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Concurso 2015 Tema 01 – Gestão da Qualidade Total – Conceitos de Gestão da Qualidade e Evolução para a Qualidade Total A preocupação com a Qualidade Total teve início em meados da década de 20, com o estatístico norte-americano Walter Shewhart. Shewhart questionava acerca da qualidade em relação a variabilidade encontrada na produção de bens e serviços. Nesse período, ele desenvolveu um sistema de mensuração da variabilidade, que ficou conhecido como controle estatístico do processo (CEP) e também foi o responsável pelo desenvolvimento do Ciclo PDCA, que com o passar do tempo ficou conhecido como Ciclo de Deming. Na década de 40, devido à necessidade de fabricar armas que pudessem oferecer segurança e qualidade no seu funcionamento, começou a surgir o conceito de Gestão da Qualidade Total (GQT) ou TQM (em inglês), exigindo assim um controle maior nas etapas do processo, dando ao cliente uma garantia de segurança maior. A Segunda Guerra Mundial exigiu a fixação de padrões e a aceleração do desenvolvimento de técnicas de inspeção e controle da qualidade. Deste controle houve uma expansão nas indústrias armamentistas e o desenvolvimento de normas e padrões ligados à inspeção da qualidade. A partir da década de 50, houve uma evolução do conceito da qualidade, devido à reconstrução do Japão no pós-guerra. Nesse período William Deming, baseado nas ideias de Shewhart, implantou sua abordagem no Japão com técnicas para reduzir os custos e aumentar a qualidade, ensinando aos altos executivos japoneses sobre otimização de projetos, qualidade de produto e controles estatísticos. Ele ainda é responsável pela difusão do conhecimento sobre o Ciclo PDCA ao redor do mundo. Também na década de 50, Joseph Juran, que foi trabalhar como consultor no Japão, contribui com o conceito de TQM ao classificar os custos da não qualidade, ou seja, os custos de não fazer certo na primeira vez, segundo ele a linguagem do dinheiro era essencial na sensibilização da alta gerência, os três tipos de custos, segundo Juran são: Custos das falhas : Sejam internas ou externas. A interna quando o produto ainda não chegou ao cliente e todo trabalho de recuperação é feito na empresa, e a externa quando o produto já está sob posse do

Tema 1 - Gestão Da Qualidade Total e Modelos de Excelência

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A preocupação com a Qualidade Total teve início em meados da década de 20, com o estatístico norte-americano Walter Shewhart. Shewhart questionava acerca da qualidade em relação a variabilidade encontrada na produção de bens e serviços. Nesse período, ele desenvolveu um sistema de mensuração da variabilidade, que ficou conhecido como controle estatístico do processo (CEP) e também foi o responsável pelo desenvolvimento do Ciclo PDCA, que com o passar do tempo ficou conhecido como Ciclo de Deming.

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Concurso 2015

Tema 01 – Gestão da Qualidade Total – Conceitos de Gestão da Qualidade e Evolução para a Qualidade Total

A preocupação com a Qualidade Total teve início em meados da década de 20, com o estatístico norte-americano Walter Shewhart. Shewhart questionava acerca da qualidade em relação a variabilidade encontrada na produção de bens e serviços. Nesse período, ele desenvolveu um sistema de mensuração da variabilidade, que ficou conhecido como controle estatístico do processo (CEP) e também foi o responsável pelo desenvolvimento do Ciclo PDCA, que com o passar do tempo ficou conhecido como Ciclo de Deming.

Na década de 40, devido à necessidade de fabricar armas que pudessem oferecer segurança e qualidade no seu funcionamento, começou a surgir o conceito de Gestão da Qualidade Total (GQT) ou TQM (em inglês), exigindo assim um controle maior nas etapas do processo, dando ao cliente uma garantia de segurança maior.

A Segunda Guerra Mundial exigiu a fixação de padrões e a aceleração do desenvolvimento de técnicas de inspeção e controle da qualidade. Deste controle houve uma expansão nas indústrias armamentistas e o desenvolvimento de normas e padrões ligados à inspeção da qualidade.

A partir da década de 50, houve uma evolução do conceito da qualidade, devido à reconstrução do Japão no pós-guerra. Nesse período William Deming, baseado nas ideias de Shewhart, implantou sua abordagem no Japão com técnicas para reduzir os custos e aumentar a qualidade, ensinando aos altos executivos japoneses sobre otimização de projetos, qualidade de produto e controles estatísticos. Ele ainda é responsável pela difusão do conhecimento sobre o Ciclo PDCA ao redor do mundo.

Também na década de 50, Joseph Juran, que foi trabalhar como consultor no Japão, contribui com o conceito de TQM ao classificar os custos da não qualidade, ou seja, os custos de não fazer certo na primeira vez, segundo ele a linguagem do dinheiro era essencial na sensibilização da alta gerência, os três tipos de custos, segundo Juran são:

Custos das falhas : Sejam internas ou externas. A interna quando o produto ainda não chegou ao cliente e todo trabalho de recuperação é feito na empresa, e a externa quando o produto já está sob posse do cliente e dessa forma é necessário recuperar o produto, perde-se a credibilidade que podem gerar perdas em futuros negócios; Custos de Avaliação : Devem incluir os custos das inspeções, testes em processo, auditorias de conformidade etc. Custos da prevenção : Devem incluir os custos de planejamento, controle e avaliação de fornecedores e treinamentos em técnicas de controle de qualidade.

Em meados da década de 60, Feigenbaum apresentou o controle da qualidade total, com duas ideias principais: Foco no cliente e o sistema da qualidade. Assim, o ambiente de negócios começou a mudar, principalmente nos países denominados desenvolvidos, exigindo das organizações posturas diferentes na sua maneira de gestão. Feigenbaum acreditava que a qualidade precisava ser embutida no produto desde o começo, a partir dos desejos e interesses do cliente.

Ainda na década de 60, Shigeo Shingo, fez a distinção entre erros e defeitos, considerando que os primeiros desencadeavam o segundo, porém nem sempre. Dessa forma, o objetivo seria identificar

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os erros, corrigir suas causas e tomar ações efetivas para evitar a recorrência assim que cada erro fosse identificado. O Poka Yoke proposto por Shingo, e criado na Toyota, é o seu maior legado. O Poka Yoke, “a prova de erros” engloba conceitos aplicados desde o projeto até a implementação dos dispositivos a prova de erros.  O objetivo do Poka Yoke é evitar que os erros se tornem defeitos, através da eliminação de suas causas. Sendo assim, esse sistema, ao evitar que os erros aconteçam, é mais econômico, pois reduz os custos das avaliações e controles da qualidade.

Nesse mesmo período, vários fabricantes japoneses aumentaram bastante sua participação no mercado americano. Uma das principais razões deveu-se à superioridade em qualidade. Muitas indústrias foram afetadas, como, por exemplo, a indústria eletrônica, automobilística, de aço e máquinas. As empresas americanas geralmente não conseguiram observar as tendências. Elas aderiram à crença de que a competição japonesa se baseava primordialmente na competição de preços e não na de qualidade.

Desta forma, assumiriam a liderança de mercado as empresas que colocassem produtos altamente diferenciados a preços mais competitivos. A qualidade volta-se, assim, para a busca da satisfação das necessidades do cliente dentro de uma visão empresarial moderna.

Com o intuito de eliminar os custos cada vez mais elevados com a falta de qualidade, criou-se uma estratégia que requeria a percepção de todos na organização e devia ser realizada por todos os envolvidos com esta organização. Para que a estratégica fosse eficaz, o controle da qualidade de um produto deveria começar em seu projeto e só terminaria a partir do momento em que o produto se encontrasse nas mãos do consumidor final.

Esse controle de todas as etapas do processo de produção foi denominado de controle da qualidade total, ou seja, a TQM.

A Toyota, no Japão, foi a primeira organização a empregar o conceito de TQM, superando na época, a etapa do Fordismo, onde esta responsabilidade era limitada apenas ao nível da gestão.

Atualmente, são encontradas várias definições para a Gestão da Qualidade Total, mas seus princípios básicos são sempre a participação de todos os envolvidos no processo, o foco no cliente, a condução da cultura organizacional, foco estratégico, a prevenção de defeitos e a melhoria contínua. Gestão da Qualidade Total é uma filosofia e não um programa.

