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Texfair Magazine - Ed. 02

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Revista da feira Texfair. Produzida pela Mundi Editora, Blumenau / SC

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editorial

Texfair 2009, 10 anosde sucesso e crescimento

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Há 10 anos foi lançada a Texfair do Brasil – Feira Inter-nacional da Indústria Têxtil, evento formatado para ser um centro lançador de tendências e negócios nas áreas de confecção, vestuário, cama, mesa, banho e decoração. São 10 anos de sucesso, dedicação e muito trabalho por parte de todos os envolvidos no evento – organização, promoção e expositores.

A trajetória da Texfair está intimamente ligada à história e ao desenvolvimento do pavilhão de exposições do Par-que Vila Germânica e dos eventos de negócios realizados em Blumenau. O evento foi o grande motivador da cons-trução do Parque Vila Germânica, inspirando e impulsio-nando o mercado de eventos na região, comprovando que era possível a realização de grandes feiras de negócios em Blumenau.

As indústrias têxtil e de confecção do Vale do Itajaí e do Brasil acreditaram na ideia da Texfair e o retorno, não so-mente para a região, mas para todos que dela participam, tem sido altamente positivo, fazendo com que o evento aumente a sua importância ano após ano.

Uma década é uma data importante de ser comemorada e queremos dividir esta alegria com todos vocês. Que ve-nham os próximos 10 anos!

Bem-vindos e bons negócios a todos, expositores e visi-tantes.

Ulrich Kuhn Presidente do Sintex

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sumário

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TEXFAIR MAGAZINE

EdiçãoDanielle Fuchs (SC 01233 JP)ReportagemMichele Wilke – [email protected]ção de ArteGuilherme Faust Moreira – [email protected]çãoRodrigo dos Reis – [email protected] Santos, Ivan Schulze, Banco de Imagens Mundi (Gilberto Viegas), divulgação (Prefeitura, Sintex - Edson Pelence - e empresas)RevisãoFernanda Souza Momm, Felipe Flesch Hoobs e Micheli De Nez

CapaModelo de capa: Simone BorbaFoto: Fole Studio www.folestudio.com.brAssistência: Bruno BachmannEdição e tratamento de imagem: Ferver Comunicação Maquiagem: Yana S. Dickmann

Editoriais de Moda Maquiagem: Yana S. DickmannProdução: Eduardo KottmannAssistência e tratamento de imagem: Bruno BachmannFotos: Ivan Schulze – Fole Studio www.folestudio.com.br Modelos: Agência People (Lara Schramm, Simone Borba, Leonardo Silva, Dione Dalpra)Locação: Cia.Hering

Promoção

Sintex Sindicato das Indústrias de Fiação,Tecelagem e do Vestuário de BlumenauRua Alwin Schrader, 89 – Blumenau/SC/ BrasilCep.: 89.010-971Telefone: (47) 3326-9662www.sintex.org.br

Organização

Vale Feiras e EventosAlameda Rio Branco, 14, sala 306Centro – Blumenau/SC/BrasilCep.: 89.010-300Telefone: (47) 3232-1215 / 3232-0990

Editora

Mundi Editora Editora-chefeDanielle Fuchs – [email protected] ComercialCleomar Debarba – [email protected] ExecutivoNiclas Mund – [email protected] Almirante Barroso, 712 – Sala 2 – Cep.: 89.035-401 Blumenau/SC/Brasil - Telefone: (47) 3035-5500www.mundieditora.com.br

15. A indústria do bem-estarDos teares às ruas, cores e formas se adaptam a diferentes estilos

10. 10 Anos Texfair 14. Corrida e Caminhada Contra o Câncer de Mama34. Mercado Infantil40. Tecnologia44. Economia48. Nossa Cidade50. Artigo

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28. Moda democráticaCom xadrez, poá ou floral, o importante é respeitar o corpo e a personalidade na Primavera-Verão 2010

24. Natureza divertida

Em sintonia com os quatro elementos,

os pequenos ditam moda brincando

36. Aguinaldo

Diniz Filho:‘Para manter a

saúde financeira durante a crise é

preciso investir em produtos com

valor agregado’

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texfair 10 anos

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Vitrine da moda entre 12 e 15 de maio, Texfair do Brasil dá show de estilo e lança

as coleções Primavera-Verão 2009/2010

Consolidada como o mais importante evento do ca-lendário da indústria têxtil e de confecção América Latina, a Texfair do Brasil – Feira Internacional da Indústria Têxtil, está completando 10 anos. Criada pelo Sintex – Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau, hoje, a maior vitrine para artigos de alta tecnologia reúne as mais expressivas marcas de vestuário, malharia, cama/mesa/banho e decoração.

O evento que ocorre de 12 a 15 de maio, na Vila Germânica, teve a visitação de aproximadamente 185 mil pessoas dos mercados interno e externo em nove edições, reunindo a cada ano uma média de 200 expositores e 400 marcas. Em 2008, a fei-ra recebeu compradores de diversos países como Argentina, África do Sul, Portugal e Venezuela. “A Texfair teve uma razão para nascer e, hoje, tem a grande responsabilidade de fazer parte de um pro-

cesso que não pode parar, de solidificar Blumenau e o Vale como uma região de turismo de negócios”, explica o presidente do Sintex, Ulrich Kuhn.

Ele conta que o evento nasceu de uma ideia an-tiga. “Com o esvaziamento das grandes feiras de São Paulo na área têxtil, começou a nascer um movimento isolado para criar, inicialmente, um espaço para os associados e, ao mesmo tempo, contribuir com a cidade, já que uma das vocações de Blumenau é o turismo de eventos”. Além disso, a cidade sempre foi um dos principais polos têxteis do Brasil, concentrando grande parte da produção nacional. “Mas a entidade foi apenas a idealiza-dora. Os grandes responsáveis pelo sucesso da Texfair são as empresas, que solidificaram o even-to que, aos poucos, contribuiu para a transforma-ção da cidade e, hoje, lança tendências e reúne o supra-sumo do setor na América Latina”.

Uma década de bons negócios

“A Texfair teve uma razão para nascer e, hoje, tem a grande

responsabilidade de fazer parte de um processo que não pode parar”

Ulrich KuhnPresidente do Sintex

2000

2001

2007

2008

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10 anos de sucesso Edição Ano Lojistas Expositores/marcas Primeira 2000 7 mil 104/120 Segunda 2001 12,5 mil 120/170 Terceira 2002 15 mil 130/200 Quarta 2003 21 mil 158/270 Quinta 2004 23 mil 180/300 Sexta 2005 25 mil 188/350 Sétima 2006 27 mil 198/380 Oitava 2007 29,68 mil 245/470 Nona 2008 27,7 mil 220/500

Fonte: Sintex

A feira Foco: lançamento das coleções Primavera-Verão 2009/2010 dos segmen-

tos de vestuário, malharia, cama/mesa/banho e decoração. Data: 12 a 15 de maio Horário: das 10h às 19h Visitação: evento exclusivo para profissionais do setor Local: Parque Vila Germânica – Rua Alberto Stein, 199 – Bairro da Velha

Blumenau (SC) Informações: www.texfair.com.br

Para o presidente do Sintex, Ulrich Kuhn, a Texfair do Brasil foi a força motivadora que transformou a antiga Proeb no atual complexo. “Se não tivesse sido a Texfair, provavelmente não haveria o Par-que Vila Germânica, já que não teríamos o desafio fantástico de começar as obras em novembro de 2005 e inaugurar no início de maio de 2006. Este foi um dos compromissos que o Governo do Esta-do de Santa Catarina e a Prefeitura do Município assumiram com a Texfair, o que acabou transfor-mando a antiga Proeb em um dos mais modernos centros de exposições do País”.

