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Teorema de Gauss
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Teorema de Gauss e Aplicações
Josecley F. Góes1
1Processo Seletivo para Provimento de Vagasde Professor Temporário de Expansão
Universidade do Federal do Rio de Janeiro - UFRJ - Macaé
Março de 2012
Josecley Fialho Góes (UFRJ - MACAÉ) Teorema de Gauss e Aplicações Disciplina: Cálculo 1 / 25
Sumário
1 Introdução
2 Teorema de GaussAplicações
Josecley Fialho Góes (UFRJ - MACAÉ) Teorema de Gauss e Aplicações Disciplina: Cálculo 2 / 25
Introdução
Introdução
Josecley Fialho Góes (UFRJ - MACAÉ) Teorema de Gauss e Aplicações Disciplina: Cálculo 3 / 25
Introdução
Introdução
O Teorema da Divergência é algumas vezes chamado Teorema deGauss, em homenagem ao grande Matemático alemão Karl FriedrichGauss (1777 - 1855);
Este teorema foi descoberto durantes suas pesquisas sobre eletrostática;
Estabeleceremos o Teorema de Gauss para as regiões dos tipos I, II e IIIe às quais chamaremos regiões sólidas simples;
Por exemplo: regiões limitadas por elipsóides ou caixas retangulares;
Josecley Fialho Góes (UFRJ - MACAÉ) Teorema de Gauss e Aplicações Disciplina: Cálculo 4 / 25
Introdução
Introdução
O Teorema da Divergência é algumas vezes chamado Teorema deGauss, em homenagem ao grande Matemático alemão Karl FriedrichGauss (1777 - 1855);
Este teorema foi descoberto durantes suas pesquisas sobre eletrostática;
Estabeleceremos o Teorema de Gauss para as regiões dos tipos I, II e IIIe às quais chamaremos regiões sólidas simples;
Por exemplo: regiões limitadas por elipsóides ou caixas retangulares;
Josecley Fialho Góes (UFRJ - MACAÉ) Teorema de Gauss e Aplicações Disciplina: Cálculo 4 / 25
Introdução
Introdução
O Teorema da Divergência é algumas vezes chamado Teorema deGauss, em homenagem ao grande Matemático alemão Karl FriedrichGauss (1777 - 1855);
Este teorema foi descoberto durantes suas pesquisas sobre eletrostática;
Estabeleceremos o Teorema de Gauss para as regiões dos tipos I, II e IIIe às quais chamaremos regiões sólidas simples;
Por exemplo: regiões limitadas por elipsóides ou caixas retangulares;
Josecley Fialho Góes (UFRJ - MACAÉ) Teorema de Gauss e Aplicações Disciplina: Cálculo 4 / 25
Introdução
Introdução
O Teorema da Divergência é algumas vezes chamado Teorema deGauss, em homenagem ao grande Matemático alemão Karl FriedrichGauss (1777 - 1855);
Este teorema foi descoberto durantes suas pesquisas sobre eletrostática;
Estabeleceremos o Teorema de Gauss para as regiões dos tipos I, II e IIIe às quais chamaremos regiões sólidas simples;
Por exemplo: regiões limitadas por elipsóides ou caixas retangulares;
Josecley Fialho Góes (UFRJ - MACAÉ) Teorema de Gauss e Aplicações Disciplina: Cálculo 4 / 25
Introdução
Introdução
Exemplo de regiões do tipo I
Uma região sólida E é dita ser do tipo I se está contida entre os gráficos deduas funções contínuas de x e y , ou seja,
E = (x , y , z)|(x , y) ∈ D,u1(x , y) ≤ z ≤ u2(x , y) (1)
onde D é a projeção de E sobre o plano xy .
Figura 1: Uma região sólida do tipo I
Josecley Fialho Góes (UFRJ - MACAÉ) Teorema de Gauss e Aplicações Disciplina: Cálculo 5 / 25
Introdução
Introdução
Exemplo de regiões do tipo II
Uma região sólida E é dita ser do tipo II se for da forma
E = (x , y , z)|(y , z) ∈ D,u1(y , z) ≤ x ≤ u2(y , z) (2)
onde D é a projeção de E sobre o plano yz.
