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Proposta para 30a Bienal de Sao Paulo
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Educação2000 - 2005 [ ESDI, UERJ ] Bacharel em Comunicação Visual e Projeto de Produto1998 - 1999 [ Arcadia High School, AZ, EUA ] 3o ano e formatura do Ensino Médio 1986 - 1998 [ Eliezer Steinbarg, Rio de Janeiro ] Ensino Fundamental e Médio
Experiências ProfissionaisAgo 2009 - Presente [ Freelancer ] Fase de experiências com novos formatos de trabalho e projetos pessoais, sempre no campo do design. Interesse na área de pesquisa em inovação e tendências. Projetos relevantes inlcuem pesquisa para a área de telefonia móvel para MJV Tecnologia e Inovação, repaginação de móveis para a marca Antyk, criação de site para revenda de produtos para casa. Jul 2008 - Jul 2009 [ Vanessa Robert ] Associação com a designer de jóias. Trabalho consistiu em estruturar a marca, fazer pesquisa de mercado e marketing.
Dez 2007 - Jul 2008 [ Salinas ] Designer. Função consistiu em desenvolver e gerenciar produção de estampas da marca, e redesenhar a nova identidade visual.
Jan 2006 - Dez 2007 [ Freelancer ] Projetos de identidade visual, exposições, estampas. Alguns dos projetos destacados foram a identidade da rede de temakerias Koni Store, exposição Niemeyer 100 anos, exposição Calder no Brasil, estampas para a marca New Order.
Mai - Dez 2004 [ Osklen ] Estágio de design no estilo. Função consistia em criação de estampas e silks, aplicação da marca nos acessórios, criação de patchs, etiquetas e desenho técnico de roupas.
Jul - Dez 2003 [ Campos Gerais ] Estágio em design gráfico com Washington Lessa. Escritório voltado para a área editorial, cultural e montagem de exposições.
Jan - Abr 2002 [ Tátil Design ] Estágio em design gráfico e de produto. Agência de design especializada em merchandising. Clientes incluem Nokia,TIM e Lancôme.
Cursos de EspecializaçãoJul - Dez 2010 [ EAV Parque Lage ] Processo Criativo com Charles WatsonJul - Ago 2005 [ IBEMEC Rio ] Inteligência em MarketingJan - Mar 2005 [ Central Saint Martins, London ] Marketing e Fashion Design Jan - Fev 2005 [ Central Saint Martins, London ] Workshop de Criatividade Mai - Set 2003 [ Ateliê da Imagem, Rio de Janeiro ] Curso de Fotografia Ago - Dez 2002 [ Sorbonne, Paris ] Semestre de estudo em Literatura e História da Arte Ago - Dez 2002 [ Manufacture des Oeillets, Paris ] Curso de Design Gráfico
IdiomasInglês, Francês e Hebraico - Fluência oral e escrita Espanhol e Italiano - Conhecimentos básicos
PrêmiosPrimeiro lugar no concurso mundial [ Microsoft Design Expo 2004 ] Outstanding Creative Design Award. Projeto consitiu na criação de uma mensagem multimídia, voltada para viajantes, composta de diferentes camadas de informação. Orientação de Debbie e Andy Cargile. Mais informações: http://research.microsoft.com/designexpo04/
1. CURRÍCULO
Catálogo da exposição
Calder no Brasil
Paço Imperial 2006/2007
Assistente do designer João Leite
Curadoria Lauro Cavalcanti
Design de exposição
Niemeyer 10 | 100
Paço Imperial 2006/2007
Assistente do designer João Leite
Curadoria Lauro Cavalcanti
2. PORTFOLIO EDITADO
Redesenho da marca de biquinis
Salinas
2007/2008
Direção de estilo Jacqueline de BiasiDesigner parceira Mariana Egert
Criação da marca Antyk
Recuperação de móveis antigos
2010 / 2011
Designer parceira Renata Benveniste
Projeto de identidade visual
rede de temakerias Koni Store
Parceria com a designer Liana Nigri
Fotografia Bella Cardin
Dezembro, 2006
3. CONCEITO / JUSTIFICATIVA
Resolvi participar deste projeto por dois motivos.