O prefeito de Blumenau, João Paulo Kleinübing, concorda que a feira internacional foi fundamen-tal para viabilizar a criação do Parque Vila Germâ-nica. “Por ser um grande evento, a Texfair do Brasil acabou viabilizando o investimento na Vila e isso acabou gerando para a cidade a possibilidade de atrair novas feiras, dentro do próprio setor têxtil como em outras áreas”, analisa Kleinübing. Ele acredita que, depois da construção do Centro de Exposições Parque Vila Germânica, a feira ganhou um novo impulso.

A madrinha da Vila

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“Por ser um grande evento, a Texfair acabou viabilizando o investimento feito na

Vila Germânica e isso acabou gerando para a cidade a possibilidade de atrair novas feiras”

João Paulo KleinübingPrefeito de Blumenau

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texfair 10 anos

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A Texfair já nasceu como uma feira internacional, mesmo sendo sediada em um dos pavilhões da an-tiga Proeb. “Agora o Sintex está discutindo de que maneira irá fazê-la crescer, já que esta é a grande feira da América do Sul. Por isso, precisamos en-contrar o caminho certo. A grande meta atingida nestes 10 anos foi transformar um projeto, que era considerado visionário, na grande feira da América do Sul nos segmentos vestuário, malharia, cama/mesa/banho e decoração. A partir de agora, a nossa grande meta é o crescimento”, avisa Ulrich Kuhn. Kuhn afirma que, atualmente, este é o grande obs-táculo da Texfair, já que a feira está limitada ao espaço, além de estar limitada na capacidade hote-leira de Blumenau. “A cidade sente muito a falta de uma área específica para congressos, mas também acaba tendo um limite, no processo de feiras, pela capacidade hoteleira. Este ainda é o ponto mais crucial. Por isso, a cidade tem que superar este pro-blema, a exemplo de Joinville que, hoje, tem uma fantástica rede hoteleira”.

A meta é crescer

Apesar da crise econômica mundial, o brilho da Texfair do Brasil não foi afetado. “Na verdade, hou-ve uma troca de expositores, já que algumas em-presas desistiram. Mas havia uma lista de espera”, explica Kuhn. Para o presidente da Fiesc - Fede-ração das Indústrias do Estado de Santa Catarina, Alcantaro Corrêa, a feira ganha importância ainda maior em um momento como este, em que existe uma grande preocupação com o desempenho atual e futuro da economia. “É necessário ser realista na avaliação do cenário e tomar rapidamente todas as medidas necessárias para enfrentar a atual con-juntura. E algumas dessas medidas são justamente buscar novos negócios e intensificar os esforços para inovar e ser criativo. A Texfair catalisa isso, é a oportunidade para que produtos e empresas pos-sam ver e ser vistas”, conclui Corrêa.

O Texfashion – desfile/show que foi lançado em 2006 para trazer um glamour à feira – estará fora da programação em 2009. “Nós sabíamos que, da for-ma que estava sendo realizado, o Texfashion teria que passar por modificações. O desfile não pode ser limitado a convidados especiais. Ele deve estar in-tegrado dentro da feira, como acontece na Europa, que tem uma área dentro do pavilhão que permite que os visitantes acompanhem as apresentações na passarela”, explica Kuhn. O retorno do desfile, em 2010, integrado dentro da feira, também é um dos desafios apontados pelo empresário. “Precisamos transformar o Texfashion em um componente efe-tivo de negócios, não apenas um evento à parte”.

Texfashion

“É necessário ser realista na avaliação do cenário e tomar rapidamente todas as medidas necessárias para enfrentar a

atual conjuntura. E algumas dessas medidas são justamente buscar novos negócios. A Texfair catalisa isso, é a oportunidade

para que produtos e empresas possam ver e ser vistas”Alcantaro CorrêaPresidente da Fiesc

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Quem expõe na TexfairA.S. TêxtilAbitAdmittAlamo Allegrini AltenburgAngelAppelAri BeraldinArt’ModernaArtelassêAssad AbdallaAtlanticaBeijinho e BeijokaBela AdormecidaBelchiorBella JanelaBello MareBernadeteBGOBMTBrandiliBranylBuettnerBurdaysBuzatexCajadanCamesa

CamilaCamú CamúCarambellaCathaCativaCheniltexCineramaConproCopa e CiaCopespumaCortbrasCorttexCorttinsCoteminasCouseloCreative LicensingCris TurismoCristinaCyber InformáticaDafeDahrujDaltexDianneliDöhlerDrem’sE Tamer NetoEdytonyElian

EliteEstampariaEtruriaFakiniFatexFibrascaFiescFormas Y ColoresFormitzFuá Kito BabyGaz UpGiuliana HomeGMTGriffo’sGruberGuaratinguetaGuerreiroGuia TêxtilHB MetaisHertzHeringICPIlhaturInterlarInylbraIone EnxovaisIsapatexJ Serrano

Jo JoJolitexJumaKacyumaraKanto IntimoKapaziKarstenKekambasKissamanKoffe Neipe EventosKylyLaibelLalitexLancerLaura AshleyLaura MasriLavive EnxovaisLe PetitLepperLMG RoupasLoaLPRLucatLuliLunenderMalhas WilsonMalweeMannes

Marcia BarbieriMarkaMarken FassiMarlanMarpMartinsMaryssilMelloMensageiros dos SonhosMercado BrasilMônaco TapetesMundi EditoraNiazitexNo WarOberOmartexPacifico SulPalme BrasilParahybaParos AntifurtoPelicanPloomaPlumasulProduttexPupiPzamaQuestão de EstiloRafimex

RanerRauRayzaRBS TVRestaurante TabajaraRevista CatarinaRevista SucessoRevista TêxtilRevista VarejoRic RecordRoluRovitexSão CarlosSBASecretaria de TurismoShadow’s SportShopping Via CatarinaSintexSisaStilo MariaStudio TramaSulamitaSultanSuzigan & TalassoTabacowTAMTapeçaria ItalianaTapetes Junior

Tec. JolitexTecebemTecnituboTekaTermocelTexluTextiliaTookasTrânsitoTrifilTrisoftTulipaneVale Feiras e EventosVia StarVilelaVinculoVogueWorld FashionXanferYKZYoot

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solidariedade

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Todas as atenções estão voltadas para as tendências da moda que são apresentadas no Parque Vila Germânica, em Blumenau, onde é realizada a 10ª Texfair do Brasil. Este ano, contudo, o brilho da feira começou antes e ganhou um novo ingrediente: a solidariedade. Os famosos se uniram e vieram à Corrida e Caminhada Contra o Cân-cer de Mama, que está completando uma década, assim como a Texfair. Estiveram em Blumenau Daniel Dalcin, Sidney Sampaio, Juliana Boller e Ellen Roche. O evento reuniu 1,2 mil participantes que partiram da Vila Germânica, na manhã do dia 10 de maio, domingo de Dia das Mães. O percurso foi de 7,3 mil metros para a corrida e 4 mil metros para a caminhada.

“Esta é a primeira vez que este evento acontece fora de uma capital”, comenta o di-retor administrativo da Cia.Hering, Carlos Tavares D`Amaral. A empresa apoia a cam-panha ‘O Câncer de Mama no Alvo da Moda’, desde 1995, quando foi criada. A linha de vestuário com o famoso logotipo, criado pelo estilista internacional Ralph Lauren, é produzido e comercializado com exclusividade nas 230 lojas da Hering espalhadas pelo Brasil.

