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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E TURISMO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL TRABALHO DE ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE ADMINISTRAÇÃO INTEGRANTES: CÂNDIDA BUSATTO, KARIZA VITÓRIA, SUELI DA SILVA, TAUANA KLUMB E THAYLISE FERREIRA

Trabalho de Ética

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Ética nas organizações. Estudo de administração.

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Page 1: Trabalho de Ética

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E TURISMO

CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL

TRABALHO DE ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL

CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE ADMINISTRAÇÃO

INTEGRANTES: CÂNDIDA BUSATTO, KARIZA VITÓRIA, SUELI DA

SILVA, TAUANA KLUMB E THAYLISE FERREIRA

PELOTAS

2015

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Ética na simples etimologia da palavra é derivada de ethos que, de

origem grega, diz respeito aos costumes e hábitos dos homens. De acordo com

alguns antigos filósofos, nossos pensamentos, desejos e ações seriam como

um barco inconstante perdido a deriva no imenso mar. Essa inconstância

tornaria a vida social um generalizado caos se não existissem valores

norteadores comuns. Segundo o dicionário ética é:

1. “parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que

motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano,

refletindo esp. a respeito da essência das normas, valores, prescrições e

exortações presentes em qualquer realidade social.

2. p.ext. conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um

indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade.”

Para que nos dias de hoje, de plena e intensa concorrência do mercado,

existam parâmetros norteadores de boas atitudes, foram criados os códigos de

ética. O código de ética é um instrumento que serve para orientar pessoas

ligadas a uma instituição ou organização, de modo a explicitar a postura que

deverá ser seguida pelo profissional perante a sociedade e aos colegas.

Em meados de 2010, foi criada a norma ética dos profissionais de

Administração, o CODIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE

ADMINISTRAÇÃO (CEPA). Este guia orienta e estimula os profissionais a

praticarem as funções administrativas com compromisso moral com o individuo

e com as organizações como um todo. Ainda instrui a CEPA sobre deveres,

tais como: agir com diligência e honestidade, veracidade e sinceridade nas

informações prestadas; proibições e direitos.

O código visa guiar e estimular comportamentos, orientar o indivíduo

para que desenvolva sua capacidade de pensar, use sua criatividade e ainda,

contribua com o desenvolvimento da sociedade de uma maneira mais

assertiva. Visto que, uma das maiores demandas do país, hoje, é a

criatividade. Porque ela é o meio que permite o repensar na organização, no

que está de acordo com os seus princípios éticos, no que pode agregar

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qualidade aos produtos ou serviços e, principalmente, na real contribuição que

a empresa dará ao ambiente que está inserida.

Trata-se dos itens que o administrador em exercício de sua profissão

deve cumprir, eles falam sobre o cuidado que o profissional deve ter com o

cliente, a instituição e a com a sociedade sem deixar de lado sua dignidade,

valores e exercendo sua independência. Proteger a informação que lhe é

confiada e usá-la com responsabilidade. Sempre que for negociar com um

cliente, pensar de maneira sustentável em todos os processos de venda e

entrega daquilo que se propôs, sempre visando à satisfação das necessidades

da pessoa que está recebendo o produto.

Além dos deveres do administrador, o código aborda alguns itens que

são proibidos aos administradores, como vender uma imagem que exagere nas

qualidades do profissional, ou vender uma imagem que não é sua. Fazer

propaganda enganosa, de si e do trabalho que exerce na organização. Não é

permitido também, que seja conivente com o exercício ilegal da profissão de

pessoas que não estão habilitadas profissionalmente. Obedecer à lei no que se

refere a estar de acordo com normas de sociedade. E não exercer, em

hipótese alguma a profissão quando está impedido pelos órgãos

regulamentadores de exercer a profissão.

Ética quer dizer algo estável e firme e significa preocupar-se com a

conduta. O indivíduo ético se preocupa com o que ele é e faz. É uma questão

de dar valor aos comportamentos. A ética anda lado a lado com o equilíbrio,

coerência, interesse e comprometimento e está relacionada com a

responsabilidade (MAXIMIANO, 2006). Todo ser humano é dotado de uma

consciência moral, que o faz distinguir entre o certo e o errado, justo e injusto,

bom ou ruim, e com isso é capaz de avaliar suas ações, sendo, portanto, capaz

de ética (MORAES, 2003).

A base dos códigos de ética na sociedade e nas organizações está

sustentada em sistemas de valores criados por filósofos e líderes que têm uma

visão superior à das demais pessoas. Os principais são:

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• Confúcio – Postulou que se o homem deveria fazer aos outros,

aquilo que gostaria que fosse feito para ele.

• Aristóteles - Criou uma ética que diz respeito à virtude e ao bem

estar das pessoas.

• Kant – Afirmou que os comportamentos só seriam bons e

aceitáveis se fossem bons e aceitáveis para as outras pessoas

também.

A ética dos antigos pensadores, ou ética essencialista pode ser

resumida em três aspectos (CAMPOS,2002):

O agir em conformidade com a razão.

O agir em conformidade com a natureza e com o caráter do

indivíduo.

A união permanente da ética (a conduta do indivíduo) e a política

(valores da sociedade).

A ética profissional está voltada para os profissionais, profissões,

associações e entidades de classe. A empresa necessita desenvolver-se de

forma que a ética, a conduta ética de seus integrantes, bem como os valores e

convicções da organização se tornem parte de sua cultura. As empresas éticas

seriam aquelas que subordinam suas atividades e estratégias a uma prévia

reflexão ética e agem de forma socialmente responsável (MORAES,2003).

As ações das organizações devem ser guiadas pela ética empresarial

na condução de seus negócios. Muitas empresas já começam a elaborar seus

manuais e códigos de ética empresarial. O comportamento ético nas

corporações pode ser analisado, também, quanto à sua responsabilidade para

com a sociedade em que estão inseridas. A ética pode ser um diferencial no

mercado empresarial e profissional. Da mesma forma que a ética pode

contribuir para maximizar os resultados da empresa, a falta dela pode

comprometer consideravelmente o seu desempenho.

Além disso, a imagem da empresa está diretamente ligada à do

profissional e vice-versa. A ética empresarial relaciona-se a reflexões ou

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indagações sobre costumes e moral vigentes na empresa. As instituições que

usam orientações efetivamente partilhadas com seus membros ou que

convencionam valores que foram previamente negociados apresentam um

diferencial em relação às outras (SROUR, 2003).

As normas de comportamento derivam dessas reflexões e indagações

éticas, que se tornam um instrumento de trabalho simbólico: intervêm de

maneira útil no modus operandi das empresas e contribuem para moldar a

identidade corporativa (SROUR, 2003). Nas empresas, a postura ética dos

indivíduos garante um ambiente melhor de trabalho. É possível identificar

algumas situações não éticas nas empresas:

• Recusar comunicação direta entre indivíduos.

• Desqualificar indivíduos ou tarefas.

• Desacreditar o indivíduo perante outros.

• Isolar indivíduos.

• Constranger indivíduos.

• Induzir ao acometimento de falha.

• Assediar sexualmente.

Nas empresas, tais situações podem acontecer entre dois colegas de

um mesmo nível, entre um superior e um subordinado e entre subordinado e

seu superior. As organizações devem ter interesse em coibir essas situações,

uma vez que prejudicam o rendimento e a imagem perante a sociedade. Para

isso os esforços devem estar voltados para o desenvolvimento de ambientes

internos saudáveis, onde o respeito e a dignidade do outro sejam preservados.

Cresce, nas empresas, a preocupação com as questões morais. Não

existe coletividade sem regulação social, sem que algum tipo de poder seja

exercido, sem que normas vigorem e ordenem as condutas sociais, sem que

crenças morais sejam cultivadas. Há necessidade de alguma ordem social, de

se levar em consideração os interesses dos outros, de se tomarem decisões

que beneficiem ou não prejudiquem os outros, e de agir com altruísmo e

visando o bem estar coletivo (MONTEIRO, 2005).

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Não há como desvincular moral e interesses da empresa, ou moral e

pressões operadas pela sociedade. As empresas não mais desempenham uma

função tão somente econômica, mas também uma função ética na sociedade.

Assim como a liberdade e a responsabilidade estão tão ligadas na

medida em que só somos realmente livres de formos responsáveis, e só

podemos ser responsáveis se formos livres. A responsabilidade implica uma

escolha e decisão racional, o que vai de encontro à própria definição de

liberdade.

Por outro lado, se não agirmos livremente, não podemos assumir

totalmente as consequências dos nossos atos, visto que as circunstâncias

atenuantes seriam muito fortes. Só o sujeito que é capaz de escolher e decidir

racionalmente, com consciência, é capaz de assumir as causas e as

consequências da sua ação.

Além disso, a liberdade e a responsabilidade são parâmetros essenciais

na construção de um indivíduo como pessoa, visto que é através da liberdade e

da responsabilidade que um sujeito é capaz de se tornar efetivamente

autónomo.

No contexto de diversas descobertas tecnológicas, percebe-se a

tendência do capital humano ser cada vez mais valorizado. A arte da gestão

tem se tornado, portanto, cada vez mais difícil e muitas vezes com tanta

competição que fica difícil administrar uma equipe com resultados eficientes e

eficazes, sem perder os princípios da ética. Portanto, citados alguns que

devem ser evitados:

Imediatismo: A visão imediatista e o foco exclusivo nos ganhos

financeiros em curto prazo sacrificam a ética.

Competição interna: Destrói a cooperação e acarreta atos antiéticos.

Punição ao erro de boa-fé: O medo do castigo faz as pessoas

acobertarem suas falhas ou transferirem a culpa aos outros.

Imposição de metas: Dar preferência à negociação para evitar o risco da

fixação de metas impossíveis de se cumprir e de estimular a mentalidade do

cumprimento de metas a qualquer custo.

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Recompensas injustificadas: Bonificações exageradas favorecem a

ambição que podem levar as práticas desleais.

Vencer a qualquer custo: Expressões desse tipo podem induzir a uma

atitude antiética.

Punição automática ao fracasso: Essa política pode provocar injustiças,

por isso é recomendável que seja feita antes a análise das causas e do

caminho escolhido pelo colaborador.

O resultado dessa visão sobre a responsabilidade da empresa é que o

indivíduo aprende conduta ética ou antiética, também, na empresa e com os

indivíduos com quem convive no ambiente de trabalho. Frequentemente as

pessoas tomam decisões no âmbito da empresa influenciadas por terceiros

significativos. Essa realidade observada no dia a dia das empresas demonstra

a importância dos relacionamentos interpessoais para a construção de

comportamentos éticos.

Page 8: Trabalho de Ética

REFERÊNCIAS

CAMPOS, M. GREIK; M e DO VALE,T – História da Ética. CientiFico. Ano II.

Vol. I. Salvador, 2002.

MONTEIRO, J. K. ESPIRITO SANTO,FC e BONACINA,F– Valores, ética e

julgamento moral, um estudo exploratório em empresas familiares. Psicologia:

Reflexão e Crítica. Vol. 18 nº. 2 Porto Alegre, 2005.

MAXIMIANO, A. C. A. – Teoria Geral da Administração – Da Revolução Urbana

à Revolução Digital – 6 ed. – São Paulo Editora Atlas, 2006.

MORAES, M.C.; BENEDICTO, G.C. – Uma Abordagem da importância da ética

nas organizações. Cadernos FACECA, Campinas, vol. 12, 2003.

SROUR, R.H. – Ética Empresarial – A gestão da reputação. Rio de Janeiro,

Campos, 2000. SROUR, R.H. – Poder, cultura e ética nas organizações – Rio

de Janeiro, ed. Campos, 1998.