Upload
lenhan
View
214
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Um sistema de alerta precoce contra as secas e a desertificação no semiárido brasileiro.
MCTI e SEDR/MMA
III Reunião Técnica do CEMADENFortaleza, abril 2012
Coordenadores: Francisco Campello (MMA)Marcos Santana (MMA)Javier Tomasella ([email protected])Regina Célia dos Santos Alvalá ([email protected])
Consultores: Adriana Affonso ([email protected])Giane de Fátima Valles ([email protected])Marcelo Francisco Sestini ([email protected])Pérola Calil ([email protected])
Colaboradores: Rita Marcia S. P. Vieira ([email protected])Sebastião Ferraz-Neto ([email protected])Ana Paula M. do A. Cunha ([email protected])Vanessa Canavesi ([email protected])Poliana Bispo ([email protected])Paulo Gurgel ([email protected])
Analista de Sistemas: Angela Harada ([email protected])
Contexto geográfico
Aridez
O Índice de Aridez (Precipitação /
Evapotranspiração Potencial),
estabelece as seguintes classes
climáticas:
•Hiper-árido < 0,03
•Árido 0,03 - 0,20
•Semi-árido 0,21 - 0,50
•Sub-úmido seco 0,51 - 0,65
•Sub-úmido úmido> 0,65
Desertificação
A Agenda 21, em seu capítulo 12, definiu a desertificação como sendo "a
degradação da terra nas regiões áridas, semi-áridas e sub-úmidas secas,
resultante de vários fatores, entre eles as variações climáticas e as atividades
humanas”.
Que é desejável em um sistema de alerta precoce?
•Deve prover as bases técnicas necessárias para a
formulação de estratégias de redução de desastres e na
formulação de ações em todos os níveis de governo e nas
organizações sociais, bem como servir de fonte de
informação para a sociedade.
• Deve permitir a integração e assimilação de dados
espaciais e temporais, sejam de caráter bio-geofísicos,
sejam de caráter sócio-econômicos, nas mais variadas
escalas temporais e espaciais.
Elementos necessários no sistema
•Módulo de monitoramento e análise (modelos de frustração desafra, de previsões de tempo e clima sazonal, vegetação, de balançohídrico e hidrológico, integrados em um SIG)
•Módulo de análise de risco (mapas de vulnerabilidade indicandoáreas de risco)
•Módulo de disseminação de informações (listas de emails,boletins, relatórios, etc)
•Módulo de apoio à tomada de decisões (mapas de análise de risco,cenários de situações de emergência, ações de contingência eresposta)
A desertificação no Brasil
•Apesar dos avanços na área de monitoramento e previsãode secas, a área de desertificação apresenta resultadosmuito incipientes.
•Procedimentos de avaliação do processo de desertificaçãosão empíricos, de aplicação muito restrita, e focados muitasvezes nos sintomas e não nos drivers (promotores) doprocesso.
•Análise temporal é ainda muito limitada, e a regionalpraticamente inexistente.
Um sistema de alerta precoce para o semiárido Brasileiro
A metodologia proposta baseia-se na identificação de IndicadoresRegionais de Desertificação (RDIs) e Áreas Ambientalmente Sensíveis(ESAs), através de uma análise multifactorial simultânea, baseada numconhecimento geral e local dos processos atuantes.
Para tal fim, usam-se informações disponíveis, incluindo imagens desatélite, informação topográfica (mapas e Modelos Digitais de Terreno –DEMs), clima, solos e informação sobre a geologia, cobertura vegetal efatores socioeconômicos, incluindo padrões de usos da terra.
Atribuem-se pesos a cada um dos fatores determinantes do processo dedegradação, o quais combinados resultam em um índice que indica asusceptibilidade de ocorrência de desertificação
Um sistema de alerta precoce para o semiárido Brasileiro
Para esse fim, informações físicas, biológicas e sócio ambientaisintegradas em um SIG.
AltimetriaGeologiaGeomorfologiaSolosInformações sócio econômicas, Vegetação…….
Foco desta abordagem é na identificação dos precursores do processo de desertificação, mas do que na detecção do processo quando ele está instalado (uso de sensores remotos)
Como se define o índice de susceptibilidade à desertificação?
DSI = Índice de sensibilidade à desertificação= (CQI*VQI*SQI*MQI)1/4
CQI = Índice de qualidade climática = Índice de aridez
SQI = Índice de qualidade do solo = (Material originário * Profundidade * Textura * Declividade)1/4
VQI = Índice de qualidade da vegetação = Classificação da vegetação= (Proteção contra erosão * Resistência à seca * Tipo de vegetação * Risco de queimadas)1/4
MQI = Índice de qualidade do manejo = (Intensidade do uso da terra * Política de proteção)1/2
A desertificação no Brasil
A maior restrição neste tipo de abordagem para o semiárido brasileiro
é a escala da informação básica, geralmente grosseira, muitas vezes em
escalas diferentes, com projeções geográficas diferentes. Isto impede o
cruzamento destas informações de uma maneira coerente.
Sendo assim, os dados básicos dos mapas de Geologia, Geomorfologia,
Solos, etc, disponíveis para o semiárido precisam ser compatibilizados e
refinados para que possam ser gerados índices de sensibilidade.
Para tal fim é necessário a reinterpretação de dados preexistentes em
diversas escalas, a partir de edição vetorial das quebras positivas e
negativas de relevo (feições onde muda a declividade do terreno e ocorrem
os contatos geológicos e geomorfológicos) geradas automaticamente, por
exemplo, a partir de dados SRTM.
Mapas de Referência: Geomorfologia Projeto RADAM BRASIL escala 1:
1.000.000
Dados SRTM (altimetria, declividade, perfil vertical, imagens sombreadas)
Imagem sombreada/GeomorfologiaRADAM
Imagem sombreada – linhas ajustadas de classes (unidades
geomorfológicas) a partir de dados SRTM
O que é a reinterpretação de bases de dados existentes?
O que esta sendo feito
•Reinterpretar mapas de Geologia a 90 m
•Reinterpretar mapas de Geomorfologia a 90 m
•Reinterpretar mapas de Solos a 90 m
•Reinterpretar mapas de Vegetação a 90 m
Mapas finalizados - geologia, geomorfologia,
pedologia, uso/cobertura da terra.
- Maranhão
- Ceará
- Rio Grande do Norte
- Paraíba
- Alagoas
- Pernambuco
- Piauí – em interpretação
SAP_CE - 2010
Base de dados – Mapas de
Referência
ProVeg – Projeto de Vegetação
(INPE) – ano base 2000
PROBIO – Projeto de
Biodiversidade (MMA) – ano
base 2002
Google Earth
Chave de Interpretação - CE
SAP_CE - 2010
COMPONENTE GEOLOGIABase de dados – Mapas de
Referência
CPRM (Companhia de Pesquisa
de Recursos Minerais
SAP_CE - 2010
COMPONENTE
GEOMORFOLOGIA
Formas de origem estrutural:
St – tabulares
SEpt – patamares
Formas de origem degradacional:
Et – tabular erosiva
Ep – pediplanos
Formas de acumulação:
Apf – planície fluvial
Atf – terraço fluvial inconsolidado (com aluvião)
Modelados de dissecação:
drv – forte dissecação em ravinas
dc – colinas fracamente dissecadas
SAP_CE - 2010
Componente Pedologia –
CE
LEGENDA CLASSES DE SOLOS
LVd LATOSSOLO VERMELHO AMARELO Distrófico
LVe LATOSSOLO VERMELHO AMARELO Eutrófico
PV PODZÓLICO VERMELHO AMARELO
PE
PODZÓLICO VERMELHO AMARELO EQUIVALENTE
EUTRÓFICO
TRe TERRA ROXA ESTRUTURADA SIMILAR
BV BRUNIZÉM AVERMELHADO
NC BRUNO NÃO CÁLCICO
PL PLANOSSOL SOLÓDICO
CE CAMBISSOLO
SS SOLONETZ SOLODIZADO
SK SOLONCHAK SOLONÉTZICO
SM SOLOS INDISCRIMINADOS DE MANGUES
Ae SOLOS ALUVIAIS Eutróficos
Re SOLOS LITÓLICO Eutrófico
Red SOLOS LITÓLICO Distrófico
REd REGOSSOLO Distrófico
REe REGOSSOLO Eutrófico
AQd SOLOS ARENOQUARTZOSOS PROFUNDOS Distróficos
Cruzamento dos temas: geologia,
geomorfologia, pedologia e
uso/cobertura
CRUZAMENTO TEMAS
Geologia
Uso e Cobertura da Terra
Geomorfologia
Pedologia
Crepani et al. 2001
Vegetação
Para cada tema devem ser atribuídos pesos (Crepani et al. 2001; Ribeiro e Campos, 2007)
para cada uma das classes interpretadas e ajustadas.
Solos
Geomorfologia
Geologia
Geologia
Geomorlogia
Pedologia
Uso/CoberturaDeclividade
Para cada tema são atribuídos pesos (Crepani et al.
2001; Ribeiro e Campos, 2007) para cada uma das
classes interpretadas e ajustadas.
Fatiamento da vulnerabilidade à degradação do solo
Crepani et al. 2001
Resultado do Fatiamento da vulnerabilidade à degradação do solo
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RIBEIRO, F.L.; CAMPOS, S. Vulnerabilidade à erosão do solo da Região do Alto Rio Pardo, Pardinho, SP.
Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental. v.11, n.6, p.628–636, 2007.
CREPANI, E.; MEDEIROS, J.S.; HERNANDEZ FILHO, P.; FLORENZANO, T.G.; DUARTE, V.;
BARBOSA, C.C.F. Sensoriamento remoto e geoprocessamento aplicados ao Zoneamento Ecológico-
Econômico e ao ordenamento territorial. São José dos Campos: INPE, 2001. (INPE-8454-RPQ/722).
VALLES, G. F. Sensoriamento remoto e geoprocessamento aplicados à geração de uma carta de
vulnerabilidade natural à perda de solo. 1999. 161 p. (INPE-14830-TDI/1270). Dissertação (Mestrado em
Sensoriamento Remoto) - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, São José dos Campos, 1999. Disponível
em: http://urlib.net/sid.inpe.br/mtc-m17@80/2008/03.12.14.25>. Acesso em: 28 mar. 2012.
CREPANI, E.; MEDEIROS, J. S.; AZEVEDO, L. G.; HERNANDEZ FILHO, P.; FLORENZANO, T. G.;
DUARTE, V. Curso de sensoriamento remoto aplicado ao zoneamento ecológico-econômico. São José dos
Campos: INPE, 1996. 24 p. Metodologia desenvolvida para subsidiar o Zoneamento Ecologico-Economico e
capacitar os tecnicos dos Estados da Amazonia Legal (Convenio SAE/INPE). (INPE-6145-PUD/82).
Disponível em: <http://urlib.net/sid.inpe.br/sergio/2004/05.13.15.34>. Acesso em: 28 mar. 2012.