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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE UERN Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia – CAMEAM Curso de Administração – CAD Ivone Pessoa de Oliveira RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO FORMAÇÃO DE ADMINISTRADORES: Reflexões sobre o processo de ensino-aprendizagem das Teorias da Administração e das Organizações PAU DOS FERROS – RN 2014

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE UERN€¦ · 2014 . Ivone Pessoa de Oliveira ... Aos meus irmãos Ozana, Ivete, Alcione, Paulo César e Júlio César. A minha orientadora

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN

Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia – CAMEAM

Curso de Administração – CAD

Ivone Pessoa de Oliveira

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

FORMAÇÃO DE ADMINISTRADORES: Reflexões sobre o processo de ensino-aprendizagem das Teorias

da Administração e das Organizações

PAU DOS FERROS – RN 2014

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Ivone Pessoa de Oliveira

FORMAÇÃO DE ADMINISTRADORES: Reflexões sobre o processo de ensino-aprendizagem das Teorias da Administração e das Organizações

Relatório Final de Curso apresentado ao Curso de Admi-nistração/CAMEAM/UERN, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharela em Administração.

Professora Orientadora: Sidnéia Maia de Oliveira Rego

Área: Teorias da Administração e das Organizações

PAU DOS FERROS – RN 2014

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COMISSÃO DE ESTÁGIO

Membros:

_____________________________________________________________________ Ivone Pessoa de Oliveira

Aluna

_____________________________________________________________________ Sidnéia Maia de Oliveira Rego

Professora Orientadora

_____________________________________________________________________ Francisco Jean Carlos de Souza Sampaio

Supervisor de Estágio

_____________________________________________________________________ Sidnéia Maia de Oliveira Rego

Coordenadora de Estágio Supervisionado

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Ivone Pessoa de Oliveira

FORMAÇÃO DE ADMINISTRADORES: Reflexões sobre o processo de ensino-aprendizagem das Teorias da Administração e das Organizações

Este Relatório Final de Curso foi julgado adequado para obtenção do título de

BACHARELA EM ADMINISTRAÇÃO

e aprovado em sua forma final pela Banca Examinadora designada pelo Curso de Administra-ção/CAMEAM/UERN, Área: Teorias da Administração e das Organizações.

Pau dos Ferros/RN, em _____ de __________________ de __________.

BANCA EXAMINADORA

Julgamento: _______Assinatura: _______________________________________ Ma. Sidnéia Maia de Oliveira Rego

Orientadora – UERN

Julgamento: _______Assinatura: _______________________________________ Ms. Francisco Jean Carlos de Souza Sampaio

Examinador – UERN

Julgamento: _______Assinatura: _______________________________________ Esp. Alexandre Wállace Ramos Pereira

Examinador – UERN

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Dedico este trabalho a Deus, por sempre está

comigo em todos os momentos. Ele é meu bem

maior.

Aos meus pais, Aldenira Sampaio e Francisco

Pessoa (in memoriam), pelo incentivo e apoio.

Aos meus irmãos Ozana, Ivete, Alcione, Paulo

César e Júlio César.

A minha orientadora professora Ma. Sidnéia Maia

de Oliveira Rego, que com incentivo e dedicação

contribuiu com a concretização do mesmo.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por ter me guiado durante toda essa jornada, eu sei que até aqui as tuas mãos me

sustentaram, cuidou de mim em todos os momentos, obrigado Jesus, eu te amo e sem ti eu nada sou.

A minha família, meu pai Francisco Pessoa (in memoriam), em especial a minha mãe Aldenira

Sampaio que sempre esteve ao meu lado, apoiando e dando forças para continuar, mesmo nos mo-

mentos mais difíceis, parte do que sou hoje devo a vocês. Serei eternamente grata.

Aos meus irmãos, Ozana, Ivete, Alcione, Paulo César e Júlio César, obrigado pelo apoio, com-

preensão e palavras de incentivo. São presentes de Deus, não consigo imaginar a minha vida sem

vocês.

A minha orientadora Professora Ma. Sidnéia Maia de Oliveira Rêgo, por todos os conhecimen-

tos repassados, cada gesto, cada palavra amiga e acolhedora que sempre teve comigo, sempre com

um sorriso. Isso fez uma enorme diferença, tirava os meus medos e me fazia acreditar que tudo estava

bem e que ia dá tudo certo.

As amigas Luíza Leite, Lígia Nunes e Fabiana Maria, companheiras nessa jornada, foi com vo-

cês que dividi muitas histórias. Foram tantos aprendizados durante esses anos na graduação, tem o

meu afeto, obrigada pela amizade. Deus as abençoe mais e mais.

Ao amigo Pedro Augusto, que juntos compartilhamos e somamos diversos aprendizados para

chegar a essa conquista. Valeu à pena, sempre que precisar conte comigo. Sucesso!

Aos demais colegas do Curso de Administração, à turma 2008.2 e 2009.2, obrigada a todos.

Por fim, agradeço a todos os professores que fazem o Curso de Administração do CAME-

AM/UERN, o conhecimento repassado, esforço e contribuição de cada um de vocês é o que torna esse

sonho realizado e fez valer à pena. Obrigada!

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“Que os vossos esforços desafiem as impossibi-lidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível”.

(Charles Chaplin)

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RESUMO

A formação de administradores depende, em grande parte, das expectativas que se tem desse profis-sional. A atuação do profissional de Administração é bastante ampla, abrange diversas áreas como comercial, logística, financeira, compras, recursos humanos, marketing, entre outras, como por exem-plo, o exercício do magistério dentro das universidades, sejam públicas ou privadas. O ensino de admi-nistração no Brasil é um fenômeno bastante recente no panorama universitário. Para um melhor enten-dimento do assunto foi realizada uma pesquisa científica abordando diferentes autores que estudam e pesquisam a temática em questão. O presente trabalho tem como título Formação de Administradores: reflexões sobre o processo de ensino-aprendizagem das Teorias da Administração e das Organiza-ções. Por esse aspecto de atuação profissional, torna-se importante porque trata de um assunto muito abrangente na sociedade, que é a educação. Partindo dessa abordagem, apresentou o seguinte objeti-vo: analisar as estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas nas disciplinas de Teorias da Administra-ção e das Organizações na perspectiva dos alunos. O estudo foi delineado através do método quantita-tivo-qualitativo. Quanto aos objetivos a pesquisa pode ser considerada descritiva e exploratória. Já em relação aos meios, é do tipo investigação documental e estudo bibliográfico. O universo de estudo constituiu-se como sendo os duzentos e trinta e seis alunos matriculados no Curso de Administração do Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - CAMEAM/UERN. A amostra correspondeu a cento e cinquenta e três alunos res-pondentes da pesquisa. A coleta dos dados foi através de um questionário auto aplicado. Foi feito uso da estatística descritiva e análise de conteúdo. A partir dos dados coletados foi possível constatar que em relação à aquisição de conhecimento e habilidades nas disciplinas das Teorias da Administração e das Organizações, aconteceu certo desequilíbrio na aprendizagem. No que diz respeito as estratégias de ensino-aprendizagem constatou-se que os professores, não usaram as técnicas com a mesma fre-quência, sendo as aulas expositivas as mais utilizadas. Para o desenvolvimento das referidas discipli-nas na perspectiva das Diretrizes Curriculares Nacionais DCN`s, considerando a relação com as de-mais disciplinas do Curso, considerou-se certa ausência tanto no entusiasmo e participação dos alunos nas aulas, quanto na relação dos conteúdos com a prática profissional, dada a importância que as teo-rias têm para a Formação do Administrador e estarem inseridas no Campo de Formação Profissional das DCN`s. No desenvolvimento dos Trabalhos de Conclusão de Curso TCC`s, constatou-se que no Curso de Administração do CAMEAM/UERN não foram escritos trabalhos que explicitem como área principal as teorias, apesar de um trabalho ter sido escrito na área intitulada Administração Geral, po-rém o conteúdo abordava a área de Empreendedorismo. Palavras-chave: Formação. Administrador. Teorias da Administração. Teoria das Organizações. En-sino-aprendizagem.

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ABSTRACT

The training of administrators depends largely on the expectations that one has of that professional. The role of professional management is very broad, covering diverse areas such as trade, logistics, finance, procurement, human resources, marketing, among others, as for example, the practice of teaching with-in universities, whether public or private. The education administration in Brazil is a fairly recent phe-nomenon in the university landscape. For a better under-standing of the subject of scientific research addressing different authors studying and researching the topic in question was performed. This work is titled Training Officers: reflections on the process of teaching-learning Theories of Management and Organizations. For this aspect of professional practice, becomes important because this is a very broad subject in society, which is education. Based on this approach, presented the following objective: to analyze teaching-learning used in the disciplines of Theories of Directors and organizations from the perspective of students. The study was designed through of the quantitative-qualitative method. How to objective research can be regarded as descriptive and exploratory. In relation to the media, is kind of documentary research and bibliographical study. The study universe was constituted as the two hun-dred thirty-six students enrolled in the Advanced Course Administration Campus Professor Maria Elisa Maia Albuquerque, University of Rio Grande do Norte - CAMEAM / UERN. The sample consisted of one hundred fifty-three respondents of the research students. Data collection was by questionnaire self ap-plied. Using descriptive statistics and content analysis was done. From the collected data it was found that in relation to the acquisition of knowledge and skills in the disciplines of Theories of Management and the Organizations, happened imbalance on learning. As regards the teaching-learning was found that teachers did not use the techniques with the same frequency, and the lectures frequently used. For the development of these disciplines from the perspective of the National Curriculum Guidelines DCN `s considering the relationship with other disciplines Course, considered certain lack both the enthusiasm and participation of students in au them, as in the relationship of contents with professional practice, given the importance of the theories have Training Administrator and being inserted in the field of voca-tional Training DCN `s. Work on the development of End of Course CBT `s, it was found that in the Course Administration CAMEAM / UERN writings that were not explicit as the main field theories, alt-hough work has been written in the area entitled General Administration, but the content addressed the area of Entrepreneurship. Keywords: Training. Administrator. Management Theories. Theory of Organizations. Teaching and learning.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

Abreviaturas Km – Quilômetro

Ma – Mestra

Ms – Mestre

V. Mag.ª – Magnificência

Siglas

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

CAD – Curso de Administração

CAMEAM – Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia

CDL – Câmara dos Dirigentes Logistas

CFA – Conselho Federal de Administração

CFTA – Conselho Federal de Técnicos de Administração

CRA`s – Conselhos Regionais de Administração

CRTA`s – Conselhos Regionais de Técnicos de Administração

DCN`s – Diretrizes Curriculares Nacionais

EUA – Estados Unidos da América

FURRN – Fundação Universidade Regional do Rio Grande do Norte

FUNCITEC – Fundação para o Desenvolvimento da Ciência e da Técnica

INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

MEC – Ministério da Educação

PPC – Projeto Pedagógico do Curso

SEBRAE – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

TCC – Trabalho de Conclusão de Curso

TGA I – Teoria Geral da Administração I

TGA II – Teoria Geral da Administração II

UERN – Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

URRN – Universidade Regional do Rio Grande do Norte

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figuras

Figura 1 – Brasão da UERN................................................................................................................... 16

Figura 2 – Organograma do Curso de Administração ............................................................................ 20

Quadros

Quadro 1 – Composição do Curso – CAD/CAMEAM/UERN .................................................................. 20

Quadro 2 – Primeiro currículo mínimo, 1966, resolução nº 124 ............................................................. 26

Quadro 3 – Principais procedimentos de ensino-aprendizagem ............................................................ 33

Quadro 4 – Trabalhos de Conclusão de Curso – TCC`s/CAD/CAMEAM/UERN ................................... 36

Quadro 5 – Procedimentos metodológicos da pesquisa ........................................................................ 38

Quadro 6 – Universo e amostra da pesquisa ......................................................................................... 42

Quadro 7 – Operacionalização das variáveis ......................................................................................... 43

Fotografia

Foto 1 – Campus Avançado Prof.ª Maria Elisa de. A. Maia – CAMEAM ................................................ 18

Gráficos

Gráfico 1 – Período letivo que está cursando ........................................................................................ 45

Gráfico 2 – Gênero ................................................................................................................................ 46

Gráfico 3 – Atuação profissional dos discentes ..................................................................................... 47

Gráfico 4 – Faixa etária .......................................................................................................................... 47

Gráfico 5 – Conteúdos ministrados e aquisição de conhecimento ......................................................... 48

Gráfico 6 – Desenvolvimento de habilidades por disciplina ................................................................... 49

Gráfico 7 – Quantidade de conhecimento adquirido .............................................................................. 50

Gráfico 8 – Relevância do conhecimento para a formação do Administrador ........................................ 51

Gráfico 9 – Avaliação do conhecimento em relação ao conteúdo adquirido .......................................... 52

Gráfico 10 – Estratégias de ensino-aprendizagem ................................................................................ 53

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Gráfico 11 – Avaliação do ensino-aprendizagem estratégias que mais contribuem para a aquisição de

conhecimento ......................................................................................................................................... 54

Gráfico 12 – Material utilizado pelos professores das disciplinas das teorias ........................................ 55

Gráfico 13 – Sugestões dos alunos para melhoria do processo de ensino-aprendizagem .................... 56

Gráfico 14 – Relação das disciplinas com a prática profissional ............................................................ 58

Gráfico 15 – Entusiasmo e participação ................................................................................................ 59

Gráfico 16 – Relação dos conteúdos das teorias com as demais disciplinas do curso ......................... 60

Gráfico 17 – TCC`s do curso de administração e campos de formação das DCN`s ............................. 61

Gráfico 18 – TCC`s do campo de formação profissional do CAD de acordo com as DCN`s ................. 62

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SUMÁRIO

DEDICATÓRIA

AGRADECIMENTOS

EPÍGRAFE

RESUMO

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 14

1.1 Caracterização da organização ..................................................................................................... 16

1.1.1 Breve histórico da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN .............................. 16

1.1.2 Breve histórico do Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia – CAME-

AM/UERN ............................................................................................................................................... 18

1.1.3 Breve histórico do Curso de Administração – CAMEAM/UERN .................................................... 19

1.2 Situação problemática .................................................................................................................... 21

1.3 Objetivos ......................................................................................................................................... 22

1.3.1 Geral .............................................................................................................................................. 22

1.3.2 Específicos..................................................................................................................................... 22

1.4 Justificativa ..................................................................................................................................... 22

2 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................................................. 24

2.1 Formação de administrador ........................................................................................................... 24

2.1.1 Evolução histórica da formação de administrador ......................................................................... 25

2.1.2 Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Administração ................................................. 26

2.1.3 Ensino em administração ............................................................................................................... 28

2.1.3.1 Ensino das teorias da administração .......................................................................................... 30

2.2 Ensino ou aprendizagem? ............................................................................................................. 31

2.2.1 Estratégia de ensino aprendizagem ............................................................................................... 32

2.3 Trabalho de conclusão de curso – TCC ........................................................................................ 34

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................................................ 38

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3.1 Tipo de pesquisa ............................................................................................................................. 39

3.2 Universo e amostra ......................................................................................................................... 41

3.3 Coleta de dados .............................................................................................................................. 42

3.4 Tratamento dos dados.................................................................................................................... 44

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ................................................................................. 45

4.1 O perfil dos alunos do Curso de Administração do CAMEAM/UERN ........................................ 45

4.2 Conhecimento e habilidades nas disciplinas das teorias ........................................................... 48

4.3 Identificação das estratégias de ensino-aprendizagem, avaliação e utilização do material

didático nas disciplinas das teorias .................................................................................................... 53

4.4 Relação das disciplinas das teorias com as demais disciplinas do Curso de Administração 58

4.5 Frequência com que os trabalhos de conclusão de curso são escritos a luz das disciplinas

das teorias ............................................................................................................................................. 61

5 CONCLUSÕES, SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES ...................................................................... 64

5.1 Conclusões...................................................................................................................................... 64

5.2 Sugestões ........................................................................................................................................ 67

5.3 Recomendações ............................................................................................................................. 68

REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 69

APÊNDICES ........................................................................................................................................... 72

Apêndice A – Instrumento da coleta de dados ...................................................................................... 73

Apêndice B – Sugestões dos alunos para melhoria do Curso de Administração do CAMEAM/UERN .. 76

Apêndice C – Horas de estágio ............................................................................................................. 77

ANEXO ................................................................................................................................................... 79

Anexo A – Resolução Nº 04, de 13 de Julho de 2005 ........................................................................... 80

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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como Título “Formação de Administradores: Reflexões sobre o pro-

cesso de ensino-aprendizagem das Teorias da Administração e das Organizações”. A escolha se deu

mediante a uma proposta proveniente da professora orientadora Ma. Sidnéia Maia de Oliveira Rego,

tendo em vista essa temática está atrelada a um projeto de Pesquisa do Curso de Administração - CAD

do Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia – CAMEAM da Universidade do

Estado do Rio Grande do Norte – UERN, e em virtude da pesquisadora ter interesse em estudar sobre

o processo de ensino-aprendizagem no Curso de Administração.

A pesquisa é importante porque trata de um assunto muito abrangente na sociedade, que é a

educação, e para que haja resultados positivos é necessário que seja realizado estudos científicos para

dar sustentação e suporte aos alunos de Administração no que diz respeito aos conhecimentos adqui-

ridos para a profissão de Administrador.

O trabalho propõe responder como os alunos se sentem em relação aos conhecimentos adqui-

ridos nas disciplinas relacionadas às Teorias da Administração e das Organizações, considerando o

ensino-aprendizagem que é repassado pelos professores do Curso. Para isso, teve como objetivo geral

analisar as estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas nas disciplinas de Teorias da Administração

na perspectiva dos alunos, e como objetivos específicos: avaliar a aquisição de conhecimento e a aqui-

sição de habilidades dos alunos nas disciplinas relacionadas às Teorias da Administração e das Orga-

nizações; identificar as percepções dos graduandos de administração sobre o processo de ensino-

aprendizagem nas disciplinas relacionadas às Teorias da Administração e das Organizações; relacio-

nar o desenvolvimento das disciplinas das Teorias da Administração e das Organizações no Curso de

Administração/CAMEAM/UERN na perspectiva das Diretrizes Curriculares Nacionais e, verificar a fre-

quência com que os Trabalhos de Conclusão de Curso TCC`s estão sendo realizados à luz das Teorias

da Administração e das Organizações no Curso de Administração do CAMEAM/UERN.

Para tanto, o trabalho está estruturado em cinco capítulos, sendo este a introdução o primeiro,

o qual trará a caracterização da organização, sua história, missão e visão da UERN e do Curso de

Administração. Em seguida abordará a situação problemática, os objetivos geral e específicos e a justi-

ficativa do porque da realização da pesquisa.

O segundo capitulo apresentará o referencial teórico, o qual está dividido em três tópicos sendo

que o primeiro tópico está composto por quatro subtópicos e o segundo e o terceiro tópico com um

subtópico, cada um. O primeiro tópico trata da formação de administrador e é constituído pelos seguin-

tes subtópicos: evolução histórica da formação de administrador, diretrizes curriculares, ensino em

administração e ensino das teorias da administração. O segundo tópico aborda sobre ensino ou apren-

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dizagem? (estratégias de ensino-aprendizagem), e o terceiro tópico corresponde aos Trabalhos de

Conclusão de Curso TCC`s.

