55
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTREGADA RECICLAGEM DE PAPEL Por: Camille Paiva Mendonça Lima Orientadora Prof. Edla Trocoli Niterói 2014 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · de papel gera renda para milhares de pessoas no Brasil que atuam, ... os materiais usados para registrar informações foram

Embed Size (px)

Citation preview

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTREGADA

RECICLAGEM DE PAPEL

Por: Camille Paiva Mendonça Lima

Orientadora Prof. Edla Trocoli

Niterói 2014

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTREGADA

RECICLAGEM DE PAPEL

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção

do grau de especialista em gestão ambiental.

Por: Camille Paiva Mendonça Lima.

AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, a Deus por estar sempre ao

meu lado, guiando meus caminhos e me abençoando.

Aos meus pais, Angela e Jorge, por terem acreditado em

mim, me apoiado em todos os momentos e me dado a

oportunidade de realizar mais um sonho. Sem eles, eu

nunca chegaria até aqui. Eles são minha vida! Obrigada

por existirem!

Aos meus avós, Antonio, Elizabeth, Marilda e ao meu

irmão Bruno que sempre apostaram no meu talento e me

deram forças para continuar lutando pela minha

realização pessoal e profissional.

A amiga Juliany, que sempre esteve comigo e que, com

certeza, levarei para toda a vida.

A Profª Edla Tricolo, pela ajuda para a conclusão deste

trabalho.

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao meu padrinho Paulo Roberto

(in memorian), que sempre confiou e acreditou em mim

e que, de onde estiver, sei que está feliz,realizado com

minha conquista. Ele estará sempre no meu coração.

RESUMO

O objetivo principal deste trabalho é que as pessoas se

conscientizem que a reciclagem de papel tem muita importância tanto pro meio

ambiental, social, econômico entre outros e é de suma importância saber que

podemos utilizar a reciclagem de papel para evitar vários problemas em nossa

cidade como o fato de entupimentos de bueiros nas ruas, em rios, isso tudo é

imprudência da sociedade que descarta o material incorretamente.

Se uma simples medida como reciclagem fosse adotada todo

esse transtorno e sofrimentos seriam evitados, assim essa pesquisa aborda

como nosso consumo e descarte de dejetos precisam e tem soluções positivas

no impacto ambiental.

Metodologia

Este trabalho foi desenvolvido através de pesquisas em livros,

jornais, revistas, internet, entre outros veículos de informação relacionados ao

assunto em questão.

SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - A ORIGEM DO PAPEL 10 CAPÍTULO II – RECICLAGEM 18 CAPÍTULO III - RECICLAGEM DO PAPEL 28 CAPÍTUO IV - VANTAGEM DO PAPEL RECICLADO 35 CONCLUSÃO 41 ANEXOS 42 BIBLIOGRAFIA 51 ÌNDICE 55

8

Introdução

A palavra papel é originária do latim "papyrus", nome dado a um

vegetal da família "Cepareas" (Cyperua papyrus). A medula dos seus caules

era empregada, pelos egípcios, há 2.400 anos antes de Cristo. Entretanto

foram os chineses os primeiros a fabricarem o papel como o atual.

Por volta do século VI A.C., os chineses começaram a produzir um

papel de seda branco próprio para pintura e para escrita. O papel produzido

após a proclamação da invenção diferenciava-se desse unicamente pela

matéria prima utilizada.

A primeira fábrica de papel no Brasil, entre 1809 e 1810, no Andaraí

Pequeno (Rio de Janeiro), foi construída por Henrique Nunes Cardoso e

Joaquim José da Silva, industriais portugueses transferidos para o Brasil. Deve

ter começado a funcionar entre 181O e 1811 e pretendia trabalhar com fibra

vegetal. Outra fábrica aparece no Rio de Janeiro, montada por André Gaillard

em 1837, e, logo em seguida em 1841, tem início a de Zeferino Ferraz,

instalada na freguesia do Engenho Velho.

O papel é um dos produtos mais utilizados nas tarefas do cotidiano.

Quando não está sendo mais utilizado, pode passar por um processo de

reciclagem que garante seu reaproveitamento na produção do papel reciclado.

Este tem praticamente todas as características do papel comum, porém, sua

cor pode variar de acordo com o papel utilizado no processo de reciclagem.

A reciclagem do papel é de extrema importância para o meio

ambiente. Como sabemos, o papel é produzido através da celulose de

determinados tipos de árvores. Quando reciclamos o papel ou compramos

papel reciclado estamos contribuindo com o meio ambiente, pois árvores

deixaram de ser cortadas. Não podemos esquecer também que a reciclagem

de papel gera renda para milhares de pessoas no Brasil que atuam,

principalmente, em cooperativas de catadores e recicladores de papel.

9

Em ambos os casos há um prejuízo ambiental para mitigar os danos

causados à natureza na produção de papel. Hoje em dia, os ambientalistas

tendem a conscientizar as comunidades para a reciclagem do papel.

Uma das alternativas da economia da natureza na produção de papel

é a coleta para reciclagem desta matéria-prima, utilizada nas listas telefônicas.

Tal reciclagem pode ser efetuada não só usando-se as listas

telefônicas, rebarbas usadas geradas durante os processos de fabricação

destes materiais, ou de sua conversão em artefatos, ou ainda geradas em

gráficas; artefatos destes materiais pré ou pós-consumo.

O material gerado para fabricação do papel com pré ou pós-consumo

é transformado em uma pasta celulósica com o material coletado para este fim,

através da coleta seletiva.

O objetivo principal desse trabalho é ressaltar a importância e as

vantagens da reciclagem, visando à proteção do meio ambiente e à redução do

desperdício.

Espera-se como resultado final dessa pesquisa que as pessoas se

conscientizem de que a reciclagem é de extrema importância para o meio

ambiente, refletindo numa maior qualidade de vida para os seres humanos.

10

CAPÍTULO I - A origem do papel

O nome PAPEL deriva da palavra PAPYRUS. Vem do latim e se

refere a palavra papiro, uma planta que cresce nas margens do rio Nilo no

Egito, da qual se extraia fibras para a fabricação de cordas, barcos e as folhas

feitas de papiro para a escrita.

Planta de Papiro (Cyperus Papyrus)

Fragmento de papiro com manuscrito de Platão

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Papiro http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Plato-Alcibiades.jpg

Na pré-história, alguns grupos usavam formas curiosas para

escrever, como por exemplo, na Índia eles usavam folhas de palmeiras, na

China, os livros eram feitos com cascos de tartaruga e conchas, depois em

bambu e seda. Em outros povos, era comum o uso da pedra, barro e até

mesmo casca de árvores.

A escrita independente surgiu no Egito, na Mesopotâmia e na China.

A partir desse momento, os materiais usados para registrar informações foram

11

sendo cada vez mais aperfeiçoados, atingindo hoje o seu auge, com a

utilização de espécies florestais de rápido crescimento e que são capazes de

produzir papel de boa qualidade. Os equipamentos primitivos tais como, os

moinhos para os trapos, produziam apenas uma pasta mecânica de baixa

qualidade.

Em meados do século XIX, o papel começou a ser fabricado, tendo

como principal matéria-prima, a madeira. A partir dos anos 60 a espécie

eucalipto tornou-se amplamente utilizada como a principal fonte de fibra para a

fabricação do papel (PIERRE NOE, 2014).

Durante todo esse século, os técnicos e engenheiros florestais

aprenderam a manejar espécies cujos ciclos de crescimento são bastante

longos. O Eucalipto brasileiro é entre todas as espécies o que tem menor ciclo

de crescimento (somente sete anos), o que acarreta elevada produtividade

florestal e permite redução de investimentos e custos de produção da madeira.

Dessa forma, as práticas de manejo florestal implicaram na sustentabilidade do

fornecimento de matéria-prima e o Eucalipto pode ser considerado a grande

conquista na busca do controle total da matéria-prima. (BRACELPA, 2014)

Por volta do séc. XVII e até meados do séc. XIX, começaram a

utilizar a fabricação mecânica do papel. A principal matéria prima utilizada era o

panos. Quando o panos começou a ficar escasso, devido a grande demanda

do uso pelos procedimentos mais rápidos, apareceu a utilização da polpa de

madeira.

Com a invenção da "imprensa", permitindo a impressão por linotipos

em papel, a propagação das informações passou a ser muito mais rápida e

acessível a todas as pessoas, e a Revolução Industrial contribuiu para

estimular essas mudanças; hoje o papel talvez seja o produto mais utilizado e

corriqueiro.

De acordo com alguns historiadores, a invenção do papel se deu na

China, 105 anos d.C., por T’sai Lun. Ele fez uma mistura com casca de

amoreira, cânhamo, restos de roupas e outros produtos que contivessem fonte

12

de fibras vegetais. Bateu a massa até formar uma pasta, peneirou-a e obteve

uma fina camada. Esta foi colocada para secar no sol. Depois de seca, a folha

de papel estava pronta. A técnica, no entanto, foi guardada a sete chaves, pois

o comércio de papel era bastante lucrativo na época. Somente 500 anos

depois, os japoneses conheceram o papel, graças aos monges budistas

coreanos que lá estiveram.

No ano de 751 d.C, os chineses tentaram conquistar uma cidade

dominada pelos árabes e foram derrotados. Com isso, os árabes capturaram

alguns artesãos chineses e o segredo da fabricação de papel foi revelado.

Tempos depois, os mouros invadiram a Espanha e deixaram uma forte

influência cultural e tecnológica. Foi assim, que os espanhóis conheceram

também a técnica de dobrar papéis que ficou conhecida como papiroflexia. O

processo básico de fabricação de papel criado por T’sai Lun foi sendo

sofisticado e possibilitou uma imensa diversidade de papéis quanto à texturas,

cores, maleabilidade, resistência, etc.

1.1- A História do Papel no Brasil

O primeiro papel que chegou ao Brasil foi a carta de Pero Vaz de

Caminha, escrita logo após o descobrimento. Porém, a primeira produção

nacional que se tem conhecimento, foi um documento escrito em 1809, pelo

Frei José Mariano da Conceição Velozo para o Ministro do Príncipe Regente D.

João, Conde de Linhares. Neste, ele dizia: “... lhe remeto uma amostra do

papel, bem que não alvejado, feito em primeira experiência, da nossa embira. A

segunda, que já está em obra, se dará alvo, e em conclusão pode V. Excia.

Contar com esta fábrica.” Este documento, do qual foi retirado este texto,

encontra-se no Museu Imperial.

Em 1809, teve início a construção da primeira fábrica de papel no

Brasil. Esta se localizava no Rio de Janeiro, construída por Henrique Nunes

Cardoso e Joaquim José da Silva, ambos industriais portugueses. Trabalhava

com fibra vegetal e iniciou seu funcionamento entre os anos de 1810 e 1811.

13

Outra fábrica que aparece no Rio de Janeiro, foi montada por André

Gaillard em 1837. Em 1841, tem início a fábrica de Zeferino Ferraz, instalada

na freguesia do Engenho Velho. Já em 1852, construída pelo Barão de

Capanema, nas proximidades de Petrópolis, a Fábrica de Orianda, produziu um

papel de ótima qualidade para os padrões da época, até a sua falência, em

1874. Em 1889, devido ao grande desenvolvimento industrial a partir da

chegada dos imigrantes europeus na então Província de São Paulo, a empresa

Melchert & Cia deu início a construção da Fábrica de Papel de Salto. Esta

funciona até os dias atuais, devidamente modernizada e produz papéis

especiais, sendo uma das poucas fábricas no mundo a produzir papel para a

produção de dinheiro.

Durante a Segunda Guerra Mundial, surgiu um grande problema: o

Brasil não podia contar com as importações da celulose que vinham todas do

exterior. Esse fato acabou por dar um novo impulso à fabricação nacional, que

foi obrigada a procurar alternativas para substituir a celulose.

Hoje em dia, praticamente qualquer árvore pode servir como

matéria-prima, mas as mais utilizadas são o vidoeiro, a faia, o choupo preto, o

bordo e, principalmente, o eucalipto. Entretanto, dentre todas as espécies de

árvores utilizadas no mundo para a produção de celulose, o eucalipto brasileiro

é a que tem o menor ciclo de crescimento - somente sete anos (Adriana

Jardim, 2014).

1.2 – A História do Papel no Egito

Os egípcios, que abasteciam o mundo com o papiro, tinham em sua

fabricação grande fonte de renda. Os romanos davam muito valor ao papiro,

tanto que o chamava de papel augusto. O papiro era considerado importante

instrumento de escrita naquela época, como hoje são os aparelhos de

comunicação.

Muito da História do Egito nos foi transmitido pelos rolos de papiro

encontrados nos túmulos dos nobres e faraós. Foram os egípcios que, por volta

14

de 2200 antes de Cristo, inventaram o papiro, espécie de pergaminho e

antepassado do papel.

Papiro é uma planta aquática existente no delta do Nilo. Seu talo em

forma piramidal chega a ter de 5 a 6 metros de comprimento. Era considerada

sagrada porque sua flor, formada por finas hastes verdes, lembra os raios do

Sol, divindade máxima desse povo. O miolo do talo era transformado em

papiros e a casca, bem resistente depois de seca, utilizada na confecção de

cestos,camas.

Para se fazer o papiro, corta-se o miolo do talo - que é

esbranquiçado e poroso - em finas lâminas. Depois de secas em um pano, são

mergulhadas em água com vinagre onde permanecem por seis dias para

eliminar o açúcar. Novamente secas, as lâminas são dispostas em fileiras

horizontais e verticais, umas sobre as outras. Esse material é colocado entre

dois pedaços de tecido de algodão e vai para uma prensa por seis dias. Com o

peso, as finas lâminas se misturam e formam um pedaço de papel amarelado,

pronto para ser usado (Nova Era, 2003).

1.3 - A História do Papel na China

O papel teve a sua origem na China, sendo várias as matérias-

primas utilizadas no seu fabrico — o bambu, o linho e a palha. No século II,

a China começou a produzir papel para escrita com fibras de cânhamo ou

de casca de árvore.

Segundo os registros da "História do Período Posterior da

Dinastia Han" do século V, o marquês TSai Lun (?-125) dos Han do Este

(25-220 n.E.) produziu papel a partir de 105 n.E. com casca de árvore,

extremidades de cânhamo, farrapos de algodão e redes de pesca

rasgadas. O uso do papel vulgarizou-se a partir de então (Tipografia,

2014).

15

1.4 A História do Papel no Japão

Hoje, como antigamente, fazer papel a mão, no Japão, é

frequentemente realizado como uma fonte de renda fora da estação pelos

pequenos fazendeiros que vivem em aldeias nas montanhas, onde há pouca

terra para cultivo de arroz, mas uma abundância de boa água limpa nos

riachos.

Quando o fim do ano chega e a colheita do arroz acaba, esses

fazendeiros invariavelmente se ocupam com a feitura de papel.

Em um certo sentido, o trabalho é hereditário, sendo desempenhado

em uma pequena escala, em casa, pelos membros capazes de cada família.

Os métodos empregados são muito antigos e têm sido passados através de

gerações sucessivas com pequenas mudanças. A estação para fazer papel

difere de acordo com as localidades nas quais ele é feito. Ela geralmente

começa no fim de Novembro ou início de Dezembro e termina em Abril ou Maio

do ano seguinte.

Nesta época do ano os fazendeiros que fazem papel como trabalho

paralelo encontram-se muito ocupados, pois eles têm muito o que fazer no

transplante de mudas de arroz e na criação de bicho-da-seda.

Seja feito a mão ou a máquina muitos papéis japoneses usam fibras

vegetais como matéria-prima. Entre essas fibras o gampi, kozo e mitsumata

constituem o trio principal de materiais. Papel de gampi é considerado nobre; o

de kozo, forte; e o de mitsumata, delicado. Para fazer papel japonês é comum

usar um material muscilaginoso vegetal que é comburente chamado neri.

Há vários tipos de neri, o mais comum é o tororo, uma substância

proveniente das raízes do crescimento do primeiro ano da planta tororo, que é

um tipo de malvácea. A função do tororo é fazer com que as fibras flutuem

uniformemente na água. Outra função é retardar a velocidade de drenagem

resultando assim uma folha de papel melhor formada (Nota Positiva, 2014).

16

1.5 - A História do Papel na Espanha

A fabricação estendeu-se logo às costas do norte da África,

chegando até a Europa pela península Ibérica, onde por volta do ano 1150 os

árabes a implantaram em Xativa (Espanha).

Os fabricantes de Játiva produziam papel de algodão no século XI.

O material, de frágil consistência, a julgar pelas toscas mostras de épocas

posteriores que se conservaram, revelam uma elaboração obtida com

escassos elementos à base de algodão cru. Além de Játiva, outra cidade

espanhola a dominar a produção do papel foi Toledo, onde era fabricado o

papel chamado "toledano".

Os próprios árabes chegaram a importar o papel fabricado na

Espanha nos séculos IX e X, mas o uso generalizado do papel espanhol só

aconteceu no século XIII. Há registros, ainda que controversos, da produção de

papel em Valencia, Gerona e Manresa, no período. No século XIV, a indústria

se estende às regiões de Aragão e Catalunha, embora ainda fosse muito

utilizado o pergaminho de pele (Raquel Regiz Barreto, 2014).

1.6- A História do Papel em outros países da Europa

Na Alemanha, remonta ao fim do século XII as primeiras iniciativas

na produção do papel. As cidades pioneiras foram Kaufheuren, em 1312;

Nuremberg, em 1319 e Augsburgo, em 1320. Seguem-se Munich, Leesdorf e

Basiléia, que também implantam no mesmo século as suas fábricas,

geralmente em decorrência da demanda proporcionada pelas tipografias

ligadas à Igreja e às Universidades. Na França, onde já se fabricava papel

artesanalmente desde o ano de 1248, o primeiro moinho surge na cidade de

Troyes, em 1350. Na Inglaterra, o papel só começa a ser produzido

industrialmente em 1460, na cidade de Steuenage e quase um século depois

(1558), em Dartford.

17

Na Itália já se fabricava papel desde o ano de 1200, em Fabriano,

onde fora introduzido por Pace. Há ainda quem afirme que o primeiro fabricante

seria Bernardo de Praga, enquanto outros sustentam que a primazia caberia ao

mestre Polese, a quem se atribui, também, a inovação da substituição do

algodão pela pasta de linho. As cidades italianas, que importavam o papel no

século XIII, passaram a ser abastecidas, já no século XIV, pelos papeleiros de

Fabriano, Pádia e Caller, onde a indústria estava bastante desenvolvida. Antes

de 1500 já se contavam indústrias em Sabóia, Lombardo, Tosca e Roma.

Até o final do século XVIII, a fabricação do papel era totalmente

artesanal. Os moinhos de papel eram oficinas primitivas, e as folhas de papel

eram feitas uma a uma, em quantidades bastante reduzidas. A indústria surge

apenas quando é possível mecanizar o processo.

O fato que deu o grande impulso à fabricação do papel foi, sem

dúvida, a invenção da imprensa e logo a Reforma, com o grande ressurgimento

intelectual que desenvolveu-se em todo o período do Renascimento. A este

fator seguiu-se, depois, a máquina de fabricar papel contínuo. Um operário

francês Louis Robert obteve, em 1799, patente para uma máquina agitadora

quem em 1800 foi vendida para Didot, o diretor da fábrica de Saint-Leger. Juan

Gamble a patente para a Inglaterra e a explorou em sociedade com Fourdrinier

e Donkin, aperfeiçoando-se muito a máquina (Raquel Regiz Barreto, 2014).

18

CAPÍTULO II- Reciclagem

Quando falamos na palavra reciclagem difundiu-se nos media a

partir do final da década de 1980, quando foi constatado que as fontes de

petróleo e de outras matérias-primas não renováveis estavam se esgotando

rapidamente, e que havia falta de espaço para a disposição de lixo e de outros

dejetos na natureza. A expressão vem do inglês recycle (re= repetir, e cycle =

ciclo) (AMBIENTE BRASIL,2014).

Reciclagem é todo processo de reaproveitamento de metais,

plásticos, papéis, vidros ou qualquer outro material, orgânico ou inorgânico

recuperando-o ou retransformando-o para aproveitamento ou novo uso. O

processo pode ser industrial ou artesanal. Caso não sejam reaproveitados,

esses materiais, normalmente tratados como lixo ou dejetos, tendem a causar

sérios problemas ambientais.

A reciclagem é o reaproveitamento dos resíduos como matéria-prima

para um novo produto, ou, de uma outra forma, como está escrito acima, ’’ é o

reprocessamento dos materiais em novos produtos. Assim, existe uma leve

diferença em reciclar e reutilizar. Quando material é retransformado para

aproveitamento ou novo uso seria reutilizar (SANTA CECÍLIA,2014).

O conceito de reciclagem diz respeito ao processo de transformação

dos resíduos sólidos que envolvem a alteração de suas propriedades físicas,

físico-químicas ou biológicas com vistas à transformação em insumos ou novos

produtos. É importante diferenciar o conceito de reciclagem do de reutilização.

O reaproveitamento ou reutilização consiste em transformar um

determinado material já beneficiado em um outro produto. Um exemplo claro da

diferença entre os dois conceitos, é o reaproveitamento do papel (UFSC,2014).

19

Reciclar significa repetir um ciclo. E para compreendermos a

importância da reciclagem, temos de transformar o conceito de lixo. Cerca de

35% dos materiais do lixo coletado poderiam ser reciclados ou reutilizados e

outros 35% poderiam virar adubo orgânico (CAPITAL RECICLÁVEIS,2014).

2.1- Lixo

Lixo é tudo aquilo que já não tem utilidade e é jogado fora. É

qualquer material sólido originado em trabalhos domésticos e industriais, e que

é eliminado.

Muitos dos resíduos que vão para o lixo podem ser reutilizados

através de um processo denominado reciclagem. No processo de reciclagem, o

lixo orgânico e inorgânico é reaproveitado, contribuindo para a redução da

poluição do meio ambiente.

Para a prevenção do meio ambiente, o lixo deve ser considerado

como uma questão de toda a sociedade e não um problema individual

(SIGNIFICADOS,2014).

No Brasil, uma pessoa produz em média 1 kg de lixo por dia. A cada 24

horas o Brasil produz 240 mil toneladas de lixo. No Japão, por exemplo, é o dobro

por pessoa: 2 kg diariamente.

São Paulo é a cidade que mais produz lixo: são 50 mil toneladas por dia

e cada paulistano produz 1,4 kg. Mas é Brasília que lidera a lista da produção de

lixo per capita entre as grandes cidades: cada morador da capital brasileira produz

mais de 1,5 kg diariamente. Os moradores de Santa Catarina são os que menos

produzem, gerando apenas 800 gramas por dia.

Para resolver esse problema, a reciclagem é uma boa ferramenta para

combater os grandes acúmulos de lixo em cidades com muitos habitantes e para

reciclar é preciso separar os tipos de lixo adotando um sistema chamado coleta

seletiva de lixo (GLOBO,2014).

20

2.1.1- Tipos de Lixo

Papel

Coleta seletiva

Podem ser descartados para reciclagem: papéis de escritório, papelão,

todos os tipos de caixa, jornais, revistas, livros, cartolinas, embalagens longa vida e

coisas desse tipo.

Lixo Comum

Alguns tipos de papel não podem ser reciclados devido ao seu uso

original. São exemplos disso: papel carbono, papel higiênico, papéis encerados,

lenços de papel ou etiquetas adesivas.

Vidro

Coleta Seletiva

Os vidros são os materiais mais difíceis de descartar, pois há a

possibilidade de ferir quem irá realizar o trabalho de recolhimento. Por este motivo,

é recomendado enrolar as peças de vidro em papel (pode ser jornal) para proteger

os catadores.

São exemplos de materiais de vidro que podem ser descartados:

garrafas de bebida, frascos em geral e copos.

Lixo Comum

Alguns tipos de vidro não podem ser descartados também devido a sua

composição química, exemplos comuns destes materiais são: espelhos, cristais,

vidros de janelas e vidros de automóveis.

21

Plástico

Coleta Seletiva

Os plásticos representam uma grande variedade de materiais que

podem ser reciclados, como por exemplo: sacolas, CDs, disquetes, garrafas PET

(garrafas de refrigerante), canos e tubos de plástico.

Lixo Comum

Contudo, algumas embalagens ainda não servem para a reciclagem,

entre elas podemos citar: embalagens metalizadas (como as de salgadinhos) e os

plásticos termofixos (que aparecem em eletrônicos como computadores e

telefones).

Metais

Coleta Seletiva

Os metais representam a maior parte do que pode ser reciclado,

principalmente pelas latinhas de alumínio. O Brasil é o maior reciclador de latinhas

de alumínio do mundo. Além de latinhas, outros tipos de metais podem ser

reaproveitados, como: tampas de embalagens, folhas-de-flandres e latas de

produtos alimentícios.

Lixo Comum

No lixo comum, vão outros tipos de metais como: clipes, grampos,

tachinhas, esponjas de aço e até mesmo carros (BEEHIVE,2014).

2.1.2 – Destino do lixo

Os aterros sanitários este é o sistema de tratamento de lixo mais

usado no Brasil atualmente. Nestes locais, o solo é preparado

(impermeabilizado) para receber o lixo orgânico. Este é colocado em camadas

intercaladas com terra, evitando assim o mau cheiro, contaminação e a

22

proliferação de insetos e ratos. O processo de decomposição do material

orgânico é feito por bactérias anaeróbicas. Como resultado deste processo,

ocorre à geração do gás metano, que pode ser descartado (queimado) por

saídas específicas ou utilizado na geração de energia elétrica (sistema mais

adequado) (MAHLER,2014).

2.2 – Coleta Seletiva

É a separação dos materiais que podem ser reciclados, na sua fonte

geradora.

Existem algumas formas de coletas de materiais recicláveis.

O primeiro exemplo é o sistema de porta a porta onde os caminhões do serviço

de limpeza passam recolhendo os materiais separados, como na coleta de lixo

comum, mas em dias específicos.

O segundo exemplo é através da entrega voluntária (PEV) em postos de coleta

distribuídos pela cidade nas escolas, praça, supermercados, etc., onde a

população entrega os materiais separados nos respectivos coletores.

Hoje existem, também, empresas especializadas que retiram os materiais

selecionados e encaminham para as usinas de reciclagens mediante contratos

ou solicitações. Este método é mais adequado às empresas onde o volume de

material é maior (IAP,2014).

2.2.1 – Principais tipos de coleta

Porta a Porta

Os veículos coletores percorrem as residências em dias e horários

específicos que não coincidam com a coleta normal. Os moradores colocam os

recicláveis nas calçadas, acondicionados em contêineres distintos;

23

PEV (Postos de Entregas Voluntárias)

Utiliza normalmente contêineres ou pequenos depósitos, colocados

em pontos fixos, onde o cidadão, espontaneamente, deposita os recicláveis;

Postos de Troca

Troca do material entregue por algum bem ou benefício;

PICs

Outra modalidade de coleta é a PICs,Programa Interno de Coletiva

Seletiva, que é realizado em instituições públicas e privadas, em parceria com

associações de catadores (SÃO FRANCISCO,2014).

2.2.2 – Cor padrão dos cestos de coleta

No Brasil os recipientes para receber materiais recicláveis seguem o

seguinte padrão:

d Azul: papel/papelão

d Vermelho: plástico

d Verde: vidro

d Amarelo: metal

d Preto: madeira

d Laranja: resíduos perigosos

d Branco: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde

d Roxo: resíduos radioativos

24

dCastanho: resíduos orgânicos

d Cinza: resíduo geralmente não reciclável, misturado ou

contaminado, não sendo possível de separação (FABIANE EILERT,2014).

2.2.3 – Resultados do sistema de coleta

Sanitários

Contribui decisivamente para a melhoria da saúde pública.

Ambientais

Diminui a exploração de recursos naturais, muitos não renováveis

como o petróleo;

Reduz o consumo de energia;

É um grande passo para a conscientização de inúmeros outros

problemas ecológicos;

Evita a poluição do ambiente (água, ar e solos) provocada pelo lixo;

Aumenta a vida útil dos aterros sanitários, pois diminui a quantidade

de resíduos a serem dispostos;

Sociais

A reciclagem garante ganhos sociais imensuráveis.

Por exemplo: Tem-se a geração de empregos diretos, a

possibilidade de união e organização da força trabalhista mais desprestigiada e

marginalizada (em cooperativas de reciclagem) e a oportunidade de incentivar

25

a mobilização comunitária para o exercício da cidadania, em busca de solução

de seus próprios problemas.

Contribui para a diminuição da marginalidade, pois auxilia a retirada

das pessoas dos lixões, e para a melhoria da qualidade de vida;

Econômicos

Representa uma grande atividade econômica indireta, tanto pela

economia de recursos naturais quanto pela diminuição dos gastos com

tratamento de doenças, controle da poluição ambiental e remediação de áreas

degradadas e uso de espaços de reserva;

É também uma atividade econômica direta pela valorização, venda e

processamento industrial de produtos descartados. - Diminui os gastos com a

limpeza urbana;

Gera empregos para a população não qualificada;

Estimula a concorrência, uma vez que produtos fabricados a partir

dos recicláveis são comercializados em paralelo àqueles feitos a partir de

matérias-primas virgens;

Melhora a produção de compostos orgânicos, a partir da reciclagem

de resíduos orgânicos (compostagem).

Educação Ambiental

Dá oportunidade aos cidadãos de preservarem a natureza de uma

forma concreta. Assim, as pessoas se sentem mais responsáveis pelo lixo que

geram.

Políticos e Institucionais

Além de contribuir positivamente para a imagem do governo e da

cidade, a coleta seletiva exige um exercício de cidadania, no qual os cidadãos

26

assumem um papel ativo em relação à administração da cidade. Além das

possibilidades de aproximação entre o poder público e a população, a coleta

seletiva pode estimular a organização da sociedade civil.

Educacionais

As atividades de reciclagem industrial ou artesanal, bem como as

centrais de triagem ou usinas de compostagem, têm fortes vínculos com a

formação e educação ambientais de crianças, jovens e adultos. Essas

instalações, além de serem unidades de tratamento do lixo, podem funcionar

como grande laboratório de ciências para que professores e alunos tenham

aulas práticas e discorram sobre as várias áreas e atividades relacionadas com

a reciclagem do lixo urbano;

Mobilização e participação comunitária; (SÃO FRANCISCO,2014).

2.2.4 - Vantagens da reciclagem

Reciclar embalagens usadas, ou outros materiais, traz diversas

vantagens quer ambiental quer econômica. Assim contribui para:

• Aumento do tempo de vida e maximização do valor

extraído das matérias-primas;

• Economizar energia;

• Conservação dos recursos naturais;

• Desviam-se os resíduos dos aterros ou outras instalações

de tratamento mais poluidoras;

• Participação ativa dos consumidores, o que implica uma

maior consciência ambiental;

• Redução da poluição atmosférica e da poluição dos

recursos hídricos;

• Reduzir a quantidade de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU)

que são depositadas nos aterros sanitários, prolongando o tempo de

vida útil destas infra-estruturas;

27

• Criação de novos negócios e mercados para os produtos

reciclados (RESULIMA,2014).

2.2.5 – Reciclando com os 3R`s

Chamamos de 3 Rs : primeiro Reduzir o lixo evitando o desperdício,

depois Reaproveitar tudo o que for possível antes de jogar fora e só então

enviar para Reciclar.

Reduzir: analisar o que realmente é importante e essencial em

“minha vida” e, acima de tudo, diminuir o consumo. Exemplo: lave seu carro

utilizando um pano e um balde com água e não com a torneira aberta.

Reutilizar: sempre que possível utilizar um produto várias vezes.

O filtro de papel que você utiliza para passar o café pode ser substituído por

um filtro de pano, que pode ser utilizado várias vezes.

Reciclar: utilizando sua criatividade você pode transformar o

material do lixo em outros produtos (RECICLANDO O PLANETA,2014).

28

CAPÍTULO III - Reciclagem do papel

A reciclagem de papel além de ser de origem renovável, o papel

está entre os produtos que apresentam maior taxa de reciclagem no Brasil. No

total, 45,5% de todos os papéis que circularam no País, em 2011, foram

encaminhados à reciclagem.

É importante ressaltar que grande quantidade de aparas de papel

reciclável é utilizada na fabricação de outros produtos, como telhas, sem ser

computada nas estatísticas de recuperação. Além disso, também não se

excluem os papéis que não são passíveis de reciclagem, como os higiênicos,

que contém impurezas. Se esses quesitos passassem a ser avaliados, a taxa

de recuperação subiria expressivamente.

A palavra reciclagem é tradicional no setor papeleiro. As fábricas são

abastecidas por uma grande rede de aparistas, cooperativas e outros

fornecedores de papel pós-consumo que fazem a triagem, a classificação e o

enfardamento do material. A cadeia produtiva que envolve a atividade gera

empregos e renda, movimentando a economia.

Sob o ponto de vista econômico, a atividade reduz os custos de

produção, distribui riquezas e promove a recuperação de matérias-primas que

serão novamente inseridas no ciclo de consumo.

Como todo papel produzido no Brasil tem origem na celulose de

florestas plantadas de pinus e eucalipto, o processo de reciclagem tem origem

em uma fonte de recursos renováveis. Ou seja, depois de utilizadas, as fibras

dessas árvores se transformam novamente em matéria-prima para a fabricação

de novo produto.

Ainda em relação ao meio ambiente, a reciclagem – aliada a outros

fatores, como o uso de resíduos para aproveitamento energético e plantio de

florestas que absorvem carbono da atmosfera – contribui para um balanço

ambiental positivo como resultado da produção de celulose e papel.

29

A recuperação do material após o consumo ajuda a diminuir o

volume de detritos a ser descartado em lixões e aterros sanitários já saturados.

Pelo alto poder calorífico, o papel pode ser utilizado na reciclagem energética,

característica que deverá ganhar importância no futuro próximo.

A reciclagem poderia ser ainda maior com políticas públicas de

incentivo do governo, iniciativas empresariais, maior organização dos

trabalhadores que recolhem os materiais e novas atitudes do consumidor

(BRACELPA,2014).

Importância

A reciclagem do papel é de extrema importância para o meio

ambiente. Como sabemos, o papel é produzido através da celulose de

determinados tipos de árvores. Quando reciclamos o papel ou compramos

papel reciclado estamos contribuindo com o meio ambiente, pois árvores

deixaram de ser cortadas. Não podemos esquecer também, que a reciclagem

de papel gera renda para milhares de pessoas no Brasil que atuam,

principalmente, em cooperativas de catadores e recicladores de papel (SUA

PESQUISA,2014).

Tipos de papéis recicláveis

Tipos de papel que podem ser reciclados: papel sulfite, papelão,

caixas de embalagens de produtos, papel de presente, folhas de caderno, entre

outros (SO BIOLOGIA,2014).

3.1- Processo de reciclagem de papel

A produção do papel reciclado é semelhante à produção do papel

comum. A principal diferença está na necessidade da utilização de vários

produtos químicos para retirar as impurezas, como tinta e cola.

30

Dependendo do tipo de papel, apenas a massa reciclada é

insuficiente para garantir a resistência e durabilidade do novo papel. Assim, a

indústria opta por incluir fibra virgem durante o processo.

A reciclagem na indústria se dá com as aparas, misturadas com

água e desintegrada em pulpers (liquidificadores). Os contaminantes (plástico,

metal, etc) são separados através de telas limpadores. Se necessário, a tinta é

retirada numa combinação entre água, substâncias químicas, calor e energia

mecânica, Figura 1.

A polpa reciclada é usada no fabrico de papel cartão, papel jornal,

bem como, em papéis usados nas indústrias e nos lares como: papel higiênico,

toalha, lenços e guardanapos de papel, entre outros.

Porém, o processo de reciclagem de papel também gera poluição,

pois consiste em operação que utiliza energia, água e insumos químicos.

FIGURA 1 . Diagrama do Processo de Reciclagem Industrial de Papel

Fonte:Reciclagem..., (2007)

31

Segundo o CEMPRE (2007), a produção do papel reciclado é

aplicada em 80% para embalagens; 18% para fins sanitários; 2% para

impressão. Esse papel é oriundo 86% do comércio e indústria; 10% de

residências, instituições e escolas e 4% outras fontes. Cada tonelada de papel

reciclado poupa cerca de 60 eucaliptos adultos; 2,5 barris de petróleo; 50% da

água usada na fabricação normal do papel (ou 30.000 litros); evita um volume

de resíduo de cerca de 3m² nos lixões e aterros; gera menos poluição da água

(65%) e do ar (26%) do que a fabricação a partir da celulose virgem.

Cerca de 40% do resíduo urbano é composto de papel. A reciclagem

industrial recupera 30% do papel descartado.

A reciclagem não é viável a todos os tipos de papel, o Quadro 2

elenca os recicláveis e não-recicláveis, porém a maioria é reciclável.

QUADRO 2 - Papel Reciclável e Não-Reciclável

Fonte: RECICLAGEM..., (2007).

Na reciclagem manual o papel é produzido a partir das aparas, ação

que deve ser vista como uma atividade artística e social, que ajuda na

32

disseminação da cultura da reciclagem. Ambientalmente, as unidades de

fabricação devem descartar corretamente seus rejeitos para não produzir

material poluente.

É importante saber que o papel é um emaranhado de fibras

vegetais, ao se transformar o papel novo em reciclado, desfaz-se essa trama e

as fibras se entrelaçam novamente, sua reciclagem dá-se entre cinco e sete

vezes.

De acordo com o exposto em Reciclagem... (2006), as etapas para a

reciclagem manual perpassa pela coleta seletiva, triagem, classificação e a

transformação “do que é velho em novo”. O processo de reciclagem de papel

de forma artesanal segue algumas fases:

. rasgar o papel

. amolecer e moer

. diluir a pasta

. sobrepor a moldura

. mergulhar a moldura na vertical e levantar na horizontal

. inverter o conjunto

. enxugar a pasta

. levantar o crivo

. secar a folha nova

. prensar as folhas

. corte da folha

. produtos finais (confeccionados artesanalmente)

33

3.1.1- O que podemos fazer pela reciclagem do

papel?

Devemos reduzir o desperdício de papel e adotar hábitos para a

separação do material reciclável nas residências. Essas práticas contribuem

para melhorar a qualidade e a homogeneidade das fibras que retornam às

indústrias. Também é importante a coleta seletiva e a triagem dos resíduos

recicláveis – sem a contaminação por matéria orgânica tais como restos de

comida e outras impurezas.

É importante ressaltar que o papel não pode ser reciclado infinitas

vezes, pois as fibras perdem a resistência e as características que definem o

tipo do papel. Por isso, será sempre necessário o uso de fibras virgens

originárias das florestas plantadas para viabilizar a produção e atender às

necessidades de consumo da população (BRACELPA,2014).

3.1.2- Reduzindo o uso de papel

Cada tonelada de papel que se recicla, significa que deixam de ser

cortadas 32 árvores de Pinus e três de Eucalipto. Todo o papel que não

reciclamos vai para os aterros sanitários. Reciclar uma tonelada de papel

significa 3m3 de espaço livre nos aterros, proporcionando a estes uma vida

mais longa.

Você sabia que para produzir uma tonelada de papel reciclado são

necessários apenas 2 mil litros de água, enquanto que para produzir o papel

tradicional, de cor branca, esse volume pode chegar a 100 mil litros. Assim

como os metais e os plásticos, o papel é um bem precioso que precisa ser

reciclado.

Passo 1: Tente reduzir ao máximo o consumo de papel.

Passo 2: Separe todo o papel que você utilizar em sua casa e

encaminhe para a reciclagem como folhas de caderno, aparas de papel,

34

envelopes, folhas de rascunho, fotocópias, cartazes, panfletos que você

receber na rua e caixas.

Passo 3: Evite imprimir suas mensagens eletrônicas, antes de

encaminhar para a reciclagem verifique se mais alguém em sua casa não pode

utilizar este papel; procure anotar recados sempre utilizando lápis, pois

posteriormente você poderá apagá-lo e utilizar o papel novamente.

O Brasil recicla apenas 45% do papel que consome, valor ainda

muito pequeno quando comparado com outros países e com o quanto ainda

podemos fazer. Seguindo os passos de nossa Atitude 4, podemos contribuir

para aumentar a quantidade de papel reciclado (RECICLANDO O

PLANETA,2014).

“papel usado e reutilizado = menos lixo e mais árvores”

35

CAPÍTULO IV - Vantagem do papel reciclado Vantagens e desvantagens do papel reciclado

O papel reciclado, embora não derrube florestas, gera impactos

onerosos. O branqueamento do material, por exemplo, consome produtos

químicos muito tóxicos. Um dos componentes desse processo, o ftalato, aditivo

usado para dar plasticidade à tinta, se não for corretamente tratado, é

altamente poluente. Os empresários de indústrias estão temerosos se a

produção - cujo consumo cresce a taxas de 20% ao ano - está ajudando a

reduzir impactos ambientais ou se é apenas uma ferramenta para atrair

consumidores.

Fonte:http://portalpenseverde.blogspot.com.br/2010/06/vantagens-e-

desvantagens-do-papel.html

De acordo com ABTCP (Associação Brasileira Técnica de Celulose

e Papel), a vida útil do papel dura de quatro a sete reciclagens. E, a cada nova

reciclagem, o papel perde qualidade e ganha novas funções. No seu primeiro

estágio (papel virgem), ele pode, por exemplo, ser sulfite. Depois, reciclado,

pode até voltar a sê-lo, mas, para isso, precisa receber certa quantidade de

papel virgem. Na reciclagem seguinte, pode se tornar embalagem de

36

mercadorias. Em outra reciclagem, já se torna caixa de papelão. E, no último

estágio, vira “miolo” de caixa de papelão.

Para Antonio Gimenez, gerente de Negócios de Impressão da

International Paper, é um mito dizer que o papel reciclado salva árvores.”Não

há evidências que comprovem, com segurança, que o papel reciclado traga

menos impactos para o meio ambiente do que o papel branco”, afirma. Um

estudo realizado pela Esalq-USP mostra que a produção de papel 100%

reciclado para imprimir e escrever pode gerar um volume de efluentes até seis

vezes maior que o papel branco (CARLOS CAMARGO, 2014).

Economia de Recursos Naturais:

- Madeira: Uma tonelada de aparas pode substituir de 2 a 4 m3 de

madeira, conforme o tipo de papel a ser fabricado, o que se traduz em uma

nova vida útil para de 15 a 30 árvores.

- Água: Na fabricação de uma tonelada de papel reciclado são

necessários apenas 2.000 litros de água, ao passo que, no processo

tradicional, este volume pode chegar a 100.000 litros por tonelada.

- Energia: Em média, economiza-se metade da energia, podendo-se

chegar a 80% de economia quando se comparam papéis reciclados simples

com papéis virgens feitos com pasta de refinador.

- Redução da Poluição: Teoricamente, as fábricas recicladoras

podem funcionar sem impactos ambientais, pois a fase crítica de produção de

celulose já foi feita anteriormente. Porém as indústrias brasileiras, sendo de

pequeno porte e competindo com grandes indústrias, às vezes subsidiadas,

não fazem muitos investimentos em controle ambiental.

37

- Criação de Empregos: estima-se que, ao reciclar papéis, sejam

criados cinco vezes mais empregos do que na produção do papel de celulose

virgem e dez vezes mais empregos do que na coleta e destinação final de lixo.

- Redução da "conta do lixo": o Brasil, no entanto, só recicla 30%

do seu consumo de papéis, papelões e cartões.

O papel reciclado pode ser aplicado em caixas de papelão,

sacolas, embalagens para ovos, bandejas para frutas, papel higiênico,

cadernos e livros, material de escritório, envelopes, papel para impressão,

entre outros usos (RECICLANDO O PLANETA, 2014).

4.1- Por que usar papel reciclado?

Vocês já devem ter reparado que algumas empresas começaram a

utilizar aquele papel mais escuro, de cor creme, diferente da tradicional folha

branca, ou seja, o papel reciclado. Isso se deve ao fato da preocupação destas

organizações com a sustentabilidade e o meio ambiente, mas é claro que ainda

falta a conscientização de diversas pessoas e corporações. Mas além de

serem ecologicamente corretos, quais as vantagens do papel reciclado?

Uma das principais vantagens é a diminuição do impacto ao meio

ambiente, já que diminui a utilização de madeiras para sua produção e dá nova

vida útil para cerca de 15 a 30 árvores. Além disso, alguns processos de

reciclagem podem economizar água e energia, o que também contribui para

nosso meio ambiente.

Quanto aos custos, quando o papel reciclado começou a ser

utilizado com mais frequência no Brasil, seu custo era muito superior ao papel

comum, contudo, com o passar dos anos, esta diferença diminuiu bastante.

É claro que utilizar papel reciclado não garante a sustentabilidade da

sua empresa, há algumas outras dicas básicas para um ambiente corporativo

mais “ecologicamente correto”:

38

- Imprima apenas o necessário;

- Observe seus materiais de escritório, procure usar lápis com

madeira certificada e canetas com componentes que não agridem o meio

ambiente;

- Utilize rascunhos;

- Desligue o computador por completo quando não for utilizá-lo mais

e na hora do almoço ou alguma pausa no trabalho, deixe o monitor desligado;

- Utilize cartões de visita de papel reciclado;

- Evite utilizar copos descartáveis;

- Faça com que seus funcionários tenham consciência de práticas de

sustentabilidade;

- Faça a coleta seletiva (GOMAQ, 2010).

4.1.1- Benefícios

Os benefícios da reciclagem do papel incluem a redução no

consumo de água utilizada na produção, assim como no consumo de energia

muito embora os números sejam bastante divergentes de uma empresa para

outra dependendo do tipo de tecnologia empregada e da eficiência do

processo. Mas é fato que com a reciclagem de papel deixa-se de cortar

árvores: calcula-se que para cada 1 tonelada de aparas (papéis cortados

usados na reciclagem) deixa-se de cortar de 15 a 20 árvores (CAROLINE

FARIA, 2014).

39

4.1.2- As principais vantagens do

papel reciclado na perspectiva do envolvimento

natural são:

d Diminuição da necessidade de recursos naturais, que aliviará a

pressão que existe sobre as massas florestais, permitindo a sua exploração

mais racional. Isto favorecerá o aumento do coberto vegetal do Planeta,

contribuindo para absorver o CO2 produzido pelos consumos energéticos.

d Poupança de 62,5% no consumo de energia primária, ao reutilizar

as fibras celulósicas, evitando o emprego de dispendiosos processos químicos

ou mecânicos para a sua obtenção.

d Poupança de 86% na utilização de água para o fabrico de papel.

d Diminuição global de 92% nos níveis de contaminação de água,

atmosfera e elementos sólidos.

d Diminuição do crescimento das lixeiras, ao evitar a acumulação

dos materiais sólidos e recuperar a fibra celulósica. Nas sociedades

desenvolvidas chega a representar até 30% do volume dos R.S.U. (Resíduos

Sólidos Urbanos).

d O papel reciclado pode recuperar-se sucessivamente para voltar à

fábrica, já que na sua técnica de fabrico não destrói as fibras nem as suas

propriedades físico-mecânicas.

d Alta qualidade de produto e, em consequência, grande

rendimento, o que beneficia o ambiente pela poupança de recursos que origina

(BLOG VERDE, 2014).

4.1-3- Processo de produção do papel reciclado

As etapas do processo de produção de papel reciclado a partir de

aparas de papéis:

Etapa 1:

Entrega das aparas (fardo) na fábrica recicladora de papel

40

Passa pelo controle de qualidade e é classificado

Vai para o estoque de aparas

O lote do estoque mais antigo vai para as esteiras transportadoras

O hidrapulper desagrega o papel, juntamente com água industrial

Depois de desagregado, a bomba puxa a massa de papel para

outras etapas

Etapa 2 - turbo tiraplástico (retirada de plástico)

Etapa 3 - processo de centrifugação para retirada de impurezas

(areia, prego, etc)

Etapa 4 - processo de refino da massa

Aditivos são adicionados à massa: sulfato de alumínio, amido de

mandioca, etc

Etapa 5 - Caixa de entrada da máquina de papel

Etapa 6 - Mesa formadora (vácuo retira umidade excedente)

Etapa 7 - Prensa acerta gramatura do papel

Etapa 8 - O papel passa pelos rolos secadores

Etapa 9 - Chega até a enroladeira

Etapa 10 - Forma-se o rolo de papel

Etapa 11 - O rolo é transportado por ponte rolante até a

rebobinadeira

Etapa 12 - O papel é rebobinado conforme formato da bobina

Etapa 13 - A bobina de papel acabada vai para o controle de

qualidade

Etapa 14 - Vai para o estoque, podendo ser vendida ou vai para a

cartonagem, transformando-se em chapa de papelão, a fim de ser

industrializada como caixas de papelão ( RECICLA BRASIL, 2014).

41

Conclusão

A reciclagem é uma solução para recuperação do meio ambiente

e sobrevivência da humanidade, não apenas com o papel também com outros

resíduos gerados pelas atividades humanas, se utilizarmos tecnologia junto

com consciência será possível tornar viável os investimentos em processos de

reciclagem e reaproveitamento de dejetos, assim essa pesquisa vem

demonstrar que o papel reciclado gera uma serie de beneficio abrangendo

vários aspectos.

Os resultados da reciclagem são expressivos tanto no campo

ambiental, como nos campos econômico e social.

No meio ambiente a reciclagem reduz a acumulação progressiva

de resíduos, o desaparecimento do coberto vegetal natural, e como ele animais

de todas as espécies, evita a degradação da paisagem e a perda do seu

caráter e da sua especificidade (biodiversidade).

No aspecto econômico a reciclagem contribuiu para o uso mais

racional dos recursos naturais e a reposição daqueles recursos que são

passiveis de reaproveitamento.

No âmbito social, a reciclagem proporciona melhor qualidade de

vida para muitas pessoas, a reciclagem é uma das únicas alternativas de renda

e ganhar o seu sustento.

A reciclagem é um meio essencial ao meio ambiental. Achamos

que deveria haver mais pessoas a contribuir na reciclagem, pois a reciclagem é

para o bem de todos nós.

42

ANEXOS

ANEXO I – O alto custo do consumo excessivo de papel

ANEXO II - Qual a vantagem de usar papel reciclado?

ANEXO III – Tempo de decomposição do lixo

ANEXO IV- Como fazer papel reciclado em casa (reciclagem

caseira)

43

ANEXO I

O alto custo do consumo excessivo de papel

Ao analisar os processos de destruição ambiental, identificam-se,

geralmente, uma série de causas, que se classificam em diretas e em

subjacentes. Por exemplo, uma das causas diretas da destruição de florestas é

sua conversão em monoculturas de soja (Brasil, Paraguai), de dendezeiros

(Indonésia, Malásia, Papua Nova Guiné, Colômbia), de pinheiros (Chile), de

eucaliptos (Brasil, Equador). Contudo, por trás dessa causa facilmente

identificável há outras- as subjacentes- que foram as que, definitivamente,

determinaram e fizeram possível essa conversão.

Tais causas subjacentes podem ser variadas e estar inter-

relacionadas: a abertura das estradas que permitiram o ingresso das empresas

à floresta; os créditos da Banca Multilateral que viabilizaram a construção

dessas estradas; as pressões do Fundo Monetário Internacional para aumentar

as exportações para o pagamento da dívida externa; o assessoramento da

FAO e outros organismos de “cooperação” na promoção dessas culturas; a

promoção dos agrocombustíveis pela União Européia, entre outras.

Contudo, quase todos os processos de destruição ambiental

partilham uma mesma causa subjacente: o consumo excessivo. Os exemplos a

esse respeito são profusos. A destruição social e ambiental de indústrias como

a petroleira, mineira, madeireira ou camaroneira já tem sido amplamente

documentada. Se bem os produtos assim obtidos são consumidos em muitos

países, o principal consumo tem lugar em um número relativamente pequeno

de países: os Estados Unidos, o Japão e os membros da União Européia, por

citar os mais óbvios. Esse consumo constitui então a causa subjacente comum

da destruição dos territórios e meios de sobrevivência de numerosas

comunidades do mundo.

No caso do papel e do papelão, o consumo mundial já tem

ultrapassado de longe o limiar da sustentabilidade. Contudo, a indústria que

disso se beneficia pretende incrementá- lo ainda mais. Contrariamente ao que

afirma a publicidade das empresas, esse aumento não visa satisfazer as reais

necessidades de papel das pessoas, e sim a aumentar o uso de papel e

44

papelão para embalagem, que constitui mais de 50% do total produzido. Ao

mesmo tempo, o aumento também não visa produzir mais livros de texto ou

cadernos, e sim a inventar novas “necessidades” de produtos descartáveis (por

exemplo, copos, toalhas de mesa e guardanapos de papel), que após um único

uso passam a alimentar as montanhas de lixo nos países ricos.

Um consumo desse tipo de papel e papelão exige um fornecimento

contínuo de enormes quantidades de matéria- prima abundante, homogênea e

barata. Para isso, a indústria papeleira apelou inicialmente a uma fonte de

matéria- prima que parecia inesgotável: as florestas localizadas na Europa,

Japão, Estados Unidos e Canadá. Contudo, o consumo excessivo determinou

que esse recurso começasse a se esgotar e a indústria passou então a instalar

grandes monoculturas de árvores de rápido crescimento (eucaliptos, acácias,

pinheiros), que resultaram na destruição de florestas e pradarias de países do

Sul (e inclusive de algumas regiões do Norte). Essas plantações, em contínua

expansão, agora estão passando a ser sua principal fonte de matéria- prima

para a produção de papel. Mais recentemente, a indústria tem começado a

deslocar a produção de celulose para o Sul- nos arredores das plantações de

árvores- a fim de abastecer suas plantas de papel localizadas perto dos

principais mercados: no Norte consumidor.

Esse deslocamento tem vários objetivos, o primeiro deles é o

barateamento dos custos através do acesso a terra barata (além de ser onde

as árvores crescem 10 vezes mais rapidamente que no Norte), mão-de-obra

barata, apoio governamental e escassos controles ambientais. O segundo

objetivo, vinculado ao primeiro, consiste em aumentar a produção de celulose

barata, para poder assim criar novas "necessidades" de consumo de papel. Ao

atingir esses dois objetivos é possível alcançar o terceiro e mais importante:

aumentar os lucros da indústria.

Contudo, esses custos economicamente “baratos” para as empresas

resultam social e ambientalmente muito caros para aqueles que os sofrem. O

avanço das plantações e as fábricas de celulose vem sendo resistido por

inúmeras populações locais na África, Ásia e América Latina, que se vinculam

a organizações e processos no Norte para agirem em forma mais coordenada.

A fim de colaborar nesse processo, nesta edição do boletim incluímos uma

seção especial sobre a questão do consumo de papel, que esperamos que seja

45

útil para todas as que estão envolvidas - tanto no Sul quanto no Norte - nessa

luta. (Fonte: Boletim Nº 131 do MMFT, junho 2008)

46

ANEXO II

Qual a vantagem de usar papel reciclado?

Nós no Instituto de Psicologia da USP consumimos em média 110

mil folhas de sulfite por mês, ou seja, 22 caixas com 10 resmas cada.

Anualmente consumimos em média 835 mil folhas de sulfite, ou seja, 167

caixas com 10 resmas cada.

Veja qual a economia de recursos naturais que o uso do Papel

Reciclado proporcionaria ao meio-ambiente, levando em conta apenas se nós

no IPUSP substituíssemos o papel sulfite consumido atualmente por Papel

Reciclado já disponível e à venda no Mercado.

P

PERÍODO

FOLHAS

UTILIZADAS

ENERGIA

POUPADA

ÁGUA

ECONOMIZADA

ÁRVORES NÃO

DERRUBADAS REDUÇÃO NA EMISSÃO DE CO2

No mês 110 mil 1.936 kW/h 47.432 litros 29 árvores 1.210kg de dióxido de carbono

No ano 835 mil 14.696 kW/h 360.052 litros 220 * árvores 9.185kg de dióxido de carbono

Fonte: Rogério (almoxarifado IPUSP)

Informações para os cálculos: www.incoplastic.com.br

Paulo César de Paiva – IPUSP _ Bloco D – ramal 5015

Portanto usar reciclado é também uma questão de responsabilidade

social, comprometimento com a preservação do meio-ambiente e sobre tudo de

consciência ambiental.

Acho inclusive que todos alunos podem contribuir muito quando/se

passar a utilizar papel reciclado para imprimir seus trabalhos, monografia,

teses, etc.

Entendo também que reduzir o consumo deve ser a meta prioritária,

mas porque não reduzir o consumo já usando papel reciclado.

*Parece que é mais do que o número de árvores já plantadas em

toda área do IPUSP.

47

ANEXO III

Tempo de decomposição do lixo

http://www.coladaweb.com/biologia/saude/decomposicao-do-lixo

48

ANEXO IV

Como fazer papel reciclado em casa (reciclagem caseira)

Materiais:

• papel e água

• bacias: rasa e funda

• balde

• moldura de madeira com tela de nylon ou peneira reta

• moldura de madeira vazada (sem tela)

• liquidificador

• jornal ou feltro

• pano (ex.: morim)

• esponjas ou trapos

• varal e pregadores

• prensa ou duas tábuas de madeira

• peneira côncava (com "barriga")

• mesa

Modo de preparo:

49

A - Preparando a polpa

Pique o papel e deixe de molho durante um dia ou uma noite na

bacia rasa, para amolecer. Coloque água e papel no liquidificador, na

proporção de três partes de água para uma de papel. Bata por dez segundos e

desligue. Espere um minuto e bata novamente por mais dez segundos. A polpa

está pronta.

B - Fazendo o papel

Despeje a polpa numa bacia grande, maior que a moldura.

Coloque a moldura vazada sobre a moldura com tela. Mergulhe a

moldura verticalmente e deite-a no fundo da bacia.

Suspenda-as ainda na posição horizontal, bem devagar, de modo

que a polpa fique depositada na tela. Espere o excesso de água escorrer para

dentro da bacia e retire cuidadosamente a moldura vazada.

Vire a moldura com a polpa para baixo, sobre um jornal ou pano.

Tire o excesso de água com uma esponja.

Levante a moldura, deixando a folha de papel artesanal ainda úmida

sobre o jornal ou morim.

C - Prensando as folhas

Para que suas folhas de papel artesanal sequem mais rápido e o

entrelaçamento das fibras seja mais firme, faça pilhas com o jornal da seguinte

forma:

Empilhe três folhas do jornal com papel artesanal. Intercale com seis

folhas de jornal ou um pedaço de feltro e coloque mais três folhas do jornal

com papel. Continue até formar uma pilha de 12 folhas de papel artesanal.

Coloque a pilha de folhas na prensa por 15 minutos. Se não tiver

prensa, ponha a pilha de folhas no chão e pressione com um pedaço de

madeira.

50

Pendure as folhas de jornal com o papel artesanal no varal até que

sequem completamente. Retire cada folha de papel do jornal ou morim e faça

uma pilha com elas. Coloque esta pilha na prensa por 8 horas ou dentro de um

livro pesado por uma semana.

D - Efeitos decorativos

Misture à polpa: linha, gaze, fio de lã, casca de cebola ou casca de

alho, chá em saquinho, pétalas de flores e outras fibras.

Bata no liquidificador junto com o papel picado: papel de presente,

casca de cebola ou de alho.

Coloque sobre a folha ainda molhada: barbante, pedaços de

cartolina, pano de tricô ou crochê. Neste caso, a secagem será natural - não é

necessário pressionar com o pedaço de madeira.

Para ter papel colorido: bata papel crepom com água no

liquidificador e junte essa mistura à polpa. Outra opção é adicionar guache ou

anilina diretamente à polpa.

Dicas importantes:

A tela de nylon deve ficar bem esticada, presa à moldura por

tachinhas ou grampos.

Reutilize a água que ficar na bacia para bater mais papel no

liquidificador

Conserve a polpa que sobrar: peneire e esprema com um pano.

Guarde, ainda molhada (em pote plástico no congelador) ou seca (em saco de

algodão).

A polpa deve ser ainda conservada em temperatura ambiente.

FONTE: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/reciclagem/reciclagem4.php

51

Bibliografia

MEIRA Rui, A reciclagem de papel – Editora São Paulo - 2002 .

GAZETA jornal do povo – Segunda – Feira, 23 de abril de 2007,

pagina 3

LUIZNANI Everton - Meio ambiente e reciclagem - cap. 2 – Editora

Jurua.

Webgrafia:

• http://www.rudzerhost.com/papel/histo.htm

• http://robertosales.br.tripod.com/interest.htm

• http://www.apoema.com.br/pape1.htm

• http://bracelpa.org.br/bra2/?q=node/136

• http://www.adrianajardim.com.br/textos/papelhistoria6.pdf

• http://www.novaera.org/contos/a_historia_do_papel.htm

• http://www.tipografos.net/tecnologias/papel.html

• http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudant

es/eductecnol/eductecnol_trab/historiadopapel.htm

• http://www.coladaweb.com/curiosidades/a-historia-do-papel

• http://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/reciclagem

/reciclagem.html

52

• http://www.santaceciliaresiduos.com.br/servicos_destinaca

o_reciclagem.html

• http://www.recicla.ccb.ufsc.br/o-que-e-reciclagem/

• http://www.capitalreciclaveis.com.br/navegacao.asp?id=10

&pagina=Not%EDcias

• http://www.significados.com.br/lixo/

• http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2014/07/fotografo-

registra-familias-deitadas-sobre-o-lixo-que-produzem-em-7-dias.html

• http://brasil.thebeehive.org/content/1842/5005

• http://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/destino_lixo.ht

m

• http://www.planetaplastico.com.br/literatura/literatura/coleta

selet.htm

• http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-

reciclagem/coleta-seletiva.php

• http://lixo72reciclavel.blogspot.com.br/2010/09/cores-dos-

cestos-de-separacao-para.html

• http://www.resulima.pt/?q=content/quais-s%C3%A3o-

vantagens-da-reciclagem

• http://esdomundinho.pbworks.com/w/page/7070981/Vantag

ens%20e%20Desvantagens%20da%20Reciclagem

53

• http://reciclandooplaneta.webnode.com.br/reciclagem/a3%2

0r%C2%B4s/

• http://www.sobiologia.com.br/conteudos/reciclagem/reciclag

em4.php

• http://www.escoladegoverno.pr.gov.br/arquivos/File/artigos/

meio_ambiente_e_recursos_hidricos/proposta_para_o_projeto_de_recicl

agem_das_aparas_do_papel.pdf

• https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&sour

ce=web&cd=10&cad=rja&uact=8&ved=0CFgQFjAJ&url=http%3A%2F%2

Fbracelpa.org.br%2Fbra2%2F%3Fq%3Dnode%2F172&ei=Znl_VMzEGM

2AgwT95oOgBA&usg=AFQjCNHM47SlU9ATgyyeVJUCW6a5IJ-

naw&bvm=bv.80642063,d.eXY

• http://portalpenseverde.blogspot.com.br/2010/06/vantagens

-e-desvantagens-do-papel.html

• http://www.gomaq.com.br/blog/impressao/por-que-usar-

papel-reciclado

• http://www.recursoshumanos.al.ms.gov.br/index.php?option

=com_content&view=article&id=17:reciclagem-de-

papel&catid=5:Not%C3%ADcias&Itemid=2

• http://o-blog-verde.blogs.sapo.pt/20130.html

• http://reciclabrasil.net/papel.html

54

Índice FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

A origem do papel 10

1-1- A história do papel no Brasil 13

1.2 – A história do papel no Egito 14

1.3 – A história do papel na China 15

1.4 – A história do papel no Japão 16

1.5 – A história do papel na Espanha 17

1.6 – A história do papel em outros países da Europa 17

CAPÍTULO II

Reciclagem 19

2.1 - Lixo 20

2.1.1 - Tipos de lixo 21

2.1.2 – Destino do lixo 22

2.2 – Coleta seletiva 23

2.2.1 – Principais tipos de coleta 23

2.2.2 – Cor padrão dos cestos de coleta 24

2.2.3 – Resultados do sistema de coleta 25

2.2.4 – Vantagens da reciclagem 27

2.2.5 – Reciclando com os 3R´s 28

CAPÍTULO III

Reciclagem do papel 29

3.1 – Processo de reciclagem do papel 30

55

3.1.1 – O que podemos fazer pela reciclagem do papel 34

3.1.2 – Reduzindo o uso de papel 34

CAPÍTULO IV

Vantagem do papel reciclado 36

4.1 – Por que usar papel reciclado? 38

4.1.1 – Benefícios 39

4.1.2 – As principais vantagens do papel reciclado na

perspectiva do envolvimento natural são: 40

4.1.3 – Processo de produção do papel reciclado 40

CONCLUSÃO 42

ANEXOS 43

BIBLIOGRAFIA 52

ÍNDICE 55