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Tributação em Revista
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E M R E V I S T AUma publicação do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal – Unafisco Sindical
Ano 14 N° 51 jan–mar 07 R$ 7,00
ributaçãoTReforma Tributária: quem sai ganhando?
ISSN 1809-3426
ARTIGO DE OPINIÃO
Imunidade a impostos das entidades sindicais de trabalhadores O autor trata da incidência de impostos sobre imóveis de entidades sindicais de trabalhadores. (Marcondes Witt)
Arrecadação tributária em 2006. Brasil: o paraíso dos bancosO artigo analisa a arrecadação e a estrutura tributária do País. (Álvaro Luchiezi Júnior, Clair Hickmann e Evilásio Salvador)
A nova gestão pública: os valores de mercado se sobrepondo à ética e aos princípios públicos“Pensamento único” ditado pelo Consenso de Washington amparou a implantação da nova gestão no serviço público (Fátima Gondim Farias)
QUESTÕES POLÊMICAS DE DIREITO TRIBUTÁRIO
Análise do Acordão CSRF/01-05.376, de 06/12/2006, que trata do IRPJ - Multa Isolada - Falta de pagamento do IRPJ com base no lucro estimado(Luís Gonzaga Medeiros Nóbrega)
INDICADORES TRIBUTÁRIOS E FINANCEIROS
(Roberto Boccacio Piscitelli e Mário Sérgio F. Sallorenzo)
sumárioENTREVISTA
Fernando RezendeO economista fala sobre a dificuldade de o País avançar na reforma tributária
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13
19
27
EDITORIAL5
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DIRETORIA EXECUTIVA NACIONAL (DEN)Presidente Carlos Andre Soares Nogueira
1ª Vice-Presidente Roberto Bocaccio Piscitelli
2ª Vice-Presidente Maria Lucia Fattorelli Carneiro
Secretário Geral Alexandre Teixeira
Diretora Secretária Izabel Ruth Tamiozzo Vieira
Diretor Financeiro Adelson Alves de Sousa
Diretor-Adjunto de Finanças Marcelo Porto Rodrigues
Diretora de Administração Marcia Maria Galvão Freitas
Diretor-Adjunto de Administração Damião Benvinda de Amorim
Diretor de Assuntos Jurídicos Daniel Patricio Munoz Donoso
Diretor-Adjunto de Assuntos Jurídicos Fernando Friederichs de Marsillac
Diretora de Defesa Profissional Nory Celeste Sais de Ferreira
Diretora de Estudos Técnicos Clair Maria Hickmann
Diretora-Adjunta de Estudos Técnicos Tania Simone Ulisses de Melo
Diretor de Comunicação Social Carlos Eduardo Liberati Mantovani
Diretor-Adjunto de Comunicação Social Tiago Spengler
Diretor de Assuntos de Aposentados, Proventos e Pensões Lenine Alcantara Moreira
Diretor-Adjunto de Assuntos de Aposentados, Proventos e Pensões José Carlos Nogueira Ribeiro
Diretora de Seguridade Social Idene Argemiro de Magalhães
Diretor-Adjunto de Seguridade Social Fernando Freire Magalhães
Diretor de Assuntos Parlamentares Paulo Gil Holck Introini
Diretor-Adjunto de Assuntos Parlamentares José Geraldo Medeiros Filho
Diretor de Relações Intersindicais Daniel Monteiro Gentil
Diretor de Relações Internacionais Gelson Machado Guarconi
Diretor Suplente Paulo Roberto Torres
Diretor Suplente Eugenio Celso Gonçalves
Diretor Suplente Roney Sandro Freire Corrêa
Conselho Fiscal - Membros Titulares Claudionor Nogueira de Sousa Humberto Guedes Acioli Toscano Armerindo Arruda Botelho
Conselho Fiscal - Membros Suplentes Paulino de Carvalho Barros Junior Ivan Vasco de Moraes Luiz Carlos Ferraresi
Tributação em Revista é uma publicação do sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da
Receita Federal – Unafisco Sindical.
Conselho Editorial Carlos André Soares Nogueira, Roberto Bocaccio Piscitelli, Clair Maria Hickmann e Tania Simone Ulisses de Melo.
Diretor Executivo da TRRoberto Bocaccio Piscitelli
Analista Econômico-TributárioMário Sérgio Sollorenzo
Coordenação ExecutivaEvilásio da Silva Salvador
RevisãoJoelita Araújo
Edição Patrícia Cunegundes
Projeto Gráfico e DiagramaçãoErika Yoda
Fotolito e ImpressãoKaco Gráfica e Editora
Tiragem3 mil exemplares
Produção Editorial
AssinaturasPode ser feita diretamente na Secretaria de Finanças pela internet (www.unafisco.org.br) ou nas Delegacias Sin-dicais do Unafisco Sindical. Ninguém está autorizado a captar assinaturas. Qualquer pessoa que se disser re-presentante derá ser denunciado.
ValoresExemplar Avulso: R$ 5,00 Atrasado: R$ 6,00Assinatura anuidade (revista trimestral): Filiados: R$ 12,00; Não-filiados: R$ 24,00
Redação e correspondênciaSDS, Conjunto Baracat – 1º andar, salas 1 a 11Brasília-DF - CEP 70392-900Fonefax: 61 3218-5255
Diretor Ronaldo de Moura
(61) 3349 2561
E M R E V I S T AributaçãoT
Colaboração:Os artigos, inéditos, devem ser enviados para Tributação em Revista – Unafisco Sindical, Departamento de Estudos Técnicos, SDS, Conjunto Baracat, salas I e II, Brasília-DF, CEP 70.392-900 ou para o e-mail [email protected]. Os textos serão submetidos ao Conselho Editorial quanto à conveniência de publicá-los, poderão sofrer revisão e, se necessário, serão devolvidos ao autor com sugestões de mudanças ou solicitação de informações. Nenhuma modificação de estrutura ou conteúdo será feita sem consentimento do autor. As matérias publicadas por Tributação em Revista só poderão ser reproduzidas mediante autorização do Unafisco Sindical. Os originais devem ser apresentados em disquetes, CD-ROM ou enviados por email, em arquivos do Word e Excel (tabelas), corpo 12, até 15 páginas e deverão conter: Página inicial abordando os principais tópicos do artigo; Notas e referências bibliográficas; Currículo do autor (máximo 5 linhas); Endereço para contato.
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 5
DITORIALe
Mais um projeto de reforma tributária está sendo anunciado pelo Executivo federal. A proposta deve ser encaminhada ao Congresso Nacional. Desta vez haverá possibilidade de aprová-lo? Poucas matérias freqüentaram a mídia com tanta persistência nos últimos anos, mais precisa-
mente no período posterior à Constituição de 1988.Mas por que nenhum projeto logra êxito? Como diz o ilustre entrevistado da primeira edição dentro da
nova configuração da Tributação em Revista, professor Fernando Rezende, ainda não construímos um diag-nóstico do que levou à progressiva deterioração da qualidade do sistema tributário brasileiro. Conseqüente-mente, inexiste a possibilidade de encontrarmos um amplo acordo para aprovar essas mudanças no Legislativo federal. As tentativas realizadas foram enterradas porque começaram pelo fim: sem a definição dos princípios e objetivos de um conjunto articulado de modificações, que leve em conta os interesses gerais dos diversos grupos que representam as grandes repartições da população brasileira.
E a reforma não pode continuar confundindo-se e misturando-se com os problemas de caixa do governo, com os ajustes oportunistas que, na maioria das vezes, são forma de arrecadar mais e de criar mais benefícios para segmentos específicos de contribuintes, que são capazes de se organizar e mobilizar melhor, e de consti-tuir lobbies mais poderosos.
Para o professor Rezende, quatro nós devem ser desatados: qualidade da tributação, desequilíbrio da Fed-eração, rigidez do orçamento e conflitos regionais. Daí porque a solução não é fácil e tem de ser construída pacientemente, com a participação efetiva dos segmentos mais interessados e vulneráveis a essas mudanças.
É preciso notar que deve haver um mínimo de convergência não só na relação entre Fisco e contribuinte, mas também entre as diferentes esferas da federação: mais que a mera dimensão tributária do novo sistema, não é possível ignorar a questão fiscal de fundo. Mais que a divisão de competências e a repartição de recur-sos e encargos, é relevante a definição das relações entre os próprios contribuintes, no âmago do sistema, o que implica considerar a distribuição funcional da renda e a capacidade contributiva dos indivíduos, o que envolve, entre outros, critérios de progressividade e de seletividade.
Vê-se, por tudo isso, que, muito mais que escolher os tipos de tributos que serão cobrados, impõe-se as-segurar a suficiência dos recursos para um modelo de Estado que os cidadãos estejam dispostos a sustentar e um padrão de distribuição que a concepção ética esteja determinada a estabelecer.
Diretoria Executiva Nacional
6 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 7
NTREVISTAe
Fernando Rezende, ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Apli-cada (Ipea), consultor e professor da Escola Brasileira de Administração Pública, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), conversa com a Tributação
em Revista sobre reforma tributária. Na entrevista, avalia as razões pelas quais o país não consegue discutir mudanças no sistema tributário, fala sobre a possibi-lidade de criação do Imposto sobre o Valor Agregado (IVA) e os desdobramentos regionais, entre outros aspectos relacionados ao tema.
Autor de diversos livros e artigos publicados no Brasil e no exterior, entre eles “Integração regional e federalismo fiscal”, “Descentralização e federalismo fiscal no Brasil”, trabalha atualmente em projeto de reforma do sistema tributá-rio brasileiro e em temas ligados à harmonização fiscal.
Fotos: Wagner U
lisses
8 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
Por que a reforma tributária não avança?Ainda não construímos um diagnóstico do que le-
vou à progressiva deterioração da qualidade do sistema
tributário brasileiro. Conseqüentemente, como não há
um entendimento sobre o problema na sua inteira di-
mensão, inexiste a possibilidade de encontrarmos um
amplo acordo para aprovar uma proposta de mudança
no Congresso Nacional. Ademais, eu diria que todas
as tentativas feitas desde a edição da Constituição de
1988, começaram de modo errado, ou seja, começa-
ram pelo fim, com a elaboração de proposta de emen-
da constitucional que é depositada no Congresso, sem
que tenha havido antes uma clara definição dos pro-
blemas que se quer resolver e de quais são as diretri-
zes traçadas para resolvê-los, quais os princípios, os
conceitos que devem formar o novo modelo tributário
compatível com a realidade atual. A partir daí é que se
deveria instituir uma instância, um espaço que reúna
os diferentes atores interessados numa reforma dessa
envergadura, para identificar os conflitos com clare-
za. Só assim poderemos construir uma proposta de
emenda constitucional que tenha razoável chance de
ser aperfeiçoada no Congresso Nacional.
Do jeito como as coisas têm acontecido, não pode
dar certo. A proposta chega sem que haja uma instância
prévia de negociação, de busca de um entendimento mí-
nimo para ter chance de sucesso. Então, pra deixar claro:
por que a reforma não avança? O diagnóstico não está
feito. O suposto diagnóstico hoje existente se baseia ape-
nas na idéia de corrigir distorções do sistema tributário.
O que temos que resolver é o problema fiscal como
um todo. Para mim, as quatro coisas estão amarradas:
qualidade da tributação, desequilíbrio da Federação, ri-
gidez do orçamento e conflito regional. Para isso tudo,
se não encontrarmos uma maneira de construir um en-
tendimento sobre as dimensões do problema, continu-
aremos num nível de conflito difícil de resolver.
E a divisão do bolo tributário entre os diver-sos entes federados?
Todas as tentativas feitas de lá para cá tratavam de
uma parte do problema. Elegeu-se um tabu: as pro-
postas consideravam inviável abordar mudanças no
regime de partilhas de recursos e de transferências en-
tre entes da Federação.
O esforço concentrou-se na discussão de mudan-
ças no capítulo tributário, apenas no que diz respeito
ao regime de impostos. Se os impostos federais po-
dem ser aperfeiçoados aqui e acolá, se o imposto es-
tadual caminha para uma legislação mais uniforme,
menos fragmentada... Obviamente, por uma questão
de lógica o sistema tem que ter um certo equilíbrio.
Na medida em que se mexe com uma parte dele,
desequilibra-se outra. De uma maneira mais clara:
qualquer alteração que se fizer na legislação do ICMS
alterará a distribuição de receitas entre os Estados.
Então, tem que se encontrar uma maneira de reequi-
librar essa distribuição. Uma maneira de reequilibrar
essa distribuição significa rever os mecanismos de re-
partição de recursos, tanto de uma perspectiva verti-
cal, quanto horizontal.
Como a reforma até o momento não contemplou
a revisão e as transferências, ela não avança. Não há
possibilidade de encontrar um entendimento sobre o
que deve ser feito. Claro que também existem limita-
ções decorrentes da necessidade de sustentar o ajuste
ajuste fiscal. Para mim, temos que retroceder a 1988
para avaliar em que medida o que ficou ali condicio-
nou o que veio em seguida.
Em 1988, criou-se uma dualidade de regimes con-
tributivos. Houve uma boa intenção, mas ela não se
concretizou. Entre outras coisas, porque a Constitui-
ção previu que o financiamento dos direitos sociais
deveria provir do orçamento da Seguridade Social, a
Qualquer mudança na legislação sobre ICMS, altera-se a
distribuição de receitas entre os Estados
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 9
ser composto por recursos federais, estaduais e muni-
cipais. Esse orçamento social nunca chegou a ser feito,
até porque era uma proposta inviável.
O governo federal não poderia obrigar os estados
e municípios a botar dinheiro num orçamento que,
em tese, era virtual. Com a posterior a ampliação dos
gastos previdenciários e demais programas da seguri-
dade social (saúde e assistência) as contribuições co-
meçaram a crescer, crescimento este que se acelerou
após 1998, quando a mudança do regime cambial foi
acompanhada da geração de elevados superávits pri-
mários para sustentar a estabilidade monetária.
Assim, as contribuições se expandiram, primeiro
para financiar os gastos sociais e depois para gerar es-
paço para o ajuste fiscal. Como as contribuições sociais
estão vinculadas constitucionalmente à Seguridade,
para destiná-las para outras finalidades, foi necessário
desvincular 20% da sua arrecadação. Mas, quando se
desvinculam 20%, sobram 80%, que têm que ser apli-
cados nos programas da seguridade social, o que abriu
um enorme espaço para ampliar os gastos.
E como o superávit crescia, as contribuições tinham
que crescer ainda mais, impulsionando os gastos. Além
de gerar antagonismos na federação, a expansão das
contribuições acarretou a perda de qualidade do siste-
ma tributário e não atendeu ao objetivo da sua criação,
uma vez que, a rigor, a proposta da Seguridade Social
foi abandonada logo em seguida.
Em lei de 1993, a previdência recuperou a exclusi-
vidade da contribuição sobre a folha de salários. E a ga-
rantia financeira para a saúde não tem mais nada a ver
com a arrecadação das contribuições sociais. Ou bem
vamos ser capazes de desatar esse nó criado na Consti-
tuição de 1988, ou vamos continuar tentando remen-
dar uma coisa que não tem mais remendo.
Há, então, problema na repartição das receitas?Há um sentimento geral de que houve uma recen-
tralização. A rigor, olhando os dados da distribuição
vertical, isso não ocorreu, porque boa parte das recei-
tas das contribuições é repassada a Estados e municí-
pios, principalmente para municípios, para financiar
programas de saúde, assistência, educação. Olhando
os dados da distribuição é mais ou menos o seguin-
te, comparativamente a 20 anos: o bolo dos Estados e
municípios ficou por volta dos 40% e o do Governo
Federal, em torno dos 59%, 60%. Se não houve uma
mudança grande na concentração de receita disponí-
vel, houve em termos de concentração de arrecadação.
A conseqüência disso foi uma maior interferência das
políticas nacionais sobre os orçamentos subnacionais.
Agora, se formos discutir o modelo federativo ideal, os
entes federados deveriam dispor de mais autonomia
para ajustar os seus orçamentos às preferências das
suas comunidades.
O conjunto de modificações tributárias dos últimos anos não se caracteriza como uma re-forma sem discussão no Congresso?
Reforma para mim implica uma mudança mais abran-
gente, algo que tenha um claro objetivo. Acredito que o
que foi feito ultimamente são alguns ajustes. E quando
10 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
falo em ajuste não estou querendo dizer que se dê um
sentido positivo a todos eles, porque as outras mudanças
estavam muito mais voltadas para a preocupação com a
arrecadação do que com um projeto de reforma.
Essas mudanças pós 1988 oneraram mais um setor da sociedade, mais o consumo e a renda. O senhor acha que carregou mais em quê?
Houve uma ampliação enorme da carga tributária
sobre produção e consumo de bens e serviços. Não é
preciso muita sofisticação teórica para concluir que a
distribuição desse ônus pesou mais no bolso de quem
pode menos. Basta ver o peso dos impostos que inci-
dem sobre combustíveis, energia elétrica e telecomu-
nicações, por exemplo, onde se concentra hoje boa
parte da arrecadação dos Estados e também da ar-
recadação do Governo Federal. Há um levantamento
recente, feito pelo pessoal da FIPE, para um estudo
da Fecomércio, sobre a incidência dos impostos nessa
mesma linha.
É possível evoluir na discussão sobre reforma tributária sem a presença dos trabalhadores?
Temos que criar espaços próprios para promover
a negociação. É claro que a questão tributária envol-
ve certo nível de entendimento a respeito do tema.
O problema é como criar canais adequados para que
diferentes categorias da sociedade brasileira possam
participar de uma maneira positiva. Eu disse que tí-
nhamos que começar a discussão estabelecendo quais
os princípios e objetivos que uma reforma tributária
pretende alcançar; sem isso é impossível chegar a um
razoável entendimento. Em face do antagonismo e das
desconfianças que presidem o debate sobre o tema tri-
butário precisamos definir o que queremos. Queremos
um sistema tributário que seja mais progressivo? Que-
remos um sistema tributário que resolva os problemas
da competitividade dos produtos brasileiros no mer-
cado internacional? Queremos um sistema tributário
no qual estados e municípios disporão de mais auto-
nomia para gerenciar seus recursos e em troca pode-
rão perder a autonomia para legislar sobre os tributos?
Queremos um sistema tributário que dê garantias de
recursos para sustentar o financiamento dos progra-
mas sociais? Enfim, temos que construir um entendi-
mento, porque, se não, fica difícil conversar.
As grandes empresas têm toda uma estrutura jurídica e um planejamento tributário inter-nacional, transferindo lucros a paraísos fis-cais e conseguindo reduzir o seu ônus tribu-tário através de planejamento e dos paraísos fiscais, enquanto as médias empresas não o podem, nem o consumidor ou o trabalhador. Então, como é que se resolve isso?
Uma proposta interessante que tem sido apresenta-
da consiste na criação de uma espécie de organização
tributária internacional a exemplo da Organização In-
ternacional do Comércio, que definisse regras aceitáveis
e não aceitáveis, mas isso depende da possibilidade de
controlar as atividades dos paraísos fiscais.
O senhor acha que questões como mudanças nas alíquotas do Imposto de Renda podem entrar na agenda de uma reforma tributária? Há espaço para avançarmos num sistema mais progressivo?
No Imposto de Renda familiar acho que sim. Creio
que, de certa maneira, exageramos um pouco na dose
das duas alíquotas para o Imposto de Renda da pessoa
física. Atualmente a alíquota máxima é de 27,5%. Se
olharmos o grau das disparidades de renda de pessoas,
talvez possamos ampliar um pouco a progressividade.
A possibilidade de termos quatro ou cinco faixas de
alíquotas não me parece um exagero.
O problema é criar canais para a participação da sociedade na
discussão sobre a reforma
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 11
Qual a sua avaliação sobre a proposta de cria-ção do IVA?
Bom, eu acho que foi um avanço de posicionamen-
to. O resultado, ainda não sabemos. Avançamos porque
se abriu uma discussão que até então não estava sendo
contemplada, na direção do que já falamos aqui, que é
acabar com a ficção de que imposto e contribuição são
coisas diferentes. Se nós conseguirmos eliminá-la, tere-
mos dado um bom passo para avançar. Por outro lado,
quando o governo federal pretende criar o IVA federal,
automaticamente, embora isso não esteja dito, está im-
plícito que teremos que discutir a partilha.
Temos que discutir qual é o percentual desse IVA
federal a ser incorporado ao fundo de participação,
que percentual vai ser repartido com os estados e mu-
nicípios, mas não é só. Também teremos que discutir o
critério de distribuição do montante dos Estados entre
eles, que está congelado desde 1989 e uma nova política
de desenvolvimento regional. No caso do IVA estadu-
al, acho que o Estado deve ter autonomia para fixar a
alíquota. Porque diferenças maiores irão ajustar-se
naturalmente e será possível conciliar a autonomia fe-
derativa com a uniformização das bases tributárias.
Isso resolveria o problema da guerra fiscal, não?Sim, desde que o IVA estadual adote o princípio
do destino. Alguns técnicos relutam, pois se pode tirar
do Estado o poder de fazer política de atração de in-
vestimentos com base no ICMS. Mas se fizermos uma
reforma em que o governo federal pode voltar a cum-
prir o seu papel de elaborar e implementar políticas de
desenvolvimento regional para reduzir as disparidades
de crescimento, adicionamento um elemento novo no
debate. O governo acabou de aprovar no Congresso a
recriação das SUDAM, da SUDENE, e da Superinten-
dência do Centro Oeste. É uma oportunidade de juntar
essa discussão com a da reforma tributária.
Com uma política nova de desenvolvimento regio-
nal, o Estado pode ter reduzida a possibilidade de usar o
ICMS para atrair empresas, mas pode ganhar com a recu-
peração da capacidade do governo federal utilizar o Im-
posto de Renda como instrumento de política regional.
Então, com um projeto de desenvolvimento re-gional que andasse junto com a reforma tribu-tária seria mais fácil atenuar tais dificuldades?
Sim. Por isso eu comecei dizendo que há quatro
coisas que constituem elementos de um mesmo pro-
blema; se pudermos encontrar caminhos que conci-
liem essas dimensões, facilita-se tudo. Um dos pro-
blemas que os governadores estaduais hoje enfrentam
é a falta de poder. O que acontece, então, é que eles
ficam mais ou menos amarrados. Se considerarmos
as vinculações, os compromissos com a dívida, o pa-
gamento da folha, mais os gastos com a Previdência,
o que sobra talvez seja a mesma coisa ou menos do
que sobra no orçamento federal. Então, se discutir-
mos uma mudança tributária que melhore o espaço da
administração do orçamento, os Estados também po-
derão fazer política de atração de investimentos com
o gasto, não só com a renúncia de receita, investindo
na qualificação da mão-de-obra, na infra-estrutura,
nos serviços urbanos.
O deputado federal Virgílio Guimarães (PT-MG) tem a pretensão de que o Congresso possa elaborar um novo projeto. O senhor acha viável?
A participação do Congresso Nacional é importante,
mas sem uma discussão e um entendimento prévios em
torno de qual é a reforma que a sociedade, os governa-
dores e os vários interesses envolvidos querem fazer,
eu acho difícil partir de um projeto já elaborado. Se
os detalhes não forem previamente acertados entre os
diversos atores, questões polêmicas são remetidas para
uma lei que nunca é editada.
A CPMF deveria desaparecer no médio prazo, pois sabemos
que não pode desaparecer de uma hora para outra
12 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
Patrícia Cunegundes
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 13
RTIGO DE OPINIÃOa
Foto:: M. M
ackenzie; Montagem
: Erika Yoda
Imunidade a impostos das entidades sindicais de trabalhadores1
Marcondes Witt2
N o presente trabalho será feito um estudo a res-
peito da incidência do Imposto sobre a Proprie-
dade Predial e Territorial Urbana (IPTU) sobre
os imóveis de propriedade das entidades sindicais de tra-
balhadores e do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte
(IRRF) relativamente aos rendimentos das aplicações fi-
nanceiras das mesmas entidades. Também será feito rápi-
do estudo a respeito do ITBI e do IOF.
Assim, depois de se verificar a legislação pertinente,
será demonstrado que os tributos citados não podem one-
rar as entidades sindicais de trabalhadores.
Legislação PertinenteAntes de analisar o assunto, colaciona-se a legislação
aplicável. A Constituição da República Federativa do
Brasil tratou das limitações ao poder de tributar em seu
artigo 150:
Art. 150 Sem prejuízo de outras garantias as-
seguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
[...]
VI – instituir impostos sobre:
[...]
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos
políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de
educação e de assistência social, sem fins lucrati-
vos, atendidos os requisitos da lei;
[...]
§ 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas
b e c, compreendem somente o patrimônio, a renda
e os serviços relacionados com as finalidades essen-
ciais das entidades nelas mencionadas.
[...] (grifou-se agora)
1. Artigo atualizado a partir da Nota Técnica divulgada pela Diretoria de Estudos Técnicos da Diretoria Executiva Nacional do Unafisco Sindical no Boletim no 1956, de 01/09/2005, com a colaboração do Autor.
2. Auditor-Fiscal da Receita Federal em Joinville-SC, Bacharel em Ciências Contábeis e em Direito, especialista em Direito Tributário Contemporâneo e mestre em Ciência Jurídica.
14 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
Os requisitos da lei, previstos no dispositivo, são os
preconizados no artigo 143 do Código Tributário Nacional
(CTN), Lei nº 5.172/1966, ainda que seu artigo não faça
referência às entidades sindicais em seu artigo 9º:
Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do
artigo 9º é subordinado à observância dos seguin-
tes requisitos pelas entidades nele referidas:
I – não distribuírem qualquer parcela de seu pa-
trimônio ou de suas rendas, a qualquer título; (reda-
ção conforme a Lei Complementar no 104/2001)
II – aplicarem integralmente, no País, os seus recur-
sos na manutenção dos seus objetivos institucionais;
III – manterem escrituração de suas receitas e
despesas em livros revestidos de formalidades ca-
pazes de assegurar sua exatidão.
§ 1º Na falta de cumprimento do disposto neste
artigo, ou no § 1º do artigo 9º, a autoridade com-
petente pode suspender a aplicação do benefício.
§ 2º Os serviços a que se refere a alínea c do
inciso IV do artigo 9º são exclusivamente os direta-
mente relacionados com os objetivos institucionais
das entidades de que trata este artigo, previsto nos
respectivos estatutos ou atos constitutivos.
Como se vê, a Carta Magna expressamente excluiu as
entidades sindicais dos trabalhadores da tributação dos im-
postos sobre o patrimônio, onde se inclui o Imposto sobre a
Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), de compe-
tência dos Municípios4, e o Imposto sobre a Renda e proven-
tos de qualquer natureza (IR), de competência da União5.
Imunidade ao IptuA imunidade para as entidades sindicais de traba-
lhadores é uma imunidade subjetiva, por se reportar às
condições pessoais do sujeito que se vincula às situações
materiais que seriam tributáveis6.
3. Neste sentido, Sacha Calmon Navarro Coelho, in Comentários à Constituição de 1988. p. 351, Luciano Amaro, in Direito Tributário Brasileiro. p. 153, e Paulo de Barros Carvalho, in Curso de Direito Tributário. p. 188.
4. Constituição da República Federativa do Brasil, artigo 156, inciso I.
5. Constituição da República Federativa do Brasil, artigo 153, inciso III.
6. Conforme Luciano Amaro, in Direito Tributário Brasileiro. p. 150.
7. In Comentários à Constituição de 1988. p. 352. No mesmo sentido, Paulo de Barros Carvalho, in Curso de direito tributário. p. 188, por se tratar de regra consti-tucional de eficácia contida, ficando seus efeitos diferidos para o momento da efetiva comprovação das exigências do CTN.
8. No caso do Unafisco Sindical, artigo 111 do seu Estatuto, disponível em www.unafisco.org.br, prevê a remuneração de até três detentores de cargos eletivos liberados para o mandato classista, nos mesmos valores a que fariam jus no exercício de suas funções do cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal.
Assim, para que os Municípios reconheçam tal imuni-
dade, normalmente se faz necessária a apresentação de peti-
ção dirigida à autoridade fazendária correspondente com tal
objetivo, no que concorda Sacha Calmon Navarro Coelho:
Aceitável que o imune comunique ao ente tributan-
te a sua condição e requeira o respectivo título. O ato
é facultativo.
Será impertinente, dessarte, toda legislação ordinária
ou regulamentar de qualquer das pessoas políticas que
acrescente mais antepostos aos requisitos da lei com-
plementar tributária (CTN) concernentes à imunidade.
Pode o Fisco, esta é outra questão, investigar e fiscalizar
a pessoa imune, suas atividades, no escopo de verificar se
os pressupostos estão sendo rigorosamente observados.
Não se tratará aí dos pressupostos, mas do respectivo
cumprimento e sem os quais não haverá imunidade7.
Em outras palavras, a legislação municipal não pode exi-
gir outros requisitos para o gozo da imunidade, mas pode
verificar se os postos pelo CTN estão sendo cumpridos.
Especificamente para os sindicatos de servidores
públicos federais, das condições impostas pelo CTN,
eventualmente o inciso I do artigo 14 pode trazer alguma
dúvida, vez que estatutos podem conter dispositivo acerca
de exercício remunerado do mandato classista8.
A Constituição exclui entidades sindicais
dos trabalhadores da tributação de impostos
sobre o patrimônio
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 15
Entretanto, tal disposição estatutária pretende se ade-
quar ao artigo 92 da Lei nº 8.112/1990 – Regime Jurídi-
co Único (RJU) que, a partir das alterações nele inseridas
através da Lei nº 9.527/1997, concede ao servidor titular
de mandato classista licença durante o respectivo manda-
to, licença esta sem remuneração9.
Como obrigar os dirigentes sindicais a exercerem
seu mandato sem remuneração poderia implicar em
cerceamento à atividade sindical dos trabalhadores em ge-
ral, e dos servidores públicos em particular, em completa
afronta ao artigo 8º e ao inciso VI do artigo 37 da Consti-
tuição, as entidades sindicais dos servidores atingidos pela
citada alteração legislativa se viram obrigadas a remunerar
seus dirigentes licenciados, para que estes pudessem man-
ter-se a si e a seus familiares.
Ainda com relação às disposições constitucionais, pode
trazer alguma dúvida a definição do que seja “patrimônio
relacionado com as finalidades essenciais” do sindicato, a
teor do parágrafo 4º do artigo 150, retro citado. É que,
eventualmente, o imóvel de propriedade do sindicato
pode ser locado a terceiros10. Apesar disto, não é hipótese
de não aplicabilidade da imunidade. Veja-se o teor da Sú-
mula nº 724 do Supremo Tribunal Federal:
Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune
ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades
referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição, desde
que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades
essenciais de tais entidades.
Evidente que, nesta hipótese, para as rendas havidas,
normalmente há previsão estatutária de que sejam apli-
cadas exclusivamente na manutenção e desenvolvimento
dos objetivos da entidade11.
Por outro lado, ressalte-se que a imunidade não é cabí-
vel na hipótese de se estar tratando de imóvel de terceiros,
locado para a consecução de seus objetivos estatutários. É
que, além de a legislação das locações urbanas12 autorizar
o repasse do ônus do proprietário para o locatário, este
imposto pago acaba tendo a natureza jurídica do próprio
preço da locação.
