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Uma análise dos resultados da Lei do BemCom base nos dados do FormP&D
Resumo executivo
O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) edita publicações sobre diversas temáticas que impactam a agenda do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI).
As edições são alinhadas à missão institucional do Centro de subsidiar os processos de tomada de decisão em temas relacionados à ciência, tecnologia e inovação, por meio de estudos em prospecção e avaliação estratégica baseados em ampla articulação com especialistas e instituições do SNCTI.
As publicações trazem resultados de alguns dos principais trabalhos desenvolvidos pelo Centro, dentro de abordagens como produção de alimentos, formação de recursos humanos, sustentabilidade e energia. Todas estão disponíveis gratuitamente para download.
A instituição também produz, semestralmente, a revista Parcerias Estratégicas, que apresenta contribuições de atores do SNCTI para o fortalecimento da área no País.
Você está recebendo uma dessas publicações, mas pode ter acesso a todo o acervo do Centro pelo nosso site: http://www.cgee.org.br.
Boa leitura!
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Brasília – DF 2018
Uma análise dos resultadosda Lei do BemCom base nos dados do FormP&DResumo executivo
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© Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE)
Organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC)
PresidenteMarcio de Miranda Santos
DiretoresRegina Maria SilverioJoaquim Aparecido Machado
Edição/Maisa CardosoInfográficos/César Felipe Daher/Dara Costa RattesDiagramação/Dara Costa RattesProjeto gráfico/Núcleo de design gráfico do CGEE
Apoio técnico ao projeto/Tatiana Farias Ramos
Catalogação na fonte
C389PuUma análise dos resultados da Lei do Bem: com base nos dados
do FormP&D. Resumo Executivo. Brasília: Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, 2018.
60 p.; ilISBN: 978-85-5569-169-0 (eletrônico)
1. Apoio à inovação. 2. P&D. 3. Incentivos fiscais. I. CGEE. II. Brasil. III. Título.
CDU 336.027:167 (81)
Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), SCS Qd. 9, Torre C, 4º andar, Ed. Parque Cidade Corporate, Brasília, DF, CEP 70308-200 - Telefone: (61) 3424.9600, @CGEE_oficial / http://www.cgee.org.br
Todos os direitos reservados pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). Os textos contidos nesta publicação poderão ser reproduzidos, armazenados ou transmitidos, desde que citada a fonte.
Referência bibliográfica:CENTRO DE GESTÃO E ESTUDOS ESTRATÉGICOS - CGEE. Uma análise dos resultados da Lei do Bem: com base nos dados do FormP&D. Resumo Executivo. Brasília, DF: 2018. 60p.
Esta publicação é parte integrante das atividades desenvolvidas pelo CGEE no âmbito do 2º Contrato de Gestão firmado com o MCTIC.
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SupervisãoRegina Maria Silverio
Coordenação geralCeres Zenaide Barbosa Cavalcanti
Equipe técnica do CGEECarlson Batista OliveiraMárcia Soares R. Tupinambá
ConsultoresLucas Varjão MottaMonique Lohane Xavier Silva
Equipe técnica do MCTICAdriano Albeinaz GolebiowskiJorge Mário CampagnoloMaria Lúcia Ricci BardiFrancisco Silveira dos Santos
Uma análise dos resultados da Lei do Bem: Com base nos dados do FormP&D
Os textos apresentados nesta publicação são de responsabilidade dos autores.
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Colaboradores (participantes da 1a reunião)Alexandre Coelho Teixeira - MCTICEduardo Baumgratz Viotti - ConsultorFernando Augusto de Noronha Castro Pinto - UFRJFlávio José Marques Peixoto – IBGEJoão Alberto De Negri – IPEA
Colaboradores (participantes da 2a reunião)Fernando Augusto de Noronha Castro Pinto - UFRJFlávio José Marques Peixoto – IBGE
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Sumário
1. Uma análise dos resultados da Lei do Bem 7
1.1. Abrangência 9
1.1.1. Setorial 9
1.1.2. Regional 13
1.1.3. Porte da empresa 15
1.1.4. Conclusão 15
1.2. Produção 17
1.2.1. Resultado 18
1.2.2. Produto 29
1.2.3. Insumo 31
1.2.4. Conclusão 33
1.3. Ambiente Inovativo 35
1.3.1. RH 35
1.3.2. Parcerias 40
1.3.3. Equipamentos 45
1.3.4. Conclusões 49
2. Considerações finais 51
Referências 55
Siglas encontradas nesta publicação 57
Lista de gráficos 57
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Resumo executivo
1. Uma análise dos resultados da Lei do Bem
O objeto do estudo tratado na presente publicação corresponde a uma análise da Lei 11.196/2005 -
conhecida como Lei do Bem (BRASIL, 2005) e que dispõe sobre incentivos fiscais para a inovação -,
com um foco maior na evolução da utilização e abrangência desta legislação, isto é, no seu alcance
sob os aspectos regional, setorial e de porte de empresa. O estudo foi limitado aos dados fornecidos
pelas empresas demandantes desse benefício, ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações (MCTIC), por meio do preenchimento do FormP&D1 (BRASIL, MCTIC), conforme
artigo 14 do Decreto n.º 5.798, de 7 de junho de 2011 (BRASIL, 2006).
A referida legislação tem como finalidade induzir investimentos empresariais em Pesquisa e
Desenvolvimento (P&D). Os impactos esperados por meio dessa iniciativa são o estímulo e a
potencialização da inovação no setor produtivo, uma lógica consistente com fundamentação
científica, tal como o Manual de Frascati (OECD, 2015) propõe.
A Lei do Bem já foi atenção de estudos anteriores, em sua maioria com foco em questões fiscais e de
investimento, não havendo registro, entretanto, de avaliações que considerem os dados específicos
do FormP&D. O presente trabalho, por sua vez, expõe uma análise que utilizou esses dados e uma
abordagem com base em indicadores. Assim, trata-se de um estudo inédito, mas ainda preliminar, e
alinhado às metodologias de avaliações de políticas públicas sugerida por órgãos como o Ministério
do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPOG) (BRASIL, 2018) e o Tribunal de Contas da
União (TCU) (BRASIL, 2011).
1 Formulário para Informações sobre as Atividades de Pesquisa, Tecnologia e Desenvolvimento de Inovação Tecnológica nas Empresas (FormP&D).
Uma análise dos resultados da Lei do Bem Com base nos dados do FormP&D
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Destaca-se que a presente análise é fundamentada exclusivamente nos dados constantes na base do
FormP&D, limitando-se, portanto, ao universo das empresas que buscaram o benefício da lei no espaço
temporal de sua execução e cujas informações estavam disponíveis e consistentes no FormP&D. Essa
limitação impediu a avaliação do impacto da lei, visto que não há como criar uma linha de base
para tal finalidade, ou seja, um conjunto comparativo de informações, incluindo dados do mesmo
grupo de empresas registrados antes dos benefícios da lei e/ou de outro grupo de empresas que não
utilizaram a lei no mesmo espaço temporal. Dessa forma, o estudo não contemplou a construção
de indicadores de efetividade (análise de impacto) e focou nos indicadores que pudessem subsidiar a
análise de sua evolução, considerando as informações disponíveis no FormP&D.
Um dos pilares fundamentais descritos na Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação
(ENCTI) (BRASIL, 2017) é a “ampliação do financiamento para o desenvolvimento da CT&I2”, que
abrange, entre suas ações prioritárias, o “fortalecimento da Lei do Bem com a garantia de continuidade
do incentivo e do estímulo à adesão pelas empresas”.
Com base nos fundamentos da ENCTI e considerando a limitação prévia da análise, foram definidos,
na elaboração do presente estudo, alguns objetivos específicos que poderiam ser alcançados por
meio da Lei do Bem:
• crescimento da geração de atividades de P&D e empresas com propriedade intelectual, no âmbito da lei;• geração de atividades de P&D, no âmbito da lei, de forma abrangente, no que se refere às empresas (regional/setorial/porte/etc.) e às características das atividades de P&D (produto/processo e PB/PA/DE 3); e• crescimento de investimentos em recursos que possam estimular e potencializar a estru-tura de P&D da empresa, da região ou do País.
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Gráfico 1 – Evolução anual do número de empresas que demandam o benefício da Lei do Bem
Fonte: Elaboração própria.
Tendo em vista não haver, nas legislações sobre o tema, uma meta clara, um percentual ou um
número definido a serem buscados, para a verificação do alcance desses três objetivos, foi analisada
a evolução de indicadores, com base nos dados do período de 2011 - ou posterior, considerando o
primeiro ano em que o FormP&D dispunha da informação sobre a empresa - até 2017.
2 Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I).3 Pesquisa básica (PB); Pesquisa avançada (PA); Desenvolvimento experimental (DE).
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O número de empresas que buscam os benefícios da Lei do Bem vem crescendo, em média,
7% ao ano, como registrado de 2011 a 2017, conforme demonstrado no Gráfico 1. Vale destacar
as informações de dois anos neste período: a queda de 8%, em 2015, tendo a crise como um dos
prováveis motivos; e o crescimento recorde de 26%, em 2017. Este fato mostra que a lei vem sendo
cada vez mais utilizada pelas empresas.
Todavia, é necessário saber: i) se este crescimento alcança de forma abrangente os(as) diferentes
setores, regiões e perfis de empresa; ii) se há aumento também dos dispêndios e números de projetos
em P&D de todas estas empresas, analisando algumas características desta produção; e iii) se há
investimento na promoção de um ambiente mais inovativo.
Dessa forma, com foco nas questões colocadas, nos limites dados pelas informações disponíveis no
FormP&D e na confirmação de que o número de empresas vem aumentando, foi realizada uma
análise da Lei do Bem4 com base em três dimensões: a abrangência da lei em nível setorial, regional
e de porte relativo das empresas; a produção em termos de quantidade, insumos e valor dispendido;
assim como o ambiente inovativo gerado em termos de parcerias, equipamentos e equipes utilizadas
1.1. Abrangência
O foco dos indicadores da dimensão abrangência é analisar se a lei é demandada por todos os setores
e tipos de empresa, além de todas as regiões, entre outros aspectos. O objetivo desse conjunto de
indicadores é identificar se a lei é “eficaz” no sentido de sua abrangência. A atuação em todos esses
pontos mostra o alcance da norma e sua desconcentração e pode, ainda, indicar uma maior eficácia
da lei nos tópicos pontuados.
Entretanto, a lei impõe uma condição de que apenas as empresas que operam sob o regime tributário do
Lucro Real e que tiveram lucro no ano-base da solicitação do incentivo fiscal podem solicitar o benefício
desta legislação. Esse requisito pode contribuir para uma concentração de empresas de maior porte,
tendo em vista que o Lucro Real é mais adotado pelas médias e grandes empresas, uma vez que sua
apuração requer maiores controles, porém, com permissão de certas medidas aplicadas para a economia
de tributos.
Nas seções a seguir, é exposta uma análise dos dados da Lei do Bem, no que se refere à abrangência
setorial, regional e de porte de empresa.
1.1.1. Setorial
Dos 21 setores listados pela Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) (IBGE, 2007),
apenas três nunca tiveram empresas que demandaram benefícios da Lei do Bem desde 2011. São
eles: serviços domésticos (compreendem as atividades realizadas nos domicílios por empregados
contratados pelas famílias); organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais
(compreendem as atividades de enclaves diplomáticos ou similares); administração pública, defesa
e seguridade social (compreendem as atividades que, por sua natureza, são normalmente realizadas
4 Com base nas informações da demanda pelo seu benefício, que está limitado ao universo das informações do FormP&D
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pela administração pública). Como esses três setores não possuem perfis de investidores em Pesquisa
e Desenvolvimento (P&D), pode-se inferir, portanto, que a lei conseguiu alcançar todas as áreas com
potencial para investir em P&D.
Por outro lado, não é esperado que a lei aborde todos os setores igualmente, por diferentes motivos,
dos quais podem ser destacados alguns prováveis: alguns setores dependem mais da P&D para sua
sobrevivência que outros; falta conhecimento sobre este benefício; a crise econômica atinge os
diferentes setores de forma diferente e isso reflete em investimentos de risco, como são conhecidos
os investimentos em P&D.
Os dados do Gráfico 2 mostram que o setor de indústria de transformação concentra mais de 50%
das empresas que demandam pelos benefícios da Lei do Bem, em todo o período analisado. A
evolução anual expõe uma tendência leve de redução desse percentual em benefício da entrada ou
do aumento da participação de outros setores.
A liderança desse setor, ou mesmo sua tímida tendência de redução, também se reflete em todas
as regiões brasileiras, algumas de forma mais intensa, como Sul e Norte (Gráfico 5 e Gráfico 7), com
percentuais acima de 60%; e Sudeste, com percentuais acima de 50% (Gráfico 6). O Nordeste (Gráfico
4) apresenta essa liderança com intensidades em torno de 50% nos primeiros anos, baixando para
um percentual em torno de 40% nos últimos anos. A Região Centro-Oeste (Gráfico 3) foi a que
apresentou a menor intensidade da liderança desse setor, onde o percentual varia de 26% a 41%.
O segundo setor que lidera o número de empresas demandantes dos benefícios da lei é o de
informação e comunicação. Essa segunda liderança só não ocorre no Norte e Nordeste, onde este
setor perde apenas para eletricidade e gás.
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Indústrias de transformação
Informação e comunicação
Eletricidade e gás
Atividades profissionais, científicas e técnicas
Indústrias extrativas
Construção
Transporte, armazenagem e correio
Saúde humana e serviços sociais
Educação
Outras atividades de serviços
Artes, cultura, esporte e recreação
Alojamento e alimentação
Atividades imobiliárias
Administração pública, defesa e seguridade social
Serviços domésticos
Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais
Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura
Atividades administrativas e serviços complementares
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
Porcentagem (%)0 20 40 60
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Gráfico 2 – Percentual do número de empresas por setor
Fonte: Elaboração própria.
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2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Ano-base
Seto
rIndústrias de transformação
Informação e comunicação
Eletricidade e gás
Atividades profissionais, científicas e técnicas
Indústrias extrativas
Construção
Transporte, armazenagem e correio
Saúde humana e serviços sociais
Educação
Outras atividades de serviços
Artes, cultura, esporte e recreação
Alojamento e alimentação
Atividades imobiliárias
Administração pública, defesa e seguridade social
Serviços domésticos
Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais
Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura
Atividades administrativas e serviços complementares
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
Porcentagem (%)0 10 20 30 40
15.79
26.32
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1.49
2.99
Gráfico 3 – Percentual do número de empresas por setor, na Região Centro-Oeste
Fonte: Elaboracão própria.
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Ano-base
Seto
r
Indústrias de transformação
Informação e comunicação
Eletricidade e gás
Atividades profissionais, científicas e técnicas
Indústrias extrativas
Construção
Transporte, armazenagem e correio
Saúde humana e serviços sociais
Educação
Outras atividades de serviços
Artes, cultura, esporte e recreação
Alojamento e alimentação
Atividades imobiliárias
Administração pública, defesa e seguridade social
Serviços domésticos
Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais
Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura
Atividades administrativas e serviços complementares
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
Porcentagem (%)0 10 20 30 40 50
2.7
2.7
56.76
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Gráfico 4 – Percentual do número de empresas por setor, na Região Nordeste
Fonte: Elaboração própria..
