52
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA A SINERGIA ENTRE AS METODOLOGIAS: GESTÃO DE PROJETOS X GESTÃO DE PROCESSOS Por: Rafael Zambzickis Pinho Orientador Prof. Luiz Cláudio Lopes Alves Rio de Janeiro 2011

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · metodologias, possibilitando a convergência entre os escritórios (BPM Office e PMO) e integração de recursos. 6 METODOLOGIA

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A SINERGIA ENTRE AS METODOLOGIAS:

GESTÃO DE PROJETOS X GESTÃO DE PROCESSOS

Por: Rafael Zambzickis Pinho

Orientador

Prof. Luiz Cláudio Lopes Alves

Rio de Janeiro

2011

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A SINERGIA ENTRE AS METODOLOGIAS:

GESTÃO DE PROJETOS X GESTÃO DE PROCESSOS

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Gestão de Projetos.

Por: Rafael Zambzickis Pinho

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço a minha família pela força e

compreensão, aos amigos

conquistados durante o curso e, um

companheiro que está sempre no meu

caminho e me incentivou a voltar a

estudar.

4

DEDICATÓRIA

Dedico mais esta conquista a Deus, por

tudo que tem me proporcionado, à minha

esposa e meu filhão, que são a motivação

para tudo que faço e aos meus pais por

todo apoio e dedicação que sempre

tiveram e, com a chegada do Pietro,

passou a ser mais intenso.

Obrigado por tudo!

5

RESUMO

O cenário atual no mundo e consequentemente nas organizações tem

passado por profundas e aceleradas transformações pelas consequências da

globalização econômica. Diante deste cenário, as empresas precisam se

adaptar as novas condições e gerar soluções para problemas impostos por

demandas que mudam rapidamente e por tecnologias.

Em virtude desse cenário, alguns fatores críticos ou exigências para o

sucesso se destacam: a agilidade, a capacidade de adaptação, o poder de

inovar de forma rápida e eficiente, e o potencial de aprimoramento contínuo

sob grandes restrições de recursos. Em resposta a essas exigências,

fortalecem-se a gestão de projetos, como forma de gerir os empreendimentos

temporários, únicos e multifuncionais e a gestão de processos que

caracterizam a implementação de estratégias, inovação, adaptação e

aprimoramento.

Tanto a metodologia de Gestão de Processos, como a gestão de

Projetos, possui atribuições semelhantes (melhores práticas de gestão,

metodologia, consolidação, acompanhamento e avaliação, interlocução e

integração), que convergem para objetivos incomuns. Estas atribuições

promovem mudanças / melhorias para a geração de excelência operacional e

inovação, onde, a utilização das ferramentas e boas práticas de processos são

cada vez mais frequentes e intensivas, conforme o tipo de projeto e nível de

formalidade.

O objetivo deste estudo é apresentar de maneira estruturada e

fundamentada como a Gestão de Processos está integra com a Gestão de

Projetos, através de procedimentos, ferramentas formalizadas e estrutura,

sendo vital para um bom gerenciamento e, a sinergia existente entre ambas as

metodologias, possibilitando a convergência entre os escritórios (BPM Office e

PMO) e integração de recursos.

6

METODOLOGIA

Foram realizadas pesquisas bibliográficas em livros específicos, artigos,

materiais didáticos e sites especializados no assunto, assim como coleta de

informações com especialistas no tema e, estudo de materiais, com trabalhos

de tendências de mercado, realizado por consultorias.

A proposta se concretizou através da consolidação de todo conteúdo

coletado e o aprendizado adquirido durante o curso, com a vivência do que

está sendo praticado no ambiente corporativo.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Gestão de Projetos 10

CAPÍTULO II - Gestão de Processos 23

CAPÍTULO III – Gestão de Projetos X Gestão de Processos –

A sinergia entre as metodologias 35

CONCLUSÃO 47

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 48

BIBLIOGRAFIA CITADA (opcional) 49

ÍNDICE 50

FOLHA DE AVALIAÇÃO 52

8

INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas, o mundo tem passado por profundas e

aceleradas transformações sociais, econômicas e culturais influenciadas,

principalmente, pelas consequências da globalização econômica, das

redefinições geopolíticas e do avanço científico e tecnológico. Entre as várias

consequências dessas transformações está o acirramento acentuado da

concorrência no ambiente empresarial.

Nesse contexto altamente competitivo, a agilidade, a facilidade de

adaptação e implementação de estratégias e a capacidade de oferecer novos

produtos e serviços tornam-se vantagens importantes e, em alguns segmentos,

pré-requisitos para a sobrevivência das empresas. A inovação e os

empreendimentos que visam ao desenvolvimento da inovação, seja ela um

novo produto, processo ou serviço, devem estar na agenda dos executivos,

juntamente com o entendimento das mudanças do ambiente empresarial e o

planejamento das ações necessárias para responder a essas mudanças ou

influenciá-las.

Em virtude desse cenário, alguns fatores críticos ou exigências para o

sucesso se destacam: a agilidade, a capacidade de adaptação, o poder de

inovar de forma rápida e eficiente, e o potencial de aprimoramento contínuo

sob grandes restrições de recursos. Em resposta a essas exigências,

fortalecem-se a gestão de projetos, como forma de gerir os empreendimentos

temporários, únicos e multifuncionais e a gestão de processos que

caracterizam a implementação de estratégias, inovação, adaptação e

aprimoramento.

No passado, o foco da gestão de projetos estava em alocar pessoal

competente para assegurar o sucesso. Apesar dessa abordagem ser

necessária, o pensamento atual diz que procedimentos, processos, políticas e

ferramentas mais formalizadas são vitais para o planejamento e

gerenciamento. As soluções para problemas impostos por demandas que

9

mudam rapidamente e por tecnologias complexas precisam ser, de alguma

forma, complexas ou adaptáveis às novas condições. Como respostas às

demandas surgiram novas formas de gerenciamento que adotaram o modelo

sistêmico ou por processo.

O objetivo deste estudo é apresentar de forma estruturada e

fundamentada como ambas as metodologias de Gestão de Processos e

Gestão de Projetos estão integradas, mostrando a base conceitual de cada

uma, semelhanças e diferenças, as sinergias e oportunidades de convergência

e, como o gerenciamento com foco nos processos é essencial para o sucesso

dos projetos.

10

CAPÍTULO I

GESTÃO DE PROJETOS

A humanidade executa projetos desde os primórdios da

civilização. As caçadas organizadas por nossos ancestrais e a construção das

grandes maravilhas do mundo, como as Pirâmides ou a Grande Muralha da

China, podem ser consideradas como tal. Guardadas as devidas proporções

em relação à época em que foram realizadas, essas obras podem ser

comparadas a grandes projetos atuais como o Projeto Manhattan, que

construiu a primeira bomba atômica, ou o Projeto Apollo, que permitiu ao

homem chegar à Lua.

No entanto, os projetos não se restringem a empreendimentos

grandiosos. Todos nós os executamos em nosso dia-a-dia: a construção de

nossas casas, nossas viagens e, até mesmo, nossa própria vida são exemplos

de projetos. Como podemos, então, defini-los?

O Project Management Institute – PMI®, uma das maiores

organizações de profissionais de gerenciamento de projetos do mundo, propõe

uma definição sintética e abrangente:

Projeto é um empreendimento temporário realizado de forma

progressiva para criar um produto ou serviço único.

1.1. – Ciclo de vida dos Projetos

Por serem temporários, os projetos têm, obrigatoriamente, início e

término definidos, diferenciando-se de operações contínuas. Essa

característica não indica, necessariamente, que sejam curtos ou longos, mas

apenas que são iniciados, evoluem e, por fim, são finalizados.

,

11

Tabela 1 – ilustração da diferença entre projeto e uma operação contínua

A temporalidade e a elaboração progressiva dos projetos exigem a

adoção de um ciclo de vida, que pode ser definido como o espaço finito de

tempo no qual as atividades dos projetos estão circunscritas.

A palavra ciclo pressupõe a existência de uma série de atividades

realizadas em ordem lógica (exemplo: nascimento, crescimento, maturação,

declínio, fim).

O ciclo de vida é, geralmente, dividido em fases e possui as seguintes

características gerais, de acordo com o PMI®:

• O nível de atividade, quantidade de pessoas envolvidas e os custos

são baixos no início, aumentam gradativamente durante a execução e caem

rapidamente quando o projeto se aproxima do final.

• A previsibilidade do projeto é relativamente baixa no início e cresce

com o desenrolar das atividades e o equacionamento dos riscos, considerando

que os riscos e incertezas são altos no início e diminuem, gradativamente,

quando os resultados se tornam mais palpáveis e as idiossincrasias

conhecidas.

• O produto ou resultado final do projeto pode ser mudado mais

facilmente no início. As mudanças vão ficando cada vez mais difíceis e

custosas conforme o projeto avança, já que o resultado é construído

progressivamente. Assim, mudanças no final do projeto muitas vezes implicam

grande retrabalho e aumento de custos e prazos.

Diferença entre projeto e operação

Projeto Operação Contínua

produz um resultado ou produto único. Objetiva produzir os mesmos resultados cada vez que o processo é executado.

Temporário: tem um começo e um fim definidos.

Repetitiva: o mesmo processo é repetido várias vezes.

12

Figura 1 – ciclo de vida genérico Fonte: Adaptado do PMI®, 2004, p. 21

1.2 – Conceito de Gestão de Projetos

Os projetos modernos envolvem grande complexidade técnica e

requerem alta diversidade de habilidades, além de um ambiente cada vez mais

restritivo e exigente em termos de recursos. Para lidar com essa nova e

complexa natureza das atividades e com a incerteza inerente a essa

complexidade, novas formas de gestão se desenvolveram. A moderna

administração ou gestão de projetos é uma delas.

Considerada uma área distinta da prática gerencial, o gerenciamento

de projetos é relativamente novo e seus métodos não eram conhecidos, até

pouco tempo, por grande parte do nível gerencial das organizações. Seu início

data da década de 1950, com os militares americanos, mas somente no final

da década de 1980 é que começou a se espalhar em grande escala fora da

esfera militar. Entretanto, existiram também iniciativas pioneiras de algumas

empresas, especialmente as que têm na execução de projetos sua atividade

principal.

Para Harold Kerzner, um dos grandes autores da disciplina,

gerenciamento de projetos é planejamento, organização, direção e controle de

recursos organizacionais num dado empreendimento, levando-se em conta

13

tempo, custo e desempenho estimados. Caso o projeto esteja sendo

executado com o acompanhamento de um cliente externo, também deve ser

considerada a preocupação em manter boas relações com o cliente e atendê-

lo. A Figura 2 representa de forma iconográfica essa visão do autor.

Figura 2 – Conceito de gerenciamento de projetos Fonte: Adaptado de Harold Kerzner, 1992, p. 5

O Project Management Institute – PMI® apresenta uma definição de

gerenciamento de projetos mais preocupada com sua aplicação prática. Tal

definição está relacionada com a aplicação de conhecimentos, habilidades,

ferramentas e técnicas nas atividades a serem realizadas para atender às

necessidades e expectativas, de forma a buscar o equilíbrio entre as

demandas concorrentes de escopo, prazo, custo, riscos, qualidade e outras

áreas de conhecimento aplicáveis. É importante ressaltar que a gestão de

projetos também está baseada em muitos dos princípios da administração

geral, envolvendo, assim, negociação, solução de problemas, política,

comunicação, liderança e estudos de estrutura organizacional.

Uma gestão de projetos bem-sucedida exige planejamento e

coordenação extensivos. O fluxo de trabalho e a coordenação devem ser

administrados horizontalmente, e não verticalmente, como ocorre na gerência

tradicional. Na administração vertical, os trabalhadores são organizados em

cadeias de comando de cima para baixo. Por isso, têm poucas oportunidades

de interagir com outras áreas funcionais. Na gerência de projetos o trabalho é

14

organizado ao longo dos vários grupos funcionais que trabalham em interação

permanente, como um “time de projeto”. Tal organização permite uma melhoria

na coordenação e comunicação entre os subordinados e seus gerentes. O

fluxo horizontal de trabalho acarreta produtividade, eficiência e eficácia. As

empresas que conseguiram se especializar em fluxo horizontal de trabalho

são, geralmente, mais lucrativas que aquelas que continuam a utilizar

exclusivamente o fluxo vertical.

1.3 – Áreas do conhecimento

O PMI® - Project Management Institute, estruturou processos, técnicas

e ferramentas que podem ser utilizadas em todas as cinco fases da gestão de

um projeto em nove áreas de conhecimento. Ao observar estas áreas de

conhecimento, já é possível entender quão abrangente são as técnicas e o

conhecimento existente sobre o assunto.

A organização que desenvolve projetos para seus clientes ou executa

projetos internos tem grandes benefícios ao adquirir a cultura de gestão

profissional de seus projetos. Alguns benefícios são:

Atividades a serem executadas em um projeto são padronizadas e

tarefas importantes não são esquecidas;

Os recursos disponíveis na empresa (pessoas, máquinas, materiais) são

utilizados de forma mais eficiente;

A alta gerência da empresa tem total controle sobre o andamento dos

projetos;

A organização consegue lidar com os riscos do projeto de forma

inteligente, diminuindo a influência deles sobre o sucesso do projeto;

Os custos do projeto são planejados e monitorados adequadamente;

O prazo de execução dos projetos são mais bem definidos e

controlados;

15

A comunicação entre todos os envolvidos com o projeto é executada de

forma apropriada;

Conceitos de Qualidade são incorporados às atividades de projeto;

Aumenta-se significativamente a probabilidade de conclusão com

sucesso de um projeto (dentro do prazo, dentro do orçamento, com a

qualidade requerida pelo cliente).

Figura 3 – Áreas do Conhecimento Fonte: Adaptado do PMI®, 2004

a) Escopo - Garantir que o projeto realize todo e somente o trabalho

necessário para o seu sucesso (Definição da abrangência, da

verificação e do controle).

b) Tempo - Garantir que o projeto termine no prazo desejado (Definição,

estimativa de duração e sequenciamento).

16

a) Recursos Humanos – Garantir a organização e gerenciamento da

equipe do projeto (Planejamento organizacional, aquisição de staff e

desenvolvimento de Equipe).

b) Qualidade – Garantir a qualidade dos requisitos, dos ativos de

processos e do plano de gerenciamento do projeto.

c) Comunicação - Assegurar que as informações do projeto sejam

geradas, coletadas, distribuídas, armazenadas, recuperadas e

organizadas de maneira oportuna e apropriada.

d) Custos – Planejar recursos, estimativas de custos e orçamento de

modo que o projeto posse ser terminado dentro do orçamento aprovado.

e) Riscos - Minimizar a Probabilidade e o Impacto de eventos que podem

afetar negativamente os Objetivos do Projeto e Maximizar a

Probabilidade e o Impacto de eventos que podem afetar positivamente

os Objetivos do Projeto.

f) Aquisição/ Contratação – Garantir a compra ou aquisição de produtos,

serviços ou resultados externos à equipe do projeto através de

gerenciamento de contratos e negociações.

g) Integração – Integrar os diversos elementos do gerenciamento de

projetos.

1.4 – O Papel de Processos

Além do aspecto organizacional, é importante salientar o papel dos

processos. No passado, o foco da gestão de projetos estava em alocar pessoal

competente para assegurar o sucesso. Apesar dessa abordagem ser

necessária, o pensamento atual diz que procedimentos, processos, políticas e

ferramentas mais formalizadas são vitais para o planejamento e

gerenciamento. As soluções para problemas impostos por demandas que

17

mudam rapidamente e por tecnologias complexas precisam ser, de alguma

forma, complexas ou adaptáveis às novas condições. Como respostas às

demandas surgiram novas formas de gerenciamento que adotaram o modelo

sistêmico ou por processos.

1.5 – Processos de Gerenciamento de Projetos

Um processo é uma série de ações que geram um resultado e podem

ser categorizados em dois tipos:

a) Processos da gerência de projetos: se relacionam com a descrição, a

organização e a conclusão do trabalho do projeto. São universais a

todos os projetos, pois controlam o ciclo de vida do gerenciamento de

projetos.

b) Processos orientados ao produto: se relacionam com a especificação

e a criação do produto do projeto, sendo exclusivos a cada produto.

São definidos pelo ciclo de vida do projeto, e variam de acordo com a

área de aplicação.

Segundo a metodologia do PMBOK® (2004) os processos de

gerenciamento de projetos podem ser organizados em cinco grupos de

processos:

1. Processos de Iniciação: Reconhecer que um projeto ou fase deve

começar e se comprometer com a sua execução.

2. Processos de Planejamento: Planejar e manter um esquema de trabalho

viável para atingir aqueles objetivos de negócio que determinaram a

existência do projeto.

3. Processos de Execução: Coordenar pessoas e recursos para realizar o

que foi planejado.

18

4. Processos de Controle: Assegurar que os objetivos do projeto estão

sendo atingidos através da monitoração e avaliação do seu progresso,

tomando ações corretivas quando necessário.

5. Processos de Encerramento: Formalizar a aceitação do projeto ou fase

e fazer seu encerramento de forma organizada.

Figura 3 – Grupos de Processos de Gerenciamento de Projetos Fonte: Adaptado do PMI®, 2004, p.40

No início dos projetos, são os processos de iniciação que consomem a

maioria dos recursos. Com o decorrer do tempo, os processos de

planejamento, seguidos dos processos de execução e, finalmente, dos

processos de encerramento, passam a consumir mais recursos. Os processos

de monitoramento e controle têm uma atuação uniforme durante todo o ciclo

de vida do projeto.

19

Figura 4 – Nível de interação dos processos ao longo do tempo. Fonte: Adaptado do PMI®, 2004, p.68

1.6 – Escritórios de Gerenciamento de Projetos

Da mesma forma que o conceito de projeto, o conceito de Escritório de

Gerenciamento de Projetos (EGP) ou Project Management Office (PMO)

admite muitas definições, mas sem muita variação conceitual. Pode-se definir

o PMO como sendo a entidade organizacional formalmente estabelecida

responsável por:

Definir, uniformizar e defender padrões, processos, métricas e

ferramentas;

Oferecer serviços de gerenciamento, treinamento e documentação;

Garantir o alinhamento das iniciativas à estratégia organizacional e

confeccionar relatórios de progresso e acompanhamento.

1.6.1 – Evolução

O PMO pode ser encontrado como entidade relativamente bem

definida desde meados da década de 1960, nos grandes projetos militares,

aeroespaciais e de construção civil. Esses escritórios foram denominados

Escritórios de Controle de Projetos, pois os especialistas da época tinham

20

apenas funções de controle e de ações corretivas: o foco era apenas a

detecção e a correção de problemas.

Do final da década de 1970 até meados da década de 1980, com o

surgimento dos primeiros softwares de gestão “amigáveis”, o escritório mudou

para expandir sua cobertura inicial para outros projetos de áreas diferentes,

mas ainda isolados. Para isso, membros das áreas funcionais, não

especialistas em projetos, foram alocados nos escritórios que assumiram a

função de suporte aos projetos.

No final da década de 1980 e meados da década de 1990, as

ferramentas de gestão e todas as demais ferramentas computacionais

sofreram uma verdadeira revolução, facilitando o trabalho de controle e suporte

dos escritórios de projetos. Com isso, o foco de atuação dos escritórios foi

mudando, gradativamente, de projetos relativamente simples e isolados para

um ambiente de multiprojetos e projetos complexos, de funções de controle e

suporte para um gerenciamento global e alinhado com as estratégias

organizacionais.

1.6.2 – Modelos, funções e composição interna

Apesar da divisão de modelos, diferentes tipos de escritórios podem

ser utilizados ao mesmo tempo em áreas distintas da organização ou mesmo

dentro da mesma área. Esses modelos podem também se misturar, fazendo

com que as fronteiras entre eles sejam muito tênues.

Os PMOs podem ser divididos em três tipos principais:

a) Nível 1 – Escritório de Controle de Projetos b) Nível 2 – Escritório de Suporte aos Projetos c) Nível 3 – Escritório Estratégico de Projetos

a) Nível 1 – Escritório de Controle de Projetos

Um PMO de nível 1 é responsável pela emissão de relatórios e pelo

acompanhamento de indicadores previamente estabelecidos, sem influenciar a

21

forma como os projetos são conduzidos. As funções de um PMO neste nível

são:

Emitir relatórios de progresso, custos, orçamento, performance e riscos;

Manter uma base de dados de ações históricas e lições aprendidas;

Monitorar os resultados dos projetos.

Em síntese, um escritório desse nível trabalha controlando as

atividades do dia-a-dia dos projetos, para ajudar os gestores a assegurar a

realização das metas, resultados e orçamento planejados.

b) Nível 2 – Escritório de Suporte aos Projetos

Um PMO de nível 2 geralmente controla projetos grandes ou um

número expressivo de projetos pequenos e médios. É responsável por:

Todas as funções de um PMO de nível 1;

Fornecer treinamento em gerenciamento de projetos;

Estabelecer e verificar o cumprimento de padrões e métricas;

Possibilitar o alinhamento dos projetos às estratégias organizacionais;

Controlar e armazenar as lições aprendidas e os relatórios gerados;

Definir, implementar e controlar mecanismos de controle de mudanças;

Assumir o papel de mentor para projetos com problemas.

Assim, basicamente, um PMO de nível 2 difere de um de nível 1

principalmente pelo poder de influenciar no andamento dos projetos por meio

de mentoração e definição de metodologias, técnicas, métricas e ferramentas a

serem utilizadas.

22

c) Nível 3 – Escritório de Estratégico de Projetos

Um Escritório Estratégico de Projetos opera no nível corporativo,

coordenando e definindo políticas para todos os projetos dentro da

organização, gerenciando o portfólio corporativo e prestando auxílio aos

escritórios de nível 1 e 2, se existirem. Neste nível, um PMO geralmente é

considerado um centro de excelência em gerenciamento de projetos, guiando

e ajudando o nível gerencial das organizações e demais membros dos times a

alcançarem seus resultados de maneira mais eficiente. Neste nível de PMO, as

funções principais são:

Todas as funções do PMO de nível 2;

Padronização do gerenciamento de projetos;

Identificação, priorização e seleção de projetos;

Gerenciamento corporativo de recursos;

Implantação e manutenção de um sistema de informações;

Alinhamento dos projetos à estratégia corporativa;

Desenvolvimento profissional dos integrantes do PMO.

A principal diferença entre os níveis 2 e 3 dos Escritórios de

Gerenciamento de Projetos é o caráter corporativo do segundo em relação ao

caráter departamental do primeiro. Muitos escritórios são considerados

modelos híbridos em relação aos níveis apresentados. O importante dessa

divisão é observar que não se deve definir um PMO de nível 3 e ocupá-lo

exclusivamente com tarefas operacionais de projetos, ou definir um PMO de

nível 1 e ocupá-lo com tarefas estratégicas.

Uma das funções do PMO é ser o guardião da metodologia do

gerenciamento de projetos da empresa e o responsável por sua contínua

evolução. Para tanto, o escritório faz uso de um modelo de maturidade em

gerenciamento de projetos.

23

CAPÍTULO II

GESTÃO DE PROCESSOS

O atual dinamismo das organizações, aliado a demanda cada vez

maior que a tecnologia exerce nos negócios, vem fazendo com que o tema

processos e, mais recentemente, gestão por processos (Business Process

Management, ou BPM) seja discutido e estudado com crescente interesse

pelas empresas. Para um executivo, processo é um assunto recorrente na sua

agenda, sendo um sinônimo de eficiência, redução de custos e qualidade.

A orientação baseada em processos envolve a preocupação constante

com a otimização, a partir da incorporação crescente de tecnologias

informacionais na busca de melhorias incrementais (orientação típica da

qualidade) ou de redefinições radicais (orientação típica da reengenharia),

tendo em vista alcançar ou superar padrões referenciais de desempenho

(benchmarks) na satisfação das partes interessadas. A visão clara dos

processos permite identificar eventuais alternativas extraorganizacionais

(mediante terceirizações e parcerias), as quais podem revelar-se mais

vantajosas para os beneficiários.

A gestão de processos permite identificar o conjunto de atividades

capaz de gerar maior valor ao usuário/cliente que recebe um produto ou

serviço, integrar e orientar para resultados as várias unidades organizacionais

e auferir recursos e desenvolver competências para a consecução dessas

finalidades, demandando a concepção e o contínuo monitoramento de um

Quadro de Indicadores de Desempenho para a constante avaliação do alcance

das metas estabelecidas de eficácia (efetivo alcance dos resultados), eficiência

(melhor equacionamento entre recursos utilizados para alcançar os resultados)

e efetividade (real capacidade de os resultados promoverem os impactos

esperados).

24

2.1. – Conceito de Processos

A estrutura empresarial vem evoluindo na direção de um novo modelo,

não hierárquico e tradicional, mas caracterizada por uma percepção sistêmica

e integrada dos processos. A organização passa a ser vista a partir da

perspectiva da dinâmica empresarial. O foco passa a ser as metas globais dos

processos e os objetivos locais.

No âmbito de negócios podemos dizer que um processo é um grupo

de recursos e atividades realizadas numa sequência lógica que recebem

insumos e os transformam com a finalidade de produzir informações, produtos

e serviços.

No campo da economia, o processo produtivo (mais conhecido como

cadeia produtiva) implica a transformação de entradas (insumos) em

saídas/produto final (bens e serviços), através do uso de recursos físicos,

tecnológicos, humanos e outros.

2.2. – Fatores que contribuem para tendência

Os efeitos das situações citadas a seguir têm levado um número

crescente de empresas a buscar uma nova forma de gerenciar seus

processos. Muitas começam pelo desenvolvimento e revisão das normas da

organização ou ainda, pelo mapeamento de processos.

Aumento da demanda de mercado vem exigindo desenvolvimento e

lançamento de novos produtos e serviços de forma mais ágil e rápida;

A implantação de Sistemas Integrados de Gestão (ERPs) demanda a

necessidade prévia de mapeamento dos processos, porém, é muito

comum a falta de alinhamento entre processos, mesmo depois dos

sistemas serem implantados;

Devido o ambiente de constante mudança, as regras e procedimentos

organizacionais se mostram cada vez mais desatualizados, ocasionando

25

situações de erros ou decisões postergadas por falta de

direcionamentos específicos e transparentes;

A maior frequência de entrada e saída de profissionais (turnover) tem

dificultado a gestão do conhecimento e a documentação das regras de

negócio, gerando dificuldades na integração e treinamento de novos

colaboradores.

Entretanto, a melhor forma é não dar uma resposta imediatista, mas

sim, tomar como ponto de partida inicial a identificação dos processos

relevantes e definir a operacionalização com eficiência.

2.3. – Metodologia de Gestão de Processos

2.3.1 – Elementos lógicos da cadeia de valor de um processo

A adoção de uma abordagem por processo significa a adoção do ponto

de vista do cliente. Os processos são a estrutura pela qual uma organização

faz o necessário para produzir valor para seus clientes. A visão da empresa

por processos consiste em entender as atividades desenvolvidas na

organização (Cadeia de Valor) de maneira integrada, como processos, isto é,

com transformações de entradas em saídas, com agregação de valor.

A cadeia de valor é um instrumento básico para a análise sistemática e

estruturada das atividades de uma empresa e permite melhor compreender o

comportamento dos custos, tempos e qualidade dos processos, facilitando a

detecção e a implementação das possibilidades de melhorias.

A Arquitetura de Negócios (Cadeia de Valor) possibilita que, num curto

espaço de tempo, a empresa possa identificar, classificar e caracterizar os

seus processos chave, e alinhá -los a diversos tipos de administração de

recursos, tais como: tecnologia da informação, tecnologia de comunicação,

canais de distribuição, logística, automação, recursos humanos, investimentos

em infraestrutura, etc.

26

Uma vez que a Arquitetura de Negócios esteja definida é possível

estabelecer um plano de modelagem e melhoria de processos, fundamentado

nos objetivos estratégicos e metas da empresa, os quais definirão os

subprocessos que deverão ser modelados e/ou redesenhados de forma a

garantir a consecução destas metas e objetivos.

Benefícios:

» Obter o conhecimento acerca do funcionamento da empresa, possibilitando

transformar a empresa de funcional para processamento de produtos e

serviços;

» Otimização do fluxo dos Macroprocessos;

» Detecção de Indicadores de Desempenho;

» Possibilita garantir vantagem competitiva pela otimização constante da

Cadeia de Valor;

» Usar “linguagem” única entre as diversas áreas de negócio, operacionais e

tecnologia.

Figura 5 – Elementos lógicos da cadeia de valor de um processo. Autor: Rafael Zambzickis Pinho 2.3.2 – Metodologias de análise e melhoria de processos

É importante o uso de uma metodologia adequada na identificação das

deficiências dos processos da empresa, bem como na apresentação de

27

soluções e na obtenção de melhorias. Isso acontece através de uma análise

detalhada dos processos e a determinação de seus processos críticos

procurando identificar os principais problemas desses processos e sana-los,

através da implementações de ações de melhoria.

A seguir estão descritas algumas das principais metodologias de

melhoria dos processos que darão suporte para elaboração do modelo

proposto.

2.3.2.1 – Metodologia de análise e solução de problemas (MASP)

Este método consiste em uma sequencia de etapas que levam a um

planejamento participativo para melhoria da qualidade de um produto ou

serviço de um determinado processo em uma organização. No contexto da

Qualidade Total, esse método é conhecido pelo termo em inglês QC STORY

(de Quality Control Story), traduzindo em português como MASP – Método de

Análise e Solução de Problemas.

O MASP é um método de solução de problemas e faz o uso de cinco

das Sete Ferramentas de Qualidade: Folha de Verificação, Estratificação.

Gráfico Sequencial, Diagrama de Pareto e Diagrama de Causa-e-Efeito, e de

uma das Sete Novas Ferramentas da Qualidade: Diagrama de Árvore,

encadeadas em uma sequencia que permite direcionar logicamente o estudo

de problemas desde a busca de informações complementares para a

identificação de sua(s) causa(s) fundamentais(s) até sua eliminação pela

padronização da solução adequada.

As etapas do MASP:

1. Identificação do problema - momento do registro/ formalização do

problema detectado.

2. Definição precisa do problema – investigar as características

específicas do problema registrado.

3. Análise do problema – identificação das suas possíveis causas, e

seleção das mais prováveis causas do problema.

28

4. Definição de um Plano de Ação – propor ações de bloqueio sobre

as causas fundamentais do problema.

5. Ação – Implementação do Plano de Ação.

6. Verificação – confirmação se as ações foram efetivas.

7. Padronização – formalização dos procedimentos propostos, já

confirmados quanto a sua adequação.

8. Conclusão – avaliação geral do processo de solução de problema,

objetivando a melhoria continua do método.

2.3.2.2 – Metodologia para análise e melhoria de processos (MAMP)

A Metodologia para Análise e Melhoria de Processos – MAMP

desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Qualidade Nuclear (IBQN, 1997)

estabelece os seguintes princípios: satisfação total do cliente, gerência

participativa, desenvolvimento humano, constância de propósito, melhoria

contínua, gerência de processos, delegação do poder, gerência de informação

e comunicação, garantia da qualidade e busca da excelência.

A utilização da MAMP possibilita o desenvolvimento institucional e

alcance dos seguintes objetivos:

Clareza e definição dos objetivos da organização, a fim de promover

o compartilhamento destes com todos os colaboradores;

Pleno conhecimento da organização e de suas atribuições

favorecendo motivação a fim de cumpri-las;

Processos avaliados e constantemente melhorados;

Colaboradores motivados e capacitados para executar atividades e

reconhecimento e respeito a sua dignidade e saúde;

Participação e comprometimento dos funcionários com a qualidade

racional, inovação, mudança e superação de desafios;

Circulação rápida e correta das informações entre os funcionários;

Satisfação dos clientes e usuários com atuação em seus serviços e

ou produtos;

29

A metodologia considera como fundamental o Princípio da Gerência de

Processos, onde o referencial é o Ciclo PDCA. E a partir deste ciclo de gestão

é necessário definir uma meta e métodos que possibilite a realização,

considerando a importância de treinar e educar as pessoas que vão atuar no

processo, para que executem corretamente suas tarefas. Também deve ser

estabelecido o mecanismo de controle que permitem a verificação dos

resultados e tomar medidas necessárias para corrigir eventuais desvios

constatados.

Figura 6 – Ciclo de Análise e Melhoria de Processos. Fonte: IBQN

A metodologia proposta pelo IBQN (1997) é composta de 18 passos

que, devidamente seguidos, proporcionarão condições seguras e eficazes para

um bom desempenho dos processos.

30

Passo 1. Análise do processo

Objetivo: Conhecer um processo é identificar os elementos, os passos, os

resultados e os padrões estabelecidos.

1. Conhecer o processo atual;

2. Identificar os problemas;

3. Priorizar os problemas;

4. Identificar as possíveis causas do problema;

5. Priorizar as causas;

Passo 2. Melhoria do processo - Soluções

Objetivo: Nesta etapa procura identificar e ordenar as alternativas de solução

para as possíveis causas e desenvolvimento das soluções.

6. Identificar as alternativas de solução para as possíveis causas;

7. Priorizar soluções;

8. Desenvolver as soluções;

9. Identificar os problemas potenciais;

Passo 3. Melhoria do processo – Planejamento da implantação

Objetivo: Planejar a implantação das ações de melhoria para alcançar o

aperfeiçoamento contínuo do processo.

10. Definir metas;

11. Definir métodos;

12. Normalizar;

13. Consolidar o planejamento da implantação;

Passo 4. Melhoria do processo – Implantação, avaliação e análise da

implantação

Objetivo: É a fase onde são implantadas as ações de melhoria e realizadas as

medidas de desempenho do processo.

14. Disseminar informações;

15. Educar treinar;

16. Fazer e executar;

31

17. Medir;

18. Comparar com o planejado;

Para implantação da metodologia temos que ter uma ampla

abordagem de todos os elementos que compõem o processo. E esta análise

se dá através de um estudo de como se comporta este processo identificando

suas entradas e saídas.

Também são desenvolvidos três tipos de indicadores para fazer a

gestão dos processos que são: de Qualidade, de Produtividade e de

Capacidade.

1. Indicador de qualidade ocorre quando se apuram as conformidades ou

adequações ao uso das saídas de um processo e se relacionam esses

resultados com o volume ou quantidade total produzida.

Total de (desvios ou erros) x 100

Indicador de Qualidade =

Quantidade Total Produzida

2. Indicador de produtividade representa o resultado da relação entre as

saídas de um trabalho e os recursos utilizados para sua produção.

Total Produzido

Indicador de Produtividade =

Recursos Consumidos

3. Indicador de Capacidade relaciona uma determinada produção realizada

em um intervalo de tempo.

Total Produzido

Indicador de Capacidade =

Tempo Consumido

32

2.4. – Metodologia BPM (Business Process Management)

2.4.1 – Conceito de BPM (Business Process Management)

Business Process Management (BPM) consiste em uma metodologia

de gestão para gerenciamento de processos, que pode ser auxiliada por

ferramentas tecnológicas. Esta metodologia permite auxiliar as organizações

através de uma visão mais abrangente sobre seus processos e visualização de

como estão relacionados, além de ajudar a identificar a importância estratégica

de seus processos para tirar vantagens competitivas, proporcionando ao gestor

uma maior facilidade de encontrar oportunidades de melhoria nos resultados

e/ou entregas daquele processo, através de indicadores, seja qual for o tipo de

atividade executada.

2.4.2 – Mapeamento e modelagem de processos

O mapeamento de processos é o entendimento de processos já

existentes, através da sua descrição e de seu desenho, assim como

identificação sua inter-relação e, identificação dos processos essenciais para o

e análise sistêmica das organizações. Estas análises podem ser representadas

através de fluxos, sequencia de atividades, dados e informações, pessoas

envolvidas e relação/ dependência.

É uma ferramenta gerencial e de comunicação que tem a finalidade de

ajudar a melhorar os processos existentes e de implantar uma nova estrutura

voltada para processos. O mapeamento também auxilia as organizações a

enxergar claramente os pontos fortes, pontos fracos, além de ser uma

excelente forma de melhorar o entendimento dos processos e aumentar a

performance do negócio.

2.4.3 – Implantação do BPM

A implantação desta metodologia deve considerar cinco diferentes

passos fundamentais:

33

a) Tradução do negócio em processos

É importante definir quais são os processos mais relevantes para a

organização e aqueles que os suportam. Isso é possível a partir do

entendimento da Visão Estratégica, como se pretende atuar e quais os

diferenciais atuais e desejados para o futuro. Com isso, é possível construir

o Mapa Geral de Processos da Organização.

b) Mapeamento e detalhando os processos

A partir da definição do Mapa Geral de Processos inicia-se a priorização

dos processos que serão detalhados. O mapeamento estruturado com a

definição de padrões de documentação permite uma análise de todo o

potencial de integração e automação possível. De forma complementar são

identificados os atributos dos processos, o que permite, por exemplo,

realizar estudos de custeio das atividades que compõe o processo, ou ainda

dimensionar o tamanho da equipe que deverá realizá-lo.

c) Definição dos indicadores de desempenho

O objetivo do BPM é permitir a gestão dos processos, o que significa

medir, atuar e melhorar. Assim, tão importante quanto mapear os processos

é definir os indicadores de desempenho, além dos modelos de controle a

serem utilizados.

d) Geração de oportunidades de melhoria

A intenção é garantir um modelo de operação que não leve a retrabalho,

perda de esforço e de eficiência, ou que gere altos custos ou ofereça riscos

ao negócio. Para tal é necessário identificar as oportunidades de melhoria,

que por sua vez seguem quatro alternativas básicas: incrementar,

simplificar, automatizar ou eliminar. Enquanto que na primeira busca-se o

ganho de escala, na última busca-se a simples exclusão da atividade ou

transferência da mesma para terceiros.

34

e) Implantação do novo modelo de gestão

O BPM não deve ser entendido como uma revisão de processos. A

preocupação maior é assegurar melhores resultados e nesse caminho trata-

se de uma mudança cultural. É necessária maior percepção das relações

entre processos. Nesse sentido, não basta controlar os resultados dos

processos, é preciso treinar e integrar as pessoas visando gerar fluxo de

atividades mais equilibrado e de controles mais robustos. É por causa desse

último passo que a implantação de BPM deve ser tratada de forma

planejada e orientada em resultados de curto, médio e longo prazo.

O BPM representa uma visão bem mais abrangente, onde a busca por

ganhos está vinculada a um novo modelo de gestão.

2.5. – Escritório de Processos (BPM Office)

2.5.1 – Funções básicas do escritório de processos

O escritório de processo permeia todas as áreas funcionas da

organização, atuando de forma transversal aos processos funcionais.

As principais funções de atuação são:

Treinamento e desenvolvimento de pessoal nas melhores práticas

de gestão de processos;

Guardião da metodologia de gestão de processo (padrões, regras,

medidas de desempenho, etc.);

Consolidação dos registros, documentações, avaliação de melhores

práticas e difusão de aprendizados;

Apoio ao gestor do processo no acompanhamento e avaliação do

processo;

Avaliar e gerir o portfólio de processos e a sua governança;

Realizar a interlocução entre os gerentes de processos e a alta

administração;

Integração dos múltiplos processos e gestores de processos,

consolidando suas informações.

35

CAPÍTULO III

GESTÃO DE PROJETOS X GESTÃO DE PROCESSOS

A SINERGIA ENTRE AS METODOLOGIAS

Gestão de Processos e Gestão de Projetos são metodologias que

possuem pontos em comuns, mas não há consenso quanto à convergência

entre as metodologias. Em geral, os atores organizacionais responsáveis por

cada metodologia não se falam.

Os profissionais de BPM lidam com projetos de BPM e se preocupam

cada vez mais com o sucesso destes projetos, em quanto os profissionais PMP

lidam com processos de gerenciamento de projetos e também se preocupam

com o sucesso dos projetos.

Seguem alguns exemplos de oportunidades comentados por

especialistas no assunto:

“um gerente de projeto lidera um projeto de melhoria de

processo e faz questão de assinalar fora todos os marcos

no plano do projeto e ignora melhorias significativas de

negócios que pode ser possível, porque estão fora” (John

Jeston & Johan Nelis , 2007).

“... sua implementação BPM vai falhar, esteja certo que

em 9 de cada 10 vezes, a pesquisa mostrou que mesmo

entre os projetos de TI, apenas 20% deles terminaram a

tempo. Em projetos de BPM, a taxa de falha é ainda

maior devido a imaturidade da tecnologia e o escopo da

implementação.” (Ramesh, 2005) – BPM Institute.

36

3.1. – Base conceitual das metodologias

Figura 7 – Tabela de paralelo entre os conceitos. Autor: Rafael Zambzickis Pinho

3.1.1 – Objetivo

Processo – Conjunto definido de atividades e comportamentos

executados por pessoas e máquinas para atingir um ou mais objetivos. Um

processo de negócio é um trabalho de ponta a ponta (cruza fronteiras

funcionais) que entrega valor aos clientes.

Projeto – É um esforço temporário empreendido para criar um produto,

serviço ou resultado exclusivo.

3.1.2 – A Gestão

Processo – A gestão de processos é uma abordagem metodológica

para identificar, desenhar, executar, documentar, medir, monitorar e controlar

processos automatizados ou não para alcançar resultados consistentes e

alinhados com os objetivos estratégicos. Permite a melhoria tanto das

atividades de uma determinada área, entre áreas ou entre organizações.

Projeto – A gestão de projetos é aplicada de conhecimento,

habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto, a fim de atender

37

aos seus requisitos. É realizado através da aplicação e da integração dos

seguintes processos: Iniciação, planejamento, execução, monitoramento e

controle e encerramento.

3.1.3 – Ciclo de Vida de Gestão

Processo:

1. Estratégia e Planejamento;

2. Análise;

3. Projeto;

4. Implementação;

5. Monitoramento e Controle;

6. Refinamento.

Figura 7 – Ciclo de Vida BPM. Fonte: ABPMP BPM CBOK, 1ª versão.

Projeto:

1. Iniciação;

2. Planejamento;

3. Execução;

38

4. Monitoramento e Controle;

5. Encerramento.

Figura 8 – Ciclo de Vida Projeto. Fonte: Adaptado do PMI®, 2004, p.57.

3.1.4 – O Gestor

Dono do Processo – É responsável pelo processo de ponta a ponta.

O sucesso desta responsabilidade depende da autoridade que ele possui no

controle no controle do orçamento e na tomada de decisões que afetem a

manutenção e melhoria do processo. Alguns papéis comuns são: ser

responsável pelo desenho do processo, pela performance e pela defesa e

suporte ao processo.

Gerente do Projeto – É a pessoa responsável pela realização dos

objetivos do projeto e pelo gerenciamento do mesmo em todo seu ciclo de

vida. Insto inclui identificar necessidades, estabelecer objetivos claros e

alcançáveis, balancear demandas conflitantes de qualidade, escopo, tempo e

custo e adaptar as especificações, planos e abordagens às expectativas dos

stakeholders.

39

3.1.5 – Escritório de Gestão

Escritório de Processos (BPM Office) – É responsável por manter o

repositório de modelos de processos, identificar oportunidades de melhorias e

trabalhar os casos de negócio. As responsabilidades incluem estabelecimento

de padrões, métodos, ferramentas, treinamento, governança e integração.

Além disso, tem papel relevante na priorização e alocação de recursos e

melhorias de processos.

Escritório de Projetos (PMO) – Unidade organizacional que centraliza

e coordena o gerenciamento de projetos sob seu domínio. Se concentra no

planejamento, priorização e execução coordenados de projetos e subprojetos

vinculados aos objetivos gerais do negócio. Pode operar desde o fornecimento

de funções de apoio até o gerenciamento direto real.

3.1.5.1 Principais atribuições dos escritórios BPM Office (Escritório de

Processos) e PMO (Escritório de Projetos)

Ambas as metodologias de gestão promovem um resultado final

comum através de mudanças/ melhorias para geração de excelência

operacional e inovação.

Treinamento e desenvolvimento de pessoal nas melhores práticas

de gestão de Processos/Projetos;

Guardião da metodologia de gestão de Processo/Projetos (padrões,

regras, medidas de desempenho, etc.);

Consolidação dos registros, documentações, avaliação de melhores

práticas e difusão de aprendizados;

Apoio ao gestor do Processo/Projeto no acompanhamento e

avaliação do Processo/Projeto;

Avaliar e gerir o portfólio de Processos/Projetos e a sua governança;

Realizar a interlocução entre os gerentes de Processos/Projetos e a

alta administração;

40

Integração dos múltiplos Processos/Projetos e gestores de

Processos/Projetos, consolidando suas informações.

3.2. – Entendimento das melhorias

A melhoria é o principal fator que fomenta ambas as metodologias. A

matriz abaixo (figura 9) representa a relação dos projetos na implantação de

melhorias nos processo e mostra o nível de Impacto na organização versus o

tempo de implementação desde projetos simples e informais, a projetos

formalizados a nível institucional.

Planos de ação (projetos pequenos e informais)

Projetos formalizados

institucionalmente

Melhorias simples(ações pontuais)

Planos de ação (projetos pequenos e informais)

Impa

cto

na o

rgan

izaç

ão

Tempo de implantação

A B

c A

Figura 9 – Matriz de tempo de implantação x impacto. Autor: Rafael Zambzickis Pinho

Exemplos:

A- Estabelecimento de nível de serviço

B- Implantação de sistema integrado

41

C- Novos procedimentos internos à área

3.2.1 – Utilização de processos de projetos nas melhorias

Quando falamos de melhoria, seja ela qual for, normalmente são

criado projetos para implantação das mesmas. Os projetos são utilizados

desde implantações simples (improvement), até projetos de melhorias

complexos e formais. A utilização de ferramentas e boas práticas de processo

são utilizadas em todos os níveis de complexidade, porém em cada nível existe

uma variação de utilização nos processos de gestão de projetos:

a) Melhorias simples - utilização total apenas na etapa de execução;

b) Planos de ação - utilizam pouco na etapa de iniciação, de 50% a 60%

nas etapas de planejamento, controle e encerramento e, integralmente

na etapa de execução;

c) Projetos formais – utilizam as boas práticas de processos,

integralmente, em todas as etapas dos processos de gestão de projetos.

3.3. – As sinergias

Serão apresentadas quatro situações totalmente distintas que se

fossem conduzidas da forma proposta, promovem a integração e sinergias

entre as metodologias e possibilitam o sucesso e alcance do objetivo.

3.3.1 – Conduzindo melhorias de processos de alta complexidade com o apoio do escritório de projetos

3.3.1.1 - Descrição

Abrir um projeto junto à área de projetos para que os projetos de BPM,

de alta complexidade, sejam gerenciados adequadamente.

42

3.3.1.2 – Objetivo da conexão

Garantir sucesso na execução de projeto de BPM.

3.3.1.3 – Fatores críticos para o sucesso

Assegurar o registro de melhoria no padrão da metodologia de

projeto para evitar retrabalho e garantir completude;

Planejar utilização de recursos para garantir viabilidade de

execução;

Estruturar classificação de projetos de BPM frente aos outros para

permitir comparabilidade no portfólio de projetos;

Garantir consistência entre os diferentes projetos evitando

redundâncias e esforços conflitantes;

Garantir patrocínio ao longo de todo o projeto;

Garantir alinhamento estratégico e priorização adequada.

Figura 10 – Ilustração de sinergia: Projeto de melhoria. Autor: Rafael Zambzickis Pinho 3.3.2 – Analisando o impacto nos processos de projetos não oriundos do Escritório de Processos

43

3.3.2.1 - Descrição

Solicitar a área de processos a análise do impacto do projeto nos

processos para que o projeto seja planejado adequadamente e o processo

redesenhado.

3.3.2.2 – Objetivo da conexão

Antecipar o entendimento das alterações e manter processos

atualizados.

3.3.2.3 – Fatores críticos para o sucesso

Identificar projetos que alteram processos;

Analisar alterações no processo decorrentes do projeto de forma a

antecipar possíveis problemas na implantação e manutenção da

mudança;

Tangibilizar as mudanças em uma visão de futuro do processo (

redesenho do processo);

Alinhar mudanças previamente à implantação junto aos envolvidos

no processo;

Validar impactos dos projetos nos processos;

Considerar impactos dos processos no planejamento do projeto.

44

Figura 11 – Ilustração de sinergia: Projeto com impacto nos processos. Autor: Rafael Zambzickis Pinho

3.3.3 – Monitorando os resultados dos projetos finalizados a partir dos processos

3.3.3.1 - Descrição

Informar resultados do projeto e seus impactos no processo a área de

processos para uma correta avaliação da efetividade do projeto.

3.3.3.2 – Objetivo da conexão

Monitorar impactos do projeto e manter atualizadas as ferramentas de

gestão.

3.3.3.3 – Fatores críticos para o sucesso

Entender as reais alterações ocorridas nos processos decorrentes

das mudanças efetivamente implantadas;

Monitorar resultados do projeto nos processos através de

indicadores;

45

Conhecer estrutura de gestão associada aso processos impactados

(indicadores, competências) e promover as revisões necessárias;

Alinhar mudanças ocorridas junto às áreas pertinentes (Alta Gestão

e áreas de Negócio);

Validar alterações nos instrumentos de Gestão.

Figura 12 – Ilustração de sinergia: Projeto com impacto na gestão. Autor: Rafael Zambzickis Pinho

3.3.4 – Gerindo recursos e informações de forma integrada entre o escritório de processos e o de projetos

3.3.4.1 - Descrição

Controlar periodicamente o uso de recursos compartilhados e associar,

analisar, informações de processos, projetos e estratégia.

3.3.4.2 – Objetivo da conexão

Garantir alocação ótima dos recursos e promover a visão integrada e o

aprendizado a partir dos processos e projetos.

3.3.4.3 – Fatores críticos para o sucesso

46

Ter estrutura de registro e associação de dados de projetos e

processos;

Controlar uso de recursos e custos compartilhados;

Negociar uso de recursos junto às ger. funcionais;

Divulgar visão integrada às áreas pertinentes (Alta Gestão e Áreas

de Negócio);

Avaliar desempenho integrado.

As ações de BPM Office e PMO utilizam os recursos das áreas

funcionais e produzem informações de gestão para a organização, portanto, é

necessário prover visibilidade de cruzamento dos dados das 2 áreas.

Figura 13 – Ilustração de sinergia: Integração de recursos. Autor: Rafael Zambzickis Pinho

47

CONCLUSÃO

O presente trabalho buscou desenvolver uma visão integrada das

metodologias (Gestão de Projetos e Gestão de Processo), sendo capaz de

apresentar através do estudo aprofundado, um melhor conhecimento dos

conceitos, abrangências e situações práticas que ocorrem no dia a dia das

organizações e seus escritórios, mostrando como a convergência das áreas,

integradas e alinhadas a estratégia organizacional, podem gerar resultados

cada vez melhores, garantindo o sucesso na execução dos projetos de BPM

ou PMO, compartilhando boas práticas, garantido a gestão eficaz e alocação

eficiente dos recursos e promovendo a visão integrada e o aprendizado a partir

de processos e projetos.

48

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ABPMP BPM CBOK™ Guide to the Business Process Management Common

Body of Knowledge. Version 1.0 – Initial Release. ® 2008 Association of

Business Process Management Professionals.

CAMPOS, Vicente Falconi. TQC Controle de Qualidade Total. Edição da

Fundação Christiano Ottoni, 1992.

CROSBY, Philip B. Quality is free. New York: MC Graw-hill, 1979.

GASNIER, D.G. Gerenciamento de Projetos. 2. ed. São Paulo: IMAM, 2001.

ISHIKAWA, Karou. TOC – Total Quality Control – Estratégia a Administração

da qualidade. IMC, São Paulo: 1986

PMBOK® Guia. Guia do Conjunto de conhecimentos em gerenciamento de

projetos. Terceira edição. Project Management Institute, Four Campus

Boulevard, Newton Square. EUA. 2004.

PMI®, Organizational Project Management Maturity Model (OPM3®):

Knowledge Foundation, Project Management Institute, 2003.

PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, Rio de Janeiro. Estudo de

Benchmarking em Gerenciamento de Projetos Brasil 2006. Rio de Janeiro:

PMIRIO 2007. Disponível em http://pmirio.org.br.

WERKEMA, M.C. Ferramentas Estatísticas Básicas para o Gerenciamento de

Processos; Belo Horizonte: Fundação Chistiano Ottoni, Escola de Engenharia

da UFMG, 1996.

49

BIBLIOGRAFIA CITADA

1 – JESTON, J; NELIS, J. Business Process Managament: Practical Guidelines

to Sucessful Implementaitions. 1ª Edição. Butterworth-Heinemann, 2006.

50

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

(Gestão de Projetos) 10

1.1 – Ciclo de vida dos Projetos 10

1.2 – Conceito de Gestão de Projetos 12

1.3 – Áreas do conhecimento 14

1.4 – O Papel de Processos 16

1.5 – Processos de Gerenciamento de Projetos 17

1.6 – Escritórios de Gerenciamento de Projetos 19

1.6.1 – Evolução 19

1.6.2 – Modelos, funções e composição interna 20

CAPÍTULO II

(Gestão de Processos) 23

2.1 – Conceito de Processos 24

2.2 – Fatores que contribuem para tendência 24

2.3 – Metodologia de Gestão de Processos 25

2.3.1 – Elementos lógicos da cadeia de valor 25

2.3.2 – Metodologias de análise e melhoria de processos 26

2.4 – Metodologia BPM (Business Process Management) 32

2.4.1 – Conceito de BPM 32

2.4.2 – Mapeamento e modelagem de processos 32

2.4.3 – Implantação do BPM 32

51

2.5 – Escritório de Processos (BPM Office) 34

2.5.1 – Funções básicas do escritório de processos 34

CAPÍTULO III

(Gestão de Projetos X Gestão de Processos –

A sinergia entre as metodologias) 35

3.1 – Base conceitual das metodologias 36

3.1.1 – Objetivo 36

3.1.2 – A Gestão 36

3.1.3 – Ciclo de vida de Gestão 37

3.1.4 – O Gestor 38

3.1.5 – Escritório de Gestão 39

3.2 – Entendimento das melhorias 40

3.2.1 – Utilização de processos de projetos nas melhorias 41

3.3 – As sinergias 41

3.3.1 – Conduzindo melhorias de processos de alta

complexidade com o apoio do escritório de projetos 41

3.3.2 – Analisando o impacto nos processos de

projetos não oriundos do Escritório de Processos 42

3.3.3 – Monitorando os resultados dos projetos

finalizados a partir dos processos 44

3.3.4 – Gerindo recursos e informações de forma

integrada entre o escritório de processos e o de projetos 45

CONCLUSÃO 47

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 48

BIBLIOGRAFIA CITADA 49

ÍNDICE 50

52

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição:

Titulo da Monografia:

Autor:

Data da entrega:

Avaliado por: Conceito: