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coberturas
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COBERTURAS TRADICIONAIS
INCLINADAS
Trabalho Realizado por:
1081585 Gil Camarinha
1091433 Fernando Orosa
1111474 Sofia Alves
3DB
Grupo 5
Data de entrega: 27-05-2014
ISEP – Engenharia Civil
Tecnologia das Construções
2013/2014
1
Índice
Introdução: ................................................................................................................................................... 3
Cobertura de colmo: ..................................................................................................................................... 4
Materiais ................................................................................................................................................... 4
Construção da cobertura das casas de colmo de santana: ...................................................................... 7
A armação da cobertura ....................................................................................................................... 7
Vantagens das coberturas de colmo: ....................................................................................................... 8
Manutenção: ............................................................................................................................................ 8
Coberturas de colmo modernas: .............................................................................................................. 9
Coberturas de Ardósia: ............................................................................................................................... 11
.................................................................................................................................................................... 12
Coberturas Cerâmicas: ............................................................................................................................... 13
Caraterísticas Gerais: .............................................................................................................................. 13
Terminologia e definições de cobertura:................................................................................................ 13
Tipos de Telhas Cerâmicas: .................................................................................................................... 17
Telha Lusa: .......................................................................................................................................... 17
Telha Marselha: .................................................................................................................................. 20
Telha Canudo: ..................................................................................................................................... 21
Telha Romana: .................................................................................................................................... 23
Telha Plana: ........................................................................................................................................ 25
Coberturas com desvão não ocupado: ................................................................................................... 27
Exigências térmicas ............................................................................................................................ 28
Ventilação ........................................................................................................................................... 28
Isolamento térmico: ........................................................................................................................... 31
Coberturas com desvãos ocupados: ....................................................................................................... 32
Exigências térmicas ............................................................................................................................ 32
Isolamento térmico e outros revestimentos ...................................................................................... 32
Classificação quanto o número de vertente ........................................................................................... 35
Coberturas em Fibrocimento: .................................................................................................................... 38
Vantagens: .............................................................................................................................................. 39
Desvantagens: ........................................................................................................................................ 39
Campo de aplicação: .............................................................................................................................. 39
Tipos de chapa: ....................................................................................................................................... 40
Montagem e pormenores construtivos: ................................................................................................. 41
Coberturas Metálicas: ................................................................................................................................ 49
Vantagens da sua utilização: .................................................................................................................. 49
Coberturas metálicas para telhados RHEINZINK .................................................................................... 49
2
Sistema de junta elevada dupla: ........................................................................................................ 50
Junta elevada angular: ........................................................................................................................ 50
Junta de barra “Clic-System” .............................................................................................................. 51
Quick Step – Cobertura escalonada ................................................................................................... 51
Quick Step – Solar térmico ................................................................................................................. 52
Sistema de telhas: .............................................................................................................................. 52
Coberturas metálicas para telhados ONDULINE .................................................................................... 53
Sistema de cobertura ONDUVILLA: .................................................................................................... 53
Sistema de Cobertura ONDULINE- EASYLINE: .................................................................................... 55
Sistema de Cobertura ONDUCLAIR: .................................................................................................... 57
Subtelhas Metálicas:................................................................................................................................... 58
Subtelha para telha marselha, lusa, canudo ou betão: .......................................................................... 58
Aplicação das placas: .......................................................................................................................... 58
Tipo de estrutura necessária: ............................................................................................................. 58
Disposição das placas: ........................................................................................................................ 59
Inclinações admissíveis ....................................................................................................................... 59
Fixação das placas: ............................................................................................................................. 59
Acessórios: .......................................................................................................................................... 60
Remates .............................................................................................................................................. 61
Ventilação: .......................................................................................................................................... 62
Isolamento Térmico: Painel Sandwich Ondutherm .................................................................................... 63
Estrutura de apoio/ Fixação de painéis: ................................................................................................. 63
Isolamento térmico ................................................................................................................................ 63
Sistema SkinZip: .......................................................................................................................................... 65
Conclusão: .................................................................................................................................................. 66
Bibliografia...................................................................................................... Erro! Marcador não definido.
3
Introdução:
A cobertura é um conjunto de elementos resistentes e ao mesmo tempo protetores, cuja função
e fechar a parte superior de um edifício, podendo esta ser horizontal ou vertical.
É na cobertura que o edifício encontra o coroamento que o protege das intempéries e
dos raios solares.
As primeiras coberturas eram bastante inclinadas e edificadas com materiais pouco
duradouros pois eram normalmente feitos em colmo, cascas de árvore, peles de animais,
folhagem e ate com ramos de árvores.
Dado a sua pouca durabilidade o Homem foi sempre procurando materiais que o
pudessem proteger eficazmente ate que no decorrer do Império Romano os construtores
começaram por utilizar as argilas.
É durante este Imperio que surgem as primeiras coberturas em argila moldada que foi evoluindo
ate aos nossos dias, dando origem a um material considerado de alta qualidade e utilizado em
toda a Europa.
Hoje a elevada utilização de telha cerâmica nos países europeus resultou em níveis de
exigência técnica no fabrico deste produto, correspondendo a requisitos rigorosos expressos em
normas de especificação de caraterísticas e respetivos ensaios, para avaliação de desempenho.
As coberturas tradicionais que ainda hoje persistem na Europa Meridional têm-se
mantido com algumas inovações sendo que em cada região podemos encontrar tipos de
coberturas que são autênticas obras de arte, que no seu conjunto formam uma combinação de
ambiental quase perfeita, ao mesmo tempo que se adaptam as condições climatéricas locais.
Esta situação deve-se á grande quantidade de existência de argilas na Europa. As argilas e à
transformação operada através do fogo dando-lhe caraterísticas quase únicas.
Apesar do que já atrás dissemos não podemos nem devemos esquecer outros tipos de
coberturas, que apesar da sua expressão ser mesmo quantitativa não devem ser ignoradas.
Estamos a falar das coberturas de ardosia, utilizadas no nordeste-transmontano, das coberturas
metálicas e de fibrocimento usadas em pavilhões de medias e grandes dimensões,
recentemente também aplicadas em prédios urbanos, coberturas metálicas (zinco e cobre)
pouco utlizadas dado o seu custo ser mais elevado.
Em Portugal de uma maneira genérica as praticas utlizadas em coberturas são de boa
qualidade, adotando-se coberturas inclinadas, minimizando-se infiltrações e melhorando o nível
de escoamento de águas, ao mesmo tempo optando por aplicar cores escuras nas zonas mais
frias que permitem minimizar a quantidade de calor transmitida ao interior da edificação, e
cores claras em zonas mais quentes que por reflexão dos raios solares torna a edificação mais
fresca.
No Algarve a solução tradicional de cobertura é o terraço. A escolha da cobertura plana
deve-se a pouca pluviosidade e permite utilizar os terraços como espaço de lazer ou para
ocupações de ordem domestica.
É na cobertura que encontramos a maior proteção de um edifício, desempenhando um
importante papel na eficiência energética do edifício.
4
Cobertura de colmo:
A cobertura tradicional de colmo é das coberturas mais antigas do mundo.
Normalmente são usadas nos países quentes pois como têm ótima ventilação deixam o interior
da construção a uma temperatura amena tanto nas temperaturas altas como nas baixas.
Esta cobertura tem um custo muito baixo pois o material necessário para a construção
da mesma encontra-se em abundância na natureza.
Em Portugal encontramos este tipo de cobertura nas casas de colmo de santana típicas do
arquipélago da madeira.
Materiais
Colmo:
Pode ser de trigo, de centeio ou de outra variedade. Mas o trigo, pela sua maior versatilidade,
passou a ser a cultura mais produzida.
A sementeira faz-se normalmente durante a estação de inverno e a colheita do trigo e a recolha
dos colmos na época de verão. De salientar que a colheita do trigo terá de ser feita à mão pois
os colmos devem ser arrancados sem os quebrar e orientados o mais paralelamente possível.
Colheita do trigo
5
Vimes:
A sua utilização na construção das casas de colmo tem um papel crucial, pois serve para amarrar
as varas que comprimem o colmo à estrutura base, as ripas.
São utilizados vimes com cerca de 2cm de diâmetro e 2m de altura que são colocados a secar,
passando pelo fumeiro. Quando já tiverem secos, devem ser colocados na água durante
sensivelmente 14 dias. Todos estes processos são essências para que os vimes fiquem com
maleabilidade suficiente para a amarração.
Preparação do vime
6
Madeira:
A madeira é utilizada para a armação da cobertura.
Armação da cobertura em madeira
Varas:
São utilizadas na horizontal, sobre e entre as várias camadas do colmo, para contribuir para
compactar a cobertura.
Colocação das varas durante a colmatação
7
Construção da cobertura das casas de colmo de santana:
A armação da cobertura
É feita em madeira, normalmente de 2, 3 ou 4 águas.
Possuem uma inclinação acentuada em média de 60°, variando consoante a área de habitação.
Esta inclinação assegura o escorrimento das águas da chuva, impossibilitando a infiltração para
o interior e garantindo também a máxima durabilidade do colmo.
A disposição da armação é em forma de triângulos espaçados de 30-50 cm e por feixes
horizontais com a mesma disposição.
Colocação do colmo
É feita de baixo para cima, tendo a sua espessura normalmente 25 cm.
Colocação do colmo
8
Colocação das varas
São posicionadas na horizontal de modo a colmatar o colmo e a fixação das mesmas é feita pelos
vimes.
Uso do vime na fixação das varas
Concluindo o processo a palha é aparada para que fique com um aspeto mais
homogéneo.
Vantagens das coberturas de colmo:
Construção leve e de rápida execução;
Ótima ventilação;
Materiais de construção de fácil aquisição.
Manutenção:
Os materiais utilizados neste tipo de coberturas requerem uma manutenção regular,
dependendo da qualidade do colmo e das temperaturas que se fizerem sentir, deverá ser
efetuada uma substituição parcial do colmo mais estragado. Essa substituição pode ser realizada
de 4 em 4 anos ou de 5 em 5 anos.
9
Coberturas de colmo modernas:
A estrutura de suporte é feita em madeira ou em metal e em vez dos maranhos de colmo
este é colocado em placas de 20 mm de espessura, que por sua vez são vulcanizadas a borracha
e a sua fixação é simplificada pelos ganchos incorporados que permitem a aplicação em
qualquer tipo de estrutura. A sua inclinação é em média de cerca de 45 graus.
No final da montagem é pulverizado um produto protetor de colmo, de modo que em
caso de incêndio a cobertura arda mais lentamente.
As coberturas de colmo de hoje podem durar mais de 30 anos.
Placa de colmo
Gancho fixador
10
Vulcanização de borracha
As coberturas mais atuais de colmo estão normalmente relacionadas com estruturas de apoio
em jardins de habitações e guarda-sóis nas praias.
Guarda-sol com cobertura de colmo
Estrutura de apoio a jardim com cobertura de colmo
11
Coberturas de Ardósia:
As coberturas de ardósia foram muito usadas no nordeste de Portugal nos primórdios
tempos, sendo que ainda hoje se encontram em alguns lugares remotos.
A sua aplicação hoje em dia é muito rara dado que o seu preço não compete com outros
tipo de cobertura no entanto ainda há quem a utilize pelo seu aspeto harmonioso e elegante.
A sua aplicação em tempos passada era bastante tosca sem qualquer manuseamento
de perfeição, enquanto hoje é trabalhada e embelezada de acordo com o gosto do consumidor.
As coberturas de ardosia são geralmente aplicadas sobre placa de cobertura com mais
ou menos inclinação podendo mesmo serem aplicadas quase na vertical dado que cada peça é
fixada através de um pino. Os remates são feitos com os mesmos materiais.
As figuras que abaixo apresentamos dão uma ideia das diferentes aplicações deste
revestimento. Atendendo a sua coloração é um bom conservador de calor especialmente no
Inverno.
12
13
Coberturas Cerâmicas:
As coberturas são compostas por diferentes elementos, pelo que se torna necessário
determinar corretamente a designação de cada uma dos seus elementos.
A terminologia portuguesa sobre coberturas, difere de região para região, pelo que a
terminologia que apresentamos é a que está citada no livro: “Manual de aplicação de telhas
cerâmicas”.
Caraterísticas Gerais:
A qualquer tipo de cobertura é sempre exigível que esta satisfaça cabalmente a função para
que foi criada. Assim temos as principais exigências a uma cobertura
Estanquidade á água
-Permeabilidade ao ar
Isolamento térmico
Comportamento sob a ação do vento
Uniformidade no aspeto
Reação ao fogo
Resistência aos agentes químicos
Em todas estas exigências, as que mais se devem destacar são a estanquidade e o
isolamento térmico.
Quanto á estanquidade à água, sobressai a impermeabilidade das telhas cerâmicas e fatores
relacionados com o funcionamento global do telhado (inclinação e recobrimento dos elementos
descontínuos). As coberturas cerâmicas podem ou não serem ocupadas no desvão sendo
consideradas um espaço não aquecido para efeito de cálculos, relativo ao elemento de
revestimento térmico.
O nível de isolamento térmico rege-se pelo RCCTE. A sua principal função é evitar que hajam
grandes oscilações de temperatura no espaço protegido.
Terminologia e definições de cobertura:
Cobertura de telhado: Parte superior da envolvente de uma edificação.
Cobertura inclinada de telhado: Por convenção, cobertura de pendente superior a 8%
Telhado de telhas: Elemento ou conjunto de elementos que revestem exteriormente a
cobertura assegurando uma primeira proteção ao interior do edifício.
Vertente ou água: Qualquer superfície plana de uma cobertura inclinada.
Estrutura da cobertura: Conjunto das peças resistentes que suportam a cobertura.
14
o Estrutura principal (A): Conjunto das peças resistentes da cobertura
que apoiam diretamente nos elementos verticais da edificação
(paredes, pilares, etc..).
o Estrutura secundária (B): Conjunto das peças de suporte e resistentes
da cobertura intercaladas entre o revestimento da cobertura e a sua
estrutura principal.
Empena (1): superfície triangular da parede que limita lateralmente uma cobertura de uma ou
duas águas.
Beiral (2): beira no final da vertente saliente da parte exterior, executada com a própria telha. Beirado (3): beira no final da vertente saliente da parede exterior, executada com peças acessórias, capa e bica. Laró (4): intersecção lateral de duas vertentes, formando um ângulo reentrante.
Rincão (5): Intersecção lateral de duas vertentes, formando um ângulo saliente. Cumeeira (6): intersecção superior, geralmente horizontal, de duas vertentes opostas, formando um angulo saliente. Tacaniça (7): vertente secundaria, triangular, numa cobertura de quatro águas.
FIGURA - TERMINOLOGIA DAS DIFERENTES PEÇAS DE UMA COBERTURA
15
Água mestra (8): vertente principal, geralmente trapezoidal, numa cobertura de quatro águas. Remate de parede (9): aresta que limita superiormente uma vertente, correspondendo, no geral à intersecção com uma parede ou não. Remate lateral (10): aresta que limita lateralmente uma vertente, correspondendo, no geral à intersecção com uma parede ou não. Clarabóia (13): abertura existente na vertente de uma cobertura inclinada, que permite entrada da luz natural, podendo permitir ou não a entrada de ar. Quebra (mansarda) (14): aresta de intersecção geralmente horizontal, de duas vertentes no mesmo sentido e diferentes inclinações formando um ângulo saliente. Quebra (contrapeito) (15): aresta de intersecção geralmente horizontal, de duas vertentes no
mesmo sentido e diferentes inclinações formando um ângulo reentrante.
Cimalha (16): espaço exterior e inferior da vertente, saliente em relação ao coroamento de uma parede.
