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COMO O “MUNDO VERDADEIRO” ACABOU POR SE TORNAR FÁBULA “Crepúsculo dos ídolos”,capítulo 4 (comentado)

Trabalho de filosofia nietzsche-critica ao cristianismo

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COMO O “MUNDO VERDADEIRO” ACABOU

POR SE TORNAR FÁBULA “Crepúsculo dos ídolos”,capítulo 4 (comentado)

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Crepúsculo dos ídolos

• A seguir você verá a análise das frases do capítulo 4 do livro crepúsculo dos ídolos, feita por Afonso Henrique, Fernando Mesquita e Leonardo Santos, números 01,10 e 23 respectivamente. Alunos do C.Ed. 05. Turma: 3º “C”.

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O mundo verdadeiro passível de ser alcançado pelo sábio, pelo devoto, pelo virtuoso. - Ele vive nointerior deste mundo, ele mesmo é este mundo.

(Forma mais antiga da idéia, relativamente inteligente, simples, convincente. Transcrição da frase:"eu, Platão, sou a verdade".)

• Estaria Nietzsche dizendo que o céu só pode ser alcançado pelos sábios?ou ele não falava “desse” mundo verdadeiro?

• Provavelmente falava do mundo em que vivemos, e ainda assim fazia uma critica ao cristianismo, que prega que o mundo verdadeiro vai ser alcançado somente pelos bons e justos após a morte. O que explicaria a parte “Ele vive no interior deste mundo, ele mesmo é este mundo.”, o que me parece mais uma forma de dizer “não há mundo depois deste e este é o mundo verdadeiro, mas só os sábios conseguirão perceber e conhecer este mundo.

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O mundo verdadeiro inatingível por agora, mas prometido ao sábio, ao devoto, ao virtuoso ("aopecador que cumpre a sua penitência").

(Progresso da idéia: ela se torna mais sutil, mais insidiosa, mais inapreensível - ela torna-se mulher,torna-se cristã...)

• Parece-me só um comentário a respeito da idéia central do cristianismo, tanto que como mencionado é o progresso da idéia de que uma mulher se torna melhor ao se tornar cristã, então há essa citação que se pode ver, um cristão por achar que está fazendo o certo ao buscar a bíblia e regrar sua vida em conceitos impressos em centenas de folhas, acha-se também mais digno de um mundo melhor que este após a morte.

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O mundo verdadeiro inatingível, indemonstrável, impassível de ser prometido, mas já enquanto

pensado um consolo, um compromisso, um imperativo.(No fundo, o velho sol, só que obscurecido pela névoa e pelo ceticismo; a idéia tornou-se

sublime,esvaecida, nórdica, königsberguiana.)

• Aqui ele faz uma continuação da citação anterior, pois diz os cristãos como prometedores de um mundo utópico, um mundo irreal, que mesmo sendo inatingível e indemonstrável foi pensado e demonstrado como forma de consolo aos que se tornassem cristãos, e no caso, pessoas que sofriam (caso contrário que tipo de consolo poderia se prometer?pois ao se prometer consolo ao que sofre pouco há pouco retorno em questão de devoção, já que analizando-se bem o cristão é cristão somente em busca de um mundo melhor, em busca de consolo, caso contrário este faria o bem sem a mínima necessidade de seguir regras preditas em um livro, e fariam o bem somente por questão psicológica, por ser uma pessoa boa, mesmo que não fosse cristão)

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O mundo verdadeiro - inatingível? De qualquer modo, não atingido. E, enquanto não atingido,

também desconhecido. Conseqüentemente tampouco consolador, redentor, obrigatório: Ao que é que

algo de desconhecido poderia nos obrigar?...(Manhã cinzenta. Primeiro bocejo da razão. O canto de galo do positivismo.)

• Pense bem, quando se fala em “mundo inatingível”,por que se conhece o que há nele? Como se pode prometer que este seja desse ou daquele modo, se ele é inatingível, logicamente ele nunca foi alcançado, dessa forma também seria desconhecido. E o questionamento de Nietzsche é “Ao que é que algo de desconhecido poderia nos

obrigar?... ”, e anteriormente a isso afirma que algo desconhecido não pode nos consolar, novamente afirmo que este fala de pessoas com algum tipo de sofrimento, seja físico ou psicológico pois novamente fala em consolo por um mundo utópico ainda por cima...e ainda continua, questionando por que diabos é que se acredita que esse mundo seja tão bom ao ponto de fazer com que as pessoas se sintam consoladas se não há como ter atingido este mundo, e como afirma anteriormente, é um mundo imaginário(“[...] pensado um consolo[...]”), e que foi imaginado justamente pra servir de consolo, mas a duvida aqui é:por que um mundo irreal se torna motivação suficiente para que pessoas se sintam como sendo obrigadas a seguir o que este mundo prega?

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O "mundo verdadeiro" - uma idéia que já não serve mais para nada, que não obriga mesmo a maisnada - uma idéia que se tornou inútil, supérflua; conseqüentemente, uma idéia refutada: suprimamo-

la!(Dia claro; café da manhã; retorno do bom senso e da serenidade; rubor de vergonha de Platão;

algazarra dos diabos de todos os espíritos livres.)

• Aqui é colocado mundo verdadeiro para indicar que não é bem o mundo verdadeiro, e sim o mundo utópico e consolador de que se está falando, e segue-se a idéia: esse mundo já não é mais tão verdadeiro assim, o melhor: esta idéia de mundo verdadeiro já não é mais tão útil, pois começa a ser refutada, e ainda mais porque já nem consegue mais prender as pessoas em suas leis, seus dogmas.

• A citação entre parêntesis é uma forma de demonstrar que a humanidade começa a ter sua mente clareada, o dia começa a clarear e a humanidade começa a enxergar melhor, sendo assim começa a perceber que aquele mundo ideal não é tão real quanto se pensava.

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Suprimimos o mundo verdadeiro: que mundo nos resta? O mundo aparente, talvez?... Mas não! Como mundo verdadeiro suprimimos também o aparente!

(Meio-dia; instante da sombra mais curta; fim do erro mais longo; ponto culminante da humanidade;INCIPIT ZARATUSTRA.5)

• Quando se destrói o mundo verdadeiro imaginário o que sobra, um mundo verdadeiro que por causa da criação do imaginário começou a ser tomado por aparente, mas com a destruição do imaginário, o que sobra é só o tomado por aparente, que na realidade é o verdadeiro, e o que foi suprimido é que era um mundo aparente no real.

• O homem chega a hora mais clara, onde a razão demonstra mais fielmente o que havia por trás das sombras, e agora ainda há sombras mas estas são destruídas logo, assim o homem conhece mais rapidamente o real.

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Bibliografia

• Textos de “Crepúsculo dos ídolos”, por Nietzsche.(retirado de: www.LivrosGratis.net)

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Observações

• Comentários por parte dos autores do vídeo, os quais só fizemos com base nas aulas e no conhecimento prévio que já se detinha a respeito de Nietzsche. Não foi utilizado nenhum trecho de livros que não os trechos do capítulo 4 de “Crepúsculo dos ídolos” (todos foram comentados).Qualquer semelhança é mera coincidência.

• Os comentários aqui apresentados não tem por base qualquer princípio religioso ou anti este por parte dos autores, mas sim, e somente o estudo da vida, pensamentos e a comentada obra de Nietzsche, além do que nos foi ensinado pelos tutores responsáveis.

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Agradecimentos

• Agradecemos ao professor Felipe que a sua maneira está fazendo um bom trabalho como professor de filosofia, e também à Professora Nadijane, pelo conhecimento que nos passou previamente.