliação para a disciplina de Arte proposta nestas Diretrizes Curriculares é diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. A avaliação processual deve incluir formas de avaliação da aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas), bem como a autoavaliação dos alunos. (2008, p.81)
Avaliar também consiste em construir uma síntese do que os alunos estão
aprendendo, sem nenhum julgamento, a qual pode ser: descritiva e por meio de
registro. A avaliação descritiva comunica o andamento do processo ensino-
91
aprendizagem, comparando-se o que o aluno sabia no início do processo e os
saberes que adquiriu durante este movimento. Já na avaliação por registro, tudo o
que é vivenciado e produzido pelo aluno é registrado de forma concreta e material,
por exemplo: fotos, portfólio, obras artísticas produzidas e gravações de vídeo e
áudio, entre outras. Logo, a avaliação consistirá na observação e registro do
desenvolvimento do aluno, tomando como pontos de partida, a participação, o
trabalho em grupo, a capacidade para resolver problemas, os registros
sistematizados dos conteúdos, ou seja suas produções, não levando em conta
somente os padrões estéticos, mas sim a superação das dificuldades e a apreensão
dos conteúdos trabalhados.
Toda avaliação das diferentes linguagens artísticas pode ser realizada por
duas formas: a informal e a formal. Na informal, o discente manifesta os conteúdos
escolares que foram aprendidos e o docente os que foram ensinados; e na formal, o
docente seleciona os conteúdos trabalhados e verifica se houve ou não
aprendizagem pelo discente, e para tal utiliza-se de diversos instrumentos de
avaliação, tais como: ficha de registro e de observação, dramatização, auto-
avaliação, relatos, vivências, sínteses, etc.
Assim, a avaliação em Arte superara o papel de mero instrumento de mediação da apreensão de conteúdos, busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno. Sendo processual e sem estabelecer parâmetros comparativos entre os mesmos, estará discutindo dificuldades e progressos de cada um a partir da sua própria produção. Assim sendo, considerará o desenvolvimento do pensamento estético, levando em conta a sistematização dos conhecimentos para a leitura da realidade. (DCE DE ARTE, 2008, p. 81)
Mas como sabemos se o aluno aprendeu? De que forma ele expressa esta
aprendizagem? Para responder tais questões, torna-se necessário que critérios de
avaliação sejam estabelecidos, para que haja clareza dos conteúdos que o aluno
apreendeu ou não, e daqueles que está a caminho de apreender ou não, desde que
o foco esteja no processo e não no resultado da práxis pedagógica artística. Assim,
o aluno expõe os diferentes níveis de apropriação e aprofundamento que efetivou ou
não, e que pode vir a realizar. Como critérios de avaliação, destacam-se:
ÁREA CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a
92
Música
música e sua relação com o movimento artístico no qual se
originaram.
Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de
intervalos melódicos e harmônicos.
Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas
origens e práticas contemporâneas.
Apropriação prática e teoria de técnicas e modos de
composição musical.
Compreensão das diferentes formas musicais no Cinema e nas
mídias, sua função social e ideológica de veiculação e
consumo.
Apropriação prática e teoria das tecnologias e modos de
composição musical nas mídias relacionadas à produção,
divulgação e consumo.
Compreensão da música como fator de transformação social.
Produção de trabalhos musicais, visando atuação em sua
realidade singular e social.
Artes Visuais
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as
artes visuais e sua relação com o movimento artístico no qual
se originaram.
Apropriação prática e teoria de técnicas e modos de
composição visual.
Compreensão das diferentes formas artísticas populares, suas
origens e práticas contemporâneas.
Compreensão das artes visuais em diversos no Cinema e nas
mídias, sua função social e ideológica de veiculação e
consumo.
Apropriação prática e teoria das tecnologias e modos de
composição das artes visuais nas mídias, relacionadas à
produção, divulgação e consumo.
Compreensão da dimensão das Artes Visuais enquanto fator
de transformação social.
Produção de trabalhos, visando atuação em sua realidade
93
singular e social.S ESTRUTURANTESAGEM
Teatro
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o
teatro e sua relação com os movimentos artísticos nos quais se
originaram.
Apropriação prática e teoria de técnicas e modos de
composição teatrais.
Compreensão das diferentes formas de representação
presentes no cotidiano, suas origens e práticas
contemporâneas.
Compreensão das diferentes formas de representação no
Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de
veiculação e consumo.
Apropriação prática e teoria das tecnologias e modos de
composição da representação nas mídias; relacionadas à
produção, divulgação e consumo.
Compreensão da dimensão ideológica presente no teatro e o
teatro enquanto fator de transformação social.
Criação de trabalhos teatrais, visando atuação em sua
realidade social.
Dança
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a
dança e sua relação com o movimento artístico no qual se
originaram.
Apropriação prática e teoria de técnicas e modos de
composição da dança.
Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas
origens e práticas contemporâneas.
Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema,
Musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de
veiculação e consumo.
Apropriação prática e teoria das tecnologias e modos de
composição da dança nas mídias relacionadas à produção,
divulgação e consumo.
Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de
94
transformação social.
Produção de trabalhos com dança, visando atuação em sua
realidade social.
8.3.6. Referências
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ Diretrizes Curriculares da Educação
Básica - Arte. Curitiba: SEED, 2008.
95
8.4. BIOLOGIA
8.4.1. Apresentação da disciplina
A disciplina de biologia tem como objetivo o estudo da VIDA. Este interesse
está relacionado a sobrevivência da espécie humana, juntamente com a exploração
da natureza. Para compreender estes fenômenos, o ensino buscou explicações em
contextos históricos os quais foram influenciados pela religião, economia, política
entre outros fatores.
A tentativa de explicar o fenômeno vida, vem desde antiguidade, onde
registros históricos demonstram que Platão e Aristóteles, pensadores filósofos,
deixaram contribuições importantes quanto a organização dos seres vivos e a
compreensão da natureza.
Na idade média a igreja se tornou poderosa, o que dificultou os estudos
científicos já que esta instituição afirmava que todo o conhecimento do universo era
vinculado a Deus. Desta forma houve a necessidade de discutir o conhecimento
cientifico em um ambiente distinto dos centros religiosos, assim surgiram as
primeiras universidades medievais.
Na renascença, houve confrontos entre alguns naturalistas que utilizavam o
pensamento matemático, versos naturalistas que utilizavam o pensamento
descritivo.
Os estudos da zoologia desenvolveram-se mais rapidamente a partir dos
avanços tecnológicos, o que permite estudos anatômica comparativa, o que auxiliou
na classificação dos seres vivos por Carl Von Linné, possibilitando a organização da
biologia pela comparação das espécies, caracterizando o pensamento biológico
descritivo.
Enquanto as zoologias, a botânica e medicina, tratavam de explicar a
natureza de forma descritiva, Bacon (1561-1626) propôs um procedimento de
investigação.
Nesse período, ocorreram diversas mudanças e avanços científicos em varias
áreas, as teorias aceitas foram questionadas, originando novos estudos. Porem com
todos esses avanços não foi possível concluir a origem da vida, ois pouco se sabia
da natureza evolutiva para maiores definições.
96
O pensamento mecanicista reafirmou com a invenção de instrumentos que
permitiram ampliar a visão anatômica e filosológica, permitindo entender o
funcionamento da vida.
No fim do século XVIII e inicio do século XIX, a imutabilidade da vida foi
questionada, devido a evidencias evolutivas, através das teorias desenvolvidas por
Darwin e Lamarck.
Darwin, afirmou que todos os seres vivos, atuais e do passado, tiveram a
mesma origem evolutiva, e criou a base para a Teoria da Evolução das Espécies.
Para consolidar sua teoria, usou provas como registro fosseis, distribuição
geográfica das espécies e anatomia e embriologia comparada.
Pouco tempo após, surgiu as leis da hereditariedade, propostas por Mendel,
que afirmava ocorrência da transmissão das características hereditárias entre os
seres vivos.
No século XIX, a biologia fez grandes progressos, com o surgimento da teoria
celular, por Schwann e Schleiden,onde todo ser vivo era composto de células, que
contribui para a idéia da geração espontânea.
No século XX, os geneticistas confirmaram os trabalhos de Mendel,
provocando uma revolução conceitual na biologia contribuindo para a construção de
um modelo explicativo dos mecanismos evolutivos, vinculados ao material genético,
sob influência do pensamento evolutivo.
Os estudos de Morgan contribuiriam para que a genética se desenvolvesse
como ciência, Em 1970, ocorreu à necessidade de rever ao método de construção
do conhecimento cientifico.
Desta forma, a biologia, ampliou sua área de atuação e se diversificou. Uma
delas é a biologia molecular, que permite o desenvolvimento de inovações
tecnológicas, o que gera conflitos sociais e discussão sobre a manipulação genética
e suas implicações sobre o fenômeno vida.
No Brasil, a primeira tentativa de organização do ensino ocorreu no Rio de
Janeiro em 1838, seguindo o pensamento mecanicista, centrada em um ensino
tradicionalista. Na década de 30, com a criação dos cursos superiores de ciências
naturais, ampliaram-se os conhecimentos biológicos, porem a metodologia era a
mesma de 1838.
97
Na década de 50, a tendência de abordagem era diferente, os conteúdos
eram separados, as aulas praticas, tinham como objetivo tão somente ilustrar as
aulas teóricas.
Na década de 60, os EUA, produziram cadernos que abrangiam os conteúdos
bioquímicos, ecológicos e celulares. Esse material reforçou a importância de trazer
para a escola conhecimento atualizados da Biologia. No Brasil, nesta mesma época,
a aprovação da lei de diretrizes e Bases da Educação, sistematizou o ensino de
Biologia, com a preocupação com a formação do cidadão.
Na década de 70, passou a se discutir as implicações sociais do
desenvolvimento tecnológico e científico. O sistema de ensino brasileiro sofreu
mudanças significativas após a lei n. 5.692/71, que trazia uma formação tecnicista.
Na década de 80, os conteúdos de biologia eram aprendidos com base nas
observações, e comprovados com experimentos.
Na década de 90, as discussões sobre ensino-aprendizagem, teve um
enfoque construtivista, onde o aluno demonstrava dominar a concepção cientifica de
um determinado conteúdo, mudando suas concepções em favor a uma explicação
cientifica.
Em 1990, no estado do Paraná, o ensino do segundo grau, passou a ter
referencial pedagógico o contexto histórico – critico, onde a abordagem dos
conteúdos deve ter relação com a realidade do aluno.
Em 1998, foram promulgadas das DCNEM, o ensino passou a ser organizado
por áreas de conhecimento. Os PCNs, enfatizaram o desenvolvimento de projetos
considerados necessários para a vida dos alunos.
Portanto, hoje as Diretrizes Curriculares consideram a concepção histórica da
Ciência articulada aos princípios da Filosofia da Ciência. A partir da dimensão
histórica da disciplina de Biologia, foram identificados os marcos conceituais do
pensamento biológico. Essa dimensão histórica e filosófica da Ciência está em
conformidade com o atual contexto sócio-econômico e político estabelecido pela
concepção de ciência com a construção humana.
Objetivo da disciplina de biologia esta relacionado em, compreender o
aparecimento e a evolução da vida, nas suas diversas formas de manifestação,
exige um entendimento das condições geológicas e ambientais reinantes em nosso
planeta primitivo;
98
A compreensão dos ecossistemas atuais implica um conhecimento da
intervenção humana, de caráter social e econômico, assim como dos ciclos de
materiais e fluxos de energia. Ter uma noção de como operam esses níveis sub-
microscópicos da Biologia, em um pressuposto para uma compreensão mínima dos
mecanismos da biotecnologia.
Entender que a associação entre ciência e tecnologia se amplia, tornando-se
mais presentes no cotidiano e modificando cada vez mais o mundo e o próprio ser
humano. Questões relativas a valorização da vida em sua diversidade, à ética nas
relações entre seres humanos, entre eles seu meio e o planeta, ao desenvolvimento
tecnológico e sua relação com a qualidade de vida marcam fortemente nosso tempo,
pondo em discussão os valores envolvidos na produção e aplicação do
conhecimento científico e tecnológico.
Desenvolver posturas e valores pertinentes às relações entre seres humanos,
entre eles e o meio, entre o ser humano e o conhecimento, contribuindo para uma
educação que formará indivíduos sensíveis e solidários, cidadãos conscientes dos
processos e regularidades do mundo e da vida, capazes, assim, de realizar ações
práticas, de fazer julgamentos e de tomar decisões.
8.4.2. Objetivos
Compreender o aparecimento e a evolução da vida, nas suas diversas
formas de manifestação, exige um entendimento das condições
geológicas e ambientais reinantes em nosso planeta primitivo;
Compreender os ecossistemas atuais implica um conhecimento da
intervenção humana, de caráter social e econômico, assim como dos
ciclos de materiais e fluxos de energia. Ter uma noção de como operam
esses níveis submicroscópicos da Biologia, em um pressuposto para uma
compreensão mínima dos mecanismos da biotecnologia.
Entender que a associação entre ciência e tecnologia se amplia, tornando-
se mais presentes no cotidiano e modificando cada vez mais o mundo e o
próprio ser humano. Questões relativas a valorização da vida em sua
diversidade, à ética nas relações entre seres humanos, entre eles seu
meio e o planeta, ao desenvolvimento tecnológico e sua relação com a
qualidade de vida marcam fortemente nosso tempo, pondo em discussão
99
os valores envolvidos na produção e aplicação do conhecimento científico
e tecnológico.
Desenvolver posturas e valores pertinentes às relações entre seres
humanos, entre eles e o meio, entre o ser humano e o conhecimento,
contribuindo para uma educação que formará indivíduos sensíveis e
solidários, cidadãos conscientes dos processos e regularidades do mundo
e da vida, capazes, assim, de realizar ações práticas, de fazer julgamentos
e de tomar decisões.
8.4.3. Conteúdos
1° ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Organização dos
seres vivos
Classificação dos seres
vivos: critérios
taxonômicos e
filogenéticos
Sistemas biológicos:
anatomia morfologia e
fisiologia
Introdução à Biologia:
Conceito de Biologia;
Características gerais dos seres
vivos: composição química,
reprodução, respiração, etc;
Método científico.
Mecanismos
biológicos
Mecanismos celulares
biofísicos e bioquímicos
Teorias evolutivas
Histórico da Citologia e
Microscopia;
Diferenças entre células
procariótica e eucariótica;
Envoltórios celulares: composição
química, transporte de nutrientes.
Organelas celulares: constituição
e funções que desempenham na
célula.
Estruturas do núcleo e suas
100
respectivas funções;
Divisões celulares.
Biodiversidade
Transmissão das
características
hereditárias
Dinâmica dos
ecossistemas: relações
entre os seres vivos e
interdependência com o
ambiente.
Conceitos básicos;
Fluxo de energia num
ecossistema;
Relações ecológicas.
Ciclos biogeoquímicos;
Desequilíbrios ambientais.
Resoluções do CONAMA/MMA
(Conselho Nacional do Meio
Ambiente) e Política Nacional da
Biodiversidade.
Manipulação
Genética
Organismos
geneticamente
modificados
2° ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS BÁSICOS
Organização dos
seres vivos;
Classificação dos seres
vivos: critérios
taxonômicos e
filogenéticos
Sistemas biológicos:
anatomia morfologia e
fisiologia
Organismos
geneticamente
modificados.
Transmissão das
Sistemática e Nomenclatura.
Mecanismos Biológicos e
Biodiversidade.
Classificação dos seres vivos: os
5 reinos
Vírus:
Características gerais dos vírus;
Estrutura dos vírus;
Ciclo reprodutivo viral;
Vírus e doenças;
101
Mecanismos
biológicos
Biodiversidade
Manipulação
genética
características
hereditárias
Dinâmica dos
ecossistemas: relações
entre os seres vivos e
interdependência com o
ambiente.
Mecanismos celulares
biofísicos e bioquímicos
Teorias evolutivas
AIDS: maior índice nos povos
africanos;
Doenças endêmicas da África.
Reino monera:
Características estruturais dos
moneras;
Nutrição das bactérias;
Reprodução das bactérias
Classificação das bactérias
Bactérias e doenças;
Importância das bactérias para a
humanidade.
Reino Protoctista:
Algas:
o Características das algas;
o Principais grupos de algas;
o Reprodução das algas;
o Importância econômica e
ecológica das algas.
Protozoários:
o Características gerais dos
protozoários;
o Principais grupos de
protozoários;
o Reprodução dos
protozoários;
o Doenças causadas por
protozoários.
Reino Fungi:
Características gerais e
102
estruturas dos fungos;
Classificação dos fungos;
Reprodução dos fungos;
Prejuízos causados por fungos;
Importância ecológica e
econômica dos fungos.
Reino Plantae:
Características gerais das plantas;
Classificação das plantas: principais
grupos.
Anatomia das plantas;
Fisiologia das plantas;
Importância econômica das plantas;
Ecologia das plantas: biomas,
extinção de espécies, agrotóxicos e
alimentos orgânicos.
Reino Animmalia: Invertebrados
Características gerais dos
animais.
Lei Estadual do Paraná n° 14037,
20 de março 2003, Código de
proteção aos animais.
Poríferos:
o Características gerais e
estruturas;
o Principais representantes;
o Importância ecológica e
econômica.
Cnidários:
o Características gerais e
estruturas;
103
o Principais representantes ;
o Importância ecológica e
econômica.
Platelmintos:
o Características gerais e
estruturas;
o Reprodução, nutrição e
ciclo de vida;
o Principais representantes;
o Doenças causadas por
platelmintos;
o Importância ecológica.
Nematelmintos:
o Características gerais e
estruturas;
o Reprodução, nutrição e
ciclo de vida;
o Doenças causadas por
nematelmintos.
Moluscos:
o Características gerais e
estruturas;
o Anatomia e fisiologia dos
moluscos;
o Classes de moluscos;
o Importância econômica e
ecológica.
Anelídeos:
o Características gerais e
estruturas;
o Anatomia e fisiologia;
o Importância econômica e
ecológica.
104
Artrópodes:
o Características gerais dos
artrópodes;
o Classificação dos
artrópodes;
o Anatomia e fisiologia dos
artrópodes;
o Importância ecológica e
econômica dos artrópodes;
o Prejuízos causados por
artrópodes.
Equinodermos:
o Características gerais e
estruturas;
o Classificação dos
equinodermos;
o Anatomia e fisiologia dos
equinodermos;
o Importância ecológica e
econômica dos
equinodermos.
Reino Animmalia: Os Vertebrados
Peixes:
o Características gerais;
o Anatomia e fisiologia;
o Classificação dos peixes;
o Importância econômica e
ecológica.
Anfíbios:
o Características gerais e
estruturas;
o Anatomia e fisiologia;
105
o Principais representantes;
o Importância ecológica e
econômica dos anfíbios.
Répteis:
o Características gerais e
estruturas;
o Anatomia e fisiologia;
o Principais representantes;
o Importância ecológica e
econômica.
Aves:
o Características gerais das
aves e estruturas;
o Anatomia e fisiologia das
aves;
o Principais representantes;
o Importância ecológica e
econômica das aves.
Mamíferos:
o Características gerais e
estruturas;
o Anatomia e fisiologia;
o Principais representantes;
o Importância ecológica e
econômica.
3° ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS BÁSICOS
Classificação dos seres
vivos: critérios
Sistemas de coordenação:
nervoso e endócrino;
106
Organização dos
seres vivos
taxonômicos e
filogenéticos
Sistemas biológicos:
anatomia morfologia e
fisiologia
Sistemas de nutrição:
cardiovascular, respiratório e
digestório;
Sistema excretor;
Sistemas de relacionamento:
esquelético, muscular e órgãos
dos sentidos;
Sistema reprodutivo.
Mecanismos
biológicos
Mecanismos celulares
biofísicos e bioquímicos
Teorias evolutivas
DNA, RNA, cromossomos:
conceitos básicos;
Divisão celular.
Origem e Evolução dos seres
vivos:
Hipóteses sobre a Origem da
Vida;
Evidências da evolução;
Teorias da evolução;
Estudo sobre teorias
antropológicas.
Biodiversidade
Transmissão das
características
hereditárias
Dinâmica dos
ecossistemas:relações
entre os seres vivos e
interdependência com o
ambiente.
Introdução: termos usados em
Genética;
Histórico da Genética;
Genética no cotidiano;
Leis de Mendel:
o 1º Lei de Mendel;
o 2ª Lei de Mendel;
Desmitificação das teorias
racistas destituindo de significado
de a pseudo-superioridade racial;
Estudo das características
biológicas (biotipo) dos diversos
povos;
107
Herança ligada ao sexo;
Herança de grupos sanguíneos
na espécie humana;
Anemia falciforme, pressão alta e
doenças características dos
povos africanos.
Manipulação
Genética
Organismos
geneticamente
modificados
Biotecnologia:
o Lei de Biossegurança
transgênico, clonagem.
8.4.4. Metodologia
A compreensão do fenômeno VIDA significa analisar uma Ciência em
transformação, cujo caráter provisório permite a reavaliação dos seus resultados e
possibilita mudar conceitos e teorias elaborados em cada momento histórico, social,
político, econômico e cultural.
O processo de construção do pensamento biológico presente na história da
Ciência torna possível compreender que há uma ampla rede de relações entre a
produção científica e os contextos social, econômico, político e cultural, verificando-
se que a formulação e a validade ou não das diferentes teorias científicas estão
associados ao momento histórico em que foram propostas e aos interesses
dominantes do período.
Para diagnosticar conceitos dos alunos, é recomendável favorecer o debate
em sala, pois ele oportuniza a análise e contribui para a formação de um sujeito
investigador, interessado, que busca conhecer e compreender a realidade.
Recursos como a aula dialogada, a leitura, a escrita, a experimentação, e as
analogias, entre tantos outros, devem favorecer a expressão dos alunos, seus
pensamentos, suas percepções, significações, interpretações, uma vez que
aprender envolve a produção/criação de novos significados, tendo em vista que esse
processo acarreta o encontro e o confronto das diferentes idéias que circulam em
sala de aula.
108
O uso de diferentes imagens como vídeo, transparências, votos e as
atividades experimentais são recursos usados com freqüência nas aulas de Biologia
e requerem uma problematização em torno da demonstração e da interpretação.
A metodologia deve integrar conhecimentos veiculados com uma concepção
sobre a relação homem – ambiente, e possibilitar novas elaborações em pesquisa e
estudo do meio, o qual pode ocorrer em locais como: parques, praças, terrenos
baldios, praias, bosques, rios, zoológicos, hortas, mercados, lixões, fábricas, etc.
Outras atividades que podem ser desenvolvidas são: os jogos didáticos,
produção de painéis, história em quadrinhos, tirinhas, folder, projetos para
participação na Mostra Cultural e Científica, e do Com Ciência.
Cabe ressaltar que a aula, assim concebida, deve introduzir momentos de
reflexão teórica com base na exposição dialogada. Assim, o ensino de Biologia não
deve se limitar a uma única metodologia, podendo fazer uso de:
Atividades experimentais, onde o aluno compreende a inter-relação entre
os conhecimentos químicos, físicos e biológicos:
Aulas expositivas;
Filmes e documentários;
Atividades em grupo e individual;
Pesquisas e trabalhos;
Recortes de revistas e jornais;
Problematizações e contextualizações
Visitas: parques, museus e indústrias;
Jogos. dinâmicas, dramatizações e imagens;
Maquetes;
Murais, exposições e feiras;
Leitura e interpretações de textos;
Palestras, fóruns, seminários e debates com profissionais da área;
Interdisciplinaridade;
Uso de mapas conceituais, gráficos e tabelas;
Desenhos.
8.4.5. Avaliação
109
No processo ensino-aprendizagem a avaliação se faz presente como
instrumento de diagnostico e investigação da prática para metodologia aplicada,
tendo como objetivo proporcionar subsídios para o real processo educativo que
envolve professor e aluno.
A avaliação visa contribuir para a compreensão das dificuldades de
aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que essa
aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade, da
sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos
estão inseridos.
O processo avaliativo, está diretamente ligado à formação de sujeitos que se
apropriem do conhecimento para compreender as relações humanas em suas
contradições e conflitos com o meio, sendo que a ação pedagógica contribui para
está formação.
Avaliação escolar deve constituir um projeto de futuro social, pela intervenção
da experiência do passado e compreensão do presente, num esforço coletivo a
serviço da ação pedagógica, em movimentos na direção da aprendizagem do aluno,
da qualificação do professor e da escola.
O professor é quem compreende a avaliação e a executa como um projeto
intencional e planejado, que deve contemplar a expressão de conhecimento do
aluno como referência uma aprendizagem permanente.
Sendo assim, o método avaliativo deve se dar de forma continua e paralela
com todos os conteúdos e atividades, trazendo como base de desenvolvimento a
memorização, observação, percepção, descrição, argumentação, análise crítica,
interpretação, criatividade e formulação de hipóteses.
Os instrumentos avaliativos ocorrem por diferentes formas e métodos que
envolvem o aluno e professor na construção efetiva e com um conhecimento sólido
como em:
Atividades de leitura compreensiva de texto;
Pesquisas bibliográficas;
Palestras, apresentação oral;
Atividades experimentais;
Relatórios;
Produção de painéis, histórias em quadrinhos, slogan, jogos educativos;
Atividades avaliativas com questões discursivas e objetivas.
110
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Organização dos
seres vivos
Identificar e comparar as características dos diferentes seres
vivos;
Estabeleça relações entre as características específicas dos
micro-organismos, dos organismos vegetais e animais, e dos
vírus.
Reconheça e compreenda a classificação filogenetica.
Compreender a anatomia, morfologia e fisiologia dos diversos
seres vivos;
Mecanismos
biológicos
Identificar a estrutura e o funcionamento das organelas
citoplasmáticas;
Reconhecer e identificar as organelas citoplasmaticas;
Reconhecer a importância e identificar os mecanismos
biológicos e biofisicos que ocorrem no interior da célula;
Reconhecer o mecanismo e funcionamento da célula;
Diferenciar as estruturas celulares e suas funções;
Biodiversidade
Compreender a importância e valorizar a diversidade biológica
para a manutenção do equilíbrio do ecossistema;
Reconhecer as relações interdependentes entre os seres vivos
e o meio em que vivem;
Compreender a diversidade biológica e a manutenção do
equilíbrio ecológico;
Identificar fatores bioticos a abioticos;
Manipulação
Genética
Reconhecer e analisar a importância da estrutura genética
para manutenção da diversidade dos seres vivos;
Compreender a transmissão das características hereditárias;
Identificar técnicas de manipulação do material genético e os
resultados decorrentes de suas aplicações;
Relacionar os conhecimentos biotecnológicos às alterações
produzidas pelo homem na diversidade biológica;
111
Analisar e discutir aspectos da Pesquisa cientifica e bioetica,
que envolve manipulação genética;
8.4.6. Referência
BURNS, G. W. Genética: uma introdução à hereditariedade. 5ª ed. Rio de Janeiro: 1984. FERRI, Mário Guimarães et alli. Botânica: Fisiologia: curso experimental. São Paulo: Martins Fontes, 1984. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Diretriz Curricular de Biologia para o Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2008.
JOLY, A. B. Introdução à taxionomia vegetal. São Paulo: Nacional, 1979. LOPES, A. Conhecimento escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1999. SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas/SP: Autores Associados, 1997.
112
8.5. CIÊNCIAS
8.5.1. Apresentação da disciplina
Considerando a evolução do pensamento humano, tem-se a partir dele a
origem da Ciência. No âmbito, em que o homem e os demais seres vivos precisam
de condições ambientais básicas para sua existência.
Mesmo antes da descoberta do fogo, o homem começou a buscar maneiras
de satisfazer suas necessidades cotidianas, caçando e criando objetivos próprios
para isso. Logo, em seguida utilizou-se da descoberta do fogo e passou a cozinhar
os alimentos, usando técnicas de conservação de alimentos e até mesmo maneiras
de transformar uma substancia em outra, processo hoje chamado de experiência
química.
Assim do homem que caçava, se inicia um período em que ele começa a tirar
proveito da natureza para sua subsistência, aperfeiçoando suas técnicas
aprendendo a armazenar alimentos, desenvolvendo poções de cálculos criando até
mesmo calendários a partir de movimentos celestes.
Enfim o homem começa a formular teorias, desenvolvendo crenças e valores,
partindo de uma ciência racional, a filosofia. Desta forma a ciência passa a ser
determinada pela maneira com que o homem expressa seu conhecimento.
Com o passar do tempo começaram a surgir denominações para algumas
ciências as quais começam a explicar o novo mundo através de novas teorias que
foram sendo descobertas e estudadas com especificidade como: a química que
acabou com a mineração e a metalúrgica e com a produção de pólvora; a física que
trouxe um grande avanço aos estudos referentes ao magnetismo, a mecânica e a
óptica;a matemática que colaborou com as soluções para os problemas dos
navegadores e das construções das grandes catedrais; a biologia, que por meio da
botânica e da zoologia destacou-se com ilustrações detalhadas para o estudo das
plantas e animais.
Logo após, filósofos e cientistas como Leonardo da Vinci, Nicolau Copérnico,
Galileu Galilei, Francis Bacon e Isac Newton se destacaram com inovações
científicas, derrubando muitas crenças e tradições da época.
113
Com a revolução industrial, iniciou-se um processo de extração da madeira e
do carvão mineral como forma de produção de energia, com isso intensificaram-se
os desmatamentos e também com o aperfeiçoamento da extração do carvão mineral
evidenciaram -se os processos de impacto ambiental, onde o homem percebe que
pode interferir na natureza buscando melhores condições de vida.
Nos anos seguintes o cientista Charles Darwin muda a visão do homem em
relação ao passado quando lança o livro “A origem das espécies” contribuindo para
as ciências biológicas, psicológicas, sociológicas e outros ramos do pensamento;
assim como quando Mendel descobriu os princípios da genética.
No século seguinte, a ciência entra em momentos negativos ao influenciar
Guerras e misérias de muitos, mas mesmo perante estes fatos, fica cada vez mais
claro que a ciência é uma construção humana, intencional e diretamente aliada aos
avanços tecnológicos e com as relações sociais.
Assim a trajetória do currículo de ciências se destaca pelo ensino das
verdades básicas, a experiência pela experiência a solução de problemas pelo
método científico e unidade de trabalho com base na tecnologia educacional.
Através do decreto de 19.890/31, a disciplina de ciência foi inserida no
currículo a partir de reforma Francisco Campos. O método de ensino usado na
época destaca-se com a exposição, memorização e repetição, sendo propostos os
conteúdos de Água, Ar, Terra, considerando as perspectivas físicas, químicas,
cósmicas, biológicas e sociais.
A importância do ensino de ciências cresceu em todos os níveis e passou a
ser objeto de movimento em busca de reformas educacionais para os
desenvolvimentos econômicos, culturais e sociais da época.
A ciência teve um processo de formação de novos pesquisadores, para que o
Brasil pudesse participar em melhores condições do processo de industrialização,
esta época marcou-se por intensos políticos, onde a LDB ampliou o espaço da
disciplina de “Ciências Físicas e Naturais”, denominada “iniciação à ciência”,
estabelecendo a sua obrigatoriedade para todas as séries do ginasial. E com as três
formações ocorridas no país com o regime militar de 1964, o ensino de ciências
passou a ter um compromisso co a formação de mão-de-obra técnico para poder
assim atender a demanda do desenvolvimento econômico do país.
114
A partir de uma nova configuração, as disciplinas científicas foram atingidas
por uma restauração de um novo currículo, descaracterizando o que historicamente
marcava o ensino de ciências.
O final dos anos 70 marcou-se por uma crescente degradação ambiental,
através do grande desenvolvimento industrial, resultando numa nova ênfase nos
currículos escolares. Assim, neste momento emerge o movimento ciência.
Tecnologia e sociedade, que traz ao mundo uma grande competição tecnológica e o
Brasil se vê em meio a uma transição política onde a democratização influencia o
ensino de ciências se associando a questões sociais, alguns temas estiveram
presentes nos programas desenvolvimento para aprimorar o ensino de ciências e a
tecnologia ainda que muitas vezes, assumisse uma postura ingênua, sem
estabelecer relações com pratica social.
A partir dos anos 90, o currículo básico propôs ao ensino de ciências a
integração dos conteúdos em três eixos norteadores: Noções de Astronomia,
Transformação e Interação de Matéria e Energia e Saúde.
Mediante políticas publicas federais, o ensino de ciências teve seu objetivo de
estudo redirecionado e o esvaziamento de seus conteúdos clássicos, sendo que
amplos campos de estudo da disciplina de ciências, como saúde, sexualidade, meio
ambiente, dentre outros passaram a ser tratados por outras disciplinas, por meio de
projetos curriculares e extra-curriculares. Existiam ainda a ideia dos eixos
norteadores, ou eixos temáticos: Terra e Universo, Vida e Ambiente, Ser Humano e
Saúde, Tecnologia e Sociedade, todos trazendo ao ensino de ciências uma visão
mais articulada, mas limitando as possibilidades de trabalho do professor.
Em 2003, uma nova metodologia foi implantada no ensino de ciências, a qual
buscou solicitar ao professor uma maior reflexão perante a realidade da escola,
criando uma interação entre a escola e a comunidade, preparando melhor os
professores, e a partir daí aumentar a valorização do estudo da disciplina.
A disciplina de ciências constitui um conjunto de conhecimento necessário
para compreender e explicar os fenômenos da natureza resultantes das relações
entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força,
campo, energia e vida, e suas interferências no mundo. Por isso, estabelece
relações entre os diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos, em cujos
cenários estão os problemas reais, a prática social.
115
Uma forma de conhecimento produzido pelo homem no decorrer da sua
história é a ciência, que se caracteriza por ser a tentativa do homem em entender e
explicar racionalmente a natureza buscando formular leis que em última instância
permitam a atuação humana.
Em outros estágios a ciência acreditava que alcançaria um conhecimento
absoluto e inquestionável, hoje, a ciência é tratada como uma atividade humana
complexa, que não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos construídos
a partir do caráter experimental, os quais estão em permanente transformação.
É na apropriação e discussão dos conteúdos que historicamente compõe o
currículo de ciências, articulando à realidade, possibilitando aos educadores
situarem-se na sociedade, compreendem o que ocorre ao seu redor e assumirem
uma postura crítica para intervirem no seu contexto social.
Pautando essa concepção, o processo de ensino e aprendizagem de ciências
valoriza a dúvida, a contradição, a diversidade e a divergência, o questionamento
das certezas e incertezas e faz superar o tratamento curricular dos conteúdos por
eles mesmos de modo a dar prioridade à sua função social.
A disciplina de ciências caracteriza-se pela necessidade da compreensão do
mundo natural, mundo construído e do cotidiano historicamente e dialeticamente
pela humanidade levando em consideração os aspectos sociais, políticos,
econômicos, culturais e éticos. Com esse conhecimento o aluno poderá intervir na
sociedade avançando a ciência e a tecnologia e consequentemente melhorando o
ambiente e a qualidade de vida.
Esta disciplina tem como objetivo promover a socialização dos conhecimentos
científicos e tecnológicos em sua historicidade, intencionalidade, provisoriedade,
aplicabilidade e nas inter-relações que se estabelece na sociedade.
8.5.2. Objetivos
Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em
sociedade, como agente de transformações do mundo em que vive, em
relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do
ambiente;
Compreender a Ciência como um processo de produção de conhecimento
e uma atividade humana, histórica, associada a aspectos de ordem social,
116
econômica, política e cultural;
Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia
e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica, e
compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas,
sabendo elaborar juízo sobre riscos e benefícios das práticas cientíifico-
tecnológicas;
Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e
coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes;
Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a
partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em prática
conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado
escolar;
Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados a energia, matéria,
transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;
8.5.3. Conteúdos
5º SÉRIE / 6º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Astronomia
Universo
Sistema Solar
Movimentos
Terrestres
Movimentos Celestes
Teorias da formação do Sistema Solar
Geocentrismo e heliocentrismo
Astros (estrelas, cometas, meteoros,
satélites naturais)
Os planetas do sistema solar
Os movimentos da Terra
As estações do ano
Matéria
Constituição da
Matéria
Terra primitiva
Camadas da Terra
Rochas e minerais
Solo (origem, formação, tipos, erosão
117
e técnicas)
Atmosfera primitiva
Camadas atmosféricas
Ar (composição, propriedades,
pressão atmosférica)
Sistemas Biológicos
Níveis de
organização
Características gerais dos seres vivos
Célula, unicelulares, pluricelulares,
eucariontes, procariontes, autótrofo e
heterótrofo.
Classificação dos seres vivos
Reino: Monera, Portista e Fungos
Invertebrados (Poríferos, cnidários,
platelmintos, nematelmintos,
moluscos, anelídeos, artrópodes e
equinodermos)
Energia
Formas de energia
Conversão de
energia
Transmissão de
energia
Energia eólica
Magnetismo
Corrente elétrica
Formas de geração de energia elétrica
Biodiversidade
Organização dos
seres vivos
Ecossistema
Evolução dos seres
vivos
Componentes bióticos e abióticos
Ecologia e ecossistema
Nicho, Habitat, comunidade,
população
Biodiversidade
Cadeia alimentar
Extinção de espécies
118
6° SÉRIE / 7º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Astronomia
Astros
Movimentos
Terrestres
Movimentos
Celestes
Sol – composição química e a
produção de sua energia
Eclipses do Sol e Lua
Constelações
Matéria
Constituição da
Matéria
Água
Água nos seres vivos
Composição da água
Mudanças dos estados físicos da
água
Ciclo da água
Densidade
Água como solvente
Saneamento básico
Sistemas Biológicos
Célula
Morfologia e
fisiologia doas seres
vivos
Célula (teoria, tipos, estrutura, e
parede celular)
Fotossíntese
Plantas
Animais vertebrados: peixes
mamíferos, anfíbios, aves e repteis
Energia
Formas de energia
Transmissão de
energia
Formas de energia
Conversão e conservação de energia
Noção de grandezas físicas
Sistema de unidades de medidas
Biodiversidade
Origem da vida
Organização dos
seres vivos
Sistemática
Teoria sobre a origem da vida
Biogênese e Abiogênese
Classificação dos seres vivos
119
7° SÉRIE / 8º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Astronomia Origem e evolução
do Universo
Teorias sobre a origem e evolução do
universo
Matéria
Constituição da
matéria
Modelos atômicos, íons, elementos
químicos.
Substancias e misturas.
