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Um estudo sobre a Teoria das Inteligências Múltiplas Letícia Gomes Rodrigues Graduação em Licenciatura em Ciências Exatas Matéria: Psicologia da Educação II Professor: José Fernando Fontanari Universidade de São Paulo 1

Um estudo sobre a Teoria das Inteligências Múltiplas Leonhard Euler ... frases. Sistemas

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Um estudo sobre a Teoria das Inteligências Múltiplas

Letícia Gomes Rodrigues Graduação em Licenciatura em Ciências Exatas Matéria: Psicologia da Educação II Professor: José Fernando Fontanari Universidade de São Paulo

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Índice Resumo………………………………………………………………………………………......3 Introdução…………………................................................................................................3 O que é inteligência?........................................................................................................3 As inteligências múltiplas……………………………………………………………..………..6 Os estágios de desenvolvimento das inteligências…………………………….………….10 A escola segundo Gardner…………………………………………………....……………...10 A avaliação…………………………………………………………………….……………….11 Conclusão…………………………………………………………………………..…………..12Referências Bibliográficas…………………………………………………………………….13

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Resumo

O presente trabalho visa fazer um estudo sobre as inteligências propostas por Howard Gardner, iníciando com uma pequena discussão sobre o que é inteligência, passando pela definição de Gardner e finalizando com a aplicação do conceito na educação. Introdução

Howard Gardner é psicólogo, começou sua pesquisa há mais de 20 anos. Em um de seus trabalhos, no qual ele verificou em veteranos de guerra americanos o que eles tinham preservado apesar das sequelas de combate, ele notou que por mais que as pessoas tivessem perdas físicas e intelectuais, por causa de lesões cerebrais, elas preservavam muitas capacidades intactas, e por meio dessas capacidades era possível estimular as possibilidades de realização nas áreas afetadas.

Em 1983 publicou seu livro Frames of Mind (No Brasil com o título de Estruturas da Mente), no qual expôs a Teoria das Inteligências Múltiplas. Após isso houve grande repercussão, muitos questionamentos e palestras, e desde então Gardner publicou outras obras como complemento do estudo sobre a Teoria.

A proposta de Gardner trouxe muitas mudanças, inclusive no âmbito da educação, pois trouxe um novo conceito de inteligência. O que é inteligência?

Inteligência é um termo que pode ser definido de formas diferentes, e até hoje é difícil encontrar um consenso. A palavra vem do Latim intellectus, de intelligere = inteligir, entender, compreender. Composto de íntus = dentro e lègere = recolher, escolher, ler.

Com uma rápida busca no Google, apenas com a palavra “inteligência” o primeiro resultado que é retornado é: “inteligência1 substantivo feminino 1.faculdade de conhecer, compreender e aprender. 2.capacidade de compreender e resolver novos problemas e conflitos e de adaptar­se a novas situações. 3.conjunto de funções psíquicas e psicofisiológicas que contribuem para o conhecimento, para a compreensão da natureza das coisas e do significado dos fatos. ‘a doença afetou a sua i.’

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4.modo de interpretar, de julgar; interpretação, juízo. 5.p.met. indivíduo de grande inteligência; sumidade. 6.harmonia, entendimento recíproco. ‘viver em boa i.’ 7.acordo ou combinação secretos; maquinação, conluio.”

São muitas as definições. A inteligência foi definida e redefinida diversas vezes através dos tempos, porém atualmente temos dois consensos mais amplamente aceitos. O primeiro:

"Os indivíduos diferem na habilidade de entender ideias complexas, de se

adaptarem com eficácia ao ambiente, de aprenderem com a experiência, de se

engajarem nas várias formas de raciocínio, de superarem obstáculos mediante o

pensamento. Embora tais diferenças individuais possam ser substanciais, nunca

são completamente consistentes: o desempenho intelectual de uma dada pessoa

vai variar em ocasiões distintas, em domínios distintos, a se julgar por critérios

distintos. Os conceitos de 'inteligência' são tentativas de aclarar e organizar esse

conjunto complexo de fenômenos."

Segundo o relatório de Intelligence: Knowns and Unknowns, em 1995

O segundo consenso, a segunda definição de inteligência, foi assinada por

cinquenta e dois pesquisadores em inteligência, em 1994:

"uma capacidade mental bastante geral que, entre outras coisas, envolve a

habilidade de raciocinar, planejar, resolver problemas, pensar de forma abstrata,

compreender ideias complexas, aprender rápido e aprender com a experiência. Não

é uma mera aprendizagem literária, uma habilidade estritamente acadêmica ou um

talento para sair­se bem em provas. Ao contrário disso, o conceito refere­se a uma

capacidade mais ampla e mais profunda de compreensão do mundo à sua volta ­

'pegar no ar', 'pegar' o sentido das coisas ou 'perceber' uma coisa."

Essa definição vem de Mainstream Science on Intelligence

Temos também o que dizem:

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Herrnstein e Murray: "...habilidade cognitiva".

Sternberg e Salter: "...comportamento adaptativo orientado a metas".

Saulo Vallory: "...habilidade de intencionalmente reorganizar informações

para inferir novos conhecimentos".

Já, segundo Gardner:

“Inteligência é a habilidade para resolver problemas ou criar produtos que sejam

significativos em um ou mais ambientes culturais”.

Com essa definição torna­se inútil fazer indagações comuns como:

“Quem foi mais inteligente: Einstein ou Pelé? Beethoven ou Gandhi? Michelangelo ou

Shakespeare?”

Não pode haver comparação, pois os âmbitos de atuação são completamente

diferentes. Provavelmente a resposta que vem à mente de muitas pessoas para a

primeira pergunta é Einstein. Por quê? Porque a inteligência lógico­matemática é a que

grande parte das pessoas, inclusive Piaget, consideram como inteligência. Mas será

que se Einstein estivesse no lugar de Pelé, ou estivesse no mesmo campo de atuação,

ele teria o mesmo desempenho e também se tornaria um ícone como Pelé no futebol,

ou ele próprio na Física? Poderia tem um bom desempenho, mas provavelmente não o

mesmo. Segundo Gardner:

“Poucos gênios são gênios em tudo. Einstein era um gênio matemático,

Shakespeare era um gênio linguístico. Nós temos todos os potenciais, mas alguns

são mais desenvolvidos”

Isso nos leva a outra questão: A inteligência pode ser medida? Alfred Binet, a

pedido de diversos pais que queriam saber se era possível prever o sucesso e o

fracasso das crianças nas séries primárias, criou o teste de inteligência cujo o

resultado, conhecido por Q.I. (quociente de inteligência), seria a medida da inteligência.

O teste fez tanto sucesso nos estados unidos, que na 1º guerra mundial, mais de 1

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milhão de recrutas foram selecionados por meio do teste. Atualmente sabe­se que o

teste avalia a capacidade de raciocínio lógico, e não a inteligencia em sim, que é muito

mais complexa.

As inteligências múltiplas

Para nortear o que seria chamado de inteligência Gardner utilizou, entre outros,

os seguintes critérios:

Isolamento potencial por dano cerebral: Determinada inteligência pode ser

identificada apesar de lesão cerebral;

Existência de indivíduos excepcionais e prodígios: Pessoas que apresentam

isolamento de uma inteligência (alguns considerados deficientes mentais, ou

com síndromes) e a manifestam de forma ostensiva, ou pessoas que

demonstrem a(s) inteligência(s) de maneira altamente desigual em relação ao

outros, indivíduos precoces ou prodígios;

Conjunto de operações indentificáveis: Mecanismos de informações que possam

lidar com tipos de entendimento específicos.

A teoria das inteligências não atribui maior ou menor valor para uma ou outra

inteligência, diferentemente do que ocorre no formato atual da educação e mercado de

trabalho, em que as inteligências lógico­matemática e linguística são mais valorizadas

pela sociedade.

Gardner foi influenciado por Piaget, porém divergiu dele em muitos pontos.

Piaget acreditava que o desenvolvimento infantil poderia ser comparado a uma linha

reta, e crianças de mesma faixa etária estariam em geral no mesmo estágio e

possuiriam as mesmas características. Para Gardner crianças de determinada faixa

etária poderiam estar em diferentes níveis de desenvolvimento em diversas áreas de

conhecimento, variando conforme tendências biológicas vinculadas a estímulos

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culturais e experiências infantis capazes de estimular e potencializar uma das

inteligências.

A teoria de Gardner difere em vários pontos em relação as outras teorias sobre

inteligência, tais como a base biológica, ou seja, a maneira como o cerebro evoluiu, se

organiza, se desenvolve e seus aspectos físicos e fisiológicos; o componente

desenvolvimentista, ou seja, cada indivíduo pode possuir diferentes formas de estímulo

e cada inteligência pode se desenvolver de forma relativamente independente de outra;

a ênfase na cultura, pois a cultura favorece o desenvolvimento de uma ou outra

inteligência, o valor que a sociedade dá para certa inteligência pode muitas vezes

definir o futuro de muitas pessoas; a criatividade e superdotação, em que o conceito de

superdotado muda, pois refere­se a indivíduos que podem ser extremamente dotados

em uma área e não em todas; a organização vertical das faculdades mentais, ou seja,

a possíbilidade de uma pessoa ter um nível alto numa inteligência e baixo em outra,

diferente da organização horizontal proposta por Piaget, em que determinadas faixas

etárias estão em determinados níveis.

As inteligências teorizadas por Gardner inicialmente eram 7, porém

posteriormente foram acrescentadas mais 2, totalizando 9 inteligências, que são:

1) Lógico­matemática:

Trata­se da sensibilidade para padrões, ordem e sistematização. Habilidade

para lidar com uma linha de raciocínio, levantar hipóteses, trabalhar com manipulação

de símbolos. Mais presente em matemáticos, físicos e diversas pessoas que lidam com

raciocínios lógicos e matemática. Personalidade famosa com esse tipo te inteligência:

Einstein, Leonhard Euler

2) Linguística:

Sensibilidade para o significado das palavras e funções da linguagem,

sensibilidade para usar a linguagem de forma apropriada para transmitir ideias.

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Facilidade para aprender idiomas. Mais presente em poetas, escritores e diversar

pessoas que usam a linguagem de forma efetiva. Personalidade famosa com esse tipo

de inteligência: Machado de Assis, Shakespeare.

3) Espacial:

Percepção do mundo visual e espacial, pensar de maneira tridimensional, criar,

transformar e modificar imagens, se localizar e localizar objetos no espaço. Mais

presente em arquitetos, escultores, navegadores e diversas pessoas que operam com

o espaço. Personalidade famosa com esse tipo de inteligência: Oscar Niemayer,

Michelangelo, Aleijadinho.

4) Corporal­cinestésica (ou físico­cinestésica):

Capacidade de controlar o corpo de forma fina, com coordenação, precisão e

habilidade. Mais presente em atletas, dançarinos e diversos artistas. Personalidade

famosa com esse tipo de inteligência: Pelé, Ana Botafogo.

5) Interpessoal:

Capacidade de interagir de forma efetiva com outras pessoas, responder

apropriadamente aos temperamentos, humores, motivação, compreender e motivar.

Mais presente em políticos, vendedores, professores, líderes e diversar pessoas que

trabalham com motivação. Personalidade famosa com esse tipo de inteligência: Freud,

Gandhi,

6) Intrapessoal:

Capacidade de entender a si mesmo, lidar com seus desejos e sonhos,

direcionar a própria vida de forma efetiva. É o correlativo interno da inteligência

interpessoal.

7) Musical:

Habilidade para produzir e apreciar ritmos, tocar instrumentos e compor.

Personalidade famosa com esse tipo de inteligência: Mozart, Beethoven.

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8) Natural:

Sensibilidade com a natureza, para o entendimento da mesma e

desenvolvimento de habilidades biológicas. Personalidade famosa com esse tipo de

inteligência: Charles Darwin, Richard Dawkins.

9) Existencial:

Capacidades filosóficas, refletir sobre a existencia e a vida. Personalidade

famosa com esse tipo de inteligência: Nietzsche, Descartes. Segundo Gardner, nós trabalhamos com todas as inteligências e geralmente

temos duas mais desenvolvidas e uma menos. Também diz que até tarefas simples

fazem uso de pelo menos duas inteligências. Nota­se que muitos matemáticos eram

filósofos, como por exemplo Descartes e Pitágoras, muitas pessoas acreditam que

pode­se entender a matemática através da filosofia. Assim também como

Michelangelo, que era Arquiteto, mas também poeta. E temos Leonardo da Vinci que

se destacou como o cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor,

escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico.

Vale citar também que as inteligências interpessoais e intrapessoais se

enquadram no conceito proposto por Daniel Goleman, de que teríamos uma

inteligência emocional.

Um ponto muito importante da teoria de Gardner é a influência da cultura, pois a

criança aprimorará as inteligências que demonstrem ser mais eficazes no desempenho

das atividades que são consideradas mais valiosas para sociedade em que ela está

inserida, por exemplo, uma cultura que valoriza a linguística provavelmente terá um

número maior de indivíduos que atingirão uma produção de alto nível, o mesmo ocorre

para a lógica­matemática e outras inteligências. Nesse ponto é relevante falar da

extrema importância da escola e da educação.

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Os estágios de desenvolvimento das inteligências

Segundo Gardner as inteligências se desenvolvem numa escala de 4 estágios:

Habilidade de padrão cru: é a chamada “inteligência pura”, predominante no

primeiro ano de vida, onde os bebês recebem diversas informações, mas ainda

não são capazes de manifesta­las.

Estágio de sistemas simbólicos: A inteligência começa a se revelar através dos

simbolos, ocorre aproximadamente dos 2 aos 5 anos de idade. A criança passa

a manifestar as informações através de desenhos, danças, gestos, canções,

frases.

Sistemas notacionais (ou de segunda ordem): O desenvolvimento progride em

conjunto com o sistema simbólico e então a inteligência é representada num

sistema notacional, ou seja, através de leitura, desenhos de mapas e plantas,

notação músical, sistemas basicamente dominados no ambiente formal de

educação.

Realização em campo específico: A partir da adolescência e fase adulta as

atividades são variadas e as inteligências são expressadas através das quais há

tempo dedicado, tanto como passatempo ou atividade profissional.

A escola segundo Gardner

Cada indivíduo possui um estilo de aprendizagem diferente, de acordo com seu

perfil, por exemplo, se a criança é principalmente liguística ela aprende de uma forma

diferente de uma criança que é principalmente cinestésica, já que uma aprende melhor

pensando em palavras e outra atráves de sensações.

Se as pessoas possuem perfis cognitivos tão diferentes, as escolas não

deveriam oferecer uma educação padronizada, e sim procurar oferecer uma educação

que atendesse o potencial individual de cada um. Sabemos também que é impossível

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alguém tomar posse de um conhecimento universal, então há necessidade de limitar a

variedade de conteúdos e a enfâse, e que isso seja de escolha de cada um, de acordo

com suas preferências, para favorecer seu perfil intelectual. Se um aluno possui uma

melhor desenvoltura com leitura e escrita é possível utilizar esses recursos na aula de

matemática para que ele aprenda a disciplina mais facilmente. Assim como podem ser

utilizados games e plataformas adaptativas, afinal o que importa é o contexto no qual

meu aluno está inserido que fará a diferença na sua aprendizagem e não o cerebro

dele propriamente dito.

Muitos concordam que o papel da escola é formar o cidadão, e ela deve

sobretudo preparar os alunos para o que enfrentarão nas vidas, sem contudo deixar de

oferecer amplas possibilidades de realização em todos os campos, ou seja, as

disciplinas devem possuir a mesma importância e peso, diferentemente do que é

comumente visto nas escolas.

Não é possível tratar o currículo escolar como se pudesse haver uma fórmula

para resolver tudo, mas devemos iniciar uma discussão qualitativa em torno dos

componentes do currículo e seus resultados de aplicação, valorizando o que há de bom

e trabalhando com o potencial existente. A aprendizagem deve ser direcionada para a

compreensão ampla de ideias, e isso pode ser obtido através da interdisciplinaridade,

onde o professor seria um elemento mediador de conhecimento, considerando os

variados potenciais de cada aluno. Ainda há um longo caminho a ser percorrido para

que isso ocorra, a começar pela formação dos professores que deve mudar para que

ele entenda as novas formas de ensinar e políticas públicas.

A avaliação

Gardner se preocupou com as crianças que não tinham bons desempenhos em

testes padronizados, e por isso eram tratadas como se não fossem inteligentes ou não

possuíssem talentos. Para Gardner há uma diferença muito grande entre o que é

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chamado de avaliação atualmente e o que ele considera avaliação. Atualmente o que é

chamado de avaliação nada mais é do que uma testagem, onde são obtidas

informações sobre as habilidades dos alunos com instrumentos formais administrados

de forma neutra e sem levar o contexto em consideração. Já a avaliação em si trata­se

da obtenção de informações sobre as habilidades durante as atividades do dia a dia,

favorecendo o progresso constante.

A avaliação deve ser coerente e fazer jus a inteligência que será avaliada, e o

professor deve ter em mente o que deseja no final do processo de avaliação. Também

deve­se tomar o cuidado de não utilizar como base instrumentos com o quais os alunos

não estão habituados, pois isso causará surpresa e será prejudicial ao processo, que

provavelmente retornará um resultado distorcido. A avaliação deve também ser

apropriada ao nível de desenvolvimento da criança, que deve ser de conhecimento do

professor antes da avaliação. É essencial que as diferentes inteligências e estilos de

aprendizagem sejam levadas em conta, por exemplo, se o instrumento de avaliação

sempre é a escrita, independente do conhecimento que está sendo avaliado, alguns

alunos que podem se expressam melhor oralmente deixarão a desejar se o tipo de

avaliação não for compatível com o tipo de conhecimento que está sendo avaliado.

Faz­se necessário também fazer com que a situação de avaliação se mostre

interessante para o aluno, de modo a despertar o desejo de participação e não deixar

os alunos amedrontados. E por fim, a avaliação não deve ser utilizada apenas para

obter informações sobre o aluno, mas também para beneficiá­lo com a melhoria do seu

aproveitamento. A avaliação não deve ser tratada como objetivo final, mas como meio

pelo qual se retiram informações para benefício do aluno e do professor, para melhoria.

Conclusão

Todos os seres humanos possuem potenciais diferenciados, que muitas vezes

não são explorados de forma a favorecer seu desenvolvimento. Justamente pelo fato

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das pessoas apresentarem perfis diferentes é que os papéis e posições da sociedade

são preenchidos.

A educação deveria garantir que cada pessoa pudesse maximizar o seu

potencial, trazendo a interdisciplinaridade para o meio, para que todas as inteligências

sejam beneficiadas e usadas em conjunto para desenvolver melhor a que está mais

fraca. O meios de aprendizagem diferem de acordo com os tipos de inteligência

necessários para uso adequado, portanto a adequação dos métodos de ensino aos

perfis específicos dos alunos é fundamental para que as diferenças de perfis não sejam

uma barreira para o aprendizado.

Ninguém é capaz de aprender tudo sobre todos os conhecimentos, portanto o

currículo deveria ser revisto de forma a criar um núcleo de conhecimentos que forme o

cidadão e o prepare para a vida.

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