Figura 2: Uma região sólida do tipo II
Josecley Fialho Góes (UFRJ - MACAÉ) Teorema de Gauss e Aplicações Disciplina: Cálculo 6 / 25
Introdução
Introdução
Exemplo de regiões do tipo III
Uma região sólida E do tipo III é da forma
E = (x , y , z)|(x , z) ∈ D,u1(x , z) ≤ y ≤ u2(y , z) (3)
onde D é a projeção de E sobre o plano xz.
Figura 3: Uma região sólida do tipo III
Josecley Fialho Góes (UFRJ - MACAÉ) Teorema de Gauss e Aplicações Disciplina: Cálculo 7 / 25
Teorema de Gauss
Teorema de Gauss
Josecley Fialho Góes (UFRJ - MACAÉ) Teorema de Gauss e Aplicações Disciplina: Cálculo 8 / 25
Teorema de Gauss
Teorema de Gauss
Teorema de Gauss ou Divergência
Seja E uma região sólida simples e seja S a superfície fronteira de E , ori-entada positivamente, ou seja, o vetor normal unitário n está apontando parafora de E . Seja F um campo vetorial cujas funções componentes têm deriva-das parciais contínuas em uma região aberta que contenha E . Então∫∫
SF · dS =
∫∫∫E
div F dV (4)
Note que ele relaciona a integral da derivada de uma função sobre umaregião com a integral de uma função original F sobre a fronteira da região.
Josecley Fialho Góes (UFRJ - MACAÉ) Teorema de Gauss e Aplicações Disciplina: Cálculo 9 / 25
Teorema de Gauss
Teorema de Gauss
Teorema de Gauss ou Divergência
Seja E uma região sólida simples e seja S a superfície fronteira de E , ori-entada positivamente, ou seja, o vetor normal unitário n está apontando parafora de E . Seja F um campo vetorial cujas funções componentes têm deriva-das parciais contínuas em uma região aberta que contenha E . Então∫∫
SF · dS =
∫∫∫E
div F dV (4)
Note que ele relaciona a integral da derivada de uma função sobre umaregião com a integral de uma função original F sobre a fronteira da região.
Josecley Fialho Góes (UFRJ - MACAÉ) Teorema de Gauss e Aplicações Disciplina: Cálculo 9 / 25
Teorema de Gauss
Teorema de Gauss
Exemplo 1
Determine o fluxo do campo vetorial F(x , y , z) = zi + y j + xk sobre a esferaunitária x2 + y2 + z2 = 1.Solução: Primeiro calcularemos a divergência de F:
divF =∂
∂x(z) +
∂
∂y(y) +
∂
∂z(x) = 1
A esfera unitária S é a fronteira da bola unitária B dada por x2 + y2 + z2 ≤ 1.Então, o Teorema de Gauss dá o fluxo como∫∫
SF · dS =
∫∫∫B
div F dV =
∫∫∫B
1 dV
= V (B) =43π(1)3
=4π3
Josecley Fialho Góes (UFRJ - MACAÉ) Teorema de Gauss e Aplicações Disciplina: Cálculo 10 / 25
Teorema de Gauss
Teorema de Gauss
Exemplo 1: Solução Alternativa
Poderíamos resolver este problema usando a definição para superfícies pa-ramétricas: ∫∫
SF · dS =
∫∫D
