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1
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde
Curso de Medicina Veterinária
Trabalho de Conclusão de Curso (T.C.C)
CURITIBA
2011
2
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde
Curso de Medicina Veterinária
A IMPORTÂNCIA DO MÉDICO VETERINÁRIO NA ORIENTAÇÃO
NUTRICIONAL DE CÃES E GATOS E MARKETING
VETERINÁRIO
CURITIBA
2011
3
Gustavo Manzano Leite de Oliveira
A IMPORTÂNCIA DO MÉDICO VETERINÁRIO NA ORIENTAÇÃO
NUTRICIONAL DE CÃES E GATOS
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Medicina Veterinária da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para obtenção do título de Médica Veterinária. Professora Orientadora: Prof.ª Elza Maria Galvão Ciffoni. Orientador Profissional: MV Li Van Clif Fontana Girardi.
CURITIBA
2011
4
Reitor
Prof. Luiz Guilherme Rangel Santos
Pró - Reitor Administrativo
Sr. Carlos Eduardo Rangel Santos
Pró - Reitoria Acadêmica
Prof.ª Carmem Luiza da Silva
Pró - Reitor de Planejamento e Avaliação
Sr. Afonso Celso Rangel Santos
Pró - Reitoria de Pós- graduação, Pesquisa e Extens ão
Prof. Roberval Eloy Pereira
Secretario Geral
Prof. João Henrique Faryniuk
Coordenadora do Curso de Medicina Veterinária
Prof.ª Ana Laura Angeli
Coordenadora de Estágio Curricular do Curso de Medi cina Veterinária
Prof.ª Ana Laura Angeli
Metodologia Científica
Prof. Jair Mendes Marques
CAMPUS PROF. SIDNEY LIMA SANTOS
Rua Sidney A. Rangel Santos, 238 – Santo Inácio
CEP: 82010-330- Curitiba- Paraná
Telefone: 3331-7700
5
TERMO DE APROVAÇÃO
GUSTAVO MANZANO LEITE DE OLIVEIRA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (T.C.C.)
Este trabalho de conclusão de Curso foi julgado e aprovado para obtenção de título de Medico Veterinário por uma banca examinadora do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná.
Curitiba, 14 de Junho de 2011.
________________________ Medicina Veterinária
Universidade Tuiuti do Paraná
________________________ Orientadora: Profª. Elza Maria Galvão Ciffoni
Universidade Tuiuti do Paraná
_______________________ Profº Welington Hartmann
Universidade Tuiuti do Paraná
________________________ Profº Antonio Carlos Nascimento
Universidade Tuiuti do Paraná
6
APRESENTAÇÃO
Este Trabalho de Conclusão de Curso (T.C.C.) apresentado ao curso de
Medicina Veterinária da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da
Universidade Tuiuti do Paraná, Campus Barigui, pelo universitário Gustavo
Manzano Leite de Oliveira, como requisito parcial para a obtenção de título de
Médico Veterinário, sendo composto de Relatório de Estágio, no qual são
descritas atividades realizadas durante o período de estágio de conclusão do
curso, na Petland Central de Distribuição Royal Canin, localizada no município
de Curitiba – PR, e relato bibliográfico sobre marketing, alimentos e nutrição
para cães e gatos, orientação nutricional e a formação de médicos veterinários
regionais pela indústria para atuação no mercado técnico-comercial.
7
“A única diferença entre o sucesso e o
fracasso reside na capacidade de
sermos pessoas ativas.”
Alexander Graham Bell
8
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer primeiramente a Deus por ter me acompanhado
nessa jornada e me dado forças para nunca desistir.
Aos meus pais, Fernando e Marlene, que investiram em meus estudos e confiaram em mim, pois se não fossem eles eu não estaria passando por esta situação neste momento. Ao meu irmão, que foi fundamental nesta estrada percorrida cheia de percalços. Aos meus tios e tias, primos e primas que contribuíram muito sem ao menos imaginar o quanto estavam realizando. Aos professores que passaram por minha vida, muitas vezes sempre dedicados a transmitir os conhecimentos da melhor forma possível. A professora Elza Maria Galvão Ciffoni, uma excelente pessoa e profissional, a qual merece todo meu respeito e eterna gratidão. Por não me tratar somente como aluno, mas também como amigo, com conselhos e palavras de incentivo. Nunca me esquecerei. À equipe da Petland, Central de distribuição Royal Canin – Curitiba, em especial ao médico veterinário Angelo Wan por uma orientação profissional, por me ensinar tanto e pelo companheirismo. Enfim, agradeço a todos que fazem e fizeram parte de todo este capítulo da minha vida e que de toda forma me fez ser mais forte hoje. Muito obrigado!
9
RESUMO
Entre o período 18 de março de 2011 e 23 de maio de 2011 foi realizado estágio obrigatório na Central de Distribuição Royal Canin Curitiba (CDRC – Curitiba), Petland Comércio de Produtos para Animais, localizada na região do bairro Órleans, em Curitiba. As atividades realizadas compreenderam em acompanhar treinamentos da equipe comercial; coordenação de projetos; eventos comerciais; treinamentos para médicos veterinário; formação de veterinários regionais da Royal Canin; reuniões estratégicas comerciais; participação do projeto Vet Assistance da Royal Canin e Parceiro Padrão, e cadastramento de médicos veterinários. Constituindo como objetivo principal melhor compreendimento da importância do médico veterinário na orientação nutricional de cães e gatos e a necessidade de assistência técnica no pós venda. Além disso, com a revisão bibliográfica, foram abordados conceitos relacionados à utilização de alimentos nutracêuticos presentes nos alimentos de cães e gatos, marketing e como pode influenciar o proprietário na alimentação do seu cão e/ou gato. Sob orientação profissional do médico veterinário Li Van Clif Fontana Girardi e orientadora acadêmica a médica veterinária Professora Elza Maria Gavão Ciffoni. Palavras-chave: orientação nutricional, cães e gatos, veterinário.
10
LISTA DE ABREVIATURAS
ACC avaliação da condição corpórea
AGE ácidos graxos essenciais
CDRC central de distribuição Royal Canin
cm centímetros
EER exigência energética de repouso
EM energia metabolizável
FOS fruto-oligossacarídeos
g gramas
IC insuficiência cardíaca
IRA insuficiência renal aguda
IRC insuficiência renal crônica
kcal quilocalorias
mg miligramas
MOS manan-oligossacarídeos
11
PDV ponto de venda
CF custo fixo
R&B custo & benefício
P&D pesquisa & desenvolvimento
UC universo criadores
UV universo veterinário
ENSAM escola nacional superior de artes e métiers de angers
12
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – ENTRADA DA CENTRAL DE
DISTRIBUIÇÃO ROYAL CANIN – PETLAND
18
FIGURA 1.1 – ENTRADA DA CENTRAL DE
DISTRIBUIÇÃO ROYAL CANIN – PETLAND
18
FIGURA 2 – PARTE INTERNA DA CENTRAL – SALA DE
REUNIÕES
19
FIGURA 2.1 – PARTE INTERNA DA CENTRAL – SALA
DE REUNIÕES
20
FIGURA 3 – BARRACÃO DE ESTOCAGEM
FIGURA 4 – PALETES
FUGURA 5 – NUTRIENTES ESSENCIAIS
21
21
30
13
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................... 14
2. DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO................... .........................
3. ATIVIDADES REALIZADAS DURANTE O ESTÁGIO......... ..............
15
22
4. UMA BREVE PALAVRA SOBRE MARKETING VETERINÁRIO.. ...
5. ALIMENTO FUNCIONAL X ALIMENTO NUTRACÊUTICO...... .........
26
29
6. NUTRIÇÃO SAÚDE.................................. .......................................... 31
7. O COMPORTAMENTO ALIMENTAR NAS DIFERENTES FASES D E
VIDA E DIFERENTES PORTE ........................................................
33
7.1 Prenhez e Lactação........................................................................... 33
7.2 Filhote................................................................................................ 34
7.3 Crescimento do cão........................................................................... 35
7.4 A alimentação dos gatos....................................................................
7.5 Manutenção.......................................................................................
7.6 Maturidade.........................................................................................
39
40
43
8. INGREDIENTES FUNCIONAIS.......................................................... 46
8 .1 Antioxidantes..................................................................................... 46
8.2 Condroitina......................................................................................... 47
8.3 Ácidos graxos essenciais................................................................... 47
8.4 Argilas................................................................................................ 48
8.5 Prebióticos......................................................................................... 49
9. ALIMENTO DE PRESCRIÇÃO.......................... .................................. 50
9.1 Alimentos para pacientes obesos...................................................... 50
9.2 Alimentos para pacientes cardiopatas............................................... 52
9.3 Alimentos para pacientes nefropatas................................................. 53
9.4 Alimentos para pacientes hepatopatas.............................................. 54
10. RELAÇÃO CUSTO x BENEFÍCIO DE ALIMENTOS
INDUSTRIALIZADOS STANDARD E SUPER PREMIUM.......... ...........
55
11. COMO O PROPRIETÁRIO PODE INFLUENCIAR A ALIMENTA ÇÃO
DO SEU ANIMAL DE ESTIMAÇÃO
ESTIMAÇÃO.......................................... ...............................................
59
12. CONCLUSÃO...................................... ............................................ 59
13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................... ............................ 62
14
I NTRODUÇÃO
Atualmente o conceito do médico veterinário é tido como referência
principal na orientação nutricional de cães e gatos. Mesmo em uma referência
que há pouco, confere mais tempo para abordagens e discussões. O mercado
mostra-se crescente e interessado. Demonstrando da mesma forma, a
necessidade do médico veterinário em valorizar essa área de atuação e assim
absorver toda extensão de informações que a indústria, baseada em pesquisas
comprovadas, pode proporcionar.
O conhecimento da base da nutrição se faz de extrema importância para
profissionais que optem aos cuidados de cães e gatos. Conhecimento e
respeito das espécies, as raças, fases de vida, porte, comportamento e estilo
de vida dos animais de companhia também são vitais para o bom
desenvolvimento do profissional nesta área da medicina veterinária. Este
trabalho também se faz de uma revisão bibliográfica abordando o tema a
respeito da utilização de substâncias nutracêuticas em alimentos para animais
de estimação.
O estágio obrigatório tem como objetivo aprimorar os conhecimentos
adquiridos durante a graduação com conhecimentos teóricos e práticos.
Também houve um parâmetro de acompanhamento do trabalho do Veterinário
Regional pela CDRC no período e conhecimentos maiores com a ferramenta
de mapeamento (cadastro de Médicos Veterinários, saber o que vem sendo
realizado junto aos veterinários, pontos de venda (pet shop e clínica
veterinária) e às universidades de veterinária na região).
15
2. DESCRIÇÃO DO LOCAL DO ESTÁGIO
O estágio realizado foi orientado pelo médico veterinário Li Van Cliff
Fontana Girardi na Petland Comércio de Produtos para Animais Ltda., situada
à Rua Virginia Dallabona, 1325 no bairro Nova Orleans, na cidade de Curitiba,
inscrita na Junta Comercial do Estado do Paraná com numeração de CNPJ.
00.922.935/0001-25 e Inscrição Estadual 901.01483-30. A distribuição de
produtos industrializados abrange também Agener União (laboratório),
MegaZoo (alimento super premium para passariformes), Electrolux (aspirador
especial para proprietários de cães e gatos) e Pet Passion (perfume para cães
e gatos).
A empresa iniciou em junho de 1994, como Petfood Comércio de
Produtos para Animais Ltda. Em 1996, foi criada a empresa Petland que
herdou todas as operações da antiga Petfood, que encerrou suas atividades.
A Petland optou por uma localização que privilegia o processo de
logística, pois está situada às margens da BR 277, próxima ao contorno sul,
favorecendo tanto o acesso aos bairros da capital como as principais cidades
da região atuante. A finalidade principal da empresa é distribuir os produtos da
marca Royal Canin, uma multinacional de origem francesa, com uma de suas
sedes instalada no município de Descalvado, no Estado de São Paulo.
A Petland é uma das mais antigas centrais, com concessão para
distribuição em parte do estado do Paraná, ou seja, tem como área de atuação
e distribuição, a cidade de Curitiba e região Metropolitana, litoral paranaense,
as cidades de Ponta Grossa, Castro, Irati, Palmeira, Guarapuava, entre outras
cidades do interior.
16
A venda e distribuição são feitas somente para o circuito especializado,
que é composto por criadores profissionais, petshops, aviários, agropecuários e
clínicas veterinárias, devido ao posicionamento do fabricante de não
comercializar seus produtos em locais convencionais como supermercados,
farmácias e lojas de conveniência.
A diretoria da Petland é dividida entre dois sócios: Ângelo Wan, é
responsável pela área comercial, e Felix Wan, responsável pela parte
administrativa. O quadro funcional da empresa é formado por 40 funcionários,
sendo dividido em três equipes de trabalho: equipe de vendas, de entrega e
administrativa. A Petland segue o Regime da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT).
Visão “Ser um modelo de empresa de distribuição, sendo referência
nacional em serviços técnicos e comerciais aos veterinários, ser uma empresa
que seja querida pelos seus colaboradores e uma empresa importante na
comunidade”.
Valores “Respeitar os valores humanos, desde aos colaboradores,
parceiros e consumidores finais, acreditando que nossos clientes são os
nossos verdadeiros acionistas e merecem a nossa melhor atenção e
tratamento, prática da ética em todas as ações e atitudes, evitando prejudicar o
próximo, sendo nossa finalidade de trabalho promover o desenvolvimento de
todos que aqui participam, para que possam crescer e produzir, no sentido de
prover o bem e ajudar o próximo”.
A Royal Canin estabelece objetivo a ser atingida por toda a cadeia de
distribuição e, por sua vez, a Petland procura contribuir para atingi-los, assim
um dos objetivos passa por satisfazer o consumidor e o lojista. Existe um grau
17
de dependência muito grande dos clientes que revendem a marca Royal Canin,
pois devido a grande procura pelos produtos, se faz necessário evitar
desabastecimento dos pontos de venda. Para isso a Petland trabalha com
estoques suficientes para suprir as necessidades, fazendo assim um diferencial
perante seus concorrentes. Sendo assim o mercado tem um conceito de
confiabilidade no que diz respeito à disponibilidade de mercadoria. Os clientes
necessitam muitas vezes de produtos em caráter de urgência, o que também
acaba por privilegiar o posicionamento da Petland no mercado.
A Royal Canin é responsável por 98% do volume de compras da
Petland. É a única com contrato de distribuição exclusiva, além de manter sigilo
de seus dados e conteúdos, que estão restritos aos seus diretores.
A distribuidora conta com serviços de venda técnica e comercial,
assistência nutricional ao médico veterinário, ao lojista e ao consumidor final. A
CDRC Curitiba – Petland (FIGURA 1 e 1.1) contém barracão para
armazenamento dos alimentos, salas de reuniões (FIGURA 2 e 2.1), sala de
estoque de medicamentos, uma sala para o financeiro e cobranças e uma
recepção com atendente, cozinha e banheiros. O quadro de funcionários é
composto por 40 pessoas.
18
FIGURA 1 – ENTRADA DA CENTRAL DE DISTRIBUIÇÃO ROYAL
CANIN CURITIBA – PETLAND
FIGURA 1.1 – ENTRADA DA CDRC CURITIBA - PETLAND
19
O horário de funcionamento da distribuidora é de segunda a sexta-feira
das 08h30min a 12h30min e 13h30min a 19h00min.
A Petland oferece auxílio ao representante comercial com treinamentos,
reuniões de motivação, formações com veterinários e promotores técnicos de
outras áreas do Brasil e acompanhamento do supervisor comercial.
FIGURA 2 – SALA DE REUNIÕES
20
FIGURA 2.1 – SALA DE REUNIÕES
A distribuidora entrega para o médico veterinário técnico-comercial uma
cartilha com o nome de lojas, consultórios, clínicas e hospitais veterinários a
serem atendidos como promotor técnico e vendas, dando total
acompanhamento durante o trabalho realizado, ajudando a montar o roteiro de
visitas e estimulando a aumentar o número de lojas a serem atendidas. Assim
como, apresentações sobre temas pré-determinados.
O alimento na distribuidora é armazenado em um barracão ventilado
(FIGURA 3) e sobreposto em paletes (FIGURA 4) para que não fique em
contato diretamente com o chão, para não absorver a umidade e para evitar
21
insetos. Além disso, a distribuidora contém controle de pragas e roedores para
o melhor armazenamento da ração.
FIGURA 3 – BARRACÃO DE ESTOCAGEM
FIGURA 4 – PALETES
22
3. ATIVIDADES REALIZADAS DURANTE O ESTÁGIO
Em reuniões em grupo deu-se foco ao desempenho de cada vendedor,
motivando-os a melhorar e a continuar adequadamente o trabalho. Esses
profissionais também participavam de reuniões individuais para sanar dúvidas
de desempenho e para conversar sobre algum assunto em particular.
Nos treinamentos com o veterinário regional da fábrica tiravam-se
dúvidas referentes aos alimentos utilizados e desenvolveu-se argumentos
fundamentais para impulsionar as vendas.
Nas vendas ao lojista, além do suporte nutricional e clínico, mostrou-se a
necessidade da explicação ao consumidor final a respeito da importância de se
oferecer aos animais alimentos balanceados e de ótima qualidade.
Além disso, foram feitos acompanhamentos junto ao supervisor em
visitas às clínicas e lojas, dando mais apoio ao vendedor ou promotor técnico,
o qual abrange técnicas de venda e argumentação para um melhor
desempenho. Além do acompanhamento a campo do supervisor, houve o
acompanhamento interno, monitorando números de vendas, expectativas e
motivação.
