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Índice Introdução 03 1 Sinalização Semafórica 04 1.1 Definição e Função 04 1.2 Padrões de Sinalização Semafórica 04 1.3 Relacionamento com outras Sinalizações 11 1.4 Aspectos Legais 11 1.5 Componentes da Sinalização Semafórica 11 2 Sinalização por Gestos 21 2.1 Gestos de Agentes da Autoridade de Trânsito 22 2.2 Gestos de Condutores de Veículos 24 3 Sinalização Sonora 24 4 Sistema de Monitoramento Remoto SEMTRAN PMPV 25 4.1 Programação Semafórica 25 4.2 Sincronismo dos Semáforos 26 4.3 Critérios para Instalação de Semáforo 27 Conclusão 28 Bibliografia e Consulta 29 2

Trabalho Armin FINAL

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Índice

Introdução 03

1 Sinalização Semafórica 04

1.1 Definição e Função 04

1.2 Padrões de Sinalização Semafórica 04

1.3 Relacionamento com outras Sinalizações 11

1.4 Aspectos Legais 11

1.5 Componentes da Sinalização Semafórica 11

2 Sinalização por Gestos 21

2.1 Gestos de Agentes da Autoridade de Trânsito 22

2.2 Gestos de Condutores de Veículos 24

3 Sinalização Sonora 24

4 Sistema de Monitoramento Remoto SEMTRAN PMPV 25

4.1 Programação Semafórica 25

4.2 Sincronismo dos Semáforos 26

4.3 Critérios para Instalação de Semáforo 27

Conclusão 28

Bibliografia e Consulta 29

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Introdução

Com o intuito de melhor explanar a respeito de sinalizações, o presente trabalho discorre entre as modalidades de: 1) Sinalização semafórica; 2) Sinalização através de gestos (gestual); 3) Sinalização sonora.

De início, abordaremos a sinalização semafórica, comumente utilizada na área urbana, onde o espaço viário é disputado entre dois ou mais intersecções. Apresentaremos tabelas que dispõe cores e imagens, com a finalidade de orientar o condutor e/ou pedestre.

Após, apresentaremos a modalidade de sinalização gestual, a qual necessita de gestos de um agente da autoridade de transito ou de um condutor de veículos, sendo que as ordens emanadas pelo primeiro prevalecem sobre a sinalização e sobre as regras de circulação.

Por fim, a sinalização sonora vem concluindo o presente trabalho, que conta com dispositivos que emanam um som através de apito, utilizados, também, por agentes da autoridade de transito.

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1. SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA

1.1 Definição e função

A sinalização semafórica tem por finalidade transmitir aos usuários a informação sobre o direito de passagem em interseções e/ou seções de via onde o espaço viário é disputado por dois ou mais movimentos conflitantes, ou advertir sobre a presença de situações na via que possam comprometer a segurança dos usuários.

É classificada, segundo sua função, em:

Sinalização semafórica de regulamentação – tem a função de efetuar o controle do trânsito numa interseção ou seção de via, através de indicações luminosas, alternando o direito de passagem dos vários fluxos de veículos e/ou pedestres;

Sinalização semafórica de advertência – tem a função de advertir sobre a existência de obstáculo ou situação perigosa, devendo o condutor reduzir a velocidade e adotar as medidas de precaução compatíveis com a segurança para seguir adiante.

1.2 Padrões de sinalização semafórica

1.2.1 Formas, cores e sinais.

As diferentes combinações de forma, cor e sinal integrantes da sinalização semafórica possuem significados distintos e transmitem informações específicas ao condutor e pedestre.

Nas Tabelas 1.1 e 1.2 são apresentadas as combinações envolvendo, respectivamente, focos de forma circular e retangular, conforme o estabelecido na Resolução Nº 160/04 do CONTRAN (Anexo II do CTB).

A utilização de focos com formas e/ou sinais diferentes dos previstos nas Tabelas 1.1 e 1.2, em caráter experimental, só será admitida mediante autorização expressa do CONTRAN. O uso de sinais não previstos, em caráter definitivo, somente poderá ocorrer após a devida regulamentação pelo CONTRAN.

As cores dos focos/pictogramas da sinalização semafórica devem seguir as especificações da ABNT.

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Tabela 1.1: Cores e sinais da sinalização semafórica em focos de forma circular

Forma Cor Sinal Significado Ação do usuário da viaCircular Vermelha Indica a proibição do

direito de passagemObrigatoriedade do condutor em parar o veículo

Amarela Indica o término do direito de passagem

O condutor deve parar o veículo salvo se não for possível imobilizá-lo em condições de segurança

Verde Indica a permissão do direito de passagem

O condutor tem a permissão de iniciar ou prosseguir em marcha, podendo efetuar os movimentos de acordo com a indicação luminosa e observar as normas de circulação e conduta.

Amarela(intermitente)

Adverte da existência de situação perigosa ou obstáculo

O condutor deve reduzir a velocidade e observar as normas de circulação e conduta

Amarela com seta (opcional)

Indica término do direito de passagem em semáforo direcional.

O condutor deve parar o veículo salvo se não for possível imobilizá-lo em condições de segurança

Vermelha Indica a proibição do direito de passagem de acordo com a direção e sentido da seta apresentada na indicação luminosa.

Obrigatoriedade do condutor em parar o veículo de acordo com a indicação luminosa

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Verde

Indica a permissão do direito de passagem, de acordo com a direção e sentido da seta apresentada na indicação luminosa.

O condutor tem a permissão de iniciar ou prosseguir em marcha, podendo efetuar os movimentos de acordo com a indicação luminosa e observar as normas de circulação e conduta.

Tabela 1.1: Cores e sinais da sinalização semafórica em focos de forma circular (continuação)

Forma Cor Sinal Significado Ação do usuário da via

VermelhaIndica, por meio do símbolo “X”, a proibição de circular na faixa sinalizada

O condutor não deve circular pela faixa sinalizada

VerdePermite a circulação na faixa indicada pela seta

O condutor tem a permissão de circular pela faixa sinalizada

VermelhaIndica para o ciclista a proibição do direito de passagem

Obrigatoriedade do ciclista em parar o veículo

VerdeIndica para o ciclista a permissão do direito de passagem

O ciclista tem a permissão de iniciar ou prosseguir em marcha.

Tabela 1.2: Cores e sinais da sinalização semafórica em focos de forma quadrada

Forma Cor Sinal Significado Ação do usuário da via

Quadrada Vermelha Indica para o pedestre a proibição da travessia

O pedestre não deve iniciar a travessia

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Vermelha(intermitente)

Indica para o pedestre o término do direito de iniciar a travessia. Sua duração deve permitir a conclusão das travessias iniciadas no tempo de verde.

O pedestre não deve iniciar a travessia. O pedestre que já iniciou a travessia no tempo de verde deve concluí-la, atentando para o fato de que os veículos estão prestes a receber indicação luminosa verde.

VerdeIndica para o pedestre a permissão do direito de travessia

O pedestre tem a permissão de iniciar a travessia

Dimensões

Os focos dos semáforos têm forma e dimensão da lente estabelecida pela Resolução Nº 160/04 do CONTRAN (Anexo II do CTB). A Tabela 1.3 apresenta a forma e dimensão dos focos com base nessa resolução.

Tabela 1.3: Formas e dimensões das lentes dos focos semafóricos

SEMÁFOROS DESTINADOS A FORMA DO FOCO DIMENSÃO DA LENTE (mm)

Veículos automotores Circular Diâmetro de 200 ou 300

Bicicletas Circular Diâmetro de 200

Faixas reversíveis Circular Diâmetro de 300

Advertência Circular Diâmetro de 200 ou 300

Pedestres Quadrada Lado de 200 (mínimo)

1.2.2 Tipos de semáforos

O semáforo, ou grupo focal, é o conjunto obtido pela montagem de um ou mais focos luminosos com suas faces voltadas para o sentido do movimento. Os grupos focais são empregados na sinalização semafórica de regulamentação e advertência, de acordo com a disposição apresentada na Resolução No 160/04 do CONTRAN (Anexo II do CTB).

1.2.2.1 Semáforos empregados na sinalização semafórica de regulamentação

VEICULAR (EXCETO DE CICLISTA) - O grupo focal veicular possui três indicações luminosas: vermelha, amarela e verde, dispostas nesta ordem, de cima para

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baixo quando vertical, e da esquerda para a direita quando horizontal. Pode-se, também, utilizar grupo focal composto de dois focos vermelhos, um amarelo e um verde, dispostos vertical ou horizontalmente.

VEICULAR DIRECIONAL - O grupo focal veicular direcional possui três indicações luminosas: vermelha com seta, amarela com ou sem seta e verde com seta, dispostas nesta ordem, de cima para baixo quando vertical, e da esquerda para a direita quando horizontal. Deve ser utilizado, apenas, nas aproximações em que há períodos de verde distintos para diferentes movimentos. As setas devem ser orientadas ou para cima, ou para a direita ou para a esquerda.

VEICULAR DIREÇÃO LIVRE – O grupo focal veicular direção livre é constituído somente pelo foco verde com seta. A seta deve ser orientada ou para cima, ou para a direita ou para a esquerda.

