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Relatório de poços IPH
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS
INSTITUTO DE PESQUISAS HIDRÁULICAS – IPH
CURSO TÉCNICO EM HIDROLOGIA - CTH
JOÃO BATISTA BARCELOS DA SILVA, NEWTON MARTINS KRUCINSKI
IDENTIFICAÇÃO DO LENÇOL FREÁTICO E AVALIAÇÃO DA
CONDUTIVIDADE PELO MÉTODO POÇO DIRETO
PORTO ALEGRE
SETEMBRO DE 2015
JOÃO BATISTA BARCELOS DA SILVA, NEWTON MARTINS KRUCINSKI
IDENTIFICAÇÃO DO LENÇOL FREÁTICO E AVALIAÇÃO DA
CONDUTIVIDADE PELO MÉTODO POÇO DIRETO
Relatório apresentado como requisito parcial para a disciplina de Hidrogeologia, do Curso Técnico em Hidrologia, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Orientador: Pedro A. R. Reginato
PORTO ALEGRE
SETEMBRO DE 2015
RESUMO
Este trabalho apresenta a determinação dos valores de condutividade, carga hidráulica
e gradiente hidráulico, para o aqüífero captado pelos furos de sondagem feitos a trado,
utilizando o método Bail Test. Também foi realizado a identificação do lençol freático através
de um inventário, realizado em dois diferentes pontos de captação a partir de poços tubulares.
Palavras-chave: condutividade, carga hidráulica, gradiente hidráulico, lençol freático, Bail
Test.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 5
2 OBJETIVOS ........................................................................................................................................ 6
3 LOCALIZAÇÃO ................................................................................................................................. 6
4 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................................ 7
4.1– Lei de Darcy .................................................................................................................................... 7
4.2– Valores de Condutividade Hidráulica ............................................................................................. 9
4.3– Ensaios de Condutividade Hidráulica ........................................................................................... 12
4.3.1– Slug Test ..................................................................................................................................... 14
4.3.1.1– Descrição do Slug Test ............................................................................................................ 14
4.3.1.1.1– Método de Hvorslev ............................................................................................................. 17
5 RESULTADOS DOS PONTOS DE SONDAGEM A TRADO ........................................................ 20
5.1 RESULTADOS DOS POÇOS TUBULARES................................................................................ 25
6 CONCLUSÃO ................................................................................................................................... 27
7 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................ 28
5
1 INTRODUÇÃO
Os recursos hídricos, em especial a água subterrânea, correspondem a uma importante
fonte de abastecimento de água para a sociedade. Neste contexto de utilização deste recurso
torna-se cada vez mais necessária a caracterização dos sistemas aquíferos. Para esta
caracterização são aplicados estudos nas áreas de Hidrogeologia. A escolha de qual
metodologia de pesquisa aplicar em um estudo específico é de extrema importância para se
obter resultados representativos em menor tempo e custo.
Três parâmetros hidrodinâmicos descrevem razoavelmente um meio aquífero: a) a
condutividade hidráulica (k); b) o armazenamento específico, ou Specific storage (Ss); e c) a
produtividade específica, ou Specific Yield (Sy).
Dentre os métodos disponíveis para a estimação dos referidos parâmetros, destacam-se
as abordagens in situ, que diferentemente dos métodos de laboratório, possibilitam a obtenção
de estimativas com maior representatividade espacial e em condições reais de campo. Tais
abordagens compreendem os testes de slug test.
No ciclo hidrológico o lençol freático é um dos principais componentes e garante a
perenidade aos rios durante as estações secas. No ciclo hidrológico a água subterrânea e a
superficial interagem continuamente. A identificação da posição do nível freático e suas
variações podem ser feita através da observação do lençol efetuada por meio de poços
piezômetros. Sem esquecer que as oscilações do lençol freático são afetadas também pelas
variações climáticas periódicas.
6
2 OBJETIVOS
- Determinar o valor de condutividade hidráulica, carga hidráulica e gradiente
hidráulico para o aquífero captado pelo furos de sondagem a trado;
- Representar uma linha equipotencial e uma linha de fluxo;
- Representar a localização dos poços tubulares, valor de carga hidráulica, do gradiente
hidráulico e indicar o sentido de movimento da água entre os poços;
3 LOCALIZAÇÃO
A área de estudo do presente trabalho pertence ao município de Porto Alegre, o qual
está localizado no Bairro Agronomia, Estado do Rio Grande do Sul. A área de estudo está
localizada nas proximidades do Centro Tecnológico de Engenharia, no Campus do Vale da
UFRGS.
7
4 REFERENCIAL TEÓRICO
4.1– Lei de Darcy
Henry Darcy, engenheiro hidráulico francês, foi o responsável pelo nascimento da
hidrogeologia como ciência quantitativa, em 1856, com a publicação de seu trabalho referente
aos experimentos realizados na cidade de Dijon, França.
Darcy investigou o fluxo de água através de filtros preenchidos de areia
homogeneizada e saturada. A partir desses experimentos, concluiu que a vazão de escoamento
(volume por unidade de tempo) Q, utilizando um sistema similar ao mostrado
esquematicamente na Figura 1, é:
* proporcional à área da secção transversal (A) do filtro;
* proporcional à diferença de carga hidráulica (Δh= h1 - h2);
* inversamente proporcional ao comprimento L.
Estas conclusões combinadas resultaram na Lei de Darcy:
Q = - KA ( (h1-h2) / L )
(Equação 1)
8
Na equação acima, o K é o coeficiente de proporcionalidade conhecido como
condutividade hidráulica. As elevações h1 e h2 são medidas em relação a um mesmo datum.
A equação 1 pode ser escrita na forma diferencial, da seguinte maneira:
Q = - KA ( dh / dl )
(Equação 2)
Onde:
dh/dL = gradiente hidráulico (i) [L/L];
K = constante de proporcionalidade (condutividade hidráulica) [L/T];
Q = taxa volumétrica de fluxo [L³/T].
O sinal negativo é indicação do fluxo na direção de cargas decrescentes. Definindo,
q=Q/A como descarga específica, velocidade aparente ou ainda velocidade de Darcy, tem-se:
q = - K ( dh / dl )
(Equação 3)
A equação 2 pode ser rearranjada para mostrar que o coeficiente (condutividade
hidráulica) tem a dimensão de comprimento/tempo (L/T), ou velocidade.
(Equação 4)
As unidades mais comumente utilizadas para condutividade hidráulica (K) são: cm/s,
m/s ou m/d.
Segundo Hubbert (1956, apud Fetter, 2001), a condutividade hidráulica é função do
meio poroso e das características do fluido que o atravessa. A permeabilidade intrínseca está
relacionada somente às características do meio poroso, não importando as propriedades do
fluido. A permeabilidade intrínseca é dada pela seguinte expressão:
k = Cd²
(Equação 5)
9
Onde:
k = permeabilidade intrínseca;
C = constante de forma;
d = diâmetro médio das partículas.
A relação entre permeabilidade intrínseca e condutividade hidráulica é dada segundo a
expressão:
K = k * ρ * g / µ
(Equação 6)
Onde:
K = condutividade hidráulica;
k = permeabilidade intrínseca;
ρ e µ são propriedades do fluido, sendo ρ a densidade e µ a viscosidade;
g = aceleração da gravidade.
Portanto, a partir da equação 6:
k = K * µ / ρ * g
(Equação 7)
A permeabilidade intrínseca tem dimensão em L², e é usualmente expressa como
unidade Darcy, sendo 1 Darcy equivalente a 9,87 x 10-9 cm².
4.2– Valores de Condutividade Hidráulica
Na natureza, a condutividade hidráulica pode variar dezessete ordens de grandeza.
Sanders (1998) compilou os valores de condutividade hidráulica para diferentes tipos
litológicos, propostos por diversos pesquisadores (Tabela 1). Na Tabela 1, os valores para as
rochas metamórficas e ígneas referem-se às rochas sãs e fraturadas.
10
Na Tabela 1 não se observam valores de condutividade referentes à porção alterada
dos tipos litológicos apresentados. Esta ausência pode estar relacionada ao fato de toda a
bibliografia compilada referir-se a estudos em áreas de clima temperado, onde a porção
alterada dos diversos tipos litológicos geralmente é pouco espessa.
Em regiões de clima tropical, caso da área estudada, o intemperismo, principalmente
químico, leva à formação de espessos mantos de alteração nas áreas de rocha cristalina. O
intemperismo é o processo de alteração dos minerais presentes nas rochas, variando em
função da composição mineralógica e da presença de descontinuidades (fraturas, falhas) e
estruturas (foliação) que facilitam a circulação da água no maciço rochoso.