F · (ru × rv)dA (5)
Solução: Usando a representação paramétrica
r(φ, θ) = sen(φ)cos(θ)i + sen(φ)sen(θ)j + cos(φ)k, 0 ≤ φ ≤ π 0 ≤ θ ≤ 2π
temosF(r(φ, θ)) = cos(φ)i + sen(φ)sen(θ)j + sen(φ)cos(θ)k
O produto vetorial dos vetores tangentes é:
rφ × rθ = sen2(φ)cos(θ)i + sen2(φ)sen(θ)j + sen(φ)cos(φ)k
Portanto
Josecley Fialho Góes (UFRJ - MACAÉ) Teorema de Gauss e Aplicações Disciplina: Cálculo 11 / 25
Teorema de Gauss
Teorema de Gauss
Exemplo 1: Solução Alternativa
F(r(φ, θ)) · (rφ × rθ) = cos(φ)sen2(φ)cos(θ) + sen3(φ)sen2(θ)
+ sen2(φ)cos(φ)cos(θ)
e, pela Eq. 5, o fluxo é∫∫S
F · dS =
∫∫D
F · (ru × rv)dA
=
∫ 2π
0
∫ π
0(2sen2(φ)cos(φ)cos(θ) + sen3(φ)sen2(θ) dφ dθ
= 2∫ π
0sen2(φ)cos(φ) dφ
∫ 2π
0cos(θ) dθ +
∫ π
0sen3(φ)dφ
∫ 2π
0sen2(θ) dθ
= 0 +
∫ π
0sen3(φ)dφ
∫ 2π
0sen2(θ) dθ
=43π
Josecley Fialho Góes (UFRJ - MACAÉ) Teorema de Gauss e Aplicações Disciplina: Cálculo 12 / 25
Teorema de Gauss
Teorema de Gauss
Exemplo 1: Figura de Visualização
Figura 4: Campo Vetorial F em pontos da esfera unitária
Josecley Fialho Góes (UFRJ - MACAÉ) Teorema de Gauss e Aplicações Disciplina: Cálculo 13 / 25
Teorema de Gauss
Teorema de Gauss
Exemplo 2:
Calcule∫∫
SFdS, onde F(x , y , z) = (4x ,−2y2, z2) e S é a superfície limitada
por x2 + y2 = 4 tal que 0 ≤ z ≤ 3.
Solução: Seja o sólido W = (x , y , z) ∈ R3/x2+y2 ≤ 4,0 ≤ z ≤ 3 é o sólidolimitado por um cilindro e fechado por dois planos paralelos; denotemos por∂W = S. Aplicaremos o teorema de Gauss: divF(x , y , z) = 4−4y + 2z, logo:∫∫
SF · dS =
∫∫∫W
4− 4y + 2z dx dy dz;
Em coordenadas cilindricas, obtemos:divF(r , θ, z) = 4− 4 r sen(θ) + 2z, com0 ≤ r ≤ 2 ,0 ≤ θ ≤ 2 e 0 ≤ z ≤ 3; então:∫∫
SF · dS =
∫∫∫W
4− 4y + 2z dx dy dz =
∫ 2
0
∫ 2
0
∫ 3
0(4− 4 r sen(θ) + 2z) r dr dθ dz
= 84π.
Josecley Fialho Góes (UFRJ - MACAÉ) Teorema de Gauss e Aplicações Disciplina: Cálculo 14 / 25
Teorema de Gauss
Teorema de Gauss
Exemplo 2: Figura de Visualização
Figura 5: Campo Vetorial F em pontos do cilindro
Josecley Fialho Góes (UFRJ - MACAÉ) Teorema de Gauss e Aplicações Disciplina: Cálculo 15 / 25
Teorema de Gauss Aplicações
Aplicações
Josecley Fialho Góes (UFRJ - MACAÉ) Teorema de Gauss e Aplicações Disciplina: Cálculo 16 / 25
Teorema de Gauss Aplicações
Aplicações
Escoamento de Fluidos
Seja v(x , y , z) o campo de velocidade de um fluido com densidadeconstante ρ;
A taxa de vazão do fluido por unidade de área é F = ρv ;
Se P(x0, y0, z0) é um ponto no fluido e Ba é uma bola com centro em P0e raio muito pequeno a, então:
divF(P) ≈ divF(P0)
para todos os pontos de Ba, uma vez que divF é contínuo.