VEICULAR CONTROLE DE ACESSO ESPECÍFICO – O grupo focal “veicular controle de acesso específico” possui focos vermelho e verde, dispostos nesta ordem, de cima para baixo quando vertical, e da esquerda para a direita quando horizontal, para uso exclusivo em controles do tipo praças de pedágio e balsa.

VEICULAR FAIXA REVERSÍVEL – O grupo focal veicular faixa reversível é formado por um foco vermelho com símbolo “X” e por um foco verde com seta orientada para baixo, dispostos nesta ordem, da esquerda para a direita, na posição horizontal.

PEDESTRES – Os grupos focais de pedestres são compostos por focos vermelho e verde, com os pictogramas respectivos, dispostos nesta ordem, de cima para baixo, na posição vertical.

CICLISTAS - Os grupos focais de ciclistas são compostos por focos vermelho, amarelo e verde, com os pictogramas respectivos, dispostos nesta ordem, de cima para baixo, na posição vertical.

Tabela 1.4: Semáforos para sinalização semafórica de regulamentação

TIPO DO SEMÁFORO

POSIÇÃO VERTICAL POSIÇÃO HORIZONTAL

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Veicular

Observação: O grupo focal pode ser configurado com vermelho 300 mm e amarelo/verde 200 mm

Observação: Só utilizar quando projetado sobre a via

Veicular Direcional

Observação: Opcionalmente, pode-se utilizar foco amarelo com seta.

Observações:Só utilizar quando projetado sobre a via.Opcionalmente, pode-se utilizar foco amarelo com seta.

Veicular Direção Livre

Veicular Controle de Acesso Específico

Veicular Faixa Reversível

Pedestre

Ciclista

1.2.2.2 Semáforos empregados na sinalização semafórica de advertência

Os grupos focais utilizados na sinalização semafórica de advertência devem ser formados por um ou dois focos amarelos em funcionamento intermitente. O foco deve

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piscar de um em um segundo (frequência de 1Hz) e na proporção aceso/apagado igual a 0,5/0,5 segundo.

A disposição dos focos na formação dos semáforos veiculares de advertência duplos poderá ser vertical ou horizontal (ver Tabela 1.5). No caso da utilização de dois focos em funcionamento intermitente, eles devem piscar alternadamente.

Em situações especiais, o semáforo de regulamentação pode ser utilizado para efeito de sinalização semafórica de advertência. Para tanto, os focos verde e vermelho são apagados e o foco amarelo opera de forma intermitente em todas as aproximações. Nessa situação os focos de pedestres também devem ser apagados.

Tabela 1.5: Semáforos para sinalização semafórica de advertência

TIPO DO SEMÁFORO POSIÇÃO VERTICAL POSIÇÃO HORIZONTAL

Veicular

1.2.3 Sequência de acionamento das indicações luminosas

As sequências de acionamento das indicações luminosas dos semáforos de regulamentação devem ser:

SEMÁFORO VEICULAR e VEICULAR DIRECIONAL: Verde, amarelo, vermelho, retornando ao verde;

SEMÁFORO DE PEDESTRES: Verde, vermelho intermitente, vermelho, retornando ao verde.

1.3 Relacionamento com outras sinalizações

A sinalização semafórica deve vir acompanhada por Linha de Retenção (LRE), conforme especificado no Volume IV do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito (Sinalização Horizontal), em todas as aproximações da interseção ou da faixa de pedestres implantada em segmento viário localizado em meio de quadra.

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Quando a sinalização semafórica incluir grupos focais específicos para pedestres, deve vir acompanhada de Faixas de Travessia de Pedestres (FTP), conforme especificado no Volume IV do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito (Sinalização Horizontal).

Em via interceptada por ciclovia ou ciclofaixa, onde estão implantados semáforos para ciclistas, deve ser implantada Marcação de Cruzamento Rodocicloviário (MCC), conforme especificado no Volume IV do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito (Sinalização Horizontal).

1.4 Aspectos legais

As mensagens da sinalização semafórica de regulamentação são imperativas e seu desrespeito constitui infração, conforme Capítulo XV do CTB.

Enquadramento

O desrespeito ao sinal vermelho do semáforo caracteriza infração prevista no Art. 208 do CTB.

Além dessa, as seguintes infrações estão relacionadas à presença da sinalização semafórica:

Parar o veículo sobre a faixa de pedestres na mudança de sinal luminoso (Art. 183 do CTB);

Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a veículo não motorizado que não haja concluído a travessia mesmo que ocorra sinal verde para o veículo (Art. 214, inciso II, do CTB).