O primeiro, pelo desafio de pensar e conceber um conceito grá-
fico que atenda a um projeto tão importante e complexo como
a Bienal de São Paulo. A segunda razão se deu pela forma como
foi estruturada esta convocação. A idéia de um workshop com
um desenvolvimento colaborativo não só faz completa coerência
com o centro curatorial, mas com o nosso tempo. A tecnologia
e suas ferramentas trouxeram para primeiro plano esta nova
maneira de interagir e realizar. Não se trata mais de competitivi-
dade, e sim de complementação. Nunca se falou e se fez tanto
baseando-se neste princípio. Um processo rico e orgânico. O pro-
cesso colaborativo sendo tão importante quanto o produto final
gerado por ele. E esta é a origem do meu interesse em poder
fazer parte deste contexto. Trazer o que tenho a complementar e
a aprender com os que estarão presentes.
Sugiro neste primeiro momento um sobrevôo, um mapeamento
do raciocínio que me levou ao entendimento da proposta e cons-
trução deste pré-projeto.
A partir dos textos e vídeos propostos, entende-se a Bienal como um canal por onde passa um fluxo
de conceitos, idéias, pensamento e atos. Um canal ativo e em constante movimento. Ativo, já que
age nas pessoas e nos espaços que por ela passam. E em movimento já que está em sintonia com
seu tempo e contexto na medida em que artistas, curadores e colaboradores criam um evento rico
em obras, constelações e desdobramentos capazes de fazer repensar paradigmas e gerar novas re-
flexões. A 30a Bienal ao agrupar, abrigar, expor, demonstrar e refletir sobre o tema “A iminência das
Poéticas”, naturalmente expande o olhar de quem a perpassa.
A investigação dos significados de algumas palavras chaves sugeridas foi essencial para a compreensão
da premissa curatorial. Iminência, poéticas, multiplicidade, transicionalidade, temporalidade,
recorrência, permanente mutabilidade, constelações. Palavras repletas de camadas de significado.
Em conversa com o filósofo e professor Emmanuel Carneiro Leão, as seguintes informações foram
recebidas: A origem etimológica da palavra iminência é o “medo da ameaça” e poética, é “fazer o não
ser vir a ser”. Pode-se interpretar também que a iminência das poéticas é a vontade de vir a ser, e
em última instância, NASCER. Nascimento é origem. E quanto mais nos afastamos da origem, mais
a buscamos. Num mundo em constante evolução e mutabilidade a busca pela origem nos remete a
uma memória afetiva.
No exercício de transpor este conceito para o universo gráfico, surge a forte referência da história
da tipografia e origem dos tipos móveis. O tipo como matriz da linguagem gráfica, substrato da
comunicação visual. O fascínio em pensar que a partir de uma constelação de desenhos criados pelo
homem (letras) surge uma ferramenta potente e essencial para a comunicação e transmissão
de conhecimento. A escrita é uma ferramenta tão vital quanto antiga. Ela se renova, se transforma,
se atualiza através dos tempos, mas sua função permanece.
Quanto ao tipo móvel, ele é o marco de uma época, um ponto de transição e transformação
do mundo e da indústria gráfica. A imprensa de Gutenberg impactou a Igreja, inaugurou a
democracia e inventou os Estados nacionais. Ela transformou a distribuição de poder na Europa.
Esta proposta é um exercício “na busca em entender a materialidade do tipo gráfico, com ela se
articular e produzir significado” (citação de Max Bense).
Sugere-se então o projeto “Tipos Conectados”. Uma idéia que se nutre da linguagem e da
tipografia. Ao mesmo tempo traz a memória de um passado e evoca traços de sua permanência.
Evoca também as nuances das formas das letras e a sutilidadede de sua força. Remete à
palavra “link” uma das origens etimológicas de linguagem; tanto utilizada hoje em dia. Fala da
possibilidade de unir letras e formar palavras e significados. Fala da possibilidade de criar códigos
e mensagens a partir de uma constelação de letras. Fala também de si mesmo, formas criadas pelo
homem que através do cheio e do vazio ou do preto e do branco, comunicam.
