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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
Desmatamento: causas, conseqüências e soluções
sustentáveis
Por: Aparecida Maria Thomáz
Orientador
Prof. Francisco Carrera
Rio de Janeiro
2010
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
Desmatamento: causas, conseqüências e soluções
sustentáveis
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Gestão
Ambiental
Por: Aparecida Maria Thomáz
3
AGRADECIMENTOS
.... A minha mãe, amigos espirituais,
parentes, amigos e todos os
professores da Pós Graduação em
Gestão Ambiental.
4
DEDICATÓRIA
..... A minha mãe, eterna guerreira, a meu
pai (in memória) e a meus amigos
espirituais.
5
RESUMO
O Brasil é considerado um dos países de maior biodiversidade no
mundo, pois se calcula que nada menos do que 10% de toda a biota terrestre
encontram-se no país. Temos nossa floresta Amazônica, mata atlântica,
cerrado, pantanal, pampas, caatinga, fauna e flora bem diversificada, recursos
hídricos que cortam todo o país como: o Amazonas, São Francisco, Tocantins,
Negro, Paraná e tantos outros e uma das legislações ambientais mais
completas do mundo. Mais infelizmente em nome do desenvolvimento
econômico, muitas ações contra o meio ambiente foram feitas principalmente
no século passado.
O Brasil para obter sua independência econômica, ser valorizado pelos
demais países, precisava crescer na área: industrial, agrícola e pecuária.
Todos os três setores estão ligados direto ou indiretamente ao meio ambiente.
O uso indiscriminado de nossos recursos naturais no século passado,
deixa de herança, uma enorme dívida com a natureza. Dívida em algumas
situações impagáveis. Animais em extinção, nascentes e rios poluídos ou
assoreados. Matas nativas sendo extirpadas sem qualquer interferência.
Este trabalho tem por objetivo detalhar cada bioma brasileiro, sua
dimensão, tipo de flora e fauna local e seus principais problemas com
desmatamentos.
A importância da responsabilidade sócio ambiental. A ECO 92 deu um
novo rumo ao tratamento das questões ambientais pelas empresas. Exemplos
dessas preocupações evidenciam-se através da adoção de certificações
ambientais como a série ISO 14000 que distingue as organizações que
possuem um padrão de gestão ambiental.
O pensamento empresarial deixa de encarar os valores gastos com os
cuidados com o meio ambiente como custos, para serem encarados como
investimentos.
A globalização traz consigo demandas por transparência. Empresas são
gradualmente obrigadas a divulgar sua performance social e ambiental. E,
1999 é lançado O Índice Mundial de Sustentabilidade Dow Jones, sendo o
6
primeiro índice a acompanhar o desempenho das empresas líderes mundial em
compromisso com a sustentabilidade.
A finalidade do Direito Ambiental. No Brasil a política ambiental brasileira
nasceu e se desenvolveu nos últimos quarenta anos como resultado da ação
de movimentos sociais locais e de pressões vindas de fora do país.
A Lei n° 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, é o primeiro grande marco em termos de norma de proteção
ambiental no Brasil. Segundo marco é a edição da Lei da Ação Civil Pública ou
Lei n° 7.347/85, que fez com que os danos ao meio ambiente pudessem
efetivamente chegar ao Poder Judiciário. A Constituição Federal de 1988 foi o
terceiro grande marco da legislação ambiental ao adotar tais elementos em um
capítulo dedicado inteiramente ao meio ambiente. O quarto marco é a edição
da Lei de Crimes Ambientais ou Lei n° 9.605/98, que dispõe sobre as sanções
penais e administrativas aplicáveis às condutas e atividades lesivas ao meio
ambiente.
A finalidade da Educação Ambiental será abordada a partir das décadas
de 70 e 80, nas quais foram realizadas várias conferências internacionais e
uma variedade de documentos foi elaborada visando o estabelecimento de
princípios comuns para uma educação para a sustentabilidade.
7
METODOLOGIA
Foram utilizados como fonte de pesquisas livros, revistas e sites:
Ambiente Brasil, MMA, Inea, Embrapa.
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I - O Histórico dos biomas brasileiros e seus
desmatamentos. 11
CAPÍTULO II - Responsabilidade sócio ambiental 32
CAPÍTULO III – O Direito Ambiental e a educação ambiental 36
CONCLUSÃO 42
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 43
BIBLIOGRAFIA CITADA (opcional) 44
ÍNDICE 45
FOLHA DE AVALIAÇÃO 47
9
INTRODUÇÃO
O desmatamento é a causa principal de todo e qualquer dano criado na
natureza. Este trabalho abordará as principais características de cada bioma
brasileiro, as principais causas dos desmatamentos, suas conseqüências e
soluções sustentáveis.
Geralmente chega a nosso conhecimento o desmatamento da Floresta
Amazônica, que é muito importante, pois ela é um de nossos principais biomas.
Mais existe outros biomas de extrema importância em nosso país.
Temos no nordeste a caatinga, bioma exclusivamente brasileiro, sendo
também o menos conhecido. É uma região extremamente importante para a
biodiversidade, porque muitas espécies da flora e fauna somente ocorrem ali.
Na região central do Brasil temos dois biomas:
O Cerrado, que é o segundo maior bioma brasileiro e faz fronteiras com
quatro biomas: a Amazônia ao norte, a Caatinga a nordeste, o Pantanal a
sudoeste e a Mata Atlântica a sudeste. A fauna e flora do Cerrado são
extremamente ricas. Os recursos hídricos são de estrema importância para
nosso país, pois estão as nascentes dos principais rios das bacias Amazônica,
da Prata e do São Francisco.
O Pantanal também faz parte da região Central, sua importância e
reconhecida pela CIMA - Comissão Interministerial para Preparação da
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento-
SI/PR, 1991, define o Pantanal mato-grossense como “a maior planície de
inundação contínua prolongada do planeta”. Esse ambiente, periodicamente
inundado, apresenta alta produtividade biológica, grande densidade e
diversidade de fauna.
Na Mata Atlântica, seu bioma percorria área litorânea do Rio Grande do
Norte ao Rio Grande do Sul. Tratava-se da segunda maior floresta tropical
úmida do Brasil, só comparável à Floresta Amazônica. Atualmente somente
cinco por cento resta deste bioma.
10
O Bioma dos Pampas só ocorre no Rio Grande do Sul. Grande parte da
riqueza da biodiversidade dos Pampas ainda é desconhecida, pois foram
desenvolvidas até hoje poucas pesquisas de levantamento e de identificação
da fauna e da flora deste Bioma.
E finalmente a Floresta Amazônica, que tem o título de ser uma das três
grandes florestas tropicais do mundo. No Brasil, ocupa 49,29% do território é o
maior bioma terrestre do país.
A pesquisa mostrará a real situação de todos os biomas, os trabalhos de
recuperação, ações de órgãos do governo, a importância do certificado ISO e
sobre uma forma de maior divulgação para todas as classse sociais, desta
importância. A política ambiental e a difícil tarefa dos juristas, para interpretar
e dar seu parecer nas ações de crimes ambientais. É por fim mostrará a
relação de educação ambiental nos dias atuais para a conciêntização socio-
ambiental em nossas vidas.
11
CAPÍTULO I
O Histórico dos biomas brasileiros e seus
desmatamentos
O desmatamento é o processo de desaparecimento de massas
florestais, fundamentalmente causada pela atividade humana. O homem
pratica o desmatamento com a finalidade de comercializar madeira, abrir
espaço para a urbanização, a construção de habitações, indústrias,
hidrelétricas, bem como abrir espaço para a agricultura e a pecuária, com a
implantação de pastagens para gado e lavouras.
A definição de Bioma é um conjunto de vida, vegetal e animal,
especificado pelo agrupamento de tipos de vegetação e identificável em escala
regional, com condições geográficas e de clima similares e uma história
compartilhada de mudanças cujo resultado é uma diversidade biológica própria.
A localização geográfica de cada bioma é condicionada predominantemente
pelos seguintes fatores: clima, temperatura, precipitação de chuvas e pela
umidade relativa, e em menor escala pelo tipo de componentes do solo.
1.1 O histórico do bioma Amazônico:
A Floresta Amazônica é o primeiro maior bioma do Brasil, ocupa 49,29%
do território nacional, aproximadamente 4.196.943 Km².
Seu ecossistema compõe-se:
• Floresta ombrófila densa (a chamada Floresta Amazônica);
• Floresta ombrófila aberta;
• Floresta estacional decidual e semidecidual;
• Campinarana;
• Formações pioneiras;
• Refúgios montanos;
• Savanas amazônicas;
12
• Matas de terra firme;
• Matas de várzea;
• Matas de igapós;
• Flora e Fauna.