1.5 Componentes da sinalização semafórica

Os principais componentes da sinalização semafórica são descritos a seguir.

1.5.1 Semáforo

Elemento que fornece informações aos condutores de veículos e aos pedestres através de indicações luminosas. É constituído por um conjunto de focos dispostos conforme apresentado nas Tabelas 1.4 e 1.5. Os principais elementos constituintes dos focos semafóricos são mostrados na Figura 1.1.

1.5.1.1 Foco semafórico

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Unidade que fornece indicação luminosa, formada pelos seguintes elementos: conjunto óptico, máscara, pestana ou cobre-foco e caixa porta-foco.

CONJUNTO ÓPTICO - É formado pela lente, fonte de luz e, quando necessário, refletor.

LENTE - É o elemento colocado em frente à fonte de luz para homogeneizar a distribuição da luz, dirigir o feixe luminoso aos respectivos usuários e proteger os elementos internos do foco contra impactos, sujeira e intempéries. Quando utilizada fonte de luz branca, a lente tem a função de definir a cor da indicação luminosa.

FONTES DE LUZ - As fontes de luz usualmente utilizadas são:

lâmpada incandescente com filamento reforçado; lâmpada alógena; módulo ou lâmpada de LEDs (Diodos emissores de luz)

REFLETOR – Elemento destinado a dirigir o fluxo luminoso da fonte de luz.

MÁSCARA - É o elemento colocado sobre a lente para proporcionar a visualização do símbolo ou pictograma (seta, silhueta boneco andando/parado, mão espalmada, bicicleta e “X”). As máscaras são opcionais quando utilizado um conjunto de LEDs, pois o símbolo ou pictograma pode ser obtido pela disposição dos LEDs no formato desejado.

PESTANA OU COBRE-FOCO - Superfície de forma semicilíndrica ou retangular, em cor preta fosca ou cinza fosca, acompanhando a cor da caixa porta-focos. Deve ser colocada sobre o foco, com o objetivo de reduzir a incidência da luz solar sobre a lente para melhoria da condição de contraste. A pestana também pode colaborar para reduzir a intervisibilidade de focos dirigidos a correntes de tráfego conflitantes.

CAIXA PORTA-FOCO – Elemento onde são fixados os conjuntos ópticos, na cor preta fosca ou cinza.

(a) Foco com LED (b) Foco com lâmpada incandescente

Figura 1.1: Elementos constituintes dos focos semafóricos

1.5.1.2 Anteparo

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Anteparo é um painel que emoldura o grupo focal com o objetivo de melhorar a visibilidade em relação à incidência solar, e/ou destacar a sinalização da paisagem urbana. Em semáforo instalado em suporte projetado sobre a via deve ser utilizado anteparo. Em semáforo instalado em coluna simples o uso do anteparo é opcional. A cor do anteparo deve ser preta fosca. As Figuras 1.2 e 1.3 apresentam, respectivamente, anteparos sem orla e com orla interna na cor branca ou amarela, com e sem tarja branca refletiva junto à posição do foco amarelo.

Figura 1.2: Exemplos de anteparo sem orla

Figura 1.3: Exemplos de anteparo com orla interna

1.5.2 Elementos de sustentação

São elementos que têm a função de sustentar os semáforos, como por exemplo: colunas, braços projetados, cordoalhas e pórticos. Esses elementos devem ser na cor cinza ou preta fosca e suas características não devem comprometer a visibilidade do grupo focal.

O tipo de elemento de sustentação a ser utilizado depende da definição de alguns fatores a serem considerados na fase de projeto. Dentre esses fatores, destaca-se: necessidade de projeção sobre a via, características geométricas do local, dimensionamento da carga a ser suportada, velocidade dos ventos, condições de visibilidade, composição do tráfego e largura das vias.

Na Figura 1.4 são apresentados desenhos ilustrativos de diferentes tipos de elementos de sustentação.

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(a) Coluna (b) Braço projetado

(c) Pórtico

(d) Cordoalha

Figura 1.4: Elementos de sustentação

1.5.3 Controladores semafóricos

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São os equipamentos programáveis que comandam as trocas das indicações luminosas dos grupos focais. Em relação à tecnologia empregada, os controladores dividem-se em eletromecânicos e eletrônicos.

CONTROLADORES ELETROMECÂNICOS – são constituídos por elementos elétricos e mecânicos. Sua programação é implementada a partir de uma combinação de recursos mecânicos. Na maioria das vezes comportam apenas uma programação semafórica e possuem recursos operacionais limitados.

