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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM A IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL E OS IMPACTOS GERADOS NAS ORGANIZAÇÕES OFF-SHORE Por: Francisco Manoel Gonçalves Moreira Junior Orientador Prof. Luiz Cláudio Lopes Alves Rio de Janeiro-RJ 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

A IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL E OS

IMPACTOS GERADOS NAS ORGANIZAÇÕES OFF-SHORE

Por: Francisco Manoel Gonçalves Moreira Junior

Orientador

Prof. Luiz Cláudio Lopes Alves

Rio de Janeiro-RJ

2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

A IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL E OS

IMPACTOS GERADOS NAS ORGANIZAÇÕES OFF-SHORE

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Engenharia de

Produção

Por: Francisco Manoel Gonçalves Moreira Junior

3

AGRADECIMENTOS

Ao meu Deus em primeiro, a quem

sempre busco forças pra não

desanimar, mesmo nas horas mais

difíceis de minha vida.

4

DEDICATÓRIA

À amiga Delizete Ribeiro de Souza que

tanto incentivou a minha conclusão desta

etapa de meus estudos.

5

RESUMO

A crescente cobrança por posturas responsáveis e comprometidas com

o meio com que as organizações tem se defrontado nos dias atuais, tem feito

com que estas organizações procurem estabelecer normas de gestão, a fim de

buscarem uma conformidade com as mudanças de pensamento e

comportamento mundial. Os investimentos destinados a gestão ambiental são

aspectos que indubitavelmente contribuem para o fortalecimento da imagem

positiva das organizações diante dos mercados em que atuam e dos seus

stakeholders. Sendo assim, a preocupação que a sociedade vem

demonstrando com a qualidade ambiental e com a utilização sustentável do

meio ambiente, tem se refletido na elaboração de leis cada vez mais severas.

Neste ambiente, verifica-se a preocupação, cada vez maior, das empresas,

independente de sua natureza, em desenvolver políticas organizacionais

compatíveis à Gestão da Qualidade, Meio Ambiente e à Gestão da Segurança

e Saúde Ocupacional. A certificação de Sistemas de Gestão Ambiental tem se

mostrado uma ferramenta eficiente para se atingir os resultados almejados

pelas organizações que encaram com seriedade o processo de melhoria

contínua, e tem impactos positivos na imagem das mesmas perante a

sociedade e comunidades locais. Diante do exposto, o presente estudo se

propõe a analisar a integração da norma ISO 14001 ao sistema de gestão de

uma organização.

6

METODOLOGIA

A descrição da metodologia tem por objetivo indicar os procedimentos

adotados e a extensão da pesquisa no desenvolvimento do projeto.

Tendo em vista os objetivos já expostos, será realizada uma pesquisa

que pode ser classificada quanto a sua natureza como aplicada, uma vez que

objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de

problemas específicos.

Quanto ao ponto de vista dos procedimentos técnicos pode ser

considerado como uma Pesquisa Bibliográfica e Documental e um Estudo de

Caso. Classifica-se como Pesquisa Bibliográfica, pois recorrerá ao uso de

material acessível ao público em geral, como livros e artigos em revista ou

internet. Documental por ser realizada em documentos conservados em órgãos

públicos e privados. Estudo de Caso por ser circunscrito a uma instituição.

Na pesquisa bibliográfica serão utilizados livros, artigos, revistas, jornais e

outros periódicos e consultas a sites da internet a fim buscar fontes de

informação.

O método de pesquisa a ser utilizado possui a limitação de se restringir a

área de implementação da gestão ambiental, mais especificamente em uma

organização de prestação de serviços subaquáticos.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 8

CAPÍTULO I SÉRIE ISO 14000: INSTRUMENTO DE COMPETITIVIDADE ENTRE AS EMPRESAS .................................................................................. 10

CAPÍTULO II A VARIÁVEL AMBIENTAL COMO IMPORTANTE DIFERENCIAL COMPETITIVO ........................................................................ 25

CAPÍTULO III INTEGRAÇÃO ENTRE OS SISTEMAS DE GESTÃO COM A ISO 14001 34

CONCLUSÃO .................................................................................................. 39

ANEXO ............................................................................................................ 41

BIBLIOGRAFICA CONSULTADA .................................................................... 44

BIBLIOGRAFICA CITADA ............................................................................... 46

ÍNDICE ............................................................................................................. 48

8

INTRODUÇÃO

O posicionamento competitivo de uma empresa tem como base

fundamental a avaliação do ambiente de negócios do qual ela participa. Cabe

a organização analisar constantemente as condições do ambiente interno e

externo, rever sua posição de competitividade e elaborar estratégias que

possam gerar retorno financeiro.

Com a globalização, abriram-se novas fronteiras de investimento e

mercados de consumo, tornando o mercado cada vez mais competitivo,

exigindo uma preparação diferenciada para enfrentar e assumir novos

desafios. No cenário atual, por mais estáveis que as empresas possam

aparentar, existe sempre a possibilidade de surgirem novos competidores

dispostos a realizar investimentos e entrar no mercado.

Um dos efeitos da competição global foi o redirecionamento do poder

para as mãos do consumidor, assim como, a mudança de paradigmas com

relação ao uso de recursos naturais não renováveis, conservação do meio

ambiente, relações de trabalho, saúde e segurança ocupacional, ética

empresarial, proteção aos direitos do consumidor, igualdade de ofertas, entre

outros.

É fato, que nas últimas décadas a degradação ambiental evoluiu

consideravelmente, e, de alguma forma, todas as pessoas estão sendo

afetadas pela poluição que aflige o Planeta. Imensa parte dessa poluição tem

origem nas organizações, e somente por meio de melhorias em seus produtos,

processos e serviços, reduções serão obtidas nos impactos ambientais por

elas causados. Consequentemente, a gestão ambiental ganha cada vez mais

destaque, despertando nas empresas a idéia de que investir em qualidade

ambiental é um item considerado importante por seus clientes.

A sociedade espera que as empresas não só protejam o meio

ambiente, como também, levem em consideração as comunidades afetadas

direta ou indiretamente por suas atividades, serviços ou produtos.

9

Como forma de encontrar respostas para este problema, as empresas

procuram as normas de gestão ambiental para prover as organizações de

elementos de um sistema eficaz que possa ser integrado a outros requisitos da

gestão, auxiliando-as a alcançar seus objetivos econômicos e ambientais.

A norma ISO 14001 possibilita a padronização das rotinas e dos

procedimentos indispensáveis para a certificação ambiental, a partir do

cumprimento de um roteiro padrão válido internacionalmente, que reforça o

atendimento integral da legislação local e visa à melhoria contínua dos

processos e do próprio sistema.

É importante considerar, que uma das diretrizes básicas para a

elaboração da norma ISO 14001 é a sua aplicabilidade a todos os tipos e

portes de organizações, em variadas condições geográficas, culturais e

sociais, a qual permitirá um aprimoramento contínuo dos processos, através do

comprometimento de todos os níveis organizacionais, como forma de alcançar

um equilíbrio entre proteção ambiental e necessidades socioeconômicas.

A Questão Segurança, contida na gestão integrada surge então como

ferramenta para a elaboração de estratégias para a competitividade,

sustentabilidade e responsabilidade social. Assim, a questão da avaliação

ambiental, da qualidade e da saúde e segurança, passam a ser um assunto de

interesse atual na busca pela melhoria contínua.

O alinhamento das normas ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001,

pode levar a um benefício mútuo entre as áreas envolvidas, já que a melhoria

de uma levará igualmente à melhoria das outras devido ao inter-

relacionamento existente entre elas. Para um melhor entendimento do assunto

em tela, dividiu-se o estudo em Capítulos. O primeiro capítulo discorre-se

sobre a “Série ISO 14000: Instrumento de competitividade entre as empresas”.

Enquanto no segundo capítulo, a discussão volta-se para “A Variável

Ambiental como Importante Diferencial Competitivo e A Difícil Relação entre

Preservação Ambiental e Produção Industrial”. Já o terceiro e último capítulo

foi reservado a “Integração entre os Sistemas de Gestão com A ISO 14001”.

Espera-se que este estudo contribua para fonte de pesquisa, para

somatório de conhecimento acerca do tema exposto.

10

CAPÍTULO I SÉRIE ISO 14000: INSTRUMENTO DE

COMPETITIVIDADE ENTRE AS EMPRESAS

1.1 A International Organization for Standartization (ISO)

Com sede em Genebra, na Suíça, a International Organization for

Standartization (ISO) reúne vários países com a finalidade de criar normas

internacionais, onde cada país possui um órgão responsável por elaborar suas

normas. Para a publicação de normas internacionais, a ISO divide-se em

Comitês Técnicos (TC’s) responsáveis pela discussão e elaboração de

documentos em diversas áreas.