“Já comercializamos mais de 6 milhões de camisetas e parte da renda foi revertida ao IBCC - Instituto Brasileiro de Controle do Câncer, que conseguiu ampliar o centro de tratamento, transformando-o em um dos 10 melhores de São Paulo. É um orgulho para nós ter ajudado nesta transformação”. A Hering também participa da Corrida e Caminhada Contra o Câncer de Mama desde a primeira edição, em 1999.

Rede Feminina

O representante do IBCC e produtor-executivo da campanha ‘O Câncer de Mama no Alvo da Moda’ no Brasil, Onésimo Affini Júnior, conta que a caminhada foi criada por dois motivos. “Primeiro, por que o professor e fundador do IBCC, João Sampaio Góes Júnior, repetia sobre a importância da atividade física na prevenção do câncer. Em segundo, por que já existia a corrida, mas queríamos a participação das mulheres, já que é muito importante a prevenção do câncer de mama”.

A presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Blumenau, Aglaê Nazário de Oliveira, comenta que a renda revertida através das inscrições para a Corrida e Ca-minhada em Blumenau contribuiu para manter os setores da entidade filantrópica em atividade. “No ano passado não realizamos o pedágio. Por isso, este presente veio em boa hora, já que a entidade sobrevive de doações”. Cada inscrição teve o custo de R$ 20 e metade deste valor foi revertida à Rede Feminina. A outra metade foi destinada ao IBCC.

A gerente de Comunicação Corporativa da Hering, Amélia Malheiros, que coordenou a organização da Corrida e Caminhada em Blumenau, comemora o sucesso do encontro que teve responsabilidade social. “Acreditamos que a Corrida e Caminhada Contra o Câncer de Mama teve muito a ver com a Texfair. Afinal, está na moda a mulher se cuidar”.

Uma caminhada que entrou na modaO brilho da Texfair começou mais cedo em 2009, dando espaço à

solidariedade com a 10ª Corrida e Caminhada Contra o Câncer de Mama

Corrida – 7,3 mil metros

Saída foi no Galegão, passando pela Rua Humberto de Campos, Rua 7 de Setembro, Fonte Luminosa, Rua das Palmeiras, Rua XV de Novembro, Rua Paulo Zimmermann, Rua 7 de Setembro, Rua Humberto de Campos, encerrando no Galegão.

Caminhada – 4 mil metros

Saída foi no Galegão, passando pela Rua Humberto de Campos, Rua 7 de Setembro, Rua Padre Jacobs, Rua XV de Novembro, Rua Paulo Zimmermann, Rua 7 de Setem-bro, Humberto de Campos, encerrando no Galegão.

O percurso da saúde

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editorial adulto

A indústriado bem-estar

Vestido Cobertura para Luli MalhasAcessórios Femme House

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Vestido Rovitex Brincos Femme House

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Blusa Cativa MulherSaia NaguchiAcessórios Femme House

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Camiseta Rovitex Jeans NaguchiTênis Nike para General Lyy

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Ele: Pólo Exco-Oil para CativaJeans NaguchiTênis Nike para General Lyy

Ela: Regata Up-Girl para Malharia CristinaJeans NaguchiAcessórios Femme House

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Pólo Beagle para Marp

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Ela: Blusa e Jeans Hering

Ele: Camiseta HeringJeans Naguchi

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Vestido Malwee

Camiseta MalweeBermuda Naguchi

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editorial infantil

Naturezadivertida

Ele: Camiseta Street One Wear para Luli Malhas

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Ela: Vestido Luka Puka para Luli Malhas

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Ela: Macaquinho KylyEle: Conjunto KylyColcha: Teka Ele: Camiseta Fido Dido para Cativa

Ela: Blusa Sá para CativaToalha de Mesa Karsten

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Maquiagem: Yana S. DickmannProdução: Eduardo Kottmann

Assistência e tratamento de imagem: Bruno Bachmann

Fotos: Ivan Schulze – Fole Studio www.folestudio.com.br

Modelos: Agência People (Lara Schramm, Simone Borba, Leonardo Silva, Dione Dalpra)

Locação: Cia.Hering

AgradecimentosAmélia Malheiros, João Alberto Pereira, Femme

House, General Lyy, Naguchi, Agência People

CamisetaBrandili

Ele: Conjunto Malwee

Ela: Blusa Malwee

Vestido Puc

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tendências

As vibrações edireções da moda

Inspirada no reposicionamento global, a coleção Primavera-Verão 2009/2010 vem com tendências distintas, que reinventam a criatividade com base em valores sustentáveis. Estilista e consultor nas áreas têxtil e de confecção, Carlos Simões, que foi idealizador e coordenador-geral do Fórum de Tendências da Fematex - Feira Internacional de Materiais para a Indústria Têxtil e de Confecção, realizada em fevereiro pelo Sintex, adian-ta que a alegria vai ditar moda na alta estação, principalmente através das cores e estampas. Confira o raio-x da moda sob a lente de Simões.

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Inspirações daPrimavera/Verão 2010

Para a estação Primavera-Verão 2009/2010 o foco está, basicamente, voltado a um reposicionamento glo-bal onde o homem é o protagonista. É necessário cortar excessos, entrelaçar culturas, rever as origens, reorgani-zar códigos urbanos, cooperativismo em substituição ao neoliberalismo, reinventar a criatividade com base em valores sustentáveis e, sobretudo, expressar a alegria através da descon-tração com elegância.

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Cores e ousadia na estação

A estação desperta o frescor e a leveza através das composições harmônicas entre cores fortes com claras e a imersão nos tons vi-vos e energéticos, que marcam a presença constante da alegria. Os verdes vão compor com tons em rosa, fúcsia, laranja e lavanda, tra-duzindo um ar mais romântico e sedutor. Os tons terrosos permitem uma adaptação da natureza com a realidade urbana, associados às cores techno que trazem uma nova organização de forma inteligen-te e responsável. As variações de cinzas irão se infiltrar nos códigos do masculino e feminino. As combinações pouco usuais – como tons pasteis pálidos e beges – combinados com verdes, rosas e amarelos, no limite da ousadia, resultam num novo glamour frenético, chique e barato.

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tendências

Estilo e moda sãoestado de espírito

Cada vez mais a moda per-mite que cada consumidor, independentemente do seu lifestyle, use e abuse do es-tilo que melhor traduza seu estado de espírito, seu estilo de vida. É a democratização da moda. O importante é estarmos inseridos dentro de um contexto social, po-rém, deixando claro nossas características de individu-alidade.

Formas valorizadas na medida certa

As formas apresentadas para a estação são a ampulheta, que valoriza os ombros e quadris com proporções corretas; o New Look, que mar-ca a cintura e valoriza os volumes das saias; a Linha “A” ou fluida, que valoriza toda a silhueta feminina. Para as brasileiras, devemos tomar cuidado com as silhuetas que valorizam ou mar-cam demasiadamente o quadril, em especial os jodhpurs e as calças tipo bag. Aparecem as assi-metrias, babados (preferível usá-los nos tops ao invés dos bottons por causa do volume), calças pantalonas, às vezes com cintura alta.

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Tecidos e estampas renovadas

Os tecidos estão cada vez mais tecnológicos para atender o dia-a-dia dos con-sumidores. Os sintéticos se apresentam em versões mais leves e puros, ou mis-turados com outras fibras, resultando em maior dinamismo. Importância para o aspecto visual através do enobrecimento. Uma atenção especial para o espaço ocupado pela malharia e a continuidade dos tecidos de alfaiataria. Um retorno aos tecidos dos anos 70, onde renovar é o relevante. Para o denim, a presença das superfícies super brancas evocando um certo brilho e também a lavagem tipo trash - gasto, envelhecido. Tanto para o brim como o índigo, estampas xa-drezes, bichos, amassados e manchado. O black jeans também ganha força na alta estação. As estampas florais; mas não como são apresentadas na natureza e nem no estilo romântico, elas são artificiais, étnicas, orgânicas, gigantes ou microscópicas, o que importa é que sejam retrabalhadas. Destaque para os desenhos abstratos, listrados em todas as variações, regulares e irregulares, listras largas, bicolores, xadrez estilo madras e tartãns, gestual étnico.

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Moda masculina, expressão da personalidade

Falar sobre moda masculina, ainda hoje, requer algumas considerações sobre indumen-tária e as diferenças entre os sexos. Alguns estudiosos observam que a moda para os ho-mens ainda está carregada de certa obsessão pelo conservadorismo, enquanto que, para as mulheres, chega a exteriorizar diferentes graus de histeria por novidades. Grande parte dos designers de moda masculina trabalha muito em reciclar aquilo que sempre existiu e poucos se aventuram ao novo. Cada homem passa a ser dono de várias opções e precisa apenas adequar esse repertório ao que imagina ser aquilo que mais o agrada, que mais o deixa confortável, que mais se encaixa na composição de sua imagem e expressa sua per-sonalidade; quem sabe até resgatando algo do seu narcisismo e exibicionismo. Combinar, descombinar abusar das cores, estampas e sobreposições. O ponto forte é a proporção mais justa ao corpo, não significa uma calça super justa, mas peças sem a impressão de sobra de tecido. O uso do xadrez, a estamparia para a camisaria, os paletós de dois ou um botão, a volta da gravata em crochê, hit dos anos 70.

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tendências

Estilistas atualizados e dinâmicos

Uma das principais características do estilista ou designer de moda é conseguir “sentir as vibrações e as direções” com tempo suficiente para transfor-mar as “vontades ou necessidades do inconsciente coletivo” em produtos e negócios no segmento da moda. No planejamento e mecanismo da moda industrial uma mesma linha sempre será seguida, porém, o que irá diferenciar o trabalho de cada designer será sua atualização tecnológica, sua sensibilidade em relação ao comportamento so-cioeconômico, a moda como negócio, a eficiência e, com tudo isso, captar as novas direções com an-tecedência precisa.

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Alfaiataria para uma silhueta elegante

As peças de alfaiataria como os blazers, paletós, coletes, bermudas e calças aparecem mais ajusta-dos ao corpo e em tecidos de gramatura mais leve, como a lã fria. Os blazers estão com ar contempo-râneo com aspectos mais joviais e delicados. Tra-duzem a ousadia através de cores fortes e brilhan-tes e sobrepõem vestidos ou outras combinações como calças e blusas. A peça-chave da estação são os coletes, do corte formal ao despojado passam por inúmeras variações de modelos e deixam uma silhueta mais fina e elegante.

Na modada sustentabilidade

Queiramos ou não, tudo no planeta tem que se tornar sustentável. Isso não é uma exceção, é uma regra. A tecnologia tem um papel cada vez maior no segmento da moda. As in-dústrias responsáveis pelos produtos e insumos químicos direcionados à moda estão em constante pesquisa para atender o mercado e consu-midores cada vez mais exigentes. Easycare, easywear, saúde, conforto, reciclagem, sustentabilidade, meio ambiente, preservação, são palavras que, quase obrigatoriamente, cons-tam das etiquetas e tags da maioria dos produtos de moda.

Potencial criativo é no Brasil

Os profissionais brasileiros são mestres nas cores vibrantes e na diver-sidade de culturas em razão da miscigenação do País. Isso resulta, sem dúvidas, num potencial criativo, fonte primordial para a moda. O que devemos tomar cuidado e atenção é para a qualidade na confecção e industrialização dos produtos de moda brasileiros. Antes de fazermos moda temos que fazer roupa. Roupa é commodities, moda é valor agre-gado. Só podemos agregar valor a um produto que esteja, verdadeira-mente, dentro de padrões e em conformidade internacionais.

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moda infantil

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Nunca foi tão divertido...

Público exigente, as crianças estão ganhando uma fatia cada vez maior do mercado da moda no Brasil

Os pequenos são grandes O segmento infantil ocupa uma fatia equivalente a 15% do mer-

cado de vestuário no Brasil (mercado de vestuário: US$ 30,5 bi-lhões. Vestuário infantil: US$ 4,5 bilhões)

O faturamento do mercado de vestuário infantil no Brasil cresce cerca de 6% ao ano

Aproximadamente 1 bilhão de peças de vestuário infantil são produzidas anualmente

As confecções para meninas representam cerca de 70 % do total de peças vendidas

Fonte: Abit

A indústria da moda percebeu há tempos que são as crianças que decidem o que vão vestir. Devido a essa interferência na esco-lha das roupas, os pequenos viraram público-alvo de empresas que atuam no mercado de moda. As que não trabalhavam com o segmento, passaram a criar linhas infantis e as que já atuavam resolveram inovar para conquistar ainda mais os pequenos con-sumidores que, diferentemente dos adultos, precisam renovar o guarda-roupa a toda hora.

Para a publicitária Cinira Baader, que possui especialização no Estudo do Comportamento do Consumidor Infantil, “as crianças se relacionam com as roupas de uma forma lúdica e divertida, assim como acontece com os brinquedos. Para elas, o ato de se vestir faz parte da grande brincadeira que é ser criança. A espe-cialista, que é proprietária da Central Kids Comunicação, de Blu-menau, acompanha de perto a relação das crianças com a moda. “Primeiro a criança encara tudo como uma brincadeira, mas a informação de moda chega na sequência”. Assim, os pequenos aprendem, desde cedo, que existem estilos diferentes e quais as cores que combinam mais.

Hoje, a maioria das empresas especializadas em moda infantil conta com um estilista ou profissional de moda que esteja sem-pre ligado nas tendências, já que foi-se o tempo em que meninas vestiam apenas rosa e meninos azul. “A moda infantil também segue tendências e isso acontece por causa da própria criança, que está cada vez mais informada, já que é na sociedade que as crianças buscam seus modelos de comportamento. Além, é claro, das mães que gostam de ver seus filhos bem vestidos e com estilo”.

Aos poucos, o mercado da moda infantil foi passando por uma transformação, exigindo profissionais especializados. “Toda essa in-formação de conceito de moda que as crianças estão adquirindo faz com que o mercado de moda infantil tenha que estar cada vez mais preparado e adequado. As roupas devem seguir as tendências, estar sempre com algo diferente, trazer novidades. Caso contrário, os pro-dutos podem não ganhar a atenção e encantamento das crianças”.

“As crianças se relacionam com as roupas de uma forma lúdica e divertida, assim como acontece com os brinquedos. Para elas, o ato de se vestir faz parte da grande brincadeira que é ser criança”

Cinira Baader, publicitária com especialização emEstudo do Comportamento do Consumidor Infantil

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...se vestir bemInspiração vem do ExteriorA responsável pela criação de produtos da Kyly, Karine Martins Ruiz, diz que as estilistas da empresa pesquisam as últimas tendências de moda no Exterior. “Fazemos pesquisa de mercado o ano todo e, mais intensamente, durante o período de desenvolvimento das coleções. Após a pesquisa lá fora, o traba-lho é focado para adaptar as novidades ao gosto do consumidor brasileiro e à identi-dade da marca”.

A equipe de desenvolvimento de produtos da Kyly, que atua há 15 anos no segmento infan-til, é formada por estilistas e desenhistas, que criam estampas, modelagens e novos efeitos. As principais linhas – Bebê, Primeiros Passos, Infantil e Juvenil – estão presentes em diver-sas lojas do Brasil, além de estarem sendo exportadas para países da América do Sul, América do Norte e Central, além da Europa e Oriente Médio.

O diretor comercial da Fakini Têxtil, Francis Giorgio Fachini, também investe em viagens internacionais em busca de pesquisa de mer-cado e novas tendências. “Como também trabalhamos com marcas próprias, é necessá-rio seguir as tendências e temas específicos através de pesquisas e viagens, dentro e fora do Brasil. Já as linhas licenciadas seguem as orientações da detentora da marca”.

Para Fachini, que está à frente dos negócios desde que a empresa foi criada em 1994, é necessário estar sempre bem atualizado para sobreviver ao mercado competitivo da moda infantil. “Precisamos manter uma linha de produtos de bom giro de venda, bom visual e bom preço. Afinal, o importante para o seg-mento infantil é aliar o bom gosto ao preço atrativo, já que as crianças precisam renovar o guarda-roupa constantemente devido ao rápi-do crescimento que faz parte da infância”.

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entrevista:Aguinaldo Diniz Filho

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‘É preciso sinergia entreempresário e Poder Público’

A crise oferece muitas oportunidades. A opinião é do presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Aguinaldo Diniz Filho. Para o empresário, a criatividade é a chave para fugir das turbulências. Entre as alternativas apon-tadas por Diniz para ter sucesso nesta fase está o investimento em produtos inovadores, com maior valor agregado. A liderança ressalta, contudo, que para ter resultado é preciso que haja sinergia entre empresariado e Poder Público. Confira abaixo tre-chos da entrevista exclusiva concedida por Diniz à Texfair Magazine, na qual o empresário traça um raio-x do setor e faz projeções para 2009.

Texfair Magazine - A indústria têxtil e de con-fecção cresceu 4% em 2008, com faturamento de R$ 43 bilhões. A expectativa para este ano é crescer, no máximo, 2,5%, devido à alardeada crise mundial. Há alternativas para, no mínimo, manter o desempenho do ano passado?Aguinaldo Diniz Filho – As alternativas para que o desempenho deste ano seja ao menos equiva-lente ao apresentado no ano passado depende de movimentos sinérgicos dos empresários e do Poder Público. Faz-se necessário um esforço para o tema tributário, buscar uma tributação diferenciada para o setor e aproveitar as oportunidades que a

crise também oferece, como inovação e redução de custos.

TM – O mercado interno é uma alternativa para fugir de crises externas como a dos Estados Unidos. Empresas como a Karsten, que já exportaram 50% da produção, partiram para isso. Que outros cami-nhos devem ser trilhados para garantir a saúde fi-nanceira das indústrias do setor?Diniz Filho – Em recente pesquisa da Abit com em-presários do setor, as soluções mais apontadas para manter a saúde financeira durante a crise foram os investimentos em produtos inovadores, com maior valor agregado, além a redução de custos a partir de uma variedade de matérias-primas alternativas.

TM – A retração nas exportações do setor foi grande nos primeiros meses deste ano, com queda de 50% nas vendas. Mas para quem não abre mãos do mer-cado externo, qual seria a taxa cambial ideal para garantir os contratos e se manter competitivo fora do Brasil?Diniz Filho – A contração das exportações, des-ta vez, não tem ligação com o câmbio atual. Não adianta termos um câmbio que esteja a nosso favor se os mercados externos estão retraídos. Além disso, outro fator importante que foi o grande responsável

pela queda nas exportações neste ano foi a decisão da Argentina em impor o licenciamento prévio ao Brasil, visto que esse é o nosso maior mercado de destino.

TM – A Fiesc lançou em abril uma unidade da Apex-Brasil em Santa Catarina. O objetivo é incentivar as exportações. Qual a importância da Agência e como ela pode contribuir em momento de crise?Diniz Filho – A Apex-Brasil tem grande importân-cia quando falamos em incentivo às exportações, contribuindo positivamente em momentos de cri-se. Em parceria com a Apex, a Abit criou em 2001 o Texbrasil, que tem como missão apoiar e preparar as empresas do setor para apresentar, de maneira organizada, os produtos brasileiros no mercado internacional. Utilizando diversas ferramentas e ações, o Programa objetiva o aumento da pla-taforma de empresas brasileiras exportadoras, incentivando a inserção das mesmas no mercado globalizado. Em 2008, o Programa participou de 28 feiras internacionais, trouxe 177 compradores de mais de 20 países, realizou 37 palestras de ten-dências de moda, 41 clínicas de produtos e 184 jornalistas internacionais vieram conhecer a moda brasileira, dentre outras várias ações realizadas pelo Programa.

“Em 2008, com todas as dificuldades, os empresários do setor bateram recorde de investimento de US$ 1,5 bilhões, em

desembolso junto ao BNDES e importação de máquinas, o que prova que realmente na crise se aproveitam as oportunidades”

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“A China pode ser muito mais uma

oportunidade do que uma ameaça ao Brasil, se

for estabelecida uma concorrência equilibrada”

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entrevista:Aguinaldo Diniz Filho

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TM – A China, que foi diretamente atingida com a cri-se nos Estados Unidos, ainda é uma ameaça ao setor? Diniz Filho – A China pode ser muito mais uma opor-tunidade do que uma ameaça ao Brasil, se for esta-belecida uma concorrência equilibrada. Infelizmente, ainda não temos visto o governo chinês preocupado em implantar uma concorrência leal além do discurso. Portanto, enquanto isso não for efetivo, não podemos considerar a China uma economia de mercado e, sen-do assim, ainda é uma ameaça a vários setores que utilizam mão-de-obra intensiva no Brasil.

TM – O Brasil vem operando abaixo da sua capaci-dade instalada. O que é preciso para reverter isso?Diniz Filho – A Abit tem apresentado em reuni-ões frequentes com o governo federal relatórios de acompanhamento do mercado mundial, demons-trando os movimentos pós-crise no setor têxtil, a produção e o consumo no Brasil e no mundo, os

anúncios feitos por alguns governos para recupe-rar a produção e, paralelamente, as medidas que podem defender o Brasil de um volume maior de importados ilegais ou subfaturados e, conjunta-mente, incentivar o aumento da produção nacional. O momento exige movimentos sinérgicos dos em-presários e do Poder Público.

TM – Recentemente, um seminário promovido pela Abit abordou como agregar valor ao produto têxtil através da inovação tecnológica e responsabilidade ambiental. Como investir nisso em tempos de crise e operando abaixo da capacidade?Diniz Filho – Por incrível que pareça, em 2008, com todas as dificuldades, os empresários do setor bateram recorde de investimento de US$ 1,5 bilhão, em desembolso junto ao BNDES e importação de máquinas, o que prova que realmente é na crise onde se aproveitam as oportunidades.

TM – Qual o conceito da indústria têxtil do Sul no mercado nacional e internacional? Não existe um certo preconceito com a região, e uma centraliza-ção de forças e decisões no Sudeste do País? Diniz Filho – Todas as regiões têxteis no Brasil são importantes e imprescindíveis para a cadeia têxtil e de confecção brasileira.

TM – Qual a importância de feiras com a Texfair Brasil, que chega na 10ª edição, para movimentar o setor?Diniz Filho – A Texfair é uma tendência nacio-nal em seu segmento. O evento contribui de forma muito positiva para uma visão completa e pro-fissional da moda brasileira, evidenciando ainda mais os nossos produtos ao redor do mundo além, é claro, de trazer um maior entendimento deste mercado para a imprensa e empresas nacionais e internacionais.

“Faz-se necessário um esforço para o tema tributário, buscar uma tributação diferenciada para o setor e aproveitar as oportunidades que a crise oferece”

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tecnologia

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As inovações estão causando uma revolução no mercado têxtil. Uma das novidades no setor é a Identificação por Rádio Frequência, também conhe-cida como tecnologia RFID. Na vanguarda da tec-nologia da moda, a Haco Etiquetas, de Blumenau, adotou o sistema para agregar valor aos produtos. Agora, itens com etiquetas de RFID podem ser iden-tificados simultaneamente e sem a necessidade de contato visual.

“Os produtos dentro de caixas podem ser identifi-cados sem a necessidade de abri-las, criando uma grande agilidade no processo logístico”, explica o diretor-executivo da empresa, Alberto Conrad Lowndes. Além disso, as etiquetas RFID podem ser regravadas, ao contrário das etiquetas de código

de barras. Estas não podem ser alteradas, uma vez impressas.

Outra vantagem da Identificação por Rádio Frequ-ência é que o sistema cria uma identidade única do produto. “Como cada etiqueta é única, acaba sendo uma ótima ferramenta para combater a falsi-ficação”, comenta Lowndes. Com a tecnologia RFID também é possível implementar soluções antifurto, aliando a identificação do produto à segurança.

“Por sermos uma empresa que tem a inovação cons-tante em nossos valores, buscamos a mais avança-da tecnologia para identificação”. Para atender as demandas de pedidos e de futuros clientes, a Haco iniciou as pesquisas em 2003, com participação em

feiras de tecnologia e visitas a fornecedores inter-nacionais, criando sólidas parcerias para o desen-volvimento de produtos RFID. “Estamos inauguran-do um inovador show room RFID para demonstrar o funcionamento desta tecnologia e soluções em Identificação por Rádio Frequência”, adianta o di-retor-executivo da Haco.

A empresa conta com departamentos estruturados, com profissionais especializados em pesquisa e desenvolvimento de produtos. A equipe inclui en-genheiros, profissionais da área de moda, design e comunicação, além de técnicos têxteis. “O acesso a informações atualizadas e as pesquisas internacio-nais fazem com que a empresa possa se manter na vanguarda deste segmento”.

Inovação e produtos com valor agregado revolucionam o setor têxtil

Tecnologia em favor da moda

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Tecnologia inteligenteSistemas inovadores, como os provedores inteligentes, possibilitam que os designers participem da venda de seus produtos. Na hora de o cliente esco-lher um item para levar ao provador, por exemplo, recebe a ajuda automá-tica do sistema que irá identificar possíveis combinações entre a roupa que o cliente escolheu e outras peças que possam ser utilizadas para compor um look. “Todas as informações de combinações são fornecidas ao sistema pelos designers. Então, quem cria a moda agora também pode participar da venda de seu produto. É uma ótima ferramenta para se trabalhar nas vendas cruza-das e aumentar o faturamento”, garante Lowndes.

As prateleiras das lojas também podem ser monitoradas pelas antenas RFID que irão medir a movimentação das peças. Neste caso, o sistema fará o reconhecimento de quantas vezes o item foi retirado e colocado de volta à prateleira. Com isto, são gerados dados mensuráveis sobre o fluxo de movi-mentação das peças, além do fornecimento de um inventário automatizado. Medindo o fluxo de movimentação das peças, é possível saber se o metro quadrado da loja está sendo utilizado com eficiência. “A partir de um inven-tário automatizado, é eliminado o problema de perda de venda por falta de produto em estoque”. Para garantir ainda mais a satisfação dos clientes, os postos de venda podem ser automatizados e, com a tecnologia RFID, é pos-sível fazer a leitura simultânea de vários itens, agilizando o processo de ven-da. “Para cada cliente é possível manter um histórico de consumo, além das roupas mais provadas. Com estas informações, os designers podem verificar qual a preferência individual de cada pessoa para desenvolver uma coleção exclusiva com a cara do seu cliente”.

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tecnologia

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O processo de cultivo de algodão de fibra longa é das novas tecnologias que também está sendo utilizada em Santa Catarina e outros estados do País. “Esse processo já foi usado antes e, agora, voltou. É um processo que agrega nanotecnologia e elimina gastos com a importação de matéria-prima. Pode-se dizer que esse processo pressuriza a cadeia têxtil”, detalha o engenheiro mecânico têxtil Sylvio Nápoli, que atua como gerente do Departamento de Infraestrutura e Capacitação Tecnológica da Abit - Associação Brasi-leira da Indústria Têxtil e de Confecção.

Ele explica que o que há de mais atual em termos de nova tecnologia é a nanotecnologia, aplicada às têxteis e indústrias de confecção. Marcas como a Karsten, Teka, Coteminas e Renaux, por exemplo, investiram na linha dos tecidos tecnológicos desen-volvidos com base na nanotecnologia, oferecendo extrema absorção e maciez aos produtos, princi-palmente às toalhas de praia, rosto e banho. Com a aposta nos avanços da nanotecnologia, as empresas ampliaram a competitividade de seus produtos.

A tecnologia em escala nano têm várias funções no desenvolvimento de produtos têxteis e confec-cionados. Hoje existem cintas para grávidas com ergonomia exclusiva e função hidratante, microen-capsulação de perfumes em têxteis, camisetas que monitoram a frequência cardíaca e enviam os resul-tados por wireless, edredons interativos, com MP3 integrado e efeito fotocromático (a estampa muda de cor), entre outros.

A Karsten, pioneira no setor de cama, mesa e banho a utilizar esta tecnologia, possui a linha de toalhas Zero Twist e Valentina, uma linha de toalhas de ba-nho e rosto que utilizam nanopatículas, chamadas nanocotton. O acabamento nanocottoon traz na-nopartículas de amaciante aplicadas diretamente nas fibras das peças, e dispensa o uso excessivo de amaciante comum na lavagem caseira. Aliado à pré-lavagem e pré-encolhimento, as toalhas produzidas com o acabamento nanocotton também apresentam maciez superior e grande poder de absorção

“Mas, no momento, essa é uma tecnologia embar-cada, ou seja, compramos fora do Brasil. Já perce-bemos que algumas universidades nacionais estão investindo nestas pesquisas, mas é algo ainda res-trito”. O gerente de Infraestrutura e Capacitação Tecnológica da Abit diz que é importante lembrar que já há uma forte insistência para a presença de inovação em produtos e, também, em processos. “Apenas desta forma será possível agregar valor ao nosso produto, tornando uma commodity”.

Alto investimento

No entanto, tais investimentos demandam gastos excessivos, o que acaba restringindo os avanços. “Há a necessidade de difusão dessas tecnologias para que os pequenos e médios tenham acesso, pois terão grandes vantagens no produto final. Um bom exemplo de nova tecnologia que tem dado retorno é o processo de cultivo de algodão de fibra longa”.

Na verdade, os têxteis estão sempre inovando e a responsabilidade socioambiental é uma exigência nos tempos atuais, especialmente no mercado ex-terno. A tecnologia contribui no sentido de dar a certificação de produtos e processos social e ecolo-gicamente corretos. “Um processo novo só pode ser introduzido no mercado com a devida certificação. Mas é preciso acrescentar outro ingrediente aí. O mercado externo não vê com bons olhos empresas que não trabalham com ética no processo de co-mercialização. Isso também é um diferencial com-petitivo e, hoje, quem não se adequar está fora do mercado”, comenta Nápoli.

