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04/01/2016 Um ano de grandes desafios http://www.opopular.com.br/editorias/cidades/umanodegrandesdesafios1.1014806 1/27 01/01/2016 06:00 01/01/2016 06:00 Wildes Barbosa Wildes Barbosa Um ano de grandes desafios Um ano de grandes desafios O otimismo dos votos de feliz anonovo não contaminaram as projeções que especialistas fazem O otimismo dos votos de feliz anonovo não contaminaram as projeções que especialistas fazem para 2016 em áreas diversas. Até a meteorologia prevê mais raios e trovoadas para o ano que se para 2016 em áreas diversas. Até a meteorologia prevê mais raios e trovoadas para o ano que se inicia. O POPULAR ouviu representantes de vários segmentos e, se a previsão que eles fazem para inicia. O POPULAR ouviu representantes de vários segmentos e, se a previsão que eles fazem para 2016 não traz nenhum conforto, as opiniões dos especialistas podem servir para balizar medidas a 2016 não traz nenhum conforto, as opiniões dos especialistas podem servir para balizar medidas a serem tomadas para que o ano surpreenda e seja melhor que o esperado. serem tomadas para que o ano surpreenda e seja melhor que o esperado. Andréia Bahia Andréia Bahia

Um ano de grandes desafios - CAU/GO - Conselho …...de uma progressão ainda maior destas doenças em 2016. Segundo ele, se o País conseguir estabilizar o numero de casos de dengue

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01/01/2016 06:0001/01/2016 06:00 Wildes BarbosaWildes Barbosa

Um ano de grandes desafiosUm ano de grandes desafiosO otimismo dos votos de feliz ano­novo não contaminaram as projeções que especialistas fazemO otimismo dos votos de feliz ano­novo não contaminaram as projeções que especialistas fazempara 2016 em áreas diversas. Até a meteorologia prevê mais raios e trovoadas para o ano que separa 2016 em áreas diversas. Até a meteorologia prevê mais raios e trovoadas para o ano que seinicia. O POPULAR ouviu representantes de vários segmentos e, se a previsão que eles fazem parainicia. O POPULAR ouviu representantes de vários segmentos e, se a previsão que eles fazem para2016 não traz nenhum conforto, as opiniões dos especialistas podem servir para balizar medidas a2016 não traz nenhum conforto, as opiniões dos especialistas podem servir para balizar medidas aserem tomadas para que o ano surpreenda e seja melhor que o esperado.serem tomadas para que o ano surpreenda e seja melhor que o esperado.

Andréia BahiaAndréia Bahia

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CLIMACLIMA

Raios e trovoadasRaios e trovoadas

Até junho, Goiânia – assim como todo o País ­ vai estarAté junho, Goiânia – assim como todo o País ­ vai estarsobre a influência do fenômeno El Niño, “o que significasobre a influência do fenômeno El Niño, “o que significaque teremos um verão com pancadas de chuvas maisque teremos um verão com pancadas de chuvas maisfrequentes e com mais raios e trovoadas”, afirmafrequentes e com mais raios e trovoadas”, afirmaElizabete Ferreira, chefe do Instituto Nacional deElizabete Ferreira, chefe do Instituto Nacional deMeteorologia (Inmet) em Goiás. As descargas elétricasMeteorologia (Inmet) em Goiás. As descargas elétricasdevem aumentar em 10%. O fenômeno vai tambémdevem aumentar em 10%. O fenômeno vai tambémelevar as temperaturas mínima e máxima na capital emelevar as temperaturas mínima e máxima na capital ematé dois graus em relação a 2015, o que significa queaté dois graus em relação a 2015, o que significa quenem mesmo as noites e madrugadas de 2016 serãonem mesmo as noites e madrugadas de 2016 serãomais frescas. Até o inverno de 2016 deve ser maismais frescas. Até o inverno de 2016 deve ser maisquente que o normal, afirma a meteorologista, em razãoquente que o normal, afirma a meteorologista, em razãodo intenso calor que não se dissipa durante o dia.do intenso calor que não se dissipa durante o dia.

A chuva e a umidade podem permanecer dentro daA chuva e a umidade podem permanecer dentro damédia neste verão, segundo Elizabete, mas também hámédia neste verão, segundo Elizabete, mas também háa possibilidade de a umidade cair rapidamente,a possibilidade de a umidade cair rapidamente,chegando a 30%, caso haja um espaço de quatro diaschegando a 30%, caso haja um espaço de quatro diassem chuva, o que não é um fenômeno normal. “Issosem chuva, o que não é um fenômeno normal. “Issopode ocorrer em razão da alta temperatura”, explicapode ocorrer em razão da alta temperatura”, explicaElizabete. As chuvas também não serão regulares.Elizabete. As chuvas também não serão regulares.Pode chover torrencialmente no Centro e não pingarPode chover torrencialmente no Centro e não pingaruma única gota em Campinas. “Se não houver nenhumuma única gota em Campinas. “Se não houver nenhumoutro fenômeno meteorológico, o clima deve voltar àoutro fenômeno meteorológico, o clima deve voltar ànormalidade depois de junho”, prevê a chefe do Inmet.normalidade depois de junho”, prevê a chefe do Inmet.

TRÂNSITOTRÂNSITO

Só corredores não resolverão problemaSó corredores não resolverão problema

“Não dá para esperar melhorias no trânsito e no“Não dá para esperar melhorias no trânsito e notransporte em 2016”, segundo o arquiteto e urbanistatransporte em 2016”, segundo o arquiteto e urbanistaLuiz Fernando Cruvinel Teixeira, a despeito da criaçãoLuiz Fernando Cruvinel Teixeira, a despeito da criaçãodos corredores de ônibus, das ciclovias e dasdos corredores de ônibus, das ciclovias e dasmudanças feitas no trânsito da capital em 2015. “Nãomudanças feitas no trânsito da capital em 2015. “Não

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mudanças feitas no trânsito da capital em 2015. “Nãomudanças feitas no trânsito da capital em 2015. “Nãoadianta fazer só o corredor; é preciso garantir que asadianta fazer só o corredor; é preciso garantir que aspessoas cheguem aos ônibus; os passeios, porpessoas cheguem aos ônibus; os passeios, porexemplos, não garantem a mobilidade”, afirma. Aexemplos, não garantem a mobilidade”, afirma. Aengenharia de tráfego, por sua vez, apenas ameniza oengenharia de tráfego, por sua vez, apenas ameniza oproblema, não resolve: “A rua não aumenta enquanto oproblema, não resolve: “A rua não aumenta enquanto onúmero de carros só cresce”. Os viadutos, na opiniãonúmero de carros só cresce”. Os viadutos, na opiniãode Teixeira, apenas jogam o congestionamento para umde Teixeira, apenas jogam o congestionamento para umponto mais adiante. Quanto às ciclovias, o urbanistaponto mais adiante. Quanto às ciclovias, o urbanistaobserva que até agora a proposta é voltada paraobserva que até agora a proposta é voltada parapasseios ciclísticos, não para o transporte e apasseios ciclísticos, não para o transporte e amobilidade urbana.mobilidade urbana.

Na opinião do urbanista, só se resolve problema deNa opinião do urbanista, só se resolve problema detrânsito investindo em transporte público. “Não setrânsito investindo em transporte público. “Não seconsegue acabar com os carros, mas é possível reduzirconsegue acabar com os carros, mas é possível reduziro numero de veículos circulando oferecendo transporteo numero de veículos circulando oferecendo transportepúblico de qualidade.” O urbanista não consegue verpúblico de qualidade.” O urbanista não consegue verum cenário positivo para 2016 e alerta que o problemaum cenário positivo para 2016 e alerta que o problemado trânsito só deve ser resolvido quando a cidadedo trânsito só deve ser resolvido quando a cidadechegar ao caos.chegar ao caos.

A arquiteta e urbanista Erika Cristine Kneib prevê doisA arquiteta e urbanista Erika Cristine Kneib prevê doiscenários para 2016. No primeiro não há nada a fazercenários para 2016. No primeiro não há nada a fazerdevido a vários fatores que ela enumera: ausência dedevido a vários fatores que ela enumera: ausência deprioridade para o pedestre e para o ciclista e deprioridade para o pedestre e para o ciclista e devalorização do transporte coletivo; paralisação dasvalorização do transporte coletivo; paralisação dasobras dos corredores preferenciais e do BRT;obras dos corredores preferenciais e do BRT;investimentos em viadutos; corte de rotatórias. “Medidasinvestimentos em viadutos; corte de rotatórias. “Medidasque só servem para melhorar momentaneamente aque só servem para melhorar momentaneamente afluidez do automóvel nas vias, mas que rapidamentefluidez do automóvel nas vias, mas que rapidamentevoltam a congestionar.” Nesse cenário, ela acredita quevoltam a congestionar.” Nesse cenário, ela acredita queo desrespeito às leis de trânsito e a ausência deo desrespeito às leis de trânsito e a ausência defiscalização levarão a uma situação cada vez maisfiscalização levarão a uma situação cada vez maisinsustentável, com poluição, congestionamentos einsustentável, com poluição, congestionamentos eacidentes.acidentes.

No segundo cenário, ela prevê alterações basilares eNo segundo cenário, ela prevê alterações basilares eemergenciais, respeitando os princípios básicos doemergenciais, respeitando os princípios básicos doPlano Diretor e da Lei de Mobilidade: conclusão dosPlano Diretor e da Lei de Mobilidade: conclusão doscorredores preferenciais de transporte coletivo, comcorredores preferenciais de transporte coletivo, com

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corredores preferenciais de transporte coletivo, comcorredores preferenciais de transporte coletivo, commelhoria da velocidade operacional dos ônibus;melhoria da velocidade operacional dos ônibus;melhoria da qualidade do transporte coletivo;melhoria da qualidade do transporte coletivo;fiscalização rígida de trânsito, que favoreça a segurançafiscalização rígida de trânsito, que favoreça a segurançade ciclistas e pedestres e diminua acidentes; melhoriade ciclistas e pedestres e diminua acidentes; melhoriadas calçadas, dos pontos de parada e da sinalizaçãodas calçadas, dos pontos de parada e da sinalizaçãopara pedestres. “Tais elementos, possíveis de serempara pedestres. “Tais elementos, possíveis de seremefetivados em 2016, seriam capazes de melhorar aefetivados em 2016, seriam capazes de melhorar amobilidade em Goiânia.”mobilidade em Goiânia.”

Na opinião de Erika, o maior problema do trânsito é aNa opinião de Erika, o maior problema do trânsito é afalta de atitude para enfrentar o uso indiscriminado dofalta de atitude para enfrentar o uso indiscriminado dotransporte individual, incluindo os carros e as motos. “Etransporte individual, incluindo os carros e as motos. “Eo pior é que não existe perspectiva de melhora nesteo pior é que não existe perspectiva de melhora nestesentido.” Segundo ela, algumas ações para pedestres,sentido.” Segundo ela, algumas ações para pedestres,ciclistas e transporte coletivo são anuladas pelaciclistas e transporte coletivo são anuladas pelaausência de medidas de desencorajamento do uso doausência de medidas de desencorajamento do uso doveículo. “Muitas cidades brasileiras estão enfrentando oveículo. “Muitas cidades brasileiras estão enfrentando ouso indiscriminado do automóvel, com sucesso. Goiâniauso indiscriminado do automóvel, com sucesso. Goiâniaprecisa avançar muito, e rápido, neste sentido.”precisa avançar muito, e rápido, neste sentido.”

URBANISMOURBANISMO

Verticalização pode criar o caosVerticalização pode criar o caos

Urbanisticamente, o cenário para 2016 não é dosUrbanisticamente, o cenário para 2016 não é dosmelhores, na opinião da arquiteta e urbanista Anamariamelhores, na opinião da arquiteta e urbanista AnamariaDiniz. Segundo ela, o adensamento e a verticalizaçãoDiniz. Segundo ela, o adensamento e a verticalizaçãopromovidos nos últimos anos produzirão um caos napromovidos nos últimos anos produzirão um caos nacapital. “A construção de infraestrutura – rede de água,capital. “A construção de infraestrutura – rede de água,esgoto, eletricidade e transporte público ­ nãoesgoto, eletricidade e transporte público ­ nãoacompanhou a compactação da cidade”, explica.acompanhou a compactação da cidade”, explica.Segundo ela, o que foi feito, as ciclovias, não foiSegundo ela, o que foi feito, as ciclovias, não foiintegrado a uma rede de mobilidade.integrado a uma rede de mobilidade.

A situação só não será pior graças à crise econômica,A situação só não será pior graças à crise econômica,observa Anamaria, que deve reduzir o ritmo dosobserva Anamaria, que deve reduzir o ritmo dosempreendimentos imobiliários. “Aí teremos tempo paraempreendimentos imobiliários. “Aí teremos tempo parapensar um modelo de cidade diferente das grandespensar um modelo de cidade diferente das grandesmetrópoles, como São Paulo, onde as grandes torres emetrópoles, como São Paulo, onde as grandes torres econdomínios fechados deram errado.” A exemplo dacondomínios fechados deram errado.” A exemplo daintensa permeabilização do solo e da canalização deintensa permeabilização do solo e da canalização de

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intensa permeabilização do solo e da canalização deintensa permeabilização do solo e da canalização decórregos. “Estamos construindo um cenário ruim paracórregos. “Estamos construindo um cenário ruim para2016 e para os próximos anos”, alerta.2016 e para os próximos anos”, alerta.

Essa também é a opinião do arquiteto e urbanistaEssa também é a opinião do arquiteto e urbanistaMarcos Arimatéia em relação ao crescimento do SetorMarcos Arimatéia em relação ao crescimento do SetorMarista e do Park Lozandes. Segundo ele, com aMarista e do Park Lozandes. Segundo ele, com adesaceleração do Jardim Goiás, prevista no Planodesaceleração do Jardim Goiás, prevista no PlanoDiretor, houve um adensamento muito forte nos outrosDiretor, houve um adensamento muito forte nos outrosdois setores. “Minha preocupação é que a infraestruturadois setores. “Minha preocupação é que a infraestruturanão está preparada para esse crescimento”, afirma.não está preparada para esse crescimento”, afirma.

E não deve haver recurso para ampliar a infraestruturaE não deve haver recurso para ampliar a infraestruturada cidade, afirma Arimatéia. Segundo ele, a criseda cidade, afirma Arimatéia. Segundo ele, a criseeconômica e as eleições municipais devem influenciareconômica e as eleições municipais devem influenciarmuito na questão urbanística da cidade em 2016. “Asmuito na questão urbanística da cidade em 2016. “Asadministrações municipais devem buscar recursos paraadministrações municipais devem buscar recursos paradar andamento às obras já iniciadas, não deve ter nadadar andamento às obras já iniciadas, não deve ter nadade novo”, prevê. Em Goiânia, a Prefeitura deve concluirde novo”, prevê. Em Goiânia, a Prefeitura deve concluiros corredores de ônibus e, se tiver recursos, construiros corredores de ônibus e, se tiver recursos, construiros trechos que ainda faltam na Avenida Leste­Oeste,os trechos que ainda faltam na Avenida Leste­Oeste,chegando até o Jardim Cerrado. “Essas interrupçõeschegando até o Jardim Cerrado. “Essas interrupçõescriaram um grande problema urbano”, avalia.criaram um grande problema urbano”, avalia.

Na opinião do urbanista, o incentivo à ocupação deveriaNa opinião do urbanista, o incentivo à ocupação deveriaser melhor discutido porque o modelo de cidadeser melhor discutido porque o modelo de cidadecompacta prevê mais espaços públicos. “E não estamoscompacta prevê mais espaços públicos. “E não estamosvendo isso acontecer”, observa. Para Arimateia, avendo isso acontecer”, observa. Para Arimateia, averticalização e adensamento estão mais voltados paraverticalização e adensamento estão mais voltados parao mercado imobiliário, não para a cidade.o mercado imobiliário, não para a cidade.

MEIO AMBIENTEMEIO AMBIENTE

Frutos da negligênciaFrutos da negligência

Há muito a se fazer em relação ao meio ambiente emHá muito a se fazer em relação ao meio ambiente em2016, afirma Alessandro Mendes Pedroso, mas ele não2016, afirma Alessandro Mendes Pedroso, mas ele nãoestá otimista. “A área ambiental sempre foiestá otimista. “A área ambiental sempre foinegligenciada”, critica. Segundo ele, a cidade deve senegligenciada”, critica. Segundo ele, a cidade deve seressentir em 2016 da retirada de árvores para dar lugarressentir em 2016 da retirada de árvores para dar lugarao BRT. “Nessas áreas, o microclima vai ser alterado eao BRT. “Nessas áreas, o microclima vai ser alterado edevem ser criadas ilhas de calor.” Seria possível,devem ser criadas ilhas de calor.” Seria possível,

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segundo o ambientalista, reduzir o impacto dosegundo o ambientalista, reduzir o impacto dodesmatamento substituindo as árvores de maneiradesmatamento substituindo as árvores de maneiragradual. “Replantar não vai recuperar o danogradual. “Replantar não vai recuperar o danoimediatamente”, afirma. Além disso, plantar em outroimediatamente”, afirma. Além disso, plantar em outrolugar não vai reduzir os efeitos no local desmatado.lugar não vai reduzir os efeitos no local desmatado.“Deve­se plantar nas imediações de onde se retirou a“Deve­se plantar nas imediações de onde se retirou aárvore”, explica.árvore”, explica.

Há muitas questões a serem resolvidas em 2016, afirmaHá muitas questões a serem resolvidas em 2016, afirmaPedroso, “porque parece que 2015 não existiu”. ÉPedroso, “porque parece que 2015 não existiu”. Épreciso avançar na coleta seletiva de lixo para nãopreciso avançar na coleta seletiva de lixo para nãosobrecarregar o aterro municipal, que está próximo desobrecarregar o aterro municipal, que está próximo deatingir sua capacidade, ampliar a estação de tratamentoatingir sua capacidade, ampliar a estação de tratamentode esgoto e coibir o lançamento de resíduos nos rios dade esgoto e coibir o lançamento de resíduos nos rios dacapital. De acordo com ele, o esgoto doméstico ainda écapital. De acordo com ele, o esgoto doméstico ainda élançado livremente nos rios Meia Ponte e Botafogo e aslançado livremente nos rios Meia Ponte e Botafogo e asempresas lançam poluentes em todos os cursos deempresas lançam poluentes em todos os cursos deágua da capitalágua da capital

Outro problema a ser resolvido emergencialmente é aOutro problema a ser resolvido emergencialmente é aproteção da Área de Proteção Ambiental do Ribeirãoproteção da Área de Proteção Ambiental do RibeirãoJoão Leite. Segundo ele, agricultores e propriedades deJoão Leite. Segundo ele, agricultores e propriedades deturismo rural lançam resíduos e esgoto no rio que vaiturismo rural lançam resíduos e esgoto no rio que vaiabastecer a população da capital. “Como meio ambienteabastecer a população da capital. “Como meio ambientenão é prioridade, vamos colher os resultados danão é prioridade, vamos colher os resultados danegligência em 2016”, diz.negligência em 2016”, diz.

O geólogo Júlio Cezar Rubin aponta a existência deO geólogo Júlio Cezar Rubin aponta a existência dedois pontos críticos em Goiânia para 2016; o primeirodois pontos críticos em Goiânia para 2016; o primeirosão as erosões no entorno da cidade, provocadas pelasão as erosões no entorno da cidade, provocadas pelaexpansão urbana desordenada. “Esses processosexpansão urbana desordenada. “Esses processoserosivos estão cada vez mais comuns”, relata. Oerosivos estão cada vez mais comuns”, relata. Osegundo diz respeito à questão hídrica. Segundo ele, sesegundo diz respeito à questão hídrica. Segundo ele, senão houver campanhas mais incisivas contra onão houver campanhas mais incisivas contra odesperdício de água, Goiânia pode ter problema com odesperdício de água, Goiânia pode ter problema com oabastecimento em um futuro bem próximo, haja vistaabastecimento em um futuro bem próximo, haja vistaque a população está crescendo e a fonte de águaque a população está crescendo e a fonte de águapermanece a mesma.permanece a mesma.

CULTURACULTURA

Sem recursos, setor pode piorarSem recursos, setor pode piorar

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O momento é ruim para a cultura em todos os níveisO momento é ruim para a cultura em todos os níveisfederativos: município, Estado e União, afirma ofederativos: município, Estado e União, afirma ocompositor e produtor cultural Carlos Brandão. “Emcompositor e produtor cultural Carlos Brandão. “Em2016, pode piorar”, afirma. Segundo ele, os espaços2016, pode piorar”, afirma. Segundo ele, os espaçosculturais públicos que estão funcionando não contamculturais públicos que estão funcionando não contamcom estrutura nem pessoal suficientes e as produçõescom estrutura nem pessoal suficientes e as produçõesculturais privadas também sofreram cortes. “Minhaculturais privadas também sofreram cortes. “Minhaprevisão é muito pessimista e, se não chegamos aoprevisão é muito pessimista e, se não chegamos aofundo do poço, em 2016 devemos chegar”, diz. Efundo do poço, em 2016 devemos chegar”, diz. Ecompleta: “Espero que esteja errado”.completa: “Espero que esteja errado”.

Para o ator e conselheiro municipal e nacional dePara o ator e conselheiro municipal e nacional deCultura Norval Berbari, a crise econômica deve reduzirCultura Norval Berbari, a crise econômica deve reduzirainda mais os recursos repassados à Cultura, que vinhaainda mais os recursos repassados à Cultura, que vinhaem ascendência. "O setor cultural experimentou bonsem ascendência. "O setor cultural experimentou bonsresultados nos anos recentes, sobretudo pelas políticasresultados nos anos recentes, sobretudo pelas políticasculturais ainda em desenvolvimento nos planosculturais ainda em desenvolvimento nos planosnacional, estadual e também municipal.” Porém,nacional, estadual e também municipal.” Porém,observa, a crise deve afetar todos os setores e tambémobserva, a crise deve afetar todos os setores e tambémo cultural. Ele espera para 2016 uma curvao cultural. Ele espera para 2016 uma curvadescendente, o que não seria totalmente negativo, nadescendente, o que não seria totalmente negativo, naopinião do ator. “A retração no orçamento podeopinião do ator. “A retração no orçamento podefavorecer as articulações, ações, discussões do setorfavorecer as articulações, ações, discussões do setorcultural no sentido de se cobrar e exigir mais garantias ecultural no sentido de se cobrar e exigir mais garantias elegislação. “Para se ter uma ideia, em Goiânia, olegislação. “Para se ter uma ideia, em Goiânia, oSistema Municipal de Cultura, que já foi aprovado naSistema Municipal de Cultura, que já foi aprovado naConferência Municipal e havia a promessa de neste anoConferência Municipal e havia a promessa de neste anoser aprovado na Câmara, sequer foi enviado aoser aprovado na Câmara, sequer foi enviado aoLegislativo".Legislativo".

SAÚDESAÚDE

Aedes aegypti será o grande vilãoAedes aegypti será o grande vilão

A crise econômica também deve afetar o setor de saúdeA crise econômica também deve afetar o setor de saúdeem 2016, de acordo com o médico infectologistaem 2016, de acordo com o médico infectologistaBoaventura Braz de Queiroz. “Não vejo um bomBoaventura Braz de Queiroz. “Não vejo um bomcenário.” Segundo ele, o aumento progressivo dacenário.” Segundo ele, o aumento progressivo da

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cenário.” Segundo ele, o aumento progressivo dacenário.” Segundo ele, o aumento progressivo dadengue, que em 2015 registrou 1,5 milhão de casos, dadengue, que em 2015 registrou 1,5 milhão de casos, dachikungunya e do zika vírus aponta para a possibilidadechikungunya e do zika vírus aponta para a possibilidadede uma progressão ainda maior destas doenças emde uma progressão ainda maior destas doenças em2016. Segundo ele, se o País conseguir estabilizar o2016. Segundo ele, se o País conseguir estabilizar onumero de casos de dengue em 2016, já vai ser umanumero de casos de dengue em 2016, já vai ser umavitória. “Porque não vamos conseguir controlar osvitória. “Porque não vamos conseguir controlar osfocos”, prevê.focos”, prevê.

Quanto ao zika, Boaventura prevê que a epidemia deveQuanto ao zika, Boaventura prevê que a epidemia devese estender por todo o País e que vai ser complicadase estender por todo o País e que vai ser complicadapela microcefalia, que já chegou a 3 mil casos suspeitospela microcefalia, que já chegou a 3 mil casos suspeitosno Nordeste. Número 20 vezes maior do que 2014.no Nordeste. Número 20 vezes maior do que 2014.“Descobrimos o problema do zika vírus no período de“Descobrimos o problema do zika vírus no período dechuva, quando é muito difícil eliminar os focos dochuva, quando é muito difícil eliminar os focos domosquito”, explica. Boaventura aponta três fatores quemosquito”, explica. Boaventura aponta três fatores quefarão de 2016 um ano difícil para a saúde: a falta defarão de 2016 um ano difícil para a saúde: a falta deinvestimentos, de mudanças de hábitos da população einvestimentos, de mudanças de hábitos da população ede imunização. “O governo deve adquirir a vacinade imunização. “O governo deve adquirir a vacinacontra dengue apenas para a população vulnerável.”contra dengue apenas para a população vulnerável.”

A vacina é uma das boas notícias que a infectologistaA vacina é uma das boas notícias que a infectologistaCristhiane Kobal prevê para 2016 em meio a umaCristhiane Kobal prevê para 2016 em meio a umaprojeção muito pessimista que inclui a epidemia de zika.projeção muito pessimista que inclui a epidemia de zika.Ela acredita que o governo vá incorporar a vacinaEla acredita que o governo vá incorporar a vacinacontra dengue ao Sistema Único de Saúde (SUS). Acontra dengue ao Sistema Único de Saúde (SUS). Aoutra boa notícia é que os pacientes diagnosticadosoutra boa notícia é que os pacientes diagnosticadoscom hepatite C terão acesso a medicamentos muitocom hepatite C terão acesso a medicamentos muitocaros pelo SUS. “Vamos conseguir tratar a maioria doscaros pelo SUS. “Vamos conseguir tratar a maioria dospacientes com hepatite C”, afirma.pacientes com hepatite C”, afirma.

Por outro lado, os corte na Saúde devem ter impactosPor outro lado, os corte na Saúde devem ter impactosnegativos no atendimento médico, no fornecimento denegativos no atendimento médico, no fornecimento deinsumos e no acesso a diagnósticos mais avançados.insumos e no acesso a diagnósticos mais avançados.“Apesar de ser otimista, acredito que 2016 será um ano“Apesar de ser otimista, acredito que 2016 será um anopior.” Tanto na rede pública como na privada, observa.pior.” Tanto na rede pública como na privada, observa.Segundo ela, as pessoas que estão perdendo oSegundo ela, as pessoas que estão perdendo oemprego estão deixando os planos de saúde eemprego estão deixando os planos de saúde emigrando para a rede SUS, que já está abarrotada.migrando para a rede SUS, que já está abarrotada.“Sem investimentos, não conseguiremos ter um melhor“Sem investimentos, não conseguiremos ter um melhordesempenho.”desempenho.”

EMPREGOEMPREGO

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EMPREGOEMPREGO

A vez dos especialistasA vez dos especialistas

Em 2016, não haverá crescimento da economia queEm 2016, não haverá crescimento da economia quereflita na expansão do mercado de emprego, admite areflita na expansão do mercado de emprego, admite acoach de carreira Dilze Percílio. Ela acredita, nocoach de carreira Dilze Percílio. Ela acredita, noentanto, que 2016 não será pior que 2015. Dilze explicaentanto, que 2016 não será pior que 2015. Dilze explicaque enquanto os setores de serviço e varejo sofreramque enquanto os setores de serviço e varejo sofreramos efeitos da crise em meados de 2014, a indústria seos efeitos da crise em meados de 2014, a indústria seressentiu da crise antes, no início de 2013. “A indústriaressentiu da crise antes, no início de 2013. “A indústriateve que enxugar muito para não fechar”, relata. E oteve que enxugar muito para não fechar”, relata. E osetor fez o dever de casa, melhorando seussetor fez o dever de casa, melhorando seusprocedimentos, e conseguiu, além de pagar as contas,procedimentos, e conseguiu, além de pagar as contas,se capitalizar. Hoje, a indústria está começando a sese capitalizar. Hoje, a indústria está começando a sereerguer”, afirma Dilze. Isso deverá ter um impactoreerguer”, afirma Dilze. Isso deverá ter um impactopositivo nos setores de serviço e varejo. “O setorpositivo nos setores de serviço e varejo. “O setorindustrial está abrindo vagas de salários mais altos eindustrial está abrindo vagas de salários mais altos eesses salários vão movimentar a economia”, explica,esses salários vão movimentar a economia”, explica,prevendo ainda que isso deve ajudar a criar empregosprevendo ainda que isso deve ajudar a criar empregosno varejo e no setor de indústria.no varejo e no setor de indústria.

Na opinião de Alessandra Luzine, especialista emNa opinião de Alessandra Luzine, especialista emgestão de recursos humanos, nesse momento asgestão de recursos humanos, nesse momento asempresas estão reavaliando a mão de obra e buscandoempresas estão reavaliando a mão de obra e buscandopessoas mais qualificadas e específicas. “Está havendopessoas mais qualificadas e específicas. “Está havendouma troca de cadeiras na indústria e no setor deuma troca de cadeiras na indústria e no setor deserviços”, afirma. Segundo ela, a recessão provocadaserviços”, afirma. Segundo ela, a recessão provocadapela crise econômica reduziu o volume de empregos epela crise econômica reduziu o volume de empregos eincrementou a procura por especialistas, sobretudo nasincrementou a procura por especialistas, sobretudo nasáreas de controladoria, finanças e gestão de pessoas.áreas de controladoria, finanças e gestão de pessoas.“Profissionais que trabalham com custo e orçamento”,“Profissionais que trabalham com custo e orçamento”,explica Alessandra. Já o varejo, que perdeu muitasexplica Alessandra. Já o varejo, que perdeu muitasvagas de emprego nos últimos meses, devevagas de emprego nos últimos meses, devepermanecer como está, acredita ela.permanecer como está, acredita ela.

SEGURANÇASEGURANÇA

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SEGURANÇASEGURANÇA

Equívocos impedem avançoEquívocos impedem avanço

A partir de 1998, Goiás deixou a parte inferior da tabelaA partir de 1998, Goiás deixou a parte inferior da tabelade homicídios para figurar entre os primeiros da listade homicídios para figurar entre os primeiros da lista(saiu da 18ª posição na taxa de homicídios do País,(saiu da 18ª posição na taxa de homicídios do País,com 13,4 homicídios por 100 mil habitantes para a 4ªcom 13,4 homicídios por 100 mil habitantes para a 4ªmaior taxa de homicídios do Brasil, com 44,3 homicídiosmaior taxa de homicídios do Brasil, com 44,3 homicídiospor 100 mil habitantes). Essa situação não deve serpor 100 mil habitantes). Essa situação não deve seralterada em 2016, de acordo com o cenário provávelalterada em 2016, de acordo com o cenário provávelconstruído pelo sociólogo e professor da Universidadeconstruído pelo sociólogo e professor da UniversidadeFederal de Goiás (UFG) Ricardo Barbosa. “Não háFederal de Goiás (UFG) Ricardo Barbosa. “Não hánenhuma mudança efetiva em 2015 que diga que issonenhuma mudança efetiva em 2015 que diga que issodeve ser alterado.”deve ser alterado.”

Na opinião do sociólogo, os investimentos feitos emNa opinião do sociólogo, os investimentos feitos emSegurança Pública são equivocados. Os recursos sãoSegurança Pública são equivocados. Os recursos sãoaplicados na ostensividade da polícia enquantoaplicados na ostensividade da polícia enquantodeveriam ser alocados em investigação. “Em Goiás, sedeveriam ser alocados em investigação. “Em Goiás, seprende, mas não se consegue produzir provas paraprende, mas não se consegue produzir provas paraincriminar. Podem contratar um exercito de Robocopsincriminar. Podem contratar um exercito de Robocopsque não vai adiantar se não houver investigação”,que não vai adiantar se não houver investigação”,alerta.alerta.

Barbosa aponta outro equivoco da área não só emBarbosa aponta outro equivoco da área não só emGoiás, mas no País. Segundo ele, as polícias têm ciclosGoiás, mas no País. Segundo ele, as polícias têm ciclosinterrompidos: uma faz a parte ostensiva e outra, ainterrompidos: uma faz a parte ostensiva e outra, ainvestigação. Nesse modelo, há um retrabalho: “Umainvestigação. Nesse modelo, há um retrabalho: “Umafaz o trabalho que a outra já fez e o Ministério Públicofaz o trabalho que a outra já fez e o Ministério Públicorefaz”. O modelo produz outro efeito negativo para arefaz”. O modelo produz outro efeito negativo para aSegurança Pública: a guerra dentro das carreiras. ComoSegurança Pública: a guerra dentro das carreiras. Comonão há perspectiva de mudança na estrutura danão há perspectiva de mudança na estrutura daSegurança Pública – que depende de votação deSegurança Pública – que depende de votação deprojeto no Congresso Nacional –, o sociólogo nãoprojeto no Congresso Nacional –, o sociólogo nãoacredita em mudança no cenário. “Mantido da mesmaacredita em mudança no cenário. “Mantido da mesmaforma, provavelmente vai ficar do mesmo jeito”, afirma.forma, provavelmente vai ficar do mesmo jeito”, afirma.

O advogado Rodrigo Lustosa se diz cético em relação àO advogado Rodrigo Lustosa se diz cético em relação àpossibilidade de mudança na Segurança Pública. Ex­possibilidade de mudança na Segurança Pública. Ex­presidente da Comissão de Segurança Pública dapresidente da Comissão de Segurança Pública da

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Zuhair MohamadZuhair Mohamad

Renato CondeRenato Conde

presidente da Comissão de Segurança Pública dapresidente da Comissão de Segurança Pública daOrdem dos Advogados do Brasil (OAB) goiana, eleOrdem dos Advogados do Brasil (OAB) goiana, eleaponta dois problemas no setor: falta de investimentos eaponta dois problemas no setor: falta de investimentos epolíticas equivocadas. “A segurança é pensada apenaspolíticas equivocadas. “A segurança é pensada apenasna ação das forças policiais, no incremento do aparatona ação das forças policiais, no incremento do aparatorepressor.” Segundo o advogado, Segurança Públicarepressor.” Segundo o advogado, Segurança Públicaenvolve também a ocupação dos espaços públicos,envolve também a ocupação dos espaços públicos,mobilidade urbana, envolvimento das escolas, entremobilidade urbana, envolvimento das escolas, entreoutras ações. Em razão da tensão política, Lustosaoutras ações. Em razão da tensão política, Lustosaprojeta aumento das variadas formas de violência, nãoprojeta aumento das variadas formas de violência, nãosó de homicídios. “Não há política de tolerância e asó de homicídios. “Não há política de tolerância e aSegurança Pública reproduz essa violência.”Segurança Pública reproduz essa violência.”

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Foto: David Alves/Palácio PiratFoto: David Alves/Palácio Pirat

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01/01/2016 06:0001/01/2016 06:00

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“Em 2016, Goiânia precisa de gestores e representantes que aprimorem o planejamento“Em 2016, Goiânia precisa de gestores e representantes que aprimorem o planejamentourbano.” Arnaldo Mascarenhas Braga, presidente do Conselho de Arquitetura eurbano.” Arnaldo Mascarenhas Braga, presidente do Conselho de Arquitetura eUrbanismoUrbanismo

não informadonão informado

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Marina BittenMarina Bitten

“Que seja o trânsito gerido para as pessoas, não para os carros. Que o tema não seja“Que seja o trânsito gerido para as pessoas, não para os carros. Que o tema não sejamaltratado com demagogia e hipocrisia pelos candidatos em ano eleitoral.” Antenormaltratado com demagogia e hipocrisia pelos candidatos em ano eleitoral.” AntenorPinheiro , perito de trânsitoPinheiro , perito de trânsito

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eventos independentes consigam mais espaço.” Walacy Neto, poetaeventos independentes consigam mais espaço.” Walacy Neto, poeta

“Que os governos municipal e estadual respeitem o que está previsto em lei para a“Que os governos municipal e estadual respeitem o que está previsto em lei para acultura, sempre a mais prejudicada quando há cortes.” Fernanda Fernandes, produtoracultura, sempre a mais prejudicada quando há cortes.” Fernanda Fernandes, produtoraculturalcultural

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Wildes BarbosaWildes Barbosa

“Que a área de Segurança Pública seja mais efetiva, que cada instituição faça a sua“Que a área de Segurança Pública seja mais efetiva, que cada instituição faça a suaparte nesse sentido.” Jesseir Coelho DE Alcântara, juizparte nesse sentido.” Jesseir Coelho DE Alcântara, juiz

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“Meu grande sonho é ter em Goiânia um hospital de referência em pediatria. Quem“Meu grande sonho é ter em Goiânia um hospital de referência em pediatria. Quemsabe um Huguinho?” ZacHarias Calil, médicosabe um Huguinho?” ZacHarias Calil, médico

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01/01/2016 06:0001/01/2016 06:00 Foto: David Alves/Palácio PiratFoto: David Alves/Palácio Pirat

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URBANISMOURBANISMO

Verticalização pode criar o caosVerticalização pode criar o caos

Urbanisticamente, o cenário para 2016 não é dosUrbanisticamente, o cenário para 2016 não é dosmelhores, na opinião da arquiteta e urbanista Anamariamelhores, na opinião da arquiteta e urbanista AnamariaDiniz. Segundo ela, o adensamento e a verticalizaçãoDiniz. Segundo ela, o adensamento e a verticalizaçãopromovidos nos últimos anos produzirão um caos napromovidos nos últimos anos produzirão um caos nacapital. “A construção de infraestrutura – rede de água,capital. “A construção de infraestrutura – rede de água,esgoto, eletricidade e transporte público ­ nãoesgoto, eletricidade e transporte público ­ nãoacompanhou a compactação da cidade”, explica.acompanhou a compactação da cidade”, explica.Segundo ela, o que foi feito, as ciclovias, não foiSegundo ela, o que foi feito, as ciclovias, não foiintegrado a uma rede de mobilidade.integrado a uma rede de mobilidade.

A situação só não será pior graças à crise econômica,A situação só não será pior graças à crise econômica,observa Anamaria, que deve reduzir o ritmo dosobserva Anamaria, que deve reduzir o ritmo dosempreendimentos imobiliários. “Aí teremos tempo paraempreendimentos imobiliários. “Aí teremos tempo parapensar um modelo de cidade diferente das grandespensar um modelo de cidade diferente das grandesmetrópoles, como São Paulo, onde as grandes torres emetrópoles, como São Paulo, onde as grandes torres econdomínios fechados deram errado.” A exemplo dacondomínios fechados deram errado.” A exemplo da

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condomínios fechados deram errado.” A exemplo dacondomínios fechados deram errado.” A exemplo daintensa permeabilização do solo e da canalização deintensa permeabilização do solo e da canalização decórregos. “Estamos construindo um cenário ruim paracórregos. “Estamos construindo um cenário ruim para2016 e para os próximos anos”, alerta.2016 e para os próximos anos”, alerta.

Essa também é a opinião do arquiteto e urbanistaEssa também é a opinião do arquiteto e urbanistaMarcos Arimatéia em relação ao crescimento do SetorMarcos Arimatéia em relação ao crescimento do SetorMarista e do Park Lozandes. Segundo ele, com aMarista e do Park Lozandes. Segundo ele, com adesaceleração do Jardim Goiás, prevista no Planodesaceleração do Jardim Goiás, prevista no PlanoDiretor, houve um adensamento muito forte nos outrosDiretor, houve um adensamento muito forte nos outrosdois setores. “Minha preocupação é que a infraestruturadois setores. “Minha preocupação é que a infraestruturanão está preparada para esse crescimento”, afirma.não está preparada para esse crescimento”, afirma.

E não deve haver recurso para ampliar a infraestruturaE não deve haver recurso para ampliar a infraestruturada cidade, afirma Arimatéia. Segundo ele, a criseda cidade, afirma Arimatéia. Segundo ele, a criseeconômica e as eleições municipais devem influenciareconômica e as eleições municipais devem influenciarmuito na questão urbanística da cidade em 2016. “Asmuito na questão urbanística da cidade em 2016. “Asadministrações municipais devem buscar recursos paraadministrações municipais devem buscar recursos paradar andamento às obras já iniciadas, não deve ter nadadar andamento às obras já iniciadas, não deve ter nadade novo”, prevê. Em Goiânia, a Prefeitura deve concluirde novo”, prevê. Em Goiânia, a Prefeitura deve concluiros corredores de ônibus e, se tiver recursos, construiros corredores de ônibus e, se tiver recursos, construiros trechos que ainda faltam na Avenida Leste­Oeste,os trechos que ainda faltam na Avenida Leste­Oeste,chegando até o Jardim Cerrado. “Essas interrupçõeschegando até o Jardim Cerrado. “Essas interrupçõescriaram um grande problema urbano”, avalia.criaram um grande problema urbano”, avalia.

Na opinião do urbanista, o incentivo à ocupação deveriaNa opinião do urbanista, o incentivo à ocupação deveriaser melhor discutido porque o modelo de cidadeser melhor discutido porque o modelo de cidadecompacta prevê mais espaços públicos. “E não estamoscompacta prevê mais espaços públicos. “E não estamosvendo isso acontecer”, observa. Para Arimateia, avendo isso acontecer”, observa. Para Arimateia, averticalização e adensamento estão mais voltados paraverticalização e adensamento estão mais voltados parao mercado imobiliário, não para a cidade.o mercado imobiliário, não para a cidade.

MEIO AMBIENTEMEIO AMBIENTE

Frutos da negligênciaFrutos da negligência

Há muito a se fazer em relação ao meio ambiente emHá muito a se fazer em relação ao meio ambiente em2016, afirma Alessandro Mendes Pedroso, mas ele não2016, afirma Alessandro Mendes Pedroso, mas ele nãoestá otimista. “A área ambiental sempre foiestá otimista. “A área ambiental sempre foinegligenciada”, critica. Segundo ele, a cidade deve senegligenciada”, critica. Segundo ele, a cidade deve seressentir em 2016 da retirada de árvores para dar lugarressentir em 2016 da retirada de árvores para dar lugarao BRT. “Nessas áreas, o microclima vai ser alterado eao BRT. “Nessas áreas, o microclima vai ser alterado e

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ao BRT. “Nessas áreas, o microclima vai ser alterado eao BRT. “Nessas áreas, o microclima vai ser alterado edevem ser criadas ilhas de calor.” Seria possível,devem ser criadas ilhas de calor.” Seria possível,segundo o ambientalista, reduzir o impacto dosegundo o ambientalista, reduzir o impacto dodesmatamento substituindo as árvores de maneiradesmatamento substituindo as árvores de maneiragradual. “Replantar não vai recuperar o danogradual. “Replantar não vai recuperar o danoimediatamente”, afirma. Além disso, plantar em outroimediatamente”, afirma. Além disso, plantar em outrolugar não vai reduzir os efeitos no local desmatado.lugar não vai reduzir os efeitos no local desmatado.“Deve­se plantar nas imediações de onde se retirou a“Deve­se plantar nas imediações de onde se retirou aárvore”, explica.árvore”, explica.

Há muitas questões a serem resolvidas em 2016, afirmaHá muitas questões a serem resolvidas em 2016, afirmaPedroso, “porque parece que 2015 não existiu”. ÉPedroso, “porque parece que 2015 não existiu”. Épreciso avançar na coleta seletiva de lixo para nãopreciso avançar na coleta seletiva de lixo para nãosobrecarregar o aterro municipal, que está próximo desobrecarregar o aterro municipal, que está próximo deatingir sua capacidade, ampliar a estação de tratamentoatingir sua capacidade, ampliar a estação de tratamentode esgoto e coibir o lançamento de resíduos nos rios dade esgoto e coibir o lançamento de resíduos nos rios dacapital. De acordo com ele, o esgoto doméstico ainda écapital. De acordo com ele, o esgoto doméstico ainda élançado livremente nos rios Meia Ponte e Botafogo e aslançado livremente nos rios Meia Ponte e Botafogo e asempresas lançam poluentes em todos os cursos deempresas lançam poluentes em todos os cursos deágua da capitalágua da capital

Outro problema a ser resolvido emergencialmente é aOutro problema a ser resolvido emergencialmente é aproteção da Área de Proteção Ambiental do Ribeirãoproteção da Área de Proteção Ambiental do RibeirãoJoão Leite. Segundo ele, agricultores e propriedades deJoão Leite. Segundo ele, agricultores e propriedades deturismo rural lançam resíduos e esgoto no rio que vaiturismo rural lançam resíduos e esgoto no rio que vaiabastecer a população da capital. “Como meio ambienteabastecer a população da capital. “Como meio ambientenão é prioridade, vamos colher os resultados danão é prioridade, vamos colher os resultados danegligência em 2016”, diz.negligência em 2016”, diz.

O geólogo Júlio Cezar Rubin aponta a existência deO geólogo Júlio Cezar Rubin aponta a existência dedois pontos críticos em Goiânia para 2016; o primeirodois pontos críticos em Goiânia para 2016; o primeirosão as erosões no entorno da cidade, provocadas pelasão as erosões no entorno da cidade, provocadas pelaexpansão urbana desordenada. “Esses processosexpansão urbana desordenada. “Esses processoserosivos estão cada vez mais comuns”, relata. Oerosivos estão cada vez mais comuns”, relata. Osegundo diz respeito à questão hídrica. Segundo ele, sesegundo diz respeito à questão hídrica. Segundo ele, senão houver campanhas mais incisivas contra onão houver campanhas mais incisivas contra odesperdício de água, Goiânia pode ter problema com odesperdício de água, Goiânia pode ter problema com oabastecimento em um futuro bem próximo, haja vistaabastecimento em um futuro bem próximo, haja vistaque a população está crescendo e a fonte de águaque a população está crescendo e a fonte de águapermanece a mesma.permanece a mesma.

CULTURACULTURA

Sem recursos, setor pode piorarSem recursos, setor pode piorar

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O momento é ruim para a cultura em todos os níveisO momento é ruim para a cultura em todos os níveisfederativos: município, Estado e União, afirma ofederativos: município, Estado e União, afirma ocompositor e produtor cultural Carlos Brandão. “Emcompositor e produtor cultural Carlos Brandão. “Em2016, pode piorar”, afirma. Segundo ele, os espaços2016, pode piorar”, afirma. Segundo ele, os espaçosculturais públicos que estão funcionando não contamculturais públicos que estão funcionando não contamcom estrutura nem pessoal suficientes e as produçõescom estrutura nem pessoal suficientes e as produçõesculturais privadas também sofreram cortes. “Minhaculturais privadas também sofreram cortes. “Minhaprevisão é muito pessimista e, se não chegamos aoprevisão é muito pessimista e, se não chegamos aofundo do poço, em 2016 devemos chegar”, diz. Efundo do poço, em 2016 devemos chegar”, diz. Ecompleta: “Espero que esteja errado”.completa: “Espero que esteja errado”.

Para o ator e conselheiro municipal e nacional dePara o ator e conselheiro municipal e nacional deCultura Norval Berbari, a crise econômica deve reduzirCultura Norval Berbari, a crise econômica deve reduzirainda mais os recursos repassados à Cultura, que vinhaainda mais os recursos repassados à Cultura, que vinhaem ascendência. "O setor cultural experimentou bonsem ascendência. "O setor cultural experimentou bonsresultados nos anos recentes, sobretudo pelas políticasresultados nos anos recentes, sobretudo pelas políticasculturais ainda em desenvolvimento nos planosculturais ainda em desenvolvimento nos planosnacional, estadual e também municipal.” Porém,nacional, estadual e também municipal.” Porém,observa, a crise deve afetar todos os setores e tambémobserva, a crise deve afetar todos os setores e tambémo cultural. Ele espera para 2016 uma curvao cultural. Ele espera para 2016 uma curvadescendente, o que não seria totalmente negativo, nadescendente, o que não seria totalmente negativo, naopinião do ator. “A retração no orçamento podeopinião do ator. “A retração no orçamento podefavorecer as articulações, ações, discussões do setorfavorecer as articulações, ações, discussões do setorcultural no sentido de se cobrar e exigir mais garantias ecultural no sentido de se cobrar e exigir mais garantias elegislação. “Para se ter uma ideia, em Goiânia, olegislação. “Para se ter uma ideia, em Goiânia, oSistema Municipal de Cultura, que já foi aprovado naSistema Municipal de Cultura, que já foi aprovado naConferência Municipal e havia a promessa de neste anoConferência Municipal e havia a promessa de neste anoser aprovado na Câmara, sequer foi enviado aoser aprovado na Câmara, sequer foi enviado aoLegislativo".Legislativo".

SAÚDESAÚDE

Aedes aegyptiAedes aegypti será o grande vilãoserá o grande vilão

A crise econômica também deve afetar o setor de saúdeA crise econômica também deve afetar o setor de saúdeem 2016, de acordo com o médico infectologistaem 2016, de acordo com o médico infectologistaBoaventura Braz de Queiroz. “Não vejo um bomBoaventura Braz de Queiroz. “Não vejo um bomcenário.” Segundo ele, o aumento progressivo dacenário.” Segundo ele, o aumento progressivo dadengue, que em 2015 registrou 1,5 milhão de casos, dadengue, que em 2015 registrou 1,5 milhão de casos, dachikungunya e do zika vírus aponta para a possibilidadechikungunya e do zika vírus aponta para a possibilidadede uma progressão ainda maior destas doenças emde uma progressão ainda maior destas doenças em

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de uma progressão ainda maior destas doenças emde uma progressão ainda maior destas doenças em2016. Segundo ele, se o País conseguir estabilizar o2016. Segundo ele, se o País conseguir estabilizar onumero de casos de dengue em 2016, já vai ser umanumero de casos de dengue em 2016, já vai ser umavitória. “Porque não vamos conseguir controlar osvitória. “Porque não vamos conseguir controlar osfocos”, prevê.focos”, prevê.

Quanto ao zika, Boaventura prevê que a epidemia deveQuanto ao zika, Boaventura prevê que a epidemia devese estender por todo o País e que vai ser complicadase estender por todo o País e que vai ser complicadapela microcefalia, que já chegou a 3 mil casos suspeitospela microcefalia, que já chegou a 3 mil casos suspeitosno Nordeste. Número 20 vezes maior do que 2014.no Nordeste. Número 20 vezes maior do que 2014.“Descobrimos o problema do zika vírus no período de“Descobrimos o problema do zika vírus no período dechuva, quando é muito difícil eliminar os focos dochuva, quando é muito difícil eliminar os focos domosquito”, explica. Boaventura aponta três fatores quemosquito”, explica. Boaventura aponta três fatores quefarão de 2016 um ano difícil para a saúde: a falta defarão de 2016 um ano difícil para a saúde: a falta deinvestimentos, de mudanças de hábitos da população einvestimentos, de mudanças de hábitos da população ede imunização. “O governo deve adquirir a vacinade imunização. “O governo deve adquirir a vacinacontra dengue apenas para a população vulnerável.”contra dengue apenas para a população vulnerável.”

A vacina é uma das boas notícias que a infectologistaA vacina é uma das boas notícias que a infectologistaCristhiane Kobal prevê para 2016 em meio a umaCristhiane Kobal prevê para 2016 em meio a umaprojeção muito pessimista que inclui a epidemia de zika.projeção muito pessimista que inclui a epidemia de zika.Ela acredita que o governo vá incorporar a vacinaEla acredita que o governo vá incorporar a vacinacontra dengue ao Sistema Único de Saúde (SUS). Acontra dengue ao Sistema Único de Saúde (SUS). Aoutra boa notícia é que os pacientes diagnosticadosoutra boa notícia é que os pacientes diagnosticadoscom hepatite C terão acesso a medicamentos muitocom hepatite C terão acesso a medicamentos muitocaros pelo SUS. “Vamos conseguir tratar a maioria doscaros pelo SUS. “Vamos conseguir tratar a maioria dospacientes com hepatite C”, afirma.pacientes com hepatite C”, afirma.

Por outro lado, os corte na Saúde devem ter impactosPor outro lado, os corte na Saúde devem ter impactosnegativos no atendimento médico, no fornecimento denegativos no atendimento médico, no fornecimento deinsumos e no acesso a diagnósticos mais avançados.insumos e no acesso a diagnósticos mais avançados.“Apesar de ser otimista, acredito que 2016 será um ano“Apesar de ser otimista, acredito que 2016 será um anopior.” Tanto na rede pública como na privada, observa.pior.” Tanto na rede pública como na privada, observa.Segundo ela, as pessoas que estão perdendo oSegundo ela, as pessoas que estão perdendo oemprego estão deixando os planos de saúde eemprego estão deixando os planos de saúde emigrando para a rede SUS, que já está abarrotada.migrando para a rede SUS, que já está abarrotada.“Sem investimentos, não conseguiremos ter um melhor“Sem investimentos, não conseguiremos ter um melhordesempenho.”desempenho.”

EMPREGOEMPREGO

A vez dos especialistasA vez dos especialistas

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04/01/2016 Um ano de grandes desafios

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Em 2016, não haverá crescimento da economia queEm 2016, não haverá crescimento da economia quereflita na expansão do mercado de emprego, admite areflita na expansão do mercado de emprego, admite acoach de carreira Dilze Percílio. Ela acredita, nocoach de carreira Dilze Percílio. Ela acredita, noentanto, que 2016 não será pior que 2015. Dilze explicaentanto, que 2016 não será pior que 2015. Dilze explicaque enquanto os setores de serviço e varejo sofreramque enquanto os setores de serviço e varejo sofreramos efeitos da crise em meados de 2014, a indústria seos efeitos da crise em meados de 2014, a indústria seressentiu da crise antes, no início de 2013. “A indústriaressentiu da crise antes, no início de 2013. “A indústriateve que enxugar muito para não fechar”, relata. E oteve que enxugar muito para não fechar”, relata. E osetor fez o dever de casa, melhorando seussetor fez o dever de casa, melhorando seusprocedimentos, e conseguiu, além de pagar as contas,procedimentos, e conseguiu, além de pagar as contas,se capitalizar. Hoje, a indústria está começando a sese capitalizar. Hoje, a indústria está começando a sereerguer”, afirma Dilze. Isso deverá ter um impactoreerguer”, afirma Dilze. Isso deverá ter um impactopositivo nos setores de serviço e varejo. “O setorpositivo nos setores de serviço e varejo. “O setorindustrial está abrindo vagas de salários mais altos eindustrial está abrindo vagas de salários mais altos eesses salários vão movimentar a economia”, explica,esses salários vão movimentar a economia”, explica,prevendo ainda que isso deve ajudar a criar empregosprevendo ainda que isso deve ajudar a criar empregosno varejo e no setor de indústria.no varejo e no setor de indústria.

Na opinião de Alessandra Luzine, especialista emNa opinião de Alessandra Luzine, especialista emgestão de recursos humanos, nesse momento asgestão de recursos humanos, nesse momento asempresas estão reavaliando a mão de obra e buscandoempresas estão reavaliando a mão de obra e buscandopessoas mais qualificadas e específicas. “Está havendopessoas mais qualificadas e específicas. “Está havendouma troca de cadeiras na indústria e no setor deuma troca de cadeiras na indústria e no setor deserviços”, afirma. Segundo ela, a recessão provocadaserviços”, afirma. Segundo ela, a recessão provocadapela crise econômica reduziu o volume de empregos epela crise econômica reduziu o volume de empregos eincrementou a procura por especialistas, sobretudo nasincrementou a procura por especialistas, sobretudo nasáreas de controladoria, finanças e gestão de pessoas.áreas de controladoria, finanças e gestão de pessoas.“Profissionais que trabalham com custo e orçamento”,“Profissionais que trabalham com custo e orçamento”,explica Alessandra. Já o varejo, que perdeu muitasexplica Alessandra. Já o varejo, que perdeu muitasvagas de emprego nos últimos meses, devevagas de emprego nos últimos meses, devepermanecer como está, acredita ela.permanecer como está, acredita ela.

SEGURANÇASEGURANÇA

EquívocosEquívocos impedem avançoimpedem avanço

A partir de 1998, Goiás deixou a parte inferior da tabelaA partir de 1998, Goiás deixou a parte inferior da tabelade homicídios para figurar entre os primeiros da listade homicídios para figurar entre os primeiros da lista(saiu da 18ª posição na taxa de homicídios do País,(saiu da 18ª posição na taxa de homicídios do País,com 13,4 homicídios por 100 mil habitantes para a 4ªcom 13,4 homicídios por 100 mil habitantes para a 4ªmaior taxa de homicídios do Brasil, com 44,3 homicídiosmaior taxa de homicídios do Brasil, com 44,3 homicídios

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maior taxa de homicídios do Brasil, com 44,3 homicídiosmaior taxa de homicídios do Brasil, com 44,3 homicídiospor 100 mil habitantes). Essa situação não deve serpor 100 mil habitantes). Essa situação não deve seralterada em 2016, de acordo com o cenário provávelalterada em 2016, de acordo com o cenário provávelconstruído pelo sociólogo e professor da Universidadeconstruído pelo sociólogo e professor da UniversidadeFederal de Goiás (UFG) Ricardo Barbosa. “Não háFederal de Goiás (UFG) Ricardo Barbosa. “Não hánenhuma mudança efetiva em 2015 que diga que issonenhuma mudança efetiva em 2015 que diga que issodeve ser alterado.”deve ser alterado.”

Na opinião do sociólogo, os investimentos feitos emNa opinião do sociólogo, os investimentos feitos emSegurança Pública são equivocados. Os recursos sãoSegurança Pública são equivocados. Os recursos sãoaplicados na ostensividade da polícia enquantoaplicados na ostensividade da polícia enquantodeveriam ser alocados em investigação. “Em Goiás, sedeveriam ser alocados em investigação. “Em Goiás, seprende, mas não se consegue produzir provas paraprende, mas não se consegue produzir provas paraincriminar. Podem contratar um exercito de Robocopsincriminar. Podem contratar um exercito de Robocopsque não vai adiantar se não houver investigação”,que não vai adiantar se não houver investigação”,alerta.alerta.

Barbosa aponta outro equivoco da área não só emBarbosa aponta outro equivoco da área não só emGoiás, mas no País. Segundo ele, as polícias têm ciclosGoiás, mas no País. Segundo ele, as polícias têm ciclosinterrompidos: uma faz a parte ostensiva e outra, ainterrompidos: uma faz a parte ostensiva e outra, ainvestigação. Nesse modelo, há um retrabalho: “Umainvestigação. Nesse modelo, há um retrabalho: “Umafaz o trabalho que a outra já fez e o Ministério Públicofaz o trabalho que a outra já fez e o Ministério Públicorefaz”. O modelo produz outro efeito negativo para arefaz”. O modelo produz outro efeito negativo para aSegurança Pública: a guerra dentro das carreiras. ComoSegurança Pública: a guerra dentro das carreiras. Comonão há perspectiva de mudança na estrutura danão há perspectiva de mudança na estrutura daSegurança Pública – que depende de votação deSegurança Pública – que depende de votação deprojeto no Congresso Nacional –, o sociólogo nãoprojeto no Congresso Nacional –, o sociólogo nãoacredita em mudança no cenário. “Mantido da mesmaacredita em mudança no cenário. “Mantido da mesmaforma, provavelmente vai ficar do mesmo jeito”, afirma.forma, provavelmente vai ficar do mesmo jeito”, afirma.

O advogado Rodrigo Lustosa se diz cético em relação àO advogado Rodrigo Lustosa se diz cético em relação àpossibilidade de mudança na Segurança Pública. Ex­possibilidade de mudança na Segurança Pública. Ex­presidente da Comissão de Segurança Pública dapresidente da Comissão de Segurança Pública daOrdem dos Advogados do Brasil (OAB) goiana, eleOrdem dos Advogados do Brasil (OAB) goiana, eleaponta dois problemas no setor: falta de investimentos eaponta dois problemas no setor: falta de investimentos epolíticas equivocadas. “A segurança é pensada apenaspolíticas equivocadas. “A segurança é pensada apenasna ação das forças policiais, no incremento do aparatona ação das forças policiais, no incremento do aparatorepressor.” Segundo o advogado, Segurança Públicarepressor.” Segundo o advogado, Segurança Públicaenvolve também a ocupação dos espaços públicos,envolve também a ocupação dos espaços públicos,mobilidade urbana, envolvimento das escolas, entremobilidade urbana, envolvimento das escolas, entreoutras ações. Em razão da tensão política, Lustosaoutras ações. Em razão da tensão política, Lustosaprojeta aumento das variadas formas de violência, nãoprojeta aumento das variadas formas de violência, nãosó de homicídios. “Não há política de tolerância e asó de homicídios. “Não há política de tolerância e aSegurança Pública reproduz essa violência.”Segurança Pública reproduz essa violência.”