A imagem apresentada a seguir, ilustra os diferentes constituintes de uma estrutura de
madeira bem como a terminologia adotada:
Asna (1): treliça de madeira, metálica ou mista que serve de apoio à estrutura secundária. Madre ou Terça (2): peça da estrutura principal da cobertura, disposta perpendicularmente à linha de maior declive da vertente, em que apoia diretamente o varedo e que transmite o esforço à estrutura principal da cobertura. Vara (3): peça da estrutura secundária da cobertura, disposta segundo a linha de maior declive da vertente em que geralmente apoia o ripado.
TERMINOLOGIA DOS CONSTITUINTES DE UMA ESTRUTURA DE
MADEIRA.
16
Forro (4): elemento contínuo que forra interiormente a cobertura, acompanhando a vertente,
colocado entre a estrutura principal e secundária da cobertura, ou imediatamente abaixo desta.
Contra-Ripa (5): Peça da estrutura secundária, disposta sob o ripado, segundo a linha de maior
declive da vertente, que apoia sobre um elemento contínuo.
Ripa ou Lata (6): Peça da estrutura secundária da cobertura disposta perpendicularmente á linha
de maior declive da vertente, em que se apoiam os elementos do revestimento.
Tábua de barbete (7): Peça da estrutura secundária da cobertura, que substitui o ripado na beira
da cobertura, para manter a pendente da fiada de telhas da beira. A tabua de barbete é muitas
vezes substituída por uma ripa dupla.
Frechal (8): peça da estrutura secundária da cobertura, corresponde a uma madre que apoia na
parede resistente e recebe e distribui esforços transmitidos pelo vareado.
As estruturas de betão armado são atualmente muito frequentes em Portugal, havendo
essencialmente dois tipos de estruturas em betão armado:
Estruturas descontínuas: estrutura similar à estrutura de madeira, na qual os vários
elementos são executados no próprio local da construção. Estes elementos podem ser peças de
betão armado pré-esforçado, peças pré-fabricadas ou peças betonadas.
Estruturas contínuas: neste tipo de estrutura as telhas são assentes numa laje,
geralmente aligeirada, que é criada precisamente para esse fim. Esta solução permite criar um
espaço útil e habitável no desvão.
17
Tipos de Telhas Cerâmicas:
Existem diferentes tipos de telhas cerâmicas, sendo as mais frequentes em Portugal as
seguintes:
Telha Lusa:
Tradicionalmente considerada como sendo uma invenção lusitana. A sua aplicação é rápida e de encaixe robusto, proporciona níveis de elevada estanquidade na cobertura, sendo das mais utilizadas nas construções no nosso país. Tem como vantagens a sua boa resistência à flexão, assim como ser esteticamente agradável. A sua colocação em obra exige apenas dois apoios apesar da sua geometria ser propicia à ocorrência de deformações originadas pelo processo de secagem e retração, o que pode originar problemas de encaixe. Os remates são realizados com cume ou telhão de cumeeira, cruzetas e cume pata de leão, de acordo com o modelo do telhado.
A sua colocação em obra é muito fácil de aplicar, desde que sejam respeitados os seus encaixes.
.
TELHA LUSA ( VISTA DE CIMA)
18
TELHA LUSA (VISTA DE BAIXO).
19
TELHA PASSADEIRA COM VENTILAÇÃO; CAPA E BICA EM BEIRADO; CANTO DE TELHA.
CUME CONHA OU PATA DE LEÃO; CUME OU TELHADO DE CUMEEIRA; CRUZETA DE TRÊS ENTRADAS.
20
Telha Marselha:
Telha de origem francesa, sendo um dos formatos mais utilizados no nosso país. Como
é praticamente plana, com encaixes nos quatro topos protegidos por elementos elevados a sua
resistência é elevada. Tem um especto estético menos interessante mas, devido a sua forma
plana, possui algumas vantagens, como ser de fácil transporte, peso reduzido e não necessitar
de tamancos junto das cumeeiras.
Os remates são geralmente realizados com cumes de cumeeira, cruzetas e telhas de
capa e bica.
A sua colocação é muito semelhante á da telha Lusa.
TELHA MARSELHA (VISTA DE CIMA).
TELHA MARSELHA (VISTA DE BAIXO).
21
TELHA PASSADEIRA/ VENTILAÇÃO; TELHA PARA CHAMINÉ.
Telha Canudo:
Telha artesanal, de forma curva e com um único canal. É tipicamente de cor vermelha,
bege ou castanha. Tem uma ligação pouco estanque e eficiente.
Vulgarmente é afixada com argamassa e com um grampo sendo pouco indicada para coberturas
com muita inclinação.
Os remates no cume de uma cobertura de telha canudo, são normalmente realizados com a
mesma telha e os acessórios característicos da mesma
22
CAPA E BICA; CUME TELHÃO DE CUMEEIRA; CRUZETA DE TRÊS E QUATRO ENTRADAS.
A sua execução de assentamento é demorado, porque não possui qualquer tipo de encaixe.
É esteticamente agradável e tem um aspeto rústico mas em contrapartida, a aplicação em obra
exige um apoio continuo, geralmente em madeira, tornando-se assim um inconveniente visto
que para alem de exigir uma grande quantidade de madeira, está também sujeito ao
empenamento e ao apodrecimento, resultado da sua deficiente ventilação e mesmo que
utilizemos as telhas de ventilação, esta é sempre bastante deficiente.
Os remates são realizados com a própria telha.
.
Telhado Canudo
23
Telha Romana:
Tipo de telha atualmente pouco utilizada em Portugal, apesar de ainda se observar na
cobertura de edifícios históricos. Possui uma capa côncava e canal trapezoidal, pouco
estanque na junta e muito pesada, facto que complica a sua aplicação e a torna menos
prática.
Não requerendo
uso de remates,
pode no entanto
utilizar-se cumes do
formato da telha
lusa, dado que a sua
colocação é muito
semelhante.
TELHA ROMANA.
Características geométricas gerias da telha romana.
24
BEIRADO EM TELHA ROMANA.
25
Telha Plana:
Telha originária do Norte da Europa, constituída por um cano plano, sendo por isso indicada para coberturas com grande inclinação, não necessitando de remates.
Atendendo ás suas pequenas dimensões, não é habitual fazerem-se acabamentos com acessórios, no entanto, no cume, pode utilizar-se cumes do formato da telha lusa.
A sua fixação faz-se através de pinos.
Apesar da sua aplicação não ter grandes dificuldades, não é muito utilizada no nosso país.
TELHA PLANA.
26
TELHADO TELHA PLANA.
27
Coberturas com desvão não ocupado:
Como se pode ver na imagem acima, no caso de um desvão não ocupado, o revestimento
térmico deverá ser incluído na laje de esteira horizontal, sendo que, desta forma, se aplicam as
imposições do RCCTE definidas no Anexo VII, nº 1.3, ponto ii.
Esta disposição construtiva deverá assegurar a devida proteção do revestimento (com a
utilização de betonilhas, ou betão leve), bem como uma correta e elevada ventilação do desvão.
28
Exigências térmicas
Segundo o Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios
(RCCTE), tratando-se de um desvão não ocupado, este deverá ser fortemente ventilado. Pelo
Anexo II, ponto h, tem-se que um “espaço fortemente ventilado é um local que dispõe de
aberturas que permitem a renovação do ar com uma taxa média de pelo menos 6 renovações
por hora”
Ventilação
A ventilação é de especial importância no que toca a assegurar a durabilidade das telhas, pois uma boa ventilação evitará condensações e proliferação de fungos, e garantirá um bom comportamento Termo higrométrico do material. De uma maneira geral, uma ventilação adequada poderá ser assegurada com o uso de ripado
simples de argamassa, com uma altura mínima de 5cm, devendo-se prever a interrupção
periódica das ripas.
VENTILAÇÃO SOB AS TELHAS.
