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Tribuna Bancária 348

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Jornal do Sindicato dos Bancários de Niterói e Região, em 30 de abril de 2011 (especial Dia do Trabalhador)

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Page 1: Tribuna Bancária 348

TRIBUNABancáriaSindicato dos Bancários de Niterói e Região www.bancariosnit.org.br

Ano LI – Nº 348 – 30 de abril de 2011

1º de Maio:

Mais do que um merecido feriado, o Dia do Trabalhador é importante para intensificar a consciência política pelas conquistas

‘EnforquEm-nos, mas a chama não sE apaga’

Foto: Banco de Images/stock.xchng

A união dos trabalhadores é o que garante os direitos conquistados

Apesar da truculência policial, a greve dos tra-balhadores de Chicago-continuou, com milhares de presos, sindicatos in-cendiados e gângsters pagos pelos patrões inva-dindo casas de trabalha-dores para espancá-los.

Com provas e teste-munhas inventadas, em 9 de outubro a Justiça con-denou à forca cinco líde-res do movimento, outros três à prisão perpétua.

August Spies, um dos condenados à forca, fez seu último discurso: “Se com o nosso enforcamen-to vocês pensam em des-truir o movimento ope-rário — este movimento

Nenhum dos di-reitos e demais benefícios que

bancários e demais traba-lhadores têm hoje foi da-do pelos patrões. Jornada de seis ou oito horas, fé-rias, vale-refeição, plano de saúde, hora extra: tudo foi conquistado com muita luta, e geralmente greves difíceis organizadas pelos sindicatos. Mesmo assim, muitos patrões fingem es-quecer muitas dessas con-quistas, ainda hoje.

Por isso é importan-te, a cada ano, celebrar o Dia do Trabalhador, 1º de maio, não só aproveitan-do o feriado, mas principal-mente reforçando a cons-ciência política. Relembrar a história desse dia é uma das formas de intensificar essa conscientização.

O Dia Mundial do Tra-balho foi criado em 1889, num Congresso Socialista realizado em Paris. A da-ta foi escolhida em home-

nagem a uma greve ge-ral que aconteceu em 1º de maio de 1886, em Chi-cago, o principal centro in-dustrial dos Estados Uni-dos naquela época.

Milhares de trabalhado-res foram às ruas protestar contra as condições de tra-balho desumanas e exigir a redução da jornada de trabalho de até 17 para 8

reforçara lutadia histórico para

horas diárias. Naquele dia, manifestações, passeatas, piquetes e discursos movi-mentaram a cidade. Mas a repressão foi dura: houve prisões, feridos e até mes-mo mortos nos confrontos com a polícia.

nossa cElEbraçãoNo Brasil, a data é cele-

brada desde 1895. Mas foi somente em setembro de 1925 que a comemoração tornou-se oficial, com um decreto do então presiden-te Artur Bernardes.

Foi em 1º de maio de 1940 que o presidente Ge-túlio Vargas instituiu o sa-lário mínimo. Este deveria suprir as necessidades bá-sicas de uma família (mo-radia, alimentação, saúde, vestuário, educação e la-zer). E foi em 1º de maio de 1941 foi criada a Justi-ça do Trabalho, destinada a resolver questões sobre relações de trabalho e di-reitos dos trabalhadores.

de milhões de seres hu-milhados, que sofrem na pobreza e na miséria, es-perando a redenção —, enforquem-nos. Aqui te-rão apagado uma faís-ca, mas lá e acolá, atrás e na frente de vocês, em todas as partes, as cha-mas crescerão. É um fogo subterrâneo e vocês não poderão apagá-lo!”

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Sindicato dos Bancários de Niterói e RegiãoTRIBUNABancária2

Muitas conquistas históricas

Fotos: Arquivo BancariosNit

A participação dos bancários é fundamental nas assembleias, nas manifestações, nas paralisações. Afinal, o Sindicato só existe com a união

O Sindicato completará 65 anos dia 5 de setem-bro. Nessas seis décadas e meia de luta, muitos fo-ram os bancários que ga-rantiram as conquistas que existem hoje, como vale-refeição, tíquete-alimenta-ção, jornada e PLR.

Graças à intensa mobi-lização com as atividades do Sindicato, os bancários são uma categoria que conta com um dos melho-res contratos coletivos de trabalho do Brasil. Confira algumas conquistas histó-ricas dos bancários:

plrBanqueiros são os pa-

trões que mais lucram no Brasil. Mas até 1995 seus funcionários não viam a cor desse lucro. A partir daí a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) foi in-cluída em convenção cole-tiva nacional.

ValE-alimEntaçãoAo contrário da cesta-

básica, permite ao bancá-rio comprar os produtos de sua escolha. É conquista de 1994 e, assim como o tíquete-refeição, tem rea-juste anual.

Jornada dE 6 horasA jornada de seis horas

foi conquistada em 1933.

Veio após muita pressão e denúncias de um ambien-te de trabalho propício a causar doenças. A ela se-guiram-se as lutas para o pagamento de horas extras (1957) e o fim do trabalho aos sábados (1963).

auxílio-crEchEAs bancárias represen-

tam cerca de 50% da ca-tegoria. O auxílio-creche é fruto da greve de 1986,

com ampliação nas cam-panhas seguintes. Para bancário que tem um filho excepcional e que necessi-te de cuidados permanen-tes, essa conquista é por tempo indeterminado.

tíquEtE-rEfEiçãoResultado da forte mo-

bilização dos bancários em todo o Brasil na campanha de 1990. Em 2007, foi a vez da cesta-alimentação.

combatE a assédio moralNa campanha de 2010,

o Sindicato conseguiu um acordo histórico que ga-nhou destaque no Jornal Nacional. Os bancários podem fazer denúncias de asédio moral por e-mail ou por telefone, e o sigilo será mantido. Após receber a denúncia do Sindicato, o banco terá 60 dias corridos para apurar o caso e pres-tar esclarecimentos.

Estrutura dE sErViços à disposição dos bancários

Além de tudo o que vem sendo conquistado nas campanhas salariais, nas manifestações pontu-ais de acordo com a ne-cessidade e nas negocia-ções permanentes que acontecem durante todo o ano, o Sindicato mantém à disposição do bancário uma completa estrutura:

Jurídico — Advogados fazem plantão de atendi-mento em Niterói e Cabo Frio. Ações coletivas e in-dividuais garantem desde correções de planos eco-nômicos até reintegra-ções de emprego.

dEntista — Um consultó-rio funciona de segunda a quinta-feira para serviços a preços simbólicos.

saúdE — O departamento orienta bancários que pre-cisam de assistência médi-ca e fiscaliza o atendimen-to no INSS, além de ajudar a prevenir doenças adqui-ridas no trabalho.

sEdE campEstrE — O es-paço de esporte e lazer dos bancários de Niterói e Região tem piscina, sau-

nas, churrasqueiras, can-tina, vestiário, parque in-fantil, área verde e amplo estacionamento.

comunicação — Informa-ções de hora em hora no Twitter, amigos no Face-book, perfil e comunidade no Orkut, fotos no Picasa, Feed/RSS, site, newslet-ter online, torpedos: pio-neirismo na Internet.

sEcrEtaria/tEsouraria — Atende bancários para questões sobre mensa-lidade, tarifas do serviço odontológico e consulta ao balanço da entidade.

conVênios — Descontos em turismo, educação, estética, farmácia, imó-veis e muito mais.

Dentista a preços simbólicos

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Álbum de vitórias

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Por que se sindicalizar?Os banqueiros são a

classe mais poderosa do mundo. Para vencê-los, os bancários precisam de muita consciência, união, coragem e organização. Para isso existe o Sindica-to, e a vitória só é possível com participação de todos.

O valor da mensalidade sindical é de 1% do salário, com o piso de R$ 36,69 e o teto R$ 73,38.

Ser sindicalizado só traz vantagens:

EmprEgo E salário: o Sindicato forte impede de-missões em massa e con-

segue reverter muitas situ-ações irregulares, além de conseguir aumentos reais de salário e PLR.

Sindicato dos Bancários de Niterói e regiões

Sede: Rua Maestro Felício Toledo, 495, sl., Centro, Niterói, CEP 24.030-105 - Tel/fax: (21) 2717-2157. Subsede: Rua Casimiro de Abreu, 62/205, Centro, Cabo Frio, CEP 28905-360 - Tel/fax: (22) 2643-4317. e-mail: [email protected] - Reda-ção, edição, diagramação e projeto gráfico: Marcio Maturana (MTb 17625). Impressão: Gráfica Porciúncula (3 mil exemplares)TRIBUNABancária

conquistas E Justiça: tí-quete-refeição, 13º, jorna-da de seis horas só foram conquistados com greve. E

uma equipe de advogados atende cada bancário.

EsportE E lazEr: a Sede Campestre dos bancários é o local de encontrar a amigos e se divertir com a família: piscina, saunas, dois campos gramados de futebol e churrasqueiras.

dEntista E conVênios: uma dentista atende ban-cários e seus dependen-tes a preços simbólicos no Sindicato, e há descontos em convênios desde de pós-graduação até agên-cia de viagens.

Foto: Arquivo BancariosNit

Para vencer os banqueiros, os bancários precisam de organização