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Uma análise dos resultados da Lei do Bem Com base nos dados do FormP&D Resumo executivo

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Uma análise dos resultados da Lei do BemCom base nos dados do FormP&D

Resumo executivo

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O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) edita publicações sobre diversas temáticas que impactam a agenda do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI).

As edições são alinhadas à missão institucional do Centro de subsidiar os processos de tomada de decisão em temas relacionados à ciência, tecnologia e inovação, por meio de estudos em prospecção e avaliação estratégica baseados em ampla articulação com especialistas e instituições do SNCTI.

As publicações trazem resultados de alguns dos principais trabalhos desenvolvidos pelo Centro, dentro de abordagens como produção de alimentos, formação de recursos humanos, sustentabilidade e energia. Todas estão disponíveis gratuitamente para download.

A instituição também produz, semestralmente, a revista Parcerias Estratégicas, que apresenta contribuições de atores do SNCTI para o fortalecimento da área no País.

Você está recebendo uma dessas publicações, mas pode ter acesso a todo o acervo do Centro pelo nosso site: http://www.cgee.org.br.

Boa leitura!

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Brasília – DF 2018

Uma análise dos resultadosda Lei do BemCom base nos dados do FormP&DResumo executivo

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© Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE)

Organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC)

PresidenteMarcio de Miranda Santos

DiretoresRegina Maria SilverioJoaquim Aparecido Machado

Edição/Maisa CardosoInfográficos/César Felipe Daher/Dara Costa RattesDiagramação/Dara Costa RattesProjeto gráfico/Núcleo de design gráfico do CGEE

Apoio técnico ao projeto/Tatiana Farias Ramos

Catalogação na fonte

C389PuUma análise dos resultados da Lei do Bem: com base nos dados

do FormP&D. Resumo Executivo. Brasília: Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, 2018.

60 p.; ilISBN: 978-85-5569-169-0 (eletrônico)

1. Apoio à inovação. 2. P&D. 3. Incentivos fiscais. I. CGEE. II. Brasil. III. Título.

CDU 336.027:167 (81)

Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), SCS Qd. 9, Torre C, 4º andar, Ed. Parque Cidade Corporate, Brasília, DF, CEP 70308-200 - Telefone: (61) 3424.9600, @CGEE_oficial / http://www.cgee.org.br

Todos os direitos reservados pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). Os textos contidos nesta publicação poderão ser reproduzidos, armazenados ou transmitidos, desde que citada a fonte.

Referência bibliográfica:CENTRO DE GESTÃO E ESTUDOS ESTRATÉGICOS - CGEE. Uma análise dos resultados da Lei do Bem: com base nos dados do FormP&D. Resumo Executivo. Brasília, DF: 2018. 60p.

Esta publicação é parte integrante das atividades desenvolvidas pelo CGEE no âmbito do 2º Contrato de Gestão firmado com o MCTIC.

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SupervisãoRegina Maria Silverio

Coordenação geralCeres Zenaide Barbosa Cavalcanti

Equipe técnica do CGEECarlson Batista OliveiraMárcia Soares R. Tupinambá

ConsultoresLucas Varjão MottaMonique Lohane Xavier Silva

Equipe técnica do MCTICAdriano Albeinaz GolebiowskiJorge Mário CampagnoloMaria Lúcia Ricci BardiFrancisco Silveira dos Santos

Uma análise dos resultados da Lei do Bem: Com base nos dados do FormP&D

Os textos apresentados nesta publicação são de responsabilidade dos autores.

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Colaboradores (participantes da 1a reunião)Alexandre Coelho Teixeira - MCTICEduardo Baumgratz Viotti - ConsultorFernando Augusto de Noronha Castro Pinto - UFRJFlávio José Marques Peixoto – IBGEJoão Alberto De Negri – IPEA

Colaboradores (participantes da 2a reunião)Fernando Augusto de Noronha Castro Pinto - UFRJFlávio José Marques Peixoto – IBGE

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Sumário

1. Uma análise dos resultados da Lei do Bem 7

1.1. Abrangência 9

1.1.1. Setorial 9

1.1.2. Regional 13

1.1.3. Porte da empresa 15

1.1.4. Conclusão 15

1.2. Produção 17

1.2.1. Resultado 18

1.2.2. Produto 29

1.2.3. Insumo 31

1.2.4. Conclusão 33

1.3. Ambiente Inovativo 35

1.3.1. RH 35

1.3.2. Parcerias 40

1.3.3. Equipamentos 45

1.3.4. Conclusões 49

2. Considerações finais 51

Referências 55

Siglas encontradas nesta publicação 57

Lista de gráficos 57

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Resumo executivo

1. Uma análise dos resultados da Lei do Bem

O objeto do estudo tratado na presente publicação corresponde a uma análise da Lei 11.196/2005 -

conhecida como Lei do Bem (BRASIL, 2005) e que dispõe sobre incentivos fiscais para a inovação -,

com um foco maior na evolução da utilização e abrangência desta legislação, isto é, no seu alcance

sob os aspectos regional, setorial e de porte de empresa. O estudo foi limitado aos dados fornecidos

pelas empresas demandantes desse benefício, ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e

Comunicações (MCTIC), por meio do preenchimento do FormP&D1 (BRASIL, MCTIC), conforme

artigo 14 do Decreto n.º 5.798, de 7 de junho de 2011 (BRASIL, 2006).

A referida legislação tem como finalidade induzir investimentos empresariais em Pesquisa e

Desenvolvimento (P&D). Os impactos esperados por meio dessa iniciativa são o estímulo e a

potencialização da inovação no setor produtivo, uma lógica consistente com fundamentação

científica, tal como o Manual de Frascati (OECD, 2015) propõe.

A Lei do Bem já foi atenção de estudos anteriores, em sua maioria com foco em questões fiscais e de

investimento, não havendo registro, entretanto, de avaliações que considerem os dados específicos

do FormP&D. O presente trabalho, por sua vez, expõe uma análise que utilizou esses dados e uma

abordagem com base em indicadores. Assim, trata-se de um estudo inédito, mas ainda preliminar, e

alinhado às metodologias de avaliações de políticas públicas sugerida por órgãos como o Ministério

do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPOG) (BRASIL, 2018) e o Tribunal de Contas da

União (TCU) (BRASIL, 2011).

1 Formulário para Informações sobre as Atividades de Pesquisa, Tecnologia e Desenvolvimento de Inovação Tecnológica nas Empresas (FormP&D).

Uma análise dos resultados da Lei do Bem Com base nos dados do FormP&D

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Destaca-se que a presente análise é fundamentada exclusivamente nos dados constantes na base do

FormP&D, limitando-se, portanto, ao universo das empresas que buscaram o benefício da lei no espaço

temporal de sua execução e cujas informações estavam disponíveis e consistentes no FormP&D. Essa

limitação impediu a avaliação do impacto da lei, visto que não há como criar uma linha de base

para tal finalidade, ou seja, um conjunto comparativo de informações, incluindo dados do mesmo

grupo de empresas registrados antes dos benefícios da lei e/ou de outro grupo de empresas que não

utilizaram a lei no mesmo espaço temporal. Dessa forma, o estudo não contemplou a construção

de indicadores de efetividade (análise de impacto) e focou nos indicadores que pudessem subsidiar a

análise de sua evolução, considerando as informações disponíveis no FormP&D.

Um dos pilares fundamentais descritos na Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação

(ENCTI) (BRASIL, 2017) é a “ampliação do financiamento para o desenvolvimento da CT&I2”, que

abrange, entre suas ações prioritárias, o “fortalecimento da Lei do Bem com a garantia de continuidade

do incentivo e do estímulo à adesão pelas empresas”.

Com base nos fundamentos da ENCTI e considerando a limitação prévia da análise, foram definidos,

na elaboração do presente estudo, alguns objetivos específicos que poderiam ser alcançados por

meio da Lei do Bem:

• crescimento da geração de atividades de P&D e empresas com propriedade intelectual, no âmbito da lei;• geração de atividades de P&D, no âmbito da lei, de forma abrangente, no que se refere às empresas (regional/setorial/porte/etc.) e às características das atividades de P&D (produto/processo e PB/PA/DE 3); e• crescimento de investimentos em recursos que possam estimular e potencializar a estru-tura de P&D da empresa, da região ou do País.

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Gráfico 1 – Evolução anual do número de empresas que demandam o benefício da Lei do Bem

Fonte: Elaboração própria.

Tendo em vista não haver, nas legislações sobre o tema, uma meta clara, um percentual ou um

número definido a serem buscados, para a verificação do alcance desses três objetivos, foi analisada

a evolução de indicadores, com base nos dados do período de 2011 - ou posterior, considerando o

primeiro ano em que o FormP&D dispunha da informação sobre a empresa - até 2017.

2 Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I).3 Pesquisa básica (PB); Pesquisa avançada (PA); Desenvolvimento experimental (DE).

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O número de empresas que buscam os benefícios da Lei do Bem vem crescendo, em média,

7% ao ano, como registrado de 2011 a 2017, conforme demonstrado no Gráfico 1. Vale destacar

as informações de dois anos neste período: a queda de 8%, em 2015, tendo a crise como um dos

prováveis motivos; e o crescimento recorde de 26%, em 2017. Este fato mostra que a lei vem sendo

cada vez mais utilizada pelas empresas.

Todavia, é necessário saber: i) se este crescimento alcança de forma abrangente os(as) diferentes

setores, regiões e perfis de empresa; ii) se há aumento também dos dispêndios e números de projetos

em P&D de todas estas empresas, analisando algumas características desta produção; e iii) se há

investimento na promoção de um ambiente mais inovativo.

Dessa forma, com foco nas questões colocadas, nos limites dados pelas informações disponíveis no

FormP&D e na confirmação de que o número de empresas vem aumentando, foi realizada uma

análise da Lei do Bem4 com base em três dimensões: a abrangência da lei em nível setorial, regional

e de porte relativo das empresas; a produção em termos de quantidade, insumos e valor dispendido;

assim como o ambiente inovativo gerado em termos de parcerias, equipamentos e equipes utilizadas

1.1. Abrangência

O foco dos indicadores da dimensão abrangência é analisar se a lei é demandada por todos os setores

e tipos de empresa, além de todas as regiões, entre outros aspectos. O objetivo desse conjunto de

indicadores é identificar se a lei é “eficaz” no sentido de sua abrangência. A atuação em todos esses

pontos mostra o alcance da norma e sua desconcentração e pode, ainda, indicar uma maior eficácia

da lei nos tópicos pontuados.

Entretanto, a lei impõe uma condição de que apenas as empresas que operam sob o regime tributário do

Lucro Real e que tiveram lucro no ano-base da solicitação do incentivo fiscal podem solicitar o benefício

desta legislação. Esse requisito pode contribuir para uma concentração de empresas de maior porte,

tendo em vista que o Lucro Real é mais adotado pelas médias e grandes empresas, uma vez que sua

apuração requer maiores controles, porém, com permissão de certas medidas aplicadas para a economia

de tributos.

Nas seções a seguir, é exposta uma análise dos dados da Lei do Bem, no que se refere à abrangência

setorial, regional e de porte de empresa.

1.1.1. Setorial

Dos 21 setores listados pela Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) (IBGE, 2007),

apenas três nunca tiveram empresas que demandaram benefícios da Lei do Bem desde 2011. São

eles: serviços domésticos (compreendem as atividades realizadas nos domicílios por empregados

contratados pelas famílias); organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais

(compreendem as atividades de enclaves diplomáticos ou similares); administração pública, defesa

e seguridade social (compreendem as atividades que, por sua natureza, são normalmente realizadas

4 Com base nas informações da demanda pelo seu benefício, que está limitado ao universo das informações do FormP&D

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pela administração pública). Como esses três setores não possuem perfis de investidores em Pesquisa

e Desenvolvimento (P&D), pode-se inferir, portanto, que a lei conseguiu alcançar todas as áreas com

potencial para investir em P&D.

Por outro lado, não é esperado que a lei aborde todos os setores igualmente, por diferentes motivos,

dos quais podem ser destacados alguns prováveis: alguns setores dependem mais da P&D para sua

sobrevivência que outros; falta conhecimento sobre este benefício; a crise econômica atinge os

diferentes setores de forma diferente e isso reflete em investimentos de risco, como são conhecidos

os investimentos em P&D.

Os dados do Gráfico 2 mostram que o setor de indústria de transformação concentra mais de 50%

das empresas que demandam pelos benefícios da Lei do Bem, em todo o período analisado. A

evolução anual expõe uma tendência leve de redução desse percentual em benefício da entrada ou

do aumento da participação de outros setores.

A liderança desse setor, ou mesmo sua tímida tendência de redução, também se reflete em todas

as regiões brasileiras, algumas de forma mais intensa, como Sul e Norte (Gráfico 5 e Gráfico 7), com

percentuais acima de 60%; e Sudeste, com percentuais acima de 50% (Gráfico 6). O Nordeste (Gráfico

4) apresenta essa liderança com intensidades em torno de 50% nos primeiros anos, baixando para

um percentual em torno de 40% nos últimos anos. A Região Centro-Oeste (Gráfico 3) foi a que

apresentou a menor intensidade da liderança desse setor, onde o percentual varia de 26% a 41%.

O segundo setor que lidera o número de empresas demandantes dos benefícios da lei é o de

informação e comunicação. Essa segunda liderança só não ocorre no Norte e Nordeste, onde este

setor perde apenas para eletricidade e gás.

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0.21

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2.02

2.02

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0.38

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0.19

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0

1.21

1.73

65.28

3.45

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4.23

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0.09

13.56

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2.16

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0.09

0

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1.66

61.56

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1.08

1.83

4.16

0.75

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15.89

3.16

0

2.25

2.58

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0.25

0.17

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0.08

0

0

1.45

1.17

55.92

4.61

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4.52

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0.09

18.16

3.97

0

2.62

2.53

0

0.72

0.36

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0.09

0

0

1.11

1.11

54.73

4.26

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5.2

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0

17.73

5.54

0

2.64

3.15

0

0.34

0.34

0.17

0.17

0

0

0.95

1.49

53.76

4.13

1.22

1.29

7.45

1.35

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15.3

5.96

0.07

2.37

3.45

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0.47

0.41

0.14

0.2

0

0

Ano-base

Seto

r

Indústrias de transformação

Informação e comunicação

Eletricidade e gás

Atividades profissionais, científicas e técnicas

Indústrias extrativas

Construção

Transporte, armazenagem e correio

Saúde humana e serviços sociais

Educação

Outras atividades de serviços

Artes, cultura, esporte e recreação

Alojamento e alimentação

Atividades imobiliárias

Administração pública, defesa e seguridade social

Serviços domésticos

Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais

Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação

Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura

Atividades administrativas e serviços complementares

Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados

Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas

Porcentagem (%)0 20 40 60

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Gráfico 2 – Percentual do número de empresas por setor

Fonte: Elaboração própria.

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2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Ano-base

Seto

rIndústrias de transformação

Informação e comunicação

Eletricidade e gás

Atividades profissionais, científicas e técnicas

Indústrias extrativas

Construção

Transporte, armazenagem e correio

Saúde humana e serviços sociais

Educação

Outras atividades de serviços

Artes, cultura, esporte e recreação

Alojamento e alimentação

Atividades imobiliárias

Administração pública, defesa e seguridade social

Serviços domésticos

Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais

Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação

Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura

Atividades administrativas e serviços complementares

Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados

Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas

Porcentagem (%)0 10 20 30 40

15.79

26.32

5.26

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5.26

5.26

0

21.05

15.79

5.26

0

0

0

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0

0

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11.76

41.18

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0

0

0

29.41

11.76

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40.91

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4.55

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0

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0

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27.27

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0

0

9.09

36.36

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4.55

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0

0

0

0

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0

4.55

31.82

4.55

0

4.55

8.57

37.14

5.71

2.86

2.86

2.86

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

20

8.57

0

8.57

2.86

4.08

0

32.65

6.12

2.04

2.04

10.2

2.04

0

30.61

6.12

0

0

0

0

2.04

2.04

0

0

0

0

1.49

1.49

31.34

5.97

1.49

20.9

0

0

0

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0

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0

0

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20.9

10.45

1.49

1.49

2.99

Gráfico 3 – Percentual do número de empresas por setor, na Região Centro-Oeste

Fonte: Elaboracão própria.

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Ano-base

Seto

r

Indústrias de transformação

Informação e comunicação

Eletricidade e gás

Atividades profissionais, científicas e técnicas

Indústrias extrativas

Construção

Transporte, armazenagem e correio

Saúde humana e serviços sociais

Educação

Outras atividades de serviços

Artes, cultura, esporte e recreação

Alojamento e alimentação

Atividades imobiliárias

Administração pública, defesa e seguridade social

Serviços domésticos

Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais

Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação

Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura

Atividades administrativas e serviços complementares

Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados

Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas

Porcentagem (%)0 10 20 30 40 50

2.7

2.7

56.76

21.62

5.41

0

0

0

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0

0

0

0

0

0

0

0

0

8.11

2.7

0

2.44

9.76

48.78

19.51

4.88

2.44

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0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

9.76

2.44

2.27

4.55

50

18.18

4.55

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

4.55

15.91

2.33

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

4.65

48.84

23.26

2.33

2.33

11.63

2.33

2.33

2.33

34.88

32.56

11.63

2.33

2.33

2.33

2.33

2.33

2.33

0

0

0

0

0

0

0

0

0

4.65

0

39.02

19.51

4.88

4.88

17.07

0

2.44

4.88

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

4.88

2.44

5.17

44.83

24.14

1.72

3.45

1.72

10.34

3.45

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

3.45

1.72

Gráfico 4 – Percentual do número de empresas por setor, na Região Nordeste

Fonte: Elaboração própria..

Page 14: Uma análise dos resultados da Lei do Bem7 Resumo executivo Uma análise dos resultados da Lei do Bem Com ase nos dados do orm 7 Resumo executivo 1. Uma análise dos resultados da

12

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i do

Bem

Com

bas

e no

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o Fo

rmP&

D

Resu

mo

exec

utiv

o

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Ano-base

Seto

r

Indústrias de transformação

Informação e comunicação

Eletricidade e gás

Atividades profissionais, científicas e técnicas

Indústrias extrativas

Construção

Transporte, armazenagem e correio

Saúde humana e serviços sociais

Educação

Outras atividades de serviços

Artes, cultura, esporte e recreação

Alojamento e alimentação

Atividades imobiliárias

Administração pública, defesa e seguridade social

Serviços domésticos

Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais

Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação

Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura

Atividades administrativas e serviços complementares

Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados

Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas

Porcentagem (%)0 20 40 60 80

1.85

80.25

1.23

0.62

0.62

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

1.23

10.8

1.85

0.31

1.23

0.3

0

0

0

0

0

0

0

0

79.52

1.51

0.6

0

2.11

0

12.35

1.51

1.2

0.6

0

0.3

0.28

0

0

0

0

0

0

0

0

79.56

1.66

0

0.55

2.49

0.28

11.6

0.83

1.38

1.1

0

0.28

0.78

0.26

0

0

0

0

0

0

0

0

75.78

1.04

0.52

0.78

2.34

0.78

13.8

0.78

1.56

1.3

0.26

0.62

69.38

2.19

0.62

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0.94

3.44

1.56

17.19

0.94

1.56

1.25

0.31

1.82

0.3

0

0

0

0

0

0

0

0

64.74

2.74

0.61

0.91

4.26

1.52

17.02

2.43

1.22

2.13

0.3

1.22

1.7

0.49

0

0

0

0

0

0

0

0

63.99

2.92

1.22

0.73

6.57

0.73

14.36

2.92

2.68

0.49

Gráfico 5 – Percentual do número de empresas por setor, na Região Sul

Fonte: Elaboração própria.

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Ano-base

Seto

r

Indústrias de transformação

Informação e comunicação

Eletricidade e gás

Atividades profissionais, científicas e técnicas

Indústrias extrativas

Construção

Transporte, armazenagem e correio

Saúde humana e serviços sociais

Educação

Outras atividades de serviços

Artes, cultura, esporte e recreação

Alojamento e alimentação

Atividades imobiliárias

Administração pública, defesa e seguridade social

Serviços domésticos

Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais

Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação

Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura

Atividades administrativas e serviços complementares

Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados

Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas

1.26

2.21

63.41

3

1.58

2.21

4.73

0.63

12.93

1.74

2.52

2.84

0.16

0.47

0.32

0

0

0

0

0

0

Porcentagem (%)0 20 40 60

1.06

2.11

64.79

4.05

1.23

1.94

4.05

0.53

0.35

11.8

1.76

2.29

3.17

0.53

0

0

0

0

0

0

0.35

1.41

2.25

59.63

3.38

1.41

1.97

5.63

0.42

14.06

3.8

2.81

2.53

0.28

0.28

0.14

0

0

0

0

0

0

1.38

2.06

55.3

3.03

1.38

2.61

5.23

0.69

16.92

4.68

2.75

3.44

0.14

0.28

0.14

0

0

0

0

0

0

1.47

1.61

51.61

3.67

1.47

1.61

5.28

0.73

0.15

0

0

0

0

19.21

5.43

3.37

3.23

0.44

0.44

0.15

0.15

0.68

1.51

52.05

3.56

0.82

1.78

5.48

0.82

17.67

7.26

3.42

3.84

0.27

0.41

0.14

0

0

0

0

0

0.27

0.88

1.65

50.83

2.97

1.21

1.76

7.26

1.54

15.95

7.37

0.11

2.75

4.29

0.44

0.44

0.22

0

0

0

0

0.33

Gráfico 6 – Percentual do número de empresas por setor, na Região Sudeste

Fonte: Elaboração própria.

Page 15: Uma análise dos resultados da Lei do Bem7 Resumo executivo Uma análise dos resultados da Lei do Bem Com ase nos dados do orm 7 Resumo executivo 1. Uma análise dos resultados da

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Bem

Com

bas

e n

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ados

do

Form

P&D

Resu

mo

exec

utiv

o

13

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Ano-base

Seto

rIndústrias de transformação

Informação e comunicação

Eletricidade e gás

Atividades profissionais, científicas e técnicas

Indústrias extrativas

Construção

Transporte, armazenagem e correio

Saúde humana e serviços sociais

Educação

Outras atividades de serviços

Artes, cultura, esporte e recreação

Alojamento e alimentação

Atividades imobiliárias

Administração pública, defesa e seguridade social

Serviços domésticos

Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais

Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação

Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura

Atividades administrativas e serviços complementares

Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados

Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas

Porcentagem (%)0 20 40 60 80

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

75

6.25

12.5

6.25

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

83.33

5.56

5.56

5.56

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

10.53

68.42

5.26

5.26

10.53

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

7.69

69.23

3.85

7.69

11.54

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

3.7

62.96

11.11

3.7

3.7

11.11

3.7

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

4.17

70.83

16.67

4.17

4.17

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

3.12

68.75

12.5

3.12

6.25

6.25

Gráfico 7 – Percentual do número de empresas por setor, na Região Norte

Fonte: Elaboração própria.

1.1.2. Regional

Na distribuição regional, são observadas concentrações que refletem a economia do País. Todavia,

a Lei do Bem é um instrumento de fomento a P&D, que pode ajudar na redução das distorções

regionais, mesmo que não corrija em sua totalidade.

O Gráfico 8 e o Gráfico 9 mostram que todas as regiões e quase todos os Estados - exceto Amapá,

Acre e Roraima - possuem empresas que demandam o benefício da lei. Vale ressaltar que, segundo

dados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) (FIESP, 2017), em 2015, esses três

estados (AP, AC, RR) possuíam, juntos, 1.133 estabelecimentos, soma que representava 0,4% da

indústria de transformação do Brasil. Essa baixa representatividade ajuda a explicar que nenhuma

empresa nesses estados buscou o benefício da Lei do Bem.

Assim, pode-se concluir que a referida legislação conseguiu alcançar os estados com significativos

números de empresas. Por outro lado, a concentração regional vai refletir o viés setorial apresentado

anteriormente, tendo em vista que a indústria de transformação tem uma alta concentração no

Sudeste, mais especificamente no Estado de SP.

Page 16: Uma análise dos resultados da Lei do Bem7 Resumo executivo Uma análise dos resultados da Lei do Bem Com ase nos dados do orm 7 Resumo executivo 1. Uma análise dos resultados da

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i do

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Com

bas

e no

s dad

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o Fo

rmP&

D

Resu

mo

exec

utiv

o

1.66 1.97 3.

8433

.61

58.9

2

1.73

1.63 3.

9331

.86

60.8

4

1.64 1.9 3.

831

.26

61.4

2.16

1.83 3.

5831

.95

60.4

8

2.44 3.16 3.88

28.9

161

.61

2.05 4.

183.

528

.05

62.2

3

2.17 4.

543.

9327

.83

61.5

4

9641042

1158 12021107

1173

1477

20122011 20142013 20162015 2017Ano-base

Número de empregados

Perc

entu

al (%

)

Núm

ero de empresas

Número de empresas por ano (linha)Percentual de empresas por região (barras)

60

40

20

1500

1000

500

0

Sul SudesteNordesteCentro-OesteNorte

Gráfico 8 – Percentual de empresas por Região e número total de empresas

Fonte: Elaboração própria.

Porcentagem (%)0 10 20 30 40

2011 201720162015201420132012

Ano-base

UF

RNMA

PBMSPA

MTESCEPEDF

GOBA

AMMG

SCPRRJRSSP

PIROALSE

TO

1.351.66

0.62

0.83

0.62

0.73

0.31

7.05

0.410.1

0.31

0.73

7.686.9518.88

7.05

0.1

0.1

44.29

0.21

1.341.54

0.77

0.58

0.67

0.86

0.19

6.91

0.190.29

0.19

0.86

6.627.58

0.19

17.47

7.77

0.19

45.68

0.1

0.6

7.6

8.2

1.211.47

0.690.52

0.95

0.17

0.17

0.170.35

0.35

0.86

7.34

0.17

16.06

7.86

0.09

45.08

0.09

0.08

1.661.25

0.67

0.67

0.67

0.83

0.17

6.41

0.08

0.250.33

0.08

1.16

7.658.49

0.17

0.08

15.64

8.65

44.93

0.08

0.09

1.810.99

0.99

1.36

0.63

1.17

0.18

6.23

0.27

0.360.45

0.18

0.99

0.09

7.599.12

0.18

13.82

7.5

0.18

45.62

0.18

1.531.19

0.680.6

1.711.71

0.09

6.91

0.26

0.510.34

0.17

1.11

0.09

8.187.76

0.17

13.13

6.73

46.97

0.17

1.831.62

0.81

1.49

0.81

1.76

0.14

7.18

0.41

0.880.2

0.27

0.81

0.07

8.266.77

0.14

12.3

7.24

0.07

46.7

0.14

Gráfico 9 – Evolução anual do percentual de empresas por unidade da Federação (UF)

Fonte: Elaboração própria.

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Com

bas

e n

os d

ados

do

Form

P&D

Resu

mo

exec

utiv

o

15

1.1.3. Porte da empresa

Atualmente, estão aptas a receber o benefício da Lei do Bem apenas as empresas que operam no

Lucro Real e que tiveram lucro no ano-base da solicitação do incentivo fiscal. Conforme mencionado,

esse requisito pode contribuir para uma concentração de empresas de maior porte.

Ainda assim, considerando uma classificação por número de empregados, a lei alcança todas as faixas

de porte de empresa. Apesar da liderança da faixa 4, classe com maiores números de empregados,

seu percentual vem reduzindo ao longo dos anos. Em contrapartida, as classes 2 e 1 vêm crescendo.

Por sua vez, a classe 3 vem se mantendo estável em torno de 15%.

20122011

52,0

7

25,1

15,0

4

7,37

49,7

1

26,9

7

16,6

6,33

20142013 20162015 2017Ano-base

Número de empregados

Perc

entu

al (%

)

50

40

30

20

10

0

Faixa 4 - Maior ou igual a 500Faixa 3 - Entre 250 e 499

Faixa 2 - Entre 50 e 249

Faixa 1 - Menor ou igual a 49

6.74

17.7

925

.99

49.2

2

8.07

15.8

127

.79

48

8.31

18.0

728

.09

44.8

1

10.2

3

17.7

330

.01

41.5

2

9.55

16.7

930

.4

42.9

2

Gráfico 10 – Percentual de empresas por faixas de porte de empresa

Fonte: Elaboração própria.

1.1.4. Conclusão

Os dados sobre a demanda pelos benefícios da Lei do Bem mostram que a referida norma é

solicitada de forma abrangente, pois existem empresas de todos os portes, em todos os setores

potenciais e estados – e, por consequência, em todas as Regiões - com possibilidade significativa de

uso dessa legislação.

O estudo aqui exposto calcula a taxa de concentração setorial; por unidade da Federação (UF);

regional; e por porte da empresa. No caso da primeira taxa, são somadas as participações dos quatro

setores empresariais mais representativos. Em relação à taxa por UF, são somadas as participações

dos quatro principais Estados. No que diz respeito à concentração regional, são consideradas as duas

regiões com maior percentual de números de empresas. Por sua vez, para o cálculo referente ao porte

de empresas, são somadas as duas faixas com maior participação.

Page 18: Uma análise dos resultados da Lei do Bem7 Resumo executivo Uma análise dos resultados da Lei do Bem Com ase nos dados do orm 7 Resumo executivo 1. Uma análise dos resultados da

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Com

bas

e no

s dad

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o Fo

rmP&

D

Resu

mo

exec

utiv

o

Os resultados das taxas de concentração, conforme o Gráfico 11, foram todos acima de 70%, o que

mostra uma alta concentração setorial, regional, estadual (UF) e de porte de empresa, confirmada

pelas médias das taxas de concentração para cada parâmetro (índice de concentração médio por

parâmetro de análise) apresentadas no Gráfico 13. A análise por região não difere muito da análise

agregada, conforme demonstrado no Gráfico 12 e no Gráfico 14.

76,6

8

78,5 87

,43 92,7

1

75,2

2

77,2 86

,53 92

,66

75,7

9

77,7 84

.78 92

,43

72,9

76,1

5 83,2 90

,51

71,5

3

76,0

4 83,2

1 90,2

8

73,3

2

74,6

1 82,4

6 89,3

7

77,1

8

77,9 87

,14

92,5

3

20122011 20142013 20162015 2017Ano-base

Parâmetro

Perc

entu

al (%

)

100

75

50

25

0

RegiãoSetor

UF

Porte

Gráfico 11 – Evolução anual da taxa de concentração por parâmetro de análise

Fonte: Elaboração própria.

20122011 20142013 20162015 2017Ano-base

Região

Perc

entu

al (%

)

100

75

50

25

0

NorteSulNordesteSudesteCentro-Oeste

78.9

5 84.6

8 91.8

9

100

94.7

5

94.1

284

.07 87

.8

100

95.4

8

86.3

683

.12 88

.64 94.7

495

.3

81.8

282

.12 88

.37 96

.15

93.4

9

74.2

9 81.5

283

.72

88.8

992.1

9

79.5

982

.47

80.4

9

95.8

388

.75

83.5

881

.41

84.4

8 93.7

587

.83

Gráfico 12 – Evolução anual da taxa de concentração setorial por Região

Fonte: Elaboração própria.

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Bem

Com

bas

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os d

ados

do

Form

P&D

Resu

mo

exec

utiv

o

17

0

50

25

75

100

Porte SetorRegião UF

Parâmetro

Perc

entu

al (%

) 74.66

91.584.96

76.87

Gráfico 13 – Índice de concentração médio por parâmetro de análise

Fonte: Elaboração própria.

0

50

25

75

100

Centro-Oeste SudesteNordeste Norte Sul

Região

Perc

entu

al (%

) 74.66

84.96

76.8782.67

86.49

95.62

82.77

92.54

Gráfico 14 – Índice de concentração médio setorial por Região

Fonte: Elaboração própria.

1.2. Produção

A análise da dimensão produção é baseada em três objetos: Resultado; Produto e Insumo. O

primeiro, resultado da Lei do Bem, tem como foco as atividades de P&D desenvolvidas no âmbito

desta legislação, desagregando-se as estatísticas por setor, região, porte de empresa e características

da P&D. Assim, para este objeto, é analisado o crescimento da produção, observando-se quantidade

e dispêndio. O segundo objeto, produto, tem foco na análise das características do processo

produtivo, no que se refere à quantidade de insumo por produto, isto é, quantidade, tipo e dispêndio

em Recursos Humanos (RH), em equipamento e em parcerias por atividade de P&D. Por fim, há a

análise do insumo, na qual, focando apenas para o principal recurso produtivo, é mensurado o gasto

pela quantidade de insumos.

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Com

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rmP&

D

Resu

mo

exec

utiv

o

1.2.1. Resultado

A análise do resultado aborda a quantidade de projetos (atividades) e dispêndios em P&D, além da

posse ou solicitação de registro de propriedade intelectual. Nessa fase do estudo, são elaboradas

estatísticas gerais ou com distinção setorial, regional, por porte de empresas e características de P&D.

Os objetivos são analisar o aumento da geração de atividades de P&D nas empresas e da quantidade

de empresas com propriedade intelectual, no âmbito da lei.

a. GeralOs dispêndios em P&D (Gráfico 15) das empresas que receberam benefícios da lei variaram ao longo

do período analisado, mas apresentaram uma leve tendência de aumento, apesar da queda em 2015

e 2016. Um dos fatos que indica uma tendência de crescimento, mesmo com a queda aparentemente

temporária, é o crescimento do percentual dos dispêndios em P&D, da maioria das empresas, sobre

seu faturamento, conforme mostra a mediana deste percentual das empresas no Gráfico 16.

O crescimento desse percentual é uma informação muito importante porque mostra que o “esforço”

de investimento em P&D continuou crescente, mesmo na crise, na maioria das empresas que

buscaram o benefício da lei 5. Vale ressaltar que a queda desse tipo de investimento no momento

de incerteza poderia ser esperada, visto que esse aporte de recursos é considerado de risco e muitas

organizações têm a estratégia de reduzi-lo em momento de instabilidade.

Outra informação importante é o crescimento da mediana 6 do dispêndio por atividade (projeto)

de P&D declarada pelas empresas que buscaram o benefício da lei, conforme Gráfico 17 (Razão do

dispêndio por quantidade de atividade, em milhões de reais). Isso mostra uma tendência almejada

pelos gestores dos instrumentos de fomento à P&D, ou seja, o aumento do valor por projeto e

a redução da fragmentação e do número total de projetos (Gráfico 18). Um movimento similar,

porém mais agressivo, também foi percebido no Programa de P&D regulado pela Agência Nacional

de Energia Elétrica (Aneel), referente às empresas do Setor Elétrico Brasileiro, cujo valor médio por

projeto aumentou em 6 vezes em 6 anos (CGEE, 2015, p. 53).-

A quantidade de empresas que declararam ter propriedade intelectual e buscaram benefícios

da lei vem caindo, conforme mostra o Gráfico 18. O FormP&D pergunta se a empresa possui ou

solicitou registros de propriedade intelectual relacionados às atividades de P&D beneficiadas pela

lei. As respostas a esse questionamento, entretanto, ainda deixam dúvidas em vários sentidos. Em

primeiro lugar, porque não confirmam se o benefício solicitado pela empresa inclui ou não os custos

relacionados a registros de propriedade intelectual. Além disso, não possibilitam saber se a informação

dada é sobre o total de registros de propriedade intelectual ou apenas relativa ao benefício. Por

fim, a empresa pode ter outros registros de propriedade intelectual vinculados às atividades de

P&D declaradas, sem que, por opção, tenha buscado benefício para tais atividades e que, portanto,

não precisa informar sobre elas.

5 As médias do investimento em P&D por faturamento e do dispêndio em P&D por empresa, por outro lado, mostram uma leve queda, o que indica que poucas, porém representativas, empresas reduziram seu percentual e levaram à redução da média, mas não representa um movimento da maioria refletido pela mediana exposta na figura.

6 A mediana foi utilizada como estatística de análise para suavizar os eventuais impactos que viessem a ser causados por observações consideravelmente distantes da média amostral e que, portanto, poderia sub ou superestimar tal medição. Dessa forma, a mediana é mais adequada por não ser influenciada por valores extremos. Assim, o valor apresentado pertence à empresa que, em ordem crescente, representa a posição central entre os dados.

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Bem

Com

bas

e n

os d

ados

do

Form

P&D

Resu

mo

exec

utiv

o

19

20122011 20142013 20162015 2017

Ano-base

Dis

pênd

io (R

$ bi

lhõe

s)10000

7500

5000

2500

0

8,2 8,39,0 9,1

8,37,8

9,5

Gráfico 15 – Soma dos dispêndios com atividades em P&D declarados por todas as empresas em bilhões

Fonte: Elaboração própria.

20122011 20142013 20162015 2017

Ano-base

Razã

o (e

m m

ilhar

es)

10,0

7,5

5,0

2,5

0

7,688,2 8,14 8,41

8,93 9,21 9,31

Gráfico 16 – Mediana do dispêndio total em P&D de cada empresa por seu faturamento líquido em milhares

Fonte: Elaboração própria.

0.21

1.43

7

0.24

1.45

7

0.26

1.5

6

0.32

1.45

4

0.43

1.52

3

0.5

1.63

3

0.56

1.8

3

20122011 20142013 20162015 2017Ano-base

Mediana

Val

or

1

2

3

4

5

6

7

0

Razão do dispêndio por quantidadede atividade da empresa (R$ milhões)

Quantidade de atividadespor empresa

Dispêndio das empresas(R$ milhões)

Gráfico 17 – Evolução das medianas: do dispêndio em P&D por empresa; da quantidade de atividade; e da razão do dispêndio por quantidade de atividades por empresa

Fonte: Elaboração própria.

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Com

bas

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s dad

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D

Resu

mo

exec

utiv

o

20122011 20142013 20162015 2017

Ano-base

Núm

ero

de a

tivi

dade

s

20000

15000

10000

5000

0

1931018335

16990

13678

100939093

10239

Gráfico 18 – Quantidades de atividades em P&D declaradas por todas as empresas

Fonte: Elaboração própria.

0

20

10

30

40

2015 20172016

Parâmetro

Perc

entu

al (%

)

35.1833.04 31.79

Gráfico 19 – Evolução anual do percentual de empresas que declaram possuir ou solicitar registros de propriedade intelectual relacionados às atividades de P&D declaradas na demanda pelos benefícios da Lei do Bem

Fonte: Elaboração própria.

b. SetorialA distribuição, por setor, das atividades de P&D declaradas pelas empresas que buscaram o benefício

da lei (Gráfico 20) reflete a participação setorial das próprias empresas, apresentada na análise de

abrangência (Gráfico 2). Vale destacar que, devido à indisponibilidade de informação a respeito do

setor da atividade, foi feito o uso da classificação da firma para reagrupar suas atividades. Nesse quadro,

observa-se que a distribuição setorial dos dispêndios e da quantidade de atividades de P&D - declarados

pelas empresas para receber o benefício da lei - reflete a distribuição das empresas. Assim, existem

atividades e dispêndios declarados em todos os setores potenciais, como observado na análise referente

à distribuição por empresa, no entanto, com uma maior concentração, evidenciando o registro do

maior de número de projetos no mesmo setor detentor do maior número de empresas. O setor de

transformação apresenta um percentual mais elevado ao longo de todos os anos, tanto em quantidade

de atividades de P&D declaradas (Gráfico 20) quanto em dispêndios declarados (Gráfico 21) pelas

empresas para receber o benefício da lei.

Por outro lado, quando é analisado o setor de informação e comunicação, percebe-se que, apesar de

ser o segundo maior em concentração da quantidade de atividade de P&D e de seu dispêndio, seu

percentual sobre a quantidade total de atividade de P&D é inferior ao percentual da quantidade total

de empresas e de dispêndios naquele mesmo setor. Essa informação pode indicar que esse setor possui

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Form

P&D

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utiv

o

21

projetos menos fragmentados e com maior valor, se comparado ao de transformação e ao terceiro

setor dominante: comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas.

Na comparação com o terceiro setor de maior percentual, ou seja, o de veículos, o setor de transformação

tem um percentual maior em número de atividades que seu percentual em dispêndio, o que indica a

condução de projetos mais fragmentados.

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017Ano-base

Seto

r

Indústrias de transformação

Informação e comunicação

Eletricidade e gás

Atividades profissionais, científicas e técnicas

Indústrias extrativas

Construção

Transporte, armazenagem e correio

Saúde humana e serviços sociais

Educação

Artes, cultura, esporte e recreação

Alojamento e alimentação

Outras atividades de serviços

Atividades imobiliárias

Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação

Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura

Atividades administrativas e serviços complementares

Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados

Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas

Porcentagem (%)0 20 40 60 80

1.12

0.39

0.09

3.99

1.17

0.95

2.87

1.68

3.66

78.49

0.65

4.49

0.03

0.37

0.04

0.46

0.52

1.71

1.09

0.68

3.76

1.45

0.02

3.15

80.51

1.01

5.4

0.05

0.12

0.06

0.57

0.41

0.01

1.49

1.29

1.06

4.17

1.02

0.06

3.16

78.61

1.72

6.19

0.06

0.08

0.08

0.73

0.52

0.01

1.96

1.54

1.5

1.1

6.58

0.18

2.81

72.5

2.32

7.77

0.04

0.33

0.12

0.62

0.52

0.04

1.49

1.62

2.07

5.76

0.69

0.61

3.5

70.85

1.06

9.83

0.04

0.02

0.55

0.72

0.33

0.72

0.08

2.27

2.77

1.77

5.24

0.53

0.56

3.4

67.73

3.13

10.39

0.07

0.47

0.54

0.57

0.79

0.02

2.31

3.12

0.01

1.55

6.62

0.57

0.25

3.32

68.02

2.72

8.69

0.04

0.82

0.57

Gráfico 20 – Percentual da soma das atividades de P&D de todas as empresas classificadas por setor da empresa, segundo CNAE (IBGE, 2007)

Fonte: Elaboração própria.

Seto

r

Indústrias de transformação

Informação e comunicação

Eletricidade e gás

Atividades profissionais, científicas e técnicas

Indústrias extrativas

Construção

Transporte, armazenagem e correio

Saúde humana e serviços sociais

Educação

Outras atividades de serviços

Artes, cultura, esporte e recreação

Alojamento e alimentação

Atividades imobiliárias

Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação

Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura

Atividades administrativas e serviços complementares

Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados

Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017Ano-base

Porcentagem (%)20 40 60

0.9

0.18

1.99

0.86

2.66

4.98

1.25

0.02

2.32

73.71

1.65

8.27

0.44

0.02

0.75

1.04

0.23

0.03

3.28

1.97

2.79

4.34

1.07

0.03

2.36

71.1

3.24

8.23

0.12

0.02

0.15

1.5

0.33

0.03

6.32

5.9

3.48

5.83

0.6

0.18

3.07

59.05

2.39

9.47

0.02

0.28

1.55

1.04

0.22

0.04

5.37

9.06

0.01

3.15

7.63

0.41

0.29

3.57

56.35

3.46

8

0.03

0.39

0.99

0.7

0.31

0.01

1.5

1.53

2.43

3.82

0.74

2.98

73.08

0.71

11.24

0.47

0.08

0.4

0.87

0.18

0.02

2.08

3.87

2.89

4.09

1.25

0.02

3.14

72.7

2.81

5.76

0.1

0.02

0.22

1.12

0.21

0.01

0.03

3.29

4.29

4.03

4.94

0.76

0.05

2.42

69.43

0.74

8.44

0.05

0.05

0.14

Gráfico 21 – Percentual da soma dos dispêndios em P&D declarados por todas as empresas classificados por setor da empresa, segundo CNAE (IBGE, 2007)

Fonte: Elaboração própria.

Page 24: Uma análise dos resultados da Lei do Bem7 Resumo executivo Uma análise dos resultados da Lei do Bem Com ase nos dados do orm 7 Resumo executivo 1. Uma análise dos resultados da

22

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Com

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D

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exec

utiv

o

Quando a análise é feita sobre a participação do dispêndio em P&D com relação ao faturamento

líquido da empresa, indicador que pode ser interpretado como uma evidência do esforço da empresa

para investir em P&D (Gráfico 22), os dois setores que concentram o maior número de empresas,

atividades e dispêndios - o de transformação e o de informação comunicação - apresentam um

crescimento deste percentual, assinalando que seu esforço em investimentos em P&D vem crescendo.

Vale ressaltar que este percentual no setor de informação e comunicação é cinco vezes superior

ao do setor de transformação e essa diferença só cresce ao longo de todo o período analisado. O

segundo setor com maior mediana 7 é o de atividades profissionais científicas e técnicas, para o qual

o alto percentual é naturalmente esperado, uma vez que a P&D é considerada uma de suas prováveis

atividades principais.

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Ano-base

Seto

r

Mediana2 4 6

Informação e comunicação

Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas

Indústrias de transformação

Atividades profissionais, científicas e técnicas

Atividades administrativas e serviços complementares

Eletricidade e gás

0.28

1.04

0.76

0.29

0.75

4.41

0.58

2.1

0.61

0.27

0.77

4.57

0.13

2.97

0.35

0.18

0.79

4.59

0.17

2.41

0.42

0.2

0.75

4.5

0.54

2.3

0.42

0.26

0.77

5.86

0.56

2.63

0.42

0.44

0.83

6.04

0.68

1.81

0.32

0.47

0.86

6.17

Gráfico 22 – Evolução anual da mediana do dispêndio total em P&D da empresa por seu faturamento líquido, por setor da empresa, segundo CNAE (IBGE, 2007)

Fonte: Elaboração própria.

c. RegionalA distribuição, por região e UF, das atividades de P&D declaradas pelas empresas que buscaram o

benefício da lei (Gráfico 23 e Gráfico 24) reflete a distribuição das empresas apresentadas na análise

de abrangência (Gráfico 8 e Gráfico 9). O dado utilizado no estudo é o endereço registrado pela

empresa no FormP&D, porque a informação de local de desenvolvimento do projeto, na referida

base, é limitada. Portanto, a distribuição dos dispêndios e da quantidade de atividades de P&D

- declarados pelas empresas para receber o benefício da lei - reflete a distribuição das empresas.

Como explicado na seção sobre a Abrangência, existem atividades e dispêndios declarados

em todas as regiões e UF potenciais, mas a concentração é maior nesta análise que compara a

concentração das empresas.

A Região Sudeste e, especificamente, o estado de SP apresentam um percentual mais elevado

ao longo de todos os anos, tanto em percentual da quantidade de atividades de P&D declaradas

(Gráfico 23 e Gráfico 24) como em dispêndios declarados (Gráfico 26 e Gráfico 27) pelas empresas

para receber o benefício da lei. Essa constatação reforça os números observados nos gráficos 8 e

9. Por outro lado, a maioria dos estados conseguiu alcançar, no último ano, um crescimento dos

7 A hierarquia se mantém com uma diferença bem menor quando analisada a média, indicando que uma ou algumas poucas empresas da área de transformação elevam a média. Nesse caso, optou-se por analisar a mediana, por mostrar a realidade da maioria das empresas.

Page 25: Uma análise dos resultados da Lei do Bem7 Resumo executivo Uma análise dos resultados da Lei do Bem Com ase nos dados do orm 7 Resumo executivo 1. Uma análise dos resultados da

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Form

P&D

Resu

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exec

utiv

o

23

dispêndios (Gráfico 27) e da quantidade de atividades em P&D (Gráfico 25). Nesse sentido, vale

destacar o Rio de Janeiro e Minas Gerais, que estão entre os seis maiores percentuais, mas tiveram

seus dispêndios e quantidades de atividades de P&D, declaradas nas demandas pelo benefício da lei,

reduzidos no último ano.

20122011 20142013 20162015 2017Ano-base

Região

Perc

entu

al (%

)

60

40

20

0

Sul SudesteNordesteCentro-OesteNorte

1.31 2.27

1.54

31.6

263

.25

1.51

1.4 1.95

33.2

961

.84

1.18 1.59 2.2

32.5

162

.53

1.51 1.77 2.94

35.6

58.1

8

1.61

1.27 3.

6837

.71

55.7

4

1.23 2.

83 3.62

32.9

859

.34

2.47 3.01 3.9

31.9

958

.64

Gráfico 23 – Evolução anual do percentual das atividades de P&D de todas as empresas classificadas por Região geográfica da empresa

Fonte: Elaboração própria. ticipação das UFs no Número de Atividades de P&D (%)

Porcentagem (%)10 20 30 40 50

2011 201720162015201420132012

Ano-base

UF

SP

ALPI

ROSE

TOMSRNPB

MAPA

MTESDFPECEBA

GOAMMG

RJPRSCRS

1.19

0.460.25

0.250.73

1.92

0.1

5.77

0.10.01

0.19

0.45

11.814.97

0.05

12.027.79

0.05

51.78

0.11

1.48

0.540.46

0.210.37

1.15

0.06

7.32

0.040.03

0.11

0.64

10.526.63

0.09

12.3510.42

0.05

47.52

0.01

1.06

1.20.16

0.460.45

1.07

0.05

7.25

0.02

0.040.11

0.06

0.63

7.958.67

0.08

14.210.35

0.03

46.16

0.01

0.01

1.41

1.20.85

0.560.47

1.13

0.1

7.94

0.01

0.070.07

0.01

0.73

8.968.09

0.04

0.02

14.412.24

41.68

0.01

0.01

1.41

1.490.86

0.650.69

0.41

0.11

7.77

0.07

0.140.14

0.08

0.96

0.02

11.87.26

0.1

14.2911.62

0.05

40.02

0.06

1.551.31

0.860.920.69

0.9

0.18

7.6

0.07

0.290.26

0.06

1.1

0.01

8.658.57

0.11

13.8610.46

42.48

0.07

2.13

1.181.39

0.970.58

1.67

0.26

5.82

0.14

0.230.27

0.11

0.78

0.01

7.936.48

0.13

13.610.45

0.04

45.77

0.07

Gráfico 24 – Evolução anual do percentual das atividades de P&D de todas as empresas classificadas por UF da empresa

Fonte: Elaboração própria.

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Bem

Com

bas

e no

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o Fo

rmP&

D

Resu

mo

exec

utiv

oticipação das UFs no Número de Atividades de P&D (%)

Porcentagem (%)75002500 5000

2011 201720162015201420132012

Ano-base

UF

SP

ALPI

RO

SE

TOMS

RNPB

MAPA

MT

ESDF

PECE

BAGOAMMG

RJPRSCRS

271

99

85

388

68

211

115

1343

20

117

19281216

16

22651911

10

8712

1

180

204

27

7876

182

8

1231

3

7

1910

107

13511473

13

24131759

5

7843

1

1

193

164

116

7664

155

13

1086

2

9

92

100

12261107

6

3

19701674

5701

1

142

150

87

6670

41

11

784

7

14

148

97

1191733

10

14421173

5

4039

6

21

82

119

100

8463

141

16

690

6

26

245

78

1

786778

10

1259950

3858

6

1

218

121

142

9959

171

27

596

14

24

2811

80

812663

13

13931070

4

4686

7

230

88

48

48140

371

20

1115

20

237

86

2280960

10

23221504

9

9999

21

Gráfico 25 – Evolução anual da soma das atividades de P&D de todas as empresas classificadas por UF da empresa

Fonte: Elaboração própria.

20122011 20142013 20162015 2017Ano-base

Região

Perc

entu

al (%

)

80

60

40

20

0

SudesteSulNorteNordesteCentro-Oeste

0.65 1.69

1.31

19.8

376

.52

0.49 1.43 2.

96 16.6

78.5

2

1.1 2.

11 3.63 15

.82

77.3

5

1.61 2.52 4.

36 16.1

75.4

2

1.62 1.93 5.

2516

.69

74.5

2

2.18

1.73 4.

37 17.7

473

.98

3.45

2.75 4.

79 18.0

270

.99

Gráfico 26 – Evolução anual do percentual dos dispêndios em P&D declarados por todas as empresas classificadas por região geográfica da empresa

Fonte: Elaboração própria.

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Bem

Com

bas

e n

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ados

do

Form

P&D

Resu

mo

exec

utiv

o

25

2011 201720162015201420132012

Ano-base

UF

SP

ALPI

RO

SE

RNTO

MAMS

PAPB

MT

GOPE

BAES

CEDF

AMSC

PRJRS

MGRJ

49.6418.639.616.516.553.542.820.20.570.440.630.290.250.010.140.03

0.020.0800,03

54.1914.678.036.495.393.953.570.840.61.120.460.220.180.010.050.130.030.030.0100.03

51.514.3695.874.645.594.221.360.641.40.560.210.320.010.110.120.030.03

0.020.010.01

0

52.7413.467.014.885.197.674.111.20.870.40.750.530.340.380.180.020.070.05

0.080.05

0

56.119.494.826.055.346.634.441.451.340.610.561.240.310.550.20.220.210.110.10.160.05

0

52.2816.587.26.759.773.311.280.420.810.570.450.220.160.010.020.04

0.060.020.010.03

54.5711.797.65.254.47.035.021.260.830.430.570.280.440.010.20.110.070.050.030.030.02

00

Porcentagem (%)25 50 75 100

Gráfico 27 – Evolução anual do percentual dos dispêndios em P&D declarados por todas as empresas classificadas por UF da empresa

Fonte: Elaboração própria.

2011 201720162015201420132012

Ano-base

UF

SP

ALPI

RORNTOSE

MAMSPBPA

MTPE

GOES

BACEDF

AMSCPRRS

MGRJ

105.93

66.8647.22

18.0112.81

35.03

3.33

272.96

0.741.81

36.83

556.65805.29

4.991.6

1367.21594.06

4311.08

2.580.43

235.89

47.8737

24.1221.3

16.38

2.65

295.97

0.5412.03

52.86

545.06547.97

1.766.49

1559.19804.26

2.48

4153.43

0

323.07

54.44101.09

19.8816.63

76.08

12.13

357.07

0.92

0.564.63

3.09

41.81

586.79487.33

2.5

1326.85726.22

2.97

4902.46

0.32

0.09

384.08

58.32127.46

19.4429.03

123.75

10.6

508.52

0.6510.46

2.77

50.6

534.19422.68

2.88

0.53

1307.56819.01

4688.63

1.411.13

0.14

416.34

69.2135.88

22.8536.32

105

9.45

583.43

2.63

0.8516.33

5.8

47.17

0.15

436365.57

4.37

978.26630.79

1.84

4529.02

2.82

94.9868.47

59.0541.4926.78

324.46

1.79

604.66

29.8814.33

5.25

31.28

0.12

385.11409.33

3.72

1062.83553.11

4159.94

6.224.21

422.5

127.3758.27

118.0129.79

137.78

21.34

630.77

9.46

52.618.63

19.62

53.77

0.13

576.36508.61

10.3

903.43459.26

4.84

5341.0

14.91

Total (R$ milhões)50004000300020001000

Gráfico 28 – Soma dos dispêndios em P&D classificados por UF

Fonte: Elaboração própria.

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mo

exec

utiv

o

2011 2012 2013 2015 20162014 2017

Ano-base

Seto

r

Sul

Norte

Centro-Oeste

Sudeste

Nordeste 0.33

0.67

0.51

0.28

1.04

0.63

0.96

0.63

0.72

1.04

0.45

0.77

0.52

0.84

1.11

0.74

0.79

0.66

0.66

1.12

0.55

0.92

0.45

0.74

1.04

Mediana0.4 0.6 0.8 1.0

0.34

0.79

0.56

0.84

0.98

0.21

0.83

0.42

0.79

0.99

Gráfico 29 – Evolução anual do percentual da mediana do dispêndio total em P&D da empresa, por seu faturamento e por região geográfica da empresa

Fonte: Elaboração própria.

Por outro lado, a Região Sul apresenta a maior parcela do dispêndio total em P&D, declarado pelas

empresas na demanda pelo benefício da lei, por seu faturamento líquido, razão que indica o seu

esforço em P&D (Gráfico 29). Todavia, esse indicador apresenta um crescimento significativo na

Região Sudeste, de tal forma que reduz a diferença comparada à Região Sul. Vale destacar que todas

as regiões mostram um crescimento ao longo dos anos, alcançando, no último ano, um percentual

de 0,6%, com exceção da Região Sul, que permanece com um percentual acima de 1%.

d. Porte da empresa A distribuição das atividades de P&D - declaradas pelas empresas que buscaram o benefício da lei

- por porte de empresa (Gráfico 30 e Gráfico 31) reflete a distribuição das empresas apresentada

na análise de abrangência (Gráfico 10). A classificação do porte é feita por faixas de número de

empregados, com base na categorização adotada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE, 2013). Como explicado na seção sobre Abrangência, existem atividades e dispêndios declarados

em todas as faixas de porte criadas, mas a concentração é maior na faixa 4, ou seja, na que apresenta

número de empregados igual ou acima de 500. Também conforme anteriormente explanado,

esta concentração é esperada, tendo em vista as exigências da lei para receber o benefício. Essa

concentração vem caindo e as outras faixas vêm aumentando sua participação, ainda que de forma

tímida. Todavia, para aumentar significativamente a participação das faixas com menor número de

funcionários, seria necessário rever algumas exigências da lei.

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Com

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e n

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ados

do

Form

P&D

Resu

mo

exec

utiv

o

27

20122011 20142013 20162015 2017Ano-base

Porte

Perc

entu

al (%

)

80

60

40

20

0

Faixa 4 - Maior ou igual a 500Faixa 3 - Entre 250 e 499

Faixa 2 - Entre 50 e 249

Faixa 1 - Menor ou igual a 49

2.91

10.5

5

10.7

75.8

4

1.49

14.5

8

10.1

5

73.7

8

1.83

13.8

4

13.5

6

70.7

7

2.87

15.1

311

.8

70.2

1

2.78 19

.53

13.5

7

64.1

1

4.36 19

.69

13.3

9

62.5

6

3.67 19

.25

14.1

862

.9

Gráfico 30 – Evolução anual do percentual das atividades de P&D declaradas pelas empresas na demanda pelo benefício da lei, classificadas por porte da empresa

Fonte: Elaboração própria.

20122011 20142013 20162015 2017Ano-base

Porte

Perc

entu

al (%

)

100

75

50

25

0

Faixa 4 - Maior ou igual a 500Faixa 3 - Entre 250 e 499

Faixa 2 - Entre 50 e 249

Faixa 1 - Menor ou igual a 49

1,2 4.

2 5.7

88.8

0.8 6.

1

5.6

87.5

0.8 5.

2 6.2

87.8

1.1 6.

7

5.4

86.8

17 8

84

3.2

9.5 10.1

77.2

1.4

10.1

9.9

78.6

Gráfico 31 – Evolução anual do percentual dos dispêndios das atividades de P&D declaradas pelas empresas na demanda pelo benefício da lei, classificadas por porte da empresa

Fonte: Elaboração própria.

e. Características da P&DAs características da P&D observadas nesta análise correspondem à classificação em Produto ou

Processo e à classificação no elo da cadeia de inovação - Pesquisa Básica (PB); Pesquisa Aplicada (PA);

e Desenvolvimento Experimental (DE) -. Essas classificações não são objetivas e, portanto, podem

gerar divergências sobre o conceito empregado às pessoas que informaram o dado sobre a P&D no

sistema. Desse modo, esta análise requer cautela porque depende fortemente da hipótese de que os

informantes interpretem os níveis de classificação da mesma forma.

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exec

utiv

o

Pode-se analisar como, “do ponto de vista” das empresas, existem atividades de P&D - tanto de

processo como de produto e em todas as etapas da cadeia de inovação pesquisadas - que buscam

o benefício da lei.

O percentual maior de “produto”, ao longo de todo o período analisado, pode ser explicado, ao

menos parcialmente, pela expressiva participação do setor indústria de transformação. Ainda

assim, as atividades de P&D em “processo” possuem uma participação significativa, acima de 30%,

na maior parte do período (Gráfico 32)

20122011 20142013 20162015 2017

Ano-base

Perc

entu

al (%

)

100

75

50

25

0

Tipo deAtividade

ProcessoProduto

69.73

30.24

73.83

26.17

71.79

28.2

68.23

31.77

72.38

27.62

68.27

31.73

66.68

33.31

Gráfico 32 – Evolução anual do percentual das atividades de P&D de todas as empresas classificadas em produto e em processo

Fonte: Elaboração própria.

Dentre as etapas da cadeia de inovação, a etapa de desenvolvimento experimental apresenta uma

parcela sempre acima de 50%, ao longo de todo o período. Chama a atenção o pequeno percentual,

porém presente ao longo de todo o período, da pesquisa básica (Gráfico 33).

5.74

38.73

55.51

5.56

35.53

58.91

4.33

33.15

62.52

6.27

30.17

63.55

4.46

33.7

61.84

2.65

28.92

68.43

5.27

27.96

66.76

20122011 20142013 20162015 2017

Ano-base

Perc

entu

al (%

)

100

75

50

25

0

TipoDEPAPB

Gráfico 33 – Evolução anual do percentual das atividades de P&D de todas as empresas classificadas no elo da cadeia de inovação (PB;PA';DE)

Fonte: Elaboração própria.

Page 31: Uma análise dos resultados da Lei do Bem7 Resumo executivo Uma análise dos resultados da Lei do Bem Com ase nos dados do orm 7 Resumo executivo 1. Uma análise dos resultados da

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Form

P&D

Resu

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exec

utiv

o

29

1.2.2. Produto

Na dimensão produção, busca-se observar resultados, produtos e insumos de atividades beneficiadas

pela lei. Nesse item, o estudo tem como finalidade analisar características do produto, isto é, como

foram geradas as atividades de P&D, numa observação pelos principais insumos utilizados. Vale

ressaltar que, por insuficiência de informações, não foi possível elaborar um indicador de eficiência.

Assim, para a análise, foram selecionados os itens Recursos Humanos (RH); Equipamentos; e Parcerias.

a. RHO percentual gasto com Recursos Humanos (RH) do total de recursos alocados para as atividades

de P&D das empresas variou, em média, entre 65% e 70% ao longo do período (Gráfico 34),

mostrando uma leve redução que coincide com a crise 8. Esse percentual chega a 80%, se olharmos

a mediana. Portanto, RH é o insumo mais utilizado nas atividades de P&D declaradas pelas empresas

na demanda pelo benefício da lei. O setor que apresenta maior percentual de gastos com RH sobre

o gasto total com atividades de P&D é o de informação e comunicação (Gráfico 35). Nesse setor, a

média chega a quase 85% do gasto das atividades de P&D em 2015.

20122011 20142013 20162015 2017

Ano-base

Perc

entu

al (%

)

70

60

40

20

0

65.84 67.75 69.82 70.39 68.24 66.79 67.98

Gráfico 34 – Média da razão dos dispêndios em RH pelo total de dispêndio nas atividades de P&D

Fonte: Elaboração própria.

2011 2012 2013 2015 20162014 2017

Ano-base

Seto

r

Informação e comunicação

Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas

Indústrias de transformação

Atividades profissionais, científicas e técnicas

Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados

Eletricidade e gás

57.48

65.52

61.37

10.82

69.84

74.54

62.51

77.13

67.69

22.79

70.87

84.41

55.0

68.3

59.0

34.8

70.4

80.83

64.82

76.43

62.49

7.19

70.25

76.44

65.84

77.08

63.49

14.84

71.43

83.28

59.13

72.97

66.38

18.9

69.5

78.97

54.13

75.69

61.25

40.83

68.19

78.73

Média20 40 60 80

Gráfico 35 – Média da razão dos dispêndios em RH pelo total dispêndio nas atividades de P&D, por setor

Fonte: Elaboração própria.

8 A mediana também apresenta a mesma queda, um pouco mais acentuada, mostrando que realmente foi um movimento geral.

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mo

exec

utiv

o

b. EquipamentoApenas 53 empresas declararam dispêndios com equipamentos, no ano de 2017, na demanda pelos

benefícios da lei (Gráfico 36). Esse número corresponde a apenas 3,6% do total de empresas que, em

sua maioria, compõe o setor de transformação, 64%.

2015 2016 2017

Ano-base

Seto

rIndústrias de transformação

Eletricidade e gás

Informação e comunicação

Construção

Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas

Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura

Atividades administrativas e serviços complementares

Indústrias extrativas

Transporte, armazenagem e correio

Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados

Atividades imobiliárias

Saúde humana e serviços sociais

Artes, cultura, esporte e recreação

Atividades profissionais, científicas e técnicas

Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação

Alojamento e alimentação

Outras atividades de serviços

Educação

Porcentagem (%)0 10 20 30

1

0

1

0

1

0

0

0

0

0

0

3

30

7

1

1

4

3

1

0

0

0

0

0

0

0

0

0

2

36

2

1

3

1

1

0

0

1

1

0

0

0

1

1

2

34

3

1

3

4

Gráfico 36 – Evolução anual do número de empresas que realizaram dispêndios com equipamento, nas atividades de P&D da empresa, por setor

Fonte: Elaboração própria.

O percentual médio dos gastos com equipamentos para atividades de P&D, sobre o total de gastos

com as atividades de P&D, declaradas na demanda pelos benefícios da lei, não chega a 0,2% (Gráfico

37) em nenhum dos anos analisados (2015 a 2017). No caso do setor de transformação, esse número

chegou a 0,3% em 2015, mas foi reduzido e atingiu 0,11% em 2017 (Gráfico 38).

Essas informações mostram que os benefícios da Lei do Bem são pouco utilizados para dispêndios

com equipamentos.

0

0.10

0.05

0.15

0.20

2015 20172016

Ano-base

Perc

entu

al (%

)

0.19

0.080.07

Gráfico 37 – Média do dispêndio com equipamento, nas atividades de P&D da empresa, pelo total de dispêndio nas atividades de P&D da empresa

Fonte: Elaboração própria.

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Um

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i do

Bem

Com

bas

e n

os d

ados

do

Form

P&D

Resu

mo

exec

utiv

o

31

2015 2016 2017

Ano-base

Seto

r

Mediana0.1 0.2 0.3

Indústrias de transformação

Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas

Informação e comunicação

Eletricidade e gás

Atividades profissionais, científicas e técnicas

Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados

0

0

0

0

0.04

0.32

0

0.04

0.01

0

0

0.15

0

0.01

0.01

0

0

0.11

Gráfico 38 – Média do dispêndio com equipamento, nas atividades de P&D da empresa, pelo total de dispêndio nas atividades de P&D da empresa, por setor da empresa

Fonte: Elaboração própria.

c. ParceriasParcerias corresponde ao segundo maior gasto declarado com atividades de P&D pelas empresas

que buscaram o benefício da Lei nos três anos analisados. A evolução anual da média do dispêndio

em parcerias, nas atividades de P&D da empresa, pelo total de dispêndio nas atividades de P&D das

empresas que buscaram o benefício da Lei, foi de 32,5% em 2015; de 34% em 2016; e de 33,5% em

2017, o que mostra a relevância desse gasto nas atividades de P&D.

1.2.3. Insumo

Ainda no âmbito da dimensão produção, tratada no presente estudo, a última análise diz respeito

ao insumo. Nessa etapa, o foco é a economicidade, campo no qual se busca observar o gasto por

quantidade de insumo. A análise é feita apenas sobre o RH, visto ser o mais representativo.

Os dados mostram uma variação ao longo dos anos analisados, com destaque para o dispêndio

médio com a hora dos pesquisadores em 2014, que foi maior que o de 2017, tanto para pesquisadores

com titulações mais altas (classificadas no Gráfico 39 como Especialistas9) como para Outros10 (que

agrega as outras titulações classificadas pelo FormP&D).

Percebe-se que a indústria de transformação, setor com maior número de empresas que

buscam o benefício da lei, apresenta o valor médio da hora de doutores não muito alto, se

comparado aos outros setores (Gráfico 40), mas isto se inverte quando incluímos mestres e pós-

graduados lato sensu e este setor passa a ter os melhores valores médios da hora do pesquisador

nos últimos dois anos (Gráfico 41).

O maior percentual do dispêndio em RH com doutores, mestres e pós-graduados não soma 30%

(Gráfico 42), sendo mais intensamente alocado a pesquisadores com outras titulações (graduado,

técnico, tecnólogo). Vale ressaltar que o valor médio de horas de pesquisador é maior, com diferenças

acima de 50%, no que diz respeito aos especialistas, se comparados com o segundo grupo, Gráfico 39,

em todos os anos analisados.

9 Agrega as titulações de doutores, mestres e pós-graduados lato sensu.10 Agrega as titulações de graduados, técnicos, tecnólogos.

Page 34: Uma análise dos resultados da Lei do Bem7 Resumo executivo Uma análise dos resultados da Lei do Bem Com ase nos dados do orm 7 Resumo executivo 1. Uma análise dos resultados da

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ulta

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a Le

i do

Bem

Com

bas

e no

s dad

os d

o Fo

rmP&

D

Resu

mo

exec

utiv

o

2014 20162015 2017

Ano-base

Val

or (R

$/h)

200

150

100

50

0

TitulaçãoOutrosEspecialistas

73.33

121.3

63.95

96.26

68.47

153.49

70.3

116.53

Gráfico 39 – Média da razão dos dispêndios com pesquisadores pelo total de horas dos pesquisadores, classificados em Especialistas (doutores, mestres e pós-graduados) e outros (graduados, técnicos e tecnólogos) nas atividades de P&D da empresa

Fonte: Elaboração própria.

2014 20162015 2017

Ano-base

Val

or (R

$/H

)

300

200

100

0

SetorInformação e comunicaçãoIndústrias de transformaçãoAtividades financeiras, de segurose serviços relacionados

Eletricidade e gásComércio; reparação de veículos automotores e motocicletasAtividades profissionais, científicas e técnicas

90.4

4

97.7

74.1 11

4.09

108.

6186

.97

93.6

4

113.

23

70.8

3 114.

6112

5.2

119.

2

109.

74 131.

3

164.

5817

4.88

161.

0831

7.49

124.

3311

6.9

183.

94

93.6

8 130.

25

134.

85Gráfico 40 – Média da razão dos dispêndios com pesquisadores doutores pelo total de horas de pesquisadores

doutores por setor

Fonte: Elaboração própria.

2014 20162015 2017

Ano-base

Val

or (R

$/H

)

200

150

100

50

0

SetorAtividades financeiras, de seguros e serviços relacionadosAtividades profissionais, científicas e técnicasComércio; reparação de veículos automotores e motocicletas

Eletricidade e gásIndústrias de transformaçãoInformação e comunicação

105.

8

75.6

613

0.89

95.4

4 124.

412

5.25

97.5

9 110

109.

2799

.8

93.1

7

89.6

4

150.

4616

2.81

115.

03

127.

88

196.

8770

.47

107.

45

113.

04

103.

35 118.

55

131.

0571

.12

Gráfico 41 – Média da razão dos dispêndios com pesquisadores pelo total de horas dos pesquisadores, classificados em Especialistas (doutores, mestres e pós-graduados) e outros (graduados, técnicos e tecnólogos) nas atividades de P&D da empresa, por setor

Fonte: Elaboração própria.

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Bem

Com

bas

e n

os d

ados

do

Form

P&D

Resu

mo

exec

utiv

o

33

20122011 20142013 20162015 2017Ano-base

Titulação

Perc

entu

al (%

)

80

60

40

20

0

OutrosPós-graduado

Mestre

Doutor

2.99 7.

02

15.4

74.6

2.89 7.

45

14.2

8

75.3

8

3.33 8.

29

9.49

78.8

9

5.26 7.

65

13.8

8

73.2

2

3.88 7.

8714

.24

74.0

1

4.84 7.

8613

.38

73.9

2

3.99 7.

22

15.6

3

73.1

6

Gráfico 42 – Evolução anual do percentual dos dispêndios com pesquisadores, por titulação, nas atividades de P&D declaradas pela empresa na demanda pelos benefícios da lei

Fonte: Elaboração própria.

1.2.4. Conclusão

Os dados sobre a demanda pelos benefícios da Lei do Bem mostram que existem atividades de P&D,

declaradas no âmbito da lei, nos diferentes setores, regiões e portes de empresa, tanto em atividades

de produto como de processo, além de todas as etapas do elo da cadeia de inovação.

A produção declarada pelas empresas utiliza mais intensamente dispêndios em RH, menos em

parcerias e muito pouco em equipamentos. O setor de informação e comunicação é o que apresenta

o maior percentual de dispêndios com RH em relação aos dispêndios totais.

Os valores médios dos dispêndios com pesquisadores variaram muito, mostrando uma queda em

2015 e uma lenta recuperação, com valores em 2017 ainda abaixo dos de 2014. Por outro lado, são

utilizados poucos pesquisadores com maiores titulações e o percentual de doutores não alcançou

4% dos gastos em RH no ano de 2017.

Assim como na análise anterior, com foco nas empresas, existe também uma alta concentração

da quantidade e do dispêndio das atividades de P&D observadas por setor, UF, região e porte. Em

relação aos setores e às UF, a concentração é calculada com base nas quatro classes com maior

percentual. Por sua vez, no que diz respeito às regiões e ao porte, a concentração é calculada com

base nas duas classes com maior percentual.

Os resultados das taxas de concentração dos dispêndios, conforme Gráfico 43, foram todos acima de

75%, o que mostra uma alta concentração nos dispêndios setorial, regional, estadual (UF) e de porte de

empresa e também se reflete em altos índices médios das taxas de concentração dos dispêndios para cada

parâmetro, conforme apresentados no Gráfico 44. Resultados similares são verificados quando analisadas

as taxas de concentração do número de atividades (Gráfico 45) ao longo de todo o período e, portanto,

altos índices médios de concentração (Gráfico 46).

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i do

Bem

Com

bas

e no

s dad

os d

o Fo

rmP&

D

Resu

mo

exec

utiv

o

85.8

4 91.1

1

94.5

4

96.3

5

84.4

3 89.6

2

93.6

3

95.1

2

83.3

7

86.4

2 93.9

7

93.1

7

80.7

3 86.9

5 93.5

2

91.5

1

80.9

8 87.0

9 92

91.2

1

80.9

80.7

4 87.3

6

91.7

2

78.2

881

.04 88

.71

89.0

2

20122011 20142013 20162015 2017Ano-base

Parâmetro

Perc

entu

al (%

)

100

75

50

25

0

RegiãoPorte

Setor

UF

Gráfico 43 – Evolução anual da taxa concentração dos dispêndios em P&D, por parâmetro de análise

Fonte: Elaboração própria

0

50

25

75

100

Porte SetorRegião UF

Parâmetro

Perc

entu

al (%

)

91.96 92.5886.14

82.08

Gráfico 44 – Índice de concentração médio dos dispêndios em P&D por parâmetro de análise

Fonte: Elaboração própria.

20122011 20142013 20162015 2017Ano-base

Parâmetro

Perc

entu

al (%

)

100

75

50

25

0

RegiãoSetor

Porte

UF

83.4

7

86.4

2

90.5

694

.83

80.8

88 92.7

5

95.0

8

79.1

1 84.3

6 92.0

394

.96

77.4

4 85.1

9

89.6

1

93.7

5

77.9

8

82.5

5 89.8

8

93.4

2

75.4

6 82.1

1

86.7

7 92.3

1

77.7

7 82.1 86.6

9

90.6

6

Gráfico 45 – Evolução anual da taxa de concentração do número de atividades de P&D por parâmetro de análise

Fonte: Elaboração própria.

Page 37: Uma análise dos resultados da Lei do Bem7 Resumo executivo Uma análise dos resultados da Lei do Bem Com ase nos dados do orm 7 Resumo executivo 1. Uma análise dos resultados da

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Bem

Com

bas

e n

os d

ados

do

Form

P&D

Resu

mo

exec

utiv

o

35

0

50

25

75

100

Porte SetorRegião UF

Parâmetro

Perc

entu

al (%

)

Perc

entu

al (%

)

84.39

93.5789.75

78.86

Gráfico 46 – Índice de concentração médio do número de atividades de P&D por parâmetro de análise

Fonte: Elaboração própria.

1.3. Ambiente Inovativo

Na seção que trata da dimensão Ambiente inovativo busca-se analisar se os investimentos que

recebem benefícios da Lei do Bem são direcionados para recursos que podem gerar um ambiente

mais inovativo à empresa, região ou ao País. Esses recursos correspondem a pesquisadores,

parcerias e equipamentos.

1.3.1. RH

a. GeralComo visto na análise sobre os indicadores de Produção, os gastos com pessoal são bastante

significativos no desenvolvimento de P&D. O Gráfico 47 mostra a evolução do total de pesquisadores

por ano. Para o ano-base 2014, o MCTIC autorizou que as empresas apresentassem as informações

sobre os pesquisadores no Anexo do FormP&D e, por essa razão, há dados não incorporados à

presente análise.

20122011 20142013 20162015 2017

Ano-base

Qua

ntid

ade

80000

60000

40000

30000

0

7037374709

67989

24974

55258 53085

67150

Gráfico 47 – Evolução anual do total de pesquisadores

Fonte: Elaboração própria.

Page 38: Uma análise dos resultados da Lei do Bem7 Resumo executivo Uma análise dos resultados da Lei do Bem Com ase nos dados do orm 7 Resumo executivo 1. Uma análise dos resultados da

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i do

Bem

Com

bas

e no

s dad

os d

o Fo

rmP&

D

Resu

mo

exec

utiv

o

Devido a esse fato, os grupos anteriores e posteriores a essa medida não são comparáveis. O baixo

número de pesquisadores no ano-base 2014 pode ser, portanto, resultado dessa flexibilidade. Essa

hipótese é corroborada pelos dados de dispêndio, que se mantiveram em torno da média histórica

(Gráfico 48), mas refletindo os movimentos de queda em 2015 e 2016, apresentados nas dimensões

anteriores, com recuperação no ano-base 2017.

20122011 20142013 20162015 2017

Ano-base

Val

or (R

$ bi

lhõe

s)

40000

60000

20000

0

4,694,94

5,54 53,9

4,684,22

5,55

Gráfico 48 – Evolução anual do total de dispêndios com pesquisadores

Fonte: Elaboração própria.

b. SetorO setor de Indústria de Transformação tem liderado os quadros de quantidade de pesquisadores e de

valor de dispêndio nos últimos sete anos-base, seguido pelo setor de informação e comunicação

(Gráfico 49 e Gráfico 50). O dispêndio nesse primeiro setor obteve valores crescentes até o ano-base

2013 (Gráfico 51), quando alcançou o máximo da série histórica, com, aproximadamente, R$ 4,2 bilhões.

Indústrias de transformação

Informação e comunicação

Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas

Atividades administrativas e serviços complementares

Construção

Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura

Transporte, armazenagem e correio

Educação

Outras atividades de serviços

Saúde humana e serviços sociais

Alojamento e alimentação

Artes, cultura, esporte e recreação

Atividades imobiliárias

Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação

Indústrias extrativas

Eletricidade e gás

Atividades profissionais, científicas e técnicas

Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados

Seto

r

52.33 53.7973.14 71.19 67.44 56.51 61.62

11.53 13.54 15.66 18.02 20.3 20.17 16.3

3.29 1.4 2.47 3.5 3.78 7.45 7.05

1.88 2.71 2.28 5.11 2.92 4.27 5

1.79 2.65 3.14 4.38 2.79 3.28 3.05

1.68 1.21 2.45 2.49 1.92 3.37 7.89

1.91 1.86 1.96 1.73 2.42 5.16 3.18

1.77 2.66 1.73 3.53 0.95 0.64 0.5

1.39 1.27 0.86 2.13 0.64 0.62 0.62

0.53 0.69 1.05 1.12 0.48 1.09 0.94

0.31 0.29 0.39 0.93 0.35 0.33 0.5

0.08 0.14 0.14 0.22 1.21 0.47 0.36

0.01 0.05 0.16 0.19 0.37 0.28

0.22 0.3 0.37 0 0.19 0.09 0.04

0.05 0.07 0.02 0.15 0.12 0.28 0.43

0.44 0 0 0.02

0.1 0.07 0.06

0

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Ano-base

Porcentagem (%)0 20 40 60

Gráfico 49 – Evolução anual do percentual do número de pesquisadores por setor

Fonte: Elaboração própria.

Page 39: Uma análise dos resultados da Lei do Bem7 Resumo executivo Uma análise dos resultados da Lei do Bem Com ase nos dados do orm 7 Resumo executivo 1. Uma análise dos resultados da

37

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Com

bas

e n

os d

ados

do

Form

P&D

Resu

mo

exec

utiv

o

37

Nos anos seguintes, o valor de dispêndio apresentou oscilações, marcando R$ 3,3 bilhões no ano-

base 2017. Observa-se que o percentual de pesquisadores no primeiro setor foi reduzido ao longo dos

anos, sendo de 79% no início da série histórica e passando para 59% ao final do período em estudo.

Ainda assim, permaneceu bem à frente dos demais setores, visto que a segunda maior participação,

setor de Informação e Comunicação, é de 11% no ano-base 2017.

0.8

0.42

79.82

2.14

0.09

0.88

2.49

0.12

8.53

2.3

0.01

0.61

1.33

0.06

0.39

1.22

0.37

78.07

2.46

0.16

1.07

3.06

0.15

7.91

2.86

1.14

1.11

0.06

0.34

0.02

1.27

1.01

76.31

2.84

0.25

1.13

3.16

0.22

3.18

0

1.47

1.12

0.01

0.12

0.02

1.17

0.91

72.13

3.63

0.09

1.11

3.61

0.21

2.44

0

1.37

1.7

0.03

0.2

0.03

0.91

0.74

69.57

3.66

0.17

1.05

3.44

0.23

12.05

3.62

0.01

0.53

3.75

0.07

0.09

0.06

0.06

0.51

2.3

60.24

5.37

0.17

1.17

5.12

0.25

13.64

4.72

1.53

4.34

0.42

0.04

0.05

0.12

0.4

2.54

59.64

4.18

1

0.8

6.03

0.3

0

11.62

3.98

1.75

6.78

0.3

0

0

0.3

Ano-base

Seto

r

Indústrias de transformação

Informação e comunicação

Atividades administrativas e serviços complementares

Indústrias extrativas

Eletricidade e gás

Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura

Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação

Outras atividades de serviços

Saúde humana e serviços sociais

Educação

Artes, cultura, esporte e recreação

Atividades imobiliárias

Alojamento e alimentação

Transporte, armazenagem e correio

Construção

Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados

Atividades profissionais, científicas e técnicas

Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas

Porcentagem (%)0 20 40 60

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

11.397.89

Gráfico 50 – Evolução anual do percentual dos dispêndios com pesquisadores por setor

Fonte: Elaboração própria.

37.75

19.59

3745.41

100.39

4.41

41.16

117.4

5.77

400.17

107.88

0.65

28.47

62.39

2.83

18.28

0.76

70.4

56.1

4229.23

157.26

13.79

62.66

175.39

12.16

437.31

176.36

81.31

61.82

6.41

1.34

0.12

3.02

60.25

18.41

3857.8

121.51

7.91

52.91

151.02

7.33

390.69

141.48

56.34

55.03

16.72

0.88

63.22

48.94

3889.29

195.57

4.68

60.01

194.42

11.17

614.43

131.35

0.13

73.66

91.62

1.58

10.75

1.54

3258.19

42.84

34.64

171.63

7.88

49.04

161.34

10.65

564.13

169.55

0.28

24.88

175.45

3.34

4.19

2.64

2.89

2539.82

21.54

96.95

226.516

7

49.17

216

10.5

575.33

199.13

64.64

183.21

17.67

1.58

2.23

5.24

3312

23.34

141.1

232.1

64.01

46.09

334.9

17.52

1.28

645.6

221.1

97

376.3

18.53

2.3

2.94

16.97

Ano-base

Seto

r

Indústrias de transformação (em bilhões)

Informação e comunicação

Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas

Atividades administrativas e serviços complementares

Atividades profissionais, científicas e técnicas

Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados

Indústrias extrativas

Eletricidade e gás

Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura

Construção

Transporte, armazenagem e correio

Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação

Outras atividades de serviços

Saúde humana e serviços sociais

Educação

Artes, cultura, esporte e recreação

Atividades imobiliárias

Alojamento e alimentação

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017Total (R$ milhões)1000 2000 3000 4000

Gráfico 51 – Evolução anual dos dispêndios com pesquisadores por setor

Fonte: Elaboração própria.

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ulta

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Bem

Com

bas

e no

s dad

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o Fo

rmP&

D

Resu

mo

exec

utiv

o

c. Porte da empresaA classificação do porte da empresa é construída com base em faixas de quantitativo de funcionários,

não necessariamente dedicados a P&D. Para o presente estudo, a escolha das faixas tomou como

base a classificação adotada pelo IBGE, considerando, ainda, o contexto do banco de dados referente

à Lei do Bem. As faixas foram “criadas” de modo que fosse possível associar o perfil das empresas

com o quantitativo de funcionários. Foram feitas 4 classes da quantidade de funcionários: Faixa 1, de

1 a 99; Faixa 2, de 100 a 249; Faixa 3, de 250 a 499; e Faixa 4, de 500 acima.

Vale lembrar que a Lei do Bem é aplicada somente a empresas que operam sob o regime tributário

do Lucro Real, de forma que o universo de empresas com potencial de uso da lei tende a ser de

“maior porte”. Assim, nota-se uma maior concentração de empresas na Faixa 4, como pôde ser visto

na seção Abrangência.

Esse indicador relaciona duas variáveis: funcionários da empresa (informação utilizada para a

classificação do porte da empresa) e pesquisadores. No que diz respeito à Faixa 4, o dispêndio

consideravelmente alto em relação às demais classes (Gráfico 52) pode ser explicado pelas razões

citadas no parágrafo anterior. As empresas enquadradas nesta mesma faixa também são as que

apresentam maior quantidade de pesquisadores (Gráfico 53). Vale ressaltar, entretanto, que a

menor quantidade de pesquisadores, registrada no ano-base de 2014, reforça a hipótese levantada

anteriormente, de que esses valores podem estar subestimados, tendo em vista a possibilidade

de que outros registros tenham sido adicionados ao anexo do FormP&D, como permitido pelo

MCTIC11, também no ano-base 2014. Essa observação pode ser confirmada quando observado o

dispêndio, que não acompanhou tal intensidade no decréscimo no mesmo ano-base (Gráfico 52).

20122011 20142013 20162015 2017Ano-base

Número de empregados

Val

or (R

$ m

ilhõe

s)

5000

4000

3000

2000

1000

0

Faixa 4 - Maior ou igual a 500 (em bilhões)Faixa 3 - Entre 250 e 499

Faixa 2 - Entre 50 e 249Faixa 1 - Menor ou igual a 49

40.7

8

213.

76

275.

1841

62.4

6

22.6

4 324.

59

290.

56

4303

.52

31.7

2 328.

06

341.

26

4841

.5

49.4

9 364.

47

318.

01

4660

.39

40.7

6 385.

4144

4.21

3812

.98

159.

46 457.

59

544.

59

3054

.87

64.5

1 545.

6

572.

97

4370

.91

Gráfico 52 – Evolução anual dos dispêndios com pesquisadores por porte de empresa

Fonte: Elaboração própria.

11 Essa permissão do MCTIC para que os registros pudessem ser feitos no anexo do FormP&D, tornou ambos os grupos de empresas, anterior e posterior ao ano-base 2014, incomparáveis.

Page 41: Uma análise dos resultados da Lei do Bem7 Resumo executivo Uma análise dos resultados da Lei do Bem Com ase nos dados do orm 7 Resumo executivo 1. Uma análise dos resultados da

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ulta

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Bem

Com

bas

e n

os d

ados

do

Form

P&D

Resu

mo

exec

utiv

o

39

Ainda em relação ao dispêndio, as quantias oscilam, porém, não há comportamento destoante.

No último ano-base, 2017, o registro foi de 4,3 bilhões de reais no dispêndio com pesquisadores,

sendo que, no início da série histórica, o valor era de 4,1 bilhões de reais. Chama a atenção que

empresas pertencentes à Faixa 2 agregam maior quantitativo de pesquisadores que a Faixa 3, mesmo

demandando menores gastos com os mesmos. As quantias são pouco significantes, mas, ainda assim,

são diferenças de aproximadamente mil funcionários. Esse comportamento se repete em todos os

anos analisados, exceto no ano-base 2015, que foi maior demandado pela Faixa 3.

20122011 20142013 20162015 2017Ano-base

Porte por número de empregados

Perc

entu

al (%

)

75

50

25

0

Faixa 4 - Maior ou igual a 500Faixa 3 - Entre 250 e 499

Faixa 2 - Entre 50 e 249

Faixa 1 - Menor ou igual a 49

1.06

7.08

5.88

0.84

8.6

7.03

0.95

8.82

8.56

2.92

17.6

9

12.4

2

1.33

10.0

5

11.1

4

77.4

8

2.28

13.8

3

12.8

6

1.45

12.1

6

10.3

6

66.9

6 76.0

2

71.0

3

81.6

7

83.5

3

85.9

9

Gráfico 53 – Evolução anual do percentual de pesquisadores por porte da empresa

Fonte: Elaboração própria.

d. TitulaçãoA análise dos indicadores por titulação relaciona o quantitativo e o dispêndio com pesquisadores

detentores de formações classificadas em técnicos, tecnólogos, graduados, pós-graduados, mestres

e doutores. Para fins desse estudo, foram definidos indicadores para doutores, mestres e pós-

graduados, além das demais formações, estas agrupadas em “outros”.

Ainda na análise a respeito do percentual de pesquisadores por titulação, em relação ao total de

pesquisadores, é observada, com destaque, a grande diferença da participação da categoria outros em

relação a doutores, mestres e pós-graduados. Essa disparidade é explicada pelo grande quantitativo

de graduados e técnicos nas empresas. No período estudado, apesar das oscilações, verifica-se, ainda,

um crescimento do percentual de técnicos, tecnólogos e graduados.

Page 42: Uma análise dos resultados da Lei do Bem7 Resumo executivo Uma análise dos resultados da Lei do Bem Com ase nos dados do orm 7 Resumo executivo 1. Uma análise dos resultados da

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Bem

Com

bas

e no

s dad

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rmP&

D

Resu

mo

exec

utiv

o

.

20122011 20142013 20162015 2017Ano-base

Perc

entu

al d

e pe

squi

sado

res (

%)

75

100

50

25

0

Titulação

OutrosPós-graduado

Mestre

Doutor

1.09 3.

66 24.6

4

1.14 3.79

25.7

5

1.5 4.

94 8.84

1.81 4.

41

11.0

6

1.83 4.

81

11.6

1.87 4.

53

12.2

4

1.45 3.

94

12.7

1

70.6

69.3

2

84.7

3

82.7

3

81.7

6

81.3

6

81.9

Gráfico 54 – Evolução anual da média do percentual de pesquisadores por titulação sobre o total de pesquisadores da empresa

Fonte: Elaboração própria.

1.3.2. Parcerias

a. GeralA Lei do Bem permite isenção fiscal sobre recursos destinados a contratos para o apoio das atividades

internas de P&D ou, ainda, para o desenvolvimento externo de tais pesquisas. Esses contratos são

denominados como Parcerias e podem ser classificados como: apoio técnico, tecnologia industrial

básica e viagens; instituição de pesquisa; inventor independente; microempresa; empresa de pequeno

porte; e universidade. É importante ressaltar que foram computadas as parcerias ativas em cada ano,

incluindo aquelas com duração de mais de um ano e estabelecidas em anos anteriores, ou seja, os

números apresentados não representam necessariamente a quantidade de novas parcerias a cada ano.

O Gráfico 55 mostra o número de parcerias ativas dos anos-base de 2015 a 2017. Nota-se uma elevação

tanto do número total de parcerias quanto do dispêndio (Gráfico 56) das empresas demandantes

dos benefícios da Lei do Bem.

0

20000

10000

30000

2015 20172016

Ano-base

Qua

ntid

ade

21074

29832 29961

Gráfico 55 – Evolução anual do total de parcerias

Fonte: Elaboração própria.

Page 43: Uma análise dos resultados da Lei do Bem7 Resumo executivo Uma análise dos resultados da Lei do Bem Com ase nos dados do orm 7 Resumo executivo 1. Uma análise dos resultados da

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Com

bas

e n

os d

ados

do

Form

P&D

Resu

mo

exec

utiv

o

41

Os dados dos anos de 2015 a 2017 revelam um alto percentual da quantidade de parcerias do tipo

apoio técnico, tecnologia industrial básica e viagens, durante os três anos avaliados. Essa concentração

também é observada na análise dos dispêndios da parceria por tipo (Gráfico 57), cuja participação

vem crescendo, ao longo dos três anos, de 46,63% para 53%.

Em seguida, destaca-se o percentual de parcerias realizadas pelo segmento de instituições de

pesquisa que, em conjunto com o percentual de universidades, vem reduzindo sua participação, de

40,23%, em 2015, para 32,08%, em 2017. Por outro lado, as parcerias com microempresas e empresas

de pequeno porte cresceram, de 12,98%, em 2015, para 14,78%, em 2017.

Assim, apesar do leve crescimento do percentual dos dispêndios de parcerias com empresas, de

um modo geral, os dados mostram uma redução dos dispêndios das parcerias com institutos de

pesquisa e universidades, em favorecimento, principalmente, para dispêndios com apoio técnico,

tecnologia industrial básica e viagens.

0

2000

1000

2015 20172016Ano-base

Val

or (R

$ m

ilhoe

s)

2485.38 2550.292841.8

Gráfico 56 – Evolução anual do total de dispêndios com parcerias

Fonte: Elaboração própria.

Tipo

Inventor independentePequeno porteUniversidade

MicroempresaInstituição de pesquisaApoio técnico. tecnologia industrial básica e viagens

20162015 2017

Ano-base

Perc

entu

al (%

)

50

25

5

0

0.15

6.01 10

.1

30.1

3 46.6

3

0.18

5.96 7.

71

31.0

7

46.9

8

7.07

0.14

4.46

27.6

2

53

6.97 8.

1

7.71

Gráfico 57 – Evolução anual do percentual do dispêndio com parcerias por tipo

Fonte: Elaboração própria.

Page 44: Uma análise dos resultados da Lei do Bem7 Resumo executivo Uma análise dos resultados da Lei do Bem Com ase nos dados do orm 7 Resumo executivo 1. Uma análise dos resultados da

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Com

bas

e no

s dad

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rmP&

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o

b. SetorOs setores que mais se destacam pelo percentual em relação à quantidade de parcerias são o de

Indústria de Transformação; e o de Comércio, Reparação de veículos automotores e motocicletas

(Gráfico 58). Quando a análise é feita em relação ao dispêndio com parcerias, além desses dois setores,

ganha destaque também o setor de Atividades Financeiras, de seguros e serviços relacionados (Gráfico

59 e Gráfico 60). Apesar do setor de Indústria de transformação registrar 68% do total de parcerias

no ano-base 2017, o mesmo setor registra valores consideravelmente decrescentes, partindo de

aproximadamente R$ 1,4 bilhão no ano-base 2015 para R$ 1 bilhão no ano-base 2017 (Gráfico 59).

Nota-se que, mesmo que temporalmente os dispêndios com parcerias tenham sido reduzidos, o

número de parcerias nesse mesmo período avaliado, em geral, aumentou. Percebe-se também,

no ano-base 2017, que o setor de Comércio, Reparação de veículos automotores e motocicletas é o

segundo em relação ao percentual da quantidade de parcerias, no qual participa com 6,5% do total

de parcerias, enquanto o setor Atividades Financeiras, de seguros e serviços relacionados participa em

4,5%. Entretanto, como demonstrado no Gráfico 59, Comércio, Reparação de veículos automotores

e motocicletas dispende menos que Atividades Financeiras, de seguros e serviços relacionados, sendo

(Gráfico 60) seus percentuais de participação no dispêndio com parcerias de, respectivamente, 13%

e 17%.

0.88

3.09

68.43

2.38

0.07

0.87

5.51

0.27

0

6.48

5.52

1.81

4.39

0.06

0.2

0.01

0.02

0.68

2.54

63.8

4.62

0.31

2.64

5.99

0.15

0.01

8.37

4.71

2.59

3.36

0.11

0.12

0.01

0.28

2.4

68.38

6.57

0.73

1.74

4.55

0.14

0

6.58

3.14

0

4.14

1.1

0.08

0.1

0.01

Ano-base

Seto

r

Indústrias de transformação

Informação e comunicação

Eletricidade e gás

Atividades profissionais, científicas e técnicas

Indústrias extrativas

Construção

Transporte, armazenagem e correio

Saúde humana e serviços sociais

Educação

Outras atividades de serviços

Artes, cultura, esporte e recreação

Alojamento e alimentação

Atividades imobiliárias

Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação

Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura

Atividades administrativas e serviços complementares

Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados

Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas

Porcentagem (%)0 20 40 60

2015 2016 2017

Gráfico 58 – Evolução anual do percentual de parcerias por setor

Fonte: Elaboração própria.

Page 45: Uma análise dos resultados da Lei do Bem7 Resumo executivo Uma análise dos resultados da Lei do Bem Com ase nos dados do orm 7 Resumo executivo 1. Uma análise dos resultados da

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i do

Bem

Com

bas

e n

os d

ados

do

Form

P&D

Resu

mo

exec

utiv

o

43

3.48

150.07

1459.43

93.54

8.32

26.19

238.51

1.42

0

180.89

155.04

31.51

132.51

3.14

0.63

0.01

0.71

2.24

52.58

1222.16

229.17

10.29

30.09

233.55

8.72

0.14

281.87

138.33

119.96

168.3

10.91

2.85

0.29

22.6

48.5

1087

236

4.33

19.9

372

11.0

0

485

191

0

229

112

3.25

16.5

0.22

Ano-base

Seto

rIndústrias de transformação (em bilhões)

Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados

Atividades administrativas e serviços complementares

Atividades profissionais, científicas e técnicas

Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura

Transporte, armazenagem e correio

Saúde humana e serviços sociais

Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação

Alojamento e alimentação

Outras atividades de serviços

Artes, cultura, esporte e recreação

Atividades imobiliárias

Educação

Construção

Informação e comunicação

Indústrias extrativas

Eletricidade e gás

Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas

Total (R$ milhões)0 500 1000

2015 2016 2017

Gráfico 59 – Evolução anual dos dispêndios com parcerias por setor

Fonte: Elaboração própria.

0.14

6.04

58.72

3.76

0.33

1.05

9.6

0.06

0

7.28

6.24

1.27

5.33

0.13

0.03

0

0.03

0.09

2.09

48.66

9.13

0.41

1.2

9.3

0.35

0.01

11.22

5.51

4.78

6.7

0.43

0.11

0.01

0.8

1.71

38.26

8.3

0.15

0.7

13.11

0.39

0

17.09

6.75

0

8.07

2.9

0.1

0.5

0

Ano-base

Seto

r

Indústrias de transformação

Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados

Atividades administrativas e serviços complementares

Indústrias extrativas

Atividades profissionais, científicas e técnicas

Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura

Educação

Saúde humana e serviços sociais

Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação

Alojamento e alimentação

Outras atividades de serviços

Artes, cultura, esporte e recreação

Atividades imobiliárias

Construção

Transporte, armazenagem e correio

Informação e comunicação

Eletricidade e gás

Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas

Porcentagem (%)0 10 20 30 40 50

2015 2016 2017

Gráfico 60 – Evolução anual do percentual dos dispêndios com parcerias por setor

Fonte: Elaboração própria.

Page 46: Uma análise dos resultados da Lei do Bem7 Resumo executivo Uma análise dos resultados da Lei do Bem Com ase nos dados do orm 7 Resumo executivo 1. Uma análise dos resultados da

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Com

bas

e no

s dad

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exec

utiv

o

c. Porte da empresaA análise de parcerias por porte da empresa tem o intuito de traçar um perfil das empresas

demandantes pela lei que mais dispendem e mais fazem uso do incentivo de parcerias (ativas),

no determinado ano-base.

Devido ao fato mencionado anteriormente, a quantidade de empresas concentradas na Faixa 4 é

maior em razão da própria característica da lei, que contempla apenas empresas que operam no

regime tributário Lucro Real. Vale ressaltar os expressivos resultados associados a essa faixa quando

comparada às demais. Em todos os anos registrados, mais de 70% das parcerias foram feitas por

empresas que se enquadram na Faixa 4. É interessante notar que, em 2 dos 3 anos observados,

a segunda faixa de funcionários que detém maior quantidade de parcerias é a Faixa 2 – 50 a 249

funcionários –, ainda que com valores relativamente baixos, se comparados aos da Faixa 4. Os

mesmos resultados também são refletidos nos dispêndios, em que a Faixa 4 é a que mais despende

em parcerias, seguida da Faixa 2, que obteve um percentual de 12% das parcerias feitas por todas as

empresas em 2017, como é possível observar no Gráfico 61 e no Gráfico 62.

Os resultados apresentados no Gráfico 61 permitem uma comparação temporal feita na Faixa 4

e indicam que a média geral se manteve constante durante o período em estudo. O Gráfico 61

também mostra que empresas com 500 ou mais funcionários representam 71,8% das parcerias

feitas pelo total de empresas no ano-base 2017. Por sua vez, o Gráfico 62 sugere uma redução

da participação das empresas da Faixa 4 no dispêndio com parcerias, apesar do nível de

concentração ainda se manter elevado.

20162015 2017

Ano-base

Perc

entu

al (%

)

60

40

20

0

Porte por número de empregadosFaixa 1 - Menor ou igual a 49 Faixa 2 - Entre 50 e 249

Faixa 3 - Entre 250 e 499Faixa 4 - Maior ou igual a 500

53

3.82

12.1

4

13.5

2

70.5

3

3.32

13.6

10.1

72.9

8

3.14

13.5

5

11.5

3

71.7

8

Gráfico 61 – Percentual de parcerias por porte de empresa

Fonte: Elaboração própria.

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i do

Bem

Com

bas

e n

os d

ados

do

Form

P&D

Resu

mo

exec

utiv

o

45

Porte por número de empregadosFaixa 1 - Menor ou igual a 49 Faixa 2 - Entre 50 e 249

Faixa 3 - Entre 250 e 499Faixa 4 - Maior ou igual a 500

20162015 2017Ano-base

Porc

enta

gem

(%)

75

50

25

01.

22 5.32 7.41

2.91 8.

43

6.59

3.14 12 8.

73

71.5

786.0

4

82.0

7

Gráfico 62 – Evolução anual do percentual dos dispêndios com parcerias por porte de empresa

Fonte: Elaboração própria.

1.3.3. Equipamentos

a. GeralApesar da importância da disponibilidade de equipamentos para o desenvolvimento de P&D, verifica-

se, na seção de Produção, que poucas são as empresas que realizam dispêndio com equipamentos.

Devido a esse fato, os números registrados nos gráficos 63 e 64 podem não representar o quadro geral,

sendo sensíveis ao dispêndio de um grupo seleto de empresas. Tais estatísticas também são sensíveis

ao universo de empresas demandantes, que varia a cada ano. É possível que o comportamento do

dispêndio representado no Gráfico 63 seja verificado pelas hipóteses citadas anteriormente, haja

vista o grande crescimento do dispêndio em equipamento no ano-base 2017. A pequena oscilação

no número de equipamentos também corrobora com tais hipóteses.

0

100

50

150

200

2015 20172016

Ano-base

Val

or (R

$ m

ilhóe

s)

100.77 96.75

188.61

Gráfico 63 – Evolução anual dos dispêndios com equipamentos

Fonte: Elaboração própria.

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Com

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D

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exec

utiv

o

0

1000

500

1500

2000

2015 20172016

Ano-base

Qua

ntid

ade

19051804

2024

Gráfico 64 – Evolução anual do número de equipamentos adquiridos

Fonte: Elaboração própria. Setor

b. SetorO setor de Indústria de Transformação se destaca nos percentuais de quantidade (Gráfico 66) e

dispêndio (Gráfico 65) em equipamentos, nos três anos-base analisados. No último ano-base, o

setor foi responsável por 58% do total de equipamentos. Entretanto, no último ano do quadro dos

dispêndios, perdeu o destaque para o setor de Transporte, Armazenagem e Correio, que registrou

68% de participação do investimento em relação ao total de setores, em contrapartida aos 25%

do setor de Indústria de Transformação. É interessante notar o grande crescimento do setor de

Transporte, Armazenagem e Correio, no ano de 2017, comparado aos dois anos-bases anteriores,

quando não registrou dispêndio.

0

0

89.81

2.25

0

0

5.91

0

0

0

0.51

1.35

0.13

0.01

0

0

0

0.32

25.32

1.64

0.01

0.25

2.98

0.15

0

668.17

0.05

0

0.72

0.28

0

0.11

0

Ano-base

Seto

r

Indústrias de transformação

Transporte, armazenagem e correio

Atividades profissionais, científicas e técnicas

Atividades administrativas e serviços complementares

Informação e comunicação

Comércio, reparaçào de veículos automotores e motocicletas

Eletricidade e gás

Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados

Artes, cultura, esporte e recreação

Saúde humana e serviços sociais

Outras atividades de serviços

Indústrias extrativas

Agricultura, pecuária, produçào florestal, pesca e aquicultura

Educação

Construção

Atividades imobiliárias

Alojamento e alimentação

Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação

Porcentagem (%)0 25 40 75

2015 2016 2017

0.24

0

94.06

0.09

0.18

0

0.9

0

0

0

0

2.19

0.19

2.14

0

0

0

Gráfico 65 – Evolução anual do percentual dos dispêndios com equipamentos adquiridos para atividades de P&D, por setor

Fonte: Elaboração própria.

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Com

bas

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do

Form

P&D

Resu

mo

exec

utiv

o

47

0.68

0.68

67.98

3.46

0.84

0.73

2.52

0.68

0.05

13.75

2.83

2.05

2.31

0.37

0.47

0.1

0.47

0.72

0.72

61.62

3.99

0.72

0.94

5.99

0.61

0.11

13.09

4.71

2.55

3.61

0.22

0.28

0.11

0.99

1.68

58.3

6.57

0.74

0.94

6.13

0.89

0.2

12.01

3.06

0

3.06

4.55

0.3

0.35

0.1

Ano-base

Seto

r

Indústrias de transformação

Informação e comunicação

Atividades administrativas e serviços complementares

Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas

Eletricidade e gás

Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados

Atividades profissionais, científicas e técnicas

Indústrias extrativas

Construção

Transporte, armazenagem e correio

Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura

Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação

Educação

Saúde humana e serviços sociais

Outras atividades de serviços

Artes, cultura, esporte e recreação

Alojamento e alimentação

Atividades imobiliárias

Porcentagem (%)0 20 40 60

2015 2016 2017

Gráfico 66 – Evolução anual do percentual da quantidade de equipamentos adquiridos para atividades de P&D, por setor

Fonte: Elaboração própria.

c. Porte da empresaA evolução da quantidade de equipamentos ao longo dos anos vem repetindo a mesma tendência dos

outros indicadores, no âmbito do porte: a Faixa 4 é a predominante, representando aproximadamente

50% do total de equipamentos no último ano-base e, entre as Faixas que demandam menores

quantidades de equipamentos, a Faixa 2 se destaca em relação às demais, principalmente sobre a

Faixa 3, o que normalmente não é o esperado (Gráfico 67).

20162015 2017

Ano-base

Porte por número de empregados

Perc

entu

al (%

)

40

20

0

Faixa 4 - Maior ou igual a 500Faixa 3 - Entre 250 e 499

Faixa 2 - Entre 50 e 249Faixa 1 - Menor ou igual a 49

5.98 8.

15

7.91

24.7

16.7

50.6

9

21.4

1

16.5

8

53.8

5

20.4

7

12.7

6

60.7

9

Gráfico 67 – Evolução anual do percentual da quantidade de equipamentos adquiridos para atividades de P&D por porte da empresa

Fonte: Elaboração própria.

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o

Quanto ao dispêndio (Gráfico 68 e Gráfico 69) com equipamentos, o último ano-base se

destaca em relação aos anteriores, com o maior volume, de R$ 176 milhões, registrado na Faixa

4, enquanto nos outros anos as empresas que se encontravam nessa mesma Faixa dispenderam

R$ 93 e R$ 81 milhões, aproximadamente, para os respectivos anos-base de 2015 e 2016. Isso

representa um salto de R$ 95 milhões no último ano-base. Esse indicador registrou um crescimento

da Faixa 1, que, mesmo detendo a menor participação do dispêndio, foi a única que obteve

crescimento percentual em todos os anos (Gráfico 68).

20162015 2017

Ano-base

Porte por número de empregados

Perc

entu

al (%

)

50

75

25

0

Faixa 4 - Maior ou igual a 500Faixa 3 - Entre 250 e 499

Faixa 2 - Entre 50 e 249Faixa 1 - Menor ou igual a 49

0.49 0.94 4.

91

1.51

93.3

6

0.61

9.48

5.49

84.4

2

6.47

0.43

92.6

1

Gráfico 68 – Evolução anual do percentual dos dispêndios com equipamentos adquiridos para atividades de P&D por porte da empresa

Fonte: Elaboração própria.

20162015 2017

Ano-base

Porte por número de empregados

Val

or (R

$ m

ilhõe

s)

100

50

150

0

Faixa 4 - Maior ou igual a 500Faixa 3 - Entre 250 e 499

Faixa 2 - Entre 50 e 249Faixa 1 - Menor ou igual a 49

0.49 1.77 7.

9

2.84

176.

09

0.59

9.18

5.31

81.6

7

6.52

0.43

93.3

3

Gráfico 69 – Evolução anual dos dispêndios com equipamentos adquiridos para atividades de P&D por porte da empresa

Fonte: Elaboração própria.

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Form

P&D

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49

1.3.4. Conclusões

Os dados sobre a demanda pelos benefícios da Lei do Bem mostram que parte significativa dos

recursos está sendo destinada a investimentos que podem contribuir para um “ambiente inovativo”,

seja por meio da alocação destinada a pesquisadores, parcerias ou equipamentos. Ao longo do

período observado, as empresas demandantes do benefício têm mantido dispêndio total com

pesquisadores acima de 70% do total de dispêndio com as atividades de P&D. Vale ressaltar, no

entanto, que o maior percentual de dispêndios ainda é com pesquisadores sem titulações de doutor,

mestre ou pós-graduado lato sensu. Os dados mostram que, nos últimos três anos analisados (2015

a 2017), menos de 25% dos gastos com RH foram para pesquisadores com titulações de doutorado

ou mestrado ou pós-graduado lato sensu.

Dentre as parcerias ativas, a maior participação em relação aos dispêndios com parcerias é relacionada

à categoria de “apoio técnico, tecnologia industrial básica e viagens”, que varia entre 46,63%, em 2015,

e 53%, em 2017. O crescimento do percentual deste tipo de parceria, junto com um leve crescimento

do percentual de parcerias com empresas, seja micro ou de pequeno porte (de 12,98%, em 2015, para

14,78%, em 2017), levou a um movimento não desejado de redução do percentual de dispêndios em

parcerias com institutos de pesquisas ou universidades (de 40,23%, em 2015, para 32,08%, em 2017).

As participações de técnicos e empresas de tecnologia nas atividades de pesquisa são favoráveis

ao ambiente inovativo. Porém, o seu alto percentual gera uma forte concentração, que indica

um problema. Os movimentos de leve redução e de baixa participação de pesquisadores com

maiores titulações, em conjunto com a redução de participação dos dispêndios em parcerias com

instituições de pesquisa ou universidades, são preocupantes para fomentar um ambiente propício a

uma atividade de P&D de qualidade.

Por fim, os gastos com equipamentos têm uma participação pouco significativa no dispêndio total

das atividades, apesar de terem apresentado crescimento significativo no último ano observado. Este

fator não é tão preocupante, se essas empresas estiverem buscando outro tipo de benefício para esse

gasto, mas a base não fornece informação suficiente para uma análise deste tipo.

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Form

P&D

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51

2. Considerações finais

O presente trabalho teve como finalidade expor uma análise a respeito do Capítulo 3 da Lei

11.196/2005 (BRASIL, 2005), conhecida como Lei do Bem, que dispõe sobre incentivos fiscais para

a inovação. Mais especificamente, a avaliação tomou como base os dados fornecidos, por meio do

preenchimento do FormP&D, pelas empresas demandantes dos benefícios da referida legislação,

conforme artigo 14º do Decreto no 5.798, de 7 de junho de 2011 (BRASIL, 2011).

A Lei do Bem tem como objetivo estimular investimentos empresariais em P&D. Os

impactos esperados por meio dessa iniciativa são o estímulo e a potencialização da inovação

no setor produtivo, uma lógica consistente com fundamentação científica, tal como o

Manual de Frascati (OCDE, 2015) propõe.

A Lei do Bem já foi atenção de estudos anteriores, em sua maioria com o objetivo de analisar as

questões fiscais e de investimento, não havendo registro, contudo, de avaliações que considerassem

os dados específicos do FormP&D. O presente trabalho, por sua vez, faz uso de uma abordagem de

indicadores e expõe uma análise com foco nos dados apresentados, pelas empresas demandantes

dos benefícios da lei, por meio do FormP&D, ao MCTIC. Assim, trata-se de um estudo inédito, mas

ainda preliminar, e alinhado às avaliações de políticas públicas por meio da metodologia escolhida,

que é sugerida por órgãos como MPOG e o TCU.

Um dos pilares fundamentais descritos na Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação

(ENCTI) (BRASIL, 2017) é a “ampliação do financiamento para o desenvolvimento da CT&I”, que

abrange, entre suas ações prioritárias, o “fortalecimento da Lei do Bem com a garantia de continuidade

do incentivo e do estímulo à adesão pelas empresas”.

Destaca-se que a presente análise é fundamentada exclusivamente nos dados constantes na base

do FormP&D, limitando-se, portanto, ao universo das empresas que buscaram o benefício da lei no

espaço temporal de sua execução e cujas informações estavam disponíveis e consistentes na base

FormP&D (na sua maioria a partir de 2011).

Tendo em vista o contexto exposto, o objetivo dos incentivos fiscais, conforme a ENCTI, e a

limitação prévia dada pela base de dados utilizada, foram identificados alguns resultados almejados

por meio desta legislação:

• crescimento da geração de atividades de P&D e empresas com propriedade intelectual, no âmbito da lei;• geração de atividades de P&D, no âmbito da lei, de forma abrangente, no que se refere às empresas (regional/setorial/porte/etc.) e às características das atividades de P&D (produto/processo e PB/PA/DE 12); e• crescimento de investimentos em recursos que possam estimular e potencializar a estru-tura de P&D da empresa, da região ou do País.

12 Pesquisa básica (PB); Pesquisa avançada (PA); Desenvolvimento experimental (DE).

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O número de empresas que buscam os benefícios da Lei do Bem vem crescendo, em média, 8%

ao ano, como observado de 2011 a 2017. Vale destacar duas estatísticas neste período: a queda

de 8%, em 2015, possivelmente resultante da crise instaurada em 2014; e a taxa de crescimento

recorde, de 26%, observada em 2017, quando quase 1,5 mil empresas buscaram o benefício para

atividades realizadas naquele ano. Esses dois registros mostram que a lei vem sendo cada vez mais

utilizada pelas empresas, mas ainda muito aquém do potencial total das empresas que poderiam

estar utilizando o benefício.

Todavia, é necessário saber: 1o - se esse crescimento alcança de forma abrangente os diferentes

setores, regiões e perfis de empresa; 2o - se há aumento também dos dispêndios e do número

de projetos em P&D dessas empresas, analisando características dessa produção; e 3o - se há

investimento na promoção de uma ambiente mais inovativo.

Dessa forma, com foco nas questões colocadas, nos limites dados pelas informações disponíveis

no FormP&D e na confirmação de que o número de empresas vem aumentando, o estudo realiza

uma análise da Lei do Bem (BRASIL, 2005)13 com base em 3 dimensões: a abrangência da lei em

nível setorial, regional e de porte relativo às empresas; a produção em termos de quantidade,

insumos e valor dispendido; assim como o ambiente inovativo gerado em termos de parcerias,

equipamentos e equipes utilizadas.

A análise dos dados realizada no presente estudo mostra que o benefício da lei foi solicitado por

empresas de todos os potenciais setores, de todos os estados e, por consequência, de todas as

regiões. Entende-se, portanto, que há o alcance da abrangência desejada, ainda que permaneçam

altas concentrações. O estudo calcula a taxa de concentração setorial, regional, por unidade da

Federação (UF) e porte das empresas. Os resultados evidenciam taxas de concentração das empresas

acima de 70%, o que mostra uma alta concentração setorial, regional, estadual (UF) e de porte de

empresa. Dentre os 21 setores analisados (classificação CNAE), o setor de transformação concentra

53,76% das empresas que buscaram o benefício da Lei em 2017. A Região Sudeste concentra

61,54% das empresas que buscaram o benefício da Lei em 2017 e, dentre os 27 UF analisadas, o

Estado de São Paulo concentra 46,78% das empresas que buscaram o benefício da Lei em 2017.

As empresas com 500 funcionários ou mais representam 42,92% das empresas que buscaram

o benefício da lei em 2017.

Entretanto, a lei impõe uma condição de que apenas as empresas que operam sob o regime tributário

do Lucro Real e que tiveram lucro no ano-base da solicitação do incentivo fiscal podem solicitar o

benefício desta legislação. Esse requisito pode contribuir para uma concentração de empresas de

maior porte, tendo em vista que o Lucro Real é mais adotado pelas médias e grandes empresas, uma

vez que sua apuração requer maiores controles, porém, com permissão de certas medidas aplicadas

para a economia de tributos.

Os dados sobre a demanda pelos benefícios da lei revelam, ainda, que ela tem sido utilizada em

atividades de P&D por diferentes setores, regiões e portes de empresa, tanto em atividades de

13 Com base nas informações da demanda pelo seu benefício, que está limitado ao universo das informações do FormP&D.

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53

produto como de processo, além de todas as etapas do elo da cadeia de inovação. Todavia os dados

mostram uma concentração das atividades de P&D declaradas, ao longo de todo o período estudado,

em atividades de “produto” (66,68% das atividades em 2017) e da etapa de “desenvolvimento

experimental (DE)” (66,76% das atividades em 2017).

A atividade de P&D, declarada pelas empresas, utiliza dispêndios mais intensamente em Recursos

Humanos (RH), menos significativos em parcerias e muito pouco em equipamentos. A variação, ao

longo dos últimos três anos, da média do percentual dos dispêndios de cada um desses gastos nos

dispêndios totais das empresas foi de: RH, variando entre 66,76% e 68,24%; Parcerias, variando entre

32% e 34%; e Equipamentos, variando entre 0,07% e 0,19%. A baixa participação dos gastos declarados

com equipamento pode ser em razão de uma decisão da empresa de não buscar o benefício da lei

para esta finalidade, mas, não necessariamente, é a realidade da atividade de P&D. Algumas das

explicações, relatadas pelos técnicos do MCTIC, são de que algumas empresas buscam outros

instrumentos mais atrativos para estes gastos 14 ou desistem em função de problemas burocráticos

no processo de negociação da compra do equipamento.

O setor de informação e comunicação é o que apresenta o maior percentual de dispêndios com RH

em relação aos dispêndios totais. Este e o setor de transformação, que juntos concentram quase

70% das empresas que buscam o benefício da lei, apresentam um crescimento de sua parcela de

investimento em P&D sobre o faturamento total das empresas, portanto, representam empresas

que vem aumentando seus esforços em P&D.

Os resultados de todas as taxas de concentração sobre os dispêndios totais em P&D foram acima

de 78%, o que mostra uma alta concentração setorial, regional, estadual (UF) e de porte de empresa

nos dispêndios. O mesmo se verifica quando é analisada a quantidade de atividades: altas taxas de

concentração ao longo de todo o período. Ambas as concentrações, atividade de P&D e dispêndio

em P&D, seguem a concentração também identificada na análise do número de empresas que

buscam o benefício da lei.

Os dados sobre a demanda pelos benefícios da lei também mostram que a lei tem gerado

investimentos em recursos que podem contribuir para um “ambiente inovativo”, seja por meio

de investimentos em pesquisadores, em parcerias ou equipamentos. Vale ressaltar que o maior

percentual de dispêndios é em relação aos pesquisadores.

Os valores médios de dispêndio com pesquisadores variaram muito, porém, expõem uma queda em

2015 e uma lenta recuperação em 2017, quando os valores ainda estão abaixo dos valores de 2014. Por

outro lado, foram registrados poucos pesquisadores com titulações mais altas. Os dados mostram

que, nos últimos três anos analisados (2015 a 2017), menos de 25% dos gastos com RH foram para

pesquisadores com titulações de doutorado ou mestrado ou pós-graduado lato sensu. Além disso,

o percentual de apenas doutores não alcançou 4% do total dos gastos em RH no ano de 2017.

Portanto, apesar do maior dispêndio das atividades de P&D declaradas na lei ser com pesquisadores,

a maioria deles não possui titulações de doutor ou mestre ou, ainda, pós-graduação lato sensu.

14 Tais como “ex”tarifário que reduz o imposto de importação.

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O segundo maior percentual dos dispêndios das atividades de P&D declaradas na demanda pelo

benefício da lei é com parcerias. Ao longo dos últimos três anos de registro (2015 a 2017), os dados

sobre estas parcerias mostram um crescimento da categoria de “apoio técnico, tecnologia industrial

básica e viagens”, que aumentou de 46,63%, em 2015, para 53%, em 2017, e um crescimento mais

tímido da participação de parcerias com empresas, seja micro ou de pequeno porte (um aumento

de 12,98%, em 2015, para 14,78%, em 2017). Todavia, o crescimento dessas duas categorias gerou uma

queda na participação dos gastos de parcerias, das atividades de P&D declaradas pelas empresas que

buscaram o benefício da lei, com institutos de pesquisas ou universidades, que apresentaram uma

redução de 40,23%, em 2015, para 32,08%, em 2017.

As participações de técnicos e empresas de tecnologia nas atividades de pesquisa são favoráveis

ao ambiente inovativo. Porém, o seu alto percentual gera uma forte concentração, que indica um

problema. Os movimentos de leve redução e de baixa participação de pesquisadores com maiores

titulações, em conjunto com o movimento de redução de participação dos dispêndios de parcerias

com instituições de pesquisa ou universidades, são preocupantes para fomentar um ambiente

propício a uma atividade de P&D de qualidade.

Por fim, equipamentos têm uma participação pouco significativa nos dispêndios realizados

sob os benefícios da lei, mas vêm crescendo em número absoluto, tanto no que se refere

aos valores de dispêndios quanto à quantidade de equipamentos utilizados nas atividades

de P&D, ambos declarados pelas empresas na demanda pelos benefícios da Lei do Bem.

Este fator não é tão preocupante, porque, conforme anteriormente comentado, com base

em relatos de técnicos do MCTIC, provavelmente existem gastos com equipamentos,

mas não são declarados no âmbito desta base.

Numa análise geral, verifica-se que a lei vem aumentando o número de empresas participantes

e, junto a isso, sua abrangência, seus diferentes tipos e etapas de atividades de P&D (produção)

e seu fomento a um ambiente mais inovativo para o País. Por outro lado, mostrou fortes

concentrações, em alguns casos, danosas a um movimento para gerar P&D com qualidade

e conforme a expectativa de que essa P&D venham a se tornar inovações. Para reduzir esses

problemas, a Lei do Bem ainda possui limitações e desafios a serem vencidos, de modo a

potencializar soluções alusivas a regras, informações e divulgação, de forma a torná-la mais acessível e

a gerar maiores e/ou melhores resultados.

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Referências

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desenvolvimento tecnológico do Setor de Energia Elétrica. Disponível em: <http://www.aneel.

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BRASIL. Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – MCTIC. Estratégia

Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 2016-2019 - ENCTI. Brasília, DF: 2017. Disponível

em: <http://bibliotecadigital.planejamento.gov.br/bitstream/handle/123456789/990/ENCTI-

MCTIC-2016-2022.pdf?sequence=2&isAllowed=y>.

_____. Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – MCTIC. Nome do

Programa/Atividade/Ação fomentado: Incentivos Fiscais à Inovação Tecnológica nas empresas

(previstos no Capítulo III da “Lei do Bem”). Disponível em: < http://www.mctic.gov.br/mctic/

opencms/perguntas_frequentes/Lei_do_Bem.html >. Acesso em: 18 dez. 2018.

_____. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão - MPOG. Guia Metodológico

para Indicadores – Orientações básicas aplicadas à metodologia do Plano Plurianual – PPA

2016-2019. MPOG. Secretaria de Planejamento e Assuntos Econômicos. 3a edição. Brasília, julho,

2018.

_____. Presidência da República. Decreto nº 5.798, de 7 de junho de 2006. Regulamenta

os incentivos fiscais às atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação

tecnológica, de que tratam os arts. 17 a 26 da Lei no 11.196, de 21 de novembro de 2005.

Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D5798.

htm>.

_____. _____. Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005. (Lei do Bem). Dispõe sobre

incentivos fiscais para a inovação tecnológica. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/

ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11196.htm>.

_____. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO - TCU. Técnica de indicadores de desempenho

para auditorias. Brasília, DF: Secretaria de Fiscalização e Avaliação de Programas de Governo

(Seprog), 2011. 29 p. Disponível em: < file:///C:/Users/Lilian/Downloads/Indicadores_mapa%20

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CENTRO DE GESTÃO E ESTUDOS ESTRATÉGICOS - CGEE. Sugestões de

aprimoramento ao modelo de fomento à P&D do Setor Elétrico Brasileiro: Programa

de P&D regulado pela Aneel. Brasília, DF: 2015. 324p. Disponível em: <https://www.

cgee.org.br/documents/10195/734063/Livro_Setor_elet_brasileiro_06082015_10217.pdf/

c0c26725-2fe2-46e7-8c22-1365c9196a1c?version=1.1>.

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FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO – FIESP. Panorama da indústria

de transformação Brasileira. 14. ed. São Paulo, SP: 2017. Disponível em: <http://www.fiesp.com.

br/arquivo-download/?id=236253>

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Demografia das empresas

2013. Rio de Janeiro, RJ: 2015. Disponível em: <https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/

liv94575.pdf>

_____. Introdução à Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE versão 2.0. Rio

de Janeiro, RJ: 2007. Disponível em: <https://cnae.ibge.gov.br/images/concla/documentacao/

CNAE20_Introducao.pdf>.

ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT – OCDE. Frascati

Manual 2015 - Guidelines for Collecting and Reporting Data on Research and Experimental

Development 2015. Available in: < http://www.oecd.org/sti/inno/frascati-manual.htm> or <

https://www.leidobem.com/manual-de-frascati/>.

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Lista de gráficos

Gráfico 1 – Evolução anual do número de empresas que demandam o benefício da Lei do Bem 8

Gráfico 2 – Percentual do número de empresas por setor 10

Gráfico 3 – Percentual do número de empresas por setor, na Região Centro-Oeste 11

Gráfico 4 – Percentual do número de empresas por setor, na Região Nordeste 11

Gráfico 5 – Percentual do número de empresas por setor, na Região Sul 12

Gráfico 6 – Percentual do número de empresas por setor, na Região Sudeste 12

Gráfico 7 – Percentual do número de empresas por setor, na Região Norte 13

Gráfico 8 – Percentual de empresas por Região e número total de empresas 14

Gráfico 9 – Evolução anual do percentual de empresas por unidade da Federação (UF) 14

Gráfico 10 – Percentual de empresas por faixas de porte de empresa 15

Siglas encontradas nesta publicação

CNAE | Classificação Nacional de Atividades Econômicas

CT&I | Ciência, Tecnologia e Inovação

ENCTI | Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.

FNDCT |Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

FormP&D | Formulário para Informações sobre as Atividades de Pesquisa, Tecnologia e

Desenvolvimento de Inovação Tecnológica nas Empresas

Lei do Bem | Nome dado à Lei nº 11.196

MCTIC | Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações

MPOG | Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

MQO | Mínimos Quadrados Ordinários

OCDE | Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico

P&D | Pesquisa e Desenvolvimento

PIA | Pesquisa Industrial Anual

PIB | Produto Interno Bruto

Pintec | Pesquisa Industrial sobre Inovação e Tecnologia

Rais | Relação Anual de Informações Sociais

Setec | Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação

SNCTI | Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação

TCU | Tribunal de Contas da União

USPTO | United States Patent and Trademark Office

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Gráfico 11 – Evolução anual da taxa de concentração por parâmetro de análise 16

Gráfico 12 – Evolução anual da taxa de concentração setorial por Região 16

Gráfico 13 – Índice de concentração médio por parâmetro de análise 17

Gráfico 14 – Índice de concentração médio setorial por Região 17

Gráfico 15 – Soma dos dispêndios com atividades em P&D declarados por todas as

empresas em bilhões 19

Gráfico 16 – Mediana do dispêndio total em P&D de cada empresa por seu faturamento

líquido em milhares 19

Gráfico 17 – Evolução das medianas: do dispêndio em P&D por empresa; da quantidade de

atividade; e da razão do dispêndio por quantidade de atividades por empresa 19

Gráfico 18 – Quantidades de atividades em P&D declaradas por todas as empresas 20

Gráfico 19 – Evolução anual do percentual de empresas que declaram possuir ou solicitar registros de propriedade intelectual relacionados às atividades de P&D declaradas

na demanda pelos benefícios da Lei do Bem 20

Gráfico 20 – Percentual da soma das atividades de P&D de todas as empresas classificadas

por setor da empresa, segundo CNAE (IBGE, 2007) 21

Gráfico 21 – Percentual da soma dos dispêndios em P&D declarados por todas as empresas

classificados por setor da empresa, segundo CNAE (IBGE, 2007) 21

Gráfico 22 – Evolução anual da mediana do dispêndio total em P&D da empresa por seu

faturamento líquido, por setor da empresa, segundo CNAE (IBGE, 2007) 22

Gráfico 23 – Evolução anual do percentual das atividades de P&D de todas as empresas classificadas por

Região geográfica da empresa 23

Gráfico 24 – Evolução anual do percentual das atividades de P&D de todas as empresas

classificadas por UF da empresa 23

Gráfico 25 – Evolução anual da soma das atividades de P&D de todas as empresas classificadas

por UF da empresa 24

Gráfico 26 – Evolução anual do percentual dos dispêndios em P&D declarados por todas as

empresas classificadas por região geográfica da empresa 24

Gráfico 27 – Evolução anual do percentual dos dispêndios em P&D declarados por todas as

empresas classificadas por UF da empresa 25

Gráfico 28 – Soma dos dispêndios em P&D classificados por UF 25

Gráfico 29 – Evolução anual do percentual da mediana do dispêndio total em P&D da

empresa, por seu faturamento e por região geográfica da empresa 26

Gráfico 30 – Evolução anual do percentual das atividades de P&D declaradas pelas empresas

na demanda pelo benefício da lei, classificadas por porte da empresa 27

Gráfico 31 – Evolução anual do percentual dos dispêndios das atividades de P&D declaradas

pelas empresas na demanda pelo benefício da lei, classificadas por porte da empresa 27

Gráfico 32 – Evolução anual do percentual das atividades de P&D de todas as empresas

classificadas em produto e em processo 28

Gráfico 33 – Evolução anual do percentual das atividades de P&D de todas as empresas

classificadas no elo da cadeia de inovação (PB;PA';DE) 28

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Gráfico 34 – Média da razão dos dispêndios em RH pelo total de dispêndio nas atividades

de P&D 29

Gráfico 35 – Média da razão dos dispêndios em RH pelo total dispêndio nas atividades de

P&D, por setor 29

Gráfico 36 – Evolução anual do número de empresas que realizaram dispêndios com

equipamento, nas atividades de P&D da empresa, por setor 30

Gráfico 37 – Média do dispêndio com equipamento, nas atividades de P&D da empresa,

pelo total de dispêndio nas atividades de P&D da empresa 30

Gráfico 38 – Média do dispêndio com equipamento, nas atividades de P&D da empresa,

pelo total de dispêndio nas atividades de P&D da empresa, por setor da empresa 31

Gráfico 39 – Média da razão dos dispêndios com pesquisadores pelo total de horas dos pesquisadores, classificados em Especialistas (doutores, mestres e pós-graduados)

e outros (graduados, técnicos e tecnólogos) nas atividades de P&D da empresa 32

Gráfico 40 – Média da razão dos dispêndios com pesquisadores doutores pelo total de horas

de pesquisadores doutores por setor 32

Gráfico 41 – Média da razão dos dispêndios com pesquisadores pelo total de horas dos pesquisadores, classificados em Especialistas (doutores, mestres e pós-graduados) e outros (graduados, técnicos e tecnólogos) nas atividades de P&D da empresa,

por setor 32

Gráfico 42 – Evolução anual do percentual dos dispêndios com pesquisadores, por titulação, nas atividades de P&D declaradas pela empresa na demanda pelos benefícios

da lei 33

Gráfico 43 – Evolução anual da taxa concentração dos dispêndios em P&D, por parâmetro de

análise 34

Gráfico 44 – Índice de concentração médio dos dispêndios em P&D por parâmetro de análise 34

Gráfico 45 – Evolução anual da taxa de concentração do número de atividades de P&D por

parâmetro de análise 34

Gráfico 46 – Índice de concentração médio do número de atividades de P&D por parâmetro

de análise 35

Gráfico 47 – Evolução anual do total de pesquisadores 35

Gráfico 48 – Evolução anual do total de dispêndios com pesquisadores 36

Gráfico 49 – Evolução anual do percentual do número de pesquisadores por setor 36

Gráfico 50 – Evolução anual do percentual dos dispêndios com pesquisadores por setor 37

Gráfico 51 – Evolução anual dos dispêndios com pesquisadores por setor 37

Gráfico 52 – Evolução anual dos dispêndios com pesquisadores por porte de empresa 38

Gráfico 53 – Evolução anual do percentual de pesquisadores por porte da empresa 39

Gráfico 54 – Evolução anual da média do percentual de pesquisadores por titulação sobre o

total de pesquisadores da empresa 40

Gráfico 55 – Evolução anual do total de parcerias 40

Gráfico 56 – Evolução anual do total de dispêndios com parcerias 41

Gráfico 57 – Evolução anual do percentual do dispêndio com parcerias por tipo 41

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Gráfico 58 – Evolução anual do percentual de parcerias por setor 42

Gráfico 59 – Evolução anual dos dispêndios com parcerias por setor 43

Gráfico 60 – Evolução anual do percentual dos dispêndios com parcerias por setor 43

Gráfico 61 – Percentual de parcerias por porte de empresa 44

Gráfico 62 – Evolução anual do percentual dos dispêndios com parcerias por porte de empresa 45

Gráfico 63 – Evolução anual dos dispêndios com equipamentos 45

Gráfico 64 – Evolução anual do número de equipamentos adquiridos 46

Gráfico 65 – Evolução anual do percentual dos dispêndios com equipamentos adquiridos para

atividades de P&D, por setor 46

Gráfico 66 – Evolução anual do percentual da quantidade de equipamentos adquiridos para

atividades de P&D, por setor 47

Gráfico 67 – Evolução anual do percentual da quantidade de equipamentos adquiridos para

atividades de P&D por porte da empresa 47

Gráfico 68 – Evolução anual do percentual dos dispêndios com equipamentos adquiridos para

atividades de P&D por porte da empresa 48

Gráfico 69 – Evolução anual dos dispêndios com equipamentos adquiridos para atividades

de P&D por porte da empresa 48

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O CGEE, consciente das questões ambientais e sociais, utiliza papéis com certificação (Forest StewartdshipCouncil®) na impressão deste material. A certificação FSC® garante que a matéria-prima é proveniente de florestas manejadas de forma ecologicamente correta, socialmente justa e economicamente viável, e outrasfontes controladas. Impresso na Gráfica Athalaia - Certificada na Cadeia de Custódia - FSC

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