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Rev. SBPH v.10 n.2 Rio de Janeiro dez. 2007 Desafios atuais no trabalho multiprofissional em saúde Paula Costa Mosca Macedo* RESUMO O presente artigo apresenta o tema do Trabalho Multiprofissional, como sendo uma importante ferramenta na abordagem aos pacientes e seus familiares, devido à complexidade cada vez maior dos cuidados em saúde. Porém, sinaliza e reflete sobre as dificuldades intrínsecas a esta prática. As relações interpessoais em saúde e as micropolíticas do poder estabelecidas neste contexto, frequentemente prejudicam os processos de mudança da cultura institucional em busca da humanização da assistência. Os profissionais de saúde muitas vezes se acomodam em suas tarefas, reproduzindo “automatismos do fazer”, sem dar a devida atenção à si mesmos e aos outros. O desafio atual do trabalho multiprofissional é produzir um novo saber, oriundo dos processos de reflexão a respeito da difícil tarefa assistencial, motivando seus atores ao protagonismo tão necessário para a qualificação do atendimento oferecido e o aprimoramento desta ferrramenta indispensável, que é o trabalho em equipe ABSTRACT This article addresses the multidisciplinary or multi-professional assistance as an important approach to treat patients and help their family members, as the knowledge acquired in the field of the health sciences increases every day, in volume and complexity. It also reports and discusses aspects that are in opposition to the effective practice of the multi-professional health care. Inter-personal relationship between health professionals, as well as their fight for power in microenvironments, often hinders the shift of institutional policy towards more humane heath assistance. Furthermore, many times, health professionals show a mechanical behavior in their daily tasks without paying the due attention to others and even to themselves. The challenge that the multi-professional heath care faces today is to derive a kind of new knowledge from the reflection into the complex field of health assistance and impart it to health professionals as a means of having them involved and committed to the improvement of team work, a tool of essential importance to the quality of health assistance. _______________________________________________________ *Psicóloga do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP e Coordenadora do Programa de Capacitação e Assessoria ao Profissional de Saúde do SAPIS/ Hospital São Paulo 33

Texto n.-¦ 1 - PAULA COSTA MOSCA MACEDO - Desafios Atuais no Trabalho Multiprofissional em Sa+¦de

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  • Rev. SBPH v.10 n.2 Rio de Janeiro dez. 2007

    Desafios atuais no trabalho multiprofissional em sade

    Paula Costa Mosca Macedo*

    RESUMO O presente artigo apresenta o tema do Trabalho Multiprofissional, como sendo uma importante ferramenta na abordagem aos pacientes e seus familiares, devido complexidade cada vez maior dos cuidados em sade. Porm, sinaliza e reflete sobre as dificuldades intrnsecas a esta prtica. As relaes interpessoais em sade e as micropolticas do poder estabelecidas neste contexto, frequentemente prejudicam os processos de mudana da cultura institucional em busca da humanizao da assistncia. Os profissionais de sade muitas vezes se acomodam em suas tarefas, reproduzindo automatismos do fazer, sem dar a devida ateno si mesmos e aos outros. O desafio atual do trabalho multiprofissional produzir um novo saber, oriundo dos processos de reflexo a respeito da difcil tarefa assistencial, motivando seus atores ao protagonismo to necessrio para a qualificao do atendimento oferecido e o aprimoramento desta ferrramenta indispensvel, que o trabalho em equipe ABSTRACT This article addresses the multidisciplinary or multi-professional assistance as an important approach to treat patients and help their family members, as the knowledge acquired in the field of the health sciences increases every day, in volume and complexity. It also reports and discusses aspects that are in opposition to the effective practice of the multi-professional health care. Inter-personal relationship between health professionals, as well as their fight for power in microenvironments, often hinders the shift of institutional policy towards more humane heath assistance. Furthermore, many times, health professionals show a mechanical behavior in their daily tasks without paying the due attention to others and even to themselves. The challenge that the multi-professional heath care faces today is to derive a kind of new knowledge from the reflection into the complex field of health assistance and impart it to health professionals as a means of having them involved and committed to the improvement of team work, a tool of essential importance to the quality of health assistance. _______________________________________________________

    *Psicloga do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP e Coordenadora do Programa de Capacitao e Assessoria ao Profissional de Sade do SAPIS/ Hospital So Paulo

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    So inmeras as possibilidades para discutirmos as questes mais problemticas

    relacionadas ao trabalho multiprofissional na rea de sade e dos trabalhadores envolvidos

    nesta tarefa de cuidar.

    Avanamos quanto ao formato do trabalho em sade ser preferencialmente

    multiprofissional, porm esbarramos nas limitaes intrnsecas a esta proposta.

    Os temas relacionados ao desgaste emocional da tarefa de cuidar de pessoas doentes tem

    sido amplamente discutidos por toda a literatura, com inmeros trabalhos produzidos em

    diversas reas de atuao, como residncia mdica, enfermagem, e demais trabalhadores

    envolvidos nos servios de sade.

    O grau de satisfao com que um profissional realiza suas atividades diariamente e a

    maneira como lida com as vicissitudes do seu trabalho, so elementos importantes na

    avaliao que ele faz da sua qualidade de vida.

    Este fenmeno sinaliza aspectos interessantes, quando se trata de discutir as melhorias das

    condies de trabalho na rea, por diversas razes. Entre elas, podemos levantar que h

    muito tempo j se tem percepo de que a melhor forma de abordagem dos pacientes o

    formato multiprofissional, em virtude da complexidade cada vez maior dos cuidados, pela

    possibilidade de se alcanar maior eficincia na abordagem pessoa doente, pela

    fragmentao de tarefas na assistncia, pela potncia teraputica que esses profissionais

    juntos podem alcanar.

    Porm este modelo traz consigo uma enorme idiossincrasia, uma vez que este formato de

    trabalho produtor de tenses e conflitos, relacionados ao poder e aos interesses em jogo,

    podendo tambm vir a produzir desgaste e alienao nos processos de trabalho, bem como

    problemas de comunicao e relacionamento, que acabam tendo como depositrios, os

    usurios dos servios de sade.

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    Alm disto, com freqncia, os profissionais de sade se deparam com relaes

    profissional-paciente-famlia bastante complexas do ponto de vista psicolgico, para as

    quais habitualmente considera no ter sido preparado adequadamente durante seu

    treinamento. A difcil administrao destas situaes, que envolvem muitas vezes,

    manifestaes de desespero e revolta por parte dos pacientes e familiares, geram no

    profissional, reaes que se expressam sob a forma de desnimo, fadiga, pessimismo,

    ceticismo, perda de capacidade em sentir prazer, afastamento social, irritabilidade e descuido

    consigo prprio.

    Ressalta-se um outro aspecto deste grande emaranhado que so as relaes em sade; o

    usurio que precisa utilizar os servios pblicos, carrega consigo uma grande carga

    simblica de violncias sofridas ao longo de uma historia social, pois so em sua maioria,

    indivduos desprivilegiados, carentes, constantemente violentados em seus direitos,

    tambm bsicos de acesso a sade, discriminados, e que no encontro com os profissionais

    de sade, muitas vezes transferem parte desta violncia recebida cotidianamente, nas

    relaes com os profissionais. Propem muitas vezes um tipo de relao completamente

    contaminada pelas vivncias de sofrimento e agresses sofridas durante o percurso de

    procura por assistncia mdica, uma vez que frequentemente encontra filas para

    atendimento, servios mal equipados, falta de medicamentos, atendimento desumanizado,

    profissionais desatentos e alienados, e o descaso permanente das autoridades.

    Reflete-se a uma violncia estrutural, reproduzida e institucionalizada no hospital pblico,

    reforada pela desigualdade social e pela ideologia da classe dominante. So elementos

    que impregnam o processo de trabalho e a conduta dos seus profissionais, em particular, os

    de sua figura central, o mdico. A assimetria social entre este e os pacientes visvel. A

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    violncia institucional e ordenada est oculta nas prticas de cuidados sobre o corpo que

    sofre e a aceita passivamente, por fora das circunstncias.

    O panorama no nada animador, uma vez que, temos profissionais debilitados,

    sobrecarregados, distanciados e indiferentes ao sofrimento humano, pois eles prprios

    sentem-se vtimas do sistema pblico de sade, constantemente desassistidos em suas

    necessidades bsicas de trabalho, respeito e dignidade, envolvidos em suas prprias tramas

    de poder, sem condies dignas de trabalho, mal remunerados, e vendo em seus pacientes,

    potenciais agentes estressores. Desse processo de exacerbao do individualismo e de

    empobrecimento moral que envolve os servidores da sade, sobra medo, ceticismo, rancor

    e preconceito contagiantes.

    Talvez os profissionais sintam-se tambm limitados para lidar com problemas sociais

    graves e com razes to profundas, e que naquele momento do atendimento esto

    representados, o que pode vir a transformar-se, ao longo do tempo, em forte sentimento de

    acomodao e tendncia ao automatismo no lidar com o outro.

    Porm, todos so atores nesse sistema, no h vtima nem vilo da histria, mas sim uma

    rede complexa de relaes humanas, permeadas por interesses, poder e necessidades. A

    violncia estrutural e de classe permanente. Termina por ser regulamentada, admitida,

    consentida, institucionalizada e absorvida como natural.

    No que tange tentativas de mudana deste panorama, est a adoo de polticas de gesto

    participativa em sade, e dessa forma, algumas estratgias tm sido adotadas em diversos

    segmentos da sade.

    Vrios hospitais, entre eles o Hospital So Paulo, da UNIFESP, tm adotado algumas

    medidas nesta direo, talvez ainda de uma forma pouco articulada, em termos de uma real

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    poltica de promoo de sade, mas que demonstram seu valor, como processo

    desencadeador de mudana social.

    Uma estratgia o investimento cada vez maior, em programas de capacitao para os

    profissionais de sade, onde h o reconhecimento da necessidade de se cuidar melhor dos

    trabalhadores, oferecendo informaes de utilidade prtica no dia-a-dia. Esses incentivos, a

    priori teriam o sentido de melhorar a auto-estima dos trabalhadores, ofertando

    conhecimento tcnico e atualizaes, como forma de instrumentaliz-los para a prtica,

    promovendo uma melhor relao interprofissional, desenvolvendo atividades

    psicoeducacionais, isto , revendo conceitos sobre a relao do profissional de sade com o

    paciente e familiares, alm de abordar, de forma geral e preventiva as dificuldades da

    tarefa assistencial, dificuldades emocionais do grupo profissional em lidar com situaes

    adversas (bito, pacientes sem prognstico, agressividade e hostilidade, famlias ansiosas,

    etc.) e oferecer treinamento em tcnicas de fcil aplicao que capacitem o profissional a

    aliviar as tenses resultantes da atividade profissional.

    Os programas de humanizao que se desnvolvem nas instituies visa desenvolver e

    implementar aes de humanizao na assistncia aos pacientes e nas relaes com e entre

    os servidores, alm de reconhecer, valorizar e divulgar outras iniciativas, j implementadas

    ou em desenvolvimento na instituio, e esto em consonncia com a PNH Poltica

    Nacional de Humanizao do Ministrio da Sade, porm muitas vezes sem o devido

    respaldo institucional, portanto, com potencial reduzido.

    Vejamos o que est escrito no projeto original da PNH:

    Considera-se que humanizar a assistncia significa agregar, eficincia tcnica e

    cientfica, valores ticos, alm de respeito e solidariedade ao ser humano. O planejamento

    da assistncia deve sempre valorizar a vida humana e a cidadania, considerando, assim,

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    as circunstncias sociais, tnicas, educacionais e psquicas que envolvem cada indivduo.

    Deve ser pautada no contato humano, de forma acolhedora e sem juzo de valores e

    contemplar a integralidade do ser humano.

    A Poltica Nacional de Humanizao do Ministrio da Sade entende por humanizao a

    valorizao dos diferentes sujeitos implicados no processo de produo de sade e

    enfatiza a autonomia e o protagonismo desses sujeitos, a co-responsabilidade entre eles, o

    estabelecimento de vnculos solidrios e a participao coletiva no processo de gesto.

    Pressupe mudanas no modelo de ateno e, portanto, no modelo de gesto. Assim, essa

    tarefa nos convoca a todos: gestores, trabalhadores e usurios.

    Porm o questionamento que se faz : como transformar estes preceitos em prtica diria,

    em compromisso moral, e com a necessria aderncia dos atores envolvidos?

    O desafio torna-se ainda maior, uma vez que, o cenrio com o qual nos deparamos, objeto

    da necessria transformao, permeado por conflitos de interesse e tramas de poder.

    O problema est colocado, quando se observa que para a efetivao da poltica de

    humanizao, preciso comprometer os profissionais de sade, estreitar as relaes entre

    os profissionais e a relao destes com os usurios, sendo necessria a aproximao crtica

    em relao forma como os profissionais se organizam, necessariamente esbarra-se em

    hierarquias, hegemonias e premissas de liberdade e autonomia do mdico, que so bens

    inegociveis. Portanto so muitos os desafios para a efetivao dessa poltica, ainda mais

    se ela no significar simplesmente uma vitrine para o alcance da acreditao, o que de fato

    vemos acontecer em vrias instituies, mas sim representar uma proposta honesta e

    comprometida com seus ideais.

    Vemos que os projetos de humanizao tendem a sensibilizar os profissionais para uma

    mudana de atitude, mas tambm so exigentes quanto sua forma de organizao e

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    estruturao, com a adoo de protocolos e mtodos de trabalho que tendem a ser

    controlistas e, portanto, tambm tendem a gerar resistncia.

    Neste sentido vemos a importncia da constituio e manuteno de espaos estimulados

    pelos gestores, com objetivo de se realizar constante dilise dos processos de trabalho,

    pois a gerao de conflitos permanente e h necessidade de se criar mecanismos para

    abordagem dos mesmos. Esse enfrentamento permanente das dificuldades e problemas do

    cotidiano parecem ser a fora motriz para a produo de cuidados em sade. Ou seja, o

    auto-cuidado e o cuidado com os outros acontecendo permanentemente e incessantemente.

    Este mecanismo, inclusive, d um sentido ampliado para o trabalho multiprofissional, pois

    a articulao dos membros de uma equipe para perceber e focalizar mnimos desvios e

    dificuldades no trabalho pode ser um meio eficiente para o alivio de tenses. Porm uma

    equipe de trabalho um organismo vivo, e mesmo funcionando dentro de parmetros mais

    democrticos e com perfil mais participativo, sempre existir algum nvel de distribuio

    de poder entre os participantes, mecanismos auto-reguladores, linhas hierrquicas bem

    definidas, disputa e conflitos de interesses e, portanto, nveis de tenso. Humanizar

    verdadeiramente os servios de sade tambm esbarrar em estruturas vivas de poder e

    controle dentro da instituio.

    O modelo de trabalho multiprofissional por si s, j produtor de conflitos. A autonomia

    caracterstica do trabalho mdico, enquanto os demais trabalhadores permanecem em

    configuraes de trabalho mais hierarquizadas, como a enfermagem, o servio social, a

    psicologia, a fisioterapia e a nutrio. Isto de certa forma se traduz em relaes de poder,

    pois as diferenas esto dadas, pressupe nveis de subordinao e ento surgem as

    insatisfaes. Porm como adentrar nesse campo, como questionar algo que j to

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    intrnseco a prtica mdica, e ainda conquistando a simpatia dos mdicos, sujeitos

    envolvidos, privilegiados e imprescindveis a esta mudana?

    Como negociar com a equipe de enfermagem, formas de horizontalizar as relaes e

    diminuir o controle sobre os trabalhadores, como diminuir a alienao destes nos processos

    de trabalho, se apesar de serem submetidos ao poder mdico e dele reclamar, acabam

    reproduzindo esse sistema fortemente hierarquizante dentro do prprio grupo?

    E quanto aos demais profissionais que cuidam de especificidades e no gerenciarem

    diretamente as aes de cuidado e tratamento, muitas vezes so vistos como artigos de

    luxo na assistncia, portanto facilmente descartveis, que poder efetivo para negociao

    estes tm?

    E quanto participao dos usurios, ferramentas importantes para a mudana, uma vez

    que em funo destes que os servios se articulam, e seriam capazes de sinalizar as falhas

    dos processos de cuidado em sade, mas como facilitar este acesso e conquistar sua efetiva

    participao, visto que o exerccio participativo dos cidados em espaos formais e

    institucionais no prtica usual e instrumental em nossa sociedade.

    Um questionamento sempre muito valioso de como estabelecer estratgias de mudana

    da vida organizacional, melhorar as condies de trabalho e a assistncia prestada, desejar

    que os trabalhadores estejam mais satisfeitos, sem que uma profunda mudana nos

    processos de trabalho e na micropoltica destes, dentro das organizaes sociais que so as

    equipes de sade seja implementada.

    Mudana s se faz s custas de processos; processos s so possveis com indivduos

    motivados e direcionados para as mudanas.

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    Bibliografia Recomendada

    - CARAPINHEIRO, G - Saberes e poderes no hospital: uma sociologia dos servios hospitalares. Porto: Edies

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    - CECILIO, LCO (org). Inventando a mudana na sade. So Paulo: Hucitec, 1994.

    - CECILIO, LCO - Autonomia versus controle dos trabalhadores: a gesto do poder do poder no hospital. Rio

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    - FAGNANI NETO R, OBARA CS, MACEDO PCM, CTERO VA, NOGUEIRA-

    MARTINS LA- Clinical and demografic profile of users of a mental health system for

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    - MACEDO, PCM.- O Trabalho em equipe multiprofissional, in A Face Humana da Medicina, De Marco, MA

    (org),. So Paulo, Ed. Casa do Psiclogo; 2003.

    - MERHY, EE. Sade: A cartografia do trabalho vivo. So Paulo: Huictec, 2002.

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