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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
GESTÃO ESCOLAR – COMPETÊNCIA DE UM GESTOR
Débora de Almeida Guedes Furtado
Orientador
Prof. Mary Sue Pereira
Rio de Janeiro
2012
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
GESTÃO ESCOLAR – COMPETÊNCIA DE UM GESTOR
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Administração e Supervisão
Escolar.
3
AGRADECIMENTOS
....A Deus em primeiro lugar por ter me
dado forças para concluir o curso. Ao
meu marido e ao meu filho Gabriel que
só tem dado a alegria a toda família.
4
DEDICATÓRIA
Aos meus pais, destacando meu Pai pelo
esforço, estimulo e apoio recebido
durante o curso.
5
RESUMO
Este trabalho apresenta a importância ao fato deque a ideia de gestão
escola desenvolveu-se associado a um contexto de outras ideias como, por
exemplo, a transformação e cidadania, com finalidades diversas que propiciam
uma visão completa, integrada e dinâmica da gestão escolar, compreendendo
que a formação total do gestor escolar, requer muito mais que o domínio de
conceitos e informações.
Destaca-se a gestão escolar como uma tomada de decisão, fornecendo
a pratica de uma gestão participativa que promove a qualidade do processo
ensino-aprendizagem. Comenta-se o papel do gestor escolar visando uma
gestão qualitativa da realidade educacional destacando suas habilidades e
competências, identificando os principais problemas para conceber adequados
encaminhamentos na construção da gestão escolar. Enfatiza a participação da
comunidade como parte integrante do processo de construção do
planejamento da escola tendo em vista garantir a qualidade no processo de
construção
6
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Gestão Escolar e seus aspectos Históricos 10
CAPÍTULO II - O papel do Gestor Escola 23
CAPÍTULO III – A Participação da comunidade na Escola 33
CONCLUSÃO 40
BIBLIOGRAFIA CITADA 41
INDÍCE 42
8
INTRODUÇÃO
A escolha do tema consiste em estudos em que a gestão escolar devera
pautar-se em primeiro instancia pela garantia do cumprimento da função social
da escola a de socialização dos saberes acumulado historicamente pela
humanidade e de formação de valores e atitudes voltados para o exercício
pleno da cidadania. Assim ao articular a organização e a gestão as finalidades
educacionais e atribuições do Gestor Escolar. Como problema central nos
reportamos ad seguintes questões: a gestão democrática é capaz desenvolver
diferentes níveis sociais, como a articulação escola comunidade reflete na
gestão. Sendo assim, utilizamos como hipótese, o gestor escolar estimulado
pela comunidade escolar pode proporcionar um melhor processo de
aprendizagem, transformando a escola em um lugar prazeroso capaz de
desenvolver nos alunos o gosto do saber.
O objetivo desse estudo foi o de verificar o papel do gestor como
principio e atributo da gestão democrática de articular o trabalho coletivo,
integralizando e canalizando-os rumo aos objetivos propostos. Tendo como
objetivo específico identificar o processo de tomada de decisão em gestão
escolar vinculado à escola; detectar como ocorre o processo de tomada de
decisão dos gestores nas escolas; analisar a administração escolar e suas
aproximações sucessivas na tomada de decisão.
A presente pesquisa emprega dados bibliográficos com base histórica e
contemporânea permissivas a competências de um gestor escolar, captando e
retendo acontecimentos palavras e ideias a serem revertidas para o uso e
controle do universo escolar. É seu dever e direito cobrar, tomar decisões,
descobrir e incentivar as habilidades e criatividades do seu pessoal para
desenvolver ao máximo o processo politico-pedagogico e os seus aspectos
legais.
9
Assim, a posição do Gestor é estratégica no quadro das relações de
poder. Deve assegurar, portanto, as condições e os meios de manter um
ambiente de trabalho favorável à consecução dos objetivos propostos,
promovendo a articulação entre a escola e a comunidade. Na concepção do
modelo de gestão incorporou – se a noção conceitual preliminar de
compreensão de meio ambiente no qual a instituição esta inserida, de sua
caracterização em termos de traços comuns, de identificação das estratégias
genéricas a que esta sujeita, independente, das singularidades próprias a cada
instituição de ensino. Como um modelo descritivo, de cunho sistêmico e
metodológico, foram levados em conta ainda os princípios pressupostos que
estabelecem os fundamentos conceituais e filósofos que permeiam o processo
da gestão escolar.
Conteúdo do trabalho.
No capitulo I apresentamos a gestão escolar e seus aspectos históricos
enfocando a gestão escolar em instituição mostrando que as mudanças que
ocorrem na estrutura escolar para que possam suprir de maneira positiva as
necessidades que surgem ao longo do tempo. Para tanto,” procurou-se
abordar os tipos de gestão escolar, comprovando sua eficácia no planejamento
escolar”.
No Capitulo II mostramos o papel do gestor nas instituições escolares,
mostrando as habilidades e competências do gestor escolar, bem como os
tipos de lideres escolares.
No capitulo III abordamos a participação da comunidade no cotidiano
escolar e a sua participação na elaboração do projeto político pedagógico da
escola.
10
CAPITULO I
Gestão Escolar e seus aspectos Históricos.
Segundo Martins (1999 p.23) a administração surgiu nas sociedades
mais primitivas em razão da necessidade de resolver problemas de interesse
comum. Começando pela família, pela tribo, igreja, exercito ou do estado e
acompanhando o desenvolvimento da complexidade da sociedade humana,
com passar dos tempos surgiram novas propostas de administração.
A exigência moderna, tanto no setor público como no privado, foram
determinantes para o surgimento de estudos formais no campo da
administração, onde Taylor apud Martins (1999 p.24) estabeleceu dentro dos
princípios, a eliminação de desperdícios, o caráter cientifico dos processos
produtivos e a eficiência da empresa.
Por sua vez Fayol apud Martins (1999 p.24) propõem a precisão, a
organização, o comando, a coordenação e o controle com suas fases
fundamentais através da administração como ciência.
Outros estudos surgiram: Weber apud Martins (1999 p.24) cria a
burocracia que estabelece uma estrutura de poder e autoridade onde propõe
que o trabalho só se torne possível se baseado na competência técnica di
individuo e os cargos na organização, baseiam-se nos princípios de hierarquias
e níveis de autoridades graduadas.
Mayo apud Martins (1999 p.24) apresenta a abordagem sistêmica que
permite uma analise dos sistemas sociais considerando o relacionamento com
11
o ambiente. Mais adiante Kuunt Lewin apud Martins (1999 p.24) estabelece
uma ligação entre a teoria social e a ação através das ciências do
comportamento, contribuindo relativamente para os estudos da administração.
Historicamente, a administração da educação no Brasil, em nome da
racionalização, tem oscilado entre as ênfases na burocratização, na estrutura
escolar e na exigência de verbas, com maior ou menor centralização e com
todas as variações do uso das leis,das máquinas e dos modelos.