Sistemas Biológicos
Célula
Morfologia e
fisiologia doas seres
vivos
Célula (Partes, organelas e função)
Tecidos
Sistema digestório
Sistema Respiratório
Sistema Cardiovascular
Sistema Excretor
Sistema Locomotor
Energia
Formas de energia
Movimento de repouso
Movimento uniforme variado
Força
Roldanas
Alavancas
Energia térmica: conceito de calor e
temperatura
Biodiversidade
Evolução dos seres
vivos
Componentes bióticos e abióticos
Interações nas comunidades
Teoria de Lamarck Darvin
Degradação ambiental
Esgotamento de recursos naturais
Poluição alterações na biosfera
8° SÉRIE / 9º ANO
120
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Astronomia Astros
Gravitação universal
Força gravitacional
Leis de Newton e Kepler
Matéria
Propriedades da
matéria
Propriedades gerais da matéria
Propriedades específicas da matéria
Classificação dos elementos químicos
Tabela periódica
Reações, ligações e funções
químicas
Sistemas
Biológicos
Morfologia e
fisiologia doas seres
vivos
Mecanismos de
herança genética
Sistema Sensorial
Sistema endócrino
Sistema reprodutor
Dna e Rna
O gene- herança genética
Mitose e meiose
Energia
Formas de energia
Conservação de
energia
Ondas
Eletricidade e magnetismo
Biodiversidade
Interações
ecológicas
Ciclo da água
Ciclo do carbono
Ciclo do nitrogênio
Ciclo do oxigênio
Relações harmônicas e desarmônicas
Poluição da água, ar e solo.
8.5.4. Metodologia
Para o ensino de Ciências propõem uma prática pedagógica que leva à
integração dos conceitos científicos e valorize o pluralismo metodológico. O ensino
121
de Ciências deve possibilitar ao aluno a capacidade de: situar-se no mundo de forma
ativa e crítica; entender e avaliar questões sociais, econômicas e políticas.
É importante que o professor trabalhe os conteúdos específicos ao longo dos
quatro anos, respeitando o desenvolvimento cognitivo dos estudantes, a diversidade
cultural, a realidade local e os aspectos essenciais no ensino de Ciências: a História
da Ciência, a divulgação científica e as atividades experimentais.
O ensino de Ciências não deve se limitar a uma única metodologia. Assim, o
ensino de Ciência fará uso de:
Atividades experimentais, onde o aluno compreende a inter-relação entre
os conhecimentos químicos, físicos e biológicos:
Aulas expositivas;
Filmes e documentários;
Atividades em grupo e individual;
Pesquisas e trabalhos;
Recortes de revistas e jornais;
Problematizações e contextualizações
Visitas: parques, museus e indústrias;
Jogos, dinâmicas, dramatizações e imagens;
Maquetes;
Murais, exposições e feiras;
Leitura e interpretações de textos;
Palestras, fóruns, seminários e debates com profissionais da área;
Interdisciplinaridade;
Uso de mapas conceituais, gráficos e tabelas;
Desenhos.
Para do desenvolvimento destas atividades o professor poderá recorrer a
variados recursos tecnológicos e didáticos: microscópicos, telescópio, computador
(internet), TV Multimídia, Portal Dia-a-Dia, TV Paulo Freire, DVDS, CDS, livro
didático, texto de jornal, revista, figuras, quadro de giz, torso, esqueleto, mapa,
globo.
Nesta proposta, inclui-se estudos relacionados à Educação Ambiental, Lei nº:
9.795/99, voltada para a conservação do meio ambiente e a sustentabilidade do
planeta. A disciplina de Ciências desenvolverá seus conteúdos fazendo uma
reflexão com os temas étnicos-raciais, Lei 11.645/08”História e Cultura Afro-
122
Brasileira e Indígena”, Lei 10.639/03 “História e Cultura Afro-Brasileira”, através de
pesquisas, problematizações, estudos das teorias antropológicos, características
biológicas os diversos povos, contribuição dos povos africanos e de seus
descendentes para os avanços da Ciência e da Tecnologia, alimentos de origem
afro e indígena, flora medicinal (práticas curativas das tribos indígenas), recursos
naturais (caça e pesca).
Faz se também necessário incluir neste estudo a História do Paraná, que,
dentro do currículo de Ciências trata de espécies animais e vegetais característicos
da região, espécies ameaçadas e áreas de preservação e conservação. Tudo isso
para que o aluno adquira conhecimento, desenvolva habilidades, atitudes e
competências voltadas a preservação e conservação do meio ambiente.
8.5.5. Avaliação
A ação avaliativa é importante no processo ensino- aprendizagem, pois pode
propiciar um momento de interação e construção de conhecimentos significativos
para que o aluno se aproprie de conceitos científicos. Os critérios e instrumentos de
avaliação precisam ser planejado para superar o modelo de avaliação classificatória
e excludente.
Para compreender um conceito científico de forma clara, é preciso que a
avaliação seja diferenciada e transferível, o professor utiliza instrumentos compostos
por questões e problemas novos, não familiares e sim diversificados, que exija a
máxima transformação do conhecimento adquirido.
A avaliação devera valorizar os conhecimentos alternativos dos alunos,
constituídos no cotidiano, nas atividades experimentais ou a partir de diferentes
estratégias que envolva recursos pedagógicos instrucionais diversos. Estabelecendo
critérios para que a formação do aluno seja precisa e se concretize de diferentes
atividades como:
atividades de leitura compreensiva de texto;
pesquisas bibliográficas;
palestras, apresentação oral;
atividades experimentais;
relatórios;
produção de painéis, histórias em quadrinhos, slogan, jogos educativos;
123
provas com questões discursivas e objetivos.
CONTEÚDO
ESTRUTURANTE
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Astronomia
Entender as ocorrências astronômicas como fenômenos da
natureza.
Conhecer as características básicas de diferenciação entre
estrelas, planetas, satélites, cometas, asteróides, meteoros e
meteoritos.
Conhecer a história da ciência, a respeito das teorias
geocêntricas e heliocêntricas.
Compreender os movimentos (noite e dia, eclipses e
estações do ano).
Refletir sobre os modelos científicos que abordam a origem e
a evolução do universo conhecendo os fundamentos da
classificação cosmológica.
Entender as leis de Kepler e Newton para as orbitas dos
planetas e a gravitação universal.
Interpretar os fenômenos terrestres relacionados a gravidade.
Biodiversidade
Distinguir ecossistema, comunidade, população;
Conhecer a respeito da extinção de espécies;
Entender a formação de fósseis;
Conhecer a classificação dos seres vivos, de categorias
taxonômicas e filogenia;
Entender as interações e sucessões ecológicas, cadeia
alimentar seres autótrofos e heterótrofos.
Conhecer a respeito das eras geológicas e das teorias sobre
a origem da vida;
Entender as teorias evolutivas;
Entender os ciclos biogeoquímicos.
Entender a constituição e propriedades da matéria, suas
transformações com o fenômeno da natureza.
124
Matéria
Compreender a constituição do planeta Terra, no que se
refere a atmosfera e crosta, solo, rochas, minerais, manto e
núcleo;
Entender a constituição do planeta Terra primitivo e os
componentes essenciais ao surgimento da vida;
Conceituar matéria e sua constituição, com base nos
modelos atômicos;
Definir átomo, íons, elementos químicos, substancias,
ligações e reações químicas;
Conhecer as leis da conservação da massa;
Compreender as propriedades da matéria.
Sistemas
Biológicos
Entender a constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos
como em toda integração.
Reconhecer as características gerais dos seres vivos.
Conhecer os níveis de organização celular;
Conhecer os fundamentos da estrutura química da célula e
as diferenças entre os tipos celulares;
Compreender o fenômeno da fotossíntese e os processos de
conversão de energia na célula;
Identificar a relação entre os órgãos e sistemas animais e
vegetais a partir do entendimento dos mecanismos celulares;
Conhecer a estrutura e funcionamento dos tecidos;
Compreender que a digestão, espiração, circulação,
excreção, nutrição, anatomia e fisiologia desses sistemas no
organismo;
Compreender os fundamentos teóricos que descrevem os
sistema nervoso, sensorial, reprodutor e endócrino;
Entender os mecanismos de herança genética.
8.5.6. Referências
BARROS, C. Ciências: os seres vivos. São Paulo: Editora Ática, 1999.
CRUZ, D. Química e Física. Ed. 26. São Paulo: Ática, 2001.
125
GEWANDSZNAJDER, F. Ciências: o planeta terra. 2 Ed. São Paulo: Ática, 2002.
GODWAK, D. Coleção Ciências, novo pensar. Edição 1. São Paulo: FTD, 2002.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Ciências. Paraná: 2008.
SEED-PR: Cadernos Temáticos, HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA: educando para as relações étnicos-raciais/ Paraná. Curitiba, 2006.-110p.
SILVA, C. J. Ciências: entendendo a natureza. 16 Ed. São Paulo: Saraiva, 1999. VALLE, C. Coleção Ciências. Ed. 1. Curitiba: Editora Positivo, 2004.
REFERÊNCIAS ON LINE
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/-site acessado no dia 12 de fevereiro de 2010
http://www.ciencias.seed.pr.gov/
http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=311
126
8.6. EDUCAÇÃO FÍSICA
8.6.1. Apresentação geral da disciplina
Nas aulas de Educação Física, a aprendizagem dos conteúdos não está
necessariamente vinculada à experiência prática. No entanto, a valorização do
desempenho técnico com pouca ênfase no prazer ou vice-versa, a abordagem
técnica com referência em modelos muito avançados, e, principalmente, uma
concepção de ensino que deixa como única alternativa ao aluno adaptar-se ou não a
modelos predeterminados têm resultado, em muitos casos, na exclusão de alunos.
Na aprendizagem e no ensino da cultura corporal de movimentos, trata-se
basicamente de acompanhar a experiência prática e reflexiva dos conteúdos na
aplicação dentro de contextos significativos.
Julga-se adequado nas duas primeiras séries do ensino fundamental, uma
ênfase nas atividades lúdicas por meio de jogos e brincadeiras, considerando os
perigos de uma especialização técnica precoce e seus efeitos deficientes.
Noutras, justamente em função da suposta precariedade técnica dos jogos e
brincadeiras exercidos nessas primeiras séries propõem-se exercícios de
habilidades e fundamentos esportivos como construção de pré-requisitos para a
aprendizagem de modalidades esportivas nas séries posteriores.
Além da metodologia crítico-emancipatória, a construtivista defende o método
de integração com o mundo externo e com o mundo interno do aluno, procurando o
resultado de provocar o gosto de aprender e a auto-suficiência na busca de
respostas. O aluno é tomado como um ser pensante, com desenvolvimento próprio,
o professor procura ser um orientador que facilita a aprendizagem criando situações
estimulantes e motivadoras de respostas e a escola é o espaço do saber e
integração do indivíduo à sociedade e à cultura.
Em síntese, o que se quer ressaltar é que nem os alunos, nem os conteúdos
tampouco os processos de ensino e aprendizagem são virtuais ou ideais, mas sim
reais, vinculados ao que é possível em cada situação e em cada momento
8.6.2. Objetivos gerais
127
Despertar o interesse pela prática espontânea do voleibol.
Mostrar a relação entre o voleibol e outros esportes e com as outras
atividades do cotidiano.
Valorizar a contribuição individual dentro do coletivo.
Estabelecer as semelhanças e diferenças entre as modalidades coletivas.
Proporcionar aos alunos condições de participar nas diversas modalidades
esportivas de forma ativa, crítica e com conhecimento básico sobre o
assunto.
Desenvolver no educando a importância do trabalho em grupo.
Despertar o interesse para hábitos saudáveis.
Diferenciar jogo e esporte.
Levantar aspectos históricos de cada esporte.
Trabalhar o condicionamento físico básico dos alunos.
Conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos
saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo
com responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva;
Trabalhar as regras de cada esporte.
Proporcionar através da atividade física, recreativa e do desporto, o
desenvolvimento e o aperfeiçoamento das potencialidades físicas, de
autocontrole, de espírito de grupo e de respeito às individualidades.
Focar a qualidade de vida, a solidariedade e os conflitos por meio de
diálogo.
Divulgar brinquedos com materiais alternativos, atividades coletivas, jogos
de oposição, jogos adaptados ou criados, entre outros. Sejam de natureza
cooperativa ou competitiva, que oferecem a possibilidade de vivenciar o
lúdico
8.6.3. Conteúdos
Os conteúdos estruturantes devem ser abordados em complexidade
crescente, respeitando as múltiplas experiências dos alunos relativas ao
conhecimento.
Cada um dos conteúdos estruturantes abaixo será tratado de forma que
contemple os fundamentos da disciplina, em articulação com aspectos políticos,
128
históricos, sociais, econômicos, culturais, bem como elementos da subjetividade
representados na valorização do trabalho coletivo, na convivência com as
diferenças, na formação social crítica e autônoma.
Esporte: Contemplar, além das técnicas, táticas e regras básicas das
modalidades esportivas, os aspectos sociais e históricos possibilitando ao
aluno um entendimento e uma análise crítica das mesmas e, como
ferramenta de aprendizado para o lazer e para o aprimoramento da saúde.
Jogos e brincadeiras:Conjunto de possibilidades que ampliam a percepção
e a interpretação da realidade, permitindo a flexibilização de regras e da
organização coletiva.
Criação de jogos e brincadeiras, de natureza cooperativa ou competitiva,
com a possibilidade de vivenciar o lúdico por meio da construção de
brinquedos com materiais alternativos.
Ginástica: Reconhecimento das possibilidades do corpo como diferentes
formas de representação desenvolvendo o senso crítico perante a mídia
no que se refere à apologia do culto ao corpo.
Lutas: Formas de conhecimento da cultura humana, produzida
historicamente e com simbologias próprias identificando valores culturais.
Dança: Manifestação da cultura corporal que trata o corpo e suas
diferentes práticas desenvolvendo a criatividade, a sensibilidade, a
expressão corporal, a cooperação, entre ouros aspectos.
5ª SÉRIE / 6º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Esportes Coletivos
Individuais
Em construção
Jogos e
brincadeiras
Jogos e brincadeiras
populares
Brincadeiras e cantigas
de roda
Jogos de tabuleiro
Em construção
129
Jogos cooperativos
Dança Danças folclóricas
Danças de rua
Danças criativas
Em construção
Ginástica Ginástica rítmica
Ginástica circense
Ginástica geral
Em construção
Lutas Lutas de aproximação
Capoeira
Em construção
6ª SÉRIE / 7º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Esportes Coletivos
Individuais
Em construção
Jogos e
brincadeiras
Jogos e brincadeiras
populares
Brincadeiras e cantigas
de roda
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativos
Em construção
Dança Danças folclóricas
Danças de rua
Danças criativas
Danças circulares
Em construção
Ginástica Ginástica rítmica
Ginástica circense
Ginástica geral
Em construção
Lutas Lutas de aproximação
Capoeira
Em construção
130
7ª SÉRIE / 8º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Esportes Coletivos
Radicais
Em construção
Jogos e
brincadeiras
Jogos e brincadeiras
populares
Jogos de tabuleiro
Jogos dramáticos
Jogos cooperativos
Em construção
Dança Danças criativas
Danças circulares
Em construção
Ginástica Ginástica rítmica
Ginástica circense
Ginástica geral
Em construção
Lutas Lutas com instrumento
mediador
Capoeira
Em construção
8ª SÉRIE / 9º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Esportes Coletivos
Radicais
Em construção
Jogos e
brincadeiras
Jogos e brincadeiras
populares
Jogos de tabuleiro
Jogos dramáticos
Jogos cooperativos
Em construção
Dança Danças criativas Em construção
131
Danças circulares
Ginástica Ginástica rítmica
Ginástica circense
Ginástica geral
Em construção
Lutas Lutas com instrumento
mediador
Capoeira
Em construção
1ª E 2ª SÉRIES
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Esportes
Coletivos
Futebol
Voleibol
Basquetebol
Handebol
Futevôlei
Individuais Tênis de mesa
Atletismo
Xadrez
Radicais Skate
Rappel
Jogos e
brincadeiras
Jogos de tabuleiro Xadrez
Trilha
Dama
Jogos dramáticos Imitação
Mímica
Jogos cooperativos Dança das cadeiras
cooperativas
Tato contato
Folclóricas
Fandango
Quadrilha
132
Dança
Frevo
Salão Valsa
Tango
Vanerão
Forró
Rua Break
Hip hop
Popping
Criativas Atividades de expressão
corporal, elementos de
movimento (tempo,espaço)
Circulares Contemporâneas
Folclóricas
Ginástica Ginástica de academia
Alongamentos
Ginástica aeróbica
Ginástica localizada
Ginástica geral Movimentos gímnicos
(balancinha,rolamentos,
paradas)
Lutas Lutas de aproximação Judô
Luta olímpica
Sumô
Lutas que mantém a
distância
Karatê
Boxe
Taekwondo
Capoeira Regional
3ª SÉRIE
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Coletivos
Futebol
Voleibol
133
Esportes
Basquetebol
Handebol
Futevôlei
Individuais Tênis de mesa
Atletismo
Xadrez
Radicais Rafting
Bungee jumping
Rappel
Jogos e
brincadeiras
Jogos de tabuleiro Xadrez
Trilha
Dama
Jogos dramáticos Imitação
Mímica
Jogos cooperativos Dança das cadeiras
cooperativas
Tato contato
Dança
Folclóricas
Fandango
Quadrilha
Frevo
Salão Valsa
Tango
Bolero
Forró
Rua Break
Hip hop
Popping
Criativas Atividades de expressão
corporal, elementos de
movimento (tempo, espaço)
Circulares Contemporâneas
Folclóricas
Ginástica Ginástica de academia Alongamentos
134
Ginástica aeróbica
Ginástica localizada
Ginástica geral Movimentos gímnicos
(balancinha,rolamentos,
paradas)
Lutas Lutas de aproximação Judô
Luta olímpica
Sumô
Lutas que mantém a
distância
Karatê
Boxe
Taekwondo
Capoeira Regional
Lutas com instrumento
mediador
Esgrima
Kendô
8.6.4. Metodologia
Nas Diretrizes Curriculares Nacionais, as áreas do Conhecimento devem ser
articuladas com aspectos da Vida Cidadã: saúde, sexualidade, vida familiar e social,
meio ambiente, trabalho, ciência e tecnologia, cultura e linguagens.
Procurando atuar no processo de construção da cidadania e de igualdade de
direitos entre os cidadãos, a disciplina de Educação Física, dentro de suas
especificidades, deverá através dos seus eixos norteadores, repensar e re-estruturar
rituais, regras, valores, tempos e espaços que compõem o trabalho pedagógico que
abrange a educação do corpo da escola.
É fundamental que se faça uma clara distinção entre os objetivos da
Educação Física escolar e os objetivos do esporte, da dança, da ginástica e da luta
profissional. Embora sejam uma fonte de informações, não podem transformar-se
em meta a ser almejada pela escola, como se fossem fins em si mesmas: “É o
movimento humano com determinado significado/sentido, que por sua vez, lhe é
conferido pelo contexto histórico-cultural. O movimento que é tema da Educação
135
Física é o que se apresenta na forma de jogos, de exercícios ginásticos, de
esportes, de dança, etc.”(Brachdt, apud Daolio, 2004: 43)
A Educação Física escolar deve dar oportunidades a todos os alunos para
que desenvolvam suas potencialidades, de forma democrática e não seletiva,
visando seu aprimoramento como seres humanos. Cabe assinalar que os alunos
portadores de necessidades especiais não podem ser privados das aulas de
Educação Física. Segundo Mauro Betti, este enfoque dentre outros dois princípios,
vêm de encontro às novas Diretrizes Curriculares:
Princípio da não exclusão: que prega que os conteúdos e métodos da Educação Física devem incluir a totalidade dos alunos, (2) Princípio da diversidade, que defende que os conteúdos do programa de educação física ofereçam variedade de atividades, a fim de permitir ao aluno escolher criticamente, de forma valorativa, seus motivos-fins em relação às atividades da cultura corporal de movimento e (3) Princípio da alteridade, termo caro à antropologia social, ciência cuja tradição fez com que os pesquisadores de campo se defrontassem com o outro, o diferente, o exótico, o distante. Betti afirma que o profissional de educação física deve considerar o outro(aluno, clientela, atleta) numa relação de totalidade, não como objeto, mas como sujeito humano, ouvindo-o como ser humano global. (Betti, apud Daólio, 2004, p.53).
O trabalho na área de Educação Física tem seus fundamentos nas
concepções sócio-culturais de corpo e movimento, e a natureza do trabalho
desenvolvido nessa área se relaciona intimamente com a compreensão que se tem
desses dois conceitos.
A compreensão da organização institucional da cultura corporal de movimento
na sociedade, incluindo uma visão crítica do sistema esportivo profissional, deve dar
subsídios para uma discussão sobre a ética do esporte profissional e amador, sobre
a discriminação sexual e racial que neles existe. Essa discriminação pode ser
compreendida pela explicitação de atitudes cotidianas, muitas vezes inconscientes e
automáticas, pautadas em preconceitos. Contribui para essa compreensão, por
exemplo, o conhecimento do processo político e histórico de inclusão dos negros e
das mulheres nas práticas organizadas dos esportes em olimpíadas e campeonatos
mundiais. Pode, ainda, favorecer a formação de uma consciência individual e social
pautada no bem-estar, em poucas não-preconceituosas e não-discriminatórias e,
ainda, no cultivo dos valores coerentes com a ética democrática.
136
8.6.5. Avaliação
A proposta sugerida da Educação Física é democratizar, humanizar e
diversificar a pratica pedagógica da área, buscando sempre ampliar as dimensões
afetivas, cognitivas e sócio-culturais dos alunos, procurando sempre subsidiar as
discussões, os planejamentos e as avaliações da pratica de Educação física.
Em todas as atividades propostas tem por objetivo o desenvolvimento
intelectual, social e moral do aluno. A avaliação neste sentido visa diagnosticar como
a disciplina esta contribuindo para a efetiva apropriação destes saberes. A meta do
ensino de Educação Física é que o aluno possa desenvolver capacidades físicas e
intelectuais, tendo pensamento independente e criativo.
A avaliação será continua buscando o desenvolvimento individual e de
grupos, enfatizando a expressão física e esportiva, contribuindo para que o aluno
tenha apropriação do conhecimento e sua atuação perante a sociedade.
Serão observados ainda, os seguintes aspectos:
Conhecimento: da parte teórica e escrita, individualmente ou em grupos.
Como complemento, poderá ser verificado a realização das atividades
propostas nessas atividades e também à verificação da pesquisa sugerida
no decorrer dos bimestres.
Habilidade: serão realizados testes práticos sobre os fundamentos. O
professor terá de elaborar teses sobre fundamentos, táticas e técnicas dos
esportes. Durante os testes, devera ser observada principalmente a
naturalidade, coordenação motora, domínio corporal e do movimento,
execução do movimento grau de dificuldade individual e outros. Cabe ao
professor criar meios para que o aluno em defasagem possa progredir e
superar suas dificuldades.
Atitude: devera ser observado nas aulas. O professor terá como base os
seguintes aspectos: espírito de equipe, participação, espírito de luta,
espírito de liderança positiva, criatividade, raciocínio rápido, acato as
regras, respeito mutuo, com o professor e com os colegas, espírito
esportivo, socialização, dinamismo, capacidade de síntese e compreensão
e a organização em grupos.
137
8.6.6. Referências
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Educação Física. Paraná: 2008.
138
8.7. ENSINO RELIGIOSO
8.7.1. Apresentação da disciplina
No Brasil o pluralismo religioso, iniciado com a implantação da Republica,
possibilitou que diferentes correntes religiosas se efetivassem na sociedade
brasileira, crescendo de forma gradual. Neste contexto hoje temos em nossas
escolas uma diversidade religiosa que merece ser destacada. Por isso a
necessidade de se resgatar o conhecimento histórico atribuído a estas religiões,
socializando-as a todos para a valorização da diversidade religiosa, bem como de
sua própria cultura e liberdade de crença.
A disciplina de Ensino Religioso vem sendo ministrada no Brasil, em sua
apresentação inicial no âmbito escolar trazia em sua proposta o ensino voltado para
o catolicismo, uma vez que era a religião oficial do período Imperial Brasileiro, que
vinha apoiada pela constituição de 1824 e que permaneceu até mesmo após a
Independência.
Com o advento da Republica, o Ensino mudou seu caráter religioso católico e
passou a ser laico, dissolvendo a estrutura catequética que era imposta, onde todas
as formas de credo passaram a ter liberdade no interior da sociedade.
Com a constituição de 1934, durante o Estado Novo o Ensino Religioso
passou a ser implantado nas escolas publicas porem com matricula facultativa,
sempre de acordo com credo religioso do educando. Igualmente se posicionou o
Ensino Religioso nas constituições de 1937, 1946 e 1967.
As discussões em torno dos posicionamentos sobre o Ensino Religioso
possibilitou a abertura de reelaboração do currículo a partir da liberdade religiosa
presente na Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada em 1948. No
entanto, mesmo perdendo a sua função catequética, as aulas de Ensino Religioso
continuavam sendo ministradas por pessoas leigas ou ligadas a correntes religiosas
o que resultava em influenciar o educando à religião destas correntes. Com isto,
conforme as “Disposições Gerais e Transitórias” da LDB 4.024/61, o caráter
facultativo do Ensino religioso era mantido e não deveria não acarretar ônus ao
poder publico.
139
A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996/1997,
pela Lei 9.475, sobretudo de acordo com o artigo 33 da LDBEN, a implementação do
Ensino Religioso foi regulamentado nas escolas públicas, constituindo-se em uma
proposta de modelo laico e pluralista de ensino.
No Paraná a Secretaria de Estado Educação, posicionou-se de forma a
buscar o aperfeiçoamento dos professores para o Ensino Religioso a partir da
formação continuada, preparando e treinando os professores do Estado do Paraná
para que estes garantissem o modelo de educação ofertado.
Contudo no ano de 1996 surgiram os PCN, onde o Ensino Religioso não foi
incluído e a partir de discussões o conselho Estadual de educação do Paraná a
Deliberação 03/02 que regulamenta o Ensino Religioso nas Escolas Públicas do
Sistema Estadual do Ensino do Paraná.
A SEED através desta deliberação organizou a instrução conjunta n° 001/02
do DEF/SEED, estabelecendo normas para o Ensino Religioso na rede publica de
ensino do Estado do Paraná. Contudo o Estado retomou o encargo sobre a oferta da
disciplina no Paraná a partir da gestão de 2006, sobretudo no que se refere a
organização do cirriculo da disciplina e a formação do corpo docente, avaliação,
metodologia e formação de docentes. Este processo foi avançando nos anos de
2004-2008, através do DEB, onde houve grande discussão de professore para a
elaboração das Diretrizes Curriculares desta disciplina.
Enfim a partir de 2005, houve o repensar do Ensino Religioso enfatizada na
Deliberação n°01/06 que instituiu novas normas para a disciplina, onde passou-se a
considerar a diversidade religiosa em sua totalidade, reconhecendo a expressão das
diferentes organizações religiosas e suas manifestações culturais.
Tendo em vista que o conhecimento religioso insere-se como patrimônio da
humanidade, e em conformidade com legislação brasileira que trata do assunto, o
Ensino Religioso, em seu currículo, pressupõe promover aos educandos a
oportunidade no processo de escolarização fundamental de tornarem-se capazes de
entender os movimentos religiosos específicos de cada cultura, possuir o substrato
religioso, de modo a colaborar com a formação da pessoa, pois como menciona
Gaarder “... o estudo das religiões pode ser importante no desenvolvimento pessoal
do individuo”, uma vez que poderá entrar em contato com culturas religiosas que
não a sua, desenvolvendo a tolerância e o respeito proporcionando o
desaparecimento das diferenças.
140
A sociedade civil, hoje, reconhece como direito os desígnios desse
conhecimento no espaço escolar, bem como a valorização da diversidade em todas
as suas formas, pois a sociedade brasileira é composta por grupos de diferentes
culturas.
O Ensino Religioso, nesta perspectiva contribui também para superar a
desigualdade étnico-religiosa e garante o direito constitucional de liberdade de
crença e expressão.
Cabe destacar que essa disciplina tem por base a diversidade expressa nas
organizações religiosas, o que possibilita a reflexão sobre a realidade contida na
pluralidade desse assunto, numa perspectiva de compreensão sobre a sua
religiosidade e a do outro, na diversidade universal do conhecimento humano e de
suas diferentes formas de ver o sagrado. As Diretrizes Curriculares expressam esta
reflexão, pois a sociedade está constituída mais do que nunca em um modelo
pluralista religioso e cultural.
Com isso, a disciplina pretende contribuir para o conhecimento e respeito às
diferentes expressões religiosas advindas da elaboração cultural dos povos, bem
como possibilitar o acesso às diferentes fontes da cultura sobre o fenômeno
religioso.
Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, pode-se destacar a
necessária a superação das tradicionais aulas de religião, e a inserção de conteúdos
que tratam da diversidade de manifestações religiosas, dos seus ritos, das suas
paisagens e símbolos, sem perder de vista as relações culturais, sociais, políticas e
econômicas de que são impregnadas.
8.7.2. Objetivos
Contextualizar o conhecimento, sendo capaz de conviver com as
diferenças culturais e religiosas, respeitando os valores humanos,
incentivando para que possuam o fundamento religioso, de modo a
colaborar com a formação pessoal e do grupo.
Identificar os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos como
festas e datas comemorativas.
Compreender os eixos organizadores do conteúdo de Ensino Religioso.
Proporcionar o conhecimento dos elementos básicos que compõem o
141
fenômeno religioso, a partir das experiências religiosas percebidas no
contexto dos educandos.
Compreender o sagrado como o núcleo da experiência religiosa do
cotidiano que o contextualiza no universo cultural.
Identificar os textos sagrados das diferentes Tradições Religiosas,
entendendo que são referenciais de fé e orientação para a vida.
Conhecer a importância da espiritualidade das diferentes religiões na vida
das pessoas, dos rituais e símbolos, mostrando que estes últimos são
formas de linguagens que por vezes definem os traços religiosos.
Enfatizar que os textos sagrados das diferentes Tradições Religiosas, são
referenciais de fé e orientação para a vida.
Conhecer a importância da espiritualidade das diferentes religiões na vida
das pessoas, dos rituais e símbolos, mostrando que estes últimos são
formas de linguagens que por vezes definem os traços religiosos.
Conhecer as diferentes idéias do transcendente construídas ao longo do
tempo, desenvolvendo uma atitude de respeito às diferentes concepções
sobre o Transcendente.
Reconhecer os limites éticos propostos pelas diferentes Tradições
Religiosas.
Promover um espaço de reflexão na sala de aula sobre valores humanos e
leis de qualidade de vida.
Analisar as tradições religiosas e as estruturas que permeiam as
hierarquias no Oriente e Ocidente
Identificar os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos como
festas e datas comemorativas.
Analisar o histórico religioso no Brasil, visando a compreensão da
diversidade religiosa e cultural. Promover a discussão sobre a importância
dos conceitos de vida e morte presente nas tradições religiosas.
8.7.3. Conteúdos
5ª SÉRIE / 6º ANO
142
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Ensino religioso na
escola pública
Orientações legais
Objetivos
Principais diferenças entre as
aulas de Religião e o Ensino
Religioso como disciplina escolar.
Respeito à
diversidade religiosa
Declaração Universal dos Direitos
Humanos e Constituição
Brasileira.
Direito a professar fé e liberdade
de opinião e expressão.
Direitos Humanos e sua
vinculação com o sagrado.
Organizações
religiosas
No Oriente e no Ocidente
Principais características de
organização.
Estrutura e dinâmica social dos
sistemas religiosos, incluindo as
religiões afro-brasileiras e
indígenas
Diferentes formas de
compreensão e de relações com
o sagrado.
Fundadores e/ou Líderes
Religiosos.
Estruturas hierárquicas
Paisagem
Religiosa
Lugares Sagrados Caracterização dos lugares e
templos sagrados: lugares de
peregrinação, de culto, de
rever6encia, principais práticas
de expressão do sagrado nestes
143
locais.
Lugares na natureza: rios, lagos,
montanhas, grutas, cachoeiras
etc.
Lugares construídos: Templos,
cidades sagradas, etc.
Textos Sagrados
Textos Sagrados
orais ou escritos
Ensinamentos sagrados
transmitidos de forma oral e
escrita pelas diferentes tradições
religiosas.
Literatura oral e escrita – cantos,
narrativas, poemas, orações, etc.
Universo
Simbólico
Religioso
Símbolos Religiosos O universo simbólico: mitos, ritos
cotidiano
Símbolos religiosos como
linguagem que expressam
sentidos
6ª SÉRIE / 7º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Paisagem
Religiosa
Universo
Temporalidade
Sagrada
Temporalidade da criação das
diversas tradições religiosas
Calendários e tempos sagrados
Nascimento de lideres religiosos,
Festas
Datas de Rituais
Ritos
Práticas celebrativas das
tradições religiosas, formadas por
um conjunto de rituais
Ritos de passagem
144
Simbólico
Religioso
Textos Sagrados
Mortuários
Propiciatórios
Outros – danças, via sacra,
festejo indígena de colheita, etc.
Festas religiosas
Eventos organizados pelos
diferentes grupos religiosos, com
diversos objetivos:
confraternização, rememoração
dos símbolos, períodos ou datas
importantes.
Peregrinações, festas familiares,
festas nos templos, datas
comemorativas.
Vida e morte
Respostas elaboradas para a vida
além da morte nas diversas
tradições religiosas e sua relação
com o sagrado.
O sentido da vida nas diferentes
tradições religiosas.
Reencarnação.
Ressurreição.
Além morte.
Ancestralidade.
Outras interpretações.
Diversidade religiosa
A paisagem religiosa.
Influência das crenças religiosas
na vida prática das pessoas.
Princípios éticos das diversas
tradições religiosas.
As diferentes espiritualidades das
diferentes tradições religiosas do
mundo.
Religiões Afro-brasileiras e
145
Indígenas.
8.7.4. Metodologia
O trabalho com a disciplina de Ensino Religioso se dará de forma dinâmica
através de uma metodologia flexível e adequada a cada conteúdo ou tema a ser
desenvolvidos, de modo a favorecer a interação, o diálogo, a participação ativa e o
compromisso com a vida.
A partir da liberdade que o educador tem para desenvolver o trabalho
pedagógico de acordo com o seu próprio método, podem-se trabalhar discussões,
debates, pesquisas, apresentações orais e escritas, filmes, montagem de peças
teatrais, jogos, jograis com apresentações (datas comemorativas), entre outras
atividades pedagógicas desenvolvidas que respeitem às diversas manifestações
religiosas, ampliando e valorizando o universo cultural dos alunos, bem como
contemplem a Lei Nº 11.645/08 referente a História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena.
8.7.5. Avaliação
O Ensino Religioso não se constitui como objeto quantitativo pois não terá
registro de notas ou conceitos na documentação escolar. Porém a avaliação não
deixa de ser um dos elementos integrantes do processo educativo na disciplina do
Ensino Religioso.
A avaliação considerará a participação e o envolvimento do aluno nas
atividades propostas, bem como análise de seu comportamento ao tratar com seu
colega, agindo de forma respeitosa, aceitando as diferenças e empregando
conceitos adequados para referir-se às diferentes manifestações do sagrado.
Na disciplina do Ensino Religioso espera-se que o aluno:
Estabeleça discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica;
Desenvolva uma cultura de respeito à diversidade religiosa e cultural;
Reconheça que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de
identidade de cada grupo social.
146
8.7.6. Referências
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso. Paraná: 2008.
147
8.8. FILOSOFIA
8.8.1. Apresentação da disciplina
O ensino da filosofia no Currículo do Ensino Médio passa a fazer parte, tendo
como princípio a construção do individuo como ser integrante a questionamentos da
sociedade. Na formação pluridimencional e democrática, capaz de oferecer ao
educando a possibilidade de compreender a complexidade do mundo
contemporâneo, suas múltiplas particularidades e especializações. Num mundo que
se manifesta todo fragmentado o educando não pode prescindir de um saber que
opere por questionamentos conceitos e categoria o qual busque articular o espaço-
temporal e sócio-historico em que se da o pensamento e a experiência humana.
A Filosofia é constituída como pensamento há mais de 2600 anos, tendo sua
origem no mundo Grego, trazendo consigo o problema do embate entre o
pensamento de Platão e as teorias dos sofistas. Naquele momento trata-se de
compreender a relação entre o conhecimento e o papel da retórica do ensino. Para
Platão a prática da Filosofia poderia ter um efeito nulo sobre os jovens por ser de
caráter de persuasão, mas como também o ensino da Filosofia favorecia posturas
polemicas como o relativismo moral ou o uso pernicioso do conhecimento.
A preocupação hoje é com delimitação de metodologias mais sim que possa
garantir que os métodos de ensino da Filosofia não lhe deturpem o conteúdo. A idéia
de que não existem verdades absolutas em conteúdo. As quais devem ser
abordadas pelos alunos de formar uma concepção a partir do contexto estudado, e
das abordagens feitas através de discussões.
Toda teoria pedagógica tem seus fundamentos baseados num sistema filosófico. É a Filosofia que, expressando uma concepção de homem e de mundo, dá sentido à, Filosofia definindo seus objetivos e determinando os métodos da ação educativa. Nesse sentido, não existe educação neutra. Ao trabalhar na área do conhecimento da Filosofia na educação, é sempre necessário tomar partido, assumir posições. E toda escolha de uma concepção do conteúdo é, fundamentalmente, o reflexo da escolha de uma filosofia de vida (Haydt, 1997, p. 23).
148
Com a epígrafe acima, inicia-se uma discussão sobre a filosofia da educação,
buscando referencial que clarifique sua função na área educacional. A filosofia pode
contribuir para que a educação seja pensada, analisada e refletida, saindo assim do
ativismo, ou seja, do fazer pelo fazer, sem respaldo que norteie o porquê e o para
quê destina-se esse fazer.
Ao pensar filosoficamente, o educando foge da simplicidade, da ingenuidade
e das explicações mágicas ao interpretar os problemas do cotidiano, buscando
aprofundar sua análise, não se satisfazendo com as aparências, buscando a
causalidade dos fatos de forma inquieta e intensa. Segundo Chauí, os princípios
campos filosóficos relativos ás manifestações culturais são: a filosofia das ciências,
da religião, das artes, da existência ética e da política. Além disso, a Filosofia ocupa-
se também com a critica das ideologias que se originam na vida política, mas se
estendem para todas as manifestações da cultura (Chauí, pg132) não se pode
perder de vista a necessidade da garantia da provocação e do convite aos educando
quanto à reflexão filosófica, portanto ao pensamento. Tal capacidade humana
permite estar no mundo com algum saber, com consciência. Segundo Contrim “... a
biologia classifica o homem atual por sapiens: o ser que sabe. É que o homem é
capaz de fazer sua inteligência debruçar sobre si mesmo para tomar posse de seu
próprio saber, avaliada sua consciência, sua consistência, seu limite e seu valor”.
(Coltrim, pg. 42)
Diante dessa perspectiva, a história do ensino da Filosofia, no Brasil e no
mundo, tem apresentado inúmeras possibilidades de abordagem, dentre as quais se
destacam segundo Mora (2001):
a divisão cronológica linear: Filosofia Antiga,Filosofia Medieval,Filosofia
Renascentista,Filosofia Moderna e Filosofia Contemporânea,etc.;
a divisão geográfica : Filosofia Ocidental , Africana , Filosofia Oriental,
Filosofia Latino-Americana , dentre outras, etc.;
a divisão por conteúdo: Teoria do Conhecimento , Ética , Filosofia Política
, Estética , Filosofia da Ciência, Ontologia, Metafísica , Lógica, Filosofia da
Linguagem , Filosofia da Historia , Filosofia da Arte , etc.
a filosofia africana traz como vantagem, a idéia de que o ser é dinâmico e
doado de forças, concepção essa que, aparece também em algumas
filosofias ocidentais. Todavia, é preciso considerar que a sua função
149
exclusiva na linguagem oral, ainda que pareça interessante, acaba por
apresentar-se como uma fragilidade, evidenciada pela dificuldade com o
idioma e também pela carência bibliográfica. Por essa razão, esse
conteúdo não está relacionado aos estruturantes, mas cabe ao professor
utilizá-los de maneira coerente e pertinente as referentes diversidades.
8.8.2. Objetivos Gerais
Levar o aluno a:
Apropriar-se de conhecimentos e modos discursivos específicos da
Filosofia;
Entender a reflexão crítica como processo sistemático e interpretativo do
pensamento;
Desenvolver procedimentos próprios do pensamento crítico, bem como
métodos e técnicas de leitura e análise de textos;
Produzir textos analíticos e reflexivos;
Adquirir e reutilizar conhecimentos, conceitos e procedimentos;
Articular as teorias filosóficas e o tratamento de temas e problemas
científico-tecnológicos, ético-políticos, sócio-culturais e vivenciais;
Entender a reflexão crítica como processo sistemático e interpretativo do
pensamento;
Desenvolver discussão oral de modo sistemático;
Articular as teorias filosóficas e o tratamento de temas e problemas
científico-tecnológicos, ético-políticos, sócio-culturais e vivenciais;
Problematizar situações discursivas;
Argumentar filosoficamente;
Formular raciocínio lógico, coerente e crítico;
Desmistificar a realidade;
Perceber o que está por trás das ideologias e posicionar-se;
Fazer um elo entre a teoria e a prática, o abstrato e o empírico;
Desenvolver sua estrutura cognitiva exercitando a criticidade para
empregá-la coletivamente de forma consciente e criativa;
150
Reconhecer-se sujeito ético, autônomo, superando as dificuldades para
encontrar o equilíbrio da existência enquanto ser humano – subjetividade;
Compreender as diversas culturas e sua linguagem, valorizando-as, sem
apontar uma hierarquia de valores, considerando-as dentro do próprio
contexto;
Desenvolver a relação crítica pela busca do conhecimento, levando em
consideração outros campos de conhecimentos, como a ciência, a religião,
etc.
8.8.3. Conteúdos
1º SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Mito e filosofia
Mito e Filosofia
Atualidade do Mito
Saber místico;
O que é mito;
Saber filosófico;
O nascimento da filosofia;
Os Pré – Socrático;
Mito os Ilíadas;
Mito da Caverna;
Do senso comum ao crítico
filosófico;
Concepção e Mitos
Contemporâneos.
Saber filosófico
O que é filosofia
Origem e linha do tempo
Conceituação Importância,
Aplicabilidade
Primeiros Filósofos
(Sócrates 470-399 a.C.) –
maiêutica; (Platão 427-347
a.C.) – Mito ou Alegoria da
Caverna; Aristóteles (384-
151
322 a.C.)
Lógica, senso comum e
Conhecimento filosófico.
Teoria do
Conhecimento
Possibilidade do
Conhecimento
O problema da verdade
A questão do método
Conhecimento e Lógica
Conceituação, característica
Empirismo - John Locke
David Hume
Racionalismo - Immanuel
Kant
Método Cartesiano - René
Descartes
Ceticismo
Dogmatismo e Niilismo
Conceito de concepção na
História Filosófica
Diferenças de concepção
filosófica
Lógica dialética (Platão)
Lógica Matemática (Aristóteles)
2ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Ética
Ética e Moral
Pluralidade Ética
Ética e Violência
Razão, desejo e vontade
Liberdade: autonomia do
sujeito e a necessidade
das normas
Conceitos e Diferenças;
Aristóteles, Santo Agostinho,
Kant, Sartre
Baruch Espinosa (1632-1677)
Friedrich Nietzsche (1844-
1900)
Jean Paul Sartre (1905-1980)
Política
Relação entre
comunidade e poder
Liberdade e igualdade
Invenção da Política/
Introdução a Política
Política grega e Política
normativa
152
política
Política e Ideologia
Esfera Publica e Privada
Cidadania Formal e
Participativa
Platão e a Republica
O Pensamento político de
Aristóteles e as formas de
governo
Idade Média (A vinculação
de política à Religião)
Estado e Igreja (A cidade de
Deus-Santo Agostinho)
Democracia (Jean-Jacques
Rousseau 1712-1778)
Poder Nicolau Maquiavel
(1469-1527)
Absolutismo – Thomas
Hobbes
(1588-1679)
A utopia de Thomas Morus
3ª SÉRIE
Conteúdos
Estruturantes
CONTEÚDOS BÁSICOS Conteúdos Específicos
Filosofia Política
Política
Relações entre
comunidade e poder
Liberdade e igualdade
política
Política e ideologia
Esfera Publica e Privada
Cidadania Formal e
Participativa
Democracia – Jean Jacques
Rousseau (1712 - 1778)
Poder – Nicolau Maquiavel
(1469 - 1527)
Liberalismo – John Locke
(1632 - 1704)
Absolutismo – Thomas
Hobbes (1588 - 1679)
Ciência
Concepção de Ciência
Concepção de ciência
Do Senso comum e ciência
153
Filosofia da ciência
A questão do Método
Cientifico
Contribuição e Limite da
Ciência
Ciência e Ideologia
Pensar a ciência e o seu
progresso;
Ciência X Cientifico
Dogmatismo científico e
fundamentos Ideológicos da
ciência.
Bioética, Clonagem
A tecnologia a serviço de
objetivos humanos e os
riscos da tecnologia
René Descartes (1596-1650)
Karl Popper (1902-1994)
Tomas Kuhn (1922-...)
Estética
Estética
Natureza da Arte
Filosofia e Arte
Categoria Estética
Feio, belo, sublime,
trágico, cômico,
Grotesco, gostoso, etc.
Estética e Sociedade
Concepção de Estética
(Pensar a Beleza)
Estética e desenvolvimento
da sensibilidade e da
imaginação,
Belo - Immanuel Kant (1724 -
1804)
A arte como forma de
conhecer o mundo;
O universo da arte
A arte e a Filosofia
Arte - Walter Benjamin (1892
-1940) Alexandre Baugarten
(1714-1762) Obra Estética
(1750)
Arte erudita, massa, popular.
8.8.4. Metodologia
154
Situar a Filosofia enquanto disciplina escolar no horizonte dos problemas
contemporâneos científicos, tecnológicos, ético-políticos, artísticos ou decorrentes
das transformações das linguagens e das modalidades e sistemas de comunicação,
implicam uma tomada de posição para que sua contribuição seja significativa,
enquanto aos conteúdos e processos cognitivos.
Especificamente o trabalho de Filosofia no ensino resulta da conjugação de
um repertório de conhecimentos que funcionam como um sistema de referências
para discussões, julgamentos, justificações e valorações, e de procedimentos
básicos de análises, leitura e produção de textos. Tomando posse desse repertório
de conhecimentos e constituindo uma retórica, isto é, desenvolvendo um sistema
discursivo, o aluno pode passar da variedade dos fatos, acontecimentos, opiniões e
idéias para o estado reflexivo do pensamento, para a atitude de discernimento que
produz configurações de pensamento. Qualquer que seja o assunto tratado, não se
pode esquecer que a leitura filosófica retém o essencial da atividade filosófica. Uma
leitura não é filosófica apenas porque os textos são filosóficos, podem-se ler textos
filosóficos sem filosofar e ler filosoficamente textos jornalísticos, artísticos, políticos,
etc. Esta leitura não se caracteriza pela simples aplicação de metodologias de leitura
e análise de texto, mas pela atenção aos pressupostos subentendidos do texto, pela
reconstrução de um imaginário oculto que ultrapasse a literalidade.
É através das competências e habilidades que os alunos capacitam-se para
tratar os conteúdos programáticos justificando tomadas de decisões e posições,
produzindo interpretações, transferindo conhecimentos de uma dimensão a outra da
realidade, estabelecendo articulações entre as questões tratadas nas diferentes
áreas do saber e da experiência. Munidos de sistemas de referências e exercitando
os requisitos discursivos, podem aceder ao domínio das representações, isto é, à
elaboração teórica. Possa, assim, deslocar-se da apreensão imediatista da realidade
para uma disposição esclarecida, efeito da criticidade.
Podem ser utilizadas como encaminhamento metodológico as seguintes
atividades:
Leituras;
Elaboração de textos;
Cartazes;
Transparências;
Debates;
155
Histórias em quadrinhos;
Recortes de propaganda;
Charges;
Vídeos/outros recursos fornecidos pela mídia;
Seminários;
Músicas/paródias.
8.8.5 Avaliação
A avaliação para o ensino de Filosofia, não deve se restringir ao mero
cumprimento da exigência legais,para mensuração de notas.A avaliação de estar
inserida no contexto da própria aula de Filosofia e suas especificidades.Pois a
disciplina de Filosofia tem em seus conteúdos elementos mediadores fundamentais
para que possam desenvolver o caráter especifico do ensino através de avaliações
que sejam de caráter problematizador,investiagador e que criem conceitos levando o
educando para uma avaliação sua e não somente do professor.Para tanto, não
hesita em formulá-la oralmente e por escrito, e, retoma-se o enunciado para dissecá-
lo friamente sem idéias pessoais, comparando as duas opiniões do filosofar e da
filosofia.
A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica, isto é, ela não
possui uma finalidade em sim mesma, mas tem por função subsidiar e mesmo
redirecionar o curso da ação do processo ensino-aprendizagem, tendo em vista,
garantir a qualidade do processo educacional, que professores estudantes e a
própria instituição de ensino, estão construindo coletivamente. No ensino de
Filosofia, a avaliação não se trata meramente de perceber o quanto o aluno
assimilou o conteúdo presente na história da filosofia, os problemas dos filósofos,
nem tão pouco, sua capacidade de tratar deste ou daquele tema. Portanto, o
pensamento crítico não surge apenas das discussões sobre questões atinentes aos
problemas culturais, históricos e vivenciais, pela simples confrontação de posições
divergentes, nem da reprodução das soluções apresentadas pelo professor.
O professor pode considerar também para avaliação os trabalhos em grupos
realizados em sala de aula e como atividade extraclasse, nas quais os alunos
156
deverão demonstrar intensa atividade de pesquisa e capacidade de expor, por
escrito e de forma clara, as suas idéias.
Os debates orais sobre temas pertinentes aos conteúdos programáticos,
desenvolvidos de forma sistemática, nos quais se procura levar em conta a
participação do aluno, poderá ser outro ponto para avaliação. Enfim, o professor
organizará os instrumentos de avaliação dos conteúdos de Filosofia, procurando
constatar se o aluno reelaborou os conhecimentos adquiridos, avaliando a
capacidade do aluno em reformular questões de maneira organizada e estruturada,
procedendo de forma sistemática, com conteúdos determinados, buscando as raízes
e examinando as diversas dimensões do problema num todo articulado. Através de
exercícios do “estilo reflexivo” nas aulas, nos trabalhos de pesquisas, nas
discussões, nas leituras de textos e comentários escritos, o professor poderá ir
avaliando o grau de inteligibilidade alcançada pelos educandos, no sentido de
diagnosticar as dificuldades e intervir no processo para que possa atingir uma maior
qualidade de reflexão. Neste sentido é possível entender a avaliação como um
processo que se dá no interior da própria aula de Filosofia e não um momento em
separado destinado a avaliar.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Mito e filosofia
Na complexidade do mundo contemporâneo, suas
particularidades e especializações espera-se que o
educando possa compreender, pensar e problematizar
os conteúdos básicos do conteúdo estruturante,
elaborando respostas aos problemas suscitados e
investigados. Desenvolvendo atividades filosóficas com
os conteúdos básicos o qual poderá formular suas
respostas quando tomada posições de forma escrita,
oral,argumentativa.
Teoria do
Conhecimento
Análise e interpretação da origem e linha do tempo
através do estudo e análise dos primeiros filósofos.
Conhecimento da maiêutica através de suas
experiências.
Interpretação e análise através dos mitos. Produção de
157
cartaz e interpretação do mito.
Através de textos e do conhecimento adquirido formula-
se questões argumentativas que possam levar o
educando a uma concepção filosófica.
Ética
Através do conhecimento e moral o educando deverá
desenvolver atividades através dos problemas de seu
cotidiano relacionados a ética, moral, violência e a liberdade
do indivíduo perante a sociedade a qual está inserido.
Aplicando debates e análises.
Filosofia Política
Tendo o conhecimento histórico da política, o educando será
avaliado através do conhecimento adquirido.
Através de uma análise iniciando com Aristóteles até a
utopia de Thomaz Morus, o educando deverá formular
suas respostas quando tomar posições o qual terá
condições de ser construtor de idéias, tendo como base a
liberdade e igualdade política, utilizando-se de ideologias
da estrutura pública e privada na qual inserido.
Filosofia da ciência
Através de uma análise iniciando com Aristóteles até a
utopia de Thomaz Morus, o educando deverá formular
suas respostas quando tomar posições o qual terá
condições de ser construtor de idéias, tendo como base a
liberdade e igualdade política, utilizando-se de ideologias
da estrutura pública e privada na qual inserido.
Estética
Segundo a concepção de estética e beleza, através do
pensar beleza e usando da sensibilidade e imaginação o
educando deve desenvolver e definir beleza.Através de
análise crítica do material inserido em sala de aula dos
conteúdos estruturantes e básicos. Utilizando de forma
criativa e construtiva.
8.8.6. Bibliografia:
158
Arroyo, Miguel G. (2002): Ofício de mestre: imagens e auto-imagens, 6.ª ed., Rio de Janeiro, Editora Vozes. CHAUÍ, M. O retorno teológico-político. In: Sérgio Cardoso (org.). Retorno ao republicanismo. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2004. GALLO, S. ; KOHAN, W. O. (orgs). Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis: Vozes, 2000. LANGON M. Filosofia do ensino de Filosofia. In: Gallo, S.; CORNELLI, G.; DANELLON, M. (org.) Filosofia do ensino de Filosofia. Petrópolis: Vozes, 2003. ROHAUT-AROBDEL MADELEINE Exercícios filosóficos.Tradução Paulo Neves, Edit.Martins Fontes,São Paulo: 2007. RANCIÈRE, J. A partilha do sensível. Estética e política. Tradução de Mônica Costa Netto. São Paulo: EXO experimental org.; Ed. 34, 2005. Rosa, Sanny S. da (2000): Construtivismo e mudança, São Paulo, Cortez Editora. RUSSEL, B. Os problemas da Filosofia. Tradução António Sérgio. Coimbra: Almedina, 2001. SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná: Filosofia do Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2009. Severino, Antônio Joaquim (2001): «Identidade e tarefas da filosofia da educação», in Educação, sujeito e história, São Paulo, Olho D‟água.
159
8.9. FÍSICA
8.9.1. Apresentação da disciplina
O ensino da física requer uma identificação com as teorias cognitivas de
aprendizagem, como forma de discutir os mecanismos que favorecem a
compreensão dos conceitos e fenômenos físicos, e tem como objeto de estudo o
Universo em toda sua complexidade e, por isso, como disciplina escolar, propõe aos
estudantes o estudo da natureza, entendida, segundo Menezes (2005), como
realidade material sensível.
O aluno deverá compreender e fazer uso da ciência como elemento de
interpretação e intervenção, e a tecnologia como conhecimento sistemático de
sentido prático, fazendo com que perceba a importância da física na sua vida. É
essencial despertar o interesse do educando.
Precisamos ficar atentos às mudanças ao nosso redor e mostrar ao aluno
que o estudo da física e importante no Ensino Médio. Nesse mundo globalizado é
necessário que o aluno saiba conhecer fontes e formas de obter informações
relevantes, sabendo interpretar notícias científicas, e ter conhecimento da teoria e
saber aplicá-la para explicar os fenômenos no dia-a-dia. Isso torna mais agradável
seu estudo, sem fugir do rigor cientifico, relacionando com outras ciências (biologia,
química, historia, geografia, outras).
A aprendizagem da física torna-se indispensável, pois a cada dia que passa, a
ciência avança de forma acelerada. Percebe então a importância dessa disciplina
nas escolas, atentando para o contínuo avanço tecnológico do mundo em que
vivemos, sendo importante na formação de cidadãos, em sua vida profissional e
social.
Segundo Sacristán fala de impressões que,
tal como imagens, trazem à mente o conceito de currículo”. Em algumas dessas impressões, a idéia de que o currículo é construído para ter efeitos sobre as pessoas fica reduzida ao seu caráter estrutural prescritivo. Nelas, parece não haver destaque para a discussão sobre como se dá, historicamente, a seleção do conhecimento, sobre a maneira como esse conhecimento se organiza e se relaciona na estrutura curricular e, conseqüência disso, o modo como as pessoas poderão compreender o mundo e atuar nele.
160
[...] o currículo como conjunto de conhecimentos ou matérias a serem superadas pelo aluno dentro de um ciclo – nível educativo ou modalidade de ensino é a acepção mais clássica e desenvolvida; o currículo como programa de atividades planejadas, devidamente sequencializadas, ordenadas metodologicamente tal como se mostram num manual ou num guia do professor; o currículo, também foi entendido, às vezes, como resultados pretendidos de aprendizagem; o currículo como concretização do plano reprodutor para a escola de determinada sociedade, contendo conhecimentos, valores e atitudes; o currículo como experiência recriada nos alunos por meio da qual podem desenvolver-se; o currículo como tarefa e habilidade a serem dominadas como é o caso da formação profissional; o currículo como programa que proporciona conteúdos e valores para que os alunos melhorem a sociedade em relação à reconstrução social da mesma. (SACRISTAN, 2000, p. 14)
A contextualização significa aproveitar o máximo as relações entre os
conteúdos abordados e o contexto pessoal ou social do aluno, de modo que aquilo
que esta aprendendo tenha significado efetivo para ele. Assim, o aluno desenvolve a
a capacidade de relacionar o aprendido com o observado e a teoria envolvida com
as suas conseqüências e aplicações praticas.
A interdisciplinaridade propõe que os conteúdos e as situações de
aprendizagem sejam trabalhados de modo a destacar as múltiplas interações com
as varias disciplinas do currículo, superando, na medida do possível, a separação
entre elas. Algumas disciplinas como a física e a matemática, por exemplo, têm
muitas afinidades e pontos comuns, portanto os professores dessas disciplinas
podem aplicar, estudos de investigação, visando o desenvolvimento do aluno ( ou
mais) disciplinas, as ciências naturais física, química e Biologia – trocam
informações entre si usando a linguagem matemática
8.9.2. Conteúdos
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Movimento
Momentum e inércia
Conservação de
quantidade de
movimento
(momentum)
Variação da quantidade
A física (histórico , científico,
tecnológico, econômico e
social). Os fenômenos físicos.
As divisões da física. As
grandezas físicas.
Cinemática escalar e vetorial.
161
de
movimento = Impulso
2ª Lei de Newton
3ª Lei de Newton e
condições de equilíbrio
Energia e o Princípio
da Conservação da
energia
Gravitação
Movimentos verticais.
Movimentos compostos.
Leis de Newton.
Força de atrito e componentes
da força resultante..
Potência de uma força
Impulso e quantidade de
movimento.
Colisões
Iniciação á hidrostática.
Teorema de Stevin
(implicações).
Teorema de Pascal.
Teorema de Arquimedes.
Conceito de calor e temperatura
Termometria
Dilatação nos sólidos e líquido
Principio das trocas de calor
Fases da matéria
Mudança de fase
Transmissão de calor
Condução térmica
Convecção térmica
Radiação térmica
Leis da Termodinâmica
Energia Interna
Trabalho de um gás
Ondas
Propagação de energia através
de ondas
Classificação das ondas
Estudo matemático de ondas
Termodinâmica
Leis da
Termodinâmica:
Lei zero da
Termodinâmica
1ª Lei da
Termodinâmica
2ª Lei da
Termodinâmica
Eletromagnetismo
Carga, corrente
elétrica,
campo e ondas
eletromagnéticas
Força eletromagnética
Equações de Maxwell:
Lei de Gauss para
eletrostática/Lei de
162
Coulomb, Lei de
Ampère, Lei de Gauss
magnética, Lei de
Faraday
A natureza da luz e
suas propriedades
Elementos da onda
Fenômenos ondulatórios
Reflexão, propriedades
Refração, propriedades
Interferência, propriedades
Difração
Ressonância
Polarização
Óptica
A luz
Classificação dos meios
Propagação retilínea da luz
Reflexão e refração da luz
Espelhos planos
Leis da reflexão
Equações dos espelhos
esféricos
Formação de imagens
Lentes
A carga elétrica
Um pouco da historia da
eletricidade
Força eletrostática
Lei de Coulomb
Representação gráfica da lei de
Coulomb
Potencial elétrico
Energia potencial
Corrente elétrica
Condutores e isolantes
Resistores e Lei de Ohm
Resistor e resistência
163
Receptores elétricos
Potencia e energia elétrica
Potencia dissipada no resistor
O campo magnético
A energia no Brasil
Medindo a energia utilizada
Economia de energia ( Petróleo
e seus derivados, eletricidade)
Fontes Alternativas de energia
A energia solar
Força magnética
Fontes de campo magnético
Indução eletromagnética
Lei de Faraday
Lei de Lenz
Supercondutores e magnetismo
Física Moderna
A teoria da Relatividade
Mecânica Quântica
Partículas elementares
8.9.3. Metodologia
Os conteúdos previstos para o desenvolvimento da disciplina serão
apresentados em forma de aulas expositivas, usando diferentes linguagens: verbal,
física, gráfica e corporal e trabalhos em grupos e individuais, em classe e extra-
classe, para estimular o estudante ao conhecimento na sala de aula e tendo a visão
dos fenômenos físicos fora Do âmbito escolar.
A introdução de alguns conteúdos da Física Moderna serão trabalhados com
mídias ( vídeos). Utilizar softwares educativos para o aprimoramento de conceitos
físicos e simulações de alguma situações.
Fazer uso do laboratório para aulas praticas visando o conhecimento obtido
164
em sala de aula e TV pendrive.
8.9.4. Avaliação
A avaliação é um instrumento fundamental no processo ensino aprendizagem
que oferece informações ao professor e a equipe pedagógica analisarem os
resultados de seu trabalho e para o estudante analisar seu desempenho, visando o
seu crescimento.
É importante ressaltar que a avaliação se concretiza de acordo com o que se
estabelece nos documentos escolares como o Projeto Político Pedagógico e, mais
especificamente, a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de Trabalho Docente,
documentos necessariamente fundamentados nas Diretrizes Curriculares.
Durante o decorrer dos trimestres serão avaliados, dependendo do conteúdo,
alguns aspectos como:
Avaliação escrita individual sem consulta
Trabalho escrito com resolução em casa
Pesquisa
Lista avaliativa
Avaliação com consulta no caderno
Recuperação de estudos quando se fizer necessário, com retomada dos
conteúdos defasados.
8.9.5. Referências
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Física. Paraná: 2008.
165
8.10. GEOGRAFIA
8.10.1. Apresentação da Disciplina
Não basta explicar o mundo, é preciso compreendê-lo e participar do
processo evolutivo no qual estamos inseridos. Assim a Geografia assume um papel
político significativo na formação do cidadão.
A busca da vivência do educando com os lugares, de modo que possam
construir concepções novas e mais complexas a seu respeito, faz parte da
abordagem geográfica atual, visando, desse modo, ao desenvolvimento da
capacidade de refletir sobre diferentes aspectos da realidade, compreendendo a
relação homem / natureza.
A Geografia, portanto, permite aos alunos compreender o significado da vida
em sociedade: cada cidadão ao conhecer as características sociais, culturais do
lugar onde vive, bem como as de outros lugares, pode comparar, explicar,
compreender e espacializar as múltiplas relações que diferentes sociedades, em
épocas variadas, estabeleceram e estabelecem com a natureza na construção do
espaço geográfico.
Desde os tempos mais remotos, na Pré História, o homem necessitava de
conhecimentos geográficos em termos de localização para garantir sua
sobrevivência. Com a evolução das sociedades e o avanço do capitalismo a partir da
Idade Moderna, a Geografia passa a ter um papel ainda mais importante no sentido
de denunciar as explorações irracionais dos recursos naturais no espaço geográfico
e também apontar as possíveis soluções para os problemas. Existe hoje, a
necessidade de mudanças nos paradigmas conceituais e teóricos, estabelecendo
críticas contundentes a maneira como a produção do espaço geográfico é tratado
pelas vertentes tradicionais e críticas.
O estudo da Geografia deve contribuir para que o aluno desenvolva uma
leitura crítica do mundo atual. A proposta é que o aluno seja preparado para a leitura
da dinâmica do espaço geográfico, considerando as relações de classe e a atuação
do homem na transformação do espaço, e as diferentes escalas geográficas.
166
“ Cabe à Geografia preparar os alunos para uma leitura crítica da produção
social do espaço, negando a “naturalidade” dos fenômenos que imprimem
passividade aos indivíduos” (CASSETI, 2002).
O Objeto de estudo da Geografia é o ESPAÇO GEOGRÁFICO. O espaço
geográfico construído e transformado pelos seres humanos. Ele contém elementos
“naturais” (rios, planaltos, planícies etc) e artificiais (casas, avenidas, pontes, etc). Ao
pensarmos no espaço geográfico estamos pensando nos elementos e aspectos que
existem nas paisagens, mas também nas diversas ações que as pessoas realizam
sobre a natureza. Essas ações correspondem aos vários tipos de atividades
humanas: trabalho, estudo, lazer. Envolvem, portanto, relações econômicas, sociais
e políticas. Trata-se de algo bastante dinâmico, que está em constante mudança
com o passar do tempo e que se diferencia nas diversas sociedades, pois o Espaço
geográfico é reflexo da sociedade que o constrói.
De acordo com as DCEs página 260, 2008 imput (SILVA, 1995) o Espaço
geográfico é entendido como interdependente do sujeito que o constrói. Trata-se de
uma abordagem que não nega o sujeito do conhecimento nem supervaloriza o
objeto, mas antes, estabelece uma relação entre eles, entendendo-os como dois
polos no processo do conhecimento. Assim o sujeito torna-se presente no discurso
geográfico.
8.10.2. Objetivos Gerais
Analisar criticamente as transformações do espaço geográfico
compreendendo as dimensões econômica, política, cultural, demográfica e
socioambiental.
Analisar as transformações do espaço geográfico e suas implicações para
a vida humana, compreendendo as relações entre os diferentes espaços e
as populações que neles atuam.
Analisar as transformações do espaço geográfico brasileiro e suas
implicações para a vida humana, compreendendo as relações de
produção.
Analisar a reorganização do espaço geográfico no contexto da
mundialização do capital, percebendo a redefinição do papel do Estado e
as implicações desses processos na vida das pessoas.
167
8.10.3. Conteúdos
5ª SÉRIE / 6º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Dimensão
econômica do
espaço geográfico
Formação e transformação das
paisagens naturais e culturais.
Dinâmica da natureza e sua
alteração pelo emprego de
tecnologias de exploração e
produção.
A formação, localização,
exploração e utilização dos
recursos naturais.
A distribuição espacial das
atividades produtivas e a
(reorganziação do espaço
geográfico.)
As relações campo e cidade na
sociedade capitalista.
Os setores da economia;
Sistemas de circulação de
mercadorias, pessoas,
capitais e informações;
Sistema de produção
industrial;
Agroindústria;
O espaço geográfico;
Sociedade e natureza
Cartografia
Dimensão política
do espaço
geográfico
As diversas regionalizações do
espaço geográfico
Lugar, paisagem e espaço
geográfico;
Trabalho, técnica e
transformação do espaço.
Dimensão cultural
A transformação demográfica,
a distribuição espacial e os
indicadores estatísticos da
população.
A mobilidade populacional e as
manifestações sociespaciais
da diversidade cultural.
Fatores e tipo de migração e
imigração e suas influências
no espaço geográfico.
168
Dimensão
socioambiental do
espaço geográfico.
Dinâmica da natureza e sua
alteração pelo emprego de
tecnologias de exploração e
produção.
A natureza, seus recursos e
problemas ambientais:
Produtos e matérias primas;
Recursos materiais
renováveis e não renováveis;
Desenvolvimento sustentável
As eras geológicas;
Os movimentos da Terra no
Universo e suas influências
(Rotação e Translação)
As rochas e minerais;
Classificação, fenômenos
atmosféricos e mudanças
climáticas;
Rios e bacias hidrográficas;
Sistemas de energia;
Circulação e poluição
atmosférica;
Desmatamento;
Chuva ácida;
Buraco na Camada de
Ozônio;
Efeito Estufa (Aquecimento
Global);
Ocupação de áreas
irregulares;
6ª SÉRIE / 7º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
169
Dimensão
econômica do
espaço geográfico.
A formação, mobilidade das
fronteiras e a reconfiguração
do território brasileiro.
O espaço rural e a
modernização da agricultura.
A formação, o crescimento das
cidades a dinâmica dos
espaços urbanos e a
urbanização.
A distribuição espacial das
atividades produtivas, a
(re)organização do espaço
geográfico.
A circulação de mão-de-obra,
das mercadorias e das
informações.
Economia e desigualdade
social;
O desenvolvimento
econômico e industrial no
Centro-Sul;
Uma grande e diversificada
agropecuária no Centro-Sul;
Nordeste, uma região em
transformação;
Ocupação recente da
Amazônia.
Dimensão política
do espaço
geográfico
As diversas formas de
regionalizações do espaço
brasileiro.
Estado, nação e território;
Biopirataria;
Movimentos sociais;
O território brasileiro;
As regiões brasileiras;
Dimensão cultural e
demográfica do
espaço geográfico.
As manifestações
sócioespaciais e os
indicadores estatísticos da
população.
Movimentos migratórios e suas
motivações.
O êxodo-rural;
Urbanização e favelização;
População Brasileira;
Meio ambiente e
desenvolvimento;
Movimentos sociais.
Dimensão sócio
ambiental do
espaço geográfico.
A dimânica da natureza e sua
alteração pelo emprego de
tecnologias de exploração e
produção.
O Meio ambiente rural e
urbano;
Desigualdade social e
problemas ambientais;
A intensa transformação das
170
paisagens e a degradação
ambiental no Centro-Sul;
Amazônia o domínio da
floresta;Amazônia o domínio
da floresta;O fenômeno da
seca no Sertão;
A exploração sustentável da
floresta Amazônica;
As grandes paisagens
naturais do Brasil.
7ª SÉRIE / 8º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Dimensão
econômica do
espaço geográfico.
O comércio e suas implicações
socioespaciais.
A circulação da mão-de-obra,
do capital, das mercadorias e
das informações.
A distribuição espacial das
atividades produtivas, a
(re)organização do espaço
geográfico.
As relações entre o campo e a
cidade na sociedade
capitalista.
Globalização;
Dependência tecnológica;
O Trabalho e a
Transformação da natureza e
do espaço geográfico;
Acordos e blocos
econômicos.
Dimensão política
do espaço
As diversas regionalizações do
espaço geográfico.
A formação, mobilidade das
fronteiras e a reconfiguração
A regionalização do espaço
geográfico mundial;
Organismos internacionais;
Narcotráfico;
171
geográfico dos territórios do continente
americano.
A nova ordem mundial, os
territórios supranacionais e o
papel do Estado.
O Espaço rural e a
modernização da agricultura.
Formação dos Estados
Nacionais;
Desigualdades dos países
Norte X Sul.
Dimensão cultural e
demográfica do
espaço geográfico
A transformação demográfica,
a distribuição espacial e os
indicadores estatísticos da
população.
Os movimentos migratórios e
suas motivações.
As manifestações
socioespaciais da diversidade
cultural.
Consumo e consumismo;
Condições de vida no mundo
subdesenvolvido;
O drama da fome no mundo
subdesenvolvido;
A qualidade de vida no
mundo desenvolvido;
Movimentos sociais;
Fatores de imigração e
migração e suas influências
no espaço geográfico.
Dimensão sócio
ambiental do
espaço geográfico.
Formação, Localização,
exploração e utilização dos
recursos naturais.
Origem e distribuição dos
continentes e oceanos na
superfície da Terra;
Os movimentos da crosta
terrestre e as áreas de
instabilidade tectônica;
A dinâmica natural na
formação das paisagens;
As grandes paisagens
naturais da Terra;
A transformação das
paisagens naturais;
Consumo e questão
ambiental.
172
8ª SÉRIE / 9º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Dimensão
econômica do
espaço geográfico.
A revolução tecno-científico-
informacional e os novos
arranjos no espaço da
produção.
O comércio mundial e as
implicações socioespaciais.
A distribuição espacial das
atividades produtivas, a
(re)organização do espaço
geográfico.
O espaço em rede: produção,
transporte e comunicação na
atual configuração territorial.
A revolução tecnológica e a
formação do espaço global;
A dinâmica do espaço Global
(expansão das
multinacionais, fluxos e
redes);
Acordos e blocos
econômicos.
Dimensão política
do espaço
geográfico
As diversas regionalizações do
espaço geográfico.
A nova ordem mundial, os
territórios supranacionais e o
papel do Estado.
A formação, mobilidade das
fronteiras e a reconfiguração
dos territórios.
Blocos econômicos;
Globalização:
desenvolvimento e
subdesenvolvimento;
Guerra Fria;
Conflitos Mundiais;
Políticas Ambientais;
Órgãos Internacionais;
Neoliberalismo;
Terrorismo;
Território e fronteiras no
mundo atual.
As manifestações
socioespaciais da diversidade
Fluxos populacionais: o caso
das migrações internacionais;
173
Dimensão cultural e
demográfica do
espaço geográfico.
cultural.
Históricos das imigrações;
Estrutura Etária;
Formações e conflitos étnicos
religiosos e raciais;
Movimentos sociais;
Meios de comunicação;
Estudo de gênero: masculino
e feminino, entre outros;
Globalização: desigualdade e
exclusão social;
Dimensão sócio
ambiental do
espaço geográfico.
A dinâmica da natureza e sua
alteração pelo emprego de
tecnologias de exploração e
produção.
Meio ambiente e problemática
ecológica;
Movimentos ambientalistas;
Desenvolvimento Sustentável
1ª SÉRIE
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Dimensão
econômica do
espaço geográfico
Formação e transformação das
paisagens.
Dinâmica da natureza e sua
alteração pelo emprego de
tecnologias de exploração e
produção
A distribuição espacial das
atividades produtivas, a
transformação da paisagem, a
(re)organização do espaço
geográfico.
O Espaço Geográfico.
Cartografia (localização e
orientação);
Nova ordem mundial, os
territórios supranacionais e o
Noções de fronteira e
territorialidade
174
Dimensão política
do espaço
geográfico
papel do Estado.
Formação, mobilidade das
fronteiras e a reconfiguração
dos territórios
As diversas regionalizações do
espaço geográfico.
As implicações socioespaciais
do processo de mundialização.
Conceito de Geografia:
objetos e objetivos;
Dimensão cultural e
demográfica do
espaço geográfico.
A formação e transformação
das paisagens.
Ação antrópica nas
paisagens terrestres.
Dimensão sócio
ambiental do
espaço geográfico
A formação, localização e
exploração dos recursos
naturais.
A dinâmica da natureza e sua
alteração pelo emprego de
tecnologias de exploração e
produção.
A revolução técnico-científica-
informacional e os novos
arranjos no espaço da
produção;
Origem do universo e
formação da Terra;
Geologia: estrutura, origem e
processos de formação da
litosfera;
Relevo: estrutura e processos
de formação;
Hidrosfera: conceitos básicos;
Águas continentais e águas
oceânicas;
Uso e disponibilidade da
água;
Atmosfera;
Clima: fatores de formação,
tipologia climática;
Vegetação;
Os grandes domínios
morfoclimáticos;
Os biomas brasileiros;
2ª SÉRIE
175
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Dimensão
econômica do
espaço geográfico.
A formação, localização e
exploração dos recursos
naturais.
O espaço rural e a
modernização da agricultura.
As relações entre o campo e a
cidade na sociedade
capitalista.
A circulação de mão-de-obra,
do capital, das mercadorias e
das informações.
Atividades econômicas;
Extrativismo: conceito e tipos;
Pecuária: conceitos e tipos;
Agricultura: conceitos e
sistemas agrícolas;
Indústria: conceitos e tipos
Fatores de instalação das
indústrias;
Indústria no Brasil;
Fontes de energia.
Dimensão política
do espaço
geográfico
Os movimentos sociais,
urbanos e rurais, e a
apropriação do espaço.
Reforma Agrária;
Dimensão cultural e
demográfica do
espaço geográfico
A evolução demográfica, a
distribuição espacial da
população e os indicadores
estatísticos.
Os movimentos migratórios e
suas motivações.
A mobilidade populacional e as
manifestações socioespaciais
da diversidade cultural.
Teorias demográficas;
Características da população:
geral e do Brasil;
Pirâmide etária;
Características das pirâmides
etárias nos países ricos e
pobres;
Migrações e movimentos
populacionais;
Migrações no Brasil;
Dimensão sócio
ambiental do
espaço geográfico.
Formação e transformação das
paisagens.
A dinâmica da natureza e sua
alteração pelo emprego de
tecnologias de exploração e
produção.
Erosão e conservação do
solo;
176
3ª SÉRIE
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Dimensão
econômica do
espaço geográfico.
O espaço em rede: produção,
transporte e comunicação na
atual configuração territorial.
O comércio e as implicações
socioespaciais.
Comércio;
Meios de transporte;
Cidade;
Dimensão política
do espaço
geográfico
As implicações socioespaciais
do processo de mundialização.
Formação, mobilidade das
fronteiras e a reconfiguração
dos territórios.
Globalização;
Conseqüências da
Globalização;
O Brasil no contexto da
globalização.
Dimensão cultural e
demográfica do
espaço geográfico.
A formação e o crescimento
das cidades, a dinâmica dos
espaços urbanos e a
urbanização recente.
Evolução urbana;
Dimensão sócio
ambiental do
espaço geográfico.
A dinâmica da natureza e sua
alteração pelo emprego de
tecnologias de exploração e
produção.
A formação, localização e
exploração dos recursos
naturais.
Problemas urbanos;
Poluição: conceitos e tipos;
Problemas ambientais
globais;
El Niño e La Niña
Efeito estufa;
Destruição da Camada de
ozônio;
Chuva ácida;
Inversão térmica;
Os acordos internacionais
para a preservação do meio
177
ambiente.
8.10.4. Metodologia
Os conteúdos específicos serão trabalhados de uma forma crítica e dinâmica,
interligando a teoria e prática a realidade, mantendo uma coerência dos
fundamentos teóricos propostos, utilizando a cartografia como ferramenta essencial,
possibilitando assim transitar em diferentes escalas espaciais, ou seja, do local para
o global e vice-versa.
De acordo com as DCEs (página 283, 2008), a metodologia do ensino da
Geografia, deve permitir que os alunos se apropriem dos conceitos fundamentais da
Geografia e compreendam o processo de produção e transformação do espaço
geográfico. Para isso, os conteúdos da Geografia devem ser trabalhados de forma
crítica e dinâmica, interligados com a realidade próxima e distante dos alunos, em
coerência com os fundamentos teóricos propostos pelas DCEs.
Não há separação do ponto de vista metodológico entre os conteúdos, pois
existe uma relação entre os mesmos já que as transformações no espaço são
concebidas pela ação do homem em um determinado momento histórico. Dessa
maneira torna-se fundamental a utilização de materiais didáticos sem adotar uma
linearidade de conteúdos ou alimentando a dicotomia sociedade-natureza.
Dentro da prática pedagógica apresentada, visualizar o educando como
agente participativo, com diferentes potencialidades a serem desenvolvidas. A
Geografia é uma ciência ligada à vida, ao nosso espaço de vivência. Nesse contexto
o educando participa desenvolvendo a construção de seus conhecimento, realizando
pesquisas, contextualizando a realidade, produzindo textos, debates, participando de
seminários, entrevistas, aula de campo, desenvolvendo projetos e desenvolvendo
técnicas de efetivação da aprendizagem como: painéis, mapas, maquetes, jogos,
dramatizações, correspondências, análise de materiais periódicos, análise de
gráficos, tabelas e imagens.
Os conteúdos devem ser abordados de forma contextualizada aliando
exemplos práticos do cotidiano com o conhecimento vivenciado pelo aluno.
178
No ensino de Geografia, o professor deve utilizar todos as ferramentas
necessárias, como: computador, internet, vídeo, jornal, revistas, etc. É importante
também diversificar as atividades e proporcionar o diálogo entre os alunos e o
professor.
Outra metodologia valiosa para o estudo do espaço geográfico, são as aulas
de campo. A realização de saídas de campo permite que o aluno estabeleça um
vínculo entre o conteúdo trabalhado em sala de aula e o conhecimento dos
processos geográficos visualizados na prática. Para que uma visita ou estudo de
campo seja proveitoso, o professor deve organizar a observação sistemática do
lugar visitado com os alunos, realizando a descrição, seleção e ordenação das
informações ora obtidas e o registro final destas impressões sob forma de croquis,
maquetes, desenhos, figuras, debates, pôster, gráficos, etc.
Pode-se também fazer uso de imagens não animadas (pôster, slides, cartões
postais, fotografias) e de filmes como importantes ferramentas metodológicas, desde
que o professor leve em consideração o tipo de clientela atingida, o conteúdo a ser
trabalhado e também a abordagem do tema.
Por fim, o uso da cartografia nas aulas de Geografia também deve ser
encarado como um importante recurso metodológico no sentido de possibilitar a
espacialização do conteúdo trabalhado em sala de aula, possibilitando ao aluno uma
melhor visualização dos aspectos inerentes a produção do espaço geográfico.
8.10.5. Avaliação
De acordo com as DCEs (página 293, 2008), a avaliação em Geografia deve
ser mais do que a definição de uma nota ou de um conceito. Desse modo, as
atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo devem possibilitar ao aluno a
apropriação dos conteúdos e posicionamento crítico frente aos diferentes contextos
sociais.
A avaliação deve ser compreendida como elemento integrador entre a
aprendizagem e o ensino, o que envolve múltiplos aspectos:
O ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno
aprenda da melhor forma;
A obtenção de informação sobre os temas de conhecimentos;
179
A reflexão contínua do educador sobre sua prática educativa.
A conscientização dos avanços dificuldades e possibilidades.
A avaliação, portanto, ocorrerá durante todo o processo ensino-
aprendizagem, desde o planejamento das atividades por parte do educador até a
etapa final de retorno dado pelo educando. Buscando obter o máximo de
informações em relação aos processos de aprendizagem, é necessário considerar a
importância de uma diversidade de instrumentos e situações para possibilitar tanto a
avaliação das diferentes capacidades e os variados conteúdos curriculares em
questão, como o contraste de dados obtidos e a observação da transferência da
aprendizagem, em contextos múltiplos.
Sendo assim, faz-se necessário a utilização de diferentes práticas
pedagógicas, tais como: leitura, interpretações de mapas, gráficos, tabelas, fotos,
imagens, produção de textos geográficos, aula de campo, apresentações de
seminários e construções de maquetes.
Os principais critérios de avaliação em Geografia: a formação dos conceitos
geográficos básicos e entendimento das relações socioespaciais nas diversas
escalas geográficas.
Ao longo do ano, dentro de cada conteúdo estruturante, serão avaliados os
seguintes critérios:
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Dimensão econômica
do espaço geográfico
Reconheça o processo de formação e transformação das
paisagens geográficas.
Entenda que o espaço geográfico é composto pela
materialidade (natural e técnica) e pelas ações sociais,
econômicas, culturais e políticas.
Identifique as formas de apropriação da natureza, a partir
do trabalho e suas consequências econômicas,
socioambientais e políticas.
Entenda o processo de transformação de recursos
naturais em fontes de energia.
180
Identifique relações existentes entre o espaço urbano e
rural: questões econômicas, ambientais, políticas,
culturais, movimentos demográficos, atividades
produtivas.
Entenda o processo de formação das fronteiras agrícolas
e a apropriação do território.
Entenda o espaço brasileiro dentro de um contexto
mundial, compreendendo suas relações econômicas,
culturais e políticas com outros países.
Verifique o aproveitamento econômico das bacias
hidrográficas e do relevo.
Estabeleça relações entre a estrutura fundiária e os
movimentos sociais no campo.
Entenda o processo de transformação das paisagens
brasileiras, levando em consideração as formas de
ocupação, as atividades econômicas desenvolvidas, a
dinâmica populacional e a diversidade cultural.
Estabeleça relação entre o uso de tecnologias nas
diferentes atividades econômicas e as consequêntes
mudanças nas relações sócio-espaciais e ambientais.
Reconheça a configuração do espaço de circulação de
mão-de-obra, mercadorias e sua relação com os espaços
produtivos brasileiros.
Reconheça a constituição de blocos econômicos,
considerando a influencia política e econômica na
regionalização do continente americano.
Identifique as diferentes paisagens e compreenda sua
exploração econômica no continente Americano.
Reconheça a importância da rede de transporte,
comunicação e circulação das mercadorias, pessoas e
informações na economia regional.
Compreenda as inovações tecnológicas, sua relação com
as atividades produtivas industriais e agrícolas e suas
181
consequências ambientais e sócias.
Entenda o processo de industrialização e a produção
agropecuária em relação com a apropriação dos recursos
naturais.
Reconheça a constituição de blocos econômicos,
considerando a influencia política e econômica na
regionalização mundial.
Compreenda a atual configuração do espaço geográfico
mundial em suas implicações sociais, econômicas e
políticas.
Compreenda que os espaços estão inseridos numa
ordem econômica e política global, mas também
apresentam particularidades.
Entenda a importância econômica, política e cultural do
comércio mundial.
Identifique as organizações socioespaciais na atuação
das organizações econômicas internacionais.
Relacione o desenvolvimento das inovações
tecnológicas nas atividades produtivas.
Dimensão política do
espaço geográfico
Forme e signifique os conceitos de paisagem, lugar,
região, território natureza e sociedade.
Reconheça as diferentes formas de regionalização do
espaço geográfico.
Aproprie-se dos conceitos de paisagem, lugar, região,
território natureza e sociedade.
Identifique o processo de formação do território brasileiro
e as diferentes formas de regionalização do espaço
geográfico.
Identifique a configuração socioespacial da América por
meio de leitura dos mapas, gráficos, tabelas e imagens.
Diferencie as formas de regionalização da América nos
diversos critérios adotados.
182
Compreenda a formação dos territórios e a
reconfiguração das fronteiras do continente americano.
Identifique a configuração mundial por meio de leitura dos
mapas, gráficos, tabelas e imagens.
Compreenda a atual configuração do espaço geográfico
mundial em suas implicações sociais, econômicas e
políticas.
Compreenda que os espaços estão inseridos numa
ordem econômica e política global, mas também
apresentam particularidades.
Entenda a importância econômica, política e cultural do
comércio mundial.
Identifique os conflitos étnicos e separatistas e suas
consequências no espaço geográfico.
Reconheça a reconfiguração de fronteiras e a formação
de novos territórios nacionais.
Dimensão cultural e
demográfica do espaço
geográfico
Entenda a transformação e a distribuição espacial da
população, como resultados de fatores históricos,
naturais e econômicos.
Entenda o significado dos indicadores demográficos
refletindo a organização espacial.
Identifique as manifestações espaciais dos diferentes
grupos culturais.
Identifique a diversidade regional e cultural construída por
diferentes povos.
Compreenda o processo de crescimento da população e
sua mobilidade pelo território.
Relacione as migrações e a ocupação do território
brasileiro.
Compreenda como a industrialização influenciou o
processo de urbanização brasileira.
Compreenda os fatores que influenciaram na mobilidade
183
da população e sua distribuição espacial.
Reconheça as configurações espaciais dos diferentes
grupos étnicos americanos em suas manifestações
culturais e em seus conflitos étnicos
Relacione as diferentes formas de apropriação espacial
com a diversidade cultural.
Compreenda como ocorreram os problemas sociais e as
mudanças demográficas geradas no processo de
industrialização.
Identifique a estrutura da população mundial e relacione
com as políticas demográficas adotadas nos diferentes
espaços.
Reconheça as motivações dos fluxos migratórios
mundiais.
Dimensão
socioambiental do
espaço geográfico
Localize-se e oriente-se no espaço geográfico através da
leitura cartográfica,
Entenda o processo de transformação dos recursos
naturais em fontes de energia.
Identifique áreas de proteção ambiental e sua importância
para a preservação dos recursos naturais.
Entenda como a industrialização acelerou a exploração
dos elementos da natureza e trouxe consequências
ambientais.
Estabeleça relações entre o uso de tecnologias nas
diferentes atividades econômicas e as consequêntes
mudanças nas relações sócio-espaciais e ambientais.
Compreender a formação, localização e a importância
estratégica dos recursos naturais para a sociedade
contemporânea.
Relacione as questões ambientais com a utilização dos
recursos naturais no mundo e no continente americano.
Entenda as consequências ambientais geradas pelas
atividades produtivas.
184
Analise as transformações na dinâmica da natureza
decorrentes do emprego de tecnologias de exploração e
produção.
8.10.6. Referências
ANDRADE, Manoel Correia de. Uma geografia para o século XXI. Papirus. Campinas: 1994.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ Diretriz Curricular de Geografia. Curitiba: SEED, 2008.
MOREIRA, Rui. O que é geografia? Brasiliense. São Paulo: 1985.
RUA, João e outros. Para ensinar a geografia: Contribuição para o trabalho de 1º e 2º graus. Acess. Rio de Janeiro: 1993.
185
8.11. HISTÓRIA
8.11.1. Apresentação da Disciplina
A concepção de história pressupõe entender de modo crítico os princípios
que possibilitam a construção da História como ciência.
Entende-se que a história é produto da prática concreta do homem, esse
princípio norteia o estudo da sociedade no tempo e no espaço, pela compreensão
de que essas sociedades têm de original e comum um com os outros, ao mesmo
tempo e em tempos diferentes. Os homens estabelecem relações sociais,
organizando-se de modo diferente no tempo e espaço. Em cada sociedade existem
diferentes classes e grupos que se organizam e expressam-se de diferentes formas.
O ensino da disciplina de História tem como objetivos suscitar reflexões a
respeito dos aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais, visando a produção
do conhecimento histórico, o entendimento da produção historiográficas,
permanências, mudanças e rupturas que envolveram a história, e analisar as
pessoas comuns como sujeitos da história. Sua importância se refere à construção
do conhecimento enquanto crítica social, e na construção de identidade de classe,
gênero, etnia, religiosidade, assim como para a construção de uma sociedade mais
justa, humanitária e solidária.
Assim, ressalta-se a importância de levar o aluno a assimilar a História
como produto da ação de todos os homens, que se caracteriza por meio de sua
produção através dos tempos, onde os homens transformam a realidade de acordo
com suas necessidades e, nesse processo, criam meios para satisfaze-los.
Com esse fim, sugere-se trabalhar a historiografia atualizada, procurando
aproximar o ensino na pesquisa em história, superando o ensino tradicional,
enfatizando o tempo, a memória, as fontes historiográficas, o patrimônio histórico e o
incentivo a pesquisa, visando o desenvolvimento crítico do aluno. Para isso o estudo
da história deve abranger a História do Paraná e a História e Cultura afro-brasileira e
Africana, enfatizando relações étnico-raciais, bem como os desafios
contemporâneos que sejam pertinentes a disciplina.
A disciplina deve propor atividades coletivas, resgatando interesses,
conhecimentos e valores para a formação de um homem, integro, justo, livre,
186
responsável, democrático, solidário, critico, portador de conhecimentos gerais e
específicos. Um ser humano competente para explorar a sua potencialidade. Desta
forma, ele estará
Por fim, segundo a DCE de História (2008), a finalidade do seu ensino é a
formação do pensamento histórico dos alunos por meio da consciência histórica.
Reconhecer as contradições, impasses sociais da atualidade, e analisá-los a partir
de seu contexto histórico, permitem compreender como as relações foram
construídas no processo histórico e como determinam a condição de vida do
conjunto da população.
8.11.2. Objetivos Gerais
O aluno deverá ampliar a compreensão de sua realidade, confrontando -
a, relacionando-a com outras realidades históricas e assim fazer
escolhas e estabelecer critérios para suas ações.
8.11.3. Objetivos Específicos
Estudar os processos históricos relativos as ações e as relações
humanas praticadas no tempo, nem como os sentidos que os sujeitos
deram às mesmas, tendo ou não consciência dessas ações;
Entender as ações dos sujeitos históricos como estruturas sócio
históricas, ou seja, formas de agir, e pensar, de racionar, de representar,
de imaginar, de instituir. Portanto, de se relacionar social, cultural e
politicamente;
Considerar como objetos de estudo as relações dos seres humanos com
os fenômenos naturais – condições geográficas, físicas e biológicas – de
uma determinada época e local.
Configurar uma consciência histórica exemplar, onde o estudante poderá
expressar suas experiências do passado e seus valores;
Compreender a vida social a partir de uma consciência histórica
genética, que enfatiza as permanências e as transformações temporais
dos modelos culturais;
187
Permitir que o aluno elabore conceitos, que permitam pensar
historicamente, superando também a idéia de História como algo dado,
como verdade absoluta;
Identificar a importância da dimensão local na construção do
conhecimento do passado;
Situar acontecimentos históricos e verificar a relação entre os fatos de
dimensão local na construção do conhecimento do passado;
Reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um conhecimento
interdisciplinar;
Compreender que as histórias individuais são partes integrantes de
histórias coletivas;
Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em diversos
tempos e espaços, em suas manifestações culturais, econômicas,
políticas e sociais, reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles,
continuidades e descontinuidades, conflitos e contradições.
8.11.4. Conteúdos
Os conteúdos estruturantes foram definidos como saberes (conhecimentos de
grande amplitude, conceitos ou práticas) que identificam e organizam os campos de
estudos de uma disciplina escolar, constituem-se historicamente e são legitimados
socialmente por isso não são sempre os mesmos.
Como princípio básico para o ensino fundamental é o reconhecimento das
características de seus alunos considerando as diferentes experiências com o
conhecimento sistematizado.
Com os conteúdos estruturantes o enfoque passa a ser a compreensão do
objeto e a organização nos campos de estudo da disciplina de História, a fim de
atender a Proposta Curricular aqui apresentada: Trabalho, Poder e Cultura.
No trabalho, o estudo refere-se aos primeiros passos da organização dos
povos, e a experiência humana no tempo, suas diferentes trajetórias e
desenvolvimentos e primeiros contatos com o trabalho e também relações com o
comércio. Na Idade Média, os senhores feudais fazem com que o trabalhador ou
servo seja obrigado a apenas obedecer e não questionar. O século XIV surge com
muitas descobertas como a chegada do europeu na América, ligados também a
188
cultura, vigorando agora uma concepção de História Critica, onde o cidadão passa a
fazer parte da História como agente transformador.
O poder está sempre permeando as ações do homem no tempo, desde o
momento que surgem as classes, surgem os poderosos e os explorados. O Estado
surge para gerenciar os interesses das Nações, e acaba fazendo um papel não de
gerenciador, mas de opressor nas Nações, e ditador de regras que interessam
apenas ao Estado e não ao cidadão. Essa necessidade de poder cada vez maior,
faz com que a humanidade fique a beira da ruína. O ser humano passa agir em
função de conseguir o poder, sem preocupar-se com os meios, contando que
cheguem ao seu objetivo: Poder.
A Cultura será essencial para que o estudo dos conteúdos estruturantes
sejam bem feitos, pois ela explicará em vários lugares e em tempos diferentes, essa
necessidade do ser humano querer cada vez mais poder. Ao se propor a cultura
com dimensão para estudo da História entende-se essa dimensão em que aquela
que o indivíduo se permite conhecer os conjuntos de significados que os homens
conferiam a sua realidade para explicar o mundo, bem como as culturas locais e a
cultura comum e as culturais que foram desenvolvidas na formação das diferentes
sociedades ao longo do tempo.
5ª SÉRIE / 6º ANO
Os diferentes sujeitos suas culturas suas histórias
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Relações de
trabalho
Relações de
poder
A experiência
humana no
tempo.
Os sujeitos e
suas relações
com o outro no
tempo.
As culturas locais
Produção do conhecimento Histórico
O historiador e a produção do
conhecimento histórico;
Tempo e temporalidade;
Fontes, documentos;
Patrimônio material e imaterial;
Pesquisa.
Articulação da História com outras áreas
189
Relações culturais e acultura
comum.
do conhecimento
Arqueologia, antropologia, paleontologia,
geografia, geologia, sociologia, etnologia,
entre outras.
Humanidade e História:
De onde viemos, quem somos, como
sabemos?
Arqueologia no Brasil:
Lagoa Santa: Luzia (MG);
Serra do Capivari (PI);
Sambaquis (PR);
Surgimento e desenvolvimento da
humanidade e grandes migrações:
Teorias do surgimento do homem na
América;
Mitos e lendas da origem do gomem;
Desconstrução do conceito de pré-história
Povos ágrafos, memória e história oral
Povos indígenas no Brasil e no Paraná
Ameríndios do território brasileira
Kaigang, Guarani, Xetá e Xokleng.
As primeiras civilizações na América:
Olmecas, Mochicas, Tiwanacus, Maias,
Astecas e Incas;
Ameríndios da América do Norte
As primeiras civilizações na África,
Europa e Ásia:
Mesopotâmia, Egito, Nubia e Mali;
Fenícios, Hebreus, gregos e romanos.
Europa Medieval
A chegada dos Europeus na América
(des) encontros de culturas;
Resistência e dominação;
190
Escravização;
Catequese
Península Ibérica nos séculos XIV e XV:
cultura, sociedade e política
Reconquista do território;
Religiões: judaísmo, cristianismo e
islamismo;
Comércio (África, Ásia, América e
Europa).
Formação da sociedade brasileira e
americana:
América portuguesa;
América espanhola;
América franco-inglesa;
Organização político administrativa
(capitanias hereditárias, sesmarias);
Manifestações culturais (sagrado e
profano);
Organização social (família patriarcal e
escravismo);
Escravização de Indígenas e africanos;
Economia (pau-brasil, cana-de-açúcar e
minérios);
Os reinos e sociedades africanas e os
contatos com a Europa:
Songai, Benin, Ifé, Congo, Monomotapa
(Zimbabwe) e outros;
Comércio
Organização político-administrativa;
Manifestações culturais;
Organização social;
Uso de tecnologias: engenho de açúcar, a
batea, construção civil...
191
Diáspora africana.
6ª SÉRIE / 7º ANO
A constituição histórica do mundo rural e urbano e a formação da propriedade em
diferentes tempos e espaços
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Relações de
trabalho
Relações de
poder
Relações culturais
As relações de
propriedade.
A constituição
histórica do
mundo do campo
e do mundo da
cidade.
As relações entre
o campo e a
cidade.
Conflitos e
resistências e
produção cultural
campo/ cidade.
Expansão, consolidação e colonização do
território:
Missões
Bandeiras
Consolidação dos estados nacionais
europeus e a Reforma Pombalina
Reforma e Contrarreforma
Colonização do território “paranaense” –
História do Paraná:
Economia;
Organização social;
Manifestações culturais;
Organização político-administrativa.
Movimentos de contestação:
Quilombos (Campo Largo,PR e BR);
Irmandades: manifestações religiosas-
sincretismo;
Revolta nativistas e Nacionalistas;
192
Inconfidência Mineira;
Conjuração Baiana;
Revolta da Cachaça;
Revolta do maneta;
Guerra dos mascates;
Independência das treze colônias inglesas
da América do Norte.
Diáspora africana.
Revolução Francesa:
Comuna de Paris e influência na
Inconfidência Mineira e Baiana.
Chegada da família real ao Brasil:
De Colônia a Reino Unido;
Missões artístico-científicas;
Biblioteca Nacional;
Banco do Brasil;
Urbanização da capital;
Imprensa Régia.
Invasão Napoleônica na Península Ibérica.
O Processo de Independência do Brasil:
Governo de D. Pedro I;
Constituição outorgada de 1824;
Unidade territorial;
Manutenção da estrutura social;
Confederação do Equador;
Província Cisplatina;
Haitinismo;
Revoltas regenciais: Malês, Sabinada,
Balaiada, Cabanagem, Farroupilha.
O processo de independência das
Américas:
Haiti
Colônias espanholas.
193
7ª SÉRIE / 8º ANO
O mundo do trabalho e os movimentos de resistência
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Relações de
trabalho
Relações de poder
Relações culturais
História das relações
da humanidade com o
trabalho.
O trabalho e a vida
em sociedade.
O trabalho e as
contradições da
modernidade.
O trabalhadores e as
conquistas de direito.
Em construção
8ª SÉRIE / 9º ANO
Relações de dominação e resistência: a formação do Estado e das instituições
sociais.
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Relações de
trabalho
Relações de poder
Relações culturais
A constituição das
instituições sociais.
A formação do
Estado.
Sujeitos, Guerras e
Revoluções.
Em construção
1ª, 2ª E 3ª SÉRIES
194
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Relações de
trabalho
Relações de poder
Relações culturais
Trabalho Escravo,
Servil, Assalariado e o
Trabalho Livre.
Em construção
Urbanização e
industrialização
Em construção
O Estado e as
relações de poder
Em construção
Os sujeitos, as
revoltas e as guerras
Em construção
Movimentos sociais,
políticos e
culturais e as guerras
e revoluções
Em construção
Cultura e religiosidade
Em construção
8.11.5. Metodologia
A busca pelas noções de identidade no que se refere à construção do
conhecimento histórico torna-se mais evidenciado no estudo da História Regional,
partindo assim da história local para Brasil e mundo. Dessa maneira as atividades
em que se busca construção de noções de cidadania e identificação com os
costumes e conceitos morais, étnicos, religiosos etc., devem ser propostas à
disciplina. O trabalho com fontes diversas possibilita essa identificação do alunos
195
com seu meio, uma vez que ele incita a pesquisa, o debate e as análises criticas,
por meio das narrativas históricas.
No processo de aprendizagem o aluno deverá Ter estímulo para discernir
limites e possibilidades de atuação na permanência ou transformação,
simultaneidade e das periodizações, comparando presente e passado, percebendo-
se como agente transformador da sociedade.
Através de atividades variadas (individuais, em duplas, em grupos) os alunos
realizarão análise e síntese de texto, filmes, artigos de jornais, revistas e
documentários. As estratégias devem ser voltadas para estimular o trabalho do
discente tornando-se mais atraente e dinâmico, estimulando assim a criatividade, o
confronto de idéias e espírito crítico do aluno, o gosto pela leitura e de novas
descobertas, o interesse em adquirir novos conhecimentos em sala, estudo do meio
(visita a museus, fábricas, cidades históricas, reservar biológicas, bibliotecas),
procurando comparar conhecimento teórico com dados obtidos em campo.
Os educandos farão leitura crítica dos conteúdos vinculados aos textos
básicos, trabalho de reflexão e produção, comentários a partir de imagens (mapas,
fotos, obras de arte e desenhos), produção de textos conceituais, poéticos,
narrativos a respeito de temas históricos, confecção de jornais, com materiais que
abordem a respeito de temas históricos que familiarizam os estudantes com outros
tipos de fontes históricas.
Entende-se que com o uso contínuo de diversas fontes históricas, o aluno
poderá compreender melhor a sociedade contemporânea, e nela situar-se de modo
a perceber-se como agente transformador do seu meio, participativo e consciente.
Como fonte de pesquisa durante as aulas os alunos poderão fazer uso do
laboratório de informática para pesquisas na Internet, em sites e links relacionados
com o conteúdo trabalhado, proporcionando amplo acesso a conhecimentos. Outro
recurso tecnológico que pode ser utilizado é a TV Pen Drive, auxiliando a
reprodução de imagens, mapas atualizados, bem como filmes, vídeos, músicas. A
utilização do Data Show para aulas com utilização de Power Point, podem tornar as
aulas diferentes do comum, e trazer uma forma criativa de se abordar temas
históricos.
Por fim, pretende-se dar ao ensino de História uma ênfase que esteja
vinculada a todas as analises e recortes que se proponham problematizar,
diferenciar, refletir, conscientizar os alunos a agirem e se compreenderem como
196
agentes atuantes na História, bem como, sendo parte de um processo que ao longo
do tempo possibilitou construções e desconstruções, continuidades e rupturas.
8.11.6. Avaliação
A avaliação no ensino de História objetiva-se em favorecer a busca da
coerência entre a concepção de História defendida e as práticas avaliativas que
integram o processo de ensino de aprendizagem. Nessa perspectiva, a avaliação
deve estar colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que
permeie o conjunto das ações pedagógicas, e não como um elemento externo a este
processo.
Através da avaliação, o professor identifica a apreensão do conteúdo, como
conquista do aluno, comparando o antes, o durante e o depois. Assim, este caráter
diagnóstico possibilita ao professor se auto avaliar como docente, refletindo sobre as
intervenções metodológicas e buscando outras possibilidades para atuação no
processo de aprendizagem dos alunos.
Para que o processo e avaliação se efetive faz-se necessário que exista um
dialogo entre professor e aluno, onde são expostos os critérios avaliativos, e a
função da avaliação, vendo-a não como punição mas sim como “sinalizador” no
processo de aprendizagem. Dessa forma, o aprendizado e a avaliação poderão ser
compreendidos como um fenômeno compartilhado que se dará de modo contínuo,
processual, e diversificado, permitindo uma análise critica das práticas que poder ser
constantemente retomadas pelo professor e pelos alunos. Retomar a avaliação com
os alunos ainda permite situá-los como parte de um coletivo, onde a
responsabilidade pelo e com o grupo seja assumida com vista a aprendizagem de
todos.
Sabendo da diversidade de inteligências existentes na sala de aula, entende-
se a necessidade de também diversificar os instrumentos avaliativos, uma vez que
alguns demonstram maior facilidade na expressão oral, outros nas atividades
escritas etc.
Para o desenvolvimento do pensamento crítico, a avaliação deverá propor
situações que permitam os alunos estabelecerem relações entre sociedades
estudadas, detectando as semelhanças e diferenças, exercitando assim a reflexão
197
acerca das mudanças e permanências que se estabelecem entre temporalidades
distintas.
Os instrumentos podem ser: interpretação e análise de textos históricos,
mapas e documentos históricos; produção de narrativas históricas e histórias em
quadrinhos; relatórios de filmes; pesquisa bibliográficas; sistematização de conceitos
históricos; apresentação de seminários e debates; elaboração de acrósticos e jornais
históricos; apresentação teatrais; entre outros
Por fim, seguem os critérios a serem observados pelo professor que permitem
analisar os conteúdos e conceitos históricos que foram apropriados pelos alunos.
Compreender como se encontraram as relações de trabalho no mundo
contemporâneo, como elas se configuram, e como o mundo de trabalho se
constitui em diferentes períodos históricos considerando os conflitos
inerentes as mesmas relações de trabalho;
Compreender que as relações de poder se apresentam em todos os
espaços sociais;
Reconhecer em si e aos outros como construtores de uma cultura,
consideradas as especificidades de cada grupo social e as relações entre
eles;
Reconhecer que o conceito construído de forma a permitir o estudo das
diferentes dimensões e contextos históricos propostos para cada nível de
ensino;
Entender como se encontraram as relações de trabalho no mundo
contemporâneo, junto com conflitos inerentes a essas relações;
Compreender as relações de poder em todos os aspectos sociais;
Compreender as reflexões sobre passado e presente com a utilização de
documentos em sala de aula;
Confrontar documentos históricos de naturezas diferentes.
8.11.7. Referências
CABRINI, Conceição; CASTELLI, Roberto; MONTELLATO, Andréa. História Temática. Scipione, 2005
198
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ Diretriz Curricular de Educação História para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2008
CAMPOS, Flavio de; AGUILAR, Lídia; CLARO, Regina; MIRANDA, Renan Garcia. O jogo da História. São Paulo: Moderna, 2002.
FERREIRA, José Roberto Martins. História. São Paulo: FTD, 1997.
MARINO, Denise Mattos; STAMPACCHIO, Léo. Link do Tempo. São Paulo: Moderna, 2002.
ORDONES, Marlene. Caderno do Futuro: História. São Paulo: IBEP, 2003
PANAZZO, Silvia; VAZ, Maria Lúzia. Navegando pela História. São Paulo: Quinteto Editorial, 2001.
RODRIGUE, Joelza Ester. História em Documento. São Paulo: FDT, 2002
199
8.12. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ESPANHOL
8.12.1. Apresentação geral da disciplina
A língua faz intermediação entre indivíduos. E a L.E.M. tem a finalidade de
proporcionar essa função de interagir sendo um elemento de ligação entre
indivíduos de línguas e culturas distintas. Esse idioma deve ser entendido como
parte da formação do educando, que vive num mundo onde se faz necessário
compreender e fazer-se compreender como falante de outras línguas.
Constituirá o conteúdo estruturante para o ensino de língua estrangeira
moderna o discurso, entendido como prática social sob os seus vários gêneros.
Pois, como afirma Bakhtin: “...o essencial na tarefa de decodificação não consiste
em reconhecer a forma utilizada, mas compreendê-la num contexto concreto
preciso, compreender sua significação numa enunciação particular”.
Dessa forma, os discursos, entendidos com base teórica bakhtiniana,
estabelecem-se como elementos indispensáveis, integradores e que estarão
presentes em qualquer situação de interação do aluno com a língua estrangeira,
seja em que prática for: conhecimentos linguísticos, discursivos, culturais e sócio-
pragmáticos.
Os conhecimentos linguísticos dizem respeito ao vocabulário, à fonética e às
regras gramaticais, elementos necessários para que o aluno interaja com a língua
que se lhe apresenta. Os discursivos, aos diferentes gêneros do dos discursos que
constituem a variada gama de práticas sociais que são apresentadas aos alunos. Os
culturais, a tudo aquilo que sente, acredita, pensa, diz, faz e tem uma sociedade, ou
seja, a forma como um grupo social vive e concebe a vida. Os sócio-pragmáticos,
aos valores ideológicos, sociais e verbais que envolvem o discurso em um contexto
sócio-histórico particular.
Além disso, uma abordagem do discurso em sua totalidade será realizada e
garantida através de atividades significativas em língua estrangeira nas quais as
práticas de leitura, escrita e oralidade, interajam entre si e constituam uma prática
sócio-cultural. Ela auxilia a formação cultural, levando o aluno a entender a
diversidade cultural. Além disso, amplia o conhecimento interpretativo da realidade,
possibilitando uma visão de mundo.
200
Nortear o trabalho L.E.M na cidadania, priorizando as questões
educacionais às técnicas, preparando os indivíduos críticos para interagir na
sociedade desenvolvendo as habilidades (ler, falar, escrever e ouvir) de acordo com
a comunidade escolar local. O idioma é de fundamental importância na nossa
realidade, pois devido à globalização, além da língua materna, deve-se ter
conhecimento de outra para ampliar seus horizontes, valorizando sua cultura local e
levando-os a conhecer outras disparidades culturais.
Sendo que a LEM vem fazendo parte da nossa realidade cada vez, através
de vários veículos de comunicação, no comércio mundial, nas competições
esportivas, no turismo, nas músicas e nas artes.
Por isso é de suma importância conhecê-la para não se sentir isolado no
mundo globalizado de hoje.“Portanto esse idioma tem como objetivo oportunizar o
domínio dos procedimentos de construção de sentido aceito pela língua e cultura
materna, e ao mesmo tempo estaria dando ênfase à transformação destes
procedimentos, usados para nomear o mundo” segundo Paulo Freire.
O papel da escola está em propiciar o desenvolvimento de uma visão crítica
que se reflita sobre esta comunidade estudantil, proporcionado a transformação.
8.12.2. Objetivos Gerais
Ao final do Ensino Médio, espera-se que o aluno tenha podido
experimentar, na aula de LEM, formas de participação que lhe
possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas.
Seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e
escrita.
Compreenda que os significados são sociais e historicamente
construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social.
Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade.
Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural,
constatando seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
8.12.3. Objetivos Específicos
201
1ª SÉRIE
Utilizar a língua espanhola em diferentes situações de comunicação
levando em consideração os conhecimentos da língua materna.
Incentivar o aluno a refletir sobre a atual importância da língua como meio
de comunicação e aprimoramento devido ao avanço tecnológico e no
grande intercambio entre os povos.
Descreve uma pessoa (aspectos físicos e características psicológicas)
cabelos, olhos, estatura e vestuário.
Construir contexto de respeito entre os alunos através de diálogos.
Trabalhar noções de respeito com o próprio material escolar e o da escola.
Favorecer um espaço para a reflexão sobre os projetos de vida entre os
quais se inclui o projeto profissional.
Valorizar os profissionais.
Desenvolver a noção de organização, de espaço, de tempo e de
quantidade.
Trabalhar a percepção de localização, localizar-se dentro de uma casa, de
uma cidade.
Respeitar às diferenças interpessoais.
Perguntar e responder sobre quantidades.
Respeitar as diferenças culturais e a importância de buscar informações
antes de tomar uma atitude.
2ª SÉRIE
Trabalhar noções de cordialidade e a solidariedade dentro da sala de aula.
Desenvolver a noção de organização, de espaço de tempo.
Despertar atitudes de cordialidade com o próximo.
Trabalhar noções de respeito para com o próprio material escolar.
Trabalhar o desenvolvimento do cidadão através da noção do que ele
pode ou não fazer.
Expressar ações habituais.
Perguntar e responder sobre preferências alimentares.
Utilizar a criatividade de expressão oral e escrita.
Perguntar e responder sobre a sua própria rotina e de terceiros.
Expressar ações habituais, costumeiras.
202
Desenvolver a percepção e valorização das diferenças individuais,
sabendo expressar-se corretamente.
Caracterizar pessoa fisicamente e psicologicamente.
Brincar com os Palíndromos.
Saber sobre os Santos Vestidos da Guatemala.
Usar o verbo “gusta” presente do indicativo.
Empregar corretamente os pronomes interrogativos e exclamativos.
Acentuar os pronomes corretamente.
Preencher fichas com dados pessoais.
Fazer um anúncio para uma revista.
Expressar gostos.
Trabalhar com adjetivos, substantivos e verbos derivados.
Usar os adjetivos como apelidos.
Jogar com as palavras – compromissos e obrigações.
Revisar o corpo humano, aspectos físicos, caráter, vestuário, casa, objetos
de uso pessoal, alimento.
Revisar os verbos.
Saber sobre capacidade de percepção do corpo humano.
3ª SÉRIE
Revisar cores, objetos da casa, vestuário, alimentos, profissões,
advérbios, objetos da escola, sentimentos.
Conhecer sobre alguns lugares de Espanha.
Aprender sobre alguns animais e sua relação com a troca de clima.
Usar corretamente o Imperativo.
Trabalhar o verbo no futuro do Imperfecto de Indicativo.
Conjugar o verbo ir+a no presente do Indicativo.
Empregar Hay e regras de acentuação
Formar o diminutivo. Ler e interpretar pensamentos.
Ver curiosidades sobre o planeta Terra, sobre palácios, Ventos e covas.
Saber sobre as línguas no mundo
Aprender sobre a Venezuela, Chile, Guatemala, México e sobre Santiago
de Compostela.
Aprender sobre datas festivas
203
Conhecer algumas regras de acentuação.
Revisar os tempos verbais no pretérito: Indefinido, Perfecto, e Imperfecto
do Indicativo.
Usar os advérbios.
Conjugar verbos irregulares.
Revisar as conjunções.
Estudar as variações entre Y y de O
Flexionar os substantivos quanto ao número
Ver as variantes linguísticas.
Aprender sobre superstições.
Ver curiosidades numéricas.
Conhecer comidas raras. Saber sobre Honduras, Tikal e Segovia.
Estudar os Indefinidos.
Revisar as regras de acentuação.
Revisar os artigos e preposições.
8.12.4. Conteúdos
1ª SÉRIE
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Discurso como
prática social
Prática da leitura,
escrita e oralidade
integradas aos
conhecimentos
linggüísticos -
discursivos. -
culturais e socio-
Apresentar-se, apresentar o outro e
perguntar sobre a vida do outro (nome,
idade, nacionalidade, etc.).
Descrever uma pessoa (aspecto físico
e características psicológicas (cabelo,
olhos, estatura, vestuário, sua
profissão, sua classe social, antipatia,
simpatia, gentileza)).
Comprar objetos (no início, objetos
encontrados na classe: em seguida
204
pragmáticos.
pode-se simular um bazar ou um "dia
de troca" para que cada um descreva e
tente vender ou trocar seu objeto).
Expressar vontades (querer objetos,
fazer planos, programar uma festa de
aniversário, etc.).
Localizar objetos no espaço,
descrevendo peças de casa em
recortes de revistas, fotos de um
quarto, desenhos feitos pelo próprio
aluno.
Perguntar sobre o que o outro possui
(ter ou não objetos, ter ou não
vontades, ter ou não artigos e
expressar a posse).
Perguntar sobre as preferências do
outro (sobre animais, esportes, cinema,
livros, jogos, etc.).
Localizar-se numa cidade ou numa
estrada de um país estrangeiro
(trabalhar com mapas, guias turísticos
fazer perguntas para ir a tal ou tal
lugar).
2ª SÉRIE
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Passar alimentos durante uma refeição,
servir outra pessoa, solicitar que seja
servido.
Pedir um favor, uma ajuda.
205
Discurso como
prática social
Prática da leitura,
escrita e oralidade
integradas aos
conhecimentos
linggüísticos -
discursivos. -
culturais e socio-
pragmáticos.
Dar ordens (diretas ou não).
Pedir permissão para fazer algo (abrir a
porta, sair, etc.).
Pedir informações sobre um país
estrangeiro e sua população.
Pedir a opinião de alguém sobre o país,
sua população ou outro assunto
estudado.
Pedir perdão.
Fazer um convite (para uma festa, um
almoço, para um fim de semana).
Aceitar ou rejeitar um convite e explicar
o porquê.
Fazer perguntas no passado (recente)
sobre: férias, passeios, festas, exames
na escola, o que se fez ontem.
Expressar opiniões sobre fatos (como
férias, passeios, ida ao cinema,
exames na escola, etc.).
Fazer entrevistas (perguntas para
pesquisar assuntos variados: leitura,
cinema, lazer, etc.). Esse ato de fala
prevê a elaboração de questionários
em grupos; dessa forma, o oral e a
escrita serão trabalhados.
Fazer planos para o futuro (estudos,
profissão, vida afetiva, etc.).
Comprar alimentos ou outros objetos
nos vários estabelecimentos levando
em consideração a cultura do país em
questão (padaria, açougue, mercearia,
banca de jornais, confeitaria, etc.).
Complementando o que foi visto na 1ª
206
série.
3ª SÉRIE
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Discurso como
prática social
Prática da leitura,
escrita e oralidade
integradas aos
conhecimentos
linggüísticos -
discursivos. -
culturais e socio-
pragmáticos.
Narrar fatos num mais passado remoto.
Expressar noção de hipóteses
(presente e futuro)
Expressar a proibição e o dever.
Narrar fatos no passado usando ao
mesmo tempo imperfeito e pretérito.
Contar a vida dos avós, a história das
imigrações (italianos, poloneses,
alemães, japoneses, etc.).
Desenvolver a noção de hipótese
(passado e condicional)
Falar ao telefone: - pedir informações
sobre cinema, teatro, (horário de trem e
ônibus ou avião).
Contatar um amigo para pedir ajuda
(lição, receita ou empréstimo).
Persuadir um amigo a fazer algo (ir ao
cinema, viajar, etc.).
Defender um ponto de vista (prefiro tal
coisa por isso ou aquilo, não gosto
disso, por isso ou aquilo).
8.12.5. Metodologia
A metodologia de LEM deve estar condizente com os objetivos gerais
levando em conta que o aluno é parte integrante do processo e um agente ativo da
207
aprendizagem que acontece nas interações sociais. Ao trabalhar com LEM o
professor abordará questões linguísticas, e as sócio-pragmáticas, culturais, e
discursivas, assim como as práticas do uso da língua – leitura, escrita e oralidade.
O texto enquanto unidade de linguagem em uso, ou seja, uma unidade de
comunicação verbal, que pode tanto ser escrita, oral ou visual será o ponto de
partida da aula de língua estrangeira.
Sendo assim, os alunos podem desenvolver atividades linguísticas como (ler, falar,
ouvir e escreve), acredita-se, entretanto, que, no atual contexto escolar, o objetivo
de desenvolver as quatro habilidades com igual intensidade é muito ambicioso e,
possivelmente, destinado a resultados frustrantes. È preciso que o professor
estabeleça prioridades de acordo coma realidade de cada turma. Ao trabalhar as
quatro habilidades o aluno é levado a utilizar estratégias de aprendizagem e de
raciocínio crítico. Dessa forma, os alunos não só aprendem a língua como também
aprendem, empregando estratégicas como: classificar, inferir, aplicar conhecimento
prévio, tirar conclusões, selecionar e organizar informação, entre outras.
Valorizar não só os conteúdos a serem ensinados e aprendidos, mas
principalmente o processo de ensino-aprendizagem. Portanto, ressaltar a
importância da reflexão constante sobre as atividades realizadas em sala de aula.
Acreditar que a educação é um processo essencialmente cultural e social no qual
alunos e professores participam, interagindo, na construção de um conhecimento
conjunto. Não se pode negligenciar o conhecimento que o aluno já tem sobre a sua
própria língua. Esse conhecimento não deve ser considerado como uma
interferência negativa. Na verdade, ele contribuir para a aprendizagem da língua
estrangeira, a exemplo dos outros tipos de conhecimento que o aluno já traz
consigo.
Sendo que a base do conhecimento não restringe-se basicamente só a livros
didáticos, pode-se beneficiar de outros tipos de recursos como: dicionários, CD, CD-
Rom, internet, revistas, músicas e filmes, isso dependendo da realidade de cada
estabelecimento.
Propiciar textos que tragam problematização em relação a um tema. A busca pela
solução deste problema despertará o interesse dos alunos fazendo com que eles
desenvolvam uma prática reflexiva e crítica, ampliem seus conhecimentos
linguísticos e percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas presentes
em todo discurso.
208
Os gêneros do discurso organizam nossa fala da mesma maneira que
dispõem às formas gramaticais. Portanto, é fundamental que se apresente ao aluno
textos em diferentes gêneros textuais, mas sem categorizá-los. Apresentar ao aluno
textos pertencentes a vários gêneros: publicitários, jornalísticos, literários,
informativos, de opinião, etc., ressaltando as suas diferenças estruturais e
funcionais, a sua autoria, bem como o caráter do público a que se destina e,
sobretudo, aproveitar o conhecimento que ele já tem das suas experiências com a
língua materna, é imprescindível.
Ler em língua estrangeira pressupõe a familiarização do aluno com os
diferentes gêneros textuais, provenientes das várias práticas sociais de uma
determinada comunidade que utiliza a língua que se está aprendendo literatura,
publicidade, jornalismo, mídia etc. Cabe ao professor criar condições para que o
aluno não seja um leitor ingênuo, mas que seja um leitor crítico e que reaja aos
diferentes textos com que se depare e entenda que por traz de cada texto há um
sujeito, com uma história, com uma ideologia e com valores particulares e próprios
da comunidade em que está inserido. Não se pode esquecer que a leitura se refere
também aos textos não-verbais estejam eles combinados ou não com o texto
verbal.
As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos a
textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, procurando compreendê-los em
suas especificidades e incentivar os alunos a expressarem suas ideias em língua
estrangeira dentro de suas limitações.
Com relação à escrita não podemos esquecer que ela deve ser vista como
uma atividade sócio-interacional, ou seja, significativa, pois, em situações reais de
uso, escreve-se sempre para alguém, ou um alguém de quem se constrói uma
representação.
Com relação aos textos de literatura, é preciso apresentar textos literários
aos alunos, propor atividades que colaborem para que o aluno reflita sobre os textos
e os perceba como uma prática social de uma sociedade em um determinado
contexto sócio-cultural particular.
Outro aspecto importante com relação ao ensino de língua estrangeira é que
ele será, necessariamente, articulado com as demais disciplinas do currículo.
Esse processo metodológico garante ao aluno criatividade e raciocínio para realizar
um tipo de atividade que vai além da repetição ou aplicação mecânica de estruturas
209
linguísticas.
Dessa forma, privilegia-se uma metodologia que não coloca a ênfase no
aprendiz, ou no papel do professor isoladamente, mas que focaliza a interação entre
professor e alunos na construção do conhecimento comum.
8.12.6. Avaliação
O aluno precisa ser envolvido no processo de avaliação, pois o mesmo é
construtor do conhecimento. Seu esforço precisa ser reconhecido através de ações
e desenvolvimentos e o erro deve ser visto como reflexão para sua aprendizagem,
valorizando o processo de aprendizagem do aluno e não apenas seus resultados
finais.
A avaliação é diagnostica, somativa e formativo. Para avaliar é preciso
identificar, de fato, as aprendizagens realizadas para tanto, além disso, é bom não
perder de vista que é um progresso relacionado a um critério específico pode
manifestar-se de diferentes formas em diferentes alunos. Uma mesma ação para
um aluno pode indicar avanço em relação a um critério estabelecido e para outro,
não. Por isso, além de necessitarem de indicadores, os critérios de avaliação devem
ser tomados em seu conjunto, considerados à luz dos objetivos que realmente
orientam o ensino oferecido aos alunos.
E, se o propósito é avaliar também o processo, além do produto, não há
nenhum instrumento de avaliação de aprendizagem melhor do que a produção
textual para buscar identificar porque o aluno teria dado as respostas que deu às
situações que lhe foram propostas.
8.12.7. Referências
BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei n.9394/96: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. Texto elaborado pelos participantes dos encontros de formação continuada/Orientações Curriculares. Curitiba: SEED/DEM, 2003/2005. Mimeo. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1992.
210
8.13. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS
8.13.1. Apresentação da disciplina
O objetivo maior da aprendizagem de Língua Inglesa de acordo com as
Diretrizes Curriculares é superar uma visão de ensino de língua estrangeira apenas
como meio para se atingir fins comunicativos, mas dar espaço às experiências de
identificação social e cultural. Ao ensinar língua estrangeira deve ser levado em
conta o aluno e seu objetivo em aprender, sua classe social e suas relações sociais,
enfim a comunidade onde vive. Para desenvolver tal trabalho.
A Língua Estrangeira Moderna, como outras disciplinas, deve ter como ponto
principal do trabalho docente a formação do individuo como cidadão consciente,
crítico e participativo – inserido na sociedade local e no panorama internacional.
As Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental devem assegurar ao
aluno o embasamento necessário para dar continuidade ao estudo da língua em
séries posteriores, bem como ampliar sua visão de mundo, tornando - os cidadãos
mais críticos e reflexivos.
Por ser uma disciplina, atualmente, relevante na formação do aluno para o
desenvolvimento de habilidades comunicativas, deve levar o educando a comparar a
língua materna com a língua estrangeira estudada.
Assim, ao ensinar língua inglesa é necessário uma compreensão teórica do
que é linguagem, refinando a percepção de sua própria cultura por meio do
conhecimento da cultura de outros povos.
Os temas centrais nesta proposta são a cidadania e a consciência crítica de
como a linguagem é usada no mundo social, e os aspectos sócio-políticos da
aprendizagem da língua inglesa dentro do trabalho com a leitura, produção oral e
escrita. Uma das finalidades da Língua Estrangeira Moderna é que esta seja
instrumento de acesso à informação a outras culturas, associá - las aos
conhecimentos científicos, às linguagens que darão suporte para a resolução de
problemas que se propõe adicionar.
A aprendizagem de Língua Estrangeira no Ensino Fundamental não é só um
exercício intelectual em aprendizagem de formas e estruturas linguísticas em um
código diferente; é, sim, uma experiência de vida, pois amplia as possibilidades de
211
se agir discursivamente no mundo. O papel educacional da Língua Estrangeira é
importante, desse modo para o desenvolvimento integral do individuo, devendo seu
ensino proporcionar ao aluno essa nova experiência de vida. Assim, contribui - se
para a construção, e para o cultivo pelo aluno, de uma competência não só no uso
de línguas estrangeiras, mas também na compreensão de outras culturas.
A disciplina de Língua Inglesa priorizará os temas das relações étnico - raciais
e histórias e cultura Afro-brasileira e indígena; Textos relacionados a preservação e
conservação do Meio Ambiente, em sala de aula, com o objetivo de mostrar a
influência dos negros e indígenas na cultura dos norte-americanos e,
consequentemente, em nossa formação cultural brasileira, em conformidade com a
Lei nº. 11.645 que prevê a abordagem destes conteúdos no currículo escolar.
O acesso a essa língua representa para o aluno a possibilidade de se
transformar em cidadão ligado à comunidade global, ao mesmo tempo que se pode
compreender, com mais clareza, seu vínculo como cidadão em seu espaço social
mais imediato.
Para garantir o ensino de uma Língua estrangeira moderna no Estado do
Paraná foi criado um Centro de Línguas Estrangeiras que ofereciam aos alunos
aulas no contraturno.
Após uma década de vigência no Brasil, embora a abordagem comunicativa
tenha se apresentado como reação à visão estruturalista da língua concentrando -
se nos aspectos semânticos e não no código linguístico, esta passou a ser criticada
por' intelectuais adeptos da pedagogia crítica.
A pedagogia crítica é o referencial teórico que sustenta o documento de
Diretrizes Curriculares, por seu uma abordagem que valoriza a escola como espaço
social democrático, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento
como instrumento de compreensão das relações sociais e para a transformação da
realidade.
De acordo com as Diretrizes, o ensino de Língua Estrangeira Moderna será
norteada para um propósito maior de educação, considerando as contribuições de
Giroux (2004) “ao rastrear as relações entre língua, texto e sociedade, as novas
tecnologias e as estruturas de poder que lhes subjazem”. Para este educador, é
fundamental que os professores reconheçam a importância da relação entre língua e
pedagogia crítica no atual contexto global educativo, pedagógico e discursivo, na
212
medida em que as questões de uso da língua, do diálogo, da comunicação, da
cultura, do poder, e as questões da política e da pedagogia não se separam.
Propõe - se que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um espaço
para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de
modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de
significados em relação ao mundo em que vive. Espera - se que o aluno
compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e ,
portanto, passíveis de transformação na prática social.
8.13.2. Objetivos gerais
Oportunizar a participação do educando a construção de significados
ligados à situação de uso da língua;
Propiciar a construção de identidades dos alunos como cidadãos
participativos e transformadores;
Possibilitar a aprendizagem da língua como meio de conhecer culturas
diversas, bem como as diversas maneiras de se viver a experiência
humana;
Inserir a linguagem oral e escrita levando em consideração sua natureza
sócio - internacional;
Reconhecer que o aprendizado de uma ou mais línguas lhe possibilita o
acesso a bens culturais da humanidade construídos em outras partes do
mundo;
Construir consciência linguística e consciência crítica dos usos que se
fazem da língua estrangeira que está aprendendo;
Ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer utilizando-a
como meio de acesso ao mundo de trabalho e dos estudos avançados;
Valorizar o papel exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade
brasileira e no panorama internacional.
Cultivar a linguagem para um melhor relacionamento com os
semelhantes, como expressão do mundo interior e exterior do educando.
213
8.13.3. Conteúdos
Para o ensino de Língua Estrangeira, enfoca - se o discurso como prática
social para que o aluno aprenda a ler e compreender textos, e a produzir textos orais
e escritos para defender seu ponto de vista, e colocar - se diante de diferentes
situações sociais.
5ª SÉRIE / 6º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Discurso como
prática social
Leitura
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Ortografia
Discurso como
prática social
Oralidade
Elementos extralinguísticos: entonação,
pausas gestos;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Vozes sociais presentes no texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência,
gírias, repetição.
Diferenças e semelhanças entre o
discurso oral e o escrito;
Adequação da fala ao contexto;
Pronúncia.
Identificar o tema do texto;
Finalidade do texto;
214
Discurso como
prática social
Escrita
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade (Informações necessárias
para a coerência do texto).
Emprego do sentido denotativo e
conotativo no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Ortografia.
Discurso como
prática social
Análise
Linguística
Greetings;
Introductions;
Personal Pronouns;
The English Alphabet;
Verb to Be;
Article;
Demonstrative Pronouns;
Numbers (1 to 100);
Possessive Pronouns (my, your…);
Vocabulary (family, countries and
nationalities, colors, candies, school
objects, jobs, animals and means of
transportation);
Questions (what, who, when, ...)
Prepositions
Pontuação e seus efeitos de sentido no
texto
Vocabulário;
Coesão e coerência.
215
6ª SÉRIE / 7º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Discurso como
prática social
Leitura
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Ortografia
Discurso como
prática social
Oralidade
Elementos extralinguísticos: entonação,
pausas gestos;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Vozes sociais presentes no texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência,
gírias, repetição.
Diferenças e semelhanças entre o
discurso oral e o escrito;
Adequação da fala ao contexto;
Pronúncia.
Discurso como
prática social
Escrita
Identificar o tema do texto;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade (Informações necessárias
para a coerência do texto).
Personal information;
Months of the year;
216
Discurso como
prática social
Análise
Linguística
Days of the week;
Ordinal numbers;
Dates;
Application forms;
Verb can;
School subjects;
Time;
Interrogative pronouns;
Verb have;
Genitive case;
Possessive pronouns;
Simple Present X Present Continuous;
Vocabulary about sports, clothes, shoes,
accessories, house and furniture;
Imperative;
Prepositions (in, on, at);
Plural of nouns;
Verbs;
Vocabulário;
Pontuação e seus efeitos de sentido no
texto;
Substantivos contáveis e incontáveis;
Concordância nominal e verbal;
Coesão e coerência.
7ª SÉRIE / 8º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
217
Discurso como
prática social
Leitura
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Ortografia
Discurso como
prática social
Oralidade
Elementos extralinguísticos: entonação,
pausas gestos;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Vozes sociais presentes no texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência,
gírias, repetição.
Diferenças e semelhanças entre o
discurso oral e o escrito;
Adequação da fala ao contexto;
Pronúncia.
Discurso como
prática social
Escrita
Identificar o tema do texto;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade (Informações necessárias
para a coerência do texto).
Discurso como
prática social
Análise
Linguística
Imperative form;
Verb there to be: Present Tense
(affirmative, negative and Interrogative
Form);
Vocabulary about services;
Simple present (affirmative, negative and
interrogative form);
Vocabulary about physical description;
Simple past (affirmative, negative and
interrogative form);
218
Regular and irregular verbs);
Vocabulary about healthy problems and
parts of the body;
Future tense : future with will and be going
to;
Plans for the future: agenda;
Prepositions: in, on, at;
Adverbs (frequency);
Adjectives;
Coesão e coerência;
Pontuação e seus efeitos de sentido no
texto;
Vocabulário;
Função dos pronomes, artigos, numerais,
adjetivos, verbos preposições,
conjunções, falsos cognatos e outras
categorias como elementos do texto.
8ª SÉRIE / 9º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Discurso como
prática social
Leitura
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Ortografia
Elementos extralinguísticos: entonação,
pausas gestos;
219
Discurso como
prática social
Oralidade
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Vozes sociais presentes no texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência,
gírias, repetição.
Diferenças e semelhanças entre o
discurso oral e o escrito;
Adequação da fala ao contexto;
Pronúncia.
Discurso como
prática social
Escrita
Identificar o tema do texto;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade (Informações necessárias
para a coerência do texto).
Discurso como
prática social
Análise
Linguística
Modal verbs: can, could, would, may;
Vocabulary about fruit, vegetables, drink
and food. (At the restaurant);
Review: simple past (affirmative, negative
and interrogative);
Review: regular and irregular verbs;
Interrogative pronouns: who, what, how;
Comparative form: superiority, inferiority,
equality;
The superlative;
Vocabulary about adjectives;
Adverbs: place, time, manner and
frequency;
Relative pronouns;
Prepositions;
Coesão e coerência;
Pontuação e seus efeitos de sentido no
220
texto;
Vocabulário;
Função dos pronomes, artigos, numerais,
adjetivos, verbos, preposições, advérbios,
palavras interrogativas, substantivos
contáveis e incontáveis, falsos cognatos,
e outras categorias como elementos do
texto.
8.13.4. Metodologia
Partindo do pressuposto que a aprendizagem acontece nas interações
sociais, o trabalho será voltado para a participação dinâmica do aluno em atividades
diversificadas que envolverão as habilidades linguísticas (ler, falar, ouvir, escrever).
Entende - se por “participação dinâmica do aluno” a contribuição na
construção do conhecimento, na prática da linguagem, a pesquisa voltada a outras
culturas e no posicionamento crítico.
O professor deve valorizar o conhecimento prévio do aluno para que este
sinta - se incluído no processo ensino-aprendizagem. Além disso, valorizando o que
o educando já sabe, abre - se espaço para uma leitura de mundo mais ampla, e para
uma adequação da metodologia do professor à realidade da classe. É necessário
também propiciar momentos de leitura ao aluno para , em sala de aula, de forma
que ler seja agradável e prazeroso.
Será enfatizado o trabalho com diferentes textos, observando as
características do texto e construção do vocabulário no contexto do texto, tais como:
narração, argumentação, descrição, entre outros.
Na oralidade será explorada a leitura, ritmo e entonação, percebendo o valor
expressivo do texto, fazendo ainda discussão dos assuntos lidos, acontecimentos,
situações polêmicas, notícias, relatos pessoais e outros, envolvendo a língua
inglesa. Será organizado apresentações de textos produzidos pelos alunos;
propondo reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos.
O processo de ensino e aprendizagem contempla atividades diversificadas ao
educando mediadas pelo professor, a fim de propiciar ao aluno a aquisição
221
progressiva da Língua Inglesa falada e escrita, permitindo assim a compreensão de
textos e a expressão do pensamento. Pode - se trabalhar algumas atividades como:
Filmes (ouvir e interpretar);
Produções orais e escritas, com leituras sobre o tema a escrever, com
apresentações;
Confecções de cartazes, slogans;
Entrevistas;
Diálogos;
Traduções e interpretações de tipologias textuais diversificadas: trava-
línguas, anedotas, provérbios, charadas, rimas, palavras cruzadas,
adivinhas, caça - palavras;
Interpretação e leitura de diversos tipos de textos como histórias em
quadrinhos, anúncios, propagandas, rótulos, notícias, classificados,
receitas, poemas, bulas, instrucional, narrativo, informativo; levando o
aluno a analisar, interpretar e compreender o texto;
Leitura de diversos textos para observação da intertextualidade
Dramatizações, músicas;
Análise de recursos próprios da oralidade;
Uso de revistas, livros, fitas de vídeo, CDs, DVDs.
Pesquisa de palavras desconhecidas;
Observação da participação do aluno em classe;
Reconhecimento e contextualização dos tempos verbais empregados em
determinados textos;
Avaliação escrita e oral.
A partir da realização das atividades propostas o professor proporcionará a
oportunidade do educando ir ao encontro de outra língua e culturas, e como
consequência adquirir consciência do lugar que ocupa no mundo, extrapolando
assim o domínio linguístico que o aluno possa vir a ter.
Quando a atividade for de produzir textos, o professor auxiliará no momento
da produção, mas havendo necessidade, será feita com o aluno, a revisão e
reestruturação do texto.
O trabalho com textos será encarado como um trabalho prioritário, efetivo, de
leitura e compreensão de textos autênticos, onde de acordo com a necessidade
222
serão explorados aspectos gramaticais relevantes naquele momento, como: (tempos
verbais, pronomes, artigos, preposições, diferenciação de linguagem formal e
informal, clareza nas ideias no caso de produção, de forma contextualizada.
Os Gêneros textuais são fenômenos históricos ligados à vida cultural e social
dos indivíduos então será possível explorar uma diversidade deles, tais como:
charges, notícias, quadrinhas, reportagens, bilhetes, carta pessoal, jornalística,
receita culinária, cardápio de restaurante, bulas de remédios, anedotas, tirinhas,
poemas, pesquisas, convites, carta pessoal, anúncio, músicas, filmes, resumo,
horóscopo,debates, entre outros.
Para trabalhar com a cultura afro-brasileira será feito também pesquisas da
literatura Norte Americana, de escritores americanos negros para compará - las com
a literatura brasileira.
8.13.5. Avaliação
O processo de ensino-aprendizagem tem como base o eixo
ação/reflexão/ação. Sendo assim, é concebido como um processo de construção e
reconstrução, no qual professor e aluno são participantes ativos.
O ato avaliativo não é um momento isolado, mas faz parte do conjunto de
atividades docentes, que devem ser coerentes entre si.
A avaliação da aprendizagem será diagnóstica, contínua e cumulativa, onde
serão analisadas as progressões do aluno, com intenção de levantar as dificuldades
e avanços dos mesmos superando a concepção de mero instrumento de
classificação pela obtenção da nota.
Os momentos avaliativos se constituem pelas diversas propostas de trabalhos
encaminhados aos alunos através de trabalhos individuais ou em grupos, atividades
escritas e orais como: diálogos, leituras diversificadas, painéis, jogos, produção
textual, interpretação de textos, maquetes, teatro, pesquisas, entre outras.
O aluno é construtor do conhecimento e está envolvido no processo de
avaliação, desse modo precisa ter seu esforço reconhecido pelo retorno de suas
produções, com o fornecimento do seu desempenho e entendimento do “erro” como
parte integrante da aprendizagem.
De acordo com LUCKESI: “a avaliação de aprendizagem necessita, para
cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da
223
aprendizagem bem sucedida. A condição necessária para que isso aconteça é de
que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de autoridade, que decide
sobre o destino do educando, e assuma o papel de auxiliar no crescimento”. A
função da avaliação é diagnosticada, sendo rigorosa a observância dos critérios pré
- estabelecidos por nós mesmos. Sendo dinâmica, cabe a nós registrar as
observações, em relação ao processo de ensino-aprendizagem.
Todo e qualquer material explorado e trabalhado dentro e fora de sala de aula
deve ser considerado no processo de avaliação, inclusive aspectos da história dos
alunos, da comunidade e da cultura local.
A avaliação, assim como a recuperação paralela antes de serem realizadas
terão o conteúdo retomado por parte do professor, para que efetivamente tenha a
função de diagnosticar e estimular o avanço do processo, e seus resultados devem
servir para sua orientação, cumprindo sua função educacional.
Podem ser citados como instrumentos de avaliação:
Observação da participação do aluno em classe;
Pesquisa de palavras;
Montagem de cartazes;
Apresentação oral;
Avaliações escritas e orais;
Atividades e trabalhos de pesquisa;
Leitura, escrita e compreensão de estruturas básicas e pequenos textos,
visando à interação oral com informações recebidas e a contribuição no
desenvolvimento do idioma na vida do aluno;
A disciplina tem como critérios de avaliação na análise lingüística o
reconhecimento e contextualização dos tempos verbais empregados em
determinados contextos; reconhecendo também as demais classes gramaticais
trabalhadas de forma contextualizada.
No que se refere a leitura, os alunos deverão ter uma leitura compreensiva do
texto; localizar informações explícitas, identificar a ideia principal do texto, identificar
o tema; deduzir os sentidos das palavras e /ou expressões a partir do contexto.
Como critério avaliativo na oralidade, o aluno deverá apresentar suas ideias
com clareza; organizar a sequência de sua fala; participar ativamente dos diálogos,
relatos, discussões, quando necessário em língua materna. Na escrita espera - se
224
que o aluno expresse suas ideias com clareza; elabore textos atendendo às
situações de produção; use recursos textuais como: coesão e coerência.
8.13.6. Referências bibliográficas
HOFFMANN, J. Avaliação Mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. 24 ed. Porto Alegre: Mediação, 1998. ROCHA, Analuzia Machado. Take Your Time, 3ª ed. Reformulado. Ed. Moderna, 2004. AZEVEDO,D.G.;GOMES,A.A.Blow up. São Paulo:FTD,1999. PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Língua Estrangeira Moderna. Curitiba: SEED, 2008.
225
8.14. LÍNGUA PORTUGUESA
8.14.1. Apresentação da Disciplina
O ensino da Língua Portuguesa deve girar em torno de uma unidade teórico-
metodológica que fundamenta e orienta a aprendizagem, criando-se condições para
que o aluno desenvolva e aperfeiçoe, de uma forma progressiva, contínua e
integrada, o uso da língua.
A disciplina de Língua Portuguesa requer posicionamentos e práticas de
ensino diferenciados, pautados em uma proposta que dê ênfase à língua viva,
dialógica, em constante movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva.
Há tempos atrás, aproximadamente até a década de 70, o ensino de Língua
Portuguesa fundamentava- se em exercícios estruturais, técnicas de redação e
treinamento de habilidades de leitura. Hoje, o ensino/aprendizagem de Língua
Portuguesa visa aprimorar os conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos,
para que eles possam compreender os discursos que os cercam e terem condições
de interagir com esses discursos. A repetição e a padronização já não têm mais
espaço na sala de aula.
Em relação à variação linguística, a única aceita como correta no espaço
escolar, até a década de 70, era a norma culta. Assim, a escola empenhava-se em
“corrigir” a fala do aluno. Ao desconsiderar a linguagem própria de cada indivíduo,
oriunda do grupo social que ele pertencia, a escola desvalorizava, inclusive, os
aspectos culturais inerentes a cada uma dessas variações.
O fato de a escola ensinar a língua padrão é justificável, pois os alunos
precisam ter domínio sobre ela. Porém, é necessário combater o preconceito no que
se refere a considerar uma variação “certa” e outra “errada”; uma “melhor” e outra
“pior”. O que precisa ficar claro é que a linguagem deve ser adequada ao seu
objetivo, tendo em vista o contexto e os interlocutores a que se destina. Isso implica
no uso efetivo da linguagem, que permite a igualdade de participação social.
Aprender a ler e escrever, isto é, tornar-se alfabetizado significa adquirir uma
tecnologia, a decodificar a língua escrita (ler), não basta, porém, adquirir esta
tecnologia, é preciso apropriar-se da escrita, isto é, fazer uso das práticas sociais de
226
leitura e escrita, articulando-as ou dissociando-as das práticas de interação oral,
conforme as situações.
A apropriação da linguagem depende da interação com o outro e com a
própria linguagem, por isso a necessidade de trabalhar uma diversidade de textos
tanto para as atividades de leitura, quanto para as propostas de atividades orais e
escritas, objetivando criar condições para que os alunos interajam com os diferentes
discursos e aprimorem sua competência linguística de tal modo que consigam
adequar seus atos verbais às mais diferentes situações sócio-ideológicas.
As atividades propostas devem girar em torno do eixo uso-reflexão-uso da
linguagem para permitir ao aluno o aprimoramento da competência linguística e,
consequentemente, desenvolver-se cognitiva, social, cultural e politicamente.
Assim, o ensino da Língua Portuguesa deve propiciar a possibilidade de um
fazer reflexivo, em que não apenas se opera concretamente com a linguagem, mas
também se busca construir um saber sobre a língua e a linguagem e sobre os
modos como as opiniões, valores e saberes são veiculados nos discursos orais e
escritos, impondo as necessidades de percepção da diversidade do fenômeno
linguístico e dos valores constituídos em torno de formas de expressão, permitindo,
dessa forma, que o sujeito supere sua condição imediata.
Com base na Lei n.° 10.639/2003, o trabalho de Língua Portuguesa refletirá
sobre a influência e a importância da história e cultura Afro-Brasileira e das
Africanidades na formação da cultura brasileira.
O ensino de Língua Portuguesa, contemplará as três práticas discursivas:
oralidade, leitura e escrita, sendo que a análise linguística perpassará as três
práticas. O objeto de estudo da disciplina é a língua em situação real de uso,
portanto, trabalhar-se-á numa perspectiva sócio-interacionista elencando textos com
função social, possibilitando a comunicação e a participação cidadã do educando.
“O aprimoramento da competência linguistica do aluno acontecerá com maior
propriedade se lhe for dado conhecer, nas práticas de leitura, escrita e oralidade, o
caráter dinâmico dos gêneros discursivos. O trânsito pelas diferentes esferas de
comunicação possibilitará ao aluno uma inserção social mais produtiva no sentido de
poder formular seu próprio discurso e interferir na sociedade em que está
inserido”.(DCEs, p.53).
227
8.14.2. Objetivos Gerais
A linguagem nos acompanha onde quer que estejamos e serve para articular
não apenas as relações que estabelecemos como o mundo, mas também a visão
que construímos sobre ele. É ela que nos possibilita pensar nos objetos e a operar
com eles na sua ausência.
Sendo assim, é um conjunto de signos que são a representação do real. Toda
variedade de língua possui uma organização sintática, ou seja, uma gramática que
permite o entendimento entre as pessoas, em momentos de interlocução. Dessa
forma, a análise linguística está presente entre os objetivos da língua portuguesa,
pois diferencia o trabalho da escola do contato informal do aluno com a linguagem
em seu dia-a-dia.
Aprimorar, pelo contato com textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e sensibilidade estética dos alunos;
Resgatar, por meio dos elementos fornecidos pelo texto, valores humanos
e aplicá-los no dia-a-dia;
Contribuir para o desenvolvimento das habilidades de saber ouvir, falar, ler
e escrever, codificando e decodificando mensagens;
Valorizar a cultura afro-descendente;
Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-
la a cada contexto e interlocutor, bem como descobrindo as intenções que
estão subentendidas nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante
dos mesmos;
Desenvolver as habilidades de uso da língua em situações discursivas
realizadas por meio de práticas textuais, considerando-se os
interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes
textuais e o contexto de produção/leitura.
Criar situações em que os alunos tenham oportunidades de refletir sobre
os textos que leem, escrevem, falam ou ouvem, intuindo, de forma
contextualizada, as características de cada gênero e tipo de texto, assim
como os elementos gramaticais empregados na organização do discurso
ou texto;
Dar ao aluno condições de ampliar o domínio da língua e da linguagem,
228
reconhecendo-o como um ser construído e em construção, auxiliando-o no
processo de aquisição e desenvolvimento do falar, escutar, ler e escrever.
Permitir ao aluno, pela mediação do professor, apropriar-se de informação
e desenvolver uma consciência crítica sobre os papéis que desempenha,
sobre suas relações sociais e sobre o seu lugar na sociedade.
Utilizar a linguagem na escuta e produção de textos orais e na leitura e
produção de textos escritos de modo a atender as múltiplas demandas
sociais, responder a diferentes propósitos comunicativos e expressivos, e
considerar as diferentes condições de produção de discurso;
Utilizar a linguagem para estruturar a experiência e explicar a realidade,
operando sobre as representações construídas em várias áreas do
conhecimento;
Analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio,
desenvolvendo a capacidade de avaliação dos textos;
Conhecer e valorizar as diferentes variedades do português, procurando
combater o preconceito linguístico;
Reconhecer e valorizar a linguagem de seu grupo social como instrumento
adequado e eficiente na comunicação cotidiana, na elaboração artística e
mesmo nas interações com pessoas de outros grupos sociais que se
expressem por meio de outras atividades;
Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de análise
linguística para expandir sua capacidade de monitoração das
possibilidades de uso da linguagem, ampliando a capacidade de análise
crítica, proporcionando ao aluno condições para apropriar-se, também, da
norma padrão.
8.14.3. Objetivos Específicos
Da prática da oralidade:
Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-
la a cada contexto e interlocutor, bem como descobrindo as intenções que
estão subentendidas nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante
229
dos mesmos;
Respeitar os conhecimentos linguísticos dos alunos, bem como promover
situações em que os mesmos utilizem as variações de linguagem em suas
relações sociais;
Oportunizar aos alunos para que se tornem falantes ativos e competentes,
compreendendo os diferentes discursos e os organizando de forma clara,
coesa e coerente;
Permitir ao aluno o conhecimento e a utilização da variedade linguística
padrão e fazê-lo entender a necessidade desse uso em determinados
contextos sociais.
Ler textos que priorizem a cultura afro-descendente, fazendo comparações
entre os mesmos;
Oferecer condições ao aluno de falar com fluência em situações formais;
Adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto,
intenções);
Aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e, principalmente,
praticar e aprender a convivência democrática que supõe o falar e o ouvir;
Permitir ao aluno conhecer e também usar a variedade linguística padrão
e entender a necessidade desse uso em determinados contextos sociais.
Da prática da leitura:
Ler e compreender diferentes gêneros textuais;
Explorar estratégias de leitura diversificadas;
Construir a leitura como situação efetiva de interlocução;
Relacionar o texto com outros já lidos considerando o conhecimento
prévio;
Possibilitar a leitura crítica dos textos que circulam socialmente, a ponto de
perceber neles ideologias defendidas;
Apresentar nas atividades de interpretação de texto, questões que levem o
educando a construir um sentido para o que lê, que o faça retomar os
textos, quantas vezes sejam necessárias, para uma leitura de fato
compreensiva.
230
Da prática da escrita:
O que determina um texto é a sua intenção: quem escreve, o que escreve,
para quem, para que, por que, quando, onde e como se escreve. Sem esses
parâmetros é impossível ao texto ter um objetivo, ser real. Deve-se ter claro no ato
da escrita a noção de interlocutor, de quem irá ler o que vai ser escrito, mesmo que
ele não seja conhecido. Esse interlocutor virtual vai condicionar parte da nossa
linguagem, o que nos levará a optar pelo assunto e a maneira como iremos fazer a
exposição. A sua ausência acarreta muitos problemas, pois não teremos senão a
linguagem verbal para adaptar nossa mensagem. Além disso, cada gênero textual
tem suas normas: a composição, a estrutura e o estilo do texto varia conforme se
produza um poema, um bilhete, etc. Nosso aluno precisa ter esse esclarecimento
em sala de aula.
É necessário, ainda, despertar no aluno a vontade de produzir um texto,
assumindo a autoria do que produz.
Isto só irá ocorrer se o professor mediar esse trabalho: da motivação para a
produção, da reflexão durante o processo e a revisão, reestruturação e reescrita do
texto em conjunto com o aluno. Realizado todo o processo deve-se garantir a
socialização da produção textual, de diversas formas, a fim de que seja recuperado
o caráter interlocutivo da linguagem, tão importante na construção textual.
Na prática de produção de textos, destacam-se os gêneros: entrevistas,
debates, depoimentos, exposições, na forma oral. Na modalidade escrita: relatos
(histórias de vida), bilhetes, cartas, cartazes, avisos, poemas, contos e crônicas,
notícias, idolatrias, cartas do leitor entrevistas, relatórios, resumos de artigos,
verbetes de enciclopédias.
Oferecer condições ao aluno de compreender o funcionamento de um
texto escrito, que se faz a partir de elementos como organização, unidade
temática, coerência, coesão, etc;
Compreender que a escrita apresenta elementos significativos próprios,
ausentes na fala, tais como: o tamanho e tipos de letras, cores e formatos;
Oportunizar ao aluno a socialização da experiência da produção textual
através das estratégias: afixar textos em murais, montar livrinhos com
produções dos alunos, publicar produções no jornal da escola;
231
Desenvolver a noção de adequação na produção de textos reconhecendo
a presença do interlocutor e as circunstâncias de produção, usando os
conhecimentos adquiridos por meio da prática de análise linguística para
expandir sua capacidade de monitoração das possibilidades de uso da
linguagem.
Da análise linguística:
A análise linguística deverá contemplar o que as relações dialógicas, entre
autor e leitor, os sentidos atribuídos aos diversos textos, o posicionamento do aluno
leitor diante desses textos, o reconhecimento da função dos diferentes elementos
linguísticos usados no texto, o domínio da estrutura textual, tanto no seu aspecto
temático como na articulação entre as partes que constituem o texto, a clareza, a
coerência, a consistência argumentativa.
Desse modo é imprescindível que o aluno amplie sua capacidade discursiva
em atividades de uso da língua, de maneira a compreender outras exigências de
adequação da linguagem.
Possibilitar a reflexão consciente sobre fenômenos gramaticais e textual-
discursivos que perpassam os usos linguísticos;
Possibilitar aos alunos a reflexão sobre seu próprio texto, através de
atividades de revisão, reeestruturação ou refacção e de análise coletiva de
um texto selecionado;
Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às
ferramentas de expressão e compreensão dos processos discursivos,
proporcionando aos alunos condições para adequar a linguagem aos
diferentes contextos sociais.