O termo Gestão da Qualidade Total refere-se a uma busca pela qualidade que envolve a todos numa organização, mas verifica-se que este tema tem instigado os meios de pesquisa nos últimos anos, fazendo com que ocorra a busca do que seria a estrutura mais adequada de um modelo de TQM e quais seriam seus fatores mais críticos, mas de maneira geral, o TQM envolve os seguintes procedimentos:

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I. Criar a constância de propósito para a melhoria do produto ou serviço, com um plano para se tornar competitivo e se manter no negócio, possibilitando dessa forma emprego a muitas pessoas.

II. Adotar uma nova filosofia: estamos em uma nova era econômica. Não podemos mais aceitar normalmente atrasos, erros, materiais defeituosos, e erros humanos no trabalho, a administração deve despertar para o desafio, assumir suas responsabilidades e assumir a liderança da mudança (zero defeito, método e criatividade na solução de problemas).

III. Acabar com a dependência da inspeção em massa, isto é, entender que a inspeção e o controle não são formadores da qualidade, e sim dos custos. A qualidade não vem da inspeção, mas sim da melhoria do processo. As evidências estatísticas podem comprovar que a qualidade está embutida no produto ou serviço.

IV. Parar com o processo de fazer negócios baseados em preços, mas que dependem de medidas significativas da qualidade, junto com o preço. Elimine fornecedores que não podem qualificar-se com evidências estatísticas da qualidade.

V. Melhorar constantemente o sistema de produção do serviço, para melhorar a qualidade e produtividade e, dessa maneira, reduzir constantemente os custos.

VI. Instituir métodos modernos de treinamento e retreinamento, muitos se possível, dentro do próprio local de trabalho.

VII. Instituir na liderança, ou seja, investir na liderança e não em supervisão e controle.

VIII. Afastar o medo do ambiente de trabalho para que todos possam trabalhar eficazmente pela empresa.

IX. Eliminar as barreiras existentes entre os departamentos. Quem trabalha nas áreas de pesquisa, projeto, vendas e produção devem agir como equipe, para antecipar problemas na produção e na utilização que possam afetar o produto ou serviço.

X. Eliminar slogans, exortações e metas para os empregados, pedindo zero defeitos e níveis mais altos de produtividade. Essas exortações apenas criam relações hostis, já que o principal nas causas da má qualidade e má produtividade é o sistema, o qual se encontra além do alcance da força de trabalho.

XI. Eliminar as cotas numéricas, ou seja, desviar os funcionários da crença absurda de que é preciso fazer mais numericamente. Criar padrões que promovam a qualidade. Eliminar a administração por objetivos.

XII. Eliminar as barreiras que impedem ao trabalhador sentir orgulho pela tarefa bem-feita. A responsabilidade dos supervisores deve mudar dos números para a qualidade.

XIII. Instituir um sólido programa de educação e auto treinamento, ou seja, investir na aquisição de uma nova mentalidade, permeada por ferramentas e métodos revitalizantes para a empresa.

XIV. Agir no sentido de caracterizar a transformação. Colocar todos na organização trabalhando para atingir essa transformação. A transformação é tarefa de todos.

De forma resumida, a Gestão da Qualidade Total pode ser descrita como sendo um modelo gerencial em que a empresa, através do controle ou da gestão dos processos, busca satisfazer as necessidades de todas as pessoas com as quais tem compromisso (clientes, empregados, acionistas e vizinhos). Ela se trata de um sistema permanente e de longo prazo, com foco no alcance da satisfação do cliente através de um processo de melhoria contínua dos produtos e serviços oferecidos.

Ou seja, é uma decorrência da aplicação da melhoria continua em processos dentro de uma empresa. Enquanto a melhoria contínua da qualidade é aplicável no nível operacional, a qualidade

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total estende o conceito de qualidade para toda a organização, abrangendo todos os níveis organizacionais, desde o pessoal do escritório e do chão de fábrica até a alta cúpula em um envolvimento total.