Como trazer a tipografia para o centro do palco sem ser redundante e banal?
Este é o grande desafio deste caminho escolhido. Ser uma via entre o abstrato conceitual e o
concreto funcional do sistema de identidade visual. Ir além do interesse puramente gráfico e trazer
profundidade e significado ao usar a tipografia como personagem principal.
palavras chaves
conceitos
constelações
materialização
atos expressivos
conhecimento
mutabilidade
articulações
nascimento
conexões
polifonia
inclusivo
bienal
arte
poéticas
se digerem
se divergem
se absorvem
se assimilam
se sobrepõem
se condensam
se desagregam
4. PROPOSTA
Durante esta formulação inicial,
a utilização do laboratório de
tipografia da Esdi (Escola Superior
de Desenho Industrial) pare-
ceu um caminho natural a ser
seguido. Num mundo digital e
pixelado, se fez a necessidade de
sentir o volume, o peso e a den-
sidade do objeto estudado. Uma
necessidade de se pensar com as
mãos. Este exercício teve como
objetivo mergulhar e explorar
graficamente este universo.
obs: Fotos tiradas no laboratório
A partir desta experiência,
novas palavras, referências e
direcionamento surgiram.
Foram desenvolvidas três linhas
de pensamentos paralelos para
nortear a proposta.
1.
Tipografia como:
Substrato do design;
Constelações de desenhos que
criam códigos.
Tipo móvel:
Marca o início da indústria gráfica;
Período de grande transformação
no mundo.
Referências e objetos de estudo:
Emil Ruder;
Filme “Helvetica”;
Lab. tipográfico Esdi;
“F-Prinzip”de Feyyaz.
2.
Luz como:
Ingrediente elementar da
percepção visual;
Condição básica para a vida na
Terra.
Iluminação:
Fonte de calor;
Cria ambiências;
Define formas e contra-formas.
Referências e objetos de estudo:
Dan Flavin;
Olafur Eliasson;
Anthony McCall.
3.
Movimento como:
Transitoriedade da vida;
Nascemos bebês e morremos
velhos;
Ressonância.
Estar em movimento:
Condição básica da iminência
Referências e objetos de estudo:
Eadward Muybride
Primeiros rabiscos
Brincadeira de criança de ligar os
pontos e desenhar contornos e
formas.
Projeção de algo pequeno que se
reverbera e se torna maior do que
si mesmo.
Continuação da idéia de luz e
projeção, a partir de um sólido.
Testes com formas 3d. O cubo
com a palavra “Bienal”inscrita
e suas possibilidades de
combinações.
Exercícios
Exercícios com uso de
profundidade, sobreposição,
fragmentos, ressonância.
Nenhum desses esboços teve
força ou apontou para um
caminho de forte interesse
gráfico e de apelo conceitual.
Segundo momento
Uso de uma interpretação gráfica do tipo móvel e uma
alusão a possíveis combinações, apontando para um
caminho mais articulado.
Aprofundamento
Com influência do trabalho de Emil Ruder, novos testes
são gerados, brincado com a idéia de inversão da
imagem tanto usada na tipografia como na fotografia
analógica.
Primeiro ponto de chegada Idéia de um logotipo transparente, vazado, em que o fundo faça parte da imagem.
Que ele se mescle e se alterne com seu suporte e que crie possibilidades diferentes a cada uso.
5. PRÓXIMOS PASSOS
Esta foi apenas a sugestão de início de um caminho. Muito
estudo e trabalho pela frente caso esta seja uma das vertentes
selecionadas. Proponho abaixo algumas possibilidades futuras:
1. Aprofundar os estudos na questão da transparência, luz e cor;
Fazer testes com projeções reais de luz;
2. Transpor a marca para a tridimensionalidade. Reproduzir esta
idéia em alguns materiais diferentes como madeira e acrílico e ver
como se comportam.
3. Ensaiar possíveis desdobramentos para sinalização, catálogo, etc;
Criar simulações de como o conceito pode se articular nestas
diferentes necessidades da Bienal.
OBRIGADA!