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8/19/2019 TG - 3º Piezo
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CENTRO PAULA SOUZA
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE TATUÍ
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
JOSÉ FRANCISCO DE ALMEIDA NETO
LUCAS EVANGELISTA DA SILVAVICTOR DE MORAES DO PRADO
VITOR TRINDADE PALMA
A OTIMIZAÇÃO DE UM SISTEMA DE COLETA DE ENERGIA
Tatuí/SP2º Semestre/2015
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JOSÉ FRANCISCO DE ALMEIDA NETO
LUCAS EVANGELISTA DA SILVA
VICTOR DE MORAES DO PRADO
VITOR TRINDADE PALMA
A OTIMIZAÇÃO DE UM SISTEMA DE COLETA DE ENERGIA
Trabalho de Graduação apresentado àFaculdade de Tecnologia de Tatuí, comoexigência parcial para obtenção do grau detecnólogo em Automação Industrial, soborientação do Prof. Dr. Eik Tenório.
Tatuí/SP2º Semestre/2015
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JOSÉ FRANCISCO DE ALMEIDA NETO
LUCAS EVANGELISTA DA SILVA
VICTOR DE MORAES DO PRADO
VITOR TRINDADE PALMA
A OTIMIZAÇÃO DE UM SISTEMA DE COLETA DE ENERGIA
Trabalho de Graduação apresentado à
Faculdade de Tecnologia de Tatuí, comoexigência parcial para obtenção do grau detecnólogo em Automação Industrial, soborientação do Prof. Dr. Eik Tenório.
( ) APROVADO ( ) REPROVADO
Com média:..............
Tatuí, .............. de .......................... 20........
___________________________
Prof. ..........................................
FATEC – Tatuí
___________________________
Prof. ..........................................
FATEC – Tatuí
___________________________
Prof. ..........................................
FATEC – Tatuí
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 01: Sistema autônomo de geração de energia.................................................14
Figura 02: Sistema interligado de geração de energia................................................14
Figura 03: Radiação Solar Global Horizontal, Média Anual.........................................16
Figura 04: Estrutura e função de uma célula cristalina solar......................................17
Figura 05: Curva característica de um diodo..............................................................18
Figura 06: Diagrama do circuito equivalente e curva característica de uma célula em
total escuridão............................................................................................................19
Figura 07: Diagrama do circuito equivalente e curva característica da célula
irradiada......................................................................................................................19Figura 08: Diagrama completo do circuito equivalente................................................20
Figura 09: Circuito representante...............................................................................24
Figura 10: Pastilha Piezoelétrica com cabos soldados..............................................25
Figura 11: Demonstrativo do circuito utilizado............................................................25
Figura 12: Demonstrativo de uma pastilha ligada no circuito.....................................26
Figura 13: Disposição das pastilhas na esponja........................................................26
Figura 14: Disposição do tapete em relação as pastilhas..........................................27Figura 15: Disposição final do protótipo.....................................................................27
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica
ABRASCE – Associação Brasileira de Shopping Centers
Pnude - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
CC – Corrente Contínua
CA – Corrente Alternada
INEE – Instituto Nacional de Eficiência Energética
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Dedicamos a todas as gerações futuras,
para que tenham consciência do quão
importante é buscar novos meios de
geração de energia.
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Agradecimentos
Ao professor Dr. Eik, pela incrível orientação, dedicação, apoio, instruções e
todas as maneiras que agiu para auxiliar no desenvolvimento de todo esse trabalho e
protótipo.
A renomada instituição, Faculdade de Tecnologia de Tatuí, pela oportunidade
de crescimento e formação.
A todos os familiares e amigos, pela cumplicidade, apoio e motivação, não
deixando faltar afeto nos momentos de preocupações e falhas.
Ao nosso amigo e companheiro de turma, Luiz Cláudio da Silva, pelas ideias,
direções e empenho em ajudar.
E por fim, a Deus e todos aqueles que de alguma forma, diretamente ou
indiretamente, contribuíram para o desenvolvimento desse trabalho.
