Tradução - PNLD 2020 Record€¦ · Taran Matharu nasceu em 1990, em Londres, onde vive até hoje. Filho de uma brasileira com um indiano, Taran escre - veu seu primeiro livro aos

Tradução Edmo Suassuna

O APRENDIZ-MANUAL DO PROFESSOR.indd 1 18/07/2018 16:10:15

Elaborador do manual:Juliana Borel

Jornalista, revisora e escritora

Título O aprendiz: conjurador Páginas 352Autor (a) Taran MatharuTradutor (a) Edmo SuassunaIdioma Língua Portuguesa Categoria 2Tema (s) “Conflitos da adolescência”; “Encontros

com a diferença”; “Sociedade, política e cidadania”; “Diálogos com a história e a filosofia”; e, ainda, “Aventura, mistério e fantasia”.

Gênero Literário RomanceInterdisciplinaridade Língua Portuguesa, Literatura,

História, Política, Psicologia.

Romance é uma forma narrativa constituída pelos elementos estrutura-dores: espaço, tempo, enredo, personagens e o narrador. Estes elemen-tos nem sempre se encontram identificáveis explicitamente no texto.


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Conversa com o Professor

Caro professor, o mundo fantasioso e cheio de aventuras de O aprendiz, de Taran Matharu, representa uma excelente opor tunidade de ter acesso a um universo que muito atrai os jovens e aproveitá-lo para levantar discussões interessantes.

O mistério, a magia e os seres encantados costumam exer -cer fascínio sobre os adolescentes, portanto será uma ótima chance de incluir seus alunos no debate de temas que per-passam a história do personagem Fletcher e que são perti-nentes à adolescência, tais como preconceitos, a busca pela construção de identidade, medos, competições, amizades e os desafios do crescimento.

Fletcher, órfão que sempre se sentiu um peixe fora d’água, descobre que possui o talento dos conjuradores: invocar de-mônios de batalha. Agora ele deve sair em busca de seu desti-no e de si mesmo.

Mãos à obra e bom trabalho!



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Quem escreveu a história

Taran Matharu nasceu em 1990, em Londres, onde vive até hoje. Filho de uma brasileira com um indiano, Taran escre-veu seu primeiro livro aos 9 anos.

Logo após se formar em Administração de Empresas, o autor fez questão de explorar uma nova seara e entrar no mundo editorial. Fez estágio na área de Vendas Digitais na Penguin Random House.

Depois disso, em novembro de 2013, aos 22 anos, Taran começou a postar as aventuras de Fletcher e Ignácio em um aplicativo de troca de histórias na internet, o Wattpad. Era o começo do seu sucesso como escritor.

Suas histórias agradaram tanto (três milhões de leito-res em menos de seis meses) que, em 2015, o escritor foi convidado por uma grande editora britânica a publicar O aprendiz.

O livro tem tradução em diversos países: França, Ale-manha, Espanha, Taiwan, Brasil, Rússia, Polônia, Bulgária, República Tcheca, Turquia e Holanda, além de Canadá, Es-tados Unidos e Austrália.


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Taran afirma que O aprendiz tem inspirações em Poké-mon, animação japonesa de grande repercussão, Harry Pot-ter, saga de magia de J. K. Rowling, e ainda em Senhor dos anéis, de J. R. R. Tolkien.

Outras inspirações vieram de sua própria experiência de vida, como as viagens que realizou pelo mundo e o racismo sofrido na infância, que se refletem nas páginas do livro.


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Mergulho no livro

O aprendiz é uma leitura instigante e envolvente que, atra-vés de um mundo repleto de fantasias, aventuras e criaturas mágicas, traz à luz temas diversos e contemporâneos ótimos para serem discutidos em sala de aula. Seus personagens, com suas dificuldades e experiências, tornam-se críveis e verossímeis mesmo pertencendo a um universo totalmente fantasioso.

Taran Matharu, com um olhar atento, a linguagem infor-mal e um incrível poder de imaginação, explora o universo juvenil, criando cenários e passagens cheios de vitalidade. O leitor logo embarca em sua narrativa ágil, se envolvendo com a história de cada personagem.

O autor destaca acontecimentos e sentimentos comuns à vida dos adolescentes, como a vontade de encontrar seu espaço; o enfretamento de medos; a dureza do bullying e dos preconceitos; a busca por sua própria identidade; con-flitos com autoridades; e muito mais. São temas/vivências encontradas nos corredores das escolas com frequência e que, muitas vezes, não são levadas aos professores e dire tores


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pelos mais diversos motivos. Por isso, o livro possibilita a abertura de um diálogo justo e honesto entre alunos e professores.

Narrado em terceira pessoa, o livro apresenta a saga de Fletcher, um jovem órfão de 15 anos, aprendiz de ferreiro, que vive no vilarejo de Pelego, pertencente a Hominum. Sentindo-se um peixe fora d’água, mesmo sem saber exa-tamente por que, ele leva uma vida simples e harmoniosa com Berdon, tutor que o acolheu, ainda bebê, ao ser aban-donado nos portões do vilarejo. Seu principal problema é Didric, um desafeto, guarda do portão de Pelego e filho de um agiota. Os dois vivem entrando em brigas e disputas.

Logo no início do livro a rivalidade entre os dois perso-nagens fica clara:

“De todos os guardas que poderiam estar de serviço hoje, tinha que ser Didric Cavell, o pior do bando. Ele ti-nha 15 anos, a mesma idade de Fletcher, mas se achava adulto. Eles não se gostavam. O guarda era um valentão, sempre procurando uma desculpa para exercer sua auto-ridade.” (p. 10)

A relação conturbada entre os dois personagens é uma boa oportunidade para refletir sobre inimizades e disputas existentes, principalmente, no ambiente escolar. Não é in-comum encontrar alunos com rivalidades parecidas com a de Fletcher e Didric, portanto, usar o recurso literário para refletir sobre isso em sala de aula será interessante para per-ceber como os alunos lidam com essa questão.

A história se passa em um tempo indeterminado, mas que poderíamos remeter à Idade Média, pela descrição das


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roupas, dos ambientes e dos costumes das personagens (arco e flecha para caçar; banho de poço; armas e armadu-ras feitas na forja; tochas para iluminar ambientes; e roupas de couro e pelo de animais). A contextualização da histó-ria em uma temporalidade imaginária (devemos lembrar que o livro é de fantasia, portanto poderia estar no futuro também) é excelente para levantar com os alunos as pos-sibilidades que a Literatura traz de explorar tempos, espa-ços e vivências de qualquer espécie. Por meio dos textos podemos viajar no tempo, esticar os minutos, encurtar as horas. Seria interessante fazer os alunos perceberem esses recursos na escrita.

Hominum, que acaba de sair de uma guerra com os elfos, está prestes a entrar em outra disputa com os orcs, seus inimigos seculares, e os reflexos começam a chegar ao vilarejo. Um boato circula de que criminosos presos serão recrutados para o combate, em troca de liberdade, e isso começa a preocupar as pessoas.

Em uma feira de comércio de armas, Fletcher conhe-ce o veterano de guerra e desertor Rotherham. O soldado é um gaiato que ganha a vida vendendo objetos furtados dos mortos em batalha. É das mãos dele que o jovem ganha algo que mudará seu destino: o livro do conjurador.

Conjuradores são guerreiros diferenciados: invocam de-mônios de diversos níveis que se tornam poderosas armas em qualquer batalha. São, na maioria das vezes, de origem de famílias nobres, mas existem plebeus com a mesma ca-pacidade. Para surpresa de Fletcher, ao seguir instruções do livro, ele consegue conjurar um poderoso demônio


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salamandra, que logo chama de Ignácio. Ao entrar numa briga com Didric, o demônio fere gravemente o desafeto de Fletcher, e o jovem é obrigado a fugir.

Assim começa a verdadeira saga do personagem, e dela já podemos extrair um dos principais temas abordados pelo autor no livro: a discriminação racial, aqui representa-da pela diferença de leis entre humanos e anões. Em sua an-dança, Fletcher conhece Athol, um anão que produz armas. Numa tentativa de ganhar dinheiro para se manter, o jovem pede emprego a ele, mas Athol logo o descarta.

“— Não vamos contratar humano nenhum, não en-quanto não tivermos os mesmos direitos (...)