A proteção ao meio ambiente tornou-se um tema para as normas

internacionais a partir da RIO 92, a Conferência das Nações Unidas de Meio

Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, em 1992, que

determinou a criação, junto à ISO, de um grupo para a elaboração de normas

de gestão ambiental. Em 1993, a ISO estabeleceu o Comitê Técnico 207-

Gestão Ambiental (TC207) para desenvolver a série de normas internacionais

de gestão ambiental, a exemplo do que já vinha sendo feito pela ISO 9000 na

Gestão de Qualidade.

A série de normas ISO 14000 foi desenvolvido pelo Comitê Técnico

207 da ISSO (TC 207), como resposta à demanda mundial por uma gestão

ambiental mais confiável, onde o meio ambiente foi introduzido como uma

variável importante na estratégia dos negócios.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), um dos

membros fundadores e que participa ativamente das discussões a respeito de

normas técnicas na ISO, também possui o seu Comitê Técnico de Gestão

Ambiental, o ABNT/CB-38, que possui estrutura semelhante ao ISO/TC 207 e

realiza as traduções para o português de normas internacionais, publicando as

respectivas NBR-ISO.

O Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental - CB-38 foi criado em abril

de 1999, na estrutura da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT),

11

sendo responsável por produzir e disseminar as normas brasileiras relativas à

Gestão Ambiental e suas ferramentas auxiliares.

Conforme sinaliza Lemos (2004): 1

O papel do ABNT/CB-38 é participar das reuniões

internacionais de desenvolvimento das normas da ISO,

representando os interesses brasileiros, principalmente

das grandes empresas, além de traduzir as normas

publicadas pela ISO, publicando as normas NBR-ISO.

De acordo com este mesmo autor, o CB-38 conta com o apoio

especial do Ministério de Ciência e Tecnologia, que viabiliza a participação nas

reuniões internacionais mais importantes (Idem, loc. cit.). Na área de Gestão

de Sistemas a ABNT detém os seguintes programas:

SGA - destinado à certificação do Sistema de Gestão Ambiental de

qualquer tipo de Empresa, de acordo com os critérios

estabelecidos pela Norma ISSO 14001. São avaliados aspectos

gerenciais como Política Ambiental, aspectos e impactos

ambientais relacionados à produção, legislação ambiental

pertinente, programas ambientais, comunicação com partes

interessadas, treinamentos e auditorias internas;

SGQ - destinado à Certificação do Sistema de Qualidade de

qualquer tipo de Empresa, de acordo com os critérios

estabelecidos na família de Normas ISO 9000. São avaliados,

tanto aspectos relacionados diretamente com o produto ou o

serviço prestado pela Empresa, assim como os aspectos

gerenciais, Política da Qualidade, Controle de Aquisições,

Treinamento e Auditorias Internas;

Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional

(OHSAS 18001) – que foi desenvolvida para ser compatível com as

Normas SGA e SGQ, de modo a facilitar a integração dos sistemas

de Gestão da Qualidade, Ambiental e da Segurança e Saúde

Ocupacional pelas organizações, se assim, elas o desejarem.

12

1.2 A Família de Normas NBR ISO 14000

Tomando como base os parâmetros das necessidades dos clientes,

os padrões de qualidade surgiram para ajustar a crescente produção, dando

origem à ISO 9000, que trata dos padrões de qualidade de produtos e serviços

em nível internacional.

As mudanças de valores, mentalidade e comportamento são

fundamentais para o futuro da espécie humana. No processo de

industrialização, na sua maioria poluidor, os recursos naturais utilizados como

matéria-prima são usados e descartados como lixo e resíduos. Visando

satisfazer as necessidades de várias partes interessadas nos negócios das

organizações, que buscam, cada vez mais, atingir e demonstrar o desempenho

ambiental correto, através do controle do impacto de suas atividades e

produtos ou serviços no meio ambiente, observa-se atualmente uma evolução

da legislação e das políticas de incentivo de proteção ao meio ambiente.

A ISO 14000 é uma norma mundial que define padrões de

gerenciamento ambiental, relacionada aos processos produtivos, levando em

conta seu impacto sobre o meio ambiente.

De acordo com Valle (1995): 2

A ISO decidiu criar um sistema de normas que convencionou

designar pelo código ISO 14000, com o intuito de uniformizar

as ações que deveriam se encaixar em uma nova ótica de

proteção ao meio ambiente. Esta série de normas trata

basicamente da gestão ambiental e não deve ser confundida

com um conjunto de normas técnicas.

Pode-se dizer que a ISO 14000 foi o motivador de maior ênfase no

interesse pelo controle do impacto ambiental, criando uma nova onda de

atividades dirigidas á melhoria de sistemas de gestão ambiental em todo o

mundo.

A referida norma foi criada para atender as demandas crescentes de

sistematização de cuidados com o meio ambiente, contemplando as

13

abordagens referentes ao Sistema de Gerenciamento Ambiental, à Avaliação

de Desempenho Ambiental, à Avaliação do Ciclo de Vida de produto, aos

Aspectos Ambientais nas Normas de Produtos, ao Selo Ambiental e à Auditoria

Ambiental, tornando possível, assim, a total transparência da organização e de

seus produtos com relação aos aspectos ambientais.

De acordo com Cyro Eider do Valle (2005), a série ISO 14000

Constitui o conjunto de normas mais amplo que já se criou de

forma simultânea. Contêm, em seu corpo, normas que regulam

sua própria utilização e que definem as qualificações daqueles

que deverão auditar sua aplicação. Propõe-se a normalizar as

referências ambientais de outras normas e influenciará a

decisão do consumidor final nos pontos-de-venda e nas

gôndolas dos supermercados, com o uso de símbolos de

conformidade ambiental, estampados nos produtos ou em suas

embalagens.

A Figura 1 apresenta, esquematicamente, como está estruturada a

série de normas ISO 14000 e permite visualizar os dois grupos básicos em que

se dividem: as das organizações e do processo produtivo, e as dos produtos.

O enfoque no produto e processo é constituído pelas normas

enumeradas em:

14

• Primeira- Rotulagem Ambiental (ISO 14020, ISO 14021 e ISO

14024): estas normas estabelecem diferentes escopos para a

concessão de selos ambientais. Diferentemente da ISO 14001,

não certificam a organização, mas as linhas de produtos e

processos que devem apresentar características específicas,

tomando-se como base critérios estruturais tecnicamente

válidos.

• Segunda: Avaliação de Ciclo de Vida (ISO 14040, ISO 14041,

ISO 14042, ISO 14043, ISO 14044): estabelece a sistemática

para a realização da avaliação de ciclo de vida de produto. Essa

avaliação é realizada considerando a abordagem do berço ao

túmulo, ou seja, tudo o que entra no processo produtivo, desde

as matérias-primas e insumos de processo (como energia,

água, madeira, minerais etc.), passando pelos poluentes

gerados (emissões atmosféricas, resíduos sólidos, efluentes

industriais etc.), até a fase de descarte do produto ao final de

sua vida útil e suas implicações ambientais.

• Terceira: Aspectos Ambientais em Normas de Produtos

(ISO/TR 14062): visa a orientar os elaboradores de normas de

produtos, buscando a especificação de critérios que reduzem os

efeitos ambientais advindos de seus componentes.

Tal como a ISO 9000, a ISO 14000 é uma norma de processo e não

estabelece requisitos específicos de desempenho ambiental. Desse modo a

sua certificação é voluntária, cabendo às organizações que aderem à sua

implementação a adequação dos seus objetivos estratégicos e operacionais a

um patamar de desempenho ambiental, voltado à conformidade e a Excelência

Total em Meio Ambiente.

Harrington e Knight (2001) 3 definem a série ISO 14000 como “uma

série de normas e diretrizes voluntárias que tem vantagens significativas e

pode complementar os requisitos regulatórios”.

Eis algumas dessas vantagens listadas pelos autores acima citados:

• Reduz os conflitos entre agências reguladoras e indústrias.

15

• A natureza voluntária, debatedora e empreendedora é, geralmente,

um fator significativo ao se iniciar o processo de mudança.

• Tende a encorajar as organizações a se envolver mais com os

programas de desenvolvimento ambiental.

Ainda conforme estes mesmos autores, as normas voluntárias

geralmente são mais bem aceitas por que:

• As indústrias envolvem-se em sua criação.

• São desenvolvidas num ambiente consensual.

• Promovem entendimento internacional.

• Podem ser aceitas amplamente por todos os detentores de

interesses.

• São preparadas por pessoas altamente capazes em suas áreas

específicas, em todo o mundo.

• Possuem base comum, independente de filiações políticas.

Em sua concepção a série de normas ISO 14000 tem como objetivo

central um sistema de gestão ambiental que auxilia a organização a cumprir

seus compromissos assumidos em prol do meio ambiente. As normas ISO

14000 se aplicam às atividades industriais, extrativas, agroindustriais e de

serviços certificando as instalações da empresa, linhas de produção e produtos

que satisfaçam os padrões de qualidade ambiental.

A série de normas ISO 14000 visa alcançar três objetivos

fundamentais:

a) promover uma abordagem comum a nível internacional no que diz

respeito à gestão ambiental dos produtos;

b) aumentar a capacidade das empresas de alcançarem um

desempenho ambiental e na medição de seus efeitos;

c) facilitar o comércio, eliminando as barreiras dos imperativos

ecológicos.

A ISO 14000 apresenta vários desdobramentos:

• NBR ISO 14001 - Sistemas de Gestão Ambiental - Especificação e

diretrizes para uso.

16

• NBR ISO 14004 - Sistemas de Gestão Ambiental - Diretrizes gerais

sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio.

• NBR ISO 14010 - Diretrizes para auditoria ambiental - Princípios

gerais.

• NBR ISO 14011 - Diretrizes para auditoria ambiental -

Procedimentos de auditoria - Auditoria de sistemas de gestão

ambiental.

• �NBR ISO 14012 - Diretrizes para auditoria ambiental - Critérios de

qualificação de auditores ambientais.

A adoção das normas da série ISO 14000 vem, cada vez mais, se

tornando instrumento de competitividade entre as empresas, sobretudo no

comércio internacional. Empresas que possuem SGAs tendem a apresentar

maiores chances de conquistar mercados onde as questões ambientais são

relevantes. Não há dúvidas de que a conscientização do público com os

aspectos ambientais faz com que as organizações que levam ISO em conta

têm uma vantagem competitiva em relação às demais. Os produtos terão uma

utilização mais segura minimizando os desperdícios e aumentando a proteção

ambiental.

Nesse sentido, a série ISO 14000 deve servir de base para a

implementação de bons sistemas de gestão ambiental nas organizações,

tendo o propósito de auxiliar a gestão socialmente responsável que atenda às

expectativas sociais com transparência e, principalmente, que mantenha a

coerência entre o discurso e a prática.

1.3 A NBR ISO 14001

A NBR ISO 140018 é o documento base da série de padrões ISO

14000, internacionalmente reconhecidos, de adesão voluntária que contém

requisitos para a implementação do Sistema de Gestão Ambiental (SGA),

podendo ser implementada em qualquer tipo ou porte de organizações.

Conforme assevera Maurício Reis (1996):4

É importante considerar que uma das orientações básicas para

a elaboração da norma ISO 14001 é sua aplicabilidade a todos

17

os tipos e portes de organizações, em variadas condições

geográficas, culturais e sociais, a qual permitirá um

aprimoramento contínuo dos processos, através do

comprometimento de todos os níveis organizacionais, como

forma de alcançar um equilíbrio entre proteção ambiental e

necessidades socioeconômicas. Essa flexibilidade pode ser

considerada como um importante fator motivador de sua

implantação e difundida aceitação em nível mundial.

De maneira especial, em países do primeiro mundo, consumidores

vêm preferindo adquirir aqueles produtos que são menos agressivos ao meio

ambiente. Isto vem ocorrendo em virtude do vertiginoso aumento da

consciência ambiental e das pressões realizadas por grupos organizacionais,

os quais vêm tradicionalmente condicionando as ações das empresas (HUI,

2001 apud LELIS e SEIFFERT, 2008). 5

Uma certificação ISO 14001 do ponto de vista comercial, é basilar,

evitando barreiras comerciais não tarifárias, promovendo a melhoria do

desempenho organizacional ambiental, através do atendimento a

regulamentos e da demonstração do comprometimento com a conservação da

qualidade ambiental.

Seiffert (2007) 6 adverte que embora muitas ferramentas venham

sendo propostas para a abordagem de auto-organização e auto-

regulamentação para a proteção ambiental, a ISO 14001 é uma das que vêm

apresentando resultados concretos e abrangentes para a melhoria da

qualidade ambiental.

O Sistema de Gestão Ambiental ISO 14001 apóia-se numa espiral de

melhoria contínua, que contém as cinco partes seguintes: Política Ambiental;

Planejamento; Implementação e operação; Verificação e ação corretiva; e

Análise crítica pela administração.

18

• Política Ambiental - A Política define os comprometimentos

ambientais de uma organização e oferece a base sobre a qual a

organização desenvolve seus objetivos e metas.

• Planejamento - O planejamento baseia-se em quatro elementos, a

saber: Aspectos ambientais; Requisitos legais e outros requisitos;

Objetivos e metas;Programa(s) de gestão ambiental. A organização

deve estabelecer e manter um procedimento para identificar os

aspectos ambientais de suas atividades e apoiar o compromisso

político com a conformidade legal. O estabelecimento de objetivos e

metas deve ser um processo bastante direto. Primeiro, a

organização desenvolve um inventário de suas atividades, produtos

e serviços. Depois, identifica os aspectos ambientais e impactos

correlatos associados a estas atividades, produtos e serviços e

determina quais são significativos. O último elemento sustenta que a

organização deve estabelecer e manter um programa, ou

programas, para atingir seus objetivos e metas.

• Implementação e operação - analisam as seguintes seções da ISO

14001:

- Documentação do sistema de gestão ambiental - A organização

deve estabelecer e manter informações, em papel ou em meio

eletrônico, para descrever os principais elementos do sistema de

19

gestão e a interação entre eles e fornecer orientação sobre a

documentação relacionada.

- Controle de documentos - A organização deve estabelecer e

manter procedimentos para o controle de todos os documentos

exigidos por esta Norma Internacional para assegurar que

possam ser localizados, periodicamente analisados, revisados

quando necessário e aprovados, quanto à sua adequação, por

pessoal autorizado.

- Controle operacional - A organização deve identificar aquelas

operações e atividades associadas aos aspectos ambientais

significativos identificados de acordo com sua política, objetivos e

metas.

- Preparação e atendimento a emergências - A organização deve

estabelecer e manter procedimentos para identificar o potencial

para atender a acidentes e situações de emergência, bem como

para prevenir e mitigar impactos ambientais que possam estar

associados a eles.

• Verificação e ação corretiva:

- Monitoramento e medição - São estabelecidos pela organização

procedimentos documentados para monitorar e medir,

periodicamente, as principais características de suas operações e

atividades.

- Não-conformidade e ações corretivas e preventivas - A

organização deve estabelecer e manter procedimentos para

definir responsabilidade e autoridade para tratar e investigar as

não-conformidades, adotando medidas para mitigar quaisquer

impactos e para indicar e concluir ações corretivas e preventivas.

- Registros - A organização deve estabelecer e manter

procedimentos para a identificação, manutenção e descarte de

registros ambientais. Esses registros devem incluir registros de

treinamento e as conclusões de auditorias e análises críticas.

20

- Auditoria de Sistema de Gestão Ambiental - A organização deve

estabelecer e manter um programa, ou programas, e

procedimentos para auditorias periódicas do sistema de gestão

ambiental a serem realizadas para determinar se o SGA está em

conformidade com as disposições planejadas para a gestão

ambiental e se foi devidamente implementado e mantido. Outra

função da Auditoria de Sistema de Gestão Ambiental é fornecer à

administração informações sobre os resultados das auditorias.

• Análise crítica pela administração - A análise crítica pela

administração deve abordar a eventual necessidade de alterações

na política, objetivos e outros elementos do sistema de gestão

ambiental à luz dos resultados de auditorias do SGA, da mudança

das circunstâncias e do comprometimento com a melhoria contínua.

norma ISO 14001 recomenda que a análise crítica inclua o seguinte:

- Os resultados das auditorias

- O nível de atendimento aos objetivos e metas

- A adequação do SGA em relação a mudanças de condições

- As preocupações das partes interessadas

Em intervalos predeterminados deve a alta administração da

organização, analisar criticamente o sistema de gestão ambiental para garantir

sua conveniência, adequação e eficácia contínuas. O processo de análise

crítica deve assegurar que as informações necessárias possam ser coletadas

de modo que permita à administração proceder a esta avaliação, devendo

essa análise crítica ser documentada.

1.4 Certificação ISO 14001 - Gestão Ambiental

Atualmente é crescente o número de empresas interessadas nas

normas da série ISO 14000 devido aos benefícios que estas podem atingir

através de sua implantação. Uma vez implementado um sistema de gestão, a

organização pode optar por buscar a certificação por meios de organismos

especializados. No Brasil, o controle é feito pelo Instituto Nacional de

Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) responsável

21

também por fiscalizar as empresas certificadoras atuantes no território nacional

e também por realizar auditorias testemunhas por área de competência. Com o

intuito de se entender melhor o assunto, é apresentado a seguir, as seguintes

definições:

� Acreditação - é o reconhecimento formal por um organismo de

acreditação, de que um organismo de Avaliação da Conformidade - OAC

(laboratório, organismo de certificação ou organismos de inspeção), atende a

requisitos previamente definidos e demonstra ser competente para realizar

suas atividades com confiança.

� Certificação de Conformidade - Documento emitido, de acordo

com as regras de um sistema de certificação, para declarar a conformidade de

um produto, processo ou serviço às normas técnicas ou outros documentos

normativos.