Aquíferos presentes em rochas cristalinas alteradas possuem espessura de dezenas de
metros e estendem-se por regiões de baixa latitude das Américas, África e Ásia (Figura 2).
Historicamente, nos países subdesenvolvidos, especialmente os africanos, este tipo de
aquífero é intensivamente utilizado no abastecimento das comunidades rurais e urbanas.
11
Taylor & Howard (1996) estimaram que aproximadamente 80% da população de Uganda é
abastecida através de poços rasos, escavados no manto de alteração de rochas cristalinas.
O aquífero presente na espessa porção alterada de granitos e gnaisses de Uganda foi
amplamente estudado quanto à origem e às propriedades hidrogeológicas, por Taylor &
Tindimugaya (1995), Taylor & Howard (2000) e Taylor (2001). As propriedades
hidrogeológicas, obtidas através de testes de bombeamento, análises granulométricas, testes
de slug e uso de traçadores conservativos, indicaram que o aquífero presente é de natureza
livre e possui valores de condutividade hidráulica variando entre 3,5x10-4 a 3,5 10-3 cm/s e
média de 1,5x10-3 cm/s.
No Brasil, Cavalcante (1990), através da análise de testes de bombeamento em poços
tubulares, determinou valores de condutividade hidráulica para a porção saturada do manto de
intemperismo presente nos gnaisses e xistos de Atibaia (SP). Concluiu que a porção mais
alterada, onde as estruturas da rocha matriz são pouco preservadas, apresentou valores de
condutividade hidráulica variando de 1x10-4 a 1x10-5 cm/s e a porção parcialmente alterada,
que manteve as estruturas reliquiares preservadas, apresentou valores de condutividade
hidráulica de 1x10-3 a 1x10-2 cm/s.
Salles (1999) avaliou uma área contaminada por compostos orgânicos em São Paulo
(SP) e determinou, através de testes de slug em sete poços de monitoramento, a condutividade
hidráulica do nível superior da porção saturada de xistos alterados. A condutividade média
obtida foi de 4,33x10-5 cm/s e os valores máximos e mínimos foram respectivamente
1,23x10-4 e 4,57x10- 6 cm/s.
12
4.3– Ensaios de Condutividade Hidráulica
O conhecimento dos valores e da variação espacial da condutividade hidráulica é de
suma importância para o entendimento de um aquífero e para o planejamento de ações
interventivas sobre este. Por exemplo, na avaliação hidrogeológica de uma área contaminada,
a determinação precisa dos valores de condutividade hidráulica é necessária para estimar a
velocidade de fluxo da água subterrânea, no cálculo das taxas de transporte dos
contaminantes, na análise de risco da área impactada e no esboço dos métodos de remediação.
Os valores de condutividade hidráulica de sedimentos, rochas e solos podem ser
determinados por diferentes métodos. Todos apresentam vantagens e inconveniências e se
baseiam em hipóteses simplificadas. Os métodos podem ser efetuados em laboratório ou in
situ.
Os métodos de laboratório para determinação da condutividade hidráulica são
realizados em amostras pontuais, obtidas em diferentes profundidades, muitas vezes dentro de
um mesmo perfil, de forma que, na maioria das vezes, não refletem as heterogeneidades
intrínsecas do meio estudado. Entretanto, a principal vantagem é o maior controle sobre as
13
características dos ensaios. Para o estudo de aquíferos, os métodos incluem a análise
granulométrica e o permeâmetro de carga constante.
Os métodos de Hazen (1911; in Fetter, 2001) e Shepherd (1989) utilizam a análise
granulométrica na determinação da condutividade hidráulica e são aplicados somente em
sedimentos arenosos.
O permeâmetro de carga constante, descrito em Freeze & Cherry (1979), utiliza
amostras indeformadas na obtenção da condutividade hidráulica. Dada a dificuldade de se
obter amostras indeformadas a partir do meio saturado, muitos dos ensaios são realizados em
amostras extraídas da zona não saturada e medem a condutividade vertical.
Os métodos in situ possibilitam a obtenção dos valores de condutividade hidráulica do
meio geológico no seu estado natural, sendo influenciados pelas heterogeneidades presentes
no local investigado. Para a investigação de meios saturados, os testes de bombeamento e de
slug são frequentemente utilizados. Em estudos mais detalhados, a utilização de traçadores
conservativos têm sido uma alternativa na determinação dos valores de condutividade
hidráulica.