CONTROLADORES ELETRÔNICOS – são constituídos por componentes elétricos e eletrônicos. Sua programação é implementada a partir de recursos computacionais do equipamento. Este tipo de tecnologia permite que os equipamentos disponham de recursos de programação que facilitam as soluções de engenharia. Diferentes tipos de controladores eletrônicos estão relacionados às diferentes estratégias de controle do tráfego.

1.5.4 Detectores de tráfego

São dispositivos que têm a função de detectar a demanda de tráfego (veículos motorizados, não motorizados e pedestres) em determinado local.

Existem diferentes tecnologias utilizadas para este tipo de dispositivo que são escolhidas de acordo com a necessidade funcional e com as características de cada local.

1.5.4.1 Laços Detectores Indutivos

Dentre os tipos de dispositivos mais utilizados para a detecção do tráfego veicular destacam-se os laços detectores indutivos (ver Figura 1.5). Esses dispositivos são constituídos por cabos metálicos inseridos no pavimento, construídos geralmente na forma retangular, e conectados a circuitos eletrônicos dos controladores. Nesses laços circula corrente elétrica que forma um campo magnético, o qual sofre alterações quando da passagem ou presença de massa metálica, alterações estas que indicam aos controladores a passagem ou presença dos veículos.

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Figura 1.5: Exemplo de laços indutivos empregados para detecção veicular

1.5.4.2 Botoeiras

São dispositivos que têm a função de detectar a solicitação de pedestres em determinado local (ver Figura 1.6). A botoeira é acionada manualmente pelo pedestre para que sua presença seja detectada, de forma que o tempo de travessia associado a essa demanda seja implementado pelo controlador de tráfego. Deve ser utilizada sinalização educativa que indique ao pedestre a necessidade de acionar a botoeira para realizar a travessia (ver exemplos da Figura 1.6). Eventualmente a botoeira pode ser utilizada em semáforos veiculares para acionar saídas de veículos de emergência.

Figura 1.6: Exemplos de botoeira e Exemplo de sinalização educativa para uso da botoeira pelo pedestre

1.5.4.3 Laços Virtuais por tratamento de imagem

O princípio de funcionamento da vídeodetecção é o de utilizar o sinal de vídeo como entrada para a unidade detectora.

A configuração do sistema de vídeodetecção consiste em sobrepor zonas de detecção em posições adequadas sobre a imagem da via visualizada no monitor de vídeo (ver Figura 1.7). À medida que os veículos percorrem a via cruzando as zonas de detecção

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configuradas elas são ativadas pela mudança do padrão da imagem do vídeo, resultando na detecção dos veículos.

Figura 1.7: Representação de imagem de vídeo com zonas de detecção configuradas na tela do monitor

1.5.4.4 Detectores por microondas

Os detectores que utilizam o processo de Sensor Remoto de Tráfego a Micro-ondas (RTMS - Remote Traffic Microwave Sensor) são equipamentos projetados para aplicações de tráfego que medem a distância dos objetos na trajetória de seu feixe de microondas. A capacidade de seletividade permite que o equipamento detecte veículos estacionários e móveis em diversas zonas de detecção.

Quando apontado para uma via, o feixe de microondas do equipamento projeta no pavimento uma superfície oval, cuja largura depende do modo operacional selecionado, do ângulo de montagem do sensor e da distância do sensor (ver Figura 1.8).

O equipamento tem duas configurações de montagem típicas (transversal e longitudinal) e vários modos de operação. Para aplicação em detecção de semáforos o equipamento geralmente é posicionado transversalmente à via, como ilustrado na Figura 1.9. Nesse caso, o detector está montado em suporte à margem da via com sua superfície oval apontada em ângulo reto para as faixas de rolamento. Os segmentos de seletividade correspondentes à localização das faixas de rolamento são definidos como zonas de detecção, fazendo parte do processo de configuração.

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Figura 1.8: Feixe de microondas do RTMS e sua superfície oval

Figura 1.9: Ilustração da configuração transversal de detectores por micro-ondas

1.5.4.5 Detecção magnética

Técnica de detecção de veículos, baseada no princípio da perturbação que os elementos metálicos provocam no campo magnético terrestre. Quando o veículo passa sobre o detector magnético sua massa metálica causa a distorção das linhas de força magnética. A Figura 1.10 ilustra a perturbação provocada no campo magnético terrestre devido à passagem de um veículo.

Normalmente, os detectores magnéticos não são capazes de reconhecer veículos parados ou em velocidades inferiores a 10 ou 15 km/h, pois necessitam que o padrão magnético se altere significativamente ao longo do tempo para conseguir determinar a detecção. Como têm um campo de ação bastante limitado, necessitam ser posicionados diretamente sob a corrente de trânsito que se quer detectar.

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Esses detectores são fixados na superfície do pavimento, o que permite que sejam utilizados tanto em caráter permanente como temporário. Suas dimensões são usualmente da ordem de 12 cm de largura por 20 cm de comprimento e 2 cm de altura. São utilizados para controle de semáforos, contagens classificadas, detecção de presença e medição de velocidade. O uso do equipamento em aplicações temporárias é adequado devido à facilidade da sua instalação e retirada.

Figura 1.10: Ilustração da perturbação do campo magnético terrestre provocada pela passagem de um veículo (Fonte: adaptada de Traffic Detector Handbook, FHWA, 2006)

1.5.4.6 Detecção por radiação infravermelha

Técnica de detecção de veículos e pedestres fundamentada em dois tipos de captação:

Detecção ativa: o detector envia o sinal que é refletido pelos veículos ou pedestres e captado, em seguida, pelo mesmo detector. O equipamento “ilumina” a zona de detecção na faixa infravermelha e captura as ondas refletidas pelos veículos, pelos pedestres, pela pista de rolamento ou por outros elementos próximos.

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Detecção passiva: não há emissão de energia pelo detector. O equipamento capta a radiação infravermelha gerada por outras fontes (por exemplo, raios solares), e refletida pelos veículos ou pedestres (Figura 1.11).

Esses detectores podem ser posicionados ao lado da via ou sobre a mesma. São utilizados para controle de semáforos, contagens classificadas de veículos, detecção de presença, medição de velocidade, identificação de pedestres bem como transmissão de informações aos condutores.

Figura 1.11: Emissão e reflexão de energia por veículos e superfície viária

1.5.4.7 Detecção ultrassônica

Técnica de detecção de veículos onde o detector emite energia com frequência ultrassônica que é refletida pelo veículo e captada, a seguir, por um sensor.

Os detectores ultrassônicos são posicionados sobre a pista de rolamento ou na lateral da mesma (ver Figura 1.12). Sua operação consiste em transmitir, repetidamente, pulsos de energia em direção ao pavimento e medir o tempo que cada pulso leva para retornar ao equipamento. Quando não há presença de veículos, esse tempo é função da distância entre o detector e o pavimento, portanto, fixo para cada situação. Quando ocorre uma passagem, o tempo varia em função da altura do veículo, o que possibilita, inclusive, a sua classificação.

As aplicações possíveis são: controle de semáforos, contagem classificada, detecção de presença e cálculo da taxa de ocupação. Esse sistema de detecção permite medir velocidades utilizando dois feixes próximos, formando um pequeno ângulo entre si. O intervalo entre a passagem pelos dois feixes permite calcular, com bastante precisão, a velocidade do veículo.

É possível realizar a medição da velocidade utilizando o princípio do Efeito Doppler, onde é medida a defasagem entre a onda emitida e a onda refletida. Nesse caso, um único feixe é suficiente. Entretanto, os detectores baseados no Efeito Doppler têm o

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inconveniente de serem muito imprecisos na mensuração de velocidades baixas, chegando a ser totalmente insensíveis a veículos parados.

Figura 1.12: Formas de posicionamento dos detectores ultrassônicos

2. SINALIZAÇÃO POR GESTOS

São advertências ou instruções sinalizadas por gestos no trânsito. O CTB, Código de Trânsito Brasileiro, estabelece ainda regras específicas para sinalização praticada pelos agentes de fiscalização. Para quem já foi abordado por um agente de fiscalização e teve seu veículo e documentos vistoriados já percebeu como transcorreu a rotina de atuação do agente antes da abordagem e quais gestos foram utilizados para a ordem de parada ao condutor. Importante conhecermos estes gestos para que equívocos envolvendo a abordagem não sejam cometidos, o que pode gerar inconvenientes aos agentes de fiscalização e punições administrativas desnecessárias aos condutores. Cabe ainda salientar que as ordens emanadas por gestos de agentes da Autoridade de Trânsito prevalecem sobre a sinalização e sobre as regras de circulação.

Essas são divididas em dois tipos:

Gestos de Agentes da Autoridade de Trânsito. Gestos de Condutores de Veículos

2.1 Gestos de Agentes da Autoridade de Trânsito:

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São movimentos convencionais de braços, adotados para orientar, indicar o direito de passagem dos veículos e pedestres ou emitir ordens, sobrepondo-se ou completando outra sinalização ou norma constante do Código de Trânsito Brasileiro.

Tabela 2.1: Gestos de agentes da autoridade de trânsito

Sinal Significado

Braço levantado verticalmente, com a palma da mão para a

frente.

Ordem de parada obrigatória para todos os veículos.

Quando executada em intersecções, os veículos que já se encontrem nela não são

obrigados a parar.

Braços estendidos horizontalmente, com a

palma da mão para a frente.

Ordem de parada obrigatória para todos os veículos que venham de direções que

cortem ortogonalmente a direção indicada pelos braços estendidos, qualquer que seja

o sentido de seu deslocamento.

Tabela 2.1: Gestos de agentes da autoridade de trânsito (continuação)

Sinal Significado

Braço estendido horizontalmente com a

palma da mão para a frente, do lado do trânsito a que se

destina.

Ordem de parada obrigatória para todos os veículos que venham de

direções que cortem ortogonalmente a direção indicada

pelo braço estendido, qualquer que seja o sentido de seu

deslocamento.

Braço estendido horizontalmente, com a

palma da mão para baixo, fazendo

movimentos verticais.

Ordem de diminuição da velocidade.

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Braço levantado, com movimento de

antebraço da frente para a retaguarda e a palma da mão voltada

para trás.

Ordem de seguir.

Braço estendido horizontalmente, agitando uma luz

vermelha para um determinado veículo.

Ordem de parada para os veículos aos quais a luz é dirigida.

2.2 Gestos de Condutores de Veículos

São movimentos convencionais de braço, adotados pelos condutores de veículos, pata orientar ou indicar que vão efetuar uma manobra de mudança de direção, redução de velocidade ou parada enquanto o trânsito estiver fluindo normalmente.

Figura 2.1: Gestos de condutores de veículos

3. SINALIZAÇÃO SONORA

A sinalização com auxílio de dispositivos sonoros utilizados pelos agentes da Autoridade de trânsito também é prevista pelo CTB e pela Resolução 160/04 do CONTRAN. Este tipo de sinalização é comumente encontrado em ruas e avenidas de grandes centros urbanos sendo utilizados para controle de tráfego, geralmente em locais desprovidos de sinalização semafórica ou em eventos que apresentam represamento do tráfego.

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Page 23: Trabalho Armin FINAL

Tabela 3.1: Significados dos sinais sonoros

Sinal de apito Significado Emprego

Um silvo breve SeguirLiberar o trânsito em

direção/sentido indicado pelo agente.

Dois silvos breves Parar Indicar parada obrigatória.

Um silvo longo Diminuir a marchaQuando for necessário fazer

diminuir a marcha dos veículos.

Além dos gestos praticados pelos agentes da Autoridade de Trânsito e pelos sinais sonoros empregados no controle do tráfego, o CTB ainda prevê a utilização de outros gestos que podem ser empregados pelos condutores durante a direção de veículo automotor além de sinais diversos de origem empírica, utilizados por muitos condutores, principalmente por caminhoneiros para comunicarem, em geral, anormalidades no trajeto.

4. SISTEMA DE MONITORAMENTO REMOTO SEMTRAN - PMPV

O sistema de monitoramento remoto de transito da cidade de porto velho é controlado pela SEMTRAN com dados fornecidos pelo DETRAN, o programa utilizado é o Antares, nacional da empresa Datacon, o atual sistema conta com:

98 controladoras, semáforos, todos em LED, com suporte a inteligência; Transmissão de dados em via radio em tempo real; Quatro câmeras de monitoramento 24hrs, com raio de giro de 360° na

horizontal e 180° na vertical. Joystick para controle das câmeras com DVR, armazenador de dados, com

capacidade para 4 Terabyte, as gravações ficam armazenadas por 4 meses, após esse período são descartadas,

Televisores, Notebooks.

4.1 Programação semafórica

São feitas pesquisas volumétricas nos cruzamentos que são semaforizados, o número de veículos que efetuam os movimentos que são possíveis nos cruzamentos, é que vai determinar o tempo dos semáforos, o movimento que tiver mais veículos vai ter maior tempo de verde aberto, como os cruzamentos não tem o mesmo movimento durante todo o dia, "os planos" ou tabelas de tempo, também mudam durante o dia e durante

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os dias da semana, feriados etc. Por exemplo, Calama com rio madeira, de manhã cedo esta todo mundo indo para o centro, logo este movimento recebe maior tempo no semáforo, ao meio dia ocorre uma situação diferente, o número de veículos fica mais proporcional nos movimentos, então o tempo sofre mudanças de novo, já às seis horas da tarde, o movimento com maior número de veículos é o inverso de pela manhã, logo o tempo semafórico é alterado novamente. A cidade de porto velho possui controladoras inteligentes em todos os semáforos da cidade, e são controladas cada uma delas via internet, em tempo real, ou seja, os tempos são alterados constantemente automaticamente por esta controladora, de seis as sete é um ciclo ou plano ou tabela de tempo, sete as nove é um diferente, nove as onze e meia já entra outro plano, onze e meia as uma e meia outro, e assim....... 13:30 as 15:00; 15:00 as 17:00; 17:00 as 19:00 e sucessivamente. Por exemplo de madrugada passam pouquíssimos veículos então a média é de 20 segundos ou 18 para cada movimento, durante o dia existem semáforos programados para 90 segundos e também com 120 segundos ou seja dois minutos aberto para um só movimento

4.2 Sincronismos dos semáforos

Para o sincronismo dos semáforos são levados em consideração:

Velocidade do veículo; Distância a ser percorrida até o próximo semáforo; Tempo necessário par o deslocamento;

Sincronismo entre as controladoras, ou seja, todas tem que estar programadas com mesmo horário, e defasadas ou espaçadas no tempo para que o veículo saia de um semáforo e encontre o outro aberto.

Por exemplo: semáforo da Jorge Teixeira com Carlos Gomes:

Os veículos saem do cruzamento da Jorge Teixeira, vamos supor que ele demore 20 segundos, (se estiver a uma velocidade de 40km/h) para chegar no semáforo da Rafael Vaz e silva com a Carlos Gomes.... Então o semáforo irá abrir para ele no tempo 0:00 na Jorge Teixeira quando ele chegar na Rafael Vaz e Silva 20 segundos após o semáforo precisa estar aberto, logo o controlador programará isso: enquanto na Jorge Teixeira o verde abre no zero, na Rafael irá abrir somente no 0:20 e assim sucessivamente! O tempo não é o mesmo, pois as distancias entre os semáforos muda, mas a

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velocidade esta demonstrada na sinalização, e esta deve ser mantida. É importante citar que não é possível matematicamente sincronizar todos os semáforos da cidade, pois existem semáforos com dois movimentos, três movimentos, e quatro movimentos, pois os cruzamentos podem ser mão única com mão única, mão única com mão dupla, e mão dupla com mão dupla, as condições das vias para retorno também, em algumas situações, desfavorecem o sincronismo. A região central, por ter em sua maioria cruzamentos de mão única com mão única, esta toda sincronizada em qualquer movimento.

4.3 Critérios para instalação de semáforo

Para a instalação de um semáforo, devesse atender os seguintes critérios:

Número de veículos que utilizam o cruzamento existe uma quantidade mínima no ctb (código de trânsito brasileiro) para se instalar um semáforo;

A geometria e a topografia do cruzamento é muito importante também, para não se gerar um cruzamento perigoso;

Cruzamento de duas vias que são rotas até os polos geradores de viagens... Ex: na cidade de porto velho, que é muito mal planejada, todos moram para as zonas leste e sul, e trabalham na zona central, então todo mundo tem que atravessar a Jorge Teixeira para poder vir trabalhar, quando as ruas cruzam a Jorge Teixeira, seja indo ou voltando, bairro centro ou centro bairro; é necessário os semáforos para organizarem o transito se não todos irão querer passar ao mesmo tempo, ai ninguém conseguirá passar!

Necessidade de organizar o fluxo de veículos, já descrito no item anterior; Números de acidentes, cruzamentos perigosos que apresentam alto número de

acidentes, também são considerados; Travessia de pedestres, e outras situações.

Conclusão

Com a apresentação do presente trabalho, pode-se concluir que todas as modalidades de sinalização do trânsito apresentadas, são imprescindíveis para manter a organização e segurança durante o tráfego, evitando, dessa forma, um grande número de acidentes.

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Nesse estudo podemos constatar que a sinalização semafórica é a mais utilizada pelos condutores de veículos na zona urbana, uma vez que é a forma mais didática. Já a sinalização por gestos, é bastante utilizada nas blitz, pois, como verificamos, as ordens emanadas pelos agentes da autoridade de trânsito sempre prevalece sobre a sinalização e sobre as regras de circulação.

Quanto à sinalização sonora, faz-se necessária quando ocorre um desvio de rota no caso de acidente, ou alguma obra que esteja sendo realizada no local que requer tal desvio.

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Bibliografia e Consulta

http://www.denatran.gov.br/publicacoes/download/minuta_contran/Arquivo%201.pdf

http://www.denatran.gov.br/minuta_contran1.htm

SEMTRAN PMPV – Av. Amazonas 1576, centro, Porto Velho – RO. Contato: Eng. Francisco Ciarini

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