A implantação da Gestão da Qualidade Total (TQM) é realizada através da condução de quatro etapas: num primeiro momento, faz-se necessário buscar o envolvimento e o comprometimento de todas as pessoas que fazem parte da organização, em busca de uma mudança planejada da cultura organizacional, dado que a mudança comportamental do indivíduo através da busca é à base do aperfeiçoamento e só ocorre mediante seu completo envolvimento e comprometimento. O aperfeiçoamento desta cultura acontece com base em método e comportamento, sendo esse processo de melhoria necessário à própria sobrevivência futura da organização.

A segunda etapa, denominada gerenciamento da rotina, ou gerenciamento baseado em fatos e dados, passa pela implementação da chamada padronização de processos denominados repetitivos ou rotineiros. Nesta etapa, a organização busca desenvolver e implementar os estudos de problemas com a utilização do método PDCA de gerenciamento.

A terceira etapa é denominada de gerenciamento pelas diretrizes, onde a organização estabelece seu planejamento de curto, médio e longo prazo e determinam-se as metas e medidas necessárias para definir o rumo a ser seguido pela empresa.

A quarta etapa é à busca da certificação da empresa através do sistema de gestão pela qualidade segundo a ISO 9000:2000. Nesta etapa, a organização já tem uma cultura voltada à qualidade e com o foco voltado principalmente para a satisfação do seu cliente. A certificação é vista como um prêmio pela implantação das etapas anteriores.

Vale destacar que a implantação de um programa de qualidade é um processo de aprendizado e, portanto, não se deve ter regras muito rígidas, mas estar adaptada às necessidades, usos e costumes da empresa. Um programa de qualidade deve ser visto como o aperfeiçoamento do gerenciamento já existente.

A qualidade total, por ser baseada numa filosofia de melhoria contínua, resulta em uma abordagem proativa direcionada a produção industrial e a maioria das empresas deste mesmo ramo (mas que pode ser aplicada em diversos outros). Ela atua como uma opção para a reorientação gerencial das organizações.

Como dito ao longo do texto, a qualidade total possui alguns princípios fundamentais, porém, seus três aspectos mais importantes são o foco no cliente, o trabalho em equipe através da delegação e a busca constante pela solução de problemas e erros. Vale ressaltar, que a qualidade total, acima de tudo, valoriza o recurso humano da empresa, reconhecendo a sua capacidade de analisar e resolver problemas.

Essa filosofia precisa ser entendida como uma nova maneira de pensar, antes de agir e produzir. A qualidade total implica numa mudança de postura, exigindo alterações de atitudes e comportamentos.

Essas mudanças visam o comprometimento com o aprimoramento e com o melhor desempenho possível dos processos organizacionais (em específico a produção), fomentando também uma mudança na cultura organizacional, que deve se tornar mais participativa e descentralizada.

Portanto, para a qualidade total, é fundamental atender e exceder as expectativas do cliente. Para atingir um bom nível de qualidade, a empresa deve entender o que o cliente realmente deseja e

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necessita, para que assim, o bem ou serviço possa ser prestado, realizado e concebido com excelência.

Sendo assim, as empresas além de satisfazerem seus clientes, devem também ser melhores que os seus concorrentes diretos, objetivando tratar a qualidade como um gerador potencial de vantagem competitiva.

Modelos de Referência

A maioria dos modelos de excelência (MEs) ou prêmios nacionais de qualidade (PNQs) foram estabelecidos durante o final dos anos 1980 e 1990. Durante os anos 1980, em meio ao processo de busca constante por melhorias na qualidade e no aumento de produtividade, empresas de todo o mundo, e mais especificamente dos EUA, reuniram um grupo de especialistas que avaliou as práticas e o processo de uma série de empresas bem-sucedidas, consideradas modelos de excelência, e as características comuns que representavam seus diferenciais competitivos.

Os modelos de excelência estabelecem um conjunto de critérios e itens que uma organização deve cumprir por meio de suas práticas, que visam atender as necessidades dos stakeholders e conduzem a resultados de excelência. Assim, diversas organizações de setores econômicos variados, públicos ou privados, documentam as práticas organizacionais que são empregadas, de modo a atender os critérios dos modelos de excelência, através de relatórios de gestão.

