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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM A RELEVÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA NA GESTÃO DE RISCOS Por: Priscila Barbosa dos Santos Orientador Professora: Luciana Madeira Rio de Janeiro 2011

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 2011-04-19 · Após a leitura e fichamento de textos especializados, procedeu-se à análise, interpretação e discussão

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

A RELEVÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA NA GESTÃO DE

RISCOS

Por: Priscila Barbosa dos Santos

Orientador

Professora: Luciana Madeira

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

A RELEVÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA NA GESTÃO DE

RISCOS

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Finanças e

Gestão Corporativa.

Por: Priscila Barbosa dos Santos.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço imensamente a professora

Luciana Madeira que despertou meu

interesse pelo assunto abordado e a

todos aqueles que direta ou

indiretamente contribuíram para esta

conquista.

DEDICATÓRIA

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Dedico esta monografia a Deus que me

norteia dia a dia, a minha mãe que

sempre me incentivou na busca do

conhecimento, ao meu marido que

compreende a divisão do tempo e da

atenção.

RESUMO

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A importância da auditoria interna encontra-se em grande evidência,

constituindo-se em um recurso vital para que uma empresa possa avaliar a

eficiência de sua gestão e zelar pela confiabilidade das informações prestadas

ao mercado. O presente estudo aborda a relevância da auditoria interna na

gestão de riscos. O estudo se justifica e se faz relevante, haja vista que

gerenciar riscos significa hoje, grande vantagem competitiva. As normas de

auditoria interna resumem os procedimentos necessários para preparar o

planejamento de auditoria. Este estudo trabalhou com a hipótese de que a

avaliação de risco viabiliza ao auditor delimitar um programa de auditoria eficaz

para testar controles relevantes ou testar os controles mais profunda e

minuciosamente. Concluiu-se que é recomendável que as empresas possuam

estruturas e comitês independentes de auditoria interna e com autonomia para

o desenvolvimento de suas atividades, reportando-se diretamente a alta

hierarquia da empresa.

Palavras-chave: Auditoria; Gestão de riscos; controles.

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METODOLOGIA

Através do método bibliográfico, com pesquisas a artigos da internet,

livros sobre o tema abordado que este trabalho será desenvolvido.

Segundo Fachin, (1993, p.102),

[...] a pesquisa bibliográfica diz respeito ao conjunto de conhecimentos humanos reunidos nas obras. Tem como base fundamental conduzir o leitor ao conhecimento de determinado assunto, à produção, coleção, armazenamento, reprodução, utilização e comunicação das informações coletadas para desempenho da pesquisa.

Para a melhor compreensão do objetivo da presente pesquisa,

habituando-se a seu real foco, faz-se necessário a correta utilização do

método. Após a leitura e fichamento de textos especializados, procedeu-se à

análise, interpretação e discussão dos mesmos, incluindo-se nesse rol, a

comparação dos dados levantados.

Com o intuito de desenvolver esta pesquisa e alcançar os objetivos

propostos, foram seguidos certos métodos e técnicas de auxílio, como o

método de abordagem indutivo. De acordo com Severino (2002, p. 192): "a

indução ou o raciocínio indutivo é uma forma de raciocínio em que o

antecedente são dados e fatos particulares e o conseqüente uma afirmação

mais universal."

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 9

CAPÍTULO I: AUDITORIA ....................................................................................... 10

1.1 História e Conceito de Auditoria ....................................................................... 11

1.2 Auditoria Interna ................................................................................................ 11

1.2.1 Conceitos e objetivos da auditoria interna .................................................... 11

1.2.2 Normas usuais de auditoria interna .............................................................. 13

1.2.3 Responsabilidades do auditor interno ........................................................... 14

1.2.4 Auditoria interna e controles internos ........................................................... 14

1.2.5 Processo de trabalho da auditoria interna e relatórios emitidos .................. 15

1.3 Auditoria externa ................................................................................................ 16

1.3.1 Conceito e objetivo da Auditoria Externa ........................................................ 16

CAPÍTULO II: CONTROLE INTERNO .................................................................. 16

2.1 Objetivos do controle interno ............................................................................ 17

2.1.1 Salvaguardar os ativos .................................................................................. 17

2.1.2 Checar a exatidão e fidedignidade dos seus dados contábeis ....................... 17

2.1.3 Promover a eficiência operacional ................................................................ 18

2.1.4 Disseminar a aderência das políticas fixadas pela administração ............... 18

2.1.5 Outros objetivos dos controles internos ........................................................ 19

3.1 Conceito geral de risco ......................................................................................... 20

3.2 Perspectivas dos riscos nas empresas .................................................................. 21

3.2.1 Risco como fator de perigo ou ameaça.......................................................... 21

3.2.2 Risco como fator de incerteza ........................................................................ 22

3.2.3 Risco como fator de oportunidade ................................................................. 22

3.3 Classificação dos riscos empresariais ................................................................ 24

3.3.1 Riscos estratégicos ......................................................................................... 24

3.3.2 Riscos financeiros .......................................................................................... 26

3.3.3 Riscos operacionais ....................................................................................... 27

CAPÍTULO IV: A RELEVÂNCIA DA EUDITORIA INTERNA NA GESTÃO DE RISCOS.......................................................................................................................... 30

CONCLUSÃO ............................................................................................................... 33

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 35

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Lista de Figuras Figura 1 - Perspectivas dos riscos.....................................................................24 Figura 2 – Causas e efeitos dos riscos

operacionais.........................................29

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INTRODUÇÃO

No cenário atual de negócios, as empresas estão sujeitas a uma grande

gama de riscos em sua operação.

