Upload
phungngoc
View
214
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE FISIOTERAPIA
CAMILA PEREIRA VELHO
DAIANY MARQUES DO AMARAL
ANÁLISE DO IMPACTO DAS ATIVIDADES LABORAIS NA QUALIDADE DE
VIDA DOS FUNCIONÁRIOS DO SETOR DE ENFERMAGEM DA UNI DADE DE
TERAPIA INTENSIVA (UTI) DO HOSPITAL GOVERNADOR CELS O RAMOS
BIGUAÇU (SC)
2009
CAMILA PEREIRA VELHO
DAIANY MARQUES DO AMARAL
ANÁLISE DO IMPACTO DAS ATIVIDADES LABORAIS NA QUALI DADE DE
VIDA DOS FUNCIONÁRIOS DO SETOR DE ENFERMAGEM DA UNI DADE DE
TERAPIA INTENSIVA (UTI) DO HOSPITAL GOVERNADOR CELS O RAMOS
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Ciências da Saúde, Campus Biguaçu (SC). Orientadora: Profª Juliana Jaques Vidotto.
BIGUAÇU (SC)
2009
CAMILA PEREIRA VELHO
DAIANY MARQUES DO AMARAL
ANÁLISE DO IMPACTO DAS ATIVIDADES LABORAIS NA QUALI DADE DE
VIDA DOS FUNCIONÁRIOS DO SETOR DE ENFERMAGEM DA UNI DADE DE
TERAPIA INTENSIVA (UTI) DO HOSPITAL GOVERNADOR CELS O RAMOS
Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia e
aprovada pelo Curso de Fisioterapia, da Universidade do Vale de Itajaí, Centro de Ciências da
Saúde, Campus de Biguaçu.
Área de concentração: 4.08.00.00-8 – Fisioterapia e Terapia Ocupacional.
Biguaçu, 30 de novembro de 2009.
Profa. Esp. Juliana Jaques Vidotto
UNIVALI – CCS de Biguaçu
Orientadora
Profa MSc. Clarice Mariele de Andrade Pamplona
UNIVALI – CCS de Biguaçu
Membro
Profa. Esp. Claudia Thofehrn
UNIVALI – CCS de Biguaçu
Membro
AGRADECIMENTOS
A Deus que me iluminou e protegeu durante essa importante jornada da minha vida, me guiando e dando forças para enfrentar as diversas mudanças e dificuldades e também me proporcionou momentos incríveis com pessoas maravilhosas. Aos meus pais Márcio e Simone, que me proporcionaram essa conquista, me incentivaram e me apoiaram sem medir esforços para que eu chegasse até aqui. A eles que são meu porto-seguro, meu exemplo de vida e meus eternos amigos. Sem eles nada sou! Ao meu irmão Abel, que apesar da pouca idade é uma das pessoas que mais admiro. Um menino muito inteligente, carinhoso, leal, e que também me deu apoio sempre que precisei. Obrigada por ser além de irmão, um amigo. Aos demais familiares em geral, pois a família é a base de tudo. A minha amiga e colega Daiany, a qual compartilhou comigo essa experiência, me acompanhou e auxiliou em todos os momentos de alegrias e tristezas, dedicou seu ombro amigo nos momentos difíceis e se tornou uma pessoa muito especial na minha vida. Aos profissionais da equipe de enfermagem que se propuseram a participar da pesquisa. A todos os professores que transmitiram seus conhecimentos e foram fundamentais para a conquista dessa vitória. E enfim à orientadora Juliana Vidotto, por sua dedicação, sabedoria, paciência, simpatia, disponibilidade e incentivo ao meu crescimento profissional, além do valioso apoio, carinho e amizade cedidos nos momentos de dificuldade. Fica aqui minha eterna gratidão!
Camila Pereira Velho
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, pois sem ele nada disso seria possível. A minha mãe, Rosiane, que sempre está ao meu lado, dona de um amor incondicional. Obrigada por todo apoio, amor e dedicação, sem eles não conseguiria chegar até o final. A minha avó Maria Edenir, e minha tia Dilcéia, por todo estímulo, apoio e preocupação. Vocês são essenciais na minha vida. Ao meu pai, Jorge, mesmo estando pouco presente sei que torcia sempre para minha realização profissional. Aos meus primos Filipe, Viviane e Juliana, e meus tios Vilson e Elane, obrigada por acompanhar minha jornada, e pelo incentivo para iniciar minha graduação. Ao meu tio Marcio, obrigada pelo apoio. Ao meu avô Antonio e minha bisavó Maria Paes (in memorian), tenho certeza que estariam orgulhosos com essa minha vitória. Enfim, a toda minha família pelo incentivo e compreensão das horas em que estive ausente, devido aos estudos. Amo vocês. A minha amiga e colega Camila, que esteve comigo desde o início, dividindo momentos, e muito trabalho nesses últimos meses. Ajudou-me a passar por momentos difíceis, só eu sei como foi importante seu apoio. Uma amizade que quero levar para vida toda. A minha orientadora Juliana Vidotto, pelo carinho, apoio, incentivo, compreensão e imensa contribuição nas diversas fases deste trabalho. Admiro a dedicação que possui e compromisso com o que faz. Muitas vezes exigente, mas sei que suas exigências eram porque acreditava que éramos capazes de corresponder. Transmitiu seus conhecimentos valiosos, contribuindo assim para o meu crescimento profissional. Ao Renan, que esteve ao meu lado nestes últimos anos, sempre me estimulando a alcançar meus objetivos. Aos meus já amigos e novos que conheci durante esse caminho, e contribuíram em algum momento, compartilhando alegrias, tensões, revoltas, churrascos, festas, com muitas gargalhadas sempre. Tornaram esta jornada mais prazerosa. Finalmente, ao Hospital Governador Celso Ramos, bem como toda equipe de enfermagem da Unidade de Terapia intensiva, que participaram da realização deste estudo. Agradeço a todos que contribuíram, direta ou indiretamente, para meu crescimento pessoal e profissional. Obrigada a todos, de coração! Daiany Marques do Amaral
Tudo o que um sonho precisa para ser
realizado é alguém que acredite que ele possa
ser realizado.
Roberto Shinyashiki.
RESUMO
Os profissionais do setor hospitalar de enfermagem são grandes candidatos a adquirir
problemas relacionados ao trabalho, pois estes exigem de grande esforço e sobrecarga para
promover assistência adequada aos indivíduos doentes, o que acaba prejudicando sua
qualidade de vida e conseqüentemente reduz sua produtividade e satisfação profissional. O
presente estudo objetivou analisar o impacto das atividades laborais na qualidade de vida dos
funcionários do setor de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital
Governador Celso Ramos. Os dados foram coletados a partir da aplicação de um questionário
voltado à equipe de enfermagem, o qual constituía questões com variáveis relacionadas ao
perfil do profissional, condições humanas para o trabalho e condições para o desenvolvimento
e satisfação profissional. A população alvo constituía de 31 funcionários, e com a obtenção e
análise dos dados, foi possível caracterizar alguns dos principais elementos que podem levar
aos diferentes distúrbios provindos da atividade ocupacional. Dentre os resultados obtidos
destacam-se a predominância do sexo feminino, em sua maioria técnico de enfermagem, com
média de altura de 1,64m, exercendo sua profissão de nove a mais anos, com uma carga
horária elevada, sendo que alguns trabalham em mais de uma instituição. Em relação às
atividades exercidas, enumeradas de acordo com o grau de dificuldade foram citadas mudança
de decúbito, banho no leito e transporte e/ou transferência de paciente, as quais exigem de
grande esforço físico, o que resulta em queixas álgicas com predomínio na região da coluna.
Muitos relataram a interferência das atividades exercidas em sua vida social e emocional, e,
além disso, mostraram-se insatisfeitos quanto ao salário da categoria, alegando não ser
condizente com as funções exercidas. Estes resultados indicam uma importante relação entre
as condições profissionais com a boa qualidade de vida, visto que sendo estas oferecidas de
maneira inadequada, interferem em produtividade, satisfação, motivação, vida pessoal e
saúde, culminando em impacto negativo na qualidade de vida e bem-estar do trabalhador.
Palavras-chave: Qualidade de vida. Enfermagem. Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Atividades laborais.
ABSTRACT
Most professionals from the nursing hospital sector are candidates to develop problems
related to work activities. This fact comes from the great effort they do to provide appropriate
support to their pacients, resulting low life quality and reducing their produtivity at work. The
present study is intended to analyze the effect of labor activities on the life quality of those
who work on the nursing sector of the Intesive Therapy Unit at Governador Celso Ramos
Hospital. Data was collected by the application of a questionary on the nursing team. The
questions were about professional issues, including human conditions to do the job and
personal satisfation. 31 employees were consulted, after the data analysation, it was possible
to define the principal elements that may guide to the different labor problems. The obtained
report shows: most nurses are femile, graduated on nursing technician, generally 1,64m tall,
had at least 9 years of experience, had elevate work time, and many of them parallely worked
on others institutions. Referencing the exercised activies, mentioning by difficulty level, were
registered: decubitus change, lying shower and pacient transportation, wich demand great
fisical effort, generating back bone ache and complains. Many interviewed people reported
interference on their social and emocional life caused by work, and also, insatisfaction about
the salary they have, claiming it is not up to the work they do. These results suggest there is
an important connection between working conditions and life quality, once these are not on an
apropriate level, they reduce produtivity, satisfaction, motivation and health, causing negative
impact on the professional’s life quality and welfare.
Key-words: Life Quality. Nursing. Intensive Therapy Unit. Labor activities.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 01 - Carga horária semanal .................................................................................... 34 Figura 02 - Tempo de descanso ......................................................................................... 34 Figura 03 - Presença de dor durante o último mês ........................................................... 36 Figura 04 - Interferência da dor no trabalho ...................................................................... 36 Figura 05 - Esforço físico durante as atividades laborais .................................................. 37 Figura 06 - Prática de atividade física ............................................................................... 38 Figura 07 - Tempo de exercício da profissão e tempo de atuação dentro da UTI do HGCR .............................................................................................................................................. 40 Figura 08 - Percepção dos funcionários quanto ao conceito do hospital pela população.. 40 Figura 09 - Satisfação salarial ........................................................................................... 40
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 - Identificação da categoria exercida no HGCR .............................................. 31 Tabela 02 - Faixa etária .................................................................................................... 32 Tabela 03 - Peso dos trabalhadores da equipe de enfermagem ........................................ 33 Tabela 04 - Altura dos trabalhadores da equipe de enfermagem...................................... 33 Tabela 05 - Interferência da saúde física ou problemas emocionais nas atividades sociais normais ................................................................................................................................. 35 Tabela 06 - Local da dor ................................................................................................... 36 Tabela 07 - Atividades laborais enumeradas a partir do grau de dificuldade ................... 38 Tabela 08 - Problemas com o trabalho ou atividade diária regular por conseqüência da saúde.......................................................................................................................................39
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 12 2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 14
2.1 Objetivo geral ................................................................................................................ 14 2.2 Objetivos específicos ..................................................................................................... 14
3 EMBASAMENTO TEÓRICO ........................................................................................... 15 3.1 Qualidade de vida X Qualidade de vida no trabalho ................................................ 16 3.2 Ergonomia e sua relação com as Doenças Ocupacionais .......................................... 17 3.3 O trabalho e o setor de enfermagem ........................................................................... 20
3.3.1 O Enfermeiro ........................................................................................................... 21 3.3.2 O Técnico de Enfermagem ...................................................................................... 22 3.3.3 O Auxiliar de Enfermagem...................................................................................... 22
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..................................................................... 23 4.1 Delineamento do Estudo .............................................................................................. 23 4.2 Delimitação do Estudo ................................................................................................. 23 4.3 Instrumentos e Procedimentos de Coleta de dados ................................................... 24
4.3.1 Primeira etapa: Triagem inicial com os sujeitos de pesquisa .................................. 24 4.3.2 Segunda etapa: Determinação dos participantes ..................................................... 24 4.3.3 Terceira etapa: Aplicação do instrumento para avaliação da qualidade de vida dos sujeitos de pesquisa .......................................................................................................... 25
4.4 Procedimentos de Análise dos Dados .......................................................................... 25 4.4.1 Fator 1: Perfil do profissional do setor de enfermagem .......................................... 26 4.4.2 Fator 2: Condições Humanas para o trabalho .......................................................... 26 4.4.3 Fator 3: Condições de desenvolvimento profissional e satisfação em relação ao trabalho ............................................................................................................................. 26
5 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ......................................................................... 28 5.1 Resultados do fator 1: Perfil do profissional do setor de enfermagem .................... 28 5.2 Resultados do fator 2: Condições humanas para o trabalho .................................... 30 5.3 Resultados do fator 3: Condições de desenvolvimento profissional e satisfação em relação ao trabalho ............................................................................................................. 36
6 DISCUSSÃO ........................................................................................................................ 39 6.1 Discussão do fator 1: Perfil do profissional do setor de enfermagem ...................... 39 6.2 Discussão do fator 2: Condições humanas para o trabalho ...................................... 40 6.3 Discussão do fator 3: Condições de desenvolvimento profissional e satisfação em relação ao trabalho ............................................................................................................. 44
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 47 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 48 APÊNDICES ........................................................................................................................... 56
APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido .................................... 57 APÊNDICE B – Termo de Aceite de Orientação ............................................................ 59 ANEXO A - Questionário .................................................................................................. 61 ANEXO B – Questionário Preenchido.............................................................................. 65
1 INTRODUÇÃO
Segundo Torres e Pinho (2006), os agravos à saúde constituem um dos principais
problemas que acometem os trabalhadores de instituições hospitalares em geral e os de
enfermagem em particular ocasionando o afastamento de suas atividades e elevando o índice
de absenteísmo nas instituições, com repercussões na qualidade de vida do trabalhador, na
organização dos serviços e no atendimento ao usuário.
Saúde pode ser definida como um completo estado de bem-estar físico, mental, social
e não meramente ausência de doença, segundo definição da Organização Mundial da Saúde
(OMS), adotada em sua constituição de 1948 (PEREIRA, 2002).
Cada vez mais a saúde necessita de constantes e progressivos investimentos para seu
cultivo e preservação. Historicamente, os responsáveis pelo cultivo da saúde têm sido
inicialmente à família, com os cuidados primários; a escola, introduzindo os conceitos básicos
de higiene e saúde, e mais recentemente o trabalho com ações voltadas ao que as empresas
denominam de “Promoção à Saúde no Trabalho”, prevenindo assim, as doenças ocupacionais
e primando pela “Saúde do trabalhador” (MOSER e KERBIG, 2006).
Diante das inadequadas condições de trabalho oferecidas aos funcionários nos
hospitais de muitos países, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), desde a década de
quarenta, tem considerado o problema como discussão e tem feito recomendações referentes à
higiene e segurança com a finalidade de adequação das condições de trabalho destes
profissionais (MARZIALE e ROBAZZI, 2000).
Visando compreender e oferecer benefícios práticos e teóricos para aprimorar a
complexidade da interação do ser humano e trabalho, surgiu a ergonomia. Para esta ciência as
condições de trabalho são representadas por um conjunto de fatores interdependentes, que
atuam direta ou indiretamente na qualidade de vida das pessoas e nos resultados do próprio
trabalho (MARZIALE e ROBAZZI, 2000).
Dentro do setor hospitalar a ergonomia estuda a interação dos fatores pessoais (fadiga,
rigidez, idade e treinamento), as circunstâncias do trabalho (organização no trabalho, escalas,
mobiliários, planta física, equipamentos, comunicação, apoio psicológico dentro da equipe de
trabalho) e as questões ambientais que afetam o desempenho do trabalho (ESTRIN-BEHAR,
1996).
Vários autores citam a enfermagem como uma profissão exposta a um elevado número
de fatores de riscos que resultam em constrangimentos ergonômicos. Estes profissionais no
desempenho de suas atividades diárias, convivem com condições de trabalho muitas vezes
inadequadas, longas jornadas, exposição a agentes potencialmente perigosos
(quimioterápicos, antibióticos, desinfetantes, esterelizantes, gases anestésicos, sangue e
secreções), riscos ergonômicos, como por exemplo: movimentação e transporte de pacientes e
cargas, inadequação da área física e dos instrumentos para o desenvolvimento das atividades,
movimentos repetitivos, posturas estereotipadas, riscos psíquicos, sobreposição de atividades,
além de fatores externos ao trabalho (TORRES e PINHO, 2006).
A não realização de um trabalho ergonômico predispõe ao surgimento de doenças
ocupacionais aos trabalhadores, sendo estas caracterizadas mais comumente pelas Lesões por
Esforços Repetitivos (LER), ou atualmente denominado Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho (DORT), representando assim, um dos principais problemas de
saúde ocupacional da atualidade (MENDES e CASAROTTO, 1998).
A qualidade de vida deste trabalhador esta associada à compensação adequada e justa,
condições de segurança e saúde no trabalho, oportunidade imediata para utilização e
desenvolvimento da capacidade humana, integração social na organização, privacidade e
liberdade (HADDAD, 2000). Um trabalhador insatisfeito tende a sofrer todo tipo de problema
que pode agravar sua saúde e reduzir seu rendimento no ambiente de trabalho.
Diante do exposto, percebeu-se que o setor de enfermagem necessita receber apoio e
acompanhamento de uma equipe interdisciplinar composta por profissionais especializados,
que possam auxiliar o funcionário na identificação do seu sofrimento e no atendimento da
dinâmica do trabalho da enfermagem. Além, de desenvolver programas de prevenção e
manutenção da qualidade de vida e redução das doenças ocupacionais, para que estes
profissionais possam prestar uma assistência adequada aos pacientes, com seus sentimentos
de impotência profissional, ansiedade e medo minimizados.
Baseado nisso, o referido trabalho questionou o impacto das atividades laborais na
qualidade de vida dos funcionários do setor de enfermagem da Unidade de terapia intensiva
(UTI) do Hospital Governador Celso Ramos.
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
O referido trabalho teve como objetivo avaliar o impacto das atividades laborais na
qualidade de vida dos funcionários do setor de enfermagem da Unidade de terapia intensiva
(UTI) do Hospital Governador Celso Ramos.
2.2 Objetivos específicos
Especificamente esse trabalho se propôs:
a) Identificar as atividades laborais cuja execução gera desconforto físico aos
funcionários do setor de enfermagem da UTI do Hospital Governador Celso ramos;
b) Identificar as principais queixas álgicas durante a jornada de trabalho;
c) Verificar a percepção dos funcionários do setor de enfermagem da UTI do Hospital
Governador Celso Ramos, quanto à sua qualidade de vida.
3 EMBASAMENTO TEÓRICO
A saúde é a condição para um bom desempenho e produtividade, onde fatores como
motivação, treinamento e comprometimento compõem o conjunto de condições que permitem
as pessoas tornarem o trabalho um diferencial competitivo da mais alta importância
estratégica para as organizações (RIO e PIRES, 2001).
Nesta área necessita-se cada vez mais de constantes e progressivos investimentos para
o cultivo e preservação da saúde, os quais no trabalho são realizados através de ações voltadas
ao que as empresas denominam de Promoção à Saúde do Trabalhador (MOSER e KERBIG,
2006).
Guimarães et al (2005) relatam que a saúde do trabalhador é um campo específico da
área da saúde pública que procura atuar através de procedimentos próprios com a finalidade
de promover e proteger a saúde de pessoas envolvidas no exercício do trabalho.
Segundo Miyamoto et al 1999, o fato de o homem passar a maior parte de sua vida no
ambiente de trabalho pode influenciar significativamente a qualidade da sua saúde e
conseqüentemente a qualidade de vida deste individuo. Diversos aspectos do ambiente de
trabalho podem ser causadores de estresse, tais como condições difíceis de trabalho,
problemas de adaptação, acúmulo de atividades, exigências por produção dentre outras
inúmeras condições, as quais podem prejudicar a saúde e rebaixar a qualidade de vida do
trabalhador (AZEVEDO e KITAMURA, 2006).
O local de trabalho constitui o ambiente dentro do qual as pessoas trabalham e vivem a
maior parte de suas vidas. A maneira pelo qual esse ambiente é moldado e estruturado
influencia poderosamente a qualidade de vida das pessoas, além do próprio comportamento e
objetivos pessoais de cada ser humano, conseqüentemente afetando a saúde do próprio
funcionário da empresa (DI LASCIO, 2003; CHIAVENATO,1997).
Para Illich (1975); Codo, Sampaio e Hitomi (1995); O’Neill (2006) e Bragança (2002
apud MOSER e KERBIG, 2006, p.90) as ações e práticas de saúde no trabalho não têm
contemplado o trabalhador na sua perspectiva humana e integradora, pois o reduz a um
elemento do sistema produtivo, no qual o conceito de saúde se refere apenas à ausência de
doenças e acidentes de trabalho, sem se ocupar de muitas outras formas de prejuízo ao
organismo humano.
Segundo Delgado (2005), a saúde do trabalhador é essencial para o desenvolvimento
de qualquer instituição, seja ela do setor da saúde ou outro qualquer. No entanto, é necessário
que, para cobrar maior produtividade, cada vez mais as organizações ofereçam condições
favoráveis para que os funcionários possam desenvolver suas funções sem prejuízos à saúde.
3.1 Qualidade de vida X Qualidade de vida no trabalho
Analisando a etimologia do termo qualidade, percebe-se que ele deriva do termo
qualis (latim) que significa o modo de ser característico relacionado tanto a si mesmo como a
outro grupo, podendo, desta forma, assumir tanto características positivas quanto negativas
(PEREIRA, 2008). De acordo com Kotler (1998, p.55) “a qualidade é a totalidade de aspectos
e características de um produto ou serviço que proporcionam a satisfação de necessidades
declaradas ou implícitas”.
A qualidade de vida (QV), segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, é a
“percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores
nos quais ele vive em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e percepções”
(PASCHOA et al, 2007).
Muitas pessoas estão esquecendo da essência da vida, de fazer as coisas com carinho,
vontade, dignidade e da importância de viver bem e com qualidade de vida, devido às
correrias do dia-a-dia que os levam a fazer suas obrigações roboticamente (OLIVEIRA,
2005).
Pereira (2008) aponta que a qualidade de vida engloba tanto dimensões físicas, sociais,
emocionais, intelectuais e espirituais, como também profissionais, sendo que estas se
interligam e influenciam-se reciprocamente. Segundo Cecagno et al (2003) as tensões no
ambiente de trabalho que acarretam excitação, depressão, desmotivação e conseqüentemente
insatisfação e estresse profissional, podem acarretar em uma baixa qualidade nos serviços
prestados.
Atualmente, a qualidade, juntamente com a ergonomia, vem se tornando cada vez mais
necessária para que a empresa possa promover qualidade de vida no trabalho. Para uma
empresa sobreviver, ela necessita oferecer uma qualidade superior de vida para seus
trabalhadores, para que assim possam oferecer qualidade também aos seus clientes (BAÚ,
2005).
A QV no trabalho é o maior determinante da qualidade de vida. Vida sem trabalho não
tem significado, assim sendo, na sociedade contemporânea, o trabalho passou a ocupar um
lugar central na vida do homem, mais especificamente o trabalho organizacional (HADDAD,
2000). Walton (1973) descreve que para proteção do empregado e melhores condições de vida
dentro e fora da organização, é necessário ter boa qualidade de vida.
Entre os profissionais de saúde a relação de QV e trabalho é ainda maior devido a
intensa jornada de trabalho, condições de meio ambiente, remuneração, relacionamento
interpessoal e outros aspectos relacionados ao trabalho (SPILLER et al, 2008).
Indiretamente, a má QV em uma ou mais dimensões (por exemplo, física e/ou
emocional) dos profissionais da equipe de saúde pode comprometer a dinâmica de
atendimento, gerando prestação inadequada de atendimento de serviços, com prejuízo
institucional e, principalmente, para a assistência aos pacientes (PASCHOA et al, 2007).
3.2 Ergonomia e sua relação com as Doenças Ocupacionais
A ergonomia se configura como uma área interdisciplinar, abrangendo um campo
formado pelas ciências que estudam o homem e o mundo do trabalho (OLIVEIRA, 2001). De
acordo com Dutra (2000), “a ergonomia contribui no projeto e na modificação de ambientes
de trabalho, maximizando a produção e apontando as melhores condições de saúde e bem-
estar para os que atuam nesses ambientes”.
Segundo Rio e Pires (2001), a ergonomia é uma das mais importantes vertentes da
saúde do trabalhador e vem ganhando cada vez mais terreno nos últimos anos.
O corpo do trabalhador é visto nessa perspectiva como uma máquina que necessita de
manutenções periódicas e pausas para alongamento e distensionamento (ginástica laboral),
numa ótica mecanicista em que a relação homem-máquina passa a ser a relação máquina-
máquina, e cada vez mais os ritmos fisiológicos humanos são obrigados a acompanhar a
velocidade dessas máquinas (MOSER e KERBIG, 2006). Um dos principais motivos dos
estudos em ergonomia é diminuir a carga de trabalho a que os funcionários estão submetidos
(OLIVEIRA, 2001).
No setor hospitalar, a ergonomia estuda a interação dos fatores pessoais (fadiga,
rigidez, idade, treinamento), as circunstâncias do trabalho (organização, escalas, mobiliário,
planta física, equipamentos, comunicação, apoio psicológico dentro da equipe de trabalho), e
as questões ambientais que afetam o desempenho do trabalhador (RIBEIRO e DINIZ, 2005).
O trabalho hospitalar é considerado insalubre, por agrupar indivíduos portadores de
diversas enfermidades, muitas vezes infectocontagiosas, e realizar muitos procedimentos que
podem oferecer riscos e danos para os trabalhadores da área da saúde (TORRES e PINHO,
2006).
No que diz respeito ao corpo do trabalhador, o ingresso na vida produtiva se
caracteriza por um exercício rotineiro de gestos, posturas e atividades mentais que obrigam o
corpo a submeter-se às demandas do sistema produtivo, com desdobramentos que vão além
do ambiente e das relações de trabalho. Isso introduz novos condicionantes no seu estilo e
forma de viver, com impactos negativos no plano familiar e social, em razão de que a maior
parte do tempo é dedicada ao trabalho, em detrimento do lazer e cuidados com a saúde
(MOSER e KERBIG, 2006).
Para Iida (1998), numa situação ideal, a ergonomia deve ser aplicada desde etapas
iniciais do projeto de uma máquina, ambiente ou local de trabalho. Estas devem sempre
incluir o ser humano como um de seus componentes, prevenindo a ocorrência de futuras
complicações osteomioarticulares. De acordo com Assunção e Rocha (1994 apud
BUSCHINELLI et al, 1994), a primeira doença descrita na literatura associada a estas
complicações foi a tenossinovite, caracterizada pela restrição do movimento devido à
inflamação de um tendão ou sua bainha.
Em 1891, De Quervain descreveu a tenossinovite (que hoje leva o seu nome) como o
"Entorse das Lavadeiras" e recentemente todo ortopedista conhece o “cotovelo do tenista”
(epicondilite), todos relacionados aos esforços repetitivos. Com a Revolução Industrial e a
criação das linhas de montagem, o serviço se tornou cada vez mais repetitivo e rápido,
propiciando o aparecimento mais freqüente deste tipo de lesão (FONSECA, 1998).
No Brasil, os termos mais difundido entre técnicos e trabalhadores são as Lesões por
Esforços Repetitivos (LER), adotado pelo médico Mendes Ribeiro, em 1986 (ASSUNÇÃO e
ROCHA, 1994). Estas lesões foram oficialmente reconhecidas com o nome de LER, pelo
Ministério da Previdência Social (1991), como a síndrome de origem ocupacional, composta
de afecções que atingem a região escapular, pescoço e membros superiores, por meio da
Norma Técnica de Avaliação de Incapacidade. Em 1997, com a revisão dessa norma, foi
introduzida a expressão Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT)
(AUGUSTO et al, 2008).
O termo DORT, além de reforçar os aspectos multideterminantes das lesões, ratifica a
multicausalidade das mesmas e inclui o indispensável nexo com o trabalho, definindo os
fatores de risco interdependentes e envolvidos direta e indiretamente para o aparecimento das
lesões (LÉO e COURY, 1998). Os dois termos (LER e DORT) são utilizados para determinar
as afecções que podem lesar tendões, sinóvias, músculos, nervos, fáscias, ligamentos, de
forma isolada ou associada, com ou sem degeneração dos tecidos, decorrente de uma origem
ocupacional, podendo ser ocasionada de forma combinada ou não do uso repetido e forçado
de grupos musculares e da manutenção de postura inadequada (CODO e ALMEIDA, 1998).
Para a finalidade de prevenção do trabalhador, que é fundamental para a redução dos
casos de LER/DORT, deveriam ser estabelecidos novos critérios, que possibilitem intervir na
situação de trabalho e não somente em reparos de danos ou indenizações (OLIVEIRA, 2001).
Pelas condições inadequadas de trabalho, alguns estudos têm demonstrado, os
problemas osteomioarticulares mais freqüentes em trabalhadores de enfermagem que
interferem em sua saúde (MAURO e CUPELLO, 2001).
Este processo tem imposto aos trabalhadores da enfermagem intenso uso de seu corpo
e mente como instrumentos de seu trabalho. Verifica-se que tanto o absenteísmo como o
elevado turnover (rotatividade), podem estar fortemente relacionados a sentimentos de
insatisfação no ambiente de trabalho. Alguns fatores interferem diretamente nas condições de
trabalho destes profissionais, dentre eles: o desenvolvimento rápido e contínuo da tecnologia
na área da saúde, a grande variedade de procedimentos realizados, o aumento constante do
conhecimento teórico e prático exigido nessa área, a especialidade do trabalho, a
hierarquização e a dificuldade de circulação de informação, o ritmo e o ambiente físico, o
estresse, e o contato com o paciente, a dor e a morte, potencializando a carga de trabalho e
ocasionando riscos à saúde física e mental (GOMES et al, 2006).
Entre os fatores físicos, o levantamento e transferência manual de pacientes, tarefas
envolvendo movimentos como puxar e empurrar, posturas incorretas e ficar em posição
ortostática durante grande parte do dia têm sido relatados como os principais causadores de
dores na coluna nestes profissionais (DINIZ et al, 2001).
A compreensão dos fatores de risco presentes em determinadas atividades pode
auxiliar a reestruturação do posto e as modificações organizacionais, com o objetivo de
diminuir a sobrecarga física e mental durante a realização do trabalho (TRELHA, 2007).
As posturas laborais dos profissionais da área de enfermagem são, na grande maioria,
desequilibradas e penosas, e em muitas situações, ao invés do profissional da enfermagem
ajudar o paciente a mudar a posição no leito, é ele quem faz todo trabalho e o paciente é um
sujeito passivo no ato, o que resultam em grande número de queixas em relação à algias da
coluna (LEMOS et al, 1999). “As posturas fazem parte dos elementos da análise do trabalho
mais evidente e mais negligenciada até hoje” (WISNER, 1987, 109).
No ambiente das unidades de tratamento intensivo (UTI), o qual possui uma rotina
permeada de incertezas, instabilidade, imediatismo e variabilidade, podendo ser geradoras de
estresse, a proximidade com os pacientes é intensa, visto que todos são altamente dependentes
(PASCHOA et al, 2007). Estes pacientes necessitam de cuidados diretos e intensivos, pois
seu quadro de saúde pode facilmente evoluir para a morte (GUERRER e BIANCHI, 2008).
Muitos deles em alguma fase da doença tornam-se extremamente “pesados” ou “trabalhosos”
em razão da gravidade ou condição física. A presença, por exemplo, do edema generalizado,
curativos extensos ou utilização de vários artefatos dificultam as manipulações e aumentam o
consumo do tempo para a execução dos cuidados. Tais exigências somadas ao duplo vínculo
podem levar muitos trabalhadores de enfermagem ao processo de desgaste físico, advindo da
sobrecarga de trabalho (PASCHOA et al, 2007).
O trabalho na UTI é bastante polêmico, pois são espaços que geram emoções e
sentimentos manifestados de forma muito intensa, além de necessitar intervenções rápidas,
envolvendo o funcionário de enfermagem num trabalho ambíguo, com aspectos gratificantes e
limitantes que estão presentes no seu mundo e na vida (GUERRER e BIANCHI, 2008).
Atualmente se faz cada vez mais necessário assegurar a energia e o compromisso das
pessoas com novas formas de trabalho e comportamento. Um dos componentes importantes é
incentivar as pessoas a uma nova cultura de hábitos saudáveis, tornando-as capazes de
condicionarem-se e permanecerem fisicamente capazes para a realização de suas atividades
laborativas na sua vida diária (profissional, familiar e no lazer) e ter ainda reservas suficientes
de energia para enfrentar eventuais necessidades físicas extras (NASCIMENTO e MORAES,
2000).
3.3 O trabalho e o setor de enfermagem
Os grupos de profissionais que trabalham em sistemas de turnos, como os
trabalhadores de enfermagem, sofrem maior impacto pelos fatores psicossociais do trabalho
em turno, os quais interferem nos processos saúde-doença (BARBOZA et al, 2008).
A atividade de cuidar em enfermagem é antiga, caracterizando-se, sobretudo, pela
promoção, manutenção e recuperação das necessidades básicas do indivíduo, em especial,
quando este é atingido em sua integridade física e mental (MAIA, 1999).
A enfermagem moderna nasceu como profissão a partir de Florence Nightingale na
segunda metade do século XIX. Florence considerava que a enfermeira deveria ser delicada,
sagaz e discreta, sóbria e honesta, religiosa e devotada. A mesma enfatizou conceitos de seres
humanos e meio ambiente, destacando os benefícios e o cuidado relacionado com a
ventilação, luz, calor, dieta, silêncio, condições sanitárias, como elementos-chave de saúde e
cuidado (NIGHTINGALE, 1989).
Os funcionários do setor de enfermagem prestam cuidados aos doentes, independente
de serem adultos, crianças, homens, mulheres, se sua doença é visível ou não, se é contagiosa
ou não, enfim, os cuidados tem que ser prestado considerando as especificidades dos quadros
clínicos, mas não a aparência ou o caráter do paciente enquanto pessoa, o que significa que
não deve haver discriminação de espécie alguma. O doente seja ele quem for, deve ser
cuidado como alguém que busca alívio e ou cura para seu sofrimento. Para isso a enfermagem
tem que prestar seus cuidados com técnicas adequadas a fim de tornar a estadia do paciente no
hospital curta e o menos dolorosa possível (HADDAD, 2000).
Atualmente, o setor de enfermagem é formado pelo enfermeiro com nível superior, o
técnico e auxiliar de enfermagem com nível médio. Estatísticas recentes demonstram que
existem cadastrados no Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina, 6.400
enfermeiros, 17.229 técnicos e 10.777 auxiliares de Enfermagem. De acordo com a Lei n˚
7.498, de 25 de junho de 1986, incubem aos profissionais de enfermagem (BRASÍLIA, 1986):
3.3.1 O Enfermeiro
Privativamente são responsáveis pela organização e direção dos serviços de
enfermagem, planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços de
assistência de enfermagem; consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre assuntos de
enfermagem, consulta e prescrição de enfermagem, cuidados diretos de enfermagem a
pacientes de maior complexidade técnica. Como integrantes da equipe de saúde possuem
participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde e dos planos
assistenciais de saúde; prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde
publica e em rotina aprovada pela instituição de saúde; participação em projetos de construção
ou reformas de unidades de internação; prevenção e controle sistemático de danos, da
infecção hospitalar, de doenças transmissíveis; assistência de enfermagem à gestante,
parturiente puérpera; educação em saúde (DI LASCIO, 2003).
3.3.2 O Técnico de Enfermagem
Este profissional é incumbido de executar tarefas auxiliares de nível médio técnico,
basicamente cabendo-lhe assistir ao enfermeiro no planejamento, programação, orientação e
supervisão das atividades de enfermagem e prestar cuidados diretos à pacientes, exceto os
privativos do enfermeiro (MARZIALE e CARVALHO, 1998).
3.3.3 O Auxiliar de Enfermagem
Este exerce atividades de nível médio, inclusive serviços de enfermagem sob
supervisão. O enfermeiro tem três papéis: o papel assistencial, o papel de líder e o de
pesquisador. No exercício de cada papel, este profissional tem responsabilidades próprias;
mas cabe ressaltar que o cargo de enfermagem é contemplado em interação dos seus papéis,
que estão estruturados para atender os cuidados de saúde imediatos e futuros (DI LASCIO,
2003).
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
4.1 Delineamento do Estudo
Este estudo caracterizou-se por uma pesquisa do tipo descritiva, exploratória e
qualitativa, pois, segundo Rudio (2000), a pesquisa descritiva está interessada em descobrir e
observar fenômenos, procurando descrevê-los, classificá-los e interpretá-los. Oliveira (2000)
ainda descreve que é certamente o tipo de estudo mais adequado quando o pesquisador
necessita obter melhor entendimento a respeito do comportamento de vários fatores e
elementos que influem sobre determinados fenômenos.
Para Gil (1991), há pesquisas que, embora definidas como descritivas a partir de seus
objetivos acabam servindo mais para proporcionar uma nova visão do problema, o que as
aproxima das pesquisas exploratórias. As pesquisas descritivas juntamente com as
exploratórias são as que habitualmente realizam os pesquisadores sociais preocupados com a
atuação prática.
Oliveira (2001) ainda ressalta que as pesquisas qualitativas possuem a facilidade de
poder descrever a complexidade de uma determinada hipótese ou problema, analisar a
interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos experimentados
por grupos sociais, apresentar contribuições no processo de mudança, criação ou formação de
opiniões determinado grupo e permitir a interpretação das particularidades dos
comportamentos ou atitudes dos indivíduos.
4.2 Delimitação do Estudo
O presente estudo foi realizado com os funcionários da Unidade de terapia intensiva
(UTI) do Hospital Governador Celso Ramos, na cidade de Florianópolis – Santa Catarina, no
período de setembro a outubro de 2009.
Este estudo teve como população alvo os funcionários que possuíam formação em
Enfermagem, seja graduação, nível técnico ou auxiliar, na Instituição onde a pesquisa foi
realizada.
Para a composição da amostra foram considerados os seguintes critérios de inclusão
para os indivíduos:
a) Ambos os sexos;
b) Todas as faixas etárias;
c) Funcionários da UTI – Hospital Governador Celso Ramos;
d) Graduação ou nível técnico e auxiliar em Enfermagem;
e) Que concordaram e possuíram disponibilidade em participar da pesquisa, através
da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE A).
Como critério de exclusão foi considerado: presença de doença mental e qualquer
outro fator de impedimento e compreensão para realização da entrevista.
4.3 Instrumentos e Procedimentos de Coleta de dados
Para atender os objetivos específicos foram desenvolvidas as seguintes atividades de
coleta de dados: triagem inicial com os sujeitos, determinação dos participantes e aplicação do
instrumento de pesquisa nos funcionários do setor de enfermagem da UTI do Hospital
Governador Celso Ramos.
4.3.1 Primeira etapa: Triagem inicial com os sujeitos de pesquisa
Foi realizada uma pré-seleção dos sujeitos que compunham a amostra dessa pesquisa
com base na relação de funcionários do setor de enfermagem concedida pelo departamento de
Recursos Humanos da instituição onde se realizou a pesquisa.
4.3.2 Segunda etapa: Determinação dos participantes
Foram selecionados para a pesquisa, os sujeitos que atenderam os critérios de inclusão
e não apresentaram os critérios de exclusão mencionados.
4.3.3 Terceira etapa: Aplicação do instrumento para avaliação da qualidade de vida dos
sujeitos de pesquisa
Para tal procedimento foi utilizado um instrumento elaborado pelas pesquisadoras
(apêndice A), adaptado de Di Lascio (2003), onde o mesmo tinha como objetivo propor um
modelo para análise de qualidade de vida no ambiente de trabalho para os profissionais dos
serviços de enfermagem em Hospital Pediátrico.
No instrumento, as perguntas foram inseridas de forma aleatória, visando não
manipular ou pressionar o respondente, dando a ele maior liberdade para as respostas.
4.4 Procedimentos de Análise dos Dados
O método qualitativo difere do quantitativo à medida que não emprega um
instrumental estatístico como base do processo de análise de um problema (RICHARDSON,
1999). De acordo com Rudio (2000), os dados obtidos qualitativamente utilizam palavras para
descrever o fenômeno, enquanto os dados obtidos de maneira quantitativa são expressos
através de símbolos numéricos.
A abordagem qualitativa de um problema, além de ser uma opção do investigador,
justifica-se, sobretudo, por ser uma forma adequada para entender a natureza de um fenômeno
social, e a quantitativa representa, em princípio, a intenção de garantir a precisão dos
resultados, evitar distorções de análise e interpretação, possibilitando, conseqüentemente, uma
margem de segurança quanto às inferências (RICHARDSON, 1999).
Após a coleta de dados através do instrumento de pesquisa (ver Anexo A), os dados
foram organizados e tabulados em forma de planilha eletrônica, por meio do programa
Microsoft Excel (Microsoft CorporationTM). Levando-se em consideração a ordem das
perguntas para fins de agrupamento das informações e, desse modo, proporcionar condições
de análise desses dados, os quais foram registrados em tabelas em que se pode notar a
freqüência absoluta (número absoluto de respostas) e a freqüência relativa (valores
percentuais).
O instrumento foi constituído por vinte e cinco perguntas, onde os assuntos foram
distribuídos aleatoriamente, de forma a não incitar a direção das respostas. As perguntas
fazem parte de Fatores (descritos abaixo), que quando agrupados informam as condições da
qualidade de vida no trabalho, ora em análise, do serviço de enfermagem da Unidade de
Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Governador Celso Ramos.
4.4.1 Fator 1: Perfil do profissional do setor de enfermagem
Avaliar itens referentes a: profissão, escolaridade, sexo, faixa etária, peso e altura para
que a pesquisa pudesse fornecer maiores subsídios às conclusões finais do estudo.
4.4.2 Fator 2: Condições Humanas para o trabalho
Avaliar itens referentes à preocupação com a saúde do trabalhador, como: queixas
álgicas, principal local de queixa álgica, tarefas mais incômodas, qualidade do sono e
afastamentos do trabalho.
4.4.3 Fator 3: Condições de desenvolvimento profissional e satisfação em relação ao trabalho
Avaliar itens referentes a salário, carreira, confiabilidade e imagem do hospital, nível
de satisfação em relação a profissão e ao trabalho que desempenha.
Após a realização do estudo, os resultados serão devolvidos aos participantes a partir
da exposição de um banner na UTI, contendo os resultados da pesquisa, a fim de informar o
impacto das atividades laborais na qualidade de vida dos funcionários do setor de
enfermagem.
Esclarecemos que os dados obtidos foram analisados apenas em caráter científico, e
sendo assim, o nome dos sujeitos não apareceram quando apresentados os resultados da
pesquisa.
5 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Para uma melhor compreensão do instrumento, optou-se por apresentar as perguntas
na forma como foram realizadas, facilitando assim, a apresentação dos dados para fins de
interpretação.
O anexo B reúne a totalidade das informações resultantes da pesquisa.
Com base na relação de funcionários concedida pelo setor de Recursos Humanos do
Hospital Governador Celso Ramos foram selecionados quarenta indivíduos que trabalham no
setor de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva do referido hospital, onde a aplicação
do instrumento foi realizada.
As pesquisadoras foram até a instituição onde foi realizado o estudo para se
apresentarem aos funcionários, explicando assim os procedimentos da pesquisa e verificando
quais os indivíduos atendiam aos critérios de inclusão e não apresentavam nenhum dos
critérios de exclusão mencionados. Após a concordância dos indivíduos em participarem da
pesquisa, os mesmos assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido.
Dos quarenta funcionários selecionados, todos atendiam aos critérios de inclusão da
pesquisa, mas apenas trinta e um responderam ao instrumento, sendo que quatro não
aceitaram responder, outros quatro indivíduos estavam no período de férias e um encontrava-
se em licença saúde.
5.1 Resultados do fator 1: Perfil do profissional do setor de enfermagem
Questão 1: Qual sua profissão?
Tabela 1 – Identificação da categoria profissional exercida pelos profissionais no Hospital Governador Celso Ramos.
ALTERNATIVAS FREQUÊNCIA ABSOLUTA
FREQUENCIA RELATIVA
Auxiliar de enfermagem 7 22,58%
Técnico de enfermagem 16 51,61%
Enfermeiro 8 25,81%
Pela tabela 1, pode-se observar que o maior contingente dos profissionais de
enfermagem da instituição onde foi realizada a pesquisa está concentrado em Técnico de
enfermagem (51,61%), por ser a área que exige maior número de atendentes.
Questão 2: Qual seu grau de escolaridade?
Quanto à escolaridade dos entrevistados, 16 possuíam ensino médio completo
(51,61%), 7 ensino superior incompleto (22,58%) e 8 ensino superior completo (25,81%)
sendo que destes, 6 possuem pós-graduação (75,00%).
Questão 3: Qual seu sexo?
Dentre os 31 trabalhadores que participaram da pesquisa, 24 eram do sexo feminino
(77,42%) e 7 do sexo masculino (22,58%), constatando assim, que a grande maioria dos
profissionais de enfermagem do setor da UTI do HGCR é do sexo feminino.
Questão 4: Qual a sua faixa etária?
Tabela 2 – Faixa etária dos profissionais de Enfermagem da UTI do Hospital Governador Celso Ramos.
FAIXA ETÁRIA FREQUÊNCIA ABSOLUTA
FREQUENCIA RELATIVA
Menos de 20 anos 0 -
De 20 a menos de 25 anos 0 -
De 25 a menos de 30 anos 8 25,81%
De 30 a menos de 35 anos 9 29,03%
De 35 a menos de 40 anos 2 6,45%
De 40 a mais anos 12 38,71%
A Tabela 2 mostra que a maioria dos indivíduos que fizeram parte da pesquisa
possuem faixa etária de 40 a mais anos.
Questão 5 e 6: Qual o seu peso? E sua altura?
As tabelas 3 e 4 nos mostram que os funcionários apresentam uma média de peso de
67,38Kg e de altura 1,64m.
Tabela 3 – Peso dos trabalhadores da equipe de enfermagem.
PESO FREQUÊNCIA ABSOLUTA
FREQUENCIA RELATIVA
De 40 a menos de 55 kg 5 16,13%
De 55 a menos de 70 kg 12 38,71%
De 70 a menos de 85 kg 11 35,48%
De 85 a menos de 100 kg 3 9,68%
De 100 kg a mais 0 0%
Tabela 4 – Altura dos trabalhadores da equipe de enfermagem.
ALTURA FREQUÊNCIA ABSOLUTA
FREQUENCIA RELATIVA
De 1,50m a menos de 1,65m 16 51,61%
De 1,65m a menos de 1,80m 15 48,39%
De 1,80m a mais 0 0%
5.2 Resultados do fator 2: Condições humanas para o trabalho
Questão 7: Você é fumante?
Ao serem questionados quanto ao hábito de fumar, 5 trabalhadores responderam que
são fumantes (16,13%), 5 são ex-fumantes (16,13%) e 21 responderam que não possuem este
hábito (67,74%).
Questão 8: Você vai ao médico regularmente?
Dos 31 indivíduos que fizeram parte da pesquisa, 17 (54,84%) vão ao médico
regularmente e 14 (45,16%) responderam não a pergunta.
As questões a seguir relacionam carga horária de trabalho e o tempo de descanso
durante as atividades profissionais.
Questão 12: Indique quantas horas você trabalha semanalmente?
Questão 12.1: Neste hospital? Questão 12.2: Outros locais?
Questão 13: Quando você está trabalhando, quanto tempo, em minutos, lhe é permitido
descansar?
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
de 20h amenos de 30h
de 30h amenos de 40h
de 40 amenos de 50h
de 50 amenos de 60h
de 60 a mais
Horas de trabalho
Fun
cion
ário
s
Outros Locais
Neste Local
Figura 1: Carga horária semanal.
16,13%
0%
70,97%
6,45%6,45%
0
5
10
15
20
25
De 0min a menosde 25min
De 25min amenos de 50min
De 50min amenos de 75min
De 75min amenos de 100min
De 100 a mais
Horas de descanso
Fun
cion
ário
s
Figura 2: Tempo de descanso.
Nestas questões obteve-se variação entre 30 à 60 horas neste hospital e de 20 a 60
horas em outro local, como mostra a figura 1, sendo que a maioria realiza de 50 a menos de
75 minutos de descanso (figura 2).
Questão 14: Quando você esta em sua casa, no seu período de folga, como é o seu sono?
Quanto a qualidade do sono no período de folga dos entrevistados, 15 pessoas
responderam acordar várias vezes durante a noite (48,39%), outros 15 relatam dormir bem e
descansar o suficiente (48,39%), e apenas 1 não consegue dormir (3,23%).
Questão 18: Em geral, você diria que sua saúde é:
Em relação à saúde de cada trabalhador, 1 pessoa referiu ser excelente (3,23%), 6
responderam ser muito boa (19,35%), 20 relataram ter uma boa saúde (64,52%) e 4
consideram ter uma saúde ruim (12,90%).
Questão 19: Comparada há um ano, como você classificaria sua saúde em geral, agora?
Um indivíduo relatou possuir uma saúde muito melhor agora (3,23%), 6 um pouco
melhor agora (19,35%), 15 consideram estar quase a mesma coisa (48,39%) e 9 funcionários
referem estar um pouco pior agora (29,03%).
Questão 20: Durante o último mês, de que maneira a sua saúde física ou problemas
emocionais interferem nas suas atividades sociais normais, em relação à família, vizinhos,
amigos ou em grupo?
Tabela 5 – Interferência da saúde física ou problemas emocionais nas atividades sociais normais.
ALTERNATIVA FREQUÊNCIA ABSOLUTA
FREQUÊNCIA RELATIVA
De forma nenhuma 12 38,71%
Ligeiramente 4 12,90%
Moderadamente 11 35,48%
Bastante 2 6,45%
Extremamente 2 6,45%
Conforme a tabela acima, pode-se notar que para a maioria dos trabalhadores sua
saúde física ou problemas emocionais interferiram em suas atividades sociais, sendo que para
12,90% interferiu ligeiramente, 35,48% moderadamente, 6,45% bastante e 6,45%
extremamente.
Questão 21: Você apresentou alguma dor durante o último mês?
Dos 31 funcionários, apenas 11 (35,48%) relataram não ter sentido dor no último mês.
Os 64,52% restantes apresentaram, dor muito leve (12,90%), leve (16,13%), moderada
(25,81%) e grave (9,68%), como pode-se observar na figura abaixo.
0%
9,68%
25,81%
16,13%12,90%
35,48%
0
2
4
6
8
10
12
Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave
Intensidade da dor
Fun
cion
ário
s
Figura 3: Presença de dor durante o último mês.
Questão 21.1: Durante o último mês, quanto essa dor interferiu em seu trabalho?
61,29%
9,68%
22,58%
6,45%
De maneira alguma
Um pouco
Moderadamente
Bastante
Figura 4: Interferência da dor no trabalho.
Embora 61,29% dos entrevistados afirmarem que a dor não interferiu no trabalho, um
número considerável de trabalhadores responderam que houve interferência, onde 7 (22,58%)
destes a classificaram de forma moderada.
Questão 21.2: Qual o local da referida dor?
Tabela 6 – Local da dor.
ALTERNATIVA FREQUÊNCIA ABSOLUTA
FREQUÊNCIA RELATIVA
Coluna 14 40,00%
Ombro 2 5,71%
Quadril 2 5,71%
Cervical 1 2,86%
Joelho 1 2,86%
Cabeça 4 11,43%
Tórax 1 2,86%
Nenhuma 11 35,48%
Observa-se que a dor acomete diversos locais, entretanto houve predomínio da região
da coluna com 40,00% das respostas apresentadas, seguida pela região da cabeça com
11,43%.
Questão 22: Você já teve sua saúde comprometida devido suas funções exercidas na
profissão?
Sete indivíduos responderam que sim e necessitaram de afastamento (22,58%), 8
relataram que sim mas sem necessidade de afastamento (25,81%) e 16 afirmaram que não
houve comprometimento (51,61%).
Questão 23: Suas atividades laborais exigem esforço físico?
A figura 5 nos mostra praticamente uma unanimidade em relação ao esforço físico.
93,55%
6,45%
Sim
Não
Figura 5: Esforço físico durante atividades laborais.
Questão 24: Se você pudesse enumerar as atividades laborais do seu setor de acordo com o
grau de dificuldade da execução das mesmas, como seria?
Segundo o relato da maioria dos funcionários, as atividades laborais que possuem
maior grau de dificuldade são mudança de decúbito (17,72%), banho no leito (16,46%),
transporte e/ou transferência do paciente (13,92%) e mobilização do paciente (11,39%),
evidenciado na tabela 7.
Tabela 7: Atividades laborais enumeradas a partir do grau de dificuldade.
ATIVIDADES LABORAIS FREQUÊNCIA ABSOLUTA
FREQUÊNCIA RELATIVA
Mudança de decúbito 14 17,72% Banho no leito 13 16,46% Transporte e/ou transferência do paciente 11 13,92% Mobilização do paciente 9 11,39% Não respondeu 6 7,59% Suspender paciente no leito 6 7,59% Altura dos monitores 4 5,06% Massagem de conforto no leito 2 2,53% Excesso de trabalho 2 2,53% Massagem cardíaca 2 2,53% Grau de responsabilidade 2 2,53% Muitas horas de pé 1 1,27% Trocar roupa de cama 1 1,27% Intercorrências 1 1,27% Comprometimento emocional 1 1,27% Aspiração 1 1,27% Coleta de gasometria 1 1,27% Realizar grandes curativos 1 1,27% Falta de material para realização das técnicas 1 1,27%
Questão 26: Você pratica atividade física regularmente?
Os resultados dos profissionais foram bem divididos como mostra a figura abaixo,
sendo que 16 (51,61%) não realizam e 15 (48,39%) realizam atividade física.
51,61%48,39% Não
Sim
Figura 6: Prática de atividade física.
Questão 25: Durante o ultimo mês, você teve algum dos seguintes problemas com o seu
trabalho ou com alguma atividade diária regular, como consequência de sua saúde?
Conforme tabela 8, 24 funcionários (77,42%) não diminuíram a quantidade de tempo
que dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades, porém 16 (51,61%) realizaram menos
tarefas do que gostariam e apresentaram dificuldade para fazer seu trabalho ou outras
atividades. Quanto ao estar limitado ao seu tipo de trabalho ou em outras atividades, 32,26%
responderam que sim.
Tabela 8: Problemas com trabalho ou atividade diária regular por conseqüência da saúde.
SIM NÃO
FREQUÊNCIA ABSOLUTA
FREQUÊNCIA RELATIVA
FREQUÊNCIA ABSOLUTA
FREQUÊNCIA RELATIVA
Você diminuiu a quantidade de tempo que dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades?
7 22,58% 24 77,42%
Realizou menos tarefas do que gostaria?
16 51,61% 15 48,39%
Esteve limitado ao seu tipo de trabalho ou em outras atividades?
10 32,26% 21 67,74%
Teve dificuldade para fazer seu trabalho ou outras atividades (ex: necessitou de um esforço extra)?
16 51,61% 15 48,39%
5.3 Resultados do fator 3: Condições de desenvolvimento profissional e satisfação em
relação ao trabalho
Questão 9: Para quantas instituições você presta serviços profissionais?
Dos profissionais entrevistados 22 (70,97%) prestavam serviço apenas em uma
instituição (Hospital Governador Celso Ramos), 9 trabalhavam em duas instituições (29,03%)
e nenhum funcionário referiu trabalhar em 3 ou mais instituições.
Questão 10: Há quanto tempo trabalha na UTI do HGCR?
Questão 11: Há quanto tempo você exerce a sua profissão?
Analisando a figura 7 (página seguinte), percebe-se que tanto relacionado ao tempo de
profissão quanto ao de atuação dentro da UTI do HGCR, a maioria exercem suas funções há 9
ou mais anos.
02468
101214161820
Men
os de
1 an
o
1 a
men
os d
e 3 a
nos
3 a
men
os d
e 5 a
nos
5 a
men
os d
e 7 a
nos
7 a
men
os d
e 9 a
nos
9 a
mais
ano
s
Tempo
Fun
cion
ário
s Tempo de Profissão
Tempo de atuaçãodentro da UTI do HGCR
Figura 7: Tempo de exercício da profissão e tempo de atuação dentro da UTI do HGCR.
Questão 15: Você acredita que seu hospital é bem conceituado pela população em geral?
Os dados da figura 8 revelam que a maioria dos funcionários (61,29%) crêem que seu
hospital é bem conceituado pela população em geral.
61,29%
38,71% Sim 19
Não 12
Figura 8: Percepção dos funcionários quanto ao conceito do Hospital pela população.
Questão 17: Pela quantidade de trabalho diário que você tem no hospital, ou ainda, pela
produção que você apresenta, qual é o seu grau de satisfação em relação ao salário que você
recebe?
3,23%0%
6,45%
16,13%
41,94%
32,26%
0246
8101214
Tot
alm
ente
insa
tisfe
ito
Insa
tisfe
ito
Nem
insa
tisfe
ito/n
emsa
tisfe
ito
Sat
isfe
ito
Ple
nam
ente
satis
feito
Não
res
pond
eu
Grau de satisfação
Fun
cion
ário
s
Figura 9: Satisfação salarial dos funcionários do HGCR.
Em relação a satisfação profissional, 10 entrevistados (32,26%) consideram-se
totalmente insatisfeito, 13 (41,94%) insatisfeito, 5 (16,13%) nem insatisfeito/nem satisfeito, e
apenas 2 funcionários (6,45%) consideram-se satisfeitos. Um (3,23%) indivíduo não
respondeu esta questão.
Questão 16: Qual seu grau de satisfação em relação à profissão que você exerce?
Dois indivíduos consideravam-se totalmente insatisfeitos (6,45%), 6 estão nem
insatisfeitos e nem satisfeitos (19,35%), 21 mostraram-se satisfeitos (67,74%) e apenas 2
plenamente satisfeitos (6,45%).
6 DISCUSSÃO
6.1 Discussão do fator 1: Perfil do profissional do setor de enfermagem
De acordo com os dados desta pesquisa, a maioria dos funcionários da equipe de
enfermagem da UTI do HGCR enquadra-se na categoria de técnico, totalizando 51,61%,
assim como os dados achados por Martins (1999), onde esta categoria também foi
predominante. Porém grande parte de outros estudos relacionados aos profissionais de
enfermagem contradizem estes achados, onde a categoria dos auxiliares normalmente
predomina. Oler et al (2005) mostraram que a maior parte da sua equipe de pesquisa era
constituída por auxiliares de enfermagem, ao contrário do nosso estudo onde esta categoria
constitui a menor parte dos funcionários. Magalhães e Juchem (2000), além da predominância
dos auxiliares, ainda acrescentam que no Brasil, apesar do crescimento da categoria de técnico
de enfermagem, estes ainda são contratados como sendo de outras categorias, o que confirma
o fato da maioria dos estudos encontrarem técnicos de enfermagem em menor quantidade.
Já para Inoue e Matsuda (2009) o percentual reduzido de enfermeiros em relações aos
demais profissionais da equipe de enfermagem, gera sobrecarga do trabalho, ou mesmo,
disfunção na atuação dos profissionais de enfermagem do nível médio (técnico e auxiliar de
enfermagem), com potenciais prejuízos à qualidade da assistência ao paciente crítico.
Quanto à escolaridade, mais da metade dos entrevistados possuíam ensino médio
completo, totalizando 51,61% dos funcionários, e o restante distribuem-se em ensino superior
incompleto (22,58%) e ensino superior completo (25,81%). Dos que possuem o ensino
superior completo, 75% são pós-graduados. De acordo com a análise de Di Lascio (2003),
78% dos entrevistados apresentaram ensino médio completo, sendo predominante como no
presente estudo. Já no estudo de Guerrer e Bianchi (2008), a categoria da escolaridade
divergiu, sendo que a maioria dos enfermeiros por ele estudado, possuem pelo menos um
curso de pós-graduação, sendo 74,5% do total. Este autor ainda relata que esta é uma
característica que cada vez mais está sendo observada entre os enfermeiros jovens, que se
colocam no mercado de trabalho com a capacitação de especializações, principalmente para
atuação em unidades de prestação de assistência complexa, como ocorre em UTIs.
Outra questão que apresentou uma diferença bastante significativa está relacionada ao
sexo dos trabalhadores, onde os resultados obtidos nesta pesquisa confirmam os achados do
estudo de Ferrarezi et al (2006), que obtiveram quase a totalidade de enfermeiros do sexo
feminino (97,1%). Guerrer e Bianchi (2008) ainda destacam em seu estudo que os dados
básicos do Brasil de 2004 indicam que aproximadamente 92% do total de enfermeiros são do
sexo feminino. Este predomínio tão marcante explica-se pelas características próprias da
mulher, como cita Oler et al (2005), que algumas atividades e elementos necessários para a
boa recuperação do doente são delegadas à figura desta.
A maioria da população estudada possui faixa etária de 40 a mais anos, semelhante ao
estudo de Reisdorfer (2002), onde a média de idade dos enfermeiros foi de 40 anos (de 30 a
50 anos). Outro estudo, realizado por Guerrer e Bianchi (2008), obtiveram uma maioria de
entrevistados com menos de 40 anos, totalizando 80,2%. Estes autores ainda relatam que este
resultado é o esperado para este setor, pois esta população considerada jovem (menos de 40
anos), mesmo durante a graduação, são motivados à prestação de serviços a pacientes críticos,
que também requerem maior tempo de cuidado. Os mesmo autores ainda acrescentam que
uma outra justificativa para a redução de profissionais da enfermagem com mais de 40 anos
seria a possibilidade destes estarem em cargos administrativos ou outras áreas como a de
ensino, pelo fato de terem experiência na profissão.
Para auxiliar a traçar o perfil da equipe de enfermagem da UTI do HGCR, analisamos
também o peso e altura dos funcionários, onde obteve-se uma média de peso de 67,38Kg e
uma média de altura de 1,64m. Costa (2005) nos mostra resultados parecidos, sendo que a
média de peso dos entrevistados foi de 65,5Kg e a altura de 1,67m.
6.2 Discussão do fator 2: Condições humanas para o trabalho
Observou-se neste estudo quanto ao tabagismo, que 67,74% dos trabalhadores não
apresentam este hábito, assim como verificado no estudo de Lino (2004) onde
aproximadamente 89% do total dos enfermeiros entrevistados também não fumam, o que já
seria esperado visto que são profissionais conscientes, que atuam na área da saúde.
Confirmando o que constatou Di Lascio (2003), que 64% dos funcionários realizam consultas
médicas regularmente, a prevalência da população por nós estudada é de que 54,84% também
relatam ir ao médico regularmente.
A carga horária de trabalho foi avaliada em nosso estudo em horas semanais, sendo
que as respostas dos entrevistados variaram entre 30 a 60 horas no HGCR e de 20 a 60 horas
em outro local. Na análise do período de descanso, que também pode interferir na qualidade
de vida do trabalhador, obtivemos como resultados que a maioria realiza de 50 a menos de 75
minutos de descanso. Na pesquisa realizada por Ferrarezi (2006), verificou-se que mais da
metade da sua amostra (75%) trabalhavam entre 10 e 12 horas diárias, resultando em carga
horária exaustiva, considerando o tipo de trabalho e atribuições exercidos por estes
profissionais. Essas informações são importantes e merecem atenção, pois como evidenciado
nesta pesquisa, a longa jornada de trabalho interfere diretamente nas relações sociais dos
indivíduos acarretando, entre outros, problemas que poderão afetar a saúde e o estado
psicológico do trabalhador (CECAGNO et al, 2002).
De acordo com o estudo de Di Lascio (2003), 70% dos funcionários possuem um
período de descanso de 15 minutos, o que obedece a legislação trabalhista que exige esse
intervalo em expediente de 6 horas. A duração da atividade, hora ou execução da tarefa, e
pressão dos ritmos e de horários do meio social são elementos decisivos da dificuldade
laboral, sendo importantes fatores de processos fisiológicos e psicológicos para o trabalho
(BULHÕES, 1998).
Spiller et al (2008) realizaram uma análise da qualidade de vida envolvendo
profissionais da área de fisioterapia, nutrição e equipe de enfermagem, e constataram que a
categoria dos enfermeiros foi a que mais apresentou problemas relacionados à saúde. Partindo
deste pressuposto os trabalhadores do presente estudo foram questionados à percepção de sua
saúde, onde entre estado excelente, muito bom, bom, ruim e muito ruim, 64,52% relataram ter
uma boa saúde atualmente, e apenas 9 indivíduos referiram estar pior agora, sendo que a
maioria dos restantes (48,39%) consideram estar quase a mesma coisa comparado há um ano.
Questionados quanto à interferência da saúde física ou problemas emocionais nas
atividades sociais normais, em relação à família, vizinhos, amigos ou em grupo, durante o
último mês, 12 responderam de forma nenhuma (38,71%), 4 ligeiramente (12,90%), 11
moderadamente (35,48%), 2 bastante (6,45%) e 2 extremamente (6,45%). Conviver com a
família, ter amigos e manter um bom relacionamento social com outras pessoas também são
situações que interferem na qualidade de vida. A equipe de enfermagem deve ser estimulada a
manter uma relação de interação com os demais membros uma vez que a convivência social
contribui para o desenvolvimento interior do ser humano, pois não vivemos totalmente
independentes, e por esta razão se torna necessária a participação social (LENTZ et al, 2000).
No estudo de Lino (2004) evidenciou-se que a grande maioria dos profissionais envolvidos na
pesquisa relataram que suas atividades profissionais interferem em sua vida particular, sendo
que 36,5% dos entrevistados dizem que esta ocorre de maneira negativa.
Quando questionados se as funções exercidas na profissão já comprometeram à saúde
dos indivíduos, 7 responderam que sim e necessitaram de afastamento (22,58%), 8 relataram
que sim mas sem necessidade de afastamento (25,81%) e 16 afirmaram que não houve
comprometimento (51,61%). Ao contrário da presente pesquisa, em que a minoria dos
indivíduos necessitaram afastamento do seu trabalho por comprometimento à saúde, Lino
(2004) constatou que quase 50% do total de seus trabalhadores tiveram falta no serviço em
virtude destes problemas. Para Barboza e Soler (2003), os afastamentos da equipe de
enfermagem por problemas de saúde acometem predominantemente as áreas mais complexas,
como na UTI, onde os trabalhadores são alvos para um grande número de transtornos de
ordem física, química e psicológica.
Leitão et al (2008) descreve que a fadiga é um sinal de alarme para que o organismo
reconheça seus limites e estabeleça um período de repouso para reverter os sintomas
instalados, caso contrário pode levar o profissional a um esgotamento físico e psíquico e à
manifestação de alterações no funcionamento fisiológico das funções orgânicas. De acordo
com a qualidade do sono no período de folga dos entrevistados, 48,39% dos funcionários
responderam acordar várias vezes durante a noite e apenas 3,23% não consegue dormir. Em
estudo realizado por Barboza (2008), 97,3% dos profissionais de enfermagem apresentam má
qualidade de sono, ao contrário do estudo de Di Lascio (2003) em que a maioria (56%) dorme
bem e descansam o suficiente.
O trabalho destes profissionais inseridos nas instituições de saúde é muitas vezes
multifacetado, dividido e submetido a alguma diversidade de cargos que são geradores de
desgaste (GUERRER e BIANCHI, 2008). O próprio “clima” destes locais de trabalho pode
contribuir também para este desgaste, pois o ritmo é bastante intenso e acontecimentos de
agravos e mortes estão suscetíveis a ocorrer a qualquer momento (FERRAREZE et al, 2006).
A ocorrência dos distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) vem
crescendo nas últimas décadas, devido ao risco ao qual os profissionais de saúde estão
expostos devido à movimentação e ao transporte de pacientes, que exigem grande esforço
físico e estão associados a problemas músculo-esqueléticos (MIRANDA e STANCATO,
2008). Apesar de 35,48% dos funcionários aqui estudados negarem, a maior parte destes
referiram algum tipo de dor no último mês, sendo que 25,81% as definiram como intensidade
moderada, 9,68% como grave e os demais entre leve e muito leve, o que de certa forma pode
interferenciar negativamente na qualidade de vida dos indivíduos e também interferir no seu
trabalho, como relataram 39% dos participantes entre interferência pouca, moderada e
bastante.
Os participantes deste trabalho indicaram dores em diversos locais, porém a coluna foi
a região predominantemente afetada com 40,00% seguida da região da cabeça com 17,14%,
como se pode observar na tabela 6. Na análise de Fonseca (2009) sobre doenças músculo-
esqueléticas em trabalhadores de enfermagem, observou acometimento de 65,6% nos
membros inferiores, 57,1% em pescoço, ombro ou parte alta do dorso e 32,5% em
extremidades superiores distais. Oler et al (2006) avaliaram a qualidade de vida da equipe de
enfermagem do centro cirúrgico de um hospital escola e estes apresentaram freqüentemente
sintomas de dor, sendo as mais freqüentes dores de cabeça por tensão ou dor muscular no
pescoço e membros.
Estes sintomas estão relacionados ao desgaste característico a qual os trabalhadores de
enfermagem estão expostos, pois as cargas de trabalho podem ser tanto de materialidade
externa como interna, estando a primeira relacionada a cargas físicas e biológicas, químicas e
mecânicas, e a segunda às cargas fisiológicas e psíquicas, uma vez que estas estão presentes
no ambiente hospitalar e podem desencadear desgastes irreversíveis que geram desde dor e
acidentes, até mesmo doenças e mortes prematuras (LIMA e ESTHER, 2001).
Em conseqüência de sua saúde, 22,58% dos trabalhadores relataram ter diminuído a
quantidade de tempo dedicado ao seu trabalho ou outras atividades, 51,61% realizaram menos
tarefa do que gostariam neste último mês, além de apresentarem dificuldade para realização
destas, e 32,26% ainda estiveram limitados ao seu tipo de trabalho ou outras atividades.
Os trabalhadores de enfermagem em unidades críticas desenvolvem muitas atividades
que exigem esforço físico. Estas abrangem não somente o manuseio do paciente, mas também
uma grande extensão de outros trabalhos, tais como: retirar e colocar monitores de prateleiras
e mesas auxiliares, organizar os equipamentos e mobiliário a beira do leito e em salas
especiais, dispor materiais de consumo no posto de trabalho e separar os equipamentos e
mobiliários com problemas técnicos para reparos (NISHIDE e BENATTI, 2004). No presente
estudo quase a totalidade dos profissioanais (93,55%) declararam que suas atividades laborais
realmente exigem esforço físico, sendo que entre estas as indicadas com um maior grau de
dificuldade na execução foram mudança de decúbito (17,72%), banho no leito (16,46%) e
transporte e/ou transferência dos pacientes (13,92%), como mencionado no capítulo anterior
(tabela 7).
O banho no leito é geralmente realizado com ajuda de outro colega da equipe,
minimizando o esforço da mobilização dos pacientes inconscientes e incapazes de cooperar,
porém estas atividades podem levar as equipes de enfermagem a sentir dores musculares e
articulares, danificando a saúde do trabalhador (LEITÃO e FERNANDES, 2008). Um outro
estudo, realizado na Universidade de Campinas, no estado de São Paulo, revela que as causas
da ocorrência de acidentes apontadas como as mais frequentes foram o levantamento ou
transferência de peso excessivo, em razão de pacientes obesos e/ou dependentes durante a
realização de banho no leito, além de transporte de equipamentos e macas (SILVA e
MARZIALE, 2002).
Estas atividades acima citadas geram conseqüências psicofisiológicas aos profissionais
de uma UTI, as quais são desencadeadas por fatores como sobrecarga de trabalho, relação
interpessoal, ambiente de trabalho, condições pessoais, personalidade e ainda o tempo de
serviço (MIRANDA e STANCATO, 2008). A idade também tem importância quando
discutido sobrecargas no trabalho, pois a resistência da coluna vertebral dos profissionais vem
decaindo conforme o envelhecimento da pessoa (ALEXANDRE, 1998).
Estudos epidemiológicos demonstram que para uma melhor qualidade de vida, a
prática regular de atividade física tem grande importância (ARAÚJO e ARAÚJO, 2000). No
presente estudo a população estudada se mostrou dividida quanto à prática de atividade física,
uma vez que 16 (51,61%) profissionais informaram não realizar este tipo de atividade,
enquanto 15 (48,39%) destes relataram praticar alguma atividade física. Já na pesquisa de Di
Lascio (2003), a grande maioria dos indivíduos (61%) não possuem o hábito de realizar algum
exercício físico, sendo um dado preocupante visto que os profissionais de enfermagem estão
submetidos à tarefas estressantes. A atividade física é um instrumento para promoção de
saúde e desempenho profissional, prevenindo assim as lesões no ambiente de trabalho e
proporcionando uma boa qualidade de vida (FREITAS et al, 2005). Apesar da população
atual ter um bom conhecimento e meios de informações sobre atividade física relacionada à
saúde, um estudo realizado no Brasil demonstrou que 29% a 97% da população dos adultos
estão expostos à baixos níveis de atividade física (TASSITANO et al, 2007).
6.3 Discussão do fator 3: Condições de desenvolvimento profissional e satisfação em
relação ao trabalho
Dos profissionais entrevistados 22 (70,97%) prestavam serviço apenas em uma
instituição (Hospital Governador Celso Ramos), e 9 trabalhavam em 2 instituições (29,03%),
aproximando aos achados de Lino (2004) em que a grande maioria trabalhava apenas em uma
instituição e apenas 36,9% trabalham em mais de uma. Em Paschoa et al (2007), entre os
entrevistados que possuíam dois ou mais vínculos empregatícios verificou-se que o segundo
emprego era predominantemente na área da saúde (90,2%). Lino (2004) ainda destaca que
duplas ou triplas jornadas de trabalho remunerado e formal estão relacionadas diretamente a
horários irregulares de atividade de vida diária, mediadores potenciais de desequilíbrios na
saúde física e mental, além de desajustes na vida social e familiar.
De acordo com tempo de profissão, neste estudo, constatou-se que a maioria dos
funcionários (61,29%) exercia sua profissão a 9 ou mais anos, inclusive 38,71% do total de
funcionários trabalha na instituição pesquisada de 9 a mais anos. Em Pereira e Bueno (1997),
predominou o tempo de serviço acima de 10 anos. Para Schmidt (2004), o tempo de serviço
na instituição variou de seis meses a 29 anos, sendo que 61,8% tinham mais de cinco anos de
contrato de trabalho.
Em relação ao seu hospital de trabalho, 19 funcionários acreditam que este seja bem
conceituado pela população em geral (61,29%), enquanto 12 pensam o contrário (38,71%).
Dilascio (2003) descreve que em seu estudo houve quase uma unanimidade, onde 98% dos
funcionários acreditam que seu hospital é bem conceituado perante a população geral. Uma
empresa bem conceituada, neste caso o hospital, é determinada por sua capacidade de
satisfazer às exigências de qualidade no mercado, o que conseqüentemente influencia também
a qualidade de vida dos funcionários que ali atuam. Para poder oferecer um excelente
ambiente de trabalho, é necessário ser excelente (MOLLER, 1996; CHIAVENATO, 1996).
Quando questionados sobre satisfação profissional, 21 funcionários (67,74%)
mostraram-se satisfeitos. Houve a mesma constatação no estudo de Schmidt (2004), onde
87,4% dos trabalhadores sentem-se satisfeitos com o tipo de atividade que realizam em seu
trabalho. A satisfação profissional é considerada um dos indicadores da qualidade de vida no
trabalho, visto que esta associada ao bem-estar, influenciam a qualidade final da assistência
prestada pelos profissionais de enfermagem para seus pacientes (SCHMIDT e DANTAS,
2006).
De acordo com a satisfação salarial, a maioria dos trabalhadores se consideravam
insatisfeitos (41,94%), seguido pelos que se mostravam totalmente insatisfeitos (32,36%),
nem insatisfeitos e nem satisfeitos (16,13%), satisfeitos (6,45%) e 1 pessoa não respondeu a
esta questão (3,23%). Estes resultados obtidos foram semelhantes ao de Stumm et al (2009)
onde, a maioria dos profissionais de enfermagem (73,3%) relatavam não estar satisfeita com a
remuneração salarial, tornando-se por referências as funções exercidas.
Del Cura (1994) ressalta que uma remuneração justa deva ser aquela que preenche as
necessidades do empregado e também seja equivalente aos esforços despendidos por este no
desempenho de sua função, somente assim poderemos elevar a satisfação para este
componente. Lino (2004) ainda acrescenta que a recompensa monetária age como motivadora
de maior eficiência e produtividade, gerando satisfação no trabalho e melhoria da qualidade
de vida do trabalhador.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com o objetivo principal, pode-se evidenciar que as atividades exercidas
pelos profissionais estudados interferem na qualidade de vida, visto que as atividades
realizadas na UTI hospitalar exigem uma dedicação integral dos trabalhadores, pois estes
atuam com pacientes que possuem a saúde bastante debilitada, geralmente de alto risco.
Conseqüentemente, estes profissionais realizam muitas tarefas que exigem de esforço físico e
grande carga horária de trabalho que culminam em insatisfação, além de queixas álgicas e um
conseqüente desconforto físico e emocional que acabam interferindo nas suas atividades
sociais normais.
Portanto, se houver uma adequação nas condições de trabalho e cuidados pessoais, o
impacto promovido pelas atividades laborais na qualidade de vida dos trabalhadores da equipe
de enfermagem serão minimizados, havendo conseqüentemente um melhor desempenho e
satisfação profissional, assim como um bem estar geral e uma melhor qualidade de vida.
Sugerimos a realização de novos estudos enfatizando mudanças possíveis nas condições de
trabalho oferecidas aos funcionários com posterior análise da intensidade dos impactos
laborais.
REFERÊNCIAS
ALEXANDRE, N. M. C. Ergonomia e as atividades ocupacionais da equipe de enfermagem. Revista Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, São Paulo, v.32, n.1, p.84-90, abr. 1998. ARAÚJO, D. S. M. S. de; ARAÚJO, C. G. S. de. Aptidão física, saúde e qualidade de vida relacionada à saúde em adultos. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Rio de Janeiro, v.6, n.5, set./out. 2000. ASSUNÇÃO, A. A.; ROCHA L. E. Agora... até namorar fica difícil: uma história de lesões por esforços repetitivos. In: BUSCHINELLI, T. et al. Isto é trabalho de gente? Vida, doença e trabalho no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1994, p. 461-493. AUGUSTO, V. G. et al. Um olhar sobre as LER/DORT no contexto clínico do fisioterapeuta. Rev. Brasileira Fisioterapia, São Carlos, v. 12, n.1, p.49-55, 2008. AZEVEDO, V. A. Z.; KITAMURA, S. Qualidade de Vida e fadiga Institucional. In: AGUINALDO, G. et al. Stress, Trabalho e Qualidade de Vida. Campinas: IPES Editorial, 2006, p. 137-150. BARBOZA, J. I. R. A. et al. Avaliação do padrão do sono dos profissionais de enfermagem dos plantões noturnos em unidades de terapia intensiva. Einsten, v.6, n.3, p.296-301, 2008. BARBOZA, D. B.; SOLER, Z. A. Afastamento do trabalho na enfermagem: ocorrências com trabalhadores de um hospital de ensino. Revista Latino Americana de Enfermagem. V.11, n. 2, pág.177-183, 2003. BAÚ, L. M. S. Intervenção ergonômica e fisioterápica como fator de redução de queixas músculo-esqueléticas em bancários. 2005. Trabalho de conclusão de curso. (Mestrado profissionalizante em engenharia) - Escola de engenharia. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2005. BRASÍLIA. Decreto-lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986. Dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem e dá providências. Disponível em: <http://www.coren-sc.org.br/Empresa2/lei7498.htm>. Acesso em: 30 jul.2008. BULHÕES, I. Riscos do trabalho de enfermagem. 2ed. Rio de Janeiro: Ideas, 1998.
CECAGNO, D. et al. Qualidade de vida e o trabalho sob a ótica do enfermeiro. Cogitare Enfermagem, Curitiba, v. 7, n. 2, p.54-59, 2002. ______. Satisfação de uma equipe de enfermagem quanto a profissão e emprego num hospital do sul do estado do Rio Grande do Sul. Cogitare Enfermagem. Curitiba, v.8, n.1, p.34-38, janeiro/junho 2003. CHIAVENATO, I. Gerenciando Pessoas. 3.ª edição. São Paulo: Makron Books, 1997. ______. Felicidade é sinônimo de Produtividade. Revista Decidir, São Paulo: junho, 1996. CODO, W.; ALMEIDA, M. C. de. LER – Lesões por Esforços Repetitivos. 4ª edição, 1998. COSTA, C. C. da. Aspectos ergonômicos na organização do trabalho da equipe de enfermagem de uma UTI adulto. 2005. Trabalho de conclusão de curso. (Mestrado profissionalizante em engenharia) - Escola de engenharia. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2005. DEL CURA, M. L. A. Satisfação profissional do enfermeiro. 1994. Dissertação (Mestrado em enfermagem) - Escola de enfermagem de Ribeirão Preto. Universidade de São Paulo. Ribeirão Preto, 1994. DELGADO, L. M; OLIVEIRA, B. R. G. Perfil epidemiológico do adoecimento dos profissioniais de um hospital universitário. Nursing. São Paulo, v. 87, n. 8, p.365 – 370, agosto 2005. DI LASCIO, R. H. Modelo para análise da qualidade de vida no trabalho dos profissionais dos serviços de enfermagem em hospital pediátrico. 2003. 131 f. Dissertação (Mestrado em engenharia de produção) - Programa de pós graduação em Engenharia da Produção. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2003. DINIZ, R. L.; KMITA, S. F.; GUIMARÃES, L. B. M. Levantamento de problemas ergonômicos na enfermagem de um hospital em Porto Alegre. In: XI CONGRESSO BRASILEIRO DE ERGONOMIA, 2001, Gramado. Anais... Porto Alegre: ABERGO/LOPP/PPGEP/UFRGS, 2001. p.1-8. DUTRA, A. R. A. Introdução à ergonomia. Apostila. Unioeste. PR, 2000.
ESTRIN-BEHAR, Madaleine. Ergonomie Hospitalière: théorie et pratique. Paris: Editions Estem, 1996. FREITAS, M. E. A. et al. A qualidade de vida no trabalho: perspectivas além da ginástica laboral no HC/UFMG. In: 8˚ ENCONTRO DE EXTENSÃO DA UFMG, 2005, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: SIEXBRASIL, 2005. FERRAREZZI, M. V. G.; FERREIRA, V.; CARVALHO, A. M. Percepção do estresse entre enfermeiros que atuam em terapia intensiva. Acta Paulista de Enfermagem, v.19, n.3, p.310-315, 2006. Disponível em: <www.scielo.br/pdf/ape/v19n3/a09v19n3.pdf>. Acessado em: 22 de outubro de 2009. FONSECA, A. G. Lesão por Esforços Repetitivos. Revista Brasileira de Medicina, v.55, n.6, junho de 1998. Disponível em: <www.conesul.com.br/~lfonseca/ler.htm>. Acesso em: 19 de junho de 2008. FONSECA, N. da R. Distúrbios músculo-esqueléticos em trabalhadores de enfermagem. 2009. Dissertação. (Mestrado em saúde, ambiente e trabalho) - Faculdade de medicina da Bahia. Universidade Federal da Bahia. Salvador, 2009. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1991. GOMES, G. C.; FILHO, W. D. L; ERDMANN, A. L. O sofrimento psíquico em trabalhadores de UTI interferindo no seu modo de viver a enfermagem. Revista Enfermagem UERJ. Rio de Janeiro, v.14, n.1, 2006. Disponível em: <http://www.portalbvsenf.eerp.usp.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-35522006000100015&lng=es&nrm=iso>. Acesso em: 04 de agosto de 2008. GUERRER, F. J. L.; BIANCHI, E. R. F. Caracterização do estresse nos enfermeiros de unidades de terapia intensiva. Revista Escola de Enfermagem USP. São Paulo, v.42, n.2, p.355-362, 2008. GUIMARÃES, R. M. et al. Fatores ergonômicos de risco e de proteção contra acidentes de trabalho: um estudo de caso-controle. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v.8, n.3, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-790X2005000300010&script=sci_arttext>. Acesso em: 12 de outubro de 2008. HADDAD, M. C. L. Qualidade de vida dos profissionais de enfermagem. Revista Espaço para a Saúde. Londrina, v.1, n.2, p.75-88, jun. 2000.
IIDA, I. Ergonomia: Projeto e Produção. São Paulo: Edgard Blücher, 1998. INOUE, K. C.; MATSUDA, L. M. Dimensionamento da equipe de enfermagem da UTI-adulto de um hospital ensino. Revista eletrônica de enfermagem. v.11, n.1, p.55-63, 2009. KOTLER, P. Administração de marketing. 5ª edição. São Paulo: Atlas, 1998. LEITÃO, I. M. T. A. DE; FERNANDES, A. L.; RAMOS, I. C. Saúde Ocupacional: Analisando os riscos relacionados à equipe de enfermagem numa unidade de terapia intensiva. Ciência, Cuidado e Saúde, v.7, n.4, p.476-484, out./dez. 2008. LEMOS, J. C.; CASTRO, J. A. R.; BARNEWITZ, L. C. Análise ergonômica das posturas assumidas pelas enfermeiras do hospital universitário de Santa Maria em tarefas realizadas frente aos leitos. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. Universidade Federal de Santa Maria, [ca. 1999]. LENTZ, R. A. et al. O profissional de enfermagem e a qualidade de vida: uma abordagem fundamentada nas dimensões propostas por Flanagan. Revista Latino Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v.8, n.4, 2000. LÉO, J. A.; COURY H. G. Em que os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) se diferenciam das Lesões por Esforços Repetitivos (LER). Fisioterapia em Movimento. São Paulo, v.X, n.2, p.92-101, mar. 1998. LIMA, J. J. H.; ESTHER, A. B. Transições, prazer e dor no trabalho de enfermagem. Revista de Administração de Empresas, v.41, n.3, p.20-30, jul./set. 2001. LINO, M. M. Qualidade de vida e satisfação profissional de enfermeiras de unidades de terapia intensiva. Tese. (Doutorado) - Departamento de enfermagem médico-cirurgica da Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, 2004. MAIA, S. da C. Análise ergonômica do trabalho do enfermeiro na unidade de terapia intensiva: proposta para a minimização do estresse e melhoria da qualidade de vida no trabalho. 1999. 173f. Dissertação (Mestrado em engenharia de produção) - Programa de pós-graduação em engenharia de produção. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1999. MAGALHÃES, A. M. M.; JUCHEM, B. C. Primary Nursing: Adaptando um novo modelo de trabalho no serviço de enfermagem cirúrgica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Revista Gaúcha Enfermagem, Porto Alegre, v.21, n.2, p.5-18, jul. 2000.
MARTINS, J. J. Qualidade de vida e trabalho: o cenário atual da enfermagem numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Texto Contexto Enfermagem, Florianópolis, v.8, n.3, p.128-146, set./dez. 1999. MARZIALE, M. H. P.; CARVALHO, E. C. de. Condições ergonômicas do trabalho da equipe de enfermagem em unidade de internação de cardiologia. Revista Latino Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v.6, n.1, p.99-117, janeiro 1998. MARZIALE, M. H. P.; ROBAZZI, M. L. C. C. O trabalho de enfermagem e a ergonomia. Revista Latino Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v.8, n.6, p.124-127, dezembro 2000. MAURO, M. Y. C.; CUPELLO, A. J. O. Trabalho de enfermagem hospitalar: uma visão ergonômica. Anais... Gramado: ABERGO, 2001. MENDES, L. F.; CASAROTTO R. A. Tratamento fisioterápico em Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho: um estudo de caso. Revista Fisioterapia. São Paulo, v.5, n.2, p.127-132, jul./dez. 1998. MIRANDA, É. J. P.; STANCATO, K. Riscos à Saúde de Equipe de Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva: Proposta de Abordagem Integral da Saúde. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v. 20, n.1, Jan./Mar. 2008. MIYAMOTO, S. T. et al. Fisioterapia preventiva atuando na ergonomia e no stress no trabalho. Revista Fisioterapia e Pesquisa, v.6, n.1, p.83-91, 1999. MOLLER, C. O lado humano da qualidade. 10 ed. São Paulo: Pioneira, 1996. MOSER, A. D.; KERBIG, R. O conceito de saúde e seus desdobramentos nas várias formas de atenção à saúde do trabalhador. Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v.19, n.4, p.89-97, out./dez. 2006. NASCIMENTO, N. M.; MORAES, R. A. S. Fisioterapia no Trabalho: Saúde x Trabalho. Rio de Janeiro: Taba Cultural, 2000. NIGHTINGALE, F. Notas sobre enfermagem: o que é e o que não é. São Paulo: Cortez, 1989.
NISHIDE, V. M.; BENATTI, M. C. C. Riscos ocupacionais entre trabalhadores de enfermagem e de uma unidade de terapia intensiva. Revista da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, v.38, n.4, p.406-414, 2004. OLER, F. G. et al. Qualidade de vida da equipe de enfermagem do centro cirúrgico. Arquivos de Ciências da Saúde, v.12, n.2, p.102-110, abr./jun. 2005. OLIVEIRA, C. dos S. Metodologia cientifica, planejamento e técnicas de pesquisa: uma visão holística do conhecimento humano. São Paulo: Pioneira, 2001. OLIVEIRA, S. L. de. Tratado de metodologia cientifica. São Paulo: LTr, 2000. OLIVEIRA, R. M. R. de. A abordagem das lesões por esforços repetitivos/distúrbios osteomoleculares relacionados ao trabalho - LER/DORT no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador do Espírito Santo - CRST/ES. Tese. (Mestrado) - Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública, 2001. OLIVEIRA, A. F. M. A arte do cuidar do cuidador. 2005. Tese (Conclusão do curso de enfermagem) - Centro Universitário Campos de Andrade, Curitiba, 2005. PASCHOA, S.; ZANEI, S. S. V.; WHITAKER, I. Y. Qualidade de vida dos trabalhadores de enfermagem de unidades de terapia intensiva. Acta Paulista de Enfermagem, São Paulo, v.20, n.3, p.305-310, 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-21002007000300010&script=sci_arttext>. Acesso em: 04 de agosto de 2008. PEREIRA, M. G. Epidemiologia: Teoria e Prática. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. PEREIRA, E. F. Qualidade de vida e condições de trabalho de professores de educação básica do município de Florianópolis – SC. Dissertação (Mestrado) - Programa de pós-graduação em educação física. Universidade Federal de Santa Catarina, 2008. PEREIRA, M. E. R.; BUENO, S. M. V. Lazer – um caminho para aliviar as tensões no ambiente de trabalho em UTI: uma concepção da equipe de enfermagem. Revista Latino Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v.5, n.4, out. 1997. REISDORFER, M. C. T. Condicionantes organizacionais relacionada à atuação do enfermeiro no trabalho: Uma abordagem ergonômica. Dissertação (Mestrado em engenharia de produção) - Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002.
RIBEIRO, G. S.; DINIZ, R. L. Apreciação Ergonômica na Enfermaria da Clínica Cirúrgica em um Hospital. In: 5º ERGODESIGN, 2005, Rio de Janeiro. 5º Congresso Internacional de Ergonomia e Usabilidade de Interfaces Humano-Tecnologia: Produtos, Informação, Ambiente Construído, Transporte. 2005. RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo, SP: Atlas, 1999. RIO, R. P. do; PIRES, L. Ergonomia: fundamentos da prática ergonômica. 3. ed. São Paulo: LTr, 2001. RUDIO, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa cientifica. 28. ed. Petrópolis: Vozes, 2000. SCHMIDT, D. R. C. Qualidade de vida e qualidade de vida no trabalho de profissionais de enfermagem atuantes em unidades do bloco cirúrgico. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Escola de enfermagem de Ribeirão Preto. Universidade de São Paulo. Ribeirão Preto, 2004. SCHMIDT, D. R. C.; DANTAS, R. A. S. Qualidade de vida no trabalho dos profissionais de enfermagem, atuantes em unidades do bloco cirúrgico, sob a ótica da satisfação. Revista Latino Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v.14, n.1, p. 54-60, jan./fev. 2006. SPILLER, A. P. M.; DYNIEWICZ, A. M.; SLOMP, M. G. F. S. Qualidade de vida de profissionais de saúde em hospital universitário. Cogitare Enfermagem, v.13, n.1, p.88-95, jan./mar. 2008. STUMM, E. M. F. et al. Qualidade de vida, estresse e repercussões na assistência: equipe de enfermagem de uma unidade de terapia intensiva. Revista Textos e Contextos, Porto Alegre, v.8, n.1, p.140-155, jan./jun. 2009. SILVA, D. M. P. P., MARZIALE, M. H. P. O adoecimento da equipe de enfermagem e o absenteísmo doença. Ciências, Cuidados e Saúde, v.1, n.1, p.35-39, 2002. TASSITANO, R. M. et al. Atividade física em adolescentes brasileiros: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, Florianópolis, v.9, n.1, p.55-60, 2007.
TRELHA, C. S. et al. Análise de posturas e movimentos de operadores de checkout de supermercado. Fisioterapia em movimento, Curitiba, v.20, n.1, p.45-52, jan./mar. 2007. TORRES, E. O.; PINHO, D. L. M. Causas de afastamento dos trabalhadores de enfermagem em um hospital do Distrito Federal. Comunicação em Ciências da Saúde, v.17, n.3, p.207-215, 2006. WALTON, R. Quality of working life: what is it? slon management. Sloan Management Rview, Massachusetts, v.15, n.1, p.11-21, 1973. WISNER, A. Por Dentro do Trabalho. São Paulo: FTD/OBORÉ, 1987.
APÊNDICES
APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Você está sendo convidado(a) para participar, como voluntário, em uma pesquisa.
Após ser esclarecido(a) sobre as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do
estudo, assine ao final deste documento, que está em duas vias. Uma delas é sua e a outra é do
pesquisador responsável. Em caso de recusa você não será penalizado(a) de forma alguma.
INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA:
Título do Projeto: Análise do impacto das atividades laborais na qualidade de vida dos
funcionários do setor de enfermagem da unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital
Governador Celso Ramos
Professor Responsável: Juliana Jaques Vidotto
Telefone para contato: 48 9969 0866
Pesquisador Participante: Camila Pereira Velho e Daiany Marques do Amaral
Telefones para contato: 48 9914 3406 e 48 9609 7338
Esta pesquisa tem como objetivo analisar as atividades laborais que causam impacto
na qualidade de vida dos funcionários do setor de Enfermagem da Unidade de terapia
intensiva (UTI) do Hospital Governador Celso Ramos.
Você responderá a uma série de perguntas referentes a realização das suas atividades
laborais e da sua percepção de qualidade de vida. Após a realização do estudo, os resultados
serão devolvidos a partir da exposição de um banner na UTI contendo os resultados da
pesquisa, informando o impacto das atividades laborais na qualidade de vida.
Esclarecemos que os dados obtidos serão analisados apenas em caráter científico, e
sendo assim, o nome dos sujeitos jamais aparecerá quando apresentados os resultados da
pesquisa. Dessa forma, os sujeitos serão identificados apenas por números, para que ninguém,
além das pesquisadoras possa saber quem é o informante.
Acrescentamos ainda que os sujeitos que participarem da pesquisa não receberão
qualquer pagamento e que não sofrerão nenhum prejuízo, podendo retirar o seu consentimento
no momento que desejarem.
Caso você ainda tenha dúvida sobre a participação na pesquisa poderá perguntar no
momento que houver necessidade.
Eu, _____________________________________, RG_____________, CPF ____________
abaixo assinado, concordo em participar do presente estudo como sujeito. Fui devidamente
informado e esclarecido sobre a pesquisa, os procedimentos nela envolvidos, assim como os
possíveis riscos e benefícios decorrentes de minha participação. Foi-me garantido que posso
retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto leve à qualquer penalidade ou
interrupção de meu acompanhamento/assistência/tratamento.
Local e data: ___________________________________________
Nome: ________________________________________________
Assinatura: ____________________________________________
Telefone para contato: ___________________________________
Obrigada pela sua colaboração!
Camila Pereira Velho Daiany Marques do Amaral
[email protected] [email protected]
48 99143406 48 96097338
Pesquisadora Pesquisadora
Juliana Jaques Vidotto
48 99690866
Orientadora
APÊNDICE B – Termo de Aceite de Orientação
Eu, Juliana Jaques Vidotto, professora da disciplina de Estágio em Fisioterapia,
concordo em orientar as acadêmicas Camila Pereira Velho e Daiany Marques do Amaral no
decorrer do desenvolvimento da pesquisa sobre análise das atividades laborais que causam
impacto na qualidade de vida dos funcionários do setor de enfermagem da Unidade de terapia
intensiva (UTI) do Hospital Governador Celso Ramos, conforme projeto submetido à
aprovação.
A orientadora e as orientadas estão cientes das Normas para Elaboração do Trabalho
de Iniciação Científica, bem como, dos prazos de entrega das tarefas.
Biguaçu, 20 de novembro de 2008.
________________________
Orientadora
Juliana Jaques Vidotto
_______________________________
Aluna
Camila Pereira Velho
_____________________________
Aluna
Daiany Marques do Amaral
ANEXOS
ANEXO A - Questionário
1. Qual a sua profissão?
( ) Auxiliar de Enfermagem
( ) Técnico de Enfermagem
( ) Enfermeiro
2. Qual o seu grau de escolaridade?
( ) Ensino médio completo
( ) Ensino superior incompleto
( ) Ensino superior completo
( ) Pós-graduação
3. Qual o seu sexo?
( ) Masculino ( )Feminino
4. Qual a sua faixa etária?
( ) Menos de 20 anos
( ) De 20 a menos de 25 anos
( ) De 25 a menos de 30 anos
( ) De 30 a menos de 35 anos
( ) De 35 a menos de 40 anos
( ) De 40 a mais anos
5. Qual o seu peso?
R:_____
6. Qual sua altura?
R: _____
7. Você é fumante?
( ) Sim
( ) Não
( ) Ex-fumante
8. Você vai ao médico regularmente?
( ) Sim ( ) Não
9. Para quantas instituições você presta serviços profissionais?
( ) Um ( ) Dois ( ) Três ou mais
10. Há quanto tempo trabalha na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Governador
Celso Ramos?
( ) Menos de 1 ano
( ) De 1 a menos de 3 anos
( ) De 3 a menos de 5 anos
( ) De 5 a menos de 7 anos
( ) De 7 a menos de 9 anos
( ) De 9 a mais anos
11. Há quanto tempo você exerce a sua profissão?
( ) Menos de 1 ano
( ) De 1 a menos de 3 anos
( ) De 3 a menos de 5 anos
( ) De 5 a menos de 7 anos
( ) De 7 a menos de 9 anos
( ) De 9 a mais anos
12. Indique quantas horas você trabalha semanalmente?
12.1) Neste hospital, R:_____ (lançamento de números inteiros);
12.2) Outros locais, R:______ (lançamento de números inteiros);
13. Quando você está trabalhando, quanto tempo, em minutos, lhe é permitido descansar?
R: ______ (lançamento de números inteiros)
14. Quando você está em sua casa, no seu período de folga, como é o seu sono?
( ) Durmo mas acordo várias vezes
( ) Durmo bem e descanso o suficiente
( ) Não consigo dormir
( ) Não sei responder
15. Você acredita que seu hospital é bem conceituado pela população em geral?
( ) Sim ( ) Não
16. Qual o seu grau de satisfação em relação à profissão que você exerce?
( ) Totalmente insatisfeito
( ) Insatisfeito
( ) Nem insatisfeito / nem satisfeito
( ) Satisfeito
( ) Plenamente satisfeito
17. Pela quantidade de trabalho diário que você tem no hospital, ou ainda, pela produção
que você apresenta, qual é o seu grau de satisfação em relação ao salário que você
recebe?
( ) Totalmente insatisfeito
( ) Insatisfeito
( ) Nem insatisfeito / nem satisfeito
( ) Satisfeito
( ) Plenamente satisfeito
( ) Não Respondeu
18. Em geral, você diria que sua saúde é:
( ) Excelente
( ) Muito boa
( ) Boa
( ) Ruim
( ) Muito ruim
19. Comparada há um ano atrás, como você classificaria sua saúde em geral, agora?
( ) Muito melhor agora
( ) Um pouco melhor agora
( ) Quase a mesma coisa
( ) Um pouco pior agora
( ) Muito pior agora
20. Durante o último mês, de que maneira a sua saúde física ou problemas emocionais
interferem nas suas atividades sociais normais, em relação à família, vizinhos, amigos
ou em grupo?
( ) De forma nenhuma
( ) Ligeiramente
( ) Moderadamente
( ) Bastante
( ) Extremamente
21. Você apresentou alguma dor durante o último mês?
( ) Nenhuma
( ) Muito leve
( ) Leve
( ) Moderada
( ) Grave
( ) Muito grave
21.1.Durante o último mês, quanto essa dor interferiu em seu trabalho ?
( ) De maneira alguma
( ) Um pouco
( ) Moderadamente
( ) Bastante
( ) Extremamente
21.2. Qual o local da referida dor? ___________________________________.
22. Você já teve sua saúde comprometida devido suas funções exercidas na profissão?
( ) Sim, necessitando de afastamento
( ) Sim, mas não precisei de afastamento
( ) Não
23. Suas atividades laborais exigem esforço físico?
( ) Sim ( ) Não
24. Se você pudesse enumerar as atividades laborais do seu setor de acordo com o grau de
dificuldade da execução das mesmas, como seria? (pelo menos cinco atividades, sendo
a mais difícil primeiro).
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________.
25. Durante o último mês, você teve algum dos seguintes problemas com o seu trabalho
ou com alguma atividade diária regular, como conseqüência de sua saúde?
Sim Não Você diminuiu a quantidade de tempo que dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades?
Realizou menos tarefas do que gostaria? Esteve limitado ao seu tipo de trabalho ou em outras atividades? Teve dificuldade para fazer seu trabalho ou outras atividades (ex: necessitou de um esforço extra)?
ANEXO B – Questionário Preenchido
01. Qual a sua profissão?
( 7) Auxiliar de Enfermagem
( 16 ) Técnico de Enfermagem
( 8 ) Enfermeiro
02. Qual o seu grau de escolaridade?
(16) Ensino médio completo
( 7 ) Ensino superior incompleto
( 8 ) Ensino superior completo
( 6 ) Pós-graduação
03. Qual o seu sexo?
( 7 ) Masculino ( 24 )Feminino
04. Qual a sua faixa etária?
( 0 ) Menos de 20 anos
( 0 ) De 20 a menos de 25 anos
( 8 ) De 25 a menos de 30 anos
( 9 ) De 30 a menos de 35 anos
( 2 ) De 35 a menos de 40 anos
( 12 ) De 40 a mais anos
05. Qual o seu peso?
R: Média 63,38 kg
06. Qual sua altura?
R: Média 1,64 m
07. Você é fumante?
( 5 ) Sim
( 21 ) Não
( 5 ) Ex-fumante
08. Você vai ao médico regularmente?
( 17 ) Sim ( 14 ) Não
09. Para quantas instituições você presta serviços profissionais?
( 22 ) Um ( 9 ) Dois ( 0 ) Três ou mais
10. Há quanto tempo trabalha na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Governador
Celso Ramos?
( 3 ) Menos de 1 ano
( 4 ) De 1 a menos de 3 anos
( 9 ) De 3 a menos de 5 anos
( 2 ) De 5 a menos de 7 anos
( 1 ) De 7 a menos de 9 anos
( 12 ) De 9 a mais anos
11. Há quanto tempo você exerce a sua profissão?
( 0 ) Menos de 1 ano
( 1 ) De 1 a menos de 3 anos
( 3 ) De 3 a menos de 5 anos
( 5 ) De 5 a menos de 7 anos
( 3 ) De 7 a menos de 9 anos
( 19 ) De 9 a mais anos
12. Indique quantas horas você trabalha semanalmente?
12.1) Neste hospital, R: Média 37:38 h (lançamento de números inteiros);
12.2) Outros locais, R: Média 18 h (lançamento de números inteiros);
13. Quando você está trabalhando, quanto tempo, em minutos, lhe é permitido descansar?
R: Média 65:04 minutos (lançamento de números inteiros)
14. Quando você está em sua casa, no seu período de folga, como é o seu sono?
( 15 ) Durmo mas acordo várias vezes
( 15 ) Durmo bem e descanso o suficiente
( 1 ) Não consigo dormir
( 0 ) Não sei responder
15. Você acredita que seu hospital é bem conceituado pela população em geral?
( 19 ) Sim ( 12 ) Não
16. Qual o seu grau de satisfação em relação à profissão que você exerce?
( 2 ) Totalmente insatisfeito
( 0 ) Insatisfeito
( 6 ) Nem insatisfeito / nem satisfeito
( 21 ) Satisfeito
( 2 ) Plenamente satisfeito
17. Pela quantidade de trabalho diário que você tem no hospital, ou ainda, pela produção
que você apresenta, qual é o seu grau de satisfação em relação ao salário que você
recebe?
( 10 ) Totalmente insatisfeito
( 13 ) Insatisfeito
( 5 ) Nem insatisfeito / nem satisfeito
( 2 ) Satisfeito
( 0 ) Plenamente satisfeito
( 1 ) Não Respondeu
18. Em geral, você diria que sua saúde é:
( 1 ) Excelente
( 6 ) Muito boa
( 20 ) Boa
( 4 ) Ruim
( 0 ) Muito ruim
19. Comparada há um ano atrás, como você classificaria sua saúde em geral, agora?
( 1 ) Muito melhor agora
( 6 ) Um pouco melhor agora
( 15 ) Quase a mesma coisa
( 9 ) Um pouco pior agora
( 0 ) Muito pior agora
20. Durante o último mês, de que maneira a sua saúde física ou problemas emocionais
interferem nas suas atividades sociais normais, em relação à família, vizinhos, amigos
ou em grupo?
( 12 ) De forma nenhuma
( 4 ) Ligeiramente
( 11 ) Moderadamente
( 2 ) Bastante
( 2 ) Extremamente
21. Você apresentou alguma dor durante o último mês?
( 11 ) Nenhuma
( 4 ) Muito leve
( 5 ) Leve
( 8 ) Moderada
( 3 ) Grave
( 0 ) Muito grave
21.1.Durante o último mês, quanto essa dor interferiu em seu trabalho ?
( 19 ) De maneira alguma
( 3 ) Um pouco
( 7 ) Moderadamente
( 2 ) Bastante
( 0 ) Extremamente
21.2. Qual o local da referida dor? Lombar (8), Coluna (6), Ombro (2), Quadril (2),
Cervical (1), Joelho (1), Cabeça (4), Tórax (1), Nenhuma (11).
22. Você já teve sua saúde comprometida devido suas funções exercidas na profissão?
( 7 ) Sim, necessitando de afastamento
( 8 ) Sim, mas não precisei de afastamento
( 16 ) Não
23. Suas atividades laborais exigem esforço físico?
( 29 ) Sim ( 2 ) Não
24. Se você pudesse enumerar as atividades laborais do seu setor de acordo com o grau de
dificuldade da execução das mesmas, como seria? (pelo menos cinco atividades, sendo
a mais difícil primeiro).
Mudança de decúbito (14), Banho no leito (13), Transporte e/ou transferência de
paciente (11), Mobilização do paciente (9), Suspender paciente no leito (6), Altura dos
monitores (4), Massagem de conforto no leito (2), Excesso de trabalho (2), Massagem
cardíaca (2), Grau de responsabilidade (2), Muitas horas de pé (1), Trocar roupa de
cama (1), Intercorrências (1), Comprometimento emocional (1), Aspiração (1), Coleta
de gasometria (1), Realizar grandes curativos (1), Falta de material para realização das
técnicas (1) e Não respondeu (6).
25. Durante o último mês, você teve algum dos seguintes problemas com o seu trabalho
ou com alguma atividade diária regular, como conseqüência de sua saúde?
Sim Não Você diminuiu a quantidade de tempo que dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades?
7 24
Realizou menos tarefas do que gostaria? 16 15 Esteve limitado ao seu tipo de trabalho ou em outras atividades? 10 21 Teve dificuldade para fazer seu trabalho ou outras atividades (ex: necessitou de um esforço extra)?
16 15