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ANO XXXVII Fundado em 9.12.1979 15 e 30 Outubro 2016 Edição n.º 597 Jornal da região de Viana do Castelo VIANA DO CASTELO Avençado - Mensal Preço: 0,80€ (Inclui 30 Novembro 2016) 36 ANO Aprovada proposta para que português seja língua oficial na ONU Com a inclusão da língua portuguesa, a ONU passa a ter sete línguas oficiais: espanhol, inglês, mandarim, russo, francês, árabe e português. Modernização da Linha do Minho Um dia histórico para Viana do Castelo ANTÓNIO GUTERRES, SECRETÁRIO-GERAL DA ONU Da ONU fazem parte quase todos os países do mundo e é constituída por cinco organismos principais, com destaque para a Assembleia-Geral, O Conselho de Segurança e o Secretariado. A ONU para além de garantir a paz mundial preocupa- se com os problemas económicos, sociais e culturais da Humanidade, tendo vários organismos especializados, como a FAO, OMS, UNESCO e FMI. O Engenheiro António Guterres, antigo Primeiro- Ministro de Portugal, foi aclamado, no dia 13 de Outubro, como o novo Secretárío-Geral das Nações Unidas, o mais alto cargo da diplomacia internacional. O novo Secretário-Geral, figura bem conhecida dos portugueses e que muito nos honra, foi durante dez anos o Alto-Comissário das Nações Unidas para os refugiados, vai, agora desempenhar o cargo mais elevado que algum português exerceu até ao momento. No ato da sua aclamação, António Guterres comprometeu-se a “ser um construtor de pontes” e a “estar ao serviço de todos da mesma forma”. Disse que ”as portas do seu gabinete estariam sempre abertas” e foi com “espírito de gratidão e de humildade e de grande sentido de responsabilidade” que se apresentou como o novo Secretário - Geral. Lembramos que a ONU foi criada em 1945, no fim da Segunda Guerra Mundial (1939/45) com o objetivo de zelar pela paz a nível mundial e evitar conflitos entre as nações. A Estação Ferroviária de Viana do Castelo recebeu, no passado dia 19 de Outubro, a cerimónia de contratualização da empreitada de Eletrificação da Linha do Minho, no troço Nine – Viana do Castelo, que contou com a presença do Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, do Secretário de Estado das Infraestruturas, do Presidente e Vice-Presidente das Infraestruturas de Portugal, do representante do Governo de Espanha, do representante do Governo da Galiza, do Secretário- -Geral do Eixo Atlântico, de Deputados, dos autarcas do Alto Minho e dos representantes das Associações Empresariais de Viana do Castelo, do Minho, de Barcelos e da Galiza e de muitos convidados. Tive oportunidade, na minha intervenção, de enquadrar a importância desta cerimónia e da importância desta obra na história do caminho-de- ferro no Alto Minho. Foi em 1867 que o Ministro das Obras Públicas, Andrade Corvo, propôs que a ligação ferroviária à Espanha se fizesse através de Viana do Castelo. De acordo com os historiadores, o Rei D. Luís empenhou-se pessoalmente neste projeto e envidou todas as diligências tendentes à construção da mesma, consagrando em Lei de 2 de Julho desse ano a autorização ao Governo para construir a linha férrea a partir do Porto seguindo por Viana do Castelo, até à fronteira da Galiza. Esta ligação Porto - Viana foi inaugurada em 1878 e comportava uma das maiores maravilhas da engenharia de então, uma ponte metálica de dois tabuleiros sobrepostos, que foi uma das mais engenhosas realizações da Casa Eiffel. A estação dos caminhos-de-ferro de Viana do Castelo foi construída segundo o projeto do Eng.º Alfredo Soares, começada em 1878, e a sua construção demorou 5 anos, tendo sido aberta ao público em 1882 e inaugurada a 25 de Março de 1887 pelo próprio Fontes Pereira de Melo.A intervenção agora iniciada entre Nine e Viana do Castelo está integrada no Plano de Investimentos Ferroviários 2020 aprovado pelo atual Governo e a empreitada de eletrificação do troço com 43,6 quilómetros entre Nine e Viana do Castelo, foi adjudicada no valor de cerca de 16 milhões de euros. A primeira obra no terreno - a empreitada de supressão da Passagem de Nível em Midões - arrancou já no final do passado mês de junho. As empreitadas contemplam igualmente a construção de estações técnicas em Midões e Barroselas para permitir o cruzamento de comboios de 750 metros, a alteração de layout das estações de Barcelos, Barroselas, Darque e Viana do Castelo e o rebaixamento da via sob algumas Passagens Superiores existentes e a impermeabilização dos túneis de S. Miguel da Carreira, Tamel e Santa Lucrécia. Foram assinados também, em Viana do Castelo, os Autos de Inicio dos Trabalhos para as Empreitadas de Conceção/Construção da Subestação de Tração de Vila Fria, com um valor de 3,7 milhões de euros, e de Conceção, Construção e Manutenção do Sistema de Sinalização do troço Nine/ Valença, no valor de 8,8 milhões de euros.Este ato assumiu uma relevância para todo o Alto Minho mas também para a Euro-Região Galiza Norte de Portugal pois, como todos se recordam, em 2011 a CP anunciou unilateralmente que pretendia encerrar a ligação entre Valença e Vigo a partir do dia 10 de julho desse ano e, na altura, inconformado com esta decisão, pedi uma reunião da Comissão Executiva do Eixo Atlântico, que se realizou em Vigo, onde obtive a concordância e apoio de todos os autarcas da euro- região e empresários para pedirmos uma reunião com os Governos de Portugal e de Espanha, para se reverter esta situação e reivindicarmos a melhoria e eletrificação da ligação ferroviária Nine-Viana-Valença-Vigo. Esta iniciativa teve como resultados várias reuniões com membros do Governo Português, Governo Regional da Galiza, Governo de Espanha, Embaixadores e Comissão Europeia, que se traduziram em compromissos políticos nas conclusões em duas Cimeiras Ibéricas. Realizamos também uma reunião em Viana do Castelo com autarcas, empresários e representantes do Governo da Galiza e da CCDR-Norte, da qual resultou uma declaração pública apelando aos dois governos para a “ Modernização da Ligação Ferroviária Internacional Porto / Vigo, para potenciar a euro-região Norte de Portugal – Galiza”. Como resultado de todo este esforço e do empenhamento político de todos os parceiros da euro-região, o que muito agradeço, a 2 de Julho de 2013 inicia-se o Comboio Celta (comboio com material circulante mais moderno e com menos paragens) entre Porto e Vigo, como primeiro passo na redução do tempo de viagem e melhoria da qualidade do equipamento circulante. Curiosamente, nunca nos foram fornecidos dados sobre a utilização deste comboio por parte da CP, a tal entidade que, em 2011, quis encerrar esta ligação alegando questões económicas. Mas através da vizinha Galiza temos dados muito interessantes: a ligação Celta reduziu o tempo do trajeto Porto - Vigo de 3 horas para 2 horas e 15 minutos. Facilitou-se a compra de bilhetes e os condutores das locomotivas. Em 2013 o Comboio Celta transportou 28.300 passageiros, em 2014 passou para 56.700 passageiros, em 2015 transportou 72.300 passageiros. Ou seja, registou um aumento de 155% em 3 anos de utilização.Estes dados vêm dar razão a todos os que defenderam a manutenção desta ligação ferroviária e a sua modernização. Não deixa de ser curioso que Portugal assinale, a 28 de Abril do próximo ano, 60 anos da inauguração do primeiro comboio elétrico, a ligação Lisboa-Sintra.Pois, passados 60 anos do início da eletrificação do caminho-de-ferro em Portugal, Viana do Castelo terá finalmente a oportunidade de ter um comboio elétrico ao serviço da sua população, da economia e do turismo. O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo José Maria Costa

Um dia histórico para Viana do Castelo

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Page 1: Um dia histórico para Viana do Castelo

ANO XXXVII Fundado em 9.12.1979

15 e 30 Outubro 2016Edição n.º 597

Jornal da região de Viana do CasteloVIANA DO CASTELO

Avençado - MensalPreço: 0,80€

(Inclui 30 Novembro 2016)

36ANO

Aprovada proposta para que português

seja língua ofi cial na ONU

Com a inclusão da língua portuguesa, a ONU passa a ter sete línguas ofi ciais: espanhol, inglês, mandarim, russo, francês, árabe e português.

Modernização da Linha do Minho Um dia histórico para Viana do Castelo

ANTÓNIO GUTERRES, SECRETÁRIO-GERAL DA ONU

Da ONU fazem parte quase todos os países do mundo e é constituída por cinco organismos principais, com destaque para a Assembleia-Geral, O Conselho de Segurança e o Secretariado. A ONU para além de garantir a paz mundial preocupa-se com os problemas económicos, sociais e culturais da Humanidade, tendo vários organismos especializados, como a FAO, OMS, UNESCO e FMI.

O Engenheiro António Guterres, antigo Primeiro-Ministro de Portugal, foi aclamado, no dia 13

de Outubro, como o novo Secretárío-Geral das Nações Unidas, o mais alto cargo da diplomacia internacional.

O novo Secretário-Geral, fi gura bem conhecida dos portugueses e que muito nos honra, foi durante dez anos o Alto-Comissário das Nações Unidas para os refugiados, vai, agora desempenhar o cargo mais elevado que algum português exerceu até ao momento. No ato da sua aclamação, António Guterres comprometeu-se a “ser um construtor de pontes” e a “estar ao serviço de todos da mesma forma”. Disse que ”as portas do seu gabinete estariam sempre abertas” e foi com “espírito de gratidão e de humildade e de grande sentido de responsabilidade” que se apresentou como o novo Secretário - Geral. Lembramos que a ONU foi criada em 1945, no fi m da Segunda Guerra Mundial (1939/45) com o objetivo de zelar pela paz a nível mundial e evitar confl itos entre as nações.

A Estação Ferroviária de Viana do Castelo recebeu, no passado dia 19 de Outubro, a cerimónia de contratualização da empreitada

de Eletrifi cação da Linha do Minho, no troço Nine – Viana do Castelo, que contou com a presença do Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, do Secretário de Estado das Infraestruturas, do Presidente e Vice-Presidente das Infraestruturas de Portugal, do representante do Governo de Espanha, do representante do Governo da Galiza, do Secretário--Geral do Eixo Atlântico, de Deputados, dos autarcas do Alto Minho e dos representantes das Associações Empresariais de Viana do Castelo, do Minho, de Barcelos e da Galiza e de muitos convidados.

Tive oportunidade, na minha intervenção, de enquadrar a importância desta cerimónia e da importância desta obra na história do caminho-de-ferro no Alto Minho. Foi em 1867 que o Ministro das Obras Públicas, Andrade Corvo, propôs que a ligação ferroviária à Espanha se fi zesse através de Viana do Castelo. De acordo com os historiadores, o Rei D. Luís empenhou-se pessoalmente neste projeto e envidou todas as diligências tendentes à construção da mesma, consagrando em Lei de 2 de Julho desse ano a autorização ao Governo para construir a linha férrea a partir do Porto seguindo por Viana do Castelo, até à fronteira da Galiza. Esta ligação Porto - Viana foi inaugurada em 1878 e comportava uma das maiores maravilhas da engenharia de então, uma ponte metálica de dois tabuleiros sobrepostos, que foi uma das mais engenhosas realizações da Casa Eiffel. A estação dos caminhos-de-ferro de Viana do Castelo foi construída segundo o projeto do Eng.º Alfredo Soares, começada em 1878, e a sua construção demorou 5 anos, tendo sido aberta ao público em 1882 e inaugurada a 25 de Março de 1887 pelo próprio Fontes Pereira de Melo.A intervenção agora iniciada entre Nine e Viana do Castelo está integrada no Plano de Investimentos Ferroviários 2020 aprovado pelo atual Governo e a empreitada de eletrifi cação do troço com 43,6 quilómetros entre Nine e Viana do Castelo, foi adjudicada no valor de cerca de 16 milhões de euros. A primeira obra no terreno - a empreitada de supressão da Passagem de Nível em Midões - arrancou já no fi nal do passado mês de junho. As empreitadas contemplam igualmente a construção de estações técnicas em Midões e Barroselas para permitir o cruzamento de comboios de 750 metros, a alteração de layout das estações de Barcelos, Barroselas, Darque e Viana do Castelo e o rebaixamento da via sob algumas Passagens Superiores existentes e a impermeabilização dos túneis de S. Miguel da Carreira, Tamel e Santa Lucrécia. Foram assinados também, em Viana do Castelo, os Autos de Inicio dos Trabalhos para as Empreitadas de Conceção/Construção da Subestação de Tração de Vila Fria, com um valor de 3,7 milhões de euros, e de Conceção, Construção e Manutenção do Sistema de Sinalização do troço Nine/ Valença, no valor de 8,8 milhões de euros.Este ato assumiu uma relevância para todo o Alto Minho mas também para a Euro-Região Galiza Norte de Portugal pois, como todos se recordam, em 2011 a CP anunciou unilateralmente que pretendia encerrar a ligação entre Valença e Vigo a partir do dia 10 de julho desse

ano e, na altura, inconformado com esta decisão, pedi uma reunião da Comissão Executiva do Eixo Atlântico, que se realizou em Vigo, onde obtive a concordância e apoio de todos os autarcas da euro-região e empresários para pedirmos uma reunião com os Governos de Portugal e de Espanha, para se reverter esta situação e reivindicarmos a melhoria e eletrifi cação da ligação ferroviária Nine-Viana-Valença-Vigo.

Esta iniciativa teve como resultados várias reuniões com membros do Governo Português, Governo Regional da Galiza, Governo de Espanha, Embaixadores e Comissão Europeia, que se traduziram em compromissos políticos nas conclusões em duas Cimeiras Ibéricas.

Realizamos também uma reunião em Viana do Castelo com autarcas, empresários e representantes do Governo da Galiza e da CCDR-Norte, da qual resultou uma declaração pública apelando aos dois governos para a “ Modernização da Ligação Ferroviária Internacional Porto / Vigo, para potenciar a euro-região Norte de Portugal – Galiza”. Como resultado de todo este esforço e do empenhamento político de todos os parceiros da euro-região, o que muito agradeço, a 2 de Julho de 2013 inicia-se o Comboio Celta (comboio com material circulante mais moderno e com menos paragens) entre Porto e Vigo, como primeiro passo na redução do tempo de viagem e melhoria da qualidade do equipamento circulante.

Curiosamente, nunca nos foram fornecidos dados sobre a utilização deste comboio por parte da CP, a tal entidade que, em 2011, quis encerrar esta ligação alegando questões económicas. Mas através da vizinha Galiza temos dados muito interessantes: a ligação Celta reduziu o tempo do trajeto Porto - Vigo de 3 horas para 2 horas e 15 minutos. Facilitou-se a compra de bilhetes e os condutores das locomotivas. Em 2013 o Comboio Celta transportou 28.300 passageiros, em 2014 passou para 56.700 passageiros, em 2015 transportou 72.300 passageiros. Ou seja, registou um aumento de 155% em 3 anos de utilização.Estes dados vêm dar razão a todos os que defenderam a manutenção desta ligação ferroviária e a sua modernização. Não deixa de ser curioso que Portugal assinale, a 28 de Abril do próximo ano, 60 anos da inauguração do primeiro comboio elétrico, a ligação Lisboa-Sintra.Pois, passados 60 anos do início da eletrifi cação do caminho-de-ferro em Portugal, Viana do Castelo terá fi nalmente a oportunidade de ter um comboio elétrico ao serviço da sua população, da economia e do turismo.

O Presidente da Câmara Municipal de Viana do CasteloJosé Maria Costa

Page 2: Um dia histórico para Viana do Castelo

2 15 e 30 Outubro 2016 (Inclui 30 Novembro 2016) 15 e 30 Outubro 2016 (Inclui 30 Novembro 2016)

PROPRIEDADE E EDIÇÃOJORNAL "O VIANENSE"De: Matias Rolo Ferreira e Barros Contribuinte: 161256880Registo n.º 218459 da Secretaria Geral do Ministério da JustiçaTítulo inscrito na DGCS em 09.12.1979sob o n.º 107052

PeriodicidadeMensal

Assinatura anual: 30,00 Euros (c/IVA)

Tiragem mínima mensal: 500 exs.

Data de saída do 1º. número:

FUNDADOR, EDITOR E DIRETORMatias de BarrosCarteira de Jornalista nº. 5376

O primeiro jornal publicado em “offset” no distrito de Viana do Castelo.

Países estrangeiros:60,00 Euros (c/IVA)

DIRETOR ADJUNTODr. Francisco Sérgio de Barros e BarrosCarteira de Jornalista nº. TE117

SUBDIRETORD r. R o g é r i o d e B a r ro s e B a r ro s

PAGINADORA DE IMPRENSAF á t i m a R o s a R o d r i g u e s

Antero SampaioAntónio de CarvalhoDr. António Pimenta de CastroAdelaide GraçaEng.ª Catarina Malheiro ReymãoDr.ª Frederica Claro de ArmadaDr. Francisco J. Carneiro FernandesDr. J. Barroso da FonteEngº. José Luís CristinoJoão Paulo Matos Joaquim CorreiaLinda CoelhoDr.ª Maria da Conceição CamposNatércia BarrosOdette BrancoOctávio Lima Costa Depósito Legal: 291281/09

Jornal da região de Viana do Castelo

Alvarães - Manuel de Lima GasparCaminha - José Maria Gavinho PintoD a r q u e - J o a q u i m C o r r e i aSerreleis - António Borlido ParenteVila Nova Cerveira - Gaspar L. VianaRio de Janeiro - Drª. Rosane Igreja

COLABORADORES CORRESPONDENTES

Sai no dia 15 de cada mês.

D i p l o m a d e L o u v o r e M é r i t o J o r n a l í s t i c oe Empresarial do Instituto da Comunicação Social

(Pagamento adiantado)

SERVIÇOS ADMINISTRATIVOSI l í d i a B a r ro s

SEDE

Avenida Humberto Delgado, 31 4900-317 Viana do CasteloTelefone 258828650 E-mail: [email protected] [email protected]ção on-line: http://jornalovianense.pt

IMPRESSÃOPUBLICACIONES TAMEIGA, S.L.Av. Aeroporto 8336416 - MOS

D i p l o m a d e L o u v o r e M é r i t o J o r n a l í s t i c oe Empresarial do Instituto da Comunicação Social

Sócio da Associação Portuguesa de Genealogia

Estatuto Editorial: disponível no jornal online: http://jornalovianense.pt

Aqui, Viana...

CMIA de Viana do Castelo já recebeu visita de mais de 80 mil pessoas

O CMIA, inaugurado nas Antigas Azenhas de D. Prior em 2007, é um equipamento municipal direcionado a ações de informação e formação ambiental não só a público escolar como também à comunidade em geral. Desde então mais de 80 mil pessoas usufruíram das valências deste equipamento, 52% das quais correspondem a escolas e outros grupos organizados.O Plano de Atividades para este ano letivo integra

diversas ações integradas no serviço educativo do CMIA e CENTRO DE MAR, designadamente o projeto “Escola da Natureza” que pretende lançar as bases para a criação de uma estrutura pedagógica intermunicipal através da realização de ações concertadas com vários centros, no que respeita ao trabalho com as Escolas, na produção de informação integrada e da sua disponibilização numa plataforma partilhada. O projeto Escola da Natureza tem como

principal objetivo implementar um sistema de monitorização ambiental dos ecossistemas naturais a ser aplicado preferencialmente pela

comunidade jovem escolar, mas que pode e deve ser explorado também por outros públicos.Este projeto foi candidatado pelo Município

de Viana do Castelo ao Programa Operacional de Sustentabilidade e Efi ciência no Uso de Recursos (PO SEUR), no concurso “Informação e Sensibilização dos valores naturais classifi cados” na tipologia de operações “Desenvolvimento de conteúdos e ações de sensibilização para a conservação da natureza junto da comunidade jovem escolar”. Será coordenado pelo CMIA com

suporte científi co e técnico do Centro de Biologia Molecular e Ambiental da Universidade do Minho e do Centro de Conservação de Borboletas em Portugal-TAGIS. Tem como parceiros a Universidade de Coimbra, através do Instituto do Mar (Unidade de Investigação MARE), o Município de Esposende e o Município de Vila Nova de Cerveira. Paralelamente, às escolas vai chegar o projeto

“Da terra para a Terra” com uma serie de ações de sensibilização sobre a separação adequada de resíduos urbanos, evitando ao máximo o seu encaminhamento para aterro sanitário. Incide ainda sobre a importância da valorização da matéria orgânica (que representa mais de 50% dos resíduos urbanos produzidos diariamente), não só através da recolha seletiva efetuada pelos Serviços Municipalizados de Saneamento Básico de Viana do Castelo junto das cantinas escolares (que é encaminhado para a Central de compostagem da Lipor), mas também através da compostagem nas escolas como via experimental deste processo.

O Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental (CMIA) de Viana do Castelo já recebeu, desde a sua abertura em 2007, mais de oitenta mil pessoas, sendo que metade corresponde a escolas e grupos organizados. Por isso, volta a apostar num plano de atividades com diversas ações destinadas às escolas, designadamente o projeto intermunicipal “Escola da Natureza” e “Da Terra para a Terra”.

CIM Alto Minho dá parecer favorável ao Ministério Ambiente para a criação de dois novos sistemas

multimunicipais no Grande Porto, por cisão do sistema das Águas do Norte

A CIM Alto Minho vai dar parecer favorável ao Ministério do Ambiente sobre a cisão do sistema multimunicipal de abastecimento

de água e de saneamento do Norte de Portugal, resultante da agregação de sistemas que foi criado pelo Decreto-lei n.º 93/2015, de 29 de maio, de dois novos sistemas multimunicipais, o sistema multimunicipal de abastecimento de água do sul do Grande Porto e o sistema multimunicipal de

saneamento do Grande Porto. Esta decisão resulta da vontade expressa dos municípios da área do Grande Porto que deve ser respeitada e da qual resultará a cisão da Águas do Norte, S.A., com a constituição, através do mesmo decreto-lei, das Águas do Douro e Paiva, S.A. e da SIMDOURO - Saneamento do Grande Porto, S.A. Para a tomada desta decisão da CIM Alto Minho foram decisivas as garantias dadas pelo Ministro do Ambiente,

em que as referidas propostas legislativas não introduzem qualquer tipo de aumento de tarifa com refl exos negativos para os municípios que fi cam nas Águas do Norte, e que as referidas propostas legislativas não colocam em causa os acordos anteriormente estabelecidos entre os Municípios e a Águas do Noroeste, S.A.

Gabinete de Imprensa

Gabinete de Imprensa

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15 e 30 Outubro 2016 (Inclui 30 Novembro 2016) 315 e 30 Outubro 2016 (Inclui 30 Novembro 2016) 15 e 30 Outubro 2016 (Inclui 30 Novembro 2016)

Exposição Comemorativa do Banco Local de Voluntariado com imagens de voluntários

tiradas por fotógrafos amadores

Em 2016, o Banco Local de Voluntariado de Viana do Castelo colocou 177 voluntários em diversas instituições, cuja atividade voluntária se encontra agora retratada por 17 fotógrafos amadores que aceitaram o desafi o de acompanhar e fotografar os atuais voluntários.De lembrar que o Banco Local de Voluntariado constitui

um espaço de aproximação entre as pessoas interessadas no trabalho voluntário e as organizações promotoras de voluntariado. Assume como missão promover o encontro entre a oferta e a procura de voluntariado, qualifi car o trabalho voluntário, apoiar organizações e pessoas interessadas no voluntariado, com acompanhamento individualizado, facilitando a participação comunitária e o exercício de uma cidadania ativa, contribuindo para a coesão social e o bem-estar da população local.

A Câmara Municipal de Viana do Castelo está a assinalar o décimo aniversário do seu Banco Local de Voluntariado com uma exposição onde estão retratados os 177 voluntários pelas lentes de 17 fotógrafos amadores. A mostra, patente na Porta Mexia Galvão, foi inaugurada pelo Presidente da Câmara Municipal, Engrº. José Maria Costa, que elogiou o trabalho dos voluntários da última década. O Banco Local de Voluntariado de Viana do

Castelo foi implementado em 2006 pela autarquia e, desde então, formaram-se 625 voluntários em 41 ações de formação, inscreveram-se 49 instituições para acolherem voluntários e colocaram-se, ao longo destes dez anos, mais de 700 voluntários em diversas entidades. É o trabalho destes dez anos de vida que está patente na exposição e que, segundo a vereadora com o pelouro da Ação Social, Ana Margarida Ferreira da Silva reconhece “a disponibilidade e empenho dos voluntários e divulgando a existência deste Banco enquanto prática promotora de uma sociedade mais inclusiva”.

Mais de 220 idosos em atividades desportivas assinalaram Dia Internacional do Idoso

Mais de duzentos idosos de diversas freguesias do concelho assinalaram o Dia Internacional do Idoso com um conjunto de atividades desportivas. Ao todo, participaram cerca de 230 idosos de diversas freguesias do concelho que integraram equipas nas modalidades de futebol, corda, malha e sueca no jardim da marina da cidade. O Dia Internacional do Idoso é comemorado anualmente a 1 de outubro, tendo o dia sido instituído em 1991

pela ONU -Organização das Nações Unidas com o objetivo de sensibilizar a sociedade para as questões do envelhecimento e da necessidade de proteger e cuidar a população mais idosa. Em 2016, o 26º. Dia Internacional das Pessoas Idosas tem como tema “Tome uma posição contra o envelhecimento” e vai ser também assinalado em Viana do Castelo.

Ao todo, participaram cerca de 230 idosos provenientes das freguesias de Lanheses, Vila de Punhe, Barroselas, Alvarães, Outeiro, Freixieiro de Soutelo, Afi fe, Carreço, Viana do Castelo, Perre, Deão, Areosa, Darque, Cardielos, Serreleis, Santa Marta de Portuzelo, Castelo de Neiva, Chafé, S. Romão de Neiva, Vila Franca e Vila Nova de Anha, que participaram num desfi le das equipas desde a Praça da Liberdade até ao Anfi teatro da marina, seguida da abertura ofi cial dos jogos que decorreram durante todo o dia nas modalidades de futebol, corda, malha e sueca.

O Presidente da Câmara Municipal, que participou na iniciativa, juntou-se ainda à comemoração do Dia do Idoso promovida pela Associação dos Reformados e Pensionistas de Barroselas, com um convívio entre

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Vila de Punhe

futura sede do Centro Recreativo e Cultural das Neves

O executivo da Câmara Municipal de Viana do Castelo visitou a empreitada em curso da futura sede do Centro Recreativo das Neves. A nova sede, um antigo anseio daquela instituição, permitirá dar melhor resposta às atividades desta instituição. A empreitada, que tem apoio da Câmara Municipal, foi lançada no âmbito dos 40 anos de existência da instituição que promove atividades culturais e desportivas naquela área territorial.

A nova sede irá servir para instalar a sede do CRCN, para ocupação de atividades diversas e para acolher o jornal “Amanhecer das Neves”.

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VILA FRANCA

A inauguração diz respeito às empreitadas de ampliação da rede de águas residuais dos caminhos de Rapadoura, Parinheiro e Quinta do Capitão e ainda do Caminho de Figueiredo e Cruzeiro Velho, num investimento a rondar os 250 mil euros, com 51 ramais de ligação.

A visita a Vila Franca incluiu assim esta inauguração da infraestruturação

obras de ampliação da rede de águas

Cinco arruamentos da freguesia de Vila Franca foram inaugurados pelo executivo municipal de Viana do Castelo durante uma visita à freguesia, que incluiu uma reunião com a Junta de Freguesia e uma

deslocação às instalações do Vila Franca Futebol Clube e Casa do Povo de Vila Franca.

e ainda dos arruamentos e alargamento de arruamentos. De lembrar que esta visita a Vila Franca integra o périplo de visitas que está a ser levado a cabo pelo executivo camarário em todas as freguesias do concelho com o objetivo de conhecer projetos, visitar investimentos e aferir das necessidades das freguesias.

SÃO ROMÃO DE NEIVA

O executivo municipal de Viana do Castelo marcou presença na cerimónia de inauguração das obras de alargamento, construção de passeio e pavimentação da Avenida do Mosteiro (EM 544), bem como

na bênção do novo trator de S. Romão de Neiva. A inauguração, marcada pela presença de populares, membros e executivo da junta de freguesia e ainda pelos membros da assembleia de freguesia e representantes de diversas associações da freguesia, diz respeito a uma intervenção de melhoria da segurança rodoviária que está a ser desenvolvida pela Câmara Municipal de Viana do Castelo e pelas juntas de freguesia. Em causa está a empreitada de alargamento, construção de passeio e pavimentação da Avenida do Mosteiro (EM 544) e que serve de acesso a equipamentos sociais e educativos da freguesia que permitiram o alargamento de uma via estruturante para a freguesia e sublinhou que tem sido política municipal a cooperação com as juntas de freguesia na melhoria da rede viária, na construção de equipamentos bem como na aquisição de viaturas de apoio a atividades de diversa índole.

inaugurações em S. Romão de Neiva

Câmara Municipal assinou contrato de investimento

com Lacoviana

A Câmara Municipal de Viana do Castelo assinou o contrato de investimento que permite a instalação de um novo investimento na Zona Industrial do Neiva

– 2.ª Fase. Trata-se de um novo projeto da Lacoviana de cerca de dois milhões de euros e que irá permitir a criação de 30 novos postos de trabalho.

O novo investimento da Lacoviana vai incidir sobre a lacagem de materiais metálicos, apostando em novas e modernas tecnologias que irão permitir nova certifi cação e garantir a qualifi cação para mercados nacionais e de exportação.

A empresa, que labora na Zona Industrial do Neiva há vários anos, emprega atualmente 145 pessoas e cerca de 60 por cento da sua atividade industrial destina-se ao mercado de exportação para França, Espanha, Estados Unidos da América e Angola, fornecendo materiais metálicos de anodização e lacagem para os sectores da construção civil, indústria em geral, sector automóvel e sector das bicicletas.

A iniciativa, em vigor desde Julho de 2012, passa pela atribuição de vales sociais de cinco euros para frutas e legumes e de dez euros para carne e peixe. Para além dos 43 mil euros já atribuídos desde a sua criação e face às solicitações que chegam à Divisão de Ação Social, quer através das diversas instituições do concelho quer no âmbito do atendimento social, foi agora reforçada a verba no montante de sete mil euros para o segundo semestre de 2016. De sublinhar que esta medida social,

reforço dos vales sociais

Foi aprovada na última reunião camarária o reforço da verba destinada aos vales sociais, uma iniciativa da autarquia que pretende proporcionar o consumo de produtos frescos como frutas, legumes, carne e peixe

junto da população mais carenciada.

criada pela urgência em adequar as respostas sociais imediatas às reais necessidades da população, tem como objetivo proporcionar o consumo de produtos frescos que normalmente estão indisponíveis nas instituições que atribuem géneros alimentares, que são entregues após avaliação da situação socioeconómica da família, efetuada pela Divisão de Ação Social da Câmara, ou que tenha sido encaminhada por outra entidade, acompanhada de informação social.

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Assinado protocolo para o desenvolvimento do Geoparque Litoral

A Câmara Municipal de Viana do Castelo, o Departamento de Ciências da Terra da Universidade do Minho, o Departamento de Ciências da Terra da

Universidade de Coimbra; a Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, a Quercus e o MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente e Agrupamento de Escolas de Arga e Lima assinaram um protocolo para o desenvolvimento do Geoparque Litoral de Viana do Castelo, que integra o património geológico classifi cado e em vias de classifi cação.

O projeto, apresentado pelo coordenador do Geoparque e investigador do Centro de Ciências da Terra da Universidade do Minho, Ricardo Jorge Carvalhido, diz respeito a uma área territorial de 320 quilómetros quadrados do concelho de Viana, onde foram já classifi cados cinco monumentos naturais e oito estão em vias de classifi cação. Na sua intervenção, o investigador referiu que foi aprovada uma candidatura ao Norte 2020 – Património Natural, no valor de 350 mil euros para a criação de uma página da internet do Geoparque, aplicação móvel, visita virtual aos monumentos naturais, sinalética, 5 painéis de acolhimento e 14 painéis interpretativos de pormenor, e 40 códigos QR instalados nos afl oramentos cujo valor didático e educativo seja mais elevado. Está a ser ultimada uma nova candidatura ao Norte 2020, com o mesmo horizonte fi nanceiro, com o objetivo de expandir as infraestruturas de interpretação à totalidade da área do geoparque, fundar as duas primeiras Portas do Geoparque - Porta das Argas e do Neiva - que terão valência museológica para o Património Mineiro e para o Mel, respetivamente. De acordo com o coordenador do Geoparque, os próximos passos serão a terceira e última fase de inventário e avaliação da geodiversidade, a apresentação do Programa Educativo e do Programa Científi co do Geoparque Litoral de Viana do Castelo – Território de Ciência; e a formação e certifi cação de técnicos de turismo que se queiram associar e operar na área do geoparque, assim como a criação da Associação para o Desenvolvimento do Geoparque Litoral Viana do Castelo, durante o primeiro trimestre de 2017. Como objetivo, a equipa pretende cumprir as condições exigidas para o geoparque se tornar membro observador do Fórum Português de Geoparques da UNESCO, tendo em vista a candidatura a Geoparque Mundial, até 2018.

Por isso, e segundo o presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Engº. José Maria Costa, foi dado o tiro de partida no processo de candidatura do geoparque a Património da Humanidade da UNESCO, mediante a assinatura do protocolo que visa constituir “a parceria técnica e científi ca que vai fornecer os instrumentos de base para formalizar uma candidatura”. G. I.

Pavilhão do Atlântico

A Câmara de Viana do Castelo vai construir um novo pavilhão desportivo. O Pavilhão do Atlântico vai nascer na Avenida do Atlântico, num terreno em gaveto com 1785 metros quadrados entre a Avenida e a Rua Dr. Pedro Barbosa, onde está situada a escola EB2e3, com o mesmo nome. O futuro pavilhão, que será edifi cado apenas com fi nanciamento municipal, é composto por dois corpos paralelepípedos que integram uma área de jogo e que

permite também a prática de basquetebol por ter altura livre de 7.50 metros, vestiários e balneários para 20 atletas cada, vestiários para treinadores e árbitros, primeiros socorros e apoio médico, uma receção, uma cafetaria e áreas técnicas e de arrecadação. Está também prevista uma bancada para 152 lugares sentados.A nova estrutura desportiva, que vai também incluir um painel decorativo da autoria do artista Mário Rocha, destina-se, em primeiro lugar, a dar apoio à comunidade escolar da EB23 Pedro Barbosa, evitando que os alunos atravessem o arruamento para ir ao pavilhão de Monserrate e melhorando assim a prática e o ensino do desporto neste agrupamento de escolas. Já no período do fi m de tarde e fi ns de semana, o futuro Pavilhão do Atlântico vai dar apoio à comunidade local e às associações desportiva. Para o autarca de Viana do Castelo, José Maria Costa, a construção deste novo equipamento desportivo reforça a disponibilidade de infraestruturas desportivas numa altura em que a dinâmica das associações e clubes do concelho exigem novos espaços para as suas atividades.

Este projeto de execução, com um orçamento estimado a rondar 1.5 milhões de euros, vai agora ser sujeito a concurso público. G. I.

requalifi cação e modernizar Escola frei Bartolomeu dos Mártires e Barroselas

Numa cerimónia presidida pelo Ministro da Educação, foram assinados pelo Presidente

do Município vianense os acordos de colaboração para a requalifi cação e modernização das instalações da Escola EB23 Frei Bartolomeu dos Mártires e de Barroselas. Estes acordos garantem agora o fi nanciamento nacional para avançar com a qualifi cação das duas escolas de Viana do Castelo.Com a assinatura dos

dois acordos de colaboração, o Ministério da Educação compromete-se a apoiar a defi nição do programa de intervenção de requalifi cação e modernização das instalações da escola, transferir para a autarquia o montante relativo a metade do valor da contrapartida pública nacional da empreitada, sendo que a Câmara Municipal tem como competências assegurar a elaboração dos projetos de arquitetura e especialidades, assumir

o restante valor e assegurar os procedimentos das empreitadas. A assinatura dos dois acordos garante o fi nanciamento dos dois estabelecimentos de ensino do concelho, sendo que a Câmara está a ultimar o lançamento do projeto e concurso público das empreitadas das duas escolas, dando sequência a um antigo anseio da comunidade escolar já que as duas escolas estão a necessitar de intervenção urgente.

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Natércia Barros Escritora

O JARDIM DE D. FERNANDO

*Jornalista

Antero Sampaio*

Aquela Escola que me fez homem, aqueles professores que me emprestaram todo o seu saber, a sua cultura, que me prepararam para o mundo do trabalho.

Comparado com o ensino actual, é possível que eles fossem um pouco exigentes, ditadores até, mas o que não há dúvida nenhuma é que a malta no fi m do curso tinha que saber para obter o diploma. Parafraseando a canção coimbrâ, poderia dizer também que “Viana é uma mulher, só passa quem souber”. É verdade, na Escola Técnica de Viana do Castelo, só passava quem soubesse.

Quando vou a Viana, tenho que ir visitar o Jardim de D. Fernando, sentar-me naqueles bancos de madeira , respirar aquele cheiro tão doce das suas árvores, ouvir o chilrear dos passarinhos, sentir aquela brisa tão peculiar na minha face, olhar com respeito e saudade, para o grandioso, majestoso edifício a que hoje chamam Instituto Politécnico, outrora Escola Comercial e Industrial de Viana do Castelo. Os revolucionários de “meia

O Jardim de D. Fernando, como o conheci, nos anos cinquenta, continua a ser o jardim que contemplou a minha mocidade, que ouviu as minhas alegrias e tristezas, que guarda os meus segredos e que, até ao fi m do Curso, escutou as minhas preces

e sentiu o pulsar do meu coração. É por isso que ainda agora, passados tantos anos, já a caminho da velhice, eu sinto muitas saudades do meu tempo de estudante da Escola Técnica. Sim, da Escola Técnica, pois, porque lhe alteraram o nome, para mim, será, até à hora da minha morte, sempre a MINHA ESCOLA.

tigela”, tiraram-lhe o corpo mas a alma , a alma da Escola Técnica, será sempre dos seus antigos estudantes.

Jardim de D. Fernando, jardim da minha saudade, jardim da minha meninice, da minha juventude, como poderia eu esquecer-me dos tempos que passámos juntos. E ao falar deste meu jardim, não deixar de me lembrar naquela vetusta Taça, onde, quando entrei para a Escola, fui praxado. Mas foi uma praxe simples, amiga, sem violência, feita pelos fi nalistas que assim recebiam, com amizade os seus colegas caloiros. Com os seus peixes cintilantes, as suas rochas e os seus musgos, as suas plantas, aquela velha taça conserva ainda hoje toda a sua beleza, a sua juventude, a sua pureza.

E a velha ferradura, que também faz parte do jardim, que dizer dela? Quantas lágrimas viu correrem pela face dos estudantes, depois duma prova ou dum exame mal sucedido? Quantas alegrias sentiu, quando, sentados no seu

seio, os estudantes celebravam os seus êxitos escolares? Ainda bem que ainda permanece no lugar onde sempre esteve. Felizmente que ainda nenhum iluminado, acometido duma doença revolucionária, agora que temos um governo de esquerda, democrático, se lembrou de a retirar, ou levar para a sua quinta, alegando que é “ um produto dum estado ditatorial e anti-democrático. “Ainda não é tarde...

Jardim de D. Fernando. Jardim da minha vida de estudante, jardim da minha saudade, viverás, sempre, mas sempre no meu coração . Jardin de D. Fernando, jardin de ma vie dans l´Ecole Tecnique, tu viveras toujours dans mon coeur. Garden of D. Fernando, garden of my school life, you will live in my heart forever.

Jardim de D. Fernando, o ex-libris de Viana do Castelo. Jardin de D. Fernando, ex-libris de Viana do Castelo. Garden of D,. Fernando, ex-libris of Viana do Castelo.

Fecho os olhos. Oiço estrondos, oiço gritos, muitos gritos, gritos de afl ição. Oxalá o ruído proviesse de belo fogo-de-artifício. Pessoas

correm e tropeçam umas nas outras, na tentativa de fi ntarem macabro bombardeamento; bombas caem sem cessar.

A FORÇA DE UM MURMÚRIO

Mães e avós correm afl itas com os pequenos rebentos ao colo. Os velhos são os primeiros a tombar, hirtos, no meio do asfalto coberto de projécteis e gravilha. Estendidos ao comprido, mutilados – sem braços e sem pernas – esvaiam-se em sangue. E esperneiam, esperneiam, como se o corpo inteiro expiasse pecados cometidos em vida. Este sangue, sangue que gela as mãos e queima os olhos. Também eu desfaleço, no chão forrado a balas.

(O flagelo da guerra)

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PALAVRA DE DEUS Manuel Venade Martins (Pastor Evangélico)E-mail : [email protected] / Página na Internet: www.igrejaemanuel.org

CONCLUSÃO-FINAL (EUR)AMADOS LEITORES

INTRODUÇÃO

COMENTÁRIO (2016-11-A) PODES ALCANÇAR ETERNA SALVAÇÃO

Se o amado leitor deseja melhores esclarecimentos, pode contactar comigo através de: Nosso endereço de correio eletrónico: venademar� [email protected]. Pode ainda escrever-nos para: Assembleia de Deus Emanuel - 14 Connec� cut Ave - BAY SHORE, NY 11706-3007 - U.S.A.Visite o nosso site na Internet em: www.igrejaemanuel.org

Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confi rmada pelos que a ouviram, tes� fi cando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade (Hebreus 2:3-4).

Alguns factos:: a) - Cai em nós a responsabilidade de não aceitarmos a Cristo, como nosso Salvador e Senhor da nossa vida. Neste planeta em que habitamos, vivendo muito envolvidos nas infl uências de inclinação mundana, e por vezes o nosso viver é muito agitado pelas circunstâncias que nos rodeiam. b) - Esquecemo-nos de nossas responsabilidades e afazeres quo� dianos como verdadeiros crentes (cristãos), que se não o somos, temos a responsabilidade sobre nós, de o não pra� carmos. Por exemplo, ler o Divino Evangelho, conhecê-lo e manuseá-lo, dando-lhe um lugar em destaque em nossa vida, meditando, se possível, todo o tempo disponível. c) - Ponderar e meditar na leitura dos textos sagrados, para ver se mesmo assim podemos alcançar, pela fé em Jesus Cristo, e entrarmos nos átrios do Al� ssimo e Santo é seu nome, porque a sua misericórdia é de eternidade em eternidade. Com Cristo, o Amigo leitor pode obter esse tão grande milagre e alcançar a eterna salvação.

A pessoa que não � ver Deus bem no centro do seu modo de agir, jamais conseguirá tão grande salvação. A Bíblia (Palavra do Senhor) declara que a inclinação do homem é para o mal, desde a sua meninice. De facto, se entregarmos algum objeto frágil nas mãos de uma criança, a coisa que mais depressa veremos é esse objeto ser completamente destruído. Creio ser por esse mesmo facto e suas consequências que a Escritura Sagrada nos transmite o seguinte mandamento: Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até ser velho não se desviará dele (Provérbios, 26:6).

Devido ao não acatamento ou ignorância da ordem divina, o mal no ser humano, é já coisa considerada alarmante, por parte de muitas pessoas. Ora isto sucede porque o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhes parecem loucura, e não pode entende-las porque elas se discernem espiritualmente (1.ª Corín� os, 2:14).

De acordo com os ensinos recebidos através da leitura e meditação da Palavra de Deus, a resposta certa a dar é, pelo novo nascimento, podermos alcançar a eterna salvação. Necessitamos, portanto, de nascer de novo, nascer do Céu, nascer espiritualmente. Precisamos também de acordar para a grandiosa realidade que Deus existe e que é galardoador daqueles que o buscam (Hebreus, 11:6).

O amado leitor tem necessidade de buscar nosso Deus criador, de todo o seu coração, e a única porta é só Jesus Cristo. Foi ele próprio que disse: Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará e sairá, e achará pastagens, isto é alimento espiritual (João, 10:9). Essa nutrição, oriunda da Palavra do Senhor, recebe-se pela fé em Cristo, pela nossa confi ança na Palavra, pelo facto de crermos nela de todo o coração.

O Senhor dirige a cada um de nós este convite: Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas (Mateus, 11:28-29). Em face deste amoroso convite de Cristo, o prezado leitor deverá dar o seu passo de fé para Jesus. Receba a pessoa de Cristo pela fé, no coração, como seu único e sufi ciente Salvador e Senhor da sua vida. Ao fazer isso, arrependendo-se também dos seus pecados, o seu nome será inscrito no Céu, registado no livro da vida, pois Jesus é o Cordeiro de Deus que � ra o pecado do mundo (João, 1:29).

É pelo sangue precioso de Jesus que somos salvos da perdição eterna; por esse sangue derramado voluntariamente na cruz do Calvário. Como resultado deste tão grande sacri� cio, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito (Romanos, 8:1).

Em face deste ensinamento que nos é dado pela Palavra do Senhor, poderá o leitor perguntar: mas afi nal, que signifi ca isso de não andar segundo a carne, mas segundo o espírito? Esclareço que quem não � ver Jesus na sua vida, tal pessoa não possui em si o Espírito de Deus. Por conseguinte é orientada apenas pelos seus desejos e sen� mentos naturais, cuja inclinação muitas vezes é mais para o mal que para o bem. Em face disso, o mundo vive em permanentes confl itos.

Este convite, prezado leitor, é também para si, no momento em que o aceitar, em que se converter a Cristo, em que nascer de novo, o seu nome será escrito no livro da vida, conforme já falamos. Portanto, não se esqueça: Jesus morreu e ressuscitou para nos dar uma eterna salvação. Assim, deposite a sua fé em Cristo, e siga-o fi elmente.

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Texto deFrancisco Sérgio

de Barros e Barros

-

Rogério de Barros e Barros

ESQUISSOS...

Henrique de Barros fez 9 anos

no dia 26 de outubro

*

Do meu sótão de memórias rebusquei imagens que nada têm a ver entre si, mas que de alguma forma fazem lembrar o Henrique, meu fi lho, que completou 9 anos.

1 - A 1ª. fotografi a está reproduzida num painel que cobre uma das janelas exteriores do Museu do Traje em Viana. Gosto tanto dela que sempre que tenho oportunidade explico-a aos meus fi lhos: Estão a ver aquele menino? É o último Rei de Portugal, D. Manuel II, que

EscuteiroHenrique de Barros

está no colo da sua ama de leite, vestida com o traje vermelho de Viana. Deixou tudo a Portugal mesmo depois de ter morrido em Londres para onde foi obrigado a exilar-se. A assistência parece não ligar nada ao que eu digo. Sinceramente, não me importo: ainda não entendem muitas coisas, por exemplo o valor da família e da continuidade que o nascimento pressupõe.

De tal forma o desinteresse parece ser tanto que da última vez que passamos pela janela do Rei resolvi não dizer nada: logo um coro de protestos irrompeu naquele entardecer de Verão. Então e o D. Manuel II e a ama? E os marotos em coro a gritarem a minha ladainha de sempre.

2 - Esta foto foi captada no dia em que o meu fi lho aniversariante foi promovido a “capitão” de lobitos do Corpo Nacional de Escutas . A alegria e orgulho foram de tal ordem que logo quis pôr gravata e usar os óculos de sol quase obrigatórios entre os militares nos anos 1970. A bem--aventurança foi geral na família habituada a ter nas suas fi leiras poetas, padres, políticos e raros militares. O Henrique, capitão dos lobitos do Corpo Nacional de Escutas! É obra, meu fi lho, principalmente se tivermos em conta o facto de que havia sido inscrito nos escuteiros apenas uma semana antes.

Um beijo de muito amor para o meu fi lho Henrique de Barros, do Conde de Viana, seu Pai. (É assim que insistem em chamar-me nas terras onde vivemos agora e onde fomos recebidos com galhardia por estas boas gentes)

A vida é feita de momentos. Algumas vivências a memória guarda; outras, esboroam-se no devir do tempo. Todas têm um aspeto em comum: contribuem para a nossa história pessoal de vida.

No tempo em que correm as folhas e se despem as palavras. Nos olhos de alguns surgirão lágrimas. Na tela dos pintores assomará um sol tímido a encimar as paisagens inventadas. Costuma ser assim. No Outono.

O reconhecimento social é uma necessidade no reforço da auto-estima e da afi rmação pessoal. Os outros refl etem aquilo que somos. São o único espelho fi ável. Vejo-me em ti.

*A sociedade contemporânea caminha inapelavelmente para um beco sem saída. Quem contribuiu para a situação dramática em que estamos

mergulhados? A resposta só poderá ser uma. A chusma de líderes mundiais que o nosso tempo tem legitimado. Estou de acordo com as proféticas palavras escritas por Platão na “República”. “A democracia é o menos mal dos regimes, mas pode tornar-se no pior de todos”. O que sentirão determinadas pessoas quando se observam ao espelho?

*Cada vez valorizo mais o momento presente. Em cada aqui e agora sou as circunstâncias temporais de uma vivência exclusiva. Viver o

presente implica viver o que está espontaneamente a acontecer. Antecipar as vivências redunda em ansiedade e agitação interior. Não é aceitável viver algo e simultaneamente pensar em situações que ainda não foram vividas. Só há hoje. O amanhã será um novo hoje.

*

*A dança é sensualidade, recriação, harmonia estética. O corpo transforma-se em aves esvoaçante, polissemia semântica ou alma em sublime

agitação. A dança é uma síntese da vida esculpida pela anatomia humana. O talento dos bailarinos preenche os meus olhos de beleza.

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EXTRACTO DE JUSTIFICAÇÃO Jornal “O Vianense” 597 de 30.10.2016

ANA DE CASTRO ALVES DOMINGUES, NOTÁRIA com cartório na Rua dos Manjovos, n.° 19/25, da cidade de Viana do Castelo,CERTIFICA, para efeitos de publicação, que no livro de notas para “Escrituras Diversas” número 86-A, iniciada a folha cento e dois, foi lavrada, em vinte de outubro de dois mil e dezasseis, uma escritura de Justifi cação, tendo nela intervindo como justifi cantes MARIA DO CÉU DA SILVA GOMES MARTINS PINHO, que também usa e é conhecida por Maria do Céu da Silva Gomes Martins, NIF 188 493 808, natural da freguesia de Vila Mou, concelho de Viana do Castelo, e marido, ALBINO DE OLIVEIRA PINHO, NIF 180 836 048, natural da freguesia de Deão, concelho de Viana do Castelo, residentes na Rua das Rasas, n.° 991, união das freguesias de Torre e Vila Mou, concelho de Viana do Castelo, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, escritura essa na qual foi declarado o seguinte: Que são donos e legítimos possuidores de dezasseis / cem avos indivisos do prédio rústico, composto de terreno de lavradio e mato, sito no lugar de Rasas, união das freguesias de Torre e Vila Mou, concelho de Viana do Castelo, inscrito na matriz sob o artigo 3 225, a que correspondia o artigo 2058 da extinta freguesia dè Vila Mou, com o valor patrimonial de € 47,14. Que o identifi cado prédio se encontra descrito na Conservatória do Registo Predial de Viana do Castelo sob o número setecentos e vinte e oito / Vila Mou, encontrando-se aí registado, quanto a dezasseis / cem avos indivisos a favor de José Gomes Martins, casado com Emília da Silva Veríssimo, sob o regime da comunhão geral de bens, pela apresentação oitenta e um, de mil novecentos e noventa e sete, barra zero sete, barra zero dois, quanto a quarenta e dois / cem avos indivisos a favor de José da Silva Gomes Martins casado com Maria Deolinda de Oliveira Pinho Martins sob o regime da comunhão geral de bens, pela apresentação quarenta e quatro, de mil novecentos e noventa e nove, barra zero seis, barra dois dois, e quanto a quarenta e dois / cem avos indivisos a favor dos aqui primeiros outorgantes, justifi cantes, pela apresentação dois mil oitocentos e vinte e cinco, de dois mil e dezasseis, barra zero cinco, barra um dois. Que eles justifi cantes adquiriram os supra mencionados dezasseis / cem avos indivisos do referido imóvel, por doação verbal que foi feita à primeira outorgante mulher, já no estado de casada com ele primeiro outorgante marido, pelo mencionado titular inscrito, José Gomes Martins e Emília da Silva Veríssimo, em dia que não podem precisar, no mês de Fevereiro do ano de mil novecentos e noventa e dois, sem que tenha sido lavrado o competente título formal para titular a referida doação. Que, não obstante, desde aquela data, fevereiro de mil novecentos e noventa e dois, eles justifi cantes, entraram na posse do referido imóvel, juntamente com os demais compossuidores, e, desde então, sempre estiveram se têm mantido na posse e fruição do mesmo, e há mais de vinte anos, sempre usufruindo de todas as utilidades por ele proporcionadas, designadamente, cultivando-o, colhendo os respectivos produtos e frutos, cortando o mato e limpando o terreno, sempre pagando as contribuições e impostos a ele respeitantes, administrando-o com o ânimo de quem exercita direito próprio, pacifi camente porque sem violência, de boa-fé porque baseada num título formal válido, pública e continuamente, com conhecimento de toda a gente e sem qualquer interrupção ou oposição de quem quer que seja, posse essa que assim exerceram, como verdadeiros proprietários das identifi cadas partes indivisas do identifi cado prédio, que sempre se julgaram e são, sendo por todos considerados como tais. Que dadas as características de tal posse os primeiros outorgantes, justifi cantes, adquiriram os mencionados dezasseis / cem avos indivisos do identifi cado prédio por usucapião, que invocam, fundada nessa posse, que exerceram em seu próprio nome, de boa fé, de modo pacífi co, contínua e publicamente, por periodo superior a vinte anos, usucapião essa que é título constitutivo do direito de propriedade, mas que não é susceptível de ser comprovado, pelos meios extrajudiciais normais. Que se procedeu à notifi cação pessoal e edital dos titulares inscritos e seus herdeiros, não tendo sido feita até à presente data qualquer oposição.Está conforme ao original. Viana do Castelo, 20 de Outubro de 2016 A Notária, Ana de Castro Alves Domingues .Reg. sob o n.° 139. Foi emitida factura/recibo n.° Fto/8929 de 20/10/2016 - Conferida.

EXTRACTO DE JUSTIFICAÇÃO Jornal “O Vianense” 597 de 30.10.2016

ANA DE CASTRO ALVES DOMINGUES, notária com cartório na rua dos Manjovos nº. 19/25, da cidade de Viana do Castelo, CERTIFICA, para efeitos de publicação, que no livro de notas para “Escrituras Diversas” número 86-A, iniciada a folha oitenta e quatro, em dezoito de outubro de dois mil e dezasseis, uma escritura de Justifi cação, tendo nela intervindo como justifi cantes, I - MARIA ESTER VIEIRA CLEMENTE, NIF 144 967 499, viúva, natural da freguesia de Vila de Punhe, concelho de Viana do Castelo, onde reside na Rua de Barroselas’, n.° 175, que outorga POR SI e ainda na qualidade de PROCURADORA e em representação de A) ERNESTO VIEIRA CLEMENTE,NIF 178 065 420, natural da mencionada freguesia de Vila de Punhe, e mulher, MARIA FERNANDA OLIVEIRA BRANDÃO CLEMENTE, NIF 178 065 439, natural da freguesia de Alvarães, concelho de Viana do Castelo, residentes na Praceta Álvaro Fagundes, n.° 252, primeiro direito, freguesia de Darque, concelho de Viana do Castelo, casados sob o regime da comunhão geral de bens, no uso de poderes que lhe foram conferidos por procuração, que arquivo, e da qual consta que a identifi cada procuradora pode fazer negócio consigo mesmo; de B) NORBERTO VIEIRA CLEMENTE, NIF 182 509 354,natural da indicada freguesia de Vila de Punhe, e mulher, MARIA ROSA NEVES PEREIRA CLEMENTE, que também usa e é conhecida por Maria Rosa Neves Clemente, NIF 181 247 992, natural da freguesia de Brunhais, concelho da Póvoa de Lanhoso, residentes na Rua de Santo António, n.° 35, mencionada freguesia de Vila de Punhe, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, no uso de poderes que lhe foram conferidos por procuração, que arquivo, e da qual consta que a identifi cada procuradora pode fazer negócio consigo mesmo; e de C) MANUEL VIEIRA GONÇALVES, NIF 175 769 931, natural da indicada freguesia de Vila de Punhe, e mulher, LUÍSA CARVALHO LOUREIRO, NIF 248 067 273, natural da freguesia de Pousa, concelho de Barcelos, residentes na Rua da Bela Vista, n.° 75, lote cinco, freguesia de Vila Nova de Anha, concelho de Viana do Castelo, casado sob o regime da comunhão de adquiridos, no uso de poderes que lhe foram conferidos por procuração, que arquivo, e da qual consta que a identifi cada procuradora pode fazer negócio consigo mesmo; II - MARIA LÚCIA VIEIRA CLEMENTE CORREIA, NIF 106 003 739, e marido, JOSÉ DE SOUSA CORREIA, NIF 100 391 869, ambos naturais da freguesia de Vila de Punhe, concelho de Viana do Castelo, onde residem na Rua dos Canteiros, n.° 244, casados sob o regime da comunhão geral de bens, escritura essa na qual foi declarado o seguinte: Que, nos termos da escritura de habilitações de herdeiros outorgada neste cartório notarial, em vinte e dois de junho de dois mil e dezasseis, iniciada a folhas dez, do competente livro oitenta e três-A, são ela primeira outorgante da alínea I), Maria Ester Vieira Clemente, os seus representados, Ernesto Vieira Clemente, Norberto Vieira Clemente e Manuel Vieira Clemente, e ela primeira outorgante da alínea II), Maria Lúcia Vieira Clemente Correia, os únicos herdeiros, já devidamente habilitados, de seus pais, Amaro Gonçalves Clemente, e mulher, Maria de Jesus Vieira Quintas, falecidos, ambos sem testamento, na freguesia de Vila de Punhe, concelho de Viana do Castelo, ele em vinte e nove de janeiro de dois mil e três, e ela em dez de julho de dois mil e treze, ele com última residência habitual no lugar de Milhões, dita freguesia de Vila de Punhe, e ela com última residência habitual na Rua Santa Eulália, n.° 181, mencionada freguesia de Vila de Punhe, ele no estado de casado com ela Maria de Jesus Vieira Quintas, sob o regime da comunhão geral de bens e em primeiras núpcias de ambos, e ela no estado de viúva dele Amaro Gonçalves Clemente. Que as referidas heranças são donas e legítimas possuidoras, do prédio rústico, composto de terreno de lavradio, com vinha e árvores de fruto, com a área de quinhentos e quarenta metros quadrados, sito no lugar de Milhões, sitio do Cruzeiro, freguesia de Vila de Punhe, concelho de Viana do Castelo, inscrito na matriz sob o artigo 1 601, com o valor patrimonial de € 7,67, contíguo ao qual não possuem qualquer outro de igual natureza. Que o identifi cado prédio rústico se encontra descrito na Conservatória do Registo Predial de Viana do Castelo sob o número dois mil cento e sessenta e três / Vila de Punhe, encontrando-se aí registado, quanto a um terço indiviso a favor de Paulino da Silva Vieira de Sousa, solteiro, maior, pela apresentação dois, de mil novecentos e dezanove, barra zero um, barra dois oito, e quanto a dois terços indivisos a favor de Rosa Rodrigues Coutinho, viúva, pela apresentação quinze, de mil novecentos e sessenta e um, barra zero cinco, barra um dois. Que os autores das heranças adquiriram a totalidade do referido imóvel por compra, verbal à titular inscrita, Rosa Rodrigues Coutinho, que fi zeram em dia e mês que não podem precisar, no ano de mil novecentos e sessenta e quatro, sem que tenha sido lavrado o competente título formal para titular a referida compra e venda. Por sua vez a referida Rosa Rodrigues Coutinho, adquiriu o referido um terço indiviso do mencionado prédio ao identifi cado Paulino da Silva Vieira de Sousa por compra, em dia e mês que não podem precisar, no ano de mil novecentos e sessenta e três, sem que tenha sido lavrado o competente titulo formal para titular a referida compra e venda. Que, não obstante, desde aquela data de mil novecentos e sessenta e quatro, sempre os autores das heranças, e depois os indicados herdeiros destes, entraram na posse do referido imóvel, e, desde então, sempre estiveram se têm mantido na posse e fruição do mesmo, e há mais de vinte anos, sempre usufruindo de todas as utilidades por ele proporcionadas, designadamente, pagando os impostos, cultivando-o e limpando-o, administrando-o com o ânimo de quem exercita direito próprio, pacifi camente porque sem violência, de boa-fé porque baseada num título formal válido, pública e continuamente, com conhecimento de toda a gente e sem qualquer interrupção ou oposição de quem quer que seja, posse essa que assim exerceram, como verdadeiros proprietários do identifi cado prédio, que sempre se julgaram e são, sendo por todos considerados como tais. Que dadas as características de tal posse os primeiros outorgantes, nas indicadas qualidades de únicos herdeiros dos mencionados Amaro Gonçalves Clemente, e mulher, Maria de Jesus Vieira Quintas, adquiriram o mencionado prédio por usucapião, que invocam, fundada nessa posse, que exerceram em seu próprio nome, de boa fé, de modo pacífi co, contínua e publicamente, por período superior a vinte anos, usucapião essa que é título constitutivo do direito de propriedade, mas que não é susceptível de ser comprovado pelos meios extrajudiciais normais. Que se procedeu à notifi cação edital dos titulares inscritos.e seus herdeiros, em virtude de não ter sido possível a notifi cação avulsa dos mesmos titulares inscritos, por forma pessoal, não tendo sido feita até à presente data qualquer oposição. Está conforme ao original. Viana do Castelo, 18 de outubro de 2016 A Notária, Ana de Castro Alves Domingues Reg. sob o nº.110 -Foi emitida fatura/recibo Fto/8911 de 18/10/2016. Conferida.

- AMADOS LEITORES

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15 e 30 Outubro 2016 (Inclui 30 Novembro 2016) 15 e 30 Outubro 2016 (Inclui 30 Novembro 2016) 1515 e 30 Outubro 2016 (Inclui 30 Novembro 2016) 15 e 30 Outubro 2016 (Inclui 30 Novembro 2016)

Fátima Rosa Rodrigues104

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ESTUDO GENEALÓGICODA CASA DE CALISTO ANTÓNIO GARCIA DE BARROS

NA ANTIGA RUA DO PINHEIRO, EM PONTE DE LIMA

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SER SEM SER…

(Repete-se a publicação do nº. 494 e 495, para conhecimento e arquivo de novos leitores)

Chafariz do Terreiro, em Caminha

Continua Matias de Barros

Diz a tradição que aquelles assentos pertenciam à fronteira dos Carmonas, que antigamente gozavam do privilégio de que, quem, seguido ou procurado pela justiça, se assentasse (sic) n’aquelles assentos dosCarmonas, apoiado por elles, fi cava livre da justiça. Eis aqui talvez a rasão porque aquela praça se chamava do Apoio. A casa acabará por ser vendida nos princípios deste século, pelos herdeiros de Athanázio de Sousa Pereira de Lima, à família SANTOS TERROSO, que ainda hoje a possuem. Vejamos pois, quem foram os seus proprietários no século XVIII, e até 1828.

O Dr. MANUEL ESTEVES CALHEIROS, natural d e V i a n a d o Ca s te l o, m é d i co d o Partido em Barcelos, viveu nesta casa da Rua de São Francisco, desde 1729, aqui vindo a falecer a 16.3.1763, com testamento.

Casara em Ponte do Lima, com D. TERESA MARIA DO REGO, natural da vila de Viana do Castelo, fi lha de Francisco de Oliveira Rego e de sua mulher Mariana Luísa, e veio a falecer a 7.5.1771, viúva, com testamento.

Foram pais de cinco fi lhos: JOSÉ ANTÓNIO CALHEIROS; MANUEL PEDRO CALHEIROS, aqui nascido em 1729, e falecido a 19.12.1771, nesta mesma casa; D. TERESA CLARA JOAQUINA CALHEIROS, que s e g u e a b a i xo ; J O Ã O, nascido em 1737; MARIANA, nascida em 1743..

D. TERESA CLARA JOAQUINA CALHEIROS, nascida em 1734, nesta casa da Rua de São Francisco, da qual ficou senhora, viveu no lugar da Senhora do Ó, em Arcozelo (Barcelos). Casou a 8.4.1764, em Barcelos, com MANUEL ANTÓNIO RIBEIRO, nascido em 1742, na casa quinhentista da Rua das Flores, Barcelos, fi lho de Simão António Ribeiro Nogueira, n a t u r a l d e B a r c e l o s , e s c r i v ã o d o J u í zo d a O u v i d o r i a , senhor da referida casa quinhentista da Rua das Flores, e de sua mulher D. Maria Madalena Gomes de Medela, natural da

Senhora do Ó, Arcozelo. Foram pais de quatrofi lhos, nascidos no lugar da Senhora do Ó, Arcozelo, a saber: D. MARIA MADALENA CALHEIROS, que segue. D. ISABEL ROSAS, que segue abaixo. PAULO JOSÉ RIBEIRO, nascido a 29.6.1773, em Arcozelo, foi padrinho em 1811, assistente no lugar da Granja, Arcozelo, sem mais notícia; eD. POLICENA LUÍSA DE SÃO BRAZ, solteira, senhora de parte desta casa, que vendeu juntamente com seus sobrinhos em 1828. D. MARIA MADALENA CALHEIROS, nascida a 30.9.1767, no lugar da Senhora do Ó, Arcozelo. foi senhora da casa da Rua de S. Francisco. Faleceu viúva, entre 1809 e 1819, ficando herdeiros seus sobrinhos, filhos de sua irmã Isabel Rosa, abaixo.

No Largo do Apoio, em Barcelos: Casa do Dr. Manuel Esteves Calheiros

bisavô do morgado Calisto António Garcia de Barros

D. ISABEL ROSA CALHEIROS, nascida a 16.10.1771, no lugar da Senhora do Ó, faleceu antes de 1828. Casada com JOSÉ THIAGO GARCIA PEREIRA DE BARROS, natural de Barcelos, fi lho de Bento Garcia, natural de Barcelos e de D. Maria dos San-tos Pereira e Barros, natural de Esposende. Viveram no lugar da Granja, Arcozelo, onde tiveram, pelo menos, seis fi lhos, os quais todos foram herdeiros da casa da rua de São Francisco, que venderam, a saber: CALISTO ANTÓNIO GARCIA DE BARROS, que em 1828 era soldado de Artilharia n.°. 4 na cidade do Porto; JOÃO EVANGELISTA GARCIA DE BARROS, que em 1828, morava no sítio do Poço Novo, em Lisboa; MARIA VICTÓRIA DO CARMO, casada com MANUEL DE SÁ, natural de Santo André de Palme, fi lho de António Luís de Sá; VICTÓRIA DO CARMO GARCIA DE BARROS, moradora em Arcozelo em 1828, solteira; ANA JOAQUINA GARCIADE BARROS, nascida a 26.12.1808, no lugar da Granja, Arcozelo, que teve solteira, uma fi lha Angélica Rosa, que foi ex-posta na roda de Barcelos, a 28.10.1830 (1835?); TERESA, nascida a 5.4.1811, no lugar da Granja.

Nesta edição, o nosso passeio leva-nos até ao Chafariz do Terreiro, situado na Praça Conselheiro Silva Torres, mais

conhecido por Terreiro, da vila de Caminha perto da Torre do Relógio, antiga porta da cerca medieval daquela vila. É uma obra renascentista do mestre canteiro João Lopes, o Velho. A sua construção iniciou-se por volta de 1551, e só em 1553 foi concluída. A água que o abastece foi encanada subterraneamente desde Moledo, nascente essa que se situa a cerca de 4 km de distância. Possui três taças sobrepostas, de tamanhos crescentes, dispostas sobre um eixo vertical. Está assente em plataforma circular velada por balaustrada de ferro. A decoração é uma combinação de elementos geométricos e fi guras mitológicas.

A Câmara Municipal decidiu proceder à demolição do Pelourinho que estava no largo. O chafariz foi deslocado para dar acesso ao alinhamento das Ruas de São João e das Flores,

passando a chamar-se chafariz de D. Pedro, em 1835.

Em 1865, foi acrescentado um gradeamento de protecção.É bom saber que o Chafariz do Terreiro, em Caminha, é o segundo de um trio de chafarizes similares da autoria do mesmo canteiro, iniciado em Pontevedra (na Galiza), e concluído com o Chafariz da Praça da Rainha, (actual Praça da República, em Viana do Castelo).

O Chafariz do Terreiro de Caminha foi classifi cado como Monumento Nacional por decreto datado de Junho de 1910. Antigo fontenário da população da vila, que ainda hoje conserva a sua beleza arquitetural. Quem não conhece o Chafariz da vila de Caminha? Quem não o terá admirado de perto, reconhecendo a perfeição do seu traçado artístico, visto à distancia de centenas de anos?

Aqui fi ca a minha sugestão para um futuro passeio. Não se arrependerá quem a Caminha for…

Não sei…Só quero entender a vidaOs dias que vão passando Deixando no trilho do tempoO trilho da incompreensão…

Ser sem ser…Ser e entenderA virtude da integridadeDa humanidade

Procura sem limites De conhecimentosDos limites da razão.Razão das coisas?Legítima comparação?

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16 15 e 30 Outubro 2016 (Inclui 30 Novembro 2016)

MIRANTEDOALTO MINHO

REGISTO QUINZENALDE FIGURAS E FACTOS

Coordenação de MATIAS DE BARROS

“O Vianense” - Nº. 59715 e 30 Outubro 2016

(inclui 30 de Novembro 2016)

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JOAQUIM CORREIA

Capela de São Roque Senhor do Bonfi m - São Roque

VILA DE DARQUE

O culto ofi cial do mesmo só se estabeleceu na Peste Grande de 1569, e quando esta deixou de açoitar a Europa foi anexada uma outra grande peste a que se deu

o nome de Cólera Mórbus. Rapidamente, o santo foi venerado como santo protetor e em 1832 corria “ A novena do glorioso S. Roque por ocasião da epidemia Cólera Mórbus, no Ano 1832. Oferecida e celebrada pela Real Irmandade de S. Roque de Lisboa, sendo seu Provedor Perpétuo El-Rei nosso Senhor D. Miguel”.

Curioso salientar que Joaquim Gonçalves Areias, adquiriu um S. Roque antigo, em madeira, com cerca de 80 cm de dimensão, herdado de sua mãe Rosa Domingues de Oliveira (Beatos) casada com Manuel Gonçalves Areias residentes que foram no Largo da Fontinha, em Darque. O santo, e relíquia de família, encontra-se na posse da fi lha residente em Vila Nova de Gaia.

O São Roque de Darque, ainda hoje é muito procurado para feridas e mordeduras de animais. Aos pés tem um cão, cuja língua no dizer do povo é “ Benta “, e possui uma cabaça dependurada no cajado.

Atualmente, a Capela apresenta bom estado de conservação.

RESGATE DA MEMÓRIAFlávio Damásio de Paula

Escritor e Presidente da Associação dos Moradores da Graça

Conforme atesta este livro, Diogo Álvares Corrêa, o célebre Caramuru, que sobreviveu a um naufrágio na costa do Rio Vermelho, foi o primeiro branco a

fi xar-se e prosperar numa comunidade indígena brasileira. Precursor da miscigenação étnica baiana, deixou numerosa descendência mameluca. Com uma das nativas, a índia Paraguassú, protagonizou um idílio digno de um bom fi lme de aventura e romance, com direito a batizado e casamento na França. Líder incontestado, tornou-se um interlocutor poderoso entre os tupinambás e os europeus. Primeiramente atuou nas questões do comércio de escambo do pau-brasil com os franceses e, depois, nos assuntos de ordem política e administrativa com os colonizadores portugueses. Além de participar da escolha do local para a primeira capital brasileira, arregimentou os índios que trabalharam na construção da Cidade do Salvador.

Foi também um elo de vital relevância para os jesuítas na missão da catequese do gentio.Caramuru foi quem construiu o primeiro templo católico no Brasil, a ermida em louvor à Nossa Senhora da Graça.

Ergueu-a para atender um pedido da esposa, Catharina Paraguassu, a índia convertida ao catolicismo que sonhou

A OBRA GRANDIOSA DO CÉLEBRE VIANENSE DIOGO ÁLVARES CORRÊA, O CARAMURU -DESCOBRIDOR DO RIO VERMELHO, CO-FUNDADOR DE SALVADOR, PATRIARCA DA BAHIA (BRASIL)

com a Virgem Santíssima. Confi rmado o milagre do sonho, a capela transformou-se no primeiro local de romarias da colónia portuguesa.

Homem de origem misteriosa e vida marcada por peripécias rocambolescas, Caramuru inseriu-se na história por participar de alguns fatos marcantes, dentre eles o de garantir o desembarque, em segurança, das comitivas do donatário da Capitania da Bahia de Todos os Santos e do primeiro governador-geral do Brasil.

Notabilizou-se ainda pela lealdade devotada ao dovo indígena, que o transformou num mito. Enfi m, o Caramuru ocupa lugar de destaque na galeria dos grandes personagens do século XVI.

Este livro é a primeira obra que surge na bibliografi a brasileira centrada exclusivamente em Caramuru. Trata-se de um trabalho primoroso e enxuto, desenvolvido com encadeamentos por uma lógica muito próxima à realidade histórica. O autor não descambou para a literatura romanceada e cheia de fantasias irracionais. Devemos esse legado ao historiador do Rio Vermelho, Ubaldo Marques Porto Filho, pesquisador sério e honesto, que mergulhou nas águas do mar de Caramuru para trazer à tona, com propriedade, a saga de um aventureiro de chegada ruidosa à terra dos tupinambás. Caramuru escapou da antropofagia para se transformar num semideus, traçando de forma espetacular sua trajetória no Novo Mundo.

(Extrato da obra “DIOGO ÁLVARES, O CARAMURU”, da autoria do Ubaldo Marques Porto Filho, facultado ao jornal “O Vianense” pela poetisa Linda Coelho e marido Amaro Rosa, de Viana do Castelo. Na Praça da República, desta cidade, existe um monumento em granito, da autoria do escultor José Rodrigues, em homenagem a Caramuru e à sua esposa índia Paraguassu).

Cemitério de Vila de PunheNos dias de Todos os Santos e de Fiéis Defuntos, o cemitério de Vila de Punhe

esteve repleto de pessoas e de fl ores, de orações impregnadas de saudades e de lágrimas, pelos entes queridos a quem a morte levou.

Estavam ali, todos, reduzidos ao imenso silêncio que só a redenção prometida poderá alterar. Redenção que una as almas aos corpos, como neste mundo andamos. Presidiu às cerimónias religiosas o novo Reitor desta paróquia, Pe. Pablo Adriano Brito Pereira de Lima, acolitado pelo Pe. Alípio Rodrigues Torres. M. de B.