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Curso Direito Tributário (Teoria e Exercícios) p/ TSE e TRE (CESPE) Prof. Alberto Macedo Aula 01 - Conceito e Classificação de Tributos Conteúdo 1. DEFINIÇÃO DE TRIBUTO 2 1.1. Prestação Pecuniária (em Moeda ou Cujo Valor Nela se Possa Exprimir) 3 1.2. Prestação Compulsória 4 1.3. Não Constitui Sanção de Ato Ilícito 5 1.4. Prestação Instituída em Lei 7 1.5. Cobrada Mediante Atividade Administrativa Plenamente Vinculada 11 2. CLASSIFICAÇÃO DE TRIBUTO - ESPÉCIES DE TRIBUTO 15 2.1. Taxas 17 2.2. Contribuição de Melhoria 27 2.3. Impostos 30 2.4. Empréstimos Compulsórios 36 2.5. Outras Contribuições Tributárias 38 2.6. Natureza Jurídica de Tributo 39 Professor Alberto Macedo www.pontodosconcursos.com.br 1

Teoria e Exercícios de Direito Tributário 002

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Teoria e Exercícios de Direito Tributário 002

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    Aula 01 - Conceito e Classificao de Tributos

    Contedo

    1. DEFINIO DE TRIBUTO 2

    1.1. Prestao Pecuniria (em Moeda ou Cujo Valor Nela se Possa Exprimir) 3

    1.2. Prestao Compulsria 4

    1.3. No Constitui Sano de Ato Ilcito 5

    1.4. Prestao Instituda em Lei 7

    1.5. Cobrada Mediante Atividade Administrativa Plenamente Vinculada 11

    2. CLASSIFICAO DE TRIBUTO - ESPCIES DE TRIBUTO 15

    2.1. Taxas 17

    2.2. Contribuio de Melhoria 27

    2.3. Impostos 30

    2.4. Emprstimos Compulsrios 36

    2.5. Outras Contribuies Tributrias 38

    2.6. Natureza Jurdica de Tributo 39

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    1. DEFINIO DE TRIBUTO

    O art.3 do CTN uma definio legal, e essas definies legais voc tem que ter na cabea!

    Segue o dispositivo:

    Art. 3 Tributo toda prestao pecuniria compulsria, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que no constitua sano de ato ilcito, instituda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

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    Podemos esquematizar essa definio assim:

    Vamos destrinchar os elementos que compem essa definio, o que ajuda a entender a prpria definio como um todo.

    1.1. Prestao Pecuniria (em Moeda ou Cujo Valor Nela se Possa Exprimir)

    Prestao pecuniria aquela paga em dinheiro, em moeda.

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    Por exemplo, se eu sou criador de gado e devo tributo ao Estado, no posso aparecer na repartio pblica para entregar algumas cabeas para quitar minha dvida tributria, porque tributo prestao pecuniria,... e no pecuria! (desculpe-me, no resisti! rsrs).

    Tambm no posso, como contribuinte, pagar tributo em servios prestados pessoa poltica. Assim, no posso pagar o Imposto de Renda (IR) que devo Unio com prestao de servio militar.

    A expresso "ou cujo valor nela se possa exprimir" pode se referir a tributos cujo valor dado no em reais, mas sim por indexadores, como a extinta UFIR - Unidade Fiscal de Referncia.

    Assim, o valor do tributo devido vai sempre vir em reais ou em um ndice de atualizao monetria, IPCA, por exemplo. [IPCA = ndice Nacional de Preos ao Consumidor Amplo]

    Coisa diferente com que tipo de bem poder ser pago esse tributo. Ou seja, o valor do tributo vem em reais (ou indexado), mas se a lei o previr, poder ser pago em bens que no moeda.

    Hoje isso pode ser feito com imveis, possibilidade que surgiu com a Lei Complementar n 104/2001, que inseriu, no CTN, a dao em pagamento em bens imveis (art.156, XI) como mais uma das modalidades de extino do crdito tributrio (= quitao do tributo), mas desde que lei especfica da pessoa poltica preveja as formas e condies para se implementar essa dao em pagamento. [A extino do crdito tributrio ser estudada na Aula 09]

    1.2. Prestao Compulsria

    Toda obrigao decorre da lei ou da vontade das partes.

    A vontade das partes se revela num contrato. Por exemplo, num contrato de prestao de servio de advocacia, as duas partes, advogado e seu cliente, combinam que o advogado se obrigar a defender seu cliente, e o cliente, por sua vez, obrigar-se- a pagar o preo do servio do advogado.

    A lei tambm cria obrigaes. E a lei tributria cria, entre outras, a obrigao de pagar o tributo, sempre que o indivduo se encontrar em certas situaes.

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    Se a lei obriga, no podemos nos negar a pagar o tributo, mesmo que no assinemos contrato algum. Por isso, tributo prestao compulsria.

    E nem podemos alegar que no conhecamos a lei, porque h uma previso em lei (Decreto-Lei n 4657/1942, antes chamado de Lei de Introduo ao Cdigo Civil, LICC, agora denominado Lei de Introduo s Normas do Direito Brasileiro) que diz:

    Art. 3. Ningum se escusa de cumprir a lei, alegando que no a conhece.

    a

    1.3. No Constitui Sano de Ato Ilcito

    O fato gerador de um tributo o fato que gera para o indivduo o dever de pagar o tributo. Por exemplo, o fato gerador do IPTU , de forma simplificada, possuir a propriedade de bem imvel localizado na zona urbana do Municpio.

    Pois bem, o tributo no pode ter como fato gerador um ato ilcito. Se o ato ilcito, a sano para algum que cometer essa ilicitude pode ser a multa, nunca o tributo, porque tributo no pode ser sano de ato ilcito.

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    Coisa distinta uma situao de riqueza, como auferir renda, por exemplo, decorrer de um ato ilcito, e talvez at criminoso.

    Por exemplo, se um receptador de jias roubadas que vive da venda dessas jias (crime de receptao qualificada - art.180, 1, Cdigo Penal) for preso, e o Estado descobrir, na conta bancria desse receptador, um montante elevado de dinheiro, decorrente desse crime, a Receita Federal poder autu-lo exigindo-lhe o imposto de renda (IR) correspondente.

    Mas isso no quer dizer que o fato gerador do IR seja a receptao e venda de coisa que foi produto de crime. Continua ele sendo a aquisio de disponibilidade econmica ou jurdica de renda (art.43, CTN). Apenas no

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    importa se essa disponibilidade econmica ou jurdica adveio de ato lcito ou ilcito.

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    O exposto acima chamado na doutrina de Princpio Pecunia Non Olet (dinheiro no tem cheiro) - esse princpio quer dizer que tributo no tem cheiro. Surgiu na poca do Imprio Romano, em que um imperador chamado Vespasiano resolveu cobrar tributo dos romanos pelo uso das latrinas. Ao que seu filho Tito no concordou com essa cobrana, Vespasiano respondeu-lhe que tributo no tem cheiro.

    1.4. Prestao Instituda em Lei

    Como dito acima, para o tributo poder ser exigido, tem que ser institudo por lei.

    Assim dispe o art.5, II, CF88:

    Art.5, II - ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei;

    Mas a CF88 ainda refora isso, quanto aos tributos, no Captulo "Sistema Tributrio Nacional":

    Art. 150. Sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabelea;

    Alguns doutrinadores chamam:

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    Art.5, II, CF88, de Princpio da Legalidade; Art.150, I, CF88, de Princpio da Legalidade Estrita.

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    Mas essa lei que exige ou aumenta tributo deve ser lei ordinria ou lei complementar? Vejamos no quadro abaixo:

    Tributo Instituio por Impostos j previstos na CF88 (arts.153, Lei Ordinria 155 e 156) Taxas (art.145, II) Lei Ordinria Contribuies de Melhoria (art.145, III) Lei Ordinria Outras Contribuies Tributrias da Unio Lei Ordinria (arts.149; 195; 212, 5 e 240) Contribuies para Previdncia Social dos Lei Ordinria Servidores dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municpios (art.149, 1) COSIP (art.149-A) Lei Ordinria Impostos Extraordinrios (art.154, II) Lei Ordinria Novos Impostos (art.154, I) Lei Complementar Novas Contribuies (art.195, 4) Lei Complementar Emprstimos Compulsrios Lei Complementar

    Dessa forma, todo e qualquer tributo tem que ser institudo por lei, sem exceo.

    ATENO: Tributo que pode ser institudo por lei ordinria (lei complementar no), tambm pode ser institudo por Medida Provisria, se houver relevncia e urgncia.

    o que prev a CF88 em seu art.62, 1, III:

    Art.62. Em caso de relevncia e urgncia, o Presidente da Repblica poder adotar medidas provisrias, com fora de lei, devendo submet-las de imediato ao Congresso Nacional. 1 vedada a edio de medidas provisrias sobre matria: [...] III - reservada a lei complementar;

    [Veremos esse tema de forma mais detalhada na Aula 02, em que falaremos do Princpio da Legalidade]

    ATENO: Apesar de no haver exceo ao princpio da legalidade no que tange instituio de tributo por lei, h exceo a esse princpio quanto alterao de alquotas.

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    Abaixo, os tributos em que h exceo ao princpio da legalidade para a alterao de alquotas:

    Tributo Dispositivo normativo Altervel por II, IE, IPI e IOF Art.153, 1, CF88 Ato do Poder Executivo CIDE Combustveis Art.177, 4, I, 'b', CF88 Ato do Poder Executivo ICMS Monofsico Combustveis

    Art.155, 4, IV, CF88 c/c LC n 24/1975

    Convnios CONFAZ entre Estados e Distrito Federal

    OBSERVAO 1: CONFAZ - Conselho Nacional de Poltica Fazendria o rgo composto pelos representantes dos Estados e do Distrito Federal em que esses celebram e ratificam convnios concedendo isenes, incentivos e benefcios fiscais.

    OBSERVAO 2: A alterao de alquota que a CF88 permite para a CIDE Combustveis mais restrita do que aquela prevista para o II, IE, IPI e IOF, porque o art.177, 4, I, 'b', fala em reduo e restabelecimento de alquota, no propriamente em alterao. Ou seja, se a lei instituiu uma alquota de 15%, pode o Ato do Poder Executivo, por exemplo, reduzi-la a 10% e restabelec-la, posteriormente, a 15%. Mas no pode elev-la para 20%, seno por lei.