Hoje, mais do que nunca se reivindicam e esperam-se melhorias também na
qualidade de serviços educacionais de modo geral e da formação básica de
modo particular, e considerando a capacidade de cada pessoa para a
construção do conhecimento, na condição de agente, de sujeito que pensa,
age,faz, reflete.
O mundo da educação diz respeito às pessoas e ao seu contexto sócio
cultural, aos sujeitos, aos acontecimentos, aos conflitos de liberdade e de
decisão e as condições de vida, tanto em plano individual como coletivo.
Para os povos primordiais a educação tinha o i9nteresse de moldar a
criança ao meio a aquisição das gerações passadas, construídas por
imitações. A educação oriental tinha por finalidade, linguagem e a literatura. A
educação grega visou ao desenvolvimento individual e a educação romana
fundamentou-se nos direitos e deveres.
Na segunda metade do século, grandes acontecimentos permitiram
novas mudanças, nas esferas políticas, econômica e social. Foram elas a
Revolução Francesa a Revolução Industrial e a Revolução Americana, os
notáveis progressos tecnológicos criados no inicio do século e que anunciavam
antecipadamente, a felicidade para todos, logo foi desmascarado pela primeira
guerra mundial. Segundo Paro (2001), como parte da administração publica a
administração escolar é o estudo da organização e do funcionamento de uma
escola ou de um sistema escolar, de acordo com a finalidade de satisfazer as
exigências políticas da educação e os requisitos da moderna pedagogia. É
12
uma administração especializada, referindo-se também a empreendimentos
particulares visto que varias instituição mantém estabelecimentos de diferente
grau de ensino, porem com os mesmos princípios administrativos.
A administração Escolar pressupõe uma filosofia e uma política que norteiam,
seguindo prioridade estabelecida para a educação resultante de uma reflexão
profunda, sistemática e contextual dos problemas educacionais da realidade.
Segundo Maciel (1986), nos revela que os elementos estabelecidos por
Fayol para administração em geral cientifica são basicamente os mesmos
elementos da administração escolar, apenas substituindo a previsão por
planejamento. Mas não se trata somente de substituir palavras, pois há uma
diferença significativa, na pratica.
Segundo Martins(1999), nesta etapa o administrador deve utilizar-se dos
melhores recursos da comunicação, bom senso, da empatia, e, acima de tudo,
integra-se ao grupo,pois o autoritarismo e a omissão são abomináveis. Mas a
prioridade do administrador escolar deve verificar se todos os recursos
necessários estão disponíveis, antes de iniciar a execução da atividade
educativa, a fim de que os seus executores não tenha, seus trabalhos
prejudicados.
O administrador durante a execução deve ter uma postura de
acompanhamento, apoio e cobrança, bem como de coordenação de esforços
visando ao alcance de objetivos comum.
O interesse pela gestão democrática em uma instituição escolar admite que
ocorram mudanças na estrutura e de processos com enfoque no
aprimoramento escolar por meio de um projeto pedagógico com o
compromisso pela renovação da educação de acordo com as prioridades de
uma sociedade moderna e justa.
13
“A gestão escolar promove a redistribuição das
responsabilidades que objetivam
intensificar a legitimidade do sistema escolar. No entanto,
não esta totalmente esclarecida como a descentralização
e a participação Irão resolver as inadequações estruturais
existentes” .(LUCK 2001, p.14)
De acordo com Paro(2001), a administração geral pode ser vista, tanto
na teoria quanto na prática , dois campos se interpenetram, a racionalização
do trabalho e a coordenação,levando em conta respectivamente, os elementos
materiais e conceptuais, de um lado, e o esforço humano coletivo de outro.
A gestão escolar tem como objetivo de coordenar a construção do plano
e do projeto político pedagógico da escola, superando o modelo burocrático da
escola. Assim a gestão escolar enfatiza a liderança na direção da finalidade,
dando ênfase aos processos democráticos e participativos, situados no
cotidiano da escola.
O processo nada mais é do que um processo de planejamento que,
diferentes da sua postura antiga, aposta numa visão moderna que envolve
etapas que se complementam que são interligadas, realimentando todo o
processo. Essas etapas são elaboração, acompanhamento e avaliação.
A elaboração desse planos se apresenta em dois níveis: analise da
finalidade e análise do ambiente organizacional, interno e externo.a análise da
finalidade situa a dimensão estratégica e análise do ambiente da dimensão
situacional, além de orientar as e orienta as ações de acompanhamento do
projeto.
“A gestão do sistema de ensino e das escolas e
essencialmente administrar Em níveis diferentes, a
14
elaboração e o acompanhamento do projeto de Qualidade
da educação que se deseja a proposta educacional,
Fundamentada num paradigma de homem e sociedade.
Essa proposta, Presente tanto no plano municipal de
educação, como no projeto político pedagógico da escola
define cidadania que se que, estabelece finalidade do
sistema e caracteriza a especialidade precisa ser
identificada a partir da leitura das demandas da
sociedade e dos espaços abertos na nova legislação.”
( FERREIRA,2001, P.159)
.
A implantação do plano na realidade, seu desenvolvimento na prática,
envolve análise de cada um das ações previstas, e o acompanhamento que
possibilita todos os aspectos envolvidos no processo. A avaliação tem uma
função diagnostica, analisada e criticada, para a tomada de decisão, na
elaboração, durante todo o acompanhamento do plano, permitindo a
permanente correção de rumos da finalidade da educação.
“ Para tanto nossa pratica de gestão, comprometida com
a formação de homens e mulheres brasileiras fortes e
capazes de dirigir seus destinos, os da nação e os do
mundo, tem que possuir força do conhecimento
emancipação que possibilita o equilíbrio da afetividade
nas relações, a competência em toda as atividades e a
riqueza do caráter que norteia nossas ações’ (
FERREIRA,2001 p, 113)
Gestão caracteriza-se pelo conhecimento da importância da
participação consciente e esclarecida das pessoas nas decisões sobre
orientação e maneja mento do seu trabalho. Identificação da qualidade do
desenvolvimento profissional continua e o envolvimento e compromisso da
15
comunidade escolar, com projeto pedagógico da escola, avaliando para o seu
desempenho, direito e deveres e a valorização do trabalho escolar.
Com a preocupação de garantir a operacionalização do planejamento
participativo apresentamos um método de elaboração do plano escolar, que
tem na participação e na solução de problemas suas características.
Esperamos de esta forma contribuir no processo de construção de uma escola
verdadeiramente autônoma e democrática. Fica claro que a gestão escolar tem
a necessidade de se organiza nos seus aspecto físico de acordo com sua
realidade humana, material e meio de planejamento necessário para um
processo de organização. Como enfoque administrativo, que um fragmento
globalização e um enfoque de gestão que faz parte de um sistema como um
todo.
O gestor da unidade escolar e sua atividade têm uma
responsabilidade que deve ser comprida dentro da liderança escolar, para os
regimes escolares, e que isso não venha a ter falhas e compreender no
andamento do sistema relacionado dos aspectos administrativo pedagógicos.
E dentro desses regimes existem propostas pedagógicas plano de gestão as
lideranças da gestão, a escola busca uma linha traçada em objetivos que
surgem ordens, de administração e comunicação, função e supervisão do diretor, com níveis burocráticos pedagógicos. E segue com procedimento
recomendáveis de exercício da função e supervisionada com solução dos
processos dos problemas da escola e com os reconhecimento relacionadas
dos problemas.
A participação deve ser atendida como um processo de aprendizagem
que demanda espaço sociais especifica par sua concretização, tempo para
que ideia seja debatida e realizada bem como, e principalmente o esforço de
todos aquele ocupados com a formação de uma escola verdadeiramente
democrática.
1.1- Tipos de gestão escolar:
16
Gestão Democrática; Gestão Participativa e Gestão Estratégica.
1.1.1 Gestão Democrática:
Hoje nas escolas ocorre a administração autocrática, centralizada
na qual todas as decisões e todo poder está nas mãos do diretor. Com a LDB
9394/1996, ficou estabelecida a democratização das gestões escolares,
através de um inciso VIII, art3º que visa sobre os princípios da educação
nacional. Esta gestão busca a apropriação coletiva das salas de aula pelos
pais, professores, funcionários e alunos que possuem liberdade tomada de
decisão no processo educacional para melhorar a qualidade de ensino.
Nesta gestão democrática, em uma administração colegiada, a
educação é tarefa de todos os sujeitos participantes do processo educacional,
que devem entender a participar deste como um trabalho coletivo, pois e
dinâmico exige ações concretas.
Para tanto, e necessário que a gestão democrática seja vivenciada no
dia-dia das escolas, seja incorporada ao cotidiano e se tornar tão essencial á
vida escolar,quanto é a presença de professores e alunos. “A gestão
democrática não deveria limitar-se ao administrativo. Deveria abranger também
o orçamento e as finanças”.(GADOTTI,2003, p.65).
Na gestão democrática é importante a presença organizada da
sociedade na escola, acompanhado e participando de processo educacional,
onde o diretor descentraliza o poder e distribuí responsabilidade entre todos.
Outro fator importante é a estrutura física, pois em um ambiente
agradável a aprendizagem torna-se eficaz, contribuindo para que o aluno
17
permaneça na escola. Para isso é necessário também crir condições que
valorizem a escola e a sala de aula.
As atuais funções de planejamento, capacitação, poderiam ser
deixadas para a própria escola. .as ao tentar criar possibilidades democráticas
em nossas escolas podemos aprender o que é possível, pois os interesses são
altos, como MURSELL(1995,p.3), observou há quarenta anos:
“Se as escolas de uma sociedade democrática não
existem e não trabalham para defender e ampliar a
democracia, são socialmente inúteis ou perigosas. Na
melhor das hipóteses,educarão pessoas que vão viver
sua vida e ganhar seu pão indiferente as obrigações da
cidadania,em particular,e de modo de vida democrático
em geral...Mas e muito provável que eduquem as
pessoas para serem inimigas da democracia, pessoas
que sempre cairão presa de demagogos e que apoiarão
movimentos e se reunirão em torno de lideres hostis ao
modo de vida democrática. Essas são fúteis ou
subversivas.elas não tem razão legitima par existir.”
A autonomia e a descentralização constituem-se um binômio construído
reciprocamente, mediante processos de democratização, isto é, tendo a prática
democrática como centro. Portanto, tudo que foi até agora descrito em relação
àqueles processos, refere-se, por tabela, à gestão democrática. Cabe, no
entanto, evidenciar alguns aspectos.
Democracia segundo o dicionário significa soberania popular; ou
governo do povo, no qual o regime político está baseado nos princípios da
soberania popular numa distribuição igualitária do poder. Ela pressupõe a
participação em conjunto da sociedade nos processos de decisão referentes
aos aspectos escolares, a comunidade e da vida no dia- a -dia e não apenas a
18
eleição dos governantes pelo povo. A intenção dessa abordagem é o de saber
se existe nas escolas brasileiras uma gestão democrática, se há efetivamente
a participação da comunidade, para tal, buscamos dirigir a investigação para o
campo da política educacional, levando em consideração o que a legislação
dimensiona o que ela assegura quanto à realização da democracia na prática
educacional. Identificar de fato o que a sociedade pensa e o que ela requer da
educação.
Conforme Kosik (1976, p. 18) evidenciou, a realidade pode ser
mudada só porque e só na medida em que nós mesmos a produzimos, e na
medida em que saibamos que é produzida por nós. Tal compreensão é o
fundamento da gestão democrática, que pressupõe a ideia de participação, isto
é, do trabalho. Associado de pessoas, analisando situações, decidindo sobre o
seu encaminhamento e agindo sobre elas, em conjunto. Desse trabalho
compartilhado, orientado por uma vontade coletiva, cria-se um processo de
construção de uma escola competente compromissada com a sociedade.
A participação, em seu sentido pleno, caracteriza-se por uma força de
atuação consistente pela qual os membros da escola reconhecem e assumem
seu poder de exercer influência na dinâmica dessa unidade social, de sua
cultura e dos seus resultados. Esse poder seria resultante de sua competência
e vontade de compreender, decidir e agir em torno de questões que lhe dizem
respeito (Lück, 1998).
A criação de ambientes participativos é, pois, uma condição básica da
gestão democrática. Deles fazem parte a criação deu ma visão de conjunto da
escola e de sua responsabilidade social; o estabelecimento de associações
internas e externas; a valorização e maximização de aptidões e competências
múltiplas e diversificadas dos participantes; o desenvolvimento de processo de
comunicação aberta, ética e transparente. Esse ambiente participativo dá às
pessoas a oportunidade de controlar o próprio trabalho, ao mesmo tempo que
se sentem parte orgânica de uma realidade e não apenas apêndice da mesma
ou um mero instrumento para a realização dos seus objetivos institucionais.
19
1.1.2 Gestão Participativa
“O Planejamento participativo na escola não pode
reduzir-se a integrar escola-familia-comunidade, mas
também visar à realização das pessoas e a transformação
da comunidade, na qual a escola esta
inserida.”(DALMAS,1994, p.28)
A gestão participativa e geralmente compreendida como uma forma de
gestão que para envolver os funcionários de uma instituição que se direcionam
na perspectiva utópica. Mas ao falar nas instituições de ensino a definição de
gestão participativa envolve professores, funcionários, os pais, os alunos e o
líder da comunidade que se refere interresado na instituição e nas mudanças
do processo de ensino.
Para contextualizar LUCK(2001p.15)
“O entendimento do conceito de gestão já pressupõe, em
si, a ideia sem participação, isto é do trabalho associado
de pessoas analisando situações, decidindo sobre seu
encaminhamento e agindo sobre elas em conjunto, isso
porque o êxito de uma organização depende da ação
construtiva conjunta de seus componentes, pelo trabalho
associado, mediante reciprocidade que cria um todo
orientado por uma vontade coletiva”
A gestão participativa na gestão escolar promove participação de todos
os interessados no processo de decisão da escola. Esta abordagem Amplia a
fonte de experiências que podem ser aplicadas na gestão escolar. Nos mais
20
bem sucedidos exemplos de gestão escolar observaram que gestores dedicam
uma quantidade de tempo à capacitação ao desenvolvimento de
acompanhamento escolar e de experiências pedagógicas caracterizadas pela
reflexão-ação.
A gestão participativa, na medida em que propicia o
aperfeiçoamento da ação coletiva no interior da escola, se apresenta como
alternativa mais adequada para criar as condições favoráveis à melhoria da
qualidade do ensino. A gestão participativa possibilita a concepção de um
projeto de escola pensando pelo conjunto dos profissionais que, tendo o
conhecimento da realidade dos seus alunos, buscam soluções mais
adequadas as suas necessidades.
O caminho para edificar novos padrões de qualidade para o
ensino ministrado na escola deve, necessariamente,abandonar as praticas
individualistas tão arraigadas no nosso cotidiano escolar para construir
alternativas pensadas a partir do coletivo, o que pressupõe necessariamente
um novo enfoque de gestão.
1.1.3 Gestão Estratégica:
“ O planejamento estratégico como sendo o processo de
planejamento formalizado e de longo alcance empregado
para se definir e atingir os obletivos organizacionais”
.(STONER apud OLIVEIRA,1985, p32)
O planejamento estratégico busca a eficácia das organizações,
isto é, procura orientar os esforços na direção mais correta à seguir. Existem
muitas maneiras de conceituar planejamento estratégico.
21
O planejamento estratégico estabelece uma postura em relação ao
ambiente: lida com fatos, idéias, probabilidade e termina com um plano
estratégico, procurando esclarecer o funcionamento da gestão que ganhou
destaque no contexto educacional, acompanhando uma mudança de
paradigmas no caminho das questões desta área, ou seja, é caracterizado
pelo reconhecimento da importância da participação consciente e esclarecida
das pessoas, nas decisões sobre a orientação e planejamento do seu trabalho.
Também resume a pratica e a pesquisa recente sobre a gestão
participativa em escolas, como fundamento na participação nos ambiente
educacional. Podemos dizer que a gestão estratégica, de prazo mais longo se
torna difícil e obscuro igual em um ambiente sufocado por problemas de curto
prazo.
A gestão estratégica é um processo que continua onde as instituições
definiriam metas e objetivos em um determinado período e tempo, pois
também seriam inclusive incluídos decisões e ajustes das ações em questão
das mudanças ambientais ocorridas.
Além disso, o planejamento estratégico corresponde ao
estabelecimento de um conjunto de providencias a serem tomadas pelo gestor
para a situação em que o futuro tende a ser diferente do passado; entretanto, a
instituição tem condições e meios de agir sobre as variáveis e fatores de modo
que possa exercer alguma influencia; o planejamento é ainda um processo
continuo, um exercício mental que é executado pela empresa
independentemente de vontade especifica dos seus gestores.
Pelos vários aspectos apresentados, algumas considerações sobre os
níveis estratégicos táticos podem ter alguma dificuldade de diferenciá-los,pois
não existe distinção absoluta entre ambos. Entretanto o primeiro nível esta
voltada à dimensão estratégica da instituição referenciando a seus objetivos e
a sua eficácia.
22
As decisões estratégicas têm geralmente alcance temporal prolongado e
elevado grau de impacto e irreversibilidade, por sua vez, o planejamento tático
está mais voltado aos meios para alcançar os objetivos específicos, isto é,
refere-se aos componentes da instituição e a sua eficácia.
A gestão escolar de educação requer um enfoque que implique
trabalhar decisões a respeito do rumo futuro e se fundamenta na finalidade da
escola e nos limites e possibilidades da situação presente. Para isso, trabalha
visualizando o presente e o futuro, identificando as forças, valores, surpresas e
incertezas e a ação dos atores sociais e suas relações com o ambiente, como
sujeitos da construção da historia humana, gerando participação,
responsabilidade e compromisso.
A gestão estratégica é, assim, apesar da dificuldade de encontrar uma
definição universalmente aceite, um processo global que visa a eficácia,
integrando o planejamento estratégico (mais preocupado com a eficiência) e
outros sistemas de gestão, responsabilizando ao mesmo tempo todos os
gestores de linha pelo desenvolvimento e implementação estratégica; ela é um
processo contínuo de decisão que determina a performance da organização,
tendo em conta as oportunidades e ameaças com que esta se confronta no
seu próprio ambiente mas também as forças e fraquezas da própria
organização.
Neste sentido, o gestor estratégico ultrapassa o papel do mero planejador
profissional, tornando-se o conselheiro e facilitador das decisões em todos os
níveis da organização.
23
CAPITULO II
Papel do Gestor
“Há pessoas trabalhando na escola, especialmente em
postos de direção que se dizem democratas apenas
porque são liberais co alunos, professores, funcionários
ou pais, porque lhes dão abertura ou permitem que
tomem parte desta ou daquela decisão: mas o que esse
discurso parece nãos conseguir encobrir totalmente é que
permite sua manifestação,Então a pratica em que tem
lugar essa participação não pode se considerada
democrática,pois democracia não se esconde, se realiza,
não pode existir ditador democrático.”
( PARO2001,P18,19)
Se a participação das ralações na instituição ficar na subordinação
deste ou daquele gestor líder, que concede democracia, poucas expectativas
podemos encontrar um dia, com um sistema de ensino participativo. Se
quisermos continuar seguindo para essa democratização precisamos, vencer a
atual situação e criar mecanismos que construam um processo inerentemente
democrático na instituição.
Apesar de que esta não seja uma tarefa fácil, parecemos que a direção
de concretizá-la de consistir na busca de um conhecimento critica do que é real
na procura identificar os que determinam a situação tal como ela hoje se
apresenta.
24
Há pelo menos duas razões fundamentais para que a posição do diretor
de escola não seja meramente a de administrador, mas a de líder: a natureza
peculiar da atividade escolar, que exige um tratamento mais refinado, podendo
ser observada em outros ambientes de trabalho, e as atribuições do diretor,
que incluem outros aspectos além do simples administrador.
O que é um líder? Não há uma resposta simples para esta questão. A
evolução dos estudos de liderança mostra um deslocamento da atenção, que
vai da pessoa do líder, para o grupo e para a situação vivida pelo grupo. Os
estudos que tem por foco da atenção a pessoa do líder costumam destacar os
tacos que o distingue: perspicácia, inteligência, autoconfiança, coerência,
firmeza, sinceridade, consideração e outros.
Entretanto, estes estudos não tem mostrado consistência, pois, muitas
vezes, há lideres que alcançam êxito, mesmo sem terem todas as qualidades
esperadas, enquanto outros, mesmo tendo todas as qualidades exigíveis, não
conseguem resultados correspondentes as expectativas. Procurando superar
estas limitações e por influencia dos estudos de dinâmica de grupo, o foco de
atenção voltou-se para o grupo, mostrando sua força na determinação do
comportamento das pessoas.
Sob esta perspectiva, o líder alcança bons resultados, não em razão de
suas qualidades pessoais, mas na medida em que seja reconhecido e aceito
pelo grupo. Os estudos de dinâmica de grupo são pródigos em demonstrar a
força da coerção grupal. A teoria da contingência, pro sua vez, sugere que
mais importante que a pessoa do líder ou do grupo é a situação em que as
pessoas estejam envolvidas. Segundo esta teoria somente poderá
compreender a liderança se levarmos em consideração os fatores ambientais
que operam sobre as pessoas.
Há um pouco de verdade em todas estas posições,mas nenhuma delas
é completa. Para bem compreendermos o que é liderança, precisamos levar
25
em consideração a pessoa do líder, o grupo com que trabalha e a situação em
que estão colocados em líder, o grupo com que ele trabalha e a situação em
que estão colocados líderes e liderados.
Dado certo grupo, em determinada situação, assume a liderança a
pessoa que for percebida pelo grupo como capaz de levá-lo a alcançar seus
objetivos. Cabe ao gestor de oportunidades, procurar, antes de tomar qualquer
tipo de decisão, verificar o que esta do outro lado da mesa ou quais
repercussões das decisões para seus públicos internos e externos.
A realização de reuniões com os professores de curso antes do inicio de
cada semestre para discussão dos planos de ensino das disciplinas: dados de
identificação, ementários, objetivos, conteúdos programáticos, metodologia de
ensino-aprendizagem, metodologia de avaliação, bibliografia e cronograma.
Aos responsáveis pela gestão escolar compete,portanto promover a
criação e a sustentação de um ambiente propicio á participação plena, no
processo social escolar, dos seus profissionais, de alunos e de seus pais, uma
vez que entende que e por essa participação que os mesmos desenvolvem
consciência social critica e sentido de cidadania.
Para tanto, devem criar um ambiente estimulador dessa participação,
processo esse que efetiva a partir de algumas ações especiais.
“O gestor é o centro pensante, aquele que reflete com
maior intensidade sobre a escola como um todo.
Infelizmente, quase sempre é bloqueado pelas exigências
burocráticas que acabam por valorizar a escola tomando
como parâmetros coisas supérfluas.”
( MARTINS,1999,p.142)
26
O gestor deve possuir competências que não há em manual, deve ter
habilidades emocionais para lidar com situações difíceis, se antecipando aos
acontecimentos previstos.
Assim, a formação de professores em cursos de nível superior, para
atender à essa complexidade, deve considerar que não basta ao professor
dominar conhecimentos específicos de sua área, mas deve, antes de tudo, ser
capaz de transferir esses conhecimentos para situações de aprendizagem,
propiciando a interação entre os educando e os conhecimentos como também
prepará-los para participar da vida organizacional da escola.
Ressalta-se, todavia, que a aquisição do diploma de nível superior,
professores, não garante necessariamente a melhoria da qualidade do ensino,
mas representa um elemento novo, principalmente em relação aos docentes
que atuam nas series iniciais do ensino fundamental que tradicionalmente
possuíam apenas uma formação em nível médio.
A qualificação em nível superior deve contribuir para redimensionar a
prática pedagógica desses docentes. Deve-se reconhecer também que a
formação em nível superior de uma parte dos professores que atuam nas
séries iniciais do ensino fundamental se desenvolve, hoje, em instituições de
qualidade precária e em cursos de pequena duração, o que certamente tem
reflexos na qualidade do profissional que está sendo formado.
Mesmo nas instituições de maior prestigio acadêmico o currículo dos
cursos são pouco inovadores e concebidos, quasesempre, pela instituição
universitária sem uma discussão mais consistente a partir das necessidades
das agencias empregadoras. Por isso se faz necessário que a esse processo
de formação inicial seja seguido de programas de formação continuada com o
objetivo de promover a permanente atualização dos professores.
27
O perfil do gestor escolar apresenta uma lista de habilidades e
características interpessoais desejáveis a um gestor esclarecer esta ampla
característica necessitam de amplo conhecimento curricular até habilidades de
relacionamento interpessoal e de trabalhos em grupo. Mas, com todas as
transformações tecnológicas, sociais e culturais, uma questão prática,
relacional, começa a se impor com grande evidencia.
Temos muito problemas a resolver, muitas decisões a tomar,muitos
procedimentos a aprender. Isso não significa, obviamente, que dominar
conceitos deixou de ser importante. Esses tipos de aula insistem, continua
tendo um lugar, mas cada vez mais se torna necessário o domínio de um
conteúdo chamado de “procedimental”, ou seja, da ordem do saber com fazer.
Vivemos em uma sociedade cada vez mais tecnológica, em que o
problema nem sempre está na falta de informações, pois o computador tem
cada vez mais o poder de processá-las, guardá-las ou atualizá-las´. A questão
está em encontrar, interpretar essas informações, na busca da solução de
nossos problemas ou daquilo que temos vontade de saber.um gestor deve ter
a capacidade de desempenho, domínio, sua capacidade de desenvolver os
conteúdos escolares, de saber desafiar seus alunos;;por ser comprometido,
responsável e por saber manejar bem a sala de aula. Nesse caso,
competência e desempenho são dimensões diferentes.
Competência, nesse primeiro sentido, significa, muitas vezes, o que se
chama de talento, dom ou extrema facilidade para alguma atividade. Há
professores cuja competência para ensinar decorre dessa facilidade.
É como se fosse uma condição prévia, herdada ou aprendida porque,
uma vez que alguém consegue um diploma ou é declarado formado ou
habilitado para certa função é como se, imediatamente, isso se tornasse um
patrimônio seu esse primeiro sentido de competência implica uma ideia de
dependência ou condição.
28
O mesmo vale para o professor, que deve ter um repertorio de
estratégias para lidar ao mesmo tempo com muitos desafios, lidar com os
recursos didáticos, ter perspicácia e manter tranquilidade, o que é admirável!
Aos olhos de um observador inexperiente, a situação de sala de aula pode
parecer um caos; mas alguns professores conseguem lidar com a situação de
forma competente e eficiente. Por quê? Porque dispõem de estratégias,
recursos variados.
Um outro exemplo é o da criança hiperativa.as vezes,o problema não
está apenas nela, mas também no professor que não consegue acompanhar
deu ritmo,que não tem estratégias para transformá-la em colaboradora na sala
de aula. Então ela se transforma em um ”inimigo”, quando na verdade poderia
ser um bom companheiro, um bom parceiro, infelizmente, a maioria dos
professores não sentem que dispõem dos recursos acima mencionados para
gerirem as situações de sala de aula. Queixam-se da deficiência de suas
técnicas e estratégias e da insuficiência dos recursos de formação.
2.1 – Tipos de Liderança
Segundo Ferreira (2001 p, 29) se autonomia exige participação, exige
também o desenvolvimento na organização da escola de formas explicitas de
liderança (individuais ou coletivas) capazes de empreendem as mudanças que
a autonomia obriga.
“Os lideres são responsáveis pela sobrevivência e pelo
sucesso de suas organizações. Chamamos de liderança a
dedicação, a visão, os valores e a integridade que inspira
os outros a trabalharem conjuntamente para atingirem
metas coletivas. A liderança eficaz e identificada como
capacidade de influenciar positivamente os grupos e de
inspirá-los a se unirem em ações comuns coordenadas.
29
Os lideres reduzem as nossas incertezas e nos ajudam a
cooperar e trabalhar em conjunto para tomarmos
decisões acertadas”.
(LUCK APUD CHIAVENATO,2002, p35, 1994)
Os lideres escolares, mais eficazes utilizamos estilo de administração
participativa para envolver os outros no processo de mudança da escola. Os
lideres eficazes seleciona o estilo de liderança adequado com a situação.
Pesquisas realizadas levaram à definição de três estilos de liderança/;
liderança autocrática, liderança democrática liderança laissez-faire.
2.2.1 - Líder Autocrático
O líder autocrático centraliza as decisões e impõem seus pontos de
vista, preferindo errar sozinho a acertar com ajuda dos outros.
2.2.2 – Líder Democrático
O Líder democrático, ao contrario, sem renunciar a sua posição de
principal responsável, valoriza a participação dos liderados na tomada de
decisões, procurando aprender as aspirações do grupo e dando-lhes
oportunidades de expressar-lhe livremente. Como regra geral, a liderança
democrática é a mais adequada para a condução das atividades de uma
escola.
O bom diretor tem sempre a preocupação de auscultar os demais
participantes, colhendo suas sugestões, ideias, contribuições espontâneo. não
põe em execução u,ma decisão sem antes se verificar de que foi bem
compreendida e aceita por todos
30
O gestor escolar deve ser um líder pedagógico que apóia o
estabelecimiento das prioridades, avaliando, participando na elaboração de
programas de ensino e de programas de desenvolvimento e capacitação de
funcionarios, incentivando a sua equipe a descobrir o que é necessário para
dar um passo à frente, auxiliando os profissionais a melhor compreender a
realidade educacional em que atuam, cooperando na solução de problemas
pedagógicos, estimulando os docentes a debaterem em grupo, a refletirem
sobre sua prática pedagógica e a experimentarem novas possibilidades, bem
como enfatizando os resultados alcançados pelos alunos.
No entanto abordaram-se vários aspectos referentes à função do gestor
na escola pública, como o caráter burocrático no qual se encontra tão
envolvido, a parte burocrática à qual são condicionadas, faltando-lhe, muitas
vezes, tempo para cuidar da parte pedagógica, a colocação de sua função
pedagógica em segundo plano, as relações de poder que se estabelecem, a
sua importância como articulador pedagógico e mediador entre a escola e os
segmentos da comunidade escolar e local, bem como a importancia do
exercício da liderança.
Espera-se, demonstrar, como as funções mencionadas são essenciais
ao gestor, caso a escola queira democratizar a gestão da escola pública e
avançar na melhoria da qualidade do ensino e, conseqüentemente, na
qualidade de vida dos educandos, tornando a sociedade mais humana e justa.
Observou-se que esse problema é tratado por muitos profissionais nos últimos
cinco anos, além de estarmos conscientes de algumas dificuldades que tem
nossa escola referente ao planejamento pedagógico, e tomando em conta que
o pedagogo principal da escola é o gestor. Aonde a responsabilidade maior em
conduzir todo este processo está voltada para sua pessoa.
A participação do grupo na tomada de decisões é a garantia de
maior identificação de todos com o trabalho a ser realizado. Fica mais fácil
31
conseguir a adesão e o entusiasmo de professores, funcionários e alunos para
um programa de inovação adotado pela escola, quando todos sentem que se
trata de um projeto em que cada um pode dar alguma coisa de si.
Há situações excepcionais em que a liderança democrática pode não se
a melhor saída, em uma situação de emergência, com perigo de vida, por
exemplo, o diretor pode nãop ter tempo de ser democrático. Se uma situação
repentina ameaça a segurança dos alunos, não tem sentido pensar em reunir
os professores para deliberar sobre o que fazer.nesta horta, o diretor tem de
assumir plena responsabilidade pelas decisões e impô-las com
firmeza.passada a emergência, porem, o estilo democrático volta a ser o mais
consentâneo com o trabalho da escola.
.
2.2.3- Líder Laissez-faire A liderança laissez-faire abre mão de qualquer tipo de controle sobre o
grupo, deixando-o à vontade para decidir por conta própria sobre os assunto
de seu interesse. Como se pode perceber, o estilo de liderança é uma linha
continua que tem em um extremo a liderança autocrática e no outro a liderança
laissez-faire, ficando a liderança democrática numa posição de equilíbrio entre
dois extremos.
Haverá situações também em que o estilo laissez-faire pode mostra-se
vantajoso. Uma comissão nomeada para determinado fim pode, no calor do
entusiasmo pelo trabalho, extrapolar suas atribuições e tomar rumos além do
previsto. Se esses rumos não são prejudiciais em qualquer sentido, o melhor é
deixar fazer, obrigar a comissão a limitar-se a suas atribuições especificas
pode ser uma forma de esfriar o entusiasmo e por tudo a perder.
2.2.4 – Líder Burocrático
32
Espécie de diretor que se preocupa apenas em conter suas funções ao
pé da letra e em exigir que todos os regulamentos sejam escrupulosamente
respeitados e as tarefas administrativas rigorosamente executadas em
conformidades com as exigências dos superiores hierárquicos. Tenta manter a
organização existente e assegurar o bom funcionamento dos seus diversos
elementos. Zela para que a rotina instituída não evolua.estilo de gestão que se
caracteriza como um processo de enquadramento que reduz ao mínimo novos
conflitos e as transformações.
O modelo burocrático de gestão tem sua origem nas teorias
organizacionais clássicas e cientifica, incorporando as remodelagens das
teorias mais recentes, gestadas no caldo da cultura positivista,
cartesianamente concebidas dando-lhe sua feição estrutural funcionalista,
nesse modelo de gestão.
As rotinas são fundamentais, o risco deve ser reduzido ao mínimo, o
conflito, resultante da afirmação dos sujeitos e indesejáveis pela autoridade do
chefe e o objetivo, mas, como usuário, e o objetivo, por isso, deve moldar-se
aos paradigmas de quem concebe a ação ou comanda a organização, embora
lhe seja atribuída á finalidade fundamental de construir cidadania, o que
equivale á busca da emancipação, a ação educacional acaba se dando na
verticalidade das relações, no eixo autoridade obediências.
2.2.5 - Líder Carismático O Termo carisma de difícil explicação, traduzido literalmente significa
favorito de Deus e implica a noção da irradiação magnética pessoal intensa e,
também, espiritualista interior profunda.
Por ser uma liderança que precisa de um posicionamento físico, é criada
uma expectativa sobre o indivíduo dominador, que por vezes pode acarretar
33
em frustrações, já que o líder carismático pode não conseguir ser ou agir como as
pessoas esperavam. Muitas vezes, o indivíduo carismático é uma pessoa idolatrada,
amada por determinado grupo.
CAPITULO III
34
Participação da Comunidade na escola.
“ Para examinarmos, mesmo que apenas de passagem
os determinantes imediatos do autoritarismo que no
interior da escola, dificultem a participação efetiva da
comunidade na gestão escolar, e preciso mencionar os
múltiplos interesses dos grupos que aí interagem bem
como os condicionamentos materiais, institucionais e
ideológicas desse autoritarismo”.
(PARO,2001 p,19,20)
Com relação aos desejos dos grupos, há certa fantasia ingênua que
toma a escola como uma grande família onde o grupo se une nesse caso,
havendo um pouco de boa vontade e sacrifício, os indivíduos conseguem viver
harmoniosamente, sem conflitos.
Mas é provável que as disputas, não se superam por se fazer de conta
que os conflitos eles não existam, visto que estes são reais e precisam ser
solucionados para seres alcançados e para coseguir e preciso conhecê-lo na
realidade.
A aplicação desta gestão fundamenta-se em conhecer a comunidade e
traçar seu perfil socioeconômico, cultural e educacional, como forma de
determinar sua pauta de valores, para que conste no plano da escola, no plano
de aula e no modo de administrar a escola. Esta gestão estabelece a
comunicação entre a escola e comunidade para dentro da escola através de
uma educação formal e informal.
A partir desta reciprocidade, via educação, oferecem-se atividades
educacionais e culturais voltadas à realidade do meio, para alunos e
35
comunidade. Esse modelo capacita o gestor de estabelecer a aproximação e a
integração escola- comunidade, culminando em uma gestão participativa.
3. 1- A escola como espaço democrático
“Quanto mais a minoria dominante refina os meios de
difusão de ideologia burguesa tanto mais a educação
publica, ocupando seu espaço democrático, adquiri
importância para as classes dominada”.
(LIBANIO Apud O Diálogo)
A desigualdade entre homens tem sua origem na desigualdade
econômica. Essa desigualdade é fator determinante nas relações
sociais,materiais e no acesso à cultura e a educação.
Não se pode acreditar em uma neutralidade na educação escolar
porque ela é formada por sujeitos que vivem a sua própria cultura e que estão
inseridos num contexto político social e não podem passar nada diferente de
sua própria prática.
A desigualdade entre homens tem sua origem na desigualdade
econômica. Essa desigualdade é fator determinante nas relações sociais,
materiais e no acesso à cultura e a educação.
Não se pode acreditar em uma neutralidade na educação escolar
porque ela é formada por sujeitos que vivem a sua própria cultura e que estão
inseridos num contexto político social e não podem passar nada diferente de
sua própria pratica.
36
A elite transmite uma educação diferenciada para a classe dominante,
em função de seus próprios interesses e uma outra educação para os
trabalhadores, o que visa principalmente a prepará-los para um trabalho físico,
atitudes conformistas, alienação e e aceitação de uma escolarização
deficiente.
Segundo Naura (2001,p 28) a diminuição da dependências das
escolas,que constitui essenciais de sua autonomia, deve ser acompanhada de
uma maior integração na comunidade local. Essa integração pressupõe o
envolvimento dos pais e de outros elementos dessa comunidade nas
atividades educativas providas pela escola, bem como a sua
corresponsabilidade na sua gestão.
“Mas se a autonomia da escola exige um maior controle
social por parte da comunidade,ela só pode torna-se
efetiva se contar com o empenhamento e participação
dos que vivem o dia-a-dia da escola, assegurando com o
seu trabalho o cumprimento da sua missão. São elas os
professores(bem como pessoal não docente e outros
adultos que prestam serviço na escola ou colaboram na
realização da tarefas educativas) e os alunos vistos não
como “clientes” ou “consumidores” mas sim como
“trabalhadores” e coprodutores da ação educativa”.
(FEEREIRA,2001 p29)
A necessidade de envolver na gestão todos os que participa, exige
praticas que promovam uma gestão participativa, e uma cultura democrática,
que pela valorização de formas de representação participação representativa,
que, principalmente, pelo exercício diferenciado e coletivo das funções de
gestão por parte de mecanismo da participação direta.
37
A educação é um dos requisitos fundamentais para o processo de
democratização da sociedade, entendendo por democratização: “ a conquista
de todos os segmentos da sociedade materiais, sociais políticas e culturais que
lhe possibilitem participar na condução das decisões políticas e
governamentais”.
A escola democrática tem que ser aquela que proporcione ao aluno, em
igualdade de condições, o domínio do conhecimento sistematizado, em mãos
das classes dominantes, e o desenvolvimento de suas capacidades
intelectuais, para que ele possa ser um sujeito inserido na sociedade e
consciente do seu papel como cidadão. Que escola é essa? A escola estatal
não é necessariamente pública.
Nenhum país do mundo se desenvolveu sem uma boa escola pública.
Nenhuma sociedade se desenvolveu sem incorporar a grande maioria de seus
cidadãos com acesso a educação gratuita e democrática, visando ao bem
estar da coletividade.
Com a escola publica sendo sucesso, seremos um país com menos
desigualdade social.A escola como espaço democrático não significa
simplesmente o acesso fácil a escola apenas pelas camadas mais pobres da
população, feita através do aumento dos números de escolas e de salas de
aulas.
A escola como espaço democrático não é ser apenas gratuita, já que
todos pagamos impostos e por isso temos direitos a esse benefício, ele não é
dado, ele é pago através de toda da contribuição da sociedade.
A escola como espaço democrático é o lugar onde o professor tem uma
atuação política e profissional a qual cabem tarefas de assegurar aos alunos
um sólido domínio de conhecimento e habilidades, o desenvolvimento de suas
capacidades intelectuais, de pensamentos independentes, crítico e criativo,
capaz de participar das lutas pelas transformações sociais. A LDB de 1996 é a
38
primeira de nossas leis a estabelecer atribuições para os estabelecimentos de
ensino, o que está definido no seu art.12.
Não se pretende trazer fórmulas que, se inseridas promovem a
participação completa da comunidade na escola. Se essas formulam aplicadas
existissem estariam certo que seria aplicadas por vários educadores escolares
bem intencionados que veem com as enormes dificuldades a participação da
comunidade. A participação da comunidade na escola é um caminho que ao
caminhar, não elimina a necessidade de se refletir a respeito de
potencialidades que a realidade apresenta.
“ O primeiro ponto a ser ressaltado e tão óbvio quanto
lembrar que a democratização se faz na pratica. Não
obstante guiada por alguma concepção teórica do real e
de suas determinações e potencialidades, a democracia
só se efetiva por atos e relações que se dão no nível da
realidade concreta. Esta premissa, apesar de sua
obviedade,parece permanentemente desconsiderada por
educadores escolares que, a partir de contato com
concepções teóricas que enfatizam a necessidade de
uma pratica social e escolar pautada por relação não-
autoritarias, assimilam o discurso, mas não exercitam a
pratica democrática correspondente”.
(PARO,1997 ,p.18)
Cada vez mais distante dos discursos democráticos, mas sem renunciar
o velho discurso, que acaba de servir como uma espécie e escudo que rever o
seu comportamento esta indagação deveria se levado a repensar
excessivamente o caráter da formação do educador no sentido de incluir
atividades que tenham maior contato com a realidade de nossas instituições
propiciam mais concretamente atitudes do futuro educador, fornecendo os
39
comportamentos autoritários, que não aparecem no âmbito do discurso de um
repensar critico das atitudes pessoais, no cargo de direção de um
relacionamento mais cooperativo e democrático.
Segundo Ferreira(2001 p,25) o processo de autonomia nas escolas
desenvolve-se em duas fases: acessível a um grande numero de escolas,a
autonomia é mais reduzida e pode ser posta em pratica e curto prazo. E
acessível só as escolas que concluíram com sucesso a primeira fase, a
autonomia e mais alargada. Isto significa que, o processo funcionara de acordo
com duas modalidades: as escolas que se regem pela lei geral e as escolas
sujeitas a um regime especial de derrogação de acordo com o estabelecido
para cada fase, as que celebram os contratos de autonomia,
A integração das escolas na primeira e na segunda fase do processo de
reforço de autonomia é formalizado pela celebração de “ contratos de
autonomia”. É através deles que são definidos, caso a caso, as competências
e os recursos necessários ao exercício das autonomias estratégicas,
pedagógicas, administrativa e financeira previstas no âmbito de cada uma das
fases.
40
CONCLUSÃO
Podemos concluir que a gestão escolar em seus aspectos históricos
desenvolveu-se que a exigência moderna tanto no setor publico como no
privado, foram determinando para o surgimento de novos estudos formais no
campo da gestão onde poder ser visto que certos paradigmas não foram
quebrados, onde pode ser estabelecer a eliminação de desperdício, o caráter
cientifico produtivo e a eficiência da gestão.
A gestão escolar diz que os acontecimentos e a decisão que precisam
ser tomadas são preciosos,pois o processo educativo precisa estar em
condições elevadas para dar conta da consecução de fins educacionais,
levando em conta respectivos tipos de gestão que destacamos ao longo do
texto, a gestão democrática, a participativa e a estratégica,pois as aplicações
destas gestões fundamentam-se em conhecer a comunidade e traçar seu perfil
socioeconômico, cultural e educacional e , podemos dizer que a gestão
estratégica de prazo mais longo se torna difícil e obscuro em um ambiente
sufocado por problemas de curto prazo.
No segundo capítulo, analisamos o papel do gestor e entendemos que a
formação total requer muito mais do que o domínio de conceitos e
informações,mais que adquirir competências técnicas ou instrumentais mais
desenvolvendo as em adequadas situações.
Ainda falando sobre o segundo capítulo, desenvolvemos adequados
tipos de liderança,o líder autocrático, democrático, laissez-faire, burocrático e
carismático, da mesma forma associamos a participação da comunidade junto
ás escolas no terceiro capítulo, que costuma buscar elementos para a nova
prática educativa, inserindo a escola comum espaço democrático que tem
numa intenção coletiva, uma deliberada e amplamente discutindo a construção
do futuro da escola.
41
BIBLIOGRAFIA CITADA
DÁLMAS, Ângelo. Planejamento participativo na escola: elaboração,
acompanhamento e avaliação.11º edição. Petrópolis, RJ: vozes, 1994.
FERREIRA, Naura syria Carapeto (org). Gestão da Educação: impasses,
perspectivas e compromissos. 3. Ed. São Paulo: Cortez, 2001.
GADOTTI, Moacir. Escola Cidadã.9. ed. São Paulo: cortez,2003.
HORA, Dianir Leal da. Gestão Democrática na Escola: Artes e Ofícios da
participação Coletiva. Campinas, SP: Papirus, 1994. ( Coleção Magistério:
Formação e Trabalho Pedagógico) 9º Edição 2002.
LUCK, Heloisa. FREITAS, Kátia Siqueira de KEITH, Robert Girling e Sherry. A
Escola Participativa – O trabalho do Gestor Escolar.5º edição. Rio de
Janeiro: DP&A, 2001)
MARTINS, Jose do Prado. Administração escolar:uma abordagem critica do
processo administrativo em educação. 2. Ed. São Paulo: Atlas, 1999.
MOTTA, Fernando Claudio Prestes. Administração e Participação – Reflexões
para a educação.São Paulo: Atlas,1999.
PARO Vitor Henrique. Gestão Democrática da Escola Publica. 3º edição. São
Paulo; Àtica, 2001( Série Educação em Ação)
LDB, Lei de Diretrizes e Bases da Educação. 9394/1996.
42
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
Gestão Escolar e Seus Aspectos históricos 10
1.1 – Tipos de Gestão escolar 15
1.1.1 – Gestão Democrática 16
1.1.2 – Gestão Participativa 17
1.1.3 – Gestão Estratégica 20
CAPÍTULO II
Papel do Gestor 23
2.1 – Tipos de Liderança 28
2.2.1 – Líder Autocrático 29
2.2.2 – Líder Democrático 29
2.2.3 - Líder Laissez- Faire 31
2.2.4 - Líder Burocrático 32
2.2.5 – Líder Carismático 32
CAPITULO III
Participação da Comunidade na escola 34
3.1 – A Escola Como espaço democrático 35
CONCLUSÃO 40
BIBLIOGRAFIA CITADA 41
ÍNDICE 42
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