Sylvio NápoliGerente do Dep. de Infraestrutura e

Capacitação Tecnológica da Abit

“Há a necessidade de difusão dessas

tecnologias para que os pequenos e médios

tenham acesso, pois terão grandes vantagens

no produto final”

Nanotecnologia, pequenas mudanças com grandes resultados

Teka adota nanotecnologiana linha Duomo Banho

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economia

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Apesar da crise econômica mundial, o setor têxtil espera aumentar e melhorar as vendas dentro e fora do País em 2009. A indústria têxtil é uma das maiores empregadoras e, no ano passado, contou com 1,7 milhão de trabalhadores que produziram desde o fio do tecido até pe-ças acabadas. Mas é importante ressaltar que setor apresenta um leque muito grande de segmentos, a exemplo do que é apresentado na Texfair do Brasil.

A feira apresenta três grandes porções do mercado: os segmentos de vestuário e malharia, cama/mesa e banho e o segmento de decoração. “Dentro da realidade brasileira, os setores de confecção e decoração fo-ram os menos atingidos com a crise mundial. O de cama, mesa e banho sofreu mais com as quedas na exportação, já que era o maior exporta-dor”, explica o presidente do Sintex, Ulrich Kuhn.

Segundo o empresário blumenauense, o setor têxtil não pode ser com-parado com o ramo metalmecânico, metalúrgico e de linha branca, entre tantos outros setores brasileiros que foram diretamente afetados pela economia. “Se formos comparar, nós estamos com a luz amarela ligada, mas estamos sobrevivendo à crise”. O presidente da Abit - As-sociação Brasileira da Indústria Têxtil, Aguinaldo Diniz Filho, afirma que no primeiro trimestre as exportações brasileiras de produtos têxteis e confeccionados apresentaram uma queda de 35,01% em termos de valor e 33,56% em volume, se comparado ao mesmo período do ano passado, excluídas as fibras de algodão.

A Abit acredita que há muitas variáveis a serem consideradas no âmbito da economia mundial e da macroeconomia brasileira que afetaram e ainda podem afetar o setor neste ano. O cenário atual foge um pouco da simples lógica cambial, onde as exportações deveriam aumentar e as importações deveriam ser reduzidas pela alta do dólar. “Neste ano estamos convivendo com grandes mercados em recessão. Portanto, não está tão fácil exportar. Mas o Brasil volta ao jogo com melhores preços e continuará sua política de produtos com maior valor agregado”, co-menta Diniz Filho.

Setor têxtilsobrevive à criseProdutos com valor agregadomantêm o Brasil competitivo

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A crise também afeta o País à medida que países como a Argen-tina estão demorando a conceder as licenças de importações. A licença não-automática tem afetado diretamente o setor de cama/mesa e banho, já que a Argentina era o maior importador. “Temos empresas que esperam a liberação da licença de impor-tação há mais de 100 dias. Como a moda é muito dinâmica, esse período é extremamente prejudicial para os negócios dos com-pradores. Entendemos que a Argentina queira se prevenir de um surto asiático, mas não deveria impor restrições aos parceiros do Mercosul. Precisamos de um tratamento isonômico e condizente para uma área de livre comércio”, resume Diniz Filho.

Para o presidente do Sintex, o Brasil não tem força política e diplomática para reverter esse problema que está prejudicando diretamente os negócios com a Argentina, que era o maior par-ceiro comercial têxtil brasileiro. O país argentino era o segundo principal destino das exportações catarinenses. O primeiro mer-cado comprador é os Estados Unidos.

Apesar do câmbio mais favorável, está havendo uma queda na área de comércio do exterior no Brasil. “É importante lembrar que a queda de demanda e a deflação de preços também são prejudiciais”. A queda média de exportações, até agora, é de 20% ao ano no Brasil. “Esse número vai piorar devido à licença não-automática. Os reflexos negativos serão sentidos daqui pra frente”, acredita Kuhn.

Mesmo assim, o clima é de otimismo. “A economia vem e vai. Na verdade, esta é mais uma oportunidade, já que a cada crise surgem oportunidades de melhorar e avançar. A própria Texfair também vai demonstrar, neste período difícil, que é preciso es-tar cada vez mais preparado e buscar ainda mais inovações para poder superar os momentos de dificuldade”, analisa o prefeito de Blumenau, João Paulo Kleinübing. O presidente da Fiesc, Al-cantaro Corrêa, concorda. “Sabemos que é tudo uma questão de tempo e quem se preparou sairá na frente. É esse tipo de contri-buição que um evento como a Texfair oportuniza e que deve ser explorado pelas empresas”.

Tratamento isonômicoEm relação aos produtos importados, especialmente os asiáticos, o mercado está sentindo um aumento considerável no volume e no valor, basicamente em função do fim do acordo de restrições voluntárias e, também, pelas roupas de Inverno que foram compradas anteriormente à crise, quando o mercado ainda estava aquecido. “Acreditamos que as importações também deverão cair nos próximos meses”, aposta o presi-dente da Abit.

Para o presidente do Sintex, Ulrich Kuhn, não haverá uma mudança a curto prazo no cenário econômico do País. “Não existe nenhum indica-dor que faça eu acreditar nisso. Todos os atuais indicadores dizem que o Brasil vai ser menos afetado do que o resto do mundo, mas ainda não sabemos qual será o efeito de tudo o que está acontecendo. Afinal, ainda não dá para saber como os Estados Unidos e a China vão se recompor dessa história”.

Para reaquecer o mercado, é necessário baixar efetivamente os juros e fazer a redução da carga através de uma reforma. “A redução de juros afeta a economia como um todo”, frisa Kuhn. Desoneração da folha de pagamento para empresas que tenham atividades intensivas de mão-de-obra seria outra medida para melhorar a situação econômica do Brasil. “Deveria ser criado outro critério de calcular a carga sobre a folha. Isso já foi discutido pelo Governo, mas voltou à estaca zero”.

Em recente pesquisa da Abit com empresários do setor, as soluções mais apontadas para manter a saúde financeira durante a crise foram os inves-timentos em produtos inovadores. A entidade também tem apresentado, em reuniões frequentes com o governo federal, relatórios de acompa-nhamento do mercado mundial, demonstrando os movimentos pós-crise no setor têxtil, a produção e o consumismo no Brasil e no mundo.

“Discutimos os anúncios feitos por alguns governos para recuperar a produção e, paralelamente, as medidas que podem defender o Brasil de um volume maior de importados ilegais ou subfaturados, além de incen-tivar o aumento da produção nacional. O momento exige movimentos sinergéticos dos empresários e do poder público”, acredita o presidente da Abit.

A Fiesc - Federação das Indústrias do Estado de Santa Catrina também está promovendo ações efetivas que podem auxiliar a indústria e encon-trar alternativas que serão importantes, principalmente, quando o ciclo de retomada da economia internacional se iniciar. “Durante a Texfair do Brasil, a Fiesc estará apresentando o Projeto Comprador Al-Invest, que vai permitir o contato das empresas catarinenses e de mais sete Esta-dos brasileiros com 11 companhias européias interessadas em comprar produtos e matérias-primas”, explica o presidente do Sistema Fiesc, Alcantaro Corrêa. As companhias internacionais são da Itália, Polônia e Suécia.

