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Revista Infantil
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Dizer “não” faz bemSaiba por que essa palavra tão pequena deixa tantos papais e mamães inseguros
A frase é comum a todos os pais, principal-mente aqueles de primeira viagem, e cabe muito bem aqui: “Filhos não vêm com bula”. O resultado é que, muitas vezes sentindo-se culpados por não passarem tanto tem-po com seus filhos, pais e mães acabam por suprir essa ausência deixando-os fa-zer o que querem e dando todos os brin-quedos que pedem. Para a Supernanny brasileira, Cris Poli, que trabalha há mais de 40 anos com educação infantil, a forma correta de educar os filhos compreende uma linha composta de disciplina, regras e limites, mas sempre com amor.“A primeira regra para educar com limites é não ter medo de dizer ‘não’. As crianças necessitam deles porque precisam apren-der o que podem e o que não podem fazer, quando e como. Os pais são os responsá-veis por ensinar isso desde o momento em que os filhos nascem, e também devem es-tabelecer as regras, comunicar aos filhos e fazer um combinado com eles para o cumprimento dessas regras, que são para o bem deles, sem medo, com autoridade, com convicção e consistência”, ensina a especialista e complementa: “se os pais exercem a autoridade que eles devem ter, com idoneidade e respeito pelos filhos, es-tes aprenderão a respeitar os pais e os adultos em geral. O respeito se ensina em casa e começa com o exemplo que vêem dentro da família, entre os pais e com eles mesmos”, afirma a Supernanny.
Para a psicopedagoga Vânia C. Bueno de Souza, “é preciso que, primeiramente, pai e mãe falem a mesma língua. Além disso, os limites impostos devem ser saudáveis, possíveis de serem respeitados e de acor-do com a faixa etária da criança” exempli-fica. Vânia diz que é importante vivenciar os valores como respeito, nas relações e não apenas no discurso descritivo, os co-nhecidos sermões.
A hora certaDizer “não” é bom e necessário para que os filhos aprendam quem está no coman-do na casa. Cris Poli fala que os momentos de descontração para brincar e conver-sar amigavelmente com os filhos fazem parte da convivência em família, “mas isso não quer dizer que, no momento de colo-car limites, a autoridade fique comprome-tida e não seja exercida com seriedade e
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“O poder é de dois tipos. Um se obtém pelo medo da punição e outro por atos de
amor. O poder baseado no amor é mil vezes mais eficaz e per-manente do que o poder deri-vado do medo da punição.”
Gandhi
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firmeza”, diz. Se os pais souberem dife-renciar os dois momentos, isto também ficará claro para as crianças.As famosas “birras”, tão utilizadas pelas crianças para impor a vontade delas, é a forma que elas conhecem desde bebês para manifestar o que querem e quando querem alguma coisa. A pedagoga conta que cabe aos pais não permitir, pois, mui-tas vezes, as “birras” são para chamar a atenção; nesses casos o melhor é ignorá-las e esperar que passem sozinhas. O limite para essas situações é dizer um “não” de forma firme e contundente. Se os pais ce-derem, fazendo as vontades das crianças para não ter de agüentar choro ou gritos, essa atitude se repetirá diariamente.As duas especialistas afirmam que os pais devem dizer “sim” ou “não”, sem sentir culpa, sempre que se sentirem convictos de que isso é o melhor para seus filhos.
Castigo não funcionaA disciplina entendida como ensino, e que está definida dessa maneira no di-cionário, é necessária e faz bem para a
criança. Suspender a mesada ou proibir o filho de ir a uma festa pode ser parte do combinado que os pais devem fazer ao estabelecer regras de comportamen-to. A pedagoga conclui: “pessoalmente, creio que as palmadas não funcionam porque são um meio de resolver uma situação de maneira drástica e vão car-regadas de raiva, ou descontrole, ou cansaço, ou estresse. Pode ser que o mau comportamento cesse depois de uma palmada, mas é por medo ou por dor, e não por uma mudança verdadeira e profunda de comportamento”.
Preparação para o futuroClaro que os pais prefeririam dizer “sim”, pois facilita o entendimento. Porém, acei-tar o que a criança determina é a porta de entrada para a má-educação. Cris Poli ressalta que “vivemos em uma sociedade com limites e educar uma criança sem eles é fazer mal para o futuro adulto, que terá grandes dificuldades em aceitá-los na escola, no trabalho e na sociedade em geral”, finaliza.
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EXPEDIENTE
PublisherSandra Teschner – [email protected]
Jornalista ResponsávelAdriana Rosa – Mtb 47337
Conselho EditorialAdriana Rosa, Jair Pasquali, Rafaela Donini e Sandra Teschner
RepórteresMarisa Abel, Maria Helena Bellini, Mirella Stivani, Natália Schener e Dio Jaguarível (correspondente na Europa)
Direção de ArteFlávia Matsunaga
Designer GráficoAlice Hecker, Claudia Carvalho, Danielle Lima, Eric Ono e Felipe Sued
Coordenadora de ModaFernanda Cordeiro
Assistentes de ModaJulia Moraes e Sérgio Henrique
Desenhos Lilica Ripilica e Tigor T. TigreOsluciny Jr., Fabio L. Silva, Marceli T. Paulus, Rodrigo R. de Souza, Rick W. da Cruz Silva e Ruth Hass
Colaborou nesta ediçãoEduardo Deimann Junior (playgrounds)
AdministraçãoGabriel Sales
RevisãoLilian Regato Garrafa
ImpressãoPlural
MARISOL
Diretor Presidente Giuliano Donini
DiretorJair Pasquali
Coordenação e Consultoria de RelacionamentoRafaela Donini
Marketing Lilian Nazário e Marcos Giantaglia
Clubes Lilica e TigorGraziela Della Giustina
Call Center0800 8882600
A revista Triplik pode ser encontrada nas lojas onde há os produtos da Lilica Ripilica e do Tigor T. Tigre e nas livrarias Laselva e Siciliano.
A revista Triplik é uma publicação bimestral daProfashional Editora sob licença da Marisol.
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www.profashional.comAv. Jandira, 843 – Moema – São Paulo – SPCEP. 04080-005 – tel.: (11) 5051.4084
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