O terceiro capítulo é formado pela metodologia de pesquisa, ou seja, a forma científica pela

qual o estudo foi estruturado, através do tipo de pesquisa utilizado e o motivo pelo qual foi escolhido, o

universo e amostra, seleção de sujeitos, como se deu, e quais instrumentos foram utilizados na coleta

de dados. E, por fim, o tratamento dos dados, que apresenta a análise e interpretação dos dados cole-

tados.

No quarto capítulo encontram-se as análises e discussão dos resultados obtidos na pesquisa

através dos alunos do Curso de Administração do CAMEAM/UERN.

E por último, o quinto capítulo que traz as conclusões, sugestões e recomendações para o pro-

blema inicialmente levantado e que servirá para o desenvolvimento de futuros trabalhos que possivel-

mente venha ser feito na área do presente estudo.

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1.1 Caracterização da organização

A organização em estudo é o Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia

(CAMEAM) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), e a pesquisa se deu precisa-

mente no Curso de Administração (CAD).

Foram utilizadas para apoio a essa caracterização a fonte de informação Projeto Pedagógico

do Curso de Administração (PPC); o site da UERNhttp://www.uern.br. E as demais informações foram

obtidas dos estudos de pesquisas realizadas pelos egressos do Curso de Administração, Monteiro

(2012) e Costa (2013).

1.1.1 Breve histórico da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN1

Figura 1 – Brasão da UERN.

Fonte: www.uern.br (2014).

A UERN foi criada em 28 de setembro de 1968, pela Lei Municipal nº 20/68. Nasceu com o

nome de Universidade Regional do Rio Grande do Norte - URRN-, vinculada à Fundação Universidade

Regional do Rio Grande do Norte - FURRN. Na história de sua criação aparecem duas outras institui-

ções, mostrando que a idéia de uma universidade em Mossoró tem origem mais remota. A primeira é a

Faculdade de Ciências Econômicas de Mossoró, criada em 1943 pela Sociedade União Caixeiral, que

já mantinha uma escola técnica de comércio, mas passando a funcionar, de fato, apenas em 1960. A

segunda é a FUNCITEC - Fundação para o Desenvolvimento da Ciência e da Técnica -, fundada em

1963. Com a FUNCITEC, acelerou-se a oferta do ensino superior na cidade. Sob sua coordenação, são

criadas a Faculdade de Serviço Social de Mossoró, em 1965, e o Instituto de Filosofia, Ciências e Le-

tras de Mossoró, no mesmo ano, com os cursos de Pedagogia, Letras, História e Ciências Sociais, e,

em 1968, a Escola Superior de Enfermagem de Mossoró.

Em 1968, a FUNCITEC é transformada em universidade, agregando as quatro faculdades exis-

1As informações encontram-se no site www.uern.com.br.

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tentes. Seu primeiro reitor foi o professor João Batista Cascudo Rodrigues, um dos militantes mais

destacados da causa da educação em Mossoró, estreitamente ligado à luta pela criação da FUNCITEC

e de todas as faculdades por ela mantidas. Em 08 de janeiro de 1987 o então Governador do Estado,

Radir Pereira, assinou a Lei Estadual nº 5.546, que estadualizou a UERN.

Desde a criação, pelo menos duas fases compõem a história da UERN - a primeira diz respeito

à sua instituição jurídica, a segunda, à verticalização de seus cursos. Três eventos marcam essa pri-

meira fase: a criação, em 1968; a estadualização, em 1987; e o reconhecimento como universidade,

em 1993, pelo MEC.

O slogan da UERN diz muito da visão de mundo dos que a criaram e do que eles imaginavam

ser o papel de uma universidade: Libervispiritus - livre pela força do espírito. Eram humanistas que

acreditavam na força da educação, para a emancipação do homem, e na força de uma universidade,

para a emancipação de uma região.

Criada em 1968, como universidade municipal, a UERN está hoje presente, de forma direta,

com seus campi avançados e núcleos de educação superior, em 17 cidades do Rio Grande do Norte.

São 6 campi, incluindo o Campus Central, em Mossoró, a segunda maior cidade do estado, e 11 nú-

cleos. Os campi avançados localizam-se em Assú, Pau dos Ferros, Patu, Natal e Caicó. Os núcleos

estão sediados nas cidades de Areia Branca, Apodi, Caraúbas, Umarizal, São Miguel, Alexandria, João

Câmara, Touros, Macau, Nova Cruz e Santa Cruz. A presença da UERN no estado está de tal modo

distribuída, que não há uma só cidade à distância de mais de 70 km de uma dessas unidades universi-

tárias. A UERN tem como atual reitor V. Mag.ª Pedro Fernandes Ribeiro Neto.

Missão e Visão da UERN

Missão

Promover a formação de profissionais competentes, críticos e criativos, para o exercício da ci-

dadania, além de produzir e difundir conhecimentos científicos, técnicos e culturais que contribuam

para o desenvolvimento sustentável da região e do país.

Visão

Ser reconhecidamente uma universidade autônoma, política e financeiramente, capaz de pla-

nejar e de se auto avaliar continuamente, com vistas à realização de ações de ensino, de pesquisa e

de extensão, visando a excelência na formação de pessoas e buscando o desenvolvimento sustentável

da sociedade.

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1.1.2 Breve histórico do Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia - CAME-

AM/UERN

Foto 1 – Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia.

Fonte: Arquivo Pessoal (2014).

O CAMEAM está localizado no Município de Pau dos Ferros na BR 405, Km 153, no bairro Ari-

zona. Foi criado pela lei municipal nº 15/76, de 28 de setembro de 1976, sancionada pelo então prefeito

da cidade de Mossoró Jerônimo Dix-huit Rosado Maia. Através da portaria nº 1.292/95 GR – FURRN,

de 22 de Setembro de 1995, passou a se chamar Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albu-

querque Maia, em homenagem a primeira coordenadora. Entre os Estados do Rio Grande do Norte,

Ceará e Paraíba, o CAMEAM atende a uma área geográfica de 45 municípios.

Inicialmente os cursos de graduação ofertados pelo Campus foram: Ciências Econômicas, Le-

tras e Pedagogia. A partir do ano de 2004 a instituição implantou os cursos de graduação em Adminis-

tração, Educação Física, Enfermagem e Geografia. Em 2006 o Departamento de Letras passou a ofer-

tar o curso de Língua Espanhola, dividindo o departamento de Letras em Letras Vernáculas e Letras

Estrangeiras (Inglês e Espanhol). Atualmente o CAMEAM oferta vários cursos pós-graduação Lato

Sensu: Especialização em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente (Economia); Especialização em

formação do Educador (Pedagogia); Linguística Aplicada, Literatura e estudos Culturais e Literatura

Infanto-juvenil (Letras Inglês). Desde 2009, oferta cursos de pós-graduação stricto sensu, pioneiramen-

te foi o Mestrado Acadêmico em Letras, posteriormente o Mestrado profissional em Letras e mais re-

centemente o Mestrado Acadêmico em Educação.

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1.1.3 Breve histórico do Curso de Administração - CAMEAM/UERN

Em 29 de Dezembro de 2003, conforme portaria nº 048/2003 foi criado o Curso de Administra-

ção do CAMEAM, iniciando assim suas atividades docentes em 08 de novembro de 2004 com 46 va-

gas disponíveis anualmente. A modalidade do curso de administração da UERN é um bacharelado,

com elementos das ciências humanas e exatas.

Inicialmente o Curso funcionava no turno matutino, mas após algumas solicitações feitas pelos

alunos, professores, alguns políticos, órgãos como: CDL, SEBRAE, Prefeitura de Pau dos Ferros, o

horário das aulas foi transferido para o turno noturno. A duração do curso é de 05 (cinco) anos e 10

(dez) semestres letivos.

Objetivos do Curso de Administração

Formar profissionais capazes de exercer funções de planejamento, direção e coordenação de

atividades de organizações no geral;

Formar bacharéis em administração com uma sólida plataforma de saberes das ciências hu-

manas e sociais capazes de intervir produtivamente no contexto organizacional, assim, como,

no cenário sócio, político e econômico da região;

Formar profissionais capazes de compreender e interpretar o seu contexto social para resolver

os problemas da prática administrativa de forma criativa;

Trabalhar os conteúdos de forma interdisciplinar e complementar propiciando ao discente a

oportunidade de alinhar o conhecimento teórico com a prática administrativa.

Missão do Curso de Administração

Formar profissionais de Administração qualificados dentro de uma realidade local e regional,

que atendam às necessidades sócio-econômicas de toda e qualquer organização, seja ela pú-

blica ou privada, estando engajado com o desenvolvimento sustentável.

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Figura 2 – Organograma do Curso de Administração.

Fonte: Curso de Administração CAMEAM/UERN (2014).

O número de alunos matriculados no Curso atualmente é 236 (duzentos e trinta e seis) alunos,

e já graduou 114 (cento e catorze) Bacharéis em Administração, com um total de 05 (cinco) turmas

concluintes.

A formação do corpo docente do Curso de Administração é de 16 (dezesseis) professores,

sendo 10 (dez) efetivos, destes 02 (dois) estão afastados para capacitação e 02 (duas) estão cedidas e

06 (seis) são contratados provisoriamente. Suas áreas de distribuição: Direito, Finanças e Contabilida-

de, Gestão de Pessoas, Informática, Marketing e Estratégia, Métodos Quantitativos, Processos, Produ-

ção e Teorias da Administração.

Quadro 1 – Composição do Curso de Administração - CAMEAM/UERN.

Fonte: Curso de Administração (adaptado pela autora 2014).

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO-CAD

Projeto de extensão

Clube do Administrador, NAVE

Pesquisa

Núcleo de Estudos Organizacionais do Alto Oeste Potiguar

(NEOP)

Graduação (Cursos)

Tecnólogo em Gestão Pública

(Escola de Governo)

Bacharelado Administração

(CAMEAM)

Coordenação / Subcoordenação

Plenária do CAD

Laboratório de Informática

Secretaria do Curso

Composição do Curso de Administração - CAD

Duração do curso 05 anos

Semestres letivos 10 semestres

Alunos matriculados 236 alunos

Alunos graduados 114 bacharéis

Turmas concluintes 05 turmas

Corpo docente 16 professores

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1.2 Situação problemática

Segundo Marconi e Lakatos (2003) “a formulação do problema prende-se ao tema proposto:

ela esclarece a dificuldade específica com a qual se defronta e que se pretende resolver por intermédio

da pesquisa”.

A escolarização da administração, ou seja, o fato de se tomá-la como um conjunto de conhe-

cimentos e habilidades que são ensinados no sistema escolar e que podem ser ensinados e apreendi-

dos é relativamente recente. Embora a administração enquanto atividade humana se perca nas brumas

dos séculos, há pouco tempo se cogitou que fosse objeto de escolarização e ainda mais no interior da

universidade (BERTERO, 2006).

Fayol (2007, p. 37) já enfatizava a necessidade e a possibilidade de ensino administrativo, “[...]

uma educação exclusivamente técnica não corresponde às necessidades gerais das empresas, mesmo

que se trate das indústrias.”

Ao analisar estudos anteriores sobre a formação de administradores é possível identificar as

muitas lacunas existentes nesta área de ensino, questões quanto ao processo teórico e a aplicabilidade

na prática dentro das organizações, de que forma os estudantes estão sendo alcançados com esses

conhecimentos nas universidades e como é o desenvolvimento no cotidiano das empresas, ou seja, a

relação teoria e prática.

As organizações valorizam o profissional competente, aquele que alia suas habilidades à capa-

cidade de transformá-las em atitudes, através do contínuo aprendizado e da busca de inovações que

reflitam em um trabalho eficiente (MONTEIRO, 2012, p. 22).

É dever da universidade garantir a excelência nos serviços prestados a comunidade acadêmi-

ca, preparar profissionais qualificados e aptos para o mercado de trabalho. É necessário que o foco

esteja voltado para o ensino-aprendizagem e não somente ao processo de ensino, com isso é possível

uma abertura entre ambos, professor-aluno e aluno-professor. Quando só o ensino está em pauta tor-

na-se um processo rígido tanto para o aluno como para o professor, o que torna inviável a flexibilidade

e abertura para conhecimentos múltiplos.

Diante do que foi apresentado chegou-se ao seguinte problema de pesquisa: Qual a perspec-

tiva dos alunos sobre as estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas nas disciplinas de Teo-

rias da Administração e das Organizações?

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1.3 Objetivos

Segundo Gil (2010), o objetivo é uma diretriz a ser seguida, pois ele representa um passo im-

portante para a operacionalização da pesquisa, além do que, ele é o responsável por esclarecer

acerca dos resultados esperados. Já Silva (2010, p. 51) defende que: “Os objetivos da pesquisa,

são os fins teóricos e práticos que se propõe alcançar com a pesquisa”. Os objetivos são divididos

em geral e específicos.

1.3.1 Geral

Analisar as estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas nas disciplinas de Teorias da Admi-

nistração e das Organizações na perspectiva dos alunos.

1.3.2 Específicos

Avaliar a aquisição de conhecimento e a aquisição de habilidades dos alunos nas disciplinas

relacionadas às Teorias da Administração e das Organizações;

Identificar as percepções dos graduandos de administração sobre o processo de ensino-

aprendizagem nas disciplinas relacionadas às Teorias da Administração e das Organizações;

Relacionar o desenvolvimento das disciplinas das Teorias da Administração e das Organiza-

ções no Curso de Administração/CAMEAM/UERN na perspectiva das Diretrizes Curriculares

Nacionais;

Verificar a frequência com que os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) estão sendo reali-

zados à luz das Teorias da Administração e das Organizações no Curso de Administração do

CAMEAM/UERN.

1.4 Justificativa

Ao longo dos anos, desde a implantação do curso de administração na década de 1952 a cada

dia vem crescendo a procura pela graduação em administração. Diante desse crescimento é necessá-

rio que estudos sejam desenvolvidos nas áreas voltadas a Administração para que haja melhoria contí-

nua em relação ao ensino que é repassado para os graduandos, levantando opiniões e acatando as

sugestões que melhor se apliquem ao desenvolvimento e aprendizagem desses futuros profissionais,

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os bacharéis em Administração.

No que se refere à procura pelo Curso de Administração no Brasil vale, salientar segundo da-

dos do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e o Ministério da

Educação (MEC), em 2009, no Brasil o curso de Administração é a maior graduação do país, com mais

de um milhão de matriculas (1.102.579) que representa 18,5% dos estudantes do ensino superior, esse

dado demonstra a rápida evolução do curso, especialmente tratando de um curso novo. Ainda segundo

o Censo da Educação Superior em 2012 o número de Cursos em Administração é de 2.160 (dois mil

cento e sesenta cursos).

A base de formação do administrador perpassa por teorias centenárias, até hoje revisitadas e

estudadas, como a Teoria Clássica, Teoria das Relações Humanas entre outras. Mediante isso se faz

necessário entender quais são as perspectivas dos alunos diante do ensino-aprendizagem nas discipli-

nas relacionadas às teorias da Administração e das Organizações, o que leva a essa constante busca

e quais são os anseios/objetivos dos alunos frente ao ensino que é repassado nas Escolas de Adminis-

tração.

A pesquisa tem a finalidade de contribuir diretamente com os estudantes e profissionais do

Curso de Administração, onde procura saber juntamente aos alunos quais são as principais estratégias

de ensino-aprendizagem que estão sendo utilizadas na ministração das disciplinas teóricas, e ainda

trazer uma reflexão para os professores sobre as práticas dessas estratégias de ensino-aprendizagem.

Espera-se que por meio dos resultados obtidos sirva para futuros pesquisadores na área de

formação, onde possa ser dada continuidade no desenvolvimento de novos trabalhos sobre as estraté-

gias de ensino-aprendizagem, agregando conhecimentos nesse processo, auxiliando na fixação do

conhecimento e aprimoramento da instrução no repasse dos conteúdos, oportunizando o domínio do

conhecimento das teorias dentro da universidade e trazendo valiosas vantagens para o desenvolvimen-

to das tarefas diárias, o que possibilita na tomada de decisão para que seja mais precisa e acurada por

estar embasada teoricamente em informações concretas.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Este tópico será dedicado ao embasamento teórico, que é um levantamento nas obras dos

principais autores relacionados com a temática de formação de administradores. Faz-se um resgate

teórico através da revisão da literatura, sobre as discussões e posicionamentos de autores sobre o

tema em estudo.

De acordo com Gil o referencial teórico:

Esta é a parte dedicada à contextualização teórica do problema e seu relacionamento com o que tem sido investigado a seu respeito. Deve esclarecer, portanto, os pressupostos teóricos que dão fundamentação a pesquisa e as contribuições proporcionadas por investigadores anteriores. Essa revisão não pode ser constituída apenas por referências ou sínteses dos es-tudos feitos, mas por discussão crítica do estado atual da questão (GIL, 2002, p. 162).

2.1 Formação de administrador

A Administração é uma ciência da área humana fundamentada em sistemas e processos que

buscam o planejamento, organização, direção e controle das realizações, tanto na esfera pública quan-

to na privada (CFA, 2014).

No Brasil, a profissão foi regulamentada por meio da Lei 4.769 de 1965 que criou, também, os

Conselhos Federal e Regionais de Administração (CFA/CRA`s). Apesar da pouca idade, a Administra-

ção pode ser considerada uma ciência antiga. A primeira aparição de que se tem notícia data do ano

5.000 A.C., na Suméria, quando seus antigos habitantes procuravam uma maneira para melhorar a

resolução dos seus problemas práticos. Inventores da escrita cuneiforme, os sumérios faziam seus

registros administrativos em placas de barro.

Depois disso, a Administração não parou mais de crescer. Escolas de Administração foram

sendo criadas para capacitar profissionais na área, já que durante a Revolução Industrial surge a ne-

cessidade de um novo modelo de gestão.

Hoje, o Administrador é o profissional responsável pelo planejamento de estratégias e pelo ge-

renciamento do dia-a-dia da empresa pública ou privada. A atuação do Administrador é bastante am-

pla, sendo necessário em todo tipo de empresas. Ele atua em diversas áreas como comercial, logística,

financeira, compras, recursos humanos, marketing, entre outras (CFA, 2014).

A formação de administradores depende, em grande medida, das expectativas que existam

com relação ao profissional e também de como se define o que seja um administrador. Dependerá

igualmente do tipo de organização na qual a profissão será exercida, ou seja, se no setor empresarial

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privado, atuando em uma economia de mercado, na administração pública, em atividades chamadas

terceiro setor ou organizações não lucrativas (BERTERO, 2006).

2.1.1 Evolução histórica da formação de administrador

De acordo com Motta (1983) o ensino de administração no Brasil é um fenômeno bastante re-

cente no panorama universitário, como de resto em praticamente, todo o mundo, salvo nos EUA. Ali,

em algumas universidades, ensina-se administração há quase um século, embora os cursos tenham

ganhado o formato que originou o atual a partir da I Guerra Mundial. Nos demais países do mundo, o

ensino de administração adotou o modelo de transferência de tecnologia desenvolvida nos EUA. Isto

ocorreu tanto na América Latina quanto na Europa.