Importação em baixa

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Números do setorno País em 2008 FaturamentoUS$ 41,3 bilhõesUS$ 43 bilhões (aumento de 4%)

Número de empregos diretos1,650 milhão1,7 milhão

Investimento do setorUS$ 1 bilhãoUS$ 1,5 bilhão

2007Tecidos (23%)Tecidos técnicos (23%)Têxteis Lar (20%)Vestuário (15%)Fibras manufaturadas (10%)

2008Tecidos técnicos (26%)Tecidos (22%)Têxteis Lar (18,4%)Vestuário (14%)Fibras manufaturadas (9,3%)

Importações brasileiras 1º trimestreDados em US$ FOBAno Total2007 698.152.7282008 933.472.5092009 793.475.748

Importações catarinenses 1º trimestreDados em US$ FOBAno Total2007 109.840.6892008 215.266.8062009 170.998.505

Exportaçõesnacionais (2007/08)

Compare

cenário têxtil

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saida_anuncio_corttex.pdf 1 29/4/2009 14:40:13

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nossa cidade

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Cidade de colonização predominantemente germânica, Blumenau mantém características euro-peias que ficam evidentes na culinária, arquitetura, no lazer e até mesmo no perfil do povo, que é conhecido pela hospitalidade e empreendedorismo. A beleza da cultura atrai visitantes de todo Brasil e Exterior. Para receber estes turistas, a cidade dispõe de roteiros ecológicos, gastronômicos, industriais e culturais. Além de valorizar a tradição, Blumenau investe no desenvolvimento. Terceira maior economia do Estado de Santa Catarina, o município fica próximo de importantes cidades do Brasil (São Paulo, Curitiba e Porto Alegre) e do Mercosul (Buenos Aires e Montevidéu). Num raio de 50 quilômetros há dois portos (Itajaí e Navegantes) e um aeroporto internacional, além da rodovia federal BR-101, que corta o País de Norte a Sul. Partindo-se de Blumenau, por via terrestre, pode-se chegar ao Litoral e à BR-101 por duas rodovias – uma federal (BR-470) e outra estadual (Jorge Lacerda).

Blumenau, bela e viável Raio-xOrigem do nome: Dr. Hermann Bruno Otto Blu-menauFundação: 2 de setembro de 1850Economia: indústria, comércio, serviços e turismoPopulação: 300 mil habitantesColonização: alemãPrincipais etnias: alemã e italianaLocalização: Médio Vale do Itajaí, a 50 km do Li-toralÁrea: 512 quilômetros quadradosClima: temperado quente, com temperaturas va-riando entre 16ºC e 27ºC

De mãos dadas com a natureza

Blumenau tem uma das maiores áreas verdes em relação ao tamanho do município do Brasil. Cerca de 70% de seu território é coberto por Mata Atlântica. A fauna foi igual-mente privilegiada na cidade. Há capivaras em pleno Cen-tro. A preocupação ambiental sempre fez parte da história do município. Blumenau foi a primeira cidade do Estado e a segunda do País a criar um órgão municipal para preservar e avaliar os impactos da intervenção humana na natureza: Faema.

A maior unidade de conservação da cidade é o Parque Na-tural Municipal das Nascentes, localizado a 23 quilômetros do Centro.

1- Área de Preservação Ambiental (APA) Raulino Reitz

2- Área de Preservação Ambiental (APA) das Ilhas Fluviais

3- Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Roberto Miguel Klein

4- Parque Municipal Foz do Ribeirão Garcia

5- Parque Natural Municipal das Nascentes do Garcia

6- Parque Natural Municipal São Francisco de Assis

7- Parque Natural Municipal Bromberg

8- Reserva Florestal Particular da Cia. Hering

Fonte: Faema

Unidades de conservação

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Blumenau: zero em analfabetismo

Em junho de 2007, Blumenau foi certificada com o selo “Cidade Livre de Analfabetismo”, concedido pelo Ministério da Educação aos municípios brasileiros que apresentam índice menor de 4% de analfabetos entre a população. Segundo dados do IBGE, Blumenau tem 2,79% de analfabetos. Além das escolas básica, média e fundamental, a cidade também in-veste em cursos técnicos e superiores. Instituições de renome nacional, como Senai e Senac, formam todos os anos técnicos para atuarem nas empresas, seja na indústria, comércio ou na prestação de serviços. Na educação superior, a cidade conta com cinco.

Software reconhecido

Blumenau é um polo de softwares, vocação que nasceu em 1969, quando empresários do setor têxtil criaram o Cetil (Centro Eletrônico da Indústria Têxtil) – a primeira empresa de infor-mática de Santa Catarina, com sede em Blumenau. Na década de 80, o Cetil venceu a concorrência para fazer o pri-meiro recadastramento de estrangeiros do Brasil, tendo se tornado a primeira empresa do País a utilizar impressão a laser para esse fim.Em 1992 nasceu o Blusoft (Blumenau Pólo Tecnológico de Informática), uma entidade que promove, com apoio da Prefeitura, o desenvolvimento de em-presas do setor. Em 2002, um grupo de professores da Furb criou o Institu-to Gene, que atua em quatro grandes áreas: incubação e empreendedorismo, transferência de tecnologia, capacita-ção e desenvolvimento e responsabili-dade social.

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artigo

Design de moda: um projeto de coleçãoQuando um estilista olha um prédio, uma escultura, uma obra de arte ou um objeto do dia a dia, ele se inspira. A inspiração é única ao seu olhar e ele pode transformar aquilo no que quiser. Como? Através da criação de um projeto, chamado de coleção.

A graça de criar uma coleção está em fazer toda uma pesquisa, unir conhecimentos empíri-cos e transformar tudo o que a criatividade permitir. É assim que funciona, na maioria das vezes. Cada um tem um jeito de ter ideias, mas sem ter uma visão global é difícil criar uma moda de verdade.

A qualidade da moda está em absorver hoje e sempre o que acontece na sociedade. Sempre foi assim. O homem sentiu frio e precisou se proteger. A mulher precisou ir trabalhar na ausência do marido, do pai ou do irmão, que estavam em guerra. Jovens dos anos 70 quei-maram sutiens e instigaram uma nova silhueta. A moda depende muito do que nós fazemos e precisamos e para desempenhar da melhor forma seu papel não basta apenas vestir. A moda não tem esse papel. Ela se comunica e se une a outras atividades para crescer cada vez mais.

Integrar o design e a moda é o que o mercado atual pede. Não se pode mais querer viver num mundo próprio de criação sem pesquisa, sem pensar no todo. Somos dependentes da internet e de tudo que ela nos oferece. Lemos revistas e jornais e juntamos várias infor-mações. Mas a melhor ideia pode surgir de um simples parafuso, para criar uma calça, por exemplo.

O design que conhecemos atualmente é uma atividade nova, se comparada à moda. Sur-giu, para muitos, da produção seriada e unifica vários campos para conceituar os melhores produtos, sejam impressos, sejam objetos. O design traz com ele toda a metodologia de produção e conceitos únicos, que são essenciais para se prevalecer no mercado. Para enten-der melhor: hoje, devemos pensar em design de moda e não mais em estilismo. Design de moda é algo muito mais amplo, que unifica duas áreas distintas, mas muito próximas que dependem uma da outra. Quando o estilista, que teve a inspiração logo que viu o prédio e um banco na frente deste, começar a criar a sua coleção, ele não vai poder pensar somente na roupa, na sua costura. Ele terá de buscar meios para que suas ideias apareçam na coleção e só sendo um designer de moda ele conseguirá fazer isso: agregar formas nada convencio-nais a nossa moda.

Hoje todo mundo quer design. Ninguém mais quer uma moda solitária, sem inovação, sem criatividade. O design oferece à moda este suporte, através de metodologias, seja uma moda de passarela, seja uma moda para o mercado. A importância do design para a sociedade é extrema e poucas pessoas sabem disso. Sem design não teríamos um lápis para desenhar, um caderno para fazer croquis, máquinas para costurar, ergonomia para fazer modelagens, revistas para divulgar uma moda que cresce junto com o design a cada dia.

O Santa Catarina Moda Contemporânea é um exemplo de trabalho que oferece esse caminho ao estudante e proporciona aos alunos inscritos a possibilidade de exercitar a criatividade. Auxilia na formação não apenas de designers, mas sim de profissionais com conteúdo.

Santa Catarina Moda Contemporânea

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