Estes ecossistemas estão distribuídos em 23 eco-regiões, abrangendo
os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e pequena
parte do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. Inclui também zonas de
transição com os biomas vizinhos, cerrado, caatinga e pantanal. Os
ecossistemas amazônicos são sorvedouros de carbono, contribuindo para o
equilíbrio climático global. O solo desta floresta não é muito rico, pois possui
apenas uma fina camada de nutrientes. Esta é formada pela decomposição de
folhas, frutos e animais mortos. Mais o aproveitamento de recursos é ótimo,
havendo mínimo de perdas. Um exemplo claro disso está na distribuição
acentuada de micorrizas (Fungo que vive em simbiose com vários tipos de
plantas, geralmente em suas raízes e que ajuda na conversão de alimento das
plantas, e além da conversão, esteriliza a semente propiciando as condições
necessárias a sua germinação e desenvolvimento) pelo solo, que garantem às
raízes uma absorção rápida dos nutrientes que escorrem a partir da floresta,
com as chuvas. Este rico húmus é matéria essencial para as milhares de
espécies de plantas e árvores que se desenvolvem nesta região. Outra
característica importante da floresta amazônica é o perfeito equilíbrio do
ecossistema. Tudo que ela produz é aproveitado de forma eficiente. O clima
que caracteriza a região é o equatorial úmido. A grande quantidade de chuvas
na região também colabora para o seu perfeito desenvolvimento. A dificuldade
para a entrada de luz pela abundância de copas faz com que a vegetação
rasteira seja muito escassa na Amazônia, bem como os animais que habitam o
solo e precisam desta vegetação. A maior parte da fauna amazônica é
composta de animais que habitam as copas das árvores, entre 30 e 50 metros.
A Floresta Amazônia é reconhecida como a maior floresta tropical
existente, o equivalente a 1/3 das reservas de florestas tropicais úmidas e o
maior banco genético do planeta. Contém 1/5 da disponibilidade mundial de
13
água doce e um patrimônio mineral não mensurado.
Existe a fauna local convivendo em grande harmonia neste grande
ecossistema. Talvez os mais famosos deles sejam os macacos. Eles são
numerosos: coatás, guaribas, barrigudos entre outros. Uma infinidade de
primatas pode ser encontrada nos galhos das árvores amazônicas. Existem os
mamíferos terrestres, como onças, tamanduás, esquilos, e os mamíferos
aquáticos, como o peixe-boi e boto.
Os répteis também têm território garantido. Em um passeio pela região
podem ser vistos lagartos, jacarés, tartarugas e serpentes. Entre os anfíbios,
existem variados tipos de rãs, sapos e pererecas.
Uma grande coleção de peixes é outro fato digno de nota: nas águas
amazônicas estão 85% das espécies de peixes de toda a América do Sul.
Todos os anos milhares deles migram tentando encontrar locais adequados
para a reprodução e desova. É a chamada Piracema.
Outros seres ainda menores têm grande importância no equilíbrio deste
ecossistema: os insetos. Eles são numerosos. Besouros, formigas, mariposas e
vespas fazem parte do grupo que é maioria na fauna amazônica. Há
Há grande variedade também de aves na floresta. Araras, papagaios,
periquitos e tucanos colorem as copas das árvores. Mais de mil espécies de
aves já foram catalogadas.
1.1.1 Causas do desmatamento do bioma Amazônico:
Um dos principais problemas é o desmatamento ilegal e predatório.
Madeireiras instalam-se na região para cortar e vender troncos de árvores
nobres. Há também fazendeiros que provocam queimadas na floresta para
ampliação de áreas de cultivo (principalmente de soja). Estes dois problemas
preocupam cientistas e ambientalistas do mundo, pois em pouco tempo, podem
provocar um desequilíbrio no ecossistema da região, colocando em risco a
floresta.
Outro problema é a biopirataria na floresta amazônica. Cientistas
estrangeiros entram na floresta, sem autorização de autoridades brasileiras,
para obter amostras de plantas ou espécies animais. Levam estas para seus
14
países, pesquisam e desenvolvem substâncias, registrando patente e depois
lucrando com isso. O grande problema é que o Brasil teria que pagar,
futuramente, para utilizar substâncias cujas matérias-primas são originárias do
nosso território.
Com a descoberta de ouro na região (principalmente no estado do Pará),
muitos rios estão sendo contaminados. Os garimpeiros usam o mercúrio no
garimpo, substância que está contaminando os rios e peixes da região. Índios
que habitam a floresta amazônica também sofrem com a extração de ouro na
região, pois a água dos rios e os peixes são importantes para a sobrevivência
das tribos.
Felizmente a Amazônia possui dois fatores de proteção que dificultam
sua rápida degradação, que são sua enorme extensão e sua intrincada rede de
rios e igarapés. Características que dificultam o acesso à área e encarecem
excessivamente qualquer obra de engenharia. Mesmo sendo o bioma mais
preservado, cerca de16% de sua área já foi devastado, o que equivale a duas
vezes e meia a área do estado de São Paulo.
1. 2 O histórico do bioma do Cerrado:
O cerrado é a segundo maior bioma do Brasil, se estende por 23,92%
do território nacional, cerca de aproximadamente 2.036.448 km2 englobando
dez estados. Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo,
Minas Gerais, Maranhão, Piauí e Bahia. Incluí-se também o Distrito Federal.
O clima é chamado tropical sazonal. É quente e quase não venta no
cerrado. A temperatura média anual varia entre 21ºC e 27ºC. Entre maio e
setembro o Cerrado permanece seco; de outubro a abril chove bastante.
No período seco, em alguns locais, a vegetação pega fogo
espontaneamente. Esta queimada “natural” das plantas é algo que acontece de
forma regular e que passou a condicionar a vida da flora. Existem algumas
espécies de vegetais, por exemplo, que só florescem após o período de
queimadas, isso acontece por conta das raízes profundas e caules
15
subterrâneos das árvores, que garantem sua sobrevivência mesmo com a
superfície do solo em cinzas.
O termo Cerrado é comumente utilizado para designar o conjunto de
ecossistemas que ocorrem no Brasil Central. São descritos onze tipos
principais de vegetação enquadrados em:
• Formações florestais (Mata Ciliar, Mata de Galeria, Mata Seca e
Cerradão),
• Savânicas (Cerrado sentido restrito, Parque de Cerrado, Palmeiral e
Vereda),
• Campestres (Campo Sujo, Campo Limpo e Campo Rupestre).
O solo do Cerrado é pobre em nutrientes, mas rico em ferro e alumínio.
Ele é profundo, de cor vermelha amarelada, arenoso, permeável e com baixa
fertilidade natural. A superfície tem pouca capacidade de absorver água.
Entretanto, por baixo deste solo de antiga formação, está uma grande reserva
de água, os lençóis freáticos. Deles as plantas retiram a água necessária em
períodos de seca. Além disso, a construção de poços permite o uso desta água
na irrigação.
É no Cerrado que nascem alguns dos principais rios brasileiros, como o
Xingu, o São Francisco, o Tocantins, o Araguaia, o Paraná (os tributários de
sua margem direita), o Paraíba, o Tapajós e todos os que formam o Pantanal.
O Cerrado brasileiro é reconhecido como a savana mais rica do mundo
em biodiversidade com a presença de riquíssima flora com mais de 10.000
espécies de plantas, com 4.400 endêmicas (exclusivas) dessa área. A fauna
apresenta 837 espécies de aves; 67 gêneros de mamíferos, abrangendo 161
espécies e dezenove endêmicas; 150 espécies de anfíbios, das quais 45
endêmicas; 120 espécies de répteis, das quais 45 endêmicas; apenas no
Distrito Federal, há 90 espécies de cupins, mil espécies de borboletas e 500
espécies de abelhas e vespas. Essa riqueza biológica, porém, são seriamente
afetadas pela caça e pelo comércio ilegal, principalmente as aves e mamíferos.
Principais animais que habitam o Cerrado:
16
Mamíferos: o macaco-prego, o sagüi, o rato do mato, a anta, a capivara, o
veado campeiro e a onça-pintada. Falando dos mamíferos ameaçados de
extinção, podemos citar o tamanduá-bandeira, o tatu-canastra e o lobo-guará.
Aves: papagaios, urubus, gaviões e sabiás. São moradoras de lá
também seriemas, gralhas e codornas.
Répteis característicos deste bioma: a jararaca, a cascavel, a sucuri e
também cágados, jabutis e lagartos.
Insetos: os cupins, as formigas, as abelhas e os gafanhotos. Cupins, por
exemplo, são garantia de alimento para tamanduás e tatus. As abelhas, por
sua vez, exercem um papel fundamental na polinização das flores.
1.2.1 Características do desmatamento no bioma do Cerrado:
Apesar de sua importância, o Cerrado é dos mais desamparados biomas
brasileiros. Diferentemente da Amazônia, da Mata Atlântica, da Zona Costeira e
do Pantanal; o Cerrado, a Caatinga e o Pampa não figuram como Patrimônio
Nacional na Constituição Federal. A proposta de emenda constitucional (PEC
115/95) para elevar o Cerrado a essa condição tramita desde 1995 no
Congresso Nacional sem ser votada. A principal resistência é feita pela
bancada ruralista.
§ 4º - “A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio
nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente,
inclusive quanto ao uso dos recursos naturais”. (CF, artigo 225, sétimo parágrafo, página 146).
Durante as décadas de 1970 e 1980 houve um rápido deslocamento da
fronteira agrícola, com base em desmatamentos, queimadas, uso de
fertilizantes químicos e agrotóxicos, que resultou em 67% de áreas do Cerrado
altamente modificadas.