Participação na formação de médicos veterinários regionais promovido
em Águas de Lindóia - SP, com duração de 40h de carga horária. Promovido
pela empresa Ativa competências – Treinamento e Desenvolvimento do Corpo
ativo, contratada pela Royal Canin Brasil para prestar seus serviços e pela
própria empresa Royal Canin. Recebimento de noções sobre apresentações
23
em palestras e postura em treinamentos, dinâmicas de grupo, motivação dos
novos profissionais, história da marca, história do grupo Mars.
Em reuniões com orientador e coordenação comercial da Petland eram
traçadas estratégias comerciais para melhor participação no mercado de pet
food. Foram organizados os materiais que utilizaríamos em eventos dos quais
iríamos participar. Realizada a divisão de tarefas e responsabilidades. Quais
equipes que deveríamos ser responsáveis pelo trabalho efetuado e seus
respectivos resultados. Assim como, deveríamos motivar nossa equipe e
mostrar o melhor caminho para obtenção do sucesso nas vendas em difíceis
clientes e também como manter o pós-venda. A equipe era composta por 2
estudantes de medicina veterinária na PUC-PR do 3ºano, Luciano Ottaviano e
Amanda Rigoleto, promotores técnicos.
Foram realizados diversos treinamentos sobre produtos da Royal Canin,
seus benefícios e forma de utilizá-los, técnicas de apresentação, técnicas de
vendas, treinamentos motivacionais e marketing direcionado ao meio médico
veterinário.
Foram desenvolvidas atividades relacionadas ao auxílio no atendimento
nutricional clínico e de manutenção fisiológica aos médicos veterinário, aos
lojistas e aos consumidores finais, dando apoio e melhor esclarecimento para o
uso correto dos produtos.
Além de vendas diretas aos médicos veterinários, criadores e lojistas, a
empresa oferece atendimento especializado por meio de palestras e apoio aos
representantes comerciais na parte nutricional e de vendas, o que influencia a
parte clínica do animal e o aprofundamento na parte de marketing veterinário.
24
Durante o estágio, foram atendidos, em média, seis clinicas veterinárias
por dia, totalizando até 30 clínicas semanais. As Universidades com o curso em
Curitiba também foram visitadas com freqüência.
Foi realizada pesquisa bibliográfica a respeito da diferença entre
alimentos nutracêuticos e funcionais para melhor conhecimento e
aprofundamento, bem como melhorar a compreensão das etapas seguintes,
dos ingredientes principais utilizados em alimentos industrializados, da relação
nutrição e saúde com diferentes etapas na vida do animal, das linhas de
prescrições como linha de tratamento. Estudou-se qual a relação custo x
benefício para o consumidor final, dando-se uma abordagem sucinta de como o
médico veterinário pode influenciar na orientação da alimentação dos animais
de estimação, cão e gato, e algumas dicas sobre o marketing veterinário e seu
avanço.
Houve participação no Programa Parceiro Padrão Royal Canin 2011.
Este programa elaborado pela Royal Canin do Brasil tem por finalidade
orientar, avaliar e reconhecer a Central de Distribuição Royal Canin, CDRC,
com relação ao seu desempenho geral a cada período e no ano. A seguir, a
uma breve explicação sobre o projeto.
PROJETOS E PLANEJAMENTO DA EQUIPE TÉCNICA VETERINÁRIA
Envio do Relatório do(s) Veterinário(s) Regional(is) até o SEGUNDO dia
útil de cada S1;
Realização igual ou superior a 6 visitas por dia útil pelo(s) Veterinário(s)
Regional(is);
25
Realização de pelo menos 4 Mini meetings por período, sendo pelo
menos 1 para Médicos Veterinários por Veterinário(s) Regional(is);
Realização de pelo menos 1 ou mais treinamentos para a equipe da
própria CDRC por período;
4. UMA BREVE PALAVRA SOBRE O MARKETING VETERINÁRIO
Em cinqüenta anos mais ou menos, a publicidade tornou-se um dos
componentes indispensáveis da nossa sociedade de consumo. Não se
contenta mais em promover um produto. Ela lança modas.
O cão tornou-se, no decorrer do tempo, um argumento de venda, seja
pelo que representa, seja como “consumidor em potencial”. Pondo de lado os
produtos que sejam realmente destinados a eles, os cães e gatos servem para
vender tudo e qualquer coisa. Eles estão sujeitos ao risco da repetição da
mídia, que poderá torná-lo um fenômeno da moda, sem considerar as
conseqüências que poderão levar à “raça da moda”.
Independentemente, observamos que o conceito do homem frente ao
cão e ao gato, está cada vez melhor. Talvez pelo crescente aprimoramento do
profissional veterinário ou com o maior desejo do proprietário em saber o que
realmente está acontecendo, o avanço das tecnologias direcionadas, o acesso
do médico veterinário a estas tecnologias, etc. Enfim, por diversos fatores o
mundo cão e o mundo gato está em pleno crescimento. O profissional
veterinário deve saber explorar este mercado em ascensão. A ferramenta de
negócio como o Marketing, torna-se indispensável.
26
Um livro de marketing não é apenas um livro de estudo, mas trata-se de
um enredo de um romance entre a empresa e o mercado. Se não for bem
gerenciado torna-se um drama (BEKIN, 1989).
De um modo geral, o marketing não deve ser uma preocupação somente
de médicos veterinários que estão na área comercial como vendedores
externos, mas também para os que estão em consultórios, clínicas, hospitais
ou que apenas abriram um estabelecimento para vendas. Estes precisam
vender o seu próprio negócio e de qualquer maneira fidelizar o cliente a
retornar ao seu estabelecimento.
Marketing é uma maneira de atrair o seu cliente de forma que, quando
ele ver o produto em uma vitrine ou em comercial de televisão, o mesmo vai ter
a vontade e a “necessidade” em obtê-lo.
Uma das funções mais importantes do marketing consiste em ajudar um
empreendimento a mostrar seu melhor aspecto quando levantar fundos
(LODISH, 2002). Marketing veterinário é uma ferramenta de gerenciamento,
com métodos direcionados para a empresa veterinária alcançar lucratividade
com ética (FLOISI, 2001).
O conceito de marketing assume que o segredo para atingirmos metas
organizacionais, consiste em determinar e avaliar as necessidades e os
desejos do mercado-alvo escolhido após uma detalhada e orientada pesquisa
de marketing, e assim passar a oferecer as satisfações desejadas de forma
bem mais eficaz e eficiente do que as empresas concorrentes, também
prestadoras de serviços médico-veterinários, de maneira a preservar ou então
ampliar o bem-estar dos clientes, famílias e da comunidade (FLOISI, 2001).
27
É importante ter um bom plano de marketing, para que o negócio possa
expandir e que não haja inconvenientes. Um bom planejamento é feito com
estatísticas de mercado, a tendência do mercado, como é a região onde está
trabalhando, número de rações vendidas por mês e quais são vendidas,
número de clientes de banho e tosa, número de clientes de atendimento e qual
é o giro de medicamentos no estabelecimento.
Tendo isso em vista fica mais fácil ter um planejamento de custo e
investimento futuro no estabelecimento.
Assim como existe o marketing utilizado pelos fabricantes de rações que
visam o que é necessário e importante para o consumidor final (o animal de
estimação) e existe o marketing pessoal que os representantes de alimento,
medicamento ou acessórios de produtos pet precisam elaborar, pois esses
precisam ser um solucionador de problemas e não apenas um “tirador” de
pedidos.
O solucionador de problemas vai chegar ao estabelecimento e vai tentar
suprir toda e qualquer dificuldade do lojista e vai ajudá-lo a aumentar suas
vendas com estratégias diferenciadas, gerando assim a prosperidade do
negócio de seu cliente. O “tirador” de pedidos vai simplesmente refazer o
estoque sem se preocupar com o que o lojista realmente necessita.
Cada empresa tem seu produto ou serviço básico e um produto distinto
denominado ação (LODISH, 2002). Tratar a base de clientes dessas ações
com o mesmo cuidado e atenção dedicados àqueles clientes de produtos e
serviços é fundamental para o sucesso (LODISH, 2002).
28
5. ALIMENTO FUNCIONAL x ALIMENTO NUTRACÊUTICO
Ingredientes versus Nutriente? Um ingrediente é um elemento
constitutivo, ou substância que faz parte de uma mistura, em um sentido amplo.
Os ingredientes são as matérias-primas que compõe um alimento, sendo estes
combinados de acordo com a fórmula e as necessidades dos animais, de modo
que juntos e em proporções adequadas componham um alimento balanceado.
Os nutrientes são compostos químicos assimiláveis pelo organismo,
obtidos a partir dos ingredientes que compõe os alimentos.
Os nutrientes estão agrupados por famílias, e desempenham inúmeras
funções no organismo, como obtenção de energia, síntese de tecidos,
hormônios, enzimas e outras substâncias essenciais.
Desta forma, os nutrientes são indispensáveis para o metabolismo, a
manutenção do organismo vivo, a reprodução, o crescimento e a recuperação
de doenças.
