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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR MENELEU DE ALMEIDA TORRES ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONALIZANTE CARLOS FABIANO VERWIEBE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS ESPECIAIS INDIVISÍVEIS: MONITORAMENTO E CONTROLE PONTA GROSSA 2011

Transporte de-cargas-especiais

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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR MENELEU DE ALMEIDA TORRES

ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONALIZANTE

CARLOS FABIANO VERWIEBE

TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS ESPECIAIS INDIVISÍVEIS:

MONITORAMENTO E CONTROLE

PONTA GROSSA

2011

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CARLOS FABIANO VERWIEBE

TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS ESPECIAIS INDIVISÍVEIS:

MONITORAMENTO E CONTROLE

Trabalho apresentado à Banca Examinadora como pré-requisito para a obtenção do certificado do Curso Técnico em Logística.

Profº Orientador: Dirceu Klemba

PONTA GROSSA

2011

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Dedico este trabalho aos meus pais, filha, irmã e sobrinha, pelo carinho e compreensão nos períodos subtraídos do nosso convívio.

3

AGRADECIMENTOS

A Deus, pelo dom da inteligência e sabedoria;

Agradeço aos Professores que, durante este curso, dedicaram sua vida

profissional e tempo na transmissão dos seus conhecimentos;

Aos colegas do curso;

Aos colaboradores da CCR RodoNorte, Mauro Cesar Bertelli, Luiz de Almeida que

me ajudaram no estudo de caso, e ao Diretor Sr. Silvio Rogerio Marchiori pelo

tempo prestado ao responder as perguntas do questionário e incentivo aos

estudos em geral;

A assessoria de comunicação da CCR RodoNorte;

Em especial a Professora Daniela Esteche, que sempre nos apoiou durante o

curso.

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“Algo só é impossível até que alguém

duvida e resolve provar o contrário”

(Albert Einstein)

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RESUMO

O transporte de cargas especiais indivisíveis cada vez mais imprescindíveis ao desenvolvimento do nosso país exige uma atenção especial da área de logística neste setor seja ela pela qualidade dos serviços prestados, infra estrutura e meios de transporte. O trabalho visa como podemos movimentá-las de forma segura e eficaz de modo que não prejudique os demais usuários da rodovia em que transitam. As transportadoras especializadas neste tipo de serviço tem se atualizado a cada dia, pois a globalização faz existir uma grande concorrência onde somente aqueles que entregam o produto certo, no tempo certo, em perfeitas condições, com redução dos custos e agregando valor permanecerão neste mercado.

Palavras-chave: Cargas especiais indivisíveis; Transporte; Monitoramento e controle.

RESUMEN

El transporte de cargas indivisibles especiales cada vez más indispensable para el desarrollo de nuestro país requiere una atención especial de la logística en este sector sea por la calidad de servicios, infraestructura y transporte. El objetivo de este trabajo es verificar cómo movernos de forma segura y eficaz para que no dañe a los demás usuarios de la carretera de paso. Las compañías especializadas en este tipo de servicio se han actualizado cada día, porque la globalización tiene una gran competencia donde sólo aquellos que entregan el producto correcto en el momento adecuado, en perfectas condiciones, con menores costos y agregando valor manteneran en el mercado.

Palabras-clave: Cargas Indivisibles Especiales; Transporte; Supervisión y control.

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LISTA DE FOTOS

FOTO 1 – Carga especial preparando para dar início ao deslocamento...............23

FOTO 2 – Vista da BR-376 próximo ao km 499....................................................23

FOTO 3 – Carga especial adentrando a BR376 – Ponta Grossa/PR....................24

FOTO 4 – Equipes da RodoNorte e COPEL dando apoio ao deslocamento........24

FOTO 5 – Levantamento de cabos para passagem da carga especial.................25

FOTO 6 – Centro de Controle Operacional – CCR RodoNorte.............................25

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – Dimensões cargas especiais.............................................................12

TABELA 2 – Dimensionamento e Qualificação de Escolta....................................16

TABELA 3 – Planilha com dados hipotéticos para acompanhamento de cargas

especiais como é hoje............................................................................................20

TABELA 4 – Planilha com dados hipotéticos para acompanhamento de cargas

especiais como poderá ser feita incluindo o campo dos ícones coloridos.............21

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................09

2 LOGÍSTICA ......................................................................................................09

2.1 Logística no Brasil .........................................................................................10

3 TRANSPORTE .................................................................................................10

3.1 Transporte de Cargas Rodoviárias ................................................................11

3.2 Transporte de Cargas Especiais Indivisíveis .................................................12

3.2.1 Roteirização do Transporte.........................................................................14

3.2.2 Dimensionamento do Conjunto Transportador ..........................................14

3.2.3 Cálculo de Taxas e Tarifas ........................................................................14

3.2.4 Pesagem do Conjunto Transportador ........................................................14

3.2.5 Gestão do Processo de Obtenção da AET ................................................15

3.2.6 Auditagem do atendimento à legislação ....................................................15

3.2.7 Contratação de Batedores .........................................................................15

3.2.8 Programação de Travessias ......................................................................15

4 ESTUDO DE CASO .........................................................................................16

4.1 SOBRE A CONCESSIONÁRIA .....................................................................16

4.2 OBJETIVOS...................................................................................................18

4.3 ESTUDO DE CASO NA CCR RODONORTE ...............................................19

4.4 ANÁLISE E PROPOSTA ...............................................................................20

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................21

8

6 REFERÊNCIAS ...............................................................................................21

7 ANEXOS ..........................................................................................................22

7.1 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DO ESTUDO DE CASO ......................22

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1 INTRODUÇÃO

Nos últimos anos é fato que a logística vem crescendo de forma

exponencial, desde um pequeno comerciante que precisa controlar seus

estoques, até as grandes multinacionais com suas cadeias de suprimentos bem

definidas, focado no modal rodoviário é apresentado neste estudo de caso o

transporte de cargas especiais indivisíveis, com seu início na obtenção de

autorização de trânsito, breve relato do cálculo de taxas e tarifas como AET

(Autorização Especial de Trânsito); TUV (Taxa de Utilização de Via); COPEL;

PRF entre outras, contratação batedores e programação de travessias e

deslocamento.

Esses fatores requerem que façamos um breve relato do que é logística, de

que maneira surgiu no Brasil, passando por uma breve síntese do que são

transportes e transportes rodoviários, almejando o objetivo final do estudo de caso

visando o melhor aproveitamento dos recursos utilizados, garantindo assim a

fluidez, confiabilidade e segurança das estradas para seus usuários, de forma que

não sejam afetados pelos deslocamentos das cargas especiais.

Foram efetuadas entrevistas no setor de planejamento e controle de forma

resumida a fim de identificar em um breve relato a passagem de cargas especiais

por um determinado trecho.

Além disso, em anexo complementando o que foi analisado temos os

registros fotográficos na parte final deste estudo.

2 LOGÍSTICA

Para iniciarmos o estudo devemos saber o que é logística e como ela vem

sendo tratada nos dias atuais por isso são necessárias algumas definições sendo

assim podemos dizer que logística é a área da administração que gerencia o

transporte e armazenamento das mercadorias desde a matéria prima, passando

pelo processo de transformação em produtos semi acabados ou acabados até a

entrega ao consumidor final.

Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e

10

armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes (Carvalho, 2002, p. 31).

Também podemos dizer que é o controle e movimentação de bens,

serviços e pessoas de forma organizada para que as expectativas do mercado

sejam atendindos de forma rápida, segura e eficaz.

2.1 Logística no Brasil

Segundo Santos em seu artigo publicado na web podemos dizer que no

Brasil a logística surgiu no início da década de 80, após a explosão da tecnologia

da informação e a criação de várias entidades como: ASBRAS (Asssociação

Brasiliera de Supermercados); ASLOG (Associação Brasileira de Logística); IMAM

(Instituto de Movimentação e Armazenagem), mas somente com foco em

tranportar e armazenar. Já na década de 90 entrou os calculos, conhecimento

científico, estudo das relações, dispersões e movimentos. Nos dias atuais já

contamos com Planemento, Controle, Tecnologia da Informação, Finanças e

Serviço ao Cliente.

Essas tecnologias melhoraram bastante as relações entre fornecedores e empresas varejistas distribuidores e atacadistas, tornando possível interface na comunicação de dados, a ponto dos fornecedores controlarem on-line (tempo real) a necessidade do mercado, através do monitoramento dos estoques. Aliado as ferramentas de marketing de relacionamento que tem como finalidade principal controlar o consumo de cada cliente final, a exemplo da utilizada pelo grupo Wall Mart (Bom Club), pode se chegar á variadas característica de consumo de um determinado mercado. (SANTOS, 2007, p.152)

Com isso as grandes empresas brasileiras como a AmBev adaptaram-se

ao mercado para continuarem competitivas.

3 TRANSPORTE

Neste capítulo será representado em síntese o que é transporte de maneira

geral, com foco principalmente em transporte de cargas rodoviárias e transporte

de cargas especiais indivisíveis.

11

Sendo assim transporte nada mais é que o deslocamento de pessoas e

mercadorias de um local para outro, feito através de veículos, aeronaves,

embarcações, ou equipamento de movimentação. (GUIA DE COMPRA, 2010)

3.1 Transporte de Cargas Rodoviárias

De acordo com Castiglioni temos uma definição para carga:

Carga é todo e qualquer material a ser transportado independente do tipo, forma, tamanho ou embalagem , e constitui o maior objeto de uma empresa transportadora, cuja obrigação é conduzi-la de um lugar a outro, no menor tempo possível, sem danificá-la. (CASTIGLIONI, 2010, p. 122)

No que diz respeito à movimentação de bens, as atividades de transporte

proporcionam a possibilidade de união entre os esforços da produção e os

desejos de consumo entre agentes que estão localizados em pontos distintos. A

diversidade e a complexidade das relações socioeconômicas resultante dessas

interações sugerem que sua plena compreensão requer análise com

características científicas, isto é, sistematizada e aprofundada.

Os estudos nas áreas de transportes têm relevância na atual realidade da

globalização. A logística, na qual o transporte é normalmente seu principal

componente, é vista como a última fronteira para a redução dos custos das

empresas, enquanto, por outro lado, não se concebe uma política de

desenvolvimento regional e nacional com a adequação da infra estrutura de

transportes.

Segundo estimativas da Associação Nacional dos Transportadores de

Carga (NTC), circulam pelo Brasil cerca de 600 milhões de toneladas de

carga/ano. Esse volume gera movimentação anual de cerca de R$ 30 bilhões em

fretes, destinados em sua maioria às empresas de transporte rodoviário.

Assim, os transportes são essenciais tanto para a circulação interna de

mercadorias, como para as empresas com atividades exportadoras, pois os

custos podem amenizar ou encarecer o preço pago pelo consumidor final.

(CAIXETA e MARTINS, 2010, p. 88).

12

Podemos comprovar o que foi citado anteriormente através da grande

competitividade que existe nos dias de hoje, pois cada vez mais os caminhões e

navios estão se tornando cada vez maiores e com mais capacidade.

3.2 Transporte de Cargas Especiais Indivisíveis

De acordo com o Guia do TRC – GUIA DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO

DE CARGAS (2009) a definição para carga indivisível é:

A carga unitária representada por uma única peça estrutural ou conjunto de peças fixadas por rebitagem, solda ou qualquer outro processo, para o fim de ser utilizada diretamente como peça acabada ou parte integrante de conjuntos de montagem, máquinas ou equipamentos e que pela sua complexidade, somente possa ser montada em instalações apropriadas.

Neste estudo de caso foi dado foco ao modal rodoviário pois a empresa em

questão é uma concessionária de rodovias, porém sabemos que também podem

ser transportadas pelo modal aquaviário, mas o percentual é muito baixo.

Na tabela abaixo está demonstrado os limites para uma carga especial

resolução nº 11 de 25 de outubro de 2004, retificada em 04 de janeiro de 2005 e

16 de junho de 2005:

LARGURA 4,50 METROS

ALTURA 5,50 METROS

COMPRIMENTO 25,00 METROS

PESO BRUTO TOTAL RODOVIAS

ESTADUAIS

45 TONELADAS

PESO BRUTO TOTAL RODOVIAS FEDERAIS

70 TONELADAS

Tabela 1: Dimensões cargas especiais – Fonte: CCR RodoNorte (2005)

A lei que dispõe sobre cargas especiais é a nº 10.233 de 5 de junho de

2001, onde constitui a esfera da ANTT (Agência Nacional de Transportes

Terrestres) para que possam ser estabelecidos padrões e técnicas

complementares relativos às operações de transporte terrestre de cargas

especiais.

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Parafraseando Silveira (2009) em seu artigo publicado na web a carga de

projeto ou heavy-lift (outro nome pelo qual as cargas especiais são conhecidas) é

qualquer tipo de carga pesada ou volumosa que, em razão de suas dimensões ou

tonelagem, não pode ser transportada em contêiner, exigindo, portanto,

equipamentos, carretas, trens, navios ou aeronaves especiais.

A título de exemplo, pode-se apontar como cargas de projeto partes e

peças de usinas, transformadores, reatores, caldeiras, vagões, torres, guindastes,

geradores, pás eólicas e outros equipamentos de grandes dimensões. Como se

sabe, raros complexos portuários no mundo estão preparados para receber esse

tipo de carga e os portos brasileiros não fogem à regra, apresentando faixa

portuária estreita, retroáerea deficiente, equipamentos inadequados e pouco

espaço para atracação dos navios especializados nesse segmento, aqueles do

tipo heavy-lift, que possuem guindastes capazes de içar cargas superpesadas.

Sem contar as dificuldades de acesso, pois poucos portos no mundo podem

receber esse tipo de carga por via ferroviária.

Uma exceção é o Porto de Houston, especializado nesse segmento e porta

de entrada desse tipo de carga nos EUA, já que está ligado a 80% do território

norte-americano por ferrovias. É, então, que entra em ação o operador logístico

com seus profissionais altamente preparados para desenvolver estudos

detalhados de todas as etapas do transporte rodoviário, ferroviário, marítimo ou

aéreo, sempre com cuidados especiais nas manobras de transbordo, estivagem e

peação, ou seja, a fixação da carga nos porões ou conveses da embarcação,

visando evitar sua avaria pelo balanço do mar. Tudo isso inclui análise de

viabilidade de tráfego e orientação para elaboração de fundações, instalações

adequadas e sistemas de manuseio, transporte e içamento.

Essa equipe especializada em lidar com carga de projeto precisar estar

capacitada a atuar em projetos turn key, incluindo re-supply, inspeções, transporte

de fábricas, equipamentos pesados ou volumosos, projetos door to door, por ar ou

mar. Esses serviços abrangem ainda as possibilidades de armazenagem,

embalagem, chartering, transporte rodoviário especial e estudos para soluções

logísticas. Tudo sem improviso para que nada dê errado e os custos não sejam

14

afetados. Para tanto, o operador logístico precisa dispor ainda de um sistema

computadorizado de rastreamento e monitoração de carga (cargo tracking) em

que o cliente pode coordenar e gerenciar em tempo real o andamento da carga de

projeto. Isso permite que sejam fornecidos relatórios precisos para cada projeto,

de acordo com as necessidades do cliente. Um dos principais gargalos,

obviamente, está na falta de estrutura dos portos.

No Brasil, por exemplo, o Porto de Santos, com todas as dificuldades,

ainda é o que melhor atende a esse tipo de carga, embora não se descarte a

opção por portos menores, dependendo de cada projeto. É o caso, por exemplo,

de exportadores/importadores de Minas Gerais que acabam optando pelo Porto

de Vitória, em vez de Rio de Janeiro ou Santos, em função da infra estrutura e

dos acessos oferecidos para o tipo de carga em questão.

3.2.1 Roteirização do Transporte

O transporte de cargas de projeto requer a realização de uma série de

estudos prévios, tais como, o levantamento do itinerário a ser percorrido, a

geometria da via, a aferição dos gabaritos verticais e horizontais e a capacidade

portantes das pontes e viadutos.

3.2.2 Dimensionamento do Conjunto Transportador

Definido o itinerário e identificadas às exigências específicas dos órgãos

com jurisdição sobre as vias, em especial pesos e dimensões máximas

permitidas, a próxima etapa é a definição do conjunto transportador mais

adequado para a realização do transportes com base nas características físicas e

geométricas da via e, principalmente, o impacto sobre os custos.

3.2.3 Cálculo de Taxas e Tarifas

O transporte de cargas excedentes está sujeito a uma extensa lista de

taxas e tarifas, específicas. As mais comuns se referem àquelas para obtenção de

licenças especiais – AET’s, acompanhamento por escoltas policiais e por equipes

técnicas de concessionárias e pela utilização da via (TUV; TAP; TUR).

3.2.4 Pesagem do Conjunto Transportador

15

A maioria dos órgãos rodoviários e as concessionárias de rodovias

começam a se equipar com balanças móveis para aferição do conjunto

transportadora carregado. Constatado o excesso ou a distribuição do peso

divergente da apresentada no projeto poderá acarretar em aumento de custos e

atraso no cronograma. Para evitar possíveis divergências, torna-se importante a

realização prévia da pesagem do conjunto transportador carregado.

3.2.5 Gestão do Processo de Obtenção da AET

O processo de concessão de AET exige um monitoramento contínuo de

todas as etapas do processo, desde a análise da documentação exigida a ser

entregue aos órgãos e concessionárias até a emissão da AET, bem como, a

realização de programação junto às concessionárias de rodovias e os diversos

prestadores de serviço que envolvem a execução do transporte da origem ao

destino.

3.2.6 Auditagem do atendimento à legislação

Além dos problemas com excesso de peso, a não observação aos

requisitos como a sinalização do conjunto transportador pode resultar em

entraves na hora da execução do transporte que devem ser evitados a todo custo.

3.2.7 Contratação de Batedores

O processo de contratação de empresas credenciadas para a realização do

serviço de escolta, deve levar em consideração, principalmente, se a empresa

atende todos os requisitos legais em relação aos veículos, equipamentos

obrigatórios e pessoal devidamente, treinado e capacitado e é normalmente

exigida para cargas com dimensões e peso acima de 3,20m largura; 25,00m

comprimento; 5,00m de altura e 60,00 t de PBT/PBTC (DER/SP) e 74,00 t (DNIT).

3.2.8 Programação de Travessias

A travessia de cargas especiais nos trechos urbanos nas principais capitais

dos Estados Brasileiros, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, assim

como nas rodovias concessionadas, está sujeita à realização de programação da

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passagem do conjunto transportador junto as Prefeituras, Concessionárias,

Empresas de Telefonia e Cabo e órgãos responsáveis pela operação nas vias.

Para complementar logo abaixo demonstramos através de uma tabela a

necessidade dos recursos para acompanhamento de uma carga especial de

acordo com suas dimensões:

Tabela 2: Dimensionamento e Qualificação de Escolta – Fonte: Guia do Transporte Rodoviário de Cargas, 2004.

4 ESTUDO DE CASO

4.1 SOBRE A CONCESSIONÁRIA

As rodovias administradas pela CCR RodoNorte, no Paraná, têm extensão

total de 567 quilômetros, formando o corredor de escoamento de um dos

principais polos de produção agrícola do Estado. O sistema abrange: a BR-277 e

a BR-376, que ligam Curitiba às principais cidades no norte do Estado; a PR-151,

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entre Ponta Grossa e Jaguariaíva; e a BR-373, entre Ponta Grossa e o Trevo do

Caetano, saída para o norte do Paraná e Foz do Iguaçu.

Com fluxo médio de 58 mil veículos por dia, suas rodovias ligam a região

norte do Paraná a Curitiba, e Ponta Grossa à divisa com o Estado de São

Paulo.

Quarta empresa do Grupo CCR, a CCR RodoNorte é a maior das seis

concessionárias do Programa de Concessão de Rodovias do Estado do Paraná

(Anel de Integração). Entre os investimentos feitos na melhoria da malha viária,

foram realizadas a recuperação do pavimento e dos acostamentos, limpeza das

pistas e renovação da sinalização.

A CCR RodoNorte também investiu nas obras de restauração para a

recuperação definitiva do pavimento, nas duplicações, construção de terceiras

faixas, de acostamentos e de pistas marginais, instalação de passarelas,

construção de postos da Polícia Rodoviária Estadual e de pesagem, além do

alargamento e reforço das estruturas de pontes e viadutos.

A execução desses serviços significou uma valiosa contribuição agrícola à

economia do Estado, cuja atividade agrícola passou a contar com rodovias

seguras em direção ao Porto de Paranaguá e aos países do Mercosul.

Nesse período, também foram instituídos os serviços 24 horas para o

usuário e criados os primeiros programas de responsabilidade social, como o

Programa de Atendimento ao Caminhoneiro (Estrada para a Saúde) e o Apoio

ao Parto Humanizado, que auxilia os municípios na redução da mortalidade

infantil.

Todas essas melhorias ajudam no desenvolvimento econômico das

regiões. Rodovias bem conservadas fomentam o turismo, atraem novas

indústrias, facilitam a movimentação de cargas e melhoram o escoamento da

produção agrícola e industrial do Estado.

A CCR RodoNorte recebeu, em 1998, o prêmio Inovação em Rodovias

Pedagiadas, da Associação Internacional de Pontes, Túneis e Autoestradas

(IBTTA). Foi à primeira vez na história que uma empresa brasileira recebeu o

18

prêmio da entidade, que congrega concessionárias de rodovias do mundo

inteiro. A concessionária voltou a receber o Prêmio Inovação, com a realização

do projeto Sou 10 no Trânsito e, mais tarde, com o Programa de Apoio ao Parto

Humanizado, considerado o melhor programa de responsabilidade social entre

todas as concessões do mundo.

A concessionária também contribui para o aumento da qualidade de vida

e do poder aquisitivo da população local. A empresa é uma das maiores

empregadoras da região, com 2 mil empregos diretos e 6 mil indiretos.

O sistema rodoviário operado pela CCR RodoNorte abrange: BR-277,

entre Curitiba e São Luís do Purunã; BR-376, entre Apucarana e São Luís do

Purunã, passando por Ponta Grossa;PR-151, entre Ponta Grossa e Jaguariaíva;

BR-373, entre Ponta Grossa e o Trevo do Caetano, saída para o norte do

Paraná e Foz do Iguaçu.

4.2 OBJETIVOS

Este estudo de caso tem como objetivo monitorar e controlar as cargas

especiais que transitam pelas rodovias administradas pela Concessionária CCR

RodoNorte garantindo a fluidez do tráfego bem como a segurança dos usuários

que por ela transitam. Foi entrevistado o atual Presidente da CCR RodoNorte Sr.

Silvio Marchiori referente ao questionário e o Sr. Luiz de Almeida Supervisor de

Interação no setor de planejamento e controle do atendimento responsável pela

administração das cargas especiais.

A concessionária dispõe de vários métodos de controle para as cargas

especiais tanto por meios eletrônicos como planilhas, sistemas operacionais,

entre outros, quanto por outros tipos, por exemplo, o centro de controle

operacional (CCO), além disso ao longo dos trechos conta com câmeras de

monitoramento na rodovia, viaturas de inspeção/monitoramento, supervisores,

etc, entretanto quando é emitido o processo para liberação existe uma orientação

que as transportadoras entrem em contato com a concessionária com

antecedência de 48 horas para que possam ser escaladas as equipes para o

atendimento, porque muitas vezes há interdições parcial/total de pista como

obras, acidentes, manifestações que devido às dimensões das cargas não

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conseguiram transpor, também muitas vezes elas são obrigadas a transitar em

alguns trechos na contra mão ou em desvios devido aos viadutos, passarelas,

PMV (Painel de Mensagem Viária), fato é que quando isso não acontece as

equipes devem ser mobilizadas emergencialmente, para que isso não ocorra as

transportadoras deveriam cumprir o procedimento de aviso à concessionária.

4.3 ESTUDO DE CASO NA CCR RODONORTE

Conforme assessoria de comunicação da CCR RodoNorte através de

publicação na intranet (2011), um grande trabalho de logística é necessário a

cada vez que uma carga especial passa pelas rodovias do estado mostrando que

por aqui passa o desenvolvimento do país. Em certa ocasião na passagem de

uma delas pelas BRs 376 e 277, exigiu um grande planejamento da

concessionária CCR RodoNorte e diversos órgãos e empresas.

A carga, uma torre com 68,7 metros de altura, 6 de largura e 170

toneladas, seguiu da fábrica da Iesa, em Araraquara, para a Refinaria Getúlio

Vargas (Repar) em Araucária, onde fará parte do refino do petróleo, dentro do

programa de modernização da refinaria. R$ 12 bilhões estão sendo investidos

pela Petrobras no parque industrial. A torre é transportada por dois caminhões-

trator, sob duas estruturas manobradas constantemente por pessoas que seguem

viagem em bancos ao lado da estrutura. O veículo tem 30 eixos e 120 pneus.

Em alguns trechos, é preciso seguir na contramão. No domingo pela

manhã, o trânsito ficou parado em um segmento de 5 quilômetros perto de Ponta

Grossa. Outro trecho será percorrido na contramão, entre o trevo do Sprea até a

praça de pedágio em São Luiz do Purunã, durante a semana.

O trabalho envolve diretamente cerca de 25 pessoas da empresa

fabricante, Polícia Rodoviária Federal, Copel, Departamento de Estradas de

Rodagem (DER) e concessionária CCR RodoNorte. “Nosso trabalho é preparar o

percurso e coordenar com outros órgãos, como a PRF, a segurança para a carga

e os usuários, orientando o fluxo e paralisando quando necessário, para que tudo

corra bem e com a menor interferência na viagem dos usuários”, conta Luiz

Almeida, coordenador de Planejamento da RodoNorte.

20

“Já passamos por aqui com 16 cargas de grandes proporções em direção a

Araucária. Cada uma exige um planejamento diferente, mas aqui na rodovia é que

a coisa acontece. E sempre tivemos apoio total da RodoNorte”, conta o

diligenciador Sylvio Sicchiroli, responsável pelo transporte. Os caminhões já estão

na estrada desde 22 de janeiro e devem chegar até o fim da semana, após uma

parada para manutenção em um posto às margens da BR-376.

Através disto fica evidente que é necessário a movimentação de várias

pessoas de empresas diferentes que atendam cada uma na sua especialidade

para um perfeito deslocamento das cargas pelas rodovias.

4.4 ANÁLISE E PROPOSTA

A sugestão é que seja feita uma adaptação fictícia na planilha de controle

onde através de ícones coloridos possam ser identificadas aquelas cargas que

exigem maior atenção e acompanhamento antes da entrada nas rodovias

administradas pela concessionária como no exemplo a seguir:

Nº DATA DE VENCIMENTO TRANSPORTADORA VEÍCULO PLACA ORIGEM DESTINO FINAL ALTURA LARGURA COMPRIM PESO OBJETO

2/2011 22 de abril de 2011 IZAM AR BADY COM . E M ERC. LTDA VOLVO CSK-5197 JAGUARIAÍVA - PONTA GROSSA SÃO M ATEUS DO SUL 5,30 5,00 27,00 66,70 TORRE EÓLICA

25/2011 03 de fevereiro de 2011

CERRO AZUL TRANSPORTES

PESADOS LTDA. VW BTO-3840 JAGUARIAÍVA - PONTA GROSSA SÃO M ATEUS DO SUL 5,00 3,80 26,00 35,00 01 SILO

34/2011 03 de fevereiro de 2011

CERRO AZUL TRANSPORTES

PESADOS LTDA. VW BTO-3797 JAGUARIAÍVA - PONTA GROSSA SÃO M ATEUS DO SUL 5,00 3,80 26,00 35,00 01 SILO DE INOX

89/2011 03 de fevereiro de 2011

CERRO AZUL TRANSPORTES

PESADOS LTDA. VW BTO-3919 JAGUARIAÍVA - PONTA GROSSA SÃO M ATEUS DO SUL 5,00 3,80 26,00 35,00 01 SILO DE INOX

Tabela 3: Planilha com dados hipotéticos para acompanhamento de cargas especiais como é hoje.

Então ficaria assim a mesma tabela com os ícones propostos com o grau

de atenção máximo em vermelho, médio em amarelo e baixo em verde:

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Nº DATA DE VENCIMENTO TRANSPORTADORA VEÍCULO PLACA ORIGEM DESTINO FINAL ALTURA LARGURA COMPRIM PESO OBJETO GRAU DE ATENÇÃO

2/2011 22 de abril de 2011 IZAM AR BADY COM . E M ERC. LTDA VOLVO CSK-5197 JAGUARIAÍVA - PONTA GROSSA SÃO M ATEUS DO SUL 5,00 4 ,50 27,00 66,70 TORRE EÓLICA

25/2011 03 de fevereiro de 2011

CERRO AZUL TRANSPORTES

PESADOS LTDA. VW BTO-3840 JAGUARIAÍVA - PONTA GROSSA SÃO M ATEUS DO SUL 5,4 0 5,4 0 26,00 12 7,0 0 01 SILO

34/2011 03 de fevereiro de 2011

CERRO AZUL TRANSPORTES

PESADOS LTDA. VW BTO-3797 JAGUARIAÍVA - PONTA GROSSA SÃO M ATEUS DO SUL 5,4 0 5,4 0 26,00 12 7,0 0 01 SILO DE INOX

89/2011 03 de fevereiro de 2011

CERRO AZUL TRANSPORTES

PESADOS LTDA. VW BTO-3919 JAGUARIAÍVA - PONTA GROSSA SÃO M ATEUS DO SUL 5,00 3,80 26,00 35,00 01 SILO DE INOX

Tabela 4: Planilha com dados hipotéticos para acompanhamento de cargas especiais como poderá ser feita incluindo o campo dos ícones coloridos.

É fato que as transportadoras possuem sistema de rastreamento em seus

veículos, então é proposto que através do monitoramento diário das cargas que

exigem grau de atenção máximo (vermelho) através de telefonemas para a

transportadoras a fim de saber se as cargas estão próximas da chegada nas

rodovias administradas pela concessionária, com isso evitaria o efeito “surpresa”

e as equipes poderiam estar melhor preparadas para o atendimento.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo de caso teve como objetivo resolver a questão de

agendamento de cargas especiais que trafegam pelas rodovias administradas

pela concessionária CCR RodoNorte. A análise demonstra que pela falta de

informação ocorrem situações de emergência não previstas anteriormente, de

modo que por meio de uma simples adaptação em uma planilha com futuros

parâmetros que terão que ser diagnosticados junto ao setor de planejamento e

controle da empresa poderiam ser evitadas, garantindo assim a fluidez,

confiabilidade e segurança das estradas e de seus usuários que diariamente

transitam por elas.

6 REFERÊNCIAS

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO CCR RodoNorte 2011.

ANTT. 2011. Disponível em: www.antt.gov.br Acesso em: 28 de maio de 2011.

CAIXETA Filho, José Vicente; MARTINS, Ricardo Silveira. Gestão Logística do

Transporte de Cargas. São Paulo: Atlas, 2010.

22

CASTIGLIONI, José Antonio de Mattos. Logística Operacional Guia Prático.

São Paulo: Editora Érica Ltda, 2010.

CCR RODONORTE. 2011. Disponível em: www.rodonorte.com.br Acesso em: 28

de maio de 2011.

GUIA DE COMPRA. 2010. Disponível em:

http://www.guiadecompra.com/transporte-e-

logistica/artigos/Veja%20a%20defini%C3%A7%C3%A3o%20para%20transporte/3

5.html. Acesso em: 28 de maio de 2011.

GUIA DO TRC. 2009. Disponível em: http://www.guiadotrc.com.br/ Acesso em: 28

de maio de 2011.

LEI Nº 10.233 de 5 de junho de 2001. Disponível em:

http://www1.dnit.gov.br/download/lei%20n%C2%BA10233.pdf Acesso em: 28 de

maio de 2011.

LOGISPRO. 2011. Disponível em:

http://www.logispro.com.br/Logispro/solucoes.asp Acesso em: 28 de maio de

2011.

SANTOS, Josival Novaes dos. Evolução Logística no Brasil. 2007. Disponível

em: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/evolucao-logistica-no-

brasil/13574/ Acesso em: 28 de maio de 2011.

SILVEIRA, Antonio. Blog Nextrans. 2009. Disponível em:

http://blog.nextrans.com.br/2009/05/27/cargas-de-projeto-solucoes/ Acesso em:

28 de maio de 2011.

7ANEXOS

7.1 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DO ESTUDO DE CASO

23

Foto 1: Carga especial preparando para dar início ao deslocamento. Fonte: Assessoria de Comunicação CCR RodoNorte

Foto 2: Vista da BR-376 próximo ao km 499. Fonte: Assessoria de Comunicação CCR RodoNorte

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Foto 3: Carga especial adentrando a BR376 – Ponta Grossa/PR. Fonte: Assessoria de Comunicação CCR RodoNorte

Foto 4: Equipes da CCR RodoNorte e COPEL dando apoio ao deslocamento. Fonte: Assessoria de Comunicação CCR RodoNorte

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Foto 5: Levantamento de cabos de energia para passagem da carga especial. Fonte: Assessoria de Comunicação CCR RodoNorte

Foto 6: Centro de Controle Operacional – CCR RodoNorte. Fonte: Assessoria de Comunicação CCR RodoNorte