Principais danos ambientais: voçorocas, assoreamento, fragmentação
de hábitats, extinção da biodiversidade, invasão de espécies exóticas, poluição
de aqüíferos, degradação de ecossistemas, alterações nos regimes de
queimadas, desequilíbrios no ciclo do carbono e possivelmente modificações
climáticas regionais. Embora o Cerrado seja um ecossistema adaptado ao
17
fogo, à queimada utilizada para estimular a rebrota das pastagens e para abrir
novas áreas agrícolas causam perda de nutrientes, compactação e erosão dos
solos, um problema grave que atinge enormes áreas, especialmente nas
regiões montanhosas do leste goiano e oeste mineiro. A eliminação total pelo
fogo pode também causar degradação da biota nativa, pois, devido ao acúmulo
de material combustível (biomassa vegetal seca) e à baixa umidade da época
seca, uma eventual queimada nessas condições tende a gerar temperaturas
extremamente altas que são prejudiciais à flora e à fauna do solo.
De acordo com estudo da Conservação Internacional (CI), o Cerrado
perde 30 mil quilômetros quadrados por ano, ou 2.6 campos de futebol por
minuto, de cobertura vegetal. É um ritmo de devastação de 1,5% ao ano -
superior ao da Amazônia - e que, se mantido, pode acarretar no completo
desaparecimento das paisagens naturais do bioma até 2030. Nos últimos 40
anos, mais da metade do Cerrado foi tomada pelas monoculturas de soja,
algodão, milho, café, eucalipto e por pastos. Neste processo, degradaram-se
nascentes, rios e veredas que são fundamentais para a sobrevivência de
plantas, animais e populações humanas.
Atualmente, apenas 3% do Cerrado encontram-se protegidos em
Unidades de Conservação de proteção integral. Terras Indígenas homologadas
respondem por mais 4% do território. Se somarmos as Áreas de Proteção
Ambiental (APAs) e parques estaduais, o índice de áreas protegidas chega a
10% do Cerrado. Ou seja, 90% do bioma não têm proteção alguma.
1.3 O histórico do bioma da Mata Atlântica:
A Mata Atlântica é o terceiro maior bioma do Brasil, ocupa 13,04%
do território nacional e uma área de aproximadamente 1.110.182 Km² que
acompanha o litoral brasileiro do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. O
Bioma ocupa a totalidade dos territórios do Espírito Santo, Rio de Janeiro e
Santa Catarina, e parte do território do estado de Alagoas, Bahia, Goiás, Mato
Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do
Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.
18
O bioma Mata Atlântica ou Bioma Costeiro é a reunião de diversos
ecossistemas que existem ao longo do litoral que são:
• Floresta Ombrófila Densa –É marcada pelas árvores de copas altas,
que formam uma cobertura fechada.
• Floresta Ombrófila Mista – Conhecida como Mata de Araucária, pois o
pinheiro brasileiro (Araucaria angustifolia) constitui o andar superior da
floresta, com sub-bosque bastante denso.
• Floresta Ombrófila Aberta – A vegetação é mais aberta, sem a presença
de árvores que fechem as copas no alto.
• Floresta Estacional Semidecidual – Conhecida como Mata de Interior,
ocorre no Planalto brasileiro.
• Floresta Estacional Decidual – É uma das mais ameaçadas, com
poucos remanescentes em regiões da Bahia, Minas Gerais e Piauí.
• Campos de Altitude – A vegetação característica é formada por
comunidades de gramíneas, em certos lugares, interrompida por
pequenas charnecas. Freqüentemente nas maiores altitudes ocorrem
topos planos ou picos rochosos,como no Parque Nacional de Itatiaia.
• Brejos Interioranos – Ocorrem como encraves florestais (vegetação
diferenciada dentro de uma paisagem dominante), em meio à Caatinga
e têm importância vital para a região nordestina, pois possuem os
melhores solos para a agricultura e estão diretamente associados à
manutenção dos rios.
• Manguezais - Formação que ocorre ao longo dos estuários, em função
da água salobra produzida pelo encontro da água doce dos rios com a
do mar.
• Restingas - Ocupam grandes extensões do litoral, sobre dunas e
planícies costeiras. Iniciam-se junto à praia, com gramíneas e
vegetação rasteira, e tornam-se gradativamente mais variadas e
desenvolvidas à medida que avançam para o interior, podendo também
apresentar brejos com densa vegetação aquática. Abrigam muitos
cactos, orquídeas.
19
O único elemento comum em todo o bioma é o vento unido que sopra do
oceano. Isso abre caminho para o trânsito de animais, o fluxo gênico (a
transferência de genes de uma população para outra.) das espécies e as áreas
de tensão ecológica, onde os ecossistemas se encontram e se transformam.
O histórico do desmatamento no Brasil começou na Mata Atlântica, no
instante da chegada dos portugueses ao nosso país, no ano de 1500.
Interessados no lucro com a venda do pau-brasil na Europa, os portugueses
iniciaram a exploração da Mata Atlântica. O grande destaque da mata original
era o pau-brasil, que deu origem ao nome do nosso país. As caravelas
portuguesas partiam do litoral brasileiro carregadas de toras de pau-brasil para
serem vendidas no mercado europeu. Enquanto a madeira era utilizada para a
confecção de móveis e instrumentos musicais, a seiva avermelhada do pau-
brasil era usada para tingir tecidos. Alguns exemplares eram tão grossos que
três homens não conseguiam abraçar seus troncos. O pau-brasil hoje é quase
uma relíquia, existindo apenas alguns exemplares no Sul da Bahia. Outras
madeiras de valor também foram exploradas até a beira da extinção: tapinhoã,
sucupira, canela, canjarana, jacarandá, araribá, pequi, jenipaparana, peroba,
urucurana e vinhático.
Além da exploração predatória dos recursos florestais, houve também
um significativo comércio de exportação de couros e peles de onças (que
chegou ao preço de um boi), antas, cobras, capivaras, cotias, lontras, jacarés,
jaguatiricas, pacas, veados e outros animais, de penas e plumas e carapaças
de tartarugas. Ao longo da história, personagens como José Bonifácio de
Andrada e Silva, Joaquim Nabuco e Euclides da Cunha protestaram contra
esse modelo predatório de exploração.
Em função do desmatamento, A Mata Atlântica encontra-se hoje
extremamente reduzida, sendo uma das florestas tropicais mais ameaçadas do
globo, são cerca de 5% de áreas preservadas de sua extensão original, da
época do descobrimento do Brasil. A parcela mais representativa do que restou
encontra-se nas regiões Sul e Sudeste, onde o relevo de escarpas íngremes
dificulta o acesso e a devastação. Apesar de reduzida a poucos fragmentos, na
sua maioria descontínua, a biodiversidade de seu ecossistema é uma dos
20
maiores do planeta. Seu clima é subtropical e tropical.
Principais animais que habitam a Mata Atlântica: Mico-leão-dourado
(risco de extinção), Bugio (risco de extinção), Tamanduá bandeira (risco de
extinção), Tatu-canastra (risco de extinção), Onça Pintada (risco de extinção),
Jaguatirica, Capivara, bicho-preguiça, gambá, morcego, Muriqui (maior macaco
do continente) anta, furões, sagüis, pacas entre outros.
Dos répteis, podemos destacar o jacaré-de-papo-amarelo, cágados,
cobras corais e teiús, espécies de lagartos que podem passar de um metro de
comprimento.
Entre as aves mais comuns está o sanhaço, o pica-pau, a jacutinga, a
araponga, os gaviões, Arara-azul-pequena (risco de extinção).
Nas regiões de Mata Atlântica estão localizados reservas de
água necessária ao abastecimento de 70% da população brasileira. No bioma
existem rios que fazem parte de sete das nove bacias hidrográficas do país.
1.3.1.Característica do desmatamento no bioma da Mata Atlântica:
Contribuem para o alto grau de destruição da Mata Atlântica, hoje
reduzida a 5% de sua configuração original, a expansão da indústria, da
agricultura, do turismo e da urbanização de modo não sustentável, causando a
supressão da biodiversidade em vastas áreas, com a possível perda de
espécies conhecidas e ainda não conhecidas pela ciência, influindo na
quantidade e qualidade da água de rios e mananciais, diminuindo a fertilidade
do solo, bem como afetando características do microclima (são condições
climáticas de uma superfície realmente pequena) nesses delicados
ecossistemas e contribuindo com o problema do aquecimento global. Os
números impressionantes da destruição do bioma demonstram a deficiência
das políticas de conservação ambiental no país e a precariedade do sistema de
fiscalização dos órgãos públicos.
A Mata Atlântica abriga hoje 383 dos 633 animais ameaçados de
extinção no Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
A situação crítica da Mata Atlântica fez com que a organização não-
21
governamental Conservação Internacional (CI) incluísse o bioma entre os cinco
primeiros colocados na lista de Hotspots, que identifica 25 biorregiões
selecionadas em todo o mundo, consideradas as mais ricas em biodiversidade
e, ao mesmo tempo, as mais ameaçadas. Na escolha de um Hotspot,
considera-se que a biodiversidade não está uniformemente distribuída ao redor
do planeta, ou seja, 60% das plantas e animais estão concentrados em apenas
1,4% da superfície terrestre. No Brasil, além da Mata Atlântica, também o
Cerrado foi incluído na relação da CI.