Quando se conhece as principais diferenças entre alimento nutracêutico
e alimento funcional fica mais fácil compreender o porquê da necessidade da
utilização de diferentes alimentações durante a vida do animal.
29
Um alimento pode ser considerado funcional se for demonstrado que o
mesmo pode afetar beneficamente uma ou mais funções-alvo no organismo,
além de possuir os adequados efeitos nutricionais, de maneira que seja tanto
relevante para o bem-estar e a saúde, quanto para a redução do risco de
ocorrência de uma doença (MORAES et all, 2006).
Além de nutrir os seres vivos, esses alimentos podem assegurar os
materiais necessários para a formação, o crescimento e reparação das células
e tecidos; para o seu metabolismo equilibrado; e para os constituintes
orgânicos necessários à produção de energia (ALMEIDA, 1997).
Os alimentos funcionais são benéficos à saúde, este efeito ocorre em
sua maioria quando estes são consumidos como parte de uma dieta usual. A
indicação envolve o maior uso de vegetais, frutas, cereais integrais na
alimentação regular (CARDOSO, 2008).
Com relação aos nutracêuticos, pode-se defini-los como alimentos ou
parte de um alimento que proporciona benefícios médicos e de saúde,
incluindo a prevenção e/ou tratamento da doença, sendo o mesmo uma
substância de ocorrência natural com evidente efeito benéfico à saúde que faça
parte, como ingrediente, de alimentos funcionais ou suplementos alimentares.
Os nutracêuticos podem ser classificados como fibras dietéticas, ácidos
graxos polinsaturados, proteínas, peptídeos, aminoácidos, minerais, vitaminas
antioxidantes, e outros antioxidantes (FIGURA 5) (WORTINGER, 2009).
Nutrientes essenciais podem ser consideradas nutracêuticos desde que
proporcionem reais benefícios além do seu papel essencial no crescimento
normal ou na manutenção do corpo humano (NOGUEIRA, 2008).
30
FIGURA 5 – NUTRIENTES ESSENCIAIS
31
6. NUTRIÇÃO SAÚDE
Nutrição, uma ciência em movimento.
A nutrição animal é a ciência que visa descobrir os nutrientes essenciais,
e o que eles trazem de benefícios para o animal nas quantidades ingeridas.
Atualmente, o alimento deixou de ter a simples função de manter os
animais domésticos alimentados. Hoje é possível formular alimentos em função
de necessidades que precisam ser consideradas e de carências que precisam
ser combatidas.
Impulsionados pelas pesquisas veterinárias e científicas, estamos em via
de ultrapassar o conceito tradicional de nutrição, quer dizer, construir e
sustentar o organismo e lhe fornecer energia para integrar sua dimensão
preventiva. É o nascimento da nutrição saúde.
Os alimentos passaram então a ser desenvolvidos para oferecer os
nutrientes adequados de acordo com a idade, o porte, a raça e necessidades
específicas, sendo capaz de reverter insuficiências fisiológicas ou adquiridas
em função do estilo de vida, prevenir doenças e fortalecer a saúde do animal.
Estima-se que nos últimos 15 anos os cães ganharam cerca de 3 anos
em expectativa de vida graças aos avanços na medicina veterinária e a
nutrição animal.
Uma pesquisa demonstrou que nos últimos 10 anos, o número de
publicações sobre “Saúde” e “Nutrição” dobrou.
32
A Royal Canin foi pioneira nessas pesquisas e desenvolvimento de
produtos que contribuíram para que nossos cães e gatos pudessem usufruir
desse imenso benefício, iniciando uma nova fase baseada na Nutrição Saúde.
E se por um lado, o suporte nutricional é hoje unanimemente
reconhecido como parte integrante do tratamento de animais hospitalizados,
por outro lado, definir, calcular e cobrir as necessidades nutricionais continua a
ser um problema.
As conseqüências da má nutrição são bastante diferentes em animais
normais e animais doentes.
Antes de qualquer conceito deve-se considerar que cães são semi-
carnívoros e gatos carnívoros estritos.
Uma alimentação equilibrada equivale a uma alimentação saudável.
Uma alimentação equilibrada significa ter todos os nutrientes necessários na
refeição que o organismo necessita.
Segundo o Professor Dominique Grandjean (2003), existem três
principais objetivos da nutrição clínica, sendo eles:
•••• Construção e manutenção do organismo: sendo o papel das proteínas,
dos minerais e dos oligo-elementos, das vitaminas e de certos lipídeos.
•••• Fornecimento de energia: lipídios, glicídios e proteínas.
•••• Alimentar é prevenir, ou seja, determinados nutrientes incorporados ao
alimento (antioxidantes, argilas), podem atuar, por exemplo, na
prevenção de riscos de afecções renais e perturbações digestivas, no
combate ao envelhecimento.
33
7. O COMPORTAMENTO ALIMENTAR NAS DIFERENTES FASES DE
VIDA E PORTE
Os cães encontram-se entre as espécies animais que apresentam maior
variação no peso adulto, desde o pequeno Chiuahua até o grande São
Bernardo (ANDRIGUETTO, 1983). Segundo esse autor essa variação em peso
apresenta a primeira dificuldade em se estabelecer a correta necessidade de
nutrientes.
Existem fases no metabolismo do animal que apresentam necessidades
nutricionais distintas. Assim, para manter o organismo em perfeito equilíbrio é
necessário que sejam respeitadas essas fases, como prenhez, lactação,
crescimento e fase senil.
7.1 PRENHEZ E LACTAÇÃO
Recomenda-se que, quando a mesma tiver prenhez confirmada, seja
oferecida uma ração balanceada, para garantir o atendimento de suas
necessidades nutricionais. Sugere-se, além disso, aumentar a quantidade de
ração oferecida à cadela em 15% a cada semana, a partir da quinta semana de
gestação até o parto (WORTINGER, 2009).
No período de lactação, a cadela não requer apenas que sejam
atendidas suas necessidades nutricionais, mas também a produção de leite até
o término da lactação, sendo assim uma ração com alta energia, pois sua
necessidade energética aumenta gradativamente. Água à vontade é
34
imprescindível na lactação, pois seu consumo de maneira inadequada diminui
a quantidade de leite produzido (WORTINGER, 2009).
Existem algumas diferenças com relação às gatas, que apresentam, um
aumento de peso durante a gestação diferente de outras espécies, ela
armazena energia durante este período e para depois da fase da lactação,
onde os filhotes já poderão ingerir o alimento sólido. Ela deve ser alimentada
com ração apropriada para suas condições e ad libitum, ou seja, a vontade.
Diferentemente dos cães, os gatos quando filhotes têm um crescimento
mais rápido, tendo necessidades energéticas maiores. A produção de leite
depende da quantidade de filhotes da ninhada e também pelo consumo de
água. Observa-se que a gata está produzindo bastante leite, pelo
acompanhamento do crescimento dos filhotes, bem como pelo ganho de peso
dos mesmos.
7.2 FILHOTES
Os filhotes recém-nascidos devem receber o colostro produzido pela
mãe durante as primeiras 24 a 72h após o parto, que fornece nutrientes, água,
fatores de crescimento, enzimas digestivas e imunoglobulinas (anticorpos) da
mãe (WORTINGER, 2009). O teor de água no colostro é pequeno comparado
ao do leite, que aumentará a quantidade de água no decorrer dos dias de
amamentação.
O leite que não seja o materno não é recomendado, pelo teor de água,
gordura, proteína e cálcio, que é balanceado de acordo com a necessidade dos
filhotes e de cada espécie. Apesar da opção de lançar mão de alguns
35
substitutos do leite materno em pó em casos de morte da mãe ou até mesmo
em uma ninhada muito grande. O diferencial de leite comercial para gatos é
que eles contêm taurina, pois o gato não tem a produção de taurina adequada,
por não sintetizarem de maneira suficiente.
Quando o recém-nascido está apto a ingerir alimento industrializado é
importante lembrar que é necessário fazer a transição entre o leite e a dieta
sólida, a qual pode ser feito em duas etapas. A primeira etapa é adquirir a
papinha específica para desmame, comercial, em pó para ser misturada em
água. Após a reconstituição, a mesma apresenta-se como um mingau, para
comodidade dos donos. Esse processo é feito na terceira e quarta semana de
idade (WORTINGER, 2009). A segunda etapa é oferecer o alimento
industrializado em forma convencional.
7.3 O CRESCIMENTO DO CÃO
Após o cuidado com os recém-nascidos, desde o leite até o desmame, é
importante continuar a cuidar dos filhotes em seu crescimento, sendo que cada
raça tem seu crescimento diferenciado (TABELA 1). Por exemplo, cães de
pequeno porte (Chiuahua) apresentam metade do peso adulto em torno dos 3
meses e para cães de porte grande (Pastor Alemão) fica em torno de 6 meses.