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“Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder
o que, com frequência, poderíamos ganhar pelo
simples medo de arriscar”
(Willian Shakespeare)
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 10
1.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 11
1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 11
1.2.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................... 11
1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................ 11
2. REVISÃO DA LITERATURA .............................................................................. 12
2.1
PAINEL FOTOVOLTAICO .................................................................................. 12
2.1.1. DEFINIÇÕES ............................................................................................... 13
2.1.2. SISTEMAS AUTÔNOMOS E SISTEMAS LIGADOS A REDE ..................... 13
2.1.3. COMPONENTES DE UM SISTEMA SOLAR FOTOVOLTAICO LIGADO A
REDE ELÉTRICA ...................................................................................................... 14
2.1.4. RADIAÇÃO SOLAR ..................................................................................... 15
2.1.5. TIPOS DE CÉLULAS SOLARES ................................................................. 16
2.1.6.
PROPRIEDADES ELÉTRICAS DAS CÉLULAS SOLARES ........................ 18
2.1.7. NORMAS E LEGISLAÇÃO .......................................................................... 20
2.2. TRANSDUTOR PIEZOELÉTRICO ..................................................................... 21
3. MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................. 23
3.1 MATERIAIS........................................................................................................ 28
4. RESULTADOS E DISICUSSÕES ...................................................................... 28
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 29
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1. INTRODUÇÃO
O Energy Harvesting é uma forma de extração de energia que caracteriza a
aquisição e a conversão de algum tipo de energia natural em energia elétrica utilizável.
Nessa perspectiva, o trabalho pretende desenvolver um sistema de geração de
energia através de transdutores piezoelétricos. Para tanto, aperfeiçoar-se-á a geração
de energia utilizando o transdutor, analisar-se-á o rendimento, o dimensionamento e
os custos de aplicação do sistema de geração, bem como o impacto econômico deste
processo e possíveis projeções futuras para maiores escalas.
A extração de energia através de painéis fotovoltaicos e transdutorespiezoelétricos são métodos de Energy Harvesting . Nos painéis, o calor gerado nas
placas de silício é transformado em uma parcela de energia por um circuito conversor
de potência. Já no transdutor piezoelétrico, a presença de uma ação mecânica é
convertida em energia (Souza, 2011).
Se comparado com outros países do mundo, o Brasil é o que mais possui
riquezas naturais ainda exploráveis. Porém, enfrentamos o problema de administrar e
de aproveitar essas riquezas sem causar danos futuros. No contexto da biocivilização,o país se destaca pelo alto potencial hídrico, pela vasta biodiversidade e outros
recursos base da economia verde. Como esses recursos hídricos são abundantes, as
outras fontes naturais de captação de energia acabam, muitas vezes, sendo deixadas
de lado.
Geograficamente, o Brasil possui regiões que são cortadas pela linha do
Equador, as quais recebem uma alta incidência de luminosidade, o que representa
cerca de 13 horas diárias de luz (University of Nebraska at Lincoln) durante o ano.Partindo deste cenário verifica-se a necessidade de buscar novos meios de extrair
energia dos recursos naturais ainda disponíveis.
Para tanto, o projeto aqui descrito atribui o transdutor para ser um piloto em
relação a extração e a geração de energia, obtendo um rendimento suficiente, ou seja,
uma quantidade significativa de energia, além das possíveis projeções futuras para
maiores escalas.
O projeto se divide em seções, nas quais serão apresentados todo conteúdo
relevante ao desenvolvimento do protótipo. Na seção 2 encontra-se o embasamento
teórico, que explica o histórico e funcionamento do painel fotovoltaico e do
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piezoelétrico. Na seção 3 encontra-se o desenvolvimento do protótipo, bem como
seus materiais, seleção e montagem. Na seção 4 é apresentado os resultados obtidos
nos testes realizados com o protótipo, e por fim, na seção 5 apresenta-se as
conclusões sobre o trabalho apresentado.
1.1 JUSTIFICATIVA
O aumento do consumo de energia, a escassez dos recursos e a busca por
novos meios de geração de energia vem sendo debatidos em larga escala mundial
para tentar suprir toda demanda, sem causar impactos que comprometam as
gerações futuras. Mesmo conseguindo reduzir a dependência total do petróleo, asgrandes potências buscam diversificar a sua matriz energética, através de tecnologias
mais limpas. O Brasil possui uma das matrizes mais limpas, se comparado com outros
países, tendo desde a hidroeletricidade, termoelétricas, eólica a biomassa.
Partindo deste pressuposto, a proposta da busca por um meio que gere energia
com baixo custo, una uma fonte natural e uma consequência mecânica, torna-se
fundamental, além de promover novas formas de manejar a energia elétrica.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 OBJETIVO GERAL
O objetivo desta pesquisa é desenvolver e dimensionar um projeto piloto para
a geração de energia através do transdutor piezoelétrico, como uma nova linha do uso
da energia natural.
1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Como objetivos específicos, buscar-se:
a) Conceituar o transdutor piezoelétrico;
b) Desenvolver um circuito de potência e de controle da geração de
energia;c) Criar um protótipo como projeto piloto;
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d) Analisar o rendimento da nova proposta;
e) Demonstrar o sistema através do protótipo;
f) Desenvolver a possibilidade de aplicação em maiores escalas.
2. REVISÃO DA LITERATURA
Nesta seção é apresentado todo o conteúdo teórico para a compreensão e
desenvolvimento do trabalho e protótipo, assim, este embasamento aborda
principalmente a história do painel fotovoltaico e do transdutor piezoelétrico, bem
como seu funcionamento e conformidades.
2.1 PAINEL FOTOVOLTAICO
O Sol hoje é uma fonte de energia que está nos mesmos patamares
econômicos de produção de qualquer outra fonte não renovável, ademais de não
causar danos ambientais. Em 1839, Edmond Becquerel relatou o primeiro efeito
fotovoltaico, quando observou o aparecimento de uma tensão entre eletrodos imersos
em um eletrólito, cujo valor variava conforme a intensidade da luz.
Posteriormente, em 1905, Albert Einstein explicou o efeito fotovoltaico através
do advento da mecânica quântica e, em particular, a teoria de bandas e a física dos
semicondutores, assim como as técnicas de purificação e dopagem associadas ao
desenvolvimento do transístor de silício (VALLÊRA, 2006).
Dessa forma descobriu-se que vários outros materiais também produziam uma
tensão quando expostos a luz, principalmente solar. Na década de 50, constatou-seque os semicondutores eram os melhores materiais em performance e logo foram
usados para a confecção das primeiras células fotovoltaicas, as quais possuíam um
rendimento relativamente baixo (10 a 11%), porém atualmente, já superam os 42%
(Universidade de Delaware, 2007).
As células foram utilizadas primeiramente nos satélites que eram lançados no
espaço, para depois evoluírem ao ponto de serem usadas a nível industrial e
residencial.
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2.1.1. DEFINIÇÕES
Com o objetivo de uniformizar os termos utilizados serão definidas as
diferenças entre célula, módulo, painel fotovoltaico e coletor solar.
A célula fotovoltaica é constituída por um material semicondutor com junções
positivas e negativas obtidas do processo de dopagem. Na sua superfície possui uma
película antireflexiva e filetes condutores. O módulo fotovoltaico é a união em série
e/ou paralelo de um conjunto de células fotovoltaicas acomodadas lado a lado em
uma estrutura que as comporte e ainda seja possível instalá-las em telhados e demais
superfícies. Na parte superior possui um vidro temperado para a passagem da luz e
na inferior, os terminais. Já o painel fotovoltaico é o conjunto de módulos, ou seja, a
estrutura final.
Por fim, o coletor solar não produz energia, apenas absorve e transfere o calor
para aquecer determinado fluido. Muito utilizado no aquecimento de água nas
residências.
2.1.2. SISTEMAS AUTÔNOMOS E SISTEMAS LIGADOS A REDE
Os painéis fotovoltaicos são objetos fabricados para serem utilizados em
ambientes externos, assim são apropriados para à integração ao envoltório de
edificações. Sistemas solares integrados às edificações podem ter dupla função de
gerar eletricidade e funcionar como elemento arquitetônico. Do ponto de vista da
eficiência energética, estes sistemas são bastante ideais, visto que a geração e o
consumo têm coincidência, reduzindo as perdas por transmissão, que são comuns
nos métodos tradicionais de geração e distribuição. Os sistemas fotovoltaicos podemser divididos em: sistemas ligados a rede e sistemas autônomos (RÜTHER, 2004).
No sistema autônomo, o aproveitamento da energia precisa ser ajustado à
demanda, uma vez que a energia produzida não seja o suficiente, tornando necessário
o uso de sistemas de armazenamento (banco de baterias) e meios de apoio
complementares de produção de energia (sistemas híbridos). Já no sistema ligado à
rede elétrica, a própria opera como um acumulador de energia, onde parte dela pode
ser devolvida à rede, no caso, redes smart grid (GREENPRO, 2004).
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Figura 01: Sistema autônomo de geração de energia
Figura 02: Sistema interligado de geração de energia
2.1.3. COMPONENTES DE UM SISTEMA SOLAR FOTOVOLTAICO LIGADO A
REDE ELÉTRICA
Uma instalação solar fotovoltaica conectada à rede elétrica é composta por:
painéis solares, sistema de fixação ao envoltório da construção, sistema conversor
CC-CA (inversor), diodos de by-pass e diodos de bloqueio, fusíveis e disjuntores,
cabos elétricos, terminais, proteções contra sobre tensões e descargas atmosféricas
e caixas de conexão (RÜTHER, 2004).
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Os módulos solares apresentam normalmente tensões de circuito aberto em
torno de 20V, apropriadas para a carga de baterias de 12V em sistemas autônomos,
visto que esta era tradicionalmente a aplicação mais comum. Com o crescente
interesse por instalações conectadas à rede elétrica - onde as tensões de 110 ou 220V
são utilizadas - a indústria vem lançando no mercado módulos com tensões de circuito
aberto mais elevadas. Em qualquer caso, para atingir a potência instalada de projeto,
normalmente são utilizadas combinações série/paralelo de vários módulos, para que
se obtenham as tensões e correntes desejadas (RÜTHER, 2004).
Em qualquer instalação solar fotovoltaica o módulo solar fotovoltaico é a célula
básica do sistema gerador. A quantidade de módulos conectados em série irá
determinar a tensão de operação do sistema em CC. A corrente do gerador solar édefinida pela conexão em paralelo de painéis individuais ou de strings (conjunto de
módulos conectados em série). A potência instalada, normalmente especificada em
CC, é dada pela soma da potência nominal dos módulos individuais (RÜTHER, 2004).
Existem vários tipos de células solares como: Células de Silício Cristalino,
Células de Silício Monocristalino, Células de Silício Policristalino, Power -Células de
Silício Policristalino, Células de Silício Laminadas e Células de Silício Cristalino de
Película Fina, dentre muitos outros (GREENPRO, 2004).
2.1.4. RADIAÇÃO SOLAR
A radiação solar é a principal fonte de energia renovável da Terra e de todos
os seres vivos. Além disso, afeta diversos processos físicos, biofísicos e biológicos
(SENTELHAS; ANGELOCCI, 2009).
Ela é composta por fótons de diferentes comprimentos de onda que
apresentam uma distribuição específica chamada espectro. Levando em
consideração os efeitos do espalhamento e da absorção pelos constituintes
atmosféricos, em dias de céu claro, o total de radiação de ondas curtas incidente é
composto de duas partes: a radiação solar direta, é a radiação que não sofre desvio
em sua trajetória sendo responsável pela projeção de sombra nos objetos e a radiação
solar difusa, decorre do processo de difusão e não projeta sombra. E a soma dessas
chama-se radiação solar global (LIMA, 2003).
No centro do Sol, a fusão transforma núcleos de hidrogênio em núcleos de
hélio. Durante este processo, parte da massa é transformada em energia. O Sol é
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assim um enorme reator de fusão. Devido à grande distância existente entre o Sol e
a Terra, apenas uma mínima parte (aproximadamente duas partes por milhão) da
radiação solar emitida atinge a superfície da Terra. Esta radiação corresponde a uma
quantidade de energia de 1x1018 KWh/ano (GREENPRO, 2004).
Figura 03: Radiação Solar Global Horizontal, Média Anual (Atlas, 2006)
2.1.5. TIPOS DE CÉLULAS SOLARES
A célula solar de silício cristalino é composta por duas camadas de silício
contaminadas com diferentes impurezas. A camada superior, ou seja, a exposta ao
Sol, está contaminada negativamente com fósforo. Já a camada inferior está
contaminada positivamente com boro. É produzido um campo elétrico na junção das
duas camadas, que conduz à separação das cargas (elétrons e lacunas) libertadas
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pela luz solar. No intuito de gerar eletricidade a partir da célula solar, são impressos
contatos metálicos nas suas partes frontal e posterior (GREENPRO, 2004).
Figura 04: Estrutura e função de uma célula cristalina solar
Seguem abaixo os tipos de células solares existentes. A escolha pelo tipo
será adequada conforme a aplicação.
a) Células de Silício Monocristalino;
b) Células de Silício Policristalino;
c) Células de Silício Power-Cristalinas;
d) Células de Silício Laminadas;
e) Células de Silício Cristalino de Película Fina;
f) Células de Silício Policristalino EFG;g) Células de Faixa de Filamentos de Silício Policristalino;
h) Células de Rede Dendrítica de Silício Monocristalino;
i) Células Policristalinas Apex;
j) Células de Silício Amorfo;
k) Células de Diselenieto de Cobre e Índio;
l) Células de Telurieto de Cádmio;
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2.1.6. PROPRIEDADES ELÉTRICAS DAS CÉLULAS SOLARES
Uma célula solar composta por camadas de silício contaminado por impurezas
do tipo p e do tipo n, tem o mesmo princípio que um díodo comum de silício. Ambostêm propriedades elétricas semelhantes. Quando o díodo é ligado a um circuito de
modo que o potencial seja positivo no ânodo dopado com impurezas do tipo p, e
negativo no cátodo dopado com impurezas do tipo n, o díodo está diretamente
polarizado. Neste caso aplica-se a curva característica do primeiro quadrante.
A partir de uma tensão definida (a tensão limiar de condução neste caso é
0,7V), a corrente passa a fluir. Se o díodo for polarizado inversamente, a corrente é
impedida de circular nesta direção. Neste caso aplica-se a curva característica do
terceiro quadrante. O díodo apenas se torna condutivo quando se superar a tensão
de bloqueio (neste caso 150V). Isto pode levar inclusive à destruição do díodo
(GREENPRO, 2004).
Figura 05: Curva característica de um diodo
Uma célula solar não iluminada é representada por um diodo no diagrama do
circuito equivalente. Neste contexto, também é aplicável a curva característica de um
diodo. Para uma célula solar monocristalina, pode-se assumir uma tensão limiar de
condução de aproximadamente 0,5 V e uma tensão de bloqueio de 12 a 50 V
(dependendo da qualidade e do material da célula) (GREENPRO, 2004).
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Figura 06: Diagrama do circuito equivalente e curva característica de uma célula em
total escuridão
Quando a luz incide na célula solar, a energia dos fótons gera portadores de
carga livre. Uma célula solar iluminada forma um circuito paralelo entre uma fonte de
corrente e um díodo. A fonte de corrente produz uma corrente fotoelétrica (foto
corrente) IPh. A corrente depende da irradiação solar. A curva característica do díodo
é desviada pela magnitude da foto corrente na direção da polarização inversa (quarto
quadrante no diagrama) (GREENPRO, 2004).
Figura 07: Diagrama do circuito equivalente e curva característica da célula irradiada
O diagrama completo do circuito elétrico equivalente, é designado por modelo
de um diodo e é utilizado como modelo padrão de uma célula fotovoltaica. Na célula
solar ocorre uma queda de tensão, quando os portadores de carga migram do
semicondutor para os contatos eléctricos. Isto é descrito pela resistência série Rs.
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Esta resistência tem uma amplitude de uns poucos miliohms. O modelo é
completo por uma resistência paralela (Rp >>10 ohms), que descreve a corrente de
fuga inversa. Ambas as resistências são responsáveis pelo abatimento da curva
característica da célula solar. Com a resistência em série, é possível calcular as curvas
características de corrente e de tensão das células solares, para diferentes irradiações
e temperaturas, de acordo com os procedimentos estabelecidos nas normas DIN EN
60891/IEC 60891 (GREENPRO, 2004).
Fórmulas:
= − − (1)
=
=
+ ×
(2)
Figura 08: Diagrama completo do circuito equivalente
2.1.7. NORMAS E LEGISLAÇÃO
A geração elétrica perto do consumidor chegou a ser a regra na primeira
metade do século, quando a energia industrial era praticamente toda gerada
localmente. A partir da década de 40, no entanto, a geração em centrais de grande
porte ficou mais barata, reduzindo o interesse dos consumidores pela geração
distribuída e, como consequência, o desenvolvimento tecnológico para incentivar esse
tipo de geração também parou (INEE, 2014).
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A Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, estabeleceu dia 17 de abril
de 2012 uma nova resolução normativa de número 482, que estabelece condições
gerais para mini e micro geração de energia elétrica.
Os micros geradores são aqueles com potência instalada menor ou igual a 100
quilowatts (kW), e os mini geradores, aqueles cujas centrais geradoras possuem
potência superior a 100 kW e inferior a 1 megawatt (MW). As fontes de geração
precisam ser renováveis ou com elevada eficiência energética, isto é, com base em
energia hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada (ANEEL, 2012).
Esta resolução foi criada para simplificar a conexão das mini e micro centrais à
rede das distribuidoras de energia elétrica. Permite que a energia excedente
produzida possa ser repassada para a rede, gerando um “crédito de energia” que será
posteriormente utilizado para abater seu consumo (ANEEL, 2012).
As distribuidoras tiveram até dezembro de 2012 para adequar seus sistemas
comerciais e elaborar ou revisar normas técnicas para tratar do acesso da micro
geração e mini geração distribuída, utilizando como referência os Procedimentos de
Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST, as normas
técnicas brasileiras e, de forma complementar, as normas internacionais (ANEEL,
2012).
2.2. TRANSDUTOR PIEZOELÉTRICO
2.2.1. INTRODUÇÃO
A energia, independente da sua forma, é indispensável na sobrevivência dos
seres humanos. E mais do que sobreviver, o homem sempre buscou se aprimorar, ouseja, evoluir naturalmente baseado nas condições dos ambientes impostos a ele.
Dessa forma, a escassez ou exaustão de um dado recurso tende a ser compensado
com outro. Em termos de suprimento energético, a eletricidade tornou-se uma das
formas mais versáteis, passando a ser um recurso indispensável.
Em meio ao século XXI, apesar dos avanços tecnológicos no modo de geração,
distribuição e uso da energia elétrica, ainda há sérios problemas com o acesso da
população a mesma. Segundo o relatório divulgado pelo Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento, cerca de 1,4 bilhão de pessoas no mundo não tem
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acesso à energia elétrica. Já no Brasil, apenas 2% da população não possui acesso.
(Pnude, 2011)
Grande parte dos recursos energéticos do país se concentram em regiões
pouco desenvolvidas, distantes dos grandes centros urbanos consumidores e sujeitos
a restrições ambientais. Promover o desenvolvimento econômico-social destas
regiões é um grande desafio para as políticas governamentais. Portanto, é
fundamental o conhecimento dos recursos energéticos disponíveis para o
aproveitamento e necessidades dos setores e regiões do Brasil.
2.2.2. HISTÓRICO
A palavra piezoeletricidade se origina do grego piezein - que significa
pressionar firmemente ou apertar. A Piezoeletricidade foi descoberta pelos irmãos
Curie: Pierre e Jacques. Em 1880 eles descobriram que alguns cristais quando
comprimidos em uma certas direções apresentavam cargas positivas e negativas em
algumas partes da superfície do cristal. Essas cargas eram proporcionais a pressão
aplicada e desapareciam quando não havia mais pressão. (TICHÝ; ERHART;
KITTINGER; PRÍVRATSKÁ, 2010) A descoberta não foi ao acaso, tinha sido influenciada por estudos que Pierre
Curie havia desenvolvido em piroeletricidade e simetria de cristais. Ele descobriu que
polos são produzidos apenas em algumas direções dependendo da simetria particular
do cristal. Um pouco antes outra descoberta tinha sido feita a piroeletricidade, uma
variação de temperatura pode ocasionar uma série de efeitos elétricos no cristal
conhecida como piroeletricidade. O efeito piezoelétrico está relacionado muito perto
do efeito piroelétrico. A conexão entre piroeletricidade e piezoeletricidade éfundamental. Todos os materiais piroelétricos são intrinsecamente piezoelétricos.
(TICHÝ; ERHART; KITTINGER; PRÍVRATSKÁ, 2010).
2.2.3. O EFEITO PIEZOELÉTRICO
O efeito piezoelétrico existe em dois domínios: o primeiro é o efeito direto, que
descreve a capacidade do material de transformar a tensão mecânica em carga
elétrica; a segunda forma é o efeito inverso, que é a capacidade de converter um
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potencial elétrico aplicado em tensão mecânica. O efeito direto funciona como um
sensor e o efeito inverso, como um atuador.
Materiais piezoelétricos pertencem a uma classe maior, chamados
ferroelétricos. Uma das características que definem um elemento ferroelétrico é a
orientação da estrutura molecular, onde há uma separação de carga local, obtendo
um dipolo elétrico.
Durante toda a composição do material os dipolos elétricos são orientados
aleatoriamente, porém quando aquecido acima de um certo ponto - a temperatura de
Curie - e um campo elétrico forte é aplicado, os dipolos elétricos reorientam-se em
relação a este campo. Este processo é denominado poling. Uma vez resfriado, os
dipolos tendem manter a sua orientação. Após o processo de poling estar completo,o material irá apresentar o efeito piezoelétrico (SODANO, INMAN, PARK, 2004).
O comportamento mecânico e elétrico de um material piezoeléctrico pode ser
modelado por duas equações constitutivas lineares. Estas equações contêm duas
variáveis mecânicas e duas elétricas. O efeito direto e o efeito inverso podem ser
modelados pelas seguintes matrizes (IEEE Standard on Piezoelectricity, ANSI
Standard 176-1987):
Efeito Direto – {} = [] {} [] {} (1)
Efeito Inverso - {} = [] {} − [] {} (2)
Onde, {D} é o vetor de deslocamento elétrico; {T} é o vetor estresse; [e]
representa a permissividade da matriz dielétrica; [
] é a matriz de coeficienteselásticos na intensidade do campo elétrico constante; {S} é o vetor de tensão; [] é
a constante da tensão mecânica da matriz dielétrica, e {E} é o vetor do campo elétrico.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Nessa seção serão descritos todos os procedimentos utilizados para definir a
construção do protótipo, os materiais usados e a montagem final.
Esquemático representando as etapas e ideia geral do experimento.
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Figura 09: Circuito representante
A pastilha piezoelétrica quando submetida a um esforço mecânico que
ocasiona uma deformação, devido a presença do quartzo, gera um sinal alternado,
este então passa pela ponte retificadora de onda completa, esse sinal então passa a
ter um comportamento de contínuo. Nesse ponto a energia gerada irá variar de acordo
com número de pastilhas piezoelétricas que forem pressionadas, o capacitor
eletrolítico então passa a armazenar essa energia e com a utilização de uma chave
margirius, podendo ser normalmente aberta ou normalmente fechada, o capacitor se
descarrega, tem-se assim a necessidade de utilizar resistores para limitar o tempo de
descarga, então um diodo emissor de luz faz a função de uma carga exemplar, devido
a seu baixo consumo.
O protótipo em desenvolvimento o layout busca ser um projeto piloto para uma
aplicação em maior escala, dessa forma é possível fazer com que as pastilhas
piezelétricas gerem tensão suficiente para que possa alimentar pequenas cargas
Em vista das características e efeitos da pastilha piezoelétrica, foi realizado
então a solda da fiação, na parte superior, que contém quartzo, e na parte inferior do
mesmo. Para garantir que não houvesse rompimento da solda ou danos a fiação em
contato com piezoelétrico, foi acrescentado uma camada com cola quente.
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Figura 10: Pastilha Piezoelétrica com cabos soldados
A diferença de potencial gerada na pastilha piezoelétrica tem um sinal de
comportamento alternado, devido a tal característica faz se necessário usar-se de um
meio para adequá-lo, utilizamos então uma ponte retificadora de onda completa. Com
uma matriz de contatos foi possível realizar a montagem do componente e permitir
que comporte as pastilhas piezoelétricas.
Figura 11: Demonstrativo do circuito utilizado
Foi utilizado uma espuma para minimizar os danos a pastilha piezoelétrica,aumentando assim sua vida útil e permitindo suportar uma pressão maior e constantes
esforços que são submetidas.
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Figura 12: Demonstrativo de uma pastilha ligada no circuito
Utilizando-se de uma espuma maior foram distribuídas quatro pastilhas
piezoelétricas, para que nao sejam deslocadas foi utilizado uma fita adesiva para não
comprometer o material.
Figura 13: Disposição das pastilhas na esponja
Com as pastilhas piezoelétricas posicionadas, colocamos um tapete de silicone
contendo ventosas na parte inferior, essas responsáveis em transmitir a pressão para
as pastilhas piezoelétricas.
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Figura 14: Disposição do tapete em relação as pastilhas
Para que ocorra a geração de energia mais eficiente as pastilhas devem ser
ligadas na forma paralela, onde o efeito de geração ocorre de forma independente.
Figura 15: Disposição final do protótipo
Para armazenar a energia gerada pela pastilha piezoelétrica foi utilizado dois
capacitores de 1000uf, que funcionam como uma bateria, são capacitores que tem um
funcionamento levemente parecido com o de uma bateria, devida a sua alta
capacitância conseguem manter a energia por um tempo maior que os demais
capacitores de baixa capacidade.
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Figura 16: Protótipo final, ligado ao circuito
3.1. MATERIAIS
Seguem abaixo os materiais utilizados para a construção do protótipo:
Capacitor eletrolítico 100uf 25V;
Capacitor eletrolítico 1000uf 16V; Pastilha piezoeléctrica 20mm; Pastilha piezoeléctrica 35mm; Ponte Retificadora de Onda Completa; Resistores: 10k,100k,150 e 300 (Ω); Chave Margirius. Tapete plástico com ventosas Fita Adesiva tipo crepe Esponjas
4. RESULTADOS E DISICUSSÕES
Nesta seção serão descritos todos os testes realizados no protótipo, bem como
seus resultados.
Na disposição apresentada verificou-se que com 4 pastilhas piezoelétricas foi
possível alcançar um pico de tensão de 20V.
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REFERÊNCIAS
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INEE, Instituto Nacional de Eficiência Energética. O que é Geração Distribuida.Disponívelem: < http://www.inee.org.br/forum_ger_distrib.asp>.
LIMA, Kellen Carla. Radiação Solar Global, UFPEL, 2003.
RODRIGUES, S. A.; BATISTELA, G. C. Uma revisão sobre a disponibilidadehídrica brasileira para geração e energia elétrica. Revista Eletrônica do Curso deGeografia, Universidade Federal de Goiás, n.21, Jul-Dez, 2013, Jataí.
RÜTHER, R. Edifícios solares fotovoltaicos. Florianópolis, 2004.
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SODANO, H. A.; INMAN, D. J.; PARK, G. A review of power Harvesting fromvibration using piezoelectric materials. The Shock and Vibration Digest, Vol. 36,No. 3, May 2004
SOUZA, F. S. Sistema de Extração de Potência (Power Harvesting) usandotransdutores piezoelétricos, 2011, 104f. Dissertação (Mestrado), Faculdade deEngenharia Elétrica, Unesp, Ilha Solteira.
TICHÝ, Jan ; ERHART, Jirí ; KITTINGER, Erwin; Prívratská, Jana . Fundamentals of
Piezoelectric Sensorics: Mechanical, Dielectric, and Thermodynamical
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