1.4. O histórico do Bioma da Caatinga:
A caatinga é o quarto maior bioma Brasil, abrange 9,92% do território
nacional, ocupando aproximadamenteuma area de 844.453 Km², englobando a
totalidade do estado do Ceará e parte do território de Alagoas, Bahia,
Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e
Sergipe. O termo Caatinga é originário do tupi-guarani e significa mata branca.
Seu ecossitema compõem-se: .
• Caatinga Hiperxerófila, (caatinga com características mais seca);
• Caatinga Hipoxerófila, (caatinga com características mais úmida);
• Floresta Estacional Semi-caducifólia;
• Floresta Ombrófila (Mata Atlântica),
• Manguezais;
• Brejos de Altitudes;
• Carnaubais
A caatinga se desenvolve sob terrenos cristalinos e maciços antigos com
cobertura sedimentar. Apesar de pouco profundos e às vezes salinos, os solos
da caatinga são rico em minerais, mas pobre em matéria orgânica, já que a
decomposição desta matéria é prejudicada pelo calor e a luminosidade,
intensos durante todo ano na caatinga. O maior problema da caatinga é
realmente o regime incerto e escasso das chuvas (a maioria dos rios seca no
verão). A presença de minerais no solo da caatinga é garantia de fertilidade em
um ambiente que sofre com a falta de chuvas. Por isso, nos poucos meses em
22
que a chuva cai, algumas regiões secas rapidamente se transformam, dando
espaço a árvores verdes e gramíneas.
Fragmentos de rochas são freqüente na superfície, o que dá ao solo um
aspecto pedregoso. Este solo com muitas pedras dificilmente armazena a água
que cai no período das chuvas.
É considerado o bioma semi-árido mais rico do mundo em
biodiversidade. Os dados mais atuais, apesar dos poucos estudos voltados
para a região, indicam 932 espécies de plantas, 148 de mamíferos e 510 de
aves, sendo que muitas ocorrem somente na Caatinga.
Principais animais que habitam a Caatinga: entre os répteis, os lagartos
são muito comuns na região: 47 espécies deles já foram catalogadas. Entre
eles estão o calango verde e o calanguinho. Entre as serpentes 45 espécies de
serpentes já foram catalogadas. A cascavel é uma das cobras mais vistas na
caatinga. A jararaca e a sucuri-bico-de-jaca estão em vias de extinção.
Os anfíbios são animais numerosos na caatinga. Os mais conhecidos: o
sapo cururu e a jia de parede.
Algumas aves são moradoras típicas da caatinga. É o caso do carcará,
da asa-branca e da gralha-canção. Neste bioma, vivia a ararinha azul,
considerada extinta pelo Ibama. Também em via de extinção: pombas de
arribação, periquito-vaqueiro e picuí.
Existem muitos mamíferos na caatinga como: onça-pintada (ameaçada
de extinção), gato-do-mato (ameaçado de extinção), o gato-maracajá
(ameaçado de extinção), capivaras, gambás, preás, macacos-prego, macaco-
sauá, jaguatirica, e o veado catingueiro (em extinção). .
Em razão da semi-aridez e do predomínio de rios temporários, era de se
esperar que a biota aquática da Caatinga fosse pouco diversificada. Mas já
foram identificadas pelo menos 185 espécies de peixes, distribuídas em mais
de cem gêneros. A maioria delas (57,3%) é endêmica.
No meio de tanta aridez, a Caatinga surpreende com suas "ilhas de
umidade" e solos férteis. São os chamados brejos, que quebram a monotonia
das condições físicas e geológicas dos sertões. Nessas ilhas é possível
produzir quase todos os alimentos e frutas peculiares aos trópicos do mundo.
23
Quanto à flora, foram registradas até o momento cerca de 1000
espécies, estimando-se que haja um total de 2000 a 3000 plantas. Apresenta
espécies como o pau-ferro, a catingueira verdadeira, a catingueira rasteira, a
canafístula, o mororó e o juazeiro que poderiam ser utilizadas como opção
alimentar para caprinos, ovinos, bovinos e muares. Entre as de potencialidade
frutífera, destacam-se o umbú, o araticum, o jatobá, o murici e o licuri e, entre
as espécies medicinais, encontram-se a aroeira, a braúna, o quatro-patacas, o
pinhão, o velame o marmeleiro, o angico, o sabiá, o jericó, entre outras.
1.4.1.Característica do desmatamento no bioma da Caatinga:
A exploração feita de forma extrativista pela população local, desde a
ocupação do semi-árido, tem levado a uma rápida degradação ambiental.
Segundo estimativas, cerca de 70% da caatinga já se encontra alterada pelo
homem, e somente 0,28% de sua área encontra-se protegida em unidades de
conservação. Cerca de 20 milhões de brasileiros vivem na região, em quase
800 mil km2 de área. A irregularidade climática é um dos fatores que mais
interferem na vida do sertanejo. A questão econômico-social da grande parcela
da população nordestina é, sem dúvida, a causa principal de degradação do
ecossistema. O desmatamento e a caça de subsistência são os principais
responsáveis pela extinção da maioria dos animais de médio e grande porte
nativos do semi-árido. O hábito de consumir animais da fauna autóctone
(originário do local) é antigo, vindo desde antes da colonização e, ainda hoje, é
grande a importância social da fauna nativa nordestina. As principais fontes de
proteína animal das populações sertanejas continuam sendo a caça e a pesca
predatórias. Durante as grandes secas periódicas, quando as safras agrícolas
são frustradas e os animais domésticos dizimados pela fome e pela sede, a
caça desempenha importante papel social na região, por fornecer carne de alto
valor biológico às famílias famintas do sertão.
A lenha e o carvão vegetal, juntos, são a segunda fonte de energia na
região, perdendo somente para a eletricidade. Em 1992, a lenha e a estaca
destacaram-se como os principais produtos de origem florestal. No Ceará 91%
das Unidades de Produção Rural (UPR) extraíram lenha, enquanto 46%
24
produziram estacas.
O homem complicou ainda mais a dura vida no sertão. Fazendas de
criação de gado começaram a ocupar o cenário na época do Brasil colônia. Os
primeiros a chegar pouco entendiam a fragilidade da Caatinga, cuja aparência
árida denuncia uma falsa solidez. Para combater a seca foram construídos
açudes para abastecer de água os homens, seus animais e suas lavouras. Os
grandes açudes atraíram fazendas de criação de gado. Em regiões como o
vale do São Francisco, a irrigação foi incentivada sem o uso de técnica
apropriada e o resultado tem sido desastroso. A salinização do solo é, hoje,
uma realidade. Especialmente na região, onde os solos são rasos e a
evaporação da água ocorre rapidamente devido ao calor. A agricultura nessas
áreas tornou-se impraticável.
Outro problema é a contaminação das águas por agrotóxicos. Depois de
aplicado nas lavouras, o agrotóxico escorre das folhas para o solo, levado pela
irrigação, e daí para as represas, matando os peixes. Nos últimos 15 anos, 40
mil km2 de Caatinga se transformaram em deserto devido à interferência do
homem sobre o meio ambiente da região. Contraditoriamente, a flora dos
sertões, constituída por espécies com longa história de adaptação ao calor e à
secura, é incapaz de reestruturar-se naturalmente se máquinas forem usadas
para alterar o solo. A degradação é, portanto, irreversível na Caatinga. As
siderúrgicas e olarias também são responsáveis por este processo, devido ao
corte da vegetação nativa para produção de lenha e carvão vegetal.
1.5. O histórico do Bioma dos Pampas:
O Pampa é o quinto maior bioma do Brasil, que também é chamado de
Campos do Sul ou Campos Sulinos correspondente a 2,07% do território
nacional e ocupa uma área de 176.496 Km² que é constituído principalmente
por vegetação campestre. No Brasil o Pampa só esta presente do estado do
Rio Grande do Sul, ocupando 63% do território gaúcho.
Seu ecossistema compôem-se:
• Florestas tropicais mesófilas
• Florestas subtropicais (floresta com Araucária)
25
• Campos meridionais
Nos pampas a vegetação é considerada rala e pobre em espécies. Ela
vai se tornando mais rica nas proximidades de áreas mais altas. Nas encostas
de planaltos, existem matas com grandes pinheiros e outras árvores, como a
cabriúva, a grápia, a caroba, o angico-vermelho e o cedro. Nestas regiões,
chamada de campos altos, é encontrada a Mata de Araucária, onde a espécie
vegetal predominante é o pinheiro-do-paraná.
Próximo ao litoral, a paisagem é marcada pela presença de banhados,
ambientes alagados onde aparecem juncos, gravatás e aguapés. O mais
conhecido banhado é o de Taim, onde foi criada, em 1998, uma estação
ecológica administrada pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis) para preservação de tão importante
ecossistema.
Destacam-se como rios importantes deste bioma o Santa Maria, o
Uruguai, o Jacuí, o Ibicuí e o Vacacaí. Estes e outros da região se dividem em
duas bacias hidrográficas: a Costeira do Sul e a do rio da Prata. Trata-se de
rios que apresentam boas condições para navegação, constituindo verdadeiras
hidrovias na região.
Próximo ao litoral existe muitos lagos e lagoas. A Lagoa dos Patos,
localizada no município de São Lourenço do Sul, é a maior laguna do Brasil e a
segunda maior da América Latina, com 265 km de comprimento.
O clima nos campos sulinos é caracterizado com altas temperaturas no
verão, chegando a 35ºC, e o inverno é marcado com geadas e neve em
algumas regiões, marcando temperaturas negativas. A precipitação anual situa-
se em torno de 1.200 mm, com chuvas concentradas nos meses de inverno. O
clima é frio e úmido. É a região com a maior amplitude térmica do país, isto é,
onde há maior variação de temperatura.
É um dos ecossistemas mais ricos em relação à biodiversidade de
espécies animais, contando com espécies endêmicas, raras, ameaçadas de
extinção, espécies migratórias, cinegéticas e de interesse econômico dos
campos sulinos. .
As principais espécies ameaçadas de extinção são exemplificadas por
26
inúmeros animais, como: a onça-pintada, a jaguatirica, o mono-carvoeiro, o
macaco-prego, o guariba, o mico-leão-dourado, vários sagüis, a preguiça-de-
coleira, o caxinguelê, o tamanduá, o gato-do-pampa.
Entre as aves destacam-se o jacu, o macuco, a jacutinga, o tiê-sangue,
a araponga, o sanhaço, numerosos beija-flores, tucanos, saíras e gaturamos.
Entre os mamíferos, 39% também são endêmicos, podemos citar o tatu,
o veado, o guaxinim, o zorrilho e o cachorro-do-mato
Entre as aves mais comuns está o cisne-de-pescoço-preto, o marreco, a
perdiz, o quero-quero, o pica-pau do campo, caturritas, anus-pretos e a coruja-
buraqueira, que ganhou este nome por fazer seus ninhos em buracos cavados
no solo.
Fazem parte das 50 espécies de peixes catalogadas o lambari-listrado, o
lambari-azul, o tamboatá, o surubim e o cação-anjo.
Entre os répteis destacam-se a tartaruga-verde-e-amarela, a jararaca-
do-banhado, a cobra-cipó e o cágado-de-barbicha.
Entre os insetos, podemos destacar a vespa da madeira e o conhecido
bicho-da-maçã, também chamado traça-das-frutas.
Comparados às florestas e às savanas, os pampas têm importante
contribuição na preservação da biodiversidade, principalmente por atenuar o
efeito estufa e auxiliar no controle da erosão.
1. 5.1. Características do desmatamento nos Pampas:
Devido à ocupação do território, a exploração indiscriminada de madeira,
iniciada pela colonização no planalto das Araucárias, favoreceu a expansão
gradativa da agricultura. Os gigantescos pinheiros foram derrubados e
queimados para dar lugar ao cultivo de milho, trigo, arroz, soja e uva. O cultivo
de frutíferas está tendo um grande avanço, criando uma pressão nas áreas
florestais; aliado ao extrativismo seletivo de espécies madeireiras que está
comprometendo os remanescentes florestais.
A agricultura, a pecuária de corte e a industrialização trouxe vários
problemas ambientais, como a degradação, a compactação dos solos, a
contaminação e o assoreamento dos aqüíferos, devido ao manejo inadequado
27
das culturas. O manejo inadequado em áreas inapropriadas dos campos
sulinos tem levado a um processo de desertificação, principalmente em áreas
cujo substrato é o arenito, na abrangência das bacias dos rios Ibicuí e
Ibarapuitã.
Além dos grandes desmatamentos para o cultivo, existe ainda uma forte
pressão de pastejo e a prática do fogo que não permitem o estabelecimento da
vegetação arbustiva.
1.6. O histórico do Bioma do Pantanal
O Pantanal é o sexto bioma brasileiro que ocupa 1,76% do território
nacional, em uma área de aproximadamente 150.355 Km² que é constituído
principalmente por savana estépica alagada em sua maior parte. O Pantanal
esta presente em apenas dois estados brasileiros, Mato Grosso e Mato Grosso
do Sul. A região é uma planície aluvial influenciada por rios que drenam a bacia
do Alto Paraguai, onde se desenvolve uma fauna e flora de rara beleza e
abundância.
Seu ecossistema compôem-se:
• Cerrados
• Cerrados sem alagamento periódico
• Campos inundáveis
• Ambiente aquático, como lagoas de água doce ou salobra, rios,
vazantes e corixos.
O Pantanal funciona como um grande reservatório, provocando uma
defasagem de até cinco meses entre as vazões de entrada e saída. O regime
de verão determina enchentes entre novembro e março no norte e entre maio e
agosto no sul, neste caso sob a influência reguladora do Pantanal.
Nas matas de galeria ou ciliares, que ficam nas margens dos rios, cresce
uma floresta mais densa, com jenipapos, figueiras, ingazeiros, palmeiras e o
pau-de-formiga.
28
Nas áreas alagadas raramente, semelhantes aos campos limpos do
bioma cerrado, aparecem tapetes de gramíneas, como por exemplo, o capim-
mimoso. Em locais nunca alagados, aparecem árvores grandes, como o
carandá, o buriti e os ipês, que nos meses de julho e agosto colorem o
pantanal com flores rosa, lilás e roxas.
Nos terrenos alagados constantemente são encontrados vegetais
aquáticos flutuantes, como o aguapé e a erva-de-santa-luzia, além de vegetais
fixos com folhas imersas, como a sagitária, e plantas que permanecem
submersas, como a cabomba e a utriculária.
Existem ainda na paisagem pantaneira matas conhecidas como
paratudais. Nestas matas crescem árvores com cascas espessas, rugosas e
com galhos retorcidos. Nelas predominam os ipês-amarelos, conhecidos na
região também como paratudo. Daí o nome deste tipo de vegetação.
As enchentes ocorrem nos meses de chuva. Nessa época o volume dos
rios que cortam a região aumenta. Com isso, as planícies pantaneiras, que tem
baixo declive, ou seja, são pouco inclinadas, retém as águas que por elas
passam. Como o solo das planícies é pouco permeável, ele não consegue
absorver todo o volume de água, que acaba por inundar grandes áreas. E
assim são formadas lagoas, baías, pântanos e brejos que permanecem ligados
através dos cursos dos rios.
O Pantanal é a maior planície alagável do mundo: calcula-se que cerca
de 180 milhões de litros de água entram na planície pantaneira por dia.
Destacam-se como importantes rios da região o Cuiabá, o São
Lourenço, o Itiquira, o Correntes, o Aquidauana e o Paraguai. Todos eles
fazem parte da bacia hidrográfica do Rio da Prata, que engloba grande parte
do sudoeste brasileiro.
Localizado próximo à Amazônia e ao cerrado, o pantanal guarda
espécies de fauna e de flora desses outros dois biomas, além de apresentar
espécies endêmicas, ou seja, que só podem ser encontradas naquela área
geográfica, nativas da região
Entre as aves: pica-pau, arara-azul (em via de extinção), ameaçada
tanto pela caça como pelo desaparecimento do seu habita, tucano, periquito,
29
cafezinho, garça-branca (ave migratória), jaburu, beija-flor (pesam 2 gramas),
secós (espécie de garça de coloração castanha), jaçanã, ema (pesa cerca de
30 kg), seriema, papagaio, cardeal, gavião-fumaça, carcará, curicaca, quero-
quero, joão-pinto, carão, surucuá; gavião-caramujeiro, tucanaçu (os maiores
tucanos do Brasil). O Tuiuiú é a ave-símbolo do Pantanal, também chamada de
jaburu, da ponta do bico aos pés chega até 140 cm de comprimento.
No Pantanal já foram catalogadas mais de 1.100 espécies de borboletas.
Contam-se mais de 80 espécies de mamíferos, sendo os principais a
onça-pintada (atinge a 1,2 m de comprimento, 0,85 cm de altura e pesa até
150 kg), capivara, lobinho, veado-campeiro, veado catingueiro, lobo-guará,
macaco-prego, cervo do pantanal , bugio (macaco que produz um ruído
assustador ao amanhecer), porco do mato, tamanduá, cachorro-do-mato, anta,
bicho-preguiça, ariranha, suçuarana, quati, tatu etc.
A região também é extremamente piscosa, já tendo sido catalogadas
263 espécies de peixes: piranha, pacu, pintado, dourado, cachara, curimbatá,
piraputanga, jaú e piau são algumas das espécies encontradas.
Há uma infinidade de repteis, sendo o principal o jacaré (jacaré-do-
pantanal e jacaré-de-coroa), cobra boca-de-sapo, sucuri, jibóia-constritora,
cobra-d'água, cobras-água e outras), lagartos (iguana, calango-verde) e
quelônios (jabuti e cágado).
Muitas espécies ameaçadas de extinção em outras regiões do País
ainda apresentam populações vigorosas como é o caso da capivara,
tamanduá-bandeira, tamanduá-mirim, lobinho, veado-mateiro, entre outros.
Dentre a riqueza animal, destacam-se os enormes rebanhos de bovinos
e eqüinos.
A união de fatores tais como o relevo, o clima e o regime hidrográfico da
região favoreceram o desenvolvimento de numerosas espécies animais e
vegetais que povoam abundantemente toda sua extensão. O Pantanal,
entretanto não é um só. Existem 10 (dez) tipos de pantanal na região com
características diferentes de solo, vegetação e drenagem, são eles: Nabileque,
Miranda, Aquidauana, Abobral, Nhecolândia, Paiaguás, Paraguai, Barão de
Melgaço, Poconé e Cáceres. A beleza proporcionada pela paisagem
30
pantaneira fascina pessoas de todo o mundo fazendo com que o turismo se
desenvolva em vários municípios da região.
O desenvolvimento de um pensamento ambientalista e social para o
pantanal mato-grossense tem levado vários pesquisadores a discutirem o
impacto da ocupação humana neste ecossistema.
1.6.1. Características do desmatamento no Pantanal:
Uma série de atividades de impacto direto sobre o Pantanal pode ser
observada como: garimpo de ouro e diamantes, caça, pesca turismo,
agropecuária predatória, construção de rodovias e hidrelétricas. Convém frisar
a importância das atividades extensivas nos planaltos circundantes como uma
das principais fontes de impactos ambientais negativos sobre o Pantanal
A região da planície pantaneira, com sua estrutura fundiária de
grandes propriedades voltadas para a pecuária em suas áreas alagadiças, não
se incorporou ao processo de crescimento populacional. Não houve aumento
significativo em número ou população das cidades pantaneiras. No planalto,
contudo, o padrão de crescimento urbano foi acelerado. Como todas as
cidades surgidas ou expandidas, as de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul não
têm infra-estrutura adequada para minimizar o impacto ambiental do
crescimento acelerado, causado, principalmente, pelo lançamento de esgotos
domésticos ou industriais nos cursos d’água da bacia. Esse tipo de poluição
repercute diretamente na planície pantaneira, que recebe os sedimentos e
resíduos das terras altas.
O mesmo processo de expansão da fronteira foi responsável pelo
aproveitamento dos cerrados para a agropecuária, o que causou o
desmatamento de vastas áreas do planalto para a implantação de lavouras de
soja e arroz, além de pastagens. O manejo agrícola inadequado nessas
lavouras resultou, entre outros fatores, em erosão de solos e no aumento
significativo de carga de partículas sedimentáveis de vários rios. Além disso,
agrava-se o problema de contaminação dos diversos rios com biocidas e
fertilizantes.
31
O desmatamento para produção de carvão com destruição da vegetação
nativa; a pesca e a caça predatórias de muitas espécies de peixes e do jacaré;
o garimpo de ouro e pedras preciosas, que gera erosão, assoreamento e
compromete a produtividade biológica de córregos e rios. Os principais rios que
sofrem todos estes problemas mais a contaminação por mercúrio são: rios
Paraguai e São Lourenço.
O turismo descontrolado que produz o lixo, esgoto e que ameaça a
tranquilidade dos animais. “As práticas que têm como base o entendimento segundo o qual a natureza é inesgotável, o ser humano é mero instrumento (um objeto), o lucro imediato é o objetivo da produção e a preservação dos ecossistemas um assunto de minorias situa o ser humano em uma posição parodoxal: ele é, ao mesmo tempo, autor e vítima, sendo assassino potencial de sua própria espécie.”Aguiar,Roberto Armando Ramos de;1998.p70,Edições IBAMA).
32
Capitulo II
Responsabilidade sócio ambiental
As questões relativas à responsabilidade ambiental vêm se tornando
uma preocupação crescente de grande parte da sociedade. Essa consciência
da importância do meio ambiente e de sua preservação advém da constatação
de que não haverá futuro para o homem sem que existam condições
ambientais adequadas à manutenção da vida.
A ECO 92 deu um novo rumo ao tratamento das questões ambientais
pelas empresas. As preocupações começaram, também, a preencher a agenda
das empresas que são obrigadas a ocupar-se da preservação do meio
ambiente, devido à pressão de clientes e acionistas, levadas pela legislação
que vem sendo lentamente estabelecida ou, ainda, por descobrirem que aliar
sua marca à questão ambiental se torna uma importante estratégia de
marketing. Exemplos dessas preocupações evidenciam-se através da adoção
de certificações ambientais como a série ISO 14000 que distingue as
organizações que possuem um padrão de gestão ambiental.
Todos os certificados emitidos no Brasil são controlados pelo Inmetro,
responsável por fiscalizar as empresas certificadoras atuantes no território
nacional e também por realizar auditorias por área de competência. Algumas
empresas contratam certificadoras acreditadas em outros países, deixando de
reportar-se ao Inmetro. A primeira conseqüência disso é a impossibilidade de
montar um cadastro centralizado de todas as detentoras de certificados ISO
14000 no Brasil.
A série ISO 14000, compreende um conjunto de normas ambientais, de
caráter voluntário e de âmbito internacional, que possibilita a obtenção da
certificação ambiental. Porém esta só pode ser obtida por uma determinada
empresa se a mesma implementar um Sistema de Gestão Ambiental (SGA),
que visa reduzir os impactos ambientais gerados na produção (incluindo a
obtenção das matérias-primas), transporte, uso e disposição final do produto
(descarte).
Em relação à certificação ISO 14000, para que um Sistema de Gestão
33
Ambiental possa ser certificado, a empresa, através de sua política ambiental,
deve estar comprometida em atender 3 requisitos mínimos, sendo eles:
- Comprometimento à melhoria contínua;
- Comprometimento à prevenção a poluição;
- Comprometimento ao atendimento da legislação ambiental.
O pensamento empresarial deixa de encarar os valores gastos com os
cuidados com o meio ambiente como custos, para serem encarados como
investimentos.
Para uma efetiva proteção e preservação do meio ambiente é
necessário que haja um grande esforço dos administradores públicos,
empresários, ambientalistas e da sociedade na resolução destas questões,
pois como expresso na Constituição Federal Brasileira em seu art. 225. "Todos
têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e
à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações".
A Gestão Ambiental e a Responsabilidade Social são atualmente
condicionadas pela pressão de regulamentações e pela busca de melhor
reputação perante a sociedade. Os investimentos destinados a Gestão
Ambiental e a consciência da Responsabilidade Social pelas empresas são
aspectos que fortalecem a imagem positiva das organizações diante dos
mercados em que atuam, dos seus colaboradores, concorrentes e
fornecedores.
A Responsabilidade Social em uma corporação representa o
compromisso contínuo da empresa com seu comportamento ético e com o
desenvolvimento econômico, promovendo ao mesmo tempo a melhoria da
qualidade de vida de sua força de trabalho e de suas famílias, da comunidade
local e da sociedade como um todo. Estudos mostram que atualmente mais de
70% dos consumidores preferem marcas e produtos envolvidos em algum tipo
de ação social.
A Responsabilidade Social é uma forma de conduzir os negócios da
empresa de tal maneira que a torna parceira e co-responsável pelo
34
desenvolvimento social. A empresa socialmente responsável é aquela que
possui a capacidade de ouvir os interesses das diferentes partes (acionistas,
funcionários, prestadores de serviço, fornecedores, consumidores,
comunidade, governo e meio-ambiente) e conseguir incorporá-los no
planejamento de suas atividades, buscando atender às demandas de todos e
não apenas dos acionistas ou proprietários. Empresas socialmente responsável
estão mais bem preparadas para assegurar a sustentabilidade em longo prazo
dos negócios, por estarem sincronizadas com as novas dinâmicas que afetam
a sociedade e o mundo empresarial
Uma atitude responsável em relação ao ambiente e à sociedade, não só
garante a não escassez de recursos, mas também amplia o conceito a uma
escala mais ampla. Uma postura sustentável é por natureza preventiva e
possibilita a prevenção de riscos futuros, como impactos ambientais ou
processos judiciais.
A globalização traz consigo demandas por transparência. Empresas são
gradualmente obrigadas a divulgar sua performance social e ambiental, os
impactos de suas atividades e as medidas tomadas para prevenção ou
compensação de acidentes.
O Índice Mundial de Sustentabilidade Dow Jones foi lançado em 1999,
sendo o primeiro índice a acompanhar o desempenho das empresas líderes
mundiais em compromisso com a sustentabilidade. O DSJI World é
considerado um índice de alta confiabilidade mundial e uma referência
importante para os investidores e administradores de recursos estrangeiros que
se baseiam em seu desempenho para tomar suas decisões de investimentos.
Atualmente, perto de US$ 6 bilhões estão investidos em fundos que se
baseiam exclusivamente nas empresas pertencentes aos índices Dow Jones
de Sustentabilidade.
No Brasil integram Índice Dow Jones Mundial de Sustentabilidade
(DJSI): Petrobras, Aracruz Celulose, Banco Bradesco, Banco Itaú, Companhia
Energética de Minas Gerais (CEMIG).