    OBSERVAO 3: Como no caso do ICMS Monofsico Combustveis a prpria definio inicial da alquota pode ser feita por Convnio CONFAZ (art.155, 4, IV), a reduo e restabelecimento de alquota de que fala o art.155, 4, IV, 'c', tem efeito apenas para o princpio da anterioridade. Ou seja, se esse restabelecimento for superior ao patamar original de alquota, s poder ser cobrado no exerccio financeiro seguinte. [VEREMOS O PRINCPIO DA ANTERIORIDADE DETALHADAMENTE NA AULA 02]

    1.5. Cobrada Mediante Atividade Administrativa Plenamente Vinculada

    Isso quer dizer que o agente pblico (auditor-fiscal) no tem a possibilidade de, vendo a ocorrncia de um fato gerador de um tributo, escolher se quer cobrar ou no cobrar o correspondente tributo. Ele no tem a discricionariedade de efetuar o lanamento do tributo ou no.

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    Sua atividade vinculada lei. Se a lei prev que quem prestar servio tem que pagar o ISS, o auditor-fiscal, constatando que Joo prestou servio, tem que fazer o lanamento tributrio. Seno, pode inclusive incorrer em crime de prevaricao (art.319, Cdigo Penal).

    ATENO: A palavra "VINCULADA", no Direito Tributrio, pode ser utilizada em 3 acepes diferentes:

    (i) relacionada atividade da autoridade administrativa, que vinculada lei (art.3, CTN).

    (ii) relacionada a um critrio de classificao dos tributos, conforme sua hiptese de incidncia, em vinculados e no vinculados.

    Observao: Hiptese de incidncia = fato gerador em abstrato, ou seja, previsto hipoteticamente na lei.

    a previso na lei do fato gerador do tributo. Por exemplo, a lei federal prev que o fato gerador do ITR , resumidamente, a propriedade de imvel por natureza, localizado fora da zona urbana do Municpio

    Se ocorrer de Joo ter a propriedade de imvel por natureza, localizado fora da zona urbana do Municpio de Jundia, na estrada das Camlias, n 4500, por exemplo, esse um fato gerador em concreto do ITR.

    Nesse sentido, os tributos vinculados so as taxas e as contribuies de melhoria, porque esses tributos tm, como fatos geradores, atividades estatais especficas. No caso das taxas, o servio pblico ou o exerccio do poder de polcia; no caso das contribuies de melhoria, a obra pblica da qual decorra valorizao imobiliria.

    Os no vinculados so os impostos, cujo fato gerador no uma atividade estatal especfica relativa ao contribuinte, mas decorre sim de um sinal de riqueza do contribuinte. Basta ver a definio legal de imposto no art.16, CTN:

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    Art. 16. Imposto o tributo cuja obrigao tem por fato gerador uma situao independente de qualquer atividade estatal especfica, relativa ao contribuinte.

    Sim, porque os fatos geradores dos impostos revelam sinais de riqueza do contribuinte, elencados pela CF88, como: importar produtos estrangeiros (II); exportar produtos nacionais ou nacionalizados (IE); auferir renda e proventos de qualquer natureza (IR); ter a propriedade de veculo automotor (IPVA); prestar servio de qualquer natureza (ISS) etc.

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    Tributos Hiptese de Incidncia Vinculao a Atividade

    Estatal Especfica do Estado

    Impostos

    Situao independente de qualquer atividade estatal especfica, relativa ao contribuinte

    No Vinculados

    Taxas

    Exerccio regular do poder de polcia

    Vinculados

    Taxas Utilizao, efetiva ou potencial, de servio pblico especfico e divisvel, prestado ao contribuinte ou posto sua disposio

    Vinculados

    Contribuies de Melhoria Obras pblicas de que decorra valorizao imobiliria

    Vinculados

    Quanto aos Emprstimos Compulsrios e s Outras Contribuies (essas ltimas, s vezes), no possuem fato gerador previamente eleito pela CF88, mas somente as finalidades para as quais podero ser criados esses tributos. [Em relao s Outras Contribuies, veremos esse assunto com mais detalhes na Aula 03].

    (iii) relacionada destinao especfica do produto da arrecadao do tributo.

    Nessa acepo, vinculado o tributo cujo valor arrecadado tem destinao especfica constitucionalmente prevista. Exemplo o Emprstimo Compulsrio, em que o art.148, pargrafo nico, CF88, prev:

    Art.148, Pargrafo nico. A aplicao dos recursos provenientes de emprstimo compulsrio ser vinculada despesa que fundamentou sua instituio.

    No vinculados so os tributos que no podem ter destinao especfica, tendo de ser utilizados para as despesas gerais previstas em oramento. Exemplo clssico so os impostos, para os quais inclusive o art.167, IV, CF88, prev:

    Art. 167. So vedados:

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    IV - a vinculao de receita de impostos a rgo, fundo ou despesa, ressalvadas [...].

    2. CLASSIFICAO DE TRIBUTO - ESPCIES DE TRIBUTO

    Vejamos os dispositivos abaixo:

    Da CF88:

    Art. 145. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios podero instituir os seguintes tributos: I - impostos; II - taxas, em razo do exerccio do poder de polcia ou pela utilizao, efetiva ou potencial, de servios pblicos especficos e divisveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposio; III - contribuio de melhoria, decorrente de obras pblicas.

    Do CTN:

    Art. 5 Os tributos so impostos, taxas e contribuies de melhoria.

    Dos dispostos acima, poderamos afirmar que as espcies de tributos seriam somente impostos, taxas e contribuies de melhoria. Mas, temos dispositivos constitucionais que tratam de outras espcies tributrias.

    E o Supremo Tribunal Federal (STF) j se pronunciou (RE 138.284, em 01.07.1992) pela existncia da classificao em 5 espcies de tributo:

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    DIAGRAMA DAS 5 ESPCIES TRIBUTRIAS:

    Observao: Na verdade, quando do julgado em que o STF expressou que so cinco as espcies tributrias (1992), ainda no existia a Contribuio para o Custeio do Servio de Iluminao Pblica (COSIP ou CIP), pois ela foi inserida na CF88 pela Emenda Constitucional n 39/2002. Mas, entendo ser adequado o seu enquadramento como mais uma da espcie "Outras Contribuies Tributrias".

    Vamos anlise das 3 primeiras espcies: Taxas, Contribuies de Melhoria e Impostos.

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    2.1. Taxas

    Prev a CF88, em seu art.145:

    Art.145. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios podero instituir os seguintes tributos:[...] II - taxas, em razo do exerccio do poder de polcia ou pela utilizao, efetiva ou potencial, de servios pblicos especficos e divisveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposio. [...] 2 - As taxas no podero ter base de clculo prpria de impostos.

    Esse dispositivo constitucional tem bastante semelhana com o art.77, CTN, que ainda est em vigor:

    Art. 77. As taxas cobradas pela Unio, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municpios, no mbito de suas respectivas atribuies, tm como fato gerador o exerccio regular do poder de polcia, ou a utilizao, efetiva ou potencial, de servio pblico especfico e divisvel, prestado ao contribuinte ou posto sua disposio. Pargrafo nico. A taxa no pode ter base de clculo ou fato gerador idnticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em funo do capital das empresas.

    2.1.1. No Pode Ter FATO GERADOR Idntico ao dos Impostos As taxas so tributos cujo fato gerador uma atividade realizada pelo Estado, por isso, classificadas como tributo vinculado, ou seja, vinculado a uma atividade do Estado. [Ateno: o termo "Estado" pode ser utilizado de trs maneiras: (i) como Estado-Nao, que o caso da Repblica Federativa do Brasil; (ii) como pessoa poltica genericamente falando, quando abrange Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios; e (iii) como uma dessas pessoas polticas, no caso os Estados-membros da Federao, por exemplo, Amazonas, Maranho, Mato Grosso, Santa Catarina, Cear, Tocantins etc.]

    Em oposio, os impostos so tributos cujo fato gerador "uma situao independente de qualquer atividade estatal especfica, relativa ao contribuinte" (art.16, CTN). Assim, so classificados como tributos no vinculados.

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    Por isso, as taxas no podem ter fato gerador idntico ao dos impostos, como inclusive prev o pargrafo nico do art.77, CTN.

    2.1.2. No Pode Ter BASE DE CLCULO Idntica dos Impostos Tambm a taxa no pode ter base de clculo prpria da dos impostos. Se isso fosse possvel, o legislador poderia burlar facilmente a regra que veda que taxa tenha fato gerador prprio do dos impostos.

    Imaginemos um exemplo. Um Municpio cria taxa de fiscalizao de estabelecimentos comerciais dizendo que seu fato gerador o servio pblico de fiscalizao dos estabelecimentos comerciais, efetuado pelo Municpio, mas que sua base de clculo ser o valor "venal do imvel. Ora, valor venal do imvel base de clculo do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, IPTU. Ficaria uma taxa que no nome taxa, mas que na realidade seria um imposto, IPTU, pela base de clculo escolhida. No pode!

    H Smula do STF nesse sentido:

    Smula 595 - inconstitucional a taxa municipal de conservao de estradas de rodagem cuja base de clculo seja idntica do imposto territorial rural.

    Mas tambm h julgado no STF que entende que taxa de coleta de lixo domiciliar com alquota que varia em funo da metragem da rea construda do imvel no implica identidade com a base de clculo do IPTU. Primeiro porque esse apenas um dos elementos que integram a base de clculo do IPTU; segundo porque correta a presuno de que o imvel de maior rea produzir mais lixo que o de menor rea, realizando-se a isonomia tributria e o princpio da capacidade contributiva, cuja aplicao, na medida do possvel, no vedada s taxas. (RE 232.393 SP)

    Esse entendimento culminou na Smula Vinculante (SV) do STF n 29/2010:

    SV n 29 - constitucional a adoo, no clculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de clculo prpria de determinado imposto, desde que no haja integral identidade entre uma base de clculo e outra.

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    2.1.3. No Pode Ser Calculada Em Funo do CAPITAL DAS EMPRESAS O capital das empresas o seu patrimnio, toda a sua riqueza capaz de produzir renda.

    A vedao de a taxa no poder ser calculada em funo do capital das empresas, na verdade, uma decorrncia da vedao anterior (no poder ter base de clculo prpria da dos impostos).

    Isso porque o capital de uma empresa "uma situao independente de qualquer atividade estatal especfica, relativa ao contribuinte", enquadrando-se justamente no fato gerador de imposto (art.16, CTN).

    Tanto assim o que um dos fatos geradores do imposto de renda (art.43, CTN) justamente a "aquisio da disponibilidade econmica ou jurdica de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinao de ambos".

    Ou seja, a renda, que calculada em funo do capital das empresas (produto do capital), tributada pelo imposto de renda, no podendo ser tributado pelas taxas.

    2.1.4. Legitimao para Cobrar a Taxa Quando o art.77, CTN, diz que as taxas so "cobradas pela Unio, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municpios, no mbito de suas respectivas atribuies", j d a dica que as essas pessoas polticas s podem cobrar taxa relativa a atribuio que a Constituio Federal lhe tenha conferido.

    Assim, se a CF88 confere competncia Unio para "executar os servios de polcia martima, aeroporturia e de fronteiras" (art.21, XXII), s ela pode cobrar taxa pela emisso de passaporte, e no os Estados ou os Municpios.

    Da mesma forma, se a CF88 confere aos Municpios competncia para "organizar e prestar os servios pblicos de interesse local" (art.30, V), s eles podem cobrar taxa sobre o servio de coleta de lixo domiciliar (servio pblico de interesse local), e no a Unio ou os Estados.

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    Veja esse diagrama das taxas:

    O prprio CTN traz as definies de "poder de polcia", "utilizao efetiva" e "utilizao potencial" de servios pblicos, bem como as definies de "servio pblico especfico" e "servio pblico divisvel". Vamos tratar delas.

    2.1.5. Tipos de Taxa 2.1.5.1. Taxa-Poder de Polcia

    Exerccio Regular do Poder de Polcia

    O exerccio regular do poder de polcia um dos dois fatos geradores da taxa.

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    O CTN traz definio do que vem a ser poder de polcia:

    Art. 78. Considera-se poder de polcia atividade da administrao pblica que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prtica de ato ou absteno de fato, em razo de interesse pblico concernente segurana, higiene, ordem, aos costumes, disciplina da produo e do mercado, ao exerccio de atividades econmicas dependentes de concesso ou autorizao do Poder Pblico, tranqilidade pblica ou ao respeito propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

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    E esse poder de polcia tem de ser exercido regularmente.

    Segue o pargrafo nico do art.78, CTN:

    Art.78, Pargrafo nico. Considera-se regular o exerccio do poder de polcia quando desempenhado pelo rgo competente nos limites da lei aplicvel, com observncia do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionria, sem abuso ou desvio de poder.

    Definio de regular:

    O STF entende que o exerccio do poder de polcia tem que ser efetivo, mas isso no quer dizer a efetiva necessidade de comprovao de fiscalizao e diligncias locais. Basta que exista o rgo competente para tal fiscalizao na estrutura do ente tributante que exercite o pertinente poder de polcia e esteja em funcionamento permanente, no sendo necessrio que os estabelecimentos tenham sido efetivamente visitados pela fiscalizao.

    Algumas taxas consideradas constitucionais pelo STF: Taxa de localizao, instalao e funcionamento (RE 115.213 SP, 116.518 SP, 198.904 RS) Taxa de fiscalizao de anncios (RE 216.207 MG) Taxa de controle e fiscalizao ambiental (RE 416.601 DF) Taxa de fiscalizao dos servios de cartrios extrajudiciais (ADI 3.151 MT)

    A Smula 157 do STJ previa: ilegtima a cobrana de taxa, pelo municpio, na renovao de licena para localizao de estabelecimento comercial ou industrial.

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    No entanto, essa Smula foi expressamente cancelada no julgamento do REsp 261571 SP, em 2002, assim que os Ministros da Primeira Seo do STJ constataram que o STF havia proclamado a constitucionalidade da taxa de fiscalizao de localizao e funcionamento anualmente renovvel, se a base de clculo no agredir o CTN.

    A Taxa de fiscalizao dos mercados de ttulos e valores mobilirios pela CVM, julgada constitucional no RE 177.835 PE, foi inclusive objeto de Smula do STF:

    Smula 665: constitucional a taxa de fiscalizao dos mercados de ttulos e valores mobilirios instituda pela lei 7940/1989.

    a

    2.1.5.2. Taxa-Servio Pblico 2.1.5.2.1. Utilizao Efetiva ou Potencial do Servio Reza o art.79, CTN:

    Art. 79. Os servios pblicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: I - utilizados pelo contribuinte: a) efetivamente, quando por ele usufrudos a qualquer ttulo; b) potencialmente, quando, sendo de utilizao compulsria, sejam postos sua disposio mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;

    Exemplo de utilizao potencial a de um condomnio fechado de casas que contratou empresa particular de coleta de lixo, a qual recolhe todo o lixo e o leva at o aterro sanitrio da Prefeitura, apesar de a Prefeitura disponibilizar, em efetivo funcionamento, o servio pblico de coleta de lixo domiciliar.

    No podem os moradores desse condomnio se recusar a pagar a taxa de coleta de lixo alegando que no se utilizam efetivamente desse servio. Como ele de utilizao compulsria, por se tratar de questo de sade pblica, basta ele estar em efetivo funcionamento para ser considerado de utilizao potencial por aqueles moradores, sendo cobrvel a respectiva taxa. Ou seja, podem at no o utilizar, mas vo ter de pagar a respectiva taxa.

    2.1.5.2.2. Servios Pblicos Especficos e Divisveis

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    Ainda o art.79, CTN: Art. 79. Os servios pblicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: [...] II - especficos, quando possam ser destacados em unidades autnomas de interveno, de unidade, ou de necessidades pblicas; III - divisveis, quando suscetveis de utilizao, separadamente, por parte de cada um dos seus usurios.

    No h maiores dificuldades em se verificar se o servio divisvel. Se o usurio pode utiliz-lo separadamente, podendo essa utilizao individualizada ser mensurada, o servio divisvel.

    Por isso que o STF entendeu inconstitucional a taxa de iluminao pblica, porque no havia como mensurar a utilizao individualizada da iluminao pblica pelo contribuinte. Com razo, porque como o Municpio vai querer cobrar taxa de iluminao pblica de morador que na rua reside se no d para medir quanto da iluminao da rua utilizada pelo morador, e quanto utilizada por aqueles que passam pela rua, mas nunca ali moraram?

    O reiterado entendimento do STF a respeito (por exemplo, nos RE's 233.332 RJ e 231.764 RJ) fez com que fosse aprovada a Smula n 670, que prev:

    Smula n 670: "O servio de iluminao pblica no pode ser remunerado mediante taxa."

    Por isso que a cobrana pelo servio de iluminao pblica teve que ser viabilizada por alterao constitucional (EC 39/2002), por intermdio de contribuio, inserindo-se o art.149-A na CF88:

    Art. 149-A. Os Municpios e o Distrito Federal podero instituir contribuio, na forma das respectivas leis, para o custeio do servio de iluminao pblica, observado o disposto no art. 150, I e III.

    Outra taxa-servio pblico considerada inconstitucional pelo STF, tambm por no ser possvel a mensurao da utilizao individualizada do servio pblico, foi a Taxa de Limpeza Pblica e Conservao de Vias e Logradouros Pblicos.

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    Mas ateno! No confundir essa taxa, que inconstitucional, porque de carter universal e indivisvel - uti universi -, com a Taxa de Coleta de Lixo Domiciliar (que constitucional porque nela h a possibilidade de individualizao dos seus usurios - uti singuli). Para tal veja o AI-AgR 639.510 MG, julgado em 17.03.2009, que faz a distino entre as duas. [AI-AgR = Agravo Regimental no Agravo de Instrumento]. [Para quem no sabe, possvel baixar os julgados do STF no seu site: www.stf.jus.br]

    A constitucionalidade da Taxa de Coleta de Lixo Domiciliar est inclusive confirmada com Smula Vinculante:

    Smula Vinculante 19 - A taxa cobrada exclusivamente em razo dos servios pblicos de coleta, remoo e tratamento ou destinao de lixo ou resduos provenientes de imveis, no viola o artigo 145, II, da Constituio Federal.

    Quanto caracterstica de o servio pblico ter de ser especfico, no h na jurisprudncia uma diferenciao clara dela em relao divisibilidade. No h caso registrado, na prtica, de servio que seja divisvel e no seja especfico. Por isso, quanto a servio pblico especfico, limite-se a decorar a definio do que seja (art.79, II, CTN).

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    2.1.6. Diferena entre Taxa e Preo Pblico

    Um servio pblico pode ser remunerado por taxa (taxa-servio pblico) ou por preo pblico, mas nunca pelos dois ao mesmo tempo.

    TAXA-Servio Pblico PREO PUBLICO Regime jurdico de Direito Pblico (= Tributrio)

    Regime Jurdico de Direito Privado (= Contratual) (Autonomia da Vontade)

    Receita decorrente derivada Receita decorrente originria prestao pecuniria compulsria prestao pecuniria facultativa Utilizao potencial tambm enseja a taxa-servio pblico

    O particular tem que utilizar efetivamente o servio, contratando-o

    No cabe resciso Cabe resciso Obedincia legalidade, anterioridade e anterioridade nonagesimal

    No Obedincia legalidade, anterioridade e anterioridade nonagesimal

    Sujeito ativo: s pessoa jurdica de direito pblico

    Sujeito ativo: pode ser privado: Concessionria, Permissionria ou Autorizatria

    No STF: ADIMC 2.247 DF, Ministro Ilmar Galvo: [ADIMC = Medida Cautelar em Ao Direta de Inconstitucionalidade] Exerccio de poder de polcia no pode ser remunerado por preo pblico, e sim por taxa. O servio de inspeo realizado pelo IBAMA, em seu exerccio de poder de polcia, deve ser remunerado por taxa.

    RE 89.876 RJ: Ministro Moreira Alves: "Nos casos em que devida a taxa, no pode ele [Poder Pblico] (...) esquivar-se destas, impondo, ao invs de taxa, preo pblico." "Sendo compulsria a utilizao do servio pblico de remoo de lixo - o que resulta, inclusive, de sua disciplina como servio essencial sade pblica - a tarifa de lixo instituda pelo (...) Municpio do Rio de Janeiro , em verdade, taxa".