— Que direitos lhes são negados? — Ah, tem muitos. A lei ditando o número de filhos que

podemos ter a cada ano é a mais irritante. Só podemos ter a quantidade de bebês que o número de anões que morreram no ano anterior (...)” (p. 80 e 81)

Aproveite para levantar em sala discussões sobre racis-mo e discriminação, vá além e levante, ainda, os diferentes tipos de intolerância que existem: religiosa, de sexualidade, de gênero... Reflita com os alunos os prejuízos físicos e psi-cológicos que sofrem aqueles que passam por uma situação como essa. Hoje em dia, tais discussões estão cada vez mais presentes no cotidiano. Oferecer aos alunos a oportunidade de se expressarem será de fundamental importância.

Durante sua fuga, Fletcher acaba esbarrando com Arctu-ro, professor na Academia Vocans, escola que treina conjura-dores para a guerra. O professor, sentindo interesse pelas ha-bilidades de Fletcher, encaminha o jovem para a Academia.


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No novo ambiente, Fletcher se depara com diversas si-tuações. Quem o recebe é Jeffrey, um criado que logo per-cebemos ser tratado com indiferença por todos. Porém, ao ser gentilmente tratado por Fletcher, seu comportamento muda imediatamente. Que tal usar a passagem para falar sobre a importância de termos um olhar cuidadoso em re-lação aos que nos cercam? Levante questões sobre empatia, gentileza e um comportamento educado. O que os alunos pensam sobre isso? Costumam tratar bem funcionários da escola?

Na escola, Fletcher conhece os outros plebeus que, como ele, possuem o dom de conjurar demônios: Otelo, um anão, que acaba se tornando um dos melhores amigos do jovem; Sylva, uma elfa, recrutada para a escola como um símbolo de diplomacia e paz entre elfos e humanos; e ainda Rory Cooper e Genevieve Leatherby.

Há ainda os alunos de origem nobre, dos quais desta-camos os personagens Isadora e Tarquin Forsyth, irmãos gêmeos e filhos de um homem poderoso com planos escu-sos e malignos. Os dois e toda a classe de alunos da ala no-bre tratam os plebeus com desprezo e descaso. Mais ainda quando a escola abre uma disputa pelo melhor conjurador.

A difícil relação entre nobres e plebeus demonstra uma preocupação do autor em destacar também as injustiças so-ciais e de classe.

“— Por que estão nos ignorando? — Perguntou Atlas, olhando por sobre os ombros quando os nobres começaram a fazer comentários em voz alta sobre a baixa qualidade da comida.


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— Isso é normal — afirmou Serafim. — Os nobres sem-pre ficam separados dos pebleus. Eu bisbilhotei um dos quartos deles outro dia. É do tamanho do nosso alojamento inteiro e mais um pouco!” (p. 130)

Debata com os alunos as diferenças de classe, os privilé-gios sociais, as desigualdades sociais. Trazer esses assuntos para sala de aula servirão de instrumento para a formação deles como pessoas analíticas, capazes de pensar critica-mente sobre a realidade que nos cerca.

Outro tema possível de se levantar a partir da leitura do livro são as guerras e os conflitos mundiais. Claro, nas pági-nas de O aprendiz a guerra entre homens e orcs é totalmen-te fictícia, mas esse é um dos papéis essenciais da ficção: colocar a fantasia a serviço da realidade. Será um jeito de-licado de discutir questões tão profundas e de importância fundamental, não só para a formação dos alunos como lei-tores, mas como seres humanos mais tolerantes e cidadãos justos, preocupados com a coletividade.


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Pré-leitura

Professor, para o trabalho com O aprendiz, você poderá:

1) ler textos que tenham como tema principal a im-portância da tolerância com as diferenças (religio-sas, étnicas, de gênero, de sexualidade);

2) pedir que os alunos descrevam seu ambiente escolar; 3) pedir para que façam um texto sobre algum outro

amigo de classe, ressaltando suas qualidades; 4) estimulá-los a falar sobre desigualdades sociais e

privilégios sociais (o que sabem sobre isso?); 5) levar textos que abordem universos parecidos com os

do livro, isto é, que explorem um tempo indetermi-nado e um espaço mágico, com criaturas encantadas;

6) que tal levantar o que sabem sobre as guerras do mundo (antigas e atuais)?;

7) aproveitar para apresentar o site brasileiro da Or-ganização das Nações Unidas (ONU). Evidencie as campanhas e o trabalho feito pela entidade;

8) solicitar ao aluno uma pesquisa sobre vida e obra de Taran Matharu;



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Propostas de atividades

Professor, neste espaço, há propostas de atividades que po-dem ser usadas na escola, ampliando, dessa forma, ainda mais a relação dos estudantes com a leitura literária e com os conhecimentos linguísticos, literários e estilísticos. As atividades poderão ser desenvolvidas em grupos, em duplas ou individualmente pelos alunos, a critério do professor:

1) com recortes de imagens de revista ou de jornal, ou com ilustrações feitas pelos alunos: criar um mural que denuncie intolerâncias (sexuais, religiosas, étni-cas, de gênero); os alunos poderão fazer uma cam-panha por mês;

2) produzir resenhas do romance (resumo crítico, co-mentários sobre a linguagem, a temática abordada). Criem notícias com as resenhas, postando em redes sociais vinculadas à escola. Ou imprimir as resenhas e as espalhar pela escola;

3) solicitar uma pesquisa sobre a desigualdade social . Como ela começou? Que estados são mais atingidos?


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Qual é o perfil da população mais desfavorecida? Utilize dados do IBGE: <https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/sociais/saude/9221-sintese--de-indicadores-sociais.html>. Acesso em junho de 2018.

4) fazer uma leitura dramatizada de partes do livro que eles preferirem, incluindo a participação de todos os alunos, na atuação, montagem, produção, ensaios etc;

5) criar um painel, com trechos que mais marcaram a leitura do livro O aprendiz, como também trechos de outros livros ou contos que versem sobre assun-tos parecidos (guerras, desigualdades...);

6) solicitar que escrevam redações com diferentes te-mas conexos com os do livro;

7) criar um caderno de histórias, um diário como o Livro do Conjurador; eles poderão escrever sonhos, fantasias, inventar histórias ou descrever seu dia;

8) dividir a turma em duplas ou em grupos e peça para que criem materialmente o Livro do Conjura-dor (eles podem fazer colagem, maquete, costura). Incentive o trabalho manual. Depois exponha esses trabalhos em sala ou pela escola;

9) fazer a adaptação do romance para História em Quadrinhos, escrevendo resumo, roteiro, balões de falas e desenhos;

10) no livro, Fletcher recebe três bilhetes (dois de Ber-don e um de Rotherham). Trabalhe com os alunos


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esses estilos de textos. Bilhetes, cartas, diários, rela-tórios... Evidencie a diferença entre eles;

11) desenvolver, em grupos, uma entrevista ficcional com o autor, a partir de dados de pesquisas realiza-das. Inicialmente, podem esboçar algumas questões referentes à criação do livro, entre outras coisas. De-pois, poderão produzir um vídeo, em que o autor aparece dando a entrevista. Um aluno será Taran Matharu e outros poderão ser os entrevistadores;

12) transformar algumas partes do livro em poesia de cordel. Depois, vocês podem musicar alguns tex-tos e montar uma apresentação oral ou até mesmo gravar e produzir pequenos vídeos a serem exibidos coletivamente;

13) pesquisar livros e filmes brasileiros que abordem as temáticas do livro;

14) no final do livro há um glossário intitulado Demo-nologia, com os termos usados na história. Que tal criar um para a escola? Depois pendure em um mural;

15) estimular uma intensa pesquisa sobre guerras. Se-pare a turma em grupos, em duplas ou em trios e debata quais foram (e quais são) os principais con-flitos que o mundo já viveu. Depois deixe os alunos escolherem aquele que querem pesquisar. Solicite a apresentação de seminários;

16) fazer o mesmo com guerras/revoltas brasileiras (Far-roupilhas, Inconfidência Mineira, Guerra do Para-guai, entre outras).



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Pós-leitura

Professor, para dar continuidade ao trabalho sobre os te-mas encontrados no livro de Taran Matharu, você pode apresentar aos alunos filmes, livros e canções que abordem as mesmas questões. Muitos são facilmente encontrados em plataformas online.

Algumas indicações de filmes que tratam do universo mágico e juvenil são: Harry Potter (de 2001 a 2011 — são oito filmes, as classificações variam entre livre e 14 anos); Percy Jackson (de 2010 a 2013, dois filmes, classificação 10 e 12 anos). Há ainda filmes que não são de fantasia, mas abordam os temas discutidos no livro, como o racismo e as desigualdades sociais: Escritores da Liberdade (2007, classificação 14 anos); Vista a minha pele (2004, livre)

Há livros também que abordam temáticas muito pareci-das com as de O aprendiz. Dê preferência aos livros brasi-leiros como Tô pedindo trabalho, de Terezinha Alvarenga, e O pote mágico, de Ferréz.

Permita, ainda, que os alunos sugiram filmes, séries, curtas, livros e animações que se lembrem de ter visto/lido e que abordem os mesmos temas.



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Interdisciplinaridade

A interdisciplinaridade é uma das propostas apresentadas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, PCNs, e que vem com o objetivo de ampliar o aprendizado dos alunos por meio de uma conexão entre diferentes disciplinas. Sua uti-lização é uma forma de integrar os conteúdos de uma ma-téria a outras áreas de conhecimentos desenvolvidas na escola. Essa interação permite a formulação de saber críti-co-reflexivo, superando a fragmentação entre as disciplinas e possibilitando o diálogo que aumenta a compreensão da realidade pelo aluno.

O aprendiz, de Taran Matharu, apresenta informações complementares que podem servir de base para um traba-lho interdisciplinar. Isso porque apresenta aspectos relacio-nados à Literatura (quando explora a elasticidade do tempo e do espaço; quando explora o poder de imaginação do lei-tor ao apresentar um universo totalmente novo e fantasio-so), Língua Portuguesa (quando possibilita o aprendizado das diferentes formas de se usar o idioma escrito — colo-quial em oposição ao formal); Política e cidadania (quando


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aborda discriminação social e racial); Psicologia (quando vemos as transformações e o crescimento do personagem principal e sua habilidade de manter-se calmo em situações extremas), História (ao trazer a possibilidade de se debater as guerras mundiais, as guerras brasileiras e outros confli-tos existentes).

Dessa forma, a obra insere-se, perfeitamente, nos temas “Conflitos da adolescência”; “Encontros com a diferença”; “Sociedade, política e cidadania”; “Diálogos com a história e a filosofia”; e, ainda, “Aventura, mistério e fantasia”. A in-terdisciplinaridade está presente na narrativa.

Escolha trechos das histórias que ilustrem trabalhos in-terdisciplinares. Estabeleça um diálogo na escola, entre alu-nos, professores e funcionários.

Contextualize com datas, dados históricos e sociais que seu trabalho vai ficar muito rico!


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Para saber mais...

Bibliografia:

ALVARENGA, Terezinha. Tô pedindo trabalho. Ilustração: Igor Balbachevsky. Belo Horizonte: Editora Miguilim, 1998.

FERREZ. O pote mágico. Ilustração Rodrigo Abrahim. Rio de Janeiro: Editora Planeta infantil, 2012.

TARAN, Matharu. O aprendiz. Tradução de Edmo Suassu-na. Rio de Janeiro: Editora Galera Record, 2015.

Sites:

— Cinema, história e educação:Sobre o filme Vista a minha peleDisponível em: <https://cinemahistoriaeducacao.wordpress.com/cinema-e-historia/historia-da-africa/vista-minha-pe-le/>. Acesso em junho de 2018.— Eu, AstronautaEntrevista com Taran Matharu


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Disponível em: <http://www.euastronauta.com.br/2017/06/entrevista-taran-matharu-autor-da.html>. Acesso em junho de 2018.— Fanpage Taran MatharuDisponível em: <https://www.facebook.com/pg/authortaran-matharu/about/?ref=page_internal>. Acesso em junho de 2018.— IBGESíntese de indicadores sociaisDisponível em: <https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novo-portal/sociais/saude/9221-sintese-de-indicadores-sociais.html>. Acesso em junho de 2018.— ONU BrasilDisponível em: <http://onu.org.br/>. Acesso em junho de 2018.— Site oficial de Taran MatharuDisponível em: <http://authortaranmatharu.com/>. Acesso em junho de 2018.

Filmes (atenção à classificação etária):

— Escritores da Liberdade (Richard LaGravenese, 2007, EUA), livre.— Saga Harry Potter (diferentes diretores de 2001 a 2011, Inglaterra), de livre a 14 anos (verificar cada filme).— Saga Percy Jackson (Chris Columbus e Thor Freudenthal , 2010 e 2013, EUA), 10 e 12 anos.— Vista minha pele (Joel Zito Araújo, 2003, Brasil), livre.


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Tradução - PNLD 2020 Record€¦ · Taran Matharu nasceu em 1990, em Londres, onde vive até hoje. Filho de uma brasileira com um indiano, Taran escre - veu seu primeiro livro aos