Um Chiuahua atinge seu peso adulto em torno dos 8 meses. Ele então
multiplica seu peso ao nascimento por 20. Já um Dogue Alemão cresce ainda
até a idade de 18 a 24 meses, até que tenha multiplicado o seu peso ao
nascimento por aproximadamente 100. E isso envolvendo também a
maturidade sexual. Cães de porte pequeno, em média entram em maturidade
36
sexual com aproximadamente seis meses, já cães de porte grande e gigante
aos nove meses.
Os indivíduos de raças pequenas, aliando velocidade de crescimento e
grnade precocidade são, do nascimento ao desmame, já bastante pesados em
relação aquele que será seu peso quando adulto. Em outros termos
poderíamos dizer que o filhote de porte pequeno nasce 'melhor acabado' do
que um filhote de porte médio e ainda mais que um de porte gigante. Estes, ao
contrário, tem um peso ao nascimento relativamente baixo e capacidades de
crescimento fortes e prolongadas.
Estas diferenças de precocidade e de comportamento biológico de
crescimento são importantes entender, porque explicam o interesse que existe
para o cão adaptar sua alimentação não apenas à sua idade, mas também ao
porte.
O crescimento, como todos concordam, constitui o período mais crítico
na vida do cão, ela condiciona o seu desenvolvimento ótimo e também
sucedem fases de alto risco patológico, em especial na fase crescimento que
se segue ao desmame e que é mais intensa.
TABELA 1 – Comparativo com portes de raças (ROYAL CANIN, 2008):
Porte Peso do trato
digestório(%)/peso
total
Duração de
crescimento
médio
(meses)
Coeficiente de
peso de
nascimento/peso
adulto
Peso
adulto
médio
(Kg)
Expectativa
de vida média (ano)
Pequeno 7 10 20 1 a 10 14a 20
Médio 5 12 50 11 a 25 12a 15
Grande 3,5 15/18 70 26 a 45 9 a 14
37
O crescimento ideal dos animais é o crescimento lento, para que ocorra
uma perfeita harmonia entre desenvolvimento ósseo e muscular, cães de
pequeno porte crescem mais lentamente do que cães de grande porte. Estes
últimos crescem lentamente em torno dos seis meses de idade, depois dessa
idade há uma explosão de crescimento, podendo ocasionar problemas
articulares.
Oferecer o alimento adequado para os animais é imprescindível para
seu crescimento harmonioso. Este é composto por alto valor protéico e boa
digestibilidade, pois a necessidade protéica dos filhotes é maior do que de cães
adultos. Além de proteína de alta qualidade, é imprescindível um valor
energético equilibrado, para o crescimento ser ideal e não provocar obesidade
nesta fase.
Depois que o filhote é levado para casa é importante, assim como
indicam os médicos veterinários, não trocar de alimentação bruscamente, pois
essa mudança de ambiente alimentar pode levar a algumas alterações
intestinais, por exemplo diarréia osmótica. Portanto, quando o filhote é levado
para casa é importante dar a mesma alimentação que ele estava ingerindo
anteriormente. Caso o proprietário queira mudar o alimento, conforme a
recomendação dos fabricantes, esta deve ocorrer durante sete dias,
começando a introduzir inicialmente 90 % do alimento utilizado com 10% do
alimento novo, e assim mudar gradativamente até completar 100% do novo
alimento.
Durante os períodos de crescimento rápido, é melhor utilizar a
alimentação controlada por porções, duas a quatro vezes ao dia
38
(WORTINGER, 2009). Sempre acompanhar o verso da embalagem do
alimento para acompanhar a quantidade de ração diária.
Animais de raças grandes e gigantes devem ter maiores cuidados, pois
seu crescimento é acelerado e seu ganho de peso também. Dessa forma, o
animal deve ingerir alimentos de qualidade e com o formato da ração adequado
para o tamanho de sua arcada dentária e de seu estômago. Geralmente,
animais de raças grandes e gigantes têm muita pressa para comer, podendo
ocasionar problemas clínicos como torção gastrintestinal. Assim, é indicado a
esses animais o fornecimento de alimentos na forma de croquetes grandes,
para maior adaptação alimentar. Oferecer alimentos com suplementação de
sulfato de condroitina para seu crescimento ideal, pois animais desse porte têm
disposição a ter doenças articulares, como displasia coxofemoral (DCF),
osteocondrose (OCD), sendo nessas condições influenciadas a genética do
animal e o manejo nele praticado e com energia metabolizável controlada, para
o controle da obesidade.
A displasia coxofemoral é um desajuste entre a cabeça do fêmur e o
acetábulo, que permite uma movimentação excessiva da cabeça do fêmur. O
resultado é a lesão, inflamação e, eventualmente, o enfraquecimento da
articulação coxofemoral (ARCHIBALD, 1986).
A osteocondrose é o processo patológico na cartilagem em crescimento,
principalmente caracterizado por distúrbio da ossificação endocondral que leva
a retenção excessiva de cartilagem (TILLEY, 2008).
39
7.4 A ALIMENTAÇÃO DOS GATOS
A alimentação do gato segue o mesmo intuito da indicada para cães,
com valor energético alto e boa digestibilidade para um crescimento
harmonioso, tendo uma vida adulta saudável. A diferença entre a alimentação
de gatos com a de cães, é que desde pequenos os gatos precisam da
implementação de taurina em seu alimento e um controle do ph urinário, para
evitar cálculos urinários antes do tempo.
A maturidade sexual do gato acontece aproximadamente com seis
meses de idade, sua maturidade esquelética com 10 meses de idade e seu
ganho de peso adicional é com 12 meses de idade, a partir dessa idade
sempre controlar o peso do animal para não ocasionar obesidade no futuro.
A digestibilidade da proteína no gato dever ser de no mínimo 85% para
um crescimento ideal, tendo o valor da proteína de igual ou maior valor de
26%. Pelo menos 19% da proteína deve ser de origem animal, para garantir
quantidades adequadas de aminoácidos contendo enxofre (WORTINGER,
2009). Gatos filhotes e adultos têm grande necessidade de enxofre, e o
aminoácido taurina tem essa quantidade de enxofre, sendo por isso que muito
utilizado nos alimentos de gatos.
Desde filhote oferecer alimento de duas a três vezes ao dia, um alimento
balanceado é igual ao crescimento adequado, acompanhar a alimentação do
filhote quando há gatos adultos na casa, pois estes podem dificultar a
alimentação do filhote e mesmo com o acompanhamento é interessante
separá-los na hora da refeição para que não haja nenhum tipo de stress na
hora da alimentação.
40
Deve-se continuar a realizar as avaliações da condição corpórea, e o
consumo alimentar deve ser ajustado durante o crescimento até a idade adulta
(WORTINGER, 2009).
7.5 MANUTENÇÃO
No final do crescimento, recomenda-se passar os filhotes a um regime
para adulto, e para a maioria deles a um regime dito 'manutenção' ou de
'conservação'. Estes regimes de manutenção são menos densos em energia,
gorduras e proteínas do que os alimentos de filhotes.
Cães que atingiram o tamanho de um adulto maduro e não estão em
gestação e lactação ou trabalhando ativamente são definidos como animais em
estado de manutenção (WORTINGER, 2009).
Hoje em dia parte dos animais de estimação em especial cães vivem
dentro de casa e apartamentos, não tendo muito espaço hábil para o exercício
diário, com isso, indica-se um alimento de manutenção de ótima qualidade,
com digestibilidade de proteína adequada. Devem também integrar o porte do
cão.
Para um animal em manutenção, as dietas devem seguir as seguintes
características (WORTINGER, 2009)
•••• Proporcionar quantidade, balanceamento e disponibilidade corretos de
nutrientes para manter a saúde física e mental e as atividades.
•••• Favorecer o melhor estado de saúde e, dessa maneira, reduzir a
suscetibilidade às doenças.
41
•••• Ser suficientemente rica em nutrientes para permitir que o animal supra
as suas exigências de nutrientes ao se alimentar de quantidade que
estejam nos limites estabelecidos pelo apetite.
•••• Ser suficientemente saborosa para assegurar um consumo adequado.
Lembrar que é importante fornecer alimento industrializado, pois o
mesmo está devidamente balanceado para as necessidades dos cães.
Alimentos caseiros não formulados pelo médico veterinário podem induzir risco
para o proprietário colocar sabores e temperos de sua preferência, pode
ocorrer predileção pela forma de alimentação do proprietário, como por
exemplo, alimentação vegetariana ou alimentação com restrição calórica em
casos de obesidade do proprietário. Por esses motivos, os médicos veterinários
devem ter a preferência por alimentos industrializados, pelo balanço nutricional
que neles contém, adequados às exigências nutricionais diárias dos animais.
Em cada rótulo de ração existe uma quantidade diária da alimentação
que deve ser seguida pelo proprietário do animal, para que não aconteça uma
superalimentação, ocasionando a obesidade e problemas articulares futuros. O
animal deve ser alimentado no mínimo duas vezes ao dia, para que não ocorra
ansiedade de espera na hora da refeição, com água fresca e limpa. As
mudanças freqüentes de dieta podem causar transtornos gastrointestinais e
produzir diarréia ou vômitos (WORTINGER, 2009).