Segundo Nicolini (2002), a história dos cursos superiores de Administração, no Brasil, emerge

logo no inicio do século XIX, concomitantemente com um longo processo de definição sobre quais seri-

am as fronteiras do campo do saber administrativo.

Os cursos de Administração no Brasil têm uma história muito curta, principalmente se compa-

ramos com os EUA, onde os primeiros cursos na área se iniciaram no final do século XIX, com a cria-

ção da WhartonSchool, em 1881.

No Brasil o ano que começou a iniciar o ensino de Administração foi 1952. Esse processo foi

marcado por dois momentos históricos distintos. O primeiro, pelos governos de Getúlio Vargas, repre-

sentativos do projeto "autônomo", de caráter nacionalista em 1938 e o segundo, pelo governo de Jus-

celino Kubitschek, evidenciado pelo projeto de desenvolvimento associado e caracterizado pelo tipo de

abertura econômica de caráter internacionalista em 1964 (CFA, 2014).

A formação do administrador envolve o entendimento do processo de comunicação e capacita-

ção para dele participar como comunicador e recebedor de mensagens (BERTERO, 2006).

O contexto para a formação do Administrador no Brasil começou a ganhar contornos mais cla-

ros na década de quarenta. A partir desse período, acentua-se a necessidade de mão-de-obra qualifi-

cada e, consequentemente, da profissionalização do Ensino de Administração (CFA, 2014).

O aumento pela procura do curso de Administração não parava, enquanto as “matriculas dos

cursos de Medicina e Engenharia, cresceram respectivamente, 174% e 483%, na área de Economia e

Administração essa taxa alcançou 1.118%, continuando a aumentar nos primeiros anos da década de

70[...]” (COVRE, 1981, p. 80).

De acordo com a pesquisa Produção Cientifica Brasileira sobre o ensino de Administração:

1997 a 2010, no último decênio, os cursos de graduação em Administração multiplicaram-se expressi-

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vamente. Atualmente são 1.800 cursos (contando apenas Administração geral) em todo país

(INEP/MEC, 2011). Segundo dados do Censo da Educação Superior de 2009, elaborado pelo

INEP/MEC (2010), os cursos de Administração são os que concentram o maior número de alunos,

totalizando 1.102.579, sendo 874.076 matriculados no ensino presencial e 228.503 matriculados no

ensino a distância, o que corresponde por 18,5% do total das matrículas.

2.1.2 Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Administração

Segundo o Conselho Federal de Administração (CFA), o ensino de Administração no Brasil

passou por três momentos marcados pelos currículos mínimos aprovados em 1966 e 1993, culminando

com as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Bacharelado em Administração, homologadas

em 2005 pelo Ministério da Educação.

Por meio do parecer número 307/66 de 08 de Julho de 1966, o Conselho Federal de Educação

fixou o primeiro currículo mínimo para os cursos de administração no país, neste currículo, as matérias

foram agrupadas em três grupos distintos: cultura geral, instrumentais e formação profissional.

Quadro 2 – Primeiro currículo mínimo, 1966, resolução nº 124.

Matérias ou Disciplinas Grupo ou área

Teoria Econômica

Cultura Geral

Economia Brasileira

Instituições de Direito Publico e Privado

Legislação Social

Legislação Tributaria

Teoria Geral da Administração

Formação profissional Administração Financeira e Orçamento

Administração de Pessoal

Administração Material

Matemática

Instrumental

Estatística

Contabilidade

Psicologia Aplicada à Administração

Sociologia Aplicada à Administração

Direito Administrativo

Optativa (Obrigatório cursar uma disciplina) Administração de Produção e de vendas

Estágio Supervisionado Obrigatório

Fonte: Adaptado com base em (NICOLINI, 2002; ANDRADE; AMBONI, 2003; CFA, 2010).

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Como pode ser observado no Quadro 2, além do elenco de matérias obrigatórias, o aluno de-

veria escolher entre uma das duas disciplinas optativas: Direito Administrativo, Administração de Pro-

dução e Vendas, sendo essa uma condição para a conclusão do curso. Os alunos também deveriam

realizar um estágio supervisionado de seis meses para obter o diploma.

Com a regulamentação da profissão, fez-se necessária a criação de organismos normativos e

de controle da profissão. A Lei nº 4.769/1965, além de dispor sobre o exercício da profissão, criou os:

Conselho Federal de Técnicos de Administração (CFTA), Conselhos Regionais de Técnicos de Admi-

nistração (CRTA`s). A função de tais organismos era de fiscalizar o desempenho da profissão e expedir

as carteiras profissionais. Só poderiam exercer a profissão aqueles que fossem registrados nos CRA`s.

Esse organismo passaria a ter um forte controle sobre as condições de acesso à profissão.

O Conselho Federal de Administração é o órgão normativo, consultivo, orientador e disciplina-

dor do exercício da profissão de Administrador. Controla e fiscaliza as atividades financeiras e adminis-

trativas do Sistema CFA/CRA`s (COIMBRA, 2010, p. 52).

Ressalte-se que as alterações produzidas em 1993 nos currículos mínimos aprovados em

1966, representou um significativo avanço em face da excessiva rigidez dos primeiros currículos, avan-

ço esse que veio se ampliar e se consolidar de forma definitiva com as Diretrizes Curriculares, trazendo

ao ensino superior da Administração inegável e necessário avanço.

De acordo com Andrade e Amboni (2003) no currículo mínimo de 1993 surgem disciplinas ele-

tivas e complementares com carga horária total de 960 horas-aula e o Estágio Supervisionado perma-

nece como item obrigatório, com carga horária definida em 300 horas-aula.

Em 2005, as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN`s) aprovadas para os cursos de gradua-

ção em Administração trabalham com campos interligados de formação, aprovados pela Resolução

CES/CNE Nº 1, DE 2 de fevereiro de 2005,2 e não com matérias e disciplinas (ANDRADE e AMBONI,

2010, p. 13).

De acordo com as DCN`s os campos interligados de formação são os seguintes:

I – Conteúdos de Formação Básica: relacionados com estudos antropológicos, sociológi-cos, filosóficos, psicológicos, ético-profissionais, políticos, comportamentais, econômicos e contábeis, bem como os relacionados com as tecnologias da comunicação e da informação e com as ciências jurídicas; II - Conteúdos de Formação Profissional: relacionados com as áreas especificas, envol-vendo teorias da administração e das organizações e a administração de recursos humanos, mercado e marketing, materiais, produção e logística, financeira e orçamentaria, sistemas de informações, planejamento estratégico e serviços; III – Conteúdos de Estudos Quantitativos e suas Tecnologias: abrangendo pesquisa operacional, teoria dos jogos, modelos matemáticos e estatísticos e aplicação de tecnologias

2Resolução CES/CNE nº 1, de 2 de fevereiro de 2005, op.cit.

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que contribuam para definição e a utilização de estratégias e procedimentos inerentes à ad-ministração; e IV – Conteúdos de Formação Complementar: estudos opcionais, de caráter transversal e interdisciplinar, para o enriquecimento do perfil do formando.

Para Andrade e Amboni (2010) as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de gradua-

ção em Administração devem ser entendidas como parâmetros norteadores para elaboração, revisão,

implementação, avaliação e monitoramento continuo do projeto pedagógico, e não como um instrumen-

to para tolher a iniciativa e a criatividade dos gestores, professores, alunos e demais segmentos envol-

vidos no curso de Administração.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais a respeito das habilidades e competências

que o curso de Administração deve possibilitar no processo de formação profissional, destacam-se:

a) reconhecer e definir problemas, equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir modificações no processo produtivo, atuar preventivamente, transferir e generalizar conhe-cimentos e exercer, em diferentes graus de complexidade, o processo da tomada de deci-são; b) desenvolver expressão e comunicação compatíveis com o exercício profissional, inclusive nos processos de negociação e nas comunicações interpessoais ou intergrupais; c) refletir e atuar criticamente sobre a esfera da produção, compreendendo sua posição e função na estrutura produtiva sob seu controle e gerenciamento; d) desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico para operar com valores e formulações matemáticas presentes nas relações formais e causais entre fenômenos produtivos, adminis-trativos e de controle, bem assim expressando-se de modo crítico e criativo diante dos dife-rentes contextos organizacionais e sociais; e) ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade política e administrativa, vontade de aprender, abertura às mudanças e consciência da qualidade e das implicações éticas do seu exercício profissional; f) desenvolver capacidade de transferir conhecimentos da vida e da experiência cotidianas para o ambiente de trabalho e do seu campo de atuação profissional, em diferentes modelos organizacionais, revelando-se profissional adaptável; g) desenvolver capacidade para elaborar, implementar e consolidar projetos em organiza-ções; e h) desenvolver capacidade para realizar consultoria em gestão e administração, pareceres e perícias administrativas, gerenciais, organizacionais, estratégicos e operacionais.

As habilidades e competências requeridas dos graduados em administração representam um

dos grandes desafios para a formação desse profissional, tendo em vista exigir inteireza em todas as

esferas administrativa dentro das organizações.

2.1.3 Ensino em administração

De acordo com Bertero (2006) o ensino consiste majoritariamente na transmissão de conheci-

mentos adquiridos e acumulados em determinada área de conhecimento.

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O ensino de administração deve, por conseguinte, ser geral: rudimentar nas escolas primárias,

um pouco mais extenso nas secundarias e muito desenvolvido nas superiores (FAYOL, 2007).

Ensinar e aprender têm sido grandes desafios do sistema educacional, em todos os níveis e

modalidades. A educação profissional convive também com essas preocupações, dada a importância

que o trabalho assume em nossas vidas (NICOLINI, 2007).

O crescimento do ensino de administração coincide com o aumento da importância dos Esta-

dos Unidos no século XX, quando se consolidam como superpotências. Esse fato tem importância,

especialmente para a área de administração de empresas, ao mesmo tempo, o que mundialmente se

reconhece como management como, uma criação norte-americana. O ensino de administração iniciou-

se no Brasil na década de 1950, com conteúdos e professores estrangeiros. Uma vez que a adminis-

tração, como já assinalado, foi em grande medida uma criação norte-americana, não é de estranhar

que os cursos fossem baseados em textos e casos produzidos nos Estados Unidos, que retratavam

necessariamente experiências e problemas daquele país (BERTERO, 2006).

Conteúdos de administração eram absorvidos, também, em cursos de Engenharia, Economia e

Ciências Contábeis, fazendo com que a área de Administração só ganhasse identidade muitos anos

depois (FISCHER, 1984, p. 38).

Entretanto com a consolidação dos Cursos de Administração, sua abrangência diversificada se

multiplica rapidamente.

Nenhuma área de ensino assumiu tamanha dimensão em nosso país como a de administra-ção em suas diversas opções de empresas pública e privada, que, por sua vez, acabam se desdobrando em especificidades funcionais e de setores, como marketing, finanças, hospi-tais, turismo, pequenas e médias empresas, e assim interminavelmente. Também se tornou a área preferida para a nova modalidade que são os cursos seqüenciais (BERTERO, 2006, p. 3).

Partindo para o ambiente acadêmico, Masetto (1998) verifica que as instituições de ensino su-

perior são parcialmente responsáveis pela formação dos seus alunos como membros sociais e profissi-

onais, devido a essa convivência entre os educadores e educandos. Para ele a instituição de ensino

superior é lugar de se fazer ciência, voltado para a prática pedagógica intencional onde se desenvol-

vem aprendizagens em diferentes áreas do conhecimento.

O ensino superior está voltado para a formação profissional e acadêmico e se caracteriza pelo

modelo autônomo de aprendizado, onde os educandos são considerados adultos, capazes de tomar

suas próprias decisões, direcionar as ações para conseguir alcançar seus objetivos pessoais. Compre-

ende-se, portanto, que os alunos são distintos em relação àqueles que estão na educação básica (RI-

CARTE, 2013).

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O dia em que a administração constituir parte do ensino, os professores das escolas superio-res saberão, naturalmente, organizar de modo adequado o plano desse curso. É mais difícil, porém, conceber o que deve ser o ensino administrativo primário. Fiz a esse respeito um en-saio que exporei sem pretensão de espécie alguma, convencido de que um bom professor saberá melhor do que eu formular a doutrina e pôr ao alcance de seus alunos tudo que a es-tes convenha ensinar (FAYOL, 2007, p. 39).

De acordo com Lourenço et al (2012) apesar de atualmente a administração estar no centro da

dinâmica social contemporânea, a formação de administradores nem sempre consegue preparar os

discentes para acompanhar o ritmo das transformações econômicas e profissionais que permeiam a

sociedade.

Neste sentido, o ensino da administração deve contemplar desde os métodos mais simples, até

aos mais desenvolvidos. Esses devem ser aliados ainda na academia levando os graduandos a desen-

volver as práticas organizacionais considerando uma visão mais objetiva do trabalho do administrador.

Numa perspectiva gerencial, pode também auxiliar a compreensão dos atributos e competências cen-

trais que deve possuir esse profissional desde cedo.

2.1.3.1 Ensino das teorias da administração

Teoria Geral da Administração sempre esteve atrelada a área da Formação Profissional, desde

o primeiro currículo mínimo em 1966, permanecendo inalterada até 1993. Com as DCN’s em 2005 a

designação passou a ser Teorias da Administração e das Organizações, mas permanecendo na área

de Formação Profissional.

Assim, para as DCN´s (2005) os conteúdos das Teorias da Administração e das Organizações

devem contemplar: bases históricas da administração, escolas do pensamento administrativo, novos

enfoques gerenciais e organizacionais; processos administrativos: planejamento, organização, direção,

comunicação, liderança, tomada de decisões e controle; abordagem sistêmica e o ambiente externo,

estruturas organizacionais, gráficos de organizações, gestão de processos, dentre outras.

Para Andrade e Amboni (2010) estes conteúdos devem ser ensinados de forma contextualiza-

da a partir da sua historicidade para que os alunos possam adquirir uma base mais sólida da realidade

atual e futura desses conteúdos, de maneira a favorecer de forma progressiva e cumulativa a compre-

ensão dos conteúdos estratégicos profissionalizantes da Administração definidos pelas Diretrizes Curri-

culares Nacionais para os cursos de graduação em Administração, assim como para os conteúdos de

formação básica, estudos quantitativos e suas tecnologias e de formação complementar.

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Um estudo bibliométrico realizado por Lourenço et al (2012) sobre o ensino da Administração

no Brasil entre 1997 e 2010, analisou 349 trabalhos, encontrou 30 trabalhos relacionados ao ensino de

disciplinas específicas do Curso de Administração, sendo que destes apenas 4 tratavam do ensino das

teorias da administração, o que demonstra a baixa freqüência com que pesquisas desta natureza tem

sido desenvolvidas.

O estudo das Teorias da Administração e das Organizações não tem sido o foco para os futu-

ros profissionais, por está atrelado a docência no ensino superior, e poucos têm interesse de aprofun-

dar os conhecimentos nas disciplinas das teorias, apesar de serem conteúdos de formação especifica

para o Administrador.

As instituições de ensino superior devem partir de formulações inovadoras dentro dos seus

processos, vinculando o aluno como agentes participativos ligados diretamente a um sistema de ensino

envolvente em todas as áreas de formação onde possa resultar na possibilidade de oferecer à socie-

dade, profissionais capazes de atuar mais efetivamente no atual ambiente profissional.

2.2 Ensino ou aprendizagem?

Para Illeris (2007, p. 3) a aprendizagem pode ser definida de maneira ampla, como “qualquer

processo que, em organismos vivos, leve a uma mudança permanente em capacidades e que não se

deva unicamente ao amadurecimento biológico ou ao envelhecimento”.

De acordo com Antonello (2011, p. 571), “a aprendizagem é caracterizada como um processo

humano individual de consumir e armazenar novos conceitos e habilidades/comportamentos, tendo

frequentemente o objetivo de traduzir a aprendizagem para as capacidades que adicionem valor para

os recursos organizacionais”.

De acordo com Nicolini (2007) quando o ensino se torna mais importante do que a aprendiza-

gem, a educação como um processo de formação dos indivíduos transforma-se numa relação limitada

a dois atores, ainda que Paulo Freire pudesse questionar se aos ensinados pudesse mesmo ser confe-

rido o status de ator – parece mais cabível o de figurante. Para ele, nessa relação quem educa é o

educador, aos educandos cabe o papel de serem educados; quem sabe é o educador, pois os educan-

dos não sabem; pensam os educadores, os educandos são pensados; os educadores prescrevem o

conteúdo programático e os educandos se acomodam a ele; finalmente, o educador é o sujeito do pro-

cesso e os educandos, meros objetos.

Para Illeris (2013) toda a aprendizagem acarreta a integração de dois processos muito diferen-

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tes: um processo externo de interação entre o individuo e seu ambiente social, cultural ou material, e

um processo psicológico interno de elaboração e aquisição.

Andrade e Amboni (2010, p. 29) enfatizam que:

Os procedimentos de ensino deverão favorecer a contextualização do conhecimento que es-tá sendo ensinado em sala de aula. O conhecimento deve ser transposto da situação em que foi criado, inventado ou produzido. Deve ser relacionado com a prática ou com a experiência do aluno a fim de adquirir significado e utilidade. A relação teoria versus prática requer a concretização dos conteúdos curriculares em situações mais próximas e familiares do aluno, nas quais se incluem as do trabalho e as do exercício da cidadania.

Nesse sentido, para Andrade e Amboni (2010) os conteúdos repassados devem ter uma apro-

ximação mais real possível do estudante para que possa ser desenvolvido um procedimento ativo no

processo de aprendizagem, onde esteja voltado para as possíveis necessidades ao qual o aluno está

inserido.

2.2.1 Estratégia de ensino-aprendizagem

Para Freire (1996) ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos, nem formar é a ação pe-

la qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado.

Os procedimentos de ensino-aprendizagem utilizados, além de propiciar o diálogo, respeitar os

interesses e os diferentes estágios do desenvolvimento cognitivo dos alunos, devem favorecer a auto-

nomia e a transferência de aprendizagem, visando não apenas o saber fazer, mas, sobretudo, o saber

por que está fazendo (ANDRADE; AMBONI 2010, p. 29).

“Aprender”, habitualmente, tem sido deslocar o foco e o papel preponderante para o ensino e

para quem ensina, sublimando muitas vezes quem aprende e como aprende. “Aprender” tem sido mais

“ser ensinado”. Encara-se o estudante como uma pessoa que tem lacunas em sua formação, que pre-

cisam ser preenchidas para que este seja bem formado. Educadores têm habitualmente denominado

esta linha de educação tradicional – o aluno comparado a um objeto a se formar por uma ação exterior

que será exercida sobre ele – numa antinomia à educação nova, em que o aluno teria consigo os mei-

os necessários para ser sujeito da sua formação (CORREIA, 1997, apud NICOLINI, 2007, p. 64).

A narração, de que o educador é o sujeito, conduz os educandos à memorização mecânica do

conteúdo narrado. Mais ainda, a narração os transforma em “vasilhas”, em recipientes a serem “enchi-

dos” pelo educador. Quanto mais vá “enchendo” os recipientes com seus “depósitos”, tanto melhor

educador será. Quanto mais se deixa docilmente “encher”, tanto melhores educandos serão. Desta

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maneira, a educação se torna um ato de depositar, em que os educandos são os depositários e o edu-

cador o depositante. Em lugar de comunicar-se, o educador faz “comunicados” e depósitos que os

estudantes, meras incidências, recebem pacientemente, memorizam e repetem (FREIRE, 1987, p. 58).

A dissociação entre a teoria e a realidade no conteúdo do ensino é apontada também por Sou-

za (2003, p. 70), que argumenta que esforços como reformulação de currículos, materiais didáticos,

práticas didáticas e disseminação dos denominados conteúdos transversais são tentativas de superar

um processo carregado de irracionalidade, em que conteúdos apartados da realidade e professados

pelos professores dificilmente serão utilizados pelos alunos.

É importante verificar que a aprendizagem não está restrita a um espaço e tempo pré-

determinados. Não está limitada a uma relação dual entre dois atores. Não está subtraída do contexto

social em que ocorre. Em contraponto à concepção bancária de ensino, a aprendizagem deve ser pen-

sada como um processo, e não como um produto (NICOLINI, 2007, p. 69).

De acordo com Saraiva (2010, p. 27) a formação do senso crítico a partir das salas de aula

também se vê prejudicada à medida que os próprios docentes não foram preparados dentro de um

paradigma crítico reflexivo, o que resulta em sistemas de ensino e aprendizado mais voltados para a

repetição do que para a inovação. Além disso, uma tradição pedagógica centrada no docente e não no

aluno, outorga, historicamente, àquele o dever de ensinar e desobriga este a buscar o aprendizado por

conta própria. Some-se a isso a proliferação dos cursos de graduação em Administração, os problemas

estruturais ligados à educação e o baixo número de leitores no Brasil e o quadro tende a ficar mais

completo para explicar por que falta uma postura mais crítica nessa área.

Os professores que mudam sua didática para o factual ganham também. Além da satisfação de

verem os olhos dos seus alunos brilharem pela alegria de um aprendizado efetivo, eles próprios apren-

dem com a realidade trazida pelos alunos. Insisto, temos de romper a velha relação “professor – ensina

/ aluno - aprende” para ambos se integrarem em atividades vivenciais de Administração (BERNDT,

2014).

O entendimento do processo de ensino-aprendizagem na ótica da aprendizagem vivencial co-

loca um novo desafio para a operacionalização da relação teoria-prática. Se a experiência concreta é o

requisito inicial para que haja uma aprendizagem efetiva, algo deve ser feito para que ela ocorra. Cer-

tamente os procedimentos necessários levam a um ensino completamente diferente do tradicional. Isto

considerando apenas o requisito inicial. Considerando todo o processo, torna-se necessário uma con-

ceptualização do que significa e é possível em termos de ensinar e aprender.

Principais procedimentos de ensino-aprendizagem e seus respectivos fundamentos básicos de

forma simplificada:

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Quadro 3 – Principais procedimentos de ensino-aprendizagem.

Tipos Fundamentos básicos

Aula expositiva Consiste na apresentação oral de um assunto estruturado de maneira lógica.

Trabalhos em grupo Tem por objetivos principais: a) Facilitar a construção coletiva do conhecimento; b) Permitir a troca de idéias e opiniões; c) Favorecer o debate e a critica; d) Favorecer a participação de alunos que, muitas vezes, não o fazem no grupo

maior; e) Desenvolver habilidades de síntese, coordenação, colaboração, analise, aceita-

ção de opiniões divergentes e autodisciplina;

Seminário Grupo reduzido investiga ou estuda intensamente um tema em uma ou mais sessões plani-ficadas, recorrendo a diversas fontes originais de informação. É uma forma de discussão em grupo de idéias, sugestões e opiniões.

Dramatização A dramatização consiste na representação, pelos alunos, de um fato ou fenômeno, de forma espontânea ou planejada.È uma técnica ativa e socializada, de grande valor formati-vo, pois integra as dimensões cognitivas e afetivas do processo educacional e instrucional.

Estudo de casos O caso é uma situação real de negócios vivida por uma empresa em determinado momen-to. È uma variação da técnica de solução de problemas. Caracteriza-se pela descrição de um caso real. O professor pode elaborar casos hipotéticos, tendo sempre a realidade como parâmetro.

Discussão dirigida No processo de discussão dirigida, os alunos participam direta e ativamente do começo ao fim da aula, fazendo perguntas ou respondendo àquelas feitas pelo professor.

Dinâmicas de grupo A dinâmica de grupo não substitui o conhecimento ou qualquer conteúdo; apenas auxilia sua assimilação através da dinamização do trabalho pedagógico.

Encadeamento de idéias

Discussão com grupos entre 12 e 30 pessoas sobre assunto já trabalhado com todo o grupo. Possibilita recordação agradável e estimulante exercício mental.

Discussão circular É um processo de encadeamento de aspectos dentro de uma mesma idéia. Oferece opor-tunidade ao raciocínio rápido e comprovação do entendimento do assunto.

Fonte: Adaptado de Andrade e Amboni, (2010).

Em suma, o conteúdo desses procedimentos de ensino-aprendizagem possibilita várias ativi-

dades necessárias para que a aprendizagem seja bem sucedida e os alunos percebam a importância

da interação nas diversas formas de ensino que lhes é repassada e possa contextualizar a prática per-

manente.

2.3 Trabalho de Conclusão de Curso – TCC

De acordo com pesquisa realizada junto ao departamento do Curso de Administração do Cam-

pus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia da Universidade do Estado do Rio Grande

do Norte – CAD/CAMEAM/UERN, o Curso já graduou cento e catorze bacharéis em Administração com

um total de cinco turmas concluintes.

E no intuito de fazer um levantamento sobre as áreas em que os alunos optaram escrever seus

Trabalhos de Conclusão de Curso a pesquisa busca verificar com que frequência os TCC`s estão sen-

do realizados à luz das Teorias da Administração e das Organizações.

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De acordo com as DCN´s Art. 9, o Trabalho de Conclusão de Curso é um componente curricu-

lar opcional da Instituição que, se o adotar, poderá ser desenvolvido nas modalidades de monografia,

projeto de iniciação científica ou projetos de atividades centrados em áreas teóricas-práticas e de for-

mação profissional relacionadas com o curso, na forma disposta em regulamento próprio.

No caso do Curso de Administração do CAMEAM/UERN, optou-se pela terceira modalidade

“atividades teórico-práticas”, onde o trabalho final é derivado de uma experiência profissional nova do

aluno devendo ser uma atividade que envolve a combinação teoria e prática. Assim, para este tipo de

projeto, o TCC é apresentado na forma do Relatório Final do Estágio, aqui intitulado de Relatório de

Estágio Supervisionado.

TCC é a sigla para Trabalho de Conclusão de Curso. É elaborado em forma de dissertação, vi-

sando à iniciação e envolvimento do aluno de graduação no campo da pesquisa científica. Em geral, a

aprovação do TCC é um critério para o aluno obter o diploma do curso de graduação. O "Trabalho de

Conclusão de Curso" também é requisito para outros cursos que não sejam de graduação, como, por

exemplo, cursos de pós-graduação, MBA, cursos técnicos, entre outros.

Para Acevedo (2007) TCC consiste em um documento que representa o resultado de estudo,

devendo expressar conhecimento do assunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da

disciplina, módulo, estudo independente, curso, programa e outros ministrados. Deve ser feito sobre a

orientação de um orientador.

A elaboração do TCC varia de acordo com a instituição e com o curso. Em geral, é um trabalho

individualmente e no último ano do curso. Também pode ser feito em dupla ou em grupo. Em qualquer

um dos casos, sempre deverão ser seguidas as orientações de um professor responsável.

Para iniciar o TCC o aluno deve ter um tema para o trabalho, que deverá ser escolhido com

base em determinados critérios que incluem: afinidade com o tema; relevância para a comunidade

científica e para a sociedade; existência de bibliografia suficiente; inovação resposta a uma questão /

dúvida que ainda persiste.

A estrutura do TCC deve apresentar detalhes específicos para introdução, desenvolvimento,

metodologia e conclusão. Segue ainda rigorosas normas para a citação das fontes bibliográficas que

foram consultadas para a fundamentação teórica do texto. No Brasil, o estudante deve seguir as nor-

mas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

O trabalho escrito deve ser entregue pelo aluno em tempo hábil, sob pena de ser reprovado.

A avaliação do TCC escrito é feita por uma Banca Examinadora, composta por professores que assis-

tem e avaliam também a apresentação oral e os argumentos usados pelo aluno às questões colocadas.

A seguir é apresentado os Trabalhos de Conclusão de Curso já apresentados no Curso de

Administração do CAMEAM/UERN. A composição é das turmas concluintes do ano de 2009 a 2013,

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com um total de cinco turmas e cento e catorze trabalhos escritos. O levantamento foi feito no depar-

tamento do curso no período da realização do estágio supervisionado no semestre 2014.1.

Quadro 4 – Trabalhos de conclusão de curso – CAD/CAMEAM/UERN.

Nº Área de Estudo Quantidade

01 Marketing 24

02 Gestão de Pessoas 21

03 Finanças e Contabilidade 11

04 Administração Pública 10

05 Qualidade 07

06 Administração da Produção 07

07 Administração de Processos 06

08 Empreendedorismo 06

09 Terceiro Setor 05

10 Turismo 04

11 Gestão Ambiental 03

12 Comunicação Administrativa 03

13 Recursos Materiais e Patrimoni-ais 03

14 Administração Geral 01

15 Sistemas de Informação 01

16 Agronegócio 01

17 Direito 01

TOTAL

114

Fonte: Curso de Administração do CAMEAM/UERN. Adaptado pela autora (2014).

Como pode ser visualizado no Quadro 4, sua composição é de cento e catorze TCC`s e está

dividido em dezessete áreas de estudo e a quantidade de trabalhos em cada área. Sendo perceptível

que na área das Teorias da Administração e das Organizações não foi escrito nem um trabalho ainda,

sendo assim a presente pesquisa científica é a primeira que está abordando as disciplinas das Teorias

da Administração e das Organizações do Curso de Administração do CAMEAM/UERN.

No meio acadêmico, a pesquisa é um dos pilares da atividade universitária, em que os pesqui-

sadores têm como objetivo produzir conhecimento para uma disciplina acadêmica, contribuindo para o

avanço da ciência e para o desenvolvimento social.

De acordo com Lakatos (2005): O desenvolvimento de um projeto de pesquisa compreende

seis passos:

1. Seleção do tópico ou problema para a investigação; 2. Definição e diferenciação do problema; 3. Levantamento de hipóteses de trabalho;

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4. Coleta, sistematização e classificação dos dados; 5. Análise e interpretação dos dados; e 6. Relatório do resultado da pesquisa.

A palavra pesquisa deriva do termo em latim perquirere, que significa "procurar com perseve-

rança" (SIGNIFICADOS.COM). Uma parte importante de qualquer pesquisa é o recolhimento de dados,

e por isso um pesquisador deve buscar por informações com diligência.

A pesquisa científica consiste em um processo metódico de investigação, recorrendo a proce-

dimentos científicos para encontrar respostas para um problema. Para esta pesquisa, é obrigatório

avaliar se o problema apresenta interesse para a comunidade científica e se constitui um trabalho que

irá produzir resultados novos e relevantes para o interesse social.

Para Ander-Egg (1978, p. 28, apud LAKATOS, 2005, p. 157), a pesquisa é um “procedimento

reflexivo sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis,

em qualquer campo do conhecimento”. A pesquisa, portanto, é um procedimento formal, com método

de pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para conhecer

a realidade ou para descobrir verdades parciais.

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia é a etapa do trabalho que se preocupa com a maneira pela qual a pesquisa foi

realizada, ou seja, a forma que os dados foram tratados e coletados cientificamente, o tipo de pesquisa

que foi utilizada, já que existem várias classificações para cada modelo de estudo.

Deste modo, o presente tópico abordará os procedimentos metodológicos empregados na ope-

racionalização deste trabalho, descrevendo o tipo de pesquisa utilizada, o universo e amostra da pes-

quisa, o método escolhido para a realização da coleta de dados e a análise dos dados. Essa análise é

que dará a sustentação científica ao trabalho.

De acordo com Marconi e Lakatos (2009, p. 109) “a especificidade da metodologia da pesquisa

é a que abrange maior número de itens, pois responde, a um só tempo às questões como? com que?

onde? quanto?”.

O quadro a seguir define a metodologia adotada para a pesquisa em estudo:

Quadro 5 – Procedimentos metodológicos da pesquisa.

Fonte: Gil 2008; Vergara 2006; Marconi e Lakatos 2009.

METODOLOGIA

Procedimentos Autores

Tipo de pesquisa

Quanto aos fins

Descritiva e Explo-

ratória

Vergara (2006; 2009)

Quanto aos meios

Investigação documental

Estudo bibliográfi-co

Vergara (2006; 2009)

Universo Alunos matriculados no curso de adminis-

tração (236)

Vergara (2009), Lakatos (2009)

Amostra probabi-lística com alu-

nos

Aleatória simples, totalizando 147 alu-

nos, selecionados pela acessibilidade e dis-

ponibilidade no perío-do da coleta de dados

Vergara (2009), Lakatos (2009)

Método Qualitativo e quantita-tivo

Gray (2012)

Coleta de dados Questionário auto aplicado (alunos)

Silva (2010), Lakatos (2005), Gil (2008)

Análise e trata-mento dos dados

Análise de conteúdo e estatística descritiva

Vergara (2006), Lakatos e Marconi (2008)

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3.1 Tipo de pesquisa

Para Gil (2008, p. 26) “pode-se definir pesquisa como o processo formal e sistemático de de-

senvolvimento do método científico”. O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para

problemas mediante o emprego de procedimentos científicos.

O delineamento da pesquisa proposta segue a estrutura de classificação proposta por Vergara

(2006), quanto aos fins e quanto aos meios. Assim, será apresentado um resumo geral de cada classi-

ficação, o que possibilita a compreensão e definição das diferentes abordagens contidas nessa pesqui-

sa.

Quanto aos fins, uma pesquisa pode ser (VERGARA, 2006, p. 47):

1. Exploratória é realizada em área na qual há pouco conhecimento acumulado e sistemati-zado, ou seja, o pesquisador procura ter uma maior familiaridade com o tema; 2. Descritiva, expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno; 3. Explicativa, tem como principal objetivo tornar algo inteligível justificar - lhe os motivos. Vi-sa, portanto, esclarecer os fatores que provocam determinados fenômenos; 4. Metodológica é o estudo que se refere a instrumentos de captação ou de manipulação da realidade, isto é, são os passos que serão seguidos para o alcance de um determinado fim; 5. Aplicada é fundamentalmente motivada pela necessidade de resolver problemas concre-tos, mais imediatos ou não, visa por em prática as propostas; 6. Intervencionistas, interferem na realidade estudada, modificando-a.

Quanto aos meios de investigação, essa depende do ambiente de pesquisa, da abordagem

teórica e as técnicas de coleta e análise de dados, assim podem ser (VERGARA, 2006, p. 47):

1. Pesquisa de campo é investigação empírica realizada no local onde ocorreu o fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo. 2. Pesquisa de laboratório é experiência realizada em local circunscrito. 3. Investigação documental é realizada em documentos conservados no interior de órgãos públicos e privados de qualquer natureza, ou com pessoas; 4. Pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publi-cado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral; 5. Pesquisa experimental é investigação empírica na qual o pesquisador manipula e controla variáveis independentes e observa as variações que tais manipulações e controle produzem em variáveis dependentes; 6. Investigação ex post facto refere-se a um fato já ocorrido; 7. Pesquisa participante não se esgota na figura do pesquisador. Dela tomam parte pessoas implicada no problema de investigação; 8. Pesquisa-ação é um tipo particular de pesquisa participante e de pesquisa aplicada que supõe intervenção participativa na realidade social; 9. Estudo de caso é o circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como pes-soas, família, produto, empresa, entre outros.

Quanto aos fins a pesquisa caracterizou-se como sendo descritiva e exploratória, por permitir a

observação da realidade vivenciada pelos estudantes e por meio dessa levantar opiniões sobre o pro-

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cesso de ensino-aprendizagem das Teorias da administração e das organizações.

A pesquisa descritiva tem como finalidade descrever uma experiência, uma situação, um fenô-

meno ou um processo nos mínimos detalhes. Assim, segundo Gil (2010, p. 28) a pesquisa descritiva,

“(...) tem como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenô-

meno ou o estabelecimento de relações entre variáveis”.

A pesquisa exploratória, para Gil (2002, p. 41) tem como objetivo “proporcionar maior familiari-

dade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses”.

Segundo os autores Silva (2010) e Vergara (2006) a pesquisa exploratória costuma ser reali-

zada em área na qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado sobre o assunto.

Quanto aos meios de investigação o presente estudo classifica-se como estudo bibliográfico e

análise documental. Bibliográfico porque compreende em uma revisão literária sobre estudos realiza-

dos na área do tema pesquisado, levantando as principais estratégias de ensino-aprendizagem adota-

das em cursos de administração nas disciplinas relacionadas às teorias da administração e das organi-

zações.

A pesquisa bibliográfica, conforme Andrade (2001, p. 126) “tanto pode ser um trabalho inde-

pendente, como constituir-se no passo inicial de outra pesquisa”. Para todo trabalho científico, a pes-

quisa bibliográfica é um aspecto preliminar. Os dados foram levantados de fontes secundárias, ou seja,

a partir de livros, revistas e artigos.

A pesquisa pode ser considerada documental porque verificou a frequência com que os Traba-

lhos de Conclusão de Curso – TCC`s foram realizados à luz das Teorias da Administração e das Orga-

nizações no Curso de Administração do CAMEAM/UERN.

A característica da pesquisa documental é que a fonte de coleta de dados está restrita a docu-

mentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primarias, a pesquisa documental

assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica, a única diferença entre ambas está na natureza das fon-

tes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos au-

tores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam ain-

da um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pes-

quisa (GIL, 2008; LAKATOS, 2009).

Silva (2010, p. 55) acrescenta ainda que a pesquisa documental “difere da pesquisa bibliográfi-

ca por utilizar material que ainda não recebeu tratamento analítico ou que pode ser reelaborado; suas

fontes são mais dispersas e diversificadas”.

Por fim no que diz respeito à análise e interpretação dos dados à natureza da pesquisa pode

ser classificada como quantitativa e qualitativa.

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Para Gray (2012, p. 164):

A pesquisa quantitativa emana de uma posição objetivista, a qual sustenta que a realidade existe independentemente do pesquisador – a verdade está “lá fora”. Em contraste, a pes-quisa qualitativa está mais relacionada a um paradigma construtivista, que considera que a verdade e o sentido são construídos e interpretados por indivíduos. Dentro da pesquisa qua-litativa, o papel do pesquisador é obter um panorama profundo, intenso e “holístico” do con-texto em estudo, muitas vezes envolvendo a interação dentro das vidas cotidianas de pesso-as, grupos, comunidades e organizações. É uma abordagem naturalista a qual busca enten-der fenômenos dentro de seus próprios contextos específicos.

Quanto à natureza dos dados a pesquisa quantitativa gera dados na forma de números, muitas

vezes apresentados de forma positiva, como sendo confiáveis e rigorosos, provavelmente em função

de suas associações com a “ciência”. A pesquisa qualitativa gera o que se chama de dados “ricos” ou

“profundos”, geralmente na forma de texto, mas às vezes, como fotografias, mapas ou outros meios

visuais.

A pesquisa em estudo se propôs a utilizar o método quantitativo e qualitativo. Quantitativo por-

que o instrumento de coleta de dados foi composto por um questionário contendo 16 questões, e 15

dessas questões foram objetivas, onde se buscou fazer um levantamento do ensino-aprendizagem dos

alunos do CAD/CAMEAM em relação às percepções desses estudantes. Os apontamentos das ques-

tões foram analisados quantitativamente através software Excel da Microsoft Office.

A parte qualitativa está relacionada a uma questão subjetiva, onde essa propôs fazer um levan-

tamento de sugestões para possíveis melhorias no Curso de Administração do CAMEAM/UERN junta-

mente aos alunos. As análises foram feitas qualitativamente através de análise de conteúdo de cada

uma das sugestões elencadas na pesquisa.

3.2 Universo e amostra

O universo tem como objetivo definir a população total que é o conjunto de elementos que pos-

suem as características que serão estudadas, já amostra é a parte escolhida da população de acordo

com algum critério escolhido (VERGARA, 2009).

Para Lakatos (2009, p. 165) a amostra é uma parcela convenientemente selecionada do uni-

verso (população); é um subconjunto do universo.

O universo do presente estudo foi os 236 (duzentos e trinta e seis) alunos matriculados no Cur-

so de Administração do Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia – CAMEAM

da Universidade do Rio Grande do Norte - UERN, com a finalidade de responder ao seguinte problema

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de pesquisa: Qual a perspectiva dos alunos sobre as estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas

nas disciplinas de Teorias da Administração e das Organizações?

Foi considerada uma proporção percentual de 100% do universo pesquisado com nível de con-

fiança desejado de 95% e erro amostral máximo aproximado de 5%. Portanto para o tamanho do uni-

verso finito e composto de 236 alunos, definiu-se uma amostra de 147 alunos, selecionados pela aces-

sibilidade e disponibilidade no período da coleta de dados, a amostra foi probabilística, classificada

como aleatória simples, Lakatos e Marconi (2003, p. 163).

Dos 236 alunos matriculados, 153 participaram da pesquisa respondendo a um questionário

auto aplicado composto de 16 questões, com 15 objetivas e 1 subjetiva.

Quadro 6 – Universo e amostra da pesquisa.

Universo e amostra

Alunos respondentes Universo Amostra

2º período

236

153 4º período

6º período

8º período

10º período

Fonte: Dados da pesquisa (2014).

3.3 Coleta de dados

Etapa da pesquisa em que se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas

selecionadas, a fim de se efetuar a coleta dos dados previstos (LAKATOS, 2009, p. 167).

Para a coleta de dados foi utilizado como técnica de levantamento um questionário auto aplica-

do, composto por 16 questões, sendo 15 fechadas e uma aberta, e o modelo utilizado foi o da Escala

de Linkert. Foi aplicado com os alunos do Curso de Administração do CAMEAM/UERN.

Silva (2010, p. 60) define questionário como sendo “um conjunto ordenado e consistente de

perguntas a respeito de variáveis e situações que se deseja medir e descrever”.

Para Lakatos (2005) o questionário apresenta vantagens e desvantagens. Como vantagens:

economiza tempo, obtém respostas mais rápidas e precisas, obtém grande número de dados, econo-

miza pessoal, há maior liberdade nas respostas, há mais segurança e há menos risco de distorções.

Como desvantagem ele aponta a devolução tardia, percentagem pequena de retorno, grande número

de perguntas sem respostas, não pode ser aplicado a pessoas analfabetas, e exige um universo mais

homogêneo.

Antes da aplicação do instrumento de coleta foi feito o pré-teste com 5 egressos do Curso de

Administração. O período de aplicação do questionário aconteceu entre os dias 13.05 à 21.05.2014. No

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dia 13 foi coletado nas turmas do 4º, 6º e 8º período, no dia 15 a coleta foi na turma do 10º período e

por ultimo dia 21 no 2º período, o intervalo das datas de coleta ocorreu devido a um evento em outra

instituição e os alunos estavam participando, ficou inviável a coleta em todas as turmas na mesma

semana.

Outro método adotado na pesquisa é a análise documental. Foi realizado no mesmo período

da aplicação do questionário, precisamente nos dias 19 e 20.05.2014 onde foi feito o levantamento da

quantidade de trabalhos que já foram escritos pelos alunos do Curso de Administração envolvendo as

áreas de Teorias da Administração e das Organizações.

Gil (2008, p. 51) enfoca que o desenvolvimento da pesquisa documental segue os mesmos

passos da pesquisa bibliográfica.

Para Lakatos (2009, p. 176) a característica da pesquisa documental é que a fonte de coleta de

dados está restritos a documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primá-

rias. Estas podem ser feitas no momento em que o fato ou fenômeno ocorre, ou depois.

O seguinte Quadro 7, foi desenvolvido a fim de garantir que os objetivos específicos sejam

respondidos, onde as perguntas do questionário devem atender os que correspondem a essa pesquisa.

Quadro 7– Operacionalização das variáveis.

OBJETIVOS ESPECIFICOS

VARIÁVEIS INDICADORES QUESTÕES

Perfil do discente Gênero, atuação profissional, faixa

etária, período letivo. 1, 2, 3, 4.

Avaliar a aquisição de conhecimento e a aquisição de habilidades dos alunos nas disciplinas relacionadas às Teorias da administração e das organizações;

Conhecimento e habilidades

Informação adquirida Postura Comportamento

5, 6, 7, 8,9

Identificar as percepções dos gradu-andos de administração sobre o processo de ensino - aprendizagem nas disciplinas relacionadas às Teori-as da administração e das organiza-ções;

Ensino e aprendiza-gem

Estratégias, metodo-logias e processos

10,11,12, 16.

Relacionar o desenvolvimento das disciplinas Teóricas da administração e das organizações no Curso de Administração/CAMEAM/UERN na perspectiva das Diretrizes Curricula-res Nacionais;

Diretrizes Curricula-res Nacionais e Teorias

Prática profissional, motivação, relação com outros conteúdos do curso

9, 13, 14, 15.

Verificar a freqüência com que os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) estão sendo realizados à luz das Teorias da administração e das organizações no curso de Adminis-tração do CAMEAM/UERN.

TCC e Teorias

Área dos TCC´s, emprego das teorias

Fonte: Dados da pesquisa (2014).

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3.4 Tratamento dos dados

Com o intuito de facilitar a compreensão no tratamento dos dados, realizou-se uma divisão

contemplando os quatro objetivos específicos que são: (1) Avaliar a aquisição de conhecimento e a

aquisição de habilidades dos alunos nas disciplinas relacionadas às Teorias da Administração e das

Organizações; (2) Identificar as percepções dos graduandos de Administração sobre o processo de

ensino-aprendizagem nas disciplinas relacionadas às Teorias da Administração e das Organizações;

(3) Relacionar o desenvolvimento das disciplinas das Teorias da Administração e das Organizações no

Curso de Administração/CAMEAM/UERN na perspectiva das Diretrizes Curriculares; (4) Verificar a

frequência com que os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC`s) estão sendo realizados à luz das

Teorias da Administração e das Organizações no Curso de Administração do CAMEAM/UERN.

O tratamento dos dados utilizado na pesquisa foi por meio da Análise de Conteúdo no que se

refere à parte qualitativa (especificamente a questão 16 do questionário), e estatística descritiva no que

consiste nas demais partes.

De acordo com Gil (2008, p. 156) a análise tem como objetivo organizar e sumariar os dados

de forma tal que possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para investigação. Já

a interpretação tem como objetivo a procura do sentido mais amplo das respostas, o que é feito medi-

ante sua ligação a outros conhecimentos anteriormente obtidos.

Segundo Vergara (2006) a análise de conteúdo consiste em estudos de textos e documentos

que devem ser analisados em todos os sentidos, comunicados, significados e mensagens. Pode-se

utilizar nessa análise tanto a objetividade como a subjetividade ficando a critério do pesquisador a es-

colha por um deles ou a escolha dos dois.

A análise de conteúdo foi utilizada para interpretar a questão aberta do questionário, (subjeti-

va), esta questão, a subjetiva foi tratada por análise de conteúdo e estatística descritiva. Primeiramente

foi divida por categorias, onde essas são agrupamentos feitos a partir das sugestões dos alunos para

melhoria do ensino-aprendizagem das disciplinas de Teorias do Curso de Administração do CAME-

AM/UERN, apresentados através de percentuais por meio de um gráfico.

Para Lakatos e Marconi (2008, p. 112) na análise estatística os dados colhidos pela pesquisa

apresentar-se-ão em “bruto”, necessitando da utilização da estatística para seu arranjo, análise e com-

preensão.

A estatística descritiva para as questões fechadas (objetivas), e análise documental (TCC`s),

através de medidas invasivas e medidas não invasivas. Quanto aos TCC´s foi feito um levantamento da

quantidade dividido por: área, autor, tema, ano, orientador, banca examinadora, metodologia utilizada,

coordenador do estágio supervisionado e empresa em que o aluno realizou o estágio.

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4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A seguir, realizou-se a análise e discussão dos resultados obtidos através da pesquisa com os

alunos do Curso de Administração do Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia

da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Os dados coletados teve o intuito de responder os

objetivos específicos levantados a partir do objetivo geral que está dividido em sub tópicos e responder

a problemática da pesquisa.

Os dados em estudo foram obtidos através de pesquisa com os alunos do 2º, 4º, 6º, 8º e 10º

período letivo 2014.1 respectivamente, do Curso de Administração do CAMEAM/UERN.

4.1 O perfil dos alunos do Curso de Administração do CAMEAM/UERN

Para chegar aos resultados obtidos nesta pesquisa foi necessário fazer um levantamento em

todos os períodos letivos do curso, com o número total de alunos matriculados por semestre, onde

mostra uma visão geral do aluno em relação a sua formação acadêmica, considerando o processo de

ensino-aprendizagem nas disciplinas relacionadas às Teorias da Administração e das Organizações.

O Gráfico 1, a seguir, mostra a porcentagem de alunos no respectivo período ao qual esta cur-

sando.

Gráfico 1 – Período letivo que está cursando.

Fonte: Pesquisa de campo (2014).

Como podem ser observados 24% dos alunos matriculados e respondentes da pesquisa é do

2º período, 20% do 4º período, 19% do 6º período, 18% do 8º período, 14% do 10º período e 5% dos

alunos matriculados e respondentes encontram-se desnivelados no curso.

24%

20% 19%

18%

14%

5%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

Período em curso

2º Período

4º Período

6º Período

8º Período

10º Período

Desnivelado

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Percebe-se que onde se concentra o maior número de alunos matriculados e nivelados é no 2º

período, e o menor estão concentrados no 10º período. Esse fato ocorre tendo em vista o 2º período

ser ainda com alunos iniciantes, muitos ainda não tem definido qual carreira realmente seguir, e no

decorrer do curso muitos acabam migrando para outros cursos ou até mesmo desistindo, passando em

concursos públicos, mudando para outras cidades, o que faz com que quando chega ao 10º período o

número de alunos tende a diminuir. E se comparado temos uma margem de 10% a menos do 10º para

o 2º período, entretanto vale salientar que 5% são desnivelados e com perspectiva de chegar ao final

do curso, assim pode-se considerar que a margem de desistência do curso esteja próxima a 5%, con-

siderando os participantes desta pesquisa.

Em relação ao gênero, o Gráfico 2 aponta que 56% dos respondentes são do sexo masculi-

no e 44% são do sexo feminino. Há algum tempo, as mulheres vem ocupando um espaço bem signifi-

cativo em relação aos homens, que antes dominavam no Curso de Administração.

Gráfico 2 – Gênero.

Fonte: Pesquisa de campo (2014).

Segundo pesquisas realizadas pelo CFA (2011) demonstra essa situação, o número de Admi-

nistradoras vem crescendo continuamente. Em 1994, foi de 21%; em 1998, de 25%; em 2003, de 30%;

em 2006, de 33% e, na pesquisa atual, de 2011, atingiu 35%. A pesquisa do CFA (2011) foi realizada

com graduandos em Administração residentes no Brasil. Em 17 anos, o percentual de Administradoras

teve um crescimento em termos percentuais de 67% (35%, em 2011, contra 21%, em 1994).

Em relação à atuação profissional dos alunos que participaram da pesquisa conforme pode ser

observado no Gráfico 3 a seguir, 54% estão trabalhando atualmente, 20% estão desempregados, 22%

nunca trabalharam e 4% estão estagiando em empresas da região, ou seja, somando-se os que estão

trabalhando mais os que estão estagiando 58% desses alunos estão atuando no mercado de trabalho.

Outro dado que pode ser observado é a soma dos que estão desempregados com os que nun-

ca trabalharam equivale a 42% dos alunos, o que é um número bem significativo, mas vale salientar

também que dos 22% que nunca trabalharam a maioria são alunos do 2º período do curso, ainda com

56%

44%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Masculino Feminino

Masculino

Feminino

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idade entre 18 e 23 anos, recém saídos do ensino médio, o que pode ser justificado até pela inexperi-

ência profissional.

Gráfico 3 – Atuação profissional dos discentes.

Fonte: Pesquisa de campo (2014).

A pesquisa ainda aponta a faixa etária dos alunos do CAD/CAMEAM/UERN, onde 69% dos

alunos têm a idade entre 18 e 23 anos, 25% entre 24 e 29 anos, 6% entre 30 e 35 anos e acima de 35

anos 0%, ou seja, não há alunos com idade superior a 35 anos.

Isso demonstra que o Curso é composto por um público bem jovem, onde sua maioria, totali-

zando em 94%, tem idade inferior a 30 anos.

Gráfico 4 – Faixa etária.

Fonte: Pesquisa de campo (2014).

54%

4%

22% 20%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Trabalho Estágio Nunca trabalhei Desempregado

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Entre 18 e 23 anosEntre 24 e 29 anosEntre 30 e 35 anosAcima de 35 anos

Entre 18 e 23 anos

Entre 24 e 29 anos

Entre 30 e 35 anos

Acima de 35 anos

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4.2 Conhecimento e habilidades nas disciplinas das teorias

Um dos objetivos da pesquisa foi identificar a aquisição de conhecimentos e habilidades relaci-

onados aos alunos, levando em consideração os conteúdos ministrados nas disciplinas das Teorias da

Administração e das Organizações: Introdução à Administração, Teoria Geral da Administração I (TGA

I), Teoria Geral da Administração II (TGA II), e Teoria das Organizações, para a aquisição de conheci-

mento pode-se apontar aos seguintes dados.

Com 63% está a disciplina de Introdução à Administração que é uma das disciplinas das Teori-

as lecionadas no 1º período do Curso da Administração do CAMEAM – UERN, e dá suporte as demais

disciplinas da matriz curricular nos períodos posteriores, sendo pré-requisito da disciplina Teoria Geral

da Administração I (TGA I). Introdução à Administração aborda de forma geral a base das teorias da

administração, enfoca desde os seus primórdios até a contemporaneidade e envolve os principais

Clássicos dentro das Teorias Administrativas e das Organizações. Como pode ser observado no Gráfi-

co 5 ela se sobressai em relação às demais disciplinas das teorias, pois esse percentual é bastante

satisfatório quando trata-se de uma disciplina do 1º semestre letivo.

Já a disciplina Teoria Geral da Administração I (TGA I) está com 41%. Vale salientar que os

alunos do 2º período que participaram da pesquisa ainda estão cursando a referida disciplina. TGA I é

lecionada no 2º período, sendo pré-requisito de TGA II. Os conteúdos que contemplam a disciplina de

TGA I são os seguintes: Administração (definição e visão geral, habilidades gerenciais e antecedentes

históricos); Evolução das Teorias Administrativas - Abordagem Clássica (Administração Científica e

Teoria Clássica); Abordagem Estruturalista (Modelo Burocrático) e Abordagem Humanística (Teoria das

Relações Humanas).

Gráfico 5 – Conteúdos ministrados e aquisição de conhecimento.

Fonte: Pesquisa de campo (2014).

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

1 2 3 4 5 NC

Escala de Linkert

Introdução à Administração TGA I TGAII Teoria das Organizações

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Para a disciplina Teoria Geral da Administração II - TGA II o seu percentual na aquisição de

conhecimento está com 38%, considerando os 24% que ainda não cursaram. TGA II é lecionada no 3º

período do curso, e os conteúdos abordados são desde a Evolução das Teorias Administrativas (Conti-

nuação), Abordagem Comportamental (Teoria Comportamental e Teoria do Desenvolvimento Organi-

zacional); Abordagem Neoclássica (Teoria Neoclássica e Administração por Objetivos); Abordagem

Sistêmica (Teoria de Sistemas); Abordagem Contingencial (Teoria da Contingência).

Por último na matriz curricular com as disciplinas das Teorias, vem à disciplina Teoria das Or-

ganizações que é lecionada no 4º período, a abordagem dos seus conteúdos envolve os processos

administrativos, abordagem sistêmica, enfoques gerenciais e organizacionais que são utilizados dentro

das organizações e abordagens contemporâneas onde obteve uma porcentagem de 28% ainda no

quesito aquisição de conhecimento.

Para Andrade e Amboni (2010) os conteúdos das Teorias da Administração e das Organiza-

ções bases históricas da administração, escolas do pensamento administrativo, novos enfoques geren-

ciais e organizacionais; processos administrativos (planejamento, organização, direção, comunicação,

liderança, tomada de decisões e controle); abordagem sistêmica e o ambiente externo, estruturas or-

ganizacionais, gráficos de organizações, gestão de processos, dentre outras devem ser ensinados de

forma contextualizada a partir da sua historicidade para que os alunos possam adquirir uma base mais

sólida da realidade atual e futura desses conteúdos, de maneira a favorecer de forma progressiva e

cumulativa a compreensão dos conteúdos estratégicos profissionalizantes da Administração definidos

pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Administração.

No Gráfico 6, apresenta a avaliação do desenvolvimento de habilidades para as disciplinas

das Teorias da Administração e das Organizações.

Gráfico 6 – Desenvolvimento de habilidades por disciplina.

Fonte: Pesquisa de campo (2014).

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

1 2 3 4 5 NCEscala de Linkert

Introdução à Administração TGA I TGAII Teoria das Organizações

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Na avaliação do desenvolvimento de habilidades 40% dos respondentes avaliaram como muito

relevante, considerando a nota 5 da escala, e somando a nota 4 e 5 esse percentual chega a 77% para

a disciplina de Introdução à Administração que mais uma vez se sobressai quanto as demais pesquisa-

das, somente 5% avaliaram como irrelevante, restando assim 18% que ficaram entre irrelevante e mui-

to relevante. TGA I obteve 35% ficando com a nota 4, e entre 4 e 5 chega a 62%, onde 12% considera

irrelevante e 25% optaram entre irrelevante e muito relevante. Ressaltando que tiveram alguns alunos

que optaram por não responder, deixando alguns itens sem nota.

Para TGA II 30% dos alunos apontaram a nota 4, lembrando que os alunos do 2º período não

responderam porque ainda não cursaram a disciplina o que equivale a 23%, e onde se concentra a

maior nota é entre 3 e 4 com apenas com 58%, e 12% avaliou a aquisição no desenvolvimento de habi-

lidades como muito relevante.

Na disciplina de Teoria das Organizações 27% atribuíram à nota 4, 24% 3, 16% 5 e 28% ainda

não cursaram. Entre 3 e 4, 51% apontam como relevante para sua formação, tendo em vista o interes-

se de alguns alunos no aprendizado das teorias para aplicação na prática dentro das organizações,

considerando como se da o processo administrativo, a abordagem sistêmica, enfoques gerenciais e

abordagens gerenciais.

Para Nicolini (2007) “ensinar e aprender têm sido grandes desafios do sistema educacional, em

todos os níveis e modalidades. A educação profissional convive também com essas preocupações,

dada a importância que o trabalho assume em nossas vidas”.

Gráfico 7 – Quantidade de conhecimento adquirido.

Fonte: Pesquisa de Campo (2014).

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

1 2 3 4 5

Escala de Linkert

Bases históricas daadministração

Escolas do pensamentoadministrativo

Processos administrativo

Abordagem sistêmica

Enfoques gerenciais eorganizacionais

Abordagens contemporâneas

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O Gráfico 7 retrata a quantidade dos conteúdos mais trabalhados nas disciplinas Teorias. Ob-

serva-se que a opção enfoques gerenciais e organizacionais aparece com mais frequência onde 59%

dos respondentes atribuíram a nota 5, ficando assim como muito relevante na percepção dos alunos,

atrás está processos administrativos onde 55% avaliaram também com a nota 5. Para os demais con-

teúdos: Bases históricas da administração, escolas do pensamento administrativo, abordagem sistêmi-

ca a abordagens contemporâneas o percentual ficou inferior a 50%.

Para Andrade e Amboni (2010) os procedimentos de ensino-aprendizagem utilizados, além de

propiciar o diálogo, respeitar os interesses e os diferentes estágios do desenvolvimento cognitivo dos

alunos, devem favorecer a autonomia e a transferência de aprendizagem, visando não apenas o saber

fazer, mas, sobretudo, o saber por que está fazendo.

Dessa forma a satisfação dos alunos em relação aos conteúdos abordados deve ser alcançada

à medida que é repassado, para que as expectativas acompanhem o nível de satisfação com clareza e

objetividade.

Observa-se que há uma desigualdade em relação a esses conhecimentos adquiridos, salien-

tando que partes dos alunos ainda não estudaram alguns desses conteúdos como mostrou o Gráfico

6, da pesquisa.

A seguir vem a relevância para a formação do Administrador, pode-se identificar que para en-

foques gerenciais e organizacionais, obteve 59% das respostas, e 55% responderam processos admi-

nistrativos como sendo as disciplinas mais relevante para formação do administrador nas disciplinas

das Teorias da Administração e das Organizações.

Gráfico 8 – Relevância do conhecimento para a formação do Administrador.

Fonte: Pesquisa de campo (2014).

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

1 2 3 4 5

Escala de Linkert

Bases históricas daadministração

Escolas do pensamentoadministrativo

Processos administrativo

Abordagem sistêmica

Enfoques gerenciais eorganizacionais

Abordagens contemporâneas

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Percebe-se que o percentual dos alunos respondentes do Gráfico 8, é o mesmo do Gráfico7,

onde consideram que os conteúdos trabalhados têm relevância para a formação do Administrador no

mesmo nível da quantidade de conhecimento adquirido considerando os conteúdos mais trabalhados,

mas vale ressaltar que os demais conteúdos que obtiveram o percentual inferior a 50%, como bases

históricas da administração, escolas do pensamento administrativo, abordagem sistêmica a aborda-

gens contemporâneas são conteúdos essenciais para a formação do administrador.

Para Andrade e Amboni (2010) os conteúdos repassados devem ter uma aproximação mais

real possível do estudante para que possa ser desenvolvido um procedimento ativo no processo de

aprendizagem, onde esteja voltado para as possíveis necessidades ao qual o aluno está inserido. Nes-

se caso a pesquisa corrobora demonstrando que há uma desigualdade para os demais conteúdos,

tanto na quantidade dos conteúdos mais trabalhados, quanto para a relevância para a formação do

Administrador.

A partir do Gráfico 9, dados revelam como o aluno se sente em relação ao conhecimento ad-

quirido nas disciplinas das Teorias da Administração e das Organizações, considerando a sua atuação

futura nas organizações. Com 48% está o conhecimento adquirido em relação ao conteúdo “escolas do

pensamento administrativo”, onde obteve a nota 4, e com 46% está para “bases históricas da adminis-

tração” também com nota 4. E com 37% está o conteúdo de abordagens contemporâneas. Conforme

pode ser observado o grau de satisfação em relação ao conteúdo adquirido está para menos de 50%

dos alunos.

Gráfico 9 – Avaliação do conhecimento em relação ao conteúdo adquirido.

Fonte: Pesquisa de campo (2014).

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

1 2 3 4 5

Escala de Linkert

Bases históricas da administração Escolas do pensamento administrativo

Processos administrativo Abordagem sistêmica

Enfoques gerenciais e organizacionais Abordagens contemporâneas

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Vale ressaltar que no Gráfico 5, a aquisição de conhecimento obteve maior concentração na

disciplina de Introdução a Administração com 63%. De acordo com Antonello (2011) “a aprendizagem é

caracterizada como um processo humano individual de consumir e armazenar novos conceitos e habi-

lidades/comportamentos, tendo frequentemente o objetivo de traduzir a aprendizagem para as capaci-

dades que adicionem valor para os recursos organizacionais”. E como observado não é o que está

acontecendo com os alunos do CAD, de acordo com os dados mais de 50% desses alunos não estão

satisfeito em relação ao conteúdo adquirido. Isso reforça o que o autor coloca em relação à aprendiza-

gem, tem que haver um esforço individual para acúmulo de mais conhecimentos, considerando que na

disciplina Introdução à Administração o objetivo não é apresentar as teorias da administração como um

todo, limitando-se as bases históricas da Administração e ao processo administrativo proposto por Fa-

yol no início do século XX.

4.3 Identificação das estratégias de ensino-aprendizagem, avaliação e utilização do material

didático nas disciplinas das teorias

Um dos objetivos do estudo era identificar a percepção dos alunos sobre o processo de ensino-

aprendizagem. Primeiramente foi perguntado sobre a frequência de utilização das estratégias pelos

professores.

Gráfico 10 – Estratégia de ensino-aprendizagem.

Fonte: Pesquisa de campo (2014).

Observou-se que para 48% dos alunos as aulas expositivas é uma das estratégias de ensino

mais utilizadas pelos professores das disciplinas de teorias do CAD/CAMEAM/UERN, para 44% traba-

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

1 2 3 4 5 NU

Escala de Linkert Aula expositiva Trabalho em grupoSeminários ativos Estudo de casoFilme Visitas técnicas e aula de campoOutra

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54

lhos em grupo, 29% considera que é seminários ativos, 19% estudo de caso, 6% filme, 16% aulas de

campo e 8% optaram por outra, isso na pontuação 5 que é considerada como muito relevante. A aula

expositiva foi considerada como a estratégia com maior concentração adotada pelos professores des-

sas disciplinas.

Saraiva (2010) enfatiza que a formação do senso crítico a partir das salas de aula também se

vê prejudicada à medida que os próprios docentes não foram preparados dentro de um paradigma

crítico reflexivo, o que resulta em sistemas de ensino e aprendizado mais voltados para a repetição do

que para a inovação.

A aula expositiva tem suas vantagens e desvantagens, como toda estratégia de ensino-

aprendizagem, no entanto por considerar o aluno como passivo neste processo, vale ressaltar o que

diz Paulo Freire (1987) quando considera que a educação se torna um ato de depositar, em que os

educandos são os depositários e o educador o depositante. Em lugar de comunicar-se, o educador faz

“comunicados” e depósitos que os estudantes, meras incidências, recebem pacientemente, memorizam

e repetem.

Como observado, as demais estratégias de ensino-aprendizagem deve ser utilizada com mais

frequência, de maneira ponderada e diversificada para o conhecimento ser absorvido com maior e me-

lhor qualidade.

Ao identificar as estratégias de ensino-aprendizagem, em seguida pode ser visualizada a avali-

ação dos alunos considerando a sua aquisição de conhecimento nas disciplinas das Teorias como

mostra o Gráfico 11.

Gráfico 11 – Avaliação do ensino-aprendizagem estratégias que mais contribuem para a aquisição de conheci-mentos.

Fonte: Pesquisa de campo (2014).

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

1 2 3 4 5 NC

Escala de Linkert Aula expositiva Trabalho em grupoSeminários ativos Estudo de casoFilme Visitas técnicas e aula de campoOutra

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55

Ao questionar os alunos sobre quais estratégias de ensino-aprendizagem eles conside-

ram/avaliam que proporcionam a maior aquisição de conhecimento 59% responderam visitas técnicas e

aulas de campo como pode ser visualizado no Gráfico 11, sendo que somente 16% dessa estratégia é

utilizada pelos professores como mostrado no Gráfico 10, mesmo assim é a estratégia melhor avalia-

da quanto a aquisição de conhecimento, e a aula expositiva está para 39% dos alunos.

De acordo com Saraiva (2010, p. 27) a formação do senso crítico a partir das salas de aula

também se vê prejudicada à medida que os próprios docentes não foram preparados dentro de um

paradigma crítico reflexivo, o que resulta em sistemas de ensino e aprendizado mais voltados para a

repetição do que para a inovação. Além disso, uma tradição pedagógica centrada no docente e não no

aluno, outorga, historicamente, àquele o dever de ensinar e desobriga este a buscar o aprendizado por

conta própria.

Com relação ao material utilizado pelos professores os dados apontam que 50% dos alunos

responderam ser vários capítulos de livros, as demais opções dos materiais, tais como: Livro texto (um

único livro para a maior parte ou totalidade da disciplina), livros clássicos (na integra), mais de um,

artigos de revistas científicos e revistas, apostila elaborada pelo professor e a opção outra, estão inferi-

ores a 31%, como pode ser observado no Gráfico 12.

Souza (2003) argumenta que esforços como reformulação de currículos, materiais didáticos,

práticas didáticas e disseminação dos denominados conteúdos transversais são tentativas de superar

um processo carregado de irracionalidade, em que conteúdos apartados da realidade e repassados

pelos professores dificilmente serão utilizados pelos alunos.

Gráfico 12 – Material utilizado pelos professores das disciplinas de teorias.

Fonte: Pesquisa de campo (2014).

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

1 2 3 4 5 NU

Escala de Linkert

Livro texto (único) Livros clássicos (mais de um)Artigos de eventos científicos e revistas Apostila elaborada pelo professorVários capítulos de livros Outra

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Os professores que mudam sua didática para o factual ganham também. Além da satisfação de

verem os olhos dos seus alunos brilharem pela alegria de um aprendizado efetivo, eles próprios apren-

dem com a realidade trazida pelos alunos. Insisto, temos de romper a velha relação “professor – ensi-

na/aluno - aprende” para ambos se integrarem em atividades vivenciais de Administração (BERNDT,

2014).

Com o intuito de contribuir com o Curso de Administração do CAMEAM/UERN os alunos deram

suas sugestões para melhoria do processo de ensino-aprendizagem nas disciplinas das Teorias da

Administração e das Organizações, onde foi deixado o espaço em uma pergunta subjetiva do questio-

nário, e dos 153 questionários respondidos obteve-se 163 sugestões elencadas por eles, onde essas

sugestões foram dividida em 8 categorias apresentadas no Gráfico 13.

Vale ressaltar que cada categoria representa a dimensão do que foi sugerido, isso não quer di-

zer que as sugestões foram exatamente as mesmas, por exemplo, os alunos que falaram sobre materi-

al didático, apresentaram opiniões diferentes, mas a preocupação era comum.

Gráfico 13 – Sugestões dos alunos para melhoria do processo de ensino-aprendizagem.

Fonte: Pesquisa de campo (2014).

Para visitas técnicas e aulas de campo 16% dos alunos reivindicam que essa estratégia seja

mais utilizada, onde o maior percentual no pedido foi pelos alunos do 4º período com 25%. Ressaltan-

do que no Gráfico 11, as visitas técnicas e aulas de campo está avaliado na aquisição de conhecimen-

to por 59% dos alunos, apesar do Gráfico 10, mostrar com nota 5 que 16% dos alunos responderam

que é utilizada a estratégia visitas técnicas e aulas de campo.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Visitas técnicas e aulas decampo

Metodologias

Material didático

Postura do professor

Aulas práticas aliando as teoriasestudadas

Estudos de casos

Achou bom como está

Curso de extensão

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Já para a metodologia, 19% dos alunos deixam como sugestão que as aulas sejam com mais

clareza e dinamismo, que haja melhor interação dos professores e disponham de mais ferramentas

metodológicas tais como: aulas debate, eventos, pesquisas, elaboração de oficinas, simulação em sala

de aula, entre outras. O 4º período se sobressai em relação às sugestões para as metodologias e em

quase todas as outras categorias elencadas na pesquisa.

Quanto à disponibilização do material didático os alunos sugeriram que seja mais completo, or-

ganizado, trabalhar com livros contemporâneos, utilização dos clássicos, apostilas elaboradas pelos

professores com resumo das principais teorias e que o material seja com qualidade. Onde houve o

maior número de sugestões foi com os alunos do 2º período.

Na categoria postura do professor 18% dos alunos sugerem que: haja mais interesse e deter-

minação em ensinar, incentive maior interação dos alunos durante a aula dando espaço para os mes-

mos, mais clareza no repasse dos conteúdos, compromisso por parte de alguns docentes, serem mais

precisos nos métodos avaliativos, disponibilizem cópia do material em tempo ágil, dentre outras. Vale

ressaltar ainda, que os alunos do 2º período também foram maioria nas sugestões dessa categoria.

Para aulas práticas o percentual de sugestões é de 36% dos alunos, onde obteve maioria em

todos os períodos, e pedem como melhoria a criação de um laboratório para a prática das atividades de

Teorias, projetos elaborados pelos alunos para testar os conhecimentos adquiridos, participação ativa

dos alunos, criação de empresa Júnior, dentre outros. No Apêndice B, encontram-se as sugestões

categorizadas por período.

Quanto aos Estudos de caso 5% reivindicam que seja envolvendo a opinião dos alunos e seja

realizado em empresas local e da região do Alto Oeste.

De maneira inusitada um aluno do 8º período do curso também utilizou o espaço para registrar

que está satisfeito, não havendo necessidade de mudança.

Pra concluir a parte qualitativa da pesquisa temos a categoria curso de extensão que está para

1% dos alunos que colocam como sugestão de melhoria para o Curso de Administração do CAME-

AM/UERN, e 1% pede a mudança na matriz curricular no intuito de eliminar disciplinas semelhantes.

Andrade e Amboni (2010) enfatizam que “os procedimentos de ensino deverão favorecer a

contextualização do conhecimento que está sendo ensinado em sala de aula. O conhecimento deve ser

transposto da situação em que foi criado, inventado ou produzido. Deve ser relacionado com a prática

ou com a experiência do aluno a fim de adquirir significado e utilidade. A relação teoria versus prática

requer a concretização dos conteúdos curriculares em situações mais próximas e familiares do aluno,

nas quais se incluem as do trabalho e as do exercício da cidadania”.

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4.4 Relação das disciplinas das teorias com as demais disciplina do Curso de Administração

Segundo o Conselho Federal de Administração (CFA), o ensino de Administração no Brasil

passou por três momentos marcados pelos currículos mínimos aprovados em 1966, 1993 e em 2004 as

Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Bacharelado em Administração, homologadas pelo Mi-

nistério da Educação.

A pesquisa tem a preocupação de trazer informações atuais sobre a formação do Administra-

dor do CAMEAM/UERN refletindo sobre o processo de ensino-aprendizagem dos alunos e visa saber

se estas acontecem de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais, se os professores realmente

têm o compromisso de passar os conteúdos de forma relacionada com a prática profissional, se acon-

tece entusiasmo por parte desses alunos e participação nas aulas, e se os conteúdos têm uma relação

com as demais disciplinas do Curso de Administração.

Gráfico 14 – Relação das disciplinas com a prática profissional.

Fonte: Pesquisa de campo (2014).

O que pode ser observado é que a relação das disciplinas com a prática profissional acontece

de forma frequente, onde 44% dos alunos afirmam que existe essa relação, 34% responderam às ve-

zes, 17% sempre, e 5% está para raramente.

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

50%

Sempre

Frequentemente

As vezes

Raramente

Nunca

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De acordo com as Diretrizes Curriculares existem quatro campos que estão interligados no

processo de formação, que são eles: Conteúdos de formação básica, Conteúdos de formação profissi-

onal, Conteúdos de estudos quantitativos e suas tecnologias e Conteúdos de formação complementar.

A pesquisa ainda traz uma espécie de auto-avaliação do próprio aluno, onde ele pode colocar

como se sente em relação a sua participação nas aulas de teorias. E quando perguntado a eles se nas

aulas das disciplinas das Teorias da Administração e das Organizações se sentia entusiasmado e pro-

curava ser participativo, foi obtido o seguinte percentual conforme mostra o Gráfico 15.

Para 44% dos alunos a participação é às vezes, o que é pouco considerando, tem que haver a

participação ativa do aluno como é requisitado por Souza (2003) que a dissociação entre a teoria e a

realidade no conteúdo do ensino “são esforços como reformulação de currículos, materiais didáticos,

práticas didáticas e disseminação dos denominados conteúdos transversais são tentativas de superar

um processo carregado de irracionalidade, em que conteúdos apartados da realidade e professados

pelos professores dificilmente serão utilizados pelos alunos.

Gráfico 15 – Entusiasmo e participação.

Fonte: Pesquisa de campo (2014).

No Gráfico 9 foi observado que o grau de satisfação em relação ao conhecimento adquirido

está para menos de 50% dos alunos, e isso pode ser atribuído ao quesito falta de entusiasmo dos alu-

nos na participação das aulas como mostra o Gráfico 15 porque somente 44% considera “as vezes” na

participação das aulas. Observa-se ainda que 28% responderam que a participação é freqüente, 15%

raramente, 9% sempre, e para 3% nunca acontece a participação nem entusiasmo nas aulas das disci-

plinas das Teorias.

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

50%

Sempre

Frequentemente

As vezes

Raramente

Nunca

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60

Já para a relação das disciplinas Teorias com as demais disciplinas do curso o resultado foi o

seguinte: 50% dos alunos responderam que às vezes é feito essa relação, 25% disseram que é fre-

quentemente, 18% raramente, 6% sempre e apenas 1% dos respondentes afirma que nunca é feito a

relação com as demais disciplinas.

Os aspectos contidos na Resolução n. 4 de 13 de julho de 2005 (BRASIL, 2005), configuram-

se como referências ao Projeto Pedagógico, que se consubstanciará nas seguintes orientações:

I. Definição do Perfil desejado do formando;

II. Competências e habilidades requeridas ao profissional de Administração;

III. Conteúdos curriculares;

IV. Organização curricular;

V. Estágio curricular supervisionado (como componente curricular opcional);

VI. Atividades complementares;

VII. Acompanhamento e Avaliação;

VIII. Inclusão opcional do (trabalho de conclusão de curso, projetos, monografia).

Gráfico 16 – Relação dos conteúdos das teorias com as demais disciplinas do curso.

Fonte: Pesquisa de campo (2014).

Para avaliar as informações contidas no Gráfico 16, é preciso levar em consideração os con-

teúdos curriculares de acordo com o acompanhamento e avaliação para que haja referências contidas

no projeto pedagógico do Curso e sejam aplicadas no desenvolvimento dessas disciplinas, onde o

aprendizado seja contínuo em detrimento ao relacionamento dos conteúdos das disciplinas das Teorias

com as demais disciplinas do Curso.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Sempre

Frequentemente

As vezes

Raramente

Nunca

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As diretrizes curriculares representam um papel importante ao dispor sobre os pressupostos

gerais voltados para a formação profissional, com isso forçam a implementação de medidas inovadoras

que perpassem, inevitavelmente, por uma avaliação do fazer universitário, com competência e qualida-

de.

4.5 Frequência com que os Trabalhos de Conclusão de Curso são escritos a luz das disciplinas

das teorias

De acordo com o levantamento dos Trabalhos de Conclusão de Curso realizados no departa-

mento de Administração do CAMEAM/UERN soma-se um total de cento e catorze trabalhos científicos

distribuídos em dezessete áreas da Administração.

Considerando os quatro Campos de Formação propostos nas DCN´s, os TCC´s do Curso de

Administração/CAMEAM/UERN estão sendo desenvolvidos prioritariamente no campo de Formação

Profissional, como mostra o Gráfico 17.

Gráfico 17 – TCC´s do Curso de Administração e Campos de Formação das DCN´s.

Fonte: Curso de Administração do CAMEAM/UERN. Adaptado pela autora (2014).

O que observa-se é que 71% dos trabalhos do CAD estão escritos dentro da área de formação

profissional requeridas pelas DCN`s.

Na área de formação complementar foram escritos 27% dos Trabalhos de Conclusão de Curso,

sendo um dado importante porque enriquece o campo de pesquisa para trabalhos acadêmicos com

2%

71%

27%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Frequencia

Básica

Profissional

Métodos Quantitivos eTecnologias

Complementar

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62

diversos conhecimentos, agregando valor e ampliando as buscas por mais pesquisas voltadas para as

diversas formações exigidas pela DCN`s.

Já para formação básica apenas 2% foram escritos e para métodos quantitativos e tecnologias

não foi desenvolvidos trabalhos ainda, ressaltando que também é importante para a administração e

seus desenvolvimentos dentro do campo da pesquisa.

Outro dado importante observado é que ainda não foi escrito trabalhos envolvendo a área das

Teorias da Administração e das Organizações, portanto sendo essa a primeira pesquisa científica que

trás dados e informações sobre a Formação de Administradores, estratégias de ensino-aprendizagem

de acordo com as disciplinas das Teorias da Administração e das Organizações para o Curso de Admi-

nistração do CAMEAM/UERN, apesar de ter um trabalho com a área intitulada Administração Geral,

porém as informações abordadas estão envolvendo conteúdos relacionados à área de empreendedo-

rismo que dentro das DCN`s está atrelada à de formação complementar.

O Gráfico 18 a seguir mostra o percentual de trabalhos escritos na área profissional do Curso

de Administração do CAMEAM/UERN, como pode ser observada de acordo com o levantamento reali-

zado a área que mais tem trabalhos escritos é a de marketing com 20%, seguido de gestão de pessoas

com 17%, os demais estão para menos de 10% e estão divididos em diversas áreas de estudo profissi-

onal da Administração.

Gráfico 18 – TCC`s do Campo de formação profissional do CAD de acordo com as DCN`s.

Fonte: Pesquisa de campo (2014).

20%

17%

9%

6% 6% 6%

3% 3%

1%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

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63

Os trabalhos abrangem um universo considerado de informações que podem servir de emba-

samento para mais estudos que venham ser desenvolvido. Vale salientar que muitos dos trabalhos

deixam espaço para que novas pesquisas possam ser continuadas seguindo a mesma linha de pesqui-

sa.

E dentro das áreas estudadas os temas escolhidos envolvem várias ramificações, abrangendo

diversos assuntos respectivamente direcionados ao aperfeiçoamento dos profissionais da Administra-

ção agregando valor para os pesquisadores.

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64

5. CONCLUÇÕES, SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES

A conclusão é responsável pela análise geral do trabalho referente aos resultados obtidos na

pesquisa.

As conclusões constituem o ponto terminal da pesquisa, para o qual convergem todos os passos desenvolvidos ao longo de seu processo. Sua finalidade básica é ressaltar o alcance e as conseqüências dos resultados obtidos, bem como indicar o que pode ser feito para tor-ná-los mais significativos (GIL, 2008, p. 183).

As sugestões visam contribuir para melhorias com o curso, despertando o interesse em outros

alunos para realizarem pesquisas na área das Teorias da Administração e das Organizações.

5.1 Conclusões

Diante do grande desafio que é o ensino e a formação em um curso superior esse estudo teve

seu foco voltado para uma reflexão sobre o processo de ensino-aprendizagem das Teorias da Adminis-

tração e das Organizações. Partindo do que foi proposto teve como objetivo geral: Analisar as estraté-

gias de ensino-aprendizagem utilizadas nas disciplinas de Teorias da Administração na perspectiva dos

alunos.

Os objetivos específicos que contemplaram a pesquisa foram quatro, e para alcançar as res-

postas realizou-se um embasamento teórico com os seguintes assuntos: Formação de Administrador

(evolução histórica da formação de Administrador, diretrizes curriculares, ensino em administração,

ensino das Teorias da Administração), ensino ou aprendizagem? (estratégia de ensino aprendizagem),

Trabalho de Conclusão de Curso – TCC.

Respondendo ao primeiro objetivo específico quando se refere avaliar a aquisição de conheci-

mento e a aquisição de habilidades dos alunos nas disciplinas relacionadas às Teorias da Administra-

ção e das Organizações, a disciplina de introdução a administração foi à melhor avaliada, onde 63%

dos alunos apontaram que é a que mais ofereceu a aquisição de conhecimento e desenvolvimento de

habilidades.

Para a quantidade de conhecimento adquirido os conteúdos que mais proporcionaram foram

os de enfoques gerenciais e organizacionais onde 59% dos alunos optaram, porém, observou-se ainda

que haja uma desigualdade em relação aos demais conteúdos que também são essenciais para a for-

mação do administrador.

Quanto à relevância dos conteúdos para a formação os enfoques gerenciais foram considera-

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dos por 59% dos alunos o mais relevante, ficando na segunda opção com 55% os conteúdos de pro-

cessos administrativos, evidenciando que as aspirações dos alunos é a atuação direta dentro das or-

ganizações, e os conteúdos escolhidos estarem ligados diretamente a pratica organizacional.

No que se refere à atuação futura 48% considerou os conteúdos escolas do pensamento ad-

ministrativo, no que é perceptível que mais de 50% desses alunos consideraram não ter conhecimento

suficiente em relação aos conteúdos das disciplinas das Teorias da Administração e das Organizações

para atuarem ativamente no mercado de trabalho.

Portanto conclui-se que está acontecendo certo desequilíbrio em relação à aprendizagem nes-

sas disciplinas, onde as que têm um peso maior para a Formação do Administrador foram avaliadas

com baixa aquisição de conhecimentos. As disciplinas e conteúdos de Teoria Geral da Administração I

e II foram às menos requisitadas pelos alunos, é necessário que haja um equilíbrio, tendo em vista

serem disciplinas de aporte específicas para os principais conhecimentos exigidos para os futuros pro-

fissionais de Administração.

Com relação ao segundo objetivo identificar as percepções dos graduandos de administração

sobre o processo de ensino-aprendizagem nas disciplinas relacionadas às Teorias da Administração e

das Organizações mostrou que para 48% dos alunos as aulas expositivas é uma das estratégias de

ensino que foram mais utilizadas pelos professores das disciplinas de Teorias do Curso de Administra-

ção da UERN/CAMEAM, para 44% trabalhos em grupo, 29% consideraram que é seminários ativos,

19% estudo de caso, 6% filme, 16% aulas de campo e 8% optaram por outra, isso na pontuação 5 que

foram consideradas como muito relevante.

Já para as estratégias que mais contribuíram para a aquisição de conhecimento as visitas téc-

nicas e aulas de campo foram consideradas por 59% dos alunos como muito relevante. O material

utilizado pelos professores das disciplinas Teorias mais de 50% afirmaram ter sido vários capítulos de

livros. Esse resultado é visto como uma das deficiências do Curso levando em consideração as diver-

sas opções de materiais que poderiam ter sido utilizados.

Para esse objetivo os alunos elencaram várias sugestões na tentativa que ocorra melhorias no

Curso, e sugeriu que as visitas técnicas sejam mais utilizadas, a metodologia de ensino-aprendizagem

tenha mais clareza e dinamismo, por parte dos professores.

Conclui-se que o segundo objetivo foi respondido, porém observa-se que os professores não

estão usando as técnicas de ensino-aprendizagem com a mesma frequência, nota-se o uso excessivo

de algumas ferramentas e outras quase não são utilizados, considerando que também são importantes

para o bom desenvolvimento das aulas.

Para o terceiro objetivo relacionar o desenvolvimento das disciplinas das Teorias da Adminis-

tração e das Organizações no Curso de Administração/CAMEAM/UERN na perspectiva das Diretrizes

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Curriculares Nacionais, as questões foram abordadas quanto ao relacionamento dessas disciplinas

com a prática profissional, entusiasmo e participação dos alunos e a relação dos conteúdos com as

demais disciplinas do Curso.

Observou-se que a relação das disciplinas com a prática profissional 44% dos alunos respon-

deu que acontecem frequentemente, 34% responderam às vezes, 17% sempre e 5% está para rara-

mente. Uns dos requisitos das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Administração é que

deverão contemplar, em seus projetos pedagógicos e em sua organização curricular, conteúdos que

revelem inter-relações com a realidade nacional e internacional, segundo uma perspectiva histórica e

contextualizada de sua aplicabilidade no âmbito das organizações e do meio.

Quanto ao entusiasmo e participação dos alunos nas aulas 44% consideraram “às vezes” na

participação das aulas. Observou-se ainda que 28% responderam que a participação é frequente, 15%

raramente, 9% sempre, e para 3% nunca acontece à participação nem entusiasmo nas aulas das disci-

plinas das Teorias. Constata-se mediante o que foi exposto que deve haver maior participação dos

alunos nas aulas das disciplinas Teorias do Curso de Administração do CAMEAM/UERN.

No que se refere à relação dos conteúdos com as demais disciplinas do Curso 50% dos alunos

responderam que às vezes é feito essa relação, 25% disseram que é frequentemente, 18% raramente,

6% sempre e apenas 1% dos respondentes afirma que nunca é feito a relação com as demais discipli-

nas. De acordo com esse estudo conclui-se que, deve haver a relação com os outros conteúdos, tendo

em vista ser a base para o desenvolvimento de tarefas dentro das organizações, onde pressupõem que

os processos envolvidos partem de uma teoria, e a relação teoria e prática é essencial em todos os

âmbitos para o alcance das metas e objetivos organizacionais.

Contudo, conclui-se que para a relação das disciplinas das Teorias com as demais disciplinas

do Curso as opiniões foram bastante divididas, apesar de 44% terem respondido que acontece fre-

quentemente, vale ressaltar que é necessário que aconteça com maior frequência dada a importância

que as Teorias tem para a Formação do Administrador e por estarem inseridas no Campo de Formação

Profissional das DCN`s. Quanto a participação e entusiasmo dos alunos é essencial a assiduidade em

todas as esferas educacional colocando o aluno como ser pensante e ativo no processo de ensino-

aprendizagem, os professores devem agregar metodologias diversificadas para que possa acontecer a

participação dos alunos.

No quarto objetivo que foi verificar a frequência com que os Trabalhos de Conclusão de Curso

estão sendo realizados à luz das Teorias da Administração e das Organizações no Curso de Adminis-

tração do CAMEAM/UERN. Observou-se que entre os anos de 2009 a 2013 foram escritos cento e

catorze trabalhos científicos distribuídos em dezessete áreas da Administração, onde o maior percen-

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tual de trabalhos se concentra na área de Marketing com 20%, em seguida vem Gestão de Pessoas

com 17%, às demais áreas estão para menos de 10%.

Conclui-se que ainda não foi escrito trabalhos envolvendo as disciplinas das Teorias da Admi-

nistração e das Organizações, portanto sendo essa a primeira pesquisa científica que trás dados e

informações sobre a Formação de Administradores, estratégias de ensino-aprendizagem de acordo

com as disciplinas das Teorias da Administração e das Organizações, para o Curso de Administração

do CAMEAM/UERN, apesar de ter um trabalho intitulado Administração Geral, porém enfatizava a área

de empreendedorismo, não havia relação com as disciplinas das teorias.

Portanto, sabe-se que o sistema de ensino tem fragilidades, mas nada impede de buscar me-

canismos para serem melhorados, tanto os professores quanto aos alunos cabe a cada um cumprir seu

papel e desenvolver da melhor forma possível. E nessa perspectiva cumprimos todos os objetivos que

nós tínhamos proposto na pesquisa.

5.2 Sugestões

Tomando como base os dados coletados na pesquisa realizada com os alunos do Curso de

Administração do CAMEAM/UERN, fazendo uma reflexão sobre suas expectativas em relação às estra-

tégias de ensino-aprendizagem nas disciplinas das Teorias da Administração e das Organizações e

considerando a aquisição de conhecimento, habilidades e desenvolvimento são elencados algumas

sugestões para contribuir na melhoria do Curso.

Estimular o uso de metodologias ativas, com aulas mais atrativas e diversificadas, onde

ocorra maior interação dos professores com os alunos;

Priorizar a criação de um laboratório para a prática das atividades dos conteúdos das dis-

ciplinas das teorias;

Intensificar as visitas técnicas, colocando o aluno próximo da realidade das atividades prá-

ticas das organizações;

Estimular e apoiar a criação e/ou manutenção da Empresa Júnior, para que haja participa-

ção ativa dos alunos;

Incentivar a realização de estudos de caso em empresas regionais e local, aliando a teoria

à prática organizacional, trazendo soluções para possíveis problemas detectados;

Realizar eventos que envolva todas as turmas do CAD, onde os alunos sejam os agentes

ativos, participando desde a organização, até o resultado final;

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Disponibilizar os Trabalhos de Conclusão de Curso em um site para possíveis pesquisas.

De maneira geral as sugestões visam tão somente melhoramento para o Curso, onde os alu-

nos possam participar ativamente, agregando valores e ampliando cada vez mais os conhecimentos

adquiridos dentro da universidade, através do esforço e dedicação de cada participante que está inse-

rido nesse ambiente educacional, e quanto mais cedo esse contato maior será o aproveitamento, tendo

em vista as disciplinas das teorias estarem inseridas nos primeiros semestres letivos do curso.

5.3 Recomendações

Considerando que o estudo foi realizado na perspectiva do aluno em detrimento as estratégias

de ensino-aprendizagem das disciplinas das Teorias da Administração e das Organizações fazem-se

as seguintes recomendações:

Realizar trabalhos a respeito da temática Formação de Administradores na percepção dos

docentes;

Desenvolver projeto de pesquisa sobre as teorias da Administração e das Organizações

envolvendo o maior número possível de alunos;

Incentivar pesquisas em outras áreas de formação do administrador;

Fazer acompanhamento periódico dos Trabalhos de Conclusão de Curso.

Acredita-se que a pesquisa realizada permite uma ampla discussão para melhor aprofunda-

mento do tema no CAD/CAMEAM/UERN, já que se trata de um assunto bastante importante para a

universidade que é a educação. A pesquisa trás subsídios para o aprimoramento das estratégias de

ensino-aprendizagem no sentido de oferecer melhor compreensão e desenvolvimento dentro das me-

todologias aplicadas.

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REFERÊNCIAS

ACEVEDO, Claudia Rosa; Monografia no curso de administração: guia completo de conteúdos e forma. 3. ed. – São Paulo: Atlas, 2007. ANDRADE, Rui Otávio Bernardes; AMBONI, Nério. O professor e o ensino das teorias da adminis-tração. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

______ Rui Otávio Bernardes de; AMBONI, Neri. Diretrizes curriculares para o curso de graduação em Administração: como entendê-las e aplicá-las na elaboração e revisão do projeto pedagógico. Brasília: Conselho Federal de Administração, 2003.

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70

______ Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à pratica educativa. São Paulo, Editora Paz e Terra, 1996. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa: 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002 . ______métodos e técnicas de pesquisa social: 6.ed. São Paulo: Atlas, 2008. ______Como elaborar projeto de pesquisa. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2010.

GUEDES, V.; BORSCHIVER, S. Bibliometria: uma ferramenta estatística para a gestão da informação e do conhecimento, em sistemas de informação, de comunicação e de avaliação científica e tecnológica. In: Encontro Nacional de Ciência da Informação, 6. Salvador: UFBA, 2005. Disponível em www.cinfom.ufbabr/vi-anais/does/VaniaLSGuedes.pdf. GRAY,David E. Pesquisa no mundo real. 2. ed. Porto Alegre: Penso, 2012. ILLERIS, Teorias Contemporâneas da aprendizagem; Porto Alegre: Penso, 2013.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Mariana de Andrade: Metodologia do trabalho científico. 7. ed.

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LOURENÇO, C. D. S., Oliveira, A. L., Silva, I. C., Noronha, N. S., Alves, R. R., & Castro, C. C. (2012). Produção científica brasileira sobre ensino de administração: 1997-2010. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, 6(1), 4-22. Disponível em<http://www.spell.org.br/> Acesso em 25 de Junho de 2014.

MASETTO, Marcos Tarciso. Docência na universidade. Campinas, São Paulo: Papirus, 1998.

MONTEIRO, Anailza Feitoza. Competências profissionais: O desafio em desenvolvê-las ao longo da formação do Administrador. 2012. 114 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Pau dos Ferros, 2012.

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71

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______. Métodos de coleta de dados no campo. São Paulo : Atlas, 2009.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Instrumento da Coleta de Dados

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN

Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia – CAMEAM Curso de Administração – CAD

Questionário aplicado aos discentes do Curso de Administração

Este questionário é parte integrante de uma pesquisa de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Por favor, responda-o com sinceridade e sem preocupações. Não existe a necessidade de você se identificar. Respondendo corretamente este questionário você estará contribuindo para que os resultados desta pesquisa sejam os mais reais possíveis. Essas questões foram elaboradas tendo como objetivo apresentar uma visão geral do aluno em relação à sua formação acadêmica, consi-derando o processo de ensino-aprendizagem nas disciplinas relacionadas às Teorias da Administração e das Organizações.

Pesquisadora: Ivone Pessoa de Oliveira [email protected]

PERFIL DO DISCENTE 1.Sexo ( ) masculino ( ) feminino 2. Está trabalhando ou estagiando atualmente? ( ) trabalho ( ) estágio ( ) Nunca trabalhei ( ) Estou atualmente desempregado 3. Faixa etária ( ) Entre 18 e 23 anos ( ) Entre 24 e 29 anos ( ) Entre 30 e 35 anos ( ) Acima de 35 anos 4. Período letivo ao qual está cursando ( ) 2º ( ) 4º ( ) 6º ( ) 8º ( ) 10º ( ) desnivelado CONTEÚDOS MINISTRADOS 5. Considerando o conteúdo ministrado nas disciplinas Teóricas do Curso de Administração, avalie a “aquisição de conhecimento” em cada disciplina (1=irrelevante; 5=muito relevante).

6. Considerando o conteúdo ministrado nas disciplinas Teóricas do Curso de Administração, avalie o “desenvolvi-mento de habilidades” em cada disciplina (1=irrelevante; 5=muito relevante).

7. Avalie o grau (quantidade) de conhecimento adquirido nas disciplinas Teóricas da Administração e das Organi-zações (1=insuficiente; 5=mais do que suficiente).

DISCIPLINAS TEÓRICAS 1 2 3 4 5 Não cursei

a) Introdução à Administração

b) Teoria Geral da Administração I

c) Teoria Geral da Administração II

d) Teoria das Organizações

DISCIPLINAS TEÓRICAS 1 2 3 4 5 Não Cursei

a) Introdução à Administração

b) Teoria Geral da Administração I

c) Teoria Geral da Administração II

d) Teoria das Organizações

CONTEÚDO MINISTRADO 1 2 3 4 5

a) Bases históricas da administração

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8. Avalie relevância para a formação do administrador dos conhecimentos adquiridos nas disciplinas Teóricas da Administração e das Organizações (1=irrelevante; 5=muito relevante).

9. Avalie como se sente em relação ao conhecimento adquirido nas disciplinas Teóricas da Administração e das Organizações, considerando a sua atuação futura nas organizações (1=insatisfeito; 5=muito satisfeito).

ESTRATÉGIAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM 10. Identifique as estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas pelos professores das disciplinas Teóricas da Administração e das Organizações (1=nunca utilizada; 5 =muito utilizada)

11. Avalie as estratégias de ensino-aprendizagem, considerando a sua aquisição de conhecimento nas disciplinas Teóricas (1=não contribuem; 5= contribuem muito)

b) Escolas do pensamento administrativo

c) Processos administrativos

d) Abordagem sistêmica

e) Enfoques gerenciais e organizacionais

f) Abordagens Contemporâneas

CONTEÚDO MINISTRADO 1 2 3 4 5

a) Bases históricas da administração

b) Escolas do pensamento administrativo

c) Processos administrativos

d) Abordagem sistêmica

e) Enfoques gerenciais e organizacionais f)

f) Abordagens Contemporâneas

CONTEÚDO MINISTRADO 1 2 3 4 5

a) Bases históricas da administração

b) Escolas do pensamento administrativo

c) Processos administrativos

d) Abordagem sistêmica

e) Enfoques gerenciais e organizacionais

f) Abordagens Contemporâneas

CONTEÚDO MINISTRADO 1 2 3 4 5

a) Aula expositiva

b) Trabalho em grupo

c) Seminário ativos

d) Estudo de caso

e) Filme

f) Visitas técnicas e aula de campo

g) Outra

CONTEÚDO MINISTRADO 1 2 3 4 5

a) Aula expositiva

b) Trabalho em grupo

c) Seminário ativos

d) Estudo de caso

e) Filme

f)) Visitas técnicas e aula de campo

g) Outra

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12. Avalie o tipo de material que os professores utilizam nas disciplinas Teóricas da Administração e das Organiza-ções (1=pouco utilizado, 5=muito utilizado)

13. Os professores procuram relacionar as disciplinas Teóricas da Administração e das Organizações com a prática profissional? ( ) Sempre ( ) Frequentemente ( ) As vezes ( ) Raramente ( ) Nunca 14. Nas aulas das disciplinas Teóricas da Administração e das Organizações você se sentia entusiasmado e procu-rava ser participativo? ( ) Sempre ( ) Frequentemente ( ) As vezes ( ) Raramente ( ) Nunca 15. Os professores relacionam os conteúdos das disciplinas Teóricas da Administração e das Organizações com as demais disciplinas do Curso? ( ) Sempre ( ) Frequentemente ( ) As vezes ( ) Raramente ( ) Nunca

16. Que sugestões você deixaria para contribuir com o processo de ensino-aprendizagem das disciplinas Teóricas do Curso de Administração? ___________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________

Obrigado pela contribuição!

MATERIAL UTILIZADO 1 2 3 4 5

a) Livro texto (um único livro para a maior parte ou totalidade da disciplina)

b) Livros clássicos (na íntegra), mais de um.

c) Artigos de eventos científicos e revistas

d) Apostila elaborada pelo professor

e) Vários capítulos de livros

h) Outra

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APÊNDICE B – Sugestões dos alunos para melhoria do Curso de Administração do CAMEAM/UERN. Quadro 8 - Sugestões dos alunos participantes da pesquisa CAD/CAMEAM/UERN.

Fonte: Pesquisa de Campo (2014).

Categorias

2º período

Quantidade

4º período

Quantidade

6º período

Quantidade

8º período

Quantidade

10º período

Quantidade

Total todos

os períodos

Visitas técnicas e aulas de campo 7 7 6 5 1

26

Metodologias 5 8 6 5 7

31

Material didático 5 0 1 0 2

8

Aulas práticas aliando teorias estudadas 9 17 14 14 4

58

Postura do professor 8 7 3 4 7

29

Estudos de casos 4 2 0 1 1

8

Curso de extensão 0 0 0 2 0

2

Achou bom como está 0 0 0 1 0

1

Total 38 41 30 32 22

163

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APÊNDICE C – Horas de Estágio

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia – CAMEAM

Curso de Administração - CAD Coordenação de Estágio Supervisionado - CES

Rodovia Br 405, Km 03, Pau dos Ferros/ RN - CEP: 59900-000

Email: [email protected]– fone/fax: 3351-2560/33513909

LISTA DE ACOMPANHAMENTO DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO

Nome do (a) Aluno (a): Ivone Pessoa de Oliveira Organização em que realiza o Estágio: CAMEAM/UERN

Mês (es): Abril/Maio Área do estágio: Gestão de Pessoa

Data

Assinatura do(a) aluno(a)

Hora Atividade Realizada Entrada Saída

14/04/14 08:00 h 11:30 h Encontro com a orientação de estágio

15/04/14 18:50 h 22:20 h Atividade de catalogação dos TCC´s do curso

16/04/14 18:50 h 22:20 h Atividade de catalogação dos TCC´s do curso

17/04/14 18:50 h 22:20 h Atividade de catalogação dos TCC´s do curso

22/04/14 18:50 h 22:20 h Atividade de catalogação dos TCC´s do curso

23/04/14 18:50 h 22:20 h Atividade de catalogação dos TCC´s do curso

24/04/14 18:50 h 22:20 h Encontro com a orientação de estágio

28/04/14 18:50 h 22:20 h Atividade de catalogação dos TCC´s do curso

29/04/14 18:50 h 22:20 h Atividade de catalogação dos TCC´s do curso

30/04/14 18:50 h 22:20 h Atividade de catalogação dos TCC´s do curso

05/05/14 18:50 h 22:20 h Atividade de catalogação dos TCC´s do curso

06/05/14 18:50 h 22:20 h Encontro com a orientação de estágio

07/05/14 18:50 h 22:20 h Participação na rotina do departamento

08/05/14 18:50 h 22:20 h Participação na rotina do departamento

Pau dos Ferros, 08 de Maio de 2014. _____________________________________________________

(local) (dia) (mês) (ano) Carimbo e assinatura do Supervisor

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia – CAMEAM

Curso de Administração - CAD Coordenação de Estágio Supervisionado - CES

Rodovia Br 405, Km 03, Pau dos Ferros/ RN - CEP: 59900-000

Email: [email protected]– fone/fax: 3351-2560/33513909

LISTA DE ACOMPANHAMENTO DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO

Nome do (a) Aluno (a): Ivone Pessoa de Oliveira Organização em que realiza o Estágio: CAMEAM/UERN

Mês (es): Maio/Junho Área do estágio: Gestão de Pessoa

Data

Assinatura do(a) aluno(a)

hHora

Atividade Realizada

Entrada Saída

09/05/14 08:00 h 11:30 h Participação na rotina do departamento

12/05/14 18:50 h 22:20 h Organização de arquivos

15/05/14 18:50 h 22:20 h Organização de atividades

19/05/14 18:50 h 22:20 h Encontro com a orientação de estágio

21/05/14 18:50 h 22:20 h Auxilio ao secretário

27/05/14 18:50 h 22:20 h Auxílio ao secretário

28/05/14 18:50 h 22:20 h Organização de Arquivos

03/06/14 18:50 h 22:20 h Auxílio ao secretário

09/06/14 18:50 h 22:20 h Organização de Arquivos

11/06/14 18:50 h 22:20 h Encontro com a orientação de estágio

12/06/14 18:50 h 22:20 h Digitação de Documentos e observação

16/06/14 18:50 h 22:20 h Atividade de catalogação dos TCC´s do curso

18/06/14 18:50 h 22:20 h Atividade de catalogação dos TCC´s do curso

25/06/14 18:50 h 22:20 h Atividade de catalogação dos TCC´s do curso

Pau dos Ferros, 25 de Junho de 2014. _____________________________________________________

(local) (dia) (mês) (ano) Carimbo e assinatura do Supervisor

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ANEXO

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80

ANEXO A – RESOLUÇÃO N.04 DE 13 DE JULHO DE 2005

Art. 1. A presente Resolução institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em

Administração, bacharelado, a serem observadas pelas Instituições de Ensino Superior em sua orga-

nização curricular.

Art. 2. A organização do curso de que trata esta Resolução se expressa através do seu projeto peda-

gógico, abrangendo o perfil do formando, as competências e habilidades, os componentes curricula-

res, o estágio curricular supervisionado, as atividades complementares, o sistema de avaliação, o

projeto de iniciação científica ou o projeto de atividade, como Trabalho de Curso, componente opci-

onal da instituição, além do regime acadêmico de oferta e de outros aspectos que tornem consisten-

te o referido projeto pedagógico.

§ 1º O Projeto Pedagógico do curso, além da clara concepção do curso de graduação em Administra-

ção, com suas peculiaridades, seu currículo pleno e sua operacionalização, abrangerá, sem prejuízo

de outros, os seguintes elementos estruturais:

I - objetivos gerais do curso, contextualizados em relação às suas inserções institucionais, política,

geográfica e social;

II - condições objetivas de oferta e a vocação do curso;

III - cargas horárias das atividades didáticas e da integralização do curso;

IV - formas de realização da interdisciplinaridade;

V - modos de integração entre teoria e prática;

VI - formas de avaliação do ensino e da aprendizagem;

VII - modos de integração entre graduação e pós-graduação, quando houver;

VIII - incentivo à pesquisa, como necessário prolongamento da atividade de ensino e como instru-

mento para a iniciação científica;

IX - concepção e composição das atividades de estágio curricular supervisionado, suas diferentes

formas e condições de realização, observado o respectivo regulamento;

X - concepção e composição das atividades complementares; e,

XI - inclusão opcional de trabalho de curso sob as modalidades monografia, projeto de iniciação cien-

tífica ou projetos de atividades, centrados em área teórico-prática ou de formação profissional, na

forma como estabelecer o regulamento próprio.

§ 2º Com base no princípio de educação continuada, as IES poderão incluir no Projeto Pedagógico do

curso, o oferecimento de cursos de pós-graduação lato sensu, nas respectivas modalidades, de acor-

do com as efetivas demandas do desempenho profissional.

(*) Resolução CNE/CES 4/2005. Diário Oficial da União, Brasília, 19 de julho de 2005, Seção 1, p. 26§

3º As Linhas de Formação Específicas nas diversas áreas da Administração não constituem uma ex-

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81

tensão ao nome do curso, como também não se caracterizam como uma habilitação, devendo as

mesmas constar apenas no Projeto Pedagógico.

Art. 3. O Curso de Graduação em Administração deve ensejar, como perfil desejado do formando,

capacitação e aptidão para compreender as questões científicas, técnicas, sociais e econômicas da

produção e de seu gerenciamento, observados níveis graduais do processo de tomada de decisão,

bem como para desenvolver gerenciamento qualitativo e adequado, revelando a assimilação de no-

vas informações e apresentando flexibilidade intelectual e adaptabilidade contextualizada no trato

de situações diversas, presentes ou emergentes, nos vários segmentos do campo de atuação do ad-

ministrador.

Art. 4. O Curso de Graduação em Administração deve possibilitar a formação profissional que revele,

pelo menos, as seguintes competências e habilidades:

I - reconhecer e definir problemas, equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir modifi-

cações no processo produtivo, atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimentos e

exercer, em diferentes graus de complexidade, o processo da tomada de decisão;

II - desenvolver expressão e comunicação compatíveis com o exercício profissional, inclusive nos

processos de negociação e nas comunicações interpessoais ou intergrupais;

III - refletir e atuar criticamente sobre a esfera da produção, compreendendo sua posição e função na

estrutura produtiva sob seu controle e gerenciamento;

IV - desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico para operar com valores e formulações matemá-

ticas presentes nas relações formais e causais entre fenômenos produtivos, administrativos e de

controle, bem assim expressando-se de modo crítico e criativo diante dos diferentes contextos orga-

nizacionais e sociais;

V - ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade política e administrativa, vontade de aprender,

abertura às mudanças e consciência da qualidade e das implicações éticas do seu exercício profissio-

nal;

VI - desenvolver capacidade de transferir conhecimentos da vida e da experiência cotidianas para o

ambiente de trabalho e do seu campo de atuação profissional, em diferentes modelos organizacio-

nais, revelando-se profissional adaptável;

VII - desenvolver capacidade para elaborar, implementar e consolidar projetos em organizações;

VIII - desenvolver capacidade para realizar consultoria em gestão e administração, pareceres e perí-

cias administrativas, gerenciais, organizacionais, estratégicos e operacionais.

Art. 5. Os cursos de graduação em Administração deverão contemplar, em seus projetos pedagógicos

e em sua organização curricular, conteúdos que revelem inter-relações com a realidade nacional e

internacional, segundo uma perspectiva histórica e contextualizada de sua aplicabilidade no âmbito

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82

das organizações e do meio através da utilização de tecnologias inovadoras e que atendam aos se-

guintes campos interligados de formação:

I - Conteúdos de Formação Básica: relacionados com estudos antropológicos, sociológicos, filosóficos,

psicológicos, ético-profissionais, políticos, comportamentais, econômicos e contábeis, bem como os

relacionados com as tecnologias da comunicação e da informação e das ciências jurídicas;

II - Conteúdos de Formação Profissional: relacionados com as áreas específicas, envolvendo teorias

da administração e das organizações e a administração de recursos humanos, mercado e marketing,

materiais, produção e logística, financeira e orçamentária, sistemas de informações, planejamento

estratégico e serviços; III - Conteúdos de Estudos Quantitativos e suas Tecnologias: abrangendo pes-

quisa operacional, teoria dos jogos, modelos matemáticos e estatísticos e aplicação de tecnologias

que contribuam para a definição e utilização de estratégias e procedimentos inerentes à administra-

ção; e

IV - Conteúdos de Formação Complementar: estudos opcionais de caráter transversal e interdiscipli-

nar para o enriquecimento do perfil do formando.

Art. 6º A organização curricular do curso de graduação em Administração estabelecerá expressamen-

te as condições para a sua efetiva conclusão e integralização curricular, de acordo com os seguintes

regimes acadêmicos que as Instituições de Ensino Superior adotarem: regime seriado anual, regime

seriado semestral, sistema de créditos com matrícula por disciplina ou por módulos acadêmicos, com

a adoção de pré-requisitos, atendido o disposto nesta Resolução.

Art. 7º O Estágio Curricular Supervisionado é um componente curricular direcionado à consolidação

dos desempenhos profissionais desejados inerentes ao perfil do formando, devendo cada instituição,

por seus Colegiados Superiores Acadêmicos, aprovar o correspondente regulamento, com suas dife-

rentes modalidades de operacionalização.

§ 1º O estágio de que trata este artigo poderá ser realizado na própria instituição de ensino, median-

te laboratórios que congreguem as diversas ordens práticas correspondentes aos diferentes pensa-

mentos das Ciências da Administração.

§ 2º As atividades de estágio poderão ser reprogramadas e reorientadas de acordo com os resultados

teórico-práticos, gradualmente revelados pelo aluno, até que os responsáveis pelo acompanhamen-

to, supervisão e avaliação do estágio curricular possam considerá-lo concluído, resguardando, como

padrão de qualidade, os domínios indispensáveis ao exercício da profissão.

§ 3º Optando a instituição por incluir no currículo do Curso de Graduação em

Administração o Estágio Supervisionado de que trata este artigo deverá emitir regulamentação pró-

pria,aprovada pelo seu Conselho Superior Acadêmico, contendo, obrigatoriamente, critérios, proce-

dimentos e mecanismos de avaliação, observado o disposto no parágrafo precedente.

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Art. 8. As Atividades Complementares são componentes curriculares que possibilitam o reconheci-

mento, por avaliação, de habilidades, conhecimentos e competências do aluno, inclusive adquiridas

fora do ambiente escolar, incluindo a prática de estudos e atividades independentes, transversais,

opcionais, de interdisciplinaridade, especialmente nas relações com o mundo do trabalho e com as

ações de extensão junto à comunidade.

Parágrafo único. As Atividades Complementares se constituem componentes curriculares enrique-

cedores e implementadores do próprio perfil do formando, sem que se confundam com estágio cur-

ricular supervisionado.

Art. 9. O Trabalho de Curso é um componente curricular opcional da Instituição que, se o adotar,

poderá ser desenvolvido nas modalidades de monografia, projeto de iniciação científica ou projetos

de atividades centrados em áreas teórico-práticas e de formação profissional relacionadas com o

curso, na forma disposta em regulamento próprio.

Parágrafo único. Optando a Instituição por incluir no currículo do curso de graduação em Adminis-

tração o Trabalho de Curso, nas modalidades referidas no caput deste artigo, deverá emitir regula-

mentação própria, aprovada pelo seu conselho superior acadêmico, contendo, obrigatoriamente,

critérios, procedimentos e mecanismos de avaliação, além das diretrizes técnicas relacionadas com a

sua elaboração.

Art. 10. A carga horária mínima dos cursos de graduação será estabelecida em Resolução da Câmara

de Educação Superior.

Art. 11. As Diretrizes Curriculares Nacionais desta Resolução deverão ser implantadas pelas Institui-

ções de Educação Superior, obrigatoriamente, no prazo máximo de dois anos, aos alunos ingressan-

tes, a partir da publicação desta.

Parágrafo único. As IES poderão optar pela aplicação das DCN aos demais alunos do período ou ano

subseqüente à publicação desta.

Art. 12. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogada a Resolução

CFE nº 2, de 4 de outubro de 1993, e a Resolução CNE/CES nº 1, de 2 de fevereiro de 2004.

EDSON DE OLIVEIRA NUNES

Presidente da Câmara de Educação Superior.