29
Para além disto, é também aconselhável o uso de contra-ripas, que permitam um
espaço de circulação de ar de pelo menos 2,5cm e que irão também desempenhar um papel no
reforço da estrutura de suporte da cobertura
Em ambos os casos, esta ventilação deverá ser complementada pela aplicação de telhas de ventilação, de maneira a se conseguir o caudal de ar necessário. Estas 27
Telhas devem ser aplicadas desencontradas, junto ao beiral e junto à cumeeira, de modo
a que o ar percorra toda a cobertura.
Circulação de ar ao longo de uma cobertura, com telhas de ventilação.
RIPAS E CONTRA RIPAS.
30
Como se pode ver pela figura acima de maneira a assegurar uma boa ventilação, as
placas das vertentes devem terminar a 5cm da cumeeira, não obstruindo assim a passagem do
ar.
Também com o intuito de facilitar a passagem do ar, dever-se-á ter atenção na utilização
de argamassas para fixação das peças cerâmicas, de maneira a esta não obstruir pontos de
ventilação, tendo também em conta que o seu uso indevido ou excessivo poderá comprometer
a estanquidade da cobertura bem como a durabilidade das peças. Isto deve-se ao facto de que,
após a chuva, uma ventilação eficaz reduzirá o tempo de secagem das peças, sendo que os
pontos em contacto com a argamassa permanecerão húmidos por mais tempo, devido à água
proveniente desta. Assim, estes pontos serão mais favoráveis ao desenvolvimento de
microrganismos e fungos que irão debilitar a cobertura, causando fissuras/fendas, que
posteriormente darão aso a infiltrações de humidade, sendo que a resolução destes problemas
se torna bastante dispendiosa.
VENTILAÇÃO NA CUMEEIRA.
31
Figura Colocação correta de argamassa na cumeeira vs. Colocação excessiva.
Isolamento térmico:
Para um desvão fortemente ventilado, o valor de τ a ser considerado é de 1, implicando
que ao elemento que separa o espaço útil interior do espaço não útil se apliquem os requisitos
mínimos definidos no Anexo IX para os elementos exteriores da envolvente. Ao se considerar o
desvão como espaço não útil, assume-se que a temperatura neste se aproximará da exterior,
contribuindo para as perdas de calor na estação de aquecimento (Inverno), e para ganhos não
desejados na estação de arrefecimento (Verão).
Desta forma, entende-se a necessidade da aplicação do revestimento térmico na laje horizontal, de forma a serem cumpridos os requisitos impostos relativos às diferentes zonas climáticas, com o intuito de garantir conforto térmico aos ocupantes. Seguidamente apresentam-se algumas soluções de revestimento térmico normalmente
utilizadas neste tipo de cobertura:
32
Coberturas com desvãos ocupados:
As coberturas inclinadas de telha cerâmica com isolamento segundo a vertente (quando se pretende que o desvão seja espaço ocupado), são coberturas de exigem um cuidado especial pela razão de terem um desvão para ocupação, ou seja, as condições a considerar são mais exigentes para que o espaço tenha o conforto necessário. Segundo o RCCTE são classificadas como espaços não ventilados. Ao contrário dos desvãos não
ocupados, são considerados espaços uteis pertencentes à envolvente interior da habitação.
Exigências térmicas
Pelo anexo II, do RCCTE, um espaço não ventilado é um local que não dispõe de
aberturas permanentes e em que a renovação do ar tem uma taxa média inferior a 0,5
renovações por hora.
Isolamento térmico e outros revestimentos
A aplicação de isolamento térmico nas vertentes das coberturas inclinadas deve ser considerada nos casos em que o desvão é ocupado/habitável. Nas coberturas inclinadas há várias hipóteses para a colocação do isolamento térmico. No
entanto, para um melhor aproveitamento energético o isolamento deve ser colocado sobre a
COBERTURA COM DESVÃO OCUPADO.
33
estrutura da cobertura (vertentes), principalmente se existir uma estrutura de laje pois, a inércia
térmica* dos elementos subjacentes ao isolamento torna-se útil.
Também é importante a existência de uma lâmina de ar ventilada, entre o revestimento
exterior da cobertura, neste caso, a telha, e o isolante térmico, para evitar que o material se
degrade.
*O conceito de inércia térmica caracteriza a resistência oferecida pelos sistemas térmicos à
tentativa de alterar o seu estado termodinâmico. A inércia térmica tem origem na capacidade,
que os materiais possuem, de armazenar calor.
As duas figuras a seguir apresentadas, ilustram como deve ser aplicado o isolamento
térmico para que cumpra todas as condições atingindo o conforto no desvão em dois casos
diferentes, no caso de a estrutura ser em madeira e no caso de a estrutura ser em betão.
A Figura acima apresenta dois tipos de revestimentos e isolamento nos tetos para um desvão ocupado. Trata-se da aplicação de telhas em subtelhas. O primeiro caso apresenta o isolante térmico como revestimento que poderá ser poliestireno extrudido, e a aplicação das telhas em subtelhas e ripas.
O segundo caso, apresenta a colocação das telhas em subtelhas, no entanto o
revestimento é um isolante térmico-acústico (painel sanduiche).
COBERTURA INCLINADA COM DESVÃO HABITÁVEL – ISOLAMENTO TÉRMICO NAS VERTENTES.
34
Na figura acima observa-se outras maneiras de revestir os tetos e aplicar o isolante. A
imagem da direita apresenta o isolante, barreira pára-vapor, estrado de madeira e vara. A
imagem da esquerda apresenta o isolante, a barreira pára-vapor e a laje. Em ambas as imagens
as telhas são colocadas em ripas.
Solução de isolamento térmico para coberturas inclinadas com desvão ocupado:
DESVÃO ÚTIL COM LAJE INCLINADA OU TETO ESTANQUE AO AR
35
Classificação quanto o número de vertente
As coberturas podem ser classificadas quanto ao número de vertentes como sendo de uma água, duas águas, três águas, quatro águas ou em pavilhão. As de uma água, ou simples, possuem como o próprio nome indica, uma única água pendente,
que cobre uma pequena área edificada, ou estendendo-se para proteger entradas (alpendre),
formando um plano inclinado que encaminha a água para uma das fachadas.
As coberturas de duas águas têm dois planos inclinados que se encontram
numa cumeeira central e nas empenas nos dois extremos estas podem ser distanciadas por uma
elevação, sendo estas conhecidas como coberturas de águas do tipo americano.
FIGURA - COBERTURA DE DUAS ÁGUAS.
FIGURA - COBERTURA SIMPLES OU DE UMA ÁGUA.
36
As coberturas de três águas são usadas quando nas plantas dos edifícios de uma
empena, para além das duas águas mestras paralelas às fachadas, existe uma terceira oposta
designada por tacaniça.
Recorre-se as coberturas de quatro águas essencialmente para coberturas de
edifícios com planta quadrada, de formas regulares ou irregulares, cujas vertentes se
intersectam definindo uma cumeeira e quatro rincões.
COBERTURA DE TRÊS ÁGUAS.
37
As coberturas do tipo pavilhão são uma forma particular de coberturas de quatro
águas, em que as vertentes são iguais e intersectam-se definindo apenas quatro rincões que
concorrem num ponto.
COBERTURA DE QUATRO ÁGUAS.
COBERTURA EM PAVILHÃO.
38
Coberturas em Fibrocimento:
O fibrocimento é um dos materiais mais antigos aplicados na construção. A sua criação
deveu-se a Ludwig Hatschek, em 1901. Pelo bom desempenho demonstrado nas coberturas, a
sua difusão foi relativamente rápida chegando a Portugal em meados dos anos 40.
As coberturas em fibrocimento são constituídas por uma pasta de cimento endurecida
e fibras de amianto, que foram muito usadas em Portugal pela simplicidade de montagem e
reduzido custo. Porém, hoje em dia já não é permitido o seu uso, uma vez que têm na sua
constituição amianto, sendo esta uma substância de risco para a saúde pública. Existem novas
tecnologias em fibrocimento, sem amianto, mas são mais utilizadas como subtelha, e não como
revestimento final de coberturas inclinadas, embora também possam ser utilizadas com essa
finalidade.
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Vantagens:
• Facilidade de execução, pelos processos simples e tradicionais que envolve a sua
aplicação;
• Permite a execução de revestimentos de cobertura com baixos custos;
• Rapidez de execução.
Desvantagens:
• Uma aplicação não cuidada pode acelerar o processo de degradação do revestimento
da cobertura e, consequentemente, do edifício;
• A intervenção de manutenção (ou até mesmo de colocação) deve ser feita com maior
cuidado;
• Não é uma solução que fique visível por não ser agradável esteticamente;
• A substituição de uma chapa é uma tarefa mais morosa do que por exemplo a
substituição de uma telha partida.
Campo de aplicação:
As chapas de fibrocimento têm como campo de aplicação coberturas de escolas,
unidades fabris, agropecuárias, pavilhões desportivos, armazéns e habitações com menores
exigências estéticas.
Normalmente são associados a construções que apresentam menores níveis de
exigência ou que apresentam caracter provisório, devido aos recentes estudos
40
Tipos de chapa:
Chapas lisas
41
Chapas onduladas
Canaletes
Cumeeira articulada e normal
Montagem e pormenores construtivos:
As coberturas de fibrocimento têm normalmente estrutura de suporte em madeira,
metal ou betão. Em que as chapas de fibrocimento são fixadas á estrutura e umas às outras. O
telhado pode ser de vários tipos de formatos (numero de Águas) e a sua montagem faz-se de
baixo para cima. Estas coberturas têm uma inclinação mínima de 10°.
42
Montagem de cobertura
O assentamento das chapas deverá ser efetuado com as juntas bem alinhadas, é iniciado
pela fiada de beirado, progredindo no sentido contrário ao dos ventos dominantes da área em
que a cobertura se insere.
Ordem de montagem
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A ordem de montagem deve ser de baixo para cima de ambos os lados de modo que as
telhas se juntem na cumeeira.
Nos pontos de sobreposição, onde convergem quatro chapas, deverá proceder-se ao
corte dos cantos de duas delas, a fim de obter uma sobreposição perfeita e estanque. O corte
de canto da chapa deverá ser eliminado um triângulo com 10cm de base, fazendo assim um
ângulo de 45°. Deste modo impede que as chapas levantem.
Corte da telha para montagem
Distribuição de carga
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Cuidado na montagem (passadiços para distribuição das cargas)
Passadiço para montagem
Fixação:
Cada chapa deverá ser fixada, no mínimo, em dois pontos. Em coberturas sujeitas a ventos
particularmente fortes, poderá justificar-se o aumento do número de pontos de fixação.
A furação das chapas e acessórios deverá ser executada com um berbequim e os furos
deverão ter um diâmetro superior em 2mm aos dos acessórios de fixação (cujo diâmetro é
geralmente de 6 a 8mm), por forma a permitir a normal dilatação e contração dos materiais.
Pelo mesmo motivo, os acessórios de fixação não deverão apertar exageradamente as
chapas contra os elementos de apoio.
Acessórios de fixação:
Os parafusos “tirefonds” são utilizados para fixar as chapas a estruturas de suporte de
madeira.
45
Parafuso “tirefonds”
Parafuso “tirefonds”
Os grampos metálicos são utilizados para fixar as chapas a estruturas de suporte de
betão ou perfis metálicos.
Grampo metálico
46
Grampo metálico
Os ganchos podem ser lisos, em s ou especiais são utilizados para fixar as chapas,
respetivamente, a estruturas de suporte de madeira, perfis metálicos ou de betão.
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Tipos de Ganchos
Tipos de apoio:
As chapas devem não apoiar na aresta dos apoios da estrutura de suporte, caso isso
aconteça deve ser colocado um calço de modo que a chapa esteja paralela à base do apoio.
Apoio inclinado
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Apoio com calço contínuo
Apoio mal colocado
A cumeeira:
Como todas as outras chapas, é fixada à armação e ainda ao apoio central caso a cobertura
tenha mais do que uma água.
Montagem da cumeeira
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Coberturas Metálicas:
Embora as coberturas metálicas não sejam as mais tradicionais no nosso país, a sua
utilização está-se a tornar cada fez mais comum nas últimas décadas, devidas as suas atrativas
características.
Nesta parte do trabalho, vãos abordar apenas duas empresas, a RHEINZINK e a ONDULINE.
A RHEINZINK consegue dar-nos uma visão geral do mais avançado que existe em
coberturas metálicas, ou seja o futuro das coberturas metálicas. Esta empresa para além das
sofisticadas técnicas de aplicação das telhas metálicas, tema preocupação com um futuro
sustentável, já tem coberturas pensadas no aproveitamento da energia para aquecimento de
águas por exemplo, e os materiais utilizados pelos mesmos tem uma longa longevidade e são
recicláveis.
A ONDULINE também tem preocupações com a utilização de materiais duradouros e
ecológicos mas não tem técnicas, quer de conservação quer de montagem, tao desenvolvidas
como a RHEINZINK. No entanto os apresenta um variado leque de telhas que tem a facilidade
de poderem ser utilizadas por qualquer pessoa não especializada para a montagem de uma
cobertura, devido a sua fácil aplicação e materiais acessórios á montagem específicos para tal
uso. Para alem disso apresentam um “manual de instruções” com tudo o que é necessário para
se saber como aplicar, os materiais necessários e mais adequados, qual o tipo de telha que se
deve aplicar.
Vantagens da sua utilização:
Rapidez e facilidade de montagem;
Facilidade de transporte dos materiais, devido a sua leveza e também por serem teles
de tamanho variado que encaixam;
Preço apelativo;
Ecológico, a maior parte do material pode ser reutilizado/ reciclado. Deste modo não
existem grandes desperdícios de material, pois este pode sempre ser reutilizado;
Grande durabilidade devido os produtos aplicados para que o metal se torne o mais
resistente a corrosão possível;
Resistência
Coberturas metálicas para telhados RHEINZINK
Baseado na empresa RHEINZINK. Todo o material de revestimento utilizado por esta empresa
apresenta grande durabilidade, tem livre manutenção e é ecológico. Todas elas são adequadas
para transformações de coberturas simples e individuais.
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Sistema de junta elevada dupla:
A junta tem apenas 25 mm de altura, o
suficiente para proteger das chuvas sem medidas
adicionais. É indicada para coberturas com inclinações
entre 3 a 25 graus (baixa inclinação). Os comprimentos
das suas bandejas podem ir até aos 16 metros.
Este tipo de cobertura é elaborada com
bandejas previamente perfiladas. A dobra e o encaixe
dos perfis são realizados manualmente ou com a ajuda
de perfilhadoras.
A fabricação de diferentes formas (curvaturas
concavas ou convexas, ou bandejas cónicas) não
apresenta qualquer dificuldade. Devido a sua grande
variedade de detalhes construtivos, permite a
elaboração de qualquer tipo de desenhos, oferecendo
assim liberdade aos arquitetos na elaboração dos seus
projetos.
Junta elevada angular:
Montagem mais fácil do que a junta elevada
dupla.
Apenas com o engatilhado simples de uma
pestana gera-se a junta elevada angular. Este sistema
é aplicado na sua maioria por razões estéticas, em
coberturas com inclinação superior a 25 graus, pois a
junta elevada angular em relação a junta elevada
dupla, possui uma junta mais acentuada. Tornando
assim mais marcante a linha de junta, dando a
estrutura mais “vida” do que uma simples cobertura
lisa.
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Junta de barra “Clic-System”
É a técnica mais tradicional de encanamento
utilizada nos dias de hoje, consiste na união longitudinal
das bandejas por meio de utilização de um retentor de
aço galvanizado colocado por cima da zona de união das
duas bandejas. Posteriormente fixado e rematado com
um tapa-juntas. Como a junta de barra é muito
marcada, causa um vertebrado na estrutura, esta
permite criar efeitos atrativos com efeitos de luz e
sombra.
Utiliza-se em coberturas de escassa ou grande
inclinação.
O comprimento das bandejas pode ir ate 20
metros.
Quick Step – Cobertura escalonada
Alternativa aos revestimentos de coberturas
cerâmicas pois tem grande facilidade de se adaptar a
muitas geometrias de coberturas com inclinações
desde os 10 aos 75 graus. A sua montagem e rápida
pois todas as componentes já veem pré-fabricas da
empresa. Este tipo de coberturas integra-se
harmoniosamente em qualquer tipo de ambiente, pois
tem um formato escalonado que condiz com as
coberturas tradicionais de cerâmica, e o seu material
metálico condiz com uma vertente mais moderna mas
discreta, conseguindo assim satisfazer uma fácil
integração em qualquer ambiente.
Este tipo de coberturas só dá para ser montada
em superfícies planas com qualquer tamanho e
inclinação.
Dentro deste tipo de coberturas podemos
ainda optar pela cobertura Quick Step - solar térmico,
que permite o armazenamento de energia solar.
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Quick Step – Solar térmico
Este sistema de cobertura de RHEINZINK dá-
nos a oportunidade de captar o calor e a insolação,
permitindo a sua utilização em sistemas de calefação
(sistemas de aquecimento em recintos fechados). Este
processo ocorre porque este tipo de cobertura absorve
o calor e conduze-a, através de um sistema de tubos
integrados na cobertura, até ao quadro de manobra
(RHEINZINK-2Q) onde é encaminhada até ao local de
consumo.
Os encaixes das placas de cobertura funcionam
da mesma maneira que no sistema de cobertura
escalonada (Quick Step), mas por baixo tem integrado
todo o sistema de calefação, por isso estes dois tipos
de cobertura vão ter o mesmo aspeto exterior.
Este sistema tal como todos os outros vistos
até agora permite variadas geometrias permitindo
assim aliar o design á sustentabilidade.
Este sistema pode ainda ser combinado com
coletores de calor geotérmicos, para aquecimento de
água das piscinas e/ou para o pré-aquecimento de água quente sanitária.
Sistema de telhas:
Este sistema pode ser composto por telhas
quadradas ou em losango, de pequenas ou grandes
dimensões, por isso enquadra-se em qualquer tipo de
construção.
Geralmente as telhas de menor dimensão são
utilizadas em coberturas de sótãos, de fachadas de
chaminés ou bordas de coberturas. Enquanto as telhas
de maiores dimensões são normalmente utilizadas em
superfícies de coberturas de grandes dimensões. Esta
diversidade de tamanhos das telhas dá imensas
possibilidades para os desenhos das fachadas e ainda
permite jogar com as diferentes tonalidade que o
material (RHEINZINK-PATINA) vai adquirindo ao longo
do tempo, porque, devido ao processo natural que este
vai sofrendo por causa da ação dos agentes
atmosféricos, vai adquirir a clássica aparência de zinca azulada do zinco ou de tonalidade de
ardósia.
Este tipo de cobertura é utilizado em locais de grande inclinação.
53
Coberturas metálicas para telhados ONDULINE
Esta empresa apresenta-nos apenas 3 formatos de cobertura (ondulada, ondulada larga e
trapezoidal) em diversas cores, permitindo assim imitações dos telhados em cerâmica e uma
melhor integração da cobertura em qualquer local. Devido a sua fácil montagem, leveza e
facilidade de manuseamento qualquer pessoa pode tentar construir este tipo de cobertura.
Para fazer os cortes necessários nas telhas de modo a realizar os remates necessários,
podemos utilizar o x-acto, o serrote ou uma fita elétrica.
Sistema de cobertura ONDUVILLA:
A telha utilizada neste sistema e mais larga que as restantes telhas utilizadas noutros
sistemas. Tem 1,06 metros de comprimento e 0,4 metros de largura.
Este tipo de cobertura pode ser utilizado em habitações, em edifícios comerciais e em
edifícios de acesso publico.
A sua aplicação é feita da seguinte forma:
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Os acessórios necessários para o
fecho do telhado no cume, as peças de
remate utlizadas na parte inferior do
telhado, os remates laterais. Os parafusos
que são utilizadas para aparafusar as telhas
metálicas na parte inferior da onda e os
pregos utilizados na parte superior da
onda.
Na fixação devemos ter em conta que para que esta fique segurada, devemos por, metro
quadrado, pelo menos 16 parafusos/pregos.
Este tipo de cobertura só deve ser realizado em coberturas com pelo menos 15% de
inclinação.
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Sistema de Cobertura ONDULINE- EASYLINE:
Este tipo de telha tem 1 metro de
comprimento e 0,76 metros de largura. Também se
encontra disponível em diferentes cores.
Para a aplicação desta cobertura o telhado
deve ter uma inclinação mínima de 9%.
Estes tipos de coberturas podem ser
utilizados em habitações coletivas ou individuais,
em edifícios agrícolas, coberturas de lazer, centros
comerciais ou fábricas.
Os acessórios necessários encontram-se aqui
representados. A cumeeira, que serve para fechar o
telhado na parte superior. E os parafusos mais pregos, que
fixam as placas do telhado
56
A sua aplicação é feita da seguinte forma:
.
Temos ainda o tipo de cobertura ONDULINE- EASYLINE CLASSIC, que se aplica da mesma
forma que a cobertura ONDULINE- EASYLINE, mas as suas placas são maiores (2 metros de
comprimento e 0,95 metros de largura), o que faz com que os espaçamentos entre ripas sejam
maiores e que o número mínimo de pregos a utilizar por metro quadrado seja menor.
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Sistema de Cobertura ONDUCLAIR:
Apresenta dois tipos: COLOR e PLR. O primeiro utiliza um sistema opaco em poliéster
reforçado com fibra de vidro, enquanto o segundo utiliza um sistema translúcido de poliéster
reforçado com fibra de vidro. Devido aos seus materiais constituintes estas telhas apresentam
grande resistência ao impacto e ainda uma leveza considerável. A sua aplicação normalmente é
feita em edifícios agrícolas ou industriais e casas. Este tipo de telha pode ter até 12 metros de
comprimento, existe em diversas cores e tem dois tipos diferentes de nervura, a ondulada e a
trapezoidal.
A sua aplicação é feita da seguinte forma:
A instalação é feita com as estrias (ou ondas)
no sentido da inclinação do telhado (sobreposições
longitudinais e transversais). Direção de colocação
horizontal: direção oposta ao vento predominante.
A placa a ser instalada cobre, ao longo da
extremidade longitudinal adjacente, a placa
anteriormente instalada. Direção de colocação
vertical: de baixo para cima. A sobreposição
descendente da placa de cima cobre a placa de baixo
já instalada.
As fixações devem incluir os seguintes
acessórios (impermeabilização e distribuição de
carga): - Anilhas de vedação - Suporte de apoio ou
anilhas curvas (adaptadas ao perfil e à corrosividade
do local)
ou
As fixações devem incluir os seguintes
acessórios (impermeabilização e distribuição de
carga): - Anilhas de vedação - Suporte de apoio ou
anilhas curvas (adaptadas ao perfil e à corrosividade
do local) Devido ao coeficiente de dilatação do
material, perfure os orifícios de fixação com um
diâmetro 4 mm maior do que o diâmetro da fixação.
Não deve usar anilhas de PVC.
58
Subtelhas Metálicas:
As subtelhas tem como função a total impermeabilização de uma cobertura, resolvendo
assim o problema das comuns infiltrações em coberturas inclinadas tradicionais. Este sistema
de cobertura consiste na aplicação de placas de subtelha fibrobetuminosas por baixo da
cobertura tradicional. (Baseado nos materiais da empresa ONDULINE)
Subtelha para telha marselha, lusa, canudo ou betão:
Aplicação das placas: Para se saber qual a subtelha a utilizar, primeiro é necessário definir qual a telha
cerâmica pretendida. No seguinte quadro podemos ver qual o tipo de cobertura mais
adequado a telha pretendida.
Tipo de estrutura necessária:
Este tipo de placas podem ser aplicadas em qualquer tipo de estruturas (madeira, metal
ou betão), contínuas ou descontínuas.
Como são placas flexíveis estas não podem ser consideradas como elementos
estruturais, logo a distancia entre os eixos das ripas que irão servir de apoio as subtelhas devem
ter a mesma bitola que a telha cerâmica que vai ser colocada por cima das mesmas.
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No caso de a cobertura ser de telha marselha, lusa ou betão as ripas de PVC deverão
estar coincidentes com as inferiores da estrutura (colocadas à distancia necessária para a telha
cerâmica a aplicar).
Para telha de canudo, o ripado de apoio deverá estar, no mínimo, a uma distância igual
à indicada pelo fabricante da telha cerâmica que se irá aplicar por cima da subtelha (de
maneira a garantir 2 apoios por telha). Nestas situações de descontinuidade da estrutura,
quando não respeitada a regra acima referida, as placas poderão ficar deformadas ou mesmo
danificadas, podendo deixar mesmo de cumprir a sua função.
Disposição das placas:
As placas deverão ser aplicadas do beirado para o cume, com junta desencontrada. A
face vermelha virada para cima e a face negra para baixo. A sobreposição das placas deverá ser
pelo menos de 15 cm no sentido da pendente e de 1 onda lateralmente. No caso de se tratar de
uma zona muito ventosa ou exposta deverá sobrepor-se 2 ondas.
Inclinações admissíveis As placas Onduline aceitam inclinações muito reduzidas, não podendo ser nunca
inferiores a 10 %. Para inclinações compreendidas entre os 10 e os 15 %, deverão sobrepor-se
2 ondas lateralmente e 20 cm longitudinalmente. Para inclinações superiores, bastará uma
sobreposição de 15 cm e 1 onda lateral.
Fixação das placas:
Como já se referiu anteriormente, as placas de subtelha Onduline são flexíveis. Esta
característica é fundamental para permitir a adaptação das placas de subtelha às estruturas,
muito em particular em obras de reabilitação. Caso as placas fossem muito rígidas, não se
conseguiria esta fácil adaptação, tendo mesmo de se alterar a estrutura da cobertura, de forma
a retirar todos os eventuais empenos da mesma.
É importante fixar as placas de subtelha Onduline convenientemente, de maneira a
permitir que estas não se deformem, não deslizem ao longo da cobertura quando sujeitas ao
peso da telha ou outros esforços (como vento, chuva e neve) e facilitem a deslocação de
operários sobre as mesmas. Quantas mais fixações tiverem as placas, maior será a resistência
das mesmas ao esmagamento.
Deverão ser aplicadas 12 fixações por placa, para as referências de subtelha ST200 e
ST235. Deverão ser aplicadas 6 fixações nas sobreposições e 3 em duas fiadas intermédias. Para
60
a referência ST50, deverá ser aplicada uma fixação na ripa de PVC de 50 em 50 cm. As fixações
deverão ser sempre aplicadas nos topos das ondas.
Acessórios:
Prego autofixante para betão. Este prego deverá ser aplicado em situações de laje
maciça ou aligeirada com camada de forma de pelo menos 3 cm de
espessura. Este prego existe com medidas de 5 x 70 mm, 5 x 90, 5 x 120
mm e 6 x 150 mm (também é possível fabricar com 6 x 170 mm). Deverá
ser feito um furo prévio com uma broca com o mesmo diâmetro do
prego utilizado.
Parafuso Standard para madeira com medidas de 5 x 70 mm
e 6 x 120 mm
Prego espiral para madeira com medidas 4 x 80 mm e 4 x 115
mm
Parafuso com bucha tapit para fixação a lage de betão com medidas
de 8 x 120 mm.
Grampo de alumínio. Este grampo serve para fixar as placas de
subtelha Onduline a ripado de betão (pode ser dobrado
manualmente).
Anilhas de PVC. Estas anilhas deverão ser aplicadas em todos os pregos ou parafusos
acima referidos.
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Remates
Para ser totalmente estanque, ter-se-á de impermeabilizar as zonas onde haja
interrupção das placas de subtelha, de maneira a não existirem infiltrações. Para efetuar um
remate correto nessas zonas, deverão ser utilizadas a fita asfáltica autoadesiva Ondufilm ou a
fita metálica Metalfilm.
Fita asfáltica auto-adesiva Ondufilm/Onduband:
Esta fita, apresenta-se em
rolos com diversas medidas (0,10 x
10 m; 0,20 x 10 m; 0,30 x 10 m e
0,60 x 10 m). Poderá ser utilizada
em todos os remates necessários
em pontos singulares das
coberturas. A fita asfáltica
autoadesiva Ondufilm cola a frio.
As superfícies deverão estar secas
e desprovidas de pó ou outro tipo
de sujidade. Em situações em que
a fita Ondufilm, seja aplicada com temperaturas muito baixas (< 10oC), ou quando for colada a
superfícies não betuminosas, a sua adesão poderá ser menor, pelo que deverá ser utilizado um
primário betuminoso.
Fita Metálica METALFILM
Esta fita foi
desenvolvida especificamente
para rematar as placas de
subtelha Onduline na zona de
beirado. A sua utilização, permite
ocultar a subtelha, sem no
entanto retirar a eficácia do
sistema, dado que toda a água proveniente da subtelha, escoará naturalmente pela telha
cerâmica de Beirado. A fita Metalfilm tem a particularidade de ser metálica e, como tal, ser
bastante resistente mecanicamente. Por outro lado tem uma série de pré-dobras, que facilitam
a adaptação da fita aos vários planos de inclinação da cobertura e ao desenvolvimento da telha
de beirado
62
Ventilação:
Esta ventilação é fundamental, essencialmente para evitar condensações internas, que
em muitas situações poderão ter consequências tão ou mais graves que infiltrações de água.
O facto de as placas serem Onduladas, permite, por si só, um caudal de ventilação, quer
entre a telha cerâmica e a subtelha, quer entre a subtelha e o desvão, bastante favorável.
Mas para conseguir uma ventilação excelente é muito importante reduzir ao máximo a
utilização de argamassas nas coberturas, permitindo que a ventilação seja o mais natural
possível entre os diversos elementos que as compõem. Atualmente, existem procedimentos,
que permitem realizar as coberturas sem o uso de argamassas.
Para reforçar, quando necessária, a ventilação entre as placas de subtelha e o desvão
imediatamente abaixo, poder-se-á recorrer a ventiladores de subtelha. Estes ventiladores não
passam de placas com uma abertura, para serem colocadas por baixo das telhas de ventilação.
Deve ser colocado um ventilador por cada 30 metros quadrados.
Ventiladores de subtelha
63
Isolamento Térmico: Painel Sandwich Ondutherm
O isolamento térmico antigamente ou não existia ou era desadequado para as
verdadeiras necessidades do edifício. Felizmente, com as recentes alterações regulamentares,
que levaram ao aparecimento de novos intervenientes nesta área, tal como os peritos
qualificados (parte integrante do novo Sistema de Certificação Energética), esta a fazer com que
esta situação mude de figura.
O painel Sandwich Ondutherm permite com um só
material, conciliar conforto térmico (possuindo um isolamento
térmico em poliestireno extrudido com espessuras de 30 até
100 mm) a uma solução estética que nos permite ter vários
acabamentos visíveis pelo interior da cobertura.
Pode ser aplicado, quer em edifícios com estruturas de cobertura já existentes, desde
que estas se encontrem em bom estado de conservação e estejam preparadas ou sejam
convenientemente adaptadas para suportar o peso adicional deste material (figura 36) ou em
edifícios em que a estrutura vá ser executada de novo, por estar em deficientes condições
funcionais.
Estas placas tem 2,5 metros de comprimento por 0,6 metros de largura. Devido á sua
simplicidade de aplicação, conseguimos ter uma montagem rápida, o que se traduz numa
poupança nos custos de mão-de-obra, quando comparado com soluções mais tradicionais.
Estrutura de apoio/ Fixação de painéis:
Este material apenas necessita de 3 apoios (2 nas extremidades e 1 a meio vão),
permitindo então um afastamento máximo entre eixos de apoio de 1.25 m.
Em função da solução estética que se pretenda poderemos optar por diversos tipos de
estrutura de apoio, tais como estrutura em madeira, metal ou betão.
Cada painel sandwich deverá ser fixado com 3 fixações por apoio, não devendo
ultrapassar as 9 fixações por painel. Deverá ser deixado um bordo livre de pelo menos 2.5 cm
(quer longitudinalmente, quer transversalmente).
O tipo de fixação irá variar de acordo com o tipo de estrutura. Para estrutura em madeira
devemos usar parafuso standard para madeira, para vigotas de betão devemos usar grampos
em alumínio com 250 mm ou parafusos tapit e para as estruturas metálicas devemos usar
parafusos auto perfurantes ou grampos de alumínio.
Isolamento térmico O painel sandwich Ondutherm tem como camada intermédia o poliestireno extrudido, como já
foi referido em que a sua espessura pode variar entre os 30 e os 100 mm, permitindo dar
64
resposta às mais diferentes necessidades de cada edifício. Nas tabelas seguintes, temos as
características térmicas e dimensionais do painel Ondutherm, para as suas diversas
composições. Assim através desta tabela podemos calcular a resistência térmica do painel que
vamos aplicar na cobertura.
Para que o isolamento térmico fique devidamente feito devemos ter em atenção os
seguintes pontos:
O painel Ondutherm deve sempre terminar em cima de um apoio, não devendo
trabalhar em consola.
Quando não se aplica por cima do painel um sistema complementar de
impermeabilização, é recomendável efetuar a selagem das juntas do painel Ondutherm.
Esta selagem pode ser feita com: mástique Onduflex ou fita asfáltica autoadesiva
Ondufilm.
O Painel sandwich Ondutherm deve ser aplicado com junta desencontrada
Como o painel tem na sua composição elementos de madeira, devemos ter em
consideração a já abordada questão da ventilação. A solução adotada deve permitir
sempre a ventilação do mesmo na sua face superior. Não se deve colocar telas
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betuminosas por cima do painel Ondutherm, como forma de impermeabilização da
cobertura, porque, dado a sua elevada impermeabilidade ao vapor e porque colocadas
por cima do isolamento térmico, as telas asfálticas, poderão funcionar como barreiras
pára-vapor, originando fortes condensações internas, com consequências normalmente
graves para o painel Ondutherm. Não nos devemos esquecer que as membranas pára-
vapor (materiais com elevada resistência à passagem do vapor de água), devem ser
aplicadas pela face inferior da camada de isolamento térmico.
Sempre que o painel termine em alguma parede em que haja necessidade de serem
efetuados remates de fecho ou assentamento de telhas por cima, o painel não pode
ficar em contacto com superfícies húmidas, argamassas ou qualquer outra solução que
contenha água. Caso este caso ocorra a água ali presente pode ser absorvida pelo painel.
Caso aconteça, podemos encontrar água nas paredes interiores ou manchas no painel,
bem como a sua posterior deterioração. Para que tal não aconteça, para termos uma
separação, podemos utilizar a fita asfáltica Ondufilm ou réguas de madeira tratada ou
metálicas como barreira de separação física.
Com o painel sandwich aplicado, sendo altamente recomendado que o seja em conjunto
com as placas de subtelha, teremos com certeza uma cobertura com muito bom
comportamento, quer a nível térmico, quer ao nível da impermeabilização, permitindo usufruir
do espaço imediatamente abaixo da cobertura, com toda a comodidade e em segurança.
Sistema SkinZip:
Este sistema é utilizado em revestimentos de grandes coberturas metálicas, com diferentes
inclinações (desde a mais á menos inclinada). Este novo método veio trazer a possibilidade de
impermeabilizar grandes superfícies de cobertura com inclinações muitíssimo reduzidas de
forma eficaz, sem haver perigo de infiltrações, assegurando assim a estanquidade a água da
estrutura. Isto é possível porque este sistema consegue utilizar o comprimento de chapa que for
pretendido seguida, não havendo assim perigo de infiltrações, pois não existem fendas.
Este método inicia-se com um rolo de chapa com o comprimento que quisermos e com uma
largura predefinida pelo consumidor, que é levada para o local.
A ponta da chapa é introduzida na máquina quinar que faz o formato da chapa que é pretendido.
De seguida a chapa é levada para o telhado onde uma máquina de grampear a prende de forma
segura e rápida.
Esta técnica foi usada no aeroporto de Sá Carneiro, Porto.
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Conclusão:
As coberturas sempre apresentaram uma vertente arquitetónica aliada às exigênci
as funcionais a que têm de responder.
A procura de soluções que se enquadrem na envolvente paisagística correspondendo
a exigências como a durabilidade, resistência mecânica, comportamento ao fogo e segura
nça contra incêndios, conforto térmico e higrométrico, conforto acústico, estanqueidade, entr
e outras, foram e serão sempre uma constante. Esta permanente procura leva à crescente intr
odução de novas soluções construtivas, ao nível de materiais e tecnologias, à medida que se a
profundam estudos e conhecimentos neste campo científico. O refinamento das técnicas e ma
teriais construtivos implica um aumento da vida útil dos revestimentos aliado a uma melhor re
sposta face às exigências funcionais.
No estudo apresentado neste trabalho foram abordadas 5 tipos de coberturas
tradicionais sendo elas de colmo ardósia, cerâmicas, fibrocimento e metálicas e no final
concluímos que todas ele as apresentam uma enorme diversidade de soluções construtivas,
sendo todas viáveis desde que devidamente executadas.
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Sites consultados/ Bibliografia:
Para as coberturas de colmo:
http://santanamadeirabiosfera.com/pt/2012-04-08-23-24-26/cultura-e-patrimonio/recuperacao-de-
casas-de-colmo
Para as coberturas de ardósia:
http://www.habirobim.pt/obras/coberturas/inicio-pt
Para as coberturas de cerâmica:
“Manual de Aplicações de Telhas Cerâmicas”, Associação Portuguesa dos Industriais de Cerâmica de
Construções, Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro (Engº A. Vaz sousa, Engª Marta Silva e Engº
Gonçalo Moura) e Instituto da Construção (Prof. Vítor Abrantes, Engº Raimundo da Silva, Prof. Vasco
Freitas e Prof. Hipólito de Sousa).
Para coberturas de fibrocimento:
https://fenix.tecnico.ulisboa.pt/downloadFile/2589867769104/tese%20completa%203.pdf
http://www.civil.ist.utl.pt/~joaof/tc-cor/19%20Revestimentos%20de%20coberturas%20inclinadas%20-
%2019%C2%AA%20e%2020%C2%AA%20aulas%20te%C3%B3ricas%20-%20COR.pdf
Para coberturas metálicas: http://pt.onduline.com/sites/default/files/Onduvilla%20BR_0.pdf
http://pt.onduline.com/node/298
http://pt.onduline.com/sites/default/files/Manual_Ondutherm.pdf
http://pt.onduline.com/sites/default/files/ManualAplicacao.pdf
http://www.fametal.pt/
http://www.blocotelha.com/index.php/pt/portfolio/infraestruturas
http://www.metalfortec.com.br/estruturas_metalicas.php
http://www.intertelha.com/noticia05.php
http://www.rheinzink.pt/produtos/sistemas-de-coberturas/sistemas-de-revestimento-de-
coberturas/telhas-planas/
http://pt.onduline.com/sites/default/files/EASYLINE%20BR.pdf
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