Os relatórios de gestão são avaliados e a eles são atribuídos pontos dos critérios e itens considerados, o que permite identificar os pontos fortes e as oportunidades de melhoria para a organização. As organizações terão um retorno em forma de relatório de avaliação, e poderão ou não ser premiadas. As empresas que atingirem determinada pontuação nos critérios são premiadas e reconhecidas como destaques, pela excelência e alto desempenho.

O aumento da competitividade entre as empresas fomentou um grande processo evolutivo nos modelos de excelência em qualidade e gestão, nas organizações de todo o mundo. O movimento teve início no Japão, na década de 1950, e anos mais tarde com empresas europeias, norte-americanas e latino-americanas. Dentre os diversos modelos de excelência existentes, três se destacam no Brasil, que são:

Prêmio Deming; Prêmio Malcolm Baldrige; Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ), bastante influenciado tanto pelo modelo japonês (Deming) quanto pelo modelo americano (Malcolm Baldrige).

O primeiro prêmio da qualidade foi criado pela JUSE (União dos Cientistas e Engenheiros Japoneses) em 1951 com o nome de Prêmio Deming (Deming Prize), em homenagem ao Dr. Willian Edwards Demming. O prêmio Demming é dividido em três categorias: O Prêmio Demming para pessoas, O Prêmio Demming por inscrição e Prêmio Demming de Controle de Qualidade para unidades operacionais.

O primeiro é uma premiação anual oferecida a pessoas que obtiveram contribuição de destaque para o Total Quality Management (TQM) ou métodos estatísticos utilizados no mesmo e/ou pessoas que obtiveram contribuições de destaque na disseminação do TQM.

Já o Prêmio Demming por inscrição é uma premiação anual oferecida a empresas que obtiveram uma performance de destaque através da aplicação do TQM. Independente da área de atuação,

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qualquer empresa pode se candidatar seja ela pública ou privada, pequena ou grande. Por fim, o Prêmio Demming de Controle de Qualidade é oferecido a empresas que obtiveram um desempenho de destaque através da adoção de políticas de controle da qualidade.

O prêmio japonês, diferentemente do brasileiro e do americano, indica nos itens de verificação e as práticas que devem ser utilizadas, tais como métodos estatísticos, revisão de projetos, modelo PDCA, círculos de controle da qualidade, entre outros.

Em 1988, como resposta à invasão de produtos japoneses em solo norte-americano e intencionando estimular a competitividade das empresas, os Estados Unidos lançou o prêmio Malcolm Baldrige National Quality Award.

Inicialmente, o Prêmio Malcolm Baldrige destinava-se a premiar as melhores empresas industriais, de serviços e pequenos negócios, porém, a partir de 1999, foram acrescentadas à premiação as melhores práticas de gestão nos setores de educação e saúde.

O Prêmio Americano de Qualidade Malcolm Baldrige avalia o sistema de gestão da qualidade das organizações, através das análises de resultados obtidos e das melhorias alcançadas.

No Brasil, o Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ) foi criado em 1991, sendo fortemente influenciado pelo Prêmio Nacional da Qualidade Malcolm Baldrige. O objetivo principal do PNQ é de apoiar, incentivar e reconhecer o desenvolvimento eficaz da gestão da qualidade total pelas empresas no Brasil. Seus critérios e etapas de avaliação são projetados para ajudar a identificar os pontos fortes da organização e áreas de melhoria.

Os Critérios de Excelência do PNQ e, posteriormente, o Modelo de Excelência da Gestão (MEG), foram desenvolvidos inicialmente com base nos fundamentos do Prêmio Malcolm Baldrige. Sendo assim, a cada novo ciclo, os Critérios de Excelência do PNQ são atualizados utilizando como parâmetros os prêmios internacionais similares, visando sua adaptação e adequação às novas realidades do ambiente econômico e empresarial, possibilitando às empresas participantes a melhoria de sua competitividade num ambiente globalizado.

Existem ainda outros prêmios de destaque, como o Prêmio Australiano (Australian Business Excellence Award) e o Prêmio Canadense (Canadian Quality Award), lançados na mesma época do prêmio Malcolm Baldrige. Atualmente estima-se existirem cerca de 80 Prêmios de Qualidade em diversas nações do mundo.