Ás vezes, essas mudanças podem ser observadas quando os animais
são alimentados com uma marca comercial de menor qualidade que utiliza uma
fórmula variável, em vez de uma fórmula fixa (WORTINGER, 2009). Quando se
emprega a fórmula variável, os conteúdos podem mudar de lote para lote,
42
devido às condições de mercado ou à disponibilidade de produtos
(WORTINGER, 2009). Com a fórmula fixa, os ingredientes não mudam,
permanecem constantes de lote para lote (WORTINGER, 2009).
Os proprietários devem ser instruídos a ter como costume pesar os cães
com freqüência para que haja um controle de peso de seu animal de
estimação.
Com os gatos podemos seguir praticamente as mesmas orientações
com algumas particularidades.
Os gatos em geral têm particularidades de comportamento, por serem
carnívoros restritos, tem o instinto de caça, os proprietários domesticaram os
gatos, fazendo com que eles comam em comedouros específicos. Os
comedouros dos gatos precisam ser de tamanho grande, pois eles têm as
vibrissas, também conhecidas como “bigode do gato”, muito sensíveis ao
toque, quando essas vibrissas encostam no comedouro eles param de se
alimentar. A mesma coisa acontece em bebedouros, gatos gostam de água
limpa e fresca, o recomendado é utilizar água corrente para essa espécie.
Os gatos, anatomicamente são parecidos, mas cada raça tem suas
particularidades, menos evidenciadas em cães, por exemplo. Algumas raças
são mais ativas, como os abissínios e siameses, podem ter exigências
energéticas mais elevadas, enquanto outras, como o persa e o rag doll, tendem
a ser muito tranqüilas e gastar pouca energia, além de gastos de manutenção
(WORTINGER, 2009).
Os proprietários devem ser instruídos a avaliar sempre o peso corporal
de seus gatos a cada aproximadamente duas semanas para que não haja risco
de obesidade.
43
Assim como os cães, os gatos devem ter predileção por alimentos
comerciais de boa digestibilidade, do que alimentos caseiros, para saúde
corporal e saúde da pelagem do animal.
7.6 MATURIDADE
O envelhecimento é um processo biológico progressivo que na verdade
começa a existir desde que o animal nasce e se amplifica até a sua morte. É,
qualquer que seja a espécie, responsável por modificações celulares,
metabólicas e orgânicas cuja importância começa a ser entendida melhor.
Com o incentivo à alimentação industrializada e com a melhoria das
formulações e com alimentação específica para cães idosos, houve um
crescimento considerável na expectativa de vida dos animais.
Essa expectativa é dada pela quantidade de cães senis que são
atendidos diariamente pelos médicos veterinários, de maneira que, com esse
crescimento na demanda, houve um crescimento no mercado pet com
alimentos específicos para esse público alvo, com nutrientes específicos para
aumentar ainda mais a longevidade dos nossos companheiros.
A expectativa normal de vida dos cães é de aproximadamente 13 anos e
a máxima de 27 anos (WORTINGER, 2009).
Já outras literaturas nos trazem em resultados de pesquisas uma
expectativa de vida em cães variando de 10 a 22 anos, conforme o porte que
apresenta e estilo de vida,
O envelhecimento causa efeitos biológicos no organismo abrangendo o
declínio gradual da capacidade funcional dos órgãos, que se inicia após o
animal ter alcançado a maturidade (WORTINGER, 2009).
44
Essas mudanças ocorrem em estrutura e composição dos tecidos; taxa
metabólica; funções cardiovascular, renal e pulmonar; excreção renal e
gastrointestinal; visão, audição, olfato e paladar; pele; sistema reprodutivo; e
em praticamente todos os sistemas funcionais e estruturais do organismo
(WORTINGER, 2009).
Os objetivos do manejo alimentar nutricional para cães e gatos idosos
são o seguinte (WORTINGER, 2009):
• Aumentar a qualidade de vida;
• Retardar o início do envelhecimento;
• Diminuir ou prevenir a progressão de doenças;
• Eliminar ou aliviar os sinais clínicos de doenças;
• Manter uma condição corpórea ótima.
Os cães e gatos com o passar dos anos têm o seu metabolismo de
lipídios, carboidratos e proteínas gradativamente diminuídos, de maneira que
essa diminuição pode levar à perda de massa magra, mesmo sem perda de
peso. A diminuição do metabolismo varia de animal para animal, mas
geralmente ocorre porque cães maduros não praticam tanto exercício e
também pela função fisiológica do animal. Os alimentos de origem
industrializados específico para cães maduros contêm toda a necessidade e
equilíbrio para uma alimentação balanceada, com nível de extrato etéreo e
proteínas diferenciadas com relação aos animais em manutenção, por
exemplo.
45
Na composição de alimento para animais maduros existem também os
antioxidantes, os mais utilizados são a vitamina A, vitamina E, vitamina C, beta-
caroteno, taurina, entre outros.
46
8. INGREDIENTES FUNCIONAIS
8.1 ANTIOXIDANTES
Os principais antioxidantes são a vitamina A, vitamina E, vitamina C e
taurina, que são mais utilizados.
A vitamina A é encontrada principalmente em fígado de peixe, fígado de
bovino, ovos, cenoura, entre outros (ANDRIGUETTO, 1999). As principais
funções desempenhadas no organismo são a visão – adaptação à escuridão;
pele e pelagem mais saudável; a síntese de determinados hormônios; a síntese
das proteínas; o desenvolvimento do sistema nervoso – lesões labirínticas e
distúrbio do equilíbrio e o desenvolvimento ósseo (GRANDJEAN, 2003,
ANDRIGUETTO, 1999, WORTINGER, 2009).
A vitamina C, também conhecida como ácido ascórbico, assegura
diversas funções vitais no organismo, como a neutralização dos radicais livres
(efeito antioxidante), o metabolismo do ferro e determinadas reações
imunológicas anti-infecciosas (GRANDJEAN, 2003). A vitamina C é estocada
em quantidades limitadas no organismo animal (ANDRIGUETTO, 1999). É
excretado pela urina, suor e fezes (ANDRIGUETTO, 1999).
A taurina é um aminoácido essencial que pode ser sintetizado pela
maioria dos mamíferos a partir da metionina e da cisteína (WORTINGER,
2009). Ela favorece a síntese hepática dos sais biliares, mas a sua ação
influencia também fluxos de cálcio entre o interior e o exterior da célula, o que
conseqüentemente lhe permite agir sobre o funcionamento cardíaco
(GRANDJEAN, 2003). A taurina é utilizada na prevenção e tratamento de
47
doenças cardíacas graves, denominadas cardiomiopatias dilatadas
(GRANDJEAN, 2003). Esta ação torna-a, portanto, num aminoácido
indispensável para o gato (GRANDJEAN, 2003). Os gatos têm uma capacidade
muito limitada para sintetizar a taurina de outros aminoácidos que contêm
enxofre e, portanto, possuem maior necessidade dela na dieta (WORTINGER,
2009).
8.2 CONDROITINA
Também conhecida como sulfato de condroitina é uma das principais
moléculas que participam na elaboração da cartilagem articular, assegurando a
sua elasticidade (GRANDJEAN, 2003). A sua principal ação consiste na
inibição do efeito das enzimas que desencadeiam a destruição permanente da
cartilagem (GRANDJEAN, 2003).
Em conjunto com a glucosamina, que estimula a produção de
proteoglicanos, articulares e a síntese de sulfato de condroitina, ao mesmo
tempo em que favorece a calcificação óssea (BROUWER, 2007). Por isso a
utilização de sulfato de condroitina e glucosamina para o tratamento de
algumas perturbações articulares.
8.3 ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS (AGE)
A gordura da dieta é uma fonte da AGE, geralmente identificados como
ácido linoléico, ácido alfa-linolênico e ácido araquidônico. O ômega 3 (ácido
alfa-linolênico) e ômega 6 (ácido linoléico e ácido araquidônico) (WORTINGER,
48
2009 ; GRANDJEAN, 2003; ANDRIGUETTO, 1999). Os gatos são diferentes
dos cães uma vez que requerem uma fonte de ácido araquidônico na dieta, não
importando a quantidade de ácido linoléico nela presente (WORTINGER,
2009).
A função do ômega 3 é bem diversificada, tem função anti-inflamatória,
que inibe a síntese de determinados mediadores químicos da inflamação,
melhoria da oxigenação cerebral (animal idoso), melhoria das capacidades de
aprendizagem dos animais jovens (GRANDJEAN, 2003).
Indispensáveis à síntese das moléculas com atividade hormonal,
denominadas prostaglandinas, o ômega 6 vai atuar sobre a saúde da pele em
qualidade do pêlo, assim como sobre a função reprodutiva do animal
(GRANDJEAN, 2003).
8.4 ARGILAS
A argila mais utilizada hoje no mercado de alimentos pet é a zeolita, que
é um mineral natural, compostas por folhas microscópicas de silicatos de
alumínio (GRANDJEAN, 2003).
As zeolitas exercem alguns efeitos principais no organismo, pois elas
formam uma película protetora na superfície da mucosa intestinal, absorvendo
o excesso de água e as substâncias tóxicas (GRANDJEAN, 2003).
Não causam qualquer perturbação aos mecanismos de absorção
digestiva, e permitem melhorar a solidez óssea em virtude de promoverem a
absorção do cálcio (GRANDJEAN, 2003).
49
A zeolita é muito utilizada para diminuir os casos de diarréia, pois ela
diminui a quantidade de água no trato digestório.
8.5 PREBIÓTICOS
Conhecida também como FOS (fruto-oligossacarídeos), os prebióticos
são constituídos por fibras fermentáveis e embora não digeridos, são
rapidamente fermentados pelas bactérias presentes no intestino, provocando a
liberação de ácidos graxos de pequenas dimensões (denominados por ácidos
graxos voláteis) que acidificam o meio intestinal, constituindo fonte de
nutrientes privilegiados para a manutenção e renovação das células, revestem
as paredes do intestino grosso (GRANDJEAN, 2003).
O FOS da dieta melhora a flora intestinal, aumenta a digestão e a
retenção do nitrogênio, melhora a qualidade das fezes e reduz os odores fecais
(WORTINGER, 2009). Tem ação também na inibição do crescimento das
bactérias patogênicas e melhoria da digestão e da absorção dos nutrientes
(GRANDJEAN, 2003).
A incorporação do FOS no alimento permite simultaneamente prevenir
as diarréias infecciosas resultantes da proliferação de bactérias patogênicas no
intestino e alimentar convenientemente células intestinais, em particular, para
prevenir a atrofia das células do cólon (GRANDJEAN, 2003).
O manan-oligossacarídeos (MOS), pertence à grande categoria de fibras
e não são digeridos pelo animal. Possui uma ação benéfica no tubo digestivo
que restringem o desenvolvimento das bactérias patogênicas impedindo a sua
fixação na mucosa intestinal, melhorando diretamente a eficácia das defesas
50
imunológicas do organismo, permitindo-lhes lutar melhor contra os agentes
patogênicos (GRANDJEAN, 2003).
Os prebióticos ligam-se a uma ampla variedade de micotoxinas,
preservando a integridade da superfície de absorção intestinal e bloqueando a
aderência das bactérias patogênicas ao ocupar os sítios das células epiteliais
da mucosa intestinal (VETNIL, 2008).
Os MOS participam no correto equilíbrio da população bacteriana do
intestino e atuam direta e indiretamente na saúde do tubo digestivo
(GRANDJEAN, 2003). Possuem assim uma acentuada ação preventiva em
face de problemas de diarréias, contribuindo para a prevenção de doenças
infecciosas de origem digestiva (GRANDJEAN, 2003).
9. ALIMENTOS DE PRESCRIÇÃO
Hoje, existem alimentações que facilitam o tratamento de determinadas
doenças dos animais de estimação, doenças como insuficiência renal,
insuficiência hepática, insuficiência cardíaca, entre outras. Abaixo estão alguns
exemplos de alimentação, dentre as diversas opções existentes atualmente,
que se propõem a colaborar no tratamento das doenças mais comuns dos cães
e gatos.
9.1 ALIMENTO PARA PACIENTE OBESO
Por definição, obesidade é o acúmulo de quantidade excessiva de
gordura corpórea (WORTINGER, 2000). Tendo maior prevalência em gatos de
51
meia idade (7 a 8 anos) e cães de meia idade, castrados, com baixa atividade e
com rações ricas em gorduras e em calorias.(WORTINGER, 2009).
Hoje em dia, a grande parte dos animais são obesos, devido ao
comportamento inadequado de seus donos, que oferecem alimentos não
industrializados, petiscos, excesso de alimentação, falta de exercício, e
também devido a alguns quadros clínicos, como diabetes, problemas
cardíacos, endócrinos, ortopédicos, castração, entre outros. Animais com o
peso superior a 15% acima do seu peso ideal deveriam ser submetidos a um
programa de perda de peso. (PARREIRA, 2008)
O alimento industrializado é importante apoio ao proprietário para uma
redução de peso do animal sem muito esforço do mesmo, lembrando que
apenas o alimento não proporciona uma eficiente redução. Para tal, há a
necessidade de acompanhamento do médico veterinário para o comparativo do
escore corporal (FIGURA 6), controle rigoroso do proprietário referente às
quantidades diárias estabelecidas no rótulo do alimento respeitando o sexo,
idade e grau de obesidade e traçar exercícios com o animal em atividades
estabelecidas pelo médico veterinário.
Um alimento balanceado para animais obesos deve ter: baixo valor
energético (hipocalórica), substituição de gordura por carboidratos hidrolisados
(milho e arroz) e fibras não digeríveis, aumentando o volume fecal e a
freqüência defecatória. (PARREIRA, 2008). Com o aumento das fibras
proporcionamos uma sensação de saciedade para o animal que sentirá muito a
falta do volume no estômago.
É importante lembrar que mesmo depois de uma dieta rigorosa de
prescrição, é indicado controlar sempre o peso do animal e oferecer sempre
52
alimentos industrializados direcionados ao animal com propensão ao ganho de
peso (light).
9.2 ALIMENTOS PARA PACIENTES CARDIOPATAS
Animais cardiopatas têm como característica intolerância ao exercício,
cansaço inexplicável, diminuição do apetite, entre outros sintomas.
Muitos cães mais idosos desenvolvem a insuficiência cardíaca
congestiva. A insuficiência cardíaca ocorre quando o coração tem dificuldade
de bombear o sangue a uma velocidade suficiente para suprir as necessidades
metabólicas do paciente ou evitar o acúmulo de sangue dentro da circulação
venosa sistêmica (TILLEY, 2008).
Para tratar a insuficiência cardíaca utilizam-se medicamentos e/ou por
meio de dieta controlada. A alimentação controlada é feita por meio da
utilização de ração industrializada, que tem principalmente o sódio controlado
para que não ocorra hipertensão. Se a doença for avançada, precisa-se cortar
totalmente o sal. O paciente que apresentar IC necessita manter uma dieta
controlada pelo resto da vida.
O alimento industrializado deve conter taurina e L-carnitina, pois esses
são indispensáveis para o bom funcionamento do miócitos e favorecem a
contratilidade cardíaca (ROYAL CANIN, 2008) e também deve conter
quantidades aumentadas de potássio e vitaminas B para compensar as perdas
urinárias excessivas destes componentes (ARCHIBALD, 1986).
Atualmente temos opções de alimentos especializados para cães e
gatos cardiopatas, tanto alimento seco quanto úmido, acessíveis tanto em
custo quanto em benefícios. Com ótima digestibilidade, obtém-se um resultado
53
positivo na diminuição da quantidade de alimento ingerido e expressivo
aproveitamento e melhora das condições de saúde.
9.3 ALIMENTOS PARA PACIENTES NEFROPATAS
Animais idosos estão em maior risco de apresentarem problemas
hepáticos, como conseqüência de sua alimentação durante toda vida.
A base do tratamento da IRC é pelo equilíbrio hidro-eletrolítico, equilíbrio
ácido-básico, controle da hipertensão e da proteinúria (caso exista) e manejo
nutricional (OLIVEIRA, 2008).
O alimento específico tem como característica uma baixa quantidade de
fósforo. Ajuda no bom funcionamento do organismo, fazendo o equilíbrio com o
nível de cálcio (GRANDJEAN, 2003).
Há também muitos mitos sobre a proteína ser um incidente de
intoxicação. A proteína de qualquer origem pode ser utilizada, porém é
importante controlar a quantidade de proteína utilizada de acordo com a
capacidade de filtração dos rins, ela é utilizada também para palatabilidade e
para ajudar na manutenção do peso do animal, o peso controlado é muito
importante, pois o animal com excesso de peso pode comprometer ao
tratamento.
O alimento industrializado específico possui o fósforo reduzido para
diminuir o hiperparatiroidismo secundário que agrava a IRC, ela precisa conter
polifenóis por melhorar a perfusão renal (ROYAL CANIN, 2008).
Este monitoramento dietético deverá ser instituído à primeira indicação
de qualquer redução da função renal, para auxiliar na prevenção do progresso
da doença (ARCHIBALD, 1986).
54
9.4 ALIMENTOS PARA PACIENTES HEPATOPATAS
Insuficiência hepática tem como definição perda súbita de 75% da
massa hepática funcional, ocorre a princípio devido à necrose hepática aguda
(TILLEY, 2008). Como tratamento, temos por opção via de medicamento
indicado pelo médico veterinário e por meio de alimentação industrializada
específica.
A alimentação industrializada específica deverá ter um teor reduzido de
cobre e elevado de zinco que limita o acúmulo de cobre nos hepatócitos e as
lesões intracelulares em caso de colestase (ROYAL CANIN, 2008).
