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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
Transporte Rodoviário eficaz e seguro
Por: Loânes Melo da Silveira – matrícula K2155647
Orientador
Jorge Tadeu Vieira Lourenço
Rio de Janeiro
2010
2
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
Transporte Rodoviário eficaz e seguro
Apresentação de monografia à Universidade
Cândido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Logística
Empresarial.
Por: Loânes Melo da Silveira Lacerda
3
AGRADECIMENTOS
À Deus que me possibilitou, alcançar
este objetivo, à minha mãe, que perdi
no início deste curso e ao meu
orientador, pivô e responsável pela
criação deste trabalho, que contribuiu
com orientação e transmissão
constante de conhecimentos e
experiência.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho as minhas meninas
Ohany e Angélica e ao meu marido
Carlos Lacerda, por todo apoio e
compreensão.
5
RESUMO
O transporte rodoviário de cargas é responsável por mais de 61,1% da
quantidade dos bens transportados no Brasil e esta modalidade atraem,
constantemente, o interesse de quadrilhas especializadas em furto e roubos de
cargas, portanto, é necessário implementar na logística rodoviária uma solução
inteligente na questão da seguridade, a fim de reduzir os níveis de sinistro.
Desta forma para que os transportes rodoviários se tornem mais seguros e
eficazes é necessário que haja investimento nas frotas, implementando um
sistema através da adoção da tecnologia de rastreamento por satélite, com
câmaras embutidas que oferece monitoramento contínuo e que resulta em
segurança para a carga e ao motorista, além de ganhos reais em toda
operação logística.
6
METODOLOGIA
Para elaboração deste trabalho, foi utilizada uma pesquisa bibliográfica,
buscando embasamento teórico em livros, consultas à Internet, jornais e
revistas especializadas.
Buscou-se analisar como implementar uma solução inteligente na
questão da seguridade rodoviária.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I - Transporte Rodoviário 9
CAPÍTULO II - Roubo de Carga 19
CAPÍTULO III - Segurança no transporte Rodoviário 26
CONCLUSÃO 41
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 53
ANEXO 42
ÍNDICE 56
FOLHA DE AVALIAÇÃO 57
8
INTRODUÇÃO
Este trabalho de pesquisa tem como finalidade identificar meios de como
implementar uma solução inteligente e integrada na questão da seguridade
rodoviária, já que os índices de furto de cargas nas rodovias brasileiras são
cada vez mais alarmantes.
A inexistência de um sistema permanente de monitoramento e controle
no setor de transporte faz com que as quadrilhas se tornem cada vez mais
especializadas, fazendo abordagens de veículos com indivíduos fortemente
armados que seqüestram e até mesmo podem matar os condutores.
Devido aos altos índices de furto de cargas rodoviárias é necessário que
as empresas adotem além do gerenciamento de risco um sistema de
tecnologia de rastreamento por satélite, com câmaras embutidas, pois os
rastreadores oferecem mais que uma simples localização dos transportes, são
uma solução inteligente e integrada na questão da seguridade, reduzindo os
níveis de sinistro e oferecendo segurança.
No primeiro capítulo deste estudo será feita uma abordagem sobre as
características do transporte rodoviário e dos problemas de qualidade da
malha rodoviária de um modo geral e com um breve histórico e importância do
assunto nos dias atuais.
No seguindo capítulo será feita uma explanação sobre o roubo de carga
no Brasil e em seguida, no terceiro capítulo, será falado sobre a segurança no
transporte rodoviário, porém com enfoque maior em gerenciamento de risco,
rastreamento com escolta eletrônica e nas alternativas para evitar o roubo de
cargas, que é o objetivo deste estudo.
9
CAPÍTULO I
TRANSPORTE RODOVIÁRIO
1.1 – Conceito
Transporte Rodoviário é aquele que se realiza em estradas de rodagem,
com utilização de veículos como caminhões e carretas. O transporte rodoviário
pode ser em território nacional ou internacional, inclusive utilizando estradas de
vários países na mesma viagem.
1.2 – Característica do Modal Rodoviário
Após pesquisa percebe-se que é o mais expressivo no transporte de
cargas no Brasil, atingindo praticamente todos os pontos do território nacional,
pois desde a década de 50, com a implantação da indústria automobilística e a
pavimentação das rodovias, esse modo se expandiu de tal forma que hoje é o
mais procurado. Difere do ferroviário, pois se destina principalmente ao
transporte de curtas distâncias de produtos acabados e semi-acabados. Por
via de regra, apresenta preços de frete mais elevados do que os modais
ferroviário e hidroviário, portanto sendo recomendado para mercadorias de alto
valor ou perecíveis. Não é recomendado para produtos agrícolas a granel,
cujo custo é muito baixo para este modal.
Em relação aos serviços, além da distinção entre transportadoras
regulares e frota privada, existem também transportadores contratados e
isentos. Quando os clientes desejam obter um serviço mais adequado as suas
necessidades, isentando-se de despesas de capital ou problemas
administrativos associados a frota própria, estes se utilizam de transportadores
contratados. Os transportadores contratados são utilizados por um número
limitado de usuários em contratos de longa duração. Já os transportadores
isentos são aqueles livres de regulamentação econômica, como por exemplo,
veículos operados e contratados por fazendeiros ou cooperativas agrícolas.
10 O transporte rodoviário apresenta custos fixos baixos (rodovias
estabelecidas e construídas com fundos públicos), porém seu custo variável
(combustível, manutenção, etc.) é médio. As vantagens deste modal estão na
possibilidade de transporte integrado porta a porta e de adequação aos tempos
pedidos, assim como freqüência e disponibilidade dos serviços. Apresenta
como desvantagem a possibilidade de transportar somente pequenas cargas.
Vantagens:
✔ Adequado para curtas e médias distâncias
✔ Simplicidade no atendimento das demandas e agilidade no acesso às
cargas
✔ Menor manuseio da carga e menor exigência de embalagem
✔ Serviço porta-a-porta: mercadoria sofre apenas uma operação de carga
(ponto de origem) e outra de descarga ( local de destino)
✔ Maior freqüência e disponibilidade de vias de acesso
✔ Maior agilidade e flexibilidade na manipulação das cargas
✔ Facilidade na substituição de veículos, no caso de acidente ou quebra
✔ Ideal para viagens de curta e média distância
Desvantagens:
✔ Frete mais altos em alguns casos
✔ Menor capacidade de carga entre todos os outros modais
✔ Menos competitivo para longas distâncias
✔ A malha rodoviária deve estar constantemente em manutenção ou em
construção, gerando custos ao erário ou a contribuinte, visto que, existem
estradas privatizadas que cobram pedágio.
O transporte rodoviário tem sido considerado o meio de transporte mais
comum e eficiente no território nacional, apesar do custo do frete. De acordo
com Arnold (1999), comparado aos demais meios de transporte, o caminhão
tem um custo de aquisição relativamente baixo, sendo o meio de transporte
11 mais adequado para a distribuição de pequenos volumes a áreas mais
abrangentes.
No Brasil, o sistema de transportes rodoviários é regulamentado e
fiscalizado pela ANTT, que tem como atribuições específicas a promoção de
estudos e levantamentos relativos à frota de caminhões, empresas
constituídas e operadores autônomos, de transporte rodoviário de cargas.
Também é função da ANTT organizar e manter um registro nacional de
transportadores rodoviários de carga. Com as inovações tecnológicas, a ANTT
estuda a viabilidade de criar um sistema de registro virtual que incrementará o
acesso dos transportadores, com maior comodidade para a inscrição dos
mesmos no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas,
registro este obrigatório, à atividade de transporte rodoviário de cargas.
As vantagens do transporte rodoviário, apresentadas por Ballou (2007),
são: serviço porta a porta, sem necessidade de carregamento ou descarga
entre origem e destino; freqüência e disponibilidade dos serviços; velocidade e
conveniência.
Segundo Valente, Passaglia e Novaes (2001), o modo rodoviário atinge,
praticamente, todos os pontos do território nacional, sendo o mais expressivo
no transporte de cargas, no Brasil. Geralmente, o transporte de carga é
realizado por empresas privadas ou transportadoras. A administração das
atividades de transporte, em uma empresa, fica por conta dos setores de:
administração, operações, finanças, marketing e recursos humanos, podendo,
também, haver outros setores vinculados, dependendo da microestrutura da
transportadora. Dessas, a diretoria de operações está diretamente ligada à
gestão da frota.
A empresa pode possuir frota e equipamentos próprios ou contratar
serviços diretamente. A frota própria permite o ganho de desempenho
operacional melhor, maior disponibilidade e capacidade de transporte e
menores custos, porém parte da flexibilidade financeira precisa ser conduzida
a investimentos na capacidade de transporte ou num arranjo contratual a longo
12 prazo. A decisão pela obtenção de frota própria depende do volume de
carga; se este for elevado, compensa, economicamente, possuir o meio de
transporte. Segundo Ballou (2007) em algumas situações, mesmo com custos
maiores, a empresa pode necessitar de frota própria, pelos seguintes motivos:
(1) entrega rápida com confiabilidade muito elevada; (2) equipamento especial
geralmente indisponível; (3) manuseio especial da carga e (4) um serviço que
deve estar disponível assim que necessário.
O gerente de transportes confronta-se com a decisão de optar entre o
serviço de terceiros ou de obter frota própria. Essa decisão leva em conta a
análise do balanço entre os custos e o desempenho, e, também, a flexibilidade
do operador, o crédito, a reciprocidade ou relacionamento de longo prazo com
o transportador, em caso de terceiros.