    RE 209.365 SP, o Ministro Carlos Velloso classificou: (i) Servio Pblico Propriamente Estatal - Estado atuando no exerccio de sua soberania. So servios indelegveis. Ex.: Emisso de passaportes, servio jurisdicional (custas judiciais).

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    (ii) Servio Pblico Essencial ao Interesse Pblico - So servios essenciais coletividade. Ex.: Coleta de lixo, distribuio de gua, tratamento de esgoto, servio de sepultamento. (iii) Servio Pblico No Essencial ao Interesse Pblico - So em regra delegveis. Ex.: Servios de distribuio de energia, de gs, de telefonia, servio postal.

    Esse critrio da jurisprudncia o mais claro com relao ao que pode ser remunerado por taxa ou por preo pblico.

    2.2. Contribuio de Melhoria

    2.2.1. Fato gerador da Contribuio de Melhoria O CTN, desde 1966, prev que a contribuio de melhoria instituda para fazer face ao custo de obras pblicas de que decorra valorizao imobiliria (art.81); enquanto a Constituio, de 1988 prev que a contribuio de melhoria decorrente de obras pblicas (art.145, III).

    Mediante essa distino, pergunta-se: com a CF88, para a instituio de contribuio de melhoria bastaria a realizao de obra pblica, no se necessitando a valorizao do imvel? NO!

    O STF entendeu que nada mudou com a CF88. Nesse sentido, basta ver o AI-AgR 694.836 SP, em que a deciso diz: "Esta Corte consolidou o entendimento no sentido de que a contribuio de melhoria incide sobre o quantum da valorizao imobiliria." E cita vrios precedentes nesse sentido. [AI-AgR = Agravo Regimental no Agravo de Instrumento]

    Afinal, no qualquer obra que gera melhoria aos imveis circunvizinhos. Alis, h obras que desvalorizam nosso imvel. Se houvesse contribuio nesse caso, deveria se chamar "contribuio de pioria"!

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    2.2.2. Diferena entre Contribuio de Melhoria e Taxa-Servio Pblico As duas espcies tributrias decorrem de atividade estatal especfica relativa ao contribuinte, mas obra pblica no se confunde com servio pblico especfico e divisvel.

    Nesse sentido o STF j entendeu que simples recapeamento asfltico de rua j asfaltada servio pblico de manuteno e conservao, e no obra pblica (como pavimentao nova, por exemplo) suscetvel de ensejar benefcio direto a imvel determinado, com possvel acrscimo de valor. No cabvel, no recapeamento asfltico, portanto, a cobrana de contribuio de melhoria (RE's 116.148 SP, e 115.863 SP).

    2.2.3. Limites Total e Individual

    Prev a parte final do art.81, CTN:

    Art.81. [...] tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acrscimo de valor que da obra resultar para cada imvel beneficiado.

    Assim, o mximo que pode ser cobrado de contribuio de melhoria o menor valor entre o acrscimo de valor (valorizao do imvel) resultante da obra pblica e o custo total da obra pblica rateado pelos imveis envolvidos.

    Nada melhor que exemplos para esclarecer esses critrios:

    EXEMPLO 1 (CUSTO DA OBRA POR IMVEL > VALORIZAO INDIVIDUAL DE CADA IMVEL):

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    CUSTO TOTAL DA OBRA PUBLICA: NO DE IMVEIS VALORIZADOS: VALORIZAO INDIVIDUAL DE CADA IMVEL

    R$ 5.000.000 100 imveis R$ 10.000

    O custo da obra por imvel foi de R$ 500.000 - 100 = R$ 50.000 por imvel

    Comparando-se custo da obra por imvel (R$ 50.000) com valorizao individual (R$ 10.000), a contribuio de melhoria mxima a ser cobrada ser R$ 10.000, que a menor das duas.

    EXEMPLO 2 (VALORIZAO INDIVIDUAL DE CADA IMVEL > CUSTO DA OBRA POR IMVEL):

    CUSTO TOTAL DA OBRA PUBLICA: R$ 5.000.000 No DE IMVEIS VALORIZADOS: 100 imveis VALORIZAO INDIVIDUAL DE CADA IMVEL R$ 60.000

    O custo da obra por imvel foi de R$ 500.000 - 100 = R$ 50.000 por imvel

    Comparando-se custo da obra por imvel (R$ 50.000) com valorizao individual (R$ 60.000), a contribuio de melhoria mxima a ser cobrada ser R$ 50.000, que a menor das duas.

    2.2.4. Momento da Cobrana

    A contribuio de melhoria no pode ser cobrada antes de iniciada a obra pblica. At pode ter incio a sua cobrana durante a obra, mas desde que j confirmada, no caso concreto, a valorizao prevista na legislao em que constar os requisitos mnimos (para esses requisitos mnimos, ler o art.82, CTN).

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    2.3. Impostos

    Atualmente, so os seguintes os impostos previstos constitucionalmente:

    Prev o art.16, CTN:

    Art. 16. Imposto o tributo cuja obrigao tem por fato gerador uma situao independente de qualquer atividade estatal especfica, relativa ao contribuinte.

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    2.3.1. Impostos So No-Vinculados Quanto Hiptese de Incidncia

    Quanto HIPTESE DE INCIDNCIA:

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    Sim, porque os fatos geradores dos impostos revelam sinais de riqueza do contribuinte, elencados pela CF88, como: importar produtos estrangeiros (II); exportar produtos nacionais ou nacionalizados (IE); auferir renda e proventos de qualquer natureza (IR); ter a propriedade de veculo automotor (IPVA); prestar servio de qualquer natureza (ISS) etc.

    Acima, no tpico 1.5., vimos que existem trs acepes de vinculao no Direito Tributrio. A de que tratamos agora a relacionada a critrio de classificao dos tributos, conforme sua hiptese de incidncia, em vinculados e no vinculados.

    Nesse sentido, os tributos vinculados so as taxas e as contribuies de melhoria, porque esses tributos tm, como fatos geradores, atividades estatais especficas. No caso das taxas, o servio pblico ou o exerccio do poder de polcia; no caso das contribuies de melhoria, a obra pblica da qual decorra valorizao imobiliria.

    Os no vinculados so os impostos, cujo fato gerador no pode ser atividade estatal especfica relativa ao contribuinte, mas decorre sim de um sinal de riqueza do contribuinte. Basta ver a definio legal de imposto no art.16, CTN:

    2.3.2. Impostos So No-Vinculados Quanto Destinao do Produto da Arrecadao

    Quanto DESTINAO DO PRODUTO DA ARRECADAO:

    IMPOSTOS TRIBUTOS NO-VINCULADOS, EM REGRA

    Alm de, no tocante sua hiptese de incidncia, os impostos serem tributos no-vinculados, os impostos tambm so no-vinculados quanto destinao especfica do produto da arrecadao do tributo.

    o que determina o art.167, IV, CF88:

    Art. 167. So vedados: IV - a vinculao de receita de impostos a rgo, fundo ou despesa, ressalvadas a repartio do produto da arrecadao dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinao de recursos para as aes e

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    servios pblicos de sade, para manuteno e desenvolvimento do ensino e para realizao de atividades da administrao tributria, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, 2, 212 e 37, XXII, e a prestao de garantias s operaes de crdito por antecipao de receita, previstas no art. 165, 8, bem como o disposto no 4 deste artigo; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 42, de 19.12.2003)

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    Esquematizando esse dispositivo, temos:

    Regra geral, vedada...

    Ressalvada...

    Falando em Repartio Constitucional de Receitas Tributrias, vamos ao tema.

    2.3.3. REPARTIO CONSTITUCIONAL DE RECEITAS TRIBUTRIAS Resolvi tratar desse tema dentro do ponto "Impostos" porque a repartio constitucional de receitas tributrias praticamente uma exclusividade dos impostos.

    No cabvel aplicar essa repartio s Taxas e s Contribuies de Melhoria porque as receitas decorrentes desses tributos so para cobrir custos dos servios ou obras efetuados pelo prprio ente poltico competente para institu-los e cobr-los (TRIBUTOS VINCULADOS QUANTO HIPTESE DE INCIDNCIA).

    Tambm no cabvel aplicar essa repartio aos Emprstimos Compulsrios e s Outras Contribuies Tributrias (Contribuies Sociais, Contribuies Especiais e Contribuies de Iluminao Pblica) porque h uma destinao especfica para o produto da arrecadao desses

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    (i) a repartio do produto da arrecadao dos impostos a que se referem os arts.158 e 159 (REPARTIO CONSTITUCIONAL DE RECEITAS TRIBUTRIAS) (ii) a destinao de recursos para as AES E SERVIOS PBLICOS DE SADE, que constituem um sistema nico (art.198, 2) (iii) a destinao de recursos para MANUTENO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO (art.212) (iv) a destinao de recursos para realizao de ATIVIDADES DA ADMINISTRAO TRIBUTRIA, essenciais ao funcionamento do Estado (art.37, XXII) (v) a vinculao para PRESTAO DE GARANTIAS AS OPERAES DE CREDITO POR ANTECIPAO DE RECEITA, eventualmente previstas na lei oramentria anual (art. 165, 8) (vi) a vinculao para prestao de GARANTIA OU CONTRAGARANTIA UNIO (art.167, 4) (vii) a vinculao para PAGAMENTO DE DBITOS PARA COM A UNIO (art.167, 4)

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    tributos (TRIBUTOS VINCULADOS QUANTO DESTINAO DO PRODUTO DA ARRECADAO).

    A nica exceo a CIDE-Combustveis, que apesar de ter destinao especfica (art.174, 4, II), ter 29% do produto de sua arrecadao entregue aos Estados e ao Distrito Federal (art.159, III). Desse montante, os Estados entregam 25% aos seus Municpios (art.159, 4).

    A repartio sempre da pessoa poltica maior para a pessoa poltica menor.

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    Como o Distrito Federal no pode ser dividido em Municpios (art.32, CF88), no h que se falar em repartio das receitas de seus impostos ITCMD, ICMS e IPVA.

    2.4. Emprstimos Compulsrios

    Quase tudo que precisamos saber sobre emprstimo compulsrio apreendido com a leitura do art.148, CF88:

    Art.148. A Unio, mediante lei complementar, poder instituir emprstimos compulsrios: I - para atender a despesas extraordinrias, decorrentes de calamidade pblica, de guerra externa ou sua iminncia; II - no caso de investimento pblico de carter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". Pargrafo nico. A aplicao dos recursos provenientes de emprstimo compulsrio ser vinculada despesa que fundamentou sua instituio.

    A Unio pode instituir Emprstimos Compulsrios por dois fundamentos distintos: I - para atender a despesas extraordinrias, decorrentes de calamidade pblica, de guerra externa ou sua iminncia; ou II - no caso de investimento pblico de carter urgente e de relevante interesse nacional.

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    No considerar, nos seus estudos, a leitura do art.15, e seus incisos, CTN, cujo texto difere, at certo ponto, do texto do art.148, CF88, particularmente o inciso III. A CF88 prevalece. Do art.15, aproveita-se seu pargrafo nico:

    Art.15. Pargrafo nico. A lei fixar obrigatoriamente o prazo do emprstimo e as condies de seu resgate, observando, no que for aplicvel, o disposto nesta Lei.

    1) de competncia privativa da Unio. 2) Tem que ser por lei complementar (logo, no pode ser por medida

    * \ provisria). 3) O Emprstimo Compulsrio tributo vinculado, quanto destinao especfica do produto de sua arrecadao ("vinculado despesa que fundamentou sua instituio"). 4) As anterioridades (genrica - mesmo exerccio financeiro; e nonagesimal - 90d da publicao) no so aplicveis ao emprstimo compulsrio -despesas extraordinrias, mas somente ao emprstimo compulsrio -investimento pblico. 5) Tem que ser restituvel, e a restituio deve ser na mesma espcie em que recolhido. E como tributo, a restituio deve ser em dinheiro. Assim entendeu o STF no RE 175.385 CE.

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    2.5. Outras Contribuies Tributrias

    Todas as contribuies (exceto a Contribuio de Melhoria) sero tratadas na Aula 04.

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    2.6. Natureza Jurdica de Tributo

    Prev o art.4 CTN:

    Art. 4 A natureza jurdica especfica do tributo determinada pelo fato gerador da respectiva obrigao, sendo irrelevantes para qualific-la: I - a denominao e demais caractersticas formais adotadas pela lei; II - a destinao legal do produto da sua arrecadao.

    Por esse dispositivo, basta conhecer o fato gerador (= hiptese de incidncia) para se identificar qual a espcie tributria de que se trata: (i) se o fato gerador for uma situao independente de qualquer atividade estatal especfica, relativa ao contribuinte => IMPOSTO (ii) se o fato gerador for (ii.1) o exerccio regular do poder de polcia, ou (ii.2) a utilizao, efetiva ou potencial, de servio pblico especfico e divisvel, prestado ao contribuinte ou posto sua disposio => TAXA (iii) se o fato gerador for a realizao de obras pblicas de que decorra valorizao imobiliria => CONTRIBUIO DE MELHORIA

    Um problema: e as diversas Contribuies Sociais e os Emprstimos Compulsrios, em que, se no fosse a destinao legal especfica, no seriam nem distinguveis dos Impostos e das Taxas?

    H discusso na doutrina at se esse inciso II teria sido recepcionado pela Constituio de 1988, na medida em que as Contribuies Sociais e os Emprstimos Compulsrios tm como caracterstica relevante a destinao legal do produto de sua arrecadao. Fiquemos na literalidade do dispositivo.

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    Resoluo de Questes

    01- (FISCAL DE TRIBUTOS DE RIO BRANCO 2007 CESPE) Julgue os itens seguintes, acerca do direito tributrio nacional. 66 Em conformidade com o cdigo tributrio nacional, os tributos somente podem ser pagos em espcie. 67 Considere que o municpio de Rio Branco tenha cobrado da TWA Lanches Ltda. taxa pela fiscalizao de suas instalaes sanitrias. Nesse caso, a cobrana da taxa pode se dar pela fiscalizao efetiva ou potencial do estabelecimento da TWA Lanches Ltda.

    Resoluo

    66. ERRADO. Prev o art.156, XI, CTN, que a dao em pagamento em bens imveis uma das modalidades de extino do crdito tributrio. 67. ERRADO. Em primeiro lugar, quando o CTN fala em "efetiva ou potencial" se refere utilizao do servio pblico, e no fiscalizao que enseja a cobrana da taxa - servio pblico. Alm disso, na medida em que se trata de taxa pelo exerccio do poder de polcia, a prestao tem que ser efetiva. Esse o entendimento do STF. Mas isso no quer dizer a efetiva necessidade de comprovao de fiscalizao e diligncias locais. Basta que exista o rgo competente para tal fiscalizao na estrutura do ente tributante que exercite o pertinente poder de polcia e esteja em funcionamento permanente, no sendo necessrio que os estabelecimentos tenham sido efetivamente visitados pela fiscalizao.

    GABARITO: 66. E / 67. E

    02- (ADVOGADO TRIBUTRIO TERRACAP BRASLIA DF 2004 CESPE) Com relao aos tributos e suas espcies, julgue os itens a seguir. 95 Para verificar se os veculos esto aptos a trafegar, a fim de proteger a integridade fsica dos demais membros da sociedade, foi institudo servio de licenciamento de veculos automotores tendo como base de clculo o valor do veculo, o que se d por meio de taxa. 96 Um imposto ocorre quando um tributo institudo tomando como base a situao pessoal do contribuinte, independentemente da atuao estatal a ele referida.

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    97 A atuao do Estado direcionada a determinados contribuintes, de forma cogente, deve ser remunerada por taxas ou contribuies. 98 espcie tributria cobrada pelo municpio o ingresso em museus por ele administrados. 99 cobrana compulsria de prestao pecuniria feita pelos proprietrios de imveis beneficiados por obra pblica d-se o nome de contribuio parafiscal.

    Resoluo

    95 ERRADO. A taxa no pode ter base de clculo prpria dos impostos. E o valor do veculo base de clculo do IPVA (art.145, 2, CF88). 96 ERRADO. Segundo o art.16, CTN, "imposto o tributo cuja obrigao tem por fato gerador uma situao independente de qualquer atividade estatal especfica, relativa ao contribuinte". Essa definio no se restringe a uma situao pessoal do contribuinte. 97 CERTO. A atuao do Estado direcionada a determinados contribuintes, de forma cogente, pode ser remunerada por taxas, porque estas remuneram servios pblicos especficos e divisveis prestados ao contribuinte, ou por contribuies, porque a destinao especfica do produto de sua arrecadao remunera a atuao do Estado. 98 CERTO. A taxa pode ser cobrada pelo municpio no ingresso em museus por ele administrados, por ser um servio pblico especfico e divisvel (art.77, CTN). 99 ERRADO. cobrana compulsria de prestao pecuniria feita PELO PODER PBLICO pelos AOS proprietrios de imveis beneficiados por obra pblica d-se o nome de contribuio DE MELHORIA parafiscal (art.81, CTN).

    GABARITO: 95. E /96. E /97. C /98. C /99. E

    03- (FISCAL MUNICIPAL NVEL MDIO BOA VISTA-RR 2004 CESPE) Acerca das taxas no sistema tributrio brasileiro, julgue os itens que se seguem. 51 lcito ao municpio instituir taxa de fiscalizao de localizao e funcionamento de estabelecimento comercial. Entretanto, a exigncia do pagamento do tributo s ser possvel se for estabelecida efetiva fiscalizao. 52 Considerando as pssimas condies de manuteno das estradas, lcito municipalidade instituir taxa para construo, conservao e melhoramento das estradas de rodagem.

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    53 Para melhorar o servio de limpeza das ruas, poder ser instituda taxa de limpeza de rua que tome por base de clculo a rea do imvel. 54 O uso de bem pblico no suscetvel de cobrana por meio de taxa. 55 A cobrana de taxa de servios prestados pelos rgos de segurana pblica ofende o requisito da divisibilidade exigido por tal espcie de imposio tributria. 56 Para que seja instituda uma taxa, o poder de polcia pode ser exercido por pessoa jurdica de direito privado.

    Resoluo

    51 CERTO. Esse foi o gabarito da banca, mas cabe discusso. que a necessidade de efetiva fiscalizao no requisito para a cobrana da taxa de fiscalizao de localizao e funcionamento. Assim o entendimento consolidado do STF: O STF "tem reconhecido a constitucionalidade da taxa de renovao anual de licena para localizao, instalao e funcionamento de estabelecimentos comerciais e similares, desde que haja rgo administrativo que exercite o poder de polcia do municpio, [...]" (RE 276.564 SP - trecho do voto vencedor - Ministro Ilmar Galvo). Esse "desde que haja rgo administrativo que exercite o poder de polcia" no quer dizer efetiva fiscalizao, mas apenas que ela presumida, ainda mais em grandes cidades. Nesse sentido o RE 216.207 MG:

    "EMENTA: TRIBUTRIO. MUNICPIO DE BELO HORIZONTE. TAXA DE FISCALIZAO DE ANNCIOS (TFA). CONSTITUCIONALIDADE. De presumir-se a efetividade da fiscalizao exercida pelos agentes da Municipalidade de Belo Horizonte, uma das maiores do Pas, no controle da explorao e utilizao da publicidade na paisagem urbana, com vista a evitar prejuzos esttica da cidade e segurana dos muncipes. [...]. Recurso conhecido e provido."

    Assim, a alternativa s pode ser considerada correta se a expresso "efetiva fiscalizao" for entendida como "existncia do rgo fiscalizador".

    52 ERRADO. No pode haver instituio de taxa para construo, conservao e melhoramento das estradas de rodagem porque este servio no especifico nem divisvel, ou seja, no possvel a mensurao da utilizao individualizada do servio pblico (art.77, caput, e art.79, II e III, CTN).

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    53 ERRADO. Para melhorar o servio de limpeza das ruas, poder ser instituda taxa de limpeza de rua que tome por base de clculo a rea do imvel.

    54 CERTO. O uso de um servio pblico (especifico e divisvel), e no de um bem pblico, suscetvel de cobrana por meio de taxa.

    55 CERTO. A cobrana de taxa de servios prestados pelos rgos de segurana pblica ofende o requisito da divisibilidade exigido por tal espcie de imposio tributria, pois prev o art.79, III, CTN: que os servios pblicos so "divisveis, quando suscetveis de utilizao, separadamente, por parte de cada um dos seus usurios", o que no o caso do servio de segurana pblica.

    56 ERRADO. Para que seja instituda uma taxa, o poder de polcia pode ser exercido por pessoa jurdica de direito privado PBLICO (art.78, CTN).

    GABARITO: 51.C / 52.E / 53.E / 54.C / 55.C / 56.E

    04- (FISCAL MUNICIPAL NVEL MDIO BOA VISTA-RR 2004 CESPE) No que se refere s espcies tributrias, julgue os itens a seguir. 57 O municpio pode arrecadar receita por meio de contribuio social, em virtude da prestao de servios de acompanhamento residencial de enfermos por profissional de enfermagem. 58 O Distrito Federal poder realizar cobrana de imposto sobre a transmisso de bens imveis, a ttulo gratuito. 59 Aps construo de pavimentao asfltica na rua de determinado bairro, o municpio poder, mediante contribuio de melhoria, efetuar cobrana dos recursos gastos com a obra. 60 Para custear a fiscalizao de obras particulares, o municpio poder utilizar-se de taxa. 61 Face a exigncia de construir-se usina hidreltrica, evitando colapso e pondo em risco a segurana nacional, a Unio poder instituir emprstimo compulsrio. 62 O municpio poder instituir contribuies para custear o sistema de previdncia e assistncia dos servidores. 63 O ouro, quando reconhecido por lei como ativo financeiro, poder ser objeto de imposto. 64 O Imposto sobre Circulao de Mercadorias e sobre Prestaes de Servios de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicao (ICMS) incidir sobre mercadorias importadas do exterior por contribuinte habitual

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    (comerciante, industrial etc.), mas no sobre aquelas importadas pelo consumidor final. 65 Em funo de interesse dos aerovirios, a Unio poder instituir contribuio social.

    Resoluo

    57 ERRADO. A prestao de servios de acompanhamento residencial de enfermos por profissional de enfermagem fato gerador do Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza - ISS, e no de contribuio social municipal. Afora a contribuio de melhoria e a contribuio para o custeio do servio de iluminao pblica, os Municpios s podem instituir contribuio previdenciria incidente sobre a folha de salrio de seus servidores.

    58 CERTO. O Distrito Federal poder realizar cobrana de imposto sobre a transmisso de bens imveis, a ttulo gratuito (art.155, I, CF88).

    59 CERTO. Repare que a alternativa fala em CONSTRUO de pavimentao asfltica, e no recapeamento. Se fosse recapeamento, a alternativa deveria ser considerada errada, pois o STF j entendeu que simples recapeamento asfltico de rua j asfaltada servio pblico de manuteno e conservao, e no obra pblica (como pavimentao nova, por exemplo) suscetvel de ensejar benefcio direto a imvel determinado, com possvel acrscimo de valor. No cabvel, no recapeamento asfltico, portanto, a cobrana de contribuio de melhoria (RE's 116.148 SP, e 115.863 SP).

    Um aspecto de impreciso da alternativa que ela no expressa quanto valorizao imobiliria decorrente da obra.

    60 CERTO. Essa fiscalizao encaixa-se no conceito de poder de polcia, previsto no art.78, CTN, podendo ser remunerada por taxa. 61 CERTO. Com fundamento no art.148, II, CF88 (no caso de investimento pblico de carter urgente e de relevante interesse nacional). 62 ERRADO. O municpio poder instituir contribuies para custear o sistema de previdncia e assistncia dos servidores (a excluso da assistncia veio com a EC 41/2003, que mudou a redao do 1 do art.149, CF88). 63 CERTO. O ouro, quando reconhecido por lei como ativo financeiro, poder ser objeto de imposto (IOF - art.153, 5, CF88).

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    64 ERRADO. O Imposto sobre Circulao de Mercadorias e sobre Prestaes de Servios de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicao (ICMS) incidir sobre mercadorias importadas do exterior por contribuinte habitual (comerciante, industrial etc.), mas no sobre aquelas importadas pelo consumidor final (incidir quando importadas "por pessoa fsica ou jurdica, ainda que no seja contribuinte habitual do imposto" - art.155, 2, IX, 'a', CF88). 65 CERTO. Na medida em que os aerovirios so categoria profissional, pode a Unio instituir contribuio social em seu interesse (art.149, CF88).

    GABARITO: 57. E /58. C / 59. C / 60. C / 61. C / 62. C / 63. C / 64. E / 65. C

    05- (FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS MACEI-AL 2003 CESPE) Acerca das espcies tributrias, julgue os itens a seguir. 186 Se uma grande enchente deixar desabrigadas mais de vinte mil pessoas em um pequeno municpio brasileiro, a fim de realizar as obras de reconstruo das residncias dos muncipes, o prefeito, de acordo com a Constituio da Repblica, poder instituir emprstimo compulsrio, desde que o faa mediante lei complementar. 187 Com vistas a contratar guardas municipais, um municpio brasileiro, nos termos da Constituio da Repblica, pode instituir a taxa de segurana pblica como contrapartida pelos servios pblicos a serem prestados.

    Resoluo

    186 ERRADO. Emprstimo Compulsrio de competncia privativa da Unio (art.148, CF88). 187 ERRADO. O servio de segurana pblica no pode ser custeado por taxa, por no ser especfico nem divisvel (art.77, art.79, II e III, CF88).

    GABARITO: 186. E / 187. E

    06- (FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS MACEI-AL 2003 CESPE) A respeito dos conceitos de tributo, impostos, taxas, contribuies de melhoria, contribuies parafiscais e emprstimos compulsrios no Cdigo Tributrio Nacional (CTN), julgue os itens de 196 a 200. 196 Tributo, nos termos do CTN, toda prestao pecuniria facultativa, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que no constitua sano de ato

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    ilcito, instituda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 197 S a Unio pode, mediante lei complementar, instituir emprstimos compulsrios. 198 A CPMF, instituda por emenda constitucional, espcie tributria de taxa. 199 As taxas, nos termos do CTN, tm como fato gerador o exerccio regular do poder de polcia, ou a utilizao, efetiva ou potencial, de servio pblico geral e indivisvel, prestado ao contribuinte ou colocado sua disposio. 200 A contribuio de melhoria, nos termos do CTN, tem como fato gerador a valorizao do imvel do contribuinte em razo de obra pblica. Cada contribuinte no pode ser obrigado a pagar quantia superior valorizao de seu imvel. O total arrecadado, por sua vez, no pode ser superior ao custo da obra.

    Resoluo

    196 ERRADO. Tributo, nos termos do CTN, toda prestao pecuniria facultativa COMPULSRIA, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que no constitua sano de ato ilcito, instituda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada (art.3, CTN). 197 CERTO. S a Unio pode, mediante lei complementar, instituir emprstimos compulsrios (art.148, CTN). 199 ERRADO. As taxas, nos termos do CTN, tm como fato gerador o exerccio regular do poder de polcia, ou a utilizao, efetiva ou potencial, de servio pblico geral e indivisvel ESPECFICO E DIVISVEL, prestado ao contribuinte ou colocado sua disposio (art.77, caput, CTN). 200 CERTO. A contribuio de melhoria, nos termos do CTN, tem como fato gerador a valorizao do imvel do contribuinte em razo de obra pblica. Cada contribuinte no pode ser obrigado a pagar quantia superior valorizao de seu imvel. O total arrecadado, por sua vez, no pode ser superior ao custo da obra (art.81, CTN).

    GABARITO: 196. E / 197. C / 199. E / 200. C

    07- (CONSULTOR LEGISLATIVO TRIBUTRIO E FINANCEIRO SENADO FEDERAL 2002 CESPE) Julgue os itens que se seguem. 4 As taxas de servio somente podem ser exigidas no caso de utilizao efetiva, pelo contribuinte, da contraprestao estatal.

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    Resoluo

    4 ERRADO. As taxas de servio somente podem ser exigidas TAMBM no caso de utilizao POTENCIAL, pelo contribuinte, da contraprestao estatal, O QUE OCORRE QUANDO O SERVIO DE UTILIZAO COMPULSRIA, COMO O DE COLETA DE LIXO, QUE ENVOLVE QUESTO DE SADE PBLICA.

    GABARITO: 4. E

    08- (CONSULTOR LEGISLATIVO TRIBUTRIO E FINANCEIRO SENADO FEDERAL 2002 CESPE) Acerca da tipologia tributria, julgue os itens a seguir. 1 Os impostos so tributos no-vinculados, cuja receita no pode servir de garantia para operaes por antecipao de receita ou ser destinada a aes e servios pblicos de sade. 2 Os preos pblicos no consubstanciam tributos, na medida em que no so compulsrios, porquanto remuneram servios relacionados com a explorao de atividades econmicas diretamente pelo Estado, ou indiretamente por concessionrios e permissionrios de servios pblicos. 3 O servio de iluminao pblica pode ser considerado divisvel para fins de cobrana de taxa, eis que suscetvel de utilizao por cada um dos contribuintes, conjuntamente. 4 O IPTU um imposto municipal progressivo, cuja alquota pode variar em razo do valor, da localizao e do uso do imvel. 5 A entrada de mercadoria isenta de ICMS em estabelecimento comercial no implica, em regra, crdito para compensao com o montante devido nas operaes ou prestaes seguintes.

    Resoluo

    1 ERRADO. Os impostos so tributos no-vinculados, MAS H EXCEES. SUA j receita no pode servir de garantia para operaes por antecipao de receita (art.165, 8, CF88) ou ser destinada a aes e servios pblicos de sade (art.198, 2, CF88).

    2 CERTO. Os preos pblicos no consubstanciam tributos, na medida em que no so compulsrios, porquanto remuneram servios relacionados com a explorao de atividades econmicas diretamente pelo Estado, ou indiretamente por concessionrios e permissionrios de servios pblicos.

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    3 ERRADO. O servio de iluminao pblica NO pode ser considerado divisvel para fins de cobrana de taxa, eis que NO suscetvel de utilizao por cada um dos contribuintes ISOLADAMENTE, conjuntamente. Vide Smula n 670: "O servio de iluminao pblica no pode ser remunerado mediante taxa."

    4 CERTO. O IPTU um imposto municipal progressivo, cuja alquota pode variar em razo do valor, da localizao e do uso do imvel (art.156, 1, I e II, CF88).

    5 CERTO. A entrada de mercadoria isenta de ICMS em estabelecimento comercial no implica, em regra, crdito para compensao com o montante devido nas operaes ou prestaes seguintes (art.155, 2, II, 'a', CF88).

    GABARITO: 1. E / 2. C / 3. E / 4. C / 5. C

    09- (FISCAL DO INSS 1998 CESPE) Acerca das taxas, julgue os itens a seguir. 1. Por sua natureza tributria peculiar, as taxas devem corresponder, de modo preciso, contraprestao pelo servio oferecido ao contribuinte. 2. A atuao estatal que enseja a cobrana de taxa deve ser aquela prestada coletividade globalmente considerada. 3. Se a Unio fiscaliza a explorao e o comrcio de recursos naturais renovveis, reprimindo as aes ilcitas nessas rea, tal atuao pode, juridicamente, justificar a cobrana de taxa. 4. Se um municpio oferece qualquer servio a seus cidados, poder cobrar taxa por isso, mesmo daqueles que jamais hajam usufrudo do servio. 5. Diferentemente do que preceitua em relao receita decorrente da arrecadao de impostos, a legislao no prev mecanismos de repartio de receitas tributrias oriundas da cobrana de taxas.

    Resoluo

    1. ERRADO. As taxas devem corresponder contraprestao pelo servio oferecido ao contribuinte, mas no se pode exigir uma preciso no valor dessa contraprestao, na medida em que ela de difcil aferio.

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    2. ERRADO. A atuao estatal que enseja a cobrana de taxa deve ser aquela prestada INDIVIDUALMENTE. No h maiores dificuldades em se verificar se o servio divisvel. Se o usurio pode utiliz-lo separadamente, podendo essa utilizao individualizada ser mensurada, o servio divisvel (art.79, III, CTN).

    3. CERTO. Se a Unio fiscaliza a explorao e o comrcio de recursos naturais renovveis, reprimindo as aes ilcitas nessas rea, tal atuao pode, juridicamente, justificar a cobrana de taxa. SIM, UMA TAXA PELO EXERCCIO DO PODER DE POLCIA (art.78, CTN).

    4. ERRADO. Se um municpio oferece qualquer servio ESPECFICO E DIVISVEL (art.79, II e III, CTN) a seus cidados, poder cobrar taxa por isso, mesmo daqueles que jamais hajam usufrudo do servio (UTILIZAO POTENCIAL - art.79, I, 'b', CTN).

    5. CERTO. Diferentemente do que preceitua em relao receita decorrente da arrecadao de impostos (arts.158 a 162, CF88), a legislao no prev mecanismos de repartio de receitas tributrias oriundas da cobrana de taxas.

    GABARITO: 1. E / 2. E / 3. C / 4. E / 5. C

    10- QUESTO 15 (FISCAL DO INSS 1997 CESPE) De acordo com o art. 145 da Constituio da Repblica, a Unio, os estados, o Distrito Federal e os municpios podem instituir, como tributos: impostos, taxas e contribuies de melhoria. As taxas podem ser consideradas instrumentos de custeio da atividade estatal desenvolvida em favor do contribuinte, embora no seja indispensvel a correspondncia entre a arrecadao da taxa e os custos da atividade. Acerca de taxas, julgue os seguintes itens. 1. Como instrumento de custeio da atividade estatal, as taxas so adequadas para cobrir os gastos pblicos com servios gerais e indivisveis. 2. nico favor utilizado pelo Estado para fixar a base de clculo da taxa o custo do servio. 3. Estado pode cobrar taxa, mesmo daqueles que no utilizem efetivamente algum servio. 4. Como regra, admissvel que se utilize, para a fixao quantitativa da base de clculo da taxa, grandezas econmicas ligadas pessoa do contribuinte, como, por exemplo, seu patrimnio ou sua renda.

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    5. Assim como os impostos, as taxas no podem ter carter proibitivo ou confiscatrio.

    Resoluo

    1. ERRADO. Como instrumento de custeio da atividade estatal, as taxas so adequadas para cobrir os gastos pblicos com servios gerais e indivisveis ESPECFICOS E DIVISVEIS (art.79, II e III, CTN). 2. ERRADO. A taxa TAMBM no pode ter base de clculo ou fato gerador idnticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em funo do capital das empresas (art.77, pargrafo nico, CTN). 3. CERTO. Estado pode cobrar taxa, mesmo daqueles que no utilizem efetivamente algum servio. SIM, nos casos em que esse servio de utilizao compulsria, podendo ela ser POTENCIAL. 4. ERRADO. A taxa no pode ter base de clculo ou fato gerador idnticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em funo do capital das empresas (art.77, pargrafo nico, CTN). 5. CERTO. Assim como os impostos, as taxas no podem ter carter proibitivo ou confiscatrio. Se o valor cobrado a ttulo de taxa for muito superior ao custo do servio pblico prestado, lembrando que a taxa tem carter contraprestacional, caracteriza-se como tributo com efeito de confisco (ADIMC QO 2.551).

    GABARITO: 1. E / 2. E / 3. C / 4. E / 5. C

    11- (ANALISTA JUDICIARIO - AREA JUDICIARIA - TRE MATO GROSSO CESPE 2010) O tributo que tem por fato gerador uma situao independente de qualquer atividade estatal especfica relativa ao contribuinte denominado A taxa de publicidade B taxa de iluminao pblica C contribuio de melhoria D imposto E preo pblico

    Resoluo

    Art. 16. Imposto o tributo cuja obrigao tem por fato gerador uma situao independente de qualquer atividade estatal especfica, relativa ao contribuinte.

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    GABARITO: D

    12- (FISCAL DO INSS 1997 CESPE) Acerca dos impostos, julgue os itens que se seguem. 1. Os impostos tm, por fato gerador, uma situao independente de qualquer atividade estatal especfica, relativa ao contribuinte. 2. A competncia residual para a instituio de novos impostos, alm dos nominalmente indicados na Constituio da Repblica, dos estados federados. 3. No sistema tributrio nacional, h impostos com finalidade diferente da simples gerao de receitas tributrias. 4. De acordo com o CTN, a destinao da receita da arrecadao de impostos elemento essencial apara qualificar-lhes a natureza jurdica. 5. Os impostos, por serem compulsrios no permitem que o contribuinte deles se libre, deixando de praticar ato que configure o fato gerador da obrigao tributria.

    Resoluo

    1. CERTO. Art.16, CTN. 2. ERRADO. A competncia residual para a instituio de novos impostos, alm dos nominalmente indicados na Constituio da Repblica, DA UNIO dos estados federados. (art.154, I, CF88) 3. CERTO. So os impostos com funo extrafiscal, como o II, o IE, o IPI e o IOF, que tm funo regulatria de mercado. 4. ERRADO. De acordo com o CTN, a destinao da receita da arrecadao de impostos elemento essencial IRRELEVANTE apara qualificar-lhes a natureza jurdica (art.4, II, CTN). 5. ERRADO. Se o contribuinte deixou de praticar ato que configure o fato gerador da obrigao tributria, no ocorreu a incidncia tributria, no tendo que pagar imposto.

    GABARITO: 1. C / 2. E / 3. C / 4. E / 5. E

    13- (CONSULTOR LEGISLATIVO TRIBUTRIO E FINANCEIRO SENADO FEDERAL 2002 CESPE) Quanto ao sistema tributrio brasileiro, julgue os itens a seguir.

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    1 Os emprstimos compulsrios podem ser institudos pela Unio somente em caso de guerra externa, ou em virtude de calamidade pblica, quando podero ser exigidos pelos estados, DF e municpios.

    Resoluo

    1 ERRADO. Art. 148. A Unio, mediante lei complementar, poder instituir emprstimos compulsrios:I - para atender a despesas extraordinrias, decorrentes de calamidade pblica, de guerra externa ou sua iminncia; II - no caso de investimento pblico de carter urgente e de relevante interesse nacional (ART.148, CF88).

    GABARITO: 1. E

    14- (PROCURADOR JURDICO DA CMARA DE VEREADORES MUNICPIO SANTA BRBARA D'OESTE 2010 FMP-RS) Sobre as taxas decorrentes do poder de polcia institudas pelos Municpios, assinale a alternativa correta. (A) tributo cujo fato gerador independe de uma contraprestao especfica relativa ao contribuinte. (B) Deve guardar relao com a capacidade contributiva do sujeito passivo. (C) Tem como fato gerador a utilizao efetiva ou potencial de um servio pblico. (D) Existindo atividade fiscalizadora, torna-se obrigatria a instituio da taxa. (E) prescindvel a comprovao efetiva do exerccio de fiscalizao por parte da municipalidade em face da notoriedade de sua atuao.

    Resoluo

    (A) ERRADA. Tributo cujo fato gerador independe de uma contraprestao especfica relativa ao contribuinte O IMPOSTO, E NO A TAXA. (B) ERRADA. O tributo que deve guardar relao com a capacidade contributiva do sujeito passivo o IMPOSTO, E NO A TAXA. (C) ERRADA. A utilizao efetiva ou potencial de um servio pblico fato gerador da taxa - servio pblico, e no da taxa - poder de polcia, cujo fato gerador o exerccio regular do poder de polcia. (D) ERRADA. O Municpio pode exercer a atividade fiscalizadora, e resolver no instituir da taxa. O exerccio da capacidade tributria facultativo. (E) CORRETA. prescindvel a comprovao efetiva do exerccio de fiscalizao por parte da municipalidade em face da notoriedade de sua atuao. Esse o

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    Aula 01 - Conceito e Classificao de Tributos

    entendimento do STF conforme os julgados sobre a Taxa de localizao, instalao e funcionamento (RE 115.213 SP, 116.518 SP, 198.904 RS).

    GABARITO: E

    15- (PROCURADOR JURDICO DA CMARA DE VEREADORES MUNICPIO SANTA BRBARA D'OESTE 2010 FMP-RS) Assinale a alternativa que contm caractersticas relativas aos emprstimos compulsrios. (A) So de competncia da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios e exigem, para sua instituio, lei complementar. (B) So provisrios, restituveis e vinculados. (C) So permanentes e, em caso de guerra ou calamidade, constituem em exceo ao princpio da anterioridade. (D) So de competncia da Unio e no so restituveis. (E) So temporrios e, em caso de investimento pblico, no se submetem ao princpio da anterioridade.

    Resoluo

    (A) ERRADA. Os Emprstimos Compulsrios so de competncia privativa da Unio e exigem, para sua instituio, lei complementar (art.148, CF88). (B) CORRETA. So provisrios e restituveis (pargrafo nico do art.15, CTN) e a aplicao dos recursos provenientes de emprstimo compulsrio ser vinculada despesa que fundamentou sua instituio (pargrafo nico do art.148, CF88). (C) ERRADA. No so permanentes e sim provisrios (pargrafo nico do art.15, CTN) e, em caso de guerra ou calamidade, constituem em exceo ao princpio da anterioridade (art.148, I, CF88). (D) ERRADA. So de competncia da Unio mas so restituveis (pargrafo nico do art.15, CTN). (E) ERRADA. Em caso de investimento pblico, submetem-se SIM ao princpio da anterioridade (art.148, II, CF88). S no se submetem a este princpio se forem para atender a despesas extraordinrias, decorrentes de calamidade pblica, de guerra externa ou sua iminncia (art.148, I, CF88).

    GABARITO: B

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    Aula 01 - Conceito e Classificao de Tributos

    16- (PROCURADOR DE JUSTIA SUBSTITUTO MPE-PI 2007 FMP-RS) A natureza jurdica especfica do tributo determinada (A) pelo fato gerador da respectiva obrigao. (B) pela denominao legal. (C) pela destinao legal do produto de sua arrecadao. (D) pelas caractersticas formais adotadas pela lei. (E) pelo rgo arrecadador.

    Resoluo

    Art. 4, CTN. A natureza jurdica especfica do tributo determinada pelo fato gerador da respectiva obrigao, sendo irrelevantes para qualific-la: I - a denominao e demais caractersticas formais adotadas pela lei; II - a destinao legal do produto da sua arrecadao.

    GABARITO: A

    17- (PROMOTOR DE JUSTIA SUBSTITUTO MPE-AC 2005 FMP-RS) Sobre as taxas, correto afirmar que (A) somente sero devidas, se efetivamente utilizado o servio pblico. (B) no podero ter base de clculo prpria de impostos. (C) so institudas em razo do poder de poltica ou pela utilizao de servios pblicos, podendo, por isso, ser institudas pelas concessionrias de servio pblico.

    (D) podem ser cobradas para remunerar o servio de iluminao pblica.

    Resoluo

    (A) ERRADA. Basta o servio pblico estar disposio e ser potencialmente utilizado para ser devida a taxa - servio pblico. (B) CORRETA. No podero ter base de clculo prpria de impostos (art.145, 2, CF88). (C) ERRADA. A taxa NO PODE SER INSTITUDAS pelas concessionrias de servio pblico. A sua instituio, como a de qualquer tributo, tem de ser feita pela pessoa poltico competente.

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    Aula 01 - Conceito e Classificao de Tributos

    (D) ERRADA. O servio de iluminao pblica no especfico e divisvel, logo no pode ser remunerado por taxa. J h smula do STF nesse sentido (Smula 670, STF).

    GABARITO: B

    18- (ADJUNTO DE PROCURADOR DO MPE JUNTO AO TCE-RS 2008 FMP-RS) Conforme disposto na Constituio Federal, vedada a vinculao da receita de impostos: (a) a quaisquer rgos, fundos ou despesas, sem ressalvas. (b) a rgos, fundos ou despesas, ressalvada a destinao de recursos para investimentos em habitao popular, conforme dispositivos constitucionais constantes do Ttulo da Ordem Social. (c) a rgos, fundos ou despesas, ressalvadas a repartio do produto da arrecadao dos impostos e a destinao de recursos para aes e servios pblicos de sade, para manuteno e desenvolvimento do ensino e para realizao de atividades da administrao tributria e a prestao de garantias s operaes de crdito por antecipao de receita, observado o art. 167, IV, da CF e os demais dispositivos constitucionais pelo mesmo referidos. (d) a rgos, fundos ou despesas de outros entes polticos, mas no do prprio ente tributante. (e) a rgos e fundos, mas no a despesas especficas, desde que a vinculao decorra de lei.

    Resoluo

    A vedao da vinculao da receita de impostos a quaisquer rgos, fundos ou despesas, apenas uma regra geral. Comporta vrias excees, expostas na alternativa "C".

    (a) ERRADA. H vrias ressalvas no art.167, IV, CF88. (b) ERRADA. A destinao de recursos para investimentos em habitao popular NO uma ressalva prevista no inciso IV do art.167, CF88. (d) ERRADA. Se se est falando de vinculao de receita de impostos do ente tributante, lgico que a vinculao se refere a rgos, fundos ou despesas desse prprio ente. (e) ERRADA. Mesmo que a despesa seja especfica, no pode haver a vinculao de receita de impostos.

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    Aula 01 - Conceito e Classificao de Tributos

    GABARITO: C

    19- (ADJUNTO DE PROCURADOR DO MPE JUNTO AO TCE-RS 2008 FMP-RS) Quanto repartio de receita tributria, pertence aos Estados: (a) a totalidade do produto da arrecadao dos tributos por eles institudos. (b) o produto da arrecadao do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza incidente na fonte sobre rendimentos pagos, a qualquer ttulo, por eles, suas autarquias e pelas fundaes que institurem e mantiverem. (c) o produto da arrecadao do imposto sobre a renda dos contribuintes domiciliados em seus territrios. (d) 50% do produto da arrecadao do imposto da Unio sobre a propriedade territorial rural relativamente aos imveis situados em seus territrios. (e) 50% do produto da arrecadao dos impostos institudos pelos respectivos Municpios.

    Resoluo

    (a) ERRADA. H vrias hipteses de receitas tributrias com previso de repasse constitucional, nos arts.153, 157, 158 e 159, CF88. (b) CORRETA. Isso vale para o IR retido na fonte tanto pelos Estados e DF (art.157, I) quanto pelos Municpios (art.158, I, CF88). (c) ERRADA. O produto da arrecadao do imposto sobre a renda na fonte que fica com os Estados o da renda e proventos de qualquer natureza que eles pagarem (art.157, I, CF88). (d) ERRADA. Os 50% do produto da arrecadao do imposto da Unio sobre a propriedade territorial rural relativamente aos imveis situados em seus territrios so devidos aos Municpios (art.158, II, CF88) e no aos Estados. (e) ERRADA. O valor arrecadado com impostos institudos pelos Municpios ficam com eles prprios. No h previso de repasse constitucional do menor para o maior, mais sempre do maior para o menor (U para E, DF; E para M).

    GABARITO: B

    20- (ADJUNTO DE PROCURADOR DO MPE JUNTO AO TCE-RS 2008 FMP-RS) Quanto repartio de receita tributria, pertence aos Municpios: (a) 100% do produto da arrecadao do imposto da Unio sobre a propriedade territorial rural relativamente aos imveis neles situados, quando o Municpio opte por fiscaliz-lo e cobr-lo.

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    Aula 01 - Conceito e Classificao de Tributos

    (b) o produto da arrecadao do imposto sobre a renda dos contribuintes domiciliados em seus territrios. (c) 25% do produto da arrecadao do imposto da Unio sobre a propriedade territorial rural relativamente aos imveis neles situados, quando fiscalizado e cobrado pela Unio. (d) 25% do produto da arrecadao do imposto do Estado sobre a propriedade de veculos automotores licenciados em seus territrios. (e) apenas o produto da arrecadao dos tributos por eles prprios institudos, no tendo participao no produto da arrecadao dos tributos federais e estaduais.

    Resoluo

    (a) CORRETA. Art.158, II, e art.153, 4, III, CF88. (b) ERRADA. O produto da arrecadao do imposto sobre a renda na fonte que fica com os Municpios o da renda e proventos de qualquer natureza que eles pagarem (art.158, I, CF88). (c) ERRADA. 100% do produto da arrecadao do imposto da Unio sobre a propriedade territorial rural relativamente aos imveis neles situados, quando fiscalizado e cobrado pela Unio, e no 25% (Art.158, II, e art.153, 4, III, CF88). (d) ERRADA. 50% do produto da arrecadao do imposto do Estado sobre a propriedade de veculos automotores licenciados em seus territrios, e no 25% (art.158, III, CF88).

    (e) ERRADA. Basta ver arts.153, 158 e 159, CF88.

    GABARITO: A

    21- (ADJUNTO DE PROCURADOR DO MPE JUNTO AO TCE-RS 2008 FMP-RS) As contribuies de melhoria: (a) independem de lei instituidora especfica para cada obra. (b) devem observar, alm dos dispositivos constitucionais aplicveis, o disposto no DL 195/67, diploma recepcionado com nvel de lei complementar. (c) podem ser institudas para fazer frente ao custo de qualquer obra realizada pelos Estados e pelos Municpios, desde que haja valorizao imobiliria. (d) no esto sujeitas a limite total (custo da obra), tampouco individual (valorizao de cada imvel).

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    Aula 01 - Conceito e Classificao de Tributos

    (e) dependem de contrato com cada proprietrio de imvel na zona de influncia.

    Resoluo

    (a) ERRADA. A contribuio de melhoria depende de lei instituidora especfica para cada obra, conforme art.82, CTN. (b) CORRETA. O DL 195/67anda junto com o CTN no regramento da contribuio de melhoria. (c) ERRADA. As obras de mera manuteno e conservao no podem ensejar cobrana de contribuio de melhoria (RE's 116.148 SP, e 115.863 SP). (d) ERRADA. Esto sujeitas SIM a limite total (custo da obra) e individual (valorizao de cada imvel) (art.81, CTN). (e) ERRADA. Elas no dependem de qualquer contrato com cada proprietrio de imvel na zona de influncia, mas sim de previso legal, pois so tributos.

    GABARITO: B

    22- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2003 ESAF) Indique a opo que preenche corretamente as lacunas, consideradas as pertinentes disposies do Cdigo Tributrio Nacional. Para efeito de fato gerador e cobrana de taxa, considera-se regular o exerccio do poder de polcia quando desempenhado nos limites da lei aplicvel, com observncia e, tratando-se de atividade que a lei tenha como , sem abuso ou desvio de poder. a) pelo Poder Pblico / das disposies regulamentares aplicveis / contrria aos bons costumes b) por rgo de segurana pblica / das normas administrativas aplicveis / perigosa c) pelo rgo competente / de procedimentos administrativos / vinculada d) somente por rgo de segurana pblica / do devido processo legal / atentatria a direitos fundamentais

    e) pelo rgo competente / do processo legal / discricion