Podemos aproximar o fluxo sobre a fronteira esférica Sa, como segue:
Josecley Fialho Góes (UFRJ - MACAÉ) Teorema de Gauss e Aplicações Disciplina: Cálculo 17 / 25
Teorema de Gauss Aplicações
Aplicações
Escoamento de Fluidos∫∫
Sa
divF · dS =
∫∫∫Ba
divF dV
≈∫∫∫
Ba
divF(P0) dV
= divF(P0)V (Ba)
A aproximação se torna melhor a medida que a→ 0 e sugere que
divF(P0) = lima→0
1V (Ba)
∫∫Sa
divF · dS
Josecley Fialho Góes (UFRJ - MACAÉ) Teorema de Gauss e Aplicações Disciplina: Cálculo 18 / 25
Teorema de Gauss Aplicações
Aplicações
Escoamento de Fluidos: considerações
divF(P) é o valor limite do fluxo por unidade de volume sobre umaesfera de centro P0;
divF(P) é a taxa líquida do fluxo por unidade de volume que sai de P0;
Se divF(P) > 0, então P é chamado fonte, pois o fluido está "saindo"deP;
Se divF(P) < 0, então P é chamado servidouro(poço), pois o fluido está"entrando"por P;
Josecley Fialho Góes (UFRJ - MACAÉ) Teorema de Gauss e Aplicações Disciplina: Cálculo 19 / 25
Teorema de Gauss Aplicações
Aplicações
Equação da Continuidade: Conservação de massa
Consideremos x = (x , y , z) ∈ Ω, v = v(t ,x) e ρ = ρ(t ,x) tais que paracada t , v seja um campo de vetores de classe C1 em Ω e ρ uma funçãocom valores reais de classe C1 em Ω. Dizemos que v e ρ possuem umalei de conservação da massa quando:
ddt
∫∫∫Ω
ρ dx dy dz = −∫∫
∂Ω
J; (6)
para toda região Ω ⊂ R3, onde J = ρ v.Se ρ é uma densidade de massa ou carga e v o campo de velocidadede um fluido, a definição expressa que a variação da massa total em Ω éigual a razão com que a massa flui para o interior de Ω.
Josecley Fialho Góes (UFRJ - MACAÉ) Teorema de Gauss e Aplicações Disciplina: Cálculo 20 / 25
Teorema de Gauss Aplicações
Aplicações
Equação da Continuidade: Conservação de massa
Note que:ddt
∫∫∫Ω
ρ dx dy dz =
∫∫∫Ω
dρdt
dx dy dz;
Se denotamos por div(J) a divergência de J calculada para cada t fixo,pelo Teorema de Gauss: ∫∫
SJ =
∫∫∫Ω
div(J)
logo, a Eq. 6 é equivalente a∫∫∫Ω
[div(J) +
dρdt
]dx dy dz = 0; (7)
para toda região Ω ⊂ R3;
Josecley Fialho Góes (UFRJ - MACAÉ) Teorema de Gauss e Aplicações Disciplina: Cálculo 21 / 25
Teorema de Gauss Aplicações
Aplicações
Equação da Continuidade: Conservação de massa
Então a Eq. 7 pode ser escrita como,
div(J) +dρdt
= 0; (8)
A Eq. 8 é chamada de Equação da Continuidade.Nos casos onde a massa específica é constante, temos que o div(J) = 0 naEq. 8.
Josecley Fialho Góes (UFRJ - MACAÉ) Teorema de Gauss e Aplicações Disciplina: Cálculo 22 / 25
Teorema de Gauss Aplicações
Aplicações
Interpretação da Divergência
Da Eq. 8, temos:dρdt
= −div(J); (9)
logo, a divergência é a taxa de variação da densidade do fluido num ponto.Se div(J) > 0 num ponto, sua densidade diminui, ou seja, o fluido estáse expandindo;
Se div(J) < 0 num ponto, sua densidade aumenta, ou seja, o fluido estáse contraindo;
Se div(J) = 0 em todos os pontos, a densidade é constante, ou seja, ofluido permanece em equilíbrio.
Josecley Fialho Góes (UFRJ - MACAÉ) Teorema de Gauss e Aplicações Disciplina: Cálculo 23 / 25
Bibliografia
Bibliografia
Josecley Fialho Góes (UFRJ - MACAÉ) Teorema de Gauss e Aplicações Disciplina: Cálculo 24 / 25
Bibliografia
Bibliografia I
Stewart, JamesCálculo , volume 2: tradução Antonio Carlos Gilli Martins.Cengage Learning: São Paulo, 2009.
Fletcher, C. A. J.Computational Techniques for Fluid Dynamics, Vol. I.Springer-Verlag: New York, 1991.
Josecley Fialho Góes (UFRJ - MACAÉ) Teorema de Gauss e Aplicações Disciplina: Cálculo 25 / 25