A administração do transporte contratado de terceiros difere da
movimentação realizada por frota própria. Nos serviços contratados, é preciso
analisar a negociação de fretes, a documentação da empresa e dos veículos, a
auditoria e consolidação de fretes; na frota própria, devem ser gerenciados o
despacho, o balanceamento de carga e a roteirização. Com relação à frota
própria, uma das razões para a empresa ter ou alugar uma frota de veículos é
obter melhor desempenho na entrega e diminuir os custos. Ballou (2007)
ressalta que muitas vezes, o gerente de tráfego deve administrar uma mistura
de transporte próprio e de terceiros.
O transporte é uma das funções logísticas que possui papel
fundamental nas estratégias da rede logística. As funções logísticas estão
integradas entre si e não podem ser vistas de forma isolada; ao mesmo tempo,
estão também integradas à função de Marketing, sendo um componente
operacional importante da estratégia de Marketing. Com isso, segundo Fleury,
Wanke e Figueiredo (2008), torna-se necessária a geração de soluções que
possibilitem flexibilidade e velocidade na resposta ao cliente, ao menor custo
possível, gerando assim maior competitividade para a empresa.
13 A gestão do transporte, portanto, está integrado às estratégias
logísticas e de Marketing, e o gerente de transportes e de operações precisa
ter uma visão de todos os componentes do sistema operacional.
1.3 – Qualidade da malha rodoviária
Segundo o Boletim Estatístico do CNT (2005b), o Brasil apresenta 1,6
milhões de quilômetros de rodovias, dos quais apenas 196 mil km (ou 12% do
total) são pavimentados. Da parcela não-pavimentada (1,4 milhões de
quilômentros), 90,7% são rodovias municipais, 8,3% são estaduais e 1% é
federais.
Dados da Pesquisa Rodoviária do CNT (2005a) 1% indicam que o estado
geral das rodovias apresenta-se bastante desfavorável, uma vez que 72% das
rodovias analisadas apresentam algum tipo de comprometimento, sendo
classificadas como “Deficiente”, “Ruim” ou “Péssimo”, conforme mostra a
Tabela 1. Considerando apenas o quesito “Pavimento”, a situação melhora um
pouco: 54,6% da extensão encontram-se com pavimento em estado
“Deficiente”, “Ruim” ou “Péssimo” (vide Tabela 2).
Tabela 1 – Estado geral das rodovias brasileiras em 2005 (extraída de CNT,
2005a)
1- A décima edição da Pesquisa Rodoviária CNT analisou 100% da malha
rodoviária federal pavimentada, os principais trechos sob gestão estadual,
14 além de rodovias sob gestão terceirizada de todos os estados da
federação, totalizando 81.944 quilômetros.
2- No “Estado Geral” são consideradas, simultaneamente, as características do
pavimento, da sinalização e da geometria viária.
Tabela 2 – Condições da pavimentação das rodovias brasileiras em 2005
(extraída de CNT, 2005a)
Deve-se destacar o desequilíbrio qualitativo das regiões. Na análise
comparativa do estado geral das rodovias pesquisadas em 2005, o Nordeste
apresenta cerca de 31,2% de sua extensão em péssimo estado geral de
conservação, enquanto no Sul, este índice cai para 4,1%. Estes valores fazem
do Nordeste a região detentora da malha rodoviária em piores condições de
todo o país, fato que compromete seu próprio desenvolvimento e também as
possibilidades de maior integração econômica com as demais regiões.
15 Figura 1 – Condições da pavimentação das rodovias gestão estatal
(extraída de CNT, 2005a)
Figura 2 – Condições da pavimentação das rodovias gestão terceirizada
(extraída de CNT, 2005a)
Neste sentido, o Governo Federal justificou o aumento do número das
praças de pedágio, dentro do Programa de Concessão de Rodovias, como
parte do esforço de redução do Custo Brasil, baseando-se:
Em números levantados por um estudo dos técnicos do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) e da Empresa Brasileira de Planejamento de Transportes (Geipot): uma estrada degradada representa aumento de 58% no consumo de combustíveis, de 38% nos gastos de manutenção de veículo, de 50% no índice de acidentes e de até 100% no tempo gasto nas viagens. (CNT, 2001, p.1).
De acordo com o Boletim Estatístico do CNT (2005b), os investimentos
necessários para recuperação do pavimento da malha nacional (cerca de 55,6
mil km) totalizam R$ 11,8 bilhões. Este valor considera os gastos necessários
com obras de manutenção das rodovias em “bom” estado, de restauração de
rodovias consideradas “deficientes” ou “ruins” e reconstrução de rodovias em
“péssimas” condições de conservação.
16
1.4 - Registro Nacional do Transportador Rodoviário de
Cargas
O registro é obrigatório e gratuito, as 50 mil empresas transportadoras e
os 500 mil caminhoneiros autônomos, que formam o universo do transporte
rodoviário de cargas no Brasil, terão que se registrar na Agência Nacional de
Transportes Terrestres – ANTT. Somente após receber o certificado os
transportadores estarão habilitados ao exercício da atividade. A fiscalização
começou a ser feita em março de 2005 podendo chegar a R$ 500,00 de
acordo com o tipo de infração. Compete a ANTT, segundo a Lei nº 10.233 de
05 junho de 2001 (lei de criação da Agência) não só habilitar os
transportadores, mas também promover estudos e levantamentos relativos à
frota de caminhões, empresas constituídas e operadores autônomos, bem
como organizar o Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga.
1.5 - Benefícios
Aos Transportadores: regularização do exercício da atividade através da
habilitação formal: disciplinamento no mercado; identificação de parâmetros de
participação no mercado; conhecimento do grau de competitividade e inibição
da atuação de atravessadores não qualificados.
Aos usuários: maior informação sobre a oferta de transporte, maior segurança
ao contratar o transportador; redução de perdas e roubos de cargas e redução
de custos dos seguros.
Ao País: conhecimento da oferta do transporte rodoviário de cargas;
identificação da distribuição espacial, composição e idade média da frota;
delimitação das áreas de atuação (urbana, estadual e regional) dos
transportadores; conhecimento da especialização da atividade econômica
(empresas, cooperativas e autônomos), e fiscalização da atividade.
1.6 – Instrumento Legal
17 O instrumento legal que institui o Registro Nacional de
Transportadores Rodoviário de Carga é a Lei 10.233 da ANTT que determina
que o exercício da atividade de transporte rodoviário de carga, por conta de
terceiros e mediante remuneração, depende de prévio registro do
transportador no RNTRC, administrado pela ANTT. O Transporte de Carga
Própria é identificado quando a Nota Fiscal dos produtos tem como emitente
ou destinatário a empresa, entidade ou indivíduo.
O porte documento (certificado) que comprova a inscrição no RNTRC a
ser emitido pela ANTT tem caráter obrigatório e será fiscalizado pela Polícia
Rodoviária Federal em todas as rodovias federais do País, e pelos fiscais da
ANTT nas rodovias concedidas à iniciativa privada. Em junho de 2004 até 28
de fevereiro de 2005 foi feita a fiscalização educativa. Após este período, os
transportadores que não possuírem o Certificado de Registro emitido pela
ANTT não estarão habilitados a exercer a atividade remunerada, mediante
pagamento de frete e, conseqüentemente, estarão sujeitos à multa e sanções.
1.7 – Contrato de prestação de serviço de transporte
Define-se contrato de transporte (anexo 1) aquele pelo qual alguém se
obriga a receber, coisas ou animais, e levá-los ao seu lugar de destino, com
segurança e presteza, mediante o pagamento de um preço.
Diz nosso Código Civil pátrio em seu artigo 730: Pelo contrato de
transporte alguém se obriga, mediante retribuição, a transportar, de um lugar
para outro, pessoas ou coisas.
A definição, acima, aliada a de nosso estatuto civil são as janelas
envidraças que fazem transparecer a simplicidade do contrato, que tanto para
um expert quanto para um leigo no assunto é de fácil assimilação.
Embora o contorno da responsabilidade civil seja um épico na área
jurídica vale trazer o tema, princípio geral de direito, informador de toda a teoria
da responsabilidade, encontradiço no ordenamento jurídico de todos os povos
civilizados e sem o qual a vida social é inconcebível, é aquele que impõe, a
18 quem causa dano a outrem, o dever de o reparar.
Reza o Código Civil brasileiro em seu artigo 927, verbis:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independente de culpa,
nos casos específicos em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, riscos para os
direitos de outrem.
O transportador no exercício de sua atividade fim (prestação de serviço)
esta sujeito a responsabilidade contratual e extracontratual. Corolário lógico é
que a responsabilidade contratual é aquela que se refere ao contrato formal
celebrado entre as partes intervenientes na prestação de serviço, por ex.
avaria na mercadoria, atraso na entrega, por culpa do transportador. (vide item
Responsabilidade do Transportador). Já a responsabilidade extracontratual
engloba aquelas situações que atraem a responsabilidade do transportador
para casos alheios ao contrato de prestação de serviço, por ex. acidentes de
trânsito com vitimas fatais e/ou acidentes de trânsito com vitimas lesionadas
corporalmente.