O levantamento feito pela Market Analysis (empresa de pesquisa de
mercado), entrevistando 810 pessoas em diversa capitais do país em 2010,
35
aponta as dez melhores corporações em Responsabilidade Social atuantes no
Brasil. Entre as melhores avaliadas estão Petrobras, Banco do Brasil, Coca-
cola, Vale, Bradesco, Natura, Nestlé, Nike, Ponto frio/Casas Bahia e
Itaú/Unibanco.
É fundamental para o país que seus habitantes possam ter
conhecimento, acesso a uma transformação cultural para que a vida possa ser
de melhor qualidade.
"Pouco adianta, para fins humanos, que estejamos a apenas demonstrar que se investiu tanto ou quanto na solução de problemas ecológicos ou em interesses sociais, se não conhecemos, pela reflexão, as bases lógicas de uma interação entre a célula social e os seus estornos, entre a empresa e o meio em que vive, entre a instituição e a sociedade." (Sá, Antônio Lopes de. Recursos naturais e empresa, www.apotec.pt, outubro de 1999).
36
Capitulo III
O Direito Ambiental e a Educação Ambiental
1. Finalidade do direito ambiental
A preocupação ambiental tem crescido muito nos últimos anos, mais o
Direito Ambiental ainda é um ilustre desconhecido para muitos, pois poucos
são os profissionais que têm contato com a matéria na prática, e o assunto
ainda é visto com reservas por boa parte da população, que vê a legislação
ambiental como um obstáculo ao desenvolvimento econômico. Para os
acadêmicos, por vezes não passa de uma mera parte de alguma matéria.
“Durante séculos, o desenvolvimento econômico decorrente da Revolução Industrial impediu que os problemas ambientais fossem considerados. O meio ambiente era predominantemente visto como acessório do desenvolvimento, e não como parte intrínseca dele. A poluição e os impactos ambientais do desenvolvimento desordenado eram visíveis, mas os benefícios proporcionados pelo progresso os justificavam como um “mal necessário”, algo com que se deveria resignar. (Goldemberg, José et Barbosa, L.M. “A legislação ambiental no Brasil e em São Paulo” In: Revista Eco 21, Ano XIV, Edição 96, Novembro 2004).”.
No Brasil a política ambiental brasileira nasceu e se desenvolveu nos
últimos quarenta anos como resultado da ação de movimentos sociais locais e
de pressões vindas de fora do país. Do pós-guerra até 1972 – ano da
Conferencia de Estocolmo não havia propriamente uma política ambiental, mas
sim, políticas que acabaram resultando nela.
“As posições defendidas pelo governo brasileiro na Conferência de Estocolmo sofreram muitas críticas da comunidade internacional. Assim porque o projeto de desenvolvimento nacional então vigente não levava em consideração a proteção ambiental. A posição brasileira oficial era de que as agressões à natureza eram secundárias, sendo mais importante o desenvolvimento econômico” (Mainon, Dália, ”Mudança da política Ambiental”, UFRJ, 1992, p.266).
Os temas predominantes eram à exploração dos recursos naturais, o
desbravamento do território, o saneamento rural, a educação sanitária e os
choques entre os interesses econômicos internos e externos. A legislação que
37
dava base a essa política era formada pelos seguintes códigos: de águas
(1934), florestal (1965) e de caça e pesca (1967). Não havia, no entanto, uma
ação coordenada de governo ou uma entidade gestora da questão. Somente a
partir da década de 80 a legislação começou a se preocupar com o meio
ambiente de uma forma global e integrada.
A Lei n° 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, é o primeiro grande marco em termos de norma de proteção
ambiental no Brasil. Essa legislação definiu de forma avançada e inovadora os
conceitos, princípios, objetivos e instrumentos para a defesa do meio ambiente,
reconhecer ainda a importância deste para a vida e para a qualidade de vida.
“Art. 2° A política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no país, condições ao desenvolvimento socioeconômico aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana.” (CF, Lei n° 6938/81, segundo parágrafo, página 885).
O segundo marco é a edição da Lei da Ação Civil Pública ou Lei
n° 7.347/85, que disciplinou a ação civil pública como instrumento de defesa do
meio ambiente e dos demais direitos difusos e coletivos e fez com que os
danos ao meio ambiente pudessem efetivamente chegar ao Poder Judiciário.
A Constituição Federal de 1988 foi o terceiro grande marco da legislação
ambiental ao adotar tais elementos em um capítulo dedicado inteiramente ao
meio ambiente e em diversos outros artigos em que também trata do assunto,
fazendo com que o meio ambiente alcançasse à categoria de bem protegido
constitucionalmente.
O quarto marco é a edição da Lei de Crimes Ambientais ou Lei
n° 9.605/98, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas aplicáveis
às condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. Essa Lei regulamentou
instrumentos importantes da legislação ambiental como a desconsideração da
personalidade da pessoa jurídica e a responsabilização penal da pessoa
jurídica.
O Direito Ambiental propriamente dito surge, com princípios, objetivos e
instrumentos peculiares. Nessa fase desponta a idéia de intercomunicação e
38
interdependência entre cada um dos elementos que formam o meio ambiente,
sendo assim, os elementos são tratados de forma harmônica e integrados.
“A questão ambiental não deve, no âmbito jurídico, ser apenas uma luta pelo cumprimento de normas ambientais. Ela é a luta para constituição de novos direitos e novos sujeitos. Ela é tensão entre uma prática de produção “suja” e esmagadora da natureza, contra novas práticas emergentes que entendem que o contato entre homem e natureza passa por uma vivência equilibrada entre os dois pólos e pela busca da justiça no relacionamento entre seres humanos. Com essa luta, o sentido de justiça se amplia, pois não mais se refere a um ser humano destacado da natureza, mas a um novo ser que deve aprender a tirar seu sustento, sem danificar. Distribuir os frutos de produção de modo mais justo e encarar os seres da terra como seus companheiros de viagem e não como matéria-prima inesgotável para seu usufruto. (Águia, Roberto Armando Ramos de livro: Direito ao meio ambiente, 1998; edição IBAMA)”.
2. Finalidade da Educação Ambiental
A Educação Ambiental é um instrumento de melhoria da qualidade de
vida, a partir da formação de cidadãos conscientes de sua participação local no
contexto de conservação ambiental.
Durante as décadas de 70 e 80 foram realizadas várias conferências
internacionais e uma variedade de documentos foi elaborada visando o
estabelecimento de princípios comuns para uma educação para a
sustentabilidade.
Na Conferência de Estocolmo, realizada em 1972, muitas discussões
sobre a Educação Ambiental foram desencadeadas. Os princípios de
Educação Ambiental foram estabelecidos no seminário de Tammi, com a
Comissão Nacional Finlandesa para a UNESCO, em 1974. Esse seminário
considerou que a Educação Ambiental permitiria alcançar os objetivos de
proteção ambiental desde que fizesse parte da educação integral e
permanente.
“A finalidade da Educação Ambiental é: Formar uma população mundial consciente e preocupada com o ambiente e com os seus problemas. Uma população que tenha os conhecimentos, as
39
competências, o estado de espírito, as motivações e o sentido de compromisso que lhe permitam trabalhar individual e colectivamente na resolução das dificuldades actuais, e impedir que elas se apresentem de novo”. (Trecho da Carta de Belgrado, 1975).
A Conferência Inter-governamental sobre Educação Ambiental,
promovida em 1977 em Tblisi (na Antiga União Soviética), finalizou a primeira
fase do Programa Internacional de Educação Ambiental - PIEA, iniciado em
1975 pela Unesco e Programa de Meio Ambiente da ONU, com atividades na
África, Estados Unidos, Ásia, Europa e América Latina. É tida como um marco
da Educação Ambiental e, até hoje, seus princípios e definições, servem como
base para a moderna Educação Ambiental.
O documento de Tbilisi postula que a Educação Ambiental é uma parte
essencial para a educação global.
“A Educação Ambiental não deve ser uma disciplina agregada aos programas escolares existentes, senão que deve incorporar-se aos
programas destinados a todos os educandos seja, qual for à idade...Seu tema deve envolver todas as partes do programa
escolar e extra-escolar e constituir um processo orgânico, contínuo, único e idêntico... A idéia motriz consiste em conseguir, graças a
uma interdisciplinaridade crescente a uma coordenação prévia das disciplinas, um ensino concreto que tenda a resolver os problemas do meio ambiente, ou equiparar melhor os alunos para que possam
participar das decisões” (MEC, 1998).
A reorganização da educação como um todo em direção a
sustentabilidade, envolve todos os níveis de educação formal, não formal e
informal em todas as nações. O conceito de sustentabilidade não se restringe
só ao ambiente físico, mas também abrange as questões da pobreza,
população, segurança, alimentar, democracia, direitos humanos e paz.
Sustentabilidade é, enfim, uma imposição moral e étnico no qual a diversidade
cultural e o conhecimento tradicional precisa ser respeitada.