8.14.4. Conteúdos
5ª SÉRIE / 6º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
232
Discurso como
prática social
Oralidade
Participação em conversações com objetivos
determinados em grupos de trabalho e
exposição oral do resultado de pesquisas
realizadas, manifestando experiências
pessoais;
Reconhecimento de gestos, expressões
faciais e atitudes corporais como
manifestação de interação;
Diferenciar instruções orais e escritas;
Emprego de linguagem coloquial e formal
explorando as características da linguagem
falada.
Discurso como
prática social
Leitura
Leitura e compreensão de diferentes
gêneros/tipologias textuais: narrativas longas
(fábulas, lendas, romances, contos, poemas,
etc.), informativos: jornais e revistas (notícia,
reportagem, entrevista, etc), provenientes de
diversas culturas, enfatizando a Afro-
descendência.
Discurso como
prática social
Escrita
Pesquisa e registro de informações, a partir de
perguntas pré-elaboradas
Criação de capa e contracapa de livros
Transposição dos dados de gráficos para texto
exclusivamente verbal;
Transposição de dados verbais para a linguagem
gráfica;
Criação de instruções a partir de proposta lúdica que
permite verificar, na prática, a compreensão do texto
instrucional.
Revisão do texto de um colega;
Escrita de um parágrafo coeso, a partir da
estruturação de dados fornecidos pela proposta
Prática de diferentes processos para efetivar um
233
resumo
Criação de anedota, a partir de situação verossímil;
Adequação do texto ao interlocutor e à finalidade;
Produção de notícia a partir de dados fornecidos sobre
determinado assunto;
Produção de anúncios classificados;
Planejamento e gestão de estratégias de escrita:
discussão sobre o tema, consulta bibliográfica,
redação de rascunhos, suporte e diagramação;
Produção de textos ajustados a leitores e propósitos
determinados;
Produção de texto ficcional – lenda - a partir de dados
fornecidos.
Discurso como
prática social
Aanálise
linguística:
(perpassando
as práticas da
leitura,
oralidade e
escrita)
Reconhecimento das especificidades do
verbete de dicionário: abreviaturas, entradas
léxicas, informações adicionais;
Reconhecimento e análise da estrutura de
diferentes tipologias textuais;
Uso dos registros formal e informal, segundo a
situação interlocutiva;
Uso de fórmulas de saudação e despedida em
contextos formais e informais;
Uso de pronomes pessoais nas cartas;
Noção e emprego da língua padrão em
situações de comunicação que a exijam;
Identificação de alguns mecanismos de
coesão referencial;
Observação e emprego de elementos
coesivos de referência: palavras que remetem
a outras em um mesmo texto;
Reconstrução e reposição de palavras ou
frases subentendidas no texto;
Identificação de empréstimos recentes de
234
outra língua (inglês);
Observação de incorporação de novas
palavras da área da informática ao
vocabulário da língua portuguesa;
Organização de redes semânticas de palavras
em letras de canção;
Adequação da linguagem do interlocutor
possível;
Emprego dos conectivos próprios do texto
instrucional;
Utilização das formas e modos verbais;
Compreensão do parágrafo como uma
unidade de sentido;
Estudo dos pronomes oblíquos átonos como
elementos coesivos;
Uso de procedimentos de substituição para
evitar repetições de palavras e expressões;
Observação da concordância verbal;
Emprego de elementos coesivos para unir
orações;
Análise da onomatopeia como recurso da
história em quadrinhos;
Uso de sinais de pontuação como recursos de
ênfase na linguagem da historia em
quadrinhos;
Identificação das características de uma
noticia e dos elementos básicos que a
compõe;
Abreviaturas e siglas;
Reconhecimento de tempo e aspectos
verbais;
Reconhecimento da linguagem clara e precisa
como forma de organização do texto
235
informativo;
Reconhecimento da estrutura textual do
gênero notícia: pirâmide invertida e perguntas
clássicas a que a noticia responde;
Análise da função de elementos de uma
primeira página de jornal: cabeçalho,
manchete, chamadas, lide, índice, fotos,
legenda e infográfico;
Reconhecimento dos índices linguísticos que
diferenciam um relato ficcional de uma notícia;
Reconhecimento dos índices linguísticos que
diferenciam o texto ficcional do texto de
informação cientifica;
Identificação da estrutura narrativa do gênero
lenda: sequência, personagens, espaço,
tempo, narrador;
Analise da linguagem precisa do texto de
divulgação cientifica.
6ª SÉRIE / 7º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Discurso como
prática social
Oralidade
Participação ativa em grupos de trabalho com
objetivos determinados através de
manifestação de opiniões e críticas;
Participação em debates coletivos,
respeitando as normas básicas da
comunicação oral;
Participação em atividades de teatro lido e
dramatizado;
Elaboração de perguntas para entrevistas
236
coletivas na escola;
Exploração de características próprias da
linguagem falada;
Dramatização: leitura de notícias, ajuste do
papel de apresentador de programa televisivo
de notícias.
Discurso como
prática social
Leitura
Leitura e compreensão de diferentes
gêneros/tipologias textuais: textos do
cotidiano, guia de cinema, gráficos, primeira
página de jornal, textos de opinião,
argumentativo, narrativas longas (fábulas,
lendas, romances, contos, poemas, etc.),
informativos: jornais e revistas (notícia,
reportagem, entrevista, etc), provenientes de
diversas culturas, enfatizando a Afro-
descendência.
Discurso como
prática social
Escrita
Elaboração de perguntas para entrevistas,
tendo em vista objetivos determinados.
Observação de algumas normas técnicas para
apresentação de trabalhos científicos: capa,
folha de rosto, sumário, referências.
Elaboração de anúncio publicitário,
considerando-se o interlocutor, o suporte
textual e a finalidade do anúncio.
Pesquisa sobre história da música popular
brasileira e posterior registro.
Escrita de texto instrucional.
Desenvolvimento de narrativa ficcional a partir
do enredo básico.
Paródia de um conto de fadas.
Improvisação de diálogos.
Construção de narrativa ficcional a partir de
dados históricos.
237
Escrita de carta de leitor para comentar
reportagem lida.
Transcrição de história em quadrinhos para a
linguagem exclusivamente verbal.
Escrita de parágrafo argumentativo, dada uma
determinada situação.
Escrita de diálogos em histórias em
quadrinhos dada.
Escrita de notícias a partir de dados
fornecidos.
Elaboração do resumo de reportagem lida.
Discurso como
prática social
Análise
linguística:
(perpassando
as práticas da
leitura,
oralidade e
escrita)
Reconhecimento da importância de campos
léxicos para busca de informações
Reconhecimento das especificidades do
verbete de dicionário: abreviaturas, entradas
léxicas, informações adicionais;
Usa da vírgula, dos parênteses e dos
travessões para esperar informações de
ordem explicativa;
Uso do imperativo em textos publicitários;
Reconhecimento da função do logotipo como
estratégia publicitária;
Identificação de versos, estrofes e refrões;
Localização e identificação de rimas;
Identificação de marcas típicas da modalidade
oral;
Uso dos discursos direto e indireto;
Adequação do discurso ao interlocutor
possível;
Identificação de níveis de registro (formal e
informal);
Identificação de índices que permitem
compreender a imagem do locutor (homem,
238
mulher, criança);
Uso do pronome eu/mim segundo a língua
padrão;
Análise do uso dos tempos verbais no relato
histórico;
Utilização dos verbos no modo indicativo;
Análise do uso de tempos verbais para
diferenciar relato e comentário;
Caracterização das sequências discursivas,
narrativas e argumentativas;
Análise dos componentes da narrativa;
Observação da linguagem econômica da
história em quadrinhos;
Uso dos sinais de pontuação como recurso de
ênfase na linguagem das histórias em
quadrinhos;
Uso de elementos coesivos que permitem a
progressão textual;
Análise de mecanismos linguísticos para o uso
de discurso citado em textos da imprensa;
Observação e análise do uso da sigla em
textos jornalísticos.
7ª SÉRIE / 8º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Participação ativa em grupos de trabalho com
objetivos determinados;
Identificação de razões de mal entendidos na
comunicação oral e suas soluções;
Análise da leitura oral: tom de voz, pausa e
239
Discurso como
prática social
Oralidade
postura, analisando e refletindo sobre
recursos e procedimentos de uma exposição
oral;
Reflexão sobre a importância de saber ouvir;
Seleção adequada ao gênero de recursos
discursivos, semânticas e gramaticais,
prosódicas e gestuais;
Emprego de recursos escritos como apoio
para manutenção da continuidade da
exposição;
Leitura dramatizada de contos, crônicas,
novelas e textos literários;
Enquetes, entrevistas com familiares e
pessoas da comunidade;
Apresentação de programas radiofônicos.
Discurso como
prática social
Leitura
Leitura e compreensão de diferentes
gêneros/tipologias textuais: textos do
cotidiano como piadas, charge, texto teatral,
depoimentos, narrativas longas (fábulas,
lendas, romances, contos, poemas, etc.),
informativos: jornais e revistas (notícia,
reportagem, entrevista, etc), provenientes de
diversas culturas, enfatizando a Afro-
descendência.
Planejamento de palestra, elaboração de
resumo esquemático.
Escrita de nota crítica sobre filme.
Elaboração coletiva de resenha sobre
programa de televisão.
Escrita de conto, textos narrativos,
argumentativos de opinião, instrucional,
descritivos, propagandas.
Criação de enredos a partir de sinopses
240
Discurso como
prática social
Escrita
dadas.
Registro de pesquisas.
Elaboração de textos argumentativos a partir
de notícias previamente lidas e analisadas.
Relatório escrito de visitas e realizações de
projetos sociais.
Criação de textos de divulgação de um
produto.
Criação de propagandas utilizando recursos
não verbais.
Discurso como
prática social
Análise
linguística:
(perpassando
as práticas da
leitura,
oralidade e
escrita)
Reconhecimento da importância de campos
lexicais para a busca de informação;
Reconhecimento das características
especificas de textos expositivos orais;
Análise e reflexão sobre o uso de adjetivos
em textos de opinião;
Reconhecimento de elementos linguísticos
que identificam o tipo de narrador;
Uso de pontuação para indicar falas dos
personagens em textos narrativos;
Reconhecimento de elementos da narrativa;
Observação da manipulação produzidas por
escolhas linguísticas;
Análise de elementos linguísticos que
diferenciam um relato mitológico de um texto
de divulgação cientifica;
Análise de elementos coesivos em diferentes
tipologias textuais;
Observação de elementos linguísticos que
conferem sentido ao texto;
Análise de efeitos de sentidos pelo uso de
pronomes de tratamento e dos valores
implícitos no uso de “você” e “senhor”;
241
Uso de expressões próprias da língua falada
para busca de interação convencional;
Observação e análise dos indícios linguísticos
que indicam manipulação em uma entrevista;
Uso do discurso direto e indireto;
Análise dos efeitos produzidos por diferentes
verbos e tempos verbais, introduzidos no
discurso direto;
Estudo e uso de recursos conectivos próprios
da argumentação;
Reconhecimento de relações lógicas no
interior do texto causa/efeito, sequência
temporal;
Análise da função do logotipo;
Análise das características estruturais do
anuncio publicitário;
Analisar a importância da acentuação em um
texto;
Analisar o uso e a importância do acento nos
plurais dos verbos: ter, conter, deter, intervir;
Aprimorar o estudo da ortografia;
Analisar os recursos de coesão textual,
evitando a repetição de palavras;
Analisar o efeito consequente do uso de
advérbios e locuções adverbiais;
Analisar a ocorrência da contração do artigo
com a preposição;
Analisar o uso dos parênteses e aspas no
texto;
Relacionar esse emprego às pessoas do
discurso;
Reconhecer o uso do imperativo em textos
publicitários e instrucionais – e a formação do
242
imperativo;
Diferenciar adjetivo de locução adjetiva;
Reconhecer tempos e conjugações no modo
subjuntivo;
Transformar o discurso informal em formal;
Reconhecer o emprego da linguagem
figurada.
8ª SÉRIE / 9º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Discurso como
prática social
Oralidade
Participação em conversações com objetivos
determinados em grupos de trabalho,
comparando fenômenos linguísticos
observados na fala e na escrita em diferentes
variedades regionais do Brasil;
Recitação de poemas, valorizando aspectos
fônicos: rima, ritmo, assonâncias, aliterações,
exaltando a literatura popular oral;
Leitura dramatizada de contos, reconhecendo
diferenças de entonação, expressão facial e
corporal, etc.;
Produção e dramatização de paródias,
entrevistas, divulgação de livros de trabalhos,
cenas de livros, filmes, telenovelas, peças de
teatro, etc.
Discurso como
prática social
Leitura
Leitura e compreensão de diferentes
gêneros/tipologias textuais: textos do
cotidiano como anúncios, pichações, textos
científicos, textos argumentativos, narrativas
longas (romances, contos, poemas, etc.),
243
informativos: jornais e revistas (notícia,
reportagem, entrevista, etc), provenientes de
diversas culturas, enfatizando a Afro-
descendência.
Discurso como
prática social
Escrita
Registro de pesquisa sobre gêneros textuais
presentes em meios impressos.
Organização de antologias de poemas.
Escrita de contos a partir de introduções
dadas, respeitando as características do texto
narrativo e utilizando, na produção, os
elementos básicos da narrativa.
Produções de paródias.
Produção de textos instrucionais.
Pesquisa e produção de tiras, charges,
caricaturas, cartuns e histórias em
quadrinhos.
Produção de notícias, editoriais, classificados,
de acordo com os estilos de jornais
estudados.
Produção de textos dissertativos.
Discurso como
prática social
Análise
linguística:
(perpassando
as práticas da
leitura,
oralidade e
escrita)
Reconhecimento do universo discursivo
dentro do qual cada tipo e gênero de texto se
inserem, considerando as intenções do
enunciador, os interlocutores, os
procedimentos narrativos, descritivos,
expositivos, argumentativos, e
conversacionais que privilegiam;
Identificação de versos, estrofes e refrões;
Observação da regularidade métrica e
identificação de rimas;
Reconhecimento das figuras de linguagem
como recursos expressivos da linguagem
poética;
244
Análise dos elementos linguísticos que
identificam os elementos da narrativa;
Uso da pontuação para indicar a fala dos
personagens no texto narrativo;
Emprego de tempos verbais na narrativa;
Análise e emprego de elementos coesivos,
próprios da sequência narrativa: conectivos
temporais e lógicos;
Articulação entre conhecimentos prévios e
informações textuais para dar conta de
ambiguidades, ironias e expressões figuradas,
opiniões e valores implícitos;
Análise das implicações discursivas
decorrentes do uso da virgula em orações
subordinadas adjetivas;
Observação e uso do pronome relativo ONDE
como elemento coesivo;
Observação e análise da inclusão de recursos
linguísticos para inclusão dos outros no
discurso;
Uso de pronomes pessoais e de vocativo
como recursos de persuasão;
Análise e uso de recursos expressivos usados
nas charges, tiras, cartuns, etc.;
Utilização das regularidades observadas
como parte das estratégias usadas para
solução de problemas de ortografia e de
acentuação gráfica;
Observação dos efeitos produzidos por
determinadas escolhas linguísticas: uso da
voz passiva, voz ativa e voz reflexiva;
Observação e análise dos períodos
compostos: orações coordenadas e orações
245
subordinadas;
Estudo e emprego da concordância verbal e
nominal e da regência verbal e nominal;
Reconhecimento e análise do uso obrigatório,
proibitivo e facultativo da crase.
1ª, 2ª E 3ª SÉRIES
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Discurso como
prática social
Oralidade
Conversações com objetivos determinados em
grupos de trabalho e exposição oral de
pesquisas realizadas;
Apresentação de teatros;
Recitação de poemas (sonetos);
Dramatização de contos;
Simulação de discursos políticos;
Análise da unidade de sentido do texto oral;
Debates regrados sobre assuntos polêmicos;
Escuta de gravações de telejornais para
posterior análise do discurso oral usado;
Particularidades de pronúncia de algumas
palavras;
Elaboração de argumentos convincentes para
defender suas ideias (júri-simulado).
Discurso como
Leitura
Interpretação textual de diferentes gêneros
textuais, observando:
conteúdo temático
interlocutores
fonte
intencionalidade
ideologia
246
prática social informatividade
situacionalidade
marcas linguísticas
Identificação do argumento principal e dos
argumentos secundários;
As particularidades (lexicais, sintáticas e
composicionais) do texto em registro formal e
informal;
As vozes sociais presentes no texto;
Relações dialógicas entre textos;
Textos verbais, não - verbais, midiáticos;
Estética do texto literário;
Contexto de produção da obra literária;
Diálogo da literatura com outras áreas
(História / Artes).
Discurso como
prática social
Escrita
Adequação ao gênero: conteúdo temático,
elementos composicionais, marcas
linguísticas;
Argumentação;
Coesão e coerência textual;
Finalidade do texto;
Paragrafação;
Paráfrases de textos;
Resumos;
Diálogos textuais (intertextualidade);
Refacção textual;
Vícios de linguagem;
Produções de diversos gêneros textuais
(dissertativo, narrativo, poético, informativo,
resenhas, charges, transposição dos dados
de gráficos para textos exclusivamente
verbais, carta de reclamação, paródia,
propagandas.
247
1ª SÉRIE
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Discurso como
prática social
Análise
linguística:
(perpassando
as práticas da
leitura,
oralidade e
escrita)
Conotação e denotação;
Figuras de pensamento e linguagem;
Funções da linguagem;
A pontuação e seus efeitos;
Gírias, neologismos e estrangeirismos;
Acentuação gráfica;
Variações linguísticas;
Elementos coesivos;
Elementos estruturais do texto poético;
Elementos estruturais do texto narrativo;
Polissemia.
2ª SÉRIE
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Discurso como
prática social
Análise
linguística:
(perpassando
as práticas da
leitura,
oralidade e
escrita)
Vícios de linguagem;
Discurso direto, indireto e indireto livre na
manifestação das vozes que falam no texto;
Os substantivos e sua função referencial no
texto;
Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo
como elementos do texto;
Acentuação gráfica;
A pontuação e seus efeitos;
Elementos coesivos;
Concordância verbal e nominal;
248
Coesão textual;
Coerência textual.
3ª SÉRIE
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Discurso como
prática social
Análise
linguística:
(perpassando
as práticas da
leitura,
oralidade e
escrita)
Coordenação e subordinação nas orações do
texto;
Procedimentos de concordância verbal e
nominal;
Acentuação gráfica;
A pontuação e seus efeitos;
Elementos coesivos;
Colocação pronominal;
Crase;
Coesão textual;
Coerência textual;
Variações ortográficas- revisão
8.14.5. Metodologia
O cerne do ensino em Língua Portuguesa se constitui no trabalho com o
texto. Este deverá ser entendido como um material verbal, produto de uma
determinada visão de mundo, de uma intenção e de um momento de produção. O
núcleo do trabalho do professor será criar situações de contato com visões do real,
via texto, para que o aluno desenvolva um controle sobre os processos interacionais.
É importante, nesse sentido, trazer para a sala de aula todo o tipo de texto
literário, informativo, dissertativo, publicitário, colocando estas linguagens em
confronto, não apenas as suas formas particulares, mas o conteúdo veiculado por
elas.
249
A ação pedagógica se pauta numa postura interlocutiva, vivenciada oralmente
e por escrito, por meio de atividades planejadas para que o aluno expresse suas
ideias, experiências, conhecimento, sentimentos, etc., na fala e na escrita, tanto
quanto reflita sobre o uso da linguagem em diferentes contextos e situações.
O trabalho de Língua Portuguesa, nesse contexto, se realiza a partir da
prática de oralidade, leitura, escrita, apresentados a seguir.
Oralidade:
Apresentação de temas variados (histórias de família, da comunidade, em
filme, um livro), depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno
ou pessoas de seu convívio; dramatização; debates; seminários; júris-simulado;
troca de opiniões; contação de histórias; declamação de poemas, etc.
No discurso oral, devem ser enfatizadas as similaridades e diferenças que
precisam ser refletidas sobre a modalidade oral e escrita. É fundamental saber ouvir,
escutar com atenção e respeitar os mais diferentes interlocutores.
Escrita:
As atividades com a escrita realizar-se-ão de modo interlocutivo, podendo-se
relacionar o dizer escrito às circunstâncias de produção; isso implica o produtor do
texto assumir-se como locutor. Diversos gêneros serão trabalhados em sala: convite,
bilhete, editorial, carta do leitor, resultado de consultas bibliográficas, resumos,
resenhas, crônicas, contos, etc. Alguns procedimentos na prática de escrita:
1º O professor planeja o que será escrito;
2º Alunos escrevem a primeira versão sobre a proposta apresentada;
3º Alunos revisam, reestruturam e reescrevem os textos conforme a
intenção que se teve ao produzi-lo.
A prática da produção textual constitui um ato linguístico fundamental na
aprendizagem da língua. É preciso que os alunos se envolvam com os mais diversos
textos que produzem, assumindo de fato a autoria do que escrevem. Ao se
perceber como autor, o aluno poderá aprimorar sua condição de escritor. Este
contato do aluno com a produção escrita de diferentes tipos textuais, permite-lhe
ampliar o próprio conceito de gênero.
O envolvimento do aluno e do professor com a escrita é um processo que
acontece em vários momentos: o da motivação para a sua produção; o da reflexão
250
que precede e acompanha todo o desenvolvimento da produção; o da revisão,
reestruturação e reescrita do texto, que também acaba se constituindo num
momento de reflexão.
Durante a revisão do texto, como situação didática, o professor seleciona em
quais aspectos pretende que os alunos se concentrem, uma vez que não é possível
tratar de todos ao mesmo tempo.
Assim, na interação com os mais variados textos, pela ação do professor e,
principalmente pela atividade de ler e escrever que o aluno vai se apropriar das
especificidades que caracterizam a modalidade escrita de linguagem.
Leitura:
Será desenvolvida através de questões abertas, discussões, debates,
interpretações de diversos gêneros textuais. Referente à Literatura, serão
selecionadas obras que contemplem diversos movimentos literários.
A leitura é um modo de exercitar a atenção, a memória e o pensamento,
requisitos necessários para a efetiva aprendizagem. Formar leitores competentes é
formar as bases para que as pessoas continuem a aprender durante toda a vida, é
instrumentalizá-las para o exercício da cidadania, é combater a alienação e a
ignorância.
Por isso, a leitura na escola precisa ser vista como uma prática consistente do
leitor perante a realidade. É uma interação em que o autor e o leitor constróem os
sentidos de um texto o que significa que para o fenômeno da compreensão este traz
sua experiência sócio-cultural determinando, assim, leituras diferentes para cada
leitor e, também, para um mesmo leitor, conforme seus conhecimentos, interesses e
objetivos naquele momento.
Um texto fornece várias informações, conhecimentos, opiniões, que
favorecem a reflexão e ampliação de sentido sobre o que foi lido. Assim, é
importante que a leitura seja vista em função de uma concepção interacionista de
linguagem, segundo a qual se busca formar leitores no âmbito escolar. Segundo
Bakhtin (1986), o texto deve ser entendido como um veículo de intervenção no
mundo.
Algumas estratégias, na escola, favorecem o envolvimento com a leitura:
cercar os alunos de livros que possam ser folheados; proporcionar ambiente atrativo;
ler trechos de obras; ilustrar textos lidos; leitura de obras prediletas; produzir textos
251
sobre o que foi lido; discutir o título e as ilustrações da história; encontrar músicas
relativas ao texto; criar momentos em que os alunos exponham suas ideias, opiniões
e experiências de leitura, escolher e trabalhar a leitura de forma não repetitiva.
Análise Linguística:(perpassando as práticas da oralidade, leitura e escrita):
Desenvolvimento de atividades que levem o aluno a refletir sobre seu próprio
texto, fazer revisão, reestruturação ou refacção e análise coletiva de um texto
selecionado. Todas as atividades de gramática focalizam o texto como parte da
atividade discursiva, possibilitando ao aluno usar os conhecimentos adquiridos por
meio da prática de análise linguística para expandir sua capacidade de monitoração
das possibilidades de uso da linguagem, ampliando a capacidade de análise crítica.
Literatura:
O trabalho com a literatura em sala de aula permite que o aluno perceba seu
papel na interação com o texto, uma vez que este carrega em si ideologias.
Esta abordagem pode contemplar diferentes gêneros textuais, assim como
diferentes meios de comunicação como a televisão, cinema, teatro.
Além dos literários, pode-se contemplar também os textos de imprensa:
noticias; editoriais, artigos, reportagens, entrevistas, textos lúdicos (trava-língua,
quadrinhas, adivinhas, parlendas e piadas). Verbetes enciclopédicos, relatórios,
artigos e textos didáticos precisam também ser trabalhados.
8.14.6. Avaliação
Avaliar é mais do que dar nota, é perceber dificuldades e apontar caminhos
para o sucesso da aprendizagem, levando em consideração as diferentes
inteligências dos educandos. Portanto, a avaliação será processual (cada atividade é
momento de avaliação), diagnóstica (para detectar problemas e mudar a rota,
possibilitando a intervenção pedagógica a todo momento), formativa e somativa.
Na oralidade avalia-se a adequação dos diferentes discursos nas mais
diversas situações de uso de acordo com os interlocutores, por meio de
apresentações orais de textos, poemas, notícias, mensagens, dramatizações,
apresentações públicas, seminários, debates, entrevistas, relatos de histórias.
Nessas atividades será verificada a participação do aluno nos diálogos, relatos, etc;
252
observando-se a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala,
e como apresenta os argumentos para defender seus pontos de vista. Em certas
situações o próprio aluno será colocado como avaliador de textos orais com os quais
convive: programas de televisão, discursos políticos, etc.
Na leitura serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a
compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos.
Através de questões abertas, serão desenvolvidas atividades de discussão, debates
e reflexões, analisando a capacidade do aluno de se colocar diante do texto, bem
como avaliar a fluência, clareza, pontuação e a compreensão do texto lido e a
relação deste com o mundo e suas experiências, independente do gênero.
A análise linguística é a reflexão do uso da língua, aspectos gramaticais e
interpretação, percebendo o que há no texto e nas entrelinhas do texto. Os
elementos linguísticos serão avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada,
deixando de ser feito um trabalho com a gramática a partir de exercícios tradicionais,
mas sim, levar o aluno a compreender o que seja um bom texto, sua organização, os
elementos de conexão e adequação dos discurso considerando o destinatário.
Na escrita, o texto será visto como uma fase do processo de produção, nunca
como produção final. Verificar-se-á a coesão e coerência textual, a adequação à
proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem está de acordo com o contexto
exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a organização dos parágrafos.
Em certos momentos, o aluno se posicionará como avaliador dos textos que o
rodeiam e de seu próprio texto. No momento da reescrita certos aspectos serão
observados: se a intenção do texto foi alcançada, se há relação entre as partes do
texto, se há necessidade de cortes, substituições, etc.
Não esquecendo que a avaliação também é momento de aprendizagem,
portanto, deve ser tempo de reflexão e de redirecionamento do fazer pedagógico.
8.14.7. Referências
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a escola Pública do Estado do Paraná. Curitiba: SEED,1990.
253
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008
254
8.15. MATEMÁTICA
8.15.1. Apresentação da disciplina
Indivíduos e povos têm, ao longo de suas existências e ao longo da história,
criado e desenvolvido instrumentos de reflexão, de observação, instrumentos
teóricos e, associados a esses, técnicas, habilidades e teorias, (Techbné, ticas) para
explicar, entender, conhecer, aprender (matema), para saber e fazer como resposta
a necessidade de sobrevivência, em ambientes naturais, sociais e culturais (etnos).
Os povos das antigas civilizações, os babilônios, por volta de 2000 a.C.,
foram os primeiros a apresentarem registros na humanidade sobre configurações
físicas e geométricas, comparação de formas, tamanhos e quantidades.
Como campo do conhecimento, somente mais tarde é que gregos, nos
séculos VI e V a.C., estabeleceram regras, princípios lógicos e exatidão de
resultados. Com os pitagóricos ocorreram as primeiras discussões sobre a
importância e o papel da Matemática no ensino e na formação das pessoas.
Com os platônicos, buscava-se, pela Matemática, um instrumento que,para
eles, instigaria o pensamento do homem. Essa concepção arquitetou as
interpretações e o pensamento matemático de tal forma que influencia no ensino de
Matemática até os dias de hoje.
Existe, portanto, um corpo de conhecimentos comuns a inúmeras civilizações,
composto por processos de organização, classificação, contagem e medições,
mescladas com manifestações que podem ser identificadas com arte, religião,
música, técnicas e ciências, reconhecido academicamente como Matemática.
O conhecimento matemático é um bem cultural produzido na relação do
homem com a Natureza e com outros homens. Assim, são os homens que, ao se
relacionarem com o meio e com os outros homens, procurando respostas às suas
necessidades, produzem o conhecimento.
Esse conhecimento deve ser meio para produzir, expressar e comunicar suas
idéias atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação; questionar a
realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para isso o
pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica,
selecionando procedimento e verificando sua adequação.
255
Ao analisar os conteúdos e objetivos propostos para o ensino da matemática,
entende-se que para serem alcançados é necessário compreender a verdadeira
função social da escola, o que se confirma na DCE (p. 11, 2008) “a aprendizagem
da Matemática consiste em criar estratégias que possibilitam ao aluno atribuir
sentido e construir significado às idéias matemáticas de modo a tornar-se capaz de
estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar.” Partindo dessa concepção,
após sua apropriação, os conhecimentos matemáticos servirão como instrumentos
que auxiliam a compreender, descrever e modificar a realidade. Assim, a Matemática
tem um valor formativo que ajuda a estruturar o pensamento dedutivo, porém
também desempenha um papel instrumental, pois é uma ferramenta que serve para
a vida cotidiana e para suas tarefas especificas em quase todas as atividades
humanas.
Quando se fala sobre o que é ensinar Matemática, surge uma preocupação, a
qual aflora, atualmente, de forma desafiadora para o professor, exigindo que o
mesmo faça uma interpretação da educação mediante uma postura filosófica,
relacionando sua maneira de ver o conhecimento matemático e do aluno, uma vez
que este é um processo cumulativo, intencional, racional e histórico. O acesso a este
conhecimento pode contribuir para as transformações sociais, não apenas por meio
da socialização (em si mesma) do conhecimento matemático, mas, também, por
meio de uma dimensão política, contida na própria relação entre o conteúdo
matemático e a forma de seu ensino-aprendizagem.
Segundo KOCH:
Ensinar Matemática é interferir de maneira que o aluno aprenda: não é deixá-lo construir sozinho, nem supor que tudo o que se explica será aprendido. Ensinar não é, pois, explicar e depois propor problemas, mas é fazer com que o aluno, ao tentar resolver um problema novo, ponha em ação o seu saber, tente novas soluções que ainda não conhece (mas que podem ser socializadas e discutidas no grupo) e produzir um conhecimento em direção ao novo. Esta incompletude de “falta de ensinar” dá sentido ao novo conhecimento que o professor pretende ensinar e possibilita o aprender. (1998, p. 85/86)
Mostrar a Matemática como elaboração humana para entender o mundo é a
meta do professor. É necessário favorecer a postura reflexiva e investigadora, e
colaborar para a construção da autonomia de pensamento e ação. O ensino da
Matemática não pode ser voltado para um futuro distante, pois, conhecer os
256
conteúdos da matemática é ampliar a possibilidade de participação social e
desenvolvimento mental e assim, capacitar o aluno a exercer desde já seu papel
como cidadão do mundo. Em acordo com a DCE (p.13, 2008 apud LORENZATO e
VILA, 1993, p. 41) “é imprescindível que o estudante se aproprie do conhecimento
matemático de forma que 'compreenda os conceitos e princípios matemáticos,
raciocine claramente e comunique idéias matemáticas, reconheça suas aplicações e
aborde problemas matemáticos com segurança'.” Logo é dever e responsabilidade
dos educadores direcionar o trabalho pedagógico de forma a permitir que esse saber
escolar tenha relação com o saber que o aluno já detém. O conhecimento
matemático, é expresso hoje por meio de uma linguagem altamente elaborada, cuja
aparência formalizada parece desprender-se totalmente do mundo em que vivemos.
É na interação destes saberes que o aluno poderá ter acesso ao conteúdo
construído historicamente, em sua forma mais elaborada, sem desvinculá-lo de sua
prática social.
Entendendo que escola é a instituição incumbida da transmissão do
conhecimento científico, e que a partir desse conhecimento deve contribuir para a
formação do cidadão e para o seu desenvolvimento como pessoa. É necessário
contribuir para a formação de indivíduos autônomos, com capacidade de adaptar-se
as mudanças constantes e de enfrentar permanentemente novos desafios.
A matemática é utilizada como base nos diversos ramos do conhecimento e
também na formação do individuo, é aplicada aos fenômenos do mundo real. Assim
a disciplina de matemática desenvolverá seus conteúdos fazendo a reflexão e
contextualização com os temas das relações étnico-raciais, história da cultura afro-
brasileira e africana, conforme lei nº 10639, de 09/01/2003 que inclui oficialmente no
currículo a obrigatoriedade do ensino desta temática na rede de ensino.
Matemáticos, antes pesquisadores, tornaram-se também professores e
passaram a se preocupar mais diretamente com as questões de ensino. Para sua
prática docente, alguns professores de Matemática começaram a buscar
fundamentação não somente nas teorias matemáticas,mas em estudos psicológicos,
filosóficos e sociológicos. A partir desses congressos, começou-se a pensar num
ensino de matemática que articulasse, numa única disciplina, a Aritmética, a
Álgebra, a Geometria, a Trigonometria, etc.
Assim, a concepção de ensino da matemática tem como pressuposto o
caráter social do conhecimento matemático, a relação entre o conhecimento
257
historicamente produzido e a lógica de sua elaboração, enquanto fatores
inteiramente ligados, portanto a Matemática caracteriza-se como forma de
compreender e atuar no mundo e o conhecimento gerado nessa área do saber como
fruto da construção humana na sua interação constante como o contexto natural,
social e cultural. Com a presente proposta professores e alunos devem desenvolver
uma concepção de matemática que permita a todos o acesso aos conhecimentos e
instrumentos matemáticos, necessários para participarem e interferirem na
sociedade em que vivem.
8.15.2. Objetivos
Adotar uma atitude positiva em relação à matemática, ou seja,
desenvolver sua capacidade de “fazer matemática” construindo conceitos
e procedimentos, formulando e resolvendo problemas para si mesmo e,
assim, aumentar sua auto-estima e perseverança na busca de soluções
para um problema;
Perceber que os conceitos e procedimentos matemáticos são úteis para
compreender o mundo e, compreendendo-o, poder atuar melhor nele;
Pensar logicamente, relacionando idéias, descobrindo regularidades e
padrões, estimulando sua curiosidade, seu espírito de investigação e sua
criatividade na resolução de problemas;
Observar sistematicamente a presença da matemática no dia-a-dia
(quantidades, números, formas geométricas, simétricas, grandezas e
medidas, tabelas e gráficos, “previsões”, etc.);
Formular e resolver situações-problema. Para isso, o aluno deverá ser
capaz de elaborar planos e estratégias para a solução do problema,
desenvolvendo varias formas de raciocínio (estimativa, analogia, indução,
busca de padrão ou regularidade, pequenas inferências lógicas, etc.),
executando esses planos e essas estratégias com procedimentos
adequados;
Integrar os vários eixos temáticos da matemática (números e operações,
geometria, grandezas e medidas, raciocínio combinatório, estatística e
probabilidade) entre si e com outras áreas do conhecimento;
Comunicar-se de modo matemático, argumentando, escrevendo e
258
representando de varias maneiras (com números, tabelas, gráficos,
diagramas, etc.) as idéias matemáticas;
Interagir com os colegas cooperativamente, em dupla ou em equipe,
auxiliando-os e aprendendo com eles, apresentado suas idéias e
respeitando as deles, formando, assim, um ambiente propicio à
aprendizagem.
Ler e interpretar textos de Matemática;
Ler, interpretar e utilizar representações matemáticas (tabelas, gráficos,
expressões etc.);
Transcrever mensagens matemáticas da linguagem corrente para
linguagem simbólica (equações, gráficos, diagramas, fórmulas, tabelas
etc.) e vice-versa;
Exprimir-se com correção e clareza, tanto na língua materna, como na
linguagem matemática, usando a terminologia correta;
Produzir textos matemáticos adequados;
Utilizar adequadamente os recursos tecnológicos como instrumentos de
produção e de comunicação;
Utilizar corretamente instrumentos de medição e de desenho;
Identificar o problema (compreender enunciados, formular questões etc.);
Procurar, selecionar e interpretar informações relativas ao problema;
Formular hipóteses e prever resultados;
Selecionar estratégias de resolução de problemas;
Interpretar e criticar resultados numa situação concreta;
Distinguir e utilizar raciocínios dedutivos e indutivos;
Fazer e validar conjecturas, experimentando, recorrendo a modelos,
esboços, fatos conhecidos, relações e propriedades;
Discutir idéias e produzir argumentos convincentes;
Desenvolver a capacidade de utilizar a Matemática na interpretação e
intervenção real;
Aplicar conhecimentos e métodos matemáticos em situações reais, em
especial em outras áreas do conhecimento;
Relacionar etapas da história da Matemática com a evolução da
humanidade;
Utilizar adequadamente calculadoras e computador, reconhecendo suas
259
limitações e potencialidades.
8.15.3. Conteúdos
5ª SÉRIE / 6º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Números e álgebra
Sistemas de Numeração
Sistemas de numeração: sistemas egípcio,
babilônico e romano; sistema indo-arábico.
Números Naturais
Números naturais:
Leitura e escrita
Sucessor e antecessor
Operações: adição, subtração,
multiplicação, divisão, potenciação e
radiciação
Expressões numéricas
Múltiplos e divisores Divisibilidade: múltiplos e divisores
Critérios de divisibilidade
Números primos
Decomposição em fatores primos
Mínimo múltiplo comum (m.m.c)
Máximo divisor comum (m.d.c)
Potenciação e radiciação Potência com números naturais
Raiz quadrada de um nº natural
Números Fracionários
Números racionais absolutos:
Representação, comparação, leitura,
escrita e equivalência
Operações: adição, subtração,
multiplicação, divisão, potenciação e
radiciação
Fração decimal e números decimais;
Números decimais Números decimais:
Representação e leitura de números
decimais
Operações: adição, subtração,
260
multiplicação, divisão, potenciação e
radiciação
Transformação de números fracionários
em números decimais
Valor numérico de expressões algébricas,
apresentando as noções de variável e
incógnita
Grandezas e medidas
Medidas de comprimento
Medidas de comprimento;
Unidade padrão(Múltiplos e submúltiplos)
Transformação de unidades
Cálculo de perímetro de figuras
geométricas planas;
Medidas de Massa
Medidas de massa;
Unidade padrão (múltiplos e submúltiplos)
Transformação de unidades
Medidas de área
Medidas de superfície, seus múltiplos e
submúltiplos;
Área de figuras geométricas planas;
Medidas de volume
Medidas de volume seus múltiplos e
submúltiplos;
Cálculo do volume de cubos e
paralelipípedos;
Medidas de tempo
Unidades de medidas de tempo;
Transformação de unidades;
Medidas de Ângulos
Ângulo reto, agudo e obtuso;
Sistema Monetário Moeda brasileira: O Real com seus
múltiplos e submúltiplos;
Geometrias
Geometria Plana
Ponto;
Reta e plano;
Semi-reta;
Segmento de reta;
Ângulos;
Polígonos: Triângulos e Quadriláteros;
Cìrculo e circunferência;
Cálculo de área e perímetro
Classificação de figuras bidimensionais
Geometria Espacial Cálculo de volume do cubo e
paralelepípedos
Classificação de figuras tridimensionais;
261
Planificação de sólidos geométricos
Tratamento da
informação
Dados, tabelas e gráficos;
Coleta, organização e descrição de dados;
Leitura, interpretação e descrição de
dados por meio de tabelas, listas,
diagramas, quadros e gráficos;
Porcentagem; Cálculo de porcentagens por meio de
resolução de situações-problemas,
relacionando com os números fracionários
e decimais;
6ª SÉRIE / 7º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Números e álgebra
Números inteiros Números inteiros: conjunto e
subconjuntos;
Operações;
Expressões numéricas;
Números Racionais
Números racionais:
Operações;
Expressões numéricas;
Equação e inequação do
1º grau
Equações do 1° grau.
Noções de inequações do 1° grau.
Razão e Proporção
Noções de proporcionalidade: fração,
razão, proporção, semelhança e diferença;
Grandezas diretamente e inversamente
proporcionais;
Regra de três Regra de três simples e composta.
Grandezas e medidas
Medidas de temperatura Medidas de temperatura;
Ângulos Conceito de ângulo;
Medidas e classificação de ângulos;
Propriedades dos ângulos;
Geometrias
Geometria Plana;
Polégonos e classificação
Cálculo de área de figuras planas
262
Geometria Espacial;
Volume de cubos e paralelepípedos.
Representação cartesiana.
Geometria não-
Euclidianas.
Noções topológicas: conceitos de interior,
exterior, fronteira, vizinhança, conexidade,
curvas e conjuntos abertos e fechados;
Tratamento da
informação
Pesquisa Estatística;
Coleta, organização e descrição de dados;
Leitura, interpretação e descrição de
dados por meio de tabelas, listas,
diagramas, quadros e gráficos;
Gráficos de barras, colunas, linhas
poligonais, setores, curvas e histogramas;
Construção de gráficos
Média Aritmética;
Medias simples e ponderada;
Moda e Mediana;
Moda e mediana.
Juros simples; Calculo de juros simples;
7ª SÉRIE / 8º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Números e álgebra
Números irracionais Números reais: naturais, inteiros,
racionais;
Números irracionais;
O número π (pi)
Sistemas de equações do 1º
grau
Sistemas de equações do 1° grau.
Operações;
Representação no gráfico cartesiano;
Potências
Propriedades das potências;
Monômios e Polinômios
Polinômios:
Operações;
Frações algébricas:
Simplificação;
Equações fracionárias.
263
Valor numérico de expressões
algébricas.
Produtos notáveis
Produtos notáveis: cálculo e
representação geométrica;
Fatoração.
Operações;
Grandezas e medidas
Medidas de comprimento
Comprimento da circunferência
Medidas de Área
Área de polígonos e círculo;
Medidas de Ângulos Ângulos:
Unidades: fracionamento e cálculo;
Complementares e suplementares;
Opostos pelo vértice;
Feixe de paralelas cortadas por
transversais;
Geometrias
Geometria Plana
Polígonos:
Nomenclatura;
Número de diagonais;
Soma das medidas dos ângulos;
Triângulos:
Condição de existência;
Classificação;
Soma das medidas dos ângulos;
Altura, mediana, mediatriz e bissetriz;
Noções sobre o teorema de Pitágoras;
Congruência;
Quadriláteros:
Nomenclatura;
Soma das medidas dos ângulos;
Circunferência e círculo:
Comprimento da circunferência;
Área do círculo;
Posições relativas (reta e
circunferência, duas circunferências);
Arco, ângulo central, ângulo inscrito
Geometria Espacial Estudo de pirâmides, prismas e
cilindros.
264
Geometria Analítica
Representação gráfica no plano
cartesiano e relação com a álgebra;
Geometrias não-euclidianas Fractais e suas propriedades
Tratamento da
informação
Gráfico e informação Coleta, organização e descrição de
dados;
Leitura, interpretação e descrição de
dados por meio de tabelas, listas,
diagramas, quadros e gráficos;
População e amostra Noções de probabilidade
8ª SÉRIE / 9º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Números e álgebra
Números reais Números reais:
Naturais, inteiros, racionais, irracionais
e intervalos.
Potências:
Expoente natural;
Expoente inteiro negativo;
Notação científica;
Propriedades dos radicais
Radicais:
Expoente fracionário;
Simplificação;
Operações;
Equação do 2º grau
Equações biquadradas
Equações irracionais
Equações do 2° grau:
Incompletas;
Completas;
Fracionárias;
Biquadradas;
Irracionais;
Sistemas de equações do 2º grau.
Teorema de Pitágoras
Teorema de Pitágoras;
265
Regra de três composta Regra de três composta na resolução
de situações problemas;
Grandezas e medidas
Relações métricas no
triângulo retângulo
Trigonometria no triângulo
retângulo
Triângulo retângulo:
Teorema de Pitágoras;
Relações Métricas;
Trigonometria:
Razões trigonométricas no triângulo
retângulo;
Funções
Noção intuitiva de função
afim
Função:
Noções;
Lei da função;
Domínio;
Imagem;
Função polinomial do 1° grau.
Noção intuitiva de função
quadrática
Função polinomial do 2° grau.
Geometrias
Geometria Plana
Semelhança de Triângulos;
Soma de ângulos internos do um
triângulo e polígonos regulares;
Teorema de Talles;
Circunferência e círculo:
o Comprimento da
circunferência;
o Área do círculo;
o Relações métricas;
o Polígonos inscritos;
Áreas de figuras geométricas planas.
Geometria Espacial
Poliedros regulares e suas relações
métricas.
Volume de sólidos geométricos.
Medidas: comprimento, área, volume,
capacidade e massa.
Noções de desenho geométrico:
Geometria Analítica
Construções e representações no
espaço e no plano;
Construção de polígonos inscritos na
266
circunferência;
Definição e construção de baricentro,
ortocentro, incentro e circuncentro.
Geometrias não-euclidianas Fractais e suas propriedades;
Tratamento da
informação
Noções de análise
combinatória
Contagem com princípio multiplicativo
em situações problemas;
Noções de probabilidade
Espaço amostral
Experimentos aleatórios
Estatística
Construção de gráficos.
Média, moda e mediana.
Juros compostos Calculo de juros compostos: conceito
de taxa, capital e montante
1ª, 2ª e 3ª SÉRIES
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Números e Álgebra
Em construção
Grandezas e Medidas
Funções
Geometria
Tratamento da
informação
8.15.4. Metodologia
A escola é a instituição incumbida da transmissão do conhecimento científico,
e deve, portanto, contribuir para a formação do cidadão e para o seu
desenvolvimento como pessoa, em que as qualidades postuladas são a
solidariedade, a participação e o pensamento crítico.
267
É preciso formar indivíduos completos, dotados de conhecimentos mais
amplos e profundos, convencidos da necessidade de aperfeiçoar continuamente
seus conhecimentos. É necessário contribuir para a formação de indivíduos
autônomos, com capacidade de adaptar-se a mudanças constantes e de enfrentar
permanentemente novos desafios.
O mundo está em grande mudança, dado o grande e rápido desenvolvimento
da tecnologia. Máquinas de calcular, computadores, Internet, etc. são assuntos do
dia-a-dia. E todos eles têm ligações estreitas com a Matemática.
Portanto, deve-se levar em conta que se aprende Matemática fazendo
Matemática, e que essa aprendizagem está ligada a apreensão e atribuição de
significados. Os conteúdos não serão trabalhados de forma isolada, mas sim
articulando-se entre si. Serão abordados através de tendências metodológicas da
educação matemática, entre elas: resolução de problemas, modelagem matemática,
uso de mídias tecnológicas, etnomatemática, história da matemática e investigações
matemáticas. Para isso, alguns princípios devem orientar o trabalho:
A Matemática é importante na medida em que a sociedade necessita e
utiliza, cada vez mais, de conhecimentos científicos e recursos
tecnológicos. Portanto, deve ser mostrada como um todo e não como uma
sucessão de temas isolados, destacando-se as conexões existentes entre
situações da vida real, ou em outras disciplinas e suas representações
matemáticas e entre duas representações matemáticas equivalentes.
O ensino-aprendizagem de Matemática tem como ponto de partida a
resolução de problemas. A capacidade de resolver problemas deve ser
considerada como um eixo organizador do ensino da Matemática, pois
possibilita aos alunos mobilizar conhecimentos e gerenciar as informações
que estão ao seu alcance.
É fundamental compreender que os problemas não são um conteúdo e
sim uma forma de trabalhar os conteúdos, servindo como orientação para
a aprendizagem, pois proporcionam o contexto em que se pode apreender
conceitos, procedimentos e atitudes matemáticas.
A história da Matemática deve ser utilizada como um instrumento de
resgate da identidade cultural, e pode esclarecer idéias matemáticas que
estão sendo construídas pelo aluno, pois conceitos abordados em
268
conexão com sua história constituem veículos de grande valor formativo.
Os recursos tecnológicos devem ser utilizados como meios facilitadores e
incentivadores do espírito de pesquisa. As calculadoras, computadores,
televisão e vídeos deverão ser utilizados, pois permitem atividade de
exploração, recuperação e desenvolvimento e sua utilização traz
significativas contribuições ao ensino da matemática.
Os jogos são formas interessantes de propor problemas e devem ser
utilizados sempre que possível, pois permitem que sejam apresentados
de forma atrativa e que favoreçam a criatividade na busca de soluções.
Propiciam a simulação de situações - problema que exigem soluções vivas
e imediatas e possibilitam a construção de uma atitude positiva perante os
erros, sem deixar marcas negativas.
A promoção de atividades em grupo deve acontecer sempre que possível,
pois estimula a discussão e confrontação de idéias, levando o aluno a
respeitar o modo de pensar dos colegas, aprendendo com eles.
As atividades que estimulam a comunicação oral e escrita, a verbalização
de raciocínios, análises, processos e resultados devem ser valorizados,
pois levam o aluno a utilizar o vocabulário e as formas de representação
matemáticas adequadas. A linguagem do professor deve ser rigorosa, mas
adequada ao nível de desenvolvimento do aluno.
A seleção e organização de conteúdos devem levar em conta sua
relevância social e sua contribuição para o desenvolvimento intelectual do
aluno.
A Educação Matemática deve valorizar a história dos estudantes através
do reconhecimento e respeito de suas raízes culturais.
O Ensino e Aprendizagem da Matemática devem valorizar também o aluno
no seu contexto social, levantando problemas que sugiram
questionamentos sobre situações da vida.
Através da etnomatemática pretende-se trabalhar questões de relevância
social que produzem o conhecimento matemático.
Com a modelagem matemática será possível a problematização de
situações do cotidiano, com a valorização do aluno no contexto social.
As mídias tecnológicas como softwares, televisão, calculadoras e
269
aplicativos da internet, favorecem as experimentações matemáticas e
potencializam as formas de resolução de problemas.
Na investigação matemática, o aluno é solicitado a propor questões e
formular conjecturas a respeito do que está sendo investigado.
Dentro do conteúdo estruturante tratamento da informação serão
trabalhados conteúdos que apresentam dados que contemplem a História
e Cultura Afro-Brasileira, História do Paraná e Educação Ambiental.
Não existe um caminho como único e melhor para o ensino da Matemática,
mas conhecer e utilizar diversas possibilidades de trabalho é fundamental para que
o professor construa sua prática.
8.15.5. Avaliação
A avaliação é um instrumento fundamental para fornecer informações sobre
como está se realizando o processo ensino - aprendizagem como um todo – tanto
para o professor e a equipe escolar conhecerem e analisarem os resultados de seu
trabalho como para o aluno verificar seu desempenho – e não simplesmente
focalizar o aluno, seu desempenho cognitivo e o acúmulo de conteúdos para
classificá-lo em “aprovado” ou “ reprovado”.
O processo da avaliação visto como um diagnóstico contínuo e dinâmico
torna-se um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os
procedimentos e as estratégias de ensino, para que realmente o aluno aprenda.
Em geral, a avaliação é feita através do progresso do aluno no domínio de
conceitos ou de observações realizadas a todo momento em sala de aula, através
da sua participação.
É importante que a avaliação verifique a capacidade de interpretar, identificar
informações, estimar, investigar, justificar, argumentar e comprovar.
A aprendizagem da Matemática é um processo dinâmico e a avaliação deve
levar em conta os caminhos percorridos pelo aluno, as suas tentativas de solucionar
os problemas propostos e, a partir do diagnóstico de suas dificuldades, ampliar o
seu domínio sobre os conteúdos em estudo.
270
Dessa forma a avaliação em Matemática não deve priorizar a verificação da
memorização de regras e esquemas, mas sim a compreensão dos conceitos, o
desenvolvimento de atitudes e procedimentos, a criatividade nas soluções, que se
refletem no modo de enfrentar e resolver situações - problema.
O resultado não é o único elemento a ser observado numa avaliação, mas
sim o processo de construção do conhecimento. Assim, os erros não devem apenas
ser constatados. É necessário explorar e trabalhar as possibilidades decorrentes
desses erros, pois eles resultam de uma visão parcial que o aluno possui do
conteúdo.
Portanto a avaliação deve informar sobre:
O conhecimento e compreensão de conceitos e procedimentos.
A capacidade de resolver problemas do cotidiano.
As habilidades de análise, generalização e raciocínio.
A confiança em fazer matemática.
A perseverança e o cuidado na realização de tarefas e a cooperação nos
trabalhos em grupo.
Além das provas escritas e individuais, a avaliação deverá conter também:
pesquisas;
relatórios;
trabalhos em grupos e individuais;
atividades do livro;
observação do professor.
O aluno que não atingir 6,0 em cada avaliação ou grupo de avaliações
valendo 10,0, terá direito à reavaliação, realizada após a retomada dos conteúdos.
Assim, o objetivo da avaliação é diagnosticar como está se dando o processo
ensino-aprendizagem e coletar informações para corrigir possíveis distorções
observadas nele. Quando os resultados não forem satisfatórios, é preciso buscar as
causas. Pode ser que os objetivos foram superdimensionados ou que o problema
esteja no conteúdo, na metodologia de ensino, nos materiais, na própria forma de
avaliar ou em algum outro aspecto. O importante é determinar os fatores do
insucesso e reorientar as ações para sanar ou minimizar as causas e promover a
aprendizagem do aluno.
271
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Números e Álgebra
Conhecer os diferentes sistemas de numeração;
Reconheça o conjunto dos números naturais, comparando e
reconhecendo seus elementos;
Efetue as operações fundamentais com números naturais;
Expresse situações problema que envolvam as operações, de maneira
oral ou escrita;
Estabeleça relação de igualdade e transformação: fração e número
decimal; fração e número misto;
Identifique o MMC e o MDC entre dois ou mais números naturais;
Identifique a potenciação como multiplicação de fatores iguais e a
radiciação com sua operação inversa;
Relacione potências e raízes quadradas com padrões numéricos e
geométricos;
Identifique os conjuntos numéricos , seus registros e operações;
Aplique os princípios aditivo e multiplicativo, como propriedade da
igualdade e desigualdade;
Reconheça razão como uma comparação entre grandezas e
proporção como igualdade entre duas razões;
Identifique grandezas diretamente e inversamente proporcionais;
Reconheça o conceito de incógnita;
Reconheça números naturais, inteiros, racionais e irracionais;
Aplique a notação científica;
Calcule a raiz quadrada exata e aproximada de números irracionais;
Identifique o número π (pi) como irracional;
Identifique e opere com monômios e polinômios;
Utilize os produtos notáveis;
Opere com expoentes fracionários;
Reconheça expoente fracionário como radical e aplique as
propriedades na sua simplificação;
Use a fatoração para extrair raízes;
Reconheça equações do 2º grau completas e incompletas;
Encontre as raízes de uma equação do 2º grau através de diferentes
processos;
Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica;
Resolva equações biquadradas;
Resolva situações-problema que envolvam regra de três composta;
Reconheça o metro como unidade-padrão de medida de comprimento;
Identifique os diversos sistemas de medidas;
272
Grandezas e Medidas
Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma;
Calcule perímetro e área de figuras planas;
Reconheça o metro cúbico como unidade-padrão de medida de
volume;
Transforme unidades de medidas de tempo;
Identifique ângulos retos, agudos e obtusos;
Relacione o sistema monetário brasileiro com outros sistemas
mundiais;
Calcule a área de uma superfície;
Reconheça e aplique os diversos tipos de medidas;
Identifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadro para medi-
los;
Calcule o comprimento da circunferência;
Calcule a área do circulo;
Calcule a área de polígonos;
Reconheça ângulos formados por paralelas interceptadas por
transversal;
Aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo;
Utilize o teorema de Pitágoras em situações diversas
Funções
Expresse a dependência entre variáveis;
Identifique função afim e sua representação gráfica;
Reconheça gráficos que descrevam funções;
Identifique a função quadrática e sua representação gráfica;
Analise graficamente funções afins e quadráticas;
Geometria
Identifique ponto, reta, plano, semi-reta e segmento de reta;
Calcule o perímetro de figuras planas;
Encontre a área de figuras planas;
Reconheça círculo e circunferência e seus elementos;
Identifique os sólidos geométricos e sua planificação, assim como
seus elementos;
Encontre a área de figuras planas;
Classifique e construa sólidos geométricos a partir de figuras planas;
Reconheça noções topológicas através de conceitos como interior,
exterior, fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos
e fechados;
Identifique triângulos semelhantes;
Calcule a soma dos ângulos internos de polígonos regulares;
Trace e reconheça retas paralelas;
Reconheça noções de paralelismo;
Calcule área e volume de poliedros;
273
Reconheça o sistema de coordenadas cartesianas;
Reconheça os fractais;
Reconheça polígonos semelhantes;
Utilize a semelhança de triângulos em situações-problema;
Aplique o teorema de Tales;
Calcule a superfície e o volume de Poliedros;
Analise e discuta a auto-similaridade e a complexidade infinita de um
fractal;
Tratamento da
informação
Identifique os diferentes tipos de gráficos;
Faça a leitura de dados, tabelas e gráficos;
Resolva situações-problemas que envolvam porcentagem;
Interprete informações de pesquisas estatísticas;
Calcule a média aritmética, moda e mediana;
Calcule juros simples em situações-problemas;
Represente em gráficos diferentes uma mesma informação;
Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados;
Desenvolva o raciocínio combinatório e aplique o principio
multiplicativo;
Descreva o espaço amostral em um experimento aleatório;
Calcule as chances de ocorrência de um evento;
Calcule juros compostos.
8.15.6. Referências
BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. BRASIL. Presidência da República. Lei nº 9394. Brasília: 1996. BRASIL. Presidência da República. Lei nº 9795. Brasília: 1999. DANTE, Luiz Roberto. Tudo é matemática: livro do professor. São Paulo: Ática, 2002. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br. Acesso em: 30 de julho de 2008. GIOVANNI, José Ruy, CASTRUCCI, Benedito, GIOVANNI, José Ruy. A conquista da matemática: a + nova. São Paulo: FTD, 2002.
274
GUELLI, Oscar. Matemática: uma aventura do pensamento: livro do professor. São Paulo: Ática, 2002. MORI, Iracema. Matemática: Idéias e desafios, 5ª série. 11 ed., São Paulo: Saraiva, 2002. PARANÁ. Governo do Estado. Lei nº 13.381. Curitiba: 2001. PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática. Curitiba. SEED, 2006.
275
8.16. QUÍMICA
8.16.1. Apresentação geral da disciplina
Ligada diretamente à vida a Química desempenha papel essencial na
formação do indivíduo, levando-o ao estudo das substâncias materiais e suas
transformações.
Analisando-se a história da Química temos claro que seu estudo foi
extremamente ligado ao desenvolvimento das civilizações e às necessidades
humanas: comunicação, sobrevivência, etc.
A pedagogia sócio-histórica vem sendo um referencial teórico que
compreende uma proposta de ensino voltada ao trabalho na perspectiva de
formação de conceitos diretamente relacionados com sua finalidade, construindo-se
assim conceitos cientificamente estabelecidos. Desta forma, o aluno aproxima-se
cada vez mais qualitativamente do conceito desejado. Há a necessidade de
compreensão precisa de conceitos e do entendimento de suas relações com os
diversos campos do conhecimento.
O ensino de Química deve contribuir para a alfabetização científica do
cidadão através do inter-relacionamento do conhecimento químico e o contexto
social. Faz-se necessária a compreensão mínima do conhecimento científico e
tecnológico para além do domínio estrito dos conceitos de Química. Diz respeito ao
entendimento das inter-relações sociais do sujeito, ao desenvolvimento de sua
capacidade de participação através de uma atitude crítica e atuação transformadora
na direção de uma sociedade justa.
8.16.2. Objetivos gerais
Propiciar ao aluno condições para que domine os conhecimentos
científicos a partir dos quais poderá entender os fenômenos naturais,
interpretando o ambiente em que vive tendo oportunidades de vivenciar o
processo de investigação científica;
Desenvolver no aluno a capacidade de comunicar-se, lendo e
276
interpretando textos de interesse científico e tecnológico;
Desenvolver no aluno a capacidade de questionar os diferentes processos
naturais e tecnológicos, investigando e compreendendo situações reais,
relacionando com outras áreas do conhecimento.
8.16.3. Conteúdos
1ª SÉRIE
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Matéria e sua
natureza
Biogeoquímica
Química sintética
Introdução ao estudo
da Química
ciências - definições e históricos
a química na abordagem do
cotidiano
aspectos da Química
método científico
Propriedades da
matéria
características macroscópicas e
microscópicas
energia
mudança de estado físico
transformações da matéria
fenômenos físicos e químicos
densidades dos materiais
Substâncias e
Misturas
substâncias puras
substâncias simples e compostas
alotropia
misturas - tipos
sistemas
Processos de
separação
análise imediata
separação de componentes de
mistura heterogênea
separação de componentes de
mistura homogênea
277
alguns aparelhos utilizados em
laboratório e suas aplicações
Composição da
matéria
modelos científicos para o átomo
partículas fundamentais
caracterização do átomo
comparação entre os átomos
íons
distribuição eletrônica – Linus
Pauling
Classificação
Periódica dos
Elementos
introdução – bases da tabela
periódica
tabela atual – organização em
grupos e séries
localização dos elementos na tabela
periódica
ocorrência dos elementos – naturais
e artificiais
propriedades periódicas e
aperiódicas
obtenção dos elementos
Ligações Químicas
ligações iônicas
compostos iônicos – fórmulas e
características
ligações covalentes – fórmulas e
características
geometria molecular
polaridade das ligações e de
moléculas
forças intermoleculares
ligações metálicas
Química Inorgânica
divisão histórica
substâncias inorgânicas –
nomenclatura, classificação,
278
formulação, aplicação
ácidos
bases
sais
óxidos
2ª SÉRIE
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Matéria e sua
natureza
Biogeoquímica
Química sintética
Reações Químicas
aspectos qualitativos das reações
tipos de reações
equações químicas
balanceamento das equações
reação de óxido redução
Grandezas Químicas
unidades de medida
conceito de massa atômica
massa de um elemento
massa molecular
número de Avogrado
mol
massa molar
notação científica
determinação de fórmulas centesimal
e molecular
Estequiometria
estudo das quantidades das
substâncias
os coeficientes e o número de mols
Oxi - redução
transferência de elétrons
número de nox
reação de oxi redução
agentes oxidantes e redutores
279
balanceamento por óxido redução
Eletroquímica
isolantes e condutores
potenciais de redução
pilha elétrica ou galvânica
espontaneidade das reações
eletrólise
Estudo dos Gases
caracterização do gás
variáveis de estado
teoria cinética dos gases
equação de Clapeyron
transformações gasosas
relação entre gases
volume molar dos gases
mistura de gases
Estudo das Soluções
tipos de soluções
dispersões
soluções
coeficiente e curvas de solubilidade
aspectos quantitativos das soluções
preparo das soluções
diluição
misturas
determinação da concentração por
titulometria
Cinética Química
velocidade das reações
conceito de velocidade
como as reações se processam
condições que influenciam a
velocidade das reações
Radioatividade
radioatividade e estrutura atômica
estudo das emissões
poder de penetração
transmutação nuclear
280
fissão e fusão nuclear
aplicações industriais da
radioatividade
Equilíbrio Químico
conceito de equilíbrio químico
constantes de equilíbrio
deslocamento de equilíbrio
ocorrência das reações
influência de água no equilíbrio
medida de pH
3ª SÉRIE
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Matéria e sua
natureza
Biogeoquímica
Química sintética
Termoquímica
definição da termoquímica
entalpia
valores da entalpia
fatores que influenciam nos valores
de entalpia
transformação de energia
calor de reação
equação termoquímica
processos endotérmicos e
exotérmicos
estado padrão
lei de Hess
entropia
espontaneidade das reações
Os compostos
orgânicos
definição
histórico
características dos compostos
orgânicos
características do átomo de carbono
281
classificação do carbono na cadeia
carbônica
classificação das cadeias carbônicas
classificação dos compostos
orgânicos
Funções orgânicas
nomenclatura oficial, aplicação dos
principais compostos das funções
orgânicas
hidrocarbonetos
funções oxigenadas
compostos halogenados
compostos nitrogenados
funções sulfuradas
compostos organometálicos
compostos de funções mistas
Comparação entre
compostos orgânicos
séries orgânicas
propriedades físicas
Reações orgânicas
reações de adição
reações de substituição
reações de eliminação
reações de oxidação
reações de redução
Isomeria
isomeria plana
isomeria espacial
Polímeros classificação
principais polímeros
obtenção e aplicação
Introdução à
bioquímica
substâncias bioquímicas
Química descritiva
abordagem dos principais temas do
cotidiano
poluição e reciclagem
fertilizantes
282
agrotóxicos
tóxicos
energia e combustíveis alternativos
8.16.4. Metodologia
O ensino da Química na sua trajetória histórica foi conteudista com a
finalidade inicialmente de formar o aluno cientista e os conteúdos trabalhados
deslocados do contexto social e histórico de sua produção o que acabou resultando
ficarem pouco significativos para os alunos que, desta forma, não entendiam porque
estudar Química e terminarem por não gostar da disciplina.
A experimentação desempenha função essencial no ensino de Química. Seu
papel investigativo auxilia o aluno na elaboração dos conceitos, não sendo
necessários laboratórios sofisticados, pois o experimento faz parte do contexto
normal de sala de aula. Há também de se ter a clareza da necessidade de migração
do conhecimento químico do esoterismo (para poucos) exoterismo (para todos).
Para que isso aconteça a linguagem/discurso exerce um papel fundamental nesse
movimento pois depende da forma como os significados e os entendimentos são
desenvolvidos no contexto social da sala de aula. Mais do que a interação com o
aluno para que o mesmo possa encontrar sentido no que aprende o professor
precisará contemplar as diversas perspectivas no seu próprio discurso,
possibilitando/facilitando a leitura do mundo.
8.16.5. Avaliação
A avaliação é o ponto nevrálgico de todo e qualquer processo, através dela se
apura a validade e a eficiência das teorias, dos recursos e das práticas. Leva-se em
consideração o conhecimento que o aluno traz previamente das suas relações com
o mundo (senso comum) e as superações que faz no decorrer do processo.
Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos
científicos. O processo de “construção e reconstrução de significados dos conceitos
científicos” (MALDANER, 2003, p.144) se dá a partir de uma ação pedagógica em
que a partir de conhecimentos anteriores dos alunos seja permitido aos mesmos o
283
entendimento e a interação com a dinâmica dos fenômenos naturais por meio de
conceitos químicos. Os critérios e formas de avaliação devem ficar bem claros para
os alunos, como direito que têm de acompanhar todo o processo.
Na disciplina de Química, as avaliações não se limitam a provas, serão
usados instrumentos variados para se observar os avanços do educando e, também
como recurso para o professor redirecionar a sua prática pedagógica no processo de
ensino-aprendizagem.
Portanto, nessa visão de avaliação o professor se serve das várias formas de
expressão dos alunos, como: leitura e interpretação de textos, produção de textos,
leitura e interpretação da tabela periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de
aulas em laboratório realizadas em sala, apresentação de seminários, entre outros.
8.16.6. Referências
AXT, R. O papel da experimentação no ensino de ciências. In: Moreia, M. A; AXT, R. Tópicos em Ensino de Ciências. Porto Alegre: Sagra, 1991. BAIRD, C. Química Ambiental. 2ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2002. BRADY, J. E HUMISTON, G. E. Química Geral. LTC, 1981. Chassot, A. Educação conSciência. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2003. HALL, NINA. Neoquímica. A química moderna e suas aplicações. Porto Alegre: Bookman, 2004. KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. Trad. B. V. Boeira e N. Boeira. São Paulo: Perspectiva, 1996. MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de Química: professor/pesquisador. 2ª ed. Ijuí: Editora Inijuí, 2003. P.120. SARDELLA, A.; FALCONE, M. Química: série Brasil. São Paulo: Ática, 2004. SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná: Química do Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2008.
VANIN, J. A. Alquimistas e químicos: o passado, o presente e o futuro. São Paulo: Moderna, 2002.
284
8.17. SOCIOLOGIA
8.17.1. Apresentação da disciplina
A sociologia surgiu na Europa, como a ciência das questões sociais. Assumiu
as inquietações da Revolução Industrial do século XIX e desenvolveu-se como a
ciência no rastro do pensamento positivista de Auguste Comte, que foi o primeiro
que estabeleceu métodos científicos para a ciência.
O contexto de nascimento da Sociologia como uma disciplina cientifica é
marcado pelas conseqüências de três grandes revoluções: uma política, a
Revolução Francesa de 1789; uma social, a Revolução Industrial r uma revolução na
ciência, que se firma com o iluminismo, retirando desses eventos os valores e os
princípios para a formação de uma nova sociedade.
Nesse sentido, a disciplina de sociologia desenvolve a perspectiva positivista
e por isso passa a se caracterizar como um instrumento de intervenção do homem
na realidade. Para tanto com a contribuição de Karl Marx, a sociologia veio a
desenvolver um olhar mais critico procurando destacar as diferenças entre as
classes sociais e a exploração social de uma classe, a capitalista (burguesia) sobre
o revolucionário Antonio Gramsci trouxe para a sociologia, um fortalecimento do
pensamento crítico, através de análises centradas nas questões educacionais.
No Brasil, no mesmo estilo a disciplina da Sociologia no mundo, apresenta-se
no plano curricular como uma ciência de reflexão acadêmica, com base na pesquisa
científica, que busca a formação do individuo diante dos problemas sociais. A
reflexão sociológica for fundamental para o desenvolvimento da sociologia. De um
lado, destaca-se a corrente de Silvio Romero e de outro Gilberto Freire. A teoria do
primeiro mais Euclides da Cunha e Oliveira Vianna versava sobre os problemas da
nação brasileira no processo de modernização das primeiras décadas do século XX,
numa tentativa de definir a brasilidade.
A teoria de Gilberto Freire projetava-se na análise das origens européia e
africana do povo brasileiro, considerando o primeiro especialista brasileiro com a
formação cientifica. Gilberto Freire foi influenciado pela escola culturalista americana
que se opunha às teorias sociais relevantes do século XIX. Fernando de Azevedo
destaca-se como representante do pensamento escala novista que busca dar um
285
tratamento cientifico para o entendimento da educação através da ciência
sociológica, cabendo a esta a função de salvar não só a educação, mas a própria
sociedade.
Da corrente Marxista destacaram-se Caio Prado Junior, Sérgio Buarque de
Holanda, Florestan Fernandes e Otávio Anni cuja produção sociológica tentaram
explicar a organização da sociedade, as relações de produção na sociedade, o
nacionalismo econômico, o sindicalismo e a formação de uma classe trabalhadora
agrária e urbana.
A trajetória da produção sociológica brasileira é uma prova de que ela se
constituiu disciplina no debate, entre diferentes concepções teóricas responsáveis
por respostas a questões que a sociedade coloca em diversos momentos e por isso
apresenta muitas contradições e contribuições diferentes.
A introdução da sociologia como disciplina curricular apresenta-se como parte
do processo de institucionalização da escola, em sua realidade. Apresenta-se numa
perspectiva transformadora almejando inspirar projetos de sociedade e visões
políticas avançadas.
Este anseio não tem se mostrado suficiente para a disciplina de sociologia se
instalar de forma definitiva nos currículos, como área do conhecimento fundamental
para a formação humana. Isto tem posicionado a sociologia desde o inicio do século
XX até fim de 1990, como instável com interrupções na sua prática, expressando
falta de tradição nas escolas.
No Paraná, desde 2004, diante de várias situações da realidade
contemporânea não há mais espaço para o trabalho da educação escolar sobreviver
sem a sociologia. Constata-se que a Sociologia é fundamental no processo
educacional, sobrepondo-se a apresentação simples, através da leitura e
explicações teóricas, e exigindo cada vez mais reflexões mais práticas sobre muitas
questões sociais discussões e debates que levem os educandos a um
posicionamento social. Diante desta realidade, é missão inadiável da escola e da
sociologia formar novos valores, uma nova ética, novas ações sociais que apontem
para a possibilidade de construção de novas relações sociais.
A partir da obrigatoriedade do ensino da disciplina a partir de 2007,
determinada pelo Conselho Nacional de Educação, as escolas de ensino médio do
Estado buscam a melhor forma de aproximar a sociologia do conhecimento prático
286
do educando e vir a construir com ela uma tradição pedagógica que expresse a
importância da sociologia para a vida.
Daí a importância do tratamento dos conteúdos Sociológicos, fundamenta-se
e sustenta-se em teorias originárias de diferentes tradições, casa uma com o
potencial explicativo correspondente. Essas linhas teóricas devem estacar seus
autores-pensadores, conteúdos, temáticas, metodologias, concepções de sociedade
e de educação.
EMILE DURKHEIM: Concebe a sociedade enquanto vinculo moral entre
os homens e a educação é forma de manutenção da estabilidade e da
ordem social. E educação para Durkheim é sinônimo de socialização
(socializar é ensinar e aprender o lugar de cada um entro da sociedade).
Para Durkheim a sociedade modela a ação individual e à educação cabe
enquadrar cada individuo às expectativas de classe, gênero, etnia, moral
que são esperadas ele.
KARL MARX: concebe a sociedade como uma relação de exploração de
uma classe sobre as outras e vê a educação como possibilidade de
superação e emancipação da opressão exercida por esta sociedade
desigual. Marx complexifica a concepção Durkheiniana ao demonstrar que
a coerção da sociedade sobre os indivíduos e, sim que a coerção
acontece de uma determinada classe social sobre outra. Essa
coerção/dominação manifesta-se de diversas formas, a educação é uma
delas, pois dissemina a ideologia dominante e inculcada classe dominada
o modo burguês de ver o mundo. Mas Marx também via a educação como
potencial e emancipação, pois forneceria ao proletariado, instrumento para
o conhecimento da totalidade, conhecer os mecanismos de dominação e
exploração de uma classe sobre as outras. Mas desta forma é bom
salientar que Karl Marx observa e entende a educação, como um
mecanismo que conforme o seu conteúdo de classe pode oprimir ou
emancipar o homem.
MAX WEBER: concebe a sociedade como vinculo de racionalização da
vida, resultado de uma enorme teia de interações e relações inter-dividuais
e pensa a educação como uma resposta limitada e inexorável a esta
racionalização. Segundo Weber o estabelecimento de uma ordem social
vai se tornando cada vez mais ampla, institucionalizada, desencantada e,
287
principalmente burocrática. Desta forma, resta à educação prover os
indivíduos de conteúdos (especializados, eruditos) e disposições que se
predisponha a ter condições (conduta de vida e conhecimento
especializado) necessárias para realizar suas funções de perito na
burocracia profissional.
8.17.2. Objetivos Gerais
Entender a dialética dos fenômenos sociais do seu cotidiano;
Discutir exclusão, desemprego, violência urbana e rural, segurança,
cidadania, consumo, individualismo, reforma agrária e educação;
Compreender a mercantilização das relações sociais das relações
sociais, conflitos étnico-raciais, celebração da cultura de massas,
estilos de vida individualista e consumista;
Transmitir normas, regras, valores necessários para a vida em
sociedade;
Abordar as instituições sociais, como: família, escola e igreja, enfatizar
a origem e importância dessas instituições;
Entender o conceito de cultura, como todo conhecimento adquirido:
crenças, arte, moral, lei e costumes. Compreendendo que não existem
culturas superiores ou inferiores, mas diferentes culturas.
8.17.3. Objetivos Específicos
Interpretar o processo de criação das ciências da sociedade e sua
manifestação histórica;
Distinguir as diferentes características que compõem as Ciências
Sociais;
Reconhecer a importância da Sociologia para o conhecimento a cerca
da vida em sociedade;
Diferenciar cultura erudita de cultura popular;
Problematizar a Indústria Cultural, como cultura de massa,
intensificando a passividade social;
Entender o trabalho como condição de sobrevivência humana;
288
Conhecer a divisão social do trabalho, baseado na sociedade
capitalista;
Perceber as origens das classes sociais;
Compreender o uso do poder de diferentes instâncias na nossa
sociedade;
Perceber a ideologia como uma visão de mundo, que varia de acordo
com os grupos, que dominam o poder;
Entender o Estado como nação, que é capaz de construir relações
políticas, econômicas e sociais;
Considerar a questão de direitos, inscritos nas leis, entendendo que
direito é atrelado a dever;
Compreender a verdadeira cidadania;
Entender os diferentes movimentos sociais, seu motivos e o que
desencadearam em sociedade.
8.17.4. Conteúdos
1° SÉRIE
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
O surgimento da
sociologia e
teorias
sociológicas
Formação e
consolidação da
sociedade
capitalista e o
desenvolvimento
do pensamento
social;
Teorias
sociológicas
clássicas: Comte,
Durkheim, Engels e
Marx, Weber.
O Surgimento da Sociologia.
Compreender o processo da criação
das Ciências da Sociedade.
Buscaremos conhecer como se deu o
processo histórico de criação da
Sociologia. Conhecer quais foram os
condicionantes históricos e intelectuais
que influenciaram no surgimento da
Sociologia no século XIX.
O que são chamadas Ciências
Sociais? Identificar as diferentes
características que compõem as
289
O desenvolvimento
da Sociologia no
Brasil.
Ciências Sociais; reconhecer a
importância de todas as disciplinas que
compõem as Ciências da Sociedade.
As Teorias sociológicas (Auguste
Conte, Max Weber, Émile Durkheim e
Karl Marx). Apresentar as principais
contribuições dos fundadores da
Sociologia, os autores que serviram de
referencial para grande parte das
discussões sociológicas ao longo do
Ensino Médio.
A produção Sociológica brasileira.
Estudaremos as três fases da
implantação da Sociologia no Brasil.
Conheceremos os autores que marcam
cada uma das fases; as principais
contribuições de cada sociólogo para
se pensar as questões do Brasil entre
outras coisas.
Processo de
socialização e as
Processo de
Socialização;
Instituições sociais:
Familiares;
Escolares;
Religiosas;
Instituições de
Reinserção
(prisões,
manicômios,
educandários,
asilos, etc)
Socialização:
inserção/construção/transmissão de
valores, normas e regras capazes de
desenvolver a vida em sociedade. Mas
para viver em sociedade é necessário
que os membros conheçam e
internalizem as expectativas de
comportamento, estabelecendo
valores, regras e normas.
As Instituições Sociais: As
Instituições têm sido estudadas de
forma históricas e como responsáveis
pela manutenção de ordem social sem
290
instituições
sociais
uma reflexão de sua construção
tomando como um dado natural. O que
importa à disciplina da Sociologia é
desenvolver um olhar critico,
explicativo, mas principalmente
interrogador e que conduza a
mudanças de atitudes a respeito da
organização da sociedade, levando a
refletir a respeito das características
que compõem cada uma das
instituições que compõem a sociedade.
Instituição Familiar: As origens
históricas, as diferentes configurações
nos diversos lugares e principalmente a
dinâmica das famílias nas sociedades
contemporâneas. Importa ao aluno
compreender a importância das
famílias como parte constituinte das
sociedades, mas principalmente livrar-
se de qualquer tipo de pré-julgamentos
e preconceitos em relação a uma outra
forma de organização familiar. A leitura
e discussão de textos ligados à
antropologia, que demonstram povos
com organizações sociais totalmente
distintas da nossa, contribui para
“romper” com visões etnocêntricas; a
exibição de filmes que provoquem a
reflexão e remetam o aluno à situações
próximas distantes da sua realidade
também levam o jovem a pensar, a
rever e a buscar modelos familiares
adequados às suas necessidades; a
291
realização de investigações na própria
comunidade também podem contribuir
para o alcance dos objetivos
pretendidos.
Instituição Escolar: As origens
históricas, as diferentes teorias ou
“olhares” construídos sobre a
instituição escolar, os diferentes
modelos escolares presentes em
sociedades diversas, assim como, a
reflexão sobre a importância e o papel
da escola e de seus atores
(professores, alunos, funcionários,
direção) nas sociedades atuais.
Instituição Religiosa: As origens e
importância do pensamento religioso,
as diferentes práticas religiosas, a
reflexão sobre idéias pré-concebidas,
preconceitos e sectarismo entre outras
questões.
2° SÉRIE
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Cultura e indústria
cultural
Desenvolvimento
antropológico do
conceito de cultura
e sua contribuição
na análise das
diferentes
sociedades;
Diversidade
Cultura ou Culturas, uma
contribuição Antropológica. O
Conceito de cultura é diverso, mas
comumente diz respeito: “a todo
conhecimento adquirido, crenças, arte,
moral, leis e costumes”. Esses
conhecimentos nos revelam que a
cultura não é natural nos indivíduos,
292
cultural;
Identidade;
Indústria cultural;
Meios de
comunicação de
massa;
Sociedade de
consumo;
Indústria cultural no
Brasil;
Questões de
gênero;
Cultura
afrobrasileira e
africana;
Culturas indígenas.
que é um comportamento aprendido e
se difere de um grupo para outro.
Diversidade Cultural Brasileira: É
importante problematizar para o aluno
de Ensino Médio o conceito de cultura
e suas derivações para que ele
perceba que não existem culturas
superiores ou inferiores, melhores ou
piores, mas apenas culturas distintas e
formas de apropriação cultual
diferenciada.
Cultura, criação ou apropriação. A
partir deste tópico podemos chegar aos
conceitos (conteúdos) e Cultura Erudita
e Cultura Popular e destes partir para o
conceito de Indústria que também pode
ser trabalhado como cultura de massa.
Trabalho,
produção e
classes sociais
O conceito de
trabalho e o
trabalho nas
diferentes
sociedades;
Desigualdades
sociais:
estamentos,
castas, classes
sociais;
Organização do
trabalho nas
sociedades
capitalistas e suas
contradições;
Globalização e
O que é trabalho para a Sociologia?
– O conceito de trabalho também é
diverso, mas comumente se refere
trabalho e condição de sobrevivência
do homem agindo sobre a natureza
com a finalidade de suprir as condições
materiais para sua existência, com o
trabalho os homens reproduzem a si
mesmos e ao reproduzirem a vida,
produzem riqueza.
Trabalho na Sociedade Capitalista.
Na sociedade capitalista a produção da
vida material é baseada na propriedade
privada, no trabalho assalariado e
numa determinada divisão social do
trabalho, discutiremos neste tópico
293
Neoliberalismo;
Relações de
trabalho;
Trabalho no Brasil.
como os autores clássicos da
sociologia analisam o mundo moderno
e a sociedade capitalista.
Trabalho nas Teorias Clássicas da
Sociologia. Como foi dito o inicio deste
texto existem diversos conceitos de
Trabalho, na visão de Durkheim, a
divisão social do Trabalho é uma forma
de justamente atenuar a concorrência e
competição entre os homens. Para Karl
Marx, a sociedade é dividida em
classes, Burguesia, detentora dos
meios de produção e o proletariado,
que vende a sua mão-de-obra em troca
de um salário. Para Marx, as classes
sociais são antagônicas e desiguais
lutam constantemente entre elas, o
trabalhador por melhores condições e a
burguesia para aumentar sua riqueza.
Para Weber, a noção de classe
baseada em indicadores de status. O
acesso a determinados tipos de bens
de consumo, aos próprios meios de
produção, aos serviços é o que
identificará as diversas classes sociais.
Trabalho em perspectivas
contemporâneas ou o Trabalho em
época de Globalização. Numa
perspectiva sociológica, a categoria
Trabalho deve também se atentar em
problematizar o lugar da mulher, do
negro, do índio, do jovem no atual
mercado de trabalho, suas dificuldades
294
os dilemas de quem esta muitas vezes
à margem do mercado de trabalho.
3° SÉRIE
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Poder, política e
ideologia
Formação e
desenvolvimento
do Estado
Moderno;
Democracia,
autoritarismo,
totalitarismo
Estado no Brasil;
Conceitos de
Poder;
Conceitos de
Ideologia;
Conceitos de
dominação e
legitimidade;
As expressões da
violência nas
sociedades
contemporâneas.
O que é Poder? Discutir o conceito de
poder, a partir dos referenciais
clássicos da Sociologia. Poder é uma
relação assimétrica, hierárquica o seu
uso não se faz ou não se limita ao uso
da força estritamente, ele se faz
através da linguagem, dos símbolos e
das práticas efetivas. E, portanto,
também está permeado pela ideologia.
Através deste pequeno conceito pode-
se estudar Max Weber; Karl Marx;
Pierre Bourdieu entre outros.
O que é ideologia? Discutir o conceito
de ideologia a partir dos teóricos da
Sociologia. Ideologia é comumente
associada a uma visão de mundo de
acordo com um determinado grupo,
classe, formação etc.
O que é o Estado? Trabalhar o
conceito de Estado. Discutir a
instituição e as suas diversas
características: controle político e
administrativo de um determinado
território, autoridade amparada num
sistema legal e jurídico. Controle e uso
do monopólio legítimo da força.
295
Pretende-se discutir os tipos de Estado
existentes. As tarefas que competem
ao Estado. Sua importância para a
população em geral etc.
A Formação do Estado Moderno.
Desde que os homens começaram a
viver em grupos e trabalhar
coletivamente, várias formas de
organização social foram se
configurando, sendo que uma das mais
recentes e que permanece até hoje em
várias sociedades, chama-se Estado.
Mas como ele surgiu? Segundo alguns
filósofos, o Estado é uma necessidade
da vida do homem em Sociedade, não
existe sociedade sem a presença do
Estado, afirmam que o Estado é
condição para a existência de vida em
grupo. Mas quando surge o Estado
com características modernas? Iremos
trabalhar neste item com a formação
histórica do Estado e os autores
(filósofos) que discutem o tema.
Direitos, cidadania
e movimentos
sociais
Direitos: civis,
políticos
e sociais;
Direitos Humanos;
Conceito de
cidadania;
Movimentos
Sociais;
Movimentos
Sociais no Brasil;
O que é o Direito? Conceito e
aplicação. Na análise da questão dos
direitos deve-se considerar se esses
foram sendo inscritos nas leis,
lentamente ou foram conquistados
através de pressão dos que não tinham
direitos. São os direitos que definem a
cidadania, mas só existem se forem
exercidos no cotidiano das ações das
pessoas. A organização e a luta de
296
A questão
ambiental e os
movimentos
ambientalistas;
A questão das
ONG‟s.
grupos sociais estão presentes no
âmbito de vários tempos históricos.
Os tipos de movimentos sociais. Os
movimentos sociais são práticas civis
de confronto, que desempenham o
papel de criadoras de novas políticas
que acabam influenciando no próprio
desenvolvimento da sociedade. O
estudo deste conteúdo possibilitará aos
alunos a compreensão da dinâmica
que os cerca, como também a
capacidade de inserir-se e participar de
movimentos já organizados ou em
processo de organização. Discutiremos
e analisaremos o papel dos seguintes
movimentos sociais urbanos e rurais:
a) Movimentos Estudantis; b)
Movimentos Rurais; c) Movimentos
Sociais Conservadores; d) Movimentos
religiosos; entre outros.
8.17.5. Metodologia
A compreensão de conceitos e práticas no campo do ensino da Sociologia
deve ser encaminhada pela necessidade de entender e explicar a dialética dos
fenômenos sociais do cotidiano de uma perspectiva que não seja a do senso
comum, chegando-se à síntese necessária ao entendimento da sociedade, à luz do
conhecimento científico. Não está inscrita na realidade social sua divisão ou
compartimentação em áreas ou conteúdos disciplinares. No entanto, a dificuldade
em compreendê-la em sua complexidade e totalidade impõe a necessidade em
“dividi-la” em partes com objetivos analíticos e didáticos com a finalidade de tomá-la
acessível e compreensível a um maior número de pessoas. Esta divisão “analítica”
297
do conhecimento sociológico não pode ser estanque, e muito menos compreendida
em si mesma, mas deve ter a preocupação de estar continuamente em diálogo com
a totalidade a qual se refere, assim como em diálogo com as transformações sociais,
culturais, econômicas e políticas emergentes no mundo contemporâneo.
Assim, é impossível no campo da Sociologia Critica discutir exclusão,
desemprego, violência urbana e no campo, segurança, cidadania, consumo,
individualismo, reforma agrária, educação e saúde precárias, desvinculados de
transnacionalização da economia, sujeição de paises às exigências do capitalismo
multinacional, superdimensionamento do mercado. Estado mínimo privatista,
mercantilização das relações sociais, conflitos étnico-radicais, celebração da cultura
de massas, estilos de vida indivualistas e consumistas. É importante ressaltar que
não se pretende através dos conteúdos estruturantes responder pela totalidade da
Sociologia e nem pelos seus desdobramentos em conteúdos específicos, pois tem-
se a clareza da dimensão e da dinâmica próprias da sociedade e do conhecimento
cientifico que acompanha, as quais, no entanto, não podem ser ignoradas, quando
objetiva-se uma análise atenta e critica das problemáticas sociais.
Os conteúdos estruturantes, e os conteúdos específicos deles desdobrados,
não devem ser pensados e trabalhados de maneira autônoma, como se bastassem
a si próprios, como também não devem ser pensados e trabalhados de forma
seqüencial como se exigissem obediência incondicional.
No Ensino de Sociologia é fundamental a utilização de múltiplos instrumentos
metodológicos:
Leitura e esclarecimentos do significado dos conceitos, e lógica dos textos
(teóricos, temáticos, literários);
Análise;
Discussões;
Pesquisa de campo e bibliográfica;
Discussão de filmes;
O importante é levar o aluno a relacionar a teoria com o vivido.
8.17.6. Avaliação
Deve ser em conformidade com os processos de ensino-aprendizagem e de
acordo com os encaminhamentos metodológicos. A avaliação deve ser pensada, e
298
elaborada de forma transparente e coletiva. Seus critérios devem ser debatidos,
criticados e acompanhados por todos:
Apreensão de alguns conceitos básicos da ciência articulados a pratica
social;
A capacidade de argumentação fundamentada teoricamente;
A clareza e coerência na exposição das idéias sejam em textos escritos ou
orais. Pode-se também avaliar as mudanças na forma de olhar para os problemas
sociais, as iniciativas e a autonomia em tomar atitudes diferenciadas e criativas. Por
fim, não só os alunos, mas também professores e a instituição escolar devem
constantemente ser avaliados em suas dimensões práticas e discursivas e
principalmente em seus princípios políticos com a qualidade e a democracia.
8.17.7. Referências
DIRETRIZES CURRICULARES da Educação Básica. Sociologia. Secretaria da
Educação do PARANÁ. 2008.
299
8.18. PROGRAMA VIVA A ESCOLA - HORTA NA ESCOLA E EDUCAÇÃO
AMBIENTAL
8.18.1. Justificativa
Tomando-se como referência o fato de a maior parte da população brasileira
viver em cidades, observa-se uma crescente degradação das condições ambientais,
refletindo diretamente o estilo de vida das pessoas. Isto nos remete a uma
necessária reflexão sobre os desafios para mudar as formas de pensar e agir em
torno da questão ambiental, e da vida sustentável.
Diante das crescentes catástrofes climáticas atualmente vivenciadas, e de
tantos outros problemas decorrentes da não preservação da natureza, a educação
ambiental surge como uma necessidade nos currículos escolares, pois é uma prática
educativa que dialoga essencialmente com a problemática ambiental. Essa prática
visa desenvolver no educando uma mudança de valores, atitudes e comportamentos
para o estabelecimento de uma nova relação entre o ser humano e a natureza. Uma
relação que deixe de ser instrumental e utilitarista, para se tornar harmoniosa e
respeitadora dos limites ecológicos. Uma relação onde agora a Natureza não seja
mais compreendida apenas como um “recurso natural” passível de apropriação
humana a qualquer custo para nosso usufruto.
O projeto justifica-se pelo fato de que o trabalho efetivo dos alunos na
plantação, manutenção e colheita dos produtos produzidos na horta, vem a ser uma
forma de trabalhar o desenvolvimento sustentável, o respeito e a preservação do
meio ambiente. O projeto horta na escola e a educação ambiental terá também a
finalidade de intervir na cultura alimentar e nutricional dos alunos.
A promoção da saúde permite que as pessoas adquiram maior controle sobre
sua própria qualidade de vida. Através da adoção de hábitos saudáveis não só os
indivíduos, mas também suas famílias e comunidade se apoderam de um bem, um
direito e um recurso aplicável à vida cotidiana, pois uma alimentação equilibrada e
balanceada é um dos fatores fundamentais para o bom desenvolvimento físico,
psíquico e social do ser humano.
300
8.18.2. Fundamentação teórica
A implantação de hortas escolares e nas comunidades pode representar uma
estratégia de organização comunitária, educação ambiental, desenvolvimento
sustentável e promoção de hábitos saudáveis pelo consumo dos produtos
cultivados. Nas escolas, as atividades envolvidas na horta permitem trabalhar os
conteúdos de alimentação, nutrição e ecologia em diversas disciplinas (matemática,
ciências, geografia, etc). A horta, além de contribuir para a merenda escolar,
proporciona a aquisição de bons hábitos alimentares, estímulo ao consumo de
hortaliças e frutas, bem como resgate de hábitos regionais e locais (SEPLAN BAHIA,
2008).
O hábito do consumo de hortaliças pode ser desenvolvido na escola com a
participação dos alunos. Além da satisfação de poder aproveitar na alimentação
escolar as hortaliças que ajudou a cultivar, o aluno aprende o seu valor nutritivo,
bem como seus benefícios para a sua saúde. Para Bianco citado por Kurek e Butzke
(2006), uma horta bem organizada e planejada oferece muitas vantagens, tais como:
fornece hortaliças que têm vitaminas e minerais essenciais para a saúde;
possibilita uma alimentação de qualidade, saudável e variada;
diminui os gastos com a alimentação;
permite a colaboração dos educandos, enriquecendo seus conhecimentos
e aprimorando experiências;
é fonte de renda familiar quando a produção é maior que o consumo;
melhora a aparência e o valor nutritivo das refeições;
permite produção em curto espaço de tempo.
A existência de uma horta na escola possibilitará mostrar aos alunos a
importância de se produzir o próprio alimento e, principalmente, saber a qualidade e
a procedência do que está consumindo. A produção orgânica, muito mais do que
uma produção que não usa agrotóxicos, é uma produção baseada em tecnologias
limpas e sustentáveis para gerar produtos dentro de boas práticas da segurança
alimentar. Essa prática mostrará aos alunos que é possível obter em sua própria
casa um produto de qualidade, saudável de alto valor nutritivo e medicinal, e o mais
importante, livre de agrotóxicos.
301
A horta tem aplicações pedagógicas vastíssimas. No ensino de Geografia, por
exemplo, ela permite o desenvolvimento de temas, em aulas teóricas e práticas, tais
como:
Compostagem: sua importância para a reciclagem do lixo orgânico.
Reciclagem de materiais descartáveis: sua importância para a
preservação do meio ambiente.
Qualidade, preservação e uso consciente da água, solo e ar: sua
importância para a saúde da coletividade e sustentabilidade do meio
ambiente.
A origem dos vegetais e de como chegaram até aqui, trabalhando assim
geografia e história. Além disso, o professor também pode trabalhar nos
alunos a consciência do que é o desenvolvimento sustentável.
O trabalho do homem no campo.
Pesquisar, pela região, quais os tipos de plantações são cultivadas; para
que fim são destinadas (subsistência e/ou comercialização);
8.18.3. Objetivos
Propiciar o comprometimento dos educando com o ambiente e a saúde;
Apresentar e estimular um estilo de alimentação saudável;
Promover estudos, debates e atividades sobre as questões ambiental,
alimentar e nutricional;
Perceber a importância do solo para o homem;
Identificar os fatores que influem na agricultura, tais como o clima, solo,
relevo, e a hidrografia;
Estimular o aluno compreender o mundo e atuar como individuo e
cidadão, utilizando conhecimento populares e tracionais e de natureza
cientifica e tecnológica;
Oportunizar aos alunos um trabalho escolar dinâmico e participativos.
8.18.4. Metodologia:
302
Para realização do projeto as atividades propostas serão divididas em oito
etapas como segue. Porém as aulas teóricas e as práticas estarão sempre sendo
conciliadas para que os alunos possam ter base teórica para as aplicações práticas.
1º Etapa - Visitação à horta: Nesta etapa os alunos serão levados a fazer o
reconhecimento do espaço em que será feito o plantio, analisando se o local é
apropriado para o cultivo de hortaliças, obedecendo alguns critérios que serão pré-
estabelecidos. Posteriormente à exploração do espaço da horta, serão apresentados
os instrumentos que serão utilizados nas várias etapas como: enxada, enxadão,
regador, ancinho, sacho, carrinho-de-mão.
2ª Etapa - Preparação da terra: Antes de iniciar a preparação dos canteiros,
limpando o terreno, afofando a terra desmanchando os torrões, tirando pedras e
outros objetos. Posteriormente farão a demarcação dos canteiros, caso necessite,
fazer a correção do solo, em seguida farão a adubação dos canteiros com adubo
natural, feito de resíduos vegetais e animais. Para concluir essa etapa deverão ser
preparadas as covas.
3ª Etapa - Plantio: A etapa será iniciada com explicações sobre o plantio, as
diferenças entre os vários tipos de solos, quais plantas podem ser cultivadas na
região e no Estado, bem como a época de plantio e colheita de cada uma. Após as
devidas explicações sobre o plantio serão semeadas as sementes de alface,
cenoura e outras hortaliças. Depois da plantação, será organizado um cronograma
com a turma para que seja feita a rega e a limpeza dos canteiros.
4ª Etapa - Como Cuidar da Horta: A horta deve ser regada duas vezes ao dia,
e ser mantida limpa. A cada colheita, deverá ser feita a reposição do adubo para
garantir a qualidade da terra e das hortaliças.
5ª Etapa - Colheita: Na época adequada a cada hortaliça, os alunos farão a
colheita do que foi plantado, destinando o produto colhido para utilização na cozinha
da escola, com vistas uma alimentação mais saudável. 6ª Etapa - Higienização de
alimentos: Processo de conscientização quanto à higiene necessária para a
303
manipulação de alimentos e quanto à importância da horta escolar, feito pelos
próprios alunos envolvidos no projeto através de palestras.
7ª Etapa - Alimentação saudável: Fazer a “ficha nutricional dos alimentos”,
utilizando a internet, pesquisar também como tirar melhor proveito dos alimentos,
(folhas, raízes, cascas, etc). Pesquisar receitas que aproveitem as sobras dos
alimentos. Algumas receitas poderão ser preparadas pelos alunos, as mais
interessantes serão transformadas em um livro que será entregue as mães dos
alunos. Os alunos assistirão a uma palestra com uma nutricionista sobre a
alimentação saudável.
8ª Etapa - Compostagem: Construir na horta escolar uma composteira,
aproveitando os resíduos da merenda escolar. Antes da construção da composteira
os alunos assistirão a vídeos sobre o tema e realizarão pesquisas no laboratório de
informática. Durante as etapas serão desenvolvidas atividades como: entrevista e
palestra com engenheiro agrônomo; Pesquisas no laboratório de informática;
Construção de placas educativas para serem espalhadas pela escola; Visita a uma
fazenda ou ao horto municipal; entrevistas com pessoas e leituras de textos sobre
Horta escolar; discussão e debates sobre alimentação saudável; pesquisa junto a
familiares mais experientes sobre as principais hortaliças; realização de murais com
receitas saudáveis; trabalho com o filme “Hortaliças”; Os alunos participantes
deverão explicar às turmas da escola durante visitação todo os processo de
construção da horta e sua importância; Socialização e exposição do trabalho à
comunidade escolar.
8.18.5. Infraestrutura:
Serão utilizados a biblioteca da escola para aulas teóricas, o laboratório de
informática para pesquisas, e o espaço no pátio da escola onde será construída a
horta.
8.18.6. Recursos Materiais:
304
Algumas ferramentas são essenciais para o preparo da terra e plantio das
hortaliças:
Luvas
Enxada
Enxadão
Regador
Ancinho (pequeno e grande)
Sacho
Carrinho de mão
Botas de borracha
Rastelo
Tesouras de poda
Sementes: Cenoura, Alface, Salsinha, Mostarda, Beterraba, Rabanete,
Pepino, Abobrinha, Vagem
8.18.7. Resultados esperados:
Que o aluno compreenda a natureza como um todo dinâmico, e que somos
parte integrante e agente das transformações do mundo em que vivemos, com vistas
à melhoria do meio ambiente, e ao estímulo de uma alimentação de qualidade.
8.18.8. Critérios de participação:
Terão prioridade alunos com dificuldades de aprendizagem, bem como
aqueles que demonstrarem interesse e/ou habilidade para o desenvolvimento das
atividades propostas, considerando que as mesmas servem de estímulo à aquisição
e/ou transformação de conhecimentos específicos.
305
8.19. PROGRAMA VIVA A ESCOLA - MUSICALIZAÇÃO
8.19.1. Justificativa:
Mas, a música também deve ser estudada como matéria em si, como
linguagem artística, forma de expressão e um bem cultural. A escola deve ampliar o
conhecimento musical do aluno, oportunizando a convivência com os diferentes
gêneros, apresentando novos estilos, proporcionando uma análise reflexiva do que
lhe é apresentado, permitindo que o aluno se torne mais crítico. Entendendo que
uma das tarefas primordiais da escola é assegurar a igualdade de chances, para que
todos possam ter acesso à música e possa educar-se musicalmente, qualquer que
seja o ambiente sócio-cultural de que provenha”. As atividades musicais realizadas
na escola não visam a formação de músicos, e sim, através da vivência e
compreensão da linguagem musical, propiciar a abertura de canais sensoriais,
facilitando a expressão de emoções, ampliando a cultura geral e contribuindo para a
formação integral do ser.
8.19.2. Fundamentação teórica:
O trabalho com musicalização na escola é um poderoso instrumento que
desenvolve, além da sensibilidade à música, fatores como: concentração, memória,
coordenação motora, socialização, acuidade auditiva e disciplina. As atividades
musicais na escola podem promover o alívio de tensões devidas à instabilidade
emocional e fadiga, promovendo processos de expressão, comunicação e descarga
emocional através do estímulo musical e sonoro; proporcionando situações que
possam contribuir para estimular e desenvolver o sentido da ordem, harmonia,
organização e compreensão.
O aprendizado de música, além de favorecer o desenvolvimento afetivo,
amplia a atividade cerebral, melhora o desempenho escolar dos alunos e contribui
para integrar socialmente o indivíduo”. Entendendo que a música é composta
basicamente por:
Som: são as vibrações audíveis e regulares de corpos elásticos, que se
repetem com a mesma velocidade, como as do pêndulo do relógio. As
306
vibrações irregulares são denominadas ruído.
Ritmo: é o efeito que se origina da duração de diferentes sons, longos ou
curtos.
Melodia: é a sucessão rítmica e bem ordenada dos sons. Harmonia: é a
combinação simultânea, melódica e harmoniosa dos sons.
Cada um dos aspectos ou elementos da música corresponde a um aspecto
humano específico, ao qual mobiliza com exclusividade ou mais intensamente: o
ritmo musical induz ao movimento corporal, a melodia estimula a afetividade; a
ordem ou a estrutura musical (na harmonia ou na forma musical) contribui
ativamente para a afirmação ou para a restauração da ordem mental no homem.
Segundo a DCE de Artes (p.22), “o homem transformou o mundo e a si
próprio pelo trabalho e, por ele, tornou-se capaz de abstrair, simbolizar e criar arte.”
Entendemos que os processo oposto pode ser adotado, quando a arte é o meio de
transformação da sociedade, uma vez que quem a “produz” primeiramente analisa
seu eu e a realidade em que está inserido, produzindo ou reproduzindo na arte suas
idéias, sua visão de mundo, ou suas projeções.
Ainda, conforme recorte da DCE de Artes (p. 23), “a história social da arte
demonstra que as formas artísticas exprimem sua contemporaneidade, por serem
produção do Homem, um ser que é simultaneamente constituído/constituinte do
social. Essas formas artísticas – como expressão concreta de visões de mundo –
são determinadas, mas também determinam o contexto histórico, social, econômico
e político, isto é, as transformações da sociedade implicam condições para uma
nova atitude estética e são por elas modificadas.
Novas maneiras de ver e de ouvir não são apenas resultado de aperfeiçoamentos ou refinamentos na percepção sensorial, mas também uma decorrência de novas realidades sociais (...) o ritmo, o barulho e o tempo das grandes cidades estimulam novos modos de ver e ouvir; um camponês enxerga uma paisagem de maneira diversa da de um homem da cidade, e assim por diante (FISCHER, 2002, p.170).
Partindo desse princípio, observa-se a importância do trabalho musical, não
apenas como uma “disciplina/conteúdo” a ser trabalhado, mas como um instrumento
de transformação do ser, o qual propicia momentos de análise crítica da realidade,
de integração social, de troca de experiências, de mudança de pensamentos. Assim
307
a estaremos entendendo a arte como forma de conhecimento, como ideologia, e
como trabalho criador.
8.19.3. Objetivos:
Oportunizar o conhecimento dos vários estilos musicais;
Desenvolver a percepção auditiva;
Vivenciar, compreender e diferenciar os elementos musicais;
Contribuir com a aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento cognitivo/
lingüístico, psicomotor e sócio-afetivo do participante.
Através da música estabelecer a harmonia pessoal, facilitando a
integração, a inclusão social;
Trabalhar a música considerando o conceito de ciência e arte;
Entender a música como criatividade e auto-expressão, permitindo a
expressão de nossos pensamentos e sentimentos.
Produzir instrumentos musicais com vários tipos de materiais.
8.19.4. Metodologia:
A implantação desse projeto na escola, visa formar um banda rítmica com
alunos de todas as séries e idades, utilizando-se de diversos tios de materiais,
como; tubo de PVC, latas, potes plásticos, molhos de chave, madeira, entre outros,
com intuito de organizar estes sons em forma de música. A partir da banda será
trabalhado a exploração rítmica, sonora a teoria musical e a organização sonora dos
objetos explorados (produção).
De acordo com a DCE de Artes (p. 47) “para se entender melhor a música, é
necessário desenvolver o hábito de ouvir os sons com mais atenção, de modo que
se possa identificar os seus elementos formadores, as varições e as maneiras como
esses sons são distribuídos e organizados em uma composição musical. Essa
atenção vai propiciar o reconhecimento de como a música se organiza.” Assim, para
que esse trabalho seja realizado com sucesso, e que os alunos compreendam a
música, a produção musical, e não fiquem apenas na reprodução de sons, será
necessário num primeiro momento um trabalho de musicalização, que é um
308
processo de construção do conhecimento, que tem como objetivo despertar e
desenvolver o gosto musical, favorecendo o desenvolvimento da sensibilidade,
criatividade, senso rítmico, do prazer de ouvir música, da imaginação, memória,
concentração, atenção, auto-disciplina, do respeito ao próximo, da socialização e
afetividade, também contribuindo para uma efetiva consciência corporal e de
movimentação.
Um dos elementos importantes na “produção” musical é a escuta sensível e
ativa, que pode ser desenvolvida com atividades simples que explorem o universo
sonoro, levando os participantes a ouvir com atenção, analisando e comparando os
sons, buscando identificar as diferentes fontes sonoras. Exercícios simples como
esse desenvolvem no aluno a capacidade auditiva, exercitando a atenção, a
concentração e a capacidade de análise e seleção de sons. As atividades de
exploração sonora vão partir do ambiente familiar, passando depois para ambientes
diferentes.
Outras atividades que a serem desenvolvidas com os alunos: os participantes
serão levados a ficar em silêncio e observar os sons ao seu redor, depois poderão
descrever, desenhar ou imitar o que ouviram; realizar passeios pelo pátio da escola
para descobrir novos sons, ou aproveitar um passeio fora da escola e descobrir sons
característicos de cada lugar; trabalho com a gravação de sons, onde será pedido
aos alunos que identifiquem cada um, ou a produzir sons sem que vejam os objetos
utilizados, pedindo que os identifiquem, ou descubram de que material é feito o
objeto (metal, plástico, vidro, madeira) ou como o som foi produzido (agitado,
esfregado, rasgado, jogado no chão). As atividades onde se busca localizar a fonte
sonora e estabelecer a distância em que o som foi produzido (perto ou longe), são
de grande relevância, para isso, com os olhos fechados indicarão de onde veio o
som produzido por ele, ou ainda, o professor pode caminhar entre os alunos
utilizando um instrumento ou outro objeto sonoro e vão acompanhando o movimento
do som com as mãos.
Após o desenvolvimento das atividades descritas acima, será trabalhado os
atributos do som: Altura; Intensidade; Duração e Timbre.
Paralelamente ao trabalho de musicalização com a montagem da banda
rítimica, será explorado o violão: técnica do instrumento, acordes, cifragem,
tonalidades, rítmos, músicas, transposição, iniciação à harmonia musical e
desenvolvimento auditivo para cifragem de músicas, sendo destinado 02 horas/aulas
309
semanais para as atividades diversas de musicalização e 02 horas/aulas semanais
para o conhecimento do violão;
8.19.5. Infraestrutura:
Será utilizado o espaço da bilioteca escolar e também a quadra esportiva
coberta para desenvolvimento das atividades. A casa da Cultura municipal também
será utilizada em alguns momentos específicos, inclusive para a socialização do
projeto no final do ano letivo quando os participantes farão uma apresentação à toda
comunidade.
8.19.6. Recursos Materiais:
Quadro de giz; xerox de apostila montada pelo professor; instrumentos de
percussão como: xilofone, chocalho, afuxê, pandeiro, caixa clara, bumbo, atabaque,
reco-reco, triângulo; materiais diversos: tubo pvc, latas, potes, chaves, madeiras,
arame tesoura, alicate; caderno pautado de música; canetas coloridas, cola,
tesoura, revistas. pastas com plásticos. DVD, rárdio, TV;
8.19.7. Resultados esperados:
Apresentações da banda nos eventos da escola e demais lugares da
comunidade, bem como o desenvolvimento das faculdades intelectuais e sensoriais
e a busca de uma interação enriquecedora entre ambas. Advoga-se a tese de maior
intercâmbio entre arte, ciência e técnica e, de que “toda pessoa é talentosa”,
procurando despertar no estudante sua sinceridade de emoção, sua agudeza de
observação, sua fantasia e criatividade.
8.19.8. Critérios de participação:
Terão prioridade alunos com dificuldades de aprendizagem, considerando que
as atividades relacionadas à música servem de estímulo à realização e o controle de
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movimentos específicos, contribuem na organização do pensamento, e as atividades
em grupo favorecem a cooperação e a comunicação. Também participarão alunos
com habilidades aguçadas para o manuseio de instrumentos, como motivação ao
grupo.
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8.20. PROGRAMA VIVA A ESCOLA – FORMANDO LEITORES
8.20.1. Justificativa:
Enquanto educadores, devemos pensar a leitura como uma fonte de
conhecimento e informação, mas também um meio de lazer. É necessário motivar os
estudantes para o ato de ler, pois a leitura é algo essencial para a aprendizagem do
ser humano, sendo que por meio dela podemos enriquecer nosso vocabulário, obter
conhecimento, dinamizar o raciocínio e a interpretação. Muitas pessoas dizem não
ter paciência para ler um livro, no entanto isso acontece por falta de hábito, pois se a
leitura fosse um hábito rotineiro saberiam apreciar uma boa obra literária, por
exemplo. Logo, pensando em formar leitores proficientes é que tal proposta objetiva
despertar o prazer e o gosto pela leitura, dando condições para o exercício da
cidadania, considerando ser um meio de entendimento da realidade do mundo atual
e desenvolvendo a capacidade de transformá-lo. A partir do momento que tivermos
alunos leitores com senso crítico desenvolvido o resto fluirá com o tempo. \"Lendo
pode-se sonhar, ser criativo, encontrar-se consigo mesmo, pensar sobre o mundo e
as coisas\".(Lucia Pimental Góes)
8.20.2. Conteúdos:
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais compreende-se a leitura como
um ato dialógico, interlocutivo e capaz de tornar o leitor um sujeito ativo e
emancipado. Por isso, para visar o aperfeiçamento das práticas discursivas –
Oralidade, Leitura e Escrita, contemplar-se-á nesta proposta os seguintes
conteúdos: *LEITURA: Textos narrativos: fábulas, lendas, peças teatrais, poesias,
crônicas, histórias em quadrinhos, etc; * ORALIDADE: Interpretações, círculos de
conversas, contação de histórias, dramatizações (peças teatrais), apresentação de
jograis, divulgação de certas obras da biblioteca ao coletivo escolar, musicalização
de poemas, etc; *ESCRITA: Pesquisas biográficas de autores, produção de rádio
novela (dramaturgia), rádioescola, filmes, paródias de histórias lidas, produções de
livros com interpretação e ilustração de provérbios, etc.
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8.20.3. Objetivos:
Estimular o ato de ler e a contação de histórias; Despertar o espírito lúdico
dos participantes e o prazer pela leitura; Difundir o livro e outros meios de leituras
como fontes de prazer e imaginação; Incentivar que o ato de ler chegue à
comunidade em geral; Formar alunos capazes de interpretar bem o que lêem e de
se expressar corretamente; Proporcionar, através do convívio com diferentes obras
literárias, oportunidades de escolha, avaliação e crítica; Expressar– se por meio dos
mais variados meios simbólicos: peças de teatro, filmes, televisão, pinturas,
esculturas, literatura, poesia, livros científicos, artigos de revistas, jornais.
Confeccionar um livro coletivo; Levar os participantes a enteder que a leitura não
deve ser confundida com o simples ato de descodificar sinais gráficos, pelo
contrário, é necessário passar pelos planos da intelecção, da interpretação para
finalmente chegar a aplicação, podendo ser: icônica, gestual e sonora.
8.20.4. Metodologia:
As atividades serão desenvolvidas nas seguintes etapas: - Exposição oral
explicando os objetivos da proposta e certos conceitos referentes à Literatura; -
Trabalho com os diferentes gêneros litarários: romance, novela, conto, crônica,
poema, história infanto-juvenil, fábula, provérbios, charge, história em quadrinhos,
peças teatrais. Este trabalho será feito utilizando metodologias diversificadas:
Leituras, relatos de leituras, círculo de conversas, dramatizações, declamações,
contação de histórias, divulgação de certas obras da biblioteca ao coletivo escolar,
produção de paródias de histórias lidas, criação de fantoches e de outras formas
animadas, musicalização de poemas, pesquisa de biografias de autores. - Produção
do livro coletivo da produção dos alunos; - Apresentação de peças teatrais; -
Produção de uma radionovela, radioescola, filmes de dramartugia.
8.20.5. Infraestrutura:
O projeto será desenvolvido utilizando-se como espaço físico principal a
biblioteca da escola. Esporadicamente, poderá ser utilizado também a quadra
esportiva coberta para que dispostos em circulos, os participantes possam
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desenvolver dinâmicas de contação de histórias; O auditório da Casa da Cultura
Municipal será utilizado em um momento específico para a socialização do projeto
desenvolvido durante o ano, quando os participantes apresentarão trabalhos a toda
comunidade escolar;
8.20.6. Resultados Esperados:
Espera-se que os participantes entendam a leitura como sendo uma atividade
permanente da condição humana, uma habilidade a ser adquerida desde cedo. Lê-
se para sonhar, viajar com a imaginação. Lê-se por prazer e curiosidade. Lê-se para
aprender e ficar informado. Lê-se para questionar e resolver problemas. A leitura
permite ao leitor manipular o próprio tempo, evolvendo-o em idéias, acontecimentos
e fazendo-o interagir com o mundo de forma mais atraente. Mas, não há literatura
sem leitor, e o texto nunca é o mesmo, porque provoca cada um de modo diferente.
Logo, espera-se com este projeto, formar alunos leitores com capacidade de
interpretação e modificação da realidade social.
8.20.7. Critérios de Participação:
Serão priorizados os alunos em situação de vulnerabilidade social, aqueles
com restrições financeiras e até mesmo desestrutura familiar que ficam ociosos no
contra-turno sem atividades. Também serão valorizados os alunos com habilidades
específicas de forma que sejam influentes e líderes posiTIvos do grupo.
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9. MATRIZ CURRICULAR
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10. CALENDÁRIO ESCOLAR