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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS FACULDADE DE FONOAUDIOLOGIA DE ALAGOAS P P R R O O J J E E T T O O P P E E D D A A G G Ó Ó G G I I C C O O D D O O C C U U R R S S O O D D E E F F O O N N O O A A U U D D I I O O L L O O G G I I A A Maceió, 2008

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS

FACULDADE DE FONOAUDIOLOGIA DE ALAGOAS

PPRROOJJEETTOO PPEEDDAAGGÓÓGGIICCOO DDOO CCUURRSSOO DDEE FFOONNOOAAUUDDIIOOLLOOGGIIAA

Maceió, 2008

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGO AS

REITORIA REITOR Prof. Dr. André Falcão Pedrosa Costa

DIRETORIA PEDAGÓGICA INSTITUCIONAL Profª. Dra. Maisa Gomes Brandão Kullok

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO Prof. Ms. José Antonio Morais Martins

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO Prof. Dr. Pedro de Lemos Menezes

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO Adélia da Costa Visgueiro Cavalcante

PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO Prof. Dr. Cláudio Fernando Rodrigues Soriano

PRÓ-REITORIA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO Marcelo Casado Gomes

FACULDADE DE FONOAUDIOLOGIA DIRETOR DA FACULDADE DE FONOAUDIOLOGIA Profª. Nayyara Glícia Calheiros Flores

COORDENADORA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA Profª. Lauralice Raposo Marques

SUPERVISORA DOS ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS OBRIGATÓRIOS

DISTÚRBIO DA CONUNICAÇÃO HUMANA: Profª. Erika Henriques de Araújo Alves da Silva AUDIOLOGIA Profª. Ilka do Amaral Soares

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SUMÁRIO

1. IDENTIFICAÇÃO DO CURSO 6

2. PERFIL INSTITUCIONAL 8

3. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTADO DE ALAGOAS 15

4. CONTEXTUALIZAÇÃO DO CURSO 21

5. CARACTERIZAÇÃO DO CORPO SOCIAL 28

6. ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA DO CURSO 38

7. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR 58

8. INSTALAÇÕES FÍSICAS 106

9. AVALIAÇÃO 114

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 119

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

QUADROS

• Quadro 01 - Perfil da população de matriculados em FONOAUDIOLOGIA quanto ao sexo

• Quadro 02 - Perfil da população de matriculados em FONOAUDIOLOGIA quanto à moradia x curso superior

• Quadro 03 - Perfil da população de matriculados em FONOAUDIOLOGIA quanto ao tipo de curso de nível médio

• Quadro 04 - Perfil da população de matriculados em FONOAUDIOLOGIA quanto à opção pela Instituição

• Quadro 05 - Perfil da população de matriculados em FONOAUDIOLOGIA quanto ao meio de se manter atualizado

• Quadro 06 - Perfil da população de matriculados em FONOAUDIOLOGIA quanto à Expectativa em Relação ao Curso Superior

• Quadro 07 - Perfil da população de matriculados em FONOAUDIOLOGIA quanto ao trabalho x curso superior

• Quadro 08 - Perfil da população de matriculados em FONOAUDIOLOGIA quanto ao uso da Ferramenta de Informática

• Quadro 09 - Perfil da população de matriculados em FONOAUDIOLOGIA quanto ao acesso à internet

• Quadro 10 - Perfil da população de matriculados em FONOAUDIOLOGIA quanto à Habilidade Melhor Desenvolvida Durante o Ensino Médio

• Quadro 10 - Perfil da população de matriculados em FONOAUDIOLOGIA quanto à Habilidade Melhor Desenvolvida Durante o Ensino Médio

• Quadro 11 – Conhecimento na Língua Inglesa

• Quadro 12 – Conhecimento na Língua Espanhola

TABELAS

• Tabela 1 – Diagnósticos fonoaudiológicos de alterações de linguagem

encontrados em uma clínica escola de Maceió

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• Tabela 2 - Ensino Médio - Matrículas por Dependência Administrativa (1994 – 2003)

• Tabela 03 - Número de IES, por organização administrativa e localização, em Alagoas – Ano de 2001.

• Tabela 04 - Incremento do Ensino Superior em Alagoas – 1998/2001:

• Tabela 05 - Expansão das IES nos setores públicos e privados, em números absolutos.

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1. IDENTIFICAÇÃO DO CURSO

IES DE ORIGEM Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas – UNCISAL

TITULO OBTIDO Bacharel em Fonoaudiologia

LEGISLAÇÃO • Autorizado pelo Decreto no. 1.845 de 28 de março de

1996, Parecer 50/94 – CONSED, publicado no Diário

Oficial do Estado de Alagoas de 07 de junho de 1994 e

portaria do MEC no. 452 de 10 de maio de 1996.

• Reconhecimento – Resolução no. 044/2002 – CEE/AL,

D.O. de 14 de novembro de 2002.

• Renovação de Reconhecimento – Parecer nº 251 e

Resolução nº 083/2005, conforme Portaria no. 05/06 –

GS, D.O. de 07 de fevereiro de 2005.

CARGA HORÁRIA Disciplinas 4.580 Horas/aula

Trabalho de Integralização Curricular (TIC) 150 Horas/aula

Atividade Complementar 250 Horas/aula

TOTAL GERAL DE CARGA HORÁRIA 4.980 Horas

DURAÇÃO

4 (quatro) anos e 6 (seis) meses

TURNO Diurno integral

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VAGAS NO VESTIBULAR

30 (trinta)

PERFIL

Em consonância com as diretrizes Curriculares Nacionais

do curso de Graduação em Fonoaudiologia (Resolução

CNE/CES, 5 de 19 de fevereiro de 2002), o Curso de

Graduação em Fonoaudiologia da Universidade Estadual de

Ciências da Saúde de Alagoas – UNCISAL tem como perfil

do formando egresso/profissional o Fonoaudiólogo, com

formação generalista, humanista, crítica e reflexiva.

Capacitado a atuar, pautado em princípios éticos, no campo

clínico-terapêutico e preventivo das práticas

fonoaudiológicas. Possui formação ético-filosófica, de

natureza epistemológica, e ético-política em consonância

com os princípios e valores que regem o exercício

profissional. Conhece os fundamentos históricos, filosóficos

e metodológicos da Fonoaudiologia e seus diferentes

modelos de intervenção e atua com base no rigor científico

e intelectual. (Resolução CNE/CES 5, de 19 de 2002)

CAMPO DE ATUAÇÃO O mercado de trabalho do profissional Fonoaudiólogo

abrange setores distintos em clínicas multi e

interdisciplinares, hospitais, maternidades, consultório

particular, home care, empresas de prótese auditiva,

centros de reabilitação, escolas, creches, indústrias, teatros

e empresas de comunicação.

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2. PERFIL INSTITUCIONAL

2.1. MISSÃO

A Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL tem

como missão desenvolver com excelência atividades inter-relacionadas de

ensino, pesquisa, extensão e assistência, gerando avanços científicos e

tecnológicos, produzindo e socializando conhecimento para formar profissionais

da área de saúde com capacidade de implementar e gerir ações e soluções que

promovam o desenvolvimento humano sustentável, de modo que as pessoas

possam usufruir uma vida saudável, digna e criativa.

2.2. FINALIDADES

• Estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e

do pensamento reflexivo;

• Formar diplomados na área de saúde, aptos a participar do

desenvolvimento da sociedade brasileira, colaborando na sua formação

contínua;

• Incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando ao

desenvolvimento da ciência e da tecnologia, da criação e difusão da

cultura;

• Promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e

técnicos que constituem patrimônio da humanidade;

• Suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e

profissional; estimular o conhecimento dos problemas do mundo

presente, em particular os nacionais e regionais, prestando serviços

especializados à comunidade e estabelecendo com esta uma relação

de reciprocidade;

• Promover a extensão, aberta à participação da população, visando à

difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e

das pesquisas científica e tecnológica geradas na instituição.

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2.3. VALORES

• Comprometimento e zelo com a Instituição.

• Defesa da Universidade gratuita como bem público.

• Busca permanente da excelência no ensino, na pesquisa, na extensão

e na gestão.

• Atuação calcada nos princípios da ética, democracia e transparência.

• Respeito à justiça, à eqüidade social, à liberdade de pensamento e de

expressão.

• Compromisso com o coletivo, a pluralidade, a individualidade e a

diversidade étnica e cultural.

• Responsabilidade social e interlocução e parceria com a sociedade.

• Preservação e valorização da vida no sentido do desenvolvimento

humano sustentável

2.4. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

Ensino – Expandir, fortalecer e integrar os ensinos de Graduação e Pós-

Graduação, assegurando a excelência acadêmica, para formar cidadãos

capazes de propor e implementar soluções para as demandas da

sociedade na área de saúde.

Pesquisa – Realizar pesquisas nas áreas de saúde, buscando a

excelência e expressando o compromisso com o desenvolvimento humano

sustentável.

Extensão – Ampliar a relação da Universidade com a sociedade,

desenvolvendo processos educativos, culturais e científicos, articulados

com o ensino e a pesquisa, voltados à solução de questões da saúde do

estado, da região e do país.

Assistência – Prestar melhores serviços de assistência à sociedade,

integrando-os ao ensino, à pesquisa e à extensão, contribuindo para o

atendimento das necessidades de saúde das comunidades interna e

externa.

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Gestão – Promover mecanismos de Gestão para viabilizarem e

potencializarem as atividades de ensino, pesquisa, extensão e assistência

de forma eficiente, eficaz, transparente e democrática.

2.5. POLÍTICAS INSTITUCIONAIS

Nos dias atuais, a Educação Superior no Brasil tem como tarefa precípua

criar as condições de transição paradigmática de modo a responder à

necessidade coletiva de formar indivíduos sociais aptos a autogestão de um

novo projeto de sociedade. Essa missão se traduz nas universidades públicas

em Políticas e Diretrizes Institucionais que englobam como marcos essenciais a

idéia de inclusão e a idéia de construção. Inclusão como marco principal, pois

conceito original de Universitas é o de congregação de todos os entes que

compõem o "universo” e construção no sentido de estar plenamente estruturada

na absorção do conceito de "universidade", que remete à dimensão de totalidade

e de conjunto. Portanto, uma missão que aponta para uma diversidade de

compromissos e ações desenvolvidas a curto, médio e longo prazo.

2.5.1. Política de Gestão Pública de Excelência

A construção de uma IES voltada para a inclusão deve começar com uma

política de gestão participativa, voltada para um ciclo contínuo do crescimento da

instituição, a partir do desenvolvimento das pessoas e da transformação da sua

realidade interna.

Uma Política de Gestão que garanta a universalidade de seus atores mais

ativos: discentes, docentes e pessoal técnico-administrativo e de apoio, através

de um processo dinâmico de participação democrática, de conhecimento das

realidades de cada segmento e, sobretudo, de uma política de promoção e

capacitação, com a implementação das seguintes metas:

• Sintonia das lideranças com o regime participativo, garantindo a

pluralidade de idéias;

• Melhoria da infra-estrutura física das unidades;

• Implementação rápida do organograma proposto no Estatuto da

UNCISAL – com garantia à autonomia didático-científica,

administrativa, de gestão financeira e patrimonial;

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• Implementação de todos os meios que produzam melhorias na

comunicação;

• Correção de desigualdades não meritórias no regime funcional;

• Autonomia financeira;

• Parcerias com a sociedade civil organizada e com os setores

produtivos.

2.5.2. Política de Ensino de Graduação

Ensino é e sempre será a função axial das instituições de educação

superior e no que concerne à Graduação, defende uma política que fortaleça a

dimensão humana e ética na formação de seus profissionais, entende que a

produção do conhecimento se efetiva mediante a superação de um modelo de

ciência cartesiano, fragmentado, determinado pela racionalidade técnica, que

transforma a experiência educativa em puro treino técnico. A UNCISAL abraça,

portanto, a concepção de que o homem e ciência se fazem mediante relações

formativas intencionais, integradoras, criticamente curiosas, no qual pensar e

formar profissionais é, antes de tudo, formar pessoas de forma dinâmica,

dialética e dialógica possibilitando a interação e o reconhecimento da

diversidade.

Neste sentido, defende a formação generalizada que articule com a

máxima organicidade, a competência científica e técnica, bem como a postura

ética. Um profissional que seja atualizado não apenas através de programas

formais, mas pelo aprender a aprender, onde se privilegia a inquietação crítica e

especulativa, condição essencial para o exercício profissional criativo.

Amparada pelas orientações da Legislação Nacional (LDB - Lei nº

9.394/1996; Plano Nacional de Educação – Lei n.º 10.172/2001; Diretrizes

Curriculares Nacionais - Parecer CNE/CES n.º 67/2003), a UNCISAL traça a sua

Política do Ensino da Graduação na organização dos seus cursos de

Bacharelado e Tecnológicos Superiores.

As orientações contidas neste conjunto de Leis, especificamente as

Diretrizes Curriculares Nacionais, conferem aos Cursos de Graduação liberdade

acadêmica e autonomia que se traduzem concretamente novas organizações de

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cursos e currículos, ao mesmo tempo em que alternativas didáticas e

pedagógicas inovadoras são implementadas através dos Projetos Pedagógicos

de Curso, garantindo a flexibilidade, a criatividade e a responsabilidade da

Instituição.

O Projeto Pedagógico do Curso define a identidade formativa nos âmbitos

humano, científico e profissional através de uma proposta curricular voltada para

a produção do conhecimento, que responda aos problemas colocados pela

sociedade e que seja capaz de formar cidadão profissional com uma sólida

formação geral, com capacitação técnica ética e humana. É um documento de

orientação acadêmica onde constam, dentre outros elementos: conhecimentos e

saberes considerados necessários à formação das competências estabelecidas

a partir do perfil do egresso; estrutura e conteúdo curricular; ementário,

bibliografias básica e complementar; estratégias de ensino; docentes; recursos

materiais, serviços administrativos, serviços de laboratórios e infra-estrutura de

apoio ao pleno funcionamento do curso.

2.5.3. Política de Pesquisa

A indissociabilidade ensino e pesquisa começa com a mudança de habitus

e da formação do professor e na organização curricular, das faculdades e da

instituição como um todo (PERRENOUD, 1993). Significa que a sua prática

precisa estar intimamente ligada ao ensino e à extensão. Neste sentido, a

pesquisa é a maturidade acadêmica que distingue o ambiente universitário de

outras áreas do saber. Formar pesquisadores requer grandes investimentos,

diante da complexidade dessa tarefa. E ainda, apenas gestores capacitados

possuem a compreensão do valor agregado e podem se posicionar ativamente

na organização de grupos de pesquisa produtivos.

2.5.4. Política de Extensão e Assistência

A extensão universitária, como prática acadêmica, é instrumento de

articulação com os diversos segmentos sociais, de forma programada e

sistemática, envolvendo um processo orgânico que não se confunde com

assistencialismo. É entendida como um processo educativo, cultural, científico e

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tecnológico que promove a relação entre a comunidade acadêmica interna e a

comunidade externa, viabilizando um processo transformador da sociedade.

Neste sentido, a política de extensão da UNCISAL envolve projetos de

desenvolvimento estadual, regional e nacional propiciando um ambiente fértil

para a inclusão social, particularmente do seu entorno, o II Distrito da capital,

seu campus vicinal. Constitui-se um fator integrador do ensino e da pesquisa

objetivando responder à demanda social e representa um compromisso da

instituição com a sua comunidade.

Diante das características estruturais históricas da UNCISAL, a assistência

tem grande poder transformador, já que está intrinsecamente inserida a maior

estrutura pública de saúde no estado, através das atividades junto às unidades

hospitalares, como a Maternidade Escola Santa Mônica, o Hospital Escola Dr.

Hélvio José de Farias Auto e o Hospital Escola Dr. Portugal Ramalho.

2.5.5. A Política de Atendimento ao Estudante

Se constitui instrumento inovador capaz de proporcionar apoio psicossocial

e pedagógico e otimizar a qualidade de vida universitária do aluno. Busca

contribuir para o desenvolvimento de um processo pedagógico, compromissado

com a apropriação do saber, indispensável ao crescimento acadêmico das

dimensões social, política e cultural. Suas ações objetiva o efetivo apoio aos

estudantes, para favorecê-los a lidar melhor com seus recursos e limites, como

também a compreender, a superar e/ou minimizar seus problemas e

dificuldades; realizar estudos e pesquisas relacionadas ao aconselhamento, à

orientação e ao acompanhamento psicopedagógico, quando necessário.

Desse modo, a UNCISAL vem buscando distinguir o aluno como pessoa,

não separando o papel de aprendiz dos outros papéis formadores de sua

personalidade individual e social. Pretende ver o processo de ensino-

aprendizagem de uma forma ampla, não restringindo as dificuldades de

aprendizagem somente à responsabilidade do aluno, mas estendendo-o também

à sociedade, à prática educacional adotada, à forma como a universidade está

organizada para atender os seus alunos, ou seja, ver o processo, ao mesmo

tempo, como social, educacional e pedagógico.

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2.6. PRINCÍPIOS PEDAGÓGICOS INSTITUCIONAIS

Nos dias atuais, a universidade pública no Brasil tem como tarefa precípua

criar as condições institucionais da transição paradigmática de modo a

responder à necessidade coletiva de formar indivíduos sociais aptos a

autogestão de um novo projeto de sociedade. Segundo Mourão Sá (2006, p

220), essa missão da universidade pública aponta para uma diversidade de

tarefas no curto prazo. Enquanto espaço privilegiado do diálogo e da disputa por

novos sentidos na construção de um projeto de sociedade, por ser pública e

democrática, a universidade deve desenvolver uma prática crítica e científica

que compreenda os complexos problemas sociais, políticos e econômicos de

nosso tempo.

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3. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTADO DE ALAGOAS

3.1. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO ESTADO DE ALAGOAS

3.1.1. COMPOSIÇÃO ETÁRIA

As mudanças na composição etária evidenciam o envelhecimento da

população, indicando a redução da participação dos mais jovens na estrutura

etária do país. No período de 1980 a 2000, faixa a etária menor de 15 anos

sofreu uma redução de 22% e a faixa etária maior de 65 anos, um aumento de

46%.

O grupo de 0 a 5 anos, no entanto, apesar da diminuição do ritmo de

crescimento, ainda tem uma importância numérica significativa. Em 1980, dos

16,4 milhões de menores de 5 anos, 3,5 milhões eram crianças menores de 1

ano. Em 2000, dos 16,4 milhões de menores de 5 anos, 3,2 milhões eram

menores de 1 ano.

No Nordeste do Brasil também se observou esta mudança na composição

etária. No período de 1980 a 2000 houve uma redução percentual de 24% entre

jovens (menores de 15 anos) e um aumento percentual de 33% na faixa etária

de idosos (65 anos ou mais).

O atual quadro demográfico do estado é resultado de várias

transformações, como a queda da fecundidade, a redução da mortalidade

infantil, o aumento da esperança de vida ao nascer e o progressivo

envelhecimento da população que, conseqüentemente, gera impactos e novas

demandas para o sistema de saúde.

A taxa de crescimento de Alagoas e do Nordeste foi de 1,3% ao ano,

entre 1991 e 2000. O Brasil teve uma taxa de 1,6% ao ano. A taxa mais elevada

compete ao estado de Roraima, de 4,6% ao ano e a menor ao estado da

Paraíba.

Os dados referentes à população por sexo, segundo grupos de idade,

revelam uma tendência semelhante a que ocorre no restante do país, ou seja,

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uma redução da razão de sexos à medida que aumenta a idade, evidenciando a

tendência de sobremortalidade masculina nas faixas etárias de 10 a 14 anos, e

em todas as faixas a partir de 20 a 29 anos.

3.2. ALTERAÇÕES FONOAUDIOLÓGICAS

As patologias da comunicação constituem segundo estatísticas

americanas, a primeira causa de desabilidades infantis. No Brasil, foi realizado

um estudo onde foram encontrados que 13,7% das crianças atendidas pelo setor

de Pediatria de um centro de saúde-escola da cidade de São Paulo

apresentavam alterações de comunicação, dentre esses os distúrbios

articulatórios eram prevalentes (7,4%), seguidos das defasagens de aquisição

de linguagem (3,0%)

Pesquisas atuais evidenciaram que as alterações de linguagem acometem

as mais diferentes faixas etárias. (Lima, 2009)

Estudo realizado na capital Alagoana entre junho de 2000 a junho de 2006

constatou que as alterações de linguagem mais frequentes nesta população

são o desvio fonológico (24%), a gagueira (12,3%) e o desvio fonético e

Fonológico (10,9%) (Tabela 1). Em torno de 47,1% pacientes atendidos em

uma clínica-escola, referência no estado de Alagoas, foram encaminhados pela

área de linguagem para outras especialidades da área de saúde e da

Fonoaudiologia (Tabela 2), sendo as mais freqüentes a audiologia (32%) e a

otorrinolaringologia (22,1%). (Lima, 2009)

Tabela 1 – Diagnósticos fonoaudiológicos de alteraç ões de linguagem encontrados em uma clínica

escola de Maceió .

Diagnósticos N %

Desvio fonológico 36 24,5

Gagueira 18 12,3

Desvio fonético/fonológico 16 10,9

Atraso de linguagem 14 9,5

Afasia 13 8,8

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Retardo de linguagem 12 8,2

Distúrbio de leitura escrita 10 6,8

3.3. ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL

Analisando-se os dados do SINASC para o Brasil, no período de 1997 a

2001, verificou-se que a proporção de mulheres que realizaram sete ou mais

consultas de pré-natal, aumentou de 41,6% para 45,6% no período. No

Nordeste,o percentual de Nascidos Vivos cujas mães tiveram sete ou mais

consultas de pré-natal, no Nordeste, não variou muito, ficando em torno de 30%,

nos anos de 1997 e 2001.

3.4. BAIXO PESO AO NASCER

Entre 1996 e 2000, o número de crianças que nasceram com baixo peso

no Brasil apresentou uma redução de 1,8%, mas nas regiões Centro-Oeste e

Nordeste, o baixo peso ao nascer apresentou uma redução tímida.

3.5. DEMANDAS PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR

O Plano Nacional de Educação afirma que nenhum país pode aspirar a ser

desenvolvido e independente sem um forte sistema de educação superior. Num

mundo em que o conhecimento domina os recursos materiais como fator de

desenvolvimento humano, a importância da educação superior e de suas

instituições é cada vez maior.

A Educação Superior tem apresentado um crescimento em sua demanda

devido a necessidade de desenvolvimento científico e tecnológico e a mudança

na produção e utilização do conhecimento, imprescindíveis para acompanhar as

exigências do mundo moderno. Além disso, o incremento de políticas de

expansão e melhoria da educação básica também aponta para a necessidade

de aumento na oferta de Educação Superior.

No contexto do Plano de Desenvolvimento da Educação - PDE, a

educação superior baliza-se pelos seguintes princípios complementares entre si:

i) expansão da oferta de vagas, dado ser inaceitável que somente 11% de

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jovens, entre 18 e 24 anos, tenham acesso a esse nível educacional, ii) garantia

de qualidade, pois não basta ampliar, é preciso fazê-lo com qualidade, iii)

promoção de inclusão social pela educação, minorando nosso histórico de

desperdício de talentos, considerando que dispomos comprovadamente de

significativo contingente de jovens competentes e criativos que têm sido

sistematicamente excluídos por um filtro de natureza econômica, iv) ordenação

territorial, permitindo que ensino de qualidade seja acessível às regiões mais

remotas do País, e v) desenvolvimento econômico e social, fazendo da

educação superior, seja enquanto formadora de recursos humanos altamente

qualificados, seja como peça imprescindível na produção científico-tecnológica,

elemento-chave da integração e da formação da Nação.

Em conformidade com os princípios nacionais, o Estado de Alagoas tem

apresentado uma grande demanda para a Educação Superior. De acordo com

os dados da UDI / SEE, no ano de 2003, Alagoas como um todo contava com

108.021 matrículas no Ensino Médio, praticamente o triplo das matrículas de

1994, sendo que, para a Rede Estadual, esse incremento representava mais de

800%, conforme tabela 2 a seguir:

Tabela 2 - Ensino Médio - Matrículas por Dependência Administrativa (1994 – 2003)

ANO FED. % EST. % MUN. % PART. % TOTAL

1994 3.024 6,72 10.053 22,36 6.161 13,70 25.730 57,22 44.968

1995 4.045 7,68 15.779 29,94 7.257 13,77 25.619 48,61 52.700

1996 4.501 8,06 16.648 29,82 7.443 13,33 27.236 48,79 55.828

1997 4.948 8,09 14.738 24,09 11.698 19,12 29.785 48,69 61.169

1998 4.891 7,22 24.258 35,81 8.619 12,72 29.965 44,24 67.733

1999 5.009 6,40 36.550 46,67 7.576 9,67 29.179 37,26 78.314

2000 3.758 4,20 51.171 57,22 7.999 8,94 26.508 29,64 89.436

2001 2.238 2,47 61.683 68,17 6.400 7,07 20.167 22,29 90.488

2002 2.191 2,26 70.195 72,44 5.028 5,19 19.484 20,11 96.898

2003 2.115 1,96 83.398 77,21 4.518 4.18 17.990 16,65 108.021

Fonte: SED/UDI - Unidade de Documentação e Informação – SEE/AL

Apesar do incremento dos números na matrícula e, consequentemente,

conclusão do Ensino Médio, os limites de acesso à educação superior são

insatisfatórios quando se considera que, do contingente de 387.721 de

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adolescentes e jovens integrantes da população de 18 a 24 anos, em 2001, em

todo o país, apenas 25.170 se encontravam matriculados neste nível de ensino,

em Alagoas. Isso representa apenas 5,6% do contingente em idade de acesso

regular ao nível superior, contra uma taxa nacional média de 12%, já

considerada baixa pelo PNE/2001.

É bem verdade que o número de instituições e vagas nos cursos de nível

superior vem crescendo em Alagoas nos últimos anos, como se pode observar

pela série histórica a seguir:

Tabela 03 - Número de IES, por organização administrativa e localização, em Alagoas – Ano de 2001.

TOTAL CATEGORIA ADMINISTRATIVA

TOTAL GERAL

CAPITAL INTERIOR

GERAL 14 9 5 Federal 1 1 - Estadual 4 1 3

PÚBLICA

Municipal - - - Particular 8 6 2 PRIVADA Com/conf/filant 1 1 -

Fonte: INEP/MEC

Tabela 04 - Incremento do Ensino Superior em Alagoas – 1998/2001:

ANO Nº DE IES

VAGAS Nº DE INSCRITOS

Nº DE MATRÍCULAS

CONCLUINTES

1998 09 5.846 20.250 17.638 2.302 1999 11 7.327 25.040 20.677 1.853 2000 11 9.013 27.533 22.651 2.451 2001 14 11.382 33.294 25.170 -

Fonte: INEP/MEC

Em Alagoas, a partir da promulgação da LDB em 1996, o Ensino Superior

teve uma expansão expressiva, sobretudo na rede privada de ensino, conforme

tabela a seguir:

Tabela 05 - Expansão das IES nos setores públicos e privados, em números absolutos.

ANO PÚBLICO PRIVADO 1991 3 2 1996 5 3 2004 7 17

Fonte: MEC/Inep/Deaes

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20

Em 2004, apesar da maioria das IES serem privadas, a quantidade de

cursos das IES públicas (74) ficou próximo aos das IES privadas (79).

O perfil das Instituições de Ensino de Alagoas tem uma proporção de uma

universidade para 23 IES não universitária, concentradas, em sua maioria, na

capital do estado.

De acordo com a pesquisa do INEP “Ensino Superior de Alagoas 1991-

2004”, a taxa de escolarização no ensino superior de Alagoas que, em 2004, era

a mais baixa do País – numa lastimável presença de 8,9% bruta e 4% líquida –

na verdade expressa também a precariedade das taxas do ensino médio que,

segundo IBGE-Pnad 2004, era de 61,7% bruta e 20,5% líquida, ambas também

as mais baixas do País. Tomando-se esse quadro, em confronto com a realidade

socioeconômica alagoana, é possível afirmar que crescimento da educação

superior com democratização, em Alagoas, somente é possível se políticas

públicas de educação se fizerem efetivas não apenas na educação básica, de

modo a que se tenha oferta de vagas gratuitas, políticas de assistência aos

estudantes, em meio ao desenvolvimento de políticas de emprego que levem à

desconcentração da renda e a superação da pobreza e da miséria que persistem

em ser uma constante no Estado.

Diante do exposto, urge a necessidade de ampliação da oferta de vagas na

rede pública de ensino superior, tendo em vista que a restrição de acesso a esse

nível de ensino passa, necessariamente, pela carência de vagas gratuitas,

devido ao baixo poder aquisitivo da população.

Nesse sentido, a Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas –

UNCISAL, enquanto Universidade Estadual vem cumprindo o seu papel no que

se refere ao aumento da oferta de cursos e, portanto, de vagas gratuitas para a

comunidade, com forma de atender a demanda existente para o nível superior

do Estado de Alagoas.

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21

4. CONTEXTUALIZAÇÃO DO CURSO DE FONOAUDIOLOGIA

4.1. HISTÓRICO DO CURSO

4.1.1. HISTÓRIA DA FONOAUDIOLOGIA NO BRASIL

A partir da implementação do Sistema Único de Saúde (SUS), princípios

como o da universalidade (saúde como direito de todos) e integralidade (direito à

saúde de forma integral) passaram a fazer parte do rol de direitos dos cidadãos

brasileiros. Pautada nestes moldes, em 1988, a Fonoaudiologia deparou-se com

a necessidade de rever seus conceitos, iniciando uma participação mais ativa

nos serviços públicos de saúde.

Entre as décadas de 70 e 80 os fonoaudiólogos iniciaram suas atividades

no Sistema Público, alguns via secretaria de educação, outros pela secretaria de

saúde. Estes profissionais deram início ao seu trabalho sem nenhum tipo de

integração com outros profissionais, isto é, desenvolviam atividades específicas

dentro de seus locais de inserção sem uma proposta abrangente que norteasse

todos os fonoaudiólogos. Dessa forma, a efetividade de seu trabalho não pode

ser observada nem pelos órgãos competentes nem pela população de maneira

geral.

No início da década de 80, a atuação do fonoaudiólogo ocorreu

fundamentalmente, nas Clínicas de Saúde do Escolar e só a partir de então

passou a figurar entre os profissionais da saúde iniciando seu desempenho em

hospitais, UBS e Ambulatórios de Saúde Mental, participando dos programas

preconizados pelas novas diretrizes da Saúde.

A partir do final da década de 80, com o processo de democratização do

país e a implantação do SUS – Sistema Único de Saúde – como uma nova

política de saúde, houve um redirecionamento das práticas de saúde, com

destaque para as ações de prevenção e promoção da saúde. O processo de

municipalização trouxe uma significativa ampliação dos cargos e a contratação

de profissionais – entre os quais o fonoaudiólogo – nos serviços públicos de

educação e saúde (3). No entanto, a prática fonoaudiológica preventiva estava

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apenas iniciando, refletindo ainda a formação direcionada ao atendimento em

consultórios particulares, ou seja, o foco no indivíduo, a abordagem clínica é

voltada para a identificação, diagnóstico e reabilitação dos distúrbios de audição

e linguagem.

Na década de 90, intensifica-se a atuação fonoaudiológica nos serviços

públicos de saúde. Constatam-se ações nas Unidades Básicas de Saúde (UBS)

e, à medida que a fonoaudiologia avança em seus fundamentos e na sua práxis,

ampliam-se os locais de atuação. Atualmente, configuram-se também como

espaços de atuação fonoaudiológica as escolas de educação infantil (creches,

pré-escolas), escolas de ensino fundamental e centros comunitários, entre

outros.

A formação básica do fonoaudiólogo, assim como suas ações têm sido

eminentemente clínicas, o que tem contribuído para sedimentar um conceito

bastante rígido de que a Fonoaudiologia se restringe aos aconselhamentos,

diagnósticos e, principalmente, ao tratamento de patologias. A atuação na área

escolar, marco inicial de seu aparecimento e fortalecimento como profissão,

contribuiu para que, ainda hoje, se reconheça no fonoaudiólogo aquele

profissional que trata de crianças com distúrbios de fala.

O fonoaudiólogo, profissional capacitado para atuar no processo de

comunicação humana, deve assumir a saúde como resultante das condições de

vida de cada ser. Disso resulta a necessidade de o profissional conhecer o

território e as demais condições do grupo social, ou seja, deve abordar o sujeito

em relação a sua história de vida, buscando um conhecimento integral do

mesmo, conhecendo o contexto sócio-econômico-cultural a que ele pertence.

É fundamental que os aspectos da fala, da linguagem e da audição sejam

considerados atributos da saúde e que suas manifestações patológicas embora

não causem dor e nem levem à morte, geram sofrimento, insucesso social e

limitam a capacidade de, pelo poder da palavra, criar e transformar o mundo,

criando um grande impacto na experiência pessoal e comprometendo a

qualidade de vida do indivíduo.

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23

4.1.2. O CURSO DE FONOAUDIOLOGIA – UNCISAL

O Decreto Lei nº 6965/81 de 09 de dezembro de 1981, que dispõe sobre

a regulamentação da profissão de Fonoaudiólogo e determina outras

providências, estabelece em seu Art. 1º que é reconhecido em todo território

nacional o exercício da profissão de Fonoaudiólogo. O Art. 6º da referida lei

define a criação do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de

Fonoaudiologia com a incumbência de fiscalizar o exercício da profissão. Desta

forma, a profissão de fonoaudiólogo toma seu caminho do desenvolvimento

ético/deontológico e científico/político/cultural e social.

O Curso de Fonoaudiologia da UNCISAL representa uma contribuição

desta IES para a promoção da saúde da sociedade alagoana. Particularmente

pretende uma transformação, não só em relação ao conhecimento que é capaz

de transmitir e produzir, mas também na formação de Recursos Humanos

enquanto docentes/assistentes com iniciação científica e responsabilidades

sociais e políticas.

O Curso de Graduação em Fonoaudiologia da Universidade Estadual de

Ciências da Saúde de Alagoas – UNCISAL foi criado pela Resolução nº. 007 do

Conselho Departamental, de 01de dezembro de 1993, com base no Decreto-Lei

nº. 6965, de 09 de dezembro de 1981, que regulamenta a profissão de

Fonoaudiologia, e na Resolução nº. 06, de 06 de abril de 1983, decorrentes do

Parecer no. 20/83 do Conselho Federal de Educação.

O curso foi autorizado pelo Decreto nº. 1.845, de 28 de março de 1996 e

pelo Parecer nº. 50/94 – CONSED e pela Portaria do MEC nº. 452, de 10 de

maio de 1996.

A Faculdade de Fonoaudiologia de Alagoas foi instituída em 1997 pela

então designada, Fundação Governador Lamenha Filho – FUNGLAF,

mantenedora da Escola de Ciências Médicas de Alagoas – ECMAL, que em

janeiro de 2000 deu origem a Fundação Universitária de Ciências da Saúde de

Alagoas Governador Lamenha Filho – UNCISAL por meio do artigo 44 da Lei

Estadual nº. 6.145, de 13 de janeiro de 2000.

O curso foi reconhecido pelo Conselho Estadual de Educação de Alagoas

em 31 de julho de 2002 (Resolução nº. 44/2002 – CEE/AL, publicada no Diário

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24

Oficial do Estado de Alagoas de 14 de novembro de 2002) e obteve conceito “C”

pela Comissão Verificadora – Coordenação das Comissões de Especialistas de

Ensino. Na Homologação da Renovação do reconhecimento do Curso, pelo

Secretário coordenador de desenvolvimento humano, obteve conceito “B” em 25

de maio 2005 (Parecer nº. 251/05 e Resolução nº. 083/2005 CEE/AL, conforme

Portaria 05/06, publicado no Diário Oficial do Estado de Alagoas de 07/02/2006).

Atualmente é única no Distrito Geoeducacional e, desta forma, as 30

(trinta) vagas ofertadas anualmente representam mais uma oportunidade de

escolha profissional aos alunos oriundos do 2º grau neste estado.

Seguindo as recomendações da comissão verificadora, o curso de

Fonoaudiologia de Alagoas da UNCISAL conquistou os seguintes avanços:

• Alterou a carga horária do curso e as disciplinas teóricas foram

concentradas no turno vespertino, o que favorece o desenvolvimento dos

aspectos socioculturais e afetivos, importantes à formação global do

aluno;

• Propõe um sistema de avaliação que acompanha o desenvolvimento

processual do aluno por meio de metodologia ativa de ensino-

aprendizagem. São utilizados como instrumentos de avaliação provas

tradicionais, trabalhos, seminários, pesquisas, discussões em sala de

aula, portfólios, entre outros;

• Há atualmente participação estudantil no colegiado de curso, órgão de

deliberação coletiva da Faculdade de Fonoaudiologia de Alagoas sobre

ensino, pesquisa e extensão, política acadêmica e de interesse da área

específica, vinculado à gerência da instituição de ensino e supervisionado

pela coordenação do curso;

• Implantou um sistema de avaliação do curso que propicia a manutenção

da qualidade padrão do curso.

• Distribuiu as atividades práticas em todos os períodos do curso,

diversificou e ampliou a oferta dos estágios e atividades de extensão para

todos os alunos em diferentes os locais e as áreas de atuação, o que

auxilia na formação generalista.

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25

• Adquiriu novos livros para melhorar o acervo da biblioteca, investiu em

equipamentos para diagnósticos e recursos áudio-visuais, construção de

laboratórios para pesquisas científicas, melhorou as instalações físicas

das salas de aula, de professores e de atendimento.

• Estuda a ampliação da clínica-escola para melhorar o processo de ensino

e aprendizagem. Diante das limitações referentes ao espaço físico, à

Faculdade de Fonoaudiologia da UNCISAL estabeleceu convênios com

outras instituições e proporcionou estágios supervisionados por

professores desta IES, levando o aluno a vivenciar diferentes

experiências nas diversas áreas de atuação do Fonoaudiólogo.

• Está em fase de elaboração a nova Matriz Curricular do curso de

Fonoaudiologia de Alagoas com base nas Diretrizes Curriculares

Nacionais do Curso de Graduação em Fonoaudiologia aprovadas pela

RESOLUÇÃO CNE/CES 5, DE 19 DE FEVEREIRO DE 2002. Participam

desta construção docentes e discentes da Faculdade de Fonoaudiologia

de Alagoas.

4.2. CARACTERÍSTICA E ESPECIFICIDADE DA PROFISSÃO E SEU MERCADO DE TRABALHO

O Fonoaudiólogo, com formação generalista, está capacitado a atuar

em todos os níveis de atenção à saúde, com base no rigor ético, científico

e intelectual como condição para a realização de toda e qualquer ação

dentro de sua profissão. Profissional com visão ampla e global, preparado

a fazer análise crítica e reflexiva, respeitando os princípios éticos,

filosóficos e culturais do indivíduo e da coletividade. Estuda a comunicação

humana em todas as suas formas de expressão e potencialidades, agindo

como facilitador no processo terapêutico-educativo. Fonoaudiólogo, com

conhecimento dos fundamentos históricos, filosóficos e metodológicos da

Fonoaudiologia e seus diferentes modelos de intervenção. Em vez de

adotar padrões pré-estabelecidos e estáticos deverá envolver-se no

discurso com o outro doando-se; trocando idéias, pensamentos e emoções;

buscando novos caminhos, repensando constantemente. Em resumo,

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26

facilitar o desenvolvimento do potencial de comunicação que cada pessoa

tem e que a torna única, não se limitando a ser um mero aplicador de

técnicas e métodos de reabilitação, pois seria permanecer na

superficialidade.

O mercado de trabalho abrange setores distintos em clínicas multi e

interdisciplinares, hospitais, maternidades, consultório particular, home

care, empresas de prótese auditiva, centros de reabilitação, escolas,

creches, indústrias, teatros e empresas de comunicação.

Áreas de Atuação

Clínicas: O Fonoaudiólogo utilizando-se de certo repertório de estratégias e

procedimentos, dentre eles a Avaliação Fonoaudiológica, obterá dados

necessários para determinar o diagnóstico e planejar o tratamento dos

distúrbios da comunicação humana.

Ocupacional: Atua no controle periódico de funcionários e na prevenção de

déficit auditivo relacionados à atividade laborativa, atua ainda, de forma

preventiva junto aqueles que utilizam a voz profissionalmente. Atua, também na

recuperação dos distúrbios da comunicação humana detectados, para que os

mesmos sejam readaptados às suas funções.

Educacional: Participa da equipe de orientação e planejamento escolar,

atuando na prevenção, detecção e reabilitação dos distúrbios da audição,

linguagem oral e escrita, motricidade oral e voz em crianças em idade escolar.

Pesquisa: Exerce atividade de investigação e busca no estudo dos aspectos

ligados aos distúrbios da audição, linguagem oral e escrita, motricidade oral e

voz, proporcionando a evolução da Fonoaudiologia como ciência.

Saúde Pública: Participa da elaboração de políticas de saúde junto ás

autoridades competentes, na organização, implantação e execução de projetos

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27

de Educação, Saúde Pública e Coletiva, nas áreas da comunicação oral e

escrita, voz e audição.

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28

5. CARACTERIZAÇÃO DO CORPO SOCIAL

5.1. COLEGIADO DO CURSO DE FONOAUDIOLOGIA

O colegiado de Curso é o órgão de deliberação coletiva da Faculdade de

Fonoaudiologia de Alagoas sobre o ensino, pesquisa e extensão, política

acadêmica e de interesse da área específica, vinculado à gerência da instituição

de ensino e supervisionado pela coordenação do curso. Apresenta a seguinte

composição:

• REPRESENTAÇÃO DISCENTE:

Vilk Luana Gomes de Melo

Cyntia Márcia da Silva Toledo

Vanessa Fernandes de Almeida Porto

Sheyla da Silva Santos

• REPRESENTAÇÃO DOCENTE:

Drª. Almira Alves dos Santos

Fga. Ana Paula Cajaseira

Fga. Edna Pereira Gomes de Morais

Ms. Gabriela Sóstes

Fga. Luciana Castelo Branco Fernandes

Ms. Luzia Miscow da Cruz Payão

Drª. Quitéria Maria Wanderley Rocha

Fga. Nayyara Glícia Calheiros Flores GERENTE DA FACULDADE DE FONOAUDIOLOGIA DE ALAGOAS

Fga. Lauralice Raposo Marques COORDENADORA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA

Fga. Erika Henriques de Araújo Alves da Silva SUPERVISORA DO ESTÁGIO OBRIGATÓRIO EM DISTÚRBIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA

Fga. Ilka do Amaral Soares SUPERVISORA DO ESTÁGIO OBRIGATÓRIO EM AUDIOLOGIA

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29

5.2. COORDENAÇÃO DO CURSO DE FONOAUDIOLOGIA DE ALAG OAS

Profª. Lauralice Raposo Marques

5.2.1. Titulação

Especialização em Audiologia Clínica – UFPE

Mestrado em Distúrbio da Comunicação Humana – UNIFESP/UNCISAL

(em andamento)

5.2.2. Carga Horária na Instituição

40 horas

5.3. COMISSÃO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE FONOAUDIOLOGIA

NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE – NDE

Profª. Ms. Adriana Melo

Profª. Ms. Cristiane Soderine

Profª. Ms. Francelise Pivetta

Profª. Drª. Gabriela Sóstenes

Profª. Drª. Heloísa Helena Bandini

Profª. Ms. Michelle Rocha

Prof. Dr. Pedro Menezes

Profª. Drª. Sônia Cristina Felipeto

Coordenadora: Profª. Lauralice Marques

Gerente: Profª. Nayyara Glicia Flores

5.4. DOCENTES DO CURSO DE FONOAUDIOLOGIA

Nome Titulação Área de atuação CH Obs.

Adriana de Medeiros Melo Mestre Fonoaudiologia 40h Mestre em Desenvolvimento da Criança e do

adolescente – UFPE

Aldo Sérgio Calaça Costa Doutor Neurologia 40h

Alenilza Bezerra Costa Especialista Enfermagem 20h

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30

Almira Alves dos Santos Doutor Odontologia 40h

Amauri Clemente da Rocha Especialista Medicina 40h

Ana Carolina Rocha Gomes Ferreira Especialista Fonoaudiologia 40h Mestranda em Dist. Comunicação Humana -

UNIFESP/UNCISAL

Ana Paula Cajaseiras de Carvalho Especialista Fonoaudiologia 40h Mestranda em Dist. Comunicação Humana -

UNIFESP/UNCISAL

Ana Paula Monteiro Rego Especialista Psicologia 40h

Célio Fernando de Souza Rodrigues Doutor Medicina 20h

César Lira Antonio dos Anjos Especialista Otorrinolaringologia 40h

Cristiane Cunha Soderine Ferraciu Mestre Fonoaudiologia 40h

Dinalva Bezerra Rocha Doutor Medicina 40h

Edna Pereira Gomes de Morais Especialista Fonoaudiologia 40h Mestranda em Dist. Comunicação Humana -

UNIFESP/UNCISAL

Elizângela Dias Camboim Especialista Fonoaudiologia 40h Mestranda em Dist. Comunicação Humana -

UNIFESP/UNCISAL

Emerson Santana Santos Especialista Medicina 20h

Erika Henriques de A. Alves da Silva Especialista Fonoaudiologia 40h Mestranda em Dist. Comunicação Humana -

UNIFESP/UNCISAL

Euclides Maurício Trindade Filho Pós-doutor Neurofisiologia 40h

Francelise Pivetta Roque Mestre Fonoaudiologia 40h Mestrado em Ciências (Neurologia) –

UNIFESP

Gabriela Sóstenes Peter Mestre Fonoaudiologia 40h Doutoranda em Lingüística - UFAL

Geová Oliveira de Amorim Especialista Fonoaudiologia 40h Mestrando em Dist. Comunicação Humana -

UNIFESP/UNCISAL

Graciliano Ramos A. do Nascimento Especialista Farmacologia 40h

Heloísa Helena Motta Bandini Pós-doutor Fonoaudiologia 40h

Ilka do Amaral Soares Especialista Fonoaudiologia 40h Mestranda em Dist. Comunicação Humana -

UNIFESP/UNCISAL

João Alfredo Tenório Lins

Guimarães

Especialista Odontologia 20h

José Dias de Lima Especialista Medicina 20h

Jovenildo Wanderley Santos Especialista Odontologia 20h

Juliana Aroxa Pereira Barbosa Especilaista Medicina 40h

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31

Katharina Jucá de Moraes Fernandes Especialista Odontologia 40h

Laís Záu Serpa de Araújo Doutor Odontologia 40h

Lauralice Raposo Marques Especialista Fonoaudiologia 40h Mestranda em Dist. Comunicação Humana -

UNIFESP/UNCISAL

Liliane Correia Toscano de B. Dizeu Mestre Fonoaudiologia 40h

Luciana Castelo Branco Fernandes Especialista Fonoaudiologia 40h Mestranda em Dist. Comunicação Humana -

UNIFESP/UNCISAL

Luis Fernando Hita - Ciências Sociais 40h

Luzia Miscow da Cruz Payão Mestre Fonoaudiologia 40h Doutoranda em Lingüística – UFAL

Marcel Lamenha Medeiros Especialista Medicina 40h

Maria Áurea Caldas Souto Especialista Fonoaudiologia 40h Doutoranda – UFAL

Maria Bethânia Teixeira Sampaio Especialista Enfermagem 40h

Michelle Carolina Garcia Rocha Mestre Fonoaudiologia 40h

Nayyara Glícia Calheiros Flores Especialista Fonoaudiologia 40h Mestranda em Dist. Comunicação Humana -

UNIFESP/UNCISAL

Pedro de Lemos Menezes Doutor Fonoaudiologia 40h

Quitéria Maria Wanderley Rocha Doutor Anestesiologia 40h

Ranilde Cristiane Ataíde Cavalcante Especialista Fonoaudiologia 40h Mestranda em Dist. Comunicação Humana -

UNIFESP/UNCISAL

Raquel Teixeira Silva Celestino Mestre Angiologia 40h

Roberta Lima Mestre Fisiologia 40h

Sabrina Maria Pimentel da C. Pinto Especialista Fonoaudiologia 40h Mestranda em Dist. Comunicação Humana -

UNIFESP/UNCISAL

Sonia Cristina Simões Felipeto Doutor Lingüística 40h Pós-doctor (em curso)

Valéria Rocha Ferreira de Lima Especialista Medicina

veterinária

40h

Yáskara Veruska Ribeiro Barros Mestre Bioquímica 40h

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32

5.5. CORPO TÉCNICO ADMINISTRATIVO

Nome Alexandre Rogério da Rocha

Função Auxiliar Administrativo

Escolaridade Nível Médio

Nome Orleis Farias Alves

Função Auxiliar Administrativo

Escolaridade Nível Médio

Nome Rosângela dos Santos Martins

Função Auxiliar Administrativo

Escolaridade Nível Médio

Nome Valdinete dos Santos

Função Auxiliar Administrativo

Escolaridade Nível Médio

5.6. CORPO DISCENTE

RELATÓRIO SOCIOCULTURAL DOS DISCENTES DA FACULDADE DE FONOAUDIOLOGIA UNCISAL

O perfil da população foi mapeado quando do processo de inscrição, no ano de 2004 e 2005, através da aplicação de Questionário Sócio Cultural, revelando informações sobre os convocados e matriculados.

Os dados foram tabulados e através de uma média, conseguimos demarcar alguns indicadores de forma a conhecer alguns dados do perfil dos

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33

estudantes, realçando algumas características que mereçam maiores reflexões e posicionamentos futuros

Observa-se uma predominância do sexo feminino pela busca do curso de Fonoaudiologia. A maioria dos candidatos reside com os pais e/ou parentes e cursaram o Ensino Médio (colegial).

Registrou-se a maioria cerca de 80% oriundos do estado de Alagoas e os demais candidatos aprovados é proveniente de outros estados da Região Nordeste.

Dos estudantes convocados 23,33 %, optou pela UNCISAL, para ter mais chance de ingressar na universidade, 26,67 % pela credibilidade e 26,67 % optou, porque a Uncisal oferece o melhor curso da opção.

Também a maioria, 66,67 % destes estudantes, espera do curso formação profissional para o futuro emprego.

Aproximadamente 40,0 % pretendem trabalhar enquanto fazem o curso superior, em estágios para treinamento e só cerca de 10,0 % não pretende.

Os maiores veículos de informação para os estudantes são: 80,0 % assistem TV, 10,0 % utilizam revistas e uma minoria de 6,67 % lêem jornais, para se manterem atualizados e 3,33 % recorrem à internet como forma de obter conhecimento. A maioria utiliza as ferramentas da informática em seu cotidiano.

Os estudantes tiveram habilidade melhor desenvolvida durante o Ensino Médio em capacidade de raciocínio lógico e análise crítica e em capacidade de comunicação e trabalho em equipe.

Quanto á língua inglesa, 16,67 % dos estudantes matriculados, lê e escreve bem e falam razoavelmente, 33,33 % lêem, mas não escrevem nem falam, somente 3,33% lêem ,escrevem e falam bem e 33,33 % não dominam a língua inglesa.

Os que optaram pela língua espanhola, 16,67 % têm conhecimento nulo da língua, 36,67% lêem, mas não escrevem nem falam,10,0 % lêem,escrevem bem, mas não falam ,33,3% lêem e escrevem bem e falam razoavelmente e 3,33 % lêem,escrevem e falam bem.

Perfil da população de matriculados em FONOAUDIOLOG IA

Quadro 1 – Sexo %

Masculino 20,00 Feminino 80,00

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Quadro 2 – Moradia x Curso Superior %

Com os pais e/ou outros parentes 86,67

Com esposo (a) e/ou filho (s) ----

Com amigos 3,33

Em alojamento universitário ----

Sozinho 6,67

Em pensão / república com colegas

3,33

Não respondeu ----

Quadro 3 – Tipo de Curso de Nível Médio Concluído %

Técnico ---- Magistério ---- Colegial 90,00 Supletivo ---- Superior ---- Não respondeu 10,00

Quadro 4 – Opção pela Instituição %

Oferece o melhor curso da minha opção 26,67 Próximo da minha residência ---- Escolhida pela maioria dos meus amigos ---- Mais uma chance de ingressar na universidade

23,33

Pela sua credibilidade 26,67 É onde posso concluir o curso no tempo previsto, sem greves

6,67

A concorrência é pequena ---- É a única que oferece o curso que escolhi 16,67 Não Respondeu ----

Quadro 5 – Meio de se manter atualizado

Jornal 6,67 Revistas 10,00 TV 80,00 Rádio ---- Internet 3,33 Não Respondeu ----

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Quadro 6 – Expectativa em Relação ao Curso Superior

Aumento de conhecimento e de cultura geral

13,33

Formação profissional para o futuro emprego

66,67

Formação teórica voltada para o ensino e a pesquisa

3,33

Consciência crítica que possibilite intervir na sociedade

16,67

Nível superior para melhorar a atividade já desenvolvida

----

Apenas o diploma de nível superior ---- Não respondeu ----

Quadro 7 – Trabalho x Curso Superior

Não 10,00 Sim, apenas estágios para treinamento 40,00 Sim, apenas nos dois últimos anos de estudo

10,00

Sim, desde o primeiro ano, em tempo parcial

36,67

Sim, desde o primeiro ano, em tempo integral

3,33

Não respondeu ----

Quadro 8 – Uso da Ferramenta de Informática

Sim e eu o utilizo bastante 30,00

Sim, mas eu pouco utilizo 30,00

Sim, mas eu nunca utilizo 3,33

Não mas utilizo microcomputador fora do ambiente doméstico

23,33

Não e eu nunca utilizo o microcomputador

13,33

Não respondeu ----

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Quadro 9 – Acesso à Internet

Disponível no meu local de trabalho 16,67

Disponível na minha residência 46,67

Colocado à minha disposição pela instituição onde estudo

6,67

Colocado à disposição em outro local 26,67

Nunca tive oportunidade de acessar a Internet

3,33

Não respondeu ----

Quadro 10 – Habilidade Melhor Desenvolvida Durante o Ensino Médio

Capacidade de Comunicação 20,00

Capacidade de trabalhar em equipe 23,33

Capacidade de raciocínio lógico/ Análise crítica

50,00

Senso Ético 3,33

Capacidade de tomar iniciativa 3,33

Não respondeu ----

Quadro 11 – Conhecimento na Língua Inglesa

Praticamente nulo 33,33

Leio, mas não escrevo nem falo 33,33

Leio e escrevo bem, mas não falo 13,33

Leio e escrevo bem e falo razoavelmente

16,67

Leio, escrevo e falo bem 3,33

Não respondeu ----

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Quadro 12 – Conhecimento na Língua Espanhola

Praticamente nulo 16,67

Leio, mas não escrevo nem falo 36,67

Leio e escrevo bem, mas não falo 10,00

Leio e escrevo bem e falo razoavelmente

33,33

Leio, escrevo e falo bem 3,33

Não respondeu ----

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6. ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA DO CURSO

6.1. MISSÃO

O curso de graduação em Fonoaudiologia baseia-se nas

proposições do rigor acadêmico, da formação humanística, dos princípios

bioéticos, do embasamento técnico-científico e do desenvolvimento de

técnicas e habilidades eficazes para o desempenho do exercício

profissional.

Estas proposições são norteadas pelos pressupostos do Sistema

Único de Saúde de forma que os profissionais egressos deste curso de

graduação atendam satisfatoriamente à demanda, em qualidade e

quantidade, em tendo o homem como um ser integral.

Como curso profissionalizante da área da saúde não se concebe

um pacote metodológico padronizado, mas algo dinâmico, processual,

cujas atividades e estratégias vão surgindo, e as decisões vão sendo

tomadas na medida e em conseqüência de seu desenvolvimento. O projeto

pedagógico deve cumprir com a função de processo dinâmico, contínuo,

mutável, cujas atividades/estratégias vão sendo escolhidas e as decisões

vão sendo tomadas na medida e em conseqüência de seu

desenvolvimento.

A organização curricular propiciará através do planejamento do

ensino, atividades acadêmicas, seja no fluxo curricular padrão ou no

flexível, no estágio supervisionado ou no trabalho de integralização

curricular (TIC), condições individuais ao estudante administrar o seu

aprendizado ao longo do curso. E irá instrumentalizar o aluno para

permanente atualização do conhecimento, dadas às perspectivas do

acelerado avanço tecnológico na área da Fonoaudiologia e nas demais

especialidades da área da saúde.

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6.2. PERFIL DO EGRESSO

De acordo com as diretrizes Curriculares Nacionais do curso de Graduação

em Fonoaudiologia (Resolução CNE/CES, 5 de 19 de fevereiro de 2002), o Curso

de Graduação em Fonoaudiologia da Universidade Estadual de Ciências da Saúde

de Alagoas – UNCISAL tem como perfil do formando egresso/profissional o

Fonoaudiólogo, com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva.

Capacitado a atuar, pautado em princípios éticos, no campo clínico-terapêutico e

preventivo das práticas fonoaudiológicas. Possui formação ético-filosófica, de

natureza epistemológica, e ético-política em consonância com os princípios e

valores que regem o exercício profissional. Conhece os fundamentos históricos,

filosóficos e metodológicos da Fonoaudiologia e seus diferentes modelos de

intervenção e atua com base no rigor científico e intelectual. (Resolução CNE/CES

5, de 19 de 2002).

6.3. OBJETIVOS DO CURSO

Em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais para os

cursos de Graduação em Fonoaudiologia (Resolução CNE/CES 5, de 19 de

Fevereiro de 2002), entende-se que a formação do Fonoaudiólogo tem por

objetivo dotar o profissional dos conhecimentos requeridos para o exercício

das seguintes competências e habilidades gerais:

I - Atenção à saúde: os profissionais de saúde, dentro de seu âmbito

profissional, devem estar aptos a desenvolver ações de prevenção,

promoção, proteção e reabilitação da saúde, tanto em nível individual

quanto coletivo. Cada profissional deve assegurar que sua prática seja

realizada de forma integrada e contínua com as demais instâncias do

sistema de saúde, sendo capaz de pensar criticamente, de analisar os

problemas da sociedade e de procurar soluções para os mesmos. Os

profissionais devem realizar seus serviços dentro dos mais altos

padrões de qualidade e dos princípios da ética/bioética, tendo em

conta que a responsabilidade da atenção à saúde não se encerra com

o ato técnico, mas sim, com a resolução do problema de saúde, tanto

em nível individual como coletivo;

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II - Tomada de decisões: o trabalho dos profissionais de saúde deve estar

fundamentado na capacidade de tomar decisões visando o uso

apropriado, eficácia e custo-efetividade, da força de trabalho, de

medicamentos, de equipamentos, de procedimentos e de práticas.

Para este fim, os mesmos devem possuir competências e habilidades

para avaliar, sistematizar e decidir as condutas mais adequadas,

baseadas em evidências científicas;

III - Comunicação: os profissionais de saúde devem ser acessíveis e

devem manter a confidencialidade das informações a eles confiadas,

na interação com outros profissionais de saúde e o público em geral. A

comunicação envolve comunicação verbal, não-verbal e habilidades

de escrita e leitura; o domínio de, pelo menos, uma língua estrangeira

e de tecnologias de comunicação e informação;

IV - Liderança: no trabalho em equipe multiprofissional, os profissionais

de saúde deverão estar aptos a assumirem posições de liderança,

sempre tendo em vista o bem estar da comunidade. A liderança

envolve compromisso, responsabilidade, empatia, habilidade para

tomada de decisões, comunicação e gerenciamento de forma efetiva

e eficaz;

V - Administração e gerenciamento: os profissionais devem estar aptos

a tomar iniciativas, fazer o gerenciamento e administração tanto da

força de trabalho, dos recursos físicos e materiais e de informação,

da mesma forma que devem estar aptos a serem empreendedores,

gestores, empregadores ou lideranças na equipe de saúde;

VI - Educação permanente: os profissionais devem ser capazes de

aprender continuamente, tanto na sua formação, quanto na sua

prática. Desta forma, os profissionais de saúde devem aprender a

aprender e ter responsabilidade e compromisso com a sua educação

e o treinamento/estágios das futuras gerações de profissionais, mas

proporcionando condições para que haja beneficio mútuo entre os

futuros profissionais e os profissionais dos serviços, inclusive,

estimulando e desenvolvendo a mobilidade acadêmico/profissional, a

formação e a cooperação através de redes nacionais e

internacionais.

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A formação do Fonoaudiólogo tem por objetivo dotar o profissional dos

conhecimentos requeridos para o exercício das seguintes competências e

habilidades específicas:

I - compreender e analisar criticamente os sistemas teóricos e

conceituais envolvidos no campo fonoaudiológico, que abrange o

estudo da motricidade oral, voz, fala, linguagem oral e escrita e da

audição, e os métodos clínicos utilizados para prevenir, avaliar,

diagnosticar e tratar os distúrbios da linguagem (oral e escrita),

audição, voz e sistema sensório motor oral;

II - compreender a constituição do humano, as relações sociais, o

psiquismo, a linguagem, a aprendizagem. O estudo deste processo

como condição para a compreensão da gênese e da evolução das

alterações fonoaudiológicas;

III - apreender as dimensões e processos fonoaudiológicos em sua

amplitude e complexidade;

IV - avaliar, diagnosticar, prevenir e tratar os distúrbios pertinentes ao

campo fonoaudiológico em toda extensão e complexidade;

V - apreender e elaborar criticamente o amplo leque de questões

clínicas, científico-filosóficas, éticas, políticas, sociais e culturais

implicadas na atuação profissional do Fonoaudiólogo, capacitando-se

para realizar intervenções apropriadas às diferentes demandas

sociais;

VI - possuir uma formação científica, generalista, que permita dominar e

integrar os conhecimentos, atitudes e informações necessários aos

vários tipos de atuação em Fonoaudiologia;

VII - reconhecer a saúde como direito e atuar de forma a garantir a

integralidade da assistência entendida como conjunto articulado e

contínuo de ações e serviços preventivos e curativos, individuais e

coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de

complexidade do sistema;

VIII - desenvolver, participar e/ou analisar projetos de atuação

profissional disciplinares, multidisciplinares, interdisciplinares e

transdisciplinares;

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IX - possuir recursos científicos, teórico-práticos e éticos que permitam a

atuação profissional e reavaliação de condutas;

X - conquistar autonomia pessoal e intelectual necessárias para

empreender contínua formação profissional;

XI - situar a Fonoaudiologia em relação às outras áreas do saber que

compõem e compartilham sua formação e atuação;

XII - observar, descrever e interpretar de modo fundamentado e crítico as

situações da realidade que concernem ao seu universo profissional;

XIII - pensar sua profissão e atuação de forma articulada ao contexto

social, entendendo-a como uma forma de participação e contribuição

social;

XIV - conhecer métodos e técnicas de investigação e elaboração de

trabalhos acadêmicos e científicos;

XV - utilizar, acompanhar e incorporar inovações técnico-científicas no

campo fonoaudiológico.

A formação do Fonoaudiólogo deverá atender ao sistema de saúde

vigente no país, a atenção integral da saúde no sistema regionalizado e

hierarquizado de referência e contra-referência e o trabalho em equipe.

6.4. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

Entender a educação no mundo contemporâneo implica, perceber que o

papel da escola e da universidade passa pela porta do conhecimento. O papel

da educação é ensinar a enfrentar a incerteza da vida; é ensinar o que é o

conhecimento. Em outras palavras, o papel da educação é de instruir o espírito a

viver e a enfrentar as dificuldades do mundo.

[...] a incerteza, o acaso e a desordem governam nossas vidas não é apenas uma asserção filosófica, mas a base do pensamento complexo. Algo que serve tanto para compreender os fenômenos meteorológicos, otimizar os métodos de prospecção de petróleo ou criar máquinas inteligentes, como para desbravar novos caminhos na área da psicanálise, sociologia e artes plásticas (MORIN, 1999).

Diante deste “novo mundo”, a ciência apela para o reconhecimento do

“pensamento complexo”, em contraposição ao modo de conhecimento

reducionista e contra a “falsa racionalidade” por ela mesma inaugurada. Não se

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concebe nos dias atuais a visão parcial da inteligência, de forma

compartimentada, mecanicista, disjuntiva, reducionista que quebra a

complexidade do mundo em fragmentos, fraciona os problemas, separa o que é

ligado, unidimensionaliza o multidimensional. Destrói na origem todas as

possibilidades de compreensão e reflexão, eliminando, assim, todas as chances

de um julgamento corretivo ou de uma visão de longo prazo. (COSTA & SENNA,

2004).

É preciso repensar a ciência de base cartesiana que torna a estrutura

acadêmica um grande obstáculo ao surgimento de um pensamento realmente

criativo e libertário. É preciso um outro estilo de educação, através da

‘construção” de uma nova razão. O pensamento complexo oferece uma das

melhores portas de entrada para o século XXI.

[...] a pesada estrutura acadêmica favorece a rigidez do pensamento, a ossificação paradigmática e a burocratização do saber, não devem redundar na afirmação de que é fora da escola, ou pela sua negação, que se pode esboçar o exercício de um pensamento complexo, aberto e criativo (COSTA & SENNA, 2004).

São concepções de um novo paradigma que têm como desafio a revisão

de conceitos fundamentais como:

1) a responsabilidade do aluno pelo seu percurso pessoal de

aprendizagem, orientado para o aprender a pensar e o aprender a

aprender;

2) o papel do professor como mediador, constituído como um elo entre o

conhecimento e o aluno;

3) a construção de estruturas curriculares com base na diversificação e

inovação das metodologias de ensino-aprendizagem no sentido da

formação de profissionais atuantes, éticos e críticos à realidade.

A ruptura do paradigma tradicional, no que diz respeito a postura do aluno,

move-se na direção das seguintes questões: Por que limitar-se a transmitir

conhecimentos se os estudantes dispõem para isto, além da imprensa escrita,

inventada há mais de 500 anos, outros meios de acesso às informações? Por

que não privilegiar discussões em torno de temáticas levantadas junto aos

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alunos? Por que não prestigiar a aquisição de mentes criativas e inquiridoras,

através de debates, de resoluções de problemas extraídos da própria realidade

sócio-cultural? (CYRINO & TORALLES-PEREIRA, 2004).

O já referido Relatório Jacques Delors– RJD – sobre a Educação para o

século XXI, documento base do pensamento pedagógico contemporâneo,

considera que os homens e as mulheres do novo século terão necessidade de

quatro aprendizagens essenciais que perpassarão toda a sua existência, ou

seja, a educação assume a perspectiva da educação permanente, da educação

continuada ou da Andragogia, sendo esta última definida por educadores como

Pierre Fourter (1973, apud ROMÃO, 2004), como um conceito amplo de

educação do ser humano, em qualquer idade. Terminologia também utilizada

pela UNESCO para referir-se à educação continuada.

Ainda segundo Romão (2008), a educação nesta perspectiva deve ser

entendida como o processo educacional que, ao contrário da pedagogia, não se

preocupa apenas com a formação da criança e do adolescente, mas do homem

durante toda a sua vida. Assim sendo, as quatro aprendizagens tornam-se

verdadeiros pilares da própria vida e, dessa forma, passam a constituir a

perspectiva mais interessante da Educação no mundo atual na medida em que

carregam em si todas as dimensões da realização humana. (ROMÃO, 2004).

Quais sejam:

APRENDER A CONHECER , isto é, adquirir os instrumentos da

compreensão. O aprender a conhecer tem como pano de fundo o prazer de

compreender, de conhecer e de descobrir. Visa o domínio dos próprios

instrumentos do conhecimento e que pode ser considerado,

simultaneamente, como um meio e como uma finalidade da vida humana.

Aprender para conhecer supõe, antes de tudo, aprender a aprender,

exercitado a atenção, a memória e o pensamento; pois o processo de

aprendizagem do conhecimento nunca está acabado, e pode enriquecer-se

com qualquer experiência.

APRENDER A FAZER , para poder agir sobre o meio envolvente. O fazer

implica em desenvolver competências necessárias para a execução de

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funções específicas da área do conhecimento e está relacionado ao saber

adequar o conhecimento à prática profissional, pois é impossível pensar

em apenas transmitir informações e apresentar modelos prontos para a

execução de práticas mais ou menos rotineiras. Aprender a fazer e

aprender a conhecer são, em larga medida, indissociáveis.

APRENDER A CONVIVER , a fim de participar e cooperar com os outros

em todas as atividades humanas; finalmente, O aprender a viver juntos ou

aprender a conviver é um dos maiores desafios da educação.

Consideramos que a educação deve utilizar duas vias complementares:

num primeiro nível, a descoberta progressiva do outro; num segundo nível,

e ao longo de toda a vida, a participação em projetos comuns. A educação

tem por missão, por um lado, transmitir conhecimentos sobre a diversidade

da espécie humana e, por outro lado, levar as pessoas a tomar consciência

das semelhanças e da interdependência entre todos os seres humanos do

planeta.

APRENDER A SER , via essencial que integra as demais aprendizagens. O

aprender a ser tem como princípio fundamental que a educação deve

contribuir para o desenvolvimento total da pessoa: espírito e corpo;

inteligência, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal,

espiritualidade. Num mundo em mudança, deve ser dada importância

especial à imaginação e à criatividade.

Na busca de alcançar este novo olhar é preciso construir o pensamento

complexo que oferece uma das melhores portas de entrada para o

conhecimento neste século XXI. Assim, pensar para reformar exige, cada vez

mais, uma inversão: reformar para melhor pensar. Para MORIN, (1998, apud

COSTA & SENNA, 2004) “[...] complexificar implica também uma nova maneira

de refletir sobre antigas ‘verdades’”.

6.5. Concepção de Aprendizagem e Ensino

Tais princípios exigem uma nova concepção de aprendizagem, pois fomos

formados em um sistema de ensino que privilegia a separação, a redução, a

compartimentalização, o próprio corporativismo dos saberes, que fraciona e

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aliena nosso modo de pensar. A não-linearidade do conhecimento gera, como

diz MORIN, (1998, apud COSTA & SENNA, 2004) a complexidade social.

Estudar a “complexidade” desse conhecimento exige que o professor admita e

respeite as diferenças culturais sem hierarquias, o que abre múltiplas

possibilidades ao ato humano de conhecer.

Seguindo a lógica “moriniana”, é preciso pensar a complexidade e a

incerteza. Em vez de dialética, Morin sugere a “dialógica”, uma dialética que não

recusa a contradição e assume o paradoxo de que duas idéias possam estar

certas ao mesmo tempo. Portanto, só através do pensamento complexo

estaremos aptos a enfrentar quatro grandes desafios nestes novos tempos

(MORIN, 2000, apud COSTA & SENNA, 2004):

a) Desafio da Complexidade - Einstein dizia com acerto que: “Tudo

deve ser apresentado tão simplesmente quanto possível. Mas não

demasiado simplesmente”. Apreender a complexidade é captar os

laços íntimos que unem o desenvolvimento e o meio ambiente, a

ciência e a ética, o conhecimento e o poder, a educação e a

cidadania. Significa optar pela pluralidade dos enfoques,

interdisciplinaridade, reciprocidade, tolerância e pelo intercâmbio.

Com freqüência, o que temos observado, é que os que decidem, o

fazem mais pela percepção que têm da realidade – ou da imagem

desta que lhes é dada – do que pela própria realidade em sua

complexidade;

b) Desafio da Irreversibilidade - Irreversibilidade da flecha do tempo,

que está no princípio da ciência moderna. Irreversibilidade da ação:

amanhã, é sempre demasiado tarde. Antecipar, a fim de melhor

prevenir, se tornou, pois, um imperativo categórico da democracia.

Frente à tirania do imediato e da urgência, importa construir uma ética

do futuro. Assim, temos o dever de agir a tempo para permitir a cada

ser, a cada criança nascida e por nascer, dominar seu próprio destino

e moldar seu próprio futuro;

c) Desafio da Globalidade - A globalidade (e não globalização) é a

consciência permanente do mundo em sua totalidade e é ela que

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deve nos levar a recusar soluções de curto prazo e de curta visão, a

investir na educação e num novo contrato social que pode nos levar

ao pleno exercício dessa “solidariedade moral e intelectual da

humanidade” que o Ato Constitutivo da UNESCO proclama;

d) Desafio da Incerteza - Os novos paradigmas da ciência nos fizeram

passar de um mundo finito de certezas a um mundo infinito de

questionamento e de dúvidas, o que nos impõe um olhar ético e

prospectivo sobre as descobertas científicas.

No que diz respeito à função docente, os desafios impostos pela introdução

desse novo paradigma na educação e, em especial, no ensino superior impõe o

repensar da seguinte questão fundamental: qual é afinal o papel do professor, se

deixou de ser o de mero transmissor de conhecimentos?

Segundo Kullok (2002), o papel do professor é o de mediar as condições

de conhecimento dos alunos, de modo que cada um deles seja um sujeito

consciente, ativo e autônomo. É seu dever conhecer como funciona o processo

ensino-aprendizagem para descobrir o seu papel no todo e isoladamente. Pois,

além de professor, ele será sempre ser humano, com direitos e obrigações

diversas. E, pensar no educador como um ser humano é levar à sua formação o

desafio de resgatar as dimensões cultural, política, social e pedagógica, isto é,

resgatar os elementos cruciais para que se possa redimensionar suas ações

no/para o mundo.

Neste sentido, o professor do ensino superior é considerado promotor do

desenvolvimento pessoal e profissional dos seus alunos e, nesta perspectiva,

precisará estar preparado para uma nova prática pedagógica que exigirá:

(1) uma nova postura frente ao alunado e ao conhecimento,

(2) um profundo conhecimento do ato de aprender e

(3) e, conseqüentemente, mudança da metodologia em função do conhecimento.

Uma postura que, segundo Nunes (2007, p. 19), aponta

redimensionamento das práticas pedagógicas nas quais o professor fica liberto

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das funções mecânicas do ensino e disponível para conhecer, desenvolver e

articular experiências educacionais, ou seja, um professor cuja prática:

• Inclua experiências de aprendizagem significativas;

• Utilize formas ativas de aprendizagem;

• Mantenha a interação e relação interpessoal com os estudantes;

• Tenha um bom sistema de feedback, avaliação e classificação;

• Saiba articular suas atividades acadêmicas com: a proposta do curso, o

perfil desejado dos alunos, a missão e objetivos da IES.

Assumir-se como professor requer a clareza de muitos aspectos

constituintes da missão docente. É preciso, sim, ter metas e objetivos, saber

sobre o que se vai ensinar, mas não se pode perder de vista para quem se está

ensinando e é disso que decorre o como realizar. Integrar tudo inclui dar conta

de diversas facetas do processo ensino-aprendizagem, ou seja, a do aluno

concreto, real, a do conhecimento, a das estratégias de ensino, e a do contexto

cultural, social e histórico em que se situam (PIMENTA, S. G. e ANASTASIOU,

2001).

A passagem de um processo de ensino baseado na transmissão de

conhecimentos para um processo de aprendizagem significativa, e do processo

de ensino centrado no professor e nos conteúdos, para um processo de

aprendizagem centrado no aluno, impõe a compreensão de uma nova prática

pedagógica de caráter inovador, começando pela (re)significação do conceito de

AULA.

As formas ativas de aprendizagem exigem um repensar das práticas

docentes que, em geral, estão centradas na tradicional concepção de aula,

necessitando da renovação e introdução de práticas pedagógicas que traduzam

o espaço acadêmico como um espaço de convivência que permita, favoreça e

estimule a reflexão, a crítica, o estudo, a pesquisa, a articulação com a

realidade, a discussão, o trabalho em grupo, a tomada de decisão, a

comunicação, a liderança.

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Nóvoa (1992) critica a universidade por trabalhar fazendo de conta que é

ainda a única detentora do conhecimento e aponta a necessidade de superação

dessa prática tradicional quando afirma:

Ela tem que se reorganizar, passando de uma função de transmissora do conhecimento para funções de reconstrução, de crítica e de produção de conhecimento novo. [...] as grandes universidades estão a repensar o sentido das “aulas” e da “presença física” dos alunos. [...] as universidades vão progressivamente conceder uma maior atenção aos processos de acompanhamento dos alunos, através de formas de orientação e tutoria, de aconselhamento e integração dos alunos em grupos de pesquisa. Será esse conjunto de atividades pedagógicas e científicas, e não as “aulas” propriamente ditas, que definirá a Universidade do futuro (NÓVOA, 1992, p. 34).

Nesta concepção o que vem a ser uma aula? Não é um enquadramento

entre quatro paredes, mas é uma situação, um ambiente, um espaço, um tempo

em que estão presentes todos os grandes problemas, concretizados na

interação educativa de professores e alunos que desenvolvem um programa de

aprendizagem.

Segundo Masetto (1998), a aula deve ser considerada como VIVÊNCIA,

isto quer dizer aula como vida, como realidade e situações a serem estudada. A

aula como espaço que permita, favoreça e estimule o enfrentamento de tudo o

que constitui o ser e a existência, as evoluções e as transformações, o

dinamismo e a força do homem, do mundo, dos grupos humanos, da sociedade

humana que existe num espaço e num tempo, que vive um processo histórico

em movimento.

Enquanto VIVÊNCIA, a aula é um espaço aberto que se impregna de fatos,

acontecimentos, estudos, análises, reflexões, pesquisas, conflitos, prioridades,

teorias que fundamentam e explicam o meio em que vivem alunos e professores.

Nesta perspectiva, a aula-vivência acontece num processo de mão dupla:

recebe ou vai até a realidade, trabalha-a com a ciência e permite um retorno a

esta mesma realidade, mas com nova compreensão e perspectiva para usa

transformação. Enfim, aula no sentido atual transforma-se num ESPAÇO DE

RELAÇÕES E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS.

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Estas relações e práticas pedagógicas que reúnem um grupo humano

formado de professores e alunos têm objetivos educacionais bem definidos,

visando a aprendizagem numa determinada área do conhecimento. Pressupõe,

portanto, planejamento e organização de acordo com a sua finalidade, conteúdo

e realidade a ser estudada, visando a compreensão, as habilidades para

trabalhos práticos, a criatividade e a busca constante de conhecimentos,

favorecendo a iniciativa, a criatividade e a participação do aluno. Neste sentido,

Kullok (2000, p. 9) apresenta algumas condições fundamentais:

Conhecimento da turma – significa considerar o nível de desenvolvimento

cognitivo do aluno, respeitar o processo de aprendizagem de cada aluno;

acompanhar o ritmo de cada aluno, oferecer condições que superem as

dificuldades apresentadas; identificar as dificuldades, apresentadas pelos

alunos; estar atento às alterações de comportamento.

Conhecimento profundo do conteúdo – exige uma busca constante de

atualização; participação em eventos específicos da área; troca de experiências

com os colegas; leituras permanentes do conteúdo trabalhado;

Conhecimento de estratégias de ensino-aprendizagem que favoreçam

processos amplos e significativos de aprendizagem – Exige inovação

pedagógica, a busca por novas formas de trabalhar com o conhecimento,

voltadas para problemas desafiantes que incentivem o aprender mais, o

estabelecimento de diferentes tipos de relações entre fatos, objetos,

acontecimentos, noções e conceitos, desencadeando modificações de

comportamentos e contribuindo para a utilização do que é aprendido em

diferentes situações.

Conhecimento de procedimentos de avaliação – vista aqui como formativa,

atrelada ao processo de ensino–aprendizagem e não como julgamento, castigo

ou apenas nota. Exige o domínio dos critérios e diversidade de instrumentos de

avaliação além da compreensão e uso dos diversos tipos de avaliação.

Conhecimento do valor da interação professor-aluno – para não se

posicionar como o dono do saber, mas ser capaz de compreender a sala de aula

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como o espaço de relações cognitivas, sociais e afetivas, humanizando o ato de

aprender.

6.6. Formação do Profissional da Área da Saúde

As mudanças de concepção acima descritas se estendem a todos os níveis

da educação e direcionam os processos educativos em todas as áreas de

formação profissional. Neste sentido, os encaminhamentos da Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional (LDB), e das Diretrizes Curriculares Nacionais

direcionam as IES, no uso de sua autonomia, para que, através de seus Projetos

Pedagógicos, construam propostas curriculares inovadoras, alicerçadas nas

atuais concepções de currículo, na concepção de educação ao longo da vida, e

no desenvolvimento das aprendizagens fundamentais, respeitando-se a

especificidade regional, local e institucional.

No que diz respeito a formação dos profissionais de saúde é verificado um

direcionamento educativo para superação do paradigma flexneriano frente a

compreensão do paradigma da integralidade. Direção que extrapola a educação

para o domínio técnico-científico da profissão e se estende pelos aspectos

estruturantes de relações e de práticas em todos os componentes de interesse

ou relevância social, que contribuam para a elevação da qualidade de saúde da

população tanto no enfrentamento dos aspectos epidemiológicos do processo

saúde-doença, quanto nos aspectos de organização da gestão setorial e

estruturação do cuidado à saúde.

Portanto, a emergência na elaboração de novos projetos de cursos tem

sido uma realidade em todo país e uma das referências são as recomendações

da Declaração de Edimburgo, as quais propõem reformas no ensino médico

(MATTOS, 2007, p. 18), e também podem ser atribuídas à formação dos demais

profissionais da área da saúde:

1. Ambientes educacionais relevantes;

2. O currículo baseado nas necessidades de saúde nacional;

3. Ênfase na prevenção de doenças e promoção à saúde;

4. Aprendizagem ativa ao longo de toda vida;

5. Aprendizagem baseada em competência;

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6. Professores capacitados como educadores;

7. Integração das ciências com a prática clínica;

8. Seleção dos postulantes levando em consideração não somente os

atributos intelectuais, mas também os não cognitivos;

9. Formação multiprofissional;

10. Educação continuada.

Diante desses princípios, se faz necessário estabelecer novas relações

disciplinares seguindo um critério de organização do conhecimento diferente do

esquema tradicional da lógica multidisciplinar, onde os conteúdos apresentados

por matérias estanques, independentes umas das outras, sendo a organização

mais comum presente nos cursos universitários. A partir do conceito de

Transdisciplinaridade que traz o exercício efetivo do aprender-a-aprender, se

estabelece o repensar das propostas curriculares no sentido da

interdisciplinaridade e da transdisciplinaridade.

Multidisciplinaridade – que é a forma tradicional de currículos que se

baseia em disciplinas. Cada matéria contribuiu com informações pertinentes ao

seu campo de conhecimento, sem haver uma real integração entre elas. Essa

forma de relacionamento entre as disciplinas é a menos eficaz para a

transferência de conhecimentos para os alunos;

Interdisciplinaridade – que é a integração entre duas ou mais disciplinas

variando desde a simples comunicação de idéias até a integração recíproca dos

conceitos fundamentais, sendo utilizada nos currículos integrados.

Transdisciplinaridade – que é o grau máximo de relações entre as

disciplinas que supõe uma integração global dentro de um sistema, sendo

infelizmente essa organização é ainda mais um desejo do que uma realidade

(MATTOS, 2007).

6.7. DIRETRIZES PEDAGÓGICAS DO PPC

Tais abordagens estão consubstanciadas como Diretrizes Pedagógicos

que orientam a organização curricular dos cursos de Bacharelado da UNCISAL

tendo, portanto, como referência:

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1. As políticas e os princípios que orientam a gestão administrativo-

acadêmica da UNCISAL;

2. As concepções pedagógicas de ensino-aprendizagem que

fundamentam as atuais práticas educacionais;

3. O conceito de currículo fundamentado nos atuais referenciais

epistemológicos e pedagógicos, concebido como elemento central da

organização acadêmica, que deve ser construído coletivamente, e

corporificado nos Projetos Político-Pedagógicos dos Cursos;

4. As definições da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

(LDB), Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 e das Diretrizes

Curriculares Nacionais (DCNs) que fundamentam a educação superior

no país.

a) Formação Profissional Generalista

No sentido de romper com a visão profissional baseada no modelo fordista

e no modelo flexneriano, esta última adotada na formação dos profissionais da

área de saúde, as quais centram a formação em conhecimentos fragmentados,

distribuídos em disciplinas isoladas que conduzem a uma exacerbada

especialização profissional, em detrimento de profissional crítico-reflexivo,

transformador da realidade social e agente de mudança. Compreensão de o

mundo atual exige um profissional generalista que tenha ampla competência e

domine diversas habilidades, construídas através de uma nova relação com o

conhecimento (ação- reflexão-ação). A garantia da formação generalista é

instrumentalização do profissional para atuar nos mais variados contextos,

opondo-se à especialização precoce e evitando visões parciais da realidade.

b) Indissociabilidade Ensino/Pesquisa/Extensão

A articulação da pesquisa com o ensino e com a extensão é indicada como

um princípio pedagógico para o desenvolvimento da capacidade de produzir

conhecimento próprio, assegurando uma assistência de qualidade e com rigor

científico. Trata-se da construção de um processo de ensino-aprendizagem

dialógico e investigativo que viabiliza a troca de experiências e a

construção/reconstrução/significação de conhecimentos. Se o avanço teórico e

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metodológico só se dá através das descobertas da ciência e de sua

confrontação com a realidade através da prática, a sua materialidade passa pela

formação da capacidade investigativa do professor e do aluno, ou seja, pela

construção do aprender a aprender.

c) A Interdisciplinaridade

A interdisciplinaridade refere-se a uma nova concepção de ensino e de

currículo, baseada na interdependência entre os diversos ramos do

conhecimento. É indicada como forma de: (1) superar o pensar simplificado e

fragmentado da realidade; (2) admitir a ótica pluralista das concepções de

ensino, integrando os diferentes campos do conhecimento e possibilitando uma

visão global da realidade; (3) integrar conhecimentos, buscando uma unidade do

saber e a superação dos currículos organizados por disciplinas e centrados em

conteúdos.

O termo transdisciplinaridade surge a partir de 1997, através de vários

congressos promovidos pela UNESCO. A transdisciplinaridade, como o próprio

prefixo "trans" indica, diz respeito ao que está ao mesmo tempo entre as

disciplinas, através das diferentes disciplinas e além de toda disciplina e sua

finalidade é compreender o mundo atual. A disciplinaridade, a

pluridisciplinaridade, a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade são as

quatro flechas de um único arco: o conhecimento. É a partir da compreensão

destas flechas que o conhecimento articulará os quatros pilares da educação:

aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver junto, aprender a ser

(MORAES, 1997).

d) Relação Teoria e Prática

A articulação entre teoria e prática requer ações pedagógicas que

ultrapassem os muros da academia e insiram o aluno em realidades concretas,

fazendo com que a formação seja centrada na prática, numa contínua

aproximação do mundo do ensino com o mundo do trabalho. Teoria e prática

não devem aparecer como princípios dicotômicos, onde as aulas práticas são

concebidas apenas como uma forma de conectar o pensar ao fazer. Essa

articulação deve possibilitar o teorizar a partir da prática nos vários espaços

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onde acontece o trabalho do profissional da saúde. Pois, segundo Pimenta

(2005), a atividade teórica por si só não leva à transformação da realidade; não

se objetiva e não se materializa, não sendo, pois práxis. Por outro lado a prática

também não fala por si mesma, ou seja, teoria e prática são indissociáveis como

práxis.

Dando especial atenção à integração entre teoria e prática e à valorização

da experiência adquirida nas atividades de caráter prático-formativo, a LDB e as

DCN instituem o Trabalho de Conclusão de Curso – TCC como componente

curricular obrigatório cursos de graduação nas IES, considerando-o atividade de

caráter teórico-prático, de síntese e integração de conhecimento e consolidação

das técnicas de pesquisa.

e) Estrutura Curricular Flexível

Substitui o modelo de grade curricular, rompendo com o enfoque

unicamente disciplinar e seqüenciado a partir de uma hierarquização artificial de

conteúdos por uma nova estrutura inter e transdisciplinar que possibilite a

dinamicidade do processo de formação profissional. A flexibilidade na

organização do curso indica a adoção de medidas que contraponham à rigidez

dos pré-requisitos e dos conteúdos obrigatórios ordenados em seqüência

obrigatória, como se existisse apenas uma maneira de aprender. Visa

ultrapassar o conceito de currículos disciplinares para currículos em que o

processo de construção do conhecimento alcance níveis cada vez mais

elevados de complexidade e inter-relação e solidificando a interdisciplinaridade.

f) Prática Profissional como Eixo Norteador do Proj eto Pedagógico

No processo de construção de conhecimento a prática necessita ser

reconhecida como eixo a partir do qual se identifica, questiona, teoriza e

investiga os problemas emergentes no cotidiano da formação, portanto, onde se

insere a discussão da prática como eixo estruturante para o processo de ensino-

aprendizagem. Significa que a prática não se reduz a eventos empíricos ou

ilustrações pontuais, mas como condição para o estudante lidar com a realidade

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e dela retirar os elementos que irão conferir significado e direção às

aprendizagens.

g) A Integração entre os Diferentes Níveis de Ensin o e Pesquisa

A convivência entre as atividades de graduação, pós-graduação, bem

como das interfaces e interdependências que existem entre estes três momentos

de ensino deve ser buscada. Reconhece-se a necessidade de que não haja uma

monopolização dos interesses docentes e dos recursos infraestruturais /fomento

em um espaço formativo ou de pesquisa em detrimento de outros, evitando

secundarizar e ou marginalizar, especialmente, o ensino da graduação.

h) Uso de Metodologias Ativas

São metodologias fundamentadas nos princípios da pedagogia interativa,

na concepção pedagógica crítico e reflexiva, tendo como eixo central a

participação ativa dos alunos em todo o processo, incluindo todos os novos e

diferentes cenários de prática. São estratégias que levam em conta à realidade

concreta e a necessidade de se trabalhar, além das questões técnicas, as

emoções e as relações interpessoais.

A utilização de metodologias ativas de ensino-aprendizagem pressupõe o

uso do ato de interrogar, (re)produzir e criar, isto é, interrogar a realidade de

modo crítico e permanente, (re)produzir o conhecimento de modo consciente de

suas limitações, e orientar o aluno para a busca de soluções criativas para os

problemas com que defronta. Um PPC, assim construído, aponta para a atitude

reflexiva e problematizadora do aluno, que lhe permitirá ser produtor do

conhecimento. O comportamento investigativo aplica-se tanto às atividades ditas

em sala de aula, como as fora dela, com a participação em: a) projetos de

pesquisa e/ou extensão realizados na instituição ou fora dela; b) eventos

científicos; c) atividades de monitoria; d) atividades de extensão, na qualidade de

ato de criação, resolução de problemas, mas sempre como atividade de

interrogação, portanto, de pesquisa (ForGRAD, 2000).

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i) A Diversificação dos Cenários de Aprendizagem

Implica na participação de docentes, discentes e profissionais dos serviços,

nos vários campos do exercício profissional. Essa participação se apresenta na

perspectiva de uma efetiva articulação que contribui não só para a formação

profissional, mas também para as mudanças na produção de serviços. A

realidade concreta e os reais problemas da sociedade são substratos essenciais

para o processo ensino-aprendizagem, como possibilidade de compreensão dos

múltiplos determinantes das condições de vida e saúde da população.

j) Concepção de Avaliação Processual

A avaliação é mais do que a aplicação de provas, devendo ser

compreendida como não só a regulação da aprendizagem, mas, principalmente,

como eficiência do processo educacional. Neste sentido, deve ampliar a sua

sistemática e procedimentos somando ao caráter somativo estabelecido

geralmente pela legislação das IES, o caráter formativo da avaliação, concebido

como um ato dinâmico que subsidia o redirecionamento da aprendizagem e

possibilita o alcance dos resultados desejados. Assim, a tarefa da prática da

avaliação tem como premissa básica a constante reflexão dos docentes sobre

sua prática pedagógica e o acompanhamento do aluno na sua caminhada de

construção do conhecimento, tendo como claro que o erro é o ponto de partida

para esclarecimentos e nunca para servir como motivo de punição. O processo

de acompanhamento, avaliação e gestão do curso deve se constituir num

processo de reflexão permanente sobre as experiências vivenciadas, os

conhecimentos disseminados ao longo da formação profissional e a interação

entre o curso e o contexto local, regional e nacional.

k) Inserção de Eixos Multiprofissionais

Organização de atividades pedagógicas pensadas no conjunto dos cursos

– não necessariamente aulas, mas projetos e atividades integradoras, onde

sejam criados itinerários de aprendizagem múltiplos, situações comuns de

aprendizagem.

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7. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

7.1 O currículo para a graduação em Fonoaudiologia tem como

referencial as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de

Graduação em Fonoaudiologia aprovadas pela RESOLUÇÃ O

CNE/CES 5, DE 19 DE FEVEREIRO DE 2002. OBJETIVOS DO

CURRÍCULO

• Proporcionar ao estudante o conhecimento dos diversos níveis de atenção à

saúde.

• Capacitar o estudante a conhecer e compreender a Fonoaudiologia como

ciência-profissão-arte, tendo como modelo central a comunicação humana,

na sua diversidade e subjetividade.

• Promover a interdisciplinaridade para promoção da saúde, baseado na

cientificidade, cidadania e ética.

• Desenvolver junto ao formando a capacidade de avaliação, planejamento e

realização de tratamentos fonoaudiológicos, bem como reavaliar,

acompanhar a evolução do paciente em tratamento e quando necessário

modificar a conduta terapêutica.

• Proporcionar ampla formação na área de saúde, como ainda, de áreas afins,

que contribuem para o aperfeiçoamento profissional.

• Promover a integração do ensino, da pesquisa e da extensão de forma

indissociável.

7.2. DIRETRIZES CURRICULARES

O Currículo será composto de:

a) Carga horária fixa, obrigatória, composta de disciplinas obrigatórias,

seqüenciadas num fluxo curricular padrão que compreende:

• disciplinas obrigatórias decorrentes das matérias do currículo mínimo

estabelecido pelo CFE;

• disciplinas obrigatórias por legislação específica, estabelecida pelo CFE;

• disciplinas obrigatórias institucionais, estabelecidas pela UNCISAL;

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b) Carga Horária complementar, obrigatória que compreende disciplinas

especiais e múltiplas atividades complementares à formação do estudante no

seu papel de cidadão, representando 5 a 10% da carga horária total do curso.

Poderão ser consideradas como componentes do fluxo de Atividades

Acadêmicas Complementares (AAC):

• monitoria;

• estágio curricular não obrigatório;

• iniciação científica;

• atividades de extensão;

• disciplinas especiais;

• disciplinas de formação geral;

• participação em encontros científicos, culturais e estudantis, dentre

outros.

7.3. ÁREAS CURRICULARES:

Os conteúdos essenciais para o Curso de Graduação em Fonoaudiologia

devem integrar os seguintes campos de estudo:

Ciências Biológicas e da Saúde – incluem-se os conteúdos (teóricos e

práticos) de base moleculares e celulares dos processos normais e alterados, da

estrutura e função dos tecidos, órgãos, sistemas e aparelhos.

Ciências Sociais e Humanas – inclui-se a compreensão dos determinantes

sociais, culturais, econômicos, comportamentais, psicológicos, ecológicos, éticos

e legais, lingüísticos e educacionais.

Ciências Fonoaudiológicas – incluem-se os conteúdos concernentes às

especificidades da Fonoaudiologia relativas à audição, linguagem oral e escrita,

voz, fala, fluência e sistema miofuncional orofacial e cervical. Deverão ser

abordados aspectos relativos à ontogênese e desenvolvimento da linguagem

nos seus múltiplos aspectos e especificidades, aos recursos utilizados para o

aprimoramento de seus usos e funcionamento, bem como, o estudo dos seus

distúrbios e dos métodos e técnicas para avaliação e diagnóstico, terapia e a

prevenção neste campo. Essas especificidades dizem respeito, também, à

prevenção, desenvolvimento, avaliação, diagnóstico e terapia, relativos aos

aspectos miofuncionais e orofaciais e cervicais, além dos aspectos de voz,

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fluência e de fala. Em relação a audição referem-se ao desenvolvimento da

função auditiva; alterações da audição; avaliação e diagnóstico audiológico,

indicação, seleção e adaptação de Aparelho de Amplificação Sonora Individual e

outros dispositivos eletrônicos para surdez; métodos e técnicas para prevenção,

conservação e intervenções nos distúrbios da audição.

7.4. INTEGRALIZAÇÃO CURRICULAR

O curso poderá ser integralizado em, no mínimo, 4 anos e 6 meses letivos e

no máximo em sete anos e 6 meses letivos, considerando o ano letivo de

quarenta semanas ou duzentos dias, proporcionando uma formação generalista

orientada para a atuação em três níveis de atenção à saúde, quais sejam:

• Nível primário ou de prevenção

• Nível secundário ou de cura

• Nível terciário ou de reabilitação

7.5. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

A Estrutura Curricular do Curso de Fonoaudiologia está organizada numa

perspectiva integradora, reflexiva e crítica, hierarquizada por pré-requisitos e

distribuída da seguinte forma:

1º. ANO

DISCIPLINAS Pré-requisitos Carga Horária Semestral/anual

ACÚSTICA FÍSICA E PSICOACÚSTICA - 80 Anual

ANATOMIA - 160 Anual

BIOÉTICA - 80 Anual

CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS A SAÚDE - 60 Semestral/1

CUIDADOS BÁSICOS EM SAÚDE - 60 Semestral/1

FONOAUDIOLOGIA FUNDAMENTAL - 80 Anual

HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA - 80 Anual

LINGÜÍSTICA I - 120 Anual

METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA I - 40 Semestral/2

PSICOLOGIA I - 120 Anual

BIOQUÍMICA - 40 Semestral/2

Carga Horária Total 920 h

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2º ANO

DISCIPLINAS Pré-requisitos CH Semestral

/anual

AQUISIÇÃO E DESENVOLVIMENTO

DA LINGUAGEM

Lingüística I

Fonoaudiologia Fundamental

80 Anual

AUDIOLOGIA CLÍNICA I Física Acústica e

Psicoacústica

80 Anual

DISTÚRBIOS DA COMUNICAÇÃO I Fonoaudiologia Fundamental 80 Anual

DISTÚRBIOS DA COMUNICAÇÃO II Fonoaudiologia Fundamental 80 Anual

FISIOLOGIA HUMANA E BIOFÍSICA Anatomia 120 Anual

LINGÜÍSTICA II Lingüística I 80 Anual

ORTODONTIA PREVENTIVA Anatomia 80 Anual

OTORRINOLARINGOLOGIA Anatomia 80 Anual

PATOLOGIA GERAL Histologia e Embriologia 40 Semestral/1

PSICOLOGIA II Psicologia I 120 Anual

Carga Horária Total 840 h

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3º ANO

DISCIPLINAS Pré-Requisitos CARGA

HORÁRIA

Semestral/

Anual

AASI I Audiologia Clínica I

Otorrinolaringologia

80 Anual

AUDIOLOGIA CLÍNICA II Audiologia Clínica I

Otorrinolaringologia

80 Anual

AUDIOLOGIA EDUCACIONAL Audiologia Clínica I

Otorrinolaringologia

80 Anual

AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA Distúrbios da Comunicação I, II

Audiologia Clínica I ,

Aquisição e Desenvolvimento

da Linguagem

80 Anual

DISTÚRBOS DA COMUNICAÇÃO III

Distúrbios da Comunicação I

Otorrinolaringologia

80 Anual

DISTÚRBOS DA COMUNICAÇÃO IV

Distúrbios da Comunicação II

Otorrinolaringologia

80 Anual

DISTÚRBOS DA COMUNICAÇÃO V Aquisição e Desenvolvimento

da Linguagem

80 Anual

ÉTICA E DEONTOLOGIA - 60 Semestral/2

FONOAUDIOLOGIA ESCOLAR I Aquisição e Desenvolvimento

de Linguagem, Lingüística II

80 Anual

GENÉTICA Fisiologia Humana e

Biofísica

60 Semestral/2

METODOLOGIA DA PESQUISA

CIENTÍFICA

Metodologia da Pesquisa

Científica II

40 Semestral/1

NEUROLOGIA Fisiologia Humana e

Biofísica

60 Semestral/1

FARMACOLOGIA Bioquímica, Fisiologia Humana e Biofísica

40 Semestral/2

SAÚDE COLETIVA - 80 Anual

Carga Horária Total 980 h

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4º ANO – 1º SEMESTRE

DISCIPLINAS Pré-Requisitos CARGA HORÁRIA

Semestral/

anual

AASI II AASI I 60 Semestral/1

AVALIAÇÃO E ABORDAGEM TERAPÊUTICA

EM AUDIOLOGIA

Audiologia Clínica II,

Audiologia Educacional

AASI I

120 Semestral/1

AVALIAÇÃO E ABORDAGEM TERAPÊUTICA

NOS DISTÚRBIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA

Distúrbios da Comunicação III, IV e V

Avaliação Fonoaudiológica I

360 Semestral/1

FONOAUDIOLOGIA ESCOLAR II Fonoaudiologia Escolar I 60 Semestral/1

Carga Horária Total 600 h

4º ANO – 2º SEMESTRE

DISCIPLINAS Pré-requisitos CARGA HORÁRI

A

Semestral/

anual

ESTÁGIO SUPERVISIONADO

EM AUDIOLOGIA

Ter Aprovação Em Todas

As Disciplinas

160 Semestral/2

ESTÁGIO SUPERVISIONADO

NOS DISTÚRBIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA

Ter Aprovação Em Todas

As Disciplinas

480 Semestral/2

Carga Horária Total 640 h

5º ANO – 1º SEMESTRE

DISCIPLINAS Pré-

requisitos

CARGA

HORÁR

IA

Semestral/

anual

ESTÁGIO SUPERVISIONADO

EM AUDIOLOGIA

Ter Aprovação Em Todas

As Disciplinas

150 Semstral/2

ESTÁGIO SUPERVISIONADO

NOS DISTÚRBIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA

Ter Aprovação Em Todas

As Disciplinas

450 Semestral/2

Carga Horária Total 600 h

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QUADRO GERAL

Total Carga Horária Disciplinas 4.580 Horas/Aula

Trabalho de Integralização Curricular (TIC) 150 Hor as/Aula

Grade Curricular Flexível 250 Horas/Aula

TOTAL GERAL ( TIC + Grade Curricular Flexível ) 400 Horas/aula

TOTAL GERAL DE CARGA HORÁRIA 4.980 Hora/aula

7.6. EMENTÁRIO

ELENCO DAS DISCIPLINAS

1º ANO

Disciplina: Anatomia Carga horária: 160h - Anual

Ementa: Estudo morfofuncional dos sistemas do corpo humano.

Bibliografía Básica:

1. DANGELO, J. G. & FATINI, C. A. Anatomia Humana Sistêmica e

Segmentar

2. MACHADO, A. B. M. Neuroanatomia funcional. 2ª ed. Rio de janeiro:

Atheneu, 1998. Guanabara Koogan, 1995

3. KEITH, L. MORE, Anatomia Orientada para a Clínica

4. GRAY, Anatomia

5. GARDNER, E.; O’RAHILLY, R., Anatomia.

6. NETTER, F. H., Atlas de Anatomia

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Disciplina: Histologia e Embriologia Carga horária: 80h – Anual

Ementa: Estudo da embriologia humana e dos tecidos que compõem o corpo

humano e sua funções, dando ênfase aos órgãos da fala, voz e

audição.

Bibliografía Básica:

1. JUNQUEIRA e CARNEIRO. Histologia Básica. 7ª edição. Guanabara

Koogan, Rio de Janeiro, 1990.

2. CORMACK, David H. Fundamentos de Histologia. 1ª edição.

Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1996.

3. DI FIORE. Mariano S. H. Atlas de histologia. Guanabara Koogan, Rio

de Janeiro

4. FINN, GENESER, GENESER. Atlas de Histologia. Guanabara

Koogan, Rio de Janeiro.

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66

Disciplina: Psicologia I Carga horária: 80h – Anual

Ementa: Perspectiva histórica da Psicologia do Desenvolvimento.

Desenvolvimento pré-natal e nascimento. Etapas e processo do

desenvolvimento de crianças e adolescentes Alterações psicológicas e

distúrbios de comportamento. Teorias da personalidade

Bibliografía Básica:

1. BEE, H. A criança em desenvolvimento. São Paulo: Harbra, 1977.

2. MUSSEN, P.; CONGER, J.J. e KAGAN, J. Desenvolvimento e

personalidade da criança. São Paulo: Harbra, 1977

3. DI FIORE. Mariano S. H. Atlas de histologia. Guanabara Koogan, Rio

de Janeiro

4. FINN, GENESER, GENESER. Atlas de Histologia. Guanabara

Koogan, Rio de Janeiro.

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67

Disciplina: Acústica Física e Psicoacústica Carga horária: 80h – Anual

Ementa: Acústica Física e Psicoacústica Aplicada à Audiologia

Bibliografía Básica:

1. GARCIA, E. A.C. Biofísica . Sarvier, São Paulo: 1998

2. MENEZES, P.L. Biofísica da Audição . Lovise, São Paulo: 2005

3. ZEMLIN, W.R. Princípios de Anatomia e Fisiologia em

Fonoaudiologia . Artmed, São Paulo: 2000.

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68

Disciplina: Bioética Carga horária: 80h – Anual

Ementa: Estudo de assuntos vinculados à vida e à saúde humanas

Bibliografía Básica:

1. ARAÚJO, L.Z.S. 2002 A Bioética nos experimentos com seres

humanos e animais. Montes Claros: Editora UNIMONTES.

2. BEAUCHAMP, T.L. & CHILDRESS, J.F. 2002. Princípios de Ética

Biomédica. São Paulo: Edições Loyola.

3. CLOTET, J. 2001. Bioética. Porto Alegre: EDIPUCRS.

4. COSTA, S.; GARRAFA, V. & OSELKA, G. 1998. Iniciação à Bioética.

Brasília: Conselho Federal de Medicina.

5. SIQUEIRA, J.E.; PROTA, L. & ZANCANARO, L. 2001. Bioética

estudos e reflexões. Londrina: Editora UEL.

6. SIQUEIRA, J.E.; PROTA, L. & ZANCANARO, L. 2001. Bioética

estudos e reflexões 2. Londrina: Editora UEL.

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69

Disciplina: Ciências Sociais aplicadas a Saúde Carga horária:

60h – semestral/1

Ementa: Estuda dos conceitos fundamentais da Sociologia e Antropologia e sua

relação com a saúde. Método e Pesquisa em Ciências Sociais. Contexto

Social.

Bibliografía Básica:

1. COSTA, M. C. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. Moderna,

São Paulo, 2000.

2. HELMAN, C. Cultura, saúde e doença. Artes Médicas, Porto Alegre,

2003.

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70

Disciplina: Fonoaudiologia Fundamental Carga horária: 80h – Anual

Ementa: Estudo do desenvolvimento histórico da fonoaudiologia como ciência e

sua relação com as ciências da saúde e humanas, da atuação preventiva

e terapêutica dos distúrbios da comunicação humana; caracterização das

especialidades da fonoaudiologia (voz, motricidade oral, linguagem e

audiologia) e suas interfaces, a inserção da fonoaudiologia na saúde

pública e educação

Bibliografía Básica:

1. AMORIM, A. Fonoaudiologia Geral . Rio de Janeiro: Enelivros Ltda., 1982.

2. SOUZA, L. B. Fonoaudiologia Fundamental . Rio de Janeiro: Revinter,

2000.

3. VIEIRA, R. M ; VIEIRA, M. M. ÁVILA, C. R. B de & PEREIRA, L. D.

Fonoaudiologia e saúde pública . Carapicuíba: pró-Fono Departamento

Editorial, 2000.

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71

Disciplina: Cuidados Básicos em Saúde

Carga horária: 60h – semestral/1

Ementa: Estuda procedimentos técnicos necessários na ação assistencial do

cliente contextualizado no ambiente ambulatorial/hospitalar. Estuda

situações emergenciais ou necessitam de conhecimento teórico-

prático e técnico-científico com ações imediatas preservando e

garantindo suporte básico de vida.

Bibliografía Básica:

1. ATKINSON, L. D. & MURRAY, M. E. Fundamentos de Enfermagem.

Guanabara Koogan

2. BERGRON, J. D. & BIZJAK, G., Primeiros Socorros. Atheneu

3. FUERST, E. V. & FORTES., Fundamentos de Enfermagem.

Interamericana.

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72

Disciplina: Lingüística I Carga horária: 120h – Anual

Ementa: Lingüística e Fonoaudiologia. Signo, significado, significante. Teoria

do valor. Sociolingüística variacionista. Discurso, ideologia, condições

de produção e interdiscurso. Lingüística e aquisição da escrita.

Lingüística e afasia. Gramática gerativa e inatismo. Erro e perspectiva

lingüística.

Bibliografía Básica:

1. BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso. Ed. Parábola.

2. CHOMSKY, Noam. Linguagem e mente. Editora da UNB.

3. COUDRY, Maria Irma Hadler. Diário de Narciso: discurso e afasia. São

Paulo: Martins Fontes.

4. FERREIRO, E. Com todas as letras. São Paulo: Cortez.

5. JAKOBSON, Roman. Lingüística e Comunicação. S. Paulo: Cultrix.

6. ORLANDI, E. P. Análise de Discurso: princípios & procedimentos.

Campinas:Pontes.

ORLANDI, Eni. O que é Lingüística. Ed. Brasiliense (Coleção Primeiros

Passos).

7. SAUSSURE, F. de. Curso de Lingüística Geral. São Paulo: Cultrix.

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73

Disciplina: Bioquímica Carga horária: 40h – semestral/1

Ementa: Caracterização química funcional das principais moléculas biológicas:

proteínas, carboidratos, lipídeos e ácidos nucléicos. Compreensão

dos processos biológicos e dos princípios gerais que regem as

transformações químicas na célula. Discussão do funcionamento e

importância, bem como da regulação das principais vias metabólicas

do organismo.

Bibliografía Básica:

1. Marzzoco, A. e Torres, B.B. Bioquímica Básica. 3ª Edição, Rio de

Janeiro, Guanabara Koogan, 2007.

2. Champe, P.C.; Harvey, R. A. Bioquímica Ilustrada. 3ª Edição, Porto

Alegre: Artes Médicas, 2001.

3. Voet, D. Voet, J.G. e Pratt, C.W. Fundamentos de Bioquímica, 1ª Ed.

2000.

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74

Disciplina: Metodologia da Pesquisa Científica Carga horária:

60 h – semestral/1

Ementa: Instrumentalização dos alunos para o conhecimento da ciência, da

pesquisa e suas fases como estratégia para análise e entendimento

dos trabalhos científicos, fortalecendo habilidades para o

desenvolvimento do projeto de pesquisa.

Bibliografía Básica:

1. Castro AA, editor. Fiat Lux. Maceió: UNCISAL/MACEIÓ; 2005.

Disponível em: URL:http://www.mwtodologia.org/ecmal/livro

2. COSTA, A.R.F; PIZZI, L.C.V; BERTOLDO, M.E.L; LUIS, S.M.B;

Orientações Metodológicas para produção de trabalhos acadêmicos –

Maceió, Ed. UFAL – 6ª Ed. 2004.

3. LAKATOS, E.M; MARCONI, M. A; Metodologia Científica. 4ª ed. São

Paulo: Ed. Atlas, 2004.

4. MINAYO, M.C.S. Pesquisa Social – Teoria, Método e criatividade. 11ª

Petrópolis, Ed. Vozes, 1999.

5. REY, L. Planejar e redigir trabalhos científicos, São Paulo; Edgard

Blucher, 1997.

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2º ANO

Disciplina: Aquisição e desenvolvimento de linguagem

Carga horária:

80 h – Anual

Ementa: Estudo do processo de aquisição e desenvolvimento natural da

linguagem oral e escrita, no que se refere ao conteúdo, forma e

uso.

Bibliografía Básica:

1. AIMARD, P. A linguagem da criança . Porto Alegre: Artes Médicas:

1981.

2. LAMPRECHT, R. R. Aquisição da linguagem: questões e

análises . Porto Alegre: EDIPUCRS, 1999.

3. PIAGET, J. A formação do símbolo na criança . Rio de janeiro:

Zahar, 1975.

4. VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 2ª ed. São Paulo:

Martins Fontes, 1989.

5. FERREIRO, E & TEBEROSK, A. Psicogênese.da língua escrita.

Porto Alegre: Artes Médicas: 1986.

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76

Disciplina: Audiologia Clínica I Carga horária: 80 h – Anual

Ementa: Técnicas e métodos de avaliação audiológica básica

Bibliografía Básica:

1. BESS, F. H. Fundamentos de Audiologia, Editora Artmed, Porto

Alegre, 1998.

2. FROTA, S. Fundamentos em Fonoaudiologia – Audiologia, Editora

Guanabara – Koogan, Rio de Janeiro, 1998.

3. LOPES FILHO, O. de C., Tratado de Fonoaudiologia, Roca, São

Paulo, 1997.

4. MUNHOZ, S. L. et. al. Audiologia Clínica, Ed. Atheneu, 2000.

5. RUSSO, I. P. & SANTOS, T. M. A Prática da Audiologia Clínica,

Editora Cortez, São Paulo, 1993.

6. RUSSO, I. P. & SANTOS,T. M. Audiometria Infantil, Ed. Cortez, São

Paulo, 1994.

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77

Disciplina: Fisiologia Humana e Biofísica Carga horária: 120h – Anual

Ementa: Estudo das funções dos diversos órgãos, integrando-os em sistemas,

em situação de normalidade, assim como os ajustes que se

processam nas situações de emergência mais comuns.

Bibliografía Básica:

1. DOUGLAS, C. R. – Tratado de Fisiologia Aplicada à Ciência da Saúde, 4

ª Ed., São Paulo: Robe Editorial, 2000.

2. GUYTON, A. C. – Fisiologia, Ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan,

1994.

3. ZEMLIM, W. R. – Princípios de Anatomia e Fisiologia em

Fonoaudiologia, 4ª Ed. Porto Alegre. Ed. Artmed, 2000.

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78

Disciplina: Otorrinolaringologia Carga horária: 80hs – Anual

Ementa: Estudo dos aspectos normais e fisiopatológicos das vias aéreas superiores: nariz, faringe e laringe; ouvido externo, médio e interno.

Bibliografía Básica:

1. Otorrinolaringologia – Hélio Hungria

2. Otorrinolaringologia Clínica e Cirúrgica – Aroldo Miniti

3. Atlas Colorido de Otorrinolaringologia – Bruce Benjamin

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79

Disciplina: Distúrbio da Comunicação Humana I Carga horária: 80h – Anual

Ementa: Anatomofisiologia e avaliação do sistema estomatognático com

enfoque na promoção da saúde e prevenção em seus diversos níveis.

Bibliografía Básica:

1. JUNQUEIRA, P. Amamentação, Hábitos Orais e Mastigação –

Orientações e Dicas. Ed. Revinter, Rio de Janeiro, 1999.

2. LOPES FILHO, O. de C. Tratado de Fonoaudiologia, Roca, São Paulo,

1997.

3. MARCHESAN, I. Q. Motricidade Oral. São Paulo. Ed. Pancast, 1993.

4. ZORZI, J. Diferenciando alterações da fala e da linguagem. In

Fundamentos em Fonoaudiologia – Aspectos Clínicos da Motricidade

Oral. Ed. Guanabara - Koogan, Rio de Janeiro, 1998.

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80

Disciplina: Patologia Geral Carga horária: 40h – semestral/2

Ementa: Introdução ao estudo da patologia geral molecular e celular.

Degenerações celulares. Necroses e apoptose. Transtornos

circulatórios. Inflamações. Alterações do crescimento celular.

Mutagênese ambiental e carcinogênese. Distúrbios da diferenciação

celular.

Bibliografía Básica:

1. Montenegro, M. R. & Franco, M. Patologia – Processos Gerais, 3ª ed.

Atheneu, 1999.

2. Pardo, F.J. Interpat – Programa de Aprendizaje por Computador.

Mosby, Espanha, 1997.

3. Stevens, A. & Lowe, J. Patologia – 1ª ed. MIR Assessoria Editorial

Limitada Patologia, 1996.

4. Michalany, J. Anatomia Patológica Geral na Prática Medico -

Cirúrgica. Artes Médicas, São Paulo, 1995.

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81

Disciplina: Ortodontia Preventiva Carga horária: 80h – anual

Ementa: Histórico da Ortodontia e situação atual da mesma no Brasil.

Conceituação e divisão da ortodontia preventiva. Estudo do

crescimento e desenvolvimento humano, com principais métodos de

estudo de crescimento. Evolução da dentição, fisiologia do complexo

estrutural da oclusão normal, como pré-requisito para identificação

das más oclusões, sua etiologia, classificação e prováveis

conseqüências. Participação dos meios de obtenção do diagnóstico,

avaliação do prognóstico, bem como a inter-relação

ortodontia/fonoaudiologia.

Bibliografía Básica:

1. MOYERS, R.E. Ortodontia. Editora Guanabara Koogan, Rio de

janeiro, 1984.

2. MOORE, k.l. & PERSAUD, T.V.N; Embriologia clínica. Ed. Elsevier

Ltda. Rio de Janeiro, 2004. 609p.

3. ROSEMBAUER, K.A. & Al: Anatomia clínica da cabeça e pescoço

aplicada à odontologia; ARTMED Editora, Porto Alegre, 2001. 317p.

4. ZEMLIN, W.R.; Princípios de anatomia e fisiologia em fonoaudiologia,

4ª Ed. Ed. Artes Médicas Sul. Porto Alegre, 2000. 624p.

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82

Disciplina: Psicologia II Carga horária: 120h – anual

Ementa: Perspectiva histórica da Psicologia da aprendizagem, as teorias

contemporâneas e a avaliação da aprendizagem humana. A

conceituação, o diagnóstico e classificação dos transtornos do

desenvolvimento humano. A dinâmica das relações familiares das

pessoas portadores de necessidades educativas especiais e a

inclusão social.

Bibliografía Básica:

1. BEE, H. A criança em desenvolvimento. São Paulo: Harbra, 1977.

2. CAMPOS, D. M. de S. Psicologia da Aprendizagem. 21ª ed.

Petrópolis: Vozes, 1987.

3. MUSSEN, P.; CONGER, J.J. e KAGAN, J. Desenvolvimento e

personalidade da criança. São Paulo: Harbra, 1977

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Disciplina: Distúrbios da Comunicação Humana II Carga horária:

80h – anual

Ementa: Oferecer ao aluno estudo acerca da anatomofisiologia do aparelho

fonador e dos distúrbios vocais de natureza funcional e

organofuncional

Bibliografía Básica:

1. BEHLAU, M.S. (org.) Voz: o livro do especialista (Vol I). Revinter: Rio de Janeiro, 2001.

2. PINHO, S.M.R. Tratando os distúrbios da voz. Guanabara-Koogan: Rio de

Janeiro, 1998.

3. FILHO, O. Tratado de Fonoaudiologia. Tecmedd: Rio de Janeiro, 2004.

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Disciplina: Lingüística II Carga horária: 80h – anual

Ementa: Os níveis da análise lingüística. Fonética e Fonologia. Ponto e modo de

articulação no aparelho fonador. O fonema. Os traços distintivos.

Sujeito, linguagem e alteridade. Problemas de linguagem em uma

perspectiva lingüística: interpretação, estranhamento, retardo de

desenvolvimento.

Bibliografía Básica:

1. BENVENISTE, Èmile. (1966). Problemas de Lingüística Geral I.

Campinas: Pontes, Unicamp, 1988.

2. BENVENISTE, Èmile. (1974). Problemas de Lingüística Geral II.

Campinas: Pontes, Unicamp, 1989.

3. FREIRE, Regina Maria. A Linguagem Como Processo Terapeutico.

PLEXUS EDITORA.

4. MAIA, Eleonora Motta. No reino da fala. Ática.

5. SILVA, Thaís Cristófaro. Fonética e Fonologia do português: roteiro de

estudos e guia de exercícios. Ed. Contexto.

6. VEKEN, Cyril. Le réfoulement comme condition de la langue.

http://www.freud-lacan.com/articles/article.php?url_article=cveken260492.

(Trad. De Cristina Felipeto).

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85

3º ANO

Disciplina: Neurologia Carga horária: 60h – semestral/1

Ementa: Bases para a realização da avaliação do enfermo bem como o

conhecimento acerca das principais manifestações clínicas das

doenças neurológicas.

Bibliografía Básica:

1. MERRITI., Tratado de neurologia.

2. NITRINI, R. A Neurologia que todo médico deve saber.

3. SANVITOR, W. L. Propedêutica Neurológica.

4. VIEIRA R. Semiologia.

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Disciplina: AASI I Carga horária: 80h – anual

Ementa: Estudo teórico e prático a respeito dos aspectos atuais no

desenvolvimento tecnológico dos aparelhos de amplificação sonora

individual (AASI) e moldes auriculares, suas características físicas e

eletroacústicas.

Bibliografía Básica:

1. BEVILACQUA, M. C.; FORMIGONI G. M. P. Audiologia Educacional:

uma Opção Terapêutica para a criança deficiente auditiva. São Paulo:

Pró-fono, 1997.

2. ALMEIDA, K., IÓRIO, M. C. M. Próteses Auditivas: fundamentos

teóricos e aplicações clínicas. São Paulo: Lovise, 1996.

3. ALMEIDA, K., IÓRIO, M. C. M. Próteses Auditivas: fundamentos

teóricos e aplicações clínicas. São Paulo: Lovise, 2004.

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Disciplina: Audiologia Clínica II Carga horária: 80h – anual

Ementa: Estudo dos métodos de avaliação do aparelho vestibular e do

aparelho auditivo.

Bibliografía Básica:

1. MOR, R. F.; TAGUCHI, C. K. & FIGUEIREDO, J. F. F. R.

Vestibulometria e Fonoaudiologia como realizar e interpretar, Lovise,

São Paulo, 2001.

2. FIGUEIREDO, M. S. Emissões Otoacústicas e BERA. Pulso, São

José dos Campos, 2003.

3. PEREIRA, L. D. & SCHOCHAT, E., Processamento Auditivo Central

manual de avaliação. Lovise, São Paulo, 1997

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Disciplina: Audiologia Educacional Carga horária: 80h – anual

Ementa: Promoção de conhecimentos sobre as especificidades da criança com

surdez, em seus aspectos de linguagem emocional, intelectual,

lingüístico, cultural e social; propostas educacionais existentes para

este sujeito; orientação familiar, escolar e a integração social.

Bibliografía Básica:

1. BEVILACQUA, M. C.; FORMIGONI G. M. P. – Audiologia Educacional:

uma Opção Terapêutica para a criança deficiente auditiva. São Paulo: Pró-

fono, 1997.

2. LACERDA, C. B. F., NAKAMURA, H.; LIMA, M.C. Fonoaudiologia:

surdez e abordagem bilíngüe. São Paulo, Plexus, 2000.

3. GÓES, M. C. R.; LACERDA, C. B. F. de (org). Surdez : processos

educativos e subjetividade. São Paulo: Lovise, 2000

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89

Disciplina: Metodologia da Pesquisa Científica II Carga horária:

40h – semestral/1

Ementa: O conhecimento da ciência, da pesquisa e suas fases como estratégia para análise e entendimento dos trabalhos científicos.

Bibliografía Básica:

1. Castro AA, editor. Fiat Lux. Maceió: UNCISAL/MACEIÓ; 2005.

Disponível em: URL:http://www.mwtodologia.org/ecmal/livro

2. REY, L. Planejar e redigir trabalhos científicos. São Paulo: Edgard

Blucher, 1997.

3. COSTA, A. R. F; PIZZI, L.C.V; BERTOLDO, M.E.L; LUIS, S.M.B.

Orientações metodológicas para a produção de trabalhos acadêmicos

– Maceió, Ed. Ufal. ed. 2004.

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90

Disciplina: Distúrbio da Comunicação Humana III Carga horária: 80h – anual

Ementa: Avaliação dos distúrbios do sistema estomatognático.

Bibliografía Básica:

1. JUNQUEIRA, P. Amamentação, hábitos orais e mastigação –

orientação e dicas Ed. Revinter, Rio de janeiro, 1999.

2. LOPES FILHO, O. de C. Tratado de Fonoaudiologia, Roca, São

Paulo, 1997.

3. MARCHESAN, I. Q. – Motricidade Oral. São Paulo. Ed. Pancast,

1993.

4. ZORZI, J. Diferenciando alterações da fala e da linguagem. In

fundamentos em fonoaudiologia – aspectos clínicos da motricidade

oral. Ed Guanabara – Koogan, Rio de Janeiro, 1998

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91

Disciplina: Distúrbio da Comunicação Humana IV Carga horária:

80h – anual

Ementa: Oferecer ao aluno estudo acerca dos distúrbios vocais de

natureza orgânica e aperfeiçoamento da voz falada e cantada.

Bibliografía Básica:

1. BEHLAU, M, S. (org) Voz: o livro do especialista (Vol. II) Revinter,

Rio de Janeiro, 2004.

2. PINHO, S.M.R. Tratando os Distúrbios da Voz. Guanabara Koogan,

1998.

3. FILHO, O. Tratado de Fonoaudiologia. Tecmed: Rio de Janeiro,

2004.

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Disciplina: Distúrbio da Comunicação Humana V Carga horária: 80h – anual

Ementa: Estudo dos distúrbios de linguagem decorrentes de alterações

neurológicas, quadros psiquiátricos, demenciais e síndromes.

Bibliografía Básica:

1. BICHOP, P. & MOGFORD, K. Desenvolvimento da Linguagem em

Circunstâncias Excepcionais. Rio de Janeiro: Revinter, 2002.

2. FERNANDES, F. D. M. ;PASTORELLO, L. M.; SCHEUER, C.

Fonoaudiologia em Distúrbios Psiquiátricos da Infância. São Paulo:

Editora Lovise, 1995.

3. FERREIRA, L. P. ; BEFI-LOPES, D. M.; LIMONGI, S. C. O. Tratado

de Fonoaudiologia. São Paulo: Roca, 2004.

4. MURDOCH, B. E. Desenvolvimento da Fala e Distúrbios da

Linguagem – Uma Abordagem Neuroanatômica e Neurofisiológica.

Rio de Janeiro: Revinter, 1997.

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93

Disciplina: Farmacologia Carga horária: 40h – semestral/2

Ementa: Estudo das bases científicas para o uso racional dos fármacos em

pesquisa, procedimentos de diagnóstico, prevenção e cura da

patologia.

Bibliografía Básica:

1. SILVA, Penildon. Farmacologia, 7ª edição, Guanabara Koogan, Rio

de Janeiro, 2006.

2. GOODMAN & GILMAN. As Bases Farmacológicas da Terapêutica,

10ª Edição, McGraw-Hill, Rio de Janeiro, 2003.

Page 94: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE … · Atividade Complementar 250 Horas/aula TOTAL GERAL DE CARGA HORÁRIA 4.980 Horas DURAÇÃO 4 (quatro) anos e 6 (seis) meses

94

Disciplina: Genética Carga horária: 60h – semestral/2

Ementa: Fundamentos da genética médica e clínica através do

acompanhamento de pacientes e do estudo das patologias genéticas

relacionadas à atuação do fonoaudiólogo na área de saúde

Bibliografía Básica:

1. CARAKUSHASKY, G. Doenças Genéticas na Infância, 2001.

2. OTTO; OTTO & FROTA-PESSOA. Genética Humana e Clínica,

1998.

3. THOMPSON & THOMPSON. Genética Médica, 6ª. Edição, 2002.

4. JONES, K. L., SMITH’s. Padrões Reconhecíveis de Malformações

Congênitas, 1998.

5. http://www.ncbi.nim.gov/Omim/

6. http://wwwmncbi.nim.nih.gov/Entrez/

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95

Disciplina: Ética e Deontologia Carga horária: 40h – semestral/2

Ementa: Estudo da ética, objeto do Profissional em Fonoaudiologia, dando

ênfase as atitudes éticas do profissional / profissão; profissional /

paciente; profissional / equipe; profissional / empresa; profissional /

sociedade. Análise da Legislação, órgãos representativos de classe,

Código de Ética do Fonoaudiólogo.

Bibliografía Básica:

1. GOMES. I. C. D. Relações de Troca ou Relações de Poder?, São

Paulo: Summus, 1991.

2. LARAIA, R. de Barros – Cultura: Um Conceito Antropológico – RJ –

Zahra Ed.

3. Lei 6965/81 e Código de Ética do Profissional Fonoaudiólogo,

Conselho Federal de Fonoaudiologia, Brasília.

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Disciplina: Saúde Coletiva Carga horária: 80h – anual

Ementa: Apresentação da abordagem de temas de interesse em Saúde Coletiva para servir de suporte para aulas, seminários e grupos de discussão, visando à formação do profissional em Fonoaudiologia competente e do cidadão consciente e participativo.

Bibliografía Básica:

1. ALMEIDA-FILHO, N. & ROUQUAYROL, M.Z. – Epidemiologia e

Saúde. MEDSI, Rio de Janeiro, 5ª edição.

2. MENDES, R. Patologia do trabalho. ATHENEU, Rio de Janeiro, 2ª

edição, 1924p.

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97

Disciplina: Avaliação Fonoaudiológica Carga horária: 80h – anual

Ementa: Triagem fonoaudiológica.

Bibliografía Básica:

1. BARCHIFONTAINE, C.P. & PESSINI, L. 1989. Bioética e Saúde. 2 ed.

São Paulo: Editora Centro São Camilo de Desenvolvimento em

Administração em Saúde.

2. BEAUCHAMP, T.L. & CHILDRESS, J.F. 2002. Princípios de Ética

Biomédica. São Paulo: Edições Loyola.

3. Código de Ética do Profissional Fonoaudiólogo, 2004.

4. Lei 6962/81 . Regulamentação da Profissão de Fonoaudiólogo.

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Disciplina: Fonoaudiologia Escolar I Carga horária: 80h – anual

Ementa: Relação entre a Fonoaudiologia e a Educação. Estudo da atuação

fonoaudiológica na escola, englobando aspectos relacionados à

prevenção de distúrbios e estimulação da comunicação humana

das crianças em idade escolar

Bibliografía Básica:

1. CIASCA, S. (org). Distúrbios de Aprendizagem: Proposta de Avaliação

Interdisciplinar. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.

2. GIROTO, C. Perspectivas Atuais da Fonoaudiologia na Escola. São

Paulo. Plexus, 1999.

3. SACALOSKI, ALAVARSI e GUERRA . Fonoaudiologia na Escola. São

Paulo. Lovise, 2000.

4. ZORZI, J. L. Aprender a Escrever a Apropriação do Sistema

Ortográfico . Porto Alegre . Artes Médicas , 1998 .

Page 99: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE … · Atividade Complementar 250 Horas/aula TOTAL GERAL DE CARGA HORÁRIA 4.980 Horas DURAÇÃO 4 (quatro) anos e 6 (seis) meses

99

4º ANO

Disciplina: Fonoaudiologia Escolar II Carga horária: 60h – semestral/1

Ementa: Planejamento e execução de gerenciamento específico para

prevenção e atuação junto aos distúrbios da comunicação humana

encontrados em crianças em idade escolar.

Bibliografía Básica:

1. GIROTO, C. Perspectivas Atuais da Fonoaudiologia na Escola. São

Paulo. Plexus, 1999.

2. SACALOSKI, ALAVARSI e GUERRA . Fonoaudiologia na Escola. São

Paulo. Lovise, 2000 .

3. ZORZI, J. L. Aprender a Escrever a Apropriação do Sistema

Ortográfico . Porto Alegre . Artes Médicas , 1998 .

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Disciplina: Avaliação e Abordagem Terapêutica em Au diologia

Carga horária: 120h semestre/1

Ementa: Disciplina composta de teoria e prática e visa desenvolver no aluno

um pensamento lógico que o instrumentalize para a absorção

racional e crítica dos conhecimentos a que será submetido em sua

vida profissional e acadêmica.

Bibliografía Básica:

1. BESS, F. H. Fundamentos de Audiologia, Editora Artmed, Porto Alegre,

1998.

2. COUTO, H. de A. Audiometrias Ocupacionais , Eldorado, Belo

Horizonte, 1995.

3. RUSSO, I. P. & SANTOS, T. M. A Prática da Audiologia Clínica, Editora

Cortez, São Paulo, 1993.

4. RUSSO, I. P. & SANTOS, T. M. Audiometria Infantil, Ed. Cortez, São

Paulo, 1994.

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Disciplina: Avaliação e Abordagem Terapêutica nos D istúrbios da Comunicação Humana

Carga horária: 480h semestral/1

Ementa: Planejamento e execução de gerenciamento específico para os

distúrbios da comunicação humana.

Bibliografía Básica:

1. ALTMANN, E.B. Fissuras Labiopalatinas. São Paulo, Pró-Fono, 1997.

2. FURKIM, A. M. & SANTINI, C. S. Disfagias Orofaríngeas. São Paulo,

Pró-Fono, 1999.

3. MARCHESAN, I.Q. Fundamentos em Fonoaudiologia: Aspectos Clínicos

da Motricidade Oral. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1998.

4. BEHLAU, M & PONTES, P. Avaliação e Tratamento das Disfonias.

Lovise, 1995.

5. BOONE, D. B. & MACFARLANE, S. I. A Voz e a Terapia Vocal. Artes

Médicas, 1996.

6. PINHO, S. M. R. Tópicos em Voz. Guanabara Koogan, 2001.

7. FREIRE, R. M. A Linguagem como Processo Terapêutico. São Paulo,

Plexus, 1997.

8. FRIEDMAN, S. & CUNHA, M. Gagueira e Subjetividade – Possibilidades

de Tratamento. Porto Alegre: Artmed, 2001.

9. ZORZI, J. L. A. Intervenção Fonoaudiológica nas Alterações da

Linguagem Infantil. Editora Revinter, Rio de Janeiro, 2002.

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102

Disciplina: Aparelhos de Amplificação

Sonora Individual II

Carga horária: 60hs semestral/1

Ementa: Planejamento e execução de gerenciamento específico para

seleção, indicação e adaptação de AASI.

Bibliografía Básica:

1. BEVILACQUA, M. C.; FORMIGONI G. M. P. Audiologia Educacional: uma

Opção Terapêutica para a criança deficiente auditiva. São Paulo: Pró-

fono, 1997.

2. ALMEIDA, K., IÓRIO, M. C. M. Próteses Auditivas: fundamentos teóricos

e aplicações clínicas. São Paulo: Lovise, 1996.

3. ALMEIDA, K., IÓRIO, M. C. M. Próteses Auditivas: fundamentos teóricos

e aplicações clínicas. São Paulo: Lovise, 2004.

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103

7.7. ESTÁGIO SUPERVISIONADO

O estágio supervisionado é definido como um componente curricular

obrigatório e está direcionado para a consolidação dos desempenhos

profissionais desejados, inerentes ao perfil do formando, devendo cada

instituição, por seus Colegiados Superiores Acadêmicos, aprovar o

correspondente regulamento, com suas diferentes modalidades de

operacionalização.

A Resolução Nº 2, de 18 de junho de 2007 da Câmara de Educação

Superior, que dispõe sobre carga horária mínima e procedimentos relativos à

integralização e duração dos cursos de graduação, bacharelados, na

modalidade presencial, estabeleceu a inclusão do estágio supervisionado nos

currículos dos cursos de graduação, determinando uma totalização de 20% da

carga horária total, destinada á prática do estágio supervisionado nos dois

últimos semestres do curso. Portanto, o estágio supervisionado é sempre uma

atividade inclusa no projeto pedagógico do curso, e só pode ser realizado

quando a Instituição formadora legitima os espaços formativos por meio de

convênios específicos para garantir o caráter educativo e pedagógico desta

atividade.

Os Estágios Supervisionados Obrigatórios da Faculdade de

Fonoaudiologia de Alagoas seguem metodologias e estratégias

educacionais que colaboram para uma maior integração dos conteúdos.

Esta atividade proporciona ao aluno experiências nas mais diversas áreas

da Fonoaudiologia e contribui para o desenvolvimento do aluno, quanto a

sua postura e concepção, e favorece a autonomia do futuro profissional

Fonoaudiólogo.

Os estágios ocorrem na Unidade de Tratamento em

Fonoaudiologia Prof. Jurandir Bóia Rocha, onde é atendida a demanda

carente do Estado de Alagoas, dentro do Sistema Único de Saúde e, ainda,

servi como suporte e aporte na formação dos discentes do Curso de

Fonoaudiologia da UNCISAL, além de incentivar o desenvolvimento de

novas pesquisas nas áreas da fala, linguagem oral e escrita, voz e

motricidade orofacial. No Laboratório de Audiologia Prof. Marco Antonio

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104

Mota Gomes são realizados exames para o diagnóstico das alterações

auditivas e vestibulares em crianças e adultos, no Ambulatório de

Amplificação Sonora Individual Professor Alfredo Dacal são realizados os

testes para seleção e adaptação das próteses auditivas. As atividades

práticas ocorrem ainda em algumas Unidades do complexo UNCISAL,

como a Maternidade Escola Santa Mônica e o Hospital Geral do Estado, no

CAIC Virgem dos Pobres, em parceria com o curso de Odontologia da

Universidade Federal de Alagoas, na Instituição de Longa Permanência

“Casa do Pobre”, no serviço de Laringectomia da Santa Casa de Maceió,

no Instituto Zumbi dos Palmares e em atividades de campus vicinal da

UNCISAL.

7.8. TRABALHO DE INTEGRALIZAÇÃO

Diferentes textos legais, entre eles a LDBN 9394/96 e as Diretrizes

Curriculares Nacionais dão especial atenção à integração entre teoria e

prática e à valorização da experiência adquirida nas atividades de caráter

prático-formativo. O Trabalho de Integralização Curricular – TIC é exigência

para a conclusão dos cursos de graduação na IES. Compreendido como

um momento de síntese e expressão da totalidade da formação profissional

e reflexo do amadurecimento acadêmico, a elaboração do TIC pressupõe

uma instância de integração teórico-prática de caráter fundamental na

formação do graduando.

Construído ao longo do curso, o Trabalho de Integralização

Curricular deve ser apresentado no último ano da Faculdade de

Fonoaudiologia de Alagoas – UNCISAL e desenvolvido em forma de artigo

científico, vinculado às áreas da Fonoaudiologia. A orientação será de

responsabilidade dos docentes da Faculdade de Fonoaudiologia ou de

outras Faculdades desta Universidade, podendo ter como co-orientador um

professor vinculado a outra IES.

7.9. ATIVIDADES COMPLEMENTARES

Conforme definidas pelas DCNs são atividades de formação

complementar de caráter acadêmico-científico-cultural, que integram o

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currículo pleno dos cursos de graduação, constituindo-se em elemento

indispensável para a sua conclusão e a conseqüente obtenção do diploma

pelo egresso. E, conforme Resolução Nº 2, de 18 de junho de 2007 da

Câmara de Educação Superior, os estágios e atividades complementares dos

cursos de graduação, bacharelados, na modalidade presencial, não deverão

exceder a 20% (vinte por cento) da carga horária total do curso.

Têm por finalidade desenvolver competências e habilidades diversas e

oportunizar experiências diferenciadas, onde cada um poderá definir

objetivos e traçar metas em sua própria formação. Portanto, devem ser

estimuladas como estratégia didática para garantir a interação teoria-prática,

tais como: projetos de extensão com atividades integradoras que articulem a

relação teoria/prática, módulos temáticos, seminários, simpósios,

congressos, conferências, participação em equipes multiprofissionais,

atuação na comunidade e até disciplinas oferecidas por outras instituições de

ensino, desde que constantes do projeto pedagógico de cada curso e

definidos os critérios de participação e computação da carga horária da

atividade desenvolvida em consonância com a proposta institucional.

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106

8. INSTALAÇÕES FÍSICAS

8.1. ESPAÇOS FÍSICOS UTILIZADOS NO DESENVOLVIMENTO DO CURSO

As atividades teóricas e práticas propostas pelo curso de Fonoaudiologia

são desenvolvidas nas instalações descritas abaixo:

• Unidade de Tratamento em Fonoaudiologia Prof. Juran dir Bóia

Rocha

06 salas de fonoterapia

01 almoxarifado

Mobiliário:

Mesas e cadeiras

Cestos de lixo

Armários

Espelhos

Ar condicionado

Filtro

• Equipamentos:

02 Espirômetros

02 Cronômetros

04 Computadores com programa de voz

04 Gravadores

04 Vídeos-cassete

04 Televisões

Brinquedoteca com jogos educativos

03 Espelhos nasais de Glatzel

03 equipamentos de som

• Consultório otorrinolaringológico

Equipo

Laringoscópio

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Fonte de luz

Cadeira para exame otorrinolaringológico

01 Otoscópio

05 abaixadores de língua

01 ambu

01 aspirador 02 L

02 cabos para espelho de laringe

01 caneta para equipo

03 Cubas de inox

06 curetas para remoção de cerúmen

10 espéculos auriculares

06 espelhos de laringe (vários tamanhos)

01 Estojo de diapasão

03 facas para paracentese

01 foco frontal light

01 jarra de inox 1L

01 laringoscópio com 05 lâminas

02 pinças hartman

02 pinças para biopsia

02 pinças para biopsia da faringe

04 pinças baionetas

02 pinças saca-bocado

02 pinças jacaré

04 pinças Kelly

01 ponteira para equipo

03 potes para portar algodão

01 seringa para lavagem de ouvido

02 sondas de Itard

01 videolaringoscópio

01 televisão

02 vídeos cassete

01 impressora

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• Laboratório de Audiologia Prof. Marco Antonio Mota Gomes

Cabina acústica 2x2x2

Cabina acústica 1x1

Audiômetro de 02 canais

Audiômetro de 01 canal

02 Imitanciômetros

01 Audiômetro pediátrico

01 Emissor otoacústico

01 Audiômetro de Tronco cerebral

Instrumentos musicais

Listas de figuras

Brinquedos de encaixe para condicionamento lúdico

Cadeira tipo rotatória

Vecto-térmicos

Otocalorímetro

Cruz de calibração

01 computador

03 Impressoras

8.2. BIBLIOTECA CENTRAL PROFESSOR HÉLVIO DE FARIAS AUTO

A Biblioteca Prof. Hélvio José de Farias Auto, Unidade Complementar da

Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas Governador Lamenha Filho –

UNCISAL e, a partir de 28 de dezembro de 2005, está vinculada diretamente à

Reitoria.

Tem por finalidade prover o acesso à informação, para o ensino, a

pesquisa e extensão da UNCISAL, contribuindo para a educação universitária e

a formação profissional do indivíduo, para que o conhecimento adquirido seja

aplicado no desenvolvimento da sociedade.

A Biblioteca foi criada em 1970, para atender as necessidades do Curso de

Medicina da Escola de Ciências Médicas – ECMAL. A partir de 09 de maio de

1996, passou a chamar-se Biblioteca Professor Hélvio de Farias Auto. No ano de

2004, teve sua área reformada e ampliada de 259,09 m² para 624,35 m², sendo

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109

reinaugurada em 13 de maio de 2004, tornando-se Unidade Complementar,

vinculada a reitoria da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas-

UNCISAL, sob a responsabilidade da bibliotecária Monalisa Alves Barros, CRB –

1681.

8.2.1. Acervo

A Biblioteca Prof. Hélvio José de Farias Auto, possui acervo nas mais

diversas áreas do conhecimento, com maior concentração em ciências da saúde

e ciências biológicas de livre acesso, conforme recomendação do MEC que,

através da Lei nº 9.131 de 24/11/1995 - art. 6, é constituído por:

• Obras de referência;

• Livros técnicos

• Periódicos;

• Acervo de Multimídia - Fitas de vídeo, CD-ROM e diapositivos (slides);

• Trabalhos de conclusão de cursos, teses e dissertações;

• Jornais diários.

Quadro 11 - Quantidade de Livros e Periódicos por Área de Conhecimento LIVROS PERIÓDICOS

ÁREA TÍTULOS EXEMPLARES

NACIONAL

ESTRANGEIRO

Ciências exatas 02 12 - - Ciências Biológicas 2341 4262 190 02 Engenharia/tecnologia 01 04 - - Ciências da Saúde 4737 8982 420 06 Ciências Sociais Aplicadas

107 185 19 -

Ciências humanas 177 425 72 - Lingüística, Letras e Artes

56 68 - -

TOTAL 7.420 13.958 701 08

Multimídia Material Quantidade DVDs 06 CDs 407 Fitas de vídeo 312

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110

8.2.2. Formas de Acesso e Utilização

O acervo local encontra-se disponível aos usuários, mediante livre acesso,

permitindo consultas através dos catálogos de autor, título e assunto,

remotamente pelo sistema de informatização GNUTECA (Página inicial do Portal

da Uncisal), bem como, o acesso on-line ao programa BIREME – Centro Latino-

Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde, através do qual se

podem acessar informações científicas do Brasil e da América Latina,

recuperando cópias de artigos de periódicos, teses, dissertações, congresso e

anais, não existentes na biblioteca. A sua utilização obedece aos seguintes

critérios:

• A consulta local ao acervo é permitida à comunidade acadêmica e ao

público em geral;

• O empréstimo ao usuário será feito mediante a apresentação da carteira

da biblioteca (no caso de aluno da UNCISAL) e comprovação de

vínculo com a UNCISAL, para os demais usuários, lotados nas

seguintes unidades: Maternidade Escola Santa Mônica, Hospital de

Doenças Tropicais Dr. Hélvio Auto, Hospital Portugal Ramalho, Escola

Técnica de Saúde Profª. Valéria Hora, Hemoal e Unidade de

Emergência;

• Cada usuário só poderá permanecer com até 02 (dois) livros técnicos e 01

(um) literário, emprestados;

• Não será permitido ao usuário locar 02 (dois) livros iguais (mesmo título,

edição, volume e autor);

• Empréstimo, renovação e reserva de livros não poderão ser feitos em

nome de terceiros;

• Não será permitido ao usuário levar livro de consulta emprestado.

• TCCs, Dissertações, Teses, Jornais e periódicos devem ser consultados

no local ou para xerox;

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111

• Obras de referência (dicionários, enciclopédias, guias, catálogos, etc.),

somente poderão ser consultadas no local;

• A multa por atraso na devolução é de R$ 1.00 (hum real) por dia útil de

atraso, contados a partir do dia seguinte à data da devolução;

• O usuário que estiver com multa não poderá utilizar os serviços da

Biblioteca (empréstimo e xerox), até que efetue o pagamento da

mesma;

• O empréstimo é realizado pelo prazo de 07(sete) dias, devido ao sistema

utilizado;

• Os prazos de devolução são contados em dias corridos, a partir do dia

seguinte ao da retirada do livro;

• O prazo de renovação é de 07(sete) dias corridos, contados a partir do dia

seguinte ao da renovação, podendo ser realizado apenas por duas

vezes seguidas, desde que não haja reserva do mesmo;

• Quando o livro estiver reservado, o interessado deverá retirá-lo no prazo

máximo de 02 (dois) dias, caso contrário a reserva passará para o

próximo nome da lista;

A Biblioteca também oferece os seguintes serviços:

• Consulta local;

• Empréstimo domiciliar;

• Auxílio à pesquisa;

• Solicitação de artigos na BIREME (Centro Latino-Americano e do Caribe

de Informações em Ciências da Saúde);

• Orientação de normalização bibliográfica, na elaboração de trabalhos

acadêmicos;

• Uso do laboratório de informática, para pesquisa e digitação de trabalhos;

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• Uso da sala de vídeo, para aulas e apresentação de trabalhos;

• Uso das salas de vídeo conferência para eventos, aulas e trabalhos;

• Convênio com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) para a

venda de livros e instrumentais aos alunos, abaixo do preço de

mercado.

• Curso de Pesquisa Bibliográfica em Portais e Bases de dados

bibliográficas.

8.2.2. Política de Atualização

A Biblioteca dentro do seu papel de apoio ao ensino, à pesquisa e a

extensão, busca o aprimoramento permanente de seus serviços, através de uma

política de melhoria da sua infra-estrutura física, do seu acervo, de seus

recursos humanos e de acesso a redes de informação. Para tanto, são definidas

as seguintes políticas:

• Aquisição de novos títulos, atendendo a indicação de docentes e

discentes dos cursos;

• Assinatura de periódicos especializados;

• Ampliação das redes de informação existentes.

Para seleção do acervo são considerados: a bibliografia indicada pelo

coordenador do curso e professores, catálogos de novas publicações enviados

pelas editoras e revisão bibliográfica existente no acervo, baseada na data de

edição e nova edição do título.

Para aquisição, leva-se em conta o número de alunos do curso em relação

à quantidade de exemplares.

8.2.3. Informatização

Todo o acervo encontra-se informatizado no software livre GNUTECA, para

proporcionar a rápida e eficiente localização da obra e controle do acervo. A

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informatização do acervo permite aos usuários pesquisarem o material existente

na biblioteca através de terminais de consulta local e acesso remoto, bem como,

a reserva do material emprestado quando o mesmo não estiver disponível.

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114

9. AVALIAÇÃO

9.1. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

Estruturando as ações pedagógicas a partir da concepção da avaliação

como um elemento do processo de ensino aprendizagem, que permite conhecer

o resultado das ações didáticas e, por conseguinte, melhorá-las, é possível

atingir um esboço cognitivo do que realmente o aluno assimilou e também rever

as práticas do fazer pedagógico. Neste sentido, a avaliação é concebida como

uma ferramenta pedagógica que irá contribuir para o desenvolvimento das

capacidades dos alunos, e da qualidade do ensino.

Um processo de emissão de juízo consciente de valor, que exige uma ação

ética, reflexiva, dialógica e de respeito às diferenças, para o delineamento de

ação educacional a serviço da melhoria da situação avaliada. Envolve, portanto,

compromisso docente com a formação e o aprimoramento do processo

pedagógico, para promover o desenvolvimento moral e intelectual dos

estudantes, respeitando a diversidade, ou seja, reconhecer/reconhecendo que

os estudantes aprendem em ritmos diferentes.

Trata-se de um novo paradigma de avaliação que, segundo Hoffmann

(2000), dinamiza oportunidades de ação-reflexão, num acompanhamento

permanente onde professor e aluno analisam o seu processo de reflexões

acerca do mundo, formando seres críticos libertários e participativos na

construção de verdades formuladas e reformuladas.

Ao se considerar o aperfeiçoamento do processo de aprendizagem, o

sistema de avaliação deve estar focalizado em uma abordagem formativa e,

considerando que a prática profissional exige a necessidade de definição clara

de um padrão específico de competências, abaixo do qual o profissional é

considerado inadequado, a avaliação deve ser construída coletivamente

atendendo às especificidades das áreas envolvidas. Portanto, a avaliação da

aprendizagem pode ser desenvolvida sob várias formas:

• Avaliação individual;

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• Avaliação coletiva;

• Avaliação da produção escrita (síntese);

• Avaliação dos alunos pelos pares;

• Auto-avaliação do aluno;

• Avaliação processual.

A compreensão do caráter formativo do processo de avaliação tal como

ilustrado na Figura 04 abaixo, parte do princípio fundamental que é encadear a

avaliação no mesmo processo de ensino-aprendizagem, através de três

momentos avaliativos:

1. Avaliação inicial (avaliar para conhecer melhor o aluno e ensinar melhor);

2. Avaliação contínua (acompanhar e aperfeiçoar o processo de ensino-aprendizagem);

3. Avaliação final (avaliar ao finalizar um determinado processo didático).

Figura 02 – Processo de Avaliação Formativa Fonte: Zacharias (2008)

Os fundamentos da avaliação formativa têm por base: (1) os processos de

aprendizagem em seus aspectos cognitivos, afetivos e relacionais; (2) as

abordagens de aprendizagens ativas, significativas e funcionais, voltadas para o

desenvolvimento do pensamento crítico, reflexivo e da competência de aprender

a aprender. Portanto, sua finalidade deve ser para:

Para que Avaliar?

Para conhecer melhor o aluno/a

Para julgar a aprendizagem durante o

processo de ensino

Para julgar globalmente o resultado de um processo

didático

Avaliação Inicial Avaliação Contínua

Avaliação Final

AVALIAÇÃO FORMATIVA

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Conhecer melhor o aluno : suas competências curriculares, seu estilo de aprendizagem, seus interesses, suas técnicas de trabalho. A isso poderíamos chamar de avaliação inicial.

Constatar o que está sendo aprendido : o professor vai recolhendo informações, de forma contínua e com diversos procedimentos metodológicos e julgando o grau de aprendizagem, ora em relação a todo grupo-classe, ora em relação a um determinado aluno em particular.

Adequar o processo de ensino : aos alunos como grupo e àqueles que apresentam dificuldades, tendo em vista os objetivos propostos.

Julgar globalmente um processo de ensino-aprendizag em: ao término de uma determinada unidade, por exemplo, se faz uma análise e reflexão sobre o sucesso alcançado em função dos objetivos previstos e revê-los de acordo com os resultados apresentados.

Nesta perspectiva, os instrumentos de avaliação deverão ser os mais

diversificados possíveis e relacionados com os objetivos da formação. Dentre os

instrumentos de avaliação, podemos citar: check-list, esquema, fichamento, ficha

técnica, montagem de folder, produção de vídeo, produção escrita, prova oral,

prova prática, prova escrita, mapa conceitual, entrevista oral, questionário,

relatório de aula, relatório de evento, de visita técnica, resenha, resumo, projeto,

diário de bordo, portfólio, webfólio, participação no ambiente virtual de

aprendizagem (AVA-Moodle) etc.

Para cada um destes instrumentos deverá ser definido os critérios de

avaliação. Critérios são as regras do jogo, o que se espera do aluno quando se

propõe determinada situação de avaliação. Os critérios são definidos a partir do

planejamento do ensino, ou seja, dos conhecimentos, habilidades e atitudes

definidas para um conjunto referente à disciplina e à formação acadêmica em

questão. É importante lembrar que cada instrumento serve a diferentes objetivos

e relacionam-se aos objetivos do ensino.

Com isto é possível afirmar que o professor não avalia apenas o aluno,

mas usa o desempenho do aluno para avaliar a adequação e eficácia do ensino.

Nesse sentido, podemos constatar que a avaliação formativa leva o professor a

implementar ações corretivas diante do processo contínuo de ensino-

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aprendizagem, agindo desta forma a partir da ação-reflexão-ação sobre o seu

próprio fazer pedagógico.

Cientes do objetivo da avaliação formativa, é necessário ter claro a

importância de trazer um feedback para os sujeitos envolvidos no processo de

avaliação, pois, segundo Oliveira, assim fazendo “o aluno vai aprendendo a se

auto-avaliar, o que constitui a base da competência metacognitiva de aprender a

aprender.” (2001, p. 347)

9.1.1. Avaliação Acadêmica

Um dos grandes desafios na formação do profissional para atendimento às

Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de graduação é a compreensão do

processo de ensino/aprendizagem num cenário diferenciado, onde a avaliação

tem nova concepção e o aprender é o foco do processo educacional.

Nos cursos da área da saúde, as DCN definem as atividades de

aprendizagem centrada no estudante, onde a ênfase é no processo de aprender

a aprender que deverá possibilitar o conhecimento dos sistemas e políticas de

saúde e a vivência de diferentes situações de vida, de prática e de trabalho em

equipe multiprofissional.

Neste sentido, cabe a cada Projeto Pedagógico de Curso estar sintonizado

com a modernidade técnico-científica e expressar um esforço coletivo, seriedade

e flexibilização pedagógica, objetivando encaminhar para a sociedade um

profissional para atender aos desafios impostos neste século.

Assim, o marco referencial dos cursos da área da saúde da UNCISAL deve

englobar não apenas as políticas públicas de saúde e o perfil epidemiológico do

Brasil, do Nordeste e de Alagoas, mas também a missão institucional.

Nas respectivas propostas curriculares, as disciplinas devem ser

agrupadas por áreas afins de conhecimento permitindo as atividades de

formação profissional como pesquisa, extensão e atividades complementares. E,

diante da implantação desta estrutura curricular urge a necessidade de um novo

sistema de práticas avaliativas que promova a integração das disciplinas e dos

conteúdos, permitindo uma maior aproximação entre os saberes.

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Faz-se necessário, portanto, entender que a avaliação é mais do que a

aplicação de provas, sendo compreendida como não só a regulação da

aprendizagem, mas, principalmente, como eficiência do processo educacional.

Neste sentido, a avaliação deve ser coerente com os princípios

psicopedagógicos e sociais do processo de ensino-aprendizagem adotados pela

Instituição. Quais sejam:

• Curso de graduação voltado para a formação integral do aluno, incluindo atitudes e habilidade com mesmo interesse que a aquisição de conhecimento,

• Avaliação compreendida em seu caráter formativo, como um ato dinâmico que subsidie o redirecionamento da aprendizagem, possibilitando o alcance dos resultados desejados;

• Aferição da aprendizagem deve representar um processo de compreensão dos avanços, limites e dificuldades que os alunos estão encontrando para atingir os objetivos propostos;

• Avaliação do aproveitamento escolar em consonância com o Regimento Interno da Universidade e com as definições estabelecidas nos Projetos Políticos Pedagógicos específicos.

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