“É aceitável qualificar os riscos corporativos como: riscos de negócio

(demanda, marketing, tecnológico), riscos de eventos (legal, de reputação, e

regulamentação) e riscos financeiros”.

A importância da auditoria interna encontra-se em grande evidência,

constituindo-se em um recurso vital para que uma empresa possa avaliar a

eficiência de sua gestão e zelar pela confiabilidade das informações prestadas

ao mercado.

O presente estudo aborda a relevância da auditoria interna na gestão de

riscos.

O estudo se justifica e se faz relevante, haja vista que gerenciar riscos

significará no futuro, grande vantagem competitiva.

As normas de auditoria interna sumarizam os procedimentos

necessários para preparar o planejamento de auditoria. A avaliação do risco

em auditoria interna identifica, prioriza e mede os riscos, possibilitando focar as

áreas auditáveis mais significativas.

Acredita-se que a avaliação de risco viabiliza ao auditor delimitar um

programa de auditoria eficaz para testar controles relevantes ou testar os

controles mais profunda e minuciosamente.

Ao desenvolver esta pesquisa procurou-se responder à seguinte

questão: é recomendável que as empresas possuam estruturas e comitês

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independentes de auditoria interna e com autonomia para o desenvolvimento

de suas atividades?

CAPÍTULO I: AUDITORIA

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As atividades de auditoria devem acontecer em toda a organização,

em todos os níveis e em todos os processos, para detectar ou prevenir

ameaças aos objetivos da empresa.

1.1 História e Conceito de Auditoria

Como idéia principal, o que determinou o progresso contínuo da

auditoria, que é decorrente da evolução da contabilidade, foi o crescimento

econômico dos países.

Attie (1998) refere-se à evolução da auditoria com a evolução da

contabilidade, relacionado com a evolução econômica dos países e das

empresas.

Para Sá (2000, p. 25):

Auditoria é uma tecnologia contábil aplicada ao sistemático exame dos registros, demonstrações e de quaisquer informes ou elementos de consideração contábil, visando a apresentar opiniões, conclusões, críticas e orientações sobre situações ou fenômenos patrimoniais da riqueza aziendal, pública ou privada, quer ocorridos, quer por ocorrer ou prospectados e diagnosticados.

1.2 Auditoria Interna 1.2.1 Conceitos e objetivos da auditoria interna

A auditoria interna é uma atividade independente de fornecimento de

segurança objetiva que visa acrescentar valor a uma organização e melhorar

suas operações. A auditoria ajuda a organização a atingir seus objetivos por

meio de uma abordagem sistemática e disciplinada de avaliação para melhoria

da eficácia de seus processos de gerenciamento de riscos, controle e

governança (IIA – Institute of Internal Auditors).

Em todos os lugares do mundo a transparência, a redução de riscos e o

cumprimento de leis e normas sempre foram aspectos relevantes para as

empresas. Combinado com a gestão de riscos e a governança, os controles

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internos e a compliance somam o que é de suma importância para a

sustentabilidade das corporações.

O objetivo do trabalho do auditor interno consiste em realizar uma

revisão das transações e do sistema operacional das empresas visando à

proteção dos bens e direitos da empresa contra fraudes, desvios ou

desfalques, bem como a constatação de possíveis irregularidades e usos

indevidos de seus bens e direitos. (OLIVEIRA e DINIZ FILHO, 2001)

Conforme Attie (1992, p. 29), a auditoria interna tem por objetivo:

1. Examinar a integridade e fidedignidade das informações

financeiras e operacionais e os meios utilizados para aferir,

localizar, classificar e comunicar essas informações;

2. Examinar os sistemas estabelecidos, para certificar a

observância às políticas, planos, leis e regulamentos que

tenham, ou possam ter, impacto sobre operações, relatórios, e

determinar se a organização está em conformidade com as

diretrizes;

3. Examinar os meios usados para a proteção dos ativos e, se

necessário, comprovar sua existência real;

4. Verificar se os recursos são empregados de maneira eficiente e

econômica;

5. Examinar operações e programas e verificar se os resultados

são compatíveis com os planos e se essas operações e esses

programas são executados de acordo com o que foi planejado; e

6. Comunicar o resultado do trabalho de auditoria e certificar que

foram tomadas as providências necessárias a respeito de suas

descobertas.

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Segundo Nascimento e Pereira (2005, p.3),

A Auditoria Interna é a especialização contábil voltada à garantia de

qualidade, transparência e segurança dos controles internos

implantados com o fim de salvaguardar o patrimônio dos acionistas,

cuja estrutura está diretamente ligada a setor interno da empresa

auditada.