19
CAPÍTULO II
ROUBO DE CARGA
2.1 – Roubo de Cargas no Brasil
Heinrich (2004) afirma que os roubos de cargas começaram a ganhar
notoriedade no início da década de 80, o que resultou na criação de uma taxa
conhecida por Adicional de Emergência (ADEME) pelo Governo Federal,
sendo substituída em 2001 pelos custos em Gerenciamento de Riscos (GRIS).
Os roubos de carga foram aumentando anualmente, de 3.000 ocorrências em
1994 para 8.000 em 2001, ocasionando prejuízos de aproximadamente 100
milhões de reais e de 500 milhões, respectivamente (COPPEAD, 2002).
Aproximadamente 80% dos roubos de carga estão concentrados nos estados
de São Paulo e Rio de Janeiro, segundo o requerimento 23, de 2000, do
Congresso Nacional. Esse mesmo documento cita que há uma tendência de
ampliação do raio de ação das quadrilhas para os estados do Rio Grande do
Sul, Minas Gerais (Triângulo Mineiro), Goiás e Paraná. Estudos da SETCESP
(1999) revelam que as ocorrências de roubo de caminhões e depósitos de
empresas de transportes cresceram mais de 30% em relação ao ano anterior
em São Paulo.
Segundo Caixeta (2002) estas estatísticas contribuíram para que os
operadores e o governo adotassem várias medidas para obter a redução
destes índices. Os operadores adotaram medidas mais rígidas de controle e
seleção dos motoristas no início dos anos 90. Tal fato reduziu os casos de
apropriação indébita, sem reduzir, entretanto, os casos de abordagem de
veículos com indivíduos fortemente armados que seqüestram e até mesmo
podem matar os condutores. Por outro lado, o Governo elaborou o
requerimento 23, de 2000, criando uma CPMI para apurar o crescimento do
roubo de cargas, na qual foi constatado o envolvimento do narcotráfico, bem
como a possível ação de receptores relacionados a grandes grupos de
supermercados. Essa Comissão sugeriu e, seqüencialmente, foi elaborada a
Lei 10.446, 08/05/2002, que, em seu artigo 1o inciso IV, cita que cabe à Polícia
20 Federal, sem prejuízo a outras instituições, a investigação do furto, roubo
ou receptação de cargas transportadas em operação interestadual ou
internacional, quando houver indícios da atuação de quadrilha em mais de um
estado brasileiro. Recentemente foi aprovada a Lei Complementar 121, de
09/02/2006, criando o Sistema Nacional de Prevenção, Fiscalização e
Repressão ao Furto e Roubo de Veículo e Cargas para estabelecer
mecanismos de cooperação entre União, Estados e Distrito Federal.
Este Sistema, segundo Caiado (2006), deve ter como objetivo a criação
de estratégias de combate a essas ameaças, sendo possível o
desenvolvimento de mecanismos e indicadores de monitoramento, o que
requer um sistema computadorizado estatístico sustentável e funcional. O
desenvolvimento dessas ferramentas, segundo Dantas e Souza (2004), vem
sendo estudado por renomados pesquisadores, destacando-se Henry Fielding,
Edgar Hoover, August Vollmer, Winfield Wilson e John Edgar Hoover. Algumas
das ferramentas estudadas estão relacionadas ao uso intensivo da Tecnologia
da Informação (TI), incluindo os aplicativos de estatística computadorizada e
de análise espacial. Caiado (2006) cita que a análise espacial se aplica aos
eventos criminais porque um dos meios mais eficientes de se medir políticas
públicas é a eleição da dimensão espacial e territorial como unidade de análise
(pressupostos firmados no âmbito da Escola de Chicago, nos Estados Unidos).
Conforme a CNT (2007), é acrescentado que, de acordo com a CPI
Mista do Congresso Nacional, o roubo de carga está associado a quadrilhas
altamente organizadas, que migram do seqüestro e tráfico de drogas para o
roubo de carga.
Conforme Potenza (2006) os índices de roubo de carga seguiram em
níveis baixos durante toda a década de 80, até que no início dos anos 90
sofreram um enorme aumento e vindo a se estabilizem a partir de 2002. Porém
tal estabilidade se deu apenas no número de ocorrências, pois os valores
envolvidos nos sinistros tornaram-se maiores devido ao aumento da procura
dos bandidos por cargas de maior valor agregado.
21 A NTC (2009) reafirma sobre a tendência dos índices de roubos de
durante os últimos anos, mas destaca uma ligeira queda a partir de 2004.
Abaixo a figura 3 que expressa tais valores:
Figura 3 – Roubos e Furtos de Cargas no Brasil (extraída de NTC, 2009)
A NTC&Logística (2009) divulgou pesquisa que revelou 13.500
ocorrências de roubos de carga em 2009, com prejuízo de R$ 900 milhões.
Os números representam aumento de aproximadamente 10% em
relação ao exercício anterior, quando o órgão computou 12.400 casos e R$
805 milhões em perdas no setor.
De acordo com o levantamento, 81,38% dos casos foram registrados no
Sudeste do País, que concentra o maior crescimento de ocorrências de um
ano para o outro. As regiões que menos sofreram com o roubo de cargas
foram a Norte e a Centro-oeste, com 211 e 272 ocorrências e prejuízo de R$
24,1 e R$ 29,2 milhões, respectivamente.
De 2008 para 2009, apenas as regiões Sul e Sudeste tiveram aumento
nas ocorrências, sendo que as demais registraram leve queda. Porém, nos
22 valores subtraídos, apenas o Nordeste teve redução, de R$ 91,7 milhões
para R$ 85,8 milhões, sendo que as demais regiões tiveram considerável alta.
Pelos gráficos apresentados abaixo, podemos notar a importância do
assunto, não só pela quantidade de ocorrências nos três primeiros semestres
do ano de 2009 no Estado de São Paulo, com um total de 5.836 ocorrências
(figura 5), mas também, pelos valores astronômicos envolvidos na modalidade
criminosa, mais de R$ 214 milhões de reais (figura 6).
Figura 5 – Ocorrências acumuladas de Janeiro a Setembro 2009 em São
Paulo (extraída de SSP/SP e SETCESP/FETCESP, Nov. 2009)
23 Figura 5 – Ocorrências acumuladas de Janeiro a Setembro 2009 (extraída
de SSP/SP e SETCESP/FETCESP, Nov. 2009)
Segundo este o levantamento realizado pela NTC e o que é
demonstrado na figura 6, as cargas mais visadas, são pela ordem: produtos
têxteis e confecções (15,7%), alimentícios (12%), eletroeletrônicos (10,6%) e
higiene e limpeza (7,1%).
Figura 6 – Tipos de Carga (Incidência por tipo) (extraída de SSP /SP e
SETCESP /FETCESP , Novembro 2009)
Conforme a NTC (2009) cerca de 73% de toda carga roubada no país,
concentra-se no Rio de Janeiro e São Paulo, principalmente nas rodovias
Presidente Dutra, Régis Bittencourt, Fernão Dias e Transbrasiliana. Este
mesmo estudo aponta uma pequena redução dos índices das regiões Sul e
Centro-Oeste.
24 Através da figura 7, podemos acompanhar a grande concentração
nas regiões do rio de Janeiro e São Paulo.
Figura 7 – Rodovias com maior risco de roubo de carga no Brasil (extraída de
Revista Caminhoneiro, Jan/Dez 2005)
25
2.2 - Risco Conforme consulta ao site Wikipédia (2010) a palavra risco deriva do
italiano antigo “risicare”, que significa “ousar”, neste sentido o risco é uma
opção e não um destino, é das ações que ousamos tomar de acordo com
nosso grau de sucesso ou fracasso, é a nossa liberdade de opção e traça a
nossa história sobre o que assumimos ou o que deixamos de assumir.
26
CAPÍTULO III
SEGURANÇA NO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE
CARGA
3.1- Gerenciamento de risco
Segundo Brasiliano (2006) a estratégia eficaz do Gerenciamento de
Risco e seu financiamento envolvem toda a filosofia operacional de negócios e
os próprios objetivos estratégicos da empresa. Deve ser, portanto, criar um
processo integrado e contínuo, sempre objetivando proteger a empresa da
exposição financeira ou de gastos desnecessários.
Brasiliano (2009) ressalta que nenhuma estratégia de Gerenciamento
dos Riscos será eficaz se não estiver focada no que se chama de custo total
de risco. É de fundamental importância a determinação desse custo, bem
como o monitoramento e controle dos elementos que o compõem, tais como
despesas com seguros, franquias, perdas não seguradas, custos de prevenção
e combate a contingências.
Conforme João Carlos da Silva (2009), Coordenador de Segurança e
Prevenção a Fraudes da TECBAN, o seguro representa apenas uma fração do
custo total do risco.
Conforme Brasiliano (2004) o Gerenciamento de Risco é composto por
diversas ferramentas de segurança e tem por objetivo apresentar uma solução
integrada para a empresa, com diminuição real e imediata das perdas até que
se possa atingir o índice zero de sinistro ou aceitável para a empresa.
Ao se adentrar no estudo de um tema como Gerenciamento de Riscos,
nota-se que é um tema com uma grande complexidade e pressupõe um
planejamento estratégico entre a alta direção da empresa e a área de
segurança , como podemos verificar através dos fatores críticos de sucesso
apresentados abaixo por Brasiliano (2009):
27
ü Identificação de riscos: Levantamento feito através das características
da operação de logística, sendo identificados e apontados.
ü Análise de riscos: É verificada a freqüência das rotas, mix de cargas,
pontos de maior probabilidade de sofrer perdas.
Para obter os resultados desejados, o Gerenciamento de Riscos ferramentas
que combinam a tecnologia empregada na segurança com o homem através
de normas e procedimentos. Sendo as ferramentas :
ü Rastreamento da frota: Atividade que experimenta um crescimento
muito forte, ainda que com a liderança de mercado concentrada na
tecnologia de transmissão dos dados via satélite; bem como os modelos
de rastreadores e bloqueadores que utilizam o sistema híbrido (GPS ou
não, radiocomunicação combinado com a telefonia celular digital);
ü Acompanhamento via fone: Monitoramento realizado através de
ligações efetuadas pelos motoristas em postos de controle avançados
no eixo rodoviário. Nesse ponto existe um preposto da empresa para
efetuar o controle e acionar o plano de contingência, se for o caso;
ü Escolta armada: Uma das mais onerosas ferramentas tendo em vista
que lança mão do recurso humano como parte fundamental no processo
de segurança, apoiado, na maioria das vezes, por um dos sistemas de
localização citados anteriormente. Utilizada tanto no perímetro urbano
como em rodovias, conforme a necessidade de proteção face ao valor
agregado. Justifica-se o emprego da ferramenta nas cargas de alto risco
associada à inexistência de tecnologia embarcada nos caminhões ou
carretas;
ü Pesquisa sócio-econômica e criminal: Consiste no levantamento da vida
econômica, das referências sociais e do passado criminal do motorista,
ajudante, ou qualquer outro integrante do processo de transporte e
logística. As estatísticas comprovam que somente a implementação
28 dessa ferramenta reduz em média, 30% do volume de roubo de
carga numa operação de logística.
ü A ferramenta visa evitar “o golpe”, ou seja, o motorista ou equipe
entregam a carga ao receptador, que paga em média 50% do valor de
nota fiscal, simulando o roubo. Há casos em que até transportadores ou
embarcadores não idôneos beneficiam-se duplamente desta fraude,
pois recebem o montante relativo à perda da sua seguradora e ganham
com a revenda do produto fraudado.
ü Golpes dessa natureza são comuns em proprietários de caminhões com
dívidas. Além de beneficiarem-se do valor do produto fraudado, pagam
alguém para atravessar o caminhão para um país vizinho (Bolívia, por
exemplo) vendem-no por um custo menor que o valor venal, dá-se a
queixa de roubo, livram-se da dívida e ainda terminam com um pequeno
lucro;Operação presença: Consiste na presença física de um
representante da empresa contratada para prestar o serviço dentro das
instalações do contratante;
ü Treinamento “in loco”: Consiste na atividade sistêmica de treinamento
de toda equipe envolvida com o processo de logística, principalmente
dos motoristas e ajudantes, cujos treinamentos são feitos a cada viagem
antes do início dessa. Esses treinamentos são denominados “briefing”
com os motoristas e ajudantes, os quais poderão ser em grupo. Porém,
para tal, deverão ser adequado à realidade da operação do embarcador
para não engessá-la;
ü Endomarketing: Ferramenta que visa sensibilizar todo o público interno
no embarcador e transportador para a importância da atividade de
Gerenciamento de Riscos como ferramenta fundamental para garantir a
continuidade do seu negócio e consequentemente a sobrevivência
dentro de um cenário altamente competitivo;
29 ü Normas e procedimentos: Documentação que regula a atividade de
Gerenciamento de Riscos. As normas contêm todas as exigências
impostas pela seguradora. Serve também para regular o processo de
auditoria e controle da execução do projeto de Gerenciamento de Risco;
ü Formação de comboio: Consiste na formação de um conjunto
organizado de veículos, formando uma única coluna de deslocamento,
cujo ponto de origem e ponto de destino é comum a todos, criando
assim, uma resistência e consistência muito maior do que em veículos
isolados. É muito mais fácil o roubo de um único veículo, do que vários
veículos;
ü Segregação da informação: Consiste no ato de regular o fluxo de
informações dentro do processo de logística (notas fiscais, pedidos de
faturamento, romaneios de embarque, controles de baixa em estoques,
relatórios de auditoria interna, controle na balança, entre outros)
dividindo e fracionando as informações com a finalidade de evitar a fuga
voluntária ou não. Vale lembrar que a informação é extremamente
valiosa para a prática delituosa de roubo de carga.
ü Serviço de investigação: Trabalho preventivo e corretivo que visa
identificar os autores do crime. É uma atuação constante e altamente
responsável pela redução do crime de roubo de carga e principalmente
pela sua recuperação.
As vantagens para a empresa contratante são inúmeras, como por
exemplo:
ü Contratação de seguros adequados, com maior poder de negociação;
ü Redução de riscos com conseqüente redução de prêmios;
ü Bens e vidas humanas preservados;
ü Manutenção do fluxo produtivo;
ü Permanência da empresa no mercado;
30 ü Garantia de abastecimento com aumento de produtividade e
competitividade;
ü Viabilização das carteiras de seguro no transporte rodoviário de cargas.
A perfeita união entre as ferramentas do Gerenciamento de Riscos e os
aspectos relevantes acima mencionados irá garantir a redução dos sinistros
envolvendo roubo de carga no transporte rodoviário, porém, esse processo
precisar ser contínuo, com constante identificação da exposição, medição,
análise, controle, avaliação e financiamento.
É necessário que a alta direção da empresa precise estar comprometida
com todo o processo e implementação do Gerenciamento de Riscos.
3.2 - Rastreamento - Escolta Eletrônica
Em um País onde as perdas das transportadoras, ocasionadas pelo
roubo de carga, ultrapassou R$ 600 milhões em mais de 10 mil ocorrências só
no ano passado - de acordo com dados do Sindicato das Empresas de
transportadores de Cargas de São Paulo e Região (Setcesp) é natural que os
empresários ligados ao transporte rodoviário de cargas busquem soluções que
aumentem a segurança do seu negócio. Por outro lado, é fato normal o
surgimento de mais empresas que ofereçam seguros, apoio logístico, sistemas
de controle por satélite, com um leque diversificado de produtos e serviços e
tecnologias avançadas para suprir esta necessidade e diminuir o prejuízo dos
transportadores. Resultado: mais de 250 empresas atuando no Brasil.
A atividade de rastreamento e monitoramento se tornou um dos
mercados mais competitivos do País, por ser considerado um importante
aliado das empresas e dos motoristas autônomos contra o roubo de carga,
além de ser um dos itens avaliados pelas empresas de seguro na hora de
reduzir o valor das apólices.
Devido ao grande aumento do número de sinistros, a demanda por
sistemas de rastreamento vem crescendo, tornando o nosso mercado cada
vez mais atrativo, afirma Hélio Kairalla (2009), diretor da Controlsat, do grupo
31 Schahin e há oito anos no segmento. Para se manter no meio de forma
competitiva, a empresa vem investindo em pesquisa e desenvolvimento,
visando atender às necessidades do mercado e estão testando uma nova
concepção do sistema de monitoramento: o Controlsat Dual. Trata-se da
combinação do sistema satélite e celular que oferecerá monitoramento
contínuo, independente da situação, trazendo maior desempenho e segurança
operacional.
Conforme pesquisa feita sobre o sistema Dual a empresa, irá reduzir de
minutos para segundos os tempos de respostas em áreas de cobertura
GSM/GPRS. A comunicação será constante e quando o sinal de celular não
estiver confiável, automaticamente o equipamento passará a se comunicar via
satélite. Hoje, a Controlsat oferece o sistema via satélite Smart e Omega Plus,
direcionado para veículos que percorrem rotas interestaduais e outros países –
e o sistema via celular Controlcell, para usuários que operam somente em
médias distâncias e áreas urbanas. Os sistemas tendem a ser cada vez mais
inteligentes, com maior tecnologia embarcada e integrados com sistemas de
logística e controles existentes.
Será possível, também um monitoramento por exceção, ou seja, o
sistema irá informar apenas o que acontecer fora do planejado.
Kairalla (2009) aponta como principais vantagens desses produtos o
fato de em qualquer situação oferecerem monitoramento contínuo, o que
resulta em segurança à carga e ao motorista e ganhos reais em toda operação
logística. “Um veículo rastreado implica em uma conduta mais prudente”.
Empresas transportadoras, escoltas e gerenciamento de risco formam 80%
dos clientes Controlsat, os outros 20% são autônomos. Para facilitar a compra
dos produtos a empresa fez alianças com bancos e oferece financiamento com
taxas inferiores a 2% ao mês para pagamento em até 42 meses, para
quantidades de 1 a 100 veículos.
A Graber Rastreamento, há cinco anos neste segmento, tem como
principal preocupação a busca de soluções inteligentes com produtos que
integre segurança e logística e otimize o uso da frota. Para isso, a empresa
32 oferece ao mercado um pacote de serviços adequado para cada
necessidade do cliente com equipamentos que operam com GPS (Sistema de
Posicionamento Global), que interliga o veículo à Central de Monitoramento e
permite localizar e gerenciar a logística da frota em qualquer ponto do
Mercosul. A comunicação pode ser realizada através dos sistemas GSM,
TDMA e CDMA, conforme aplicação.
Para o gerente de marketing da empresa, Robson Tricarico, a tendência
é que os equipamentos fiquem mais baratos e com mais tecnologia. “A entrada
do GSM na comunicação poderá evoluir o mercado, porém ainda é cedo para
falarmos que esta aplicação aconteça por todo País, já que a cobertura da
operadora é limitada. Ainda utilizamos muito a aplicação TDMA e CDMA. Os
preços deverão cair também devido a concorrência das operadoras e
sobreviverão as empresas que se diferenciarem na prestação de serviços”,
afirma. Hoje, os motoristas autônomos representam 50% dos clientes da
empresa e para eles a Graber oferece diferentes planos para facilitar a compra
dos equipamentos como desconto de 30% e prazo de até 180 dias.
Apesar da concorrência, a Graber diz estar tranquila em relação ao seu
crescimento e permanência no mercado, do total de empresas de
rastreamento, 90% utilizam equipamento de fabricação artesanal, 98% não
possuem bandeira de segurança, 100% não tem certificação ISO 9001 na
prestação de serviço e 80% não têm certificação do Inmetro nos
equipamentos.
Delfim Pinto (2009), diretor comercial da Ariasat, empresa a cinco anos
no mercado de rastreamento, também acredita que as empresas têm que
encarar a concorrência do segmento com investimentos em tecnologia, pois
apenas dessa maneira poderão ter sucesso. Ele acha que uma empresa nova
no segmento vai levar no mínimo dois anos para atuar com todas as
tecnologias disponíveis hoje.
Segundo Delfim (2008) a Ariasat atua em parceria com a TIM há um ano
através do sistema GPRS, além disso, temos o sistema por satélite com
cobertura em todo Mercosul. Os equipamentos, segundo a empresa,
possibilitam a monitoração em tempo real dos veículos por ela rastreados,
33 sendo possível o bloqueio. Oferece, também, a roterização do veículo via
internet.
Segurança, logística e seguro de carga mais baratos são algumas
vantagens destacadas pela empresa, para os motoristas autônomos e
transportadoras. O motorista autônomo representa 20% dos negócios e para
este público oferecemos algumas facilidades como o financiamento em até 12
meses através das financeiras conveniadas.
A Satcom opera com comunicação híbrida cujo produto SC600 se
comunica via GSM/GPRS e simultaneamente via Satélite, em caso de não ter
sinal da rede GSM (em locais sem cobertura). Assim, se existe rede GSM, os
dados são enviados via GPRS, caso não tenha, envia via SMS através da rede
GSM e em último caso envia via satélite, através da órbita de 48 satélites na
constelação Globalstar. Fernando Ceylão (2009) diretor de marketing e
comercial da Globalstar, ressalta que juntamente com parceiro, são um meio
para solução final de segurança, logística e rastreamento. A disponibilidade do
sistema é de mais de 98%. Devido a movimentação de seus satélites (de baixa
órbita), as sombras inerentes ao sistema satelital são minimizadas. A
preocupação é a segurança e o bem estar do carreteiro.
De acordo com o presidente da Satcom, Cláudio Salgado (2009), o
sistema híbrido resulta em baixo custo de comunicação mensal (até 45%
menos), além da possibilidade do transportador poder utilizar o equipamento
para a área de logística. Outras vantagens apontadas por Salgado são o
menor risco de operação no transporte e maior controle do veículo através do
posicionamento de cinco em cinco minutos (área GSM). Com o sistema é
possível monitorar excesso de velocidade, banguela (tempo em relação ao
RPM e velocidade), excesso de RPM no motor, temperatura do motor etc. A
empresa também oferece a comunicação de voz via satélite e GSM com duplo
canal de voz com o veículo.
O SC200, sistema de comunicação via GSM/GPRS, com GPS de 12
canais integrados na própria placa de equipamento, e o SC400, sistema
34 satelital Globalstar, fazem parte da linha de produtos da Satcom e que
podem receber placa para comunicação híbrida. A empresa também oferece
algumas facilidades para a compra dos equipamentos como as linhas de
leasing direta na locação do produto e financiamento através do Finasa.
Outro sistema híbrido é o ONIXSAT, fruto de uma parceria com a TIM. A
principal diferença dos sistemas híbridos já existentes é o uso dos satélites de
alta órbita Navstar e Inmarsat, junto com a transmissão em áreas de cobertura
de telefonia celular GSM/GPRS, desenvolvido pela Motorola. Com o novo
sistema, apenas quando não for possível o uso do sistema celular GPRS será
utilizado o satélite. Assim, nos locais de cobertura GSM é possível aumentar o
número de frequência das mensagens em tempo menor.
De acordo com o diretor da OnixSat, Maurício Campiolo (2009), as
vantagens do novo sistema são maior cobertura (América do Sul e área de
cobertura GSM), maior confiabilidade e melhor preço. O equipamento custa de
20% a 30% menos na aquisição e o custo mensal da comunicação é também
30% menor. A empresa tem 15 oficinas de instalação localizadas em Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul.
O gerente comercial da Sascar, Sandro Azevedo (2008), diz que a
Sascar está se preparando para a concorrência e investindo em produtos e
tecnologias para acompanhar as evoluções do mercado e manter a qualidade.
A empresa disponibiliza os sistemas Sascar GPS e Sascar GSM, que
permitem interação do usuário através de um software, via internet.
Este sistema permite o monitoramento, gerenciamento, planejamento
logístico e bloqueio com número limitado de veículos na frota. Através de um
módulo instalado no veículo, o sistema recebe e envia informações de
posicionamento do satélite (latitude e longitude) para o Centro de Controle,
através do canal de dados GPRS.
Complementa Azevedo (2009) as principais vantagens apontadas pela
empresa são a segurança patrimonial e pessoal, comunicação com os
35 familiares em caso de emergência, segurança da carga, controle de
gerenciamento do veículo e da carga em tempo real, cerca eletrônica, área de
risco, limitador de velocidade e redução de custo, a redução de custo, para o
transportador, também pode ser obtida com o desconto da apólice de seguros.
Na opinião do diretor da Teleroad, Marcos Vinícios Brandão (2009),
além da redução de custo, a mudança de itinerário e controle de suas
mercadorias são outras dificuldades enfrentadas hoje pelo transportador. A
central trabalha com a antena de GPS, satélites de comunicação e sensores
instalados nos veículos. Com esse sistema o proprietário pode desviar, mudar
a rota conforme necessidade do momento. Se surgir um frete depois que os
caminhões saíram para seus destinos, o proprietário imediatamente checa o
sistema e sabe qual está mais próximo da encomenda e o avisa através de
mensagens enviadas do equipamento.
A Teleroad trabalha com equipamentos e tecnologias diferentes para
cada tipo de cliente. Hoje, a empresa opera com a tecnologia Modem Celular,
mais usada para segurança, equipados com escuta, botão de S.O.S, seqüestro
e emergências médica; Celular Satelital, que possibilita ao cliente visualização
da própria empresa e pode ser programada para emitir informações sobre os
veículos de cinco em cinco minutos, e Satelital, mais adequado para o
transporte de longas distâncias. Conforme Brandão (2009), a principal
vantagem para o motorista autônomo é a segurança, pois com a escolta
eletrônica 24 horas ele não viaja sozinho e pode nos contatar para qualquer
emergência. Já para as empresas é o controle de frota, preço de caminhões e
o contato direto com o motorista.
Para o diretor de negócios da Eccelera e CEO da Rodanet, Luiz Cruz
(2009), a logística se tornou um item importante no segmento de transporte e
para atender esse nicho a Rotanet, desenvolveu o Rotainfo baseado em
tecnologia de radiofreqüência. O sistema possibilita ao usuário ter informações
sobre o horário que o veículo saiu e chegou ao destino, quanto tempo
permaneceu em determinados pontos e calcular a previsão de chegada. “Pode
ser usado para aplicações logísticas como transferência, operações just-in-
36 time, controle de viagens, entre outras. Os dados dos chips, (móvel ou
fixo), podem ser acessados via Internet ou ser enviados diretamente ao
sistema do usuário e, segundo a empresa, se adapta a qualquer software,
redes locais ou programas como o Excel. O Rotainfo possui vantagens como
facilidade de instalação, de operação, custo baixo, mobilidade e sem limite de
compra.
Em relação ao futuro do mercado, Cruz (2009) acredita que a tendência
é o uso de equipamentos com mais funcionalidade, pequenos e fáceis de
manusear e o surgimento de novos concorrentes no mercado, novas
tecnologias e modelos de negócios. A empresa que tiver tecnologia de ponta,
que funcione e seja adaptável a necessidade do cliente, a custos acessíveis,
tende a ter maior participação. Creio, também, que o desenvolvimento de
novas tecnologias tornará viável a oferta de soluções globais que possam ser
usadas, tanto para segurança como para logística, em qualquer parte do
planeta.
Na opinião de José Hugo Fleury (2009), diretor comercial da Ituran, O
GSM vai possibilitar o aparecimento de um grande número de pequenas
empresas que vão tentar abocanhar uma fatia do mercado. Para isso, estamos
nos preparando com novos serviços e agregando valor aos nossos produtos
sem onerar as mensalidades, adianta. A Ituran disponibiliza soluções de
monitoramento e rastreamento de veículos para operações logísticas, controle
de frotas e gerenciamento de risco voltado à prevenção do roubo de carga
além de centrais e monitoramento para o grande, pequeno e médio frotista. O
Frotas On Line, atende proprietários de frotas com até 20 veículos e permite ao
empresário monitorar seus veículos em qualquer computador, via Internet com
seu login e senha.
A empresa atende duplamente o motorista autônomo através de seu
sistema. Caso ele esteja prestando serviço para algum embarcador, que exija
rastreamento na operação, o sinal de seu equipamento será direcionado a uma
central de monitoramento Ituran. Conforme Fleury se, posteriormente, esse
motorista se desliga da operação gerenciada, ele pode manter o equipamento
37 instalado e contratar a Ituran simplesmente para os serviços de proteção
contra o roubo e furto, pagando um valor menor.
Rodrigo Piquet (2009) gerente do Autotrac Caminhoneiro, ressalta que
para o autônomo, a Autotrac, empresa a 10 anos no mercado, desenvolveu o
Autotrac Caminhoneiro. O equipamento permite ao motorista ter condições de
transportar cargas de maior valor agregado e conseguir melhores fretes. O
pagamento do equipamento é facilitado para o carreteiro, que também não
precisa arcar com os custos de comunicação via satélite, pagos sempre pelas
empresas que contratam o serviço.
Outra vantagem, segundo Piquet, são os descontos no valor do seguro
do casco, que podem chegar a 35%. As empresas de transporte de carga
também se beneficiam já que podem rastrear todos os caminhões de
autônomos e de agregados à sua frota e garantir a logística de transporte.
Através do site da empresa, as transportadoras tem acesso ao cadastro de
todos os motoristas equipados com rastreador e pode contratá-los pelo próprio
sistema. Até 2006 a empresa pretende equipar 50 mil veículos de autônomos e
agregados.
Rodrigo Costa (2008) diretor de marketing da Autotrac, explica que outro
lançamento recente da empresa é o Kit Acionamento para válvulas de tanque
combustível, desenvolvido para atender as transportadoras de combustíveis
interessadas em impedir o roubo e adulteração desse tipo de carga. O kit
controla, remotamente, via satélite, a abertura e o fechamento das válvulas
que travam o tanque de combustível. A nossa expectativa é que kit seja
bastante requisitado nas regiões dos pólos petroquímicos brasileiros, como
Paulínia/SP, Camaçari/BA e os Estados de Mato Grosso, Goiás e Rio de
Janeiro, explica Rodrigo Costa. O CoDe (Controle de Desgaste Eletrônico) é
outro exemplo de solução em segurança logística, gerenciamento de riscos,
rastreamento e monitoramento para o setor de transporte de cargas. O
dispositivo impede o engate e desengate não autorizado do conjunto cavalo-
mecânico. Evita-se uma prática comum de roubo de carga na qual o conjunto é
desatrelado e outro cavalo mecânico leva a carreta.
38 Antônio de Almeida (2009), diretor da Omnilink oferece o sistema de
rastreamento de veículos RI 1450, que utiliza o GPRS, comunicação de dados
via celular (GSM). A base de operação do modelo é o sistema de controle,
rastreamento e localização do veículo. Entre as funções executadas estão
manter lacradas as portas da cabina e do baú ou desligar a ignição. O sistema
Omnilink foi concebido com objetivo de proporcionar eficiência no uso logístico
e de segurança, nas melhores condições do mercado, além de uma série de
assessórios e eletrônica embarcada.
Uma das fortes tendências do futuro é o ingresso definitivo de algumas
montadoras no mercado de rastreamento e logística com equipamentos de
localização e controle. Porém essa tendência não assusta as empresas de
rastreamento e monitoramento que acreditam existir espaço para todos, já que
apenas 20% da frota nacional é rastreada, e ainda acenam para possíveis
parcerias.
A Volvo lançou, recentemente, o Volvo Link, sistema que permite ao
usuário localizar o caminhão e receber, pela Internet, informações do
computador de bordo (velocidade, consumo de combustível, entre outros
itens). O rastreamento é feito através da constelação de satélites GPS e os
satélites de comunicação. O gerente de projeto do Volvo Link, Christiano
Blume (2009), esclarece que a montadora não está oferecendo rastreadores
ao mercado. Com o Volvo Link estão fazendo telemática, oferecem um
rastreador, um sistema de gestão de frota (monitoramento de dados) e um
sistema de gestão de transporte (para logística e segurança). Assim o
rastreamento é apenas parte do produto e dos serviços oferecidos. É
disponibilizamos uma solução completa de fábrica, é o novo conceito de
solução estendida. Para André Carvalho (2009), Coordenador do
departamento de soluções para transportes da Volvo, há uma tendência de
comoditização deste tipo de produto. Rastreadores, sistemas de
gerenciamento da frota e do transporte, no futuro se transformarão em
comodities, isto é, sairão de fábrica dentro dos veículos.
Durante a Fenatran de 2003, a Scania apresentou o IRIS (Inteligência e
39 Rastreamento Integrado por Satélite), desenvolvido totalmente no Brasil
para atender caminhões com e sem motor eletrônico. De acordo com a
empresa, o sistema monitora mais de 15 parâmetros, em tempo real, com
inúmeras combinações. Para o gerente de soluções de Negócios da Scania do
Brasil, Humberto Marin (2008), a entrada de algumas montadoras no mercado
de rastreamento e monitoramento não irá significar o fim de empresas que
oferecem este tipo de produto. Certamente, o mercado terá um ajuste com a
presença de novos fornecedores. O espaço de mercado parece ser muito
amplo, com segmentações específicas.
Abaixo na figura 8, alguns tipos de equipamentos de rastreamento
utilizados no mercado.
Figura 8 – Modelos de equipamentos de monitoramento disponíveis no
mercado (extraída de Brasiliano e Associados, Revista Caminhoneiro, 2006)
40
3.3 – Algumas alternativas para evitar o roubo de cargas.
Rastreadores e Bloqueadores - Oferecerem monitoramento contínuo, o que
resulta em segurança à carga e ao motorista e ganhos reais em toda operação
logística, os sistemas tendem a ser cada vez mais inteligentes, com maior
tecnologia embarcada e integrados, com sistemas de controles que ao sinal
de qualquer direção fora do roteiro o veiculo bloqueia.
Seguro da carga – Toda carga deve possuir uma apólice de seguro.
Treinamento dos motoristas – O objetivo do treinamento é fazer com que o
motorista conheça e aplique os procedimentos e diretrizes de segurança.
Definir pontos específicos de paradas – Ao definir pontos específicos de
paradas como por exemplo para alimentação, abastecimento e repouso do
motorista pode -se evitar que o mesmo seja abordado surpreendentemente
por um indivíduo.
Fiscalização da Policia Rodoviária Federal – Fiscalização e repressão
intensiva ao furto e roubo de veículos e cargas.
Gerenciamento de risco – tem por objetivo apresentar uma solução integrada
para a empresa, com diminuição real e imediata das perdas até que se possa
atingir o índice zero de sinistro ou aceitável para a empresa.
41
CONCLUSÃO
Com base nos estudos, conclui-se que o a melhor forma de combater os
altos índices de roubo de cargas é implementar um sistema de transporte
seguro, fazendo a adoção do gerenciamento de risco e da tecnologia de
rastreamento por satélite, que nos oferecerem monitoramento contínuo.
Isso resulta em segurança à carga e ao motorista e ganhos reais em toda
operação logística. Os sistemas tendem a ser cada vez mais inteligentes, com
maior tecnologia embarcada e integrados com sistemas de controles, de tal
forma que ao sinal de qualquer direção fora do roteiro o veiculo é bloqueado. É
preciso possuir um bom gerenciamento de frotas para que o motorista saiba
exatamente qual a rota a ser seguida, evitando fazer paradas em lugares de
riscos. Uma boa pavimentação das estradas e fiscalização contínua também
contribuem e são de suma importância para a segurança rodoviária.
42
Anexo 1
MODELO DE CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE
TRANSPORTE, COLETAS E ENTREGAS
Obs.: Este modelo serve apenas como referência, devendo observar que
para todo contrato deve ser consultado um advogado para sua
consumação.
I)(nome empresa), sociedade comercial, com sede à (endereço
completo), e com filial estabelecida na (endereço completo da filial, se
houver), inscrita no CNPJ/MF sob o nº _______, inscrição municipal n.º
______, neste ato representada por um de seus procuradores, (nome
completo), (nacionalidade), (estado civil), (função), portadora da Cédula
de Identidade RG n.º _____SSP/SP e do CPF/MF sob o n.º _____,
doravante designada simplesmente CONTRATANTE;
II)(nome da empresa), estabelecida na (endereço completo), inscrita no
CNPJ/MF sob o n.º _________, neste ato representada por seu sócio
gerente (nome completo), portador do RG n.º _______ e do CPF/MF n.º
_______doravante designada CONTRATADA:
Têm entre si, ajustado o presente contrato de prestação de serviços de
transporte, coletas e entregas, conforme as cláusulas e condições a seguir
estipuladas, que as partes contratantes mutuamente aceitam e outorgam, a
saber:
CLÁUSULA PRIMEIRA: A Contratada na qualidade de empresa especializada
no setor de transportes e cargas, compromete-se à prestar à Contratante,
43 serviços de transportes, coletas e entregas de peças, mercadorias,
encomendas, documentos, volumes, pacotes e outros, dentro do perímetro
urbano de (nome da Cidade) e arredores, sem limite de quilometragem, os
quais serão executados através de um motorista equipado com veículo de
carga automotor com capacidade de carga e locomoção que atenda às
necessidades da Contratante, mediante remuneração pelo serviço através do
pagamento do frete (art. 730 do Código Civil). A coleta no domicílio do
embarcador ou a entrega no domicílio do destinatário deverão ser objeto de
ajuste específico, declarado expressamente no conhecimento de transporte
(art. 752 do Código Civil) mediante remuneração própria.
CLÁUSULA SEGUNDA: Será de responsabilidade do embarcador o
pagamento, independente do frete, dos valores correspondentes ao pedágio,
na forma da Lei n.º 10.209 de 23/03/2001, incluindo-se os respectivos
reajustes das tarifas bem como taxas ou despesas para utilização e emissão
seja dos cupons pedágios, cartão pedágio ou mesmo outro sistema
conveniado reconhecido pela ANTT – Agência Nacional de Transportes
Terrestres com referência as empresas credenciadas para emissão do VALE
PEDÁGIO.
PARÁGRAFO ÚNICO: A contratante reembolsará posteriormente a contratada
dos valores do pedágio através da cobrança, de forma que o valor gasto estará
consignado no documento fiscal próprio (Conhecimento de Transporte
Rodoviário de Carga – CTRC ou Nota Fiscal de Serviço), sendo que este não
integrará a base de cálculo dos impostos estaduais, dos impostos federais ou
dos impostos municipais, estando portanto de acordo com o Regime Especial
previsto nas Resoluções 149 e 150 da Agência Nacional de Transportes,
publicadas em 15 de janeiro de 2003.
CLÁUSULA TERCEIRA: Não estão compreendidos no preço do frete e serão
objetos de remuneração específica os serviços correlatos aos transportes se
pedidos e mencionados expressamente no conhecimento ou no contrato como:
44 gerenciamento de risco, a carga e descarga, paletização, consolidação,
conteinerização ou unitização de carga, relatórios e monitoramento, além de
outros.
CLÁUSULA QUARTA: A fim de atender as solicitações da Contratante, a
Contratada colocará à disposição daquela, um motorista equipado com um
veículo automotor, durante todo tempo de vigência do presente instrumento,
que deverá ficar de plantão, à disposição da Contratante, durante os horários
contratados e nos locais indicados pela Contratante.
PARÁGRAFO PRIMEIRO: Caso a Contratante, por qualquer motivo, não
aprove os condutores enviados pela Contratada, ou os mesmos estejam
impossibilitados para efetuar os serviços, por motivos pessoais, de saúde e/ou
quaisquer outros, a Contratada deverá efetuar a imediata substituição dos
mesmos, tantas e quantas vezes forem necessárias, até a completa satisfação
e adaptação da Contratante.
PARÁGRAFO SEGUNDO: Os condutores de veículos enviados pela
Contratada serão sempre funcionários e/ou sócios integrantes desta,
devidamente registrados e/ou constantes do contrato social, motivo pelo qual a
Contratada responderá por todas as obrigações previdenciárias, trabalhistas e
fiscais dos profissionais por ela designados para o desempenho dos serviços
de transporte, entregas e coletas ora contratados.
PARÁGRAFO TERCEIRO: A Contratada se responsabiliza pelo uniforme dos
condutores que enviar para prestar os serviços, ficando certo que os mesmos
deverão sempre utilizar uniforme contendo a identificação do nome da
Contratada, bem como esta será responsável por manter a boa e geral
aparência destes seus funcionários.
PARÁGRAFO QUARTO: A Contratada deverá comprovar à Contratante,
mediante a exibição dos documentos competentes, sempre que por esta
45 solicitado, a prova de pagamento de todos os impostos, taxas,
contribuições, encargos trabalhistas e previdenciários que lhe competem, bem
como deverá comprovar a qualidade de seus funcionários enviados para a
execução dos serviços contratados, apresentando cópia do respectivo registro
em carteira, contrato de trabalho, extrato de recolhimento de FGTS e outros,
estabelecendo-se que o recolhimento destes encargos deverá ser feito em
guia própria que identifique e individualize o funcionário.
PARÁGRAFO QUINTO: A Contratada deverá manter sempre em perfeito
estado de funcionamento, manutenção e desempenho, o automóvel e/ou
demais veículos que utilizar na prestação do serviço contratado, prometendo
substituí-los, imediatamente, na ocorrência de qualquer defeito, irregularidade
e/ou sinistro.
PARÁGRAFO SEXTO: A quantidade de veículos e condutores referida no
caput desta cláusula poderá, a qualquer tempo, sofrer aumento e/ou
diminuição, conforme a necessidade dos serviços e mediante a expressa
autorização da Contratante, sendo que para os veículos e respectivos
condutores que vierem a ser acrescidos para a prestação de serviços incidirão
as mesmas cláusulas e condições estabelecidas neste instrumento.
PARÁGRAFO SÉTIMO: No caso de se reduzir a quantidade contratada de
veículos e condutores a Contratante deverá avisar a Contratada com 1 (um)
dia de antecedência.
PARÁGRAFO OITAVO: A Contratada se compromete a atender eventual
solicitação da Contratante de aumento na quantidade contratada de veículos e
condutores, no prazo máximo de 05 (cinco) dias.
CLÁUSULA QUINTA: A Contratada se dá ao direito de não transportar em
seus veículos produtos tóxicos, químicos, nocivos à saúde, ao meio ambiente,
armas, munições e explosivos, sem autorização das autoridades competentes.
46 CLÁUSULA SEXTA: A prestação de serviço será feita em período integral, de
segunda a sexta-feira, devendo a Contratada entregar toda a mercadoria
carregada no dia, sem qualquer ônus extraordinário ao contrato para a
Contratante.
PARÁGRAFO PRIMEIRO: A Contratada, para a quitação de sua obrigação
contratual, exigirá que o recebedor dos bens transportados assine o recibo de
entrega e indique data e hora do recebimento (art. 754 do Código Civil).
PARÁGRAFO SEGUNDO: A Contratada deverá apresentar relatório das
entregas e/ou coletas efetuadas e concretizadas no dia, relatando eventuais
problemas ocorridos.
CLÁUSULA SÉTIMA: A Contratante pagará mensalmente à Contratada, a
título de remuneração pelos serviços contratados, a importância total de R$
_____ (valor por extenso), que deverão ser pagos até o ______ dia útil do mês
subseqüente ao da prestação.
PARÁGRAFO PRIMEIRO: A Contratada declara ser de sua absoluta, total e
exclusiva responsabilidade a manutenção completa do automóvel e/ou
veículos designados para a prestação dos serviços, bem como as despesas
utilizadas na prestação dos serviços, inclusive despesas, com combustível,
óleo, lavagem, peças, consertos, sinistros, guinchos, reboques, bem como
despesas com pedágio, multas de trânsito, licenciamento anual, prêmio de
seguro contra roubo, furto e danos, seguro contra roubo, furto e danos do
veículo e das mercadorias e objetos que estiverem sendo transportados com
as respectivas notas fiscais e/ou conhecimentos de transportes, seguro contra
acidentes e sinistros, pessoais e contra terceiros, responsabilizando-se
integralmente por todas e quaisquer indenizações e/ou débitos e/ou danos
derivados destes eventuais sinistros, acidentes, roubos, furtos, desvios,
danificações e outros.
47
PARÁGRAFO SEGUNDO: A Contratada declara ser de sua total
responsabilidade o dever de guarda e de manutenção da integridade e
perfeição de toda mercadoria, objetos, papéis, documentos, valores ou outros
elementos de propriedade da Contratante que estiver transportando, desde o
ato da coleta ou do recebimento, até o da entrega ao Destinatário ou
Consignatário e, decorrência deste instrumento, motivo pelo qual obriga-se à
manter seguro contra roubo, furto, incêndio, danos, acidentes e/ou contra
quaisquer sinistros que possam causar prejuízos à Contratante e, na falta
deste estará obrigada à indenizar diretamente todos os danos sofridos pela
Contratante.
CLÁUSULA OITAVA: A responsabilidade da Contratada fica limitada ao valor
declarado pela Contratante no documento fiscal, o qual deverá constar do
conhecimento de transporte (art. 750 do Código Civil) e será considerado para
o fim da contratação de correspondente cobertura securitária.
CLÁUSULA NONA: Excluem-se da responsabilidade da Contratada os danos
provenientes de vício próprio do bem transportado, de caso fortuito ou de força
maior bem como, os decorrentes de inadimplemento da Contratante.
CLÁUSULA DÉCIMA: A Contratada deverá indenizar todos e quaisquer danos
que por negligência, imperícia e/ou imprudência venha a causar a Contratante
por ato e/ou omissão seus ou de seus funcionários e/ou prepostos.
CLÁUSULA DÉCIMA-PRIMEIRA: A Contratada somente poderá eximir-se da
responsabilidade pelas perdas e danos aos bens, quando resultantes de:
✔ Erro ou negligência da Contratante ou Destinatário;
✔ Inadequação de embalagem (art. 746 do Código Civil);
✔ Vício intrínseco dos bens (art. 1º, Decreto 2681/1912);
48
✔ Manuseio, embarque ou descarga dos bens, executados pela
Contratante ou Destinatário (art. 1º, Decreto 2681/1912);
✔ Greves, “lock-outs”, ou dificuldades opostas aos serviços de transporte,
desde que não resultantes da ação ou omissão da Contratada, seus prepostos,
empregados e agentes;
✔ Caso fortuito e força maior comprovados (art. 393 do Código Civil);
✔ Informação inexata ou falsa descrição dos bens a serem transportados
(art. 745 do Código Civil).
CLÁUSULA DÉCIMA-SEGUNDA: Obriga-se a Contratante a observar as
seguintes exigências básicas, para possibilitar a prestação dos serviços pelo
transportador:
1. Declaração correta do conteúdo, peso e valor dos volumes confiados a
Contratada;
2. Observância da legislação fiscal pertinente;
3. Acondicionamento dos bens em embalagens adequadas e seguras e, de
acordo com as leis e normas técnicas vigentes;
4. Marcação individual dos volumes, com as seguintes indicações mínimas:
4.1. Nome ou marca da Contratante, nome do Destinatário,
cidade e estado de destino, número da Nota Fiscal e
quantidade dos volumes;
4.2. Indicações completas e precisas na Nota Fiscal, que
possibilitem a pronta localização do Destinatário ou
Consignatário.
CLÁUSULA DÉCIMA-TERCEIRA: A Contratante não fará jus a qualquer
indenização e, ainda, será responsável pelos prejuízos que causar a
Contratada ou a terceiros, nos casos de quebras, vazamentos, explosões ou
outros eventos danosos, provocados por:
1. Acondicionamento dos bens em embalagens inadequadas ou defeituosas;
49 2. Declaração incorreta, incompleta ou falsa do conteúdo, peso ou valor
dos volumes confiados a Contratada (art. 745 do Código Civil).
CLÁUSULA DÉCIMA-QUARTA: A Contratante ressarcirá a Contratada,
imediatamente, de qualquer pagamento que este for obrigado a efetuar ao
Fisco, em decorrência de irregularidade de responsabilidade da própria
Contratante, ainda que o Auto de Infração seja lavrado contra a Contratada,
seu motorista ou preposto TCA.
CLÁUSULA DÉCIMA-QUINTA: No caso da cláusula décima Quarta, se, além
da autuação, houver apreensão de mercadorias a Contratada comunicará o
fato ao Usuário, para que providencie o pagamento, o depósito ou a defesa no
processo fiscal, arcando o Usuário com as diligências para a liberação da
carga apreendida.
CLÁUSULA DÉCIMA-SEXTA: A Contratante efetuará os pagamentos à
Contratada, até o _____dia útil do mês subseqüente ao mês da prestação e
mediante a apresentação das competentes notificações de débitos e
respectivas Notas Fiscais de Prestação de Serviços, que deverão especificar
o(s) veículo(s) designado(s) para a prestação, período da prestação, valor
conforme contrato e outros.
PARÁGRAFO ÚNICO: O valor da remuneração mensal, estipulado na
CLÁUSULA SÉTIMA, não sofrerá nenhuma majoração, entre os contratantes,
no período de um ano contado da assinatura do presente instrumento, sendo
que qualquer alteração, mesmo após o primeiro ano de vigência, somente será
admitida por escrito.
CLÁUSULA DÉCIMA-SÉTIMA: Salvo quando outra condição for estabelecida
pelas partes, tem-se que o pagamento do preço dos serviços deve ser feito “À
VISTA”, no ato da retirada ou entrega dos bens transportados.
50 CLÁUSULA DÉCIMA-OITAVA: A Contratante e o Destinatário indenizarão
a Contratada, pelas perdas e danos decorrentes de qualquer alteração do
contrato de transporte (art. 748 do Código Civil), assim consideradas todas
aquelas que impliquem aumento das despesas pela mudança de destinatário
ou de rota, reentrega e devolução de mercadorias e imobilizações do veículo
por atraso no carregamento e descarregamento. Não será considerado atraso
a espera para carregamento ou descarregamento de até 30 minutos quando se
tratar de carga fracionada ou encomenda e de até 3 (três) horas quando se
tratar de carga fechada ou lotação.
CLÁUSULA DÉCIMA-NONA: A Contratada poderá reter bens de propriedade
do Destinatário, que lhe tenham sido confiados para transporte, para garantia
de pagamento do preço dos serviços (Decreto nº 19.473/30), em se tratando
de frete a ser pago no destino. Poderá ainda, reter bens da Contratante para
garantia de pagamento do preço do frete, armazenagem e demais prejuízos
(art. 751 c/c 644 do Código Civil).
CLÁUSULA VIGÉSIMA: Em caso de recusa de recebimento pelo Destinatário,
por qualquer razão não imputável a Contratada, seja quem for o Usuário,
obriga-se a Contratante a receber a carga em devolução e a pagar o preço dos
serviços, inclusive, pela operação de retorno da carga, sob pena de, não o
fazendo, responder por custo adicional de armazenagem eventual, a contar da
data que a carga for colocada à sua disposição.
CLÁUSULA VIGÉSIMA-PRIMEIRA: Serão ressarcidas pelos Usuários as
despesas adicionais, comprovadamente suportadas pela Contratada, em caso
de bloqueio ou interrupção do tráfego rodoviário, por período superior a 24
horas, que o obrigue a utilizar recursos, meios ou itinerários mais onerosos.
CLÁUSULA VIGÉSIMA-SEGUNDA: O valor do frete nos contratos de trato
contínuo será considerado de equilíbrio na data da contratação e sofrerá
rescisão para evitar desequilíbrio toda vez que o custo variável do transporte
51 apurado e divulgado pela FIPE/NTC apresentar variação acumulada
superior a X% (x por cento), aplicando-se de imediato o índice aprovado a
partir da data da sua divulgação.
CLÁUSULA VIGÉSIMA-TERCEIRA: A Contratante deverá atender de imediato
ao pedido de instruções da Contratada quando o transporte não puder ser feito
ou venha a sofrer longa interrupção, respondendo pelos prejuízos causados a
Contratada pela falta ou demora na resposta (art. 753 do Código Civil).
CLÁUSULA VIGÉSIMA-QUARTA: O presente contrato de prestação de
serviços é firmado por prazo indeterminado.
CLÁUSULA VIGÉSIMA-QUINTA: São circunstâncias que, enquanto
perdurarem os seus efeitos, suspendem o prazo previsto neste contrato:
✔ Bloqueio ou interrupção do tráfego rodoviário, por qualquer motivo alheio
ao controle da Contratada;
✔ A recusa do recebimento pelo Destinatário ou Consignatário, desde a
Contratada comunique o fato ao Usuário. As razões da recusa devem ser
anotadas no verso do Conhecimento de Transporte, sob pena de prevalecerem
as declarações da Contratada.
CLÁUSULA VIGÉSIMA-SEXTA: O presente instrumento poderá ser rescindido
por qualquer uma das partes, e a qualquer tempo, sem necessidade de
apresentação de justificativa prévia, exigindo-se, apenas, o aviso prévio de 01
(um) dia, que deverá ser efetivado por comunicação escrita, não incidindo
qualquer penalidade e/ou ônus para a parte denunciante.
CLÁUSULA VIGÉSIMA-SÉTIMA: Eventuais serviços extras que não estiverem
contratados neste instrumento deverão ser objeto de autorização expressa
pela Contratante, bem como deverão ser cobrados e/ou representados por
notificações e notas fiscais distintas e autônomas.
52
CLÁUSULA VIGÉSIMA-OITAVA: As partes elegem o Foro Central da Comarca
de ____, em detrimento de qualquer outro, por mais privilegiado que possa vir
a ser, para dirimir quaisquer questões oriundas do presente instrumento.
E por estarem as partes, Contratante e Contratada, justas e acordadas em
tudo quanto consta, no presente instrumento, assinam em 03 (três) vias de
igual teor e forma juntamente com duas testemunhas.
Local e Data.
1) CONTRATANTE:__________________________
2) CONTRATADA:___________________________
3) 1ª TESTEMUNHA:_____________________ NOME: RG: CPF/MF:
53
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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Rodoviário de Cargas Utilizando sistemas de Rastreamentos por Satélite :
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DRUCKER, P. F., Inovação e Espírito Empreendedor : Prática e Princípios.
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FILIPPE, Rômulo, A Força do Transporte, artigo da revista Caminhões - Ano I
N° 07- Novembro de 2005.
GIMENEZ, Claudemir; SILVA, Oscar Salviano Filho, Gestão de Riscos
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GONÇALVES, Wanderly Gonelli, Gerenciamento de riscos e seguro são
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55 NTC & LOGÍSTICA. Roubo/furto de cargas : situação nacional. Disponível
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SENA, Alexandre da Silva. Análise do roubo de cargas no transporte
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Souza, Paulo. O Roubo de Cargas no TRC - 2009. Disponível em
www.tudosobreseguranca.com.br/downloads. Acesso em 25/09/2010.
56
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I – Transportes Rodoviários 9
1.1- Conceito 9
1.2- Características do Modal Rodoviário 9
1.3- Qualidade da malha Rodoviária 13
1.4- Registro Nacional do Transportador Rodoviário de Cargas 16
1.5- Benefícios 16
1.6- Instrumento Legal 16
1.7- Contrato de prestação de serviços de transporte 18
CAPÍTULO II - Roubo de Carga 19
2.1- Roubo de carga no Brasil 19
2.2 – Risco 25
CAPÍTULO III – Segurança no transporte rodoviário de carga 26
3.1 - Gerenciamento de risco 26
3.2 – Rastreamento - Escolta Eletrônica 30
3.3 – Algumas alternativas para evitar o roubo de cargas 40
CONCLUSÃO 41
ANEXO 1 42
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 53
ÍNDICE 56
57
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito: