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  UGT GLOBAL Boletim de Informações Sindicais Ano 7 nº 166 3 de Agosto de 2 15  Leia neste número: Um milhão de empregos perdidos! 01 Bancários da UGT promovem encontro 02 CONTEC comemora 57 anos de lutas 02 Mulheres negras marcham em Copacabana 03 Agenda substitui Objetivos do Milênio 03 Organização dos  jovens na UGT 04 Sindminérios Santos na greve na Petrobrás 04 Vitória em Angra dos Reis 04 Vicente da Silva no Conselho de Relações do Trabalho 04 Um milhão de empregos perdidos! O Brasil vai chegar ao final deste ano com um milhão de empregos a menos. È o que indica estudo do Conselho Federal de Economia divulgado na semana passada, quando o Banco Central aumentou novamente a taxa de juros. Neste primeiro semestre já perdemos 345 mil postos formais de trabalho, e o estudo do Confecom credita essa perda, principalmente, aos aumentos sucessivos das taxas de  juros. Para o dirigente da UGT, "o aumento da taxa básica de juros deu ao Brasil a taça de campeão mundial dos juros". Ele não aceita o argumento do Governo, de que é necessário manter os juros altos para conter a inflação: "o argumento não convence, pois a pressão inflacionária em grande parte é gerada pelos preços administrados pelo Governo, como luz, água e combustíveis". Essa perda significativa de empregos e de produção não é sentida por todos da mesma forma. Os bancos, é claro, ganham, e muito, com o crescimentos dos juros. Apesar da crise, os quatro maiores bancos brasileiros - Bradesco, Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Santander - deverão registrar neste trimestre um lucro liquido de R$ 14,6 bilhões, 13,7% acima do resultado do segundo trimestre do ano passado. O Confecon também defende o aumento da competição entre os bancos, com a adoção de medidas que reduzam o spread bancário – diferença entre as taxas pelas quais as instituições captam recursos e as taxas com que emprestam ao consumidor. O indicador é considerado a principal fonte de lucro dos bancos. Essa situação grave desse enorme desvio de recursos da economia produtiva para a economia financeira e a especulação, que acarreta essa indescritível perda de um milhão de empregos formais neste ano, parece não despertar no governo qualquer preocupação sobre a inadequação de sua política econômica. Essa aceitação de remédios fracassados para combater a crise, sem que as forças produtivas sejam ouvidas, sem ouvir os trabalhadores e as trabalhadoras do Brasil, traz uma enorme preocupação para os dirigentes e militantes da UGT. A mistura de desemprego, corte de benefícios, inflação alta e endividamento é uma receita certa para a pobreza e a perda das conquistas sociais dos últimos anos. É "o retorno ao inferno" como já foi definido. "Com essa taxa a geração de emprego e a distribuição de renda estão comprometidas e a porta da recessão agora está escancarada", expressa Patah. UGT Global 1 Leia o estudo do Confecom O Conselho confrontou as trajetórias do emprego e da Selic para fazer a análise. Como resultado, observou-se que, com certa defasagem de tempo, a redução dos juros coincide com um aumento no fluxo de carteiras assinadas e vice-versa. Sob comando do Banco Central, a elevação da taxa básica de juros é um instrumento de contenção de demanda, que reduz a pressão inflacionária. Para o presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores - UGT, Ricardo Patah, só a especulação ganha com taxa Selic em 14,25%. "Os especuladores continuam ganhando da produção, do emprego e jogando contra o crescimento econômico do País", disse Patah.

UGT Global 1662015

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Boletim de Informações Sindicais Ano 7 nº 166 03 de Agosto de 2015

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  • UGT GLOBAL

    Boletim de Informaes Sindicais Ano 7 n 166 03 de Agosto de 2015

    Leia neste nmero:

    Um milho de empregos perdidos!

    01

    Bancrios da UGT promovem

    encontro 02

    CONTEC comemora 57 anos de lutas

    02

    Mulheres negras marcham em Copacabana

    03

    Agenda substitui Objetivos do

    Milnio 03

    Organizao dos jovens na UGT 04

    Sindminrios Santos na greve

    na Petrobrs 04

    Vitria em Angra dos Reis 04

    Vicente da Silva no Conselho de Relaes do

    Trabalho

    04

    Um milho de empregos perdidos! O Brasil vai chegar ao final deste ano com um milho de empregos a menos. o que indica estudo do Conselho Federal de Economia divulgado na semana passada, quando o Banco Central aumentou novamente a taxa de juros.

    Neste primeiro semestre j perdemos 345 mil postos formais de trabalho, e o estudo do Confecom credita essa perda, principalmente, aos aumentos sucessivos das taxas de juros.

    Para o dirigente da UGT, "o aumento da taxa bsica de juros deu ao Brasil a taa de campeo mundial dos juros". Ele no aceita o argumento do Governo, de que necessrio manter os juros altos para conter a inflao: "o argumento no convence, pois a presso inflacionria em grande parte gerada pelos preos administrados pelo Governo, como luz, gua e combustveis".

    Essa perda significativa de empregos e de produo no sentida por todos da mesma forma. Os bancos, claro, ganham, e muito, com o crescimentos dos juros. Apesar da crise, os quatro maiores bancos brasileiros - Bradesco, Ita Unibanco, Banco do Brasil e Santander - devero registrar neste trimestre um lucro liquido de R$ 14,6 bilhes, 13,7% acima do resultado do segundo trimestre do ano passado.

    O Confecon tambm defende o aumento da competio entre os bancos, com a adoo de medidas que reduzam o spread bancrio diferena entre as taxas pelas quais as instituies captam recursos e as taxas com que emprestam ao consumidor. O indicador considerado a principal fonte de lucro dos bancos.

    Essa situao grave desse enorme desvio de recursos da economia produtiva para a economia financeira e a especulao, que acarreta essa indescritvel perda de um milho de empregos formais neste ano, parece no despertar no governo qualquer preocupao sobre a inadequao de sua poltica econmica.

    Essa aceitao de remdios fracassados para combater a crise, sem que as foras produtivas sejam ouvidas, sem ouvir os trabalhadores e as trabalhadoras do Brasil, traz uma enorme preocupao para os dirigentes e militantes da UGT.

    A mistura de desemprego, corte de benefcios, inflao alta e endividamento uma receita certa para a pobreza e a perda das conquistas sociais dos ltimos anos. "o retorno ao inferno" como j foi definido.

    "Com essa taxa a gerao de emprego e a distribuio de renda esto comprometidas e a porta da recesso agora est escancarada", expressa Patah.

    UGT Global 01

    Leia o estudo do Confecom

    O Conselho confrontou as trajetrias do emprego e da Selic para fazer a anlise. Como resultado, observou-se que, com certa defasagem de tempo, a reduo dos juros coincide com um aumento no fluxo de carteiras assinadas e vice-versa. Sob comando do Banco Central, a elevao da taxa bsica de juros um instrumento de conteno de demanda, que reduz a presso inflacionria.

    Para o presidente nacional da Unio Geral dos Trabalhadores - UGT, Ricardo Patah, s a especulao ganha com taxa Selic em 14,25%. "Os especuladores continuam ganhando da produo, do emprego e jogando contra o crescimento econmico do Pas", disse Patah.

  • Campanha Salarial 2015

    Bancrios da UGT promovem encontro Realizou-se em Foz do Iguau (PR), na semana passada (dias 30 e 31), o XLIV Encontro Nacional de Dirigentes Sindicais Bancrios e Securitrios Planificao da Campanha Salarial 2015. Dirigentes Sindicais de todo o pas participaram do Encontro que definiu as pautas de reivindicaes que sero entregues Fenaban e aos bancos pblicos.

    Aps a abertura, o professor de educao fsica e palestrante Itamar Vicente Ribeiro ministrou uma palestra aos presentes sobre qualidade de vida. Durante duas horas, o professor Itamar prendeu a ateno da plateia, com uma palestra dinmica e muito vibrante.

    No perodo da tarde foi apresentada uma nova palestra, ministrada pelo economista do DIEESE Cid Cordeiro Silva. Na palestra, Cid tratou do sistema financeiro nacional, da conjuntura econmica atual do pas, do emprego bancrio e da negociao com os bancos, alm de apresentar nmeros a respeito da trajetria do HSBC no pas, cuja operao no Brasil est venda.

    A CONTEC tem o compromisso moral e tico de defender o emprego dos funcionrios do HSBC. A CONTEC no medir esforos para preservar os postos de trabalho no banco, afirmou Loureno do Prado.

    O encontro continuou na sexta-feira, dia 31, quando foram definidas as reivindicaes da categoria. A pauta de reivindicaes ser entregue Fenaban no dia 11 de agosto.

    CONTEC comemora 57 anos de lutas e Conquistas A Confederao Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crdito CONTEC comemora 57 anos de lutas e conquistas pelos bancrios e securitrios brasileiros.

    Desde a sua fundao, a CONTEC exemplo de resistncia, firmeza e independncia na luta por melhores condies de vida e trabalho. Os princpios e critrios da entidade esto acima de governos, patres e partidos polticos.

    Assim, com empenho e autonomia sindical, a CONTEC comemora o seu aniversrio de 57 anos, firme no compromisso permanente de defesa dos interesses e dos direitos dos trabalhadores no sistema financeiro.

    Agradecemos, aos companheiros e companheiras, a confiana ao longo desses anos. E sem qualquer forma de discriminao (racial, gnero, religio e credo poltico) esperamos continuar no combate intransigente corrupo para o aperfeioamento das nossas instituies e prticas polticas e administrativas.

    Parabns, CONTEC! Parabns, bancrios e securitrios brasileiros!

    UGT Global 02

    Saiba mais sobre Aluysio Palhano

    Lembramos aqui da superao das duas intervenes do Ministrio do Trabalho, em 1964 e 1972, e a priso, tortura e morte, no dia 21 de maio de 1971, do companheiro Aluysio Palhano Pedreira Ferreira, ento presidente da CONTEC, para elucidar o comprometimento da entidade, que no se abalou e continua lutando incansavelmente pelo trabalhador bancrio e securitrio.

    Loureno do Prado, presidente da CONTEC, entidade filiada a Unio Geral dos Trabalhadores (UGT) ao falar na abertura do encontro, fez uma anlise da conjuntura poltica do pas nas questes de interesse dos trabalhadores, com nfase ao PLC 30/2015, que trata da terceirizao e que j foi aprovado na Cmara dos Deputados.

    Segundo Loureno, somente a presso e firme atuao do movimento sindical junto aos parlamentares faro com que este projeto de lei, to prejudicial classe trabalhadora, seja tambm aprovado no Senado.

  • Mulheres negras marcham em Copacabana Dezenas de ugetistas participam da pr-marcha das mulheres negras em Copacabana no Rio de janeiro

    Dezenas de mulheres participaram neste domingo da Pr-Marcha das Mulheres Negras 2015, na Avenida Atlntica, em Copacabana. A mobilizao, feita em funo do Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha comemorado no sbado, pediu o fim de episdios racistas no pas.

    Estamos em marcha pelo fim do feminicdio, contra o preconceito, a homofobia, a intolerncia e todas as formas de violncia contra a mulher, diziam elas com a inteno, ainda, de promover maior mobilizao para a grande marcha nacional programada para o dia 18 de novembro, em Braslia.

    Representada pelas secretrias da Mulher, Ftima dos Santos; da Diversidade Humana, Ana Cristina dos Santos Duarte; e de Organizao e Polticas Sindicais, Cltia Regina Vieira, a Unio Geral dos Trabalhadores do Rio de Janeiro (UGT-RJ) marcou presena com dezenas de ugetistas.

    A caminhada deste domingo serviu como uma espcie de prvia para a Marcha de Mulheres Negras 2015 Contra o Racismo e a Violncia e pelo Bem Viver, uma mobilizao nacional que vai acontecer no dia 18 de novembro, em Braslia. Desde julho do ano passado, mulheres negras vm organizando encontros em diversos municpios do estado do Rio, j articulando as lideranas para participao na edio nacional.

    Tambm prestigiaram da manifestao, os seguintes dirigentes ugetistas: os secretrios de Sade e Segurana do Trabalho, Olmpio Barroso; do Meio Ambiente, Gilberto Cesar Alencar; do Setor Informal e Autnomo, Edna Santos Melo; e de Polticas Sociais, Marcia Cristina de Lima. (O Globo e UGT Rio)

    Agenda substitui Objetivos do Milnio Pases integrantes das Naes Unidas concordam com Agenda de desenvolvimento sustentvel ps-2015. Os 193 Estados membros das Naes Unidas concordaram no domingo em uma agenda para o desenvolvimento sustentvel do mundo e que agora dever ser formalmente adotada pelos lderes mundiais em uma cpula em setembro.

    Aps duas semanas de negociaes e vrias sesses a agenda do desenvolvimento sustentvel com 17 objetivos e uma declarao que cobre a sua implementao e avaliao foram acordados por consenso para substituir os Oito Objetivos de Desenvolvimento do Milnio.

    Os lderes mundiais se reuniro em 25-27 setembro nas Naes Unidas em Nova York para adotar formalmente a nova agenda de desenvolvimento sustentvel.

    UGT Global 03

    Com palavras de ordem como abre alas que eu quero passar. Sou mulher negra e no posso negar e A nossa luta todo dia. A mulher negra no mercadoria, a Marcha das Mulheres Negras - Contra o Racismo e a Violncia e Pelo Bem Viver, realizada no domingo, 26, na Orla de Copacabana, reuniu centenas de militantes dos movimentos sociais, chamando a ateno da populao para as lutas e reivindicaes das mulheres negras.

    Clique aqui para ver o texto final

    aprovado (em ingls)

  • Organizao dos jovens na UGT Secretaria da Juventude da UGT rene regies do Pas e faz debate nacional O colegiado formado, ps Congresso da Unio Geral dos Trabalhadores- UGT, por secretrios regionais da juventude que representam a regio norte, nordeste, centro-oeste, sudeste e sul se reuniu em So Paulo para traar metas que vo garantir mais espao juventude.

    Sindminrios Santos participa da greve na Petrobrs Os trabalhadores da Petrobras Distribuidora S.A fizeram paralisao de 24 horas, em Cubato, no dia 24 ultimo. Com uma pauta nica, "Evitar o desmanche da Petrobras", a greve dos petroleiros foi em nvel nacional e contou com a importante participao dos trabalhadores do Tecub - Terminal de Combustveis de Cubato. O presidente do Sindicato, Adilson Lima, ressaltou a importncia da paralisao. preciso chamar a ateno da sociedade tambm para a situao difcil, de insegurana dos trabalhadores com os rumos da PETROBRS. No podemos esquecer que apesar do esquema de corrupo de propores gigantescas que debilitou a sade da empresa ainda ela continua uma fora nacional e essa bandeira que defendemos.

    Vitria em Angra dos Reis Chapa da UGT ganha eleies dos Metalrgicos de Angra, com 64% dos votos

    Vicente da Silva no Conselho de Relaes do Trabalho O dirigente sindical Vicente da Silva (foto), presidente da FECEP Federao dos Empregados no Comrcio do Estado do Paran o mais novo integrante do Conselho de Relaes do Trabalho (CRT), do Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE), em Braslia.

    UGT Global 04

    O UGT Global o Boletim de Informao Internacional da Unio Geral dos Trabalhadores.

    A UGT uma organizao sindical constituda para defender os trabalhadores brasileiros atravs de um movimento sindical amplo, cidado, tico, solidrio, independente, democrtico e inovador.

    Diretor de Comunicao: Marcos Afonso de Oliveira MTb 62.224/SP

    Jornalista Responsvel: Mauro Ramos

    UGT nos

    Conselhos

    O grupo pretende planejar os passos seguintes e desenhar um caminho produtivo e de crescimento para os prximos quatro anos.

    O Secretrio Nacional, Gustavo Pdua, explicou a ideia do encontro. Pretendemos vencer algumas barreiras e ampliar a organizao dos jovens na UGT nacional e nos estados. Queremos traar metas alinhadas e organizadas para produzir mais e alcanar bons resultados".

    A chapa liderada pelo sindicalista Manoel Vieira Salles venceu as eleies do Sindicato dos Metalrgicos de Angra dos Reis, no Estado do Rio de Janeiro.

    Apoiados pela Central Sindical Unio Geral dos Trabalhadores, a nova diretoria recebeu mais de 64% dos votos vlidos. Manoel Vieira Salles, agradeceu o apoio recebido por parte dos trabalhadores e afirmou que ir se empenhar para enfrentar os problemas com a empregabilidade da categoria.

    Vicente assume a vaga no lugar do presidente nacional da UGT, Ricardo Patah.

    O CRT um rgo tripartite na estrutura funcional do MTE, e tem por finalidade dentre outros assuntos, discutir e formular propostas que visem a democratizao das relaes de trabalho no pas; a atualizao da legislao sindical e trabalhista, o fomento negociao coletiva e um ambiente favorvel gerao de emprego e de trabalho decente.

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