36
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA Síndrome de Down na Infância Por: Eliane Castro Duran Duran Orientador Prof. Fernanda Canavêz Rio de Janeiro 2012

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · síndrome de down, as características, os problemas de saúde, os tipos da síndrome, o tratamento e em seguida será

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

Síndrome de Down na Infância

Por: Eliane Castro Duran Duran

Orientador

Prof. Fernanda Canavêz

Rio de Janeiro

2012

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

Síndrome de Down na Infância

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Psicopedagogia

Por: Eliane Castro Duran Duran

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus e a minha família

pela atenção e paciência.

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha filha

Caroline que entendeu por eu não brincar

com ela por ter que fazer este precioso

trabalho.

5

RESUMO

O objetivo desse trabalho é estudar o desenvolvimento da criança com síndrome de down e suas dificuldades. A pesquisa revela se pertinente para mostrar a diferença da forma física, comportamento, desenvolvimento de uma criança portadora de trissomia 21, que devido a um acidente que pode acontecer durante a fecundação a criança nasce com esse problema, com forma física e intelectual diferente de uma criança normal. O comportamento intelectual não tem cura por se tratar de uma alteração genética. A criança que possui essa necessidade especial além de enfrentar os problemas da síndrome, também de saúde, também sofre com o preconceito pela ignorância até mesmo de pessoas que lidam com ela pela falta de conhecimento, interesse e capacidade, fazendo com que a criança não tenha um desenvolvimento adequado. Uma das principais causas da trissomia do 21 é a idade avançada dos pais.

No decorrer do trabalho será estudado primeiramente o que é síndrome de down, as características, os problemas de saúde, os tipos da síndrome, o tratamento e em seguida será estudado as dificuldades e como são os desenvolvimentos físicos, emocional, cognitivo e motor, para finalizar será estudado a inclusão na família e na escola e como a intervenção psicopedagógica pode ajudar no processo de desenvolvimento.

6

METODOLOGIA

O trabalho será desenvolvido a partir de pesquisas bibliográficas.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO --------------------------------------------------------------------------------08

CAPÍTULO I - O que é Síndrome de Down---------------------------------------------10

1.1 – Diagnóstico da Síndrome de Down ---------------------------------10 1.2 – Causas da Síndrome de Down--------------------------------------11 1.3 – Tipos de Síndrome de Down ----------------------------------------12 1.4 – Características da Síndrome de Down----------------------------12 1.5 – Tratamento da Síndrome de Down---------------------------------14

CAPÍTULO II - Dificuldades da Criança com Síndrome de Down----------------15

1.1 – Dificuldade no desenvolvimento Motor ---------------------------16

1.2 - Dificuldade no desenvolvimento Cognitivo ----------------------17

1.3 - Dificuldade no desenvolvimento Físico ---------------------------19

1.4 - Dificuldade no desenvolvimento Emocional ---------------------19

CAPÍTULO III – A participação da família no desenvolvimento da criança com

Síndrome de Down. ---------------------------------------------------------------------------21

1.1 – A inclusão da criança com síndrome de down na família ---24

1.2 - A inclusão da criança com síndrome de down na escola ---26

CAPÍTULO IV – Intervenção Psicopedagogica ----------------------------------------30

CONCLUSÃO - ---------------------------------------------------------------------------------33

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA -----------------------------------------------------------35

ÍNDICE -------------------------------------------------------------------------------------------36

8

INTRODUÇÃO

Esta monografia tem objetivo de ampliar os conhecimentos sobre o que é Síndrome de Down, na intenção de popularizar os pontos principais pesquisados nos conhecimentos sobre o assunto abordado e numa tentativa de revelar as principais dificuldades da criança com síndrome além de disponibilizar informações importantes que contribuem no desenvolvimento da criança com síndrome de down inclusive a grande importância da participação da família para confortar as situações desconfortáveis e em algumas vezes inevitáveis situações constrangedoras que inibem os estímulos positivos.

Este trabalho pretende abordar no primeiro capítulo o que é Síndrome de Down, quais são as suas características, os tipos de Síndrome de Down e os problemas de saúde. No segundo capítulo será abordada a dificuldade da criança com Síndrome de Down no seu desenvolvimento físico, emocional, cognitivo e motor, por fim no terceiro e último capítulo falarei sobre participação da família no desenvolvimento da criança com Síndrome de Down.

A criança que possui essa necessidade especial, além de enfrentar os problemas da síndrome, também sofre a ignorância e o preconceito até mesmo de pessoas que lidam com ela pela falta de conhecimento de sua capacidade, fazendo com que a criança não tenha o seu desenvolvimento adequado.

As pessoas se preocupam sobre a causa da síndrome, como elas podem evitar, se tem cura, o que pode ser feito para ajudar no desenvolvimento da criança com Síndrome de Down.

Devido a um acidente que pode acontecer durante a fecundação a criança com Síndrome de Down nasce com formação física diferente de uma criança normal. O comprometimento intelectual não tem cura por se tratar de uma alteração genética.

A Síndrome de Down recebe esse nome porque em 1866 o médico John Langdon Down descrevera um paciente com traços físicos parecidos com os habitantes da Mongólia.

(Schwartzman) 1999, explica que o uso do termo ¨mongoloide¨, de uso corrente até o ano de 1961, começa a ser criticado e no ano de 1975 considerado como arcaico.

A Síndrome de Down também chamada de trissomia 21 é diferenciada em três tipos que veremos no decorrer do desenvolvimento do trabalho.

9

Antigamente a família que recebia uma criança mongoloide, ou seja, com Síndrome de Down se sentia envergonhada, deixando - a sem estudos e sem se envolver com a sociedade. Hoje a família participa ativamente de todo o processo de estimulação e deve continuar o trabalho em casa conforme orientações dos profissionais.

A identificação da Síndrome de Down pode ser impactante quando a família não está preparada para lidar com a notícia, geralmente os pais ignoram a notícia e reagem como se tudo fosse tratado naturalmente então aparentam viver em um mundo paralelo bloqueando a real situação. Neste caso, o trabalho do psicopedagogo é muito importante para ajudar a família no sentido de compreensão do diagnóstico e permitir um novo comportamento social familiar a fim de ajudar no desenvolvimento da criança. O sucesso do novo tratamento é de acordo com análise individual e todas as propostas visam preencher as faltas identificadas e assim permitir uma vida próxima do normal.

Toda criança deve ser incluída na sociedade desde que ela nasce, começando com a inclusão em sua própria família, para então criar bases para inclusão escolar e social.

É importante a estimulação precoce, um atendimento especializado direcionado a bebês e crianças, possibilitando a interação com o meio, considerando os aspectos motores, cognitivos, psíquicos e sociais de seu desenvolvimento.

10

CAPÍTULO I

O que é Síndrome de Down

Síndrome de Down é um distúrbio cromossômico mais comum e a forma mais comum de deficiência mental congênita. Pode ser diagnosticada ao nascimento ou logo depois por suas características. Cromossomos são células responsáveis pela cor dos olhos, altura, sexo, e forma de funcionamento de cada órgão interno, como o coração, estomago, cérebro, etc.

É uma doença genética, causada por um acidente que pode ocorrer no óvulo. Provocando uma alteração cromossomática, todas as pessoas estão sujeitas a ter um filho com esta disfunção.

Segundo Ruy (1996) a Síndrome de Down não é uma doença, mas sim uma alteração genética que ocorre por ocasião da formação do bebe no inicio da gravidez.

Síndrome de Down recebe esse nome porque em 1866 o médico inglês John Langdon Down descreveu as características da síndrome, que acabou sendo batizada com seu nome.

O termo mongoloide foi dado devido a um paciente com traços físicos parecidos com os habitantes da Mongólia. Schwartzman (1999) explica que esse termo, de uso corrente até o ano de 1961, começa a ser criticado e no ano de 1975 é considerado como arcaico.

É também chamado de trissomia 21 porque o numero de cromossomos presentes nas células de uma pessoa é 46 (23 do pai e 23 da mãe), formando - se em pares, ocorre um erro na distribuição e ao invés de 46 as células recebem 47 cromossomos, o elemento extra, fica ligado ao par 21.

1.1 Diagnóstico da Síndrome de Down

Para detectar se uma criança terá Síndrome de Down a partir da décima primeira semana da gestação deve se fazer exames específicos, tais como Translucência Nucal que é um volume líquido que se forma sobre a nuca do feto e quando aumenta pode identificar cerca de 70% dos fetos com Síndrome de Down (exame ecográfico não invasivo), outros como a coleta de

11

líquido amniótico ou a biópsia da placenta (são invasivos e podem oferecer risco menor que 1% de perda do feto), feita na décima segunda semana, exame ecográfico realizado entre a vigésima segunda semana. É de suma importância a iniciativa para os exames porque se o resultado for positivo, os pais podem se programar melhor para receber a criança que precisa de cuidados especiais.

Para diagnosticar primeiramente é feito um rastreamento para verificar características físicas no feto que podem ser sinais da Síndrome de Down, as investigações prosseguem com outros testes de acordo com as semanas de desenvolvimento do feto. Sobre a Síndrome de Down, as pessoas ainda se preocupam se é contagiosa, se tem a ver com o estado emocional da mãe durante a gestação, se a criança vai conseguir andar e falar e se tem a ver com exames de alto risco realizados durante a gravidez. A criança com Síndrome de Down pode ter uma vida normal, só que vai ter um desenvolvimento em ritmo diferente.

1.2 Causas da Síndrome de Down

Alguns problemas ocorridos durante a gravidez não causam Síndrome de Down, não importa sua raça, credo, ou condição social. No início da gestação quando se começa a formar o bebê, já está determinado se ele terá ou não, nada que ocorra durante a gravidez como, emoções fortes, quedas, podem causar a Síndrome.

De acordo com Lefrevre (1988), a criança com Síndrome de Down pode nascer em qualquer família. É causada por um acidente biológico, é uma divisão celular do embrião.

A Síndrome de Down pode ter relação com a idade dos pais, quanto mais idosos eles forem, maior a probabilidade de gerarem um filho com Síndrome. Qualquer casal pode ter um filho com esse problema, acredita – se que as chances são maiores quando a mãe tem mais de 35 anos de idade e o pai mais de 55 anos segundo Schwartzman (1999). O casal que já tem um filho com Síndrome de Down deve fazer um acompanhamento genético com especialista caso desejem ter outros filhos.

O pai por meio do espermatozoide, e a mãe por meio do óvulo doam cada um 23 cromossomos ao filho. O cromossomo é uma estrutura que contém o código genético do indivíduo. A união do óvulo com o espermatozoide resulta em 46 cromossomos. A pessoa com Síndrome de Down tem três cópias do

12

cromossomo 21, em vez de duas como é o normal, portanto o indivíduo tem 47 cromossomos em vez de 46.

1.3 Tipos de Síndrome de Down

A Síndrome de Down engloba várias alterações genéticas das quais a trissomia do cromossomo 21 é a mais frequente (95% dos casos). A trissomia 21 é a presença de uma terceira cópia do cromossomo 21 nas células dos indivíduos afetados.

Não existem graus maiores ou menores da trissomia 21 as diferenças de desenvolvimento decorrem das características individuais como herança genética. O problema da causa é complicado ainda mais pela recente identificação de três tipos de observações cromossomáticas na Síndrome de Down diz (Voivodic,2004), detectadas por um exame chamado cariótipo:

1 - Trissômicas Pure ou trissomia 21: ( 47xx ou 47 xy) É a mais simples, esta anomalia está presente antes da fertilização. A criança apresenta 47 cromossomos em todas as duas células, tendo no par 21 três cromossomos. Ocorre em 95% dos casos.

2 - Traslocação: (46xx ou 46 xy) A criança apresenta 46 cromossomos e o cromossomo 21 extra está grudado a outro par, geralmente o 14. Ocorre geralmente em 3% dos casos.

3 - Mosaico: (46 xx/47xx ou 46xy/47xy) A criança apresenta uma mistura de células normais (46 cromossomos) e células trissômicas (47 cromossomos). Ocorre geralmente em 2% dos casos

1.4 Características da Síndrome de Down

Werneck (1995) diz que é possível perceber se há trissomia 21 pela observação quando o bebê nasce. A criança possui traços e características bem peculiares e que os diferem das demais. Diz ainda que existem estudos que designam os sinais mais importantes para o diagnóstico desta síndrome.

13

A confirmação da Síndrome de Down é dada pelo exame do cariótipo (análise cito genética), mas assim que a criança nasce apresenta alguns traços físicos como:

- Cabelo liso e fino;

- Pequenas dobras de pele no canto interno dos olhos;

- Dobras da pele nos cantos internos;

- Nariz pequeno e um pouco achatado;

- Língua aumentada;

- Rosto redondo;

- Orelhas pequenas;

- Baixa estatura;

- Pescoço curto e grosso;

- Mãos e pés pequenos com dedos curtos;

- Prega palmar única;

- Distância entre primeiro e segundo dedo do pé aumentada;

- Órgão genital masculino pequeno (os homens são estéreis);

- Órgão genital feminino pouco desenvolvido (as meninas ovulam, embora os períodos não sejam regulares);

Estas crianças apresentam também mal formação em órgãos, os principais são:

- O coração;

- Gastrointestinal;

- Perda auditiva condutiva;

- Problemas de visão;

- Alguns tipos de leucemia;

Apresenta um desenvolvimento intelectual mais lento que não pode ser identificado ao nascer. Devido á alteração genética o comprometimento intelectual não tem cura. Nem sempre a criança nasce com todas as características, algumas com poucas outras com a maioria delas.

14

Um atraso no desenvolvimento, das funções motoras do corpo e das funções mentais, o bebê é pouco ativo e molinho o que se denomina hipotonia que diminui com o tempo, tem dificuldade de sugar, engolir, sustentar a cabeça e os membros.

1.5 Tratamento da Síndrome de Down

A Trissomia 21 não tem cura, o tratamento é feito para os problemas clínicos decorrentes da Síndrome, e também devem ser feitas uma série de medidas de estimulação precoce e inclusão para aproveitar todo o potencial da criança. A estimulação precoce deve ser direcionada aos bebês de 0 a 3 anos com risco ou atraso no desenvolvimento global. Esse tratamento é de suma importância para que o bebê desde cedo interaja com o meio. Por ser uma anomalia das próprias células, não existem vacinas, remédios, drogas, escolas ou técnicas para às curar.

O objetivo do tratamento que atualmente se faz é colaborar para acelerar e melhorar as condições motoras e intelectuais do portador. A avaliação inicial da criança com Síndrome de Down deve ser holística sendo importante estar alerta aos problemas associados à síndrome, com esses dados o profissional médico é capaz de analisar as necessidades de cada criança e de sua família, planejando orientações e intervenções apropriadas para cada situação. O tratamento fisioterapêutico tem como objetivo criar condições para explorar o potencial motor da criança, direcionando – a nas sucessivas etapas do desenvolvimento motor e auxiliá-la na aquisição de padrões essenciais e fundamentais do desenvolvimento preparando-a para uma atividade motora subsequente mais complexa.

Os objetivos específicos são determinados de acordo com a faixa etária ou fase do desenvolvimento. É importante ressaltar que cada criança tem seu próprio ritmo de desenvolvimento, que deve ser percebido e respeitado. A deficiência não determina como vai ser o desenvolvimento de ninguém. Cada síndrome tem suas próprias características e cada criança irá apresentar de forma diferente.

O importante é respeitar a individualidade da criança e determinar a linha de tratamento a partir disso. Veremos no capítulo seguinte, suas dificuldades em seu desenvolvimento.

15

CAPÍTULO II

Dificuldades da Criança com Síndrome de Down

Durante algum tempo, julgou-se que as crianças com Síndrome de Down não tinham potencial de aprendizagem e se negava oportunidade da mesma, por não acreditar nas suas capacidades. Devido ao atraso mental, que também é característico, estas crianças apresentam um desenvolvimento muito lento. Este desenvolvimento pode limitar áreas como a comunicação, a socialização, a autonomia, a percepção e o conhecimento, entretanto o estado delas pode melhorar em função da sua estimulação, o portador dessa síndrome é um indivíduo calmo, afetivo, bem humorado, mas com problemas intelectuais e que pode apresentar grandes variações no que se refere ao comportamento. A personalidade varia de indivíduo para indivíduo, podendo apresentar distúrbios de comportamento e desordens de conduta.

As crianças com Síndrome de Down em geral podem fazer a maioria das coisas que qualquer criança pequena pode fazer, tais como: falar, caminhar, vestir-se, aprender ir ao banheiro, mas geralmente aprendem mais tarde que as crianças normais. Lefevre (1998) apontou para o atraso e ou distúrbio significativo da produção da linguagem, confirmando que a compreensão pode ser primeiramente verificada. Diz que os distúrbios da expressão são previsíveis uma vez que criança com Síndrome de Down já encontrarão dificuldades para sugar, mastigar, engolir, sustentar a cabeça e os membros e controlar seus órgãos fonoarticulatórios, ocasionando prejuízos na articulação dos movimentos que compõem a fala expressiva,

Apesar dos aspectos motores envolvidos nas atividades expressivas, deve ser considerada também a deficiência comum nas crianças com Síndrome de Down, na capacidade integrativa, tendo dificuldades para estabelecer conexões estáveis, integrar e classificar os estímulos, enfim, pela participação da cognição e formação do pensamento linguístico.

O progresso na aprendizagem é também tipicamente afetado por doenças, deficiências motoras, como doenças infecciosas recorrentes, problemas de coração, problemas na visão e problemas de audição. Apesar de todo o trabalho cerebral ocorrer de forma lenta, e isso devido a uma série de fatores que envolvem desta atenção e a concentração diminuída até a fadiga rápida da energia corporal, há a confirmação de crescentes progressos intelectuais, conforme (Lefrevre,1988, p 42).

16

¨(...) o cérebro da criança mongólica está sempre amadurecendo já que esta síndrome não ocasiona pioras e sim leva a melhoras progressivas. O cérebro trabalha com todas as suas áreas se comunicando por suas conexões próximas e distantes, á medida que o meio oferece estímulos, o organismo da criança os recebe, adapta-se a eles e vai criando ações em um contínuo equilíbrio.

Um dos grandes problemas se situa na capacidade de falar. Werneck (1995) diz que o atraso na aquisição da fala é um dos maiores problemas dessa criança. Em consequência da hipotonia muscular há um desequilíbrio de forças entre os músculos orais e faciais, alterando a arcada dentária, parecendo projetar o maxilar (arcada inferior) e contribuindo para que a língua assuma uma posição inadequada para fora. A respiração incorreta pela boca além de deixar a criança mais sucessível a infecções respiratórias dificulta a articulação de sons.

O pensamento da criança com síndrome de Down encontra – se muito lento desde o nascimento, mesmo assim consegue manejar a abstração de conceitos perceptivos (forma, tamanho, cor, posição) para aplicar numa representação simbólica (Schwartman,1999).

1.1 Dificuldade no Desenvolvimento Motor

Os primeiros meses de vida são fundamentais para a estruturação de nossas potencialidades: as primeiras expressões do bebê são essencialmente motoras grande variedade de pequenos movimentos que fazem parte de um sistema complexo e organizado que irá influenciar no seu bem estar presente e futuro. Os primeiros movimentos são reflexos, porém, durante o seu desenvolvimento, a criança os refinará e os tornará mais precisos, reunindo todas as sensações motoras para chegar a gestos globais, tais como erguer a cabeça, sentar e ficar em pé. É necessário alguns pré - requisitos para a criança conseguir passar adequadamente para etapa seguinte do desenvolvimento neuropsicomotor, não se deve tentar pular fases para adiantar o processo, porque a criança poderá ter prejuízos. De que adianta andar precocemente se a criança é incapaz de se equilibrar. A criança precisa de segurança e controle motor para avançar em seu desenvolvimento.

O trabalho de correção postural é realizado com crianças através de métodos ortopédicos e de reeducação postural global, como Iso – stretching e RPG.

17

É essencial que nesta fase, na qual há maior independência motora, a criança tenha espaço para correr e brincar e possa exercitar sua motricidade global. A brincadeira deve estar presente em qualquer proposta de trabalho infantil, pois é a partir dela que a criança explora e internaliza conceitos, sempre aliados inicialmente à movimentação do corpo.

A deficiência mental está presente no quadro da Síndrome de Down mas os atrasos motores são corrigidos se bem estimulados desde cedo, com um trabalho desenvolvido pela criança de maneira espontânea, criativa e afetiva. Jogos e brincadeiras são instrumentos importantes para ajudar a estimulação da criança e favorecem uma boa relação entre família e a mesma, pois trazem prazer e satisfação.

A criança deve ter acesso às práticas esportivas, iniciando-se no esporte através da exploração e manuseio dos materiais e participando depois de jogos em grupo com orientação adequada.

1.2 Dificuldade no Desenvolvimento Cognitivo

Para Schwartman (1999), o cérebro de uma criança recém-nascida possui capacidade de aprendizagem sendo desenvolvidas através da internalização de estímulos, e está associada aos fatores biológicos, como integridade orgânica e ainda sofre influências diretas dos fatores ambientais e sociais. A aprendizagem é realizada com sucesso se as capacidades de assimilação, reorganização e acomodação, estiverem integras, assim vão se dando as aquisições ao longo do tempo. Esses três processos acontecem para que uma criança que esteja sempre adquirindo novas informações, assim, quando se depara com um dado novo, para a internalização do mesmo, o indivíduo deve reorganizar as aquisições já adquiridas, para acomodar os novos conhecimentos sendo por este processo que linguagem e cognição se desenvolvem. Considerando a grande influência do ambiente e a competência da criança para a atividade cognitiva, para estimularmos uma criança, temos que torná – la mais competente para resolver as exigências que a vida quer em seu contexto cultural a criança com Síndrome de Down possui certa dificuldade de aprendizagem que na grande maioria dos casos são dificuldades generalizadas, que afetam todas as capacidades: linguagem, autonomia, motricidade, e integração social. Estas podem se manifestar em maior ou menor intensidade.

Segundo Jean Piaget a criança com Síndrome de Down também passa por fases de descobertas, mas por um tempo mais longo. A estimulação

18

adequada é importante para o seu desenvolvimento tanto nas idades iniciais de o a 3 anos como no período de inclusão escolar de 3 a 6 anos. As crianças com idade de 7 a 12, tem uma dificuldade maior no que diz respeito a abstração, por esse motivo a fase operacional formal acima de 12 anos é mais lenta.

Fase do desenvolvimento cognitivo da criança segundo Piaget:

Fase sensório motor: Até 1 mês comportamentos como respirar, chorar, sugar o leite materno são determinados hereditariamente e manifestam se sob a forma de reflexos inatos. De 1 a 4 meses o toque físico permite as primeiras adaptações e o reconhecimento do ambiente. Repetições sucessivas testam as reações, cujos resultados são assimilados e incorporados a novas situações. De 4 a 8 meses novos movimentos provocam ações sobre as coisas: toques sucessivos em móbiles, pequenos barulhos e movimentos que estimulam o interesse. De 8 a 12 meses o bebê amplia formas já conhecidas por ele para resolver situações novas: sentado pega com as mãos os alimentos e joga objetos no chão provocando reações diferentes. De 12 a 18 meses as experiências com objetos ampliam os meios para entendimento de novas situações. A criança começa a considerar que os objetos saem da visão, como uma bola atrás da almofada. De 18 a 24 meses surgem combinações mentais e de ações. Os objetos de encaixe tornam se instigantes. Há uma mudança qualitativa da organização da inteligência, que passa de sensível e motora para mental.

Fase pré- operacional: 2 a 7 anos surgem pensamentos intuitivos e psíquicos, sobre a natureza. Para a criança tudo se comporta como ela, por exemplo: pássaros voam porque gostam. De 7 a 12 anos começam as operações chamadas de lógico concretas, nas quais as respostas baseiam se na observação do mundo e no conhecimento adquirido. É a fase de escolarização, dos primeiros textos e operações matemáticas.

Fase operacional formal: após 12 anos desenvolvem – se as operações formais e proposicionais com raciocínio sustentado no conhecimento físico e em hipóteses lógicas. Incorporam se idéias abstratas e ideológicas, como justiça e ecologia.

Schwartzman (1999) relatou que a Síndrome de Down pode causar variedade de características físicas e cognitivas que interferem no aparecimento de dificuldades na aquisição da linguagem.

A deficiência mental tem sido considerada uma das características mais constantes da Síndrome de Down. Segundo Schwartzman (1999), há um inevitável atraso em todas as áreas do desenvolvimento e um estado permanente da deficiência mental. O autor diz que não há um padrão previsível

19

de desenvolvimento em todas as crianças afetadas uma vez que o desenvolvimento da inteligência não depende exclusivamente da alteração cromossômica, mas também do restante do potencial genético, bem como das importantes influências do meio.

1.3 Dificuldade no Desenvolvimento Físico

A Trissomia 21 provoca problemas de desenvolvimento físico, fisiológico e de saúde, a maioria das alterações ocorre durante a formação e desenvolvimento fetal e é normalmente diagnosticado logo após o nascimento, o que possibilita a intervenção precoce. Como o desenvolvimento físico é bem parecido com as características da Síndrome visto no capitulo anterior, será ressaltado neste alguns problemas de saúde como a mal formações intestinais que requerem ser corrigidas cirurgicamente. As crianças com trissomia 21 têm deficiências auditivas por causa da presença de líquido no ouvido médio. Elas também tendem a sofrerem de problemas de tireoide e leucemia, resfriam se muito e são propensas a contrair bronquite e pneumonia.

Segundo Voivodic (2004) as crianças com Síndrome de Down apresentam características físicas semelhantes, porém o mesmo não ocorre ao seu comportamento. Isso ocorre porque o comportamento e o desenvolvimento da criança são resultados de sua carga genética, com as importantes influências que ela recebe do meio ambiente em que vive.

Os problemas de comportamento podem ser apresentadas em algumas situações aparentemente banais como, por exemplo, eles podem se sentir frustrados ou ansiosos com mais facilidade, a sua natureza os tornam mais vulneráveis a desenvolver problemas no comportamento.

1.4 Dificuldade no Desenvolvimento Emocional

Há uma complementaridade entre o comportamento do bebê e a pessoa que cuida dele. A família em especial a mãe, que reconhece a dependência da criança e se adapta a suas necessidades, oferece oportunidades para o bebê progredir no sentido da integração, do acúmulo de experiências do desenvolvimento emocional.

20

É na relação com os pais as primeiras experiências emocionais e de aprendizagem, eles são os responsáveis pela formação da identidade e do desenvolvimento da criança.

Devido a essa anomalia em algumas famílias, há uma dificuldade de uma ligação afetiva adequada entre mãe e a criança.

As crianças com síndrome de Down, normalmente são apresentadas como cordatas, afetuosas, meigas, brincalhonas, portadoras de lições de vida, impulsionadoras de modificações profundamente humanitárias em seus pais e parentes, inclusive, literalmente sendo chamadas de "anjos" em diversas ocasiões.

Lefreve (1988), devemos estar atentos a ternura que esta criança pode fazer nascer a sua volta. Este bebê vai sorrir para a mamãe, estender seus bracinhos quando ela o convidar para o seu colo, vai se agarrar a ela quando pedir proteção. Vai abraçar com carinho a mamãe, o amiguinho ou a boneca. Esse bebê vai se desenvolver lentamente, sendo muito mais dependente que os outros em seu desenvolvimento, mas passará pelos mesmos caminhos, semelhantes aos das outras crianças.

21

CAPÍTULO III

A Participação da Família no Desenvolvimento da Criança com

Síndrome de Down

É sempre esperado com muita expectativa o nascimento de qualquer criança no seio familiar, os sonhos ainda não realizados pelos membros da família frequentemente são projetados para este bebê ainda por nascer, às vezes, antes mesmo da gravidez. Como o bebê com Síndrome de Down é inesperado a família tem que entrar em contato com um mundo cheio de novas informações e cada pessoa em particular por causa da sua própria história de vida, tem mais facilidade ou dificuldade em lidar com este tipo de questão.

É de grande importância a forma como a notícia é transmitida a um casal, que concebeu uma criança com síndrome de down, porque pode influenciar em sua relação inicial com a criança, fazendo os agir de forma negativa ou fantasiosa e assim dificultando o processo de aceitação da criança (Schwartzman,1999).

Grande parte da reação inicial dos pais, quando recebem a noticia do diagnóstico da síndrome, está relacionada a maneira pela qual a informação é transmitida e também que tipo de informação é passada para os pais naquele momento, levando cada família a uma reação e representação diferente (Busgalia,1997).

O papel que a família desempenha nos primeiros anos de vida de uma criança é de fundamental importância porque é nessa fase crítica que ela desenvolve o social, emocional e cognitivo. A qualidade de interação social entre pais e filhos produz efeitos importantes no desenvolvimento das áreas cognitivas, linguísticas e sócioemocionais da criança com deficiência mental (Voivodic,2004).

A família é uma força poderosa ela desempenha importante papel na determinação do comportamento humano, na formação da personalidade, no curso da moral, na evolução mental e social.

A presença da Síndrome de Down na família pode gerar problemas devido a falta de preparo para lidar com aquela criança que é diferente e precisa de cuidados específicos diferindo se do restante do grupo.

22

Se os pais lidarem com os filhos que têm Síndrome de Down com naturalidade outras pessoas também farão o mesmo. Não se deve tratar como se fosse fraco ou indefeso, fazendo exigências ou restrições especiais aos outros irmãos em relação a ele. Essas atitudes poderão repercutir em sentimentos de culpa, pena, raiva ou responsabilidade excessiva, diz (Werneck,1995).

Conforme Tunes (2001) algumas famílias optam por manter a história que haviam construído a respeito de um personagem a ela não se adequar. Nesse caso reafirma se a história, mas nega se o personagem na medida em que ele não se ajusta ao papel que lhe foi reservado. Ele diz que é comum encontrar famílias que estudam e se informam sobre a trissomia, procuram saber tudo sobre ela, mas pouco sabe ou conhecem o filho que tem em casa.

Muitos pais fantasiam que o filho possa ser portador de Síndrome de Down diferente, e que os sinais típicos da Trissomia nele passam por despercebidos, até alguém comentar demonstrando ter notado que o bebê tem Síndrome de Down, e meses depois que muitos pais desabam começam a curtir um luto que não deixaram aflorar nos primeiros meses após o parto, permitindo assim que a tristeza se instale, é uma atitude muito mais saudável do que aparentar autocontrole só para não criar constrangimento entre a família o aos outros filhos (Werneck, 1995).

Casarin (1999) em relação ao luto, a reação dos pais foi organizada em cinco estágios:

1° Reação de choque – Os pais formam as primeiras imagens da criança tendo como referência os significados da deficiência.

2° Negação da Síndrome – Erro de diagnóstico, associação de traços físicos a traços familiares, são fantasias que os pais fazem para tentar acreditar no primeiro momento a tratar de forma natural, comprometendo o relacionamento com a criança verdadeira.

3° Reação emocional intensa – Tristeza, raiva, ansiedade, insegurança, impotência, culpa, são sentimentos que os pais sentem nessa fase de certeza do bebê com síndrome.

4° Redução da ansiedade e da insegurança – Começa a existir uma interação afetiva, as reações do bebê ajudam a compreender melhor a situação, uma vez que ele não é tão diferente quanto os pais pensam assim que ele nasce.

5° Reorganização da família com a inclusão da criança portadora de Síndrome de Down – Os pais devem buscar informações com profissionais

23

para tirar dúvidas sobre a deficiência para se reorganizarem para lidar com o novo.

Na maioria das famílias ocorre a aproximação entre seus membros, mas embora o relacionamento seja próximo há pouca abertura e pouca consciência das dificuldades.

Segundo Casarin (1999), se torna difícil, mesmo sendo a coesão uma tendência forte, porque a criança requer cuidados e exige muita disponibilidade da pessoa que cuida dela. A dedicação é o único elemento que modifica o relacionamento com os outros membros, levando a um desequilíbrio nas relações. A maioria das famílias supera a crise e atinge um equilíbrio, embora o choque seja inevitável.

É importante que os pais entendam que a criança com Síndrome de Down é antes de qualquer diagnóstico o filho esperado, que é preciso deslocar o olhar da deficiência para a criança que necessita de amor, aconchego, segurança, além dos cuidados para se desenvolver em todas as suas capacidades.

Busgalia (1997) diz que o papel da família pode ser bem compreendido em um contexto sócio psicológico em que como no caso de uma família comum, há efeitos recíprocos contínuos entre a família e a criança, uns sobe os outros. Qualquer mudança em um integrante da família afeta todos os outros, dependendo do estado psicológico do grupo. Busgalia (1997) diz ainda que esta família pode atuar de forma bastante positiva como mediadora entre a sociedade em que seu filho terá que viver e o ambiente mais consciente e receptivo que ela pode lhe oferecer.

É importante lembrar que a criança com Síndrome de Down tem capacidade e potencial para se desenvolver e não precisa ser vista como doente. É preciso dar espaço para que ela seja ouvida e trata la com naturalidade, amor, afeto e atenção, elementos essenciais para todas as crianças. É preciso entender que a criança com esse problema se desenvolve mas tem seus limites, por isso é importante a compreensão dos pais e que eles deixem claro a importância de uma rotina, com horários para comer e dormir, o que ajuda na maneira como elas lidam com a realidade. Os pais devem incluir a criança normalmente nas refeições, nas festas familiares e dar espaço a ela. Assim fica mais fácil que ela se aceite, sinta se amada e não precise usar da agressividade para chamar atenção. A inclusão deve começar dentro de casa, pois assim fica mais fácil que ela seja feita em sociedade.

24

1.1 A inclusão da criança com Síndrome de Down na família

Embora o título pareça confuso, tomamos o partido de que a família é a base estrutural para a criança não se sentir exclusa. Todos os familiares deveriam estar preparados em acolhê-lo ou na ocasião “ser preparados”. Na prática, muitas vezes isso não ocorre e aqueles que deveriam imparcializar tal diferença, acaba demonstrando ao contrário, a criança percebe claramente o tratamento diferenciado, principalmente nos casos onde ele tem um irmão.

A criança com Síndrome de Down deve ser inserida na sociedade desde o seu nascimento, para isso ela precisa primeiro ser inserida na sua família, se não fica muito difícil pensar em inclusão escolar e social. Os pais na maioria das vezes têm um preconceito que é anterior ao nascimento do filho e com frequência não se dão conta disso até que alguém os aponte.com este preconceito internalizado e muitas vezes culpados por estes sentimentos camuflam esta questão. Fica evidente o problema quando se tenta incluir seu filho na vida escolar e social, se vê a necessidade de um trabalho cuidadoso e minucioso junto aos familiares que não se trata de orientação, nem prescrição, pois assim não é dado espaço para acolher o lado preconceituoso dos próprios pais e lhe dar a possibilidade de transformação.

A própria família deve apresentar e incluir a criança desde o nascimento na sociedade, alguns pais de bebês, vítimas de um preconceito retraem se do contato social aparentemente por temor ao preconceito alheio. Muitos pais de crianças com Trissomia passam grande parte da vida sem terem contato com nenhuma criança, adolescente ou adulto nessas condições. No momento em que alguém se torna pai, mãe ou irmão de um bebê com Síndrome seus preconceitos não desaparecem de imediato e isto pode causar muita dor e há uma mistura de culpa e vergonha dos próprios sentimentos e da condição do filho ou irmão. A única maneira de transformar o preconceito pessoal é através da informação e da proximidade com o fato. Muitas pessoas são capazes de transformar os seus preconceitos acerca dos portadores de diversos tipos de deficiência ao longo de um intenso aprendizado de vida com os próprios filhos, mas as vezes, por uma serie de motivos, outros pais não têm esta possibilidade e mantém o preconceito escondido, mascarado sob uma série de atitudes que acabam por reforçar a exclusão social do filho. São pessoas sofridas e que não conseguem se transformar, precisam de ajuda mas nem sabem.

De fato, quando uma família possui a estrutura definida, passa segurança para a criança com síndrome de down e consequentemente transparece uma garantia de confiabilidade nos responsáveis. Quando

25

presenciamos esse cenário, a criança tem mais liberdade para agir e progredir no seu desenvolvimento.

Muitas mães procuram orientação sobre a forma correta de tratar seus filhos com síndrome de down e necessitam de palavras de um profissional, entretanto, a convivência envolve o aspecto afetivo, que gera conflitos de difícil solução para os quais não há respostas prontas.

Para uma intervenção familiar, devem ser levadas em conta as informações relacionadas as características da criança, assim como mudar as percepções dos pais a respeito da necessidade dela, reavaliando suas crenças e valores.

Schwartzman (1999) diz que a pessoa com síndrome de down é tratada como uma eterna criança, mesmo os pais estimulando não acreditam no seu desenvolvimento. Isso compromete a possibilidade de exploração e ampliação das representações que a criança pode fazer do ambiente. O alto grau de exigência manifestado pelas mães pode ser resultado de sua adaptação as peculiaridades de seus filhos, devido ao baixo nível de participação da criança, ou também ao desejo dessas mães em mudar o comportamento de seus filhos.

A família desorganizada pela presença de síndrome de down, encontra alívio na intensa atividade de estímulos, mas muitas vezes essa atividade pode tomar o lugar do relacionamento afetivo e da disponibilidade da mãe em perceber e interagir com a criança. Mães que conseguem manter a ligação afetiva, estreita e positiva com a criança favorecem a aprendizagem, proporcionando condições de desenvolvimento e de segurança para sua independência e autonomia.

Busgalia (1997) afirma que as diferenças para com as pessoas que possuem alguma deficiência ainda permanecem fortes nas sociedades, visto que atitudes como o preconceito, discriminação levam os mesmos, as vezes, a serem tratados como objetos e assim afirma se que esse indivíduo não têm perfil de pessoas para convívio social. Ainda segundo o autor é comum uma criança viver se espelhando nos membros da família, e agindo da mesma forma. Os sentimentos de medo, insegurança, otimismo, amor e raiva dos membros refletirão na criança, farão parte do processo de formação e desenvolvimento da personalidade da criança que vê na família o suporte para aprender a vida.

O autor complementa dizendo que o processo de aceitação ou rejeição de um membro na família com deficiência está relacionado com a maneira como a família enfrentou problemas de difícil solução no passado de forma que pode vir a refletir nos problemas do presente e do futuro. Portanto

26

para encontrar soluções que amenize a relação familiar diante de um filho com deficiência depende da estrutura e organização familiar.

A família pode atuar de forma bastante positiva como mediadora entre a sociedade em que seu filho terá de viver e o ambiente mais consciente e receptivo que ela pode lhe oferecer. Para isso, cada membro da família deve adaptar seus próprios sentimentos em relação a deficiência e a criança diferente. Toda família deve entender que somente dessa forma ela poderá ajudar a criança e ajudar os seus sentimentos em relação a própria deficiência e por fim a si mesma, como uma pessoa completa. (Busgalia,1997).

O papel da família é oferecer um campo de treinamento seguro, onde as crianças possam aprender a ser humanas, a amar, a formar sua personalidade única, a desenvolver sua auto imagem, e a relacionar se com a sociedade da qual e para a qual nascem (Busgalia,1997).

1.2 A inclusão da criança com Síndrome de Down na escola

Quando a criança com síndrome de down se torna mais independente, conseguindo se comunicar andar bem e se integrar em um grupo, está pronta para frequentar uma escola. Em alguns casos isto pode acontecer entre três e quatro anos, em outros um pouco mais. Os pais devem estar seguros de que uma classe, mesmo com crianças mais novas do que ela, só lhe fará bem. A partir dessa mudança, o seu desempenho linguístico e a sua independência nas atividades da vida diária terão grandes progressos.

Com todo o esforço que a escola e os profissionais façam no sentido de inserir a criança com síndrome de down, ainda assim será bastante limitado se não incluírem uma orientação aos pais, tanto na filosofia educacional quanto em sua prática.

No que se refere a educação das crianças com síndrome de down, esta deve ser vista de uma forma mais ampla do que apenas escolar. Os educadores devem proporcionar não só apoio prático como também emocional as famílias. É importante que os pais sintam se seguros e que possam confiar para falar de suas dificuldades e compartilhar suas ansiedades. Os profissionais que trabalham com crianças com síndrome de down acreditam que a adequada educação permanente dessas crianças dada pela família, seja um dos principais alvos a serem alcançados (Voivodic,2004).

27

O cérebro funciona como um todo e sempre que estiver estimulando uma área especifica afetará toda a função cerebral, dai a grande importância da estimulação de criança com síndrome de down. A estimulação quando feita com estas crianças deve ter inicio o mais cedo possível.

Muitas mães se queixam de terem sido encaminhadas muito tarde para o tratamento de seus filhos e se sentem culpados do atraso que se verifica, considerando que o tempo perdido nunca mais será recuperado (Lefreve,1988)

A criança com síndrome de down fica rapidamente fatigada com o cansaço, falta a energia necessária para manter a concentração. Sempre se deve verificar se o trabalho é interessante para elas, pois o desinteresse surge tanto como resultado de pedidos complicados, como de com pedidos fáceis demais. As tarefas e ordens precisam se dadas com calma, preparando a exigência final.

Devemos lembrar que o nosso corpo, nas suas relações com o espaço e com os objetos que vai proporcionar as condições para o aprendizado da leitura e da escrita (Lefreve,1988)

Os exercícios com o objetivo de amadurecer a consciência do esquema corporal auxiliarão no aprendizado escolar e também em todo o trabalho posterior a escola, na profissionalização, independência e socialização. A criança que participar dessas atividades estará aprendendo a agir de forma adequada e madura pela sua fala e seu corpo, com gestos e movimentos em sequência harmoniosa no tempo e no espaço.

A escola não pode negar a diversidade e a riqueza da diferença. A escola tem de aceitar e apoiar todas as crianças, proporcionando lhes condições necessárias as suas aprendizagens.

As crianças com síndrome de down necessitam de uma estruturação do programa e de uma metodologia adequada as suas características. Mas os resultados só serão positivos se for garantido a criança uma inclusão plena total.

A escola um dos contextos de vida cabe o papel de encontrar respostas adequadas a cada situação, em parceria com os pais, agentes educadores e comunidades em geral. Para haver sucesso escolar é necessário de todos os membros escolares, principalmente as outras crianças as quais devem ser constantemente sensibilizadas sobre estas e as demais deficiências. A escola deve tentar ao máximo promover a integração de todos os alunos.

28

Nem todas as escolas estão preparadas para receber o aluno portador de uma deficiência e por vários motivos, entre eles, porque professores não se sentem preparados para atender adequadamente as necessidades daqueles alunos e porque as escolas que não tem deficiência não foram preparadas sobre como aceitar ou brincar com colegas com deficiência.

A inclusão é um assunto complexo, principalmente quando se fala de inclusão de pessoas com algum tipo de deficiência. A escola é um canal de mudança, portanto a inclusão de crianças com síndrome de down na rede regular de ensino pode ser um começo para outras transformações não somente de pensamento mais também de atitudes.

Quando se fala em inclusão de pessoas com deficiência é dar o direito de ter as mesmas experiências é aceitar o diferente, aprender com ele e trazer para perto para que ele possa se desenvolver. A palavra incluir é abranger, compreender é somar.

As crianças com síndrome de down que frequentam a escola, vão encontrar um espaço democrático, onde poderão compartilhar o conhecimento e a experiência com o diferente. A inclusão faz parte de um grande movimento pela melhoria do ensino e o primeiro passo para que isso aconteça é olhando a educação com outros olhares. A inclusão bem sucedida não acontece automaticamente, a atitude da escola como um todo é um fator significativo nesse processo.

Muitos profissionais da escola vão ficar apreensivos no começo e achar a ideia de incluir alunos com síndrome de down em suas salas preocupante, porém pesquisas demostram que a maioria dos professores tem ferramentas necessárias para entender as necessidades especificam dessas crianças e são capazes de ensina - las efetivamente com sensibilidade.

Werneck (1995) diz que as pessoas são diferentes e evoluir é perceber que incluir não é tratar igual. Alunos diferentes terão oportunidades diferentes, para que o ensino alcance os mesmos objetivos.

Uma das maiores barreiras para inclusão social é o preconceito, atualmente alguns aspectos da síndrome de down sejam mais conhecidos e eles tenham melhores chances de vida e desenvolvimento.

O preconceito geralmente é gerado por falta de informação e até mesmo por insegurança por parte das pessoas, o ser humano tende a ter medo daquilo que não conhece. É por esse motivo que a inclusão de criança com deficiência nas escolas de ensino regular é tão importante, pois serão introduzidas de maneira natural possível essas pessoas na vida das crianças

29

tidas como normais, e assim criara um pensamento mais consciente em nossos filhos.

A interação pode ser confundida com inclusão, mas existem diferenças entre elas. Na interação a criança precisa se adequar a realidade da escola, já na inclusão a escola é que tem que se adequar a criança, aceitar da maneira que ela é seja ela deficiente ou não.

30

CAPÍTULO IV

Intervenção psicopedagogica

Intervenção é uma interferência de um profissional na vida de alguém, um psicopedagogo, um professor, um psicólogo, que auxilia no processo de desenvolvimento e aprendizagem da pessoa, o qual pode estar apresentando algum tipo de problema.

Psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem humanas e suas dificuldades, tendo uma característica de intervenção e prevenção procurando ser compreendido os processos cognitivo, emocional, familiares, orgânicos, sociais que interferem no processo de aprendizagem da criança.

É entendido que na intervenção o procedimento adotado interfere no processo, com o objetivo de compreender, explicar e corrigir, introduzindo novos elementos para a pessoa pensar podendo levar a mudança de um padrão anterior de relacionamento com o mundo. Uma fala, um assinalamento, uma interpretação que o psicopedagogo realiza com crianças com transtornos com a finalidade de combinar um padrão de relacionamento, uma relação com o conhecimento.

Um dos objetivos da psicopedagogia é a intervenção, de fazer a mediação entre a pessoa e seus objetivos de conhecimento. Vários motivos podem causar o não aprender. Todas as pessoas são capazes de aprender, só precisa adaptar a forma de ensinar, de acordo com cada necessidade.

A criança portadora de síndrome de down para estar pronta para a aprendizagem depende da integração dos processos neurológicos e da evolução da função especificas como linguagem e percepção. Na criança down é comum se observar alterações severas de internalização de conceito e espaço e tempo, que dificulta muitas aquisições e refletirão especialmente em memória e planificação, além de dificultar muito a aquisição de linguagem. Estratégias espontâneas não são desenvolvidas por crianças portadoras de síndrome de down e este é um fato que deve ser considerado em se processo de aquisição de aprendizagem, ela terá muitas dificuldades de resolver problemas e encontrar soluções sozinhas.

O trabalho psicopedagógico deve respeitar o ritmo da criança e propiciar estimulação adequada para desenvolvimento de suas habilidades. Criar e implementar programas devem ser feitos de acordo com as necessidades especiais de cada criança.

31

¨O papel do psicopedagogo institucional, seja educacional, empresarial ou hospitalar é atuar e intervir junto a aprendizagem humana, levando sempre em consideração de que todo ser humano apresenta capacidade para aprender, cada um dentro de suas possibilidades e potencialidades. ¨ ( Carvalho, 2008, p 27)

A intervenção psicopedagogica na criança com síndrome de down é importante para que ela possa ter um melhor desenvolvimento através de estímulos realizados. A intervenção pode ser feita de várias formas, uma delas é através da dança que auxilia, desenvolve a coordenação motora. Por ser geralmente enfocados os limites do individuo e não aquilo que ele é capaz de fazer deve ser necessário realizar vários trabalhos que favoreçam o seu desenvolvimento motor. Uma das formas de adquirir habilidades na área da modalidade é na fase pré-escolar que é fundamental para a formação e maturação do individuo. Para trabalhar a dança com os portadores de síndrome de down de maneira eficiente é utilizar a dança educacional recreativa, sendo uma ótima forma de estabelecer a saúde, aptidão física, auto confiança, equilíbrio emocional, interação social e outros pontos positivos, por não ser necessário técnicas especificas e sim ter habilidades de movimento

Outra forma de intervenção psicopedagogica é utilizar o lúdico como uma intervenção de cunho terapêutico, foi uma forma inovada porque antes o lúdico era usado como forma de acesso ao mundo interior da criança, o jogo, por exemplo, pode expressar a criatividade da criança. O brincar faz com que a criança manifeste seus conflitos, medos, ansiedades, problemas internos, ela vai descobrindo seus limites, expressa seus sentimentos, e assim podemos observar sua forma de brincar, como é esse processo de se aproximar do material, do que rejeita, do que escolhe, se pode observar também a dificuldade de passar de uma etapa para a outra, a organização, o modo como brinca, com outra criança como reage, o que fala da sua vida durante as brincadeiras.

O brincar se torna importante porque além de ser prazeroso e divertido é uma forma de a criança fazer experimentos e ir evoluindo. O psicopedagogo brincando com a criança vai dando a ele a oportunidade de vencer desafios e com isso ele observa na criança a maturidade, inteligência, imaginação, criatividade, organização cognitiva, campo de atenção, podendo utilizar de outros recursos tendo como base nesses domínios.

A musicoterapia também é considerada como intervenção psicopedagogica pois auxilia na estimulação auditiva, se faz necessário porque o portador de síndrome de down tem dificuldade de memória visual, ela tem dificuldade de guardar imagens do que palavras ouvidas. As canções infantis

32

por ter linguagem simples, deveriam ser usadas de forma lenta, com as palavras bem articuladas para serem bem entendidas.

Segundo Lefevre (1988) a crianças que participa dessas atividades estará aprendendo a agir de forma adequada e madura pela sua fala e seu corpo, com gestos e movimentos em sequência no tempo e no espaço. O objetivo desses exercícios é de fazer a criança se movimentar, trabalhar o corpo sentindo sua postura e equilíbrio e movimentar todos os membros. O desempenho é satisfatório porque eles pegam instrumentos de percussão e tocam, dançam, cantam, se manifestam de maneira normal.

O trabalho de intervenção deve ser feita a partir de cada história de vida individual de cada família e de cada portador.

A avaliação psicopedagogica não deve ser baseada não só no que a criança consegue fazer sozinha, mas também no que ela é capaz de fazer com a ajuda de um mediador. Assim, com a ajuda ela vai conseguindo superar limites e progredir em seu desenvolvimento.

Lembrando que os primeiros mediadores que podem intervir no desenvolvimento e aprendizado da criança portadora de síndrome de down são os pais, pois eles devem acompanhar e interagir constantemente com seus filhos para que eles tenham uma boa evolução e não se sintam sozinhos.

33

CONCLUSÃO

Como se viu acima verificou – se que a síndrome de down não é uma doença e sim um acidente nos cromossomos em especial dos 21. Hoje já existem exames que podem ser feitos no pré- natal para diagnosticar antes do nascimento se a criança tem ou não a síndrome. É importante ser feito porque assim a família já pode se preparar psicologicamente e se programar para receber o bebê que precisará de cuidados especiais.

Esse problema pode se dar devido a idade dos pais, quanto mais velhos mais risco.

Na síndrome de down não tem graus de gravidade, suas diferenças são dos desenvolvimentos das características da síndrome. Cada um tem uma característica diferente. Os traços físicos e o atraso mental são uma das características mais marcantes.

A síndrome de down não tem cura, o que se pode fazer é ter acompanhamento desde cedo com profissionais que cuidem dos problemas clínicos decorrentes da síndrome.

Por ter um atraso mental seu desenvolvimento é muito lento, mas todos se não tiverem problemas graves de saúde podem chegar a fase adulta bem desenvolvido podendo até trabalhar, mas para que isso aconteça também é de suma importância uma intervenção.

O convívio com um portador deve ocorrer com naturalidade porque apesar de algumas diferenças genéticas todos nós possuímos as mesmas capacidades, mas com níveis diferentes. Deve se saber que há igualdade entre o não portador e o portador e que há vários meios para que essa convivência se realize fazendo com que se possa interagir com eles normalmente.

Toda família fica ansiosa com a chegada de um bebê e quando chega a hora desse momento, a expectativa é grande, por isso a forma como é dada a notícia deve ser feita com cuidado para que a família não rejeite a criança.

Os pais devem incluir o bebê com síndrome de down na família porque é a partir daí que ela vai começar a interagir com o meio. Se a própria família tem dificuldade de aceitar, outras pessoas também não a acolheriam com naturalidade.

34

A criança com síndrome de down que não é bem recebida, que não tem a dedicação dos pais que deveriam de ter possivelmente não terá um bom desenvolvimento pois é a partir dessa inclusão que ela vai progredir.

A família é primordial para a intervenção e a integração da criança com trissomia 21 principalmente nos primeiros anos de vida, com esses dados se chega a conclusão.

A estimulação do portador de deficiência especial na fase inicial da vida é de muita importância para o desenvolvimento normal da criança e minimiza as ocorrências de dificuldades que podem ser serias futuramente

35

BIBLIOGRAFIA

Busgalia, L. Os deficientes e seus pais. 1997.

Carvalho, E. A psicopedagogia institucional e sua atuação no mercado de trabalho. 2008.

Casarin, S. Aspectos psicológicos as síndrome de down. 1999.

Lefevre, B. Mongolismo, orientação para famílias. 1988.

Amaral, R. Síndrome de down e agora doutor? 1996.

Schwartzman, J. Síndrome de down. 1999.

Tunes, E. Cadê a síndrome de down que estava aqui? O gato comeu. 2001.

Voivodic, M. O desenvolvimento cognitivo das crianças com síndrome de down à luz das relações familiares. 2002.

Werneck, C. Muito prazer eu existo: um livro sobre pessoas com síndrome de down. 1995.

www.portalsindromededown.com – acesso 03/10/2012.

www.ceesd.org.br – acesso em 25/10/2011.

www.brasilescola.com – acesso em 21/11/2011.

www.fsdown.org.br – acesso em 02/09/2011.

www.niee.ufrgs.br – acesso em 17/03/2012.

www.cromossomo21.com – acesso em 11/12/2011

36

INDICE

FOLHA DE ROSTO -------------------------------------------------------------------------01

RESUMO---------------------------------------------------------------------------------------05

METODOLOGIA------------------------------------------------------------------------------06

SUMÁRIO --------------------------------------------------------------------------------------07

INTRODUÇÃO --------------------------------------------------------------------------------08

CAPÍTULO I - O que é Síndrome de Down--------------------------------------------10

1.1 – Diagnóstico da Síndrome de Down ---------------------------------10 1.2 – Causas da Síndrome de Down---------------------------------------11 1.3 – Tipos de Síndrome de Down -----------------------------------------12 1.4 – Características da Síndrome de Down-----------------------------12 1.5 – Tratamento da Síndrome de Down----------------------------------14

CAPÍTULO II - Dificuldades da Criança com Síndrome de Down----------------15

1.1– Dificuldade no desenvolvimento Motor ---------------------------16

1.2 - Dificuldade no desenvolvimento Cognitivo ----------------------17

1.3 - Dificuldade no desenvolvimento Físico --------------------------19

1.4 - Dificuldade no desenvolvimento Emocional ---------------------19

CAPÍTULO III – A participação da família no desenvolvimento da criança com

Síndrome de Down. ---------------------------------------------------------------------------21

1.3 – A inclusão da criança com síndrome de down na família ---24

1.4 - A inclusão da criança com síndrome de down na escola ---26

CAPÍTULO IV – Intervenção Psicopedagogica ----------------------------------------30

CONCLUSÃO - ---------------------------------------------------------------------------------33

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ----------------------------------------------------------- 35

INDICE -------------------------------------------------------------------------------------------36