� Organismo de Acreditação - entidade de direito público ou privado

que dirige ou administra um sistema de acreditação e que concede acreditação

aos organismos de certificação para avaliarem a conformidade de produtos,

processos ou sistemas de gestão (CERQUEIRA, 2006). 7

A certificação é válida por três anos com auditoria/acompanhamento,

no mínimo, uma vez por ano ou a cada seis meses. Este acompanhamento é

realizado pela entidade certificadora e tem por objetivo garantir que a empresa

mantenha um sistema de gestão ambiental e que seu desempenho atenda ou

supere os resultados planejados, bem como os requisitos da norma aplicável

estão sendo atendidas.

Muitas organizações já perceberam que o compromisso com o meio

ambiente passa a ser significado de confiança para os empreendimentos,

levando as mesmas a implantarem Sistemas de Gestão Ambiental (TINOCO;

KRAEMER, 2006, p. 48). 8

Conforme sinaliza Dansk Standard (2000 apud JORGENSEN et al.,

2006):9

A comprovação de que uma empresa possui um

gerenciamento ambiental correto se dá através da certificação

em conformidade com a norma ISSO 14001:2004, que é a

22

única norma da série ISO 14000 certificável e que diz respeito

ao sistema de gestão ambiental (SGA) da organização, sendo

este último a parte de seu sistema global de gerenciamento

usada para desenvolver e implementar sua política ambiental e

para manejar seus aspectos ambientais (DANSK STANDARD,

2000 apud JORGENSEN et al., 2006).

A tabela a seguir demonstra o histórico de certificados ISO 14000 na

América do Sul, com dados coletados até dezembro de 2010.

A PETROBRAS possui como uma de suas principais metas completar

a certificação das 35 unidades operacionais da empresa pelas normas ISO

14001 e BS 8800. As certificações comprovaram a existência nas unidades da

PETROBRAS de um sistema de gestão de segurança, meio ambiente, saúde

integrada e o comprometimento com a prevenção de acidentes, respeito à

legislação e constante melhoria do desempenho ambiental.

A ISO 14001 traz para as organizações certificadas algumas

vantagens. No âmbito interno, ela permite que as empresas estruturem suas

práticas de gestão ambiental a partir de um quadro referencial reconhecido,

encorajando, assim, as preocupações com o verde no seio da organização. No

âmbito externo, ela representa uma forma de melhorar a imagem e o

reconhecimento da organização em virtude de seu engajamento ambiental

(BOIRAL, 2006).

O crescimento no número de empresas no Brasil que são certificadas

pela norma ISO 14001 demonstra uma maior preocupação das empresas em

23

responder para o mercado sobre a sua gestão ambiental. Com isso, a imagem

do Brasil no exterior vai sendo modificada, além de haver a solidificação do

respeito e reconhecimento internacional de importantes órgãos nacionais,

como o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial

(INMETRO).

Figura 3 – Empresas certificadas no Brasil por Estados

A PETROBRAS é a empresa de maior destaque no Brasil, possuindo

mais de 41 certificados, isto sem contabilizar os certificados de suas

subsidiárias TRANSPETRO E PETROBRAS DISTRIBUIDORA, que possuem,

respectivamente, mais de 17 e mais de 9 certificados. Tal fato pode ser

atribuído ao fato de a Petrobras estar tentando mudar sua imagem após

acidentes ambientais envolvendo derramamentos de petróleo, além de se

preocupar em evitar novos acidentes catastróficos que "arranhem" a imagem

da empresa. Os setores industriais automotivo, petroquímico e químico e o

setor de prestação de serviços, são os setores com maior número de

certificações obtidas, sendo que a representatividade da prestação de serviço

está em grande parte relacionada às exigências de certificação impostas pelas

grandes empresas.

As empresas têm procurado as normas de gestão ambiental para

prover as organizações de elementos de um sistema eficaz que possa ser

24

integrado a outros requisitos da gestão, auxiliando-as a alcançar seus objetivos

econômicos e ambientais. No sentido de valorizar o meio ambiente, promovem

melhor qualidade de vida à sociedade através da interiorização da questão

ambiental e do desenvolvimento sustentável, possibilitando agir, hoje, sem

agredir o futuro. Assim sendo, um efetivo sistema de gestão ambiental permite

literalmente uma organização estabelecer e avaliar a real situação de seus

processos e procedimentos estabelecidos para a aplicação de uma política de

gestão ambiental e seus objetivos.

25

CAPÍTULO II A VARIÁVEL AMBIENTAL COMO

IMPORTANTE DIFERENCIAL COMPETITIVO

2.1 A Difícil Relação entre Preservação Ambiental e Produção

Industrial

Desde o início da revolução industrial, atividades humanas e a

implantação de técnicas de produção e consumo vêm provocando impactos

sobre os sistemas naturais. Nas últimas décadas, a degradação ambiental

evoluiu consideravelmente, afetando, de alguma forma pela poluição, todo ser

vivo habitante no planeta. A percepção de que os recursos naturais eram

inesgotáveis e que o crescimento econômico, sem levar em consideração os

aspectos ambientais e sociais, levaria a um caos generalizado, acendeu a

busca por soluções alternativas, para o desenvolvimento da sociedade.

Os impactos ambientais geram conseqüências sociais significativas.

Grande parte da poluição tem origem nas organizações, e somente por meio

de melhorias em seus produtos, processos e serviços, reduções serão obtidas

nos impactos ambientais por elas causados. As conseqüências do não-

gerenciamento da questão ambiental nas organizações podem resultar em

poluição severa e outros problemas relacionados, como a morte de pessoas e

danificação do ambiente

Sendo assim, tornam-se imprescindíveis investimentos, que, se

direcionados com o comprometimento que a Norma ISO 14001 proporciona,

trarão retornos financeiros, sociais e ambientais, influenciando positivamente a

visão de que as empresas, na prestação de seus serviços ou na produção de

seus produtos, são as grandes causadoras dos danos ambientais existentes.

As organizações têm vivenciado nos dias atuais variados tipos de

pressões que, dentre elas pode-se destacar: aumento do número e da

severidade das exigências legais e intensificação das exigências dos

consumidores que têm se tornado mais socialmente conscientes e têm exigido

produtos “amigos da natureza”. Contudo, embora consumidores e legislação

pressionem as organizações quanto à questão ambiental, ainda existe muito a

26

ser desenvolvido. Em resposta às necessidades do mercado, muitas

organizações buscam a excelência em servir, viabilizada através da melhoria

contínua dos processos e produtos.

Consequentemente, esta adequação ambiental reverterá em um

diferencial importante para as organizações de todos os tipos e tamanhos,

resultando em obtenção de vantagens competitivas no mercado doméstico,

como também “porta de entrada” para atingir o mercado internacional.

A globalização do mercado é um dos motivos pelos quais os clientes

se tornam cada vez mais exigentes em relação aos produtos e serviços que

adquirem. A sobrevivência das organizações no mercado depende muito de

seu ajustamento a este novo paradigma competitivo.

Conforme ressalta Brouwer e Koppen (2007 apud POMBO e MAGRINI,

2008):

Um ponto chave da norma ISO 14001:2004 é a melhoria

contínua dos processos e produtos da organização. Uma

diferenciação que deve ser feita para se atingir bons resultados

em termos de melhoria contínua é entre melhoria tática (nível

operacional) e estratégica (nível de sistema). Particularmente,

a última assume grande importância e requer elaborações em

termos de indicadores de desempenho de

processo/operacional e indicadores de desempenho

estratégico/gerencial, pois implicam maiores níveis de ambição

ambiental, posto que enfatizam não somente os processos

internos da organização, mas também questões fundamentais,

tais como: análise de ciclo de vida, desenvolvimento de

produtos orientados ao meio ambiente e requisitos dos

fornecedores (BROUWER; KOPPEN, 2007).10

Uma empresa que tem por finalidade a implementação de um Sistema

de Gestão Ambiental baseado na Norma ISO 14001 deve passar por um

processo de mudança comportamental e organizacional, para que seja

possível conciliar progresso e tecnologia com a preservação do meio ambiente

27

por meio da constante preocupação com a utilização de recursos e

gerenciamento de processos de forma ambientalmente correta.

2.2 Implementação do Sistema de Gestão Ambiental ISO 14000

Os elementos-chave, ou os princípios definidores de um Sistema de

Gestão Ambiental baseados na NBR Série ISO 14001, através dos quais

podem ser verificados os avanços de uma empresa em termos de sua relação

com o meio ambiente, são: política ambiental; planejamento; implementação e

operação; verificação e ação corretiva; análise crítica.

A Política Ambiental é a declaração da organização sobre suas

intenções e princípios em relação ao Meio Ambiente. Ela deve:

a) Ser apropriada à natureza da organização;

b) comprometer-se com a melhoria contínua e prevenção da poluição;

c) comprometer-se com o atendimento dos requisitos legais e outros

requisitos;

d) fornecer estrutura para estabelecer os objetivos e metas;

e) estar documentada, implementada e comunicada aos funcionários.

Na implementação de um Sistema de Gestão Ambiental, o primeiro

passo deve ser a formalização por parte da direção da empresa, perante a sua

corporação, do desejo da instituição em adotar um SGA, deixando claro suas

intenções, e enfatizando os benefícios a serem obtidos com a sua adoção. Isso

se traduz em comprometimento de sua alta administração, ou, em alguns

casos, dos gerentes e chefias de suas unidades, com a realização de palestras

de conscientização e de esclarecimentos da abrangência pretendida,

realização de diagnósticos ambientais, definição formal do grupo coordenador,

definição de um cronograma de implantação, e, finalmente, no lançamento

oficial do programa de implantação do SGA.

A preservação do ambiente natural deve ser encarada pela

organização não só como um dever, mas como uma responsabilidade, uma

prática natural das organizações que consideram o desenvolvimento

sustentável como um dos desafios mais importantes, diante do desejo de obter

crescimento e lucratividade, aliados a excelência em desempenho ambiental.

28

Entretanto, a questão financeira ainda constitui-se a principal

dificuldade enfrentada pelas empresas de pequeno porte, visto que os custos

da consultoria de implantação, dos investimentos na adequação de

equipamentos e processos produtivos, do contrato com a empresa

certificadora, das auditorias de supervisão do Sistema de Gestão Ambiental

(SGA) e da manutenção do sistema são um empecilho considerável.

Algumas empresas, no entanto, têm confirmado que é provável ser

lucrativa e proteger o meio ambiente, desde que as mesmas possuam

criatividade e planejamentos convergentes com o cenário mundial.

É imprescindível que os gestores continuem a mudar sua visão diante

dos custos ambientais, identificando-os e incluindo-os claramente em sua

contabilidade, uma vez que, por meio destas informações, seguramente é

possível gerar ações que poderão resultar na definição de um diferencial

competitivo.

Contudo, apesar dos entraves enfrentados, comprovadamente, pode-

se se asseverar que a gestão ambiental está ganhando cada vez mais

importância, despertando nas empresas a idéia de que investir em qualidade

ambiental é um item considerado primordial por seus clientes. Qualquer

empresa que não apresente interesse nesse novo modelo de gestão que

valoriza os aspectos ambientais e sociais poderá arcar com uma verdadeira

autofagia em suas estruturas, comprometendo seu futuro com aumento dos

custos, lucros cada vez mais reduzidos, perda de market share e, até mesmo,

privação da liberdade ou extinção de atividades.

A ISO 14000 permite à empresa demonstrar que tem uma

preocupação com o Meio Ambiente. Apesar de ser Norma voluntária, o

mercado exige cada vez com maior rigor, sua utilização. A sua implantação

proporciona economia para as empresas, através da redução do desperdício e

do aproveitamento dos recursos naturais. A ISO 14000 dá ênfase ao

melhoramento contínuo, o que proporciona economia crescente à medida que

o sistema está em funcionamento.

29

2.3 Dificuldades na Implantação de Novos Sistemas de Gestão

Ambiental

As empresas têm enfrentado um ambiente repleto de mudanças e

complexidades que interferem profundamente no desempenho da produção.

Neste contexto, a resistência às mudanças tem sido entendida como a

principal causa de conflitos indesejáveis e prejudiciais à organização. Trata-se

de um fenômeno muito complexo causado por fatores variados que, se bem

gerenciado, pode ser minimizado com técnicas apropriadas.

Stephen Paul Robbins (2002),11 sinaliza que “as organizações bem-

sucedidas serão aquelas com tal grau de flexibilidade que sejam capazes de

mudar rapidamente para responder à concorrência”. É imperativo que se

estabeleça um processo contínuo e estruturado de mudança que aproveite as

ameaças e oportunidades do cenário no qual as empresas estejam inseridas,

aliadas às suas características internas, transformando-as em visões do futuro.

Isto reforça a questão de que seja qual for a mudança a ser realizada

na organização ou qual seja o novo sistema de gestão a ser implantado, seu

sucesso depende do comprometimento dos colaboradores e,

consequentemente, da forma como foram motivados para isto. Como fatores

determinantes do sucesso ou fracasso do processo de implantação de um

novo sistema pode-se citar as falhas na comunicação organizacional e as

distorções nas estruturas de poder.

Nesse sentido, a alta direção tem um papel fundamental para viabilizar

melhores condições relativas a estes elementos. Sem o seu compromisso e

envolvimento o programa não ganha credibilidade diante dos colaboradores,

que afetam diretamente o desempenho deste processo.

A implantação de sistemas de gestão ambiental exige o planejamento

de avaliações sistemáticas e treinamentos baseados nelas. O treinamento é

responsável pelo bom desempenho do capital intelectual das organizações e

pode ser a chave para amenizar resistências às mudanças.

Entretanto, algumas estratégias genéricas podem minimizar os efeitos

da resistência às mudanças. Lima et al. (2006) 12 apontam seis dessas

estratégias: educação e comunicação, participação e envolvimento, facilitação

30

e suporte, negociação e acordo, manipulação e cooperação e coerção explícita

e/ou implícita.

Para isso, a contribuição da área de gestão de pessoas é preciosa,

pois esta área pode se tornar uma parceira estratégica muito importante para

resolver ou minimizar estes problemas.

2.4 Vantagens Organizacionais Proporcionadas às Empresas

com a Adesão da ISO 14001

A implantação do SGA proporciona uma redução dos Riscos

Ambientais e promove benefícios para a empresa, para os clientes, para os

funcionários e para o Meio Ambiente. Entre estes benefícios pode-se fazer

referência a valorização da organização; acesso a novos mercados; menor

risco de sansões do poder público; confiabilidade na sustentabilidade do

produto; maior conscientização ambiental; racionalização no uso dos recursos;

diminuição e controle dos poluentes; harmonização das atividades com o meio

ambiente.

Considerando o conceito de Kotler et al (1994, p.133)13 sobre

vantagem competitiva: “formas pelas quais uma firma se distingue

favoravelmente ou distingue seus produtos aos olhos de seus fregueses”;

constata-se a mudança na perspectiva das organizações a partir do momento

em que a satisfação do cliente, a diferenciação dos produtos, a conquista de

novos mercados e a busca constante por inovação ganham um fortíssimo

aliado: o meio ambiente.

A globalização é uma realidade, e as conseqüências desse processo

afetam os procedimentos gerenciais do dia-a-dia. Competitividade torna-se,

mais do que nunca, o nome do jogo. Qualidade e produtividade são

preocupações correntes em todo o mundo, com as empresas lutando para

sobreviver em meio à concorrência feroz, onde o mercado está em constante

transformação.

O meio ambiente que antes era visto como uma fonte de recursos

primários e inesgotáveis passa para a posição de um importante stakeholder.

Pela definição de Stoner e Freeman (1999) stakeholders afetam ou são

31

afetados direta ou indiretamente, por uma organização que busca alcançar

seus objetivos. Dentre estes objetivos, podem ser mencionados a

sustentabilidade no longo prazo, enfocando aspectos sociais e ambientais, os

propósitos dos reguladores e da política pública, a satisfação dos

consumidores, as reivindicações dos trabalhadores e seus sindicatos, além da

obtenção do lucro do acionista.

Conforme enfatiza Cyro E. Vale (2002):

A norma ISO 14001 oferece, essencialmente, uma garantia de

reconhecimento de adequação ambiental da empresa pelos

diferentes fatores externos que interagem com a questão

ambiental: mercado de produtos e insumos, órgãos de

fiscalização, agências de financiamento, imprensa

especializada, comunidade e movimento ambientalista. Essa

garantia de reconhecimento é fundamental, considerando-se

que a empresa vai lançar-se em um processo contínuo de

mudança de cultura e de gestão a longo prazo. Esse

reconhecimento é válido internacionalmente, pois as referidas

normas resultam do consenso de diversos países-membros da

ISO quanto aos padrões de gestão ambiental (CYRO, 2002, p.

25). 14

A ameaça à sobrevivência humana em face da degradação dos

recursos naturais, a extinção das espécies da fauna e flora, o aquecimento da

temperatura devido à emissão de gases poluentes fizeram a questão ambiental

ocupar um lugar de destaque nos debates internacionais. Essa consciência da

importância do meio ambiente e de sua preservação advém da constatação de

que não haverá futuro para o homem sem que existam condições ambientais

adequadas à manutenção da vida.

A sociedade tem mudado sua maneira de perceber o papel das

empresas, ou seja, de parâmetros puramente econômicos, as organizações

passaram a ser cobradas pela sua postura sócio-ambiental.

Conforme sinaliza Moreira, (2001, p. 52), “a empresa que implanta um

Sistema de Gestão Ambiental adquire uma visão estratégica em relação ao

32

meio ambiente, deixa de agir em função dos riscos e passa a perceber

também as oportunidades”.

A adesão de uma empresa à ISO 14001 vai proporcionar, além de

condições de se inserir no mercado internacional, vantagens organizacionais,

redutoras de custos de operação, minimizadoras de acidentes e melhoria da

competitividade. Por outro lado, a inserção da empresa no mercado

internacional está intimamente condicionada tanto às crescentes exigências

dos clientes quanto a sua performance ambiental, como à discriminação

política e econômica contra os poluidores, sejam eles empresas, regiões ou

países. E para a sociedade, resulta na melhoria da qualidade de vida

decorrente da diminuição de impactos ambientais adversos.

Andréia Oliveira (2004) certifica que:

Do ponto de vista comercial, são harmonizadas as leis

internacionais, evitando barreiras comercias e não tarifárias.

Ela promoverá a melhoria ambiental através do atendimento a

regulamentos e a demonstração do comprometimento com o

gerenciamento ambiental (OLIVEIRA, 2004, p.18). 15

Dentro desse contexto, são vários os benefícios para a empresa e para

os clientes.

Em relação à empresa, podem-se destacar os seguintes benefícios:

• assegurar o cumprimento da legislação;

• estabelecer uma política ambiental para toda a empresa;

• reduzir os riscos referentes a acidentes ambientais;

• obter o reconhecimento do público e dos clientes a respeito do

esforço da empresa para preservar o meio ambiente;

• melhorar os métodos de gerenciamento;

• reduzir o desperdício de recursos naturais;

• reduzir os efluentes e o custo com o seu tratamento.

Já os benefícios possíveis, estendidos aos clientes, citam-se:

• confiança na qualidade do produto fornecido pela empresa;

33

• confiança de que a empresa dá prioridade aos aspectos

ambientais;

• menor risco de acidentes ambientais

�Lamprecht (1997) salienta que a série ISO 14.000 não impõe

diretrizes incondicionais para a atuação ambiental, mas tão somente um

compromisso (estabelecido na política ambiental da empresa) de seguir a

legislação e preceitos aplicáveis e de realizar melhorias contínuas.

Assim, como a ISO 9000, a ISO 14000 é uma norma de gerenciamento

e não de especificação. São Normas voluntárias que estão tendo um grande

impacto no mercado pela sua aceitação pelas empresas.

34

CAPÍTULO III INTEGRAÇÃO ENTRE OS SISTEMAS DE

GESTÃO COM A ISO 14001

3.1 Sistema de Gestão Integrado - SGI

Hoje em dia, para vencerem a crescente competitividade, as

empresas, estão utilizando estratégias de gestão que satisfazem as exigências

do consumidor e que identificam diferenciais competitivos. Neste ambiente,

verifica-se a preocupação, cada vez maior, das empresas, independente de

sua natureza, em desenvolver políticas organizacionais compatíveis à Gestão

da Qualidade, Meio Ambiente e à Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional.

Nesse sentido, no complexo ambiente deste novo milênio é reforçada

a idéia de que, para uma empresa atingir seus objetivos, é cogente implantar

sistemas que tenham por objetivo um desenvolvimento de métodos, uma maior

participação dos empregados e menor agressão possível ao meio ambiente.

O Sistema de Gestão Integrado (SGI) pode ser definido como sendo a

integração dos sistemas de gestão da Qualidade com o Meio Ambiente (ISO

9001), da Qualidade (ISO 14001) com a Segurança e Saúde no Trabalho

(OHSAS 18001). O SGI é uma interconexão de elementos ordenados de forma

a alcançar objetivos definidos. Estes elementos incluem a organização,

recursos e processos, adicionalmente as pessoas, equipamentos e cultura,

alocados sob uma política unificada e práticas documentadas de operação

comuns aos escopos da qualidade, meio ambiente e saúde e segurança. Este

Sistema de Gestão Integrado combina todos os elementos sistêmicos da

organização em um sistema único, integrado e funcional, identificando

oportunidades de melhorias, facilitando a tomada de decisões pela direção e

favorecendo sinergias dentre os processos através do uso racional de recursos

e pessoas.

De Cicco (2001a) 16 ressalta que, com o SGI, as questões relacionadas

ao meio ambiente e à segurança e saúde no trabalho ganharam finalmente a

devida importância.

35

Segundo este autor, é cada vez mais difícil e dispendioso manter três

sistemas separados (Qualidade, Meio Ambiente e SST), não importando o

porte da empresa. Ele acrescenta ainda que, está cada vez mais evidente que

não faz sentido ter procedimentos similares para os processos de

planejamento, treinamento, controle de documentos e dados, auditorias

internas, análise crítica, entre outros.

Observa-se que, com a integração tem-se a simplificação da

documentação, manuais, procedimentos operacionais, instruções de trabalho e

registros-, e o atendimento estruturado e sistematizado.

Este modelo considera tanto a abordagem de processo segunda a ISO

9001:2000, assim como, o modelo do PDCA, conforme a ISO 14001 e OHSAS

18001, utilizados para identificar os aspectos da qualidade, ambiental e

ocupacional conforme o modelo SIPOC (Supplier, Input, Process, Output,

Client).

Todas as entradas e saídas dos processos são consideradas aspectos

da qualidade, ambiental e ocupacional e os processos são mapeados e

redesenhados para atendimento aos requisitos específicos e regulamentares.

Posteriormente, todos os elementos normativos são aplicados a estes

aspectos objetivando o atendimento aos princípios contidos na política

integrada, ao atingimento dos objetivos e metas e a melhoria contínua.

36

Este modelo enxuto de integração de sistemas de gestão considera a

adição de novas práticas aos processos existentes ou redesenhados,

objetivando considerar de forma integrada, sempre que aplicável, os aspectos

de qualidade, ambiental e ocupacional.

As organizações têm muitas razões para dispender tempo e recursos

financeiros na implementação de sistemas de gestão como, por exemplo,

exigências dos clientes, visto que, algumas organizações possuem certificado

com o único objetivo de assegurar a fidelidade destes; enfrentar barreiras de

negociação, redução dos custos com companhia de seguro; valorizar a

imagem da empresa (pois demonstra “sensibilidade” desta com seus

empregados e com o meio ambiente) e, reduzir custos operacionais.

Muitas das organizações que passaram pelo processo de integração

apontam como benefícios: o aproveitamento das semelhanças entre os três,

sistemas mais simplificados, otimização dos recursos, melhora da performance

organizacional e uma estrutura estabilizada de melhoramento contínuo.

A PETROBRAS é um exemplo de mudança de gestão, de como

integrar os processos de uma empresa com mais de 36 mil funcionários, que

atua em 13 países e tem uma diversidade de negócios que abrange

praticamente todos os setores da economia. Só mesmo com um Sistema de

Gestão Integrado (SGI) altamente sofisticado é que a PETROBRAS está

obtendo êxito e se transformando em uma empresa modelo para o país,

principalmente se for considerado que até algum tempo atrás era acusada de

ser uma das empresas que mais causava danos ao meio ambiente.

Já existe um entendimento por parte da maioria das organizações que

integram segmento de petróleo e petroquímica de que não basta ganhar novos

mercados, é fundamental a busca do desenvolvimento sustentável que é

aquele “satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade

de as futuras gerações satisfazerem as suas próprias necessidades”. Esse

entendimento é derivado da certeza de que, no atual mundo globalizado onde

os mercados encontram-se cada vez mais competitivos, as empresas devem

buscar permanentemente a maximização dos resultados como forma a agregar

valor aos seus stakeholders.

37

3.2 A Qualidade aliada ao Meio Ambiente e a Saúde e

Segurança do Trabalhador

A qualidade, incorporada ao meio ambiente e a saúde e segurança dos

trabalhadores de uma organização são certificadas por intermédio das Normas

ISO 9001 e 14001 e OHSAS 18001, as quais desenham o caminho a serem

trilhados pelas partes interessadas na integração dos Sistemas de Gestão.

Efetivamente, é possível observar que um Sistema de Gestão

Integrado em uma empresa, seja ela de produção ou de serviços, proporciona

muitas vantagens, colocando-a em melhor condição para competir no mercado

globalizado da atualidade.

A ISO 14001 enfatiza a integração entre o Sistema de Gestão

Ambiental e o sistema global da empresa e traz em seu texto que as Normas

Internacionais de Gestão Ambiental têm por objetivo prover às organizações os

elementos de um sistema eficaz, passível de integração com outros requisitos,

de forma a auxiliá-las a alcançar seus objetivos ambientais e econômicos.

Esse sistema abrange uma vasta gama de questões, inclusive aquelas com

implicações estratégicas e competitivas.

O moderno conceito de qualidade visa o atendimento, como requisito

mínimo, às especificações dos clientes, ou seja, torna o cliente o centro de

todas as atenções e a volta do qual gravita o novo conceito. Contudo, para que

seja viável atender às especificações dos clientes e produzir com qualidade,

torna-se indispensável gerenciar os processos com qualidade.

A certificação ISO 9000 não significa necessariamente a plena

satisfação do cliente ao adquirir um produto ou serviço. Ela por si só, não

garante que, ao fazer uma compra de determinado produto ou serviço, o

mesmo atenda às necessidades esperadas e muito menos supere as

expectativas como prega a Qualidade Total.

Apesar disso, uma empresa certificada pelas Normas ISO possui um

grande diferencial em relação às demais, pois um consumidor que adquire um

produto ou serviço dessa empresa conhece o nível de qualidade oferecido e

38

tem assegurada a sua manutenção numa futura aquisição porque sabe que é o

resultado de um processo controlado.

No tocante a Série de Avaliação da Segurança e Saúde Ocupacional

(OHSAS), esta foi desenvolvida com a participação de 13 organizações de

reconhecimento internacional, no sentido de responder à demanda por uma

norma reconhecida, pela qual as organizações pudessem ser avaliadas e

certificadas.

A OHSAS18001 fornece os requisitos para um Sistema de Gestão da

Saúde e Segurança Ocupacional (SSO, acentuando uma abordagem pela

minimização dos riscos, reduzindo com sua implementação, os acidentes e

doenças do trabalho, a redução dos afastamentos, acidentes e situações

trabalhistas, conformidade com a legislação, disciplina na execução das

tarefas, melhor gerenciamento dos riscos associados à saúde e segurança,

maior vantagem competitiva e melhoria no desempenho geral da organização.

Pradez (2002) 17 ressalta uma vantagem que a OHSAS 18001 possui:

O grande trunfo da OHSAS 18001 está justamente na

oportunidade de vir a preencher uma lacuna vital no contexto

dos sistemas de gestão integrados. Os esforços para

implementação de um Sistema de Gestão de Segurança e

Saúde Ocupacional certamente serão recompensados pelo

potencial de sinergia a ser auferido em planejamento

estratégico, eficácia, consistência e robustez na busca pela

melhoria contínua global. Afinal, as pessoas são a essência de

qualquer organização. Com trabalhadores doentes não se vai

muito longe. Sem trabalhadores não se vai a lugar nenhum

(PRADEZ, 2002, p. 55).

Por ter sido desenvolvida para ser compatível com as normas de

gestão existentes, tanto a ISO 9000 de Qualidade, quanto com a 14001 de

Meio Ambiente, facilita a integração dos sistemas de gestão para as

organizações que assim o desejarem.

39

CONCLUSÃO

Atualmente, a grande preocupação das empresas é a inserção no

chamado mercado globalizado. Organizações de todos os tipos estão cada vez

mais preocupadas em atingir e demonstrar um desempenho ambiental correto,

controlando o impacto de suas atividades, produtos ou serviços no meio

ambiente, levando em consideração sua política e seus objetivos ambientais.

Esse comportamento se insere no contexto de uma legislação cada

vez mais exigente, do desenvolvimento de políticas econômicas, de outras

medidas destinadas a estimular a proteção ao meio ambiente e da crescente

preocupação das partes interessadas em relação às questões ambientais.

Gerenciar suas relações com o meio ambiente já não representa para

as empresas uma postura benevolente em resposta a modismo ou pressões

externas. Passa a ser mais uma atitude estratégica a ser assumida pelos

dirigentes empresarias, baseada na constatação de que os clientes,

colaboradores e comunidade, entre outros, estão e estarão cada vez mais

exigentes em relação a qualidade ambiental de seus processos produtivos.

Nos dias atuais, as empresas não são mais vistas somente como

instituição econômica. São analisadas também pela mudança no ambiente em

que operam, visto que, a população se preocupa com o caráter político-social

como proteção ao consumidor, controle de poluição, segurança, entre outros.

A sociedade tem ficado com certeza, mais atenta ao comportamento ético das

empresas.

As empresas, cuja atividade industrial é considerada de alto impacto

ambiental, constituem-se em crescente preocupação da sociedade e dos

órgãos reguladores ambientais, devido ao elevado grau de risco à saúde das

populações e de poluição ambiental.

O número de consumidores que demandam produtos e serviços

ambientalmente corretos está em constante crescimento. A empresa que

passa a preocupar-se não somente com as questões ambientais, mas também

com a qualidade e segurança e saúde ocupacional, assume a sua interferência

40

sobre o meio ambiente, contribuindo para uma melhor qualidade de vida para a

sociedade, e em particular, ao seu quadro de funcionários.

Nesse sentido, a resposta dada pelas empresas para controlar os

impactos causados no Planeta, encontra-se respaldada e uma Integração dos

Sistemas de Gestão.

Com o lançamento das normas internacionais ISO 9001 para Sistema

de Gestão de Qualidade (SGQ); ISO 14001 para Sistema de Gestão Ambiental

(SGA) e da OHSAS 18001, uma mudança organizacional ocorreu motivada

pela internacionalização ambiental e externalização de práticas que integram o

meio ambiente, a produção, a segurança e a saúde ocupacional.

Conclui-se então, que a adoção de práticas ambientalmente corretas

traz mais lucros que custos. Se as empresas levarem em consideração os

inúmeros benefícios que a gestão ambientalmente correta pode trazer não só

para as organizações, como melhoria de imagem, redução de desperdício,

maior competitividade e diminuição de multas pelo cumprimento da legislação

ambiental. Mas para a sociedade de modo geral, esses custos se tornam

benefícios, evidenciando-se que a preocupação ambiental é um investimento

rentável em longo prazo.

Desse modo, cada vez mais, as empresas inserem em suas filosofias

as complexas implicações que envolvem a tríade (economia, sociedade e meio

ambiente), arquitetando uma nova consciência sobre a sustentabilidade.

41

ANEXO

Anexo 1 >> 1 - Estrutura Operacional do CB38

42

ANEXO 1

Estrutura Operacional do CB38

Estrutura Operacional do CB38 A estrutura operacional do Comitê deverá espelhar a estrutura do ISO/TC207, visando facilitar contatos de mesmo nível e atribuição de responsabilidades, ajustadas às peculiaridades e necessidades de um Comitê implementado no Brasil e para assegurar a participação ampla de entidades ligadas ao seu objeto.

As principais atribuições e responsabilidades dos órgãos que constituirão o Comitê seguem o regimento interno da ABNT e podem ser sumarizadas como a seguir:

CONSELHO CONSULTIVO

O Conselho Consultivo será constituído de todos os colaboradores que suportam financeiramente o Comitê, que corresponderão a 70% das vagas do conselho. As restantes vagas serão distribuídas igualmente entre entidades convidadas pelos colaboradores e por sócios da ABNT, escolhidos dentre aqueles inscritos no Comitê. O Superintendente do Comitê assume também o cargo de Presidente do Conselho.

Suas principais atribuições serão o ordenamento estratégico das atividades do Comitê, o acompanhamento e controle dos resultados, bem como assegurar a maior participação das partes interessadas na condução dos trabalhos.

COMITÊ DE GESTÃO

O Comitê de Gestão é o órgão de gerenciamento das atividades do Comitê. Ele será composto pelo Superintendente do Comitê, pelos Coordenadores de Comissões de Estudo, três membros eleitos entre os participantes do Conselho Consultivo do ABNT/CB-38 (preferencialmente de participantes não representados nas Comissões de Estudo) e pelo Secretário Técnico. O mandato dos membros do Comitê de Gestão, à exceção do Secretário Técnico, é de dois anos, renováveis por mais dois anos. Suas principais atribuições serão:

• Programar e coordenar os trabalhos das Comissões de Estudo, Grupos de Trabalho, da Secretaria Técnica e Grupos de Trabalho Misto, com especial atenção à observância de estratégia, do planejamento e dos ritos processuais do ISO/TC 207/CASCO e da ABNT;

• consolidar as análises, avaliações e proposições das Comissões de Estudo, da Secretaria Técnica e Grupos de Trabalho, harmonizando-as e dirimindo eventuais conflitos sobre os vários segmentos econômicos representados, adotando esquema de trabalho que proporcione adequada participação brasileira no ISO/TC 207 e sincronismo na produção de normas;

• propor, consolidar e acompanhar os programas de divulgação e disseminação da Série ISO 14000;

• administrar as eventuais necessidades financeiras, responsabilizando-se pela solicitação de aportes e prestações de contas, de acordo com os procedimentos da ABNT.