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s dad
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o Fo
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Resu
mo
exec
utiv
o
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Ano-base
Seto
r
Indústrias de transformação
Informação e comunicação
Eletricidade e gás
Atividades profissionais, científicas e técnicas
Indústrias extrativas
Construção
Transporte, armazenagem e correio
Saúde humana e serviços sociais
Educação
Outras atividades de serviços
Artes, cultura, esporte e recreação
Alojamento e alimentação
Atividades imobiliárias
Administração pública, defesa e seguridade social
Serviços domésticos
Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais
Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura
Atividades administrativas e serviços complementares
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
Porcentagem (%)0 20 40 60 80
1.85
80.25
1.23
0.62
0.62
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1.23
10.8
1.85
0.31
1.23
0.3
0
0
0
0
0
0
0
0
79.52
1.51
0.6
0
2.11
0
12.35
1.51
1.2
0.6
0
0.3
0.28
0
0
0
0
0
0
0
0
79.56
1.66
0
0.55
2.49
0.28
11.6
0.83
1.38
1.1
0
0.28
0.78
0.26
0
0
0
0
0
0
0
0
75.78
1.04
0.52
0.78
2.34
0.78
13.8
0.78
1.56
1.3
0.26
0.62
69.38
2.19
0.62
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0.94
3.44
1.56
17.19
0.94
1.56
1.25
0.31
1.82
0.3
0
0
0
0
0
0
0
0
64.74
2.74
0.61
0.91
4.26
1.52
17.02
2.43
1.22
2.13
0.3
1.22
1.7
0.49
0
0
0
0
0
0
0
0
63.99
2.92
1.22
0.73
6.57
0.73
14.36
2.92
2.68
0.49
Gráfico 5 – Percentual do número de empresas por setor, na Região Sul
Fonte: Elaboração própria.
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Ano-base
Seto
r
Indústrias de transformação
Informação e comunicação
Eletricidade e gás
Atividades profissionais, científicas e técnicas
Indústrias extrativas
Construção
Transporte, armazenagem e correio
Saúde humana e serviços sociais
Educação
Outras atividades de serviços
Artes, cultura, esporte e recreação
Alojamento e alimentação
Atividades imobiliárias
Administração pública, defesa e seguridade social
Serviços domésticos
Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais
Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura
Atividades administrativas e serviços complementares
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
1.26
2.21
63.41
3
1.58
2.21
4.73
0.63
12.93
1.74
2.52
2.84
0.16
0.47
0.32
0
0
0
0
0
0
Porcentagem (%)0 20 40 60
1.06
2.11
64.79
4.05
1.23
1.94
4.05
0.53
0.35
11.8
1.76
2.29
3.17
0.53
0
0
0
0
0
0
0.35
1.41
2.25
59.63
3.38
1.41
1.97
5.63
0.42
14.06
3.8
2.81
2.53
0.28
0.28
0.14
0
0
0
0
0
0
1.38
2.06
55.3
3.03
1.38
2.61
5.23
0.69
16.92
4.68
2.75
3.44
0.14
0.28
0.14
0
0
0
0
0
0
1.47
1.61
51.61
3.67
1.47
1.61
5.28
0.73
0.15
0
0
0
0
19.21
5.43
3.37
3.23
0.44
0.44
0.15
0.15
0.68
1.51
52.05
3.56
0.82
1.78
5.48
0.82
17.67
7.26
3.42
3.84
0.27
0.41
0.14
0
0
0
0
0
0.27
0.88
1.65
50.83
2.97
1.21
1.76
7.26
1.54
15.95
7.37
0.11
2.75
4.29
0.44
0.44
0.22
0
0
0
0
0.33
Gráfico 6 – Percentual do número de empresas por setor, na Região Sudeste
Fonte: Elaboração própria.
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2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Ano-base
Seto
rIndústrias de transformação
Informação e comunicação
Eletricidade e gás
Atividades profissionais, científicas e técnicas
Indústrias extrativas
Construção
Transporte, armazenagem e correio
Saúde humana e serviços sociais
Educação
Outras atividades de serviços
Artes, cultura, esporte e recreação
Alojamento e alimentação
Atividades imobiliárias
Administração pública, defesa e seguridade social
Serviços domésticos
Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais
Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura
Atividades administrativas e serviços complementares
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
Porcentagem (%)0 20 40 60 80
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
75
6.25
12.5
6.25
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
83.33
5.56
5.56
5.56
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
10.53
68.42
5.26
5.26
10.53
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
7.69
69.23
3.85
7.69
11.54
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
3.7
62.96
11.11
3.7
3.7
11.11
3.7
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
4.17
70.83
16.67
4.17
4.17
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
3.12
68.75
12.5
3.12
6.25
6.25
Gráfico 7 – Percentual do número de empresas por setor, na Região Norte
Fonte: Elaboração própria.
1.1.2. Regional
Na distribuição regional, são observadas concentrações que refletem a economia do País. Todavia,
a Lei do Bem é um instrumento de fomento a P&D, que pode ajudar na redução das distorções
regionais, mesmo que não corrija em sua totalidade.
O Gráfico 8 e o Gráfico 9 mostram que todas as regiões e quase todos os Estados - exceto Amapá,
Acre e Roraima - possuem empresas que demandam o benefício da lei. Vale ressaltar que, segundo
dados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) (FIESP, 2017), em 2015, esses três
estados (AP, AC, RR) possuíam, juntos, 1.133 estabelecimentos, soma que representava 0,4% da
indústria de transformação do Brasil. Essa baixa representatividade ajuda a explicar que nenhuma
empresa nesses estados buscou o benefício da Lei do Bem.
Assim, pode-se concluir que a referida legislação conseguiu alcançar os estados com significativos
números de empresas. Por outro lado, a concentração regional vai refletir o viés setorial apresentado
anteriormente, tendo em vista que a indústria de transformação tem uma alta concentração no
Sudeste, mais especificamente no Estado de SP.
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1.66 1.97 3.
8433
.61
58.9
2
1.73
1.63 3.
9331
.86
60.8
4
1.64 1.9 3.
831
.26
61.4
2.16
1.83 3.
5831
.95
60.4
8
2.44 3.16 3.88
28.9
161
.61
2.05 4.
183.
528
.05
62.2
3
2.17 4.
543.
9327
.83
61.5
4
9641042
1158 12021107
1173
1477
20122011 20142013 20162015 2017Ano-base
Número de empregados
Perc
entu
al (%
)
Núm
ero de empresas
Número de empresas por ano (linha)Percentual de empresas por região (barras)
60
40
20
1500
1000
500
0
Sul SudesteNordesteCentro-OesteNorte
Gráfico 8 – Percentual de empresas por Região e número total de empresas
Fonte: Elaboração própria.
Porcentagem (%)0 10 20 30 40
2011 201720162015201420132012
Ano-base
UF
RNMA
PBMSPA
MTESCEPEDF
GOBA
AMMG
SCPRRJRSSP
PIROALSE
TO
1.351.66
0.62
0.83
0.62
0.73
0.31
7.05
0.410.1
0.31
0.73
7.686.9518.88
7.05
0.1
0.1
44.29
0.21
1.341.54
0.77
0.58
0.67
0.86
0.19
6.91
0.190.29
0.19
0.86
6.627.58
0.19
17.47
7.77
0.19
45.68
0.1
0.6
7.6
8.2
1.211.47
0.690.52
0.95
0.17
0.17
0.170.35
0.35
0.86
7.34
0.17
16.06
7.86
0.09
45.08
0.09
0.08
1.661.25
0.67
0.67
0.67
0.83
0.17
6.41
0.08
0.250.33
0.08
1.16
7.658.49
0.17
0.08
15.64
8.65
44.93
0.08
0.09
1.810.99
0.99
1.36
0.63
1.17
0.18
6.23
0.27
0.360.45
0.18
0.99
0.09
7.599.12
0.18
13.82
7.5
0.18
45.62
0.18
1.531.19
0.680.6
1.711.71
0.09
6.91
0.26
0.510.34
0.17
1.11
0.09
8.187.76
0.17
13.13
6.73
46.97
0.17
1.831.62
0.81
1.49
0.81
1.76
0.14
7.18
0.41
0.880.2
0.27
0.81
0.07
8.266.77
0.14
12.3
7.24
0.07
46.7
0.14
Gráfico 9 – Evolução anual do percentual de empresas por unidade da Federação (UF)
Fonte: Elaboração própria.
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15
1.1.3. Porte da empresa
Atualmente, estão aptas a receber o benefício da Lei do Bem apenas as empresas que operam no
Lucro Real e que tiveram lucro no ano-base da solicitação do incentivo fiscal. Conforme mencionado,
esse requisito pode contribuir para uma concentração de empresas de maior porte.
Ainda assim, considerando uma classificação por número de empregados, a lei alcança todas as faixas
de porte de empresa. Apesar da liderança da faixa 4, classe com maiores números de empregados,
seu percentual vem reduzindo ao longo dos anos. Em contrapartida, as classes 2 e 1 vêm crescendo.
Por sua vez, a classe 3 vem se mantendo estável em torno de 15%.
20122011
52,0
7
25,1
15,0
4
7,37
49,7
1
26,9
7
16,6
6,33
20142013 20162015 2017Ano-base
Número de empregados
Perc
entu
al (%
)
50
40
30
20
10
0
Faixa 4 - Maior ou igual a 500Faixa 3 - Entre 250 e 499
Faixa 2 - Entre 50 e 249
Faixa 1 - Menor ou igual a 49
6.74
17.7
925
.99
49.2
2
8.07
15.8
127
.79
48
8.31
18.0
728
.09
44.8
1
10.2
3
17.7
330
.01
41.5
2
9.55
16.7
930
.4
42.9
2
Gráfico 10 – Percentual de empresas por faixas de porte de empresa
Fonte: Elaboração própria.
1.1.4. Conclusão
Os dados sobre a demanda pelos benefícios da Lei do Bem mostram que a referida norma é
solicitada de forma abrangente, pois existem empresas de todos os portes, em todos os setores
potenciais e estados – e, por consequência, em todas as Regiões - com possibilidade significativa de
uso dessa legislação.
O estudo aqui exposto calcula a taxa de concentração setorial; por unidade da Federação (UF);
regional; e por porte da empresa. No caso da primeira taxa, são somadas as participações dos quatro
setores empresariais mais representativos. Em relação à taxa por UF, são somadas as participações
dos quatro principais Estados. No que diz respeito à concentração regional, são consideradas as duas
regiões com maior percentual de números de empresas. Por sua vez, para o cálculo referente ao porte
de empresas, são somadas as duas faixas com maior participação.
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Os resultados das taxas de concentração, conforme o Gráfico 11, foram todos acima de 70%, o que
mostra uma alta concentração setorial, regional, estadual (UF) e de porte de empresa, confirmada
pelas médias das taxas de concentração para cada parâmetro (índice de concentração médio por
parâmetro de análise) apresentadas no Gráfico 13. A análise por região não difere muito da análise
agregada, conforme demonstrado no Gráfico 12 e no Gráfico 14.
76,6
8
78,5 87
,43 92,7
1
75,2
2
77,2 86
,53 92
,66
75,7
9
77,7 84
.78 92
,43
72,9
76,1
5 83,2 90
,51
71,5
3
76,0
4 83,2
1 90,2
8
73,3
2
74,6
1 82,4
6 89,3
7
77,1
8
77,9 87
,14
92,5
3
20122011 20142013 20162015 2017Ano-base
Parâmetro
Perc
entu
al (%
)
100
75
50
25
0
RegiãoSetor
UF
Porte
Gráfico 11 – Evolução anual da taxa de concentração por parâmetro de análise
Fonte: Elaboração própria.
20122011 20142013 20162015 2017Ano-base
Região
Perc
entu
al (%
)
100
75
50
25
0
NorteSulNordesteSudesteCentro-Oeste
78.9
5 84.6
8 91.8
9
100
94.7
5
94.1
284
.07 87
.8
100
95.4
8
86.3
683
.12 88
.64 94.7
495
.3
81.8
282
.12 88
.37 96
.15
93.4
9
74.2
9 81.5
283
.72
88.8
992.1
9
79.5
982
.47
80.4
9
95.8
388
.75
83.5
881
.41
84.4
8 93.7
587
.83
Gráfico 12 – Evolução anual da taxa de concentração setorial por Região
Fonte: Elaboração própria.
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P&D
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17
0
50
25
75
100
Porte SetorRegião UF
Parâmetro
Perc
entu
al (%
) 74.66
91.584.96
76.87
Gráfico 13 – Índice de concentração médio por parâmetro de análise
Fonte: Elaboração própria.
0
50
25
75
100
Centro-Oeste SudesteNordeste Norte Sul
Região
Perc
entu
al (%
) 74.66
84.96
76.8782.67
86.49
95.62
82.77
92.54
Gráfico 14 – Índice de concentração médio setorial por Região
Fonte: Elaboração própria.
1.2. Produção
A análise da dimensão produção é baseada em três objetos: Resultado; Produto e Insumo. O
primeiro, resultado da Lei do Bem, tem como foco as atividades de P&D desenvolvidas no âmbito
desta legislação, desagregando-se as estatísticas por setor, região, porte de empresa e características
da P&D. Assim, para este objeto, é analisado o crescimento da produção, observando-se quantidade
e dispêndio. O segundo objeto, produto, tem foco na análise das características do processo
produtivo, no que se refere à quantidade de insumo por produto, isto é, quantidade, tipo e dispêndio
em Recursos Humanos (RH), em equipamento e em parcerias por atividade de P&D. Por fim, há a
análise do insumo, na qual, focando apenas para o principal recurso produtivo, é mensurado o gasto
pela quantidade de insumos.
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1.2.1. Resultado
A análise do resultado aborda a quantidade de projetos (atividades) e dispêndios em P&D, além da
posse ou solicitação de registro de propriedade intelectual. Nessa fase do estudo, são elaboradas
estatísticas gerais ou com distinção setorial, regional, por porte de empresas e características de P&D.
Os objetivos são analisar o aumento da geração de atividades de P&D nas empresas e da quantidade
de empresas com propriedade intelectual, no âmbito da lei.
a. GeralOs dispêndios em P&D (Gráfico 15) das empresas que receberam benefícios da lei variaram ao longo
do período analisado, mas apresentaram uma leve tendência de aumento, apesar da queda em 2015
e 2016. Um dos fatos que indica uma tendência de crescimento, mesmo com a queda aparentemente
temporária, é o crescimento do percentual dos dispêndios em P&D, da maioria das empresas, sobre
seu faturamento, conforme mostra a mediana deste percentual das empresas no Gráfico 16.
O crescimento desse percentual é uma informação muito importante porque mostra que o “esforço”
de investimento em P&D continuou crescente, mesmo na crise, na maioria das empresas que
buscaram o benefício da lei 5. Vale ressaltar que a queda desse tipo de investimento no momento
de incerteza poderia ser esperada, visto que esse aporte de recursos é considerado de risco e muitas
organizações têm a estratégia de reduzi-lo em momento de instabilidade.
Outra informação importante é o crescimento da mediana 6 do dispêndio por atividade (projeto)
de P&D declarada pelas empresas que buscaram o benefício da lei, conforme Gráfico 17 (Razão do
dispêndio por quantidade de atividade, em milhões de reais). Isso mostra uma tendência almejada
pelos gestores dos instrumentos de fomento à P&D, ou seja, o aumento do valor por projeto e
a redução da fragmentação e do número total de projetos (Gráfico 18). Um movimento similar,
porém mais agressivo, também foi percebido no Programa de P&D regulado pela Agência Nacional
de Energia Elétrica (Aneel), referente às empresas do Setor Elétrico Brasileiro, cujo valor médio por
projeto aumentou em 6 vezes em 6 anos (CGEE, 2015, p. 53).-
A quantidade de empresas que declararam ter propriedade intelectual e buscaram benefícios
da lei vem caindo, conforme mostra o Gráfico 18. O FormP&D pergunta se a empresa possui ou
solicitou registros de propriedade intelectual relacionados às atividades de P&D beneficiadas pela
lei. As respostas a esse questionamento, entretanto, ainda deixam dúvidas em vários sentidos. Em
primeiro lugar, porque não confirmam se o benefício solicitado pela empresa inclui ou não os custos
relacionados a registros de propriedade intelectual. Além disso, não possibilitam saber se a informação
dada é sobre o total de registros de propriedade intelectual ou apenas relativa ao benefício. Por
fim, a empresa pode ter outros registros de propriedade intelectual vinculados às atividades de
P&D declaradas, sem que, por opção, tenha buscado benefício para tais atividades e que, portanto,
não precisa informar sobre elas.
5 As médias do investimento em P&D por faturamento e do dispêndio em P&D por empresa, por outro lado, mostram uma leve queda, o que indica que poucas, porém representativas, empresas reduziram seu percentual e levaram à redução da média, mas não representa um movimento da maioria refletido pela mediana exposta na figura.
6 A mediana foi utilizada como estatística de análise para suavizar os eventuais impactos que viessem a ser causados por observações consideravelmente distantes da média amostral e que, portanto, poderia sub ou superestimar tal medição. Dessa forma, a mediana é mais adequada por não ser influenciada por valores extremos. Assim, o valor apresentado pertence à empresa que, em ordem crescente, representa a posição central entre os dados.
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Form
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20122011 20142013 20162015 2017
Ano-base
Dis
pênd
io (R
$ bi
lhõe
s)10000
7500
5000
2500
0
8,2 8,39,0 9,1
8,37,8
9,5
Gráfico 15 – Soma dos dispêndios com atividades em P&D declarados por todas as empresas em bilhões
Fonte: Elaboração própria.
20122011 20142013 20162015 2017
Ano-base
Razã
o (e
m m
ilhar
es)
10,0
7,5
5,0
2,5
0
7,688,2 8,14 8,41
8,93 9,21 9,31
Gráfico 16 – Mediana do dispêndio total em P&D de cada empresa por seu faturamento líquido em milhares
Fonte: Elaboração própria.
0.21
1.43
7
0.24
1.45
7
0.26
1.5
6
0.32
1.45
4
0.43
1.52
3
0.5
1.63
3
0.56
1.8
3
20122011 20142013 20162015 2017Ano-base
Mediana
Val
or
1
2
3
4
5
6
7
0
Razão do dispêndio por quantidadede atividade da empresa (R$ milhões)
Quantidade de atividadespor empresa
Dispêndio das empresas(R$ milhões)
Gráfico 17 – Evolução das medianas: do dispêndio em P&D por empresa; da quantidade de atividade; e da razão do dispêndio por quantidade de atividades por empresa
Fonte: Elaboração própria.
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20122011 20142013 20162015 2017
Ano-base
Núm
ero
de a
tivi
dade
s
20000
15000
10000
5000
0
1931018335
16990
13678
100939093
10239
Gráfico 18 – Quantidades de atividades em P&D declaradas por todas as empresas
Fonte: Elaboração própria.
0
20
10
30
40
2015 20172016
Parâmetro
Perc
entu
al (%
)
35.1833.04 31.79
Gráfico 19 – Evolução anual do percentual de empresas que declaram possuir ou solicitar registros de propriedade intelectual relacionados às atividades de P&D declaradas na demanda pelos benefícios da Lei do Bem
Fonte: Elaboração própria.
b. SetorialA distribuição, por setor, das atividades de P&D declaradas pelas empresas que buscaram o benefício
da lei (Gráfico 20) reflete a participação setorial das próprias empresas, apresentada na análise de
abrangência (Gráfico 2). Vale destacar que, devido à indisponibilidade de informação a respeito do
setor da atividade, foi feito o uso da classificação da firma para reagrupar suas atividades. Nesse quadro,
observa-se que a distribuição setorial dos dispêndios e da quantidade de atividades de P&D - declarados
pelas empresas para receber o benefício da lei - reflete a distribuição das empresas. Assim, existem
atividades e dispêndios declarados em todos os setores potenciais, como observado na análise referente
à distribuição por empresa, no entanto, com uma maior concentração, evidenciando o registro do
maior de número de projetos no mesmo setor detentor do maior número de empresas. O setor de
transformação apresenta um percentual mais elevado ao longo de todos os anos, tanto em quantidade
de atividades de P&D declaradas (Gráfico 20) quanto em dispêndios declarados (Gráfico 21) pelas
empresas para receber o benefício da lei.
Por outro lado, quando é analisado o setor de informação e comunicação, percebe-se que, apesar de
ser o segundo maior em concentração da quantidade de atividade de P&D e de seu dispêndio, seu
percentual sobre a quantidade total de atividade de P&D é inferior ao percentual da quantidade total
de empresas e de dispêndios naquele mesmo setor. Essa informação pode indicar que esse setor possui
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projetos menos fragmentados e com maior valor, se comparado ao de transformação e ao terceiro
setor dominante: comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas.
Na comparação com o terceiro setor de maior percentual, ou seja, o de veículos, o setor de transformação
tem um percentual maior em número de atividades que seu percentual em dispêndio, o que indica a
condução de projetos mais fragmentados.
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017Ano-base
Seto
r
Indústrias de transformação
Informação e comunicação
Eletricidade e gás
Atividades profissionais, científicas e técnicas
Indústrias extrativas
Construção
Transporte, armazenagem e correio
Saúde humana e serviços sociais
Educação
Artes, cultura, esporte e recreação
Alojamento e alimentação
Outras atividades de serviços
Atividades imobiliárias
Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura
Atividades administrativas e serviços complementares
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
Porcentagem (%)0 20 40 60 80
1.12
0.39
0.09
3.99
1.17
0.95
2.87
1.68
3.66
78.49
0.65
4.49
0.03
0.37
0.04
0.46
0.52
1.71
1.09
0.68
3.76
1.45
0.02
3.15
80.51
1.01
5.4
0.05
0.12
0.06
0.57
0.41
0.01
1.49
1.29
1.06
4.17
1.02
0.06
3.16
78.61
1.72
6.19
0.06
0.08
0.08
0.73
0.52
0.01
1.96
1.54
1.5
1.1
6.58
0.18
2.81
72.5
2.32
7.77
0.04
0.33
0.12
0.62
0.52
0.04
1.49
1.62
2.07
5.76
0.69
0.61
3.5
70.85
1.06
9.83
0.04
0.02
0.55
0.72
0.33
0.72
0.08
2.27
2.77
1.77
5.24
0.53
0.56
3.4
67.73
3.13
10.39
0.07
0.47
0.54
0.57
0.79
0.02
2.31
3.12
0.01
1.55
6.62
0.57
0.25
3.32
68.02
2.72
8.69
0.04
0.82
0.57
Gráfico 20 – Percentual da soma das atividades de P&D de todas as empresas classificadas por setor da empresa, segundo CNAE (IBGE, 2007)
Fonte: Elaboração própria.
Seto
r
Indústrias de transformação
Informação e comunicação
Eletricidade e gás
Atividades profissionais, científicas e técnicas
Indústrias extrativas
Construção
Transporte, armazenagem e correio
Saúde humana e serviços sociais
Educação
Outras atividades de serviços
Artes, cultura, esporte e recreação
Alojamento e alimentação
Atividades imobiliárias
Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura
Atividades administrativas e serviços complementares
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017Ano-base
Porcentagem (%)20 40 60
0.9
0.18
1.99
0.86
2.66
4.98
1.25
0.02
2.32
73.71
1.65
8.27
0.44
0.02
0.75
1.04
0.23
0.03
3.28
1.97
2.79
4.34
1.07
0.03
2.36
71.1
3.24
8.23
0.12
0.02
0.15
1.5
0.33
0.03
6.32
5.9
3.48
5.83
0.6
0.18
3.07
59.05
2.39
9.47
0.02
0.28
1.55
1.04
0.22
0.04
5.37
9.06
0.01
3.15
7.63
0.41
0.29
3.57
56.35
3.46
8
0.03
0.39
0.99
0.7
0.31
0.01
1.5
1.53
2.43
3.82
0.74
2.98
73.08
0.71
11.24
0.47
0.08
0.4
0.87
0.18
0.02
2.08
3.87
2.89
4.09
1.25
0.02
3.14
72.7
2.81
5.76
0.1
0.02
0.22
1.12
0.21
0.01
0.03
3.29
4.29
4.03
4.94
0.76
0.05
2.42
69.43
0.74
8.44
0.05
0.05
0.14
Gráfico 21 – Percentual da soma dos dispêndios em P&D declarados por todas as empresas classificados por setor da empresa, segundo CNAE (IBGE, 2007)
Fonte: Elaboração própria.
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Quando a análise é feita sobre a participação do dispêndio em P&D com relação ao faturamento
líquido da empresa, indicador que pode ser interpretado como uma evidência do esforço da empresa
para investir em P&D (Gráfico 22), os dois setores que concentram o maior número de empresas,
atividades e dispêndios - o de transformação e o de informação comunicação - apresentam um
crescimento deste percentual, assinalando que seu esforço em investimentos em P&D vem crescendo.
Vale ressaltar que este percentual no setor de informação e comunicação é cinco vezes superior
ao do setor de transformação e essa diferença só cresce ao longo de todo o período analisado. O
segundo setor com maior mediana 7 é o de atividades profissionais científicas e técnicas, para o qual
o alto percentual é naturalmente esperado, uma vez que a P&D é considerada uma de suas prováveis
atividades principais.
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Ano-base
Seto
r
Mediana2 4 6
Informação e comunicação
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
Indústrias de transformação
Atividades profissionais, científicas e técnicas
Atividades administrativas e serviços complementares
Eletricidade e gás
0.28
1.04
0.76
0.29
0.75
4.41
0.58
2.1
0.61
0.27
0.77
4.57
0.13
2.97
0.35
0.18
0.79
4.59
0.17
2.41
0.42
0.2
0.75
4.5
0.54
2.3
0.42
0.26
0.77
5.86
0.56
2.63
0.42
0.44
0.83
6.04
0.68
1.81
0.32
0.47
0.86
6.17
Gráfico 22 – Evolução anual da mediana do dispêndio total em P&D da empresa por seu faturamento líquido, por setor da empresa, segundo CNAE (IBGE, 2007)
Fonte: Elaboração própria.
c. RegionalA distribuição, por região e UF, das atividades de P&D declaradas pelas empresas que buscaram o
benefício da lei (Gráfico 23 e Gráfico 24) reflete a distribuição das empresas apresentadas na análise
de abrangência (Gráfico 8 e Gráfico 9). O dado utilizado no estudo é o endereço registrado pela
empresa no FormP&D, porque a informação de local de desenvolvimento do projeto, na referida
base, é limitada. Portanto, a distribuição dos dispêndios e da quantidade de atividades de P&D
- declarados pelas empresas para receber o benefício da lei - reflete a distribuição das empresas.
Como explicado na seção sobre a Abrangência, existem atividades e dispêndios declarados
em todas as regiões e UF potenciais, mas a concentração é maior nesta análise que compara a
concentração das empresas.
A Região Sudeste e, especificamente, o estado de SP apresentam um percentual mais elevado
ao longo de todos os anos, tanto em percentual da quantidade de atividades de P&D declaradas
(Gráfico 23 e Gráfico 24) como em dispêndios declarados (Gráfico 26 e Gráfico 27) pelas empresas
para receber o benefício da lei. Essa constatação reforça os números observados nos gráficos 8 e
9. Por outro lado, a maioria dos estados conseguiu alcançar, no último ano, um crescimento dos
7 A hierarquia se mantém com uma diferença bem menor quando analisada a média, indicando que uma ou algumas poucas empresas da área de transformação elevam a média. Nesse caso, optou-se por analisar a mediana, por mostrar a realidade da maioria das empresas.
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dispêndios (Gráfico 27) e da quantidade de atividades em P&D (Gráfico 25). Nesse sentido, vale
destacar o Rio de Janeiro e Minas Gerais, que estão entre os seis maiores percentuais, mas tiveram
seus dispêndios e quantidades de atividades de P&D, declaradas nas demandas pelo benefício da lei,
reduzidos no último ano.
20122011 20142013 20162015 2017Ano-base
Região
Perc
entu
al (%
)
60
40
20
0
Sul SudesteNordesteCentro-OesteNorte
1.31 2.27
1.54
31.6
263
.25
1.51
1.4 1.95
33.2
961
.84
1.18 1.59 2.2
32.5
162
.53
1.51 1.77 2.94
35.6
58.1
8
1.61
1.27 3.
6837
.71
55.7
4
1.23 2.
83 3.62
32.9
859
.34
2.47 3.01 3.9
31.9
958
.64
Gráfico 23 – Evolução anual do percentual das atividades de P&D de todas as empresas classificadas por Região geográfica da empresa
Fonte: Elaboração própria. ticipação das UFs no Número de Atividades de P&D (%)
Porcentagem (%)10 20 30 40 50
2011 201720162015201420132012
Ano-base
UF
SP
ALPI
ROSE
TOMSRNPB
MAPA
MTESDFPECEBA
GOAMMG
RJPRSCRS
1.19
0.460.25
0.250.73
1.92
0.1
5.77
0.10.01
0.19
0.45
11.814.97
0.05
12.027.79
0.05
51.78
0.11
1.48
0.540.46
0.210.37
1.15
0.06
7.32
0.040.03
0.11
0.64
10.526.63
0.09
12.3510.42
0.05
47.52
0.01
1.06
1.20.16
0.460.45
1.07
0.05
7.25
0.02
0.040.11
0.06
0.63
7.958.67
0.08
14.210.35
0.03
46.16
0.01
0.01
1.41
1.20.85
0.560.47
1.13
0.1
7.94
0.01
0.070.07
0.01
0.73
8.968.09
0.04
0.02
14.412.24
41.68
0.01
0.01
1.41
1.490.86
0.650.69
0.41
0.11
7.77
0.07
0.140.14
0.08
0.96
0.02
11.87.26
0.1
14.2911.62
0.05
40.02
0.06
1.551.31
0.860.920.69
0.9
0.18
7.6
0.07
0.290.26
0.06
1.1
0.01
8.658.57
0.11
13.8610.46
42.48
0.07
2.13
1.181.39
0.970.58
1.67
0.26
5.82
0.14
0.230.27
0.11
0.78
0.01
7.936.48
0.13
13.610.45
0.04
45.77
0.07
Gráfico 24 – Evolução anual do percentual das atividades de P&D de todas as empresas classificadas por UF da empresa
Fonte: Elaboração própria.
24
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oticipação das UFs no Número de Atividades de P&D (%)
Porcentagem (%)75002500 5000
2011 201720162015201420132012
Ano-base
UF
SP
ALPI
RO
SE
TOMS
RNPB
MAPA
MT
ESDF
PECE
BAGOAMMG
RJPRSCRS
271
99
85
388
68
211
115
1343
20
117
19281216
16
22651911
10
8712
1
180
204
27
7876
182
8
1231
3
7
1910
107
13511473
13
24131759
5
7843
1
1
193
164
116
7664
155
13
1086
2
9
92
100
12261107
6
3
19701674
5701
1
142
150
87
6670
41
11
784
7
14
148
97
1191733
10
14421173
5
4039
6
21
82
119
100
8463
141
16
690
6
26
245
78
1
786778
10
1259950
3858
6
1
218
121
142
9959
171
27
596
14
24
2811
80
812663
13
13931070
4
4686
7
230
88
48
48140
371
20
1115
20
237
86
2280960
10
23221504
9
9999
21
Gráfico 25 – Evolução anual da soma das atividades de P&D de todas as empresas classificadas por UF da empresa
Fonte: Elaboração própria.
20122011 20142013 20162015 2017Ano-base
Região
Perc
entu
al (%
)
80
60
40
20
0
SudesteSulNorteNordesteCentro-Oeste
0.65 1.69
1.31
19.8
376
.52
0.49 1.43 2.
96 16.6
78.5
2
1.1 2.
11 3.63 15
.82
77.3
5
1.61 2.52 4.
36 16.1
75.4
2
1.62 1.93 5.
2516
.69
74.5
2
2.18
1.73 4.
37 17.7
473
.98
3.45
2.75 4.
79 18.0
270
.99
Gráfico 26 – Evolução anual do percentual dos dispêndios em P&D declarados por todas as empresas classificadas por região geográfica da empresa
Fonte: Elaboração própria.
25
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Form
P&D
Resu
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25
2011 201720162015201420132012
Ano-base
UF
SP
ALPI
RO
SE
RNTO
MAMS
PAPB
MT
GOPE
BAES
CEDF
AMSC
PRJRS
MGRJ
49.6418.639.616.516.553.542.820.20.570.440.630.290.250.010.140.03
0.020.0800,03
54.1914.678.036.495.393.953.570.840.61.120.460.220.180.010.050.130.030.030.0100.03
51.514.3695.874.645.594.221.360.641.40.560.210.320.010.110.120.030.03
0.020.010.01
0
52.7413.467.014.885.197.674.111.20.870.40.750.530.340.380.180.020.070.05
0.080.05
0
56.119.494.826.055.346.634.441.451.340.610.561.240.310.550.20.220.210.110.10.160.05
0
52.2816.587.26.759.773.311.280.420.810.570.450.220.160.010.020.04
0.060.020.010.03
54.5711.797.65.254.47.035.021.260.830.430.570.280.440.010.20.110.070.050.030.030.02
00
Porcentagem (%)25 50 75 100
Gráfico 27 – Evolução anual do percentual dos dispêndios em P&D declarados por todas as empresas classificadas por UF da empresa
Fonte: Elaboração própria.
2011 201720162015201420132012
Ano-base
UF
SP
ALPI
RORNTOSE
MAMSPBPA
MTPE
GOES
BACEDF
AMSCPRRS
MGRJ
105.93
66.8647.22
18.0112.81
35.03
3.33
272.96
0.741.81
36.83
556.65805.29
4.991.6
1367.21594.06
4311.08
2.580.43
235.89
47.8737
24.1221.3
16.38
2.65
295.97
0.5412.03
52.86
545.06547.97
1.766.49
1559.19804.26
2.48
4153.43
0
323.07
54.44101.09
19.8816.63
76.08
12.13
357.07
0.92
0.564.63
3.09
41.81
586.79487.33
2.5
1326.85726.22
2.97
4902.46
0.32
0.09
384.08
58.32127.46
19.4429.03
123.75
10.6
508.52
0.6510.46
2.77
50.6
534.19422.68
2.88
0.53
1307.56819.01
4688.63
1.411.13
0.14
416.34
69.2135.88
22.8536.32
105
9.45
583.43
2.63
0.8516.33
5.8
47.17
0.15
436365.57
4.37
978.26630.79
1.84
4529.02
2.82
94.9868.47
59.0541.4926.78
324.46
1.79
604.66
29.8814.33
5.25
31.28
0.12
385.11409.33
3.72
1062.83553.11
4159.94
6.224.21
422.5
127.3758.27
118.0129.79
137.78
21.34
630.77
9.46
52.618.63
19.62
53.77
0.13
576.36508.61
10.3
903.43459.26
4.84
5341.0
14.91
Total (R$ milhões)50004000300020001000
Gráfico 28 – Soma dos dispêndios em P&D classificados por UF
Fonte: Elaboração própria.
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2011 2012 2013 2015 20162014 2017
Ano-base
Seto
r
Sul
Norte
Centro-Oeste
Sudeste
Nordeste 0.33
0.67
0.51
0.28
1.04
0.63
0.96
0.63
0.72
1.04
0.45
0.77
0.52
0.84
1.11
0.74
0.79
0.66
0.66
1.12
0.55
0.92
0.45
0.74
1.04
Mediana0.4 0.6 0.8 1.0
0.34
0.79
0.56
0.84
0.98
0.21
0.83
0.42
0.79
0.99
Gráfico 29 – Evolução anual do percentual da mediana do dispêndio total em P&D da empresa, por seu faturamento e por região geográfica da empresa
Fonte: Elaboração própria.
Por outro lado, a Região Sul apresenta a maior parcela do dispêndio total em P&D, declarado pelas
empresas na demanda pelo benefício da lei, por seu faturamento líquido, razão que indica o seu
esforço em P&D (Gráfico 29). Todavia, esse indicador apresenta um crescimento significativo na
Região Sudeste, de tal forma que reduz a diferença comparada à Região Sul. Vale destacar que todas
as regiões mostram um crescimento ao longo dos anos, alcançando, no último ano, um percentual
de 0,6%, com exceção da Região Sul, que permanece com um percentual acima de 1%.
d. Porte da empresa A distribuição das atividades de P&D - declaradas pelas empresas que buscaram o benefício da lei
- por porte de empresa (Gráfico 30 e Gráfico 31) reflete a distribuição das empresas apresentada
na análise de abrangência (Gráfico 10). A classificação do porte é feita por faixas de número de
empregados, com base na categorização adotada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE, 2013). Como explicado na seção sobre Abrangência, existem atividades e dispêndios declarados
em todas as faixas de porte criadas, mas a concentração é maior na faixa 4, ou seja, na que apresenta
número de empregados igual ou acima de 500. Também conforme anteriormente explanado,
esta concentração é esperada, tendo em vista as exigências da lei para receber o benefício. Essa
concentração vem caindo e as outras faixas vêm aumentando sua participação, ainda que de forma
tímida. Todavia, para aumentar significativamente a participação das faixas com menor número de
funcionários, seria necessário rever algumas exigências da lei.
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Form
P&D
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20122011 20142013 20162015 2017Ano-base
Porte
Perc
entu
al (%
)
80
60
40
20
0
Faixa 4 - Maior ou igual a 500Faixa 3 - Entre 250 e 499
Faixa 2 - Entre 50 e 249
Faixa 1 - Menor ou igual a 49
2.91
10.5
5
10.7
75.8
4
1.49
14.5
8
10.1
5
73.7
8
1.83
13.8
4
13.5
6
70.7
7
2.87
15.1
311
.8
70.2
1
2.78 19
.53
13.5
7
64.1
1
4.36 19
.69
13.3
9
62.5
6
3.67 19
.25
14.1
862
.9
Gráfico 30 – Evolução anual do percentual das atividades de P&D declaradas pelas empresas na demanda pelo benefício da lei, classificadas por porte da empresa
Fonte: Elaboração própria.
20122011 20142013 20162015 2017Ano-base
Porte
Perc
entu
al (%
)
100
75
50
25
0
Faixa 4 - Maior ou igual a 500Faixa 3 - Entre 250 e 499
Faixa 2 - Entre 50 e 249
Faixa 1 - Menor ou igual a 49
1,2 4.
2 5.7
88.8
0.8 6.
1
5.6
87.5
0.8 5.
2 6.2
87.8
1.1 6.
7
5.4
86.8
17 8
84
3.2
9.5 10.1
77.2
1.4
10.1
9.9
78.6
Gráfico 31 – Evolução anual do percentual dos dispêndios das atividades de P&D declaradas pelas empresas na demanda pelo benefício da lei, classificadas por porte da empresa
Fonte: Elaboração própria.
e. Características da P&DAs características da P&D observadas nesta análise correspondem à classificação em Produto ou
Processo e à classificação no elo da cadeia de inovação - Pesquisa Básica (PB); Pesquisa Aplicada (PA);
e Desenvolvimento Experimental (DE) -. Essas classificações não são objetivas e, portanto, podem
gerar divergências sobre o conceito empregado às pessoas que informaram o dado sobre a P&D no
sistema. Desse modo, esta análise requer cautela porque depende fortemente da hipótese de que os
informantes interpretem os níveis de classificação da mesma forma.
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Pode-se analisar como, “do ponto de vista” das empresas, existem atividades de P&D - tanto de
processo como de produto e em todas as etapas da cadeia de inovação pesquisadas - que buscam
o benefício da lei.
O percentual maior de “produto”, ao longo de todo o período analisado, pode ser explicado, ao
menos parcialmente, pela expressiva participação do setor indústria de transformação. Ainda
assim, as atividades de P&D em “processo” possuem uma participação significativa, acima de 30%,
na maior parte do período (Gráfico 32)
20122011 20142013 20162015 2017
Ano-base
Perc
entu
al (%
)
100
75
50
25
0
Tipo deAtividade
ProcessoProduto
69.73
30.24
73.83
26.17
71.79
28.2
68.23
31.77
72.38
27.62
68.27
31.73
66.68
33.31
Gráfico 32 – Evolução anual do percentual das atividades de P&D de todas as empresas classificadas em produto e em processo
Fonte: Elaboração própria.
Dentre as etapas da cadeia de inovação, a etapa de desenvolvimento experimental apresenta uma
parcela sempre acima de 50%, ao longo de todo o período. Chama a atenção o pequeno percentual,
porém presente ao longo de todo o período, da pesquisa básica (Gráfico 33).
5.74
38.73
55.51
5.56
35.53
58.91
4.33
33.15
62.52
6.27
30.17
63.55
4.46
33.7
61.84
2.65
28.92
68.43
5.27
27.96
66.76
20122011 20142013 20162015 2017
Ano-base
Perc
entu
al (%
)
100
75
50
25
0
TipoDEPAPB
Gráfico 33 – Evolução anual do percentual das atividades de P&D de todas as empresas classificadas no elo da cadeia de inovação (PB;PA';DE)
Fonte: Elaboração própria.
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Form
P&D
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29
1.2.2. Produto
Na dimensão produção, busca-se observar resultados, produtos e insumos de atividades beneficiadas
pela lei. Nesse item, o estudo tem como finalidade analisar características do produto, isto é, como
foram geradas as atividades de P&D, numa observação pelos principais insumos utilizados. Vale
ressaltar que, por insuficiência de informações, não foi possível elaborar um indicador de eficiência.
Assim, para a análise, foram selecionados os itens Recursos Humanos (RH); Equipamentos; e Parcerias.
a. RHO percentual gasto com Recursos Humanos (RH) do total de recursos alocados para as atividades
de P&D das empresas variou, em média, entre 65% e 70% ao longo do período (Gráfico 34),
mostrando uma leve redução que coincide com a crise 8. Esse percentual chega a 80%, se olharmos
a mediana. Portanto, RH é o insumo mais utilizado nas atividades de P&D declaradas pelas empresas
na demanda pelo benefício da lei. O setor que apresenta maior percentual de gastos com RH sobre
o gasto total com atividades de P&D é o de informação e comunicação (Gráfico 35). Nesse setor, a
média chega a quase 85% do gasto das atividades de P&D em 2015.
20122011 20142013 20162015 2017
Ano-base
Perc
entu
al (%
)
70
60
40
20
0
65.84 67.75 69.82 70.39 68.24 66.79 67.98
Gráfico 34 – Média da razão dos dispêndios em RH pelo total de dispêndio nas atividades de P&D
Fonte: Elaboração própria.
2011 2012 2013 2015 20162014 2017
Ano-base
Seto
r
Informação e comunicação
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
Indústrias de transformação
Atividades profissionais, científicas e técnicas
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
Eletricidade e gás
57.48
65.52
61.37
10.82
69.84
74.54
62.51
77.13
67.69
22.79
70.87
84.41
55.0
68.3
59.0
34.8
70.4
80.83
64.82
76.43
62.49
7.19
70.25
76.44
65.84
77.08
63.49
14.84
71.43
83.28
59.13
72.97
66.38
18.9
69.5
78.97
54.13
75.69
61.25
40.83
68.19
78.73
Média20 40 60 80
Gráfico 35 – Média da razão dos dispêndios em RH pelo total dispêndio nas atividades de P&D, por setor
Fonte: Elaboração própria.
8 A mediana também apresenta a mesma queda, um pouco mais acentuada, mostrando que realmente foi um movimento geral.
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b. EquipamentoApenas 53 empresas declararam dispêndios com equipamentos, no ano de 2017, na demanda pelos
benefícios da lei (Gráfico 36). Esse número corresponde a apenas 3,6% do total de empresas que, em
sua maioria, compõe o setor de transformação, 64%.
2015 2016 2017
Ano-base
Seto
rIndústrias de transformação
Eletricidade e gás
Informação e comunicação
Construção
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura
Atividades administrativas e serviços complementares
Indústrias extrativas
Transporte, armazenagem e correio
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
Atividades imobiliárias
Saúde humana e serviços sociais
Artes, cultura, esporte e recreação
Atividades profissionais, científicas e técnicas
Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação
Alojamento e alimentação
Outras atividades de serviços
Educação
Porcentagem (%)0 10 20 30
1
0
1
0
1
0
0
0
0
0
0
3
30
7
1
1
4
3
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
2
36
2
1
3
1
1
0
0
1
1
0
0
0
1
1
2
34
3
1
3
4
Gráfico 36 – Evolução anual do número de empresas que realizaram dispêndios com equipamento, nas atividades de P&D da empresa, por setor
Fonte: Elaboração própria.
O percentual médio dos gastos com equipamentos para atividades de P&D, sobre o total de gastos
com as atividades de P&D, declaradas na demanda pelos benefícios da lei, não chega a 0,2% (Gráfico
37) em nenhum dos anos analisados (2015 a 2017). No caso do setor de transformação, esse número
chegou a 0,3% em 2015, mas foi reduzido e atingiu 0,11% em 2017 (Gráfico 38).
Essas informações mostram que os benefícios da Lei do Bem são pouco utilizados para dispêndios
com equipamentos.
0
0.10
0.05
0.15
0.20
2015 20172016
Ano-base
Perc
entu
al (%
)
0.19
0.080.07
Gráfico 37 – Média do dispêndio com equipamento, nas atividades de P&D da empresa, pelo total de dispêndio nas atividades de P&D da empresa
Fonte: Elaboração própria.
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P&D
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2015 2016 2017
Ano-base
Seto
r
Mediana0.1 0.2 0.3
Indústrias de transformação
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
Informação e comunicação
Eletricidade e gás
Atividades profissionais, científicas e técnicas
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
0
0
0
0
0.04
0.32
0
0.04
0.01
0
0
0.15
0
0.01
0.01
0
0
0.11
Gráfico 38 – Média do dispêndio com equipamento, nas atividades de P&D da empresa, pelo total de dispêndio nas atividades de P&D da empresa, por setor da empresa
Fonte: Elaboração própria.
c. ParceriasParcerias corresponde ao segundo maior gasto declarado com atividades de P&D pelas empresas
que buscaram o benefício da Lei nos três anos analisados. A evolução anual da média do dispêndio
em parcerias, nas atividades de P&D da empresa, pelo total de dispêndio nas atividades de P&D das
empresas que buscaram o benefício da Lei, foi de 32,5% em 2015; de 34% em 2016; e de 33,5% em
2017, o que mostra a relevância desse gasto nas atividades de P&D.
1.2.3. Insumo
Ainda no âmbito da dimensão produção, tratada no presente estudo, a última análise diz respeito
ao insumo. Nessa etapa, o foco é a economicidade, campo no qual se busca observar o gasto por
quantidade de insumo. A análise é feita apenas sobre o RH, visto ser o mais representativo.
Os dados mostram uma variação ao longo dos anos analisados, com destaque para o dispêndio
médio com a hora dos pesquisadores em 2014, que foi maior que o de 2017, tanto para pesquisadores
com titulações mais altas (classificadas no Gráfico 39 como Especialistas9) como para Outros10 (que
agrega as outras titulações classificadas pelo FormP&D).
Percebe-se que a indústria de transformação, setor com maior número de empresas que
buscam o benefício da lei, apresenta o valor médio da hora de doutores não muito alto, se
comparado aos outros setores (Gráfico 40), mas isto se inverte quando incluímos mestres e pós-
graduados lato sensu e este setor passa a ter os melhores valores médios da hora do pesquisador
nos últimos dois anos (Gráfico 41).
O maior percentual do dispêndio em RH com doutores, mestres e pós-graduados não soma 30%
(Gráfico 42), sendo mais intensamente alocado a pesquisadores com outras titulações (graduado,
técnico, tecnólogo). Vale ressaltar que o valor médio de horas de pesquisador é maior, com diferenças
acima de 50%, no que diz respeito aos especialistas, se comparados com o segundo grupo, Gráfico 39,
em todos os anos analisados.
9 Agrega as titulações de doutores, mestres e pós-graduados lato sensu.10 Agrega as titulações de graduados, técnicos, tecnólogos.
32
Um
a an
ális
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s res
ulta
dos d
a Le
i do
Bem
Com
bas
e no
s dad
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o Fo
rmP&
D
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mo
exec
utiv
o
2014 20162015 2017
Ano-base
Val
or (R
$/h)
200
150
100
50
0
TitulaçãoOutrosEspecialistas
73.33
121.3
63.95
96.26
68.47
153.49
70.3
116.53
Gráfico 39 – Média da razão dos dispêndios com pesquisadores pelo total de horas dos pesquisadores, classificados em Especialistas (doutores, mestres e pós-graduados) e outros (graduados, técnicos e tecnólogos) nas atividades de P&D da empresa
Fonte: Elaboração própria.
2014 20162015 2017
Ano-base
Val
or (R
$/H
)
300
200
100
0
SetorInformação e comunicaçãoIndústrias de transformaçãoAtividades financeiras, de segurose serviços relacionados
Eletricidade e gásComércio; reparação de veículos automotores e motocicletasAtividades profissionais, científicas e técnicas
90.4
4
97.7
74.1 11
4.09
108.
6186
.97
93.6
4
113.
23
70.8
3 114.
6112
5.2
119.
2
109.
74 131.
3
164.
5817
4.88
161.
0831
7.49
124.
3311
6.9
183.
94
93.6
8 130.
25
134.
85Gráfico 40 – Média da razão dos dispêndios com pesquisadores doutores pelo total de horas de pesquisadores
doutores por setor
Fonte: Elaboração própria.
2014 20162015 2017
Ano-base
Val
or (R
$/H
)
200
150
100
50
0
SetorAtividades financeiras, de seguros e serviços relacionadosAtividades profissionais, científicas e técnicasComércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
Eletricidade e gásIndústrias de transformaçãoInformação e comunicação
105.
8
75.6
613
0.89
95.4
4 124.
412
5.25
97.5
9 110
109.
2799
.8
93.1
7
89.6
4
150.
4616
2.81
115.
03
127.
88
196.
8770
.47
107.
45
113.
04
103.
35 118.
55
131.
0571
.12
Gráfico 41 – Média da razão dos dispêndios com pesquisadores pelo total de horas dos pesquisadores, classificados em Especialistas (doutores, mestres e pós-graduados) e outros (graduados, técnicos e tecnólogos) nas atividades de P&D da empresa, por setor
Fonte: Elaboração própria.
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Com
bas
e n
os d
ados
do
Form
P&D
Resu
mo
exec
utiv
o
33
20122011 20142013 20162015 2017Ano-base
Titulação
Perc
entu
al (%
)
80
60
40
20
0
OutrosPós-graduado
Mestre
Doutor
2.99 7.
02
15.4
74.6
2.89 7.
45
14.2
8
75.3
8
3.33 8.
29
9.49
78.8
9
5.26 7.
65
13.8
8
73.2
2
3.88 7.
8714
.24
74.0
1
4.84 7.
8613
.38
73.9
2
3.99 7.
22
15.6
3
73.1
6
Gráfico 42 – Evolução anual do percentual dos dispêndios com pesquisadores, por titulação, nas atividades de P&D declaradas pela empresa na demanda pelos benefícios da lei
Fonte: Elaboração própria.
1.2.4. Conclusão
Os dados sobre a demanda pelos benefícios da Lei do Bem mostram que existem atividades de P&D,
declaradas no âmbito da lei, nos diferentes setores, regiões e portes de empresa, tanto em atividades
de produto como de processo, além de todas as etapas do elo da cadeia de inovação.
A produção declarada pelas empresas utiliza mais intensamente dispêndios em RH, menos em
parcerias e muito pouco em equipamentos. O setor de informação e comunicação é o que apresenta
o maior percentual de dispêndios com RH em relação aos dispêndios totais.
Os valores médios dos dispêndios com pesquisadores variaram muito, mostrando uma queda em
2015 e uma lenta recuperação, com valores em 2017 ainda abaixo dos de 2014. Por outro lado, são
utilizados poucos pesquisadores com maiores titulações e o percentual de doutores não alcançou
4% dos gastos em RH no ano de 2017.
Assim como na análise anterior, com foco nas empresas, existe também uma alta concentração
da quantidade e do dispêndio das atividades de P&D observadas por setor, UF, região e porte. Em
relação aos setores e às UF, a concentração é calculada com base nas quatro classes com maior
percentual. Por sua vez, no que diz respeito às regiões e ao porte, a concentração é calculada com
base nas duas classes com maior percentual.
Os resultados das taxas de concentração dos dispêndios, conforme Gráfico 43, foram todos acima de
75%, o que mostra uma alta concentração nos dispêndios setorial, regional, estadual (UF) e de porte de
empresa e também se reflete em altos índices médios das taxas de concentração dos dispêndios para cada
parâmetro, conforme apresentados no Gráfico 44. Resultados similares são verificados quando analisadas
as taxas de concentração do número de atividades (Gráfico 45) ao longo de todo o período e, portanto,
altos índices médios de concentração (Gráfico 46).
34
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D
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utiv
o
85.8
4 91.1
1
94.5
4
96.3
5
84.4
3 89.6
2
93.6
3
95.1
2
83.3
7
86.4
2 93.9
7
93.1
7
80.7
3 86.9
5 93.5
2
91.5
1
80.9
8 87.0
9 92
91.2
1
80.9
80.7
4 87.3
6
91.7
2
78.2
881
.04 88
.71
89.0
2
20122011 20142013 20162015 2017Ano-base
Parâmetro
Perc
entu
al (%
)
100
75
50
25
0
RegiãoPorte
Setor
UF
Gráfico 43 – Evolução anual da taxa concentração dos dispêndios em P&D, por parâmetro de análise
Fonte: Elaboração própria
0
50
25
75
100
Porte SetorRegião UF
Parâmetro
Perc
entu
al (%
)
91.96 92.5886.14
82.08
Gráfico 44 – Índice de concentração médio dos dispêndios em P&D por parâmetro de análise
Fonte: Elaboração própria.
20122011 20142013 20162015 2017Ano-base
Parâmetro
Perc
entu
al (%
)
100
75
50
25
0
RegiãoSetor
Porte
UF
83.4
7
86.4
2
90.5
694
.83
80.8
88 92.7
5
95.0
8
79.1
1 84.3
6 92.0
394
.96
77.4
4 85.1
9
89.6
1
93.7
5
77.9
8
82.5
5 89.8
8
93.4
2
75.4
6 82.1
1
86.7
7 92.3
1
77.7
7 82.1 86.6
9
90.6
6
Gráfico 45 – Evolução anual da taxa de concentração do número de atividades de P&D por parâmetro de análise
Fonte: Elaboração própria.
35
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Com
bas
e n
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do
Form
P&D
Resu
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35
0
50
25
75
100
Porte SetorRegião UF
Parâmetro
Perc
entu
al (%
)
Perc
entu
al (%
)
84.39
93.5789.75
78.86
Gráfico 46 – Índice de concentração médio do número de atividades de P&D por parâmetro de análise
Fonte: Elaboração própria.
1.3. Ambiente Inovativo
Na seção que trata da dimensão Ambiente inovativo busca-se analisar se os investimentos que
recebem benefícios da Lei do Bem são direcionados para recursos que podem gerar um ambiente
mais inovativo à empresa, região ou ao País. Esses recursos correspondem a pesquisadores,
parcerias e equipamentos.
1.3.1. RH
a. GeralComo visto na análise sobre os indicadores de Produção, os gastos com pessoal são bastante
significativos no desenvolvimento de P&D. O Gráfico 47 mostra a evolução do total de pesquisadores
por ano. Para o ano-base 2014, o MCTIC autorizou que as empresas apresentassem as informações
sobre os pesquisadores no Anexo do FormP&D e, por essa razão, há dados não incorporados à
presente análise.
20122011 20142013 20162015 2017
Ano-base
Qua
ntid
ade
80000
60000
40000
30000
0
7037374709
67989
24974
55258 53085
67150
Gráfico 47 – Evolução anual do total de pesquisadores
Fonte: Elaboração própria.
36
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e no
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o
Devido a esse fato, os grupos anteriores e posteriores a essa medida não são comparáveis. O baixo
número de pesquisadores no ano-base 2014 pode ser, portanto, resultado dessa flexibilidade. Essa
hipótese é corroborada pelos dados de dispêndio, que se mantiveram em torno da média histórica
(Gráfico 48), mas refletindo os movimentos de queda em 2015 e 2016, apresentados nas dimensões
anteriores, com recuperação no ano-base 2017.
20122011 20142013 20162015 2017
Ano-base
Val
or (R
$ bi
lhõe
s)
40000
60000
20000
0
4,694,94
5,54 53,9
4,684,22
5,55
Gráfico 48 – Evolução anual do total de dispêndios com pesquisadores
Fonte: Elaboração própria.
b. SetorO setor de Indústria de Transformação tem liderado os quadros de quantidade de pesquisadores e de
valor de dispêndio nos últimos sete anos-base, seguido pelo setor de informação e comunicação
(Gráfico 49 e Gráfico 50). O dispêndio nesse primeiro setor obteve valores crescentes até o ano-base
2013 (Gráfico 51), quando alcançou o máximo da série histórica, com, aproximadamente, R$ 4,2 bilhões.
Indústrias de transformação
Informação e comunicação
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
Atividades administrativas e serviços complementares
Construção
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura
Transporte, armazenagem e correio
Educação
Outras atividades de serviços
Saúde humana e serviços sociais
Alojamento e alimentação
Artes, cultura, esporte e recreação
Atividades imobiliárias
Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação
Indústrias extrativas
Eletricidade e gás
Atividades profissionais, científicas e técnicas
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
Seto
r
52.33 53.7973.14 71.19 67.44 56.51 61.62
11.53 13.54 15.66 18.02 20.3 20.17 16.3
3.29 1.4 2.47 3.5 3.78 7.45 7.05
1.88 2.71 2.28 5.11 2.92 4.27 5
1.79 2.65 3.14 4.38 2.79 3.28 3.05
1.68 1.21 2.45 2.49 1.92 3.37 7.89
1.91 1.86 1.96 1.73 2.42 5.16 3.18
1.77 2.66 1.73 3.53 0.95 0.64 0.5
1.39 1.27 0.86 2.13 0.64 0.62 0.62
0.53 0.69 1.05 1.12 0.48 1.09 0.94
0.31 0.29 0.39 0.93 0.35 0.33 0.5
0.08 0.14 0.14 0.22 1.21 0.47 0.36
0.01 0.05 0.16 0.19 0.37 0.28
0.22 0.3 0.37 0 0.19 0.09 0.04
0.05 0.07 0.02 0.15 0.12 0.28 0.43
0.44 0 0 0.02
0.1 0.07 0.06
0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Ano-base
Porcentagem (%)0 20 40 60
Gráfico 49 – Evolução anual do percentual do número de pesquisadores por setor
Fonte: Elaboração própria.
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do
Form
P&D
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37
Nos anos seguintes, o valor de dispêndio apresentou oscilações, marcando R$ 3,3 bilhões no ano-
base 2017. Observa-se que o percentual de pesquisadores no primeiro setor foi reduzido ao longo dos
anos, sendo de 79% no início da série histórica e passando para 59% ao final do período em estudo.
Ainda assim, permaneceu bem à frente dos demais setores, visto que a segunda maior participação,
setor de Informação e Comunicação, é de 11% no ano-base 2017.
0.8
0.42
79.82
2.14
0.09
0.88
2.49
0.12
8.53
2.3
0.01
0.61
1.33
0.06
0.39
1.22
0.37
78.07
2.46
0.16
1.07
3.06
0.15
7.91
2.86
1.14
1.11
0.06
0.34
0.02
1.27
1.01
76.31
2.84
0.25
1.13
3.16
0.22
3.18
0
1.47
1.12
0.01
0.12
0.02
1.17
0.91
72.13
3.63
0.09
1.11
3.61
0.21
2.44
0
1.37
1.7
0.03
0.2
0.03
0.91
0.74
69.57
3.66
0.17
1.05
3.44
0.23
12.05
3.62
0.01
0.53
3.75
0.07
0.09
0.06
0.06
0.51
2.3
60.24
5.37
0.17
1.17
5.12
0.25
13.64
4.72
1.53
4.34
0.42
0.04
0.05
0.12
0.4
2.54
59.64
4.18
1
0.8
6.03
0.3
0
11.62
3.98
1.75
6.78
0.3
0
0
0.3
Ano-base
Seto
r
Indústrias de transformação
Informação e comunicação
Atividades administrativas e serviços complementares
Indústrias extrativas
Eletricidade e gás
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura
Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação
Outras atividades de serviços
Saúde humana e serviços sociais
Educação
Artes, cultura, esporte e recreação
Atividades imobiliárias
Alojamento e alimentação
Transporte, armazenagem e correio
Construção
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
Atividades profissionais, científicas e técnicas
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
Porcentagem (%)0 20 40 60
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
11.397.89
Gráfico 50 – Evolução anual do percentual dos dispêndios com pesquisadores por setor
Fonte: Elaboração própria.
37.75
19.59
3745.41
100.39
4.41
41.16
117.4
5.77
400.17
107.88
0.65
28.47
62.39
2.83
18.28
0.76
70.4
56.1
4229.23
157.26
13.79
62.66
175.39
12.16
437.31
176.36
81.31
61.82
6.41
1.34
0.12
3.02
60.25
18.41
3857.8
121.51
7.91
52.91
151.02
7.33
390.69
141.48
56.34
55.03
16.72
0.88
63.22
48.94
3889.29
195.57
4.68
60.01
194.42
11.17
614.43
131.35
0.13
73.66
91.62
1.58
10.75
1.54
3258.19
42.84
34.64
171.63
7.88
49.04
161.34
10.65
564.13
169.55
0.28
24.88
175.45
3.34
4.19
2.64
2.89
2539.82
21.54
96.95
226.516
7
49.17
216
10.5
575.33
199.13
64.64
183.21
17.67
1.58
2.23
5.24
3312
23.34
141.1
232.1
64.01
46.09
334.9
17.52
1.28
645.6
221.1
97
376.3
18.53
2.3
2.94
16.97
Ano-base
Seto
r
Indústrias de transformação (em bilhões)
Informação e comunicação
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
Atividades administrativas e serviços complementares
Atividades profissionais, científicas e técnicas
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
Indústrias extrativas
Eletricidade e gás
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura
Construção
Transporte, armazenagem e correio
Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação
Outras atividades de serviços
Saúde humana e serviços sociais
Educação
Artes, cultura, esporte e recreação
Atividades imobiliárias
Alojamento e alimentação
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017Total (R$ milhões)1000 2000 3000 4000
Gráfico 51 – Evolução anual dos dispêndios com pesquisadores por setor
Fonte: Elaboração própria.
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c. Porte da empresaA classificação do porte da empresa é construída com base em faixas de quantitativo de funcionários,
não necessariamente dedicados a P&D. Para o presente estudo, a escolha das faixas tomou como
base a classificação adotada pelo IBGE, considerando, ainda, o contexto do banco de dados referente
à Lei do Bem. As faixas foram “criadas” de modo que fosse possível associar o perfil das empresas
com o quantitativo de funcionários. Foram feitas 4 classes da quantidade de funcionários: Faixa 1, de
1 a 99; Faixa 2, de 100 a 249; Faixa 3, de 250 a 499; e Faixa 4, de 500 acima.
Vale lembrar que a Lei do Bem é aplicada somente a empresas que operam sob o regime tributário
do Lucro Real, de forma que o universo de empresas com potencial de uso da lei tende a ser de
“maior porte”. Assim, nota-se uma maior concentração de empresas na Faixa 4, como pôde ser visto
na seção Abrangência.
Esse indicador relaciona duas variáveis: funcionários da empresa (informação utilizada para a
classificação do porte da empresa) e pesquisadores. No que diz respeito à Faixa 4, o dispêndio
consideravelmente alto em relação às demais classes (Gráfico 52) pode ser explicado pelas razões
citadas no parágrafo anterior. As empresas enquadradas nesta mesma faixa também são as que
apresentam maior quantidade de pesquisadores (Gráfico 53). Vale ressaltar, entretanto, que a
menor quantidade de pesquisadores, registrada no ano-base de 2014, reforça a hipótese levantada
anteriormente, de que esses valores podem estar subestimados, tendo em vista a possibilidade
de que outros registros tenham sido adicionados ao anexo do FormP&D, como permitido pelo
MCTIC11, também no ano-base 2014. Essa observação pode ser confirmada quando observado o
dispêndio, que não acompanhou tal intensidade no decréscimo no mesmo ano-base (Gráfico 52).
20122011 20142013 20162015 2017Ano-base
Número de empregados
Val
or (R
$ m
ilhõe
s)
5000
4000
3000
2000
1000
0
Faixa 4 - Maior ou igual a 500 (em bilhões)Faixa 3 - Entre 250 e 499
Faixa 2 - Entre 50 e 249Faixa 1 - Menor ou igual a 49
40.7
8
213.
76
275.
1841
62.4
6
22.6
4 324.
59
290.
56
4303
.52
31.7
2 328.
06
341.
26
4841
.5
49.4
9 364.
47
318.
01
4660
.39
40.7
6 385.
4144
4.21
3812
.98
159.
46 457.
59
544.
59
3054
.87
64.5
1 545.
6
572.
97
4370
.91
Gráfico 52 – Evolução anual dos dispêndios com pesquisadores por porte de empresa
Fonte: Elaboração própria.
11 Essa permissão do MCTIC para que os registros pudessem ser feitos no anexo do FormP&D, tornou ambos os grupos de empresas, anterior e posterior ao ano-base 2014, incomparáveis.
39
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Com
bas
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os d
ados
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Form
P&D
Resu
mo
exec
utiv
o
39
Ainda em relação ao dispêndio, as quantias oscilam, porém, não há comportamento destoante.
No último ano-base, 2017, o registro foi de 4,3 bilhões de reais no dispêndio com pesquisadores,
sendo que, no início da série histórica, o valor era de 4,1 bilhões de reais. Chama a atenção que
empresas pertencentes à Faixa 2 agregam maior quantitativo de pesquisadores que a Faixa 3, mesmo
demandando menores gastos com os mesmos. As quantias são pouco significantes, mas, ainda assim,
são diferenças de aproximadamente mil funcionários. Esse comportamento se repete em todos os
anos analisados, exceto no ano-base 2015, que foi maior demandado pela Faixa 3.
20122011 20142013 20162015 2017Ano-base
Porte por número de empregados
Perc
entu
al (%
)
75
50
25
0
Faixa 4 - Maior ou igual a 500Faixa 3 - Entre 250 e 499
Faixa 2 - Entre 50 e 249
Faixa 1 - Menor ou igual a 49
1.06
7.08
5.88
0.84
8.6
7.03
0.95
8.82
8.56
2.92
17.6
9
12.4
2
1.33
10.0
5
11.1
4
77.4
8
2.28
13.8
3
12.8
6
1.45
12.1
6
10.3
6
66.9
6 76.0
2
71.0
3
81.6
7
83.5
3
85.9
9
Gráfico 53 – Evolução anual do percentual de pesquisadores por porte da empresa
Fonte: Elaboração própria.
d. TitulaçãoA análise dos indicadores por titulação relaciona o quantitativo e o dispêndio com pesquisadores
detentores de formações classificadas em técnicos, tecnólogos, graduados, pós-graduados, mestres
e doutores. Para fins desse estudo, foram definidos indicadores para doutores, mestres e pós-
graduados, além das demais formações, estas agrupadas em “outros”.
Ainda na análise a respeito do percentual de pesquisadores por titulação, em relação ao total de
pesquisadores, é observada, com destaque, a grande diferença da participação da categoria outros em
relação a doutores, mestres e pós-graduados. Essa disparidade é explicada pelo grande quantitativo
de graduados e técnicos nas empresas. No período estudado, apesar das oscilações, verifica-se, ainda,
um crescimento do percentual de técnicos, tecnólogos e graduados.
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Com
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D
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.
20122011 20142013 20162015 2017Ano-base
Perc
entu
al d
e pe
squi
sado
res (
%)
75
100
50
25
0
Titulação
OutrosPós-graduado
Mestre
Doutor
1.09 3.
66 24.6
4
1.14 3.79
25.7
5
1.5 4.
94 8.84
1.81 4.
41
11.0
6
1.83 4.
81
11.6
1.87 4.
53
12.2
4
1.45 3.
94
12.7
1
70.6
69.3
2
84.7
3
82.7
3
81.7
6
81.3
6
81.9
Gráfico 54 – Evolução anual da média do percentual de pesquisadores por titulação sobre o total de pesquisadores da empresa
Fonte: Elaboração própria.
1.3.2. Parcerias
a. GeralA Lei do Bem permite isenção fiscal sobre recursos destinados a contratos para o apoio das atividades
internas de P&D ou, ainda, para o desenvolvimento externo de tais pesquisas. Esses contratos são
denominados como Parcerias e podem ser classificados como: apoio técnico, tecnologia industrial
básica e viagens; instituição de pesquisa; inventor independente; microempresa; empresa de pequeno
porte; e universidade. É importante ressaltar que foram computadas as parcerias ativas em cada ano,
incluindo aquelas com duração de mais de um ano e estabelecidas em anos anteriores, ou seja, os
números apresentados não representam necessariamente a quantidade de novas parcerias a cada ano.
O Gráfico 55 mostra o número de parcerias ativas dos anos-base de 2015 a 2017. Nota-se uma elevação
tanto do número total de parcerias quanto do dispêndio (Gráfico 56) das empresas demandantes
dos benefícios da Lei do Bem.
0
20000
10000
30000
2015 20172016
Ano-base
Qua
ntid
ade
21074
29832 29961
Gráfico 55 – Evolução anual do total de parcerias
Fonte: Elaboração própria.
41
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Com
bas
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do
Form
P&D
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utiv
o
41
Os dados dos anos de 2015 a 2017 revelam um alto percentual da quantidade de parcerias do tipo
apoio técnico, tecnologia industrial básica e viagens, durante os três anos avaliados. Essa concentração
também é observada na análise dos dispêndios da parceria por tipo (Gráfico 57), cuja participação
vem crescendo, ao longo dos três anos, de 46,63% para 53%.
Em seguida, destaca-se o percentual de parcerias realizadas pelo segmento de instituições de
pesquisa que, em conjunto com o percentual de universidades, vem reduzindo sua participação, de
40,23%, em 2015, para 32,08%, em 2017. Por outro lado, as parcerias com microempresas e empresas
de pequeno porte cresceram, de 12,98%, em 2015, para 14,78%, em 2017.
Assim, apesar do leve crescimento do percentual dos dispêndios de parcerias com empresas, de
um modo geral, os dados mostram uma redução dos dispêndios das parcerias com institutos de
pesquisa e universidades, em favorecimento, principalmente, para dispêndios com apoio técnico,
tecnologia industrial básica e viagens.
0
2000
1000
2015 20172016Ano-base
Val
or (R
$ m
ilhoe
s)
2485.38 2550.292841.8
Gráfico 56 – Evolução anual do total de dispêndios com parcerias
Fonte: Elaboração própria.
Tipo
Inventor independentePequeno porteUniversidade
MicroempresaInstituição de pesquisaApoio técnico. tecnologia industrial básica e viagens
20162015 2017
Ano-base
Perc
entu
al (%
)
50
25
5
0
0.15
6.01 10
.1
30.1
3 46.6
3
0.18
5.96 7.
71
31.0
7
46.9
8
7.07
0.14
4.46
27.6
2
53
6.97 8.
1
7.71
Gráfico 57 – Evolução anual do percentual do dispêndio com parcerias por tipo
Fonte: Elaboração própria.
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b. SetorOs setores que mais se destacam pelo percentual em relação à quantidade de parcerias são o de
Indústria de Transformação; e o de Comércio, Reparação de veículos automotores e motocicletas
(Gráfico 58). Quando a análise é feita em relação ao dispêndio com parcerias, além desses dois setores,
ganha destaque também o setor de Atividades Financeiras, de seguros e serviços relacionados (Gráfico
59 e Gráfico 60). Apesar do setor de Indústria de transformação registrar 68% do total de parcerias
no ano-base 2017, o mesmo setor registra valores consideravelmente decrescentes, partindo de
aproximadamente R$ 1,4 bilhão no ano-base 2015 para R$ 1 bilhão no ano-base 2017 (Gráfico 59).
Nota-se que, mesmo que temporalmente os dispêndios com parcerias tenham sido reduzidos, o
número de parcerias nesse mesmo período avaliado, em geral, aumentou. Percebe-se também,
no ano-base 2017, que o setor de Comércio, Reparação de veículos automotores e motocicletas é o
segundo em relação ao percentual da quantidade de parcerias, no qual participa com 6,5% do total
de parcerias, enquanto o setor Atividades Financeiras, de seguros e serviços relacionados participa em
4,5%. Entretanto, como demonstrado no Gráfico 59, Comércio, Reparação de veículos automotores
e motocicletas dispende menos que Atividades Financeiras, de seguros e serviços relacionados, sendo
(Gráfico 60) seus percentuais de participação no dispêndio com parcerias de, respectivamente, 13%
e 17%.
0.88
3.09
68.43
2.38
0.07
0.87
5.51
0.27
0
6.48
5.52
1.81
4.39
0.06
0.2
0.01
0.02
0.68
2.54
63.8
4.62
0.31
2.64
5.99
0.15
0.01
8.37
4.71
2.59
3.36
0.11
0.12
0.01
0.28
2.4
68.38
6.57
0.73
1.74
4.55
0.14
0
6.58
3.14
0
4.14
1.1
0.08
0.1
0.01
Ano-base
Seto
r
Indústrias de transformação
Informação e comunicação
Eletricidade e gás
Atividades profissionais, científicas e técnicas
Indústrias extrativas
Construção
Transporte, armazenagem e correio
Saúde humana e serviços sociais
Educação
Outras atividades de serviços
Artes, cultura, esporte e recreação
Alojamento e alimentação
Atividades imobiliárias
Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura
Atividades administrativas e serviços complementares
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
Porcentagem (%)0 20 40 60
2015 2016 2017
Gráfico 58 – Evolução anual do percentual de parcerias por setor
Fonte: Elaboração própria.
43
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i do
Bem
Com
bas
e n
os d
ados
do
Form
P&D
Resu
mo
exec
utiv
o
43
3.48
150.07
1459.43
93.54
8.32
26.19
238.51
1.42
0
180.89
155.04
31.51
132.51
3.14
0.63
0.01
0.71
2.24
52.58
1222.16
229.17
10.29
30.09
233.55
8.72
0.14
281.87
138.33
119.96
168.3
10.91
2.85
0.29
22.6
48.5
1087
236
4.33
19.9
372
11.0
0
485
191
0
229
112
3.25
16.5
0.22
Ano-base
Seto
rIndústrias de transformação (em bilhões)
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
Atividades administrativas e serviços complementares
Atividades profissionais, científicas e técnicas
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura
Transporte, armazenagem e correio
Saúde humana e serviços sociais
Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação
Alojamento e alimentação
Outras atividades de serviços
Artes, cultura, esporte e recreação
Atividades imobiliárias
Educação
Construção
Informação e comunicação
Indústrias extrativas
Eletricidade e gás
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
Total (R$ milhões)0 500 1000
2015 2016 2017
Gráfico 59 – Evolução anual dos dispêndios com parcerias por setor
Fonte: Elaboração própria.
0.14
6.04
58.72
3.76
0.33
1.05
9.6
0.06
0
7.28
6.24
1.27
5.33
0.13
0.03
0
0.03
0.09
2.09
48.66
9.13
0.41
1.2
9.3
0.35
0.01
11.22
5.51
4.78
6.7
0.43
0.11
0.01
0.8
1.71
38.26
8.3
0.15
0.7
13.11
0.39
0
17.09
6.75
0
8.07
2.9
0.1
0.5
0
Ano-base
Seto
r
Indústrias de transformação
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
Atividades administrativas e serviços complementares
Indústrias extrativas
Atividades profissionais, científicas e técnicas
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura
Educação
Saúde humana e serviços sociais
Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação
Alojamento e alimentação
Outras atividades de serviços
Artes, cultura, esporte e recreação
Atividades imobiliárias
Construção
Transporte, armazenagem e correio
Informação e comunicação
Eletricidade e gás
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
Porcentagem (%)0 10 20 30 40 50
2015 2016 2017
Gráfico 60 – Evolução anual do percentual dos dispêndios com parcerias por setor
Fonte: Elaboração própria.
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c. Porte da empresaA análise de parcerias por porte da empresa tem o intuito de traçar um perfil das empresas
demandantes pela lei que mais dispendem e mais fazem uso do incentivo de parcerias (ativas),
no determinado ano-base.
Devido ao fato mencionado anteriormente, a quantidade de empresas concentradas na Faixa 4 é
maior em razão da própria característica da lei, que contempla apenas empresas que operam no
regime tributário Lucro Real. Vale ressaltar os expressivos resultados associados a essa faixa quando
comparada às demais. Em todos os anos registrados, mais de 70% das parcerias foram feitas por
empresas que se enquadram na Faixa 4. É interessante notar que, em 2 dos 3 anos observados,
a segunda faixa de funcionários que detém maior quantidade de parcerias é a Faixa 2 – 50 a 249
funcionários –, ainda que com valores relativamente baixos, se comparados aos da Faixa 4. Os
mesmos resultados também são refletidos nos dispêndios, em que a Faixa 4 é a que mais despende
em parcerias, seguida da Faixa 2, que obteve um percentual de 12% das parcerias feitas por todas as
empresas em 2017, como é possível observar no Gráfico 61 e no Gráfico 62.
Os resultados apresentados no Gráfico 61 permitem uma comparação temporal feita na Faixa 4
e indicam que a média geral se manteve constante durante o período em estudo. O Gráfico 61
também mostra que empresas com 500 ou mais funcionários representam 71,8% das parcerias
feitas pelo total de empresas no ano-base 2017. Por sua vez, o Gráfico 62 sugere uma redução
da participação das empresas da Faixa 4 no dispêndio com parcerias, apesar do nível de
concentração ainda se manter elevado.
20162015 2017
Ano-base
Perc
entu
al (%
)
60
40
20
0
Porte por número de empregadosFaixa 1 - Menor ou igual a 49 Faixa 2 - Entre 50 e 249
Faixa 3 - Entre 250 e 499Faixa 4 - Maior ou igual a 500
53
3.82
12.1
4
13.5
2
70.5
3
3.32
13.6
10.1
72.9
8
3.14
13.5
5
11.5
3
71.7
8
Gráfico 61 – Percentual de parcerias por porte de empresa
Fonte: Elaboração própria.
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os d
ados
do
Form
P&D
Resu
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45
Porte por número de empregadosFaixa 1 - Menor ou igual a 49 Faixa 2 - Entre 50 e 249
Faixa 3 - Entre 250 e 499Faixa 4 - Maior ou igual a 500
20162015 2017Ano-base
Porc
enta
gem
(%)
75
50
25
01.
22 5.32 7.41
2.91 8.
43
6.59
3.14 12 8.
73
71.5
786.0
4
82.0
7
Gráfico 62 – Evolução anual do percentual dos dispêndios com parcerias por porte de empresa
Fonte: Elaboração própria.
1.3.3. Equipamentos
a. GeralApesar da importância da disponibilidade de equipamentos para o desenvolvimento de P&D, verifica-
se, na seção de Produção, que poucas são as empresas que realizam dispêndio com equipamentos.
Devido a esse fato, os números registrados nos gráficos 63 e 64 podem não representar o quadro geral,
sendo sensíveis ao dispêndio de um grupo seleto de empresas. Tais estatísticas também são sensíveis
ao universo de empresas demandantes, que varia a cada ano. É possível que o comportamento do
dispêndio representado no Gráfico 63 seja verificado pelas hipóteses citadas anteriormente, haja
vista o grande crescimento do dispêndio em equipamento no ano-base 2017. A pequena oscilação
no número de equipamentos também corrobora com tais hipóteses.
0
100
50
150
200
2015 20172016
Ano-base
Val
or (R
$ m
ilhóe
s)
100.77 96.75
188.61
Gráfico 63 – Evolução anual dos dispêndios com equipamentos
Fonte: Elaboração própria.
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D
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utiv
o
0
1000
500
1500
2000
2015 20172016
Ano-base
Qua
ntid
ade
19051804
2024
Gráfico 64 – Evolução anual do número de equipamentos adquiridos
Fonte: Elaboração própria. Setor
b. SetorO setor de Indústria de Transformação se destaca nos percentuais de quantidade (Gráfico 66) e
dispêndio (Gráfico 65) em equipamentos, nos três anos-base analisados. No último ano-base, o
setor foi responsável por 58% do total de equipamentos. Entretanto, no último ano do quadro dos
dispêndios, perdeu o destaque para o setor de Transporte, Armazenagem e Correio, que registrou
68% de participação do investimento em relação ao total de setores, em contrapartida aos 25%
do setor de Indústria de Transformação. É interessante notar o grande crescimento do setor de
Transporte, Armazenagem e Correio, no ano de 2017, comparado aos dois anos-bases anteriores,
quando não registrou dispêndio.
0
0
89.81
2.25
0
0
5.91
0
0
0
0.51
1.35
0.13
0.01
0
0
0
0.32
25.32
1.64
0.01
0.25
2.98
0.15
0
668.17
0.05
0
0.72
0.28
0
0.11
0
Ano-base
Seto
r
Indústrias de transformação
Transporte, armazenagem e correio
Atividades profissionais, científicas e técnicas
Atividades administrativas e serviços complementares
Informação e comunicação
Comércio, reparaçào de veículos automotores e motocicletas
Eletricidade e gás
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
Artes, cultura, esporte e recreação
Saúde humana e serviços sociais
Outras atividades de serviços
Indústrias extrativas
Agricultura, pecuária, produçào florestal, pesca e aquicultura
Educação
Construção
Atividades imobiliárias
Alojamento e alimentação
Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação
Porcentagem (%)0 25 40 75
2015 2016 2017
0.24
0
94.06
0.09
0.18
0
0.9
0
0
0
0
2.19
0.19
2.14
0
0
0
Gráfico 65 – Evolução anual do percentual dos dispêndios com equipamentos adquiridos para atividades de P&D, por setor
Fonte: Elaboração própria.
47
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os d
ados
do
Form
P&D
Resu
mo
exec
utiv
o
47
0.68
0.68
67.98
3.46
0.84
0.73
2.52
0.68
0.05
13.75
2.83
2.05
2.31
0.37
0.47
0.1
0.47
0.72
0.72
61.62
3.99
0.72
0.94
5.99
0.61
0.11
13.09
4.71
2.55
3.61
0.22
0.28
0.11
0.99
1.68
58.3
6.57
0.74
0.94
6.13
0.89
0.2
12.01
3.06
0
3.06
4.55
0.3
0.35
0.1
Ano-base
Seto
r
Indústrias de transformação
Informação e comunicação
Atividades administrativas e serviços complementares
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
Eletricidade e gás
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
Atividades profissionais, científicas e técnicas
Indústrias extrativas
Construção
Transporte, armazenagem e correio
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura
Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação
Educação
Saúde humana e serviços sociais
Outras atividades de serviços
Artes, cultura, esporte e recreação
Alojamento e alimentação
Atividades imobiliárias
Porcentagem (%)0 20 40 60
2015 2016 2017
Gráfico 66 – Evolução anual do percentual da quantidade de equipamentos adquiridos para atividades de P&D, por setor
Fonte: Elaboração própria.
c. Porte da empresaA evolução da quantidade de equipamentos ao longo dos anos vem repetindo a mesma tendência dos
outros indicadores, no âmbito do porte: a Faixa 4 é a predominante, representando aproximadamente
50% do total de equipamentos no último ano-base e, entre as Faixas que demandam menores
quantidades de equipamentos, a Faixa 2 se destaca em relação às demais, principalmente sobre a
Faixa 3, o que normalmente não é o esperado (Gráfico 67).
20162015 2017
Ano-base
Porte por número de empregados
Perc
entu
al (%
)
40
20
0
Faixa 4 - Maior ou igual a 500Faixa 3 - Entre 250 e 499
Faixa 2 - Entre 50 e 249Faixa 1 - Menor ou igual a 49
5.98 8.
15
7.91
24.7
16.7
50.6
9
21.4
1
16.5
8
53.8
5
20.4
7
12.7
6
60.7
9
Gráfico 67 – Evolução anual do percentual da quantidade de equipamentos adquiridos para atividades de P&D por porte da empresa
Fonte: Elaboração própria.
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Quanto ao dispêndio (Gráfico 68 e Gráfico 69) com equipamentos, o último ano-base se
destaca em relação aos anteriores, com o maior volume, de R$ 176 milhões, registrado na Faixa
4, enquanto nos outros anos as empresas que se encontravam nessa mesma Faixa dispenderam
R$ 93 e R$ 81 milhões, aproximadamente, para os respectivos anos-base de 2015 e 2016. Isso
representa um salto de R$ 95 milhões no último ano-base. Esse indicador registrou um crescimento
da Faixa 1, que, mesmo detendo a menor participação do dispêndio, foi a única que obteve
crescimento percentual em todos os anos (Gráfico 68).
20162015 2017
Ano-base
Porte por número de empregados
Perc
entu
al (%
)
50
75
25
0
Faixa 4 - Maior ou igual a 500Faixa 3 - Entre 250 e 499
Faixa 2 - Entre 50 e 249Faixa 1 - Menor ou igual a 49
0.49 0.94 4.
91
1.51
93.3
6
0.61
9.48
5.49
84.4
2
6.47
0.43
92.6
1
Gráfico 68 – Evolução anual do percentual dos dispêndios com equipamentos adquiridos para atividades de P&D por porte da empresa
Fonte: Elaboração própria.
20162015 2017
Ano-base
Porte por número de empregados
Val
or (R
$ m
ilhõe
s)
100
50
150
0
Faixa 4 - Maior ou igual a 500Faixa 3 - Entre 250 e 499
Faixa 2 - Entre 50 e 249Faixa 1 - Menor ou igual a 49
0.49 1.77 7.
9
2.84
176.
09
0.59
9.18
5.31
81.6
7
6.52
0.43
93.3
3
Gráfico 69 – Evolução anual dos dispêndios com equipamentos adquiridos para atividades de P&D por porte da empresa
Fonte: Elaboração própria.
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1.3.4. Conclusões
Os dados sobre a demanda pelos benefícios da Lei do Bem mostram que parte significativa dos
recursos está sendo destinada a investimentos que podem contribuir para um “ambiente inovativo”,
seja por meio da alocação destinada a pesquisadores, parcerias ou equipamentos. Ao longo do
período observado, as empresas demandantes do benefício têm mantido dispêndio total com
pesquisadores acima de 70% do total de dispêndio com as atividades de P&D. Vale ressaltar, no
entanto, que o maior percentual de dispêndios ainda é com pesquisadores sem titulações de doutor,
mestre ou pós-graduado lato sensu. Os dados mostram que, nos últimos três anos analisados (2015
a 2017), menos de 25% dos gastos com RH foram para pesquisadores com titulações de doutorado
ou mestrado ou pós-graduado lato sensu.
Dentre as parcerias ativas, a maior participação em relação aos dispêndios com parcerias é relacionada
à categoria de “apoio técnico, tecnologia industrial básica e viagens”, que varia entre 46,63%, em 2015,
e 53%, em 2017. O crescimento do percentual deste tipo de parceria, junto com um leve crescimento
do percentual de parcerias com empresas, seja micro ou de pequeno porte (de 12,98%, em 2015, para
14,78%, em 2017), levou a um movimento não desejado de redução do percentual de dispêndios em
parcerias com institutos de pesquisas ou universidades (de 40,23%, em 2015, para 32,08%, em 2017).
As participações de técnicos e empresas de tecnologia nas atividades de pesquisa são favoráveis
ao ambiente inovativo. Porém, o seu alto percentual gera uma forte concentração, que indica
um problema. Os movimentos de leve redução e de baixa participação de pesquisadores com
maiores titulações, em conjunto com a redução de participação dos dispêndios em parcerias com
instituições de pesquisa ou universidades, são preocupantes para fomentar um ambiente propício a
uma atividade de P&D de qualidade.
Por fim, os gastos com equipamentos têm uma participação pouco significativa no dispêndio total
das atividades, apesar de terem apresentado crescimento significativo no último ano observado. Este
fator não é tão preocupante, se essas empresas estiverem buscando outro tipo de benefício para esse
gasto, mas a base não fornece informação suficiente para uma análise deste tipo.
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2. Considerações finais
O presente trabalho teve como finalidade expor uma análise a respeito do Capítulo 3 da Lei
11.196/2005 (BRASIL, 2005), conhecida como Lei do Bem, que dispõe sobre incentivos fiscais para
a inovação. Mais especificamente, a avaliação tomou como base os dados fornecidos, por meio do
preenchimento do FormP&D, pelas empresas demandantes dos benefícios da referida legislação,
conforme artigo 14º do Decreto no 5.798, de 7 de junho de 2011 (BRASIL, 2011).
A Lei do Bem tem como objetivo estimular investimentos empresariais em P&D. Os
impactos esperados por meio dessa iniciativa são o estímulo e a potencialização da inovação
no setor produtivo, uma lógica consistente com fundamentação científica, tal como o
Manual de Frascati (OCDE, 2015) propõe.
A Lei do Bem já foi atenção de estudos anteriores, em sua maioria com o objetivo de analisar as
questões fiscais e de investimento, não havendo registro, contudo, de avaliações que considerassem
os dados específicos do FormP&D. O presente trabalho, por sua vez, faz uso de uma abordagem de
indicadores e expõe uma análise com foco nos dados apresentados, pelas empresas demandantes
dos benefícios da lei, por meio do FormP&D, ao MCTIC. Assim, trata-se de um estudo inédito, mas
ainda preliminar, e alinhado às avaliações de políticas públicas por meio da metodologia escolhida,
que é sugerida por órgãos como MPOG e o TCU.
Um dos pilares fundamentais descritos na Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação
(ENCTI) (BRASIL, 2017) é a “ampliação do financiamento para o desenvolvimento da CT&I”, que
abrange, entre suas ações prioritárias, o “fortalecimento da Lei do Bem com a garantia de continuidade
do incentivo e do estímulo à adesão pelas empresas”.
Destaca-se que a presente análise é fundamentada exclusivamente nos dados constantes na base
do FormP&D, limitando-se, portanto, ao universo das empresas que buscaram o benefício da lei no
espaço temporal de sua execução e cujas informações estavam disponíveis e consistentes na base
FormP&D (na sua maioria a partir de 2011).
Tendo em vista o contexto exposto, o objetivo dos incentivos fiscais, conforme a ENCTI, e a
limitação prévia dada pela base de dados utilizada, foram identificados alguns resultados almejados
por meio desta legislação:
• crescimento da geração de atividades de P&D e empresas com propriedade intelectual, no âmbito da lei;• geração de atividades de P&D, no âmbito da lei, de forma abrangente, no que se refere às empresas (regional/setorial/porte/etc.) e às características das atividades de P&D (produto/processo e PB/PA/DE 12); e• crescimento de investimentos em recursos que possam estimular e potencializar a estru-tura de P&D da empresa, da região ou do País.
12 Pesquisa básica (PB); Pesquisa avançada (PA); Desenvolvimento experimental (DE).
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O número de empresas que buscam os benefícios da Lei do Bem vem crescendo, em média, 8%
ao ano, como observado de 2011 a 2017. Vale destacar duas estatísticas neste período: a queda
de 8%, em 2015, possivelmente resultante da crise instaurada em 2014; e a taxa de crescimento
recorde, de 26%, observada em 2017, quando quase 1,5 mil empresas buscaram o benefício para
atividades realizadas naquele ano. Esses dois registros mostram que a lei vem sendo cada vez mais
utilizada pelas empresas, mas ainda muito aquém do potencial total das empresas que poderiam
estar utilizando o benefício.
Todavia, é necessário saber: 1o - se esse crescimento alcança de forma abrangente os diferentes
setores, regiões e perfis de empresa; 2o - se há aumento também dos dispêndios e do número
de projetos em P&D dessas empresas, analisando características dessa produção; e 3o - se há
investimento na promoção de uma ambiente mais inovativo.
Dessa forma, com foco nas questões colocadas, nos limites dados pelas informações disponíveis
no FormP&D e na confirmação de que o número de empresas vem aumentando, o estudo realiza
uma análise da Lei do Bem (BRASIL, 2005)13 com base em 3 dimensões: a abrangência da lei em
nível setorial, regional e de porte relativo às empresas; a produção em termos de quantidade,
insumos e valor dispendido; assim como o ambiente inovativo gerado em termos de parcerias,
equipamentos e equipes utilizadas.
A análise dos dados realizada no presente estudo mostra que o benefício da lei foi solicitado por
empresas de todos os potenciais setores, de todos os estados e, por consequência, de todas as
regiões. Entende-se, portanto, que há o alcance da abrangência desejada, ainda que permaneçam
altas concentrações. O estudo calcula a taxa de concentração setorial, regional, por unidade da
Federação (UF) e porte das empresas. Os resultados evidenciam taxas de concentração das empresas
acima de 70%, o que mostra uma alta concentração setorial, regional, estadual (UF) e de porte de
empresa. Dentre os 21 setores analisados (classificação CNAE), o setor de transformação concentra
53,76% das empresas que buscaram o benefício da Lei em 2017. A Região Sudeste concentra
61,54% das empresas que buscaram o benefício da Lei em 2017 e, dentre os 27 UF analisadas, o
Estado de São Paulo concentra 46,78% das empresas que buscaram o benefício da Lei em 2017.
As empresas com 500 funcionários ou mais representam 42,92% das empresas que buscaram
o benefício da lei em 2017.
Entretanto, a lei impõe uma condição de que apenas as empresas que operam sob o regime tributário
do Lucro Real e que tiveram lucro no ano-base da solicitação do incentivo fiscal podem solicitar o
benefício desta legislação. Esse requisito pode contribuir para uma concentração de empresas de
maior porte, tendo em vista que o Lucro Real é mais adotado pelas médias e grandes empresas, uma
vez que sua apuração requer maiores controles, porém, com permissão de certas medidas aplicadas
para a economia de tributos.
Os dados sobre a demanda pelos benefícios da lei revelam, ainda, que ela tem sido utilizada em
atividades de P&D por diferentes setores, regiões e portes de empresa, tanto em atividades de
13 Com base nas informações da demanda pelo seu benefício, que está limitado ao universo das informações do FormP&D.
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produto como de processo, além de todas as etapas do elo da cadeia de inovação. Todavia os dados
mostram uma concentração das atividades de P&D declaradas, ao longo de todo o período estudado,
em atividades de “produto” (66,68% das atividades em 2017) e da etapa de “desenvolvimento
experimental (DE)” (66,76% das atividades em 2017).
A atividade de P&D, declarada pelas empresas, utiliza dispêndios mais intensamente em Recursos
Humanos (RH), menos significativos em parcerias e muito pouco em equipamentos. A variação, ao
longo dos últimos três anos, da média do percentual dos dispêndios de cada um desses gastos nos
dispêndios totais das empresas foi de: RH, variando entre 66,76% e 68,24%; Parcerias, variando entre
32% e 34%; e Equipamentos, variando entre 0,07% e 0,19%. A baixa participação dos gastos declarados
com equipamento pode ser em razão de uma decisão da empresa de não buscar o benefício da lei
para esta finalidade, mas, não necessariamente, é a realidade da atividade de P&D. Algumas das
explicações, relatadas pelos técnicos do MCTIC, são de que algumas empresas buscam outros
instrumentos mais atrativos para estes gastos 14 ou desistem em função de problemas burocráticos
no processo de negociação da compra do equipamento.
O setor de informação e comunicação é o que apresenta o maior percentual de dispêndios com RH
em relação aos dispêndios totais. Este e o setor de transformação, que juntos concentram quase
70% das empresas que buscam o benefício da lei, apresentam um crescimento de sua parcela de
investimento em P&D sobre o faturamento total das empresas, portanto, representam empresas
que vem aumentando seus esforços em P&D.
Os resultados de todas as taxas de concentração sobre os dispêndios totais em P&D foram acima
de 78%, o que mostra uma alta concentração setorial, regional, estadual (UF) e de porte de empresa
nos dispêndios. O mesmo se verifica quando é analisada a quantidade de atividades: altas taxas de
concentração ao longo de todo o período. Ambas as concentrações, atividade de P&D e dispêndio
em P&D, seguem a concentração também identificada na análise do número de empresas que
buscam o benefício da lei.
Os dados sobre a demanda pelos benefícios da lei também mostram que a lei tem gerado
investimentos em recursos que podem contribuir para um “ambiente inovativo”, seja por meio
de investimentos em pesquisadores, em parcerias ou equipamentos. Vale ressaltar que o maior
percentual de dispêndios é em relação aos pesquisadores.
Os valores médios de dispêndio com pesquisadores variaram muito, porém, expõem uma queda em
2015 e uma lenta recuperação em 2017, quando os valores ainda estão abaixo dos valores de 2014. Por
outro lado, foram registrados poucos pesquisadores com titulações mais altas. Os dados mostram
que, nos últimos três anos analisados (2015 a 2017), menos de 25% dos gastos com RH foram para
pesquisadores com titulações de doutorado ou mestrado ou pós-graduado lato sensu. Além disso,
o percentual de apenas doutores não alcançou 4% do total dos gastos em RH no ano de 2017.
Portanto, apesar do maior dispêndio das atividades de P&D declaradas na lei ser com pesquisadores,
a maioria deles não possui titulações de doutor ou mestre ou, ainda, pós-graduação lato sensu.
14 Tais como “ex”tarifário que reduz o imposto de importação.
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O segundo maior percentual dos dispêndios das atividades de P&D declaradas na demanda pelo
benefício da lei é com parcerias. Ao longo dos últimos três anos de registro (2015 a 2017), os dados
sobre estas parcerias mostram um crescimento da categoria de “apoio técnico, tecnologia industrial
básica e viagens”, que aumentou de 46,63%, em 2015, para 53%, em 2017, e um crescimento mais
tímido da participação de parcerias com empresas, seja micro ou de pequeno porte (um aumento
de 12,98%, em 2015, para 14,78%, em 2017). Todavia, o crescimento dessas duas categorias gerou uma
queda na participação dos gastos de parcerias, das atividades de P&D declaradas pelas empresas que
buscaram o benefício da lei, com institutos de pesquisas ou universidades, que apresentaram uma
redução de 40,23%, em 2015, para 32,08%, em 2017.
As participações de técnicos e empresas de tecnologia nas atividades de pesquisa são favoráveis
ao ambiente inovativo. Porém, o seu alto percentual gera uma forte concentração, que indica um
problema. Os movimentos de leve redução e de baixa participação de pesquisadores com maiores
titulações, em conjunto com o movimento de redução de participação dos dispêndios de parcerias
com instituições de pesquisa ou universidades, são preocupantes para fomentar um ambiente
propício a uma atividade de P&D de qualidade.
Por fim, equipamentos têm uma participação pouco significativa nos dispêndios realizados
sob os benefícios da lei, mas vêm crescendo em número absoluto, tanto no que se refere
aos valores de dispêndios quanto à quantidade de equipamentos utilizados nas atividades
de P&D, ambos declarados pelas empresas na demanda pelos benefícios da Lei do Bem.
Este fator não é tão preocupante, porque, conforme anteriormente comentado, com base
em relatos de técnicos do MCTIC, provavelmente existem gastos com equipamentos,
mas não são declarados no âmbito desta base.
Numa análise geral, verifica-se que a lei vem aumentando o número de empresas participantes
e, junto a isso, sua abrangência, seus diferentes tipos e etapas de atividades de P&D (produção)
e seu fomento a um ambiente mais inovativo para o País. Por outro lado, mostrou fortes
concentrações, em alguns casos, danosas a um movimento para gerar P&D com qualidade
e conforme a expectativa de que essa P&D venham a se tornar inovações. Para reduzir esses
problemas, a Lei do Bem ainda possui limitações e desafios a serem vencidos, de modo a
potencializar soluções alusivas a regras, informações e divulgação, de forma a torná-la mais acessível e
a gerar maiores e/ou melhores resultados.
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Referências
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desenvolvimento tecnológico do Setor de Energia Elétrica. Disponível em: <http://www.aneel.
gov.br/programa-de-p-d>.
BRASIL. Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – MCTIC. Estratégia
Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 2016-2019 - ENCTI. Brasília, DF: 2017. Disponível
em: <http://bibliotecadigital.planejamento.gov.br/bitstream/handle/123456789/990/ENCTI-
MCTIC-2016-2022.pdf?sequence=2&isAllowed=y>.
_____. Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – MCTIC. Nome do
Programa/Atividade/Ação fomentado: Incentivos Fiscais à Inovação Tecnológica nas empresas
(previstos no Capítulo III da “Lei do Bem”). Disponível em: < http://www.mctic.gov.br/mctic/
opencms/perguntas_frequentes/Lei_do_Bem.html >. Acesso em: 18 dez. 2018.
_____. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão - MPOG. Guia Metodológico
para Indicadores – Orientações básicas aplicadas à metodologia do Plano Plurianual – PPA
2016-2019. MPOG. Secretaria de Planejamento e Assuntos Econômicos. 3a edição. Brasília, julho,
2018.
_____. Presidência da República. Decreto nº 5.798, de 7 de junho de 2006. Regulamenta
os incentivos fiscais às atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação
tecnológica, de que tratam os arts. 17 a 26 da Lei no 11.196, de 21 de novembro de 2005.
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D5798.
htm>.
_____. _____. Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005. (Lei do Bem). Dispõe sobre
incentivos fiscais para a inovação tecnológica. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11196.htm>.
_____. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO - TCU. Técnica de indicadores de desempenho
para auditorias. Brasília, DF: Secretaria de Fiscalização e Avaliação de Programas de Governo
(Seprog), 2011. 29 p. Disponível em: < file:///C:/Users/Lilian/Downloads/Indicadores_mapa%20
de%20produtos.PDF>.
CENTRO DE GESTÃO E ESTUDOS ESTRATÉGICOS - CGEE. Sugestões de
aprimoramento ao modelo de fomento à P&D do Setor Elétrico Brasileiro: Programa
de P&D regulado pela Aneel. Brasília, DF: 2015. 324p. Disponível em: <https://www.
cgee.org.br/documents/10195/734063/Livro_Setor_elet_brasileiro_06082015_10217.pdf/
c0c26725-2fe2-46e7-8c22-1365c9196a1c?version=1.1>.
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FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO – FIESP. Panorama da indústria
de transformação Brasileira. 14. ed. São Paulo, SP: 2017. Disponível em: <http://www.fiesp.com.
br/arquivo-download/?id=236253>
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Demografia das empresas
2013. Rio de Janeiro, RJ: 2015. Disponível em: <https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/
liv94575.pdf>
_____. Introdução à Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE versão 2.0. Rio
de Janeiro, RJ: 2007. Disponível em: <https://cnae.ibge.gov.br/images/concla/documentacao/
CNAE20_Introducao.pdf>.
ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT – OCDE. Frascati
Manual 2015 - Guidelines for Collecting and Reporting Data on Research and Experimental
Development 2015. Available in: < http://www.oecd.org/sti/inno/frascati-manual.htm> or <
https://www.leidobem.com/manual-de-frascati/>.
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Lista de gráficos
Gráfico 1 – Evolução anual do número de empresas que demandam o benefício da Lei do Bem 8
Gráfico 2 – Percentual do número de empresas por setor 10
Gráfico 3 – Percentual do número de empresas por setor, na Região Centro-Oeste 11
Gráfico 4 – Percentual do número de empresas por setor, na Região Nordeste 11
Gráfico 5 – Percentual do número de empresas por setor, na Região Sul 12
Gráfico 6 – Percentual do número de empresas por setor, na Região Sudeste 12
Gráfico 7 – Percentual do número de empresas por setor, na Região Norte 13
Gráfico 8 – Percentual de empresas por Região e número total de empresas 14
Gráfico 9 – Evolução anual do percentual de empresas por unidade da Federação (UF) 14
Gráfico 10 – Percentual de empresas por faixas de porte de empresa 15
Siglas encontradas nesta publicação
CNAE | Classificação Nacional de Atividades Econômicas
CT&I | Ciência, Tecnologia e Inovação
ENCTI | Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
FNDCT |Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
FormP&D | Formulário para Informações sobre as Atividades de Pesquisa, Tecnologia e
Desenvolvimento de Inovação Tecnológica nas Empresas
Lei do Bem | Nome dado à Lei nº 11.196
MCTIC | Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
MPOG | Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
MQO | Mínimos Quadrados Ordinários
OCDE | Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico
P&D | Pesquisa e Desenvolvimento
PIA | Pesquisa Industrial Anual
PIB | Produto Interno Bruto
Pintec | Pesquisa Industrial sobre Inovação e Tecnologia
Rais | Relação Anual de Informações Sociais
Setec | Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação
SNCTI | Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação
TCU | Tribunal de Contas da União
USPTO | United States Patent and Trademark Office
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Gráfico 11 – Evolução anual da taxa de concentração por parâmetro de análise 16
Gráfico 12 – Evolução anual da taxa de concentração setorial por Região 16
Gráfico 13 – Índice de concentração médio por parâmetro de análise 17
Gráfico 14 – Índice de concentração médio setorial por Região 17
Gráfico 15 – Soma dos dispêndios com atividades em P&D declarados por todas as
empresas em bilhões 19
Gráfico 16 – Mediana do dispêndio total em P&D de cada empresa por seu faturamento
líquido em milhares 19
Gráfico 17 – Evolução das medianas: do dispêndio em P&D por empresa; da quantidade de
atividade; e da razão do dispêndio por quantidade de atividades por empresa 19
Gráfico 18 – Quantidades de atividades em P&D declaradas por todas as empresas 20
Gráfico 19 – Evolução anual do percentual de empresas que declaram possuir ou solicitar registros de propriedade intelectual relacionados às atividades de P&D declaradas
na demanda pelos benefícios da Lei do Bem 20
Gráfico 20 – Percentual da soma das atividades de P&D de todas as empresas classificadas
por setor da empresa, segundo CNAE (IBGE, 2007) 21
Gráfico 21 – Percentual da soma dos dispêndios em P&D declarados por todas as empresas
classificados por setor da empresa, segundo CNAE (IBGE, 2007) 21
Gráfico 22 – Evolução anual da mediana do dispêndio total em P&D da empresa por seu
faturamento líquido, por setor da empresa, segundo CNAE (IBGE, 2007) 22
Gráfico 23 – Evolução anual do percentual das atividades de P&D de todas as empresas classificadas por
Região geográfica da empresa 23
Gráfico 24 – Evolução anual do percentual das atividades de P&D de todas as empresas
classificadas por UF da empresa 23
Gráfico 25 – Evolução anual da soma das atividades de P&D de todas as empresas classificadas
por UF da empresa 24
Gráfico 26 – Evolução anual do percentual dos dispêndios em P&D declarados por todas as
empresas classificadas por região geográfica da empresa 24
Gráfico 27 – Evolução anual do percentual dos dispêndios em P&D declarados por todas as
empresas classificadas por UF da empresa 25
Gráfico 28 – Soma dos dispêndios em P&D classificados por UF 25
Gráfico 29 – Evolução anual do percentual da mediana do dispêndio total em P&D da
empresa, por seu faturamento e por região geográfica da empresa 26
Gráfico 30 – Evolução anual do percentual das atividades de P&D declaradas pelas empresas
na demanda pelo benefício da lei, classificadas por porte da empresa 27
Gráfico 31 – Evolução anual do percentual dos dispêndios das atividades de P&D declaradas
pelas empresas na demanda pelo benefício da lei, classificadas por porte da empresa 27
Gráfico 32 – Evolução anual do percentual das atividades de P&D de todas as empresas
classificadas em produto e em processo 28
Gráfico 33 – Evolução anual do percentual das atividades de P&D de todas as empresas
classificadas no elo da cadeia de inovação (PB;PA';DE) 28
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Gráfico 34 – Média da razão dos dispêndios em RH pelo total de dispêndio nas atividades
de P&D 29
Gráfico 35 – Média da razão dos dispêndios em RH pelo total dispêndio nas atividades de
P&D, por setor 29
Gráfico 36 – Evolução anual do número de empresas que realizaram dispêndios com
equipamento, nas atividades de P&D da empresa, por setor 30
Gráfico 37 – Média do dispêndio com equipamento, nas atividades de P&D da empresa,
pelo total de dispêndio nas atividades de P&D da empresa 30
Gráfico 38 – Média do dispêndio com equipamento, nas atividades de P&D da empresa,
pelo total de dispêndio nas atividades de P&D da empresa, por setor da empresa 31
Gráfico 39 – Média da razão dos dispêndios com pesquisadores pelo total de horas dos pesquisadores, classificados em Especialistas (doutores, mestres e pós-graduados)
e outros (graduados, técnicos e tecnólogos) nas atividades de P&D da empresa 32
Gráfico 40 – Média da razão dos dispêndios com pesquisadores doutores pelo total de horas
de pesquisadores doutores por setor 32
Gráfico 41 – Média da razão dos dispêndios com pesquisadores pelo total de horas dos pesquisadores, classificados em Especialistas (doutores, mestres e pós-graduados) e outros (graduados, técnicos e tecnólogos) nas atividades de P&D da empresa,
por setor 32
Gráfico 42 – Evolução anual do percentual dos dispêndios com pesquisadores, por titulação, nas atividades de P&D declaradas pela empresa na demanda pelos benefícios
da lei 33
Gráfico 43 – Evolução anual da taxa concentração dos dispêndios em P&D, por parâmetro de
análise 34
Gráfico 44 – Índice de concentração médio dos dispêndios em P&D por parâmetro de análise 34
Gráfico 45 – Evolução anual da taxa de concentração do número de atividades de P&D por
parâmetro de análise 34
Gráfico 46 – Índice de concentração médio do número de atividades de P&D por parâmetro
de análise 35
Gráfico 47 – Evolução anual do total de pesquisadores 35
Gráfico 48 – Evolução anual do total de dispêndios com pesquisadores 36
Gráfico 49 – Evolução anual do percentual do número de pesquisadores por setor 36
Gráfico 50 – Evolução anual do percentual dos dispêndios com pesquisadores por setor 37
Gráfico 51 – Evolução anual dos dispêndios com pesquisadores por setor 37
Gráfico 52 – Evolução anual dos dispêndios com pesquisadores por porte de empresa 38
Gráfico 53 – Evolução anual do percentual de pesquisadores por porte da empresa 39
Gráfico 54 – Evolução anual da média do percentual de pesquisadores por titulação sobre o
total de pesquisadores da empresa 40
Gráfico 55 – Evolução anual do total de parcerias 40
Gráfico 56 – Evolução anual do total de dispêndios com parcerias 41
Gráfico 57 – Evolução anual do percentual do dispêndio com parcerias por tipo 41
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Gráfico 58 – Evolução anual do percentual de parcerias por setor 42
Gráfico 59 – Evolução anual dos dispêndios com parcerias por setor 43
Gráfico 60 – Evolução anual do percentual dos dispêndios com parcerias por setor 43
Gráfico 61 – Percentual de parcerias por porte de empresa 44
Gráfico 62 – Evolução anual do percentual dos dispêndios com parcerias por porte de empresa 45
Gráfico 63 – Evolução anual dos dispêndios com equipamentos 45
Gráfico 64 – Evolução anual do número de equipamentos adquiridos 46
Gráfico 65 – Evolução anual do percentual dos dispêndios com equipamentos adquiridos para
atividades de P&D, por setor 46
Gráfico 66 – Evolução anual do percentual da quantidade de equipamentos adquiridos para
atividades de P&D, por setor 47
Gráfico 67 – Evolução anual do percentual da quantidade de equipamentos adquiridos para
atividades de P&D por porte da empresa 47
Gráfico 68 – Evolução anual do percentual dos dispêndios com equipamentos adquiridos para
atividades de P&D por porte da empresa 48
Gráfico 69 – Evolução anual dos dispêndios com equipamentos adquiridos para atividades
de P&D por porte da empresa 48
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