1.2.2 Normas usuais de auditoria interna

Iniciando pelo planejamento, há a necessidade do conhecimento dos

riscos para definir os procedimentos, utilizando-se de amostragens e

processamento eletrônico de dados – PED com a finalidade de geração de

relatórios preservando a confidencialidade do seu conteúdo.

A mais observada das normas, nessa área, é a NBC T-12 que trata da

auditoria interna indicando procedimentos e normas entre outros assuntos

específicos.

A NBC T 12 – Da Auditoria Interna (2005, p.5) lista uma séria de fatores

que devem ser considerados na realização do planejamento, que são:

1. O conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de

gestão de riscos da entidade;

2. O conhecimento detalhado das atividades operacionais e dos

sistemas contábil e de controles internos e seu grau de

confiabilidade da entidade;

3. A natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de

auditoria interna a serem aplicados, alinhados com a política de

gestão de riscos da entidade;

4. A existência de entidades associadas, filiais e partes

relacionadas que estejam no âmbito dos trabalhos da Auditoria

Interna;

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5. O uso do trabalho de especialistas;

6. Os riscos de auditoria, quer pelo volume ou pela complexidade

das transações e operações;

7. O conhecimento do resultado e das providências tomadas em

relação a trabalhos anteriores, semelhantes ou relacionados;

8. As orientações e as expectativas externadas pela administração

aos auditores internos; e

9. O conhecimento da missão e objetivos estratégicos da entidade.

Para Attie (1998, p.44) “o planejamento pressupõe adequado nível de

conhecimento sobre o ramo de atividade, negócios e práticas operacionais da

entidade em exame”. É justamente isso o que determina a NBC T 12.

1.2.3 Responsabilidades do auditor interno

Segundo a NBC T 12 (2005), o auditor interno deve obter, analisar,

interpretar e documentar as informações físicas, contábeis, financeiras e

operacionais para dar suporte aos resultados de seu trabalho; e também, o

auditor interno deve adotar procedimentos adequados para assegurar-se que

todas as contingências ativas e passivas relevantes decorrentes de processos

judiciais, reivindicações e reclamações, bem como de lançamentos de tributos

e de contribuições em disputa, foram identificadas e são do conhecimento da

administração da Entidade.

1.2.4 Auditoria interna e controles internos

De acordo com Almeida (1996), com a expansão dos negócios sentiu a

necessidade de dar maior atenção às normas ou aos procedimentos internos.

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Isso decorreu do fato de que o administrador e, em alguns casos, o proprietário

da empresa, não poderia supervisionar pessoalmente todas as suas

atividades. No entanto, da nada valeria a implantação de quaisquer

procedimentos internos sem que houvesse um acompanhamento para verificar

se os mesmos eram seguidos pelos empregados da empresa.

Para a FASB (Financial Accounting Standards Board), controle interno

consiste num conjunto de políticas e procedimentos que são desenvolvidos e

operacionalizados para garantir razoável certeza acerca da confiança que pode

ser depositada nas demonstrações financeiras e nos seus processos

correlatos, bem como na correta apresentação daquelas demonstrações

financeiras, garantindo que foram preparadas de acordo com os princípios de

contabilidade geralmente aceitos e que incluem políticas e procedimentos de

manutenção dos registros contábeis, aprovações em níveis adequados e

salvaguarda de ativos.

Conforme o COSO (Committee of Sponsoring Organizations of the

Treadway Commission) os controles internos asseguram o atingimento dos

objetivos, de maneira correta e tempestiva, com a mínima utilização de

recursos.

Segundo Shleifer e Vishny (1997, p.737), a maior parte das economias

de mercado avançadas tem resolvido seu problema de governança corporativa

de uma forma no mínimo razoável, garantindo enormes fluxos de recursos

para as empresas e o retorno dos lucros aos fornecedores de recursos.

Entretanto, conforme evidências dos problemas de governança no mercado

acionário norte-americano em 2002, isto não significa que as economias

desenvolvidas resolveram o problema da governança corporativa de forma

ótima.

1.2.5 Processo de trabalho da auditoria interna e relatórios emitidos

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Os procedimentos da Auditoria Interna compõem-se de exames e

investigações que dão subsídios satisfatórios ao auditor interno para embasá-

lo em suas conclusões e recomendações à administração da entidade.

Segundo o Conselho Federal de Contabilidade, “a auditoria interna

constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo examinar

a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informações

físicas, contábeis, financeiras e operacionais da Entidade”.

Para Attie (1992), esse “programa de trabalho procura encorajar o

processamento ordenado do serviço e fornecer registro formal do que se

pretende executar para chegar ao objetivo final, além disso, contribui para

adequada supervisão do pessoal, visa também controlar o tempo e evidenciar

o trabalho realizado”.

1.3 Auditoria externa

1.3.1 Conceito e objetivo da Auditoria Externa

Também conhecida como auditoria independente é um serviço técnico

profissional especializado que tem por objetivo a emissão de parecer sobre a

adequação das demonstrações contábeis, bem como a emissão de pareceres

quanto ao sistema administrativo-operacional da organização.

CAPÍTULO II: CONTROLE INTERNO

Conforme Gomes e Salas (1999, p.13), o controle de gestão tem

experimentado considerável expansão conceitual a partir da década de 50. Ao

longo de todo este período, e principalmente durante a década de 70, surgem

novos enfoques que incorporam novos conceitos, muitos emprestados de

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outras áreas (economia, psicologia, sociologia, administração, etc.). É, porém,

durante os anos 80 que diversos trabalhos passam a chamar a atenção para a

crise existente na área contábil de gestão, devido a diversos fatores que têm

dificultado sua utilização como efetivo instrumento que facilite e potencialize o

gerenciamento das atividades da empresa.

O Instituto de Auditores Internos do Brasil, Audibra (1992, p.48),

registra: (...) controles internos devem ser entendidos como qualquer ação

tomada pela administração (assim compreendida tanto a Alta Administração

como os níveis gerenciais apropriados) para aumentar a probabilidade de que

os objetivos e metas estabelecido sejam atingidos. A Alta Administração e a

gerência planejam, organizam, dirigem e controlam o desempenho de maneira

a possibilitar uma razoável certeza de realização.

2.1 Objetivos do controle interno

Para esclarecer as principais finalidades do controle serão explicados a

seguir os principais objetivos tratados na bibliografia consultada, são eles:

2.1.1 Salvaguardar os ativos

Significa proteger e preservar o patrimônio da organização. De acordo

com Attie (1986, p.198), “Compreende a forma pela qual são salvaguardados e

defendidos os bens e direitos da empresa”.

2.1.2 Checar a exatidão e fidedignidade dos seus dados contábeis

Checar a exatidão e fidedignidade dos dados contábeis de acordo com

Attie (1998, p.119), significa: “Permitir que os registros fossem feitos de forma

exata, completa e de acordo com a realidade dos fatos, possibilitando a

apuração e a divulgação das informações nos relatórios contábeis

institucionais e gerenciais”.

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2.1.3 Promover a eficiência operacional

Segundo Tenório (2002, p.18), “Eficiência é a melhor forma de fazer

algo com os recursos disponíveis”. Dessa forma, entende-se que eficiência é a

possibilidade de se fazer mais com menos recursos; é o melhor

aproveitamento dos recursos humanos, materiais e financeiros no

cumprimento de um objetivo determinado.

Conforme Attie (1998, p.120), “O objetivo do controle interno relativo ao

estímulo à eficiência operacional determina prover os meios necessários à

condução das tarefas, de forma a obter entendimento, aplicação e ação

tempestiva e uniforme”.

De acordo com Garcia (1999, p.32): “Para promover o

acompanhamento e a manutenção da eficiência operacional, um sistema de

controles internos deve conter procedimentos que permitam à administração

avaliar a eficiência das atividades e o cumprimento das metas

organizacionais”.

Esse monitoramento pode ser obtido por meio do acompanhamento de

indicadores de desempenho, como comparações entre o orçamento previsto

versus o realizado e das metas propostas versus as que foram alcançadas.

2.1.4 Disseminar a aderência das políticas fixadas pela administração

A divulgação e documentação das políticas e procedimentos permitem

à organização demonstrar quais são seus valores e sua cultura, além de

contagiar os colaboradores na adequação de suas atividades.

Um dos princípios básicos do uso das políticas é a uniformidade e a

obrigatoriedade, que devem atingir todos os níveis da organização, “Existem

vários tipos de políticas, algumas são simples regras de trabalho, outras

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afetam o comportamento da empresa com um todo, mas todas representam

um papel na gerência da empresa” (BIO, 1985, p.53).

De acordo com Attie (1998, p.121), “Cada pessoa e cada segmento da

organização precisam funcionar harmonicamente, fazendo com que toda a

estrutura da empresa caminhe para o mesmo objeto”.

2.1.5 Outros objetivos dos controles internos

Em complemento aos objetivos explorados acima, Garcia (1999)

esclarece que o propósito do controle é, em essência, preservar a existência

de qualquer organização e apoiar seu desenvolvimento.

Franco e Marra (1998, p.269) relatam que “Os objetivos primordiais

dos controles internos contábeis e financeiros são: fornecer à contabilidade

dados corretos e conferir a exatidão da escrituração, além de evitar

desperdícios, erros e, se ocorridos, identificá-los”.

CAPÍTULO III: GESTÃO DE RISCOS

Na concepção de Assaf Neto (2003), quando a incerteza associada a

determinado evento pode ser quantificável por meio de probabilidades de

resultados previstos, entende-se que a decisão está sendo tomada sob uma

situação de risco.

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3.1 Conceito geral de risco

Vaughan (1997, p. 8) relaciona o risco a “uma condição na qual existe

uma possibilidade de um desvio adverso de uma expectativa de resultado

associado à esperança” 1.

Na obra de Bernstein (1997, p. 8), que narra a história do risco desde a

Grécia antiga até os dias atuais, o autor defende que “o risco é uma opção, e

não um destino. É das ações que ousamos tomar, que dependem de nosso

grau de liberdade de opção [...]”.

Gitman (1997, p. 202) opina que “o risco, em seu sentido fundamental,

pode ser definido como a possibilidade de prejuízo financeiro [V]”, e Hoji

(2001, p. 223), nesta mesma linha, manifesta que “geralmente, o risco está

associado a algum fator negativo que possa impedir ou dificultar a realização

do que foi planejado”.

Para Jorion (2001, p. 3), risco refere-se à “volatilidade de resultados

inesperados, normalmente relacionados ao valor de ativos ou passivos de

interesse”.

Pode-se deduzir que as definições de risco evidenciam as chances de

obtenção de resultados esperados ou não, permitindo-se o cálculo de seu

impacto negativo ou positivo.

Goulart (2003, p. 74) reforça essa idéia dizendo que “o risco existe

quando há probabilidade de experimentar retornos diferentes do que se

espera. Nesse sentido, há ‘risco’ tanto de ocorrência de resultados inferiores

quanto de ocorrência de resultados superiores ao esperado”.

1 Texto no original: Risk is a condition in which there is a possibility of an adverse deviation from a desired outcome that is expected or hoped for.

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Assim sendo, Pindyck e Rubinfeld (1994) descreve que a incerteza

refere-se a situações em que uma decisão pode gerar muitos resultados,

porém cada um deles apresenta possibilidades de ocorrências desconhecidas,

enquanto que o risco refere-se a situações para as quais podem se relacionar

os possíveis resultados, e conhecer a possibilidade de cada resultado vir a

ocorrer.

Nesse sentido, Sanvincente (1997) salienta que uma situação de

incerteza passa a ser uma situação de risco, quando é possível fazer

estimativas das probabilidades de ocorrência de determinados eventos. Duarte

Jr. (2001, p. 103) completa assim: “qualquer medida numérica dessa incerteza

pode ser chamada de risco”.

O verdadeiro risco de qualquer investimento pode ainda ser definido

segundo Ross, Westerfield e Jaffe (2002, p. 241) como uma parcela que

decorre de surpresas, pois “se já tivéssemos conseguido o que esperávamos,

não haveria risco ou incerteza”.

3.2 Perspectivas dos riscos nas empresas

Cada organização apresenta um perfil específico de riscos, seja pela

característica do evento, ou pela política de gestão (conservadora ou

agressiva). Para identificar esse perfil, torna-se necessário reconhecer que os

conceitos de riscos podem ser vistos sob perspectivas distintas. Para

Padoveze (2003), essas perspectivas resumem-se em: perigo ou ameaça,

incerteza e oportunidade.

3.2.1 Risco como fator de perigo ou ameaça

Conforme Padoveze (2003), são também conhecidos como riscos

“negativos” relacionados a perdas potenciais, e representam a perspectiva dos

gestores responsáveis pelas atividades de monitoramento de ameaças ou

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riscos internos. É a visão mais tradicional de risco, e corresponde a eventos

como perdas financeiras, fraudes, furtos ou roubos, prejuízos à imagem da

empresa, falhas de sistemas, quebra de sigilo ou demandas judiciais. A

preocupação principal é o estabelecimento de pontos de controle para reduzir

a probabilidade de ocorrência dos eventos de impactos negativos, sem incorrer

em gastos expressivos ou excessos de burocracia.

Segundo Marshall, C. (2002), a avaliação do risco como fator negativo

é mais útil quando é exigida da gestão uma postura mais conservadora, o que

requer altos padrões de cuidado na escolha das decisões.

3.2.2 Risco como fator de incerteza

De acordo com Padoveze (2003, p. 129), referem-se “à distribuição de

todos os resultados possíveis, sejam positivos ou negativos”. A ocorrência do

evento gerador da perda é entendida como “não-certa”. Assim, a preocupação

da gestão baseia-se em procurar reduzir a variância entre os resultados

planejados e os resultados reais.

Nesse ponto, é importante distinguir o risco da incerteza, conforme foi

abordado no tópico sobre conceito de risco. Marshall, C. (2002, p. 37) reforça

que “risco se aplica a resultados que, embora não-certos, tenham

probabilidades que possam ser estimadas pela experiência ou por dados

estatísticos”. Embora a incerteza esteja presente sob todas as visões de riscos,

só se caracteriza risco quando é possível estimar as probabilidades de

ocorrência e, dessa forma, monitorá-las por meio de controles que protejam a

empresa de danos ou prejuízos.

3.2.3 Risco como fator de oportunidade

Na busca de riscos que possam ameaçar a empresa, os gestores

podem se deparar com novas oportunidades de negócios. Santos (2002, p. 17)

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comenta que “na maioria dos casos, o que significa risco para uma empresa

pode caracterizar uma oportunidade para outra”.

Para Marshall, C. (2002, p. 36), “frequentemente negligenciada é a

visão de risco como oportunidade. [...] Os negócios são inerentemente

arriscados; o sucesso chega àqueles que assumem riscos que dão certo”. Há

uma preocupação demasiada com os fatores negativos de risco; isso pode

implicar em perdas de oportunidades ao arriscar em outros negócios. A

perspectiva voltada para o risco como fator de oportunidade pode tornar a

gestão proativa e agressiva ao invés de passiva e reativa.

Sob essa perspectiva, os riscos são entendidos como riscos

“positivos”, relacionados a ganhos potenciais, e representam uma expectativa

da alta administração e das áreas de planejamento, preocupados com o

desempenho empresarial. Segundo Padoveze (2003), esses riscos estão

intrinsecamente relacionados com retorno, sendo que quanto maior o risco,

maior o potencial de rentabilidade.

Esses conceitos constituem-se no risco contínuo do negócio. Um

mesmo evento pode ser, a princípio, uma ameaça. Na busca de administrá-lo

em função da incerteza da ocorrência de perdas, pode-se deparar com

situações oportunas, que podem ser transformadas em possíveis retornos

positivos. As três perspectivas abordadas são demonstradas na figura 1.

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Figura 1 – Perspectivas dos riscos

Fonte: Padoveze (2003, p. 130)

3.3 Classificação dos riscos empresariais

Para Martin, Santos e Dias Filho (2004, p. 10), conhecer os riscos é

fundamental para a empresa, “já que aqueles aos quais está exposta e que

não sabe reconhecer são os que se revelam mais contundentes”.

Muitos riscos são específicos a cada tipo de negócio, há uma evolução

constante no ambiente em que a empresa está inserida e, conseqüentemente,

o surgimento de novos riscos.

3.3.1 Riscos estratégicos

Os riscos estratégicos são oriundos de ameaças externas à

organização. Segundo Martin, Santos e Dias Filho (2004, p. 11), apesar de

estarem fora do controle da organização, “podem afetar o valor de ativos

específicos ou a própria empresa como um todo”.

Considerando esse conceito, os riscos a seguir tipicamente se

enquadram na categoria de riscos estratégicos:

a) riscos de clientes - é o risco associado às necessidades e

expectativas dos clientes, bem como do potencial dos

mesmos. Para Marshall, C. (2002, p. 417) “ainda que ter

clientes seja uma parte necessária de estar no negócio, eles

(principalmente novos clientes) são, em si mesmos, a fonte

de alguns dos riscos mais intratáveis [...]”;

b) riscos de fornecedores – surgem quando há desequilíbrio de

interesses entre empresa e fornecedor, como aumento dos

preços ou quebra de fornecedor exclusivo. Santos (2002, p.

48) alerta que “o gerenciamento das informações sobre os

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fornecedores não pode se limitar à área de compras, a qual

estará mais preocupada com negociações do que com a

análise estratégica dos mesmos”;

c) riscos de concorrentes – decorrem das perdas de clientes e de

mercados devido a estratégias bem-sucedidas como

lançamento de novos produtos ou versões mais atualizadas

(SANTOS, 2002);

d) riscos de regulamentações – estão associados às mudanças no

ambiente empresarial ou na regulamentação da atividade,

podendo provocar perdas de proteção do negócio. Conforme

Marshall, C. (2002, p. 431), mudanças nas regulamentações

governamentais não implicam em perdas diretas, “mas pode

resultar em erros regulamentares, erros contábeis, falhas de

conformidade ou em litígio com clientes, caso não se cumpra

a nova regulamentação”;

e) riscos político-econômicos - decorrem de mudanças políticas e

econômicas no país ou no mundo que afetem o setor de

atividade que a empresa opera;

f) riscos naturais – são possíveis fenômenos da natureza, tais como

inundação, incêndios, vendavais, terremotos, furacões, que podem levar a

perda de ativos.

Destes conceitos, observa-se que os riscos estratégicos decorrem do

posicionamento da organização no mercado. Mudanças no cenário político e

econômico, bem como de regulamentações do negócio, são fatores que

influenciam constantemente as atividades da empresa, e que podem colocá-la

em situação de risco. Diante disso, as variáveis envolvidas nos riscos

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estratégicos são externas, sendo condição mínima para o monitoramento

desses riscos, o acompanhamento das alterações ambientais ligadas à

atividade.

3.3.2 Riscos financeiros

Os riscos financeiros relacionam-se às possibilidades de perdas

financeiras no mercado em detrimento a oscilações de índices financeiros.

Embora estejam ligados diretamente às instituições financeiras, Jorion (2001,

p. 4) afirma que “[...] a gestão de risco financeiro tornou-se instrumento

essencial para que uma atividade comercial possa existir”.

Dentre a maioria dos autores pesquisados, os riscos financeiros

subdividem-se em: riscos de mercado, crédito, liquidez e legal. Alguns autores

como Tostes (1997), Brito, O. (2000) e Jorion (2001) incluem também os riscos

operacionais nessa subdivisão. Neste estudo, optou-se por tratar os riscos

operacionais separadamente e os riscos financeiros foram classificados em:

a) riscos de mercado – são perdas originadas da movimentação em

preços de mercado. Trata-se de flutuações desfavoráveis

em variáveis econômicas e financeiras como taxas de juros,

taxas de câmbio, preços de ações e de commodities

(BRITO, 2000; GOULART, 2003). Há ainda outros índices

utilizados para reajustes de valor de contratos indexados a

moedas estrangeiras ou índices que refletem a inflação que

podem gerar perdas;

b) riscos de crédito – relacionam-se à inadimplência. Conforme

Securato (2002), a falta de certeza do recebimento ou não

de uma operação de crédito no seu vencimento é a

condição para gerar o risco de crédito. Chaia (2003, p. 1)

complementa esse raciocínio definindo o risco de crédito

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como “a perda inesperada decorrente de erro no processo

de avaliação da probabilidade de inadimplência do agente

contratante do negócio”. A inadimplência pode ser

caracterizada ainda por falhas no cumprimento de prazos

celebrados contratualmente por uma contraparte;

c) riscos de liquidez - no entendimento de Brito (2000, p. 70), “este

risco decorre da falta de caixa (recursos) necessária para honrar obrigações

assumidas nas transações”. Relaciona-se também à realização de ativos a

preços adversos no mercado implicando em perdas e, conseqüentemente, à

redução na liquidez.

Dessas definições, percebe-se que os riscos financeiros estão

vinculados ao fluxo de caixa da empresa, abrangendo fatos desde a falta de

liquidez para honrar compromissos financeiros, até o impacto de oscilações em

indexadores financeiros.

3.3.3 Riscos operacionais

Segundo Duarte Jr. (2001, p. 105) “risco operacional está relacionado

a possíveis perdas como resultado de sistemas e/ou controles inadequados,

falhas de gerenciamento e erros humanos”.

Para Jorion (2001, p. 15), “os riscos operacionais referem-se às perdas

potenciais resultantes de sistemas inadequados, má administração, controles

defeituosos ou falha humana”. Jorion (2001) considera nessa categoria: os

riscos da não-execução de atividades que podem resultar em atrasos

onerosos; os riscos de fraude em detrimento a falsificação de informações; os

riscos tecnológicos que demandam necessidade de proteção dos sistemas

contra acesso não-autorizado ou violações.

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Na concepção de Marshall, C. (2002, p. 427), risco operacional “é o

risco de falha dentro dos vários processos operacionais internos”. Entretanto,

Marshall. (2002, p. 5) alerta que “riscos operacionais tendem a aumentar com

a distância do escritório-matriz”. Segundo o autor, isso ocorre porque,

inevitavelmente, isso distancia o controle de risco da iniciação do risco,

causando o perigo de que eventos indesejáveis possam ocorrer.

Essas definições alinham-se com a elaborada pelo BIS (2003a, p. 120)

para risco operacional: "perdas resultantes de processos internos falhos ou

inadequados, pessoas e sistemas, ou eventos externos. Esta definição inclui

risco legal, mas exclui risco estratégico e reputacional” 2. De acordo com BIS

(2003b, p. 2), “esta definição foi adotada vinda da indústria como parte do

trabalho do Comitê em desenvolver uma alocação mínima de capital

regulatório para risco operacional”.

Ainda o documento do BIS (2003b) traz alguns exemplos de eventos

que refletem em riscos operacionais, dentre eles, são citados: brechas

fiduciárias, falhas na gestão de colaterais, documentação legal incompleta,

desempenho indevido da contraparte não-cliente, entre outros. Esses

exemplos refletem a ocorrência de riscos legais.

Duarte Jr. (2001, p. 106) entende que “o risco legal está relacionado a

possíveis perdas quando um contrato não pode ser legalmente amparado”.

Assim, embora alguns autores classifiquem os riscos legais como

financeiros, assume-se neste trabalho, o risco legal como subclassificação da

categoria de riscos operacionais, tendo como balizador as proposições do BIS,

pois mesmo que gere perdas financeiras, origina-se de transações

operacionais.

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Os riscos operacionais podem ocorrer devido a diversos eventos. A

figura 2 exemplifica alguns tipos de eventos, relacionando-os com suas

respectivas causas e efeitos.

Figura 2 – Causas e efeitos dos riscos operacionais

Fonte: Guaitolli (2005, p. 2)

Observando os componentes da figura acima, pode-se inferir que os

elementos listados nas causas são os norteadores à criação de controles para

a redução das possibilidades de ocorrência de perdas operacionais. A

identificação dos eventos permite o mapeamento de possíveis perdas

originadas em um processo de falhas. Os efeitos refletem as conseqüências

das falhas e possibilitam a implementação de alternativas para minimizar ou

evitar perdas operacionais.

2 Texto no original: Operational risk is defined as the risk of loss resulting from inadequate or failed internal processes, people and systems or from external events. This definition includes legal risk, but

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CAPÍTULO IV: A RELEVÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA

NA GESTÃO DE RISCOS

O grande narrador da história dos riscos, Bernstein (1997, p. 1), afirmou

que “a idéia revolucionária que define a fronteira entre os tempos modernos e

o passado é o domínio do risco [...]”.

Em passado recente, a filosofia dos profissionais que lidavam com

riscos empresariais consideravam exclusivamente questões operacionais,

tratadas com seguros e questões financeiras, por meio de hedge. Novas

metodologias de gestão vêm sendo implementadas no âmbito empresarial.

Nas palavras de Brito (2000, p. 24), “a gestão do risco é o processo por

meio do qual as diversas exposições ao risco são identificadas, mensuradas e

excludes strategic and reputational risk.

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controladas”. Além dessas funções, Brito (2000, p. 117) acrescenta que a

“divulgação dos riscos” é também função a ser desempenhada no processo de

gestão.

Essa gestão é fundamental para que a instituição financeira compreenda os riscos assumidos, dimensionando-os e adequando-os aos seus objetivos relacionados ao risco-retorno. Sem a identificação, mensuração e controle desses riscos, a instituição financeira acaba colocando em dúvida sua própria continuidade, além de não prover adequadamente seus clientes com serviços financeiros (BRITO, 2000, p. 24).

Williams e Heinz (1964, p. 11 apud VAUGHAN, 1997, p. 91) corroboram

esse raciocínio ao entenderem a gestão de riscos como “a minimização dos

efeitos adversos do risco a um custo mínimo por meio da identificação,

mensuração e controle” 3.

De acordo com Panhoca (2000, p. 23), “o objetivo da administração do

risco é eliminar ou mitigar a probabilidade de ocorrência de um evento não-

desejado ou controlar suas conseqüências a um nível aceitável e, se possível,

conhecido e mensurável”.

Vaughan (1997, p. 30) assim define a administração de risco:

Administração de risco é uma abordagem científica para lidar com riscos puros antecipando-se a possíveis perdas acidentais e projetando e implementando procedimentos que minimizam a ocorrência de perda ou o impacto financeiro das perdas que ocorrem.

Vaughan (1997) ainda manifesta que, normalmente, os negócios

possuem vários objetivos; assim, seria inadequado dizer que a gestão de

riscos possui um único objetivo. Dentre os seus múltiplos objetivos, a maioria

dos autores entende como os dois objetivos principais: a mitigação dos efeitos

dos riscos e a minimização dos custos.

3 Texto no original: The minimization of the adverse effects of risk at minimum cost through its identification, measurements, and control.

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De acordo com Famá, Cardoso e Mendonça Neto (2001, p. 1), a gestão

de riscos em negócios “procura identificar eventos que possam ter

conseqüências financeiras adversas e, então, imaginar salvaguardas para

prevenir e/ou minimizar o perigo causado por tais eventos”.

Administração do risco empresarial é o processo de planejar, organizar, conduzir, e controlar as atividades de uma organização para minimizar os efeitos de risco no capital e lucros (retornos) de uma organização. Admiministração do risco empresarial também amplia o processo para não abranger somente riscos associados com perdas acidentais, mas também riscos financeiros, estratégicos, operacionais, e outros (CASSIDY, 2005, p. 29)4.

A Controladoria tem se preocupado em atuar de forma a considerar os

riscos envolvidos no negócio, seja no processo de planejamento estratégico,

operacional ou de controles. Também se constatou que interage com as outras

áreas gerenciais, e a avaliação de desempenho visa aos riscos potenciais.

4 Texto no original: ERM is the processo of planning, organizing, leading, and controlling the activities of an organization to minimize the effects of risk on organization’s capital and earnings. ERM also expands the process to embrace not just risks associated with accidental losses but also financial, strategic, operational, and other risks.

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CONCLUSÃO

Neste estudo apresentou-se a história e o conceito de auditoria,

analisando-se as peculiaridades da auditoria interna e externa. Em seguida,

procedeu-se a uma análise sobre o controle interno e seus objetivos.

Discorreu-se acerca da gestão de riscos, apresentando o conceito geral de

risco, demonstrando as perspectivas dos riscos nas empresas e classificando

os riscos empresariais. Por último, relacionou-se a auditoria contábil aos riscos

do controle interno.

Constatou-se que o risco é a possibilidade de perda ou prejuízo, direto

ou indireto, a que estão sujeitas as pessoas em seus dia-a-dia. Em relação ao

mercado financeiro, o risco é uma variável presente em todas as aplicações

relacionadas àquele mercado. Sendo o risco uma variável indissociável

àquelas aplicações, concluiu-se que cabe aos gestores de capitais fazer o

monitoramento, mediante mensuração ou minimização dos riscos pelas

aplicações financeiras oferecidos.

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A monitoração pode ser realizada mediante a utilização dos trabalhos

desenvolvidos pela Auditoria, interna ou externa, que, embora trabalhando com

escopos diferenciados, devem, necessariamente, realizar procedimentos sobre

o sistema de controle interno.

A Controladoria tem se preocupado em atuar de forma a considerar os

riscos envolvidos no negócio, seja no processo de planejamento estratégico,

operacional ou de controles. Também se constatou que interage com as outras

áreas gerenciais, e a avaliação de desempenho visa aos riscos potenciais.

Os casos de desastres financeiros apresentam um traço comum:

deficiências na gestão de riscos. Assim, apontam para a necessidade de que

as empresas possuam sistemas eficientes de auditoria interna.

Outra constatação é que falhas em controles internos podem redundar

em operações que, em última análise, acabam por gerar perdas em função do

risco de mercado.

É recomendável que as empresas possuam estruturas e comitês de

auditoria interna independentes e com autonomia para o desenvolvimento de

suas atividades, reportando-se diretamente a alta hierarquia da empresa.

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