COMISSÃO DE ESTUDO

A Comissão de Estudo é o órgão de gerenciamento das atividades dos Grupos de Trabalho e sua

43

coordenação será exercida por representante de colaboradores, indicado pelo Comitê de Gestão, após análise das candidaturas apresentadas e, preferencialmente, evitando adjudicação de mais de um a Coordenação ao mesmo colaborador. O mandato dos Coordenadores de Comissões de Estudo é de dois anos, renováveis por mais dois anos. Suas principais atribuições serão:

• Orientar, programar e coordenar os trabalhos dos Grupos de Trabalho, com especial atenção às diretrizes operacionais do Comitê de Gestão;

• analisar e aprovar as propostas de Itens de Trabalho apresentadas pelos Grupos de Trabalho e a programação de sua execução;

• analisar e aprovar as instruções de voto internacional e orientar na escolha dos delegados brasileiros à reuniões internacionais das Comissões de Estudo;

• analisar os textos das Normas Brasileiras e Normas Mercosul e COPANT correspondentes às Normas ISO 14000 e orientar os Grupos de trabalho quanto à preparação dos documentos para votação nacional e regional;

• participar do desenvolvimento dos programas de divulgação e disseminação dos temas relacionados ao escopo das Comissões de Estudo, conforme orientado pelo Comitê de Gestão.

GRUPOS DE TRABALHO

Os Grupos de Trabalho são os órgãos executivos das atividades normativas e atuam como células independentes. São compostas por representantes indicados pelas empresas e entidades que façam parte do Comitê. Suas principais atribuições são:

• proceder à análise das normas propostas pelos Grupos de Trabalho do ISO/TC207, avaliar os potenciais impactos sobre as atividades econômicas brasileiras, propor e defender alternativas aos textos em discussão e preparar as instruções de voto internacional, quando requeridas;

• manter-se em contato com instituições nacionais e estrangeiras afins, de forma a avaliar tendências e identificar potenciais aliados e opositores às proposições que vierem a ser formuladas ao ISO/TC207;

• elaborar e consolidar os textos referentes às Normas Brasileiras correspondentes às da Série 14000, objetivando coerência e fidelidade aos conceitos expressos nos documentos normativos e preparar os documentos técnicos necessários ao processo de votação nacional, quando requeridos;

• colaborar com os programas de divulgação e disseminação das normas e ferramentas, dentro escopo da Comissão de Estudo.

GRUPO DE APOIO TÉCNICO

O Grupo de Apoio Técnico será constituído por sócios da ABNT que venham manifestar interesse em participar do Comitê Brasileiro, oferecendo comentários e pareceres sobre tópicos relevantes das normas em elaboração e tendo participação preferencial nos seminários e "Workshops" a serem promovidos pelo Comitê.

SECRETARIA TÉCNICA

A Secretaria Técnica é o órgão de apoio para todas as atividades do Comitê, com as seguintes atribuições principais:

• Dar apoio gerencial e administrativo aos trabalhos Comitê de Gestão, Comissões de Estudo e Grupos de Trabalho;

• gerir administrativamente os Programas de Trabalho das Comissões de Estudo e Grupos de Trabalho;

• suprir a documentação gerada pelo ISO/TC207, ISO/CASCO, CMN e COPANT e outros, às Comissões de Estudo e Grupos de Trabalho, bem como administrar a documentação técnica emitida pelos mesmos;

• acompanhar e coordenar o desenvolvimento do Plano de Trabalho de cada Subcomitê e Comissões de Estudo, relatando seu progresso;

• gerir o Programa de Divulgação da Série ISO 14000 e das atividades do Comitê, como definido pelo Comitê de Gestão;

• A Secretaria Técnica é constituída pelo Secretário Técnico e um grupo de apoio administrativo definido pelo Comitê de Gestão.

44

BIBLIOGRAFICA CONSULTADA

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Gestão Ambiental ABNT/CB-38). Disponível em:

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BIBLIOGRAFICA CITADA

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2 - VALLE, Cyro Eyer do. Qualidade ambiental: o desafio de ser competitivo

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3 - HARRINGTON, H. JAMES & KNIGHT, ALAN. A Implementação da ISO 14000: como atualizar o SGA com eficácia. Tradução de Fernanda Góes Barroso, Jerusa Gonçalves de Araújo; revisão técnica Luis César G. de Araujo. São Paulo: Atlas, 2001, p. 28.

4 - REIS, Maurício. ISO 14000. Gerenciamento ambiental: um novo desafio para a sua competitividade. Rio de Janeiro. Qualitymark Editora Ldta. 1996, p. 33.

5 - HUI, I.K.; ALAN, H.S.; CHAN, K.F. PUU. A study of the Environmental Manegement System implementation practices. Journal of Cleaner Production, nº. 9, p. 269-276, 2001 In LELIS, Renata da Silva e SEIFFERT, Mari Elizabete Bernardini . Contribuições para o Aprimoramento da Metodologia de Avaliação de Impactos Ambientais no Escopo de SGAs ISO 14001, para Empresas de Pequeno e Médio Porte. XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável. Brasil, Rio de Janeiro, 13 a 16 de outubro de 2008.

6 - SEIFFERT, M.E.B. ISO 14001: Sistemas de Gestão Ambiental. Implantação objetiva e econômica. 3. ed, São Paulo: Atlas, 2007, p. 28.

7 - CERQUEIRA, J. P. Sistemas de Gestão Integrados: ISO 9001, ISO 14001OHSAS 18001, SA 8000, NBR 16001 - Conceitos e Aplicações. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2006, p. 65.

8 - TINOCO, João E. P.; KRAEMER, Maria E. P. Contabilidade e gestão ambiental. São Paulo: Atlas, 2006, p. 48.

9 - DANSK STANDARD. Environmental management system - requirements with guidance for use. DS/EM ISO 9001. In: JORGENSEN, T. H.; REMMEN, A.; MELLADO, M. D. Integrated management systems - three different levels of integration. In POMBO, Felipe Ramalho e MAGRINI, Alessandra. Panorama de

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10 - BROUWER, M. A. C.; KOPPEN, C. S. A. The soul of the machine: continual improvement in ISO 14001. Journal of Cleaner Production, Amsterdam, v. 16, n. 4, p. 450-457, 2007 In POMBO, Felipe Ramalho e MAGRINI, Alessandra. Panorama de aplicação da norma ISO 14001 no Brasil. Gest. Prod. [online]. 2008, vol.15, n.1, pp. 1-10. ISSN 0104-530X. doi: 10.1590/S0104-530X2008000100002. Acesso em: 15.02.2011.

11 - ROBBINS, Stephen Paul. Comportamento Organizacional. São Paulo: Prentice Hall, 2002, p. 38.

12 - LIMA, Marcelo S., PIMENTEL, Thiago D, CARRIERI, Alexandre P. Resistência à mudança gerada pela implementação de sistemas de gestão integrada (ERP): um estudo de caso. Anais do IX Simpósio de Administração da Produção, Logística e Operações Internacionais – FGV – EAESP, 2006. Disponível em: <www.simpoi.fgvsp.br> Acesso em: 11 jan 2011.

13 - KOTLER, P.; HAIDER, D. H. & REIN, I. Marketing Público, São Paulo: Makron Books, 1994.

14 - VALLE, Cyro E. Qualidade Ambiental: ISO 14000. 4. ed. Ver. e ampl. – São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2002.

15 - OLIVEIRA, Andréia. “SGA - Sistema de Gestão Ambiental”. Trabalho de Graduação (Disciplina de Engenharia Ambiental. Universidade Tuiuti. Paraná: Curitiba, 2004.

16 - DE CICCO, F. Sistemas integrados de gestão: agregando valor aos sistemas ISO9000, (2001a). Disponível em <http://www.qsp.com.br/artigo> Impresso em 16 maio 2009.

PRADEZ, Pedro Augusto Junqueira. A inserção da Norma OHSAS 18001 no contexto dos sistemas integrados. Revista meio Ambiente Industrial. São Paulo, maio/ junho 2002, p. 40-43.

48

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

SÉRIE ISO 14000: INSTRUMENTO DE COMPETITIVIDADE ENTRE AS

EMPRESAS

1.1 - A International Organization for Standartization (ISO) 10

1.2 - A Família de Normas NBR ISO 14000 12

1.3 - A NBR ISO 14001 16

1.4 - Certificação ISO 14001 - Gestão Ambiental 20

CAPÍTULO II

A VARIÁVEL AMBIENTAL COMO IMPORTANTE DIFERENCIAL

COMPETITIVO

2.1 - A Difícil Relação entre Preservação Ambiental e Produção Industrial 25

2.2 - Implementação do Sistema de Gestão Ambiental ISO 14000 27

2.3 - Dificuldades na Implantação de Novos Sistemas de Gestão Ambiental 29

2.4 - Vantagens Organizacionais Proporcionadas às Empresas com a Adesão

da ISO 14001 30

CAPÍTULO III

INTEGRAÇÃO ENTRE OS SISTEMAS DE GESTÃO COM A ISO 14001

3.1 Sistema de Gestão Integrado – SGI 34

49

3.2 – A Qualidade aliada ao Meio Ambiente e a Saúde e Segurança

do Trabalhador 37

CONCLUSÃO 39

ANEXOS 41

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42

BIBLIOGRAFIA CITADA 46

ÍNDICE 48