Importa destacar, ainda, que os Municípios podem ne-
gar a imunidade para o caso da aquisição da propriedade
não ter sido devidamente registrada no Registro de Imó-
veis13. É que, a teor do parágrafo 1º do artigo 1.245 do Có-
digo Civil, “enquanto não se registrar o título translativo, o
alienante continua a ser havido como dono do imóvel”.
Por fim, é usual que os Municípios efetuem a cobran-
ça, juntamente com o IPTU, de outros tributos, especifi-
camente taxas de expediente, por coleta de lixo, dentre
outras. A tais espécies tributárias não se aplica a imunida-
de prevista no artigo 150, que se restringe aos impostos.
Eventualmente poderá haver outras inconstitucionalida-
des ou ilegalidades em tais cobranças, mas que deverão
ser analisados caso a caso.
Imunidade ao IRRF sobre Aplicações Financeiras
Relativamente ao Imposto de Renda Retido na Fonte
– IRRF sobre aplicações financeiras das entidades imunes,
a União, através da Secretaria da Receita Federal, vinha
reconhecendo a imunidade, desde que tais aplicações não
tivessem caráter especulativo, a teor do Ato Declaratório
Normativo Cosit nº 27/1993.
Contudo, a partir da Lei nº 9.532/1997 houve altera-
ção a respeito. Vejam-se excertos de seu artigo 12:
9. Ao contrário da redação anterior do dispositivo, que concedia aludida licença com a remuneração do cargo efetivo.
10. No caso do Unafisco Sindical, há autorização no Estatuto, conforme seus artigos 73 e 94.
11. No caso do Unafisco S
12. Lei no 8.245/1991, artigo 22, inciso VIII.
13. Lei no 6.015/1973, art. 167, inciso I, número 29.
Antônio C
arlos Cascatrina
16 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
Art. 12. Para efeito do disposto no art. 150, inciso
VI, alínea “c”, da Constituição, considera-se imune a
instituição de educação ou de assistência social que preste
os serviços para os quais houver sido instituída e os colo-
que à disposição da população em geral, em caráter com-
plementar às atividades do Estado, sem fins lucrativos.
§ 1º Não estão abrangidos pela imunidade os ren-
dimentos e ganhos de capital auferidos em aplicações
financeiras de renda fixa ou de renda variável.
[...]
Da leitura destes trechos, consta expressamente que o
rendimento de aplicações financeiras das entidades imu-
nes não é alcançado pela imunidade do artigo 150 da
Constituição.
Contudo, contra este e outros dispositivos foi proposta
a Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 1.802-3/DF. Em
julgamento de 27 de agosto de 1998, em face de pedido de
medida cautelar, o Plenário do Supremo Tribunal Federal
suspendeu a eficácia de alguns dos dispositivos questiona-
dos, dentre os quais o parágrafo 1º do artigo 12 da Lei nº
9.532/1997, situação que perdura até os dias atuais.
Portanto, não estão sujeitos ao IRRF os rendimentos
auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variá-
vel pelos sindicatos de trabalhadores.
Neste sentido, dispôs a União, através da Secretaria da
Receita Federal, na Instrução Normativa SRF nº 25/2001,
especificamente através de seu artigo 34, confirmando que
as instituições financeiras estão dispensadas de efetuar a
retenção do IRRF de responsabilidade das entidades imu-
nes que declararem tal condição conforme o Anexo Único
14. Constituição da República Federativa do Brasil, art. 156, inciso II.
15. Constituição, art. 153, inciso V.
aprovado pelo citado ato normativo. Retenções já efetua-
das podem ser objeto de restituição, conforme se exporá
em item seguinte.
Imunidade ao ITBIPor fim, ainda que não seja o objeto principal do pre-
sente trabalho, cumpre destacar que a citada imunidade
também pode alcançar o Imposto sobre a Transmissão
“inter vivos”, por ato oneroso, de Bens Imóveis (ITBI), de
competência dos Municípios14. Contudo, para tanto deve
ser verificado na legislação municipal do tributo quem é
eleito como contribuinte do imposto, o alienante ou o ad-
quirente. É que o CTN, no seu artigo 42, informa que seja
contribuinte qualquer das partes na operação tributada,
conforme dispuser a lei.
Observado que a legislação municipal tenha elegido o
adquirente como contribuinte deste imposto, cabe tam-
bém o reconhecimento da imunidade do ITBI e, sendo o
caso, sua restituição, nos mesmos termos do exposto em
item subseqüente.
A Situação do IOFEspecificamente com relação ao imposto sobre operações
de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores
mobiliários (IOF), de competência da União15, há situação
peculiar. Em que pese ser possível defender a aplicação da
imunidade constitucional citada ao início, atualmente as
operações são tributadas à alíquota zero, conforme disposi-
ções do Decreto nº 4.494/2002 – Regulamento do IOF:
Art. 8º A alíquota é reduzida a zero na operação
de crédito:
[...]
XV – em que o tomador do crédito seja órgão da
Administração Pública Federal, Estadual, do Distrito
Federal ou Municipal, direta, autárquica ou fundacio-
nal, partido político, inclusive suas fundações, entida-
de sindical de trabalhadores, instituição de educação
e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os
requisitos da lei;
[...]
A imunidade também pode alcançar o ITBI, de competência dos
municípios
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 17
Art. 33. O IOF será cobrado à alíquota de um por
cento ao dia sobre o valor do resgate, cessão ou repactu-
ação, limitado ao rendimento da operação, em função do
prazo, conforme tabela constante do Anexo.
§ 1º O disposto neste artigo aplica-se:
I – às operações realizadas no mercado de renda fixa;
II – ao resgate de quotas de fundos de investimen-
to e de clubes de investimento, ressalvado o disposto no
inciso IV do § 2º.
§ 2º Ficam sujeitas à alíquota zero as operações:
[...]
V – de titularidade de órgãos da Administração Pú-
blica Federal, Estadual, do Distrito Federal ou Munici-
pal, direta, autárquica ou fundacional, de partido políti-
co, inclusive suas fundações, e de entidade sindical de
trabalhadores. (grifou-se agora)
Diante disto, verifica-se que, pelo menos desde a edi-
ção do atual Regulamento do IOF, às operações de cré-
dito, às realizadas no mercado de renda fixa e ao resgate
de quotas de fundos de investimento, aplica-se a alíquota
zero. Evidente que a natureza jurídica da alíquota zero é
totalmente diversa de imunidade. Contudo, os efeitos fi-
nanceiros são idênticos e por isto não se irão efetuar análi-
ses mais aprofundadas neste tópico.
Com a aludida regulamentação, as instituições fi-
nanceiras já deveriam deixar de reter qualquer parcela a
título de IOF em face da alíquota zero. Na hipótese de
isto não estar acontecendo, muito provavelmente trata-se
de erro na situação cadastral da conta corrente mantida.
Em conseqüência, cabe a urgente atualização cadastral em
cada uma das agências das instituições financeiras onde
as entidades sindicais de trabalhadores tenham sofrido
eventual desconto, a fim de evitarem-se maiores prejuízos.
Com relação a valores anteriormente descontados, aplica-
se o disposto no item a seguir.
Restituição de Pagamentos IndevidosReconhecida a imunidade, por se tratar de compe-
tência negativa disposta na Constituição, além de não
mais se efetuar qualquer pagamento a título de IPTU
ou ITBI e retenção do IRRF e IOF, caberá ainda a resti-
tuição do que tenha sido pago ou retido indevidamente
nos exercícios anteriores, conforme assegura o artigo
165 do CTN, respeitado o prazo decadencial de cinco
anos da data da extinção do crédito tributário, confor-
me preconiza o artigo 168 do mesmo diploma. A teor
do artigo 3º da Lei Complementar nº 118/2005, a ex-
tinção do crédito tributário ocorre, no tributo sujeito
ao lançamento por homologação, no momento do pa-
gamento antecipado.
Quanto ao IPTU e ao ITBI, cabe a apresentação de
pedido de restituição nos moldes da legislação fixada
em cada Município, ou de forma genérica, caso não haja
procedimento específico.
Quanto ao IRRF e IOF, a repetição do indébito deve
ser efetuada nos moldes preconizados na Instrução Nor-
mativa SRF nº 600/2005. Como o Programa PER/DCOMP
não permite informar como origem de crédito eventual
retenção indevida de IRRF para entidades imunes ou
isentas16, o Pedido de Restituição ou a Declaração de
Compensação devem ser apresentados nos formulários
aprovados pelo citado ato normativo, a teor do parágrafo
1º do artigo 3º ou no parágrafo 1º do artigo 26.
Contudo, tal pedido deve ser efetuado pela represen-
tação nacional da entidade sindical que possua repre-
sentações ou outras divisões internas de caráter regio-
nal, estadual ou municipal17, caso o estatuto faça constar
que sua representação ativa e passiva se dê através de
seu Presidente.
16. Para as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real, presumido ou arbitrado, as retenções indevidas do IRRF deverão ser deduzidas do IRPJ apurado no final do período de apuração, compondo eventual saldo negativo do período, conforme o artigo 10 da Instrução Normativa SRF nº 600/2005.
17. No caso do Unafisco Sindical, as Delegacias Sindicais e Representações, aquelas com autonomia administrativa, patrimonial e financeira.
Arquivo: R
eceita Federal
18 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
É que, consoante o artigo 127, inciso II, do CTN, o
domicílio tributário das pessoas jurídicas é o local de sua
sede. Especificamente com relação ao Imposto de Renda,
dispõe o artigo 45 que contribuinte é o titular da disponi-
bilidade jurídica ou econômica. Perante a legislação do IR,
são contribuintes as pessoas jurídicas, nelas incluídas as
pessoas jurídicas de direito privado interno18.
Numa pessoa jurídica tributada normalmente pelo
IR, as retenções indevidas seriam incluídas na apura-
ção ao final do período de apuração, conforme expres-
sa disposição no artigo 10 da Instrução Normativa SRF
nº 600/2005. Neste caso, através do estabelecimento
matriz seria pleiteado o indébito das retenções indevidas
havidas nas diversas filiais.
Como não há disposição expressa para a restituição de
retenção indevida de pessoa jurídica imune, considerando
que estas têm domicílio e são representadas em sua sede,
mantendo a equivalência com a retenção indevida nas pes-
soas jurídicas tributadas, e que a menção à total autonomia
dos estabelecimentos19 não ocorre com o IR, deve o pedido
de restituição ou declaração de compensação ser apresenta-
do através do estabelecimento matriz do sindicato de traba-
lhares que possua representações ou outras divisões inter-
nas de caráter regional, estadual ou municipal.
Por fim, as mesmas conclusões são aplicáveis a even-
tual IOF retido indevidamente. Consoante o artigo 4º do
Decreto nº 4.494/2002 – Regulamento do IOF, contri-
buinte do imposto são as pessoas jurídicas tomadoras de
crédito. E conforme o artigo 26, inciso I, contribuintes
AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 10. ed.
atual. São Paulo: Saraiva, 2004.
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário.
15. ed. ver. e atual. São Paulo: Saraiva, 2003.
COELHO, Sacha Calmon Navarro. Comentários à Cons-
tituição de 1988: sistema tributário. 6. ed. (4. tir.). Rio de
Janeiro: Forense, 1997.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
são os adquirentes de títulos ou valores mobiliários e os
titulares de aplicações financeiras, que são atos pertinen-
tes às pessoas jurídicas. Com isto aplicam-se as mesmas
conclusões retro para a legitimidade para pleitear o pedi-
do de restituição ou apresentar declaração de compensa-
ção citadas para o IRRF.
Considerações FinaisConsiderando o estudo acima, pode-se afirmar sinteti-
camente, o que consta a seguir.
Os sindicatos de trabalhadores não se sujeitam ao pa-
gamento do IPTU sobre os imóveis de sua propriedade,
mesmo na hipótese de estarem locados a terceiros. Tal imu-
nidade, contudo, não alcança os imóveis de terceiros que
tenham sido locados para a consecução das atividades obje-
to da entidade sindical de trabalhadores. Da mesma forma,
a imunidade não alcança o imóvel cujo título aquisitivo não
foi devidamente registrado no Registro de Imóveis.
Os rendimentos produzidos por aplicações financeiras
de renda fixa ou variável são imunes ao IRRF.
No caso de a legislação municipal eleger como contri-
buinte do ITBI o adquirente do imóvel, as entidades sindi-
cais de trabalhadores são imunes ao seu pagamento.
Tais entidades são beneficiárias de alíquota zero do
IOF sobre as operações de crédito e nas aplicações finan-
ceiras de renda fixa ou variável.
Eventual pagamento dos citados tributos, efetuado no
qüinqüênio anterior ao formal reconhecimento da imuni-
dade, é passível de restituição.
18. Decreto nº 3.000/1999 – Regulamento do Imposto de Renda, artigo 146, inciso I, c/c. artigo 147, inciso I.
19. Código Tributário Nacional, art. 51, parágrafo único (IPI); Lei Complementar nº 87/1996, art. 11, § 3º, inciso II (ICMS); Lei Complementar nº 116/2003, art. 4º (ISS).
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 19
Arrecadação tributária em 2006. Brasil: o paraíso dos bancos
Álvaro Luchiezi Júnior1, Clair Hickmann2 e Evilásio Salvador3
Introdução
O montante de tributos arrecadados pela Secretaria
da Receita Federal (SRF) alcançou R$ 372,3 bi-
lhões no ano de 2006, incremento nominal de
R$ 28,9 bilhões em relação a 2005. Este nível de arreca-
1. Economista, Mestre em Economia. Economista do Unafisco Sindical.
2. Auditora-Fiscal da Receita Federal. Especialista em Direito Tributário. Diretora de Estudos Técnicos do Unafisco Sindical.
3. Economista, Mestre em Política Social. Coordenador de Estudos Técnicos do Unafisco Sindical.
Ano Receitas Administradas pela SRF em R$ milhões
Valores em R$ milhões dez/2006 (IPCA)
Variação Real (IPCA)
1997 107.119,73 198.198,89 9,18%
1998 117.781,56 211.347,19 6,63%
1999 142.165,54 242.937,36 14,95%
2000 166.260,06 265.590,78 9,32%
2001 188.797,20 282.316,90 6,30%
2002 228.287,31 314.669,89 11,46%
2003 254.009,29 305.431,72 -2,94%
2004 296.523,59 334.324,46 9,46%
2005 343.370,74 362.248,34 8,35%
2006 372.266,16 377.055,24 4,09%
Variação 1997 a 2006 247,52% 90,24% -
Variação 2005 a 2006 8,42% 4,09% -
Tabela 1Receitas Administrativas pela Secretaria Receita Federal (R$ milhões – a preços de dezembro de 2006 - IPCA - IBGE)
Fonte: Secretaria da Receita Federal Elaboração: Departamento de Estudos Técnicos do Unafisco Sindical
dação é recorde. Uma análise da evolução da arrecadação
nos últimos 10 anos, em valores deflacionados pelo IPCA, a
preços de dezembro de 2006, mostra que o montante de re-
ceitas administradas pela SRF cresceu de R$ 198,2 bilhões,
em 1997, até R$ 337,1 bilhões, em 2006, incremento de
90,24% acima da inflação do período (tabela 1).
20 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
Os dados da Receita Federal revelam que a estrutura
tributária do país, em 2006, permaneceu inalterada, com a
maior parte dos tributos tendo como base de incidência o
consumo. Dos R$ 377 bilhões, em termos reais, das Recei-
tas Administradas pela SRF, mais da metade (54%) advém
de tributos arrecadados sobre o consumo4. As famílias de
baixa renda são as mais prejudicadas por esta estrutura, já
que os gastos com consumo são relativamente maiores na
medida em que renda familiar diminui.
Com base nos dados da Pesquisa de Orçamento Fami-
liar (POF) do IBGE de 2002/2003, estima-se que as famí-
lias com renda de até dois salários mínimos arcam como
uma carga tributária indireta de 46% da renda familiar,
enquanto as famílias com renda superior a 30 salários
mínimos gastam 16% da renda em tributos indiretos.
O resultado é uma carga tributária regressiva, signi-
ficando que o Estado brasileiro é financiado, em grade
parte, pelas classes de menor poder aquisitivo e pelos
trabalhadores, com a população de baixa renda supor-
tando uma elevada tributação indireta.
A tabela 2 classifica os tributos arrecadados pela SRF
por base de incidência econômica: consumo, renda e
patrimônio. Os dados revelam que a tributação sobre o
consumo e a incidente sobre os salários dos trabalhadores
(IR-rendimentos do trabalho) responderam por 65% dos
tributos arrecadados pela Receita Federal, em 2006.
Os tributos que apresentaram maior elevação em 2006
em relação 2005, em termos reais, foram:
• Imposto de Renda – Entidades Financeiras, 20,68%
• Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) das re-
messas para o exterior, 16,23%;
• Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) vin-
culado às importações, 12,41%;
• Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL)
das entidades financeiras, 12,66%;
• Imposto Renda – Pessoa Física (IRPF) – 11,11%;
• Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre
automóveis, 10,68%.
Bancos: elevados lucros e baixa tributação
A evolução da arrecadação tributária das empresas
constitui um caso à parte. Dois grupos de tributos cha-
mam a atenção por razões opostas: de um lado, um grupo
de tributos composto pelo Imposto de Renda – Pessoa Ju-
rídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
(CSLL), cuja evolução foi positiva; por outro lado, o grupo
formado pela Contribuição para o Financiamento da Se-
guridade Social (Cofins) e pela Contribuição para o PIS/
Pasep, que apresentou um crescimento bastante tímido.
Em ambos os casos, o resultado da arrecadação tributária
foi influenciado pelo setor financeiro da economia.
O montante arrecadado de IRPJ e CSLL cresceu, em
termos reais, 5,25% e 2,99% respectivamente, chaman-
do a atenção o crescimento de 20,68% e 12,68%, res-
pectivamente, recolhidos pelas instituições financeiras.
À primeira vista esta evolução demonstraria um maior
potencial de arrecadação do setor financeiro ou mesmo
um incremento da tributação sobre os bancos. Contudo,
não é isto o que ocorreu de fato.
4. Engloba a soma da arrecadação com Imposto sobre Importação (II), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF), Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Contribuições para o Programa de Integração Social (PIS) e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) e Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) incidente sobre a importação e a comercialização de combustíveis.
Sanja Gjenero
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 21
Tributos Arrecadados 2005 (a) 2006 (b) Variação % ( b )/( a )
Participação % 2005
Participação % 2006
Consumo 198.571,04 204.268,83 2,87 54,82 54,17
Imposto sobre Importação 9.583,41 10.164,61 6,06 2,65 2,7
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) - Total
27.873,53 28.546,67 2,41 7,69 7,58
I.P.I - Fumo 2.431,03 2.428,13 -0,12 0,67 0,64
I.P.I - Bebidas 2.463,36 2.653,26 7,71 0,68 0,7
I.P.I - Automóveis 3.925,59 4.345,49 10,7 1,08 1,15
I.P.I - Vinculado a Importação 5.577,77 6.269,84 12,41 1,54 1,66
I.P.I - Outros 13.475,78 12.849,94 -4,64 3,72 3,41
Contribuição para Seguridade Social (Cofins) 92.450,00 93.675,08 1,33 25,52 24,87
Entidades Financeiras 6.776,75 5.890,69 -13,08 1,87 1,56
Demais Empresas 85.673,24 87.784,39 2,46 23,65 23,3
Contribuição para o Pis/Pasep 23.229,26 24.592,84 5,87 6,41 6,53
Entidades Financeiras 1.129,51 1.064,66 -5,74 0,31 0,28
Demais Empresas 22.099,75 23.528,18 6,46 6,1 6,25
Cide - Combustíveis 8.107,59 7.918,27 -2,34 2,24 2,1
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) 6.438,88 6.872,64 6,74 1,78 1,82
Contribuição sobre Movimentação Financeira (CPMF)
30.888,38 32.498,72 5,21 8,53 8,63
Renda 158.979,53 167.615,90 5,43 43,89 44,49
Imposto sobre a Renda (IR) Total 131.304,97 139.115,09 5,95 36,25 36,93
Imposto Renda - Pessoa Física 7.784,70 8.649,62 11,11 2,15 2,3
Imposto Renda - Pessoa Jurídica 54.114,15 56.953,95 5,25 14,94 15,12
Entidades Financeiras 7.726,06 9.324,09 20,68 2,13 2,48
Demais Empresas 46.388,08 47.629,86 2,68 12,81 12,64
Imposto Renda-Retido na Fonte 69.406,12 73.511,52 5,92 19,16 19,51
I.R.R.F - Rendimentos do Trabalho 37.554,54 39.630,00 5,53 10,37 10,52
I.R.R.F - Rendimentos de Capital 20.863,33 21.568,08 3,38 5,76 5,73
I.R.R.F - Remessas para o Exterior 6.484,82 7.537,31 16,23 1,79 2
I.R.R.F - Outros Rendimentos 4.503,43 4.776,13 6,06 1,24 1,27
Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) 27.674,56 28.500,82 2,99 7,64 7,57
Entidades Financeiras 2.653,15 2.989,16 12,66 0,73 0,79
Demais Empresas 25.021,41 25.511,65 1,96 6,91 6,77
Patrimônio 339,38 347,57 2,41 0,09 0,09
Imposto Territorial Rural (ITR) 339,38 347,57 2,41 0,09 0,09
Outros 4.358,39 4.822,94 10,66 1,20 1,28
Contribuições para o Fundaf 322,48 351,60 0,03 0,09 0,09
Outras Receitas Administradas 4.035,91 4.471,34 10,79 1,11 1,19
Total das Receitas Administradas pela SRF 362.248,34 377.055,24 4,09 100,00 100,00
Tabela 2Tributos arrecadados pela Secretaria Receita Federal por Base de Incidência
(Em R$ milhões – a preços de Dezembro de 2006 – IPCA)
Fonte: Secretaria da Receita Federal Elaboração: Departamento de Estudos Técnicos do Unafisco Sindical
22 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
Apesar do aumento expressivo dos lucros dos bancos
– os 10 maiores tiveram um crescimento de 23,87% e o
conjunto do sistema financeiro apresentou aumento de
35,14%, no período de janeiro a setembro de 2006, em
relação ao mesmo período do ano anterior —, a arreca-
dação de tributos desse setor permanece pequena em re-
lação às demais setores da economia. Os dados do Banco
Central revelam que os lucros dos bancos não cessam de
aumentar (tabela 3).
A legislação brasileira permite que os prejuízos de exer-
cícios anteriores sejam deduzidos no momento da apura-
ção do lucro. Essa faculdade legal faz com que se reduza a
base de incidência do IRPJ e da CSLL. O limite legal para
compensar esses prejuízos está limitado a 30% do lucro.
As empresas vinham contestando esse limite na justiça,
sob a alegação de que os prejuízos representam perda de
patrimônio e, sendo assim, esses tributos incidiriam sobre
uma parte que não é lucro, mas sim reposição de patrimônio.
Esse ponto de vista vinha sendo acolhido pela justiça e
muitas empresas; as financeiras, particularmente, – esta-
vam provisionando os recursos equivalentes em seus ba-
lanços, mas não os vinham recolhendo. O Banco do Bra-
sil, por exemplo, vinha compensando integralmente os
prejuízos acumulados do IR e da CSLL, e realizando o de-
pósito judicial integral do montante devido (70% do valor
compensado), até que sua reclamação judicial tenha sen-
tença transitada em julgado.
A partir de setembro de 2005, o Banco do Brasil
consumiu todo o seu estoque de prejuízos passíveis de
serem descontados e o valor dos dois tributos passou
a ser recolhido integralmente à SRF, influenciado o de-
sempenho da arrecadação desses tributos em 2006. Fato
semelhante possivelmente ocorreu com outros bancos,
o que automaticamente levou a um crescimento no re-
colhimento destes tributos, sem que necessariamente
tenha ocorrido aumento na tributação sobre o setor ou
maiores ações de fiscalização.
A participação dos bancos no total das receitas ad-
ministradas pela SRF é pífia, apesar dos lucros extra-
ordinários. As instituições financeiras, apesar do pe-
queno acréscimo no recolhimento de tributos (5,38%,
em termos reais), respondem por apenas 5,11% das re-
ceitas administradas pela SRF. Os tributos que incidem
diretamente sobre a renda dos bancos têm um peso de
somente 3,27% nos tributos recolhidos pela Receita
Federal (tabela 4).
Instituições Financeiras Lucro Líquido Variação
Jan a Set/2005 Jan a Set/2006 %
Banco do Brasil 4.381.368,00 7.138.296,00 62,92
CEF 1.709.861,00 2.633.413,00 54,01
Bradesco 5.257.821,00 4.866.849,00 -7,44
Itau 5.359.759,00 7.229.334,00 34,88
Unibanco 1.778.062,00 1.733.105,00 -2,53
Santander Banespa 1.707.661,00 1.311.428,00 -23,2
ABN Amro 846.635,00 1.254.062,00 48,12
HSBC 590.641,00 678.472,00 14,87
Safra 575.143,00 661.694,00 15,05
Votorantim 692.431,00 858.318,00 23,96
Total 10 maiores 22.899.382,00 28.364.971,00 23,87
Total do SFN 31.850.236,00 43.043.201,00 35,14
Tabela 3Comparativo dos lucros dos bancos: jan-set/2005 a jan-set/2006 (valores nominais em R$ milhões)
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Departamento de Estudos Técnicos do Unafisco Sindical
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 23
A criatividade dos bancos no recolhimento da Cofins e do PIS/Pasep
As instituições financeiras têm aproveitado todas as
brechas legais, inclusive fazendo interpretações próprias
da legislação, para escaparem do seu dever tributário,
mesmo que isto implique postergar o pagamento, usan-
do o expediente do depósito em juízo, como ocorreu em
2005. Se por um lado, os bancos abandonaram algumas
disputas judiciais em torno da tributação sobre lucro, por
outro lado, usam de sua criatividade para reduzir o reco-
lhimento de PIS/Pasep e Cofins. Contribuições essas rele-
vantes para o financiamento da seguridade social brasilei-
ra: assistência social, previdência e saúde.
O comportamento das instituições financeiras resul-
tou em retração no recolhimento dessas contribuições,
em 2006, comparativamente ao ano anterior. Em valores
deflacionados pelo IPCA, ocorreu uma queda na arreca-
dação do PIS (5,74%) e Cofins (13,08%). Isso significa
um recolhimento a menor para os cofres do governo, em
termos reais, de R$ 950,92 milhões comparativamente a
2005. A principal justificativa dada pela Receita Federal é
que algumas instituições deixaram de recolher tais tribu-
tos em novembro de 2005 até outubro de 2006, por meio
de compensação tributária.
Em 1998, diante do agravamento da crise financeira
no Brasil, que nos levou a firmar um acordo com o Fundo
Monetário Internacional (FMI), o governo federal lançou
um “pacote fiscal”, incluindo um conjunto de medidas
visando a aumentar arrecadação e assegurar superávit pri-
mário, em 1999, de R$ 31 bilhões (3,1% PIB). Entre as
muitas medidas anunciadas no “pacote 51” para assegurar
as chamadas “receitas extraordinárias” estava a alteração
da legislação da Contribuição para o PIS/Pasep e da Con-
fins, com a edição da Lei 9.718/98.
Nesse sentido, é importante resgatar a polêmica em
torno da Lei 9.718/98. Essa lei determina que as con-
tribuições para o PIS/Pasep e a Cofins serão calculadas
com base no faturamento das empresas, este entendi-
do como a sua receita bruta, ou seja, todas as receitas
por elas auferidas, independentemente do tipo de ativi-
dade que exerçam ou a classificação contábil que ado-
tem para suas receitas (art. 3º). Entre as modificações
da base tributável da Cofins e do PIS/Pasep, instituídas
por esta lei, destacam-se a majoração da alíquota da Co-
fins de 2% para 3% e a ampliação da base de incidência
dessas contribuições.
A modificação introduzida pela nova lei ampliou a
base de cálculo, a partir de 01/02/1999, em relação à Lei
Complementar 70/1991 e ao previsto à época no inciso
I do art. 195 da Constituição Federal, que estabelecia a
contribuição social sobre o faturamento.
Com a ampliação da base de cálculo, a Cofins e as
contribuições para o PIS/Pasep passaram a incidir sobre
todas as receitas operacionais e não-operacionais das em-
presas, excetuando-se as receitas, rendimentos e ganhos
previstos nos incisos II a IV do §2º do art. 3º da Lei.
Tributos Arrecadados 2005 (a) 2006 (b) Variação % (b)/(a) Participação sobre as Recei-tas Administradas pela SRF
% de 2005 % de 2006
IRPJ 7.726,06 9.324,09 20,68% 2,13% 2,47%
CSLL 2.653,15 2.989,16 12,66% 0,73% 0,79%
Cofins 6.776,75 5.890,69 -13,08% 1,87% 1,56%
PIS-Pasep 1.129,51 1.064,66 -5,74% 0,31% 0,28%
Total 18.285,48 19.268,60 5,38% 5,05% 5,11%
Receitas Administradas pela SRF 362.248,34 377.055,24 4,09% 100,00% 100,00%
Fonte: SRFElaboração: Departamento de Estudos Técnicos do Unafisco Sindical
Tabela 4Arrecadação Tributária das Entidades Financeiras (Em R$ milhões – a preços de Dezembro de 2006 – IPCA)
24 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
O montante de receitas operacionais de uma empre-
sa não financeira é superior ao seu faturamento, pois in-
cluem, além daquelas originadas diretamente pelo objeto
do negócio, outras receitas auferidas por atividades não
relacionadas às atividades-fim da organização, como os ju-
ros e multas cobrados de clientes por atraso no pagamento
de títulos, as receitas financeiras, as receitas de aluguéis
eventuais, as receitas de operações em bolsa de valores, as
receitas de investimentos temporários, os rendimentos de
aplicações financeiras etc.
Somente a partir da Emenda Constitucional 20, de
16 de dezembro de 1998, é que foi alterado o art. 195
da Constituição, ao incluir no inciso I, “b”, a incidência
de contribuições sociais sobre “a receita ou faturamento”.
Portanto, depois de 19 dias de existência da lei ordinária é
que o texto constitucional foi modificado.
A Lei 9.718 não respeitou o art. 110 do Código Tribu-
tário Nacional (CTN), que proíbe a lei tributária de alterar
a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos
e formas de direito privado, utilizados, expressa ou impli-
citamente, pela Constituição Federal. No dia 09/11/2005,
o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou inconstitucional
a modificação da base de cobrança do PIS e da Cofins,
porque, quando foi editada a Lei 9.718, não havia o res-
paldo de nenhuma norma constitucional.
As instituições financeiras, fazendo uma interpretação
própria do acórdão do Supremo Tribunal Federal, enten-
deram que as receitas financeiras, que constituem o grosso
da atividade bancária, não se incluem nas receitas brutas
dos seus serviços e que, portanto, a base de incidência do
PIS/Pasep e da Cofins não as incluiria. A interpretação da
SRF é que a receita dos bancos, base de incidência des-
tes tributos, é a receita operacional bruta e não a receita
financeira. O recurso que deu origem à decisão da Supre-
ma Corte foi impetrado por uma empresa do setor de saú-
de. Portanto, não beneficia os bancos explicitamente.
Com isso, as instituições financeiras reduziram a
base de cálculo das contribuições do PIS e da Cofins,
deduzindo as despesas incorridas nas operações de in-
termediação financeira, as despesas de obrigações por
empréstimos, o deságio na colocação de títulos, as per-
das com títulos de renda fixa e variável e perdas com
ativos financeiros e mercadorias, entre outras despesas.
Assim sendo, a base de cálculo para incidência no reco-
lhimento do PIS e da Cofins, na prática, não é o fatura-
mento e sim o lucro operacional, o que implica redução
da base tributável de até 80%.
IPI: câmbio e desoneraçõesO principal fator conjuntural que interveio a favor do
crescimento da arrecadação total do IPI foi o comporta-
mento da taxa de câmbio. A valorização do real frente ao
dólar impulsionou as importações e contribuiu para os
acréscimos na arrecadação do Imposto sobre Importação e
do IPI vinculado às importações.
O crescimento do IPI vinculado às importações e do
Imposto sobre Importação foi, assim, influenciado pelo
comportamento do setor externo. O dólar americano
iniciou janeiro cotado a R$ 2,337 pelo valor de venda
e ao longo do ano observou tendência decrescente, ter-
minando dezembro a R$ 2,3180. Ao longo do período
esteve apenas durante um breve momento, em maio,
acima desta cotação (R$ 2,3711). A média anual das
cotações diárias foi de R$ 2,177. Esse comportamen-
to da taxa de câmbio contribuiu para um crescimen-
to das importações de 24,18% relativamente a 2005
(US$ 91.394 milhões em 2006 contra US$ 73.599 mi-
lhões em 2005, preços FOB).
A desoneração tributária esteve presente por uma série
de mecanismos que importaram a redução de alíquotas
como forma de estímulos a setores específicos da econo-
mia. As reduções de alíquotas do IPI sobre bens de capital
e sobre insumos da construção civil e de alíquotas do IOF
do seguro de vida somaram R$ 1.440 milhões.
A Lei 11.196, conhecida como “Lei do Bem”, impor-
tou uma série de renúncias em favor de setores como o
de microcomputadores, o de exportação de bens de capi-
tal, o de pesquisas tecnológicas e o de laticínios, somando
As instituições financeiras reduziram a base de cálculo das contribuições do PIS
e da Cofins
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 25
R$ 5.320 milhões. Ao todo, as desonerações somaram
R$ 8.970 milhões, conforme dados da Receita Federal.
O crescimento de 7,72% na arrecadação do IPI sobre
bebidas não é reflexo apenas da arrecadação de débitos em
atraso no montante de R$ 111 milhões, conforme explica-
ção da SRF, mas também reflete a expansão da produção,
das receitas e dos lucros das indústrias.
A produção física de refrigerantes cresceu 4,75% em
2006 relativamente a 2005. Segundo dados da Associa-
ção Brasileira de Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas
Não-Alcoólicas, este foi o segundo melhor desempenho
nos últimos oito anos, superado apenas pelo crescimento
de 5,5% de 2004.
O setor de cervejas, conforme dados do Sindicato Na-
cional das Indústrias de Cervejas, apresentou um cres-
cimento médio anual do seu faturamento de 11,75% no
período de 1998 a 2005. Segundo esta mesma entidade,
o crescimento da produção física esperado para 2006 é de
5% em relação a 2005, amparado, do lado interno, pela
melhoria da renda e devido à Copa do Mundo, e do lado
externo devido à desvalorização do dólar, já que 70% dos
insumos são importados.
Segundo a representação da indústria cervejeira, o
crescimento da demanda também pressionou os preços.
A AmBev, maior produtora individual de bebidas, apre-
sentou, nos três primeiros trimestres de 2006, um cresci-
mento de 10,9% em suas receitas líquidas e de 21,8% no
seu lucro líquido, comparativamente a igual período de
2005. Embora a produção nacional de autoveículos tenha
crescido, segundo a Associação Nacional de Veículos Auto-
motores (Anfavea), 3,17% em relação a 2005, o desempe-
nho do IPI sobre automóveis beneficiou-se da expansão de
12,65% nas vendas para o atacado no mercado interno.
De acordo com o IBGE, o comércio de combustíveis
e lubrificantes teve um crescimento nominal de vendas,
entre janeiro e novembro de 2006, de 3,31%. O balanço
da Petrobras, a maior produtora de combustíveis no Brasil,
apontou um crescimento de 22,3% dos seus lucros em
dólares no ano de 2006.
A redução para zero das alíquotas do IPI sobre bens
de capital (Decretos 5.468, 5.552 e 5.618 de 2005) e
insumos da construção civil (Decreto 5.697/06) contri-
buiu para a queda de 4,16% na arrecadação no IPI sobre
outros produtos. No que diz respeito à indústria da cons-
trução, os indicadores da Câmara Brasileira da Indústria
da Construção mostram que, entre outros fatores, esta
renúncia fiscal pode ter contribuído para a melhora do
desempenho setorial. Nos primeiros dez meses de 2006,
houve um crescimento de 5,05% no consumo de insu-
mos típicos da construção civil, contra um crescimento
de 0,42% em igual período de 2005.
Outros indicadores da construção civil tiveram me-
lhor desempenho entre janeiro e outubro de 2006: con-
sumo nacional de cimento (+ 9,14%); unidades residen-
ciais vendidas (+ 9,51%) e absorção de mão-de-obra
(saldo de 132.132 trabalhadores). No mesmo período de
2005, estes indicadores foram os seguintes, respectiva-
mente: 3,31%; 7,51% e saldo de 118.906 trabalhadores
absorvidos pela indústria da construção. Efeito seme-
lhante ocorreu com a indústria de bens de capital, que
até novembro de 2006 acumulou um crescimento anual
de 5,7%, contra uma alta de 3,6% no ano de 2005.
A renúncia a favor da renda do capitalUm dos destaques da arrecadação da SRF em 2006
foi o Imposto de Renda Retido na Fonte - Remessas ao
Exterior, que cresceu 16,23% em termos reais. Esse de-
sempenho é devido ao imposto de renda recolhido sobre
as remessas de juros remuneratórios sobre o capital pró-
prio, particularmente o valor de R$ 385 milhões recolhi-
do em outubro/2006.
A remuneração dos juros de capital próprio é um me-
canismo para reduzir o lucro tributável, instituído pela Lei
9.249/95, artigo 9º, que permite às pessoas jurídicas tri-
butadas pelo lucro real deduzir como despesa essa remu-
neração para fins de apuração do IRPJ e da CSLL. Trata-se,
na verdade, de uma despesa fictícia.
26 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
A opção de remessa de juros sobre capital próprio
para o exterior é feita pelas empresas estrangeiras domi-
ciliadas no país ou por empresas brasileiras com sócio
no exterior, que aproveitam o câmbio apreciado para
enviar recursos para fora do país. O elevado lucro de
determinados setores econômicos no ano passado in-
fluenciou no resultado da arrecadação tributária de ju-
ros sobre capital próprio.
As grandes empresas são favorecidas pela legislação, que,
ao autorizar a dedução de juros sobre o capital, permite a
diminuição destes tributos, constituindo alternativa adota-
da pelas empresas, hoje, para a distribuição de lucros.
Os juros sobre o capital próprio estão sujeitos à inci-
dência do Imposto de Renda na fonte à alíquota de 15%,
na data do pagamento ou crédito. É injusta a tributação
exclusiva na fonte dessa renda porque o rendimento do
capital acaba não sendo submetido à tributação progressi-
va, mas apenas à proporcionalidade, o que fere os princí-
pios da igualdade e da progressividade estabelecidos pela
Constituição Brasileira de 1988.
O Estado brasileiro, ao longo dos últimos anos, vem
praticando uma renúncia fiscal a favor da renda do capi-
tal, ao criar um mecanismo único no mundo que é a pos-
sibilidade de remunerar com juros o capital próprio das
empresas, reduzindo-lhes o Imposto de Renda e a CSLL.
Estima-se que as pessoas jurídicas distribuíram a título de
juros sobre capital próprio cerca de R$ 22 bilhões. Isso
significa que, em 2006, a renúncia de receitas tributárias
(IRPJ e CSLL) em função do mecanismo de juros sobre
capital próprio foi de R$ 4,2 bilhões.
Compõem, ainda, os privilégios concedidos ao grande
capital, especialmente aos bancos, a isenção de imposto de
renda na remessa de lucros e dividendos ao exterior (art.
10, Lei 9.249/1995). De acordo com os dados do Ban-
co Central, as remessas líquidas de lucros e dividendos
para o exterior, no período de janeiro a novembro de
2006, atingiu US$ 7,590 bilhões.
A tributação dos trabalhadoresA arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte
(IRRF) sobre os Rendimentos do Trabalho alcançou o mon-
tante de R$ 39,6 bilhões, um aumento real de 5,5%. Esse
desempenho superou o crescimento real médio da massa sa-
larial, no período de janeiro a dezembro de 2006, de 5,04%
em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme
dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE.
Convém lembrar o posicionamento da SRF contra o
reajuste de 8% na tabela do IR para 2006 alegando uma
“perda de arrecadação” de R$ 2,1 bilhões. Na prática, em
2006, a arrecadação do Imposto de Renda sobre a renda
do trabalho cresceu R$ 2,1 bilhões, já descontada a infla-
ção do período, representando 10,5% das receitas admi-
nistradas pela SRF (ver tabela 2).
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) tam-
bém reafirmou, entre as suas medidas, o reajuste anual de
4,5%, no período de 2007-2010, das faixas de rendimento
do imposto de renda pessoa física e elevação, no mesmo
percentual, dos limites de dedução com despesas de edu-
cação e com dependentes. Essa medida é importante para
manter a tabela do IR aos níveis financeiros de 2007, e sua
conseqüência é o aumento da renda disponível das famí-
lias, que poderá ser destinada ao consumo.
Mas cabe lembrar que a projeção da inflação feita no
PAC é de 4,5% ao ano no período de 2007 a 2010, acima
da expectativa do Banco Central para 2007 e 2008. Isto
significa que a tabela do IR permanecerá com um resíduo
inflacionário de 50,57%. A maior parte desse resíduo in-
flacionário decorre do congelamento da tabela do Imposto
de Renda no período de 1996 a 2001 (39,52%), restando
7,92% dos últimos quatro anos.
O Estado brasileiro vem praticando uma renúncia fiscal a favor da renda do capital.
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 27
A nova gestão pública: os valores de mercado se sobrepondo à ética e aos princípios públicos
Fátima Gondim Farias1
A implantação da denominada nova gestão pública
na administração pública do Brasil veio ampara-
da no “pensamento único” ditado para os países
da América Latina por meio do chamado Consenso de
Washington. Um Consenso construído de fora para dentro
do país, com os seguintes objetivos básicos: drástica redu-
ção do Estado, corrosão do conceito de Nação e a abertura
indiscriminada de nossas fronteiras, tanto comercialmente
como à entrada de capitais de risco.
A tentativa de implantação de uma nova gestão no
serviço público brasileiro está inserida no contexto das
alterações no âmbito da Reforma do Estado, sob a égide
da hegemonia dos princípios neoliberais2. Nos países da
América Latina, em geral, essas mudanças foram imple-
mentadas sem muita resistência por governos seguidores
do “pensamento único” e a Secretaria da Receita Federal
(SRF), como órgão integrante da administração pública
brasileira, não ficou imune a essas mudanças.
Na esteira da redução do Estado, várias políticas fo-
ram implementadas visando a mudanças de paradigma
na administração pública, saindo do modelo burocrático
para o modelo gerencial3. A ladainha da necessidade de
nova roupagem no serviço público, de forma a torná-lo
eficiente, apresenta-se embalada pelo governo, no argu-
mento do déficit de legitimidade das administrações pú-
blicas brasileiras. Assim, sem uma orientação mais clara de
como melhorar o serviço público, de forma a adequá-lo às
mudanças técnicas e às expectativas dos usuários, o gover-
no entrou de cabeça nas novas concepções do Estado na
modernidade, acarretando conflitos entre as concepções
limitadoras do Direito Administrativo e o grau de liberda-
de requerido na busca da eficiência.
1. Economista, Auditora-Fiscal da Secretaria da Receita Federal.
2. RAMIÓ MATAS, Carles. “Los problemas de la implantación de la nueva gestión pública en las administraciones públicas latinas: modelo de Estado y cultura institucio-nal”. Reforma y Democracia: Revista del CLAD, Caracas, nº. 21, p. 1-24, oct. 2001.
3. Dentro da chamada nova gestão pública o autor destaca duas correntes: a neopública e a neo-empresarial. No Brasil, como nos demais países da América latina prevalece a corrente neo-empresarial (também denominada de gerencial), conforme RAMIÓ MATAS, obra citada.
Margarit R
alev
28 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
A SRF, na última década, sentiu profundamente as for-
tes investidas da política de enxugamento do Estado e a
conseqüente tentativa de desmontá-lo e reconstruí-lo com
base no enfoque de mercado4.
Sob o argumento de tornar o órgão moderno e adequa-
do às mudanças na economia, aos poucos fomos perceben-
do alterações na cultura da organização: tentativa de tratar
o contribuinte como um cliente; as chefias vistas como
“gerentes”; remuneração atrelada a gratificações mensu-
radas por meio de avaliações de desempenho; ênfase na
eficiência em detrimento da segurança jurídica; política
tributária voltada para expandir a arrecadação com pou-
ca preocupação na assimetria fiscal. Mudar o paradigma
da coisa pública, ao copiar procedimentos da res privada,
propicia melhoria na qualidade dos serviços prestados à
sociedade? Até que ponto esses modelos com parâmetros
de mercado nos distancia ainda mais da almejada justiça
fiscal, ao deteriorar o espírito do serviço público?
O objetivo básico deste artigo é apresentar e analisar
alguns dos problemas da implantação dessa cultura neo-
empresarial na SRF e suas repercussões na sociedade e nas
atividades desempenhadas pelo Auditor-Fiscal da Receita
Federal (AFRF).
Os paradigmas de administração públicaO que o Brasil tenta trazer para nossa administração
pública são modelos de reformas adotadas pelo conjunto
de países desenvolvidos (Reino Unido, Estados Unidos,
Austrália, Nova Zelândia e Canadá), que têm uma tradi-
ção administrativa geralmente denominada de “anglo-sa-
xônica”5. Aliás, desde a década de 30, o Brasil serve de
laboratório para teste de novas figuras jurídicas e desenhos
institucionais implementados com vistas a dotar o Estado
de mecanismos gerenciais6.
As profundas e largas diferenças na tradição ad-
ministrativa dos “países latinos” em relação ao bloco
“anglo-saxão” são as causas dos principais problemas e
fracassos da implantação dessa nova gestão pública nos
países da América Latina7.
Tinham razão os autores quando alertavam que a apli-
cação prematura de métodos modernos de reforma na
América Latina poderia condená-los ao fracasso. Basta
lembrar a situação de países do Cone Sul que seguiram o
receituário: precarização do serviço público, administra-
ções tributárias destruídas e baseadas quase que totalmen-
te no Imposto sobre Valor Agregado (IVA), aduanas fragi-
lizadas e submetidas ao controle de empresas terceirizadas
(inclusive empresas de certificação).
A corrente neo-empresarial tem as seguintes característi-
cas: colocam ênfase na economia, na eficácia e eficiência do
aparelho público e propõem o cidadão como um cliente8.
Vejamos como essas características podem ser observa-
das na SRF e algumas de suas conseqüências.
A cultura neo-empresarial na SRFApós 1995, os primeiros passos para implantação de
uma cultura neo-empresarial na SRF vieram junto com as
orientações do Banco Mundial para a SRF, relacionadas
na tese VIII Congresso Nacional dos Auditores-Fiscais da
Receita Federal (Conaf) – A SRF do FMI9. Dentre outras
orientações, destacamos:
4. Exatamente por ser o mercado o centro ordenador da nova realidade, uma série de alterações se passa no campo ético. O processo de globalização neoliberal decorre dessa nova ordem, e o papel do Estado, bem como das instituições que o constituem, sofrem atentados constantes no sentido de instaurar-se um “Estado-mínimo”, autoritário e clientelista.
5. RAMIÓ MATAS, obra citada.
6. SANTOS, Luiz Alberto. Agencificação, Publicização, Contratualização e Controle Social. Brasília: DIAP,2000.
7. Segundo SHEPHERD, Geoffrey; VALENCIA, Sofia. Modernizando a administração pública na América Latina: problemas comuns sem soluções fáceis. Revista do Serviço Público, v. 120, n. 3, p. 103-128, set./ dez. 1996. Para os autores, os modelos imitados nem chegaram a ser testados nas nações mais avançadas para se afirmar que o diagnóstico esteja correto.
8. RAMIÓ MATAS, obra citada.
9. AMADEI NETO, Alberto. A SRF DO FMI: a tentativa de desconstrução neoliberal da SRF na era FHC-Collor.Uma bomba de efeito retardado foi reativada 2002. Cadernos de Teses do VIII Conaf, Belo Horizonte, 13 a 19 de outubro de 2002.
Desde a década de 30 o Brasil
serve de laboratório de novas figuras
jurídicas
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 29
1) o princípio da eficiência se sobrepondo ao princípio
da eqüidade fiscal: a ênfase na arrecadação mais fácil de
ser recolhida, mesmo que mais injusta;
2) a tributação moldada para garantir o livre fluxo do
capital e atrair o capital externo via desoneração tributária,
com aumento da tributação indireta;
3) avaliação de desempenho com base em metas de
produtividade, quebra da estabilidade e da paridade, ten-
tativa de transferência das atribuições dos AFRFs para o
órgão, autonomia da SRF, contrato de gestão, mandado de
procedimento fiscal, fiscalização focada.
A eficiência arrecadatória se sobrepondo à justiça fiscal
De todas as alterações na linha da visão neo-empresarial,
a mais significativa e que serviu de base para todas as demais
foi, sem dúvida, a substituição dos princípios que norteavam
o sistema tributário e a administração tributária, tais como os
princípios da eqüidade e da justiça fiscal, por valores como
eficiência econômica e suficiência de arrecadação.
A substituição de princípios que embalam o espírito
público por valores de mercado reflete-se claramente na
busca insaciável pela arrecadação fácil para cumprir metas
fiscais. Os recordes de arrecadação que garantiram os su-
perávits primários foram calcados nessa ótica.
O compromisso acordado pelo governo brasileiro por
meio do ajuste fiscal de 1998 desencadeou uma crescente
pressão tributária do Estado, no sentido de ampliar a ar-
recadação, pela incapacidade de controlar seus gastos. E o
sistema tributário com todas as suas deficiências e distor-
ções, permitiu recordes de arrecadação, que colocaram o
Brasil no patamar de carga tributária dos países do G-7.
Ou seja, o sistema é deficiente, mas garante os recur-
sos necessários ao Estado. A carga tributária cresce, mes-
mo com o elevado nível de evasão fiscal resultante de
uma máquina tributária submetida a restrições de toda
espécie e fragilizada pela política de enfraquecimento
do Estado nacional. Como isso ocorre? Segundo Pau-
lo Nogueira Batista Jr.10, trata-se de um ciclo vicioso no
qual o aumento de carga tributária em períodos de baixa
atividade econômica leva os agentes econômicos a fugir
da incidência tributária. À medida que o risco da puni-
ção diminui, pela baixa probabilidade em ser fiscaliza-
do, a propensão a descumprir as normas tributárias au-
menta. Assim, o aumento de carga passa paulatinamente
a ser assumido por tributos de arrecadação fácil e por
segmentos da sociedade sobre os quais o Fisco exerce
maior poder de fiscalização.
O que ocorre quando a missão da SRF fica restrita à
obrigação maior de arrecadar a qualquer custo? Via de
regra o trabalho investigativo profundo e que tem uma
amplitude que vai além do resultado imediato de arreca-
dar, mas que visa também a coibir a fraude e combater a
sonegação, é substituído por um trabalho massivo e foca-
do (mais superficial) cujo resultado é mais rápido, porém
parcial. Como o trabalho superficial e focado exige me-
nos do ímpeto fiscal (aprofundamento, conhecimento e
dedicação do AFRF), cada vez mais nossas atividades são
desvalorizadas com o apoio solene do “cumprir metas” e
“fazer relatórios” para compor as estatísticas de eficiência
econômica e suficiência de arrecadação.
Essa política fiscal (comandada por organismos interna-
cionais) de buscar a arrecadação fácil para cumprir metas
fiscais teve como resultado a geração de sérias distorções na
10. BATISTA JÚNIOR, Paulo Nogueira. A economia como ela é. São Paulo: Boitempo Editorial, 2000.
30 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
economia brasileira, além da penalização dos trabalhadores
assalariados e da classe média, que precisam gastar todo ou
quase todo o seu salário com a sobrevivência.
A ênfase na economia e na eficácia da administração tributária
Outra resultante dessa cultura neo-empresarial foi o re-
desenho da legislação tributária para beneficiar o processo
de mundialização do capital financeiro. Muitas teses em
Conafs anteriores já indicaram a desoneração e o trata-
mento preferencial conferido ao grande capital por nosso
modelo tributário11.
Ao entregar a condução de nossa política econômica aos
credores internacionais, o Brasil tornou-se um dependente
dos investimentos externos. Toda a nação foi subjugada a
essa política nefasta. A política tributária foi duplamente
importante para garantir a economia viciada em capitais
externos (espertos e voláteis). Primeiro, porque era preci-
so atraí-los a desembarcar em nossas praias, mesmo que
por poucas horas, e para isso se despiu de qualquer ônus
tributário. Alíquota zero para o capital transitar livre, leve
e solto pelo mundo. Nos manuais, os letreiros pareciam
dizer: venham, apliquem! Não existe tributo do lado de baixo
do Equador, venham fazer um investimento rasgado, suado a
todo vapor. E eles vieram. E até hoje ameaçam bater em
retirada caso o mimo fiscal seja afastado. Mas o segundo
passo era mais difícil: aumentar a arrecadação para pagar o
vício da dependência. Como reduzir a tributação do gran-
de capital e ao mesmo tempo fazer crescer a arrecadação
em uma economia debilitada? A tributação invisível foi a
saída. A tributação sobre o consumo, que atinge sobre-
tudo o “Brasil de baixo”, foi ampliada consideravelmen-
te. Trabalho recente do Unafisco12 destaca que, de 1997
a 2006, o crescimento da carga tributária federal sobre o
consumo, descontada a inflação pelo IPCA, foi de 89%. A
Cofins evoluiu 158% e a CPMF, 211,5%. Além disso, foi
congelada a tabela do IR (confisco dos salários), na linha
da tributação com baixo custo de arrecadação. Até hoje,
a tabela foi corrigida somente em 8%, muito aquém do
reajuste necessário de 45,98%. E assim foram construídos
os recordes de arrecadação com o aumento da tributação
sobre a classe assalariada (alíquota de 25% para 27,5% do
IRPF, o congelamento da Tabela do IR) e sobre o consumo
(elevação das alíquotas de Cofins, PIS e CPMF), além do
ingresso de algumas receitas extraordinárias.
Em contrapartida ao sacrifício desse segmento da socie-
dade, foram criados os Programas de Recuperação Fiscal
(Refis), Parcelamento Especial (PAES) e Parcelamento Ex-
cepcional (PAEX), que beneficiaram, sobretudo, as grandes
empresas. Além de um tratamento preferencial ao grande
capital: redução da alíquota do IRPJ de 25% para 15% para
as instituições financeiras; redução da adicional do adicio-
nal do IRPJ de 12% e 18% para 10% (Lei 9.249/95, art.
3o e Lei 8.981/95, art. 39); redução da alíquota de CSLL
de 30% para 8%, depois elevada para 9% (MP 1.807/99);
redução da base de cálculo do IRPJ e CSLL ao permitir a
dedução de remuneração de juros sobre o capital próprio
(Lei 9.249/95 art. 9); isenção de imposto de renda da re-
messa de lucros e dividendos ao exterior (Lei 9.249/95 art.
10); desoneração dos fundos de pensão, entre outros.
O tratamento preferencial ao grande capital não passa
despercebido pelos economistas mais atentos. Paulo No-
gueira ressalta em artigo que trata do poder dos bancos
no Brasil (FSP, 17/08/06, p. B2): “A influência dos ban-
cos se estende para outros segmentos do Poder Executi-
vo, como Ministério da Fazenda. Com freqüência, essas
instituições conseguem obter tratamento tributário
leniente e concessões de outros tipos”.
11. FARIAS, Fátima et al. A Receita do Brasil I – os instrumentos fundamentais para uma administração tributária voltada para justiça fiscal. Cadernos de Teses do VII Conaf, Rio de Janeiro, 12 a 18 de novembro de 2000. FARIAS, Fátima et al. Receita do Brasil II – da análise do desmonte ao projeto de reformulação. Cadernos de Teses do VII Conaf, Rio de Janeiro, 12 a 18 de novembro de 2000.
12. UNAFISCO SINDICAL. Tributação sobre o Consumo é Recorde no 1º quadrimestre. Brasília: Unafisco Sindical, maio de 2006.
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 31
O custo social e fiscal desse modelo é altíssimo e tem
forte impacto sobre nossa atividade. Cada vez mais o país
necessita de maiores arrecadações que são buscadas por
meio de novas incidências tributárias ou de alguma receita
extraordinária. O “combate à sonegação” tem sido subs-
tituído pela “tributação consentida”. E a “recuperação do
crédito tributário lançado” basicamente se resume aos Re-
fis, que, além de pouco recuperar do crédito tributário lan-
çado, desmoraliza o trabalho fiscal. Com isso, a SRF perde
a credibilidade como órgão responsável pela execução do
sistema tributário e o AFRF se desvaloriza e perde força
porque se torna cada vez menos necessário nesse modelo.
Contribuinte não é ClienteA cultura neo-empresarial concebe o relacionamen-
to entre o serviço público e a sociedade dentro de uma
visão contratualista em que o Estado sai do seu papel
clássico e se transforma em um mero instrumento de
captação de recursos para transformá-los em prestação
de serviços aos cidadãos13.
Entretanto, o contrato não é fundamento do Estado,
uma vez que o contrato pode ser rompido por uma das
partes, mas um cidadão jamais pode romper o vínculo éti-
co-político; a vontade do Estado não é comum, mas uni-
versal, porque visa ao interesse geral e a ele pode e deve
sacrificar-se o interesse particular. Os sacrifícios que o Es-
tado pode exigir do particular para que o interesse geral
seja satisfeito não podem ser objeto de contrato algum.
Reduzir o contribuinte à condição de cliente não é
uma mera substituição de sinônimos para galgarmos o
mundo da modernidade nas organizações. Trata-se de um
retrocesso. Os contribuintes cidadãos são muito mais do
que clientes do serviço público. O cliente é o indivíduo
em relação contratual com outro interesse privado. O con-
tribuinte representa o interesse coletivo que recolhe seus
impostos para garantir que o interesse geral seja satisfeito
mediante os recursos arrecadados.
O zelo pela res pública e as dificuldades em manter
um atendimento de qualidade muitas vezes ocasionavam
ao indivíduo/contribuinte um transtorno ao não conse-
guir resolver seus problemas com o Fisco. Isso porque,
acima de tudo, estava a segurança jurídica do ato prati-
cado. Com os ventos da cultura neo-empresarial no setor
público, houve uma inversão das prioridades. Em vez de
aprimorar o atendimento por meio de melhores controles,
tentou-se resolver o problema do contribuinte atendendo
a sua demanda imediata e deixando para depois a seguran-
ça jurídica do ato praticado. Esse “deixando para depois”
em uma conjuntura de enxugamento do Estado represen-
ta muitas vezes a perda de recursos públicos. O exemplo
mais claro disso são as Perd/Comp. Milhares de pedidos
de compensação podem ser homologados tacitamente sem
a segurança de que os créditos informados pelo contri-
buinte procedem de fato e de direito. A questão é até que
ponto o interesse particular pode se sobrepor ao interesse
público. É claro que o pedido do contribuinte deve ser
apreciado e, por isso, a Administração deve reunir todas as
condições para atendê-lo. Mas não se pode imaginar que
galgamos um patamar mais elevado como serviço público
pelo fato de estarmos mais ágeis na solução de problemas
dos grandes contribuintes. Avanço seria se conseguísse-
mos resolver com segurança e presteza todas as demandas
dos contribuintes, não só as de compensação. Resolver só
o lado do contribuinte sem cuidar dos recursos públicos
não coloca a SRF no patamar das organizações mais mo-
dernas. Afinal, no serviço público não funciona a máxima
“o cliente tem sempre razão”, pois o interesse público deve
permear a relação Fisco x contribuinte.
Outras distorções da cultura neo-empresarial
A imitação da gestão privada na administração pú-
blica14, segundo Ramió Matas, é um equívoco de graves
proporções, por duas razões. Por um lado, o serviço pú-
blico tem aspectos que são diferenciados da gestão pri-
vada; por outro, a teoria da gestão privada é uma ciência
imatura, cujas prescrições são conjunturais e com ele-
vada margem de erro. Empresas tidas como excelentes,
premiadas com ISO 9000 e toda seqüência de modismos
que surgiu, em pouco tempo deixaram de sê-lo, algumas
desabaram ao toque de fraudes (como o caso da Enron
Creditors Recovery Corporation). É, pois, uma temeridade
13. RAMIÓ MATAS, obra citada.
14. Idem.
32 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
realizar treinamentos para “gerentes” no serviço público,
baseados em “modelitos” da iniciativa privada, sem uma
leitura crítica da imaturidade dessas orientações. Afinal,
a empresa privada pode ter vida efêmera, mas o serviço
público, não!
Também, na visão neo-empresarial, muitas vezes se
confundem os fins com os meios ao considerar os atos
modernizadores e indicadores como fins em si mesmo. O
que são meios? Mudança de organograma (fusão dos fis-
cos), declarações via internet, smart-card, certificação digi-
tal, etc., refletem uma organização mais moderna?
E, mesmo nos meios, estamos longe da modernidade.
Gratificações com base em avaliações de desempenho e
ponto eletrônico, por exemplo, estão na contramão da
administração moderna. Várias teses do VIII Conaf já
abordaram esse aspecto, tais como: “Um Praga das Or-
ganizações (avaliações de desempenho individual)”15 e
“Psicopatas Coorporativos (comportamento das chefias
nos órgãos públicos)”16.
Outra distorção da visão neo-empresarial, segundo o
mesmo autor, é que se tende a formular objetivos e atos
públicos sem compromissos concretos, que são de difícil
verificação por parte da sociedade. No episódio da fusão
dos Fiscos, podemos constatar exatamente esse aspecto.
Todos os motivos que justificam essa fusão não foram
apresentados à sociedade, quiçá nem existam ainda os
estudos que justifiquem tamanha modificação na admi-
nistração pública brasileira.
ConclusãoNão há dúvida de que os valores e a ética públicos
estão em franca desvantagem em nossa organização. Os
valores que balizaram durante anos a SRF, tais como justi-
ça fiscal, eqüidade, progressividade (antes da arrecadação a
justa tributação), hoje não fazem parte sequer do discurso
e dos documentos institucionais. Os valores neo-empresa-
riais não são assumidos dentro da organização, mas eles
se instalam por meio da implementação de certas técnicas
e receitas (“arrecadação consentida”, remuneração vincu-
lada à produtividade, contribuinte tratado como cliente
etc.). Aos poucos, esses novos valores, muito mais pobres
que os valores públicos do ponto de vista conceitual, são
assumidos consciente ou inconscientemente pela organi-
zação. Já os valores e ética públicos, é necessário primeiro
serem interiorizados e ainda ter de “segurar a onda” dos
inconvenientes de administrar com todas as imposições
da moral pública, em um mundo em que a crise do espí-
rito público é geral. Não por outra razão os modismos da
gestão neo-empresarial seduzem com muita facilidade em
nossa administração.
A questão é que papel está reservado ao AFRF dentro
da SRF hoje? Se por um lado a introdução desses valores
neo-empresariais na SRF não nos tornou mais eficazes e
eficientes, por outro, a deterioração do órgão frente aos va-
lores e ética públicos corre junto com a desvalorização do
trabalho fiscal mais virtuoso e, conseqüentemente, mais
bem remunerado.
Temos de fazer um esforço para cultuar e propagar
a ética e os valores públicos modernos que visem a uma
nova cultura na SRF. E devemos fazer isso o quanto an-
tes aproveitando que os valores neo-empresariais, apesar
de sedutores, são frágeis, recentes e têm se mostrado tão
danosos à sociedade, à SRF e ao seu quadro técnico.
Por isso a revalorização da categoria AFRF e da SRF,
e por uma remuneração digna, devem estar presentes a
revitalização de valores públicos tais como:
1) integridade e lealdade institucional (anfíbios são a
deslealdade em essência);
15. NOBRE, Ernesto. Uma praga das organizações. Cadernos de Teses do VIII Conaf, Belo Horizonte, 13 a 19 de outubro de 2002.
16. AMADEI NETO, Alberto. Psicopatas corporativos. Cadernos de Teses do VIII Conaf, Belo Horizonte, 13 a 19 de outubro de 2002.
Temos de nos esforçar para propagar a ética e
os valores públicos modernos
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 33
AMADEI NETO, Alberto. A SRF DO FMI: a tentativa
de desconstrução neoliberal da SRF na era FHC-Collor.
Uma bomba de efeito retardado foi reativada 2002.
Cadernos de Teses do VIII Conaf, Belo Horizonte, 13 a 19
de outubro de 2002.
AMADEI NETO, Alberto. Psicopatas corporativos. Cader-
nos de Teses do VIII Conaf, Belo Horizonte, 13 a 19 de
outubro de 2002.
BATISTA JÚNIOR, Paulo Nogueira. A economia como ela
é. São Paulo: Boitempo Editorial, 2000.
FARIAS, Fátima et al. A Receita do Brasil I – os instru-
mentos fundamentais para uma administração tributária
voltada para justiça fiscal. Cadernos de Teses do VII Conaf,
Rio de Janeiro, 12 a 18 de novembro de 2000.
FARIAS, Fátima et al. Receita do Brasil II – da análise do
desmonte ao projeto de reformulação. Cadernos de Teses do
VII Conaf, Rio de Janeiro, 12 a 18 de novembro de 2000.
NOBRE, Ernesto. Uma praga das organizações. Cader-
nos de Teses do VIII Conaf, Belo Horizonte, 13 a 19 de
outubro de 2002.
RAMIÓ MATAS, Carles. “Los problemas de la implanta-
ción de la nueva gestión pública en las administraciones
públicas latinas: modelo de Estado y cultura institucio-
nal”. Reforma y Democracia: Revista del CLAD, Caracas,
nº. 21, p. 1-24, oct. 2001.
SANTOS, Luiz Alberto. Agencificação, Publicização, Con-
tratualização e Controle Social. Brasília: DIAP, 2000.
SHEPHERD, Geoffrey; VALENCIA, Sofia. Modernizando
a administração pública na América Latina: problemas
comuns sem soluções fáceis. Revista do Serviço Público,
v. 120, n. 3, p. 103-128, set./ dez. 1996.
UNAFISCO SINDICAL. Tributação sobre o Consumo é
Recorde no 1º quadrimestre. Brasília: Unafisco Sindical,
maio de 2006.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
2) objetividade e independência (principalmente em
relação ao poder político e econômico);
3) competência profissional (a arrecadação deve ser
buscada de forma justa e não de forma consentida; con-
sentimento é tratamento para cliente, não para contribuin-
te; AFRFs bem treinados e remunerados com dignidade);
4) sigilo e respeito aos contribuintes e ao quadro técnico.
Antes de implantar modelos não testados de países
com características completamente distintas da nossa,
nosso país deve definir o papel do Estado diante da Ordem
Constitucional vigente para, aí sim, discutir como devem
ser moldadas as instituições públicas que vão dar respaldo
a esse Estado. No nosso caso, por não existir essa discus-
são com a sociedade, e já estarmos copiando modelos de
países que têm definido o papel do Estado, estamos por
fim decidindo o modelo de Estado por meio da mudan-
ça na gestão das instituições públicas. Isso significa que é
muito importante impedirmos a disseminação da cultura
neo-empresarial na administração pública brasileira, para
que possamos continuar na luta por um Estado moldado
nos rumos da ética e dos valores públicos.
34 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
Fotos: Joana Franca
UESTÕES POLÊMICAS DE DIREITO TRIBUTÁRIOqAnálise do Acórdão CSRF/01-05.376, de 06/12/2006
IRPJ – MULTA ISOLADA – FALTA DE PAGAMENTO DO IRPJ COM BASE NO LUCRO ESTIMADO
Número do Recurso:
103-132351
Turma: PRIMEIRA TURMA
Número do Processo:
13411.000344/2001-18
Tipo do Recurso: RECURSO DO PROCURADOR
Matéria: IRPJ E OUTROS
Recorrente: FAZENDA NACIONAL
Interessado(a): GRANDE RIO VEÍCULOS LTDA.
Data da Sessão: 12/6/05 15:30
Relator(a): José Clóvis Alves
Acórdão: CSRF/01-05.376
Decisão: NPM - NEGADO PROVIMENTO POR MAIORIA
Texto da Decisão: Por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso. Vencidos os Conselheiros José Henrique Longo e Manoel Antonio Gadelha Dias que deram provi-mento ao recurso.
Ementa: IRPJ – MULTA ISOLADA – FALTA DE PAGAMENTO DO IRPJ COM BASE NO LUCRO ESTIMADO – A regra é o pagamento com base no lucro real no trimestre, a exceção é a opção feita pelo contribuinte de recolhimento do IRPJ e adicional determinados sobre base de cálculo estimada. A Pessoa Jurídica somente poderá suspender ou reduzir do IRPJ devido a partir do segundo mês do ano calendário, desde que demonstre, através de balanços ou balancetes mensais, que o valor acumulado já pago excede o valor do imposto, inclusive adicional, calculados com base no lucro líquido do período em curso (Lei nº 8.981/95, art. 35 c/c art. 2º Lei nº 9.430/96).
A falta de recolhimento está sujeita às multas de 75% ou 150%, quando o contribuinte não demonstra ser indevido o valor do IRPJ do mês em virtude de recolhimentos excedentes em períodos anteriores (Lei nº 9.430/96 44 § 1º inciso IV c/c art. 2º).
A base de cálculo da multa é o valor do IRPJ calculado sobre lucro estimado não recolhido ou diferença entre a devido e o recolhido até a apuração do imposto anual. A partir da apuração do IRPJ anual, o limite para a base de cálculo da sanção é o IRPJ devido com base nesse lucro (Lei nº 9.430/96 art. 44 caput c/c § 1º inciso IV e Lei 8.981/95 art. 35 § 1º letra “b”).
A multa pode ser aplicada tanto dentro do ano calendário a que se referem os fatos geradores, como nos anos subseqüentes dentro do período decadencial contado dos fatos geradores.
Indevida a multa quando lançada após o ano relativo aos fatos geradores quando a empresa não tenha apurado imposto ou contribuição na apuração anual.
Recurso especial negado.
1. Auditor-fiscal da Receita Federal de Fortaleza-CE.
Luíz Gonzaga Medeiros Nóbrega1
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 35
O acórdão acima se insere em uma nítida tendência
observada nos últimos anos pela jurisprudência
dos Conselhos de Contribuintes e da Câmara Su-
perior de Recursos Fiscais (CSRF), de prolatar julgados que,
flagrantemente, vão de encontro ao texto da lei, utilizando-
se de certos malabarismos para contornar a proibição legal e
regimental de deixar de dar validade a atos regularmente
postos no ordenamento jurídico nacional.
Aqui, o eminente relator do julgado conclui, literal-
mente, na ementa, ser indevida a multa isolada por falta e/
ou insuficiência de recolhimento do IRPJ devido em bases
estimadas (entendimento extensivo à CSLL), quando o su-
jeito passivo não tenha apurado imposto ou contribuição
no período anual correspondente ao ano-calendário.
O lançamento que foi objeto do julgamento foi efetu-
ado na vigência da redação original do artigo 44, incisos I
e II, do caput, e inciso IV, do parágrafo 1º, da Lei nº 9.430,
de 1996, com o seguinte teor:
“Art. 44. Nos casos de lançamento de ofício, serão
aplicadas as seguintes multas, calculadas sobre a totali-
dade ou diferença de tributo ou contribuição:
“I – de 75% (setenta e cinco por cento), nos casos de
falta de pagamento ou recolhimento, pagamento ou reco-
lhimento após o vencimento do prazo, sem o acréscimo
de multa moratória, de falta de declaração e nos de decla-
ração inexata, excetuada a hipótese do inciso seguinte;
“II – 150% (cento e cinqüenta por cento), nos casos
de evidente intuito de fraude, definido nos arts. 71, 72
e 73 da Lei nº 4.502, de 30 de novembro de 1964, in-
dependentemente de outras penalidades administrativas
ou criminais cabíveis.
“§ 1º. As multas de que trata este artigo serão exigidas:
“(...).
“IV – isoladamente, no caso de pessoa jurídica sujeita
ao pagamento do imposto de renda e da contribuição social
sobre o lucro líquido, na forma do art. 2º, que deixar de
fazê-lo, ainda que tenha apurado prejuízo fiscal ou base
de cálculo negativa para a contribuição social sobre o
lucro líquido, no ano-calendário correspondente;” .
(A nova redação do dispositivo, dada pelo artigo 14, da
MP nº 351, de 2007, mantém a mesma hipótese de incidên-
cia da multa isolada, alterando-lhe apenas o percentual.)
Verifica-se do teor do dispositivo transcrito que, ao con-
trário do que concluiu o julgado sob análise, o legislador,
ao instituir a penalidade de que se cuida, tratou de des-
vincular a sua aplicação à natureza do resultado apurado
pelo sujeito passivo ao final do ano-calendário, exatamen-
te para prevenir que a norma que obriga ao recolhimento
do IRPJ e da CSLL em bases mensais fosse subvertida por
argumentos como os que motivaram o relator a encami-
nhar o seu voto no sentido de negar provimento ao recur-
so especial apresentado pela Fazenda Nacional.
A posição da CSRF – e, de resto, a maioria das Câmaras
do 1º CC –, além de contrariar a literalidade da lei, encerra
uma situação jurídica no mínimo inusitada, qual seja, a san-
ção condicional ao descumprimento de uma norma legal,
com violação manifesta ao principio da isonomia, o qual,
para o jurista Souto Maior Borges, constitui o mais basilar
dos preceitos constitucionais.
Segundo o acórdão, o não recolhimento das estimativas
a que se obrigava o contribuinte sujeita o infrator à multa
isolada, na hipótese de a infração ser verificada ao longo
do ano-calendário; também caberia a penalidade, quando o
fato for constatado após o encerramento do período anual,
e o resultado fiscal da empresa for positivo, implicando na
apuração do IRPJ e da CSLL; contudo, ainda que reste ca-
racterizado o cometimento da infração por parte do sujeito
passivo, não se apurando tributo no momento da determi-
nação do resultado anual, a mesma situação sancionada nas
demais hipóteses não pode ser penalizada nos termos da le-
gislação de regência. Seria nistia concedida em decorrência
do mau desempenho da empresa infratora, que não colheu
resultados positivos no período?
Mais inquietante é perceber, no resultado da decisão,
que apenas dois dos demais membros do Colegiado diver-
giram de seu relator, o qual foi acompanhado pelos outros
13 conselheiros com assento na CSRF, incluindo seis pre-
sidentes de câmaras do 1º CC, todos representantes da
Fazenda Nacional.
Do meu ponto de vista, decisões como esta deveriam
ser motivo de preocupação por parte da Administração
Tributária, posto que, no mínimo, o posicionamento da
última instância administrativa acerca de matéria aparen-
temente tão incontroversa pode levar a Fiscalização ao de-
sestímulo no cumprimento de seu mister constitucional,
além de implicar elevados custos na formalização de lan-
çamentos de créditos tributários perfeitamente tipificados
na legislação, mas que não prosperam nos órgãos de julga-
mento administrativo, por razões como a que se analisou.
Em uma situação, ou noutra, o prejuízo é da sociedade.
36 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
Wagner U
lisses
Roberto Bocaccio Piscitelli1 e Mário Sérgio F. Sallorenzo2
Arrecadação Tributária
A arrecadação (bruta) dos impostos e contribuições
federais administrados pela Secretaria da Recei-
ta Federal alcançou, no ano de 2006, R$ 372,3
bilhões, a preços correntes, valor que se eleva a R$ 392,5
bilhões quando se agregam as demais receitas (5,2% do to-
tal). Esses valores não incluem as contribuições previden-
ciárias sobre as remunerações do trabalho, item relevante
na receita tributária federal. (Vale lembrar que a lei que
aprovou a fusão é do 1º trimestre de 2007)
A receita líquida de restituições no período somou
R$ 359,0 bilhões, valor que se eleva a R$ 379,37 bilhões
quando se agregam as demais receitas. Quando se com-
param as arrecadações trimestrais do ano (já a preços de
dezembro de 2006, pelo IGP – DI) – Tabela IX –, verifi-
ca-se a tendência geral ascendente, com destaque para o
quarto trimestre, com mais de R$ 100 bilhões (incluídas
as demais receitas). É uma continuação da tendência ob-
servada em 2005, até na mesma seqüência: em ordem de-
crescente, quarto, terceiro, segundo e primeiro trimestres;
e, em todos os casos, a arrecadação em 2006 é superior à
do trimestre correspondente em 2005.
Para o ano como um todo, o crescimento real foi de
5,94% na receita administrada e de 5,36% no total ge-
ral, em virtude da queda de 3,86% nas demais receitas (a
exemplo de ano anterior). A Receita Federal atribui uma
importância considerável ao Paex – MP nº 303/06, com
arrecadação de R$ 2.3 bilhões entre agosto e dezembro.
Nota-se, entretanto, que o efeito desse Programa parece
ter-se concentrado nos dois primeiros meses – particular-
mente em setembro (85% do total). Nos meses seguintes,
a arrecadação é decrescente, com pouco mais de R$ 100
milhões em dezembro. O outro programa de parcelamen-
to – o Paes – propiciou a arrecadação de R$ 2,9 bilhões,
5,3% menor que em 2005. De um modo geral, há uma
desaceleração do ritmo de crescimento.
Passa-se, agora, ao exame das principais rubricas.
IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. Teve forte aceleração
no ano, que foi ainda mais acentuada com o IPI – Vinculado
à Importação. Saliente-se a combinação dos seguintes fato-
res: redução acentuada na taxa média de câmbio – 10,64%
–, aliada à queda de 2,53% na alíquota média efetiva do
Imposto de Importação, em contraposição com a elevação
1. Analista econômico - tributário do Unafisco Sindical.
2. Analista econômico - tributário do Unafisco Sindical.
NDICADORES TRIBUTÁRIOS E FINANCEIROSi
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 37
de 24,37% no valor em dólares das importações tributadas
e na alíquota média efetiva do IPI – Vinculado – 3,39%.
IPI. Apresentou excelente crescimento em todas as ru-
bricas, o menor dos quais em Fumo. Esse comportamento
favorável se verificou apesar das desonerações, a vários
setores da economia. Chama a atenção particularmente
o crescimento em IPI – Outros, com 17,71%, bem como
o do IPI – Vinculado à Importação, a que já se fez refe-
rência no parágrafo anterior. No caso de Automóveis, o
efeito é menos decorrente do aumento da produção nacio-
nal que da expansão das vendas internas para o atacado.
A Receita menciona um aumento de quase 10% no volume
de vendas para o mercado interno. Os dados da Anfavea
são ainda mais favoráveis. O IPI – Bebidas também conti-
nua apresentando muito bom desempenho. A Receita des-
taca a arrecadação dos débitos em atraso, mas o aumento
da produção e os resultados também são relevantes. Entre
os fatores que contribuíram para o aumento da demanda
foi a realização da Copa do Mundo. Por outro lado, a ba-
lança pendeu favoravelmente para a redução dos custos
das empresas: no caso da cerveja, 70% dos insumos são
importados, donde a baixa do câmbio beneficiou o setor.
Já refrigerantes e bebidas não alcoólicas tiveram o segun-
do melhor desempenho nos últimos oito anos. A Receita
Federal também vinha atribuindo os bons resultados a um
maior controle do setor, em 2005, com a obrigatoriedade
de instalação dos medidores de vazão.
IMPOSTO DE RENDA. No conjunto de suas rubri-
cas, destacam-se o crescimento do IRPF e do IRPJ, mas,
no IRRF, salientam-se Remessas para o Exterior e Outros
Rendimentos. No caso do IRPF, a Receita menciona o acrés-
cimo na arrecadação proveniente de ganhos de capital na
alienação de bens, mas isto é insuficiente. Devem-se buscar
outras explicações, como, por exemplo, expansão do em-
prego (inclusive formal) e melhoria da renda. Na arrecada-
ção das pessoas jurídicas, a Receita destaca a retomada do
recolhimento regular por parte das instituições financeiras,
que tinham demanda judicial contra o Fisco em 2005. O
Unafisco, entretanto, chama a atenção para o fato de que
mesmo esse aumento não acompanha o aumento nos lu-
cros dessas instituições financeiras, cuja contribuição ain-
da é relativamente pequena para a arrecadação tributária.
Por outro lado, a dedução dos juros sobre o capital próprio,
prática largamente utilizada pelas grandes empresas e pelas
instituições financeiras, teria permitido a evasão de mais de
R$ 4 bilhões de IRPJ e da CSLL. Na decomposição do IRPJ,
verifica-se a forte preponderância da arrecadação sobre o
lucro real – mais de 70% -, além de mais de 15% sobre o
lucro presumido e pouco menos de 14% relativos a outros
regimes de apuração e recolhimento do tributo. No caso
do IRRF, o crescimento mais expressivo se dá por conta das
Remessas para o Exterior. A Receita destaca a arrecadação
relativa a rendimentos remetidos a residentes ou domici-
liados no exterior, além dos juros sobre o capital próprio,
o que corrobora o comentário acerca da sua importância
no âmbito do IRPJ. No que se refere aos Rendimentos do
Trabalho, é sempre bom assinalar a dificuldade política que
tem cercado a revisão da tabela progressiva do Imposto de
Renda, o que mais uma vez ocorreu para 2006, quando o
reajuste de 8% acarretaria uma “perda de arrecadação” de
R$ 2,1 bilhões, segundo a Receita Federal e o Ministério da
Fazenda. Pois bem: ocorreu o contrário, com ganho para o
Tesouro. Com o PAC, prevêem-se reajustes anuais de 4,5%,
mas essa é também a projeção de inflação oficial até 2010, o
que cristalizaria a perda acumulada ao longo do período ini-
ciado em 1996, quando se extinguiu a correção monetária.
As correções ocorridas no período mantêm um “resíduo”
inflacionário de perto de 50%.
IOF. O tributo teve um crescimento expressivo, sendo
preponderante a influência da expansão das operações de
crédito, em particular do destinado às pessoas físicas, em
relação às quais a arrecadação representou mais de 90% da
obtida com as operações de crédito com pessoas jurídicas.
CPMF. Aumentou sua participação, com um vigoro-
so aumento na arrecadação, que já ultrapassa os R$ 32
bilhões. A extensão do prazo de sua cobrança é matéria
obrigatória na agenda parlamentar em 2007. Cogita-se de
uma redução gradual de sua incidência, ou mesmo de uma
diminuição da alíquota já a partir de 2008. O mais prová-
vel é que o governo continue a propor reduções tópicas,
para desonerar setores da produção, como vem fazendo
em relação aos demais tributos, o que acaba aliviando as
pressões de grupos poderosos, com forte influência nas
decisões palacianas e congressuais.
COFINS. Apresentou crescimento pífio, o que é sempre
motivo de atenção, pois chegou a representar perto de um
quarto da arrecadação. Tem sido afetada pelas compensações
efetuadas por instituições financeiras. De toda a maneira,
não terá sido pela mudança de sistemática de cobrança com
38 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
base no valor agregado, a partir de maio de 2004, que a sua
arrecadação foi afetada, além de se ter passado a tributar ge-
neralizadamente as importações (Lei nº 10.865/04). O Una-
fisco calcula que as instituições financeiras recolheram qua-
se R$ 1 bilhão a menos, em 2006, de Cofins e PIS. A disputa
com o governo vem desde a Lei nº 9.718, de 1998, de que
resultou o aumento da base de cálculo dessas Contribui-
ções (todas as receitas operacionais e extra-operacionais, e
não apenas o faturamento). A mudança constitucional veio
19 dias após a aprovação da lei, o que está levando a uma
decisão desfavorável ao governo no STF, beneficiando uma
empresa da área da saúde, e está sendo “apropriada” pelas
instituições financeiras em benefício próprio.
PIS/PASEP. Embora aqui se apliquem as mesmas ob-
servações gerais atinentes à Cofins, é interessante ressaltar
como o somatório dessas duas contribuições apresenta um
expressivo aumento na arrecadação. Assinale-se, entretan-
to, que o PIS, que representa 85% do total, cresceu apenas
3,88%, e o Pasep, 19,15%.
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍ-
QUIDO. Muitas observações efetuadas para o IRPJ se apli-
cam à CSLL, que, entretanto, apresentou crescimento bem
menor, ainda que superior aos dos totais da arrecadação.
A Receita Federal, por exemplo, destacou o aumento da
CSLL das áreas de arrendamento mercantil, seguros e pre-
vidência privada.
CIDE. Continua a apresentar queda, que não tem me-
recido explicações por parte da Receita Federal.
OUTRAS RECEITAS ADMINISTRADAS. O ex-
pressivo crescimento foi influenciado pela MP nº 303/06
(Paex) e pelo crescimento na arrecadação de depósito ju-
dicial. Aliás, a Receita Federal destaca a recuperação de
débitos em atraso, com o recolhimento de multas e juros
no valor de R$ 6,5 bilhões (excluídas as multas e juros do
Paes), o que corresponde a um crescimento real de 16,6%
em relação a 2005.
DEMAIS RECEITAS. Apresenta queda importante. Re-
corde-se que, a partir de fatos geradores de janeiro de 2005,
a arrecadação da Contribuição para o Plano de Seguridade
Social do Servidor – CPSSS passou a ser feita via guia de re-
colhimento da União – GRU, não sendo mais acompanha-
da pela SRF. Houve recolhimento residual. A rubrica mais
expressiva é a cota-parte – compensações financeiras, com
cerca de 84% do total, na qual se destaca a participação es-
pecial petróleo/gás (com 52% das compensações).
No que concerne ao Refis, permaneceram no Programa
21.341 empresas. A arrecadação é inexpressiva, de cerca de
R$ 870 milhões. Já o Paes mantinha, em dezembro, 374.685
pessoas físicas e jurídicas, estas representando pouco mais
de 3⁄4 partes do total. As microempresas são a grande maio-
ria (45% da quantidade de parcelamentos). A arrecadação
superou R$ 3 bilhões, quase três vezes e meia a do Refis.
87% do valor arrecadado provém das maiores empresas.
A Receita divulga também dados referentes à arrecada-
ção do Simples. Observa-se que, de 2005 para 2006, inver-
teu-se a proporção das arrecadações atribuídas à SRF e ao
INSS. A primeira, de uma participação de 58,27%, passou
para 41,86%. O segundo, de uma participação de 41,44%,
passou para 57,83%. O restante – residual – corresponde ao
ICMS/ISS. A arrecadação total foi de R$ 14,0 bilhões.
Em dezembro, o chamado passivo tributário da Receita
Federal (conhecido, registrado) era de R$ 450,0 bilhões.
Desse total, 58% são constituídos por débitos com exigi-
bilidade suspensa (processos em julgamento e subjudice);
outros 20% estão em parcelamento (basicamente Refis e
Paes); os restantes 22% estão em cobrança na SRF e são es-
pecialmente processos fiscais, a maior parte dos quais com
pendência de compensação e com revisão de lançamento,
e em menor escala sem pendência de compensação e sem
revisão de lançamento. Note-se que todo esse estoque não
inclui valores da dívida ativa em cobrança na PGFN, o que
dá uma dimensão da importância das ações fiscais e de
cobrança e execução de débitos.
Apesar de a arrecadação ter crescido em proporção
maior do que o PIB, a revisão das contas nacionais vai
apresentar dados com uma carga tributária menor que
a da série histórica das últimas duas décadas, o que não
significa que ela não continue a ser considerada bastan-
te elevada para os padrões de boa parte dos países da
OCDE e, sobretudo, para os países emergentes e nossos
vizinhos da América Latina.
Uma análise mais detalhada acerca do comportamento
da arrecadação em 2006 pode ser encontrada nesta mesma
edição, em mais um trabalho elaborado pelo Departamen-
to de Estudos Técnicos do Unafisco, intitulado “Arrecada-
ção tributária em 2006. Brasil: o paraíso dos bancos”.
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 39
RECEITAS jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total
Imposto sobre a Importação - II 748,6 648,7 796,9 719,3 746,5 740,3 740,4 877,0 757,5 741,4 784,7 784,7 9.085,9
Imposto sobre a Exportação - IE 7,8 9,9 3,9 2,2 4,2 3,3 8,0 1,2 4,4 -2,2 3,9 2,0 48,9
Imposto s/ Produtos Industrializados - IPI
2.167,6 1.860,5 1.955,3 2.263,9 2.168,6 1.962,2 2.141,7 2.194,1 2.291,3 2.258,2 2.436,0 2.673,1 26.372,7
IPI - Fumo 204,8 190,3 183,5 212,7 190,1 168,4 180,0 180,5 196,8 194,3 192,5 208,7 2.302,8
IPI - Bebidas 209,6 178,3 158,4 210,6 156,1 168,2 182,1 210,4 186,2 197,2 218,3 282,2 2.357,6
IPI - Automóveis 199,7 232,2 273,3 362,1 311,9 282,1 320,6 313,2 327,0 328,9 342,5 447,8 3.741,3
IPI - Vinculado à importação 404,3 361,4 445,6 424,3 438,1 438,1 420,5 491,0 461,5 450,2 484,9 471,4 5.291,4
IPI - Outros 1.149,2 898,2 894,5 1.054,2 1.072,3 905,4 1.038,6 998,9 1.119,9 1.087,7 1.197,8 1.263,0 12.679,6
Imposto sobre a Renda - IR 10.280,6 8.037,9 9.820,9 11.185,1 8.746,8 12.712,3 9.503,9 9.407,7 8.735,4 10.412,0 9.794,1 15.981,2 124.618,0
Pessoas Físicas - IRPF 291,9 298,6 331,3 2.031,6 805,1 681,1 601,1 659,4 585,1 304,9 363,9 387,0 7.340,9
Pessoas Jurídicas - IRPJ 5.372,4 4.206,2 4.296,1 4.760,4 3.456,4 3.679,3 4.164,8 3.913,1 3.788,4 5.662,2 3.817,2 4.013,4 51.129,8
Entidades financeiras 560,3 1.055,6 1.208,4 402,5 426,9 524,4 473,7 469,6 433,9 623,3 495,9 651,3 7.325,9
Demais empresas 4.812,1 3.150,6 3.087,7 4.357,9 3.029,5 3.154,9 3.691,0 3.443,4 3.354,5 5.038,9 3.321,3 3.362,1 43.803,9
Retido na Fonte - IRRF 4.616,3 3.533,1 5.193,5 4.393,1 4.485,4 8.351,9 4.738,1 4.835,2 4.361,9 4.444,9 5.613,1 11.580,8 66.147,3
Rendimentos do Trabalho 2.474,0 2.354,3 3.330,6 2.573,7 2.759,6 2.987,2 2.609,9 2.965,5 2.520,7 2.672,3 3.618,6 4.954,9 35.821,3
Rendimentos do Capital 1.522,7 587,4 959,0 968,1 1.021,6 4.474,3 1.162,3 1.058,2 817,1 1.029,9 1.275,2 5.115,5 19.991,1
Remessas para o Exterior 354,2 349,2 535,8 524,9 398,2 465,6 643,6 444,9 550,0 416,1 378,1 1.123,8 6.184,3
Outros Rendimentos 265,4 242,2 368,1 326,4 306,0 424,8 322,4 366,6 474,1 326,7 341,2 386,7 4.150,6
Imposto s/ Operações Financeiras - IOF
452,9 424,0 542,2 462,6 502,6 553,6 496,4 593,2 474,2 482,7 564,5 552,8 6.101,6
Imposto Territorial Rural - ITR 7,4 5,9 9,4 9,9 9,5 6,0 8,8 24,4 161,6 32,8 25,9 21,9 323,6
Contrib. Provisória s/ Movim. Financ. - CPMF
2.194,7 2.251,0 2.629,2 2.163,1 2.362,4 2.692,1 2.412,9 2.664,2 2.192,5 2.214,7 2.741,6 2.712,2 29.230,4
Contrib.para a Seguridade Social/COFINS
7.669,3 6.338,1 6.427,3 7.135,7 7.045,2 7.259,8 7.892,0 7.251,2 7.778,8 7.439,3 7.613,4 8.052,2 87.902,3
Contribuição para o PIS-PASEP 1.932,2 1.651,9 1.622,4 1.758,9 1.744,3 1.825,2 1.960,6 1.812,8 1.935,9 1.858,0 1.857,4 2.086,3 22.045,9
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
2.734,3 2.017,5 2.158,6 2.642,5 1.633,7 1.812,6 2.590,4 1.958,8 1.955,3 2.902,2 1.901,1 2.015,6 26.322,6
Entidades financeiras 199,1 423,9 554,6 143,1 125,1 154,0 151,9 132,7 137,4 192,8 139,2 171,7 2.525,5
Demais empresas 2.535,2 1.593,6 1.604,0 2.499,4 1.508,6 1.658,6 2.438,5 1.826,1 1.817,9 2.709,4 1.761,9 1.843,9 23.797,2
CIDE - Combustíveis 649,8 607,9 593,7 673,2 637,6 643,5 626,8 651,3 671,9 627,6 638,1 658,4 7.679,7
Contribuição para o FUNDAF 25,4 21,8 23,6 29,5 26,3 27,0 25,1 23,4 25,0 25,9 21,1 31,4 305,5
Selos, Ljs Francas, Aduan., Alfand. - FUNDAF
15,4 13,2 14,3 17,8 15,9 16,3 15,2 14,1 15,1 15,6 12,8 19,0 184,6
Rec. de Leilões de Merc. Apreend. - FUNDAF
6,9 5,9 6,4 8,0 7,2 7,3 6,8 6,4 6,8 7,0 5,7 8,5 83,2
Rec. de Leilões de Merc. Apreend. - LBA
3,1 2,7 2,9 3,6 3,2 3,3 3,1 2,9 3,1 3,2 2,6 3,9 37,8
Outras Receitas Administradas 271,5 215,0 280,4 243,2 250,8 297,7 458,4 457,1 347,7 318,4 297,0 344,6 3.781,7
SUBTOTAL [A] 29.142,1 24.090,0 26.863,8 29.289,1 25.878,5 30.535,7 28.865,5 27.916,3 27.331,6 29.311,1 28.678,6 35.916,5 343.818,8
PAGAMENTO UNIFICADO [B] 240,5 245,5 258,2 242,9 262,7 287,7 261,6 263,3 259,4 259,1 259,8 295,7 3.136,4
RECEITA ADMINISTRADA [C] = [A]+[B]
29.382,5 24.335,4 27.122,0 29.532,0 26.141,3 30.823,4 29.127,1 28.179,6 27.591,0 29.570,3 28.938,4 36.212,2 346.955,2
DEMAIS RECEITAS [D] 2.607,1 785,1 867,4 2.418,9 952,8 758,8 2.521,5 837,0 866,9 2.887,4 896,3 781,8 17.180,9
RECEITA TOTAL [E] = [C]+[D] 31.989,7 25.120,5 27.989,4 31.950,9 27.094,0 31.582,2 31.648,6 29.016,5 28.457,8 32.457,6 29.834,7 36.994,0 364.136,1
Arrecadação dos Impostos e Contribuições Federais Administrados pela SRF 2005 - Preços correntes – R$ milhões
Fonte: SRF - Coordenação-Geral de Política Tributária
Tabela I-A
40 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
RECEITAS jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total
Contrib. p/plano Seg. Social Servidores
297,3 1,2 1,4 3,0 1,4 1,9 0,5 0,6 0,5 0,4 0,3 0,3 308,7
Pensões Militares 87,6 87,5 87,9 87,8 87,6 87,9 87,9 87,7 88,1 88,0 107,9 75,3 1.061,4
Cota-Parte Adic. Frete Renov. M. Mercante
86,1 77,0 91,4 79,0 89,2 3,8 0,5 0,2 0,3 0,9 0,5 0,6 429,7
Cota-Parte - Compensações Financeiras
2.015,1 486,3 572,6 2.101,2 579,5 539,0 2.296,8 619,1 663,6 2.647,0 609,5 574,3 13.704,0
Recursos Hídricos - União 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Recursos Minerais/Outros - União
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,1 -0,1
Royalties Produção Petróleo/ Gás
208,9 221,6 199,2 281,7 274,6 267,1 271,4 297,4 319,9 306,5 293,7 275,1 3.217,1
Royalties Exced. Produção Petróleo/Gás
202,6 223,4 194,0 273,4 266,3 258,2 261,9 287,5 309,5 297,6 284,3 265,8 3.124,5
Particip. Especial Petróleo/Gás 1.563,2 0,4 111,1 1.505,7 0,0 0,0 1.726,8 0,0 0,0 2.008,6 0,0 0,0 6.915,9
Royalties/Indenizações Itaipu 40,4 41,0 68,3 40,5 38,6 13,6 36,6 34,1 34,2 34,2 31,6 33,4 446,5
Outras Compensações Financeiras
0,0 -0,0 -0,0 0,0 -0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1
Honorários Advocatícios - Dívida Ativa - PFN
9,4 18,4 15,7 12,7 26,2 14,2 21,6 18,4 17,3 45,3 22,5 25,1 246,8
Concessões e Permissões 0,0 0,0 0,0 2,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,0 2,1
Outorga de Serviços de Telecomunicações
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Outras Concessões/Permissões 0,0 0,0 0,0 2,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,0 2,1
Superavit Financeiro 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Participções e Dividendos 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Rendas do S.P.U. 10,0 12,1 15,4 12,3 54,0 20,6 21,2 21,1 20,1 19,3 18,4 21,8 246,2
Custas Judiciais 2,4 2,7 3,4 3,8 3,8 5,8 5,1 4,6 4,3 3,9 4,1 3,3 47,3
Taxas Fisc. Merc. Seg., Cap., Prev. P. Aberta
10,1 0,2 0,1 9,8 1,6 0,0 9,7 0,5 -0,1 1,9 -0,1 -0,2 33,4
Taxas Fisc. Merc. de Tit.Vr. Mobiliários
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Outras Taxas 8,1 10,3 13,1 9,8 14,8 14,6 13,1 13,9 13,1 12,6 13,2 17,5 154,1
Outras Receitas 81,0 89,3 66,6 97,3 94,6 71,1 65,2 70,8 59,5 68,0 119,9 63,9 947,2
Eventuais 1,8 4,0 2,7 0,9 1,9 1,4 3,9 5,1 0,7 1,8 1,6 2,1 27,9
Restituições - Outras 10,6 5,8 2,9 3,8 3,4 2,7 2,1 4,0 3,0 2,5 3,2 6,1 50,1
Restituições - Aviso MF 087/85 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Demais 68,6 79,4 61,1 92,6 89,3 67,0 59,1 61,7 55,8 63,8 115,2 55,6 869,2
DEMAIS RECEITAS 2.607,1 785,1 867,4 2.418,9 952,8 758,8 2.521,5 837,0 866,9 2.887,4 896,3 781,8 17.180,9
Arrecadação dos Impostos e Contribuições Federais Administrados pela SRF 2005 - Preços correntes – R$ milhões
Fonte: SRF - Coordenação-Geral de Política Tributária
Tabela I-B
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 41
RECEITAS jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total
Imposto sobre a Importação - II 784,0 676,7 823,1 739,2 769,1 766,2 769,3 918,5 794,4 772,6 815,0 814,5 9.442,6
Imposto sobre a Exportação - IE 8,2 10,3 4,0 2,3 4,4 3,4 8,4 1,3 4,6 -2,3 4,1 2,1 50,8
Imposto s/ Produtos Industrializados - IPI
2.270,2 1.940,6 2.019,7 2.326,6 2.234,2 2.030,7 2.225,3 2.297,9 2.402,9 2.353,4 2.530,3 2.774,7 27.406,5
IPI - Fumo 214,5 198,5 189,6 218,6 195,9 174,2 187,0 189,1 206,4 202,5 200,0 216,7 2.393,0
IPI - Bebidas 219,6 186,0 163,6 216,4 160,8 174,1 189,2 220,4 195,2 205,5 226,8 292,9 2.450,5
IPI - Automóveis 209,1 242,2 282,3 372,1 321,3 292,0 333,1 328,0 342,9 342,7 355,7 464,8 3.886,2
IPI - Vinculado à importação 423,5 377,0 460,3 436,1 451,4 453,4 436,9 514,2 484,0 469,2 503,6 489,3 5.498,9
IPI - Outros 1.203,5 936,9 923,9 1.083,4 1.104,8 937,0 1.079,1 1.046,2 1.174,4 1.133,5 1.244,2 1.311,0 13.177,9
Imposto sobre a Renda - IR 10.766,9 8.384,6 10.144,0 11.494,5 9.011,3 13.156,0 9.875,1 9.853,1 9.160,8 10.850,6 10.173,0 16.588,0 129.457,9
Pessoas Físicas - IRPF 305,7 311,5 342,2 2.087,8 829,4 704,9 624,5 690,6 613,6 317,8 377,9 401,7 7.607,6
Pessoas Jurídicas - IRPJ 5.626,5 4.387,6 4.437,5 4.892,1 3.560,9 3.807,7 4.327,4 4.098,3 3.972,9 5.900,7 3.964,9 4.165,8 53.142,3
Entidades financeiras 586,8 1.101,1 1.248,2 413,7 439,8 542,7 492,2 491,9 455,0 649,6 515,1 676,0 7.612,1
Demais empresas 5.039,7 3.286,5 3.189,3 4.478,4 3.121,1 3.265,0 3.835,2 3.606,4 3.517,9 5.251,1 3.449,8 3.489,8 45.530,2
Retido na Fonte - IRRF 4.834,7 3.685,5 5.364,3 4.514,6 4.621,0 8.643,4 4.923,2 5.064,2 4.574,3 4.632,1 5.830,2 12.020,5 68.708,0
Rendimentos do Trabalho 2.591,1 2.455,8 3.440,2 2.644,9 2.843,0 3.091,4 2.711,8 3.105,9 2.643,5 2.784,9 3.758,6 5.143,0 37.214,1
Rendimentos do Capital 1.594,7 612,8 990,5 994,8 1.052,5 4.630,4 1.207,7 1.108,3 856,9 1.073,2 1.324,5 5.309,8 20.756,1
Remessas para o Exterior 370,9 364,3 553,4 539,4 410,3 481,9 668,7 466,0 576,7 433,6 392,7 1.166,4 6.424,3
Outros Rendimentos 278,0 252,6 380,2 335,5 315,2 439,7 335,0 384,0 497,2 340,4 354,4 401,3 4.313,5
Imposto s/ Operações Financeiras - IOF
474,4 442,3 560,1 475,4 517,8 573,0 515,8 621,3 497,3 503,0 586,3 573,7 6.340,4
Imposto Territorial Rural - ITR 7,8 6,1 9,7 10,2 9,8 6,2 9,2 25,5 169,5 34,2 26,9 22,8 337,9
Contrib. Provisória s/ Movim. Financ. - CPMF
2.298,5 2.348,1 2.715,7 2.222,9 2.433,8 2.786,0 2.507,1 2.790,2 2.299,2 2.308,0 2.847,7 2.815,1 30.372,3
Contrib.para a Seguridade Social/COFINS
8.032,1 6.611,5 6.638,8 7.333,1 7.258,3 7.513,2 8.200,2 7.594,4 8.157,5 7.752,7 7.908,0 8.357,9 91.357,7
Contribuição para o PIS-PASEP 2.023,6 1.723,2 1.675,8 1.807,5 1.797,0 1.888,9 2.037,2 1.898,6 2.030,1 1.936,2 1.929,3 2.165,5 22.912,9
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
2.863,6 2.104,5 2.229,6 2.715,7 1.683,1 1.875,9 2.691,6 2.051,5 2.050,5 3.024,5 1.974,6 2.092,1 27.357,2
Entidades financeiras 208,5 442,2 572,8 147,1 128,9 159,4 157,9 139,0 144,1 200,9 144,5 178,2 2.623,5
Demais empresas 2.655,1 1.662,3 1.656,8 2.568,6 1.554,2 1.716,5 2.533,7 1.912,5 1.906,4 2.823,6 1.830,1 1.913,9 24.733,7
CIDE - Combustíveis 680,5 634,1 613,2 691,8 656,9 666,0 651,3 682,1 704,6 654,1 662,8 683,4 7.980,8
Contribuição para o FUNDAF 26,7 22,7 24,3 30,2 27,1 27,9 26,1 24,5 26,2 26,9 21,9 32,6 317,1
Selos, Ljs Francas, Aduan., Alfand. - FUNDAF
16,1 13,7 14,7 18,3 16,4 16,9 15,8 14,8 15,9 16,3 13,2 19,7 191,8
Rec. de Leilões de Merc. Apreend.- FUNDAF
7,3 6,2 6,6 8,2 7,4 7,6 7,1 6,7 7,1 7,3 6,0 8,9 86,4
Rec. de Leilões de Merc. Apreend.- LBA
3,3 2,8 3,0 3,7 3,3 3,4 3,2 3,0 3,2 3,3 2,7 4,0 38,9
Outras Receitas Administradas 284,4 224,2 289,6 249,9 258,4 308,1 476,3 478,7 364,7 331,8 308,5 357,7 3.932,3
SUBTOTAL [A] 30.520,9 25.128,9 27.747,6 30.099,3 26.661,2 31.601,5 29.992,9 29.237,6 28.662,3 30.545,7 29.788,4 37.280,1 357.266,4
PAGAMENTO UNIFICADO [B] 251,8 256,1 266,7 249,7 270,7 297,7 271,8 275,7 272,0 270,0 269,9 307,0 3.259,1
RECEITA ADMINISTRADA [C] = [A]+[B]
30.772,7 25.385,0 28.014,3 30.349,0 26.931,9 31.899,2 30.264,7 29.513,3 28.934,3 30.815,7 30.058,3 37.587,1 360.525,5
DEMAIS RECEITAS [D] 2.730,3 819,0 896,2 2.485,9 981,4 785,3 2.619,9 876,7 909,2 3.008,9 931,0 811,5 17.855,3
RECEITA TOTAL [E] = [C]+[D] 33.503,0 26.204,0 28.910,5 32.834,9 27.913,3 32.684,5 32.884,6 30.390,0 29.843,5 33.824,6 30.989,3 38.398,6 378.380,8
Arrecadação dos Impostos e Contribuições Federais Administrados pela SRF 2005 - a preços de dez/2006 (IGP-DI) – R$ milhões
Fonte: SRF - Coordenação-Geral de Política Tributária
Tabela II
42 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
RECEITAS jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total
Imposto sobre a Importação - II 821,4 664,1 793,1 687,6 832,1 783,8 793,9 1.135,2 832,8 857,1 968,9 865,5 10.035,6
Imposto sobre a Exportação - IE 2,2 0,7 1,1 0,6 0,9 1,1 0,6 0,4 1,4 1,2 0,8 1,3 12,5
Imposto s/ Produtos Industrializados - IPI
2.266,9 2.067,5 2.043,9 2.240,3 2.053,3 2.223,1 2.212,0 2.422,4 2.772,8 2.502,1 2.611,1 2.773,0 28.188,4
IPI - Fumo 218,6 202,0 182,8 218,1 175,3 187,4 192,2 188,7 221,3 195,6 207,8 206,8 2.396,5
IPI - Bebidas 253,4 217,4 184,2 199,5 175,1 188,6 193,7 189,2 319,6 203,8 216,9 278,0 2.619,4
IPI - Automóveis 287,5 343,7 305,2 376,4 310,1 350,5 366,3 358,6 373,1 374,4 374,1 471,9 4.291,7
IPI - Vinculado à importação 454,2 362,8 489,3 424,9 512,3 504,2 502,2 633,0 549,1 560,4 607,1 592,7 6.192,3
IPI - Outros 1.053,3 941,6 882,3 1.021,6 880,6 992,5 957,6 1.052,9 1.309,6 1.167,9 1.205,1 1.223,7 12.688,6
Imposto sobre a Renda - IR 10.965,7 9.469,3 10.455,6 12.928,0 9.449,9 14.247,8 10.647,6 9.749,3 10.963,2 11.918,3 9.673,1 16.906,7 137.374,6
Pessoas Físicas - IRPF 338,4 325,2 359,5 2.208,6 1.025,9 855,2 743,6 697,1 666,3 434,4 401,1 480,6 8.535,7
Pessoas Jurídicas - IRPJ 5.740,3 4.669,3 5.120,0 5.617,0 3.615,5 4.712,1 5.204,4 3.963,6 4.691,2 5.780,3 3.653,8 3.408,4 56.175,9
Entidades financeiras 779,6 1.133,7 1.393,5 613,6 610,2 940,8 501,6 574,0 698,6 655,6 757,1 535,3 9.193,4
Demais empresas 4.960,7 3.535,6 3.726,5 5.003,4 3.005,4 3.771,3 4.702,8 3.389,7 3.992,7 5.124,7 2.896,7 2.873,1 46.982,5
Retido na Fonte - IRRF 4.887,0 4.474,8 4.976,2 5.102,5 4.808,5 8.680,5 4.699,7 5.088,6 5.605,7 5.703,6 5.618,3 13.017,8 72.663,1
Rendimentos do Trabalho 2.181,7 2.796,4 3.241,4 2.998,6 2.876,7 2.900,7 2.877,4 3.141,0 3.212,7 2.992,8 3.649,9 6.303,3 39.172,6
Rendimentos do Capital 1.907,3 984,2 899,0 1.245,7 1.108,7 4.684,8 956,9 1.000,6 1.095,3 1.358,4 989,0 5.092,1 21.321,8
Remessas para o Exterior 573,6 375,0 520,8 468,6 500,2 688,6 477,2 543,7 811,9 887,5 593,7 1.007,7 7.448,6
Outros Rendimentos 224,4 319,3 315,0 389,6 323,0 406,3 388,3 403,2 485,9 464,9 385,6 614,7 4.720,1
Imposto s/ Operações Financeiras - IOF
494,8 526,6 488,5 581,3 527,2 579,2 579,3 555,2 625,1 584,3 574,6 670,0 6.786,0
Imposto Territorial Rural - ITR 8,9 7,9 7,9 7,8 8,6 7,6 6,6 11,2 182,9 37,2 30,8 26,9 344,2
Contrib. Provisória s/ Movim. Financ. - CPMF
2.407,3 2.309,2 2.645,2 2.667,2 2.469,1 2.599,6 2.776,0 2.604,2 2.836,7 2.733,8 2.755,5 3.286,5 32.090,3
Contrib.para a Seguridade Social/COFINS
8.085,6 6.743,3 6.885,5 7.130,4 7.389,3 7.461,9 7.949,1 8.037,5 8.372,6 7.850,6 8.118,2 8.451,2 92.475,0
Contribuição para o PIS-PASEP 2.111,9 1.797,2 1.891,2 1.951,0 1.983,8 1.999,0 2.024,4 2.003,0 2.157,7 2.053,3 2.125,0 2.179,0 24.276,5
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
3.059,8 2.134,6 2.258,7 2.789,0 1.933,8 2.098,8 2.769,5 1.896,6 2.337,5 2.990,2 1.977,2 1.870,7 28.116,3
Entidades financeiras 331,7 386,1 508,2 142,3 168,5 177,9 183,4 168,6 211,8 181,2 262,3 225,0 2.947,0
Demais empresas 2.728,1 1.748,4 1.750,5 2.646,8 1.765,2 1.920,9 2.586,1 1.728,0 2.125,7 2.809,0 1.714,8 1.645,8 25.169,3
CIDE - Combustíveis 627,2 590,9 570,6 706,6 647,7 640,4 634,0 637,7 702,0 691,9 702,1 665,8 7.816,9
Contribuição para o FUNDAF 26,4 17,5 39,8 19,8 26,7 28,2 24,1 30,4 33,5 30,0 31,0 40,0 347,3
Selos, Ljs Francas, Aduan., Alfand. - FUNDAF
15,9 10,6 24,1 11,9 16,1 17,0 14,6 18,4 20,2 18,2 18,7 24,2 209,9
Rec. de Leilões de Merc. Apreend.- FUNDAF
7,2 4,8 10,8 5,4 7,3 7,7 6,6 8,3 9,1 8,2 8,4 10,9 94,5
Rec. de Leilões de Merc. Apreend.- LBA
3,3 2,2 4,9 2,4 3,3 3,5 3,0 3,8 4,1 3,7 3,8 4,9 42,9
Outras Receitas Administradas 355,5 269,8 294,1 236,8 336,6 335,7 328,0 488,9 473,0 488,8 415,4 380,9 4.403,5
SUBTOTAL [A] 31.233,6 26.598,6 28.375,2 31.946,5 27.658,8 33.006,3 30.745,2 29.571,9 32.291,1 32.738,9 29.983,5 38.117,5 372.267,0
PAGAMENTO UNIFICADO [B] - - - - - - - - - - - - 0,0
RECEITA ADMINISTRADA [C] = [A]+[B]
31.233,6 26.598,6 28.375,2 31.946,5 27.658,8 33.006,3 30.745,2 29.571,9 32.291,1 32.738,9 29.983,5 38.117,5 372.267,0
DEMAIS RECEITAS [D] 2.631,0 962,5 857,5 3.019,1 1.061,5 1.024,4 3.099,1 1.038,7 1.513,5 3.264,9 889,6 913,7 20.275,6
RECEITA TOTAL [E] = [C]+[D] 33.864,6 27.561,2 29.232,7 34.965,6 28.720,4 34.030,7 33.844,2 30.610,6 33.804,6 36.003,9 30.873,1 39.031,1 392.542,6
Arrecadação dos Impostos e Contribuições Federais Administrados pela SRF 2006 - Preços correntes – R$ milhões
Fonte: SRF - Coordenação-Geral de Política Tributária
Tabela III-A
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 43
RECEITAS jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total
Contrib. p/ plano Seg. Social Servidores
0,1 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4
Pensões Militares 123,9 100,1 100,2 100,1 100,1 100,0 100,1 110,4 110,4 110,2 83,4 137,7 1.276,5
Cota-Parte Adic. Frete Renov. M. Mercante
0,1 0,5 0,5 0,2 0,4 0,2 0,3 0,2 0,3 0,8 0,2 0,2 3,8
Cota-Parte - Compensações Financeiras
2.382,6 748,0 591,4 2.733,8 710,0 757,0 2.860,0 795,3 1.182,1 2.995,1 650,5 622,9 17.028,8
Recursos Hídricos - União 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Recursos Minerais/Outros - União
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Royalties Produção Petróleo/ Gás
563,4 55,9 282,0 311,0 343,6 366,6 331,8 382,9 366,4 329,5 313,0 298,6 3.944,8
Royalties Exced. Produção Petróleo/Gás
6,7 591,5 272,4 300,3 330,9 353,8 320,0 370,0 353,4 318,7 302,6 288,7 3.809,1
Particip. Especial Petróleo/Gás 1.779,0 65,9 0,0 2.088,4 0,0 0,0 2.172,0 7,2 426,1 2.310,9 0,0 0,4 8.849,8
Royalties/Indenizações Itaipu 33,5 34,8 37,0 34,2 35,5 36,6 36,2 35,2 36,1 36,0 34,9 35,2 425,1
Outras Compensações Financeiras
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Honorários Advocatícios - Dívida Ativa - PFN
27,3 27,8 76,7 107,6 117,2 61,1 28,8 25,5 107,6 44,6 44,0 39,2 707,4
Concessões e Permissões 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Outorga de Serviços de Telecomunicações
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Outras Concessões/Permissões 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Superavit Financeiro 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Participções e Dividendos 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Rendas do S.P.U. 12,6 13,1 15,8 13,4 58,8 23,8 28,4 23,9 19,7 25,2 27,5 21,6 283,8
Custas Judiciais 3,6 3,5 4,7 3,6 4,7 4,6 4,1 4,5 4,5 4,8 -3,1 4,1 43,6
Taxas Fisc. Merc. Seg., Cap., Prev. P. Aberta
0,1 0,0 -1,5 -0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -1,5
Taxas Fisc. Merc. de Tit.Vr. Mobiliários
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Outras Taxas 8,9 11,0 14,4 11,6 13,7 11,6 16,1 16,9 15,2 17,2 16,5 20,8 173,9
Outras Receitas 72,0 58,5 55,4 49,0 56,6 66,1 61,2 62,0 73,8 66,9 70,5 67,1 759,0
Eventuais 4,2 0,5 1,0 0,5 0,8 0,8 0,7 0,4 2,7 0,9 0,8 0,8 14,1
Restituições - Outras 4,3 1,6 -0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1 0,0 0,1 0,0 5,6
Restituições - Aviso MF 087/85 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Demais 63,5 56,4 55,1 48,4 55,7 65,3 60,5 61,4 71,0 66,0 69,6 66,3 739,3
DEMAIS RECEITAS 2.631,0 962,5 857,5 3.019,1 1.061,5 1.024,4 3.099,1 1.038,7 1.513,5 3.264,9 889,6 913,7 20.275,6
Arrecadação dos Impostos e Contribuições Federais Administrados pela SRF 2006 - Preços correntes – R$ milhões
Fonte: SRF - Coordenação-Geral de Política Tributária
Tabela III-B
44 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
RECEITAS jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total
Imposto sobre a Importação - II 846,5 684,8 821,5 712,1 858,5 803,3 812,2 1.156,7 846,6 864,2 971,4 865,5 10.243,3
Imposto sobre a Exportação - IE 2,3 0,8 1,1 0,7 1,0 1,2 0,6 0,4 1,4 1,2 0,8 1,3 12,8
Imposto s/ Produtos Industrializados - IPI
2.336,2 2.132,0 2.117,1 2.320,2 2.118,4 2.278,5 2.263,1 2.468,2 2.818,5 2.523,0 2.617,8 2.773,1 28.766,1
IPI - Fumo 225,3 208,3 189,4 225,8 180,9 192,0 196,6 192,3 224,9 197,2 208,4 206,8 2.447,9
IPI - Bebidas 261,2 224,2 190,8 206,6 180,6 193,3 198,2 192,8 324,9 205,5 217,5 278,0 2.673,6
IPI - Automóveis 296,2 354,5 316,1 389,8 319,9 359,2 374,8 365,3 379,3 377,5 375,0 471,9 4.379,5
IPI - Vinculado à importação 468,1 374,1 506,9 440,0 528,5 516,8 513,8 645,0 558,2 565,1 608,7 592,7 6.317,9
IPI - Outros 1.085,4 970,9 913,9 1.058,0 908,5 1.017,2 979,7 1.072,8 1.331,2 1.177,7 1.208,2 1.223,7 12.947,2
Imposto sobre a Renda - IR 11.300,7 9.764,5 10.830,3 13.388,6 9.749,4 14.601,7 10.893,6 9.933,7 11.144,1 12.017,3 9.698,3 16.906,8 140.229,0
Pessoas Físicas - IRPF 348,8 335,3 372,3 2.287,2 1.058,4 876,4 760,7 710,3 677,3 438,0 402,1 480,6 8.747,4
Pessoas Jurídicas - IRPJ 5.915,7 4.814,8 5.303,5 5.817,1 3.730,1 4.829,2 5.324,6 4.038,6 4.768,6 5.828,3 3.663,3 3.408,4 57.442,2
Entidades financeiras 803,5 1.169,0 1.443,4 635,4 629,5 964,2 513,2 584,8 710,1 661,0 759,0 535,3 9.408,4
Demais empresas 5.112,2 3.645,8 3.860,1 5.181,7 3.100,6 3.865,0 4.811,4 3.453,8 4.058,5 5.167,3 2.904,3 2.873,1 48.033,8
Retido na Fonte - IRRF 5.036,2 4.614,4 5.154,5 5.284,3 4.960,9 8.896,1 4.808,3 5.184,8 5.698,2 5.751,0 5.632,9 13.017,8 74.039,4
Rendimentos do Trabalho 2.248,3 2.883,6 3.357,6 3.105,5 2.967,9 2.972,8 2.943,9 3.200,4 3.265,7 3.017,6 3.659,4 6.303,3 39.926,0
Rendimentos do Capital 1.965,5 1.014,9 931,2 1.290,0 1.143,8 4.801,2 979,0 1.019,5 1.113,3 1.369,7 991,6 5.092,1 21.711,8
Remessas para o Exterior 591,2 386,7 539,5 485,3 516,0 705,7 488,2 554,0 825,3 894,9 595,3 1.007,7 7.589,8
Outros Rendimentos 231,2 329,2 326,2 403,5 333,2 416,4 397,2 410,9 493,9 468,8 386,6 614,7 4.811,8
Imposto s/ Operações Financeiras - IOF
509,9 543,0 506,0 602,0 543,9 593,6 592,6 565,7 635,4 589,2 576,1 670,0 6.927,4
Imposto Territorial Rural - ITR 9,1 8,1 8,2 8,1 8,8 7,8 6,7 11,4 185,9 37,5 30,8 26,9 349,3
Contrib. Provisória s/ Movim. Financ. - CPMF
2.480,9 2.381,1 2.740,0 2.762,2 2.547,4 2.664,2 2.840,1 2.653,4 2.883,4 2.756,6 2.762,6 3.286,5 32.758,4
Contrib.para a Seguridade Social/COFINS
8.332,6 6.953,5 7.132,2 7.384,4 7.623,5 7.647,2 8.132,7 8.189,5 8.510,6 7.915,9 8.139,3 8.451,2 94.412,6
Contribuição para o PIS-PASEP 2.176,4 1.853,2 1.958,9 2.020,5 2.046,7 2.048,7 2.071,1 2.040,9 2.193,2 2.070,4 2.130,5 2.179,0 24.789,5
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
3.153,3 2.201,1 2.339,6 2.888,4 1.995,1 2.150,9 2.833,5 1.932,4 2.376,0 3.015,1 1.982,3 1.870,8 28.738,5
Entidades financeiras 341,8 398,2 526,4 147,3 173,9 182,3 187,7 171,8 215,3 182,7 263,0 225,0 3.015,4
Demais empresas 2.811,5 1.802,9 1.813,2 2.741,1 1.821,2 1.968,6 2.645,8 1.760,6 2.160,7 2.832,4 1.719,3 1.645,8 25.723,1
CIDE - Combustíveis 646,4 609,3 591,0 731,7 668,2 656,3 648,7 649,8 713,5 697,7 703,9 665,8 7.982,3
Contribuição para o FUNDAF 27,2 18,0 41,2 20,5 27,5 28,9 24,7 30,9 34,0 30,2 31,1 40,0 354,2
Selos, Ljs Francas, Aduan., Alfand. - FUNDAF
16,4 10,9 24,9 12,4 16,6 17,4 14,9 18,7 20,5 18,3 18,8 24,2 214,0
Rec. de Leilões de Merc. Apreend.- FUNDAF
7,4 4,9 11,2 5,6 7,5 7,9 6,7 8,4 9,3 8,2 8,5 10,9 96,5
Rec. de Leilões de Merc. Apreend.- LBA
3,4 2,2 5,1 2,5 3,4 3,6 3,1 3,8 4,2 3,7 3,8 4,9 43,7
Outras Receitas Administradas 366,3 278,3 304,7 245,2 347,3 344,1 335,6 498,2 480,8 492,9 416,5 380,9 4.490,8
SUBTOTAL [A] 32.187,8 27.427,7 29.391,8 33.084,6 28.535,7 33.826,4 31.455,2 30.131,2 32.823,4 33.011,2 30.061,4 38.117,8 380.054,2
PAGAMENTO UNIFICADO [B] 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
RECEITA ADMINISTRADA [C] = [A]+[B]
32.187,8 27.427,7 29.391,8 33.084,6 28.535,7 33.826,4 31.455,2 30.131,2 32.823,4 33.011,2 30.061,4 38.117,8 380.054,2
DEMAIS RECEITAS [D] 2.711,3 992,5 888,2 3.126,9 1.095,1 1.049,8 3.170,6 1.058,3 1.538,4 3.292,1 891,8 913,5 20.728,5
RECEITA TOTAL [E] = [C]+[D] 34.899,1 28.420,2 30.280,0 36.211,5 29.630,8 34.876,2 34.625,8 31.189,5 34.361,8 36.303,3 30.953,2 39.031,3 400.782,7
Arrecadação dos Impostos e Contribuições Federais Administrados pela SRF 2006 - a preços de dez/2006 (IGP-DI) – R$ milhões
Fonte: SRF - Coordenação-Geral de Política Tributária
Tabela IV
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 45
RECEITAS jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total
Imposto sobre a Importação - II 748,4 646,8 796,2 716,4 737,3 737,8 739,0 833,5 756,4 740,9 783,7 783,5 9.019,9
Imposto sobre a Exportação - IE 7,8 9,9 3,9 2,2 4,2 3,3 8,0 1,2 4,4 -2,2 3,9 2,0 48,9
Imposto s/ Produtos Industrializados - IPI
2.032,0 1.574,3 2.004,6 2.101,7 1.846,3 1.736,9 1.837,2 2.072,8 2.124,5 2.207,6 2.347,9 2.565,7 24.451,6
IPI - Fumo 204,8 190,3 183,5 212,7 190,1 168,4 180,0 180,5 196,8 194,3 192,5 208,7 2.302,8
IPI - Bebidas 209,6 178,3 158,4 210,6 156,1 168,2 182,1 210,4 186,2 197,2 218,3 282,2 2.357,6
IPI - Automóveis 199,7 232,2 273,3 362,1 311,9 282,1 320,6 313,2 327,0 328,8 342,5 447,8 3.741,3
IPI - Vinculado a Importação 404,3 361,4 445,4 421,9 433,0 437,3 419,0 489,7 461,0 450,0 484,6 470,6 5.278,0
IPI - Outros 1.013,7 612,0 943,9 894,5 755,2 680,8 735,5 879,0 953,5 1.037,3 1.110,1 1.156,4 10.771,9
Imposto sobre a Renda - IR 10.078,4 7.931,3 9.367,0 10.926,5 8.441,8 11.351,1 8.303,0 8.571,6 6.854,9 9.000,4 8.938,4 15.521,2 115.285,6
Pessoas Físicas - IRPF 290,1 296,0 328,5 2.028,4 800,8 671,6 598,5 657,0 583,0 303,7 362,3 384,2 7.304,2
Pessoas Jurídicas - IRPJ 5.238,5 4.137,4 3.910,8 4.620,2 3.255,6 3.543,0 3.923,2 3.833,8 3.442,8 5.557,1 3.711,9 3.790,8 48.965,0
Retido nas Fontes - IRRF 4.549,8 3.498,0 5.127,7 4.277,9 4.385,4 7.136,6 3.781,2 4.080,9 2.829,1 3.139,6 4.864,2 11.346,1 59.016,4
Rendimentos do Trabalho 2.407,8 2.319,9 3.268,8 2.463,6 2.667,9 1.775,1 1.657,3 2.213,6 995,8 1.368,6 2.875,3 4.722,8 28.736,4
Rendimentos do Capital 1.522,4 587,0 956,9 964,8 1.016,9 4.473,0 1.161,6 1.057,4 811,4 1.029,6 1.271,3 5.115,1 19.967,4
Remessas para o Exterior 354,2 349,1 533,9 524,9 397,3 465,4 643,5 444,9 549,5 416,1 378,1 1.123,6 6.180,6
Outros Rendimentos 265,4 242,0 368,0 324,6 303,4 423,1 318,8 364,9 472,4 325,2 339,5 384,7 4.132,1
Imposto s/ Operações Financeiras - IOF
450,8 423,1 542,2 462,6 502,6 553,6 496,1 592,8 474,2 482,7 564,5 552,6 6.097,8
Imposto Territorial Rural - ITR 7,4 5,9 9,4 9,9 9,4 6,0 8,8 24,4 161,6 32,8 25,8 21,9 323,1
Contrib. Provisória s/ Movim. Financ. - CPMF
2.194,7 2.251,0 2.629,2 2.163,0 2.362,4 2.692,1 2.407,6 2.660,1 1.980,0 2.214,7 2.741,5 2.710,7 29.007,0
Contrib.para a Seguridade Social/COFINS
7.657,8 6.327,0 6.398,4 7.088,2 6.990,6 7.177,6 7.111,6 7.221,3 7.700,0 7.395,8 7.576,2 7.936,8 86.581,3
Contribuição para o PIS-PASEP 1.924,2 1.645,0 1.587,2 1.742,8 1.723,5 1.801,5 1.919,1 1.799,0 1.910,9 1.652,5 1.841,6 2.038,2 21.585,4
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
2.730,4 1.994,7 1.898,4 2.608,6 1.618,2 1.784,5 2.578,9 1.938,8 1.922,7 2.899,6 1.874,6 1.993,7 25.843,1
CIDE - Combustíveis 649,8 607,9 593,7 673,2 637,6 643,5 626,8 651,3 671,9 627,6 638,1 658,4 7.679,7
Contribuição para o FUNDAF 25,4 21,8 23,6 29,5 26,3 27,0 25,1 23,4 25,0 25,9 21,1 31,4 305,5
Outras Receitas Administradas 270,8 214,3 279,5 240,5 247,5 293,6 448,3 440,5 341,5 316,3 295,3 317,3 3.705,3
SUBTOTAL [A] 28.778,1 23.652,9 26.133,1 28.765,1 25.147,7 28.808,5 26.509,5 26.830,9 24.928,0 27.594,5 27.652,5 35.133,4 329.934,1
PAGAMENTO UNIFICADO [B] 240,5 245,5 258,2 242,9 262,7 287,4 261,5 263,2 259,3 259,1 197,2 295,6 3.072,9
RECEITA ADMINISTRADA [C]=[A]+[B]
29.018,5 23.898,4 26.391,3 29.007,9 25.410,4 29.095,9 26.771,0 27.094,1 25.187,3 27.853,6 27.849,7 35.429,0 333.007,0
DEMAIS RECEITAS [D] 2.602,9 782,4 865,3 2.416,7 949,9 757,8 2.520,8 836,2 864,3 2.884,7 895,0 778,6 17.154,6
TOTAL GERAL [E]=[C]+[D] 31.621,4 24.680,8 27.256,6 31.424,6 26.360,3 29.853,7 29.291,8 27.930,3 26.051,5 30.738,3 28.744,7 36.207,6 350.161,6
Arrecadação dos Impostos e Contribuições Federais Administrados pela SRF 2005 - Preços correntes – Receita Líquida de Restituições – R$ milhões
Fonte: SRF - Coordenação-Geral de Política Tributária
Tabela V-A
46 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
RECEITAS jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total
Contrib. p/ Plano Seg. Social Servidores
293,4 -1,1 -0,7 1,5 -1,2 1,3 -0,0 -0,1 -1,5 -1,9 -0,8 -2,4 286,6
Pensões Militares 87,6 87,5 87,9 87,8 87,6 87,9 87,9 87,7 88,1 88,0 107,9 75,3 1.061,4
Cota-Parte Adic. Frete Renov. M. Mercante
86,1 77,0 91,4 79,0 89,2 3,8 0,5 0,2 0,3 0,9 0,5 0,6 429,7
Cota-Parte - Compensações Financeiras
2.015,1 486,3 572,6 2.101,2 579,5 539,0 2.296,8 619,1 663,6 2.647,0 609,5 574,3 13.704,0
Recursos Hidricos - União 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Recursos Minerais/Outros - União
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,1 -0,1
Royalties Produção Petróleo/Gás 208,9 221,6 199,2 281,7 274,6 267,1 271,4 297,4 319,9 306,5 293,7 275,1 3.217,1
Royalties Exced. Produção Petróleo/Gás
202,6 223,4 194,0 273,4 266,3 258,2 261,9 287,5 309,5 297,6 284,3 265,8 3.124,5
Particip. Especial Petróleo/Gás 1.563,2 0,4 111,1 1.505,7 0,0 0,0 1.726,8 0,0 0,0 2.008,6 0,0 0,0 6.915,9
Royalties/Indenizações Itaipu 40,4 41,0 68,3 40,5 38,6 13,6 36,6 34,1 34,2 34,2 31,6 33,4 446,5
Outras Compensações Financeiras
0,0 -0,0 -0,0 0,0 -0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1
Honorários Advocatícios - Dívida Ativa - PFN
9,4 18,4 15,7 12,7 26,2 14,2 21,6 18,4 17,3 45,3 22,5 25,1 246,8
Concessões e Permissões 0,0 0,0 0,0 2,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,0 2,1
Outorga de Serviços de Telecomunicações
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Outras Concessões/Permissões 0,0 0,0 0,0 2,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,0 2,1
Superavit Financeiro 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Participações e Dividendos 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Rendas do S.P.U. 10,0 12,1 15,4 12,2 54,0 20,5 21,2 21,1 20,1 19,3 18,4 21,8 245,9
Custas Judiciais 2,4 2,7 3,4 3,8 3,8 5,8 5,1 4,6 4,3 3,9 4,1 3,3 47,3
Taxas Fisc. Merc. Seg., Cap., Prev. P. Aberta
10,1 0,2 0,1 9,8 1,6 0,0 9,7 0,5 -0,1 1,9 -0,1 -0,2 33,4
Taxas Fisc. Merc. de Tít.Vr. Mobiliários
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Outras Taxas 8,0 10,3 13,0 9,8 14,7 14,5 13,1 13,8 13,1 12,5 13,1 17,4 153,1
Outras Receitas 80,8 89,0 66,6 96,8 94,5 70,8 65,0 70,8 59,0 67,6 119,8 63,5 944,3
Eventuais 1,8 4,0 2,7 0,9 1,9 1,4 3,9 5,1 0,7 1,8 1,6 2,1 27,9
Restituições - Outras 10,6 5,8 2,9 3,8 3,4 2,7 2,1 4,0 3,0 2,5 3,2 6,1 50,1
Restituições - Aviso MF 087/85 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Demais 68,4 79,2 61,0 92,1 89,2 66,7 59,0 61,7 55,3 63,4 115,1 55,3 866,3
DEMAIS RECEITAS 2.602,9 782,4 865,3 2.416,7 949,9 757,8 2.520,8 836,2 864,3 2.884,7 895,0 778,6 17.154,6
Arrecadação dos Impostos e Contribuições Federais Administrados pela SRF 2006 - a preços correntes – Receita Líquida de Restituições – R$ milhões
Fonte: SRF - Coordenação-Geral de Política Tributária
Tabela V-B
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 47
RECEITAS jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total
Imposto sobre a Importação - II 816,7 663,1 756,8 686,2 829,9 781,9 792,3 1.134,5 829,0 853,9 965,0 864,6 9.973,8
Imposto sobre a Exportação - IE 2,2 0,7 1,1 0,6 0,9 1,1 0,6 0,4 1,4 1,2 0,8 1,3 12,5
Imposto s/ Produtos Industrializados - IPI
2.230,9 2.040,8 2.011,5 2.228,8 2.032,0 2.183,2 2.200,8 2.378,4 2.727,8 2.443,0 2.574,1 3.364,6 28.416,0
IPI - Fumo 218,6 202,0 182,8 218,1 175,3 187,4 192,2 188,7 221,3 195,6 207,8 206,8 2.396,5
IPI - Bebidas 253,4 217,4 184,2 199,5 175,1 188,6 193,7 189,2 319,6 203,8 216,9 278,0 2.619,4
IPI - Automóveis 287,5 343,7 305,2 376,4 310,1 350,5 366,3 358,6 373,1 374,4 374,1 471,9 4.291,7
IPI - Vinculado a Importação 453,5 361,7 488,5 424,5 510,7 503,5 501,8 632,3 545,9 558,8 606,8 592,6 6.180,5
IPI - Outros 1.017,9 916,0 850,8 1.010,4 860,9 953,4 946,9 1.009,6 1.267,9 1.110,4 1.168,6 1.815,3 12.927,9
Imposto sobre a Renda - IR 10.636,8 9.178,1 10.219,1 12.697,6 9.138,8 12.815,8 9.973,9 9.168,5 9.209,2 10.356,3 8.511,0 14.801,2 126.706,4
Pessoas Físicas - IRPF 335,3 323,1 356,7 2.205,7 1.022,3 853,1 739,3 696,5 663,8 430,8 398,2 477,5 8.502,3
Pessoas Jurídicas - IRPJ 5.709,7 4.655,8 5.081,8 5.606,2 3.514,3 4.698,6 5.186,1 3.744,5 4.349,4 5.609,4 3.540,3 3.600,7 55.296,8
Retido nas Fontes - IRRF 4.591,8 4.199,2 4.780,6 4.885,7 4.602,2 7.264,1 4.048,5 4.727,5 4.196,0 4.316,1 4.572,5 10.723,0 62.907,3
Rendimentos do Trabalho 1.907,3 2.554,7 3.049,3 2.783,2 2.682,7 1.489,8 2.231,8 2.786,2 1.809,5 1.700,6 2.631,1 4.232,7 29.858,7
Rendimentos do Capital 1.887,2 983,0 896,9 1.245,5 1.108,6 4.684,8 954,0 999,1 1.094,4 1.357,6 969,5 4.877,8 21.058,4
Remessas para o Exterior 573,6 347,3 520,8 468,6 491,2 688,6 477,2 543,7 811,9 886,9 593,4 1.007,7 7.411,0
Outros Rendimentos 223,7 314,2 313,6 388,4 319,7 400,9 385,5 398,5 480,3 371,0 378,5 604,9 4.579,3
Imposto s/ Operações Financeiras - IOF
494,7 526,6 488,5 581,1 527,2 579,2 579,2 555,0 625,1 584,3 573,5 669,8 6.784,0
Imposto Territorial Rural - ITR 8,8 7,6 7,7 7,8 8,5 7,6 6,0 11,1 182,8 37,2 30,7 27,3 343,0
Contrib. Provisória s/ Movim. Financ. - CPMF
2.407,3 2.309,2 2.645,2 2.667,2 2.469,1 2.597,1 2.776,0 2.604,2 2.836,7 2.733,8 2.755,4 3.286,5 32.087,5
Contrib.para a Seguridade Social/COFINS
8.054,3 6.690,1 6.775,2 7.002,6 7.329,5 7.416,1 7.009,4 7.868,1 8.248,3 7.728,5 8.038,6 8.080,4 90.241,0
Contribuição para o PIS-PASEP 2.100,4 1.783,4 1.869,2 1.922,3 1.971,6 1.982,0 1.976,3 1.990,4 2.139,1 2.019,4 2.068,9 2.143,0 23.965,9
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
3.050,4 2.133,9 2.242,7 2.772,1 1.922,9 2.095,3 2.765,2 1.888,6 2.318,6 2.984,2 1.947,2 1.869,8 27.991,0
CIDE - Combustíveis 627,2 590,9 570,6 706,6 647,7 640,4 634,0 637,7 702,0 691,9 702,1 665,8 7.816,8
Contribuição para o FUNDAF 26,4 17,5 39,8 19,8 26,7 28,2 24,1 30,4 33,5 30,0 31,0 40,0 347,3
Outras Receitas Administradas 350,9 267,6 289,3 223,2 329,0 331,0 317,7 483,8 461,4 482,2 410,8 374,3 4.321,2
SUBTOTAL [A] 30.807,0 26.209,4 27.916,5 31.515,9 27.233,6 31.458,6 29.055,5 28.751,1 30.314,7 30.946,0 28.609,2 36.188,7 359.006,3
PAGAMENTO UNIFICADO [B] 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
RECEITA ADMINISTRADA [C]=[A]+[B]
30.807,0 26.209,4 27.916,5 31.515,9 27.233,6 31.458,6 29.055,5 28.751,1 30.314,7 30.946,0 28.609,2 36.188,7 359.006,3
DEMAIS RECEITAS [D] 2.630,9 959,1 857,2 3.019,1 1.061,5 1.024,3 3.098,9 1.038,4 1.513,4 3.264,8 889,4 913,5 20.270,2
TOTAL GERAL [E]=[C]+[D] 33.437,9 27.168,5 28.773,7 34.535,0 28.295,1 32.482,9 32.154,4 29.789,5 31.828,1 34.210,7 29.498,6 37.102,1 379.276,5
Arrecadação dos Impostos e Contribuições Federais Administrados pela SRF 2006 - Preços correntes – Receita Líquida de Restituições – R$ milhões
Fonte: SRF - Coordenação-Geral de Política Tributária
Tabela VI-A
48 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
RECEITAS jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total
Contrib. p/ Plano Seg. Social Servidores
0,1 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3
Pensões Militares 123,9 100,1 100,2 100,1 100,1 100,0 100,1 110,4 110,4 110,2 83,4 137,7 1.276,5
Cota-Parte Adic. Frete Renov. M. Mercante
0,1 0,5 0,5 0,2 0,4 0,2 0,3 0,2 0,3 0,8 0,2 0,2 3,8
Cota-Parte - Compensações Financeiras
2.382,6 748,0 591,4 2.733,8 710,0 757,0 2.860,0 795,3 1.182,1 2.995,1 650,5 622,9 17.028,8
Recursos Hidricos - União 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Recursos Minerais/Outros - União
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Royalties Produção Petróleo/ Gás
563,4 55,9 282,0 311,0 343,6 366,6 331,8 382,9 366,4 329,5 313,0 298,6 3.944,8
Royalties Exced. Produção Petróleo/Gás
6,7 591,5 272,4 300,3 330,9 353,8 320,0 370,0 353,4 318,7 302,6 288,7 3.809,1
Particip. Especial Petróleo/Gás 1.779,0 65,9 0,0 2.088,4 0,0 0,0 2.172,0 7,2 426,1 2.310,9 0,0 0,4 8.849,8
Royalties/Indenizações Itaipu 33,5 34,8 37,0 34,2 35,5 36,6 36,2 35,2 36,1 36,0 34,9 35,2 425,1
Outras Compensações Financeiras
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Honorários Advocatícios - Dívida Ativa - PFN
27,3 27,8 76,7 107,6 117,2 61,1 28,8 25,5 107,6 44,6 44,0 39,2 707,4
Concessões e Permissões 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Outorga de Serviços de Telecomunicações
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Outras Concessões/Permissões 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Superavit Financeiro 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Participações e Dividendos 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Rendas do S.P.U. 12,6 13,1 15,8 13,4 58,8 23,7 28,4 23,9 19,7 25,2 27,5 21,5 283,5
Custas Judiciais 3,6 3,5 4,7 3,6 4,7 4,6 4,0 4,5 4,5 4,8 -3,2 4,1 43,2
Taxas Fisc. Merc. Seg., Cap., Prev. P. Aberta
0,1 -0,0 -1,5 -0,1 -0,0 -0,0 0,0 -0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -1,5
Taxas Fisc. Merc. de Tít.Vr. Mobiliários
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Outras Taxas 8,9 10,9 14,3 11,6 13,7 11,6 16,0 16,8 15,2 17,0 16,4 20,8 173,3
Outras Receitas 71,9 55,1 55,2 49,0 56,6 66,1 61,2 61,7 73,7 66,9 70,4 67,1 754,8
Eventuais 4,2 0,5 1,0 0,5 0,8 0,8 0,7 0,4 2,7 0,9 0,8 0,8 14,1
Restituições - Outras 4,3 1,6 -0,7 -0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1 0,0 0,0 0,0 5,5
Restituições - Aviso MF 087/85 0,0 0,0 0,0 -0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1
Demais 63,4 53,0 54,9 48,4 55,7 65,3 60,5 61,2 71,0 66,0 69,5 66,3 735,2
DEMAIS RECEITAS 2.630,9 959,1 857,2 3.019,1 1.061,5 1.024,3 3.098,9 1.038,4 1.513,4 3.264,7 889,4 913,5 20.270,2
Arrecadação dos Impostos e Contribuições Federais Administrados pela SRF 2006 - Preços correntes – Receita Líquida de Restituições – R$ milhões
Fonte: SRF - Coordenação-Geral de Política Tributária
Tabela VI-B
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 49
RECEITAS jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total
Imposto sobre a Importação - II 841,7 683,8 783,9 710,6 856,2 801,3 810,6 1.155,9 842,6 861,0 967,5 864,6 10.179,7
Imposto sobre a Exportação - IE 2,3 0,8 1,1 0,7 1,0 1,2 0,6 0,4 1,4 1,2 0,8 1,3 12,8
Imposto s/ Produtos Industrializados - IPI
2.299,1 2.104,5 2.083,2 2.308,2 2.096,5 2.237,6 2.251,6 2.423,4 2.772,8 2.463,3 2.580,8 3.364,6 28.986,0
IPI - Fumo 225,3 208,3 189,4 225,8 180,9 192,0 196,6 192,3 224,9 197,2 208,4 206,8 2.447,9
IPI - Bebidas 261,2 224,2 190,8 206,6 180,6 193,3 198,2 192,8 324,9 205,5 217,5 278,0 2.673,6
IPI - Automóveis 296,2 354,5 316,1 389,8 319,9 359,2 374,8 365,3 379,3 377,5 375,0 471,9 4.379,5
IPI - Vinculado a Importação 467,4 373,0 506,0 439,6 526,9 516,0 513,3 644,3 554,9 563,5 608,3 592,6 6.305,8
IPI - Outros 1.049,0 944,5 881,3 1.046,4 888,2 977,1 968,7 1.028,7 1.288,8 1.119,6 1.171,6 1.815,3 13.179,2
Imposto sobre a Renda - IR 10.961,8 9.464,2 10.585,3 13.150,0 9.428,4 13.134,2 10.204,3 9.342,0 9.361,0 10.442,5 8.533,2 14.801,3 129.408,2
Pessoas Físicas - IRPF 345,5 333,2 369,5 2.284,3 1.054,7 874,2 756,4 709,7 674,7 434,4 399,3 477,5 8.713,4
Pessoas Jurídicas - IRPJ 5.884,1 4.800,9 5.263,9 5.805,9 3.625,7 4.815,4 5.305,9 3.815,3 4.421,1 5.656,1 3.549,5 3.600,7 56.544,5
Retido nas Fontes - IRRF 4.732,2 4.330,1 4.951,9 5.059,8 4.748,0 7.444,6 4.142,0 4.817,0 4.265,2 4.352,0 4.584,4 10.723,1 64.150,3
Rendimentos do Trabalho 1.965,5 2.634,3 3.158,5 2.882,3 2.767,7 1.526,8 2.283,4 2.838,9 1.839,3 1.714,7 2.638,0 4.232,7 30.482,1
Rendimentos do Capital 1.944,9 1.013,7 929,0 1.289,9 1.143,7 4.801,2 976,0 1.018,0 1.112,4 1.368,9 972,0 4.877,8 21.447,5
Remessas para o Exterior 591,2 358,1 539,5 485,3 506,8 705,7 488,2 554,0 825,3 894,3 595,0 1.007,7 7.551,1
Outros Rendimentos 230,6 324,0 324,9 402,3 329,8 410,9 394,4 406,1 488,2 374,1 379,4 604,9 4.669,6
Imposto s/ Operações Financeiras - IOF
509,8 543,0 506,0 601,8 543,9 593,5 592,6 565,5 635,4 589,2 575,0 669,8 6.925,5
Imposto Territorial Rural - ITR 9,1 7,8 7,9 8,1 8,7 7,8 6,1 11,3 185,8 37,5 30,8 27,3 348,2
Contrib. Provisória s/ Movim. Financ. - CPMF
2.480,9 2.381,1 2.740,0 2.762,2 2.547,4 2.661,6 2.840,1 2.653,4 2.883,4 2.756,6 2.762,5 3.286,5 32.755,7
Contrib.para a Seguridade Social/COFINS
8.300,4 6.898,6 7.017,9 7.252,1 7.561,9 7.600,3 7.171,3 8.016,9 8.384,3 7.792,7 8.059,5 8.080,4 92.136,3
Contribuição para o PIS-PASEP 2.164,6 1.838,9 1.936,1 1.990,8 2.034,1 2.031,2 2.022,0 2.028,1 2.174,3 2.036,2 2.074,3 2.143,0 24.473,6
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
3.143,6 2.200,5 2.323,0 2.870,9 1.983,9 2.147,3 2.829,1 1.924,4 2.356,8 3.009,0 1.952,3 1.869,8 28.610,6
CIDE - Combustíveis 646,4 609,3 591,0 731,7 668,2 656,3 648,7 649,8 713,5 697,7 703,9 665,8 7.982,3
Contribuição para o FUNDAF 27,2 18,0 41,3 20,5 27,5 28,9 24,7 31,0 34,0 30,3 31,1 40,0 354,5
Outras Receitas Administradas 361,7 275,9 299,6 231,2 339,4 339,2 325,0 493,0 469,0 486,3 411,9 374,3 4.406,5
SUBTOTAL [A] 31.748,6 27.026,4 28.916,7 32.638,8 28.097,1 32.240,4 29.726,7 29.295,1 30.814,3 31.203,5 28.686,6 36.188,7 366.579,9
PAGAMENTO UNIFICADO [B] 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
RECEITA ADMINISTRADA [C]=[A]+[B]
31.748,6 27.026,4 28.916,7 32.638,8 28.097,1 32.240,4 29.726,7 29.295,1 30.814,3 31.203,5 28.683,6 36.188,7 366.579,9
DEMAIS RECEITAS [D] 2.711,1 988,9 887,8 3.126,8 1.094,9 1.049,6 3.170,3 1.058,1 1.538,3 3.292,0 891,5 913,4 20.722,7
TOTAL GERAL [E]=[C]+[D] 34.459,7 28.015,3 29.804,5 35.765,6 29.192,0 33.290,0 32.897,0 30.353,2 32.352,6 34.495,5 29.575,1 37.102,1 387.302,6
Arrecadação dos Impostos e Contribuições Federais Administrados pela SRF 2006 - a preços de dez/2006 (IGP-DI) – Receita Líquida de Restituições – R$ milhões
Fonte: SRF - Coordenação-Geral de Política Tributária
Tabela VII
50 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
Tabela VIII
RECEITAS jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total
Imposto sobre a Importação - II 783,8 674,7 822,4 736,2 759,6 763,6 767,8 873,0 793,3 772,2 814,0 813,3 9.373,9
Imposto sobre a Exportação - IE 8,2 10,3 4,0 2,3 4,4 3,4 8,4 1,3 4,6 -2,3 4,1 2,1 50,8
Imposto s/ Produtos Industrializados - IPI
2.128,2 1.642,1 2.070,6 2.159,8 1.902,1 1.797,4 1.909,0 2.171,0 2.228,0 2.300,6 2.438,8 2.663,1 25.410,7
IPI - Fumo 214,5 198,5 189,6 218,6 195,9 174,2 187,0 189,1 206,4 202,5 200,0 216,7 2.393,0
IPI - Bebidas 219,6 186,0 163,6 216,4 160,8 174,1 189,2 220,4 195,2 205,5 226,8 292,9 2.450,5
IPI - Automóveis 209,1 242,2 282,3 372,1 321,3 292,0 333,1 328,0 342,9 342,7 355,7 464,8 3.886,2
IPI - Vinculado a Importação 423,4 377,0 460,1 433,5 446,1 452,5 435,4 512,9 483,5 468,9 503,3 488,4 5.485,0
IPI - Outros 1.061,6 638,4 975,0 919,2 778,0 704,6 764,3 920,6 1.000,0 1.081,0 1.153,0 1.200,3 11.196,0
Imposto sobre a Renda - IR 10.555,2 8.273,3 9.675,3 11.228,6 8.697,1 11.747,3 8.627,2 8.977,4 7.188,7 9.379,5 9.284,2 16.110,6 119.744,4
Pessoas Físicas - IRPF 303,9 308,7 339,3 2.084,5 825,0 695,0 621,9 688,1 611,4 316,5 376,3 398,8 7.569,4
Pessoas Jurídicas - IRPJ 5.486,3 4.315,8 4.039,5 4.748,0 3.354,1 3.666,6 4.076,4 4.015,2 3.610,4 5.791,2 3.855,5 3.934,8 50.893,8
Retido nas Fontes - IRRF 4.765,0 3.648,8 5.296,5 4.396,1 4.518,0 7.385,7 3.928,9 4.274,1 2.966,9 3.271,8 5.052,4 11.777,0 61.281,2
Rendimentos do Trabalho 2.521,7 2.419,9 3.376,4 2.531,7 2.748,5 1.837,0 1.722,0 2.318,4 1.044,3 1.426,3 2.986,6 4.902,1 29.834,9
Rendimentos do Capital 1.594,4 612,3 988,4 991,4 1.047,6 4.629,1 1.206,9 1.107,5 850,9 1.073,0 1.320,5 5.309,3 20.731,3
Remessas para o Exterior 370,9 364,2 551,5 539,4 409,3 481,7 668,7 466,0 576,3 433,6 392,7 1.166,3 6.420,6
Outros Rendimentos 278,0 252,4 380,2 333,6 312,6 437,9 331,3 382,2 495,4 338,9 352,6 399,3 4.294,4
Imposto s/ Operações Financeiras - IOF
472,2 441,4 560,0 475,4 517,7 572,9 515,5 620,9 497,3 503,0 586,3 573,5 6.336,1
Imposto Territorial Rural - ITR 7,8 6,1 9,7 10,2 9,7 6,2 9,1 25,5 169,4 34,2 26,8 22,7 337,4
Contrib. Provisória s/ Movim. Financ. - CPMF
2.298,5 2.348,1 2.715,7 2.222,9 2.433,8 2.786,0 2.501,6 2.786,0 2.076,4 2.308,0 2.847,6 2.813,6 30.138,2
Contrib.para a Seguridade Social/COFINS
8.020,0 6.599,9 6.609,0 7.284,3 7.202,0 7.428,1 7.389,4 7.563,1 8.074,9 7.707,4 7.869,4 8.238,2 89.985,7
Contribuição para o PIS-PASEP 2.015,2 1.715,9 1.639,4 1.791,0 1.775,7 1.864,4 1.994,1 1.884,1 2.003,9 1.722,1 1.912,9 2.115,6 22.434,3
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
2.859,6 2.080,7 1.960,9 2.680,8 1.667,1 1.846,8 2.679,6 2.030,6 2.016,3 3.021,7 1.947,1 2.069,4 26.860,6
CIDE - Combustíveis 680,5 634,1 613,2 705,1 665,1 664,7 656,5 679,4 694,0 657,3 665,6 680,0 7.995,5
Contribuição para o FUNDAF 26,7 22,8 24,4 30,9 27,4 27,9 26,3 24,4 25,9 27,1 22,0 32,4 318,2
Outras Receitas Administradas 283,6 223,5 288,6 247,2 255,0 303,9 465,8 461,3 358,1 329,6 306,7 329,3 3.852,6
SUBTOTAL [A] 30.139,5 24.672,9 26.993,2 29.574,7 25.916,7 29.812,6 27.550,3 28.098,0 26.130,8 28.760,4 28.725,5 36.463,8 342.838,4
PAGAMENTO UNIFICADO [B] 251,8 256,1 266,7 254,4 274,0 296,9 273,8 274,6 267,8 271,3 205,7 305,3 3.198,4
RECEITA ADMINISTRADA [C]=[A]+[B]
30.391,3 24.929,0 27.259,9 29.829,1 26.190,7 30.109,5 27.824,1 28.372,6 26.398,6 29.031,7 28.931,2 36.769,1 346.036,8
DEMAIS RECEITAS [D] 2.424,5 1.193,0 1.267,8 2.880,4 1.427,5 1.136,5 2.903,9 1.247,5 1.294,9 3.303,5 1.319,0 1.156,9 21.555,5
TOTAL GERAL [E]=[C]+[D] 32.815,8 26.122,0 28.527,7 32.709,5 27.618,2 31.246,0 30.728,0 29.620,1 27.693,5 32.335,2 30.250,2 37.926,0 367.592,3
Arrecadação dos Impostos e Contribuições Federais Administrados pela SRF 2005 - a preços de dez/2006 (IGP-DI) – Receita Líquida de Restituições – R$ milhões
Fonte: SRF - Coordenação-Geral de Política Tributária
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 51
RECEITAS 1º TRIMESTRE 2º TRIMESTRE 3º TRIMESTRE 4º TRIMESTRE
2006 2005 +/- % 2006 2005 +/- % 2006 2005 +/- % 2006 2005 +/- %
Imposto sobre a Importação - II 2.309,4 2.280,9 1.25 2.368,1 2.259,4 4,81 2.809,1 2.434,1 15,41 2.693,1 2.399,5 12,24
Imposto sobre a Exportação - IE 4,2 22,5 -81,33 2,9 10,1 -71,29 2,4 14,3 -83,22 3,3 3,9 -15,38
Imposto s/ Produtos Industrializados - IPI 6.487,2 5.840,9 11,07 6.642,3 5.859,3 13,36 7.447,8 6.308,0 18,07 8.408,7 7.402,5 13,59
IPI - Fumo 623,0 602,6 3,39 598,7 588,7 1,70 613,8 582,5 5,37 612,4 619,2 -1,10
IPI - Bebidas 676,2 569,2 18,80 580,5 551,3 5,30 715,9 604,8 18,37 701,0 725,2 -3,34
IPI - Automóveis 966,8 733,6 31,79 1.068,9 985,4 8,47 1.119,4 1.004,0 11,49 1.224,4 1.163,2 5,26
IPI - Vinculado a Importação 1.346,4 1.260,5 6,81 1.482,5 1.332,1 11,29 1.712,5 1.431,8 19,60 1.764,4 1.460,6 20,80
IPI - Outros 2.874,8 2.675,0 7,47 2.911,7 2.401,8 21,23 3.286,2 2.684,9 22,40 4.106,5 3.434,3 19,57
Imposto sobre a Renda - IR 31.011,3 28.503,8 8,80 35.712,6 31.673,0 12,75 28.907,3 24.793,3 16,59 33.777,0 34.774,3 -2,87
Pessoas Físicas - IRPF 1.048,2 951,9 10,12 4.213,2 3.604,5 16,89 2.140,8 1.921,4 11,42 1.311,2 1.091,6 20,12
Pessoas Jurídicas - IRPJ 15.948,9 13.841,6 15,22 14.247,0 11.768,7 21,06 13.542,3 11.702,0 15,73 12.806,3 13.581,5 -5,71
Retido nas Fontes - IRRF 14.014,2 13.710,3 2,22 17.252,4 16.299,8 5,84 13.224,2 11.169,9 18,39 19.659,5 20.101,2 -2,20
Rendimentos do Trabalho 7.758,3 8.318,0 -6,73 7.176,8 7.117,2 0,84 6.961,6 5.084,7 36,91 8.585,4 9.315,0 -7,83
Rendimentos do Capital 3.887,6 3.195,1 21,67 7.234,8 6.668,1 8,50 3.106,4 3.165,3 -1,86 7.218,7 7.702,8 -6,28
Remessas para o Exterior 1.488,8 1.286,6 15,72 1.697,8 1.430,4 18,69 1.867,5 1.711,0 9,15 2.497,0 1.992,6 25,31
Outros Rendimentos 879,5 910,6 -3,42 1.143,0 1.084,1 5,43 1.288,7 1.208,9 6,60 1.358,4 1.090,8 24,53
Imposto s/ Operações Financeiras - IOF 1.558,8 1.473,6 5,78 1.739,2 1.566,0 11,06 1.793,5 1.633,7 9,78 1.834,0 1.662,8 10,30
Imposto Territorial Rural - ITR 24,8 23,6 5,08 24,6 26,1 -5,75 203,2 204,0 -0,39 95,6 83,7 14,22
Contrib. Provisória s/ Movim. Financ. - CPMF 7.602,0 7.362,3 3,26 7.971,2 7.442,7 7,10 8.376,9 7.364,0 13,75 8.805,6 7.969,2 10,50
Contrib.para a Seguridade Social/COFINS 22.216,9 21.228,9 4,65 22.414,3 21.914,4 2,28 23.572,5 23.027,4 2,37 23.932,6 23.815,0 0,49
Contribuição para o PIS-PASEP 5.939,6 5.370,5 10,60 6.056,1 5.431,1 11,51 6.224,4 5.882,1 5,82 6.253,5 5.750,6 8,75
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 7.667,1 6.901,2 11,10 7.002,1 6.194,7 13,03 7.110,3 6.726,5 5,71 6.831,1 7.038,2 -2,94
CIDE - Combustíveis 1.846,7 1.927,8 -4,21 2.056,9 2.034,9 1,05 2.012,0 2.029,9 -0,88 2.067,4 2.002,9 3,22
Contribuição para o FUNDAF 86,5 73,9 17,05 76,9 86,2 -10,79 89,7 76,6 17,10 101,4 81,5 24,42
Outras Receitas Administradas 937,2 795,7 17,78 909,8 806,1 12,86 1.287,0 1.285,2 0,14 1.272,5 965,6 31,78
SUBTOTAL [A] 87.691,7 81.805,6 7,20 92.976,3 85.304,0 8,99 89.836,1 81.779,1 9,85 96.075,8 93.949,7 2,26
PAGAMENTO UNIFICADO [B] 0,0 774,6 -100,00 0,0 825,3 -100,00 0,0 816,2 -100,00 0,0 782,3 -100,00
RECEITA ADMINISTRADA [C]=[A]+[B] 87.691,7 82.580,2 6,19 92.976,3 86.129,3 7,95 89.836,1 82.595,3 8,77 96.075,0 94.732,0 1,42
DEMAIS RECEITAS [D] 4.587,8 4.885,3 -6,09 5.271,3 5.444,4 -3,18 5.766,3 5.446,3 5,88 5.096,9 5.779,4 -11,81
TOTAL GERAL [E]=[C]+[D] 92.279,5 87.465,5 5,50 98.247,6 91.573,7 7,29 95.602,8 88.041,6 8,59 101.172,7 100.511,4 0,66
Arrecadação dos Impostos e Contribuições Federais Administrados pela SRF Janeiro a dezembro - a preços de dez/2006 (IGP-DI) – Receita Líquida de Restituições – R$ milhões
Fonte: SRF - Coordenação-Geral de Política Tributária
Tabela IX
52 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
Tabela X
RECEITAS 2006 2005 2006/2005
Valor % nas Rec.Admin.
% nas Rec.Totais
Valor % nas Rec.Admin.
% nas Rec.Totais
+/-%
Imposto sobre a Importação - II 10.179,7 2,78 2,63 9.373,9 2,71 2,55 8,60
Imposto sobre a Exportação - IE 12,8 0,00 0,00 50,8 0,01 0,01 -74,80
Imposto s/ Produtos Industrializados - IPI 28.986,0 7,91 7,48 25.410,7 7,34 6,91 14,07
IPI - Fumo 2.447,9 0,67 0,63 2.393,0 0,69 0,65 2,29
IPI - Bebidas 2.673,6 0,73 0,69 2.450,5 0,71 0,67 9,10
IPI - Automóveis 4.379,5 1,19 1,13 3.886,2 1,12 1,06 12,69
IPI - Vinculado a Importação 6.305,8 1,72 1,63 5.485,0 1,59 1,49 14,96
IPI - Outros 13.179,2 3,60 3,40 11.196,0 3,24 3,05 17,71
Imposto sobre a Renda - IR 129.408,2 35,30 33,41 119.744,4 34,60 32,58 8,07
Pessoas Físicas - IRPF 8.713,4 2,38 2,25 7.569,4 2,19 2,06 15,11
Pessoas Jurídicas - IRPJ 56.544,5 15,42 14,60 50.893,8 14,71 13,85 11,10
Retido nasFontes - IRRF 64.150,3 17,50 16,56 61.281,2 17,71 16,67 4,68
Rendimentos do Trabalho 30.482,1 8,32 7,87 29.834,9 8,62 8,12 2,17
Rendimentos do Capital 21.447,5 5,85 5,54 20.731,3 5,99 5,64 3,45
Remessas para o Exterior 7.551,1 2,06 1,95 6.420,6 1,86 1,75 17,61
Outros Rendimentos 4.669,6 1,27 1,21 4.294,4 1,24 1,17 8,74
Imposto s/ Operações Financeiras - IOF 6.925,5 1,89 1,79 6.336,1 1,83 1,72 9,30
Imposto Territorial Rural - ITR 348,2 0,09 0,09 337,4 0,10 0,09 3,20
Contrib. Provisória s/ Movim. Financ. - CPMF 32.755,7 8,94 8,46 30.138,2 8,71 8,20 8,68
Contrib.para a Seguridade Social/COFINS 92.136,3 25,13 23,79 89.985,7 26,00 24,48 2,39
Contribuição para o PIS-PASEP 24.473,6 6,68 6,32 22.434,3 6,48 6,10 9,09
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 28.610,6 7,80 7,39 26.860,6 7,76 7,31 6,52
CIDE - Combustíveis 7.982,3 2,18 2,06 7.995,5 2,31 2,18 -0,17
Contribuição para o FUNDAF 354,5 0,10 0,09 318,2 0,09 0,09 11,41
Outras Receitas Administradas 4.406,5 1,20 1,14 3.852,6 1,11 1,05 14,38
SUBTOTAL [A] 366.579,9 100,00 94,65 342.838,4 99,08 93,27 6,92
PAGAMENTO UNIFICADO [B] 0,0 0,00 0,00 3.198,4 0,92 0,87 -100,00
RECEITA ADMINISTRADA [C]=[A]+[B] 366.579,9 100,00 94,65 346.036,8 100,00 94,14 5,94
DEMAIS RECEITAS [D] 20.722,7 - 5,35 21.555,5 - 5,86 -3,86
TOTAL GERAL [E]=[C]+[D] 387.302,6 - 100,00 367.592,3 - 100,00 5,36
Arrecadação dos Impostos e Contribuições Federais Administrados pela SRF Janeiro a dezembro - a preços de dez/2006 (IGP-DI) – Receita Líquida de Restituições – R$ milhões
Fonte: SRF - Coordenação-Geral de Política Tributária
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 53
Execução OrçamentáriaO Diário Oficial da União de 30 de janeiro de 2007
divulgou a execução orçamentária e financeira – Orça-
mentos Fiscal e da Seguridade Social – da Administração
Pública federal (incluídas empresas públicas dependentes
e sociedades de economia mista dependentes) relativa ao
período de janeiro a dezembro de 2006.
Em notas explicativas, a STN esclarece, entre outros
pontos, que:
• considera-se como execução orçamentária da despe-
sa a ocorrência do estágio da liquidação, efetivado ou não
o seu respectivo pagamento;
• a divergência na inscrição de Restos a Pagar proces-
sados e não processados, entre o relatório de gestão fiscal
consolidado do terceiro quadrimestre de 2006 (a publica-
ção menciona 2005) e este relatório é oriundo de variações
cambiais e critério de apuração. Os números do primeiro
foram identificados em contas que compõem o balanço
patrimonial ao final do exercício e os do segundo foram
apurados por meio de contas de controle orçamentário,
inviabilizando a identificação da totalidade dos valores an-
teriormente divulgados, uma vez que não há, ainda, corre-
lação direta entre as informações registradas. A divergência
nos valores entre os meses de novembro e dezembro decor-
re de variações cambiais. (A explicação e ininteligível.);
• a previsão atualizada da receita apresenta-se menor
que a dotação atualizada da despesa em decorrência da
abertura de créditos adicionais com a utilização de supe-
rávit financeiro, apurado no balanço patrimonial de 2005,
proveniente de receitas orçamentárias previstas e efetiva-
mente arrecadadas em exercícios anteriores a 2006.
Diferentemente do que vinha constando de notas explica-
tivas, não se fez menção ao fato de que o resultado primário
da União é apurado com observância ao regime de caixa para
as receitas e despesas, inclusive as extra-orçamentárias.
O Balanço Orçamentário (ver Tabelas I, A, B e C, ane-
xas) acusa déficit corrente – considerando-se as despesas
liquidadas, ligeiramente inferiores às empenhadas, incluin-
do as receitas e despesas intraorçamentárias, e sem o refi-
nanciamento da dívida – de R$ 17,2 bilhões. Desconside-
rando-se as receitas e despesas intraorçamentárias, o déficit
corrente foi de R$ 46,6 bilhões e houve superávit de capital
de R$ 31,0 bilhões. A Tabela A constitui uma síntese desses
resultados, discriminadas as receitas e despesas correntes e
de capital pelos seus totais, incluídas as intraorçamentárias.
O déficit total foi, assim, de R$ 17,2 bilhões.
As novas operações de crédito (não houve receitas de
capital intraorçamentárias) somaram R$ 142,7 bilhões e os
resgates (amortizações definitivas – também não havendo
intraorçamentárias), R$ 120,9 bilhões, o que indica um
endividamento líquido adicional de R$ 21,8 bilhões (sem
o qual, portanto, o déficit subiria para R$ 39,0 bilhões).
Quando acrescidos os valores referentes à rolagem (re-
financiamento) da dívida pública (ver Tabelas II, anexa,
e B) – na receita, operações de crédito, R$ 399,5 bilhões,
na despesa, amortização da dívida, R$ 376,8 bilhões – às
receitas e despesas de capital, respectivamente, tem-se a
situação sintetizada a seguir.
O superávit total final foi, assim, de R$ 5,5 bilhões.
Note-se que os valores relativos à rolagem não se
igualam, o que até hoje carece de maiores explicações,
pois, em princípio, isso não deveria ocorrer. Uma even-
tual explicação poderia ser a de que os novos títulos lan-
çados incorporam encargos acrescidos, no vencimento,
às dívidas anteriores, o que, de qualquer modo, consti-
tuiria uma forma inadequada de contabilização (ou de
não-contabilização) das despesas, e só se justificaria se
os encargos correspondentes também não fossem pagos
(o que até seria possível, pois, como se sabe, os juros
não são integralmente pagos no exercício, sendo parte,
também, rolada). De qualquer maneira, é relevante ob-
servar que o excesso das receitas sobre as despesas de re-
financiamento também está associado a uma elevação no
estoque da dívida, combinado, portanto, com o excesso
anteriormente mencionado entre as novas operações de
Receitas Correntes 591.460.161 Despesas Correntes 639.022.063
Receitas de Capital 198.232.734 Despesas de Capital 167.856.204
Déficit Corrente 47.561.902 Superávit de Capital 30.376.530
TOTAL 837.254.797 TOTAL 837.254.797
Tabela AExecução Orçamentária da União – jan/dez 06 – R$ mil
Receitas Correntes 591.460.161 Despesas Correntes 639.022.063
Receitas de Capital 597.741.801 Despesas de Capital 544.689.127
Déficit Corrente 47.561.902 Superávit de Capital 53.052.674
TOTAL 1.236.763.864 TOTAL 1.236.763.864
Tabela BExecução Orçamentária da União,
acrescida a rolagem da dívida – jan/dez 06 – R$ mil
54 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
crédito e as amortizações definitivas. A soma desses dois
excessos corresponde a R$ 45,4 bilhões.
As despesas por Poder e Órgão (ver Tabela III, ane-
xa) mantêm proporções não muito diferentes das que vêm
sendo observadas ao longo dos últimos anos: das dota-
ções liquidadas, 96,0% correspondem ao Poder Execu-
tivo, 3,0%, ao Judiciário, 0,7%, ao Legislativo, 0,3%, ao
Ministério Público da União. É bom que se diga que essa
proporção é a que se verifica quando não computadas as
despesas intraorçamentárias e excetuados os valores do
refinanciamento da dívida pública. Assim, a preponde-
rância do Executivo seria ainda maior se fossem acresci-
dos tais valores, particularmente a amortização da dívida.
Vale assinalar que a despesa empenhada e liquidada pelo
Judiciário é 26,6% maior que a dotação atualizada. Nota
que acompanha a tabela publicada informa que “eventual
ocorrência de despesa realizada maior que a dotação do
respectivo órgão decorre de variação cambial e/ou de des-
centralização de crédito orçamentário, que é computada
na execução (empenho/liquidação), mas não é computada
na dotação”. A informação, como usualmente tem ocorri-
do, carece de maiores esclarecimentos.
As despesas de pessoal e encargos sociais (ver Tabela
IV, anexa) foram executadas à razão de 99,5% do montan-
te autorizado. A relação entre o total executado e a receita
corrente líquida continua com tendência declinante: nos
últimos doze meses foi de 29,7%. O mês de dezembro é
atípico, sendo a relação de 45,7%. Note-se que são inclu-
ídas entre as despesas da União transferências a estados e
ao DF, bem como – a título de Outras Aplicações – toda
sorte de despesas, desde as de exercícios anteriores até a
decorrente de contratos de terceirização. Os valores refe-
rentes aos cargos em comissão integram Vencimentos e
Vantagens Fixas.
O exame dos Restos a Pagar (ver Tabela V, anexa) dá
uma idéia da falta de critérios quanto às responsabilida-
des transferidas e restabelecidas de exercícios anteriores.
Os Restos a Pagar não-Processados, que representavam
mais de sete vezes – antes dos cancelamentos – o mon-
tante dos Processados, contêm valores dos exercícios an-
teriores (embora não se informe quanto). Por outro lado,
informa-se que a alteração de Restos a Pagar inscritos em
relação ao mês de março se deve à inclusão dos valores
inscritos do Ministério da Saúde referentes a 2004, pos-
teriormente cancelados (ao final de 2005) e, finalmente,
“restabelecidos” por meio do Decreto nº 5.729, de 20 de
março de 2006. Pela teoria e pela legislação os valores ins-
critos ao final do exercício e não pagos no exercício sub-
seqüente deveriam ser cancelados ao final desse mesmo
exercício. Em relação aos valores inscritos (deduzidos os
cancelamentos), restam a pagar, respectivamente, 22,0%
– processados – e 18,1% – não-processados. Como ge-
ralmente ocorre, os Investimentos se apresentam entre as
rubricas com mais baixos índices de realização, tanto entre
os Restos a Pagar Processados quanto entre os Restos a
Pagar não-Processados, respectivamente 64,4% e 71,3%.
Tampouco se deve ignorar o elevado percentual de can-
celamentos, principalmente no caso dos Restos a Pagar
não-Processados: 35,5%. É importante ressaltar que, por
ocasião da emissão do empenho, a suposição era a de que,
no exercício correspondente, a despesa seria executada,
além de que, no regime da Lei nº 4.320/64, ela teria sido
contabilizada como efetivamente realizada.
O resultado primário da União (ver Tabela VI, anexa) –
aquele apurado sem a inclusão dos juros e encargos da dí-
vida – é um pouco inferior, em 2006, ao obtido em 2005.
Mas, como ocorre desde 1999, superamos as metas.
O Balanço Financeiro (ver Tabelas XVII, anexa, e C)
demonstra o fluxo de disponibilidades do governo federal,
e pode ser sintetizado como segue.
Houve, assim, um superávit financeiro, na execução
orçamentária propriamente dita, de R$ 5,491 bilhões. Na
execução extra-orçamentária, houve também superávit
de R$ 2,010 bilhões. Desse modo, o superávit financeiro
total foi de R$ 7.501 bilhões, caracterizado pelo aumen-
to do mesmo valor nas disponibilidades. Tem enfatizado,
seguidamente, o aumento continuado das disponibilida-
des, atingindo valores muito elevados, por assim dizer
esterilizados, a pretexto de constituírem uma espécie de
“colchão” de segurança para os aplicadores, para os em-
prestadores de recursos.
Entre os dispêndios extra-orçamentários, destacam-
se, em Ajuste de Direitos e Obrigações, a Incorporação de
Ingressos orçament. 1.189.202 Dispêndios orçament. 1.183.711
Ingressos extra-orçament. 171.393 Disp. Extra-orçament. 169.383
Disponib.do período ant. 238.867 Disponib.p/período seg. 246.368
TOTAL 1.599.462 TOTAL 1.599.462
Tabela CExecução Financeira da União – jan/dez 06 – R$ milhões
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 55
Passivos, com R$ 61.810 milhões, e, em Valores em Circu-
lação, Recursos Esp. a Receber, com R$ 47.846 milhões.
Como ingressos extra-orçamentários, destacam-se, em
Ajuste de Direitos e Obrigações, a Incorporação de Direitos,
com R$ 61.354 milhões, e, em Obrigações em Circulação,
Recursos a Liberar p/ Pgto. de RP, com R$ 39.014 milhões.
Numa avaliação geral, devem-se destacar os elevados
percentuais de execução orçamentária das receitas corren-
tes (não computadas as intra-orçamentárias) – 101,54%
–, em especial a tributária (97,64%) e a de contribuições
(97,11%). Já as despesas correntes (também não com-
putadas as intra-orçamentárias) ficaram aquém do limite
RECEITAS PREVISÃO INICIAL (a) PREVISÃO ATUALIZADA (b)
RECEITAS REALIZADAS SALDO A REALIZAR (b-c)
Até o Bimestre (c) % (c/b)
RECEITAS (Exceto Intra-Orçamentárias) (I) 815.788.483 815.788.483 782.300.205 95,90 33.488.278
RECEITAS CORRENTES 575.218.298 575.218.298 584.067.471 101,54 (8.849.173)
RECEITA TRIBUTARIA 173.600.935 173.600.935 169.502.589 97,64 4.098.346
Impostos 169.968.344 169.968.344 165.843.673 97,57 4.124.671
Taxas 3.632.591 3.632.591 3.658.916 100,72 (26.325)
RECEITA DE CONTRIBUICOES 330.288.651 330.288.651 320.739.840 97,11 9.548.811
Contribuições Sociais 318.702.329 318.702.329 309.862.026 97,23 8.840.303
Contribuições Econômicas 11.586.322 11.586.322 10.877.814 93,89 708.508
RECEITA PATRIMONIAL 35.056.708 35.056.708 38.013.101 108,43 (2.956.393)
Receitas Imobiliárias 394.139 394.139 361.176 91,64 32.963
Receitas de Valores Mobiliários 13.821.194 13.821.194 18.126.830 131,15 (4.305.636)
Receita de Concessões e Permissões 2.035.442 2.035.442 907.629 44,59 1.127.813
Compensações Financeiras 18.763.216 18.763.216 18.595.278 99,11 167.938
Outras Receitas Patrimoniais 42.717 42.717 22.188 51,94 20.529
RECEITA AGROPECUARIA 20.857 20.857 27.068 129,78 (6.211)
Receita da Produção Vegetal 13.346 13.346 20.007 149,91 (6.661)
Receita da Produção Animal e Derivados 7.481 7.481 7.002 93,60 479
Outras Receitas Agropecuárias 30 30 59 196,67 (29)
RECEITA INDUSTRIAL 512.252 512.252 387.711 75,69 124.541
Receita da Indústria de Transformação 512.252 512.252 387.711 75,69 124.541
Receita da Indústria de Construção 0 0 0 0,00 0
Balanço OrçamentárioOrçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Jan-dez 2006/Bimestre nov-dez – R$ milhares
Tabela XI-A
LRF, art. 52, inciso I, alíneas “a” e “b” do inciso II e § 1º - Anexo I
autorizado em 6,28%. Em relação aos Investimentos, veri-
fica-se que só foram liquidados 3⁄4 das despesas autoriza-
das, menos de R$ 20 bilhões. A Reserva de Contingência
não foi utilizada, mais de R$ 18 bilhões. A execução fi-
nanceira, como já acentuado, tem permitido a acumulação
de saldos desnecessariamente elevados, em certo sentido
extravagantes. O resultado primário, ainda que um pouco
inferior ao do ano anterior, não comprometeu o atingi-
mento da meta, que deverá adequar-se, em 2007, aos PPIs,
às reestimativas do PIB e à melhoria da relação Dívida/PIB,
que poderá reforçar-se à medida que a queda das taxas de
juros se acelere e acentue nos próximos meses.
(continua...)
56 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
RECEITAS PREVISÃO INICIAL (a) PREVISÃO ATUALIZADA (b)
RECEITAS REALIZADAS SALDO A REALIZAR (b-c)
Até o Bimestre (c) % (c/b)
RECEITA DE SERVICOS 23.927.124 23.927.124 25.985.904 108,60 (2.058.780)
Receita de Serviços 23.927.124 23.927.124 25.985.904 108,60 (2.058.780)
TRANSFERENCIAS CORRENTES 330.769 330.769 187.630 56,73 143.139
Transferências Intergovernamentais 14 14 12 85,71 2
Transferências de Instituições Privadas 50.343 50.343 48.975 97,28 1.368
Transferências do Exterior 209.870 209.870 48.361 23,04 161.509
Transferências de Pessoas 3.396 3.396 717 21,11 2.679
Transferências de Convênios 66.246 66.246 88.542 133,66 (22.296)
Transferências para o Combate à Fome 900 900 1.023 113,67 (123)
OUTRAS RECEITAS CORRENTES 11.481.002 11.481.002 29.223.628 254,54 (17.742.626)
Multas e Juros de Mora 6.073.251 6.073.251 11.600.014 191,00 (5.526.763)
Indenizações e Restituições 1.227.964 1.227.964 2.041.241 166,23 (813.277)
Receita da Dívida Ativa 947.193 947.193 2.006.593 211,85 (1.059.400)
Receitas Correntes Diversas¹ 3.232.594 3.232.594 13.575.780 419,97 (10.343.186)
RECEITAS DE CAPITAL 240.570.185 240.570.185 198.232.734 82,40 42.337.451
OPERAÇÕES DE CRÉDITO 168.700.936 168.700.936 142.659.174 84,56 26.041.762
Operações de Crédito Internas 162.246.284 162.246.284 135.088.550 83,26 27.157.734
Operações de Crédito Externas 6.454.652 6.454.652 7.570.624 117,29 (1.115.972)
ALIENACAO DE BENS 5.472.520 5.472.520 4.908.077 89,69 564.443
Alienação de Bens Móveis 5.368.926 5.368.926 4.804.682 89,49 564.244
Alienação de Bens Imóveis 103.594 103.594 103.395 99,81 199
AMORTIZAÇÕES DE EMPRÉSTIMOS 22.645.063 22.645.063 22.293.872 98,45 351.191
Amortizações de Empréstimos 22.645.063 22.645.063 22.293.872 98,45 351.191
TRANSFERENCIAS DE CAPITAL 85.803 85.803 539.061 628,25 (453.258)
Transferências Intergovernamentais 0 0 0 0,00 0
Transferências de Instituições Privadas 10.800 10.800 109 1,01 10.691
Transferências do Exterior 120 120 0 0,00 120
Transferências de Pessoas 1.200 1.200 175 14,58 1.025
Transferência de Outras Instituições Públicas
0 0 499.003 0,00 (499.003)
Transferências de Convênios 73.683 73.683 39.774 53,98 33.909
OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL 43.665.863 43.665.863 27.832.550 63,74 15.833.313
Resultado do Banco Central do Brasil 14.318.000 14.318.000 1.024.818 7,16 13.293.182
Remuneração das Disponibilidades 29.342.120 29.342.120 25.844.463 88,08 3.497.657
Proveniente da Execução de Garantias 0 0 0 0,00 0
Saldo de Exercícios Anteriores 0 0 0 0,00 0
Receitas de Capital Diversas² 5.743 5.743 963.269 16.772,92 (957.526)
Balanço OrçamentárioOrçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Jan-dez 2006/Bimestre nov-dez – R$ milhares
LRF, art. 52, inciso I, alíneas “a” e “b” do inciso II e § 1º - Anexo I
1. Nas Receitas Correntes Diversas estão incluídas as Receitas Correntes a Classificar.
2. Nas Receitas de Capital Diversas estão incluídas outras Receitas.
Fonte: SIAFI - STN/CCONT/GEINC
Tabela XI-A (continuação)
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 57
RECEITAS PREVISÃO INICIAL (a) PREVISÃOATUALIZADA (b)
RECEITAS REALIZADAS SALDO A REALIZAR(b-c)
Até o Bimestre (c) % (c/b)
RECEITAS (Intra-Orçamentárias) (II) 7.443.330 7.443.330 7.392.690 99,32 50.640
RECEITAS CORRENTES 7.443.330 7.443.330 7.392.690 99,32 50.640
RECEITA TRIBUTARIA 0 0 309 0,00 (309)
Impostos 0 0 297 0,00 (297)
Taxas 0 0 12 0,00 (12)
RECEITA DE CONTRIBUICOES 7.443.330 7.443.330 7.088.891 95,24 354.439
Contribuições Sociais 7.443.330 7.443.330 7.088.891 95,24 354.439
Contribuições Econômicas 0 0 0 0,00 0
RECEITA PATRIMONIAL 0 0 17.080 0,00 (17.080)
Receitas Imobiliárias 0 0 61 0,00 (61)
Receitas de Valores Mobiliários 0 0 0 0,00 0
Receita de Concessões e Permissões 0 0 1 0,00 (1)
Compensações Financeiras 0 0 17.018 0,00 (17.018)
Outras Receitas Patrimoniais 0 0 0 0,00 0
RECEITA AGROPECUARIA 0 0 0 0,00 0
Receita da Produção Vegetal 0 0 0 0,00 0
Receita da Produção Animal e Derivados 0 0 0 0,00 0
Outras Receitas Agropecuárias 0 0 0 0,00 0
RECEITA INDUSTRIAL 0 0 110.558 0,00 (110.558)
Receita da Indústria de Transformação 0 0 110.558 0,00 (110.558)
Receita da Indústria de Construção 0 0 0 0,00 0
RECEITA DE SERVICOS 0 0 25.309 0,00 (25.309)
Receita de Serviços 0 0 25.309 0,00 (25.309)
TRANSFERENCIAS CORRENTES 0 0 0 0,00 0
Transferências Intergovernamentais 0 0 0 0,00 0
Transferências de Instituições Privadas 0 0 0 0,00 0
Transferências do Exterior 0 0 0 0,00 0
Transferências de Pessoas 0 0 0 0,00 0
Transferências de Convênios 0 0 0 0,00 0
Transferências para o Combate à Fome 0 0 0 0,00 0
OUTRAS RECEITAS CORRENTES 0 0 150.543 0,00 (150.543)
Multas e Juros de Mora 0 0 0 0,00 0
Indenizações e Restituições 0 0 658 0,00 (658)
Receita da Dívida Ativa 0 0 0 0,00 0
Receitas Correntes Diversas¹ 0 0 149.885 0,00 (149.885)
RECEITAS DE CAPITAL 0 0 0 0,00 0
OPERAÇÕES DE CRÉDITO 0 0 0 0,00 0
Operações de Crédito Internas 0 0 0 0,00 0
Operações de Crédito Externas 0 0 0 0,00 0
ALIENACAO DE BENS 0 0 0 0,00 0
Alienação de Bens Móveis 0 0 0 0,00 0
Alienação de Bens Imóveis 0 0 0 0,00 0
Balanço OrçamentárioOrçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Jan-dez 2006/Bimestre nov-dez – R$ milhares
Tabela XI-B
LRF, art. 52, inciso I, alíneas “a” e “b” do inciso II e § 1º - Anexo I
1. Nas Receitas Correntes Diversas estão incluídas as Receitas Correntes a Classificar.
(continua...)
58 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
RECEITAS PREVISÃO INICIAL (a) PREVISÃOATUALIZADA (b)
RECEITAS REALIZADAS SALDO A REALIZAR(b-c)
Até o Bimestre (c) % (c/b)
AMORTIZAÇÕES DE EMPRÉSTIMOS 0 0 0 0,00 0
Amortizações de Empréstimos 0 0 0 0,00 0
TRANSFERENCIAS DE CAPITAL 0 0 0 0,00 0
Transferências Intergovernamentais 0 0 0 0,00 0
Transferências de Instituições Privadas 0 0 0 0,00 0
Transferências do Exterior 0 0 0 0,00 0
Transferências de Pessoas 0 0 0 0,00 0
Transferência de Outras Instituições Públicas
0 0 0 0,00 0
Transferências de Convênios 0 0 0 0,00 0
OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL 0 0 0 0,00 0
Resultado do Banco Central do Brasil 0 0 0 0,00 0
Remuneração das Disponibilidades 0 0 0 0,00 0
Proveniente da Execução de Garantias 0 0 0 0,00 0
Saldo de Exercícios Anteriores 0 0 0 0,00 0
Receitas de Capital Diversas² 0 0 0 0,00 0
SUBTOTAL DAS RECEITAS (III) = (I + II) 823.231.813 823.231.813 789.692.895 95,93 33.538.918
OPERAÇÕES DE CRÉDITO - REFINANCIAMENTO (IV)
837.540.472 837.540.472 399.509.067 47,70 438.031.405
Operações de Crédito Internas 837.540.472 837.540.472 388.890.733 46,43 448.649.739
Operações de Crédito Externas 0 0 10.618.334 0,00 (10.618.334)
SUBTOTAL COM REFINANCIAMENTO (V) = (III + IV)
1.660.772.285 1.660.772.285 1.189.201.962 71,61 471.570.323
DÉFICIT (VI) - - - - -
TOTAL (VII) = (V + VI) 1.660.772.285 1.660.772.285 1.189.201.962 71,61 471.570.323
SALDO DE EXERCÍCIOS ANTERIORES - - 126.982.057 - -
2. Nas Receitas de Capital Diversas estão incluídas outras Receitas.
Balanço OrçamentárioOrçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Jan-dez 2006/Bimestre nov-dez – R$ milhares
LRF, art. 52, inciso I, alíneas “a” e “b” do inciso II e § 1º - Anexo I
Fonte: SIAFI - STN/CCONT/GEINC
Tabela XI-B (continuação)
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 59
DESPESAS DOTAÇÃOINICIAL
(a)
CRÉDITOSADICIONAIS
(b)
DOTAÇÃOATUALIZADA
(c)=(a+b)
DESPESAS EMPENHADAS
DESPESAS LIQUIDADAS SALDO ALIQUIDAR
(c-e)Até o Bimestre
(d)Até o Bimestre
(e)%
(e/c)
DESPESAS (Exceto Intra-Orçamentárias) (VIII) 816.821.176 69.259.008 886.080.184 797.835.741 797.835.458 90,04 88.244.726
DESPESAS CORRENTES 650.154.640 22.730.136 672.884.776 630.645.555 630.645.303 93,72 42.239.473
PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS 104.411.292 2.754.397 107.165.689 107.053.307 107.053.272 99,90 112.417
JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA 179.525.234 348.976 179.874.210 151.151.880 151.151.880 84,03 28.722.330
OUTRAS DESPESAS CORRENTES 366.218.114 19.626.763 385.844.877 372.440.368 372.440.151 96,53 13.404.726
Transferência a Estados, DF e Municípios 124.446.935 3.125.535 127.572.470 126.856.413 126.856.413 99,44 716.057
Benefícios Previdenciários 154.985.354 6.903.326 161.888.680 161.745.496 161.745.496 99,91 143.184
Demais Despesas Correntes 86.785.825 9.597.902 96.383.727 83.838.459 83.838.242 86,98 12.545.485
DESPESAS DE CAPITAL 143.820.014 51.312.573 195.132.587 167.190.186 167.190.155 85,68 27.942.432
INVESTIMENTOS 21.230.035 4.915.131 26.145.166 19.595.845 19.595.814 74,95 6.549.352
INVERSÕES FINANCEIRAS 30.096.930 607.727 30.704.657 26.664.883 26.664.883 86,84 4.039.774
AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA 92.493.049 45.789.715 138.282.764 120.929.458 120.929.458 87,45 17.353.306
RESERVA DE CONTINGÊNCIA 22.846.522 (4.783.701) 18.062.821 0 0 0,00 18.062.821
DESPESAS (Intra-Orçamentárias) (IX) 9.362.398 145.614 9.508.012 9.042.811 9.042.809 95,11 465.203
DESPESAS CORRENTES 8.690.875 145.614 8.836.489 8.376.762 8.376.760 94,80 459.729
PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS 8.243.823 145.587 8.389.410 7.958.647 7.958.647 94,87 430.763
JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA 0 0 0 0 0 0,00 0
OUTRAS DESPESAS CORRENTES 447.052 27 447.079 418.115 418.113 93,52 28.966
Benefícios Previdenciários 0 0 0 0 0 0,00 0
Demais Despesas Correntes 447.052 27 447.079 418.115 418.113 93,52 28.966
DESPESAS DE CAPITAL 671.523 0 671.523 666.049 666.049 99,18 5.474
INVESTIMENTOS 10.854 0 10.854 10.797 10.797 99,47 57
INVERSÕES FINANCEIRAS 660.669 0 660.669 655.252 655.252 99,18 5.417
AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA 0 0 0 0 0 0,00 0
RESERVA DE CONTINGÊNCIA 0 0 0 0 0 0,00 0
SUBTOTAL DAS DESPESAS (X) = (VIII + IX) 826.183.574 69.404.622 895.588.196 806.878.552 806.878.267 90,09 88.709.929
AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA - REFINANCIAMENTO (XI) 834.588.711 0 834.588.711 376.832.923 376.832.923 45,15 457.755.788
Refinanciamento da Dívida Mobiliária 826.884.493 0 826.884.493 372.926.091 372.926.091 45,10 453.958.402
Refinanciamento de Outras Dívidas 7.704.218 0 7.704.218 3.906.832 3.906.832 50,71 3.797.386
SUBTOTAL COM REFINANCIAMENTO (XII) = (X + XI) 1.660.772.285 69.404.622 1.730.176.907 1.183.711.475 1.183.711.190 68,42 546.465.717
SUPERÁVIT (XIII) - - - - 5.490.772 - -
TOTAL (XIV) = (XII + XIII) 1.660.772.285 69.404.622 1.730.176.907 1.183.711.475 1.189.201.962 - 546.465.717
FONTE: SIAFI - STN/CCONT/GEINC
Balanço OrçamentárioOrçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Jan-dez 2006/Bimestre nov-dez – R$ milhares
Tabela XI-C
LRF, art. 52, inciso I, alíneas “a” e “b” do inciso II e § 1º - Anexo I
Fonte: SIAFI - STN/CCONT/GEINC
60 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
INSCRIÇÃO EM RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS (POR GRUPO DE DESPESA) DESPESAS LIQUIDADAS¹
DESPESAS (Exceto Intra-Orçamentárias) (XV) 35.981.982
DESPESAS CORRENTES 16.475.880
PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS 790.297
JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA 83.461
OUTRAS DESPESAS CORRENTES 15.602.122
DESPESAS DE CAPITAL 19.506.102
INVESTIMENTOS 12.312.869
INVERSÕES FINANCEIRAS 6.835.856
AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA 357.377
DESPESAS (Intra-Orçamentárias) (XVI) 284.482
DESPESAS CORRENTES 187.857
PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS 129.023
OUTRAS DESPESAS CORRENTES 58.834
DESPESAS DE CAPITAL 96.625
INVESTIMENTOS 2.960
INVERSÕES FINANCEIRAS 93.665
TOTAL (XVII) = (XV + XVI) 36.266.464
Balanço OrçamentárioOrçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Jan-dez 2006/Bimestre nov-dez – R$ milhares
Tabela XI-D
Fonte: SIAFI - STN/CCONT/GEINC
1. Somente valores do exercício de 2006.
RECEITAS PREVISÃO INICIAL (a)
PREVISÃOATUALIZADA (b)
RECEITAS REALIZADAS SALDO A REALIZAR (b-c)
Valor (c) % (c/b)
OPERAÇÕES DE CRÉDITO (I) 1.006.241.408 1.006.241.408 542.168.241 53,9 464.073.167
Refinanciamento da Dívida Mobiliária e Outras Dívidas (II) 837.540.472 837.540.472 399.509.067 47,7 438.031.405
Outras Operações de Crédito 168.700.936 168.700.936 142.659.174 84,6 26.041.762
Participação Percentual (II / I) 83,2 83,2 73,7 - 94,4
DESPESAS DOTAÇÃOINICIAL (d)
DOTAÇÃOATUALIZADA (e)
DESPESASEMPENHADAS (f)
DESPESAS LIQUIDADAS SALDO A LIQUIDAR (e-g)
Valor (g) % (g/e)
AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA (III) 927.081.760 972.871.475 497.762.381 497.762.381 51,2 475.109.094
Refinanciamento (IV) 834.588.711 834.588.711 376.832.923 376.832.923 45,2 457.755.788
Refinanciamento da Dívida Mobiliária 826.884.493 826.884.493 372.926.091 372.926.091 45,1 453.958.402
Interna 785.472.255 785.472.255 345.983.285 345.983.285 44,1 439.488.970
Externa 41.412.238 41.412.238 26.942.806 26.942.806 65,1 14.469.432
Refinanciamento da Dívida Contratual 7.704.218 7.704.218 3.906.832 3.906.832 50,7 3.797.386
Interna 0 0 0 0 0,0 0
Externa 7.704.218 7.704.218 3.906.832 3.906.832 50,7 3.797.386
Outras Amortizações 92.493.049 138.282.764 120.929.458 120.929.458 87,5 17.353.306
Participação Percentual (IV / III) 90,0 85,8 75,7 75,7 - 96,3
Demonstrativo das Receitas e Despesas de Refinanciamento da Dívida PúblicaOrçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Jan-dez 2006 – R$ milhares
Tabela XII
Fonte: SIAFI - STN/CCONT/GEINC
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 61
PODER / ORGÃO(Despesas Exceto Intra-Orçamentárias)
DOTAÇÃOINICIAL
(a)
DOTAÇÃOATUALIZADA
(b)
DESPESAEMPENHADA
(c)
DESPESA LIQUIDADA VALORESPAGOS (e)
Valor (d) % (d/total d) % (d/b)
LEGISLATIVO 5.702.311 6.275.576 5.927.025 5.927.025 0,7 94,4 5.604.330
Câmara dos Deputados 2.722.613 2.845.613 2.681.143 2.681.143 0,3 94,2 2.436.546
Senado Federal 2.185.954 2.480.954 2.334.004 2.334.004 0,3 94,1 2.282.405
Tribunal de Contas da União 793.744 949.009 911.878 911.878 0,1 96,1 885.379
JUDICIÁRIO 18.317.755 19.031.295 24.104.622 24.104.622 3,0 126,7 22.755.556
Supremo Tribunal Federal 296.133 302.133 287.649 287.649 0,0 95,2 239.880
Superior Tribunal de Justiça 537.385 567.785 561.753 561.753 0,1 98,9 538.971
Justiça Federal 6.432.383 6.362.352 11.287.094 11.287.094 1,4 177,4 10.618.359
Justiça Militar 203.835 214.130 208.637 208.637 0,0 97,4 200.741
Justiça Eleitoral 2.861.076 2.975.016 2.900.154 2.900.154 0,4 97,5 2.681.584
Justiça do Trabalho 7.137.769 7.683.415 7.937.873 7.937.873 1,0 103,3 7.617.388
Justiça do Distrito Federal e Territórios 849.174 926.464 921.462 921.462 0,1 99,5 858.633
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO 2.090.159 2.104.220 2.027.912 2.027.912 0,3 96,4 1.890.265
EXECUTIVO 790.710.950 858.669.092 765.776.182 765.775.899 96,0 89,2 728.747.328
Gabinete da Presidência da República 1.761.594 1.933.008 1.127.649 1.127.649 0,1 58,3 1.030.956
Gabinete da Vice-Presidência da República 4.687 5.209 5.435 5.435 0,0 104,3 5.435
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão 8.239.279 2.482.031 2.224.969 2.224.969 0,3 89,6 2.001.120
Advocacia-Geral da União 907.279 965.029 938.463 938.463 0,1 97,2 919.559
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 7.190.036 7.482.156 6.140.449 6.140.166 0,8 82,1 5.727.659
Ministério da Ciência e Tecnologia 4.980.964 5.103.734 3.894.791 3.894.791 0,5 76,3 3.023.228
Ministério da Fazenda 381.329.398 430.022.917 374.489.903 374.489.903 46,9 87,1 363.372.538
Ministério da Educação 24.536.222 27.614.141 27.965.152 27.965.152 3,5 101,3 24.487.646
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio 2.324.737 2.436.421 1.855.096 1.855.096 0,2 76,1 1.798.052
Ministério da Justiça 4.742.648 5.706.553 5.238.283 5.238.283 0,7 91,8 4.583.907
Ministério de Minas e Energia 16.497.428 16.396.095 12.840.411 12.840.411 1,6 78,3 11.415.527
Ministério da Previdência Social 166.866.589 174.931.345 181.643.853 181.643.853 22,8 103,8 181.334.200
Ministério das Relações Exteriores 1.537.810 1.586.732 1.476.739 1.476.739 0,2 93,1 1.444.504
Ministério da Saúde 43.525.587 45.337.524 42.099.400 42.099.400 5,3 92,9 37.969.325
Ministério do Trabalho e Emprego 32.770.899 34.890.975 27.763.981 27.763.981 3,5 79,6 27.014.376
Ministério dos Transportes 9.606.466 11.079.055 8.542.575 8.542.575 1,1 77,1 5.265.663
Ministério das Comunicações 4.000.217 4.055.131 1.094.605 1.094.605 0,1 27,0 1.043.863
Ministério da Cultura 691.951 757.814 618.378 618.378 0,1 81,6 434.348
Ministério do Meio Ambiente 2.090.795 2.277.175 1.186.377 1.186.377 0,1 52,1 1.076.382
Ministério do Desenvolvimento Agrário 4.350.525 5.045.490 4.339.823 4.339.823 0,5 86,0 3.067.784
Ministério do Esporte 941.367 1.074.186 788.619 788.619 0,1 73,4 319.502
Ministério da Defesa 35.894.840 38.183.926 36.080.535 36.080.535 4,5 94,5 34.559.585
Ministério da Integração Nacional 9.042.328 9.462.505 8.317.925 8.317.925 1,0 87,9 5.376.642
Ministério do Turismo 1.299.142 1.728.589 1.460.125 1.460.125 0,2 84,5 675.116
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome 21.279.283 22.593.661 9.843.133 9.843.133 1,2 43,6 9.593.249
Ministério das Cidades 4.298.879 5.517.690 3.799.513 3.799.513 0,5 68,9 1.207.162
TOTAL (Despesas Exceto Intra-Orçamentárias) 816.821.175 886.080.183 797.835.741 797.835.458 100,0 90,0 758.997.479
Demonstrativo das Despesas da União por Poder e ÓrgãoOrçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Jan-dez 2006 – R$ milhares
Tabela XIII
Fonte: SIAFI - STN/CCONT/GEINC
62 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
DOTAÇÃO DO EXERCÍCIO ADMINIS-TRAÇÃODIRETA
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA TOTAL GERAL
Autarquias Fundações Empresas Públicas
Economia Mista
Fundos Especiais
Total Indireta
APLICAÇÃO DIRETA 79.236.868 22.227.855 6.552.815 1.576.817 825.673 5.009.917 36.193.077 115.429.945
A detalhar 50.612 46.113 32.368 11.124 53.121 4.450 147.176 197.788
Pessoal Civil 52.625.162 22.180.277 6.519.699 1.565.693 772.552 4.131.605 35.169.826 87.794.988
Vencimentos e Vantagens Fixas 24.022.768 9.561.361 3.373.198 975.850 418.216 1.850.068 16.178.693 40.201.461
Outras Despesas Variáveis 421.746 33.692 17.902 21.868 72.029 73.343 218.834 640.580
Aposentadoria 11.927.764 6.270.090 1.289.665 0 0 1.393.896 8.953.651 20.881.415
Pensões 6.577.407 1.982.794 374.011 0 14 268.997 2.625.816 9.203.223
Contribuições a Entidades Fechadas de Previdência 1.859 25.447 18.569 88.073 11.521 0 143.610 145.469
Obrigações Patronais 4.696.630 2.113.748 772.763 371.577 187.341 26.633 3.472.062 8.168.692
Outras Aplicações¹ 4.976.988 2.193.145 673.591 108.325 83.431 518.668 3.577.160 8.554.148
Pessoal Militar 26.561.094 1.465 748 0 0 873.862 876.075 27.437.169
Vencimentos e Vantagens Fixas 8.799.209 37 0 0 0 839.262 839.299 9.638.508
Outras Despesas Variáveis 891.168 0 0 0 0 16.688 16.688 907.856
Reformas 9.324.451 0 0 0 0 363 363 9.324.814
Pensões 7.143.036 0 0 0 0 1 1 7.143.037
Obrigações Patronais 184.112 943 631 0 0 7.120 8.694 192.806
Outras Aplicações¹ 219.118 485 117 0 0 10.428 11.030 230.148
TRANSFERÊNCIAS INTERGOVERNAMENTAIS 125.154 0 0 0 0 0 0 125.154
Transferências a Estados e ao DF 125.154 0 0 0 0 0 0 125.154
TOTAL (A) 79.362.022 22.227.855 6.552.815 1.576.817 825.673 5.009.917 36.193.077 115.555.099
EXECUÇÃO ADMINIS-TRAÇÃO DIRETA
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA TOTAL GERAL
Autarquias Fundações Empresas Públicas
Economia Mista
Fundos Especiais
Total Indireta
APLICAÇÃO DIRETA 79.909.611 21.327.756 6.308.337 1.611.832 766.234 4.962.995 34.977.154 114.886.765
Pessoal Civil 53.357.151 21.326.521 6.307.540 1.611.832 766.234 4.107.045 34.119.172 87.476.323
Vencimentos e Vantagens Fixas 16.542.230 5.741.227 2.045.659 922.740 403.130 1.421.829 10.534.585 27.076.815
Vencimentos e Vantagens Fixas - Cargos em Comissão² 7.426.722 3.796.628 1.319.784 56.559 14.548 410.437 5.597.956 13.024.678
Outras Despesas Variáveis 419.067 33.062 17.847 21.804 72.001 73.342 218.056 637.123
Aposentadoria 11.928.983 6.259.267 1.289.476 0 0 1.388.090 8.936.833 20.865.816
Pensões 6.575.889 1.978.858 373.633 0 14 268.210 2.620.715 9.196.604
Contribuições a Entidades Fechadas de Previdência 24 25.447 18.569 89.429 11.521 0 144.966 144.990
Obrigações Patronais 4.604.277 2.075.308 764.358 372.582 187.071 26.633 3.425.952 8.030.229
Outras Aplicações¹ 5.859.959 1.416.724 478.214 148.718 77.949 518.504 2.640.109 8.500.068
Pessoal Militar 26.552.460 1.235 797 0 0 855.950 857.982 27.410.442
Vencimentos e Vantagens Fixas 8.795.366 24 0 0 0 839.262 839.286 9.634.652
Outras Despesas Variáveis 890.755 0 0 0 0 16.688 16.688 907.443
Reformas 9.317.476 0 0 0 0 0 0 9.317.476
Pensões 7.140.346 0 0 0 0 0 0 7.140.346
Obrigações Patronais 180.408 726 630 0 0 0 1.356 181.764
Outras Aplicações¹ 228.109 485 167 0 0 0 652 228.761
TRANSFERÊNCIAS INTERGOVERNAMENTAIS 125.154 0 0 0 0 0 0 125.154
Transferências a Estados e ao DF 125.154 0 0 0 0 0 0 125.154
TOTAL (B) 80.034.765 21.327.756 6.308.337 1.611.832 766.234 4.962.995 34.977.154 115.011.919
A EXECUTAR (% A/B) (0,8) 4,1 3,7 (2,2) 7,2 0,9 3,4 0,5
Demonstrativo das Despesas de Pessoal e Encargos Sociais da União por Elemento de Despesa e por Tipo de Administração
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Jan-dez 2006 – R$ milhares
Tabela XIV
Fonte: SIAFI - STN/CCONT/GEINC
1. Outras Aplicações compõem-se de: Outros Benefícios Assistenciais; Salário Família; Sentenças Judiciais; Despesas de Exercícios Anteriores; Indenizações Trabalhistas; Depósitos Compulsórios; Contrato por Tempo Determinado; Outras Desp.Pessoal Dec.Contratos Terceirização; e Ressarcimento de Despesa de Pessoal Requisitado.
2. Os valores referentes aos Cargos em Comissão são identificados pelos subitens da despesa Gratificação por Exercício de Cargos e Gratificação por Exercício de Funções, do elemento Vencimentos e Vantagens Fixas.
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 63
GRUPO DE DESPESA RESTOS A PAGAR PROCESSADOS RESTOS A PAGAR NÃO-PROCESSADOS¹
Inscritos(a)
Cancela-dos (b)
Pagos A Pagar(d)
Inscritos²(e)
Cancela-dos (f)
Pagos A Pagar(h)
Valor(c)
%(c/total c)
%(c)/(a-b)
Valor(g)
%(g/total g)
%(g)/(e-f)
Pessoal e Encargos Sociais 344.719 211.437 109.696 3,6 82,3 23.586 686.876 285.204 384.700 2,1 95,8 16.972
Juros e Encargos da Dívida 6.801 6.801 0 0,0 0,0 0 986.000 985.832 168 0,0 100,0 0
Outras Despesas Correntes 2.124.243 415.423 1.493.839 48,5 87,4 214.982 15.864.709 6.175.040 8.826.328 49,0 91,1 863.342
Investimentos 2.000.238 252.296 1.125.250 36,5 64,4 622.691 11.275.096 650.215 7.579.940 42,1 71,3 3.044.940
Inversões Financeiras 291.084 9.164 274.992 8,9 97,5 6.928 4.143.237 2.861.205 1.235.899 6,9 96,4 46.134
Amortização/Refinanciamento da Dívida 79.421 1.000 78.421 2,5 100,0 0 1.177.836 1.176.483 1.352 0,0 99,9 0
TOTAL 4.846.506 896.121 3.082.198 100,0 78,0 868.187 34.133.754 12.133.979 18.028.387 100,0 81,9 3.971.388
Demonstrativo dos Restos a Pagar por Grupo de DespesaOrçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Jan-dez 2006 – R$ milhares
Tabela XV
Fonte: SIAFI - STN/CCONT/GEINC
1. Inclusive valores dos exercícios anteriores.
2. A alteração do valor de Restos a Pagar Inscritos em relação ao mês de março se deve à inclusão dos Restos a Pagar Inscritos do Ministério da Saúde, referentes ao exercício de 2004, cancelados no encerramento do exercício de 2005 e restabelecidos por for
Nota: Consideram-se Restos a Pagar Processados as obrigações decorrentes da execução das despesas orçamentárias liquidadas em exercícios anteriores.
64 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
RECEITAS RECEITAS REALIZADAS
Jan a Dez/2006 Jan a Dez/2005
RECEITA TOTAL (I) 543.251.844 488.374.972
RECEITAS DO TESOURO NACIONAL 418.162.633 378.546.633
Receita Bruta 431.423.435 392.438.312
Receitas de Impostos 182.740.990 166.550.711
Impostos s/ Comércio Exterior 10.048.032 9.134.791
Impostos s/ Patrimônio e Renda 137.718.590 124.941.619
Impostos s/ Produção e Circulação 34.974.368 32.474.300
Receitas de Contribuições 194.239.886 181.558.537
Demais Receitas 54.442.559 44.329.065
Concessões de Serviços Públicos 984.636 826.829
Participações e Dividendos 9.740.395 4.853.963
Outras 43.717.528 38.648.273
(-) Restituições (13.260.802) (13.884.701)
(-) Incentivos Fiscais 0 (6.978)
RECEITAS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL (II) 123.520.191 108.434.097
RECEITAS DO BANCO CENTRAL (III) 1.569.021 1.394.242
TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS E MUNICÍPIOS (IV) 92.779.947 83.936.668
RECEITA TOTAL LÍQUIDA (V) = (I + II + III - IV) 450.471.897 404.438.304
DESPESAS DESPESAS LIQUIDADAS
Jan a Dez/2006 Jan a Dez/2005
DESPESA TOTAL 400.669.152 351.621.698
DESPESAS DO TESOURO NACIONAL (VI) 233.343.593 203.905.284
Pessoal e Encargos Sociais 105.030.575 92.230.788
Custeio e de Capital 127.617.643 111.121.605
Despesa do FAT 15.298.677 11.899.982
Subsídios e Subvenções Econômicas 9.550.743 10.333.420
Benefícios Assistenciais (LOAS/RMV) 11.638.851 9.253.067
Outras Despesas de Custeio e de Capital 91.129.372 79.635.136
Transferências ao Banco Central 695.375 552.891
DESPESAS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL (VII) 165.585.300 146.010.130
DESPESAS DO BANCO CENTRAL (VIII) 1.740.260 1.706.285
RESULTADO PRIMÁRIO PERÍODO
Jan a Dez/2006 Jan a Dez/2005
RESULTADO PRIMÁRIO DA UNIÃO (IX) = (V - (VI + VII + VIII)) 49.802.744 52.816.606
Tesouro Nacional (X) = (I - VI) 92.039.093 90.704.682
Previdência Social - RGPS³ (XI) = (II - VII) (42.065.109) (37.576.033)
Banco Central4 (XII) = (III - VIII) (171.239) (312.043)
1. Considera-se, para efeito de apuração do Resultado Primário, o conceito de União como equivalente ao de Governo Central.
2. Os valores entre parênteses correspondem a déficit.
3. Receita de Contribuições menos Benefícios Previdenciários.
4. Receitas próprias (inclui transferências do Tesouro Nacional) deduzidas das despesas administrativas.
Demonstrativo do Resultado Primário da União1
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Jan-dez 2006/Bimestre nov-dez2 – R$ milhares
LRF, art. 53, inciso III - Anexo VIII
Fonte: STN/CESEF
Tabela XVI
TRIBUTAÇÃO em rev i s ta 65
INGRESSOS ATÉ DEZEMBRO DISPÊNDIOS ATÉ DEZEMBRO
ORÇAMENTÁRIOS 1.189.201.962 ORÇAMENTÁRIOS 1.183.711.190
RECEITAS CORRENTES 591.460.161 DESPESAS CORRENTES 639.022.063
EXCETO INTRA-ORÇAMENTÁRIAS 584.067.471 EXCETO INTRA-ORÇAMENTÁRIAS 630.645.303
Receita Tributária 169.502.589 Pessoal e Encargos Sociais 107.053.272
Receita de Contribuições 320.739.840 Juros e Encargos da Dívida 151.151.880
Receita Patrimonial 38.013.101 Outras Despesas Correntes 372.440.151
Receita de Serviços 25.985.904 INTRA-ORÇAMENTÁRIAS 8.376.760
Outras Receitas Correntes 29.223.628 Pessoal e Encargos Sociais 7.958.647
Demais Receitas Correntes 602.409 Outras Despesas Correntes 418.113
INTRA-ORÇAMENTÁRIAS 7.392.690 DESPESAS DE CAPITAL 544.689.127
Receita Tributária 309 EXCETO INTRA-ORÇAMENTÁRIAS 544.023.078
Receita de Contribuições 7.088.891 Investimentos 19.595.814
Receita Patrimonial 17.080 Inversões Financeiras 26.664.883
Receita de Serviços 25.309 Amortiz./Refinanciamento da Dívida 497.762.381
Outras Receitas Correntes 150.543 INTRA-ORÇAMENTÁRIAS 666.049
Demais Receitas Correntes 110.558 Investimentos 10.797
RECEITAS DE CAPITAL 597.741.801 Inversões Financeiras 655.252
Operações de Crédito 542.168.241 EXTRA-ORÇAMENTÁRIOS 169.383.483
Alienação de Bens 4.908.077 VALORES EM CIRCULAÇÃO 67.535.734
Amortização de Empréstimos 22.293.872 Recursos esp. a receber 47.845.870
Transferência de Capital 539.061 Valores em Trânsito Realizáveis 946.071
Outras Receitas de Capital 27.832.550 Créditos Tributários 73.340
EXTRA-ORÇAMENTÁRIOS 171.392.819 Recursos da União 152.011
VALORES EM CIRCULAÇÃO 191.102 Créditos Diversos a Receber 13.560
Rede Bancária Arrecadação 84.457 Recursos Vinculados 7.008.813
Recursos Especiais a Receber 0 Outros Valores em Circulação 11.496.069
Recursos da União 0 VALORES A CLASSIFICAR 0
Outros Valores em Circulação 106.645 Receitas a Classificar 0
VALORES A CLASSIFICAR 69.201 VALORES PENDENTES A CURTO PRAZO 0
VALORES PENDENTES A CURTO PRAZO 76 DEPÓSITOS E CONSIGNAÇÕES 64.864
DEPÓSITOS E CONSIGNAÇÕES 6.569.979 OBRIGAÇÕES EM CIRCULAÇÃO 37.504.342
OBRIGAÇÕES EM CIRCULAÇÃO 103.208.146 Fornecedores 0
Fornecedores 891.559 Pessoal e Encargos a Pagar 493.018
RP Não-Processados a Liquidar 38.749.803 RP Não-Processados - Inscrição 33.977.922
RP Cancelados 12.171.721 Operações de Crédito em Liquidação 22.770
Incentivos a Liberar 0 Incentivos a Liberar 191.900
Valores em Trânsito 0 Valores em Trânsito 72.011
Restituições de Receitas a Pagar 14.515 Obrigações Tributárias 23.012
Recursos a Liberar p/ Transferência 2.804.247 Recursos a Liberar p/ Transferência 0
Beneficios a Pagar 655.643 Recursos a Liberar p/ Pagamento de RP 0
Recursos a Liberar p/ Pgto. de RP 39.014.143 Rec.liberar p/vinc.pagto.p/ INSS 0
Recursos a Liberar p/ Emp Contra-entrega 0 Recursos da Previdência Social 0
Recursos da Prev. Social 8.375.767 Rec. a Liberar p/Emp. c/Entrega 213
Lim. Saque Recursos da Dív. Pública 0 Lim. Saque Recursos da Dív. Pública 2.722.481
Provisões Financeiras 8.277 Ajuste Patrimonial/Capital 1.015
Outras Obrigações 522.471 Outras Obrigações 0
Balanço Financeiro da UniãoOrçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Jan-dez 2006 – R$ milhares
Tabela XVII
(continua...)
66 TRIBUTAÇÃO em rev i s ta
Fonte: SIAFI - STN/CCONT/GEINC
INGRESSOS ATÉ DEZEMBRO DISPÊNDIOS ATÉ DEZEMBRO
RECEITAS EXTRA-ORÇAMENTÁRIAS 0 DESPESAS EXTRA-ORÇAMENTÁRIAS 1.402.970
AJUSTE DIR. E OBRIGAÇÕES 61.354.315 AJUSTE DE DIR. E OBRIGAÇÕES 62.875.573
Incorporação de Direitos 61.354.315 Baixa de Direitos 0
Desincorporacão de Obrigações 0 Incorporacão de Passivos 61.809.835
OUTROS INGRESSOS 0 Ajuste de Obrigações 1.065.738
DISPONIB. DO PERÍODO ANTERIOR 238.867.437 OUTROS DISPÊNDIOS 0
Conta Única Tesouro Nacional 119.677.376 DISPONIB. PARA O PERÍODO SEGUINTE 246.367.545
INSS 3.523.230 Conta Única Tesouro Nacional 123.702.202
Recursos à Disposição da Dívida Pública 73.561.408 INSS 1.113.674
Aplicações Financeiras 21.062.578 Recursos à Disposição da Dívida Pública 88.020.850
Outras Disponibilidades 21.042.845 Aplicações Financeiras 15.589.931
Outras Disponibilidades 17.940.888
TOTAL 1.599.462.218 TOTAL 1.599.462.218
Balanço Financeiro da UniãoOrçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Jan-dez 2006 – R$ milhares
Tabela XVII (continuação)
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