Os méritos e as falhas de cada método podem ser discutidos, porém não cabe concluir
a superioridade de um método sobre outro. A escolha de um método é usualmente
determinada em função da finalidade do estudo, do meio hidrogeológico avaliado, bem como
da disponibilidade financeira e de tempo do investigador. Pode-se obter dados confiáveis da
condutividade hidráulica mediante a escolha do método apropriado para o caso, junto com
planejamento adequado dos ensaios, uso de instrumentação acurada e respeitando-se os
fundamentos do método.
Para o estudo de aquíferos rasos, de natureza livre e de baixa permeabilidade, como os
presentes em perfis de alteração de rochas cristalinas, diversos autores como Butler (1997),
Butler & Healey (1998) e Yang & Gates (1997) propõem a utilização de testes de slug para a
caracterização da condutividade hidráulica. Para estes autores, testes de bombeamento são
demorados, custosos, necessitam de poços de observação e em áreas contaminadas toda água
bombeada tem de ser tratada. Cabe ressaltar que para o estudo de litologias de baixíssima
condutividade hidráulica, a realização de testes de bombeamento é praticamente impossível.
14
4.3.1– Slug Test
O Slug Test é atualmente um dos ensaios mais utilizados em campo para determinar a
condutividade hidráulica do solo (Butler, 2007). Este tipo de ensaio pode ser realizado tanto
em poços de monitoramento como em piezômetros (Vásquez, 2004). O slug test encontra-se
normatizado nos Estados Unidos pela norma ASTM D 4104 (ASTM, 2004).
O ensaio consiste em modificar de maneira instantânea a coluna de água no poço ou
piezômetro, seja por introdução ou extração de um objeto sólido.
Este objeto sólido que é rapidamente introduzido ou retirado causa uma variação, de
incremento ou diminuição nos níveis de água dentro do poço, seguido de uma súbita mudança
de níveis de cargas. Em quanto o nível de água retorna ao nível estático, as variações das
cargas são medidas em função do tempo (Freeze e Cherry, 1979). Os dados coletados são
usados para a determinação das propriedades hidráulicas do aquífero aplicando seu próprio
método de análise.
4.3.1.1– Descrição do Slug Test
O aparelho usado para os testes de slug test, inclui um dispositivo para medir a
variação das cargas pressão durante a realização do ensaio (e.g., um medidor de nível d´água
ou um transdutor de pressão). O método mais comum para o teste é o uso de um objeto sólido
(slug), o qual é introduzido ou removido no interior do poço.
O cilindro (slug) pode ser confeccionado de um tarugo de aço inoxidável ou PVC ou
mesmo utilizando-se um tubo de PVC. No caso de utilização de um tubo, o seu interior deve
ser preenchido com areia ou um material similar, e é hermeticamente fechado em ambas as
extremidades por caps soldados ou rosqueados.
15
Como foi mencionado anteriormente, este tipo de ensaio pode ser executado por meio
de duas alternativas, com a introdução de um objeto sólido (slug-in) ou com a retirada deste
objeto (slug-out).
Na primeira opção (slug-in), introduz-se o objeto sólido dentro do poço e faz-se subir
o nível da água até uma altura h1, e posteriormente se mede o decaimento do nível de água até
chegar a seu nível inicial, tomando o tempo necessário para chegar a esta condição.
16
Slug In, subida inicial e medidas de descensos da água Navfac, 1981.
No segundo caso (slug-out), mede-se a variação do nível da água ocasionado pela
extração do objeto sólido que foi introduzido no poço ou piezômetro. Este objeto deve ser
extraído com a maior rapidez possível, já que o ensaio se fundamenta na medição da variação
no nível de água.
Slug Out, descenso inicial e medidas de subidas da água (Navfac, 1981).
17
Segundo Butler (2007), este tipo de ensaio possui as seguintes vantagens:
• Rapidez de execução,
• Evita a introdução e extração de água, e a posterior possibilidade de ter que gestionar
a possível água contaminada,
• Possibilidade de conseguir dados confiáveis devido à utilização de sistemas de
aquisição de dados que medem e registram as variações do nível de água de forma contínua e
precisa, registrando o maior número possível de dados nos primeiros momentos após a
extração ou introdução do slug,
• Necessidade de escasso equipamento ou acessório para a realização dos ensaios.
Uma das limitações deste ensaio, é que ele apenas determina a condutividade
hidráulica na área imediatamente circundante ao filtro do poço de monitoramento ou a ponta
piezométrica.
Para a obtenção da condutividade hidráulica a partir dos dados coletados nos testes,
são geralmente empregados métodos de interpretação: o de Hvorslev e de Bower-Rice; apesar
da existência de outros métodos (e.g., Cooper-Bredehoeft-Papadopoulos, 1967).
4.3.1.1.1– Método de Hvorslev
O método utilizado para a análise dos dados obtidos no ensaio de slug test é a solução
matemática de Hvorslev (1951). Este método é caracterizado por sua simplicidade e podem
ser usados para aquíferos confinados em poços de monitoramento ou em piezômetros que são
instalados parcialmente ou totalmente penetrantes. A análise é baseada na hipótese que o
fluxo se encontra num estado quase de regime permanente:
18
Onde:
kr= condutividade hidráulica (cm/s)
rc = raio da tubulação (cm)
L=longitude efetiva da ranhura do poço (cm)
Re= raio efetivo do slug (cm)
t= tempo do acréscimo instantâneo inicial (s)
Os passos para o método de Hvorlev são:
1. Plota-se os dados normalizados em escala logarítmica H(t)/Ho versus tempo e a
continuação traça-se a melhor reta que se ajuste aos pontos dos dados;
2. Calcula-se a linha de tendência da reta. Sendo um dos métodos de estimativa do
tempo o que se refere a To que é o tempo inicial, o qual normaliza as cargas a 0,368, origem
do número e é definido como um tempo básico de acordo com Hvorlev (1949). Ao começo do
teste, a carga de logaritmo é 1 e o tempo é zero, então a inclinação seria simplesmente log10
(0,368).
3. O cálculo do componente radial da condutividade hidráulica, escrita em termos de
cálculo da inclinação de carga normalizada, que é o momento no qual o tempo é igual a T0
onde a carga normalizada é igual a 0,368.
Onde Le é o comprimento do filtro neste caso.
A Figura 3 apresenta a configuração de instalação tanto de um piezômetro como de
um poço para o método de Hvorlev.
20
5 RESULTADOS DOS PONTOS DE SONDAGEM A TRADO
Alunos:
Data: Professor:
Ponto de Sondagem (Tipo): 3 Sedimento: Argilo-Arenoso Nível da Água (NA) (Alterado) (m): 0,54
Piezômetro (Diâmetro) (m): 0,12 Filtro (Comprimento) (m): 0,38 Altitude do Terreno (m): 41,00
Piezômetro (Raio) (m): 0,06 Filtro (Raio) (m): 0,06 Carga Hidráulica (m): 40,63
Piezômetro (Profundidade) (m): 0,75 Nível Estático (NE) (Inicial) (m): 0,37 Gradiente Hidráulico (m): 1/90
Ponto de Sondagem Localização Profundidade (m) Diâmetro (m) NE (m) Altitude do Terreno (m)
41,00
3Centro Tecnológico
Campus do Vale0,75 0,12
2Centro Tecnológico
Campus do Vale0,71 0,12 0,35
Dados do Ponto Estudado
Dados dos Pontos de Sondagem a Trado
1Centro Tecnológico
Campus do Vale0,87 0,12 0,365 41,00
Curso Técnico em Hidrologia - IPH - UFRGS - Hidrogeologia
Avaliação da Condutividade, Carga Hidráulica, Gradiente e Movimento da Água Subterrânea
João B. Barcelos, Newton Krucinski
31/09/2015 Pedro A. R. Reginato
0,37 41,00
Distância Entre as Sondagens (m)
Sondagem 1 e Sondagem 2 0,98
Sondagem 2 e Sondagem 3 1,79
Sondagem 3 e Sondagem 1 2,84
Condutividade Hidráulica (K) (m/dia) 9,90
21
Tempo (min) Nível de Água (NA) (m) h (m) h / h0
0 0,5400 0,17 100%
2 0,5350 0,17 97%
4 0,5300 0,16 94%
6 0,5250 0,16 91%
8 0,5200 0,15 88%
10 0,5200 0,15 88%
12 0,5150 0,15 85%
14 0,5100 0,14 82%
16 0,5100 0,14 82%
18 0,5100 0,14 82%
20 0,5100 0,14 82%
22 0,5050 0,14 79%
24 0,5050 0,14 79%
26 0,5025 0,13 78%
28 0,5020 0,13 78%
30 0,5000 0,13 76%
76,33 - - 37%
0,17
0,17
0,17
0,17
Teste de Slug (Slug Out)
-
h0 (m)
0,17
0,17
0,17
0,17
0,17
0,17
0,17
0,17
0,17
0,17
0,17
0,17
22
37%
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
0 10 20 30 40 50 60 70 80
h/h
0 (
%)
Tempo (minutos)
Teste de Slug (Slug Out)
Teste de Slug Out Leitura em 37% Linear (Teste de Slug Out)
23
Ponto de Sondagem NE (m) Altitude do Terreno (CB) (m)
1 0,365 41,00
2 0,35 41,00
3 0,37 41,00
Ponto de Sondagem Carga Hidráulica (h) (m) Maior Carga Hidráulica (m) Ponto Distância entre as SondagensGradiente Hidráulico (i)
(m) (i = dh / dl)1 40,64 40,65 2 Sondagem 2 e Sondagem 3 0,0112 40,65 Menor Carga Hidráulica (m) Ponto Fração
3 40,63 40,63 3 1/90
Piezômetro (Raio) (r) (m): 0,06
Filtro (Comprimento) (Le) (m): 0,38
Filtro (Raio) (R) (m): 0,06
Tempo 37% (To) (min): 76,33
Carga Hidráulica dos Pontos de Sondagem
Carga Hidráulica (h) (m) - (h = CB - NE)
Fórmula:
40,64
40,65
40,63
Gradiente Hidráulico dos Pontos de Sondagem
1,79
Condutividade Hidráulica (Método de Hvorslev)
Condutividade Hidráulica (K)
(m/dia)9,897356735
Condutividade Hidráulica (K)
(m/min)0,000114553
� � ��� * ln (Le / R)) / 2 * Le * To
(Le / R) > 8
25
5.1 RESULTADOS DOS POÇOS TUBULARES
Alunos:
Data: Professor:
Nome do Poço: IPH 1 Altitude do Terreno (CB) (m): 41,00
Profundidade (m): 35,00 Tipo de Captação Tubular
Diâmetro (m): 0,15 Situação Equipado
NE (m): 1,02 Uso da Água Sem uso
Revestimento Aço Galvanizado
Revest. Altura do Solo (RAS) (m): 0,80
Nome do Poço: IPH 2 Altitude do Terreno (CB) (m): 41,00
Profundidade (m): 37,00 Tipo de Captação Tubular
Diâmetro (m): 0,15 Situação Não Instalado
NE (m): 0,485 Uso da Água Sem uso
Revestimento Aço Galvanizado
Revest. Altura do Solo (RAS) (m): 0,365
Diferença entre cargas hidráulicas
(dh) (m):0,10
Distância entre os poços (dl) (m): 15,00
Gradiente Hidráulico (i) (m)
(i = dh / dl)
0,006666667
1/150
40,78
Carga Hidráulica (h) (m)
(h = (CB+RAS) - NE)
40,88
LocalizaçãoCentro Tecnológico
Campus do Vale
Carga Hidráulica (h) (m)
(h = (CB+RAS) - NE)
Gradiente Hidráulico dos Poços
Maior Carga
Hidráulica (m)
Menor Carga
Hidráulica (m)
40,88
40,78
Distância Entre os Poços (m)
IPH1 e IPH2 15,00
LocalizaçãoCentro Tecnológico
Campus do Vale
Dados dos Poços
Curso Técnico em Hidrologia - IPH - UFRGS - Hidrogeologia
Avaliação da Condutividade, Carga Hidráulica, Gradiente e Movimento da Água Subterrânea
João B. Barcelos, Newton Krucinski
31/09/2015 Pedro A. R. Reginato
27
6 CONCLUSÃO
Através do trabalho em campo feito como método de ensino, foi possível determinar
os valores de condutividade, carga e gradiente hidráulico, e também a linha equipotencial e de
fluxo, através do Slug Test, nos dando assim uma experiência de como realizar trabalhos de
cunho profissional em um futuro próximo.
28
7 BIBLIOGRAFIA
FEITOSA, F. A. C. ; MANOEL FILHO, J. ; FEITOSA, E. C. ; DMETRIO, J. G. A.
Hidrogeologia: Conceitos e aplicações. 3a Edição Revisada e Ampliada. CPRM Serviço
Geológico Nacional, 2008..
Bouwer, H.; RICE, R. C. A Slug test method for determining hydraulic conductivity of
unconfined aquifers with completely or partially penetrating wells, water. Resourcers
Research, 1976.vol 12 nº3.