O cobre em excesso favorece a produção de radicais livres, os quais são
responsáveis pela lesão e morte das células hepáticas (RAMALHO, 2005).
O zinco inibe a absorção de cobre (que tendencialmente se acumula no
fígado destes animais) uma vez que o zinco (oligoelemento) estimula a
produção de uma proteína nas células intestinais – a metalotioneina – que fixa
o zinco e o cobre impedindo a sua absorção intestinal (RAMALHO, 2005).
Redução de sódio permite diminuir a hipertensão portal e restringe a
passagem de líquidos para o espaço extra-vascular (ROYAL CANIN, 2008).
O que dar de comer a um cão com doença hepática é discutível; sugere
que dietas altamente digeríveis, moderadamente restritas em proteínas,
gorduras e sal são melhores (ARCHIBALD, 1986). Além disso, quantidades
adequadas de carboidratos prontamente disponíveis devem ser incluídas na
dieta (ARCHIBLAD, 1986).
55
10 RELAÇÃO CUSTO x BENEFÍCIO DE ALIMENTO STANDARD E
SUPER-PREMIUM
Devemos entender a diferença de alimento super premium e standard,
tendo isso em vista é compreender a relação custo x benefício de usar um
alimento de maior custo e com os nutracêuticos que neles contêm.
Devemos sempre nos preocupar com a saúde de nossos animais e, um
dos principais fatores que propiciam saúde e uma vida longa é uma boa dieta,
na qual os componentes da ração supram, da melhor forma possível, as
necessidades nutricionais diárias dos animais. Além disso, um animal bem
nutrido apresenta poucas doenças no decorrer de sua vida (MATTOS, 2008).
Significa que o animal vai ingerir um alimento industrializado com o
preço mais elevado, mas, no entanto, o animal está ao longo dos anos sendo
beneficiado pelos nutracêuticos específicos que contêm na ração, retardando a
visita ao médico veterinário, com problemas renais, dermatológicos, obesidade.
Existem alimentos específicos para todos, desde cães de porte pequeno
a gigantes, para raças específicas tanto para cães como pra gatos.
Um alimento de boa qualidade, tendo uma digestibilidade da proteína
superior a 85%, é um alimento considerado benéfico à saúde animal, pois cão
ou gato estarão aproveitando o que é necessário e vital da proteína e outros
componentes para sua saúde e para ter um envelhecimento tardio e o que não
for aproveitável para o organismo nesses 85% de digestibilidade será eliminado
pelas fezes ou pela urina.
56
Sendo assim, os alimentos considerados super premium e premium
geralmente carregam digestibilidade de 85% a 90% da proteína, tendo
benefícios para o animal para uma vida saudável e longa.
57
11. COMO O PROPRIETÁRIO PODE INFLUENCIAR A ALIMENTA ÇÃO DO
SEU ANIMAL DE ESTIMAÇÃO
O número de animais de estimação presentes nas residências cresce a
cada ano. Estudos relatam que houve aumento de cerca de 60% de animais
pet em residências, alguns para cães de guarda, outros para até mesmo
substituir alguma perda. No Brasil, existem mais de 31 milhões de cães e 15
milhões de gatos (ROYAL CANIN, 2008).
Até meados do século XIX, cães e gatos eram alimentados
principalmente com restos de comida que, de outra maneira, virariam lixo
(WORTINGER, 2009).
A primeira ração comercial preparada para cães foi produzida em 1860
por James Spratt, um americano que vivia em Londres (WORTINGER, 2009).
No século XX os “bolos para cães” eram mais utilizados porém, depois
de um certo tempo, após a Segunda Guerra Mundial observou-se que o bolo
para cães eram dispensáveis para o uso em guerra e o animal voltou a sua
alimentação antiga.
A primeira ração extrusada foi fabricada pelo Laboratório Purina em
1950.
Em 1967, Jean Cathary, médico veterinário da região de Camargues, sul
da França, percebe que alguns problemas de saúde estavam associados a má
nutrição por seus proprietários. Passou então a se dedicar nas formulações e
fabricação dos alimentos equilibrados. Durante os três primeiros meses, Jean
Cathary preparava a nova alimentação para os cães que, rapidamente, se
tornavam mais alegres e ativos, perdiam excesso de peso e o pelo readquiria o
58
aspecto brilhante. Observação tanto dele quanto dos proprietários que
perceberam as diferenças
O comportamento animal precisa ser avaliado de uma maneira
cuidadosa, pelo estilo de vida principalmente do proprietário.
Os animais tendem a se adaptar ao modo de vida de seus proprietários,
o que ele deseja, rações com odor agradável, embalagem bonita, com corante,
sem corante. Muitas vezes o proprietário conclui que o animal se enjoou do
alimento fornecido, influenciando assim a uma troca no regime alimentar do
animal.
O proprietário influencia o comportamento tanto alimentar como social
de um animal, com uma recepção calorosa ou uma despedida dramática
fazendo com que o animal crie um hábito de carência ou até mesmo estresse
por separação, podendo desenvolver alguns distúrbios comportamentais.
Algumas práticas diárias podem facilitar a justificativa de pagar um
pouco mais caro no alimento do animal e assim auxiliar orientando o
proprietário. Devem ser repassada através do médico veterinário responsável
pelo atendimento:
− Deixar ou tornar a prática eventual no fornecimento de outros
alimentos ou petiscos ao animal.
− Controlar rigorosamente a quantidade do alimento oferecida;
− Comprometimento de todas pessoas da casa com a dieta do animal;
− Acompanhamento regular do peso do animal;
− Implementar brincadeiras, brinquedos, passeios e outros exercícios
físicos para o gasto de energia e reduzir a ansiedade do animal;
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12 CONCLUSÃO
O estágio obrigatório teve como principal objetivo aprimorar os
conhecidos adquiridos durante a graduação com conhecimentos teóricos e
práticos. Também obtive um parâmetro do trabalho do Veterinário Regional
pela CDRC no período e conhecimentos maiores com a ferramenta de
mapeamento (cadastro de Médicos Veterinários, saber o que vem sendo
realizado junto aos veterinários, PDV`s e às universidades de veterinária na
região) e Programa Parceiro Padrão.
O estágio obrigatório foi muito importante para meu crescimento
acadêmico e profissional. Nele pude acompanhar uma área que está em
constante mudança, crescimento e desenvolvimento, pois tanto como os
clínicos, os proprietários estão mais preocupados com a saúde para uma vida
mais longa de seu companheiro de estimação. Pude colocar em prática o que
foi aprendido em sala, com aulas teóricas e práticas, o desenvolvimento da
relação nutrição/veterinário e nutrição/proprietário, tendo uma maior
desenvoltura e aprofundamento para um melhor conhecimento em nutrição
animal.
O convívio em um ambiente diferente e habitual mostrou novas maneiras
de ver o nicho muito procurado pelos colegas veterinários, podendo
desenvolver, dar conhecimento e prática nesse mercado em grande expansão,
sendo importante para o crescimento profissional.
Empresas de comercialização de produtos pet estão procurando cada
vez mais profissionais especializados para melhor atender às necessidades de
seus clientes e principalmente de seus parceiros médicos veterinários. O
60
mercado comercial da medicina veterinária está crescendo cada vez mais e
assim os médicos veterinários podem agregar qualidade nesse mercado com
auxílio técnico.
Para diminuir os índices de doenças mais comuns entre cães e gatos,
deve-se primeiramente entender qual é a principal diferença entre alimentos
caros e baratos - super premium e standard - e qual é o custo-benefício de
utilizar esses diferenciais de alimentação.
O médico veterinário deve valorizar este assunto, a melhor orientação, e
incluir no seu protocolo de atendimento um tempo para anamnese focada na
nutrição do paciente. Deve dispender mais tempo para conversas com o
proprietário a respeito das dietas atuais e mantê-lo informado das tecnologias
aplicadas nos alimentos. Justificar o custo de alimentos super-premium através
de argumentos convincentes como digestibilidade, matéria prima utilizada,
garantia de ótima nutrição, em caso de intervenções cirúrgicas a recuperação
torna-se melhorada, fortalecimento de gestantes, conta de
consumo/quantidade da embalagem/quantos dias duram o alimento/custo
diário, enfim, há diversos argumentos para orientar adequadamente o
proprietário na nutrição do seu cão e gato.
Por isso o profissional deve receber com bons olhos o colega médico
veterinário, que optou por fazer a extensão de toda informação e pesquisa da
indústria até ele. Ainda há o grande desafio nesta área da medicina veterinária
de quebrar o preconceito perante os profissionais da área técnica-comercial. É
um mercado em crescimento pleno. Cada vez a indústria torna-se mais técnica,
requisitando dessa forma mais profissionais. E da mesma forma o mercado
torna-se mais dependente deste serviço. Buscando cada vez mais atenção.
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O médico veterinário indicando um alimento adequado também tem
certeza, através da ótima alimentação, que estará prevenindo e cuidando da
saúde e bem-estar dos animais, seus pacientes.
62
13 REFERÊNCIAS
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