Em agosto de 1981 ocorreu a promulgação da primeira lei que adequou
a Educação Ambiental como área que vai abordar as soluções de problemas
ambientais. É a mais importante Lei Ambiental do Brasil que institui a “Política
Nacional do Meio Ambiente” (Lei Federal 6.938/81), anterior a Constituição
40
Federal. Em relação à Educação Ambiental, o texto da lei impõe que esta seja
ofertada não como disciplina em todos os níveis de ensino, ou seja, as
instituições educativas deverão promover a Educação Ambiental de maneira
integrada aos programas educacionais, podendo ser trabalhada de forma
interdisciplinar ou transversal entre as áreas de conhecimento. Nesse período
temos a criação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), um
órgão com poder para propor normas ambientais, com força de lei. Em 1987, o
antigo Conselho Federal de Educação aprovou o parecer 226/87, um
documento de grande valor na história da Educação Ambiental. Além disso,
com o parecer surgiu à criação de Centros de Educação Ambiental nos
Estados, para atuarem em pólos irradiadores da educação para o ambiente.
No ano de 1992 aconteceu no Rio de Janeiro, a Conferência ECO 92, da
qual participaram 179 países, no mais importante documento internacional que
reúne os princípios norteadores da educação ambiental hoje – A Agenda 21.
Agenda 21 enfatiza o papel da educação na promoção do
desenvolvimento sustentável através da concentração de esforços para a
universalização da educação básica e a promoção da educação ambiental que
deveria ser ensinada a partir do ingresso das crianças nas escolas, fazendo a
comunhão dos conceitos de meio ambiente e desenvolvimento e dando
especial atenção à discussão dos problemas locais. Mudanças de
comportamento através do desenvolvimento de práticas sociais
ambientalmente responsáveis e menos prejudicais bem como a adoção de
novos valores e concepções baseados na compreensão das relações entre
sociedades humanas e a natureza, entre os problemas ambientais, globais e o
nível local são as diretrizes básicas da educação ambiental baseadas nos
princípios estabelecidos pela Agenda 21 adotados em escala mundial.
Em 27 de abril de 1999 foi elaborada a lei 9.795 com as diretrizes,
os princípios, os objetivos da Educação Ambiental no Brasil. Destacam-se o
artigo 1° que resumem a importância da Educação Ambiental:
“Art. 1º - Entende-se por Educação Ambiental os processos por meio
dos qual o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,
41
conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo,
essencial a sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.” (Brasil,
lei 9.795/99).
A escola deve se transformar orientando-se para a investigação e
reflexão da temática ambiental, desenvolvendo o senso crítico e as habilidades
necessárias para resolver problemas, construindo conhecimentos, associado
às atividades práticas e as experiências pessoais, reconhecendo o
conhecimento vivenciado pelos alunos. A coleta de lixo seletiva é um exemplo
que pode ser colocado em prática em todos os estabelecimentos de ensino,
sejam públicos ou particulares. Papel, pilhas, baterias de celular são exemplos
de produtos cujo descarte ainda não é totalmente adequado. Cada
estabelecimento de ensino, vivendo sua realidade local, interagido com seus
alunos para solução de problemas locais. Educação Ambiental deve ser
relacionada com a vida das pessoas no seu cotidiano, o que elas vêem e
sentem. Conhecer as causas e conseqüências que provocam os problemas
sócios ambientais locais também facilitará à sociedade propor soluções.
Um dos objetivos mais importantes da Educação Ambiental, em minha opinião, é justamente educar para enfrentar valores, analisando diferentes pontos de vista, em relação ao problema concreto. Se os estudantes sabem valorizar a complexidade dos temas ambientais, e se têm adquirido um método de análise das posições no campo, possa realmente ser livres e capazes de obter uma posição própria, compreender e revelar razões não formuladas (de ordem política, econômica etc.) que estão posteriores da conquista de atitudes por parte de diferentes sujeitos que se enfrenta com o problema. (MAYER, 1998, P.226)
Educar é uma atividade orientada para mudar as circunstâncias através
da transformação dos sujeitos, interferindo nos seus processos de
aprendizagem. Os educadores contribuem para melhorar o mundo, ao atuar
como agente de transformação na melhoria da qualidade de vida e proteção ao
meio. Dessa forma, a educação ambiental assume relevância operacional no
contexto do desenvolvimento sustentável.
42
CONCLUSÃO
A solução para todos os males é a educação. Ela é primordial para o
desenvolvimento, crescimento e prosperidade de qualquer nação. A educação,
informação, conhecimento tem que ser direito de todo cidadão.
A Educação Ambiental é o alicerce para a construção de um país mais
consciente de seus direitos e deveres a nível de sustentabilidade.
Conforme Lei nº. 9.795/99, Art. 2° “A educação ambiental é um
componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar
presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo
educativo, em caráter formal e não-formal.”
Aos poucos as indústrias e empresas estão se adequando às leis
ambientais. O empresário deixa de encarar os valores gastos com os cuidados
com o meio ambiente como custos, para serem encarados como investimentos.
Nos biomas brasileiros falta mão de obra qualificada para proteger os
ecossistemas. Estamos no mínimo com um atraso de trinta anos em
conscientização sobre sustentabilidade. O país pode crescer, o empresário
pode obter lucro sem destruir os ecossistemas.
O que falta mesmo é menos hipocrisia e mais ação.
A educação seja ela ambiental formal ou informal muda o
destino de um cidadão, família, cidade, estado, país...
“Se eu pudesse dar um toque em meu destino, não seria peregrino nesse imenso mundo cão.
Nem o bom menino que vendeu limão, trabalhou na fera pra comprar seu pão. Não arrependia
as maldades que essa vida tem. Mataria minha fome sem ter que lesar ninguém. Juro que nem
conhecia a famosa fumabem, onde foi minha morada desde os tempos de neném. É ruim
acordar de madrugada pra vender bala no trem. Se eu pudesse tocar meu destino, hoje eu
seria alguém. Seria um intelectual mais como não tive chance de ter estudado em colégio legal.
Muitos me chamam pivete. Mas poucos me deram um apoio moral. Se eu pudesse eu não
seria um problema social.” Problema social Cantor: Seu Jorge (Autores Guará/ Fernandinho).
43
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1. LINHARES, Sérgio & GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia Hoje –
Vol. 3. São Paulo: ed. Ática, 1998.
2. Estrada, Ezequiel Martínez. Radiografia de la pampa. I. Buenos Aires.
Editorial Losada, 1946
3. AB' SABER, A.N. 1986. O Pantanal mato-grossense e a teoria dos
refúgios. Revista brasileira de Geografia, São Paulo, 50 (2): 9-57,
(n.espacial).
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Grosso)
5. GOTEMBERG, José et Barbosa, L.M. “A legislação ambiental no Brasil e
em São Paulo” In: Revista Eco 21, Ano XIV, Edição 96, Novembro 2004.
6. LINHARES, Sérgio & GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia Hoje -
Vol 3. São Paulo: ed. Ática, 1998.
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Amazônia, 2004. 85 p.
8. BARRETO, P.; Souza Jr., C.; Anderson, A.; Salomão, R. & Wiles, J.
Pressão humana no bioma Amazônia, 2005. O Estado da Amazônia, nº
3. Belém: Imazon. 6 p.
9. Conservação Internacional. Megadiversidade. Desafios e oportunidades
para a conservação da biodiversidade brasileira. Volume 1. N° 1. Julho
2005.
10. DIAS, G.E. Educação ambiental: princípio e práticas, São Paulo: Gaia
1993
11. VIEZZER, M.; OVALLES, O. O Manual latino-americano de educação
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44
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www.portalbrasilnet Rio de Janeiro, acesso 10/07/2010.
45
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 7
SUMÁRIO 8
INTRODUÇÃO 9
CAPÍTULO I
O histórico dos biomas brasileiros e seus desmatamentos 11
1.1 - O histórico do Bioma Amazônico 11
1.1.1 - Características do desmatamento do Bioma Amazônico 13
1.2 - O histórico do Bioma do Cerrado 14
1.2.1 - Características do desmatamento do Bioma do Cerrado 16
1.3 - O histórico do Bioma do da Mata Atlântica 17
1.3.1 - Características do desmatamento do Bioma da Mata
Atlântica 20
1.4 - O histórico do Bioma da Caatinga 21
1.4.1 Características do desmatamento do Bioma da Caatinga 23
1.5 - O histórico do Bioma dos Pampas 24
1.5.1 Características do desmatamento do Bioma dos Pampas 26
1.6 - O histórico do Bioma do Pantanal 27
1.6.1 Características do desmatamento do Bioma do Pantanal 30
CAPITULO II
Responsabilidade Sócio ambiental 32
CAPITULO III
O direito Ambiental e a Educação Ambiental 36
1. Finalidade do Direito Ambiental 36
46
2. Finalidade da Educação Ambiental 38
CONCLUSÃO 48
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 52
BIBLIOGRAFIA CITADA 44
ÍNDICE 45
FOLHA DE AVALIAÇÃO 47
47
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes
Título da Monografia: Desmatamento: causas, conseqüências e soluções
sustentáveis
Autor: Aparecida Maria Thomáz
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito: