89
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA MESTRADO EM CIÊNCIA ANIMAL NOS TRÓPICOS AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE EM CAPRINOS INFECTADOS EXPERIMENTALMENTE POR TOXOPLASMA GONDII FRANCILENE SILVA SANTOS SALVADOR BAHIA 2015

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

  • Upload
    vannhi

  • View
    214

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA

MESTRADO EM CIÊNCIA ANIMAL NOS TRÓPICOS

AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE EM CAPRINOS

INFECTADOS EXPERIMENTALMENTE POR TOXOPLASMA

GONDII

FRANCILENE SILVA SANTOS

SALVADOR – BAHIA

2015

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA

MESTRADO EM CIÊNCIA ANIMAL NOS TRÓPICOS

AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE EM CAPRINOS

INFECTADOS EXPERIMENTALMENTE POR TOXOPLASMA

GONDII

FRANCILENE SILVA SANTOS

SALVADOR – BAHIA

2015

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

FRANCILENE SILVA SANTOS

AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE EM CAPRINOS

INFECTADOS EXPERIMENTALMENTE POR TOXOPLASMA

GONDII

Dissertação apresentada à Escola de Medicina

Veterinária da Universidade Federal da Bahia,

como requisito para a obtenção do título de

Mestre em Ciência Animal nos Trópicos, na

área de Saúde Animal.

Orientadora: Prof. Dra. Fernanda Washington de Mendonça Lima

Corientadora: Prof. Dra. Neci Matos Soares

SALVADOR-BAHIA

2015

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

S237 Santos, FrancileneSilva. Avaliação da resposta imune em caprinos infectados experimentalmente por Toxoplasma gondii /

Francilene Silva Santos. - 2015. 91f.: il. Inclui anexos.

Orientadora: Profª. Drª. Fernanda Washington de Mendonça Lima Co-orientador: Profª. Drª. Neci Matos Soares.

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal da Bahia, Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia, Salvador, 2015.

1. Toxoplasma gondii – Avaliação – Método comparado 2. Caprino – Infecção – Toxoplasma gondii. 3. Parasitologia veterinária. I. Lima, Fernanda Washington de Mendonça . II. Soares, Neci Matos. III. Universidade Federal da Bahia. Escola de Medicna Veterinária e Zootecnia. IV. Título.

CDD - 636 CDU – 636.3

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

AGRADECIMENTOS

Neste momento eu queria agradecer a Deus por toda a força e capacidade para realizar

todos os meus planos e objetivos.

Aos meus pais que proporcionaram as minhas realizações e deram-me a competência e

o ensinamento para seguir na vida.

Agradecer a meu esposo que sempre esteve ao meu lado, pelo amor e companheirismo,

pelas palavras e pela força para seguir em frente mesmo na hora em que o coração

apertou e as lágrimas escorreram pelos olhos.

A minha orientadora Professora Dra. Fernanda Washington de Mendonça Lima pela

confiança e oportunidade de realizar este trabalho. Por todas as orientações e correções

nessa jornada.

A professora Dra. Thereza Cristina B. S. Calmon de Bittencout e ao professor Dr.

Ricardo Riccio Oliveira pela paciência nos auxílio estatístico.

Ao Professor Dr. Eduardo Luiz Trindade Moreira, pela fundamental colaboração nas

análises histopatológicas.

A Dr. Joelma Nascimento de Souza pelo auxílio acadêmico, paciência e compreensão.

Ao professor Dr. Luiz Fernando Pita Godim, pela parceria na doação das cepas de

taquizoítos de T. gondii, e, disponibilizando o Laboratório de Diagnóstico das

Parasitoses animais da Universidade Federal da Bahia (LDPA-UFBA).

Aos alunos de pós-graduação Rogerio Fernando de Jesus, Mulle Ribeiro Andrade.

A Capes pela bolsa e auxílio financeiro concedido para a realização deste trabalho.

As minhas amigas de pós-graduação Ticianna Conceição Vasconcelos, Marta Maria

Santana, Geyanna Dolores. Lopes. Agradeço a cada um que direta ou indiretamente

participou das atividades e da minha vida.

A todos os professores, colegas e funcionários do programa de pós graduação da Escola

de Medicina Veterinária, principalmente Angélica e Katia por serem amáveis, paciente

e compreensivas.

A todos do Laboratório Serviço de Imunologia das Doenças Infecciosas

Ao Mestre Faruck Zacarias pela grande parceira nesse projeto.

A EBDA por alojarem os animais e permitiram a realização desta pesquisa.

Ao Médico Veterinário da EBDA Rodrigo Bonfim Cruz que acamphou diariamnente os

animais.

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

“É muito melhor lançar-se em busca de conquistas grandiosas, mesmo

expondo-se ao fracasso, do que alinhar-se com os pobres de espírito,

que nem gozam muito nem sofrem muito, porque vivem numa

penumbra cinzenta, onde não conhecem nem vitória, nem derrota.

Theodore Roosevelt

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

LISTA DE TABELA

página

Tabela 1. Comparação do desempenho entre as técnicas ELISA e IFI na sorologia para

toxoplasmose através da detecção de IgG em amostras de 49 caprinos.........45

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

LISTA DE GUADRO

página

Guadro 1. Testes de diluições para padronização do ELISA...................................41

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

LISTA DE FIGURAS

página

Figura 1. Ultraestrutura de um taquizoíto Toxoplasma gondii....................................17

CAPÍTULO I

Página

Figura 1. Níveis séricos de IgG anti- T. gondii detectados no ELISA. Reações de 49

soros diluídos 1:100 com 20 soros de animais positivos ( ) e 29 soros de

animais negativos (■).....................................................................................45

Figura 2. Curva ROC obtida na padronização da técnica de ELISA para detecção de

IgG anti-T.gondii............................................................................................46

Figura3. Níveis séricos de IgG anti-T. gondii em caprinos infectados

experimentalmente com (105) taquizoítos por via endovenosa G1 (controle);

G2 (Cepa RH); G3 (cepa TOX 31).................................................................47

Figura 4- Dosagem de INF-y em sobrenadante de cultura de sangue periférico total

através do ELISA. Nível de IFN-y no sobrenadante de sangue periférico total

de três grupos de cabras cada um com 7 animais (controle negativo, inoculado

com RH e inoculado com TOX31) estimulados com: (A) PBS (10 µl); (B)

pokweed (10 µg9ml); (C) antígeno 1 (1 µg/ml); (D) antígeno 2 (2 µg/ml); (E)

antígeno 3 (3 µg/ml)........................................................................................48

Figura 5 A. Linfonodos submandibulares de animal inoculado com a cepa RH……..49

Figura 5 B. Linfonodos submandibulares de animal inoculado com a cepa TOX31.

Folículos linfoides reativos (H-E.X)…………………………………….50

Figura 6. Pulmão. Animal inoculado com a cepa RH. Intensa hiperplasia linfocítica

focal (BALT). H-E. X……………………………………………………….50

Figura 7. Coração. Animal inoculado com a cepa TX31. Miocardite linfocitária focal

aguda. H-E. X………………………………………………………………51

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS

ANOVA – Analysis of Variance

Células NK – células Natural Killer

D.O – Densidade Óptica

EBDA – Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola

ELISA - Enzyme-Linked Immunosorbent Ensaio Imunoadsorvente ligado à enzima.

H2O2 – Peróxido de Hidrogênio

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

T. GONDII – Toxoplasma gondii

IgM- Imunoglobulina M

IgG- Imunoglobulina G

IgA- Imunoglobulina A

IgE- Imunoglobulina E

IFN-ɣ - Interferon gama

VP- Vacúolo parasitófago

IMC- Imunidade Celular

IL12- Interleucina 12

IL6- Interleucina 6

IL1- Interleucina 1

TNF α- Fator de necrose tumoral alfa

APCs- Células apresentadoras de antígeno

IFI- Reação de Imunofluorescência Indireta

IHA- Hemaglutinação Indireta

PCR- Reação em cadeia de polimerase

PBS – Phoshate Buffer Saline (Tampão fosfato-salina)

pH – Potencial de hidrogênio Iônico

Pg – Picrograma

µg –Micrograma

µl – Microlitro

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

UFBA – Universidade Federal da Bahia

DNA- Ácido dexorribonucléico

p.i- pós inoculação

PBMC – Peripheral Blood Mononuclear Cells. Células Mononucleares de sangue

periférico.

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

SUMÁRIO

AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE EM CAPRINOS

INFECTADOS EXPERIMENTALMENTE POR

TOXOPLASMA GONDII Página

1.INTRODUÇÃO GERAL........................................................................................14

2.REVISÃO DE LITERATURA...............................................................................15

2.1 A IMPORTÂNCIA DA CAPRINOCULTURA..................................................15

2.2 AGENTE ETIOLÓGICO.....................................................................................16

2.3 CEPAS DE TOXOPLASMA GONDII..................................................................18

2.4 CICLO BIOLÓGICO ..........................................................................................19

2.5 TOXOPLASMOSE EM CAPRINO ....................................................................21

2.6 FATORES DE RISCO PARA OS REBANHOS CAPRINOS............................22

2.7 EPIDEMIOLOGIA E ENQUERITOS SOROLÓGICOS....................................23

2.8 ASPECTOS CLÍNICOS.......................................................................................25

2.9 ASPECTOS IMUNOLÓGICOS...........................................................................27

3.DIAGNÓSTICO.......................................................................................................29

4. PREVENÇÃO E CONTROLE...............................................................................32

5.OBJETIVO GERAL.................................................................................................33

6.OBJETIVO ESPECÍFICO........................................................................................33

6.CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................70

7.REFERÊNCIAS.......................................................................................................71

8.ANEXO....................................................................................................................86

CAPITULO I

Avaliação da resposta imune em caprinos infectados experimentalmente por

Toxoplasma gondii

ABSTRACT.................................................................................................................34

RESUMO.....................................................................................................................36

INTRODUÇÃO...........................................................................................................37

MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................................39

ANÁLISE ESTATÍSTICA..........................................................................................44

RESULTADOS............................................................................................................44

DISCUSSÃO................................................................................................................51

CONCLUSÃO..............................................................................................................58

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................60

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE EM CAPRINOS

INFECTADOS EXPERIMENTALMENTE POR TOXOPLASMA

GONDII

RESUMO

Toxoplasma gondii é considerado uma das principais causas de aborto infeccioso em

caprinos. Como coccídeo formador de cistos teciduais, constitui um problema de saúde

pública, uma vez que pode ser transmitido ao homem através do consumo de carne e

leite contaminados. O objetivo desse estudo foi investigar aspectos da resposta imune

humoral e celular em caprinos infectados experimentalmente com cepas TOX 31 e RH

de T. gondii. Comparou-se a eficiência dos métodos de ELISA indireto e

Imunofluorescência Indireta (IFI) na detecção de anticorpos IgG específicos. Para

avaliar a resposta imune celular, quantificou-se a concentração de IFN-gama nos

sobrenadantes de cultura das células do sangue periférico. Ao todo foram utilizados 21

caprinos sem raça definida divididos em três grupos: um controle e dois grupos

experimentais infectados com as cepas RH e TOX 31, respectivamente. A cinética da

resposta imune humoral à infecção experimental foi avaliada através de anticorpos

específicos. A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI,

apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade de 96,5%, demonstrando a boa

eficiência do ELISA para detectar os verdadeiros negativos, isto é, diferenciar os

animais infectados daqueles sem infecção. Em ambos os grupos de animais infectados

observou-se uma rápida resposta imune humoral, com uma soroconversão para

anticorpos da classe IgG no 15° dia, com níveis séricos máximos de anticorpos

específicos aparecendo no sexagésimo dia após a infecção. Em relação a resposta imune

celular, a estimulação “in vitro” com os antígenos contendo diferentes concentrações de

proteína, induziram alta produção de IFN-gama nos animais infectados com ambas as

cepas. Embora o antígeno nas três concentrações tenha estimulado a síntese e secreção

dessa citocina em animais infectados, apenas as concentrações com 1 e 2 µg de antígeno

do lisado total de T. gondii produziram resultados estatisticamente significativos. As

células dos animais não infectados após estímulo antigênico frente às três diferentes

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

concentrações apresentaram baixa produção de IFN-gama. O estudo histopatológico dos

linfonodos submandibulares dos animais infectados com T. gondii apresentaram

hiperplasia linfóide folicular discreta e hemorragia subcapsular, que coincidiu com os

resultados sorológicos.

Palavras chave: Citocinas, Anticorpos, Infecção experimental, Toxoplasma gondii,

Caprino.

Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

RESPONSE EVALUATION OF IMMUNE IN GOATS EXPERIMENTALLY

INFECTED WITH TOXOPLASMA GONDII

SUMMARY

Toxoplasma gondii is considered one of the main causes of infectious abortions in

goats. As coccidia forming tissue cysts, is a public health problem, since it can be

transmitted to humans through the consumption of contaminated meat and milk. The

aim of this study was to investigate aspects of the humoral and cellular immune

response in infected goats experimentally with strains 31 and TOX T. gondii RH. It

compared the efficiency of indirect ELISA and indirect immunofluorescence (IIF) on

detection of specific IgG antibodies. To evaluate the cellular immune response was

quantified the concentration of IFN-gamma in the culture supernatants of peripheral

blood cells. Altogether we used 21 goats mongrel divided into three groups: one control

and two experimental groups infected with the RH strain TOX and 31, respectively. The

kinetics of humoral immune response to experimental infection was assessed using

specific antibodies. Comparison between ELISA proficiency and gold standard test IFA

showed a sensitivity of 70% and a specificity of 96.5%, showing good efficiency

ELISA to detect true negatives, i.e., to differentiate infected animals from those without

infection. In both groups of animals infected observed rapid humoral immune response,

with seroconversion to IgG antibodies on day 15 with peak serum levels of specific

antibodies appearing on the sixtieth day after infection. Regarding the immune

response, stimulation "in vitro" with the antigens containing different protein

concentrations induced a high production of IFN-gamma in animals infected with both

strains. Although the antigen in three concentrations has stimulated the synthesis and

secretion of this cytokine in infected animals, only concentrations at 1 and 2 ug total of

antigen T. gondii lysate produced statistically significant results. The animal cells

uninfected after antigenic stimulus front at three different concentrations showed low

production of IFN-gamma. Histopathological study of the submandibular lymph nodes

of animals infected with T. gondii had mild follicular lymphoid hyperplasia and

subcapsular hemorrhage, which coincided with the serological results.

Keywords: Cytokines, Antibodies, Experimental infection, Toxoplasma gondii, Goat.

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

14

1. INTRODUÇÃO GERAL

Toxoplasma gondii é um protozoário intracelular obrigatório, causador da

toxoplasmose no ser humano e em outros animais (TENTER et al., 2000; DUBEY,

2009a). T. gondii tem distribuição cosmopolita, podendo causar infecção antes ou após

o nascimento, com cerca de um terço da população mundial possivelmente infectada

(DUBEY e BEATTIE, 1988). Os felinos domésticos e selvagens são os hospedeiros

definitivos, os demais mamíferos são hospedeiros intermediários, e peixe, anfíbios,

répteis e aves também podem ser infectados. (DUBEY, 1996; DUBEY, 2009a).

Algumas espécies, incluindo cabras, podem desempenhar um papel importante

na transmissão da toxoplasmose, uma vez que cistos em carne mal cozida e taquizoítos

no leite não pasteurizado podem representar uma importante fonte de infecção por T.

gondii para a população humana, caracterizando, a transmissão zoonótica (CHIARI e

NEVES, 1984; BISSO et al., 2000). As perdas econômicas na caprinocultura devem-se

a aborto, anomalias fetais e a uma variedade de defeitos congênitos causados pelo T.

gondii (BUXTON, 1998). De acordo com Denkers e Gazzinelli (1998), o T. gondii

caracteriza-se por ativar uma marcante resposta imune celular, desta forma a

sintomatologia clínica no homem e em outros animais depende principalmente da

resposta imune notadamente celular e da virulência da cepa de T. gondii (LUFT et al.

1984).

O diagnóstico da toxoplasmose aguda é difícultado pela variedade de sinais

clínicos que se assemelham a outras doenças (HURT e TAMMARO, 2007; SANTONI

et al., 1993). Alguns métodos laboratoriais imunológicos e moleculares têm sido

utilizados para o diagnóstico da infecção por T. gondii. Os métodos sorológicos, como

teste de hemaglutinação indireta, teste de aglutinação em látex, imunofluorescência

indireta, ensaio imunoenzimático (ELISA) são os imunoensaios mais comumente

usados (BEGHETTO et al., 2006; MONTOYA, 2002; REMINGTON et al, 2004).

Apesar da importância do estudo da resposta imune humoral na toxoplasmose,

há pouca informações disponíveis sobre algumas espécies domésticas, como por

exemplo, as cabras. Desta forma descobertas em uma espécie não podem ser

extrapoladas para os outras, por que a resposta humoral pode ser afetada por alguns

fatores inerentes ás características genéticas de cada espécie animal (WARE e

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

15

KASPER, 1987) a infecção no estágio agudo ou crônico (VERHOFSTEDE et al., 1988)

ou o estatus imunológico (LAPPIN et al., 1993).

Sendo assim o objetivo do presente trabalho foi investigar aspectos da resposta

imune humoral e celular em caprinos infectados experimentalmente com cepas TOX 31

e RH de T. gondii.

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 A importância da caprinocultura

A cabra foi o primeiro animal domesticado pelo homem para produzir alimentos,

leite e carne, há cerca de 9.500 anos no Oriente, desde então, espalharam-se pelo

mundo. Os caprinos são animais de característica dócil e de fácil manejo, pouco

exigentes qualitativa e quantitativamente em termos alimentares, são adaptáveis a

praticamente qualquer clima, altitude, latitude e longitude terrestres (MAZOYER et al.,

2010).

O efetivo caprino era de 8,779 milhões em 2013, com crescimento 1,5% em

relação ao ano de 2012. O Brasil é o 17º criador mundial de caprinos, em termos

regionais o Nordeste apresenta 91,4% dos rebanhos nacionais e a Bahia o estado com o

maior plantel, de 28%. (IBGE, 2013).

A caprinocultura é uma importante fonte de recurso econômico no Brasil, sendo

que no nordeste estes animais estão concentrados no semiárido, o qual abrange uma área

de 166,3 milhões de hectares (CONAB, 2006; IBGE, 2013). A criação desses animais

tem importância social e econômica para os ecossistemas desta região, dadas ás poucas

alternativas econômicas para o semiárido brasileiro. Esta espécie animal apresenta uma

grande capacidade de adaptação e resistência à seca, o que os tornou uma importante

fonte de renda para os produtores baianos (LIMA e BAIARDI, 2007).

A caprinocultura é reconhecida como uma atividade economicamente viável,

sendo responsável por geração de emprego e de renda, inserção de pequenos

produtores no mercado, redução do êxodo rural, dentre outros aspectos (LÔBO, 2003).

As condições de manejo sanitário precário das criações de caprinos, paralelo á

ausência ou uso inadequado de tecnologias de manejo dos rebanhos, constituem as

principais causas da baixa produção, da mortalidade de animais e da pequena

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

16

rentabilidade para os caprinovinocultores da região semiárida do Brasil (PINHEIRO et

al., 2000).

Para o pequeno produtor as perdas econômicas na caprinocultura causadas pela

toxoplasmose podem ser devastadoras, principalmente nas áreas semiáridas, pois a

caprinocultura constitui-se um instrumento gerador de emprego e renda no campo

(GRACIA-VASQUEZ et al, 1993).

2.2 Agente etiológico

T. gondii é um protozoário intracelular obrigatório de distribuição cosmopolita

que invade vários tecidos e células de animais homeotérmicos, exceto hemácias

(DUBEY et al., 1985; DUBEY e BEATTIE, 1988; DUBEY e ADAMS, 1990; WON e

REMINGTON, 1993; DUBEY, 1998; TENTER et al., 2000; DAVIDSON, 2000; HILL

et al., 2002).

Segundo Levine et al. (1980) o protozoário pertence ao Filo Apicomplexa,

Classe Sporozoea, Ordem Eucoccidiida, Família Sarcocystidae, Sub-família

Toxoplasmatinae, Gênero Toxoplasma e Espécie Toxoplasma gondii é de extrema

importância médica e veterinária (MUNDAY e MASON, 1979).

O T. gondii possui uma maquinaria celular endocitica exclusiva que permite a

entrada do parasita na célula nucleada, sua replicação e propagação. Possui estruturas

comuns às demais células animais, como mitocôndria, retículo endoplasmático e

complexo de Golgi. Na sua estrutura possui três tipos de organelas secretoras existentes

no complexo apical: micronemas, roptrias e grânulos densos, importantes para os

processos críticos e no estabelecimento de uma infecção produtiva (AJIOKA et al.,

2001). As micronemas estão envolvidas na fixação e penetração do T. gondii. Roptrias

são necessárias para a criação de uma estrutura enzimática e vacúolo parasitóforo. Os

grânulos densos secretam proteínas durante a maior parte das diferentes fases do

parasita; o processo de secreção dessas proteínas coincide com a formação de uma rede

intravacuolar. A entrada do parasita na célula leva de 15-20 segundos, figura 1

(AJIOKA et al., 2001; SAFFER e SCHWARTZMAN, 1991).

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

17

Figura 1. Ultraestrutura de um taquizoíto Toxoplasma gondii.

Fonte: AJIOKA et al., 2001.

Embora o parasita seja intracelular, os taquizoítos podem sobreviver por breves

períodos nos líquidos intersticiais e esxudatos, como saliva, urina e leite de cabras

(CHIARI, 1981; CHIARI e NEVES, 1984; VITOR et al., 1991).

Os taquizoítos apresentam-se em forma de arco com a parte externa posterior

arredondada e a anterior afilada, sendo a forma evolutiva do parasita menos resistente e

podendo ser destruído facilmente pelas condições ambientais adversas, bem como pela

desidratação, enzimas proteolíticas : tripsina e pepsina e variações osmóticas (JACOBS

et al., 1996).

Do ponto de vista médico, a fase de taquizoíto é importante, por que o parasito

fica vulneravél aos fármacos (ACHA e SZYFRES, 1986). VERONESI e FOCACCI

(1996) explicam que os taquizoítos são organismos de rápida proliferação conhecidos

como formas proliferativas, característica de infecção aguda (GROSS et al., 2004).

A invasão da célula pelos taquizoitos é extremamente rápida, durando de 15 a 40

segundos, sofrendo influência da concentração de íons extracelulares, da motilidade do

taquizoíto e de seus produtos secretados (SAFFER e SCHWARTZMAN, 1991;

MORISAKY et al., 1995). Espalham-se pelos diversos tecidos do hospedeiro

preferencialmente células do sistema nervoso central, olho, músculo esquelético e

músculo cardíaco. Em resposta a ação do sistema imune do hospedeiro os taquizoítos se

convertem nas formas bradizoítos e ficam confinadas no interior de cistos teciduais,

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

18

principalmente em tecidos do sistema nervoso central, olho e tecidos musculares

(MONTOYA e LIESENFELD, 2004).

O T. gondii tem como hospedeiros definitivos mamíferos carnívoros

pertencentes à família Felidae, nos quais ocorrem as fases sexuadas e assexuadas do seu

ciclo de vida (TENTER et al., 2000). Porém possui uma grande variedade de

hospedeiros intermediários como os animais homeotérmicos, incluindo aves e alguns

mamíferos sejam eles domésticos, silvestres, selvagens ou marinhos, além de seres

humanos (FIGUEIRÓ-FILHO et al., 2005). Já foi demonstrado em animais

pecilotérmicos, como peixes, anfíbios e répteis, embora não se conheça a viabilidade do

parasita nestes animais e a importância dos mesmos no seu ciclo de vida (DUBEY e

BEATTIE, 1988; DUBEY et al, 2003b). Moluscos pode atuar como transportadores de

oocistos T. gondii (ARKUSH et al., 2003; LINDSAY et al., 2004; MILLER et al.,

2008).

Existem inúmeros relatos de infecção pelo T. gondii em mamíferos marinhos,

incluindo golfinhos, focas, baleias (DUBEY et al., 2003c). No entanto, a forma como os

mamíferos marinhos são infectados ainda é desconhecida. Provavelmente a infecção

ocorra pela ingestão de oocistos diretamente da água do mar ou a ingestão de tecidos de

animais contendo oocistos (MILLER et al., 2002a).

2.3 Cepas de Toxoplasma gondii

As cepas de T. gondii são divididas em dois grupos, as cepas dominantes com

genótipos já identificados, e as cepas exóticas ou atípicas, cujo genótipo difere das

cepas dominantes (VILLENA et al., 2004; SU et al., 2012). A gravidade dos quadros

clínicos desenvolvidos pelas cepas de T. gondii estão associadas com fatores próprios de

virulência, e com a capacidade de interferir de diferentes formas nas sinalizações

intracelulares do hospedeiro ( HUNTER e SIBLEY, 2012). Em algumas circunstâncias,

a toxoplasmose pode ocorrer em graus variáveis de morbidade, podendo ocasionar

sequelas graves e doenças fatais, como acontece com cepas de maior virulência, uma

carga infectante maior, uma via de penetração mais favorável e um hospedeiro com suas

defesas orgânicas deficientes (DUBEY, 1987).

A capacidade de promover quadro infeccioso ou resistir à infecção tem

associação com a resposta imune do hospedeiro e os mecanismos de evasão utilizados

Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

19

pelas diferentes cepas de T. gondii (MILLER et al., 2009; MELO et al., 2011). Na

década de 80, estudos realizados utilizando diferentes técnicas biológicas, bioquímicas e

moleculares, visando a caracterização das cepas deste parasito, demonstraram evidência

de que este organismo possui linhagens clonais de cepas muito virulentas e de baixa

virulência (JONHSON, 1997).

O T. gondii é capaz de expressar diferentes antígenos de superfície (SAG)

localizados na membrana do parasito, os quais são codificados por genes de cópia única e

que têm um importante papel nos mecanismos de escape ao sistema imune do hospedeiro,

patogênicidade e de invasão do parasito (TOMAVO et al., 1991). As cepas isoladas do T.

gondii são classificadas em uma das três linhagens clonais (I, II, III) (SAEIJ et al., 2005).

A determinação da patogenia das cepas foi realizada em camundongos, as cepas tipo I

(RH, CAST e VEL) possuem alta virulência, causando infecções letais nesses animais.

As do tipo II (ME49, PDS e PLK) são consideradas de moderada virulência e as do tipo

III (CEP e VEG) são de baixa virulência, já que a infecção causada por este tipo clonal é

controlada pelo sistema imunológico dos camundongos e a infecção tende a cronificar

(BOOTHROYD e GRIGG, 2002; SAEIJ et al., 2005; STUTZ et al., 2012). As cepas

diferenciam-se genotipicamente entre si em apenas 1% ou menos (SU et al., 2006).

Linhagens de T. gondii atípica ou com nova combinação de alelos têm sido isoladas de

animais em alguns continentes como América do Sul e África (AJZENBERG et al., 2004;

LEHMANN et al., 2004).

2.4 Ciclo biológico

O ciclo biológico do T. gondii se dá com quatro formas de desenvolvimento:

taquizoítos (formas livres), merozoítos (duas a quatro gerações dentro dos enterócitos

do felino), bradizoítos (formas presentes em cistos teciduais) e esporozoítos (formas

presentes nos oocistos) (FERGUSON, 2009).

Em relação a reprodução existem duas fases distintas : assexuada e sexuada

sendo que no hospedeiro intermediário só ocorre a sexuada (GANGNEUX e DARDÉ,

2012). Os felinos são considerados hospedeiros defintitivo, mamíferos, aves e outros

animais são considerados hospedeiros intermediários (DUBEY, 2004; NEVES, 2005).

Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

20

Material fecal de felinos com oocistos contendo esporozoítos e cistos presentes

na carne com bradizoito são ingeridos por um hospedeiro definitivo, no estômago a

parede do cisto é digerida pelas enzimas proteolíticas, levando ao seu rompimento e

liberação das formas de bradizoítos, e inicia-se a fase de reprodução assexuada rápida,

por esquizogonia, que resulta na formação dos esquizontes e liberação dos merozoítos.

Estes invadem as células epiteliais intestinais transformando-se em taquizoitos,

multiplica localmente e são disseminados no corpo através do sangue ou linfa (DUBEY,

1998).

Depois de alguns poucos ciclos de multiplicação, taquizoítos dão origem a

bradizoítos em uma variedade de tecidos (DUBEY, 1993; DUBEY et al., 1998). Os

esporozoítos desenvolvem-se nos esporocistos, dentro dos oocistos e são eliminados

pelas fezes dos felinoss (DUBEY, 1987), únicos animais capazes de eliminar oocistos

de T. gondii nas fezes (DUBEY et al., 1998).Uma infecção aguda num felino pode

eliminar aproximadamente 100 milhões de oocistos por dia. Cada oocisto em condições

de temperatura ambiente e umidade irá esporular e produzir dois esporocistos, contendo

quatro esporozoítos, que são altamente infectantes e podem permanecer no ambiente por

vários anos, podendo ser ingerido por outros animais e pelos seres humanos

(MONTOYA e LIESENFELD, 2004).

No ambiente, em condições ótimas de temperatura, umidade e oxigenação,

ocorre o processo de esporogonia, por meio dos quais os oocistos se tornam infecciosos

após 1-5 dias da eliminação, podendo permanecer viáveis no solo por períodos

indeterminados (TENTER et al., 2000).

MILLER et al., (1972) provaram que os únicos mamíferos capazes de suportar o

ciclo sexuado intestinal do T. gondii e excretar os oocistos são os felinos, tanto

domésticos quanto selvagens. Gatos liberam oocistos após a ingestão de qualquer um

dos três estágios infecciosos de T. gondii, isto é, taquizoítos, bradizoítos e esporozoítos

(FRENKEL et al., 1970), FRENKEL, (1979) elucida que os oocistos representam a

fase sexuada do agente.

Os hospedeiros intermediários como homem e animais, adquire infecção através

da ingestão de oocistos eliminados pelos felinos que iram contaminar o solo, manciais

de água e alimentos a exemplo de frutas e verduras. Outra meio de infecção é a ingestão

de cistos teciduais presente em carnes cruas ou mal cozidas, os líquidos biológicos

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

21

como saliva, leite, esperma, infecções transplacentarias e transplante de órgãos

(FERREIRA e ÁVILA, 2001; MONTOYA e LIESENFELD, 2004).

Após infecção do hospedeiro intermediário com qualquer forma infectante de T.

gondii, ocorre a multiplicação dos taquizoitos que contínua persistente dentro da célula

hospedeira até que ocorra sua ruptura e liberação invadindo outras células, e este ciclo

continua até o desenvolvimento da imunidade contra o parasito (TENTER et al., 2000).

Os mecanismos imunológicos irá diminuir a quantidade de parasitos circulante

no organismos; taquizoítos remanescentes evoluem para bradizoítos com formação de

cistos teciduais caracterizando a fase crônica se estendendo por toda vida em

hospedeiros imucompetente (MONTOYA e LIESENFELD, 2004; NEVES, 2005).

2.5 Toxoplasmose em caprino

Os felinos são os hospedeiros definitivos e algumas outras espécies são

hospedeiros intermediários, incluindo caprinos que podem desempenhar um papel

importante na toxoplasmose humana uma vez que cistos teciduais presentes na carne

mal cozida ou possivelmente taquizoítos no leite não pasteurizado facilitam a

transmissão zoonótica (CHIARI e NEVES, 1984; SACKS et al., 1982).

FELDMAN e MILLER (1956) descreveram uma das primeiras evidências da

ocorrência de toxoplasmose em rebanhos caprinos no estado de Nova York, E.U.A.

Os australianos foram os primeiros a demonstrar a toxoplasmose como uma

importante causa para os problemas reprodutivos em caprinos. Casos confirmados de

perdas reprodutivas após a infecção com T. gondii em caprinos tem sido relatadas em

várias partes do mundo. Entre os animais domésticos, os caprinos são mais suscetíveis

(DUBEY e BEALTTIE, 1988).

A alta soroprevalência para anticorpos anti-T. gondii no Brasil destacou a

necessidade de incluir o protozoário entre as causas de perdas reprodutivas em

rebanhos caprinos (PESCADOR et al., 2007).

A toxoplasmose em caprinos pode levar a perdas através da esterilidade, aborto,

natimorto, nascimento de crias fracas e mortalidade, entretanto a presença de anticorpos

anti-T.gondii sem associação com problemas clínicos é achado comum em qualquer

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

22

espécie (DUBEY et al., 1980; CALAMEL e GIAUFFRET, 1975; RUPPANNER et al.,

1978). Os animais podem morrer de enterite e encefalite, e os órgãos onde são

comumente encontrados os cistos nestes animais naturalmente infectados são:

músculo esquelético, cerebro, coração, diafragma, fígado, rins, (DUBEY, 1987;

KANETO et al., 1997).

A toxoplasmose congênita nos seres humanos, ovelhas, cabras pode levar a

morte do feto, a aborto, mal formações congênitas com manisfestações precoce ou

tardia (DUBEY, 1993; DUBEY et al., 1998).

2.6 Fatores de risco para os rebanhos caprinos

Os principais fatores de risco para infecção pelo T. gondii em caprinos são:

idade, o índice pluviométrico, alta umidade e a temperaturas amenas nas regiões onde

os rebanhos são mantidos. (PUIJE et al., 2000; JITTAPALAPONG et al., 2005). As

temperaturas amenas e a umidade favorecem a esporulação e a sobrevivência de

oocistos e coccidios (DUBEY et al., 2007). As condições clímaticas, em particular

chuvas, muitas vezes são responsáveis pelas diferenças na prevalência da infecção pelo

T. gondii, uma vez que os oocistos sobrevivem mais tempo em local fresco e em

condições úmidas (BISSON et al., 2000).

As cabras são animais muito susceptíveis à infecção com T. gondii em relação

aos outros animais de abate (DUBEY e BEATTIE, 1988). A prevalência de

toxoplasmose em caprinos é maior em animais mais velhos, atingindo igualmente

machos e fêmeas, com maior frequência nos rebanhos leiteiros em relação ao de

exploração mista, sendo este parasito mais patogênico para animais jovens do que para

animais adultos (DUBEY et al., 1985; DUBEY, 1987; DUBEY, 1989; DUBEY, 1990;

DUBEY e ADMS, 1990; OPEL et al., 1991; PANDEY e VAN KNAPEN, 1992).

Os oocistos eliminados nas fezes de felídeos são infectantes por até 18 meses,

quando protegidos da dessecação e luz solar (BUXTON, 1998). A falta de

suplementação mineral dos animais, provavelmente é um fator de risco para infecção

por T. gondii, pois está relacionada com a queda das defesas orgânicas animais

suplementados apresentam maior imunocompetência do que os não suplementados

(ASHBURN et al., 1992).

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

23

Fatores de estresse, incluindo superpopulação, tempo frio, antibióticos,

imunossupressores e dieta contendo micotoxinas podem reativar a forma subclínica da

infecção por T. gondii em cordeiros (DUBEY, 2009, 2010). Taquizoítos já foram

isolados da mucosa vaginal, saliva, secreção nasal e urina de caprinos

experimentalmente infectados via mucosa vaginal, oral e intramuscular (GALUSO et

al., 1970).

Oocistos de Toxoplasma gondii pode sobreviver por anos no solo, e até 54 meses

em água fria (DUBEY, 1998), de modo que a água não filtrada pode estar contaminada

com T. gondii. A água contaminada com T. gondii tem o potencial de propagar a

infecção para um grande número de pessoas, como ilustrado por focos no Canadá

(BOWIE et al., 1997) e Brasil (MOURA et al., 2007).

2.7 Epidemiologia e Inqueritos Sorológicos

A infecção por T. gondii foi identificado pela primeira vez em coelhos no

Instituto Biológico São Paulo, Brasil (SPLENDORE, 1908; ACHA e SZZYFRES, 1986)

e, no mesmo ano na Tunísia no roedor Ctenodactylus gondii (NICOLLE e MANCEAUX,

1909).

FELDMAN e MILLER (1956), estudando rebanhos caprinos nos Estados

Unidos, encontraram a primeira ocorrência nesta espécie. A associação sexo e idade

para T. gondii tem sido objeto de estudo, porém os resultados variam entre autores

(RUPPANNER et al., 1978; CHHABRA e MAHAJAN, 1982).

A prevalência do T. gondii em produtos derivados de animais é mais

significativa nos suínos, ovinos e caprinos, respectivamente (GARCIA et al., 1999). A

toxoplasmose nos pequenos ruminantes encontra-se distribuída mundialmente sendo a

espécie caprina como hospedeira mais sensível do parasita. No Brasil sua distribuição

abrange todos território nacional, e variações observadas na soroprevalência podem

estar relacionadas a fatores epidemiológicos regionais, climáticos, a aspectos sócios

econômicos e nutricionais, a idade, sexo, manejo do rebanho, contato com os animais

domésticos em especial o gato, e a acurácia dos testes aplicados na sua determinação

(TENTER et al., 2000; DUBEY, 1990; SILVA et al., 2003ª).

Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

24

Apresentando grande impacto no setor pecuário caprino e de agronegócios, a

toxoplasmose está associada a perdas econômicas, além do risco para saúde humana

(DUBEY e THULLIEZ, 1989; BUXTON, 1990).

Dubey et al., (1981) relataram um surto de toxoplasmose congênita em

caprinos nos Estados Unidos as matrizes apresentavam títulos de 1:2048 dois dias

após o aborto. A maioria dos dados epidemiológicos sobre infecções por T. gondii em

cabras são produzidos com testes sorológicos, como IFI e ELISA. Estudos

moleculares também estão disponíveis, geralmente para investigação de causa de

natimortos ou fetos abortados (TENTER et al., 2000; DUBEY e SCHARES, 2006;

DUBEY et al., 2007).

Diversos inquéritos sorológicos já foram realizados no Brasil, com variação na

soropositividade de 28,9% a 92,4% nos rebanhos, mostrando uma alta prevalência

(CHIARI e NEVES 1984; MACHADO e LIMA 1987; SELLA et al., 1994). Assim, os

testes de imunodiagnóstico laboratorial adquirem uma grande importância em estudos

epidemiológicos (TENTER et al., 2000; DUBEY e SCHARES, 2006; DUBEY et al.,

2007).

De acordo com Tenter et al. (2000), em 1990-1999 a soroprevalência para

toxoplasmose caprina variou de 0% no Paquistão a 77% na França. Recentemente, uma

prevalência de 12,3% foi observada na Sardenha, Itália (MASALA et al., 2003), 30% no

Irã (SHARIF et al., 2007) e 74,8%, na Etiópia (TESHALE et al., 2006). No Irã,

estudando-se 638 caprinos, 19,25% eram positivos para anticorpos anti-T. gondii,

(HASHEMI-FSEHARKI, 1996). A grande prevalência para toxoplasmose caprina pode

ser constatada nos locais onde a cabra representa a maior fonte de alimento de origem

animal, a exemplo da Índia, já que a ingestão de carne ou leite contaminados com o T.

gondii é uma das principais fontes de infecção para o homem (SHARMA e GAUTAN,

1972).

No Brasil, inquéritos sorológicos mostram soroprevalência que variam entre

10% e 92,14% (AMARAL et al., 1978). Em Porto Alegre, RS inquéritos

epidemiologicos relataram a presença de anticorpos anti-T. gondii em 16,1% dos

caprinos estudados (CHIARI et. al., 1987).

Através da técnica de Hemaglutinação Indireta (HAI), verificou-se uma

frequência de 19,4% de soropositividade (70 animais) e pela IFI, de 30% (108)

Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

25

(MACIEL e ARAÚJO, 2004). Gondim et al. (1999) encontraram prevalência de

28,93% de anticorpos anti-Toxoplasma gondii utilizando o teste de aglutinação ao látex

(LAT), em soros de 439 caprinos procedentes de duas regiões de características

climáticas distintas, na Bahia.

Pescador et al. (2007) associaram a infecção por Toxoplasma gondii com perdas

reprodutivas em rebanho caprino no Rio Grande do Sul, identificando abortamento,

fetos natimortos ou que morriam logo após o parto.

No que diz respeito à região sudeste, em Minas Gerais, Machado e Lima (1987)

apontam 36,8% de caprinos soros positivos em 46 propriedades estudadas, com taxa de

36,1% entre os rebanhos leiteiros e 11,4% nos animais de corte, enquanto no estado do

Rio de Janeiro foi descrita uma prevalência de 15,85% para toxoplasmose em caprinos

(FREIRE et al., 1994). Alves et al. (1997) testaram amostras de soros caprinos

provenientes de diferentes regiões da Paraíba verificando uma variação na frequência de

anticorpos anti-T. gondii oscilando de zero a 26,0% Mainardi et al. (2000)

demonstraram a presença de anticorpos anti-toxoplasma gondii por meio de IFI nos

animais de todas as propriedades leiteiras de sete diferentes municípios do estado de

São Paulo (14,47% dos 442 caprinos estudados). Mais recentemente, Cavalcante (2004)

observou, através da IFI e ELISA, que 25,1% e 25,7% dos caprinos do Ceará eram

positivos para a infecção por T. gondii.

2.8 Aspectos clínicos

Hospedeiros, incluindo felinos e humanos podem adquirir infecção por T. gondii

por diversos meios, tais como pela ingestão acidental de oocistos infectantes presentes

nos alimentos, ou na água contaminada com fezes de gato, por ingestão de carne crua ou

mal cozida contendo cistos com bradizoítos, leite não pasteurizado, transplante de

órgãos, transfusão de sangue, pois, nesse caso os parasitas estão no interior de

leucócitos e pela placenta na transmissão vertical ou contato direto com fezes de gatos

infectados ou ainda pela ingestão de oocistos esporulados na água ou nos alimentos

(CHU, 1999; MASCHKE et al., 1999; MARTINO et al., 2000).

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

26

A Toxoplasmose é uma zoonose capaz de causar danos graves em fetos

humanos ou animais e em indivíduos imunodeficientes, levando a manifestações

sistêmicas extremamente graves (DUBEY, 2009).

A transmissão congênita é importante, tanto para a saúde pública quanto para a

sanidade animal, e pode ocorrer quando fêmeas não infectadas contraem a

toxoplasmose durante a prenhez (HILL e DUBEY, 2002) sendo observados os

mesmos sinais sintomas clínicos em animais e humanos (JACOBS, 1963).

Em humanos geralmente a doença é assintomática ou está associada com

sintomas clínicos leves, inespecíficos. Porém em indivíduos imunocompetentes a

patogênese da toxoplasmose é resultado direto do efeito citopático, que incluem:

capacidade de invadir células, habilidade de utilizar substratos da célula hospedeira para

sobrevivência, multiplicação e persistência proliferativa ou cística infectante

(FRENKEL, 1961).

A patogenia da toxoplasmose em caprinos adultos está relacionada com sistema

reprodutor, podendo ocasionar esterilidade, abortos, morte embrionária precoce ou

mortalidade neonatal (DUBEY e BEATTIE, 1988) reabsorção fetal, fetos mumificados

ou macerados, nascimento de filhotes prematuros e fracos, podendo causar a morte de

cabras jovens e adultas devido às complicações recorrentes (DUBEY, 1987; DUBEY e

ADAMS, 1990), contudo a presença de anticorpos anti-T. gondii sem associação com

problemas clínicos é um achado muito comum (BAHIA, 1993; MACHADO e LIMA,

1987).

Os sinais clínicos da toxoplasmose caprina incluem febre, diarréia, dispnéia,

apatia, edema, icterícia, congestão pulmonar, infarto renal, anorexia, encefalite, nefrite,

hepatite, abomasite necrosante, enterite, cistite e pneumonia (MEDHI et al., 1983;

DUBEY, 1987; DUBEY e LAPIN, 1998), porém, pode assumir quadros clínicos

facilmente confundidos com uma gama de outras enfermidades, dificultando a tomada

de medidas específicas de tratamento e controle (VIDOTTO, 1992). A morte está

associada a lesões fibro-necróticas, necrose focal de linfonodos mesentéricos, sendo a

gravidade do quadro proporcional ao tamanho do inoculo utilizado experimentalmente

(DUBEY, 1989).

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

27

2.9 Aspectos imunológicos

A imunidade protetora contra o T. gondii é composta por mecanismos inatos,

humorais e celulares.

As células do sistema imune que controlam o parasita num primeiro momento

são monócitos e macrófagos, com o auxílio de anticorpos específicos da classe IgM e

IgA, caracterizando a fase aguda da doença seguida a produção de IgG que pode

persistir por longo tempo. Os linfócitos T efetores e auxiliares completam o conjunto de

mecanismos imunes da resposta ao T. gondii (CAMARGO, 1995). Embora as células da

imunidade inata ativadas por IFN-gama sejam importantes para o controle da infecção

as células imunes inatas, incluindo neutrófilos, monócitos e células dendríticas, também

podem servir como veículos para a disseminação sistémica do parasita no início da

infecção (WALWYN at al., 2015).

Os macrófagos são normalmente capazes de fagocitar e matar micróbios, mas,

no caso da toxoplasmose, taquizoítos são capazes de invadir os macrófagos e

multiplicar-se (DENKERS, 2003). A multiplicação de taquizoítos no interior de

macrófagos pode ser inibida por ambos os mecanismos dependentes e independentes de

oxigênio, incluindo um mecanismo ativado pelo Interferon Gama (IFN-) (McCABE e

REMINGTON, 1986; MAUEL, 1984; MURRAY et al., 1985), experimentos in vivo

confirmam o papel crucial do IFN- na inibição da proliferação de parasitas (SUZUKY

et al., 1988).

A fase aguda da doença caracteriza-se pela produção de imunoglobulinas de

isotipos M e A, seguida da produção de IgG de baixa avidez e em baixa concentração. O

aumento dos títulos de IgM é de curta duração com IgA desaparecendo antes dos

anticorpos IgM. A IgG aparece cerca de oito dias após a infecção, podendo ser

detectada nos testes sorológicos enquanto durar a infecção, ou seja, durante toda vida do

animal (KAWAZOE, 2005). As IgG podem persistir com altos títulos e com alta

afinidade por longo tempo caracterizando a fase crônica da doença (CAMARGO, 1995;

CHEMELLO et al., 1998).

Na infecção humana apesar da IgM anti-T. gondii ser considerada o principal

marcador sorológico para diagnósticos de infecções recentes, a literatura relata níveis

persistentes dessa imunoglobulina por meses após a primoinfecção (FERREIRA e

CAMARGO, 2002). Uma vez que o T. gondii é um parasito intracelular obrigatório, o

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

28

principal mecanismo de defesa contra esse patógeno é mediado pela resposta imune

celular (MAUBON et al., 2008).

Os linfócitos T são os principais mediadores da imunidade adquirida, sendo o

padrão Th1 estabelecido na resposta ao T. gondii quando há controle da infecção

(GAZZINELLI et al., 1992).

Com o ínicio da resposta imune do hospedeiro há o estabelecimento de uma

infecção crônica pela conversão de taquizoítas em bradizoitas, induzindo uma forte e

duradoura proteção imunológica para o hospedeiro (DENKER e GAZINELLI, 1998;

ROBERT-GANGNEUX e DARÉ, 2012)

Entre a população de células T, as células TCD8+ são consideradas as principais

células efetoras responsáveis pela proteção contra T. gondii. As TCD4+ do tipo Th1

exercem seu efeito protetor por meio da produção de IFN- e IL-12, por outro lado, as

do tipo Th2, como IL-4, IL-5 e IL-10, estão associadas à baixa regulação mediada por

células, portanto estas citocinas ajudam as células B na produção de anticorpos

(BHOPALE, 2003. GAZZINELLI et al., 1991).

As células natural killer (NK) também desempenham um papel importante no

controle da infecção. Macrófagos em animais imunes, possivelmente ativados por

citocinas derivadas de células T auxiliares respondem a antígenos de T. gondii,

aumentando a produção de citocinas pró-inflamatorias como Interleucina-12 e

Inteferon- Gama por essas células do sistema imuni inato (MILLER et al., 2009).

Linfocitos T e IFN- em ação conjunta são as principais ferramenta

imunológicas contra T. gondii (MOSMANN e COFFMAN, 1987; INNES et al., 1995;

INNES e WASTLING, 1995).

Assim o controle da infecção aguda causada pelo Toxoplasma, inicialmente,

deflagra resposta inata, seguida por resposta adquirida antígeno-especifica após as

células apresentadoras de antigenos (APCs) apresentarem antigenos para as células T

durante a fase indutora e efetora das respostas imune mediada por células que é

particularmente crítica para resolução da infecção por taquizoitos (VERHELST et al.,

2014).

Algumas espécies, tais como ratos e galinhas, exibem um alto grau de resistência

natural, a idade também se constitui em um fator importante para a resistência natural,

Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

29

sendo que os animais jovens, nas diferentes espécies, apresentam-se mais susceptíveis

ao T. gondii (DUBEY, 1993).

3. DIAGNÓSTICO

O diagnóstico clínico da toxoplasmose é dificultado pelas características

assintomáticas da patologia que em muitos casos pode assemelhar-se a outras doenças

(DEROUIN e GARIN, 1992). Os sinais clínicos da toxoplasmose nem sempre são

evidentes, segundo Lappin et al. (1993) existe uma combinação entre as informações

clínicas e dados laboratoriais para diagnosticar a enfermidade FRENKEL (1997).

Grande parte das infecções pelo toxoplasma são sub-clínicas e o diagnóstico é

usualmente baseado no critério imunológico (HURT e TAMMARO, 2007; SANTONI e

SANTONI-WILLIAMS, 1993).

A Toxoplasmose possui diagnósticos diretos, que por serem dificeis necessitam

da confirmação de provas diretas como inoculação em animais de laboratório ou cultura

celular, sendo assim faz-se necessário a utilização de técnicas sorológicas (DEROUIN e

GARIN, 1992). O diagnóstico pode ser realizado pela demonstração direta, busca e

isolamento do coccídio. O método parasitológico só pode ser realizado nos hospedeiros

definitivos os felinos. Oocistos de amostras ambientais como a água, podem ser vistos

pelos métodos de flutuação e confirmados com inoculação em camundongos (ISAAC

RENTON et al.,1998; DUMÈTRE e DARDE, 2005, 2007).

As técnicas sorológicas habitualmente utilizadas para o diagnóstico da

toxoplasmose são: Dye test, Imunofluorescência Indireta (IFI), Aglutinação Direta e

Enzime-Linked Imunosorbent Assay (ELISA indireta clássica) (DESMONTS et al.,

1981, 1985; CHOI et al., 1992). estas técnicas utilizadas complementarmente

aumentam a sensibilidade dos resultados, chegando até 89,5% (SAVVA et al., 1990;

GROVER et al., 1990; PRATLONG, 1996).

A detecção de taquizoítos na corrente sanguínea por métodos parasitológicos

convencionais, como o exame microscópio diretos ou cultura é inviável, pelas

características do ciclo biológico de T. gondii, dificultando o conhecimento da sua

cinética na corrente sanguínea in vivo (SILVA e CHIOCCOLA, 2010).

O emprego de técnicas diagnósticas de elevadas especificidade e sensibilidade é

fundamental para o diagnóstico da toxoplasmose, assim como a adoção de medidas que

Page 32: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

30

visem o controle dessas enfermidades em animais de produção. Diversas técnicas têm

sido desenvolvidas nas últimas décadas com o objetivo de facilitar um diagnóstico

etiológico da infecção e a determinação da fase da infecção do indivíduo. O ELISA e a

Imunofluorescência Indireta são os métodos sorológicos mais empregados para a

detecção de anticorpos anti-T. gondii (CAMARGO, 1974).

Os ensaios imunoenzimáticos (enzyme linked immunosorbent assay – ELISA)

são atualmente os mais utilizados em sorologia para vários agentes infecciosos,

incluindo o T. gondii, em humanos, sendo a sensibilidade alta e sua realização pode ser

através de automação (SUKTHANA, 2006).

Por meio dos ensaios imunoenzimáticos, podem ser detectados anticorpos

específicos de diferentes isotipos (IgG, IgM, IgA e IgE) no soro ou em outras amostras

biológicas, como saliva, leite (colostro), líquor e líquido amniótico (REMINGTON et

al., 2004). Casos de toxoplasmose aguda podem ser identificados usando anticorpos

secundários específicos para o isotipo da cadeia pesada das diferentes classes de

imunoglobulina (IgM, IgA) que indicam infecção recente (DECOSTER, 1997).

Os métodos sorológicos ainda representam a base do diagnóstico e do controle

da toxoplasmose (MORRIS e CROXSON, 2004). A sorologia pode ser útil, mas sua

interpretação pode ser difícil, pois são baseados, na detecção de anticorpos do isotipo

IgG, o que indica somente o contato prévio ou a exposição ao parasita. Caso ocorra a

necessidade de confirmar uma infecção recente ou ativa por sorológia, é necessário a

demonstração de altos e crescentes títulos de anticorpos IgG específicos em amostras

pareadas de soro com intervalos de 2-4 semanas (DUBEY, 1987) ou demonstração de

anticorpos IgM específicos em uma única amostra de soro (CAMARGO et al., 1978).

A inoculação em camundongos para isolamento de T. gondii é considerada mais

sensível quando comparada com a cultura celular, porém necessita de um maior cuidado

com a dose inoculada, via de administração e virulência do parasito (DEROUIN et al.,

1987).

As técnicas moleculares têm grande utilidade para a identificação de agentes

infecciosos em tecidos e secreções de animais, possibilitando, em particular, a

identificação de RNA ou DNA específicos de organismos, informações estas que não

podem ser obtidas por meio dos testes imunológicos ou morfológicos (SINGH, 1997).

Page 33: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

31

A PCR tem sido uma importante ferramenta para a detecção e diferenciação de

parasitos. Tem sido amplamente difundida, pela sua alta sensibilidade e especificidade,

e por ter a capacidade de detectar o DNA dos parasitos em diferentes tecidos, em fezes e

fluidos corpóreos (SINGH, 1997; SLAPETA et al., 2002a; SLAPETA et al., 2002b;

SREEKUMAR et al., 2003b; SERRANO-MARTINEZ et al., 2007). A técnica de

biologia molecular, PCR, pode demonstrar a presença do parasito em tecidos e liquidos

corporaís como: liquido amniótico, liquor, sangue cordão umbilical, LCR, saliva, leite,

escarro, medula óssea, cortes de placenta, baço, fígado, músculo e linfonodos (GOMES,

2004)

O teste da Reação de Imunofluorescência Indireta (IFI) tem sido utilizado

amplamente para detecção de anticorpos anti-T. gondii em humanos e animais

utilizando um anticorpo espécie-especifico, microscópio para fluorescência e

treinamento técnico para leitura das lâminas (TETI et.al., 1981; VIDOTTO et al., 1990;

GARCIA et. al., 1999). O IFI é considerado padrão ouro mundialmente para o

diagnóstico da toxoplasmose animal (VIDOTTO et al., 1990; GARCIA et al., 1999).

A aglutinação modificada (MAT) é um teste que apresenta elevadas sensibilidade

e especificidade com grande praticidade, pois não necessita de equipamentos

sofisticados e não requer o emprego de um conjugado espécie-específico, podendo ser

utilizado em qualquer espécie animal. Ele tem sido utilizado para o diagnóstico

sorológico de T. gondii em diversas espécies animais e humanos (FENAUX et al., 2005;

SILVA et al., 2007; FORNAZARI et al., 2009; OKSANEN et al., 2009).

Outro teste é o Western blotting com elevadas sensibilidade e especificidade,

sendo particularmente útil na pesquisa de antígenos específicos de T. gondii e

N.caninum, podendo ser utilizado como exame diagnóstico, teste de imunização ou para

a identificação de proteínas dos agentes para a utilização em outros testes diagnósticos,

como os diferentes tipos de ELISAs (AGUADO-MARTINEZ et al., 2005; SILVA et

al., 2007; ANDREOTTI et al., 2009).

Page 34: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

32

4. PREVENÇÃO E CONTROLE

É de extrema importância à redução de oocistos T. gondii no ambiente, assim

risco de toxoplasmose pode ser reduzido (DUBEY, 2006). O controle desta parasitose

inclui medidas profiláticas que impeçam a disseminação de oocistos esporulados para

tanto deve ser proíbido acesso de gatos aos alimentos para animais, pois, a

contaminação de qualquer ingrediente contendo fezes de felinos com T. gondii

misturada a ração tem o potencial para disseminar rapidamente a infecção dentro de um

rebanho. Atenção também deve ser dada para garantir que a água não seja contaminada

com fezes dos felinos, evitando o acesso desses animais, principalmente filhotes em

propriedades. A água deve ser filtrada normalmente por sistemas municipais que

operam filtragem de água. Em países desenvolvidos utiliza-se a coagulação, floculação,

sedimentação antes da filtração (BETANCOURT e ROSE, 2004; HILL e DUBEY

(2002), recomendam que para o consumo de carne de qualquer animal um cozimento

por no mínimo oito minutos a 67ºC, e que as facas e mãos devem ser imediatamente

lavadas com sabão e água após manusear carne crua. Os cistos teciduais em carne

podem ser mortos por congelamento a uma temperatura de 13ºC por ao menos por oito

minutos. A infecção de animais de produção com T. gondii também tem implicações

para a saúde pública, pois o consumo de carne mal cozida infectada com o parasita pode

facilitar a transmissão zoonótica (BISSON et al., 2000; BUXTON et al., 2007; DUBEY,

2009a,b). O controle da eliminação de oocistos por gatos domésticos reduziria a

transmissão da infecção para seres humanos e animais, porém acabar com o ciclo

natural, mantido por felinos, é impraticável (FRENKEL, 1990).

Page 35: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

33

5. OBJETIVO GERAL

Investigação da resposta imune humoral e celular em caprinos infectados

experimentalmente com T. gondii, através da titulação de IgG espécifica e da dosagem de

IFN-gama em cultura de células com e sem estímulo antigênico respectivamente.

6. OBJETIVO ESPECÍFICO

1. Avaliar a cinética da resposta imune humoral através de títulos de IgG específica

para T. gondii.

2. Investigar a resposta imune celular através da dosagem de Interferon-gama em

sobrenadante de cultura de células de caprinos infectados e não infectados e de

demais animais controle com duas cepas do parasito.

3. Comparar as técnicas de ELISA e IFI na detecção de anticorpos IgG anti T. gondii

em caprinos.

Page 36: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

34

CAPITULO I

Avaliação da resposta imune em caprinos infectados experimentalmente por

Toxoplasma gondii

Francilene Silva Santos.1, Fernanda Washington de Mendonça Lima4 Geyana Dolores Nunes.1,

Joelma Nascimento de Souza.2, Neci Matos Soares3, , Luis Fernando Pita Gondim5, Ticianna

Conceição de Vasconcelos6, Eduardo Luiz Trindade Moreira7

ABSTRACT- Santos F.S., Nunes G.D., Souza J.N, Soares N.M., Mendonça – Lima

F.W., Gondim L.F.P, Vasconcelos T.C., Moreira L.T. [Response evaluation of

immune in goats experimentally infected with Toxoplasma gondii.] Avaliação da

resposta imune em caprinos infectados experimentalmente por Toxoplasma gondii.

pesquisa veterinária brasileira 00(0):00-00. setor de serviço de imunológia das doenças

infecciosas, universidade federal da bahia, campus de fármacia, Rua Barão de

Jeremoabo n.147, Ondina, Salvador-Bahia 40.170-115Brasil email:

[email protected]

Abstract - The present study aimed to investigate the immune response in goats

experimentally infected with two strains of T. gondii evaluating the kinetics of humoral

and cellular immune responses by dosagen specific serum IgG and IFN- concentration

in culture supernatant mononuclear cells of goats, respectively. Initially compared the

efficiency of indirect ELISA and indirect immunofluorescence (IIF) for the detection of

IgG antibodies against T. gondii in goats. Were tested 49 serum samples from young

goats, SRD, males and females, the pillar district Jaguarari-BA, to standardize ELISA.

By ELISA, they were found 30.6% (15/49) of seropositive goats, and 68% (34/49)

negative. Compared to the IFI, it found 40.8% (20/49) of positive animals and 58%

(29/49) negative. Considering the IFI as a reference test, the ELISA showed 70%

sensitivity and 96.5% specificity. Titrated by ELISA the levels of specific IgG

antibodies in sheep experimentally infected with two strains. 21 SRD goats were used,

an average of a year old, seronegative for toxoplasmosis, allocated in EBDA the

experimental station in Pilar, Jaguarari -BA. Divided in three groups, G1 (PBS); G2

(RH strain); G3 (TOX31 strain) at 0, 15, 30, 60, 90, 120 and 150 days after infection.

Page 37: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

35

Experimentally infected groups seroconverted on the 15th and specific IgG titers

continued to grow in the other assessments, reducing only on 120. The G1 did not

change significantly over time, while remaining negative throughout the experiment, the

G2 ( RH) strain had an increase in IgG levels greater than G3 (TOX31 strain). The RH

strain showed to be more immunogenic, inducing a response with the highest

concentration of IgG that TOX31. ELISA-IgG, standardized in this study, proved to be

efficient for the diagnosis of toxoplasmosis with a moderate positive correlation with

IFI-IgG test. The total lysate antigen of T. gondii 1 and 2, concentrations of 1 ug and 2

ug respectively induced a high production of IFN- in infected animals, the antigen

being statistically significant 1 and 2, both antigens induced more production of this

low- cytokine in uninfected animals. The animals infected with the RH strain produced

a cell response with higher concentrations of IFN- that TOX31 directly proportional to

the serum IgG levels obtained in the immune response against the HR strain and

TOX31, respectively. Histopathological study of the submandibular lymph nodes of

animals infected with T. gondii had mild follicular lymphoid hyperplasia and

subcapsular hemorrhage, which coincided with the serological results.

Keywords: Cytokines, Antibodies, Experimental infectiou, Toxoplasma gondii, Goat.

Page 38: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

36

Resumo - O presente trabalho visou a investigação da resposta imune em caprinos

infectados experimentalmente com duas cepas de T. gondii, avaliando a cinética das

respostas imunes humoral e celular através da dosagen de IgG específica no soro e da

concentração de INF- em sobrenadante de cultura de células mononucleares de

caprinos, respectivamente. Inicialmente comparou-se a eficiência dos métodos de

ELISA indireto e Imunofluorescência Indireta (IFI) para detecção de anticorpos IgG

contra T. gondii em caprinos. Testaram-se amostras de soros de 49 caprinos jovens,

SRD, machos e fêmeas, no distrito de Pilar, Jaguarari-BA, para a padronização do

ELISA. Através do ELISA, foram encontrados 30,6% (15/49) de caprinos

soropositivos, e 68% (34/49) de negativos. Na comparação com o IFI, foi encontrado

40,8% (20/49) de animais soropositivos e 58% (29/49) negativos. Considerando a IFI

como teste de referência, o ELISA apresentou 70% de sensibilidade e 96,5% de

especificidade. Através do ELISA titulou-se os níveis de anticorpos IgG específica em

caprinos infectados experimentalmente com duas cepas do parasita. Foram utilizados 21

caprinos SRD, média de um ano de idade, soronegativos para toxoplasmose, alocados

na estação experimental da EBDA em Pilar, Jaguarari –BA. Divididos em três grupos,

G1 (PBS); G2 (cepa RH); G3 (cepa TOX31) nos tempos 0, 15, 30, 60, 90, 120 e 150

dias após a infecção. Os grupos infectados experimentalmente apresentaram

soroconversão no dia 15 e os títulos de IgG específica continuaram crescendo nas

demais avaliações, reduzindo somente no dia 120. O G1 não apresentou alterações

significativas ao longo do tempo, mantendo-se negativo durante todo o experimento, o

G2 (cepa RH) obteve aumento nos níveis de IgG maior que o G3 (cepa TOX31). A cepa

RH apresentou-se mais imunogênica, induzindo uma resposta com maior concentração

de IgG que a TOX31. ELISA-IgG, padronizado neste trabalho, mostrou-se eficiente

para diagnóstico de toxoplasmose apresentando forte correlação com o teste de IFI-IgG.

O antígeno do lisado total de T. gondii 1 e 2, concentrações 1 μg e 2 μg

respectivamente, induziram uma produção elevada de IFN- em animais infectados,

sendo estatisticamente significante o antigeno 1 e 2, mais ambos os antigenos induziram

baixa produção dessa citocina em animais não infectados. Os animais infectados com a

cepa RH produziram uma resposta celular com maiores concentrações de IFN- que a

TOX31 diretamente proporcionais aos níveis séricos de IgG obtidos da resposta

imunológica frente as cepas RH e TOX31, respectivamente. O estudo histopatológico

Page 39: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

37

dos linfonodos submandibulares dos animais infectados com T. gondii apresentaram

hiperplasia linfóide folicular discreta e hemorragia subcapsular, que coincidiu com os

resultados sorológicos.

Palavras-Chave: Citocinas, Anticorpos, Infecção experimental, Toxoplasma gondii,

Caprino.

INTRODUÇÃO

A toxoplasmose é uma zoonose importante tanto para medicina humana quanto

veterinária (BUXTON, 1990). A doença é causada por um protozoário coccídio

intracelular obrigatório, T. gondii que infecta seres humanos e muitos animais de sangue

quente, induzindo ao aborto e mortalidade neonatal em caprinos e ovinos (DUBEY e

BEATTIE, 1988).

O protozoário coccídeo Toxoplasma gondii constitui uma das principais causas

de aborto por infecção em caprinos. Além disso, a ingestão de carne e leite de animais

infectados é uma forma de transmissão de toxoplasmose para o homem (TENTER et al.,

2000; DAVIDSON, 2000).

O T. gondii é dividido em dois grupos de cepas, as dominantes, exemplo, cepa

RH com genótipos já identificados e as exóticas ou atípicas entre elas a cepa TOX31

com genótipo diferente das cepas dominantes (VILLENA et al., 2004; SU et al., 2012;

GONÇALVES et al., 2012). Frenkel et al. (1969) descrevem que a cepa RH é mais

utilizada em laboratórios de pesquisa no mundo. É conhecida pela sua alta virulência e

incapacidade de produzir cistos e oocistos em felinos (KAUFFMAN et al., 1958;

SABIN, 1941 ).

A cepa TOX31 é uma cepa ainda não genotipada encontrada em tecidos de

galinhas soropositivas para T.gondii. As amostras foram processadas e inoculadas

camundongos que soroconverteram e foram sacrificados para o isolamento “in vitro”

confirmando ser T. gondii por PCR espécie específico (GONÇALVES et al., 2012).

Métodos de diagnóstico imunológicos e moleculares tem sido utilizados para a

detecção da infecção por T. gondii; deles, os métodos sorológicos como teste de

hemoaglutinação indireta (HAI), teste de aglutinação em látex, imunofluorescência

Page 40: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

38

indireta (IFI), ensaio imunoenzimático (ELISA) são mais comumente usados (

BEGHETTO et. al., 2006; MONTOYA et. al., 2002; REMINGTON et al., 2004). Van

der Puije et. al. (2000) analisaram e relatou que as técnicas sorológicas IFI e ELISA tem

sido amplamente utilizada para detectar rebanhos contaminados por toxoplasma,

incluindo suínos e ovelhas.

Os casos de toxoplasmose aguda podem ser identificados usando marcadores

sorológicos (IgM, IgA) que indicam uma infecção recente (DECOSTER, 1997). Tanto

em humanos como em caprinos, a ferramenta mais utilizada para estabelecer o

diagnóstico sorológico da infecção recente é através da avaliação da avidez de IgG

específica. Recentemente, Medeiros e colaboradores no estudo realizado com rebanhos

caprinos leiteiros de diferentes regiões do Rio Grande do Norte, descreveram que cerca

de 15% dos animais tinham infecção aguda, sendo os demais portadores da infecção

crônica (MEDEIROS, et. al., 2014). Um diagnóstico sorológico adequado da

toxoplasmose é uma ferramenta importante para adoção de medidas sanitárias nos

rebanhos (CONDE et al., 2001).

Há poucas informações disponíveis sobre a resposta imune de algumas espécies

domésticas à infecção por T. gondii, como por exemplo em cabras. As descobertas dos

mecanismos imunes realizadas em uma espécie não podem, necessariamente ser

extrapoladas para outras, por que tanto a resposta humoral quanto a celular podem ser

afetadas por alguns fatores inerentes à espécie (CONDE et al., 2001; DUBEY E

JONES, 2008)

Nos anos 80, o IFN-γ foi identificado como o principal mediador de proteção

contra a infecção pelo T. Gondii, produzido por células T CD4 + e pelas células T CD8

+. Os linfócitos citotóxico CD8+ quando ativadas matam as células hospedeiras

infectadas com o parasita, ao passo que células CD4+ regulam a resposta imune ao T.

gondii (GADDI e YAP, 2007). Embora as células da imunidade inata mediada por IFN-

ɤ seja importante para o controle da infecção, essas células incluindo neutrófilos,

monócitos e células dendríticas, também podem servir como veículos para a

disseminação sistêmica do parasito no início da infecção (WALWYN et al., 2015).

Experimentos “in vivo “ confirmam o papel crucial do IFN- na inibição da proliferação

de parasitas (SUZUKY et al., 1988).

Page 41: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

39

Investigar a resposta imune contra o T. gondii é importante para compreensão da

fisiopatogenia da doença e também para o desenvolvimento de estratégias de controle

imunoprofilático. Assim como também para fornecer subsídios para a formulação de

propostas em investigação farmacológicas, como o desenvolvimento de vacinas e

medicamentos, tanto no uso profilático quanto terapêutica.

MATERIAL E MÉTODOS

Animais e protocolo experimental

Foram selecionados 21 animais, todos sadios e com sorologia negativa em

duplicata no ELISA para T. gondii. A ausência de anticorpos contra T. gondii foi

avaliada através de ELISA Indireto padronizado e confirmada através de Imuno

fluorescência indireta (IFI), considerada padrão ouro para o diagnóstico sorológico da

toxoplasmose (DUBEY, 1990; FRENKEL, 1997).

Todos os animais foram examinados clinicamente antes e após a solução do

inóculo administrado por via intravenosa de 1mL (105 de taquizoítos) para infecção

experimental. Coletaram-se amostras de 6mL sangue periférico através da punção da

veia jugular dos caprinos no momento zero (antes da inoculação de T. gondii) e aos 15,

30, 60, 90, 120 e 150 dias pós-inoculação (p.i). De cada animal coletou-se sangue em

dois tubos: um sem anticoagulante para obtenção do soro e outro tubo contendo

heparina para sangue total. O soro foi utilizado para a dosagem de anticorpos e o sangue

heparinizado para a cultura de células mononucleares do sangue periferico e posterior

dosagem de IFN-gama no sobrenadante de cultura (MEYER et. a., 2005). Após a última

coleta, de sangue dois animais foram eutanasiados para obtenção de amostras

biológicas. Foram coletados fragmentos de pulmão, língua, coração, músculo

esquelético, linfonodo, fígado, baço, cérebro, cerebelo e medula espinhal e enviadas

para pesquisa de histopatológico, conforme literatura (DUBEY, 1987; KANETO et al.,

1997).

Todos os procedimentos experimentais com os animais foram aprovados pelo

Comitê de Ética e Cuidados da Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia da

Universidade Federal da Bahia sob o protocolo n 26/2003.

Page 42: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

40

Cultivo de taquizoitos em celulas Vero para preparação do antigeno solúvel.

Os taquizoítos de Toxoplasma gondii, cepa RH, foram cultivados em

monocamadas de células Vero em meio RPMI com L-glutamina contendo 5% de soro

equino e antibiótico (penicilina e estreptomicina), em incubadora com 5% de CO2 a

37°C. Quando aproximadamente 80% das células estavam infectadas, os taquizoítos

foram removidos dos frascos, lavados com PBS e purificados através da passagem em

filtrosde 5µm. Os Taquizoítos inteiros foram utilizados na Reação de

Imunofluorescência Indireta. Para uso no ELISA, após a purificação mencionada

anteriormente, os taquizoítos foram lisados por meio de aparelho de ultra-som. Utilizou-

se freqüência de 40 Hertz, sendo cinco ciclos de um minuto cada, com pausa de um

minuto entre os ciclos, sempre em banho de gelo. A suspensão antigênica foi

centrifugada a 4.000 rpm, durante 30 minutos, à 4°C. Após a centrifugação, o

sobrenadante foi coletado, dosado a concentração proteica (LOWRY, 1951), e

armazenado a - 20°C, até o momento do uso. Cada solução com aproximadamente

25.000 taquizoítos por microlitro, rendeu 2mL de suspensão antigênica, contendo

200µg/mL de proteína total.

Reação de Imunofluorescência Indireta (IFI).

Lâminas de imunofluorescência foram previamente preparadas com taquizoítos

de T. gondii fixados. As amostras de soro foram diluídas em PBS na proporção 1:16,

sendo adicionados 10 µl da diluição em cada área da lâmina. Como controle negativo

utilizou-se soro de caprino antes da ingestão de colostro e como controle positivo o soro

de um caprino com título IFI (título 1:256).

Em seguida as lâminas foram incubadas em câmara úmida por 30 minutos, a 37

ºC. Transcorrido este tempo, foram lavadas duas vezes com PBS e secadas em estufa a

37ºC por cerca de cinco minutos. Diluiu-se o anticorpo de anti-IgG caprina conjugado

com FITC (isotiocianato de fluoresceína) (Sigma-Aldrich Co., St. Louis, MO-USA) na

proporção 1:50 e colocaram-se 10 µl em cada área de reação. Após nova incubação por

30 minutos seguiu-se a lavagem e secagem conforme descrito anteriormente.

Adicionou-se glicerina e a lâmina foi coberta com lamínula para leitura do resultado em

objetiva de 40x no microscópio de fluorescência. Foi considerada como reação positiva

Page 43: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

41

aquela onde mais de 50% dos taquizoitos apresentaram fluorescência esverdeada

periférica total. As amostras positivas foram posteriormente tituladas 1:16, 1:32, 1:64,

1:128 e 1:256. Também foi realizado paralelamente o teste de IFI com o parasito

Neospora caninum, para avaliar a possibilidade de reação cruzada com esta espécie.

Ensaio imunoenzimático (ELISA) para determinação do título de anticorpos IgG

anti-T. gondii.

Este ensaio foi baseado na metodologia de Carneiro (2006) com algumas

modificações realizadas após o seguinte ensaio piloto, sendo escolhidas as diluições

destacadas em negrito.

Quadro 1. Teste de diluições para confecção do ELISA.

Em seguida, foram utilizadas amostras de soro de 49 caprinos adultos e sem raça

definida, provenientes das cidades da Bahia de Curaçá, Sento Sé e Jaguarari. O

resultado deste ELISA foi comparado à IFI, para determinação do ponto de corte, da

sensibilidade e especificidade do teste. Placas de poliestireno com 96 poços foram

sensibilizadas com a solução antigênica (lisado total) de T. gondii na diluição de 10

µg/mL de proteína total (ou seja, foi colocado 1 µg por poço, diluído em 100 µL de

Antígeno 5μg/ml Antígeno 10μg/ml Descrição das amostras

Diluição 1:100

A 0,036 0,029 0,048 0,039

Branco

(só diluente = PBS+Tween+leite)

B 0,078 0,063 0,087 0,068

Controle Negativo

(Soro caprino pré-colostro)

C 0,727 0,402 1,110 0,608

Controle Positivo

(IFI positivo, título 1:256)

D 0,764 0,381 1,028 0,547

Controle Positivo

(IFI positivo, título 1:256)

E 0,457 0,281 0,645 0,299

Amostra C02

(IFI positivo 1:64)

F 0,522 0,193 0,689 0,347

Amostra C02

(IFI positivo 1:64)

G 0,085 0,071 0,108 0,083

Amostra G14

(IFI negativo)

H 0,076 0,068 0,098 0,084

Amostra G14

( IFI negativo)

Conjugado

1:5.000

Conjugado

1:10.000 Conjugado

1:5.000

Conjugado

1:10.000 Diluição do conjugado

Page 44: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

42

solução tamponada carbonato-bicarbonato Ph 9,6), durante 18 à 20 horas, em câmara

úmida e com temperatura entre 4 e 8ºC. Transcorrido este tempo, os poços foram

lavados cinco vezes com solução de PBS contendo 0,05% de Tween 20 (PBS-Tween).

O soro de cada caprino foi diluído na proporção de 1:100 em solução de PBS-

Tween contendo 0,25% de leite desnatado (PBS-Tween-Leite) e em seguida adicionou-

se 100 µL por poço dos soros diluídos. Cada amostra foi testada em duplicata na mesma

placa. Foram utilizados dois controles negativos, soro de caprino antes da ingestão de

colostro e soro de caprino negativo na IFI. Como controle positivo foi usada amostra de

caprino com sorologia positiva confirmada por IFI (título de 1:256), cedida pelo prof

Luís Fernando pita Gondim do Laboratório de Doenças Parasitariárias dos Animais-

UFBA. Realizou-se incubação durante uma hora em estufa a 37ºC, seguida de nova

lavagem com PBS-Tween.

Para revelar a reação antígeno anticorpo usou-se anticorpo de anti-Fc de

IgG caprina conjugado à peroxidase (Bethyl Laboratories, Inc., Montgomery, TX-

USA) diluído 1:5000 em solução de PBS-Tween-Leite. Foram adicionados 100 µL do

conjugado diluido em cada poço. Após 45 minutos a 37ºC, os poços foram lavados

cinco vezes, desta vez com molho de 30 segundos em cada lavagem. Acrescentaram-se

100 µL por poço da solução de cromógeno e substrato enzimático (0,02g de orto-

fenilenodiamina - OPD em 20mL de tampão citrato-fosfato pH 5,6 e 20 µL de H2O2).

Após 30 minutos em temperatura ambiente, ao abrigo da luz e, foram adicionado 50 µL

em cada poço de H2SO4 para finalizar a reação. A densidade óptica (D.O.) foi medida

em aparelho leitor de ELISA 492nm.

Infecção experimental

Preparação das cepas de T. gondii para inoculação.

Taquizoítos de T. gondii da cepas RH, denominada de incompleta, pois, não

produz cistos e oocistos (Frenkel et al., 1969) e cepa TOX 31 ainda não genotipada e

isolada em galinhas no laboratório das Parasitoses dos Animais (LDPA) da

Universidade Federal da Bahia (UFBA) foram cultivados em monocamadas de células

Vero em meio RPMI com L-glutamina contendo 5% de soro equino e antibióticos

(penicilina e estreptomicina), em estufa com 5% de CO2 a 37°C. Quando

aproximadamente 80% das células apresentavam-se infectadas, os taquizoítos eram

removidos dos frascos, lavados com PBS e semi-purificados através da passagem em

filtros de 5µm. Realizou-se a contagem do número de taquizoítos em câmara de

Page 45: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

43

Neubauer. Em seguida a suspensão de taquizoítos de cada cepa foi diluída de forma que

cada mililitro de PBS filtrado contivesse aproximadamente 100.000 (105) taquizoítos

(FRENKEL et al., 1969)

Inoculação de T. gondii em caprinos.

Foram selecionados 21 animais, todos sadios e com sorologia negativa para T.

gondii. Os 21 animais selecionados foram distribuídos em três grupos de sete animais

cada: G1 no qual foi administrado apenas 0,85% PBS, G2 onde cada animal recebeu

aplicação endovenosa de 105 taquizoítos de T. gondii da cepa RH e G3 que recebeu 105

taquizoítos da cepa isolada TOX31. Os animais foram avaliados utilizando o ELISA

padronizado, em 7 momentos diferentes (0, 15, 30, 60, 90, 120, 150 dias após inoculo).

Determinação da concentração de IFN- γ em sobrenadante de cultura de células do

sangue periférico.

Esse ensaio foi realizado de acordo com a técnica desenvolvida por MEYER et

al. ( 2005) plaqueando sangue heparinizado dos animais de cada grupo em poços de

placas de cultivo celular (Costar®) de 24 poços. Um mililitro de sangue heparinizado de

cada animal foi colocado em cinco poços de placas de cultivo de 24 poços. No primeiro

poço, adicionou-se 10 µl PBS como controle negativo, no segundo utilizou-se do

mitógeno 10 µg Pokeweed como controle positivo, e nos poços seguintes três

concentrações do antígeno solúvel de T. gondii obtido conforme descrição anterior,

contendo 1, 2 e 3 µg de proteína / poço.

As placas foram incubadas por 48hs em estufa de CO² à 37°. Após este tempo, o

conteúdo de cada poço foi homogeneizado, colocado em microtubos e centrifugado. O

sobrenadante foi coletado, aliquotado e congelado à -20 °C até o momento da dosagem.

Os níveis de IFN-γ foram medidos através de Kit de ELISA comercial, desenvolvido

para caprinos (Catalogo E0049g - USCNLIFE), conforme orientações do fabricante.

Page 46: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

44

Exame histopatológico

No final do experimento, após a avaliação dos níveis de anticorpos anti T.

gondii, um animal do grupo G2 e do G3, foram eutanasiado para pesquisa do paraisto

nos tecidos. Após avaliação macroscópica foram colhidos fragmentos de pulmão,

língua, coração, musculo esquelético, linfonodo, fígado, baço, cerebro, cerebelo, medula

espinhal e enviados para avaliação microscópica. Para análise histopatológica os tecidos

foram fixados em formalina tamponada neutra a 10% à temperatura ambiente. Após

fixadas as amostras foram desidratadas através de soluções de alcool com diferentes

graduações antes de ser incorporadas em cera de parafina (PROPHET et al., 1992).

Secções de 4µm de espessura coradas pela técnica de Hematoxilina-Eosina (Luna,

1968), foram retiradas para análise posterior sendo examinadas por microscópio óptico

para detecção do parasita. (MORENO et al., 2012).

Análise estatística

Para a análise estatística da padronização do ELISA, dosagem de anticorpo IgG,

e de IFN-gama, os dados foram armazenados e calculados utilizando o programa

GraphPad Prism 6.01 (GraphPad Software, Inc, San Diego, Califórnia, EUA), As

comparações entre os grupos foi realizada utilizando one-way ANOVA e teste não-

parametrico KruskalWallis (GraphPad Prism 6.01). Foram consideradas diferenças

estatisticamente significantes quando o valor de p foi menor que 0,05. Todas as

probabilidades dos testes foram feitas para um nível de significância de 95%. A curva

ROC foi utilizada para avaliar a sensibilidade e especificidade do ELISA anti-T. gondii.

Resultados

Nas amostras avaliadas para padronização do ELISA Indireto neste trabalho

foram encontrados anticorpos para T. gondii em 30,6% (15/49) de caprinos

soropositivos, e 68% (34/49) de negativos. Na comparação com o IFI, foi encontrado

40,8% (20/49) de animais soropositivos e 58% (29/49) de negativos (tabela 1).

Page 47: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

45

Tabela 1. Comparação do desempenho entre as técnicas ELISA e IFI na sorologia para

toxoplasmose através da detecção de IgG em amostras de 49 caprinos.

ELISA para

IgG

IFI Total

Positivo Negativo

Positivo 14 1 15

Negativo 6 28 34

Total 20 29 49

Na Tabela 1 e Figura 1, vemos que 6 animais apresentam resultados abaixo do

ponto de corte do ELISA. Já as amostras negativas pela IFI dos 29 pontos (cada ponto é

representado por um animal testado). Só um ponto está acima da linha. Já o valor da

sensibilidade não foi tão alto, pois, o ELISA falhou em identificar os seis pontos (seis

animais) com positivos. Significa que o ELISA só falhou em uma amostra, que deveria

ser negativa. Sendo uma falha pequena, por isso a especificidade deu elevada.

Figura 1- Níveis séricos de IgG anti- T. gondii detectados no ELISA. Reações de 49

soros diluídos 1:100 com 20 soros de animais positivos ( ) e 29 soros de animais

negativos (■).

Para calcular a sensibilidade e a especificidade para o teste de ELISA

padronizado, foi considerado como ponto de corte DO= 0,1495. Utilizando a IFI como

teste de referência, o ELISA apresentou 70% de sensibilidade e 96,5% de especificidade

Page 48: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

46

(Figura 1 e 2). A definição do ponto de corte foi feita através da curva ROC obtida na

padronização do ELISA. A área calculada sob a curva (AUC) foi de 0, 90 (Figura 2).

Figura 2- Curva ROC obtida na padronização da técnica de ELISA para detecção de

IgG anti-T.gondii.

Os pontos destacados representam os pontos de corte utilizados para o cálculo da

sensibilidade e da especificidade. O ponto de corte para o ELISA foi definido

considerando a melhor otimização possível dos valores de sensibilidade e especificidade

do teste. Os cálculos da sensibilidade e especificidade foram feitos usando-se os

resultados do ELISA obtidos a partir dos 49 soros testados utilizando a IFI como padrão

ouro. No teste ELISA padronizado para o ponto de corte (0,1495) apresentou 70% de

sensibilidade e 96,5% de especificidade.

Foi realizado o teste de IFI para Neospora, para descartar a possibilidade de

reação cruzada com T. gondii, não sendo encontrando animal positivo no experimento.

Após a padronização da técnica foi avaliado o desenvolvimento da resposta

imune através dos títulos de IgG em caprinos infectados experimentalmente com duas

cepas distintas do T. gondii (Figura 3).

Page 49: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

47

Figura 3- Níveis séricos de IgG anti-T. gondii em caprinos infectados

experimentalmente com (105) taquizoítos por via endovenosa . G1 (controle); G2 (Cepa

RH); G3 (cepa TOX 31).

DO

(4

92

- 6

30

nm

)

D0

D15

D30

D60

D90

D120

D150

0 .0

0 .5

1 .0

1 .5

2 .0

2 .5

C N

RH

T O X 31

*

*

**

#

* D ife re n ç a s ig n if ic a t iv a e m re la ç ã o a D 0 (p < 0 ,0 5 )

# D ife re n ç a s ig n if ic a t iv a e n tre D 1 5 e D 6 0 (p < 0 ,0 5 )

D ife re n ç a s ig n if ic a t iv a e n tre g ru p o s C N e R H (p < 0 ,0 5 )

*

*

As concentrações de INF- gama obtida nos diferentes momentos após a infecção

está descritas na Figura 4. A figura (4 A) representa o controle negativo, onde a

estimulação foi feita utlizando apenas o PBS. Observa-se uma variação do valor da

concentração ao longo dos dias pós-infecção, sendo que o valor máximo ocorre no dia

15, onde o grupo inoculado com TOX31 apresentou uma média de 85,9 pg/ml.

Na Figura (4 B) está demonstrado o controle positivo, onde as células foram

estimuladas com Pokeweed, similarmente observa-se um pico no dia 15, no entanto não

observou-se uma diferença entre os grupos.

Nas figuras 4C, 4D e 4E está demonstradas as células estimuladas com o

Antígeno lisado total de T. gondii (Ag) 1, Ag 2 e Ag 3µg/ml respectivamente. Foi

demonstrado que em todos os casos houve um pico de produção de INF-gama no dia

15, sendo que houve uma diferença estatisticamente significativa entre os grupos

inoculados com as cepas RH e TOX 31 utilizando os antígenos 1 e 2 µg.

Page 50: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

48

Figura 4- Dosagem de INF-gama (pg/mL ± desvio padrão) em sobrenadante de cultura

de sangue periférico total através do ELISA. Nível de IFN-y no sobrenadante de sangue

periférico total de três grupos de cabras cada um com 7 animais (controle negativo,

inoculado com RH e inoculado com TOX31) estimulados com: (A) PBS (10 µl); (B)

pokweed (10 µg/ml); (C) antígeno 1 (1 µg/ml); (D) antígeno 2 (2 µg/ml); (E) antígeno

3 (3 µg/ml).

No antígeno 1, no grupo inoculado com RH a média foi de 386,1 (SD 319,6)

pg/ml, já no grupo inoculado com TOX 31 e o controle negativo foi observado uma

concentração de 107,8 (SD 97,6) pg/mL e 100,4 (SD 135) pg/m, respectivamente. Esta

diferença foi estatisticamente significante (p<0,05).

O mesmo foi observado quando o mesmo grupo foi estimulado com o antigeno 2

(Figura 4). No entanto, não foi observada diferenças significativas nas concentrações de

IFN-gama dos grupos utilizando como estimulante o antígeno 3. Ademais foi observado

Page 51: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

49

que ao longo dos dias, independentemete do antígeno usado para estimulação, houve

uma queda na produção de INF-gama. Essa queda foi acentuada, em todos os casos,

sendo que entre os dias 30 e 60, houve diferença estatisticamente significante (p<0,05).

A análise histopatológica de tecidos de dois animais eutanásiados, positivos no

ELISA com D.Os 1,467 e 1,859 não apresentaram alterações aparentes, exceto os

linfonodos submandibulares, os quais mostraram discreto aumento de volume.

A análise microscópica revelou, em ambos os animais, discreta a moderada

hiperplasia linfocítica folicular linfonodal (Fig.5 A e B) e intensa hiperplasia do tecido

linfoide peribronquial focal (BALT) com invasão da lâmina própria da mucosa

bronquial, naquele exposto à cepa RH (Fig.6). O animal inoculado com a cepa TOX31

apresentou discreto infiltrado inflamatório linfocítico focal na musculatura cardíaca com

dissociação de fibrocélulas (Fig. 7).

O exame histopatológico dos demais órgãos, não evidenciou processos reativos ou

alterações significativas

Figura 5A -Linfonodo submandibular de animal inoculado com a cepa RH. Moderada

hiperplasia linfoide folicular com centros germinativos ativos (setas). H-E. 10x.

Page 52: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

50

Figura 5B -Linfonodo submandibular de animal inoculado com a cepa TOX31.

Discreta hiperplasia linfoide folicular com centros germinativos ativos (setas). H-E.

10x.

Figura 6. Pulmão. Animal inoculado com a cepa RH. Intensa hiperplasia linfocítica

focal (BALT) com invasão da lâmina própria. H-E. 10x.

Page 53: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

51

Figura 7. Coração. Animal inoculado com a cepa TX31. Miocardite linfocitária focal

aguda. H-E. 40x.

Discussão

O diagnóstico laboratorial da toxoplasmose ainda é realizado com base na

identificação e semi-quantificação de anticorpos específicos através da sorologia

(CARNEIRO, 1996). Segundo DUBEY (1990) e FRENKEL, (1997) o teste de IFI é

altamente específico e sensível, é quantitativo, pode ser automatizado e tem baixo custo

(DUBEY et al., 1995). Sendo assim, no trabalho foi possível padronizar uma técnica de

ELISA que apresentou uma sensibilidade relativa de 70%, porém uma especificidade

maior de 96%, podendo detectar os verdadeiramente negativos.

Foi encontrado maior número de animais soropositivos através da IFI do que

pelo ELISA. Ao compará-los, a especificidade do ELISA foi elevada, significando que

este teste apresenta boa capacidade para detectar os verdadeiros negativos, isto é, para

diagnosticar corretamente os sadios. Já a sensibilidade capacidade do teste em detectar

os animais verdadeiramente positivos - não foi tão alta, mostrando que o ELISA foi

mais propenso a fornecer resultados falso-negativos. Sendo sua utilização como um

método de triagem.

Desta forma o ensaio imunoenzimático, ELISA indireto, padronizado para

detectar IgG específica para T. gondii pode demonstrar que quanto maior a

especificidade de um teste, maior a capacidade do animal positivo indicar a doença, pois

Page 54: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

52

diminui a probabilidade de falso positivo (GREINER e GARDNER, 2000). Este

resultado se mostra o inverso apresentado por Uchôa et al (1999) padronizaram um

ensaio imunoenzimático para pesquisa de anticorpos das classes IgM e IgG anti-

Toxoplasma gondii e compararam com a técnica de IFI em humanos. O ELISA

apresentou sensibilidade de 96,7% e especificidade de 75%.

Santos (2013) testando ovinos padronizou dois ensaios imunoenzimáticos,

utilizando a cepa RH e tendo como padrão ouro a IFI. Para o ELISA utilizou

glicoconjugados (GlyC) da superfície parasita (ELISA-LA) o qual apresentou

sensibilidade de 30% e especificidade de 94%. A técnica de ELISA utilizando lisado

antigênico total (ELISA-LA) apresentou sensibilidade100% e 96% de especificidade.

Verhelst et al., (2014), examinaram 3.170 amostras de soro de ovelhas para o anti-IgG

de Toxoplasma utilizando lisado total de antígeno para o ensaio adsorvente ligado à

enzima (ELISA) e compararam com outra técnica sorologia IFI, embora não tenhamos

encontrado 100% de concordância entre os dois testes, a literatura menciona estimativa

entre 90,1% e 97,8% para a sensibilidade e entre 85,9% e 96,4% para a especificidade

do ELISA (OPSTEEGH et al., 2010; SHAAPAN et al., 2008). A diferença entre os

resultados obtidos pela técnica de ELISA não é absoluta e sugere que estas diferenças

sejam devidas ao uso de diferentes antígenos utilizado. (VAN KNAPEN, 1984).

Significando que as diferenças entre os resultados obtidos pela técnica de ELISA

para sensibilidade e especificidade variam entre as diversas metodologias utilizadas,

assim como procedência do antígeno empregado no ensaio podendo ser de primeira,

segunda ou de terceira geração (SHAAPAN et al., 2008). Diversos estudos têm

comparado técnicas sorológicas de IFI e ELISA empregadas no diagnóstico da

toxoplasmose com grande eficiência (CAMARGO, 1995; SÁNCHEZ et al., 1985).

A definição do ponto corte foi feita através da curva ROC (receiver operator

characteristic) ou curva operacional relativa. A analise da curva ROC pode ser usada

tanto para examinar o desempenho de um teste diagnóstico quanto os possíveis valores

de ponto de corte, como para comparar diferentes testes diagnósticos a fim de escolher o

melhor. De acordo com gráfico descrito pela curva ROC, quanto maior a área definida

pela curva, ou seja, quanto mais próximo de 1 melhor será o teste (GREINER et al.,

1995 e KABA et al., 2001). No experimento o ponto de corte foi de 0,1495 e a área

sobre a curva UAC=0,90 demonstrando a validade do teste.

Page 55: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

53

A soropositividade em caprinos e ovinos, com altos ou baixos títulos de

anticorpos anti-T. gondii foram registradas em vários países do mundo, e a variabilidade

entre os estudos pode ser explicada pela variação na sensibilidade e especificidade entre

as técnicas utilizadas (GHONEIM et al., 2010; SHAHIDUZZAMAN et al., 2011;

TZANIDAKIS et al., 2012).

Sendo assim, a técnica ficou padronizada em 1µg proteína total de antígeno para

sensibilização do poço, soro na diluição de 1:100 e conjugado em 1:5000, por estes

valores permitira melhor discriminação entre os resultados dos soros positivos e

negativos.

É importante contar com mais de um modelo para testar imunógenos, pois

diferentes espécies animais têm respostas imunes divergentes ao mesmo imunógeno

(GUPTA e SIBER, 1995). Poucos países no mundo monitoram regularmente

toxoplasmose em hospedeiros diferentes, incluindo seres humanos e em particular

animais, há poucas informações disponíveis sobre algumas espécies domesticas como

caprinos (TENTER et al., 2000).

Conde et al (2001) analisaram por ELISA Indireto e Western-blot (WB) a

resposta de IgG em caprinos experimentalmente infectados com taquizoítos por via

cutânea da cepa RH. Verificaram que anticorpos IgG foram detectados 14º dias p.i,

atingindo um pico no dia 35° p.i. mostram pequenas flutuações até o final do

experimento com 91 dias p.i.

Em outro trabalho, Vitor et al. (1999) estudaram soro de cinco cabras inoculadas

com a cepa C4 via subcutâneo de T. gondii pelas técnicas de Hemaglutinação Indireta,

Western blot, anticorpos foram detectados pelos ELISA 12° dia p.i, atingindo seu pico

entre os dias 19º e 62º persistindo durante o experimento.

Os resultados deste estudo corroboraram com os descritos por outros autores que

demonstraram que anticorpos IgG aparecem de 1 a 2 semanas após a infecção e

alcançam títulos altos 1:1000 em 6 a 8 semanas e depois caem lentamente e

permanecem baixos por toda a vida (LARSSON, 1989; MACEDO, 1994). Em ovinos

após infecção oral com oocistos foi verificada no 14° dia p.i (BLEWETT et al., 1983;

McCOLGAN et al., 1988; ESTEBAN-REDONDO e INNES, 1998).

D' ANGELINO e ISHIZUKA (1986) Através da técnica de IFI para IgG

específica, demonstrou anticorpos para os antígenos de superfície do T. gondii mais

Page 56: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

54

precocemente que pela HAI. Observaram que quando testados por IFI os títulos

aumentam ao redor do 8° a 10° dia após a infecção e pela HAI, pós o 14° dia.

Santana et al., (2010) estudaram caprinos machos, em idade reprodutiva,

sorologicamente negativos para Toxoplasma gondii foram distribuídos em três grupos

de animais: GI (n = 2) controle (placebo), GII (n = 2) - infectado com 1 × 106

taquizoítos (cepa RH) e GIII (n = 2) infectado com 2 × 105 oocistos (cepa P). A

infecção por Toxoplasma induziu uma resposta imunitária rápida em cabras com

anticorpo anti-IgG detectado por IFI desde o dia 11 pi. Um início de resposta humoral

também foi detectado por Nishi et al. (2001) sobre dia 10 pi, demonstrada através de IFI

(anti-IgG) como teste.

Verhelst et al., (2014) observaram que em ovelhas infecdas com T. gondii por

via oral, os níveis de anticorpos IgG específicos aumentarem nos primeiros dias pós-

infecção (7, 8, 10 e 15 dpi). Este resultado está de acordo ao encontrado por McColgan

et al., 1987. Desta forma, pode-se observar que animais da mesma espécie e idade,

infectados com o mesmo parasito e com a mesma quantidade de inoculo, apresentaram

um aumento do nível de anticorpos IgG anti-T. gondii nos primeiros dpi, no entanto, em

tempos diferentes. Neste trabalho, o aumento ds níveis de anticorpos específicos

ocorreu no 15º dpi.

Este estudo analisou a síntese de interferon-gama, em caprinos infectados

experimentalmente com taquizoítos de T. gondii da cepa RH e TOX31 por via

intravenosa Na dosagem de INF-gama o controle negativo demonstrou uma variação no

valor da concentração ao longo dos dias pós-infecção, sendo que o valor máximo

ocorreu no dia 15 no grupo inoculado com RH e TOX31. No controle positivo

similarmente observou-se um pico no dia 15, no entanto não observou-se uma diferença

entre os grupos.

Nas células estimuladas com o Antígeno Ag 1, Ag 2 e Ag 3 demonstrou um pico

de produção de INF-gama no dia 15, sendo que houve uma diferença estatisticamente

significativa entre os grupos inoculados com as cepas RH e TOX 31 utilizando os

antígenos 1 e 2. Ademais foi observado que ao longo dos dias, independentemete do

antígeno usado para estimulação, houve uma queda na produção de INF-y. Essa queda

foi acentuada, em todos os casos, sendo que entre os dias 30 e 60, houve diferença

estatisticamente significante (p<0,05).

Page 57: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

55

A importância econômica da doença e pela falta de conhecimento sobre sua

patogenia imune levou-nos a realizar pesquisas para entender melhor a relação

patógeno-hospedeiro. Miller et al., 2009 relata a importância da produção de IFN-gama

no controle da infecção aguda e crônica pelo T. gondi enfatiza que IFN-gama é

necessário para o controle de ambas infecção aguda e crônica com T. gondii. (Aliberti,

2005) observou que camundongos infectados com T. gondii, que não produz de IFN-

gama leva ao aumento da susceptibilidade à infecção aguda com mortes dos

camundongos devido proliferação esmagadora de taquizoítos do parasita (Gazzinelli et

al., 1994). O IFN-gama desempenha um papel na condução da fase de taquizoítos

encontrado em infecção aguda e para bradizoítos fase encontrado em infecção crônica

(Bohne et al., 1993). Além disso, o IFN-gama suprime conversão de bradizoítos em

taquizoítos durante a infecção crônica (JONES et al., 1986). Estudos anteriores em

camundongos demonstraram que a IL-12 é essencial para induzir a produção de IFN-

gama e proteção contra T. gondii. De fato, em IL-12p35 / p40 em camundongos

knockout, altera os níveis de IFN-gama estes foram severamente diminuídas e

Toxoplasmas gondii na fase de taquizoítos replicaram descontroladamente

desencadeando morte precoce dos camundongos causada por deficiência da IL-12

(SCHARTON-KERSTEN et al., 1996; VOSSENKAMPER et al., 2004). Por outro lado,

a administração de anticorpos anti-IFN-gama aos camundongos crônicamente

infectados observa uma rápida reativação da infecção e mortalidade subseqüente de

hospedeiros infectados (YAP E SHER, 1999). A infecção com Toxoplasma gondii

provoca a indução de uma imunidade mediada por células forte caracterizada por uma

resposta Th1 altamente polarizada, o que pode proteger contra a alergia (DHGONSKA),

2014.

No presente estudo, a produção de interferon-gama foi utilizado para avaliar a

resposta celular. Os grupos infectados experimentalmente apresentaram aumento dos

níveis de IFN-gama no dia 15º p.i, coincidindo com o aumento dos títulos de IgG

específica, porém após o décimo 15 dia suas concentrações declinaram ao contrário do

níveis séricos de IgG que continuaram crescendo nas demais avaliações, reduzindo

somente no dia 120° p.i. O G1 não apresentou alterações significativas ao longo do

tempo, e G2 (cepa RH) obteve aumento nos níveis de IFN-gama maior que o G3 (cepa

TOX31). Comparando o desenvolvimento da resposta imune de IgG podemos observar

Page 58: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

56

que a cepa TOX 31 estimula menos a resposta imune do hospedeiro, ou seja, a cepa RH

deste parasita é mais imunogênica, induzindo a produção de maior concentração de

IFN-gama do que a cepa TOX31 em concordância com níveis de IgG.

Os resultados demonstram uma diferença significativa na capacidade entre duas

concentrações de antígeno para induzir uma resposta celular “in vitro”. Isto é, a

produção de IFN-gama foi elevada com células provenientes de animais infectados em

resposta ao antígeno com 1 e 2 µg, mostrado uma diferença significativa nas respostas

entre as duas concentrações de antígenos. O IFN-gama foi maior nos animais

infectados em resposta para o antígeno com 1 e 2, e baixa nos animais não infectados ou

seja, a diferença entre os resultados obtidos com diferentes concentrações de antígeno

revela padrões diferentes de capacidade de resposta imunológica. Verhelst et al.,( 2015)

estudaram ovelhas infectadas oralmente com 3000 cistos de tecido de T. gondii,

avaliando a resposta celular, observou que o aumento de IFN-gama ocorreu nas duas

semanas p.i. Estes experimentos são justificados por (Verhelst et al., 2014), relatando

que as respostas celulares ocorrer primeiro com interferão-gama (IFN-gama) atingindo

o pico em linfonodos mesentéricos e esplenocitos 4 dias após a infecção. Um segundo

pico ocorre 1-3 semanas mais tarde e é provavelmente devido a resposta de células T.

Em ovelhas, durante a fase aguda da infecção (4 dias pi), estudou-se as

quantidades de IFN-gama nos sobrenadantes produzidos seguintes reestimulação de

células mononucleares a partir de sangue, do baço, do duodeno, do jejuno e nódulos

linfáticos mesentéricos ileal, gânglios linfáticos poplíteos e a partir do duodeno, jejuno e

íleo remendos de Peyer com diferentes antigénios de T. gondii. Observou-se um

aumento precoce em IFN-gama, especialmente nos linfócitos dos nódulos linfáticos

mesentéricos, seguido por uma diminuição e um segundo aumento de 2-3 semanas pi

(Verhelst et ai., 2014).

A vacina viva (Toxovax1) é uma vacina desenvolvida para ovelhas, após a

inoculação subcutânea, taquizoítos S48 de T. gondii, vivos crescidas de cultura de

células realizadas passagem repetida em camundongos, durante muitos anos, a cepa

acabou perdendo sua capacidade de formar cistos teciduais (O'Connell et al, 1988;.

Wilkins et al., 1988;. Wilkins e O'Connell, 1992. Os taquizoítos são controlados pela

resposta imune do hospedeiro em 10 dias p.i (WILKINS e O'CONNELL, 1992,

BUXTON et al., 1991, 1993b, 1994). Corroborando com o presente trabalho que utiliza

Page 59: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

57

taquizoítos vivo em caprinos da cepa RH e TOX31 por via intravenosa são controlados

pelo sistema imune. IFN-gama produzido no ínicio da infecção é provavelmente crucial

para induzir resistência contra o parasita (BHOPALE, 2003; GAZZINELLI et al.,

1994).

Sabe-se que o sistema imunológico humoral e celular trabalham suas respostas

juntas contra T. gondii. Sustentando que a imunidade mediada T helper 1 (Th1),

caracterizada por a produção de IFN-gama por linfócitos T CD4 + e CD8 +, é crucial na

prevenção contra o T. gondii (DENKERS, 1999; GAZZINELLI et al., 1993). Ovelhas

infectadas experimentalmente após a inoculação por via oral com 500 oocistos

esporulados de T. gondii da cepa M4, teve produção de IFN-gama analisados no

sobrenadante de polimorfonucleares e encontram-se aumentados, porém as ovelhas que

abortaram teve aumento significativo no dia 5 p.i.comparando com o grupo controle.

CASTAÑO et al., (2014). No entanto, o IFN-gama dosado no sobrenadante de

poliformonucleares de ovelhas infectadas com oocistos de T. gondii foi observado uma

resposta cerca de 10 dias p.i, corroborando com o presente estudo, apesar da diferença

de espécies relacionadas ou devido à infecção com diferentes cepas. No entanto, ambas

as espécies ovelhas e caprinos mostraram uma resposta de IFN-gama nas primeiras

semanas de infecção (VERHELST et al., 2015). O sucesso da infecção ou do combate

ao parasito está entre a resposta imune do hospedeiro e os mecanismos de evasão

utilizados pelas diferentes cepas de T. gondii (MILLER et al., 2009; MELO et al.,

2011).

Em concordância com nosso trabalho, Berengo et al. (1969) e Cremers et al.

(1991) não encontraram Toxoplasma em esfregaços tecidos de ovinos e suínos,

enquanto Esteban-Redondo et al. (1999) relataram a dificuldade na detecção do parasita

em secções de tecido a partir de animais de produção, devido à baixa densidade de

microrganismos.

Conde et al. (2001) inocularam 2 x 106 taquizoítos de T. gondii cepa RH por via

subcutânea em 7 caprinos e após 91 dias quando foi realizado o exame histopatológico

foi observada processo inflamatório em linfonodos pré-escapulares e mesentéricos dos

animais infectado. Em um trabalho Dubey (1989) associou a morte a lesões fibro-

necróticas, necrose focal de linfonodos mesentéricos, sendo a gravidade do quadro

Page 60: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

58

proporcional ao tamanho do inoculo utilizado experimentalmente, não visto durante o

experimento.

Em trabalhos com cordeiros infectados naturalmente com T. gondii, os exames

histopatológicos demonstraram miosite não-purulenta com cistos teciduais de T. gondii

no coração e na musculatura esquelética, vasculite necrótica grave e necrose multifocal

no cérebro, fígado e pulmões (ATMACA et al., 2012). Durante o experimento não

foram encontrados cistos teciduais nos animais necropsiados, o que pode ser justificado

pelo pequeno número de animais eutanasiados (2 animais), sendo que um destes foi

inoculado com a cepa RH. Segundo Frenkel et al., (1969) a cepa RH é a mais

comumente utilizada em vários laboratórios de pesquisa no mundo. É conhecida pela

sua alta virulência (Kaufman et al., 1958), (Sabin, 1941) e incapacidade de produzir

cistos e oocistos. Em experimentos os órgãos onde são comumente encontrados cistos

em animais naturalmente infectados são: músculo esquelético, cérebro, coração,

diafragma, fígado, rins (DUBEY, 1987; KANETO et al., 1997). Os animais do

experimento mesmo quantificando alta DO não apresentavam sintomatologia clínica

corroborando com a literatura que já descreve que a presença de anticorpos anti-T.

gondii sem associação com problemas clínicos é um achado comum (BAHIA, 1993;

MACHADO e LIMA, 1987). Em experimento com tecidos de 522 ovelhas positivas

testadas sorologimaente pelo IFI foi realizada a comparação entre as técnicas de

citologia, histopatologia, bioensaio em camundongos e a reacção em cadeia da

polimerase (PCR) para detecção de Toxoplasma gondii, apresentaram no

histopatológico de ambos tecidos de cérebros e diafragmas resultado negativo para

presença de cisto, bem como neste experimento (LANGONI e SILVA, 2001) .

Conclusões

- O teste de ELISA-IgG, padronizado neste trabalho, mostrou-se eficiente para a

triagem sorológica de animais para o diagnóstico da toxoplasmose, apresentando forte

correlação moderada com o teste de IFI-IgG.

- A especificidade do ELISA foi elevada, significando que este teste apresenta

boa capacidade para detectar os verdadeiros negativos, isto é, para diagnosticar os

Page 61: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

59

sadios. Já a sensibilidade do teste em detectar os animais verdadeiramente positivos não

foi tão alta, mostrando que o ELISA foi mais propenso do que a IFI a fornecer

resultados falso-negativos.

- Todos animais infectados experimentalmente apresentaram resposta imune

humoral específica, evidenciada através de anticorpos anti-T. gondii, cuja soroconversão

observou-se no décimo quinto dia, com pico em torno da sexta a oitava semana

apresentando queda lenta até o final do experimento.

- A cepa RH deste parasita parece ser mais imunogênica, induzindo uma

resposta com maior produção de IgG do que a cepa TOXO31.

- O antígeno 1 e 2 induziram alta produção de IFN-gama nos animais infectados

com ambas as cepas, porém o antígeno1 e 2 e 3 induziram uma produção elevada de

IFN-gama em animais infectados, sendo estatisticamente significante os antígenos 1 e 2,

mas ambos os antígenos induziram síntese de baixas concentrações da citocina em

animais não-infectados.

- Dos picos de produção IFN-gama encontrados nos grupos de caprinos

infectados com T. gondii da cepa RH foram mais expressivos que os obtidos com a cepa

TOX31.

Page 62: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

60

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALIBERTI, J. 2005. Host persistence: exploitation of anti-inflammatory pathways by

Toxoplasma gondii. Nat. Rev. Immunol. 5:162–170.

AMARAL, V.; SANTOS, S. M.; REBOUÇAS, M. M. 1978. Sobre a prevalência de

anticorpos anti-toxoplasma em soros de caprinos e ovinos procedentes, respctivamente,

dos Estados da Bahia e Rio Grande do Sul, Brasil. O Biológico, São Paulo,

XLIV(44):331-340.

ATMACA, H. T., OCAL, N.,BABUR, C., KUL, O. 2012. Reactivated and clinical

Toxoplasma gondii infection in young lambs: Clinical, serological and pathological

evidences. Small Ruminant Res. 105(1-3):335-340.

BAHIA, M. T. 1993. Avaliação da sorologia para o diagnóstico epidemiológico da

toxoplasmose caprina. Belo Horizonte: UFMG, 215 p. Tese (Doutorado em

Parasitologia) – Instituto de Ciências Biológicas. Universidade Federal de Minas

Gerais, BH.

BEGHETTO, E., SPADONI, A., BRUNO, L., BUFFOLANO, W., GARGANO, N.

2006. Chimeric antigens of Toxoplasma gondii: toward standardization of

toxoplasmosis serodiagnosis using recombinant products. J. Clin. Microbiol. 44: 2133–

2140.

BERENGO, A., LALLA, F., CAVALLINI-SAMPIERI, L., BECHELLI, G.,

CAVALLINI, F., 1969.Prevalence of toxoplasmosis among domestic and wild animals

in the area of Siena, Italy. Am. J. Trop. Med. Hyg. 18: 391–394.

BHOPALE GM. 2003. Development of a vaccine for toxoplasmosis: current status

Microbes Infect, 5:457- 462.

BLEWETT, D.A.; BRYSON, C. E.; MILLER, J. K. 1983. Studies of antibody titres in

experimentally induced ovine toxoplasmosis. Res. Vet. Sei., London, 34( 2) :163-166.

BOHNE, W., Heesemann, J., Gross, U., 1993.Induction of bradyzoite-specific

Toxoplasma gondii antigens in c interferon-treated mouse macrophages. Infect. Immun.

61: 1141–1145.

BUXTON, D., THOMSON, K., MALEY, S., WRIGHT, S., BOS, H.J. 1991.

Vaccination of sheep with a live incomplete strain (S48) of Toxoplasma gondii and their

immunity to challenge when pregnant. Vet. Rec. 1298:9–93.

Page 63: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

61

BUXTON, D., THOMSON, K.M., MALEY, S. 1993b. Treatment of ovine

toxoplasmosis with a combination of sulphamezathine and pyrimethamine. Vet. Rec.

132:409–411.

BUXTON, D., THOMSON, K.M., MALEY, S., WASTLING, J.M., INNES, E.A.,

PANTON, W.R.M., NICOLL, S. 1994. Primary and secondary responses of the ovine

lymph node to Toxoplasma gondii: cell output in efferent lymph and parasite detection.

J. Comp. Pathol. 111: 231–241.

BUXTON, D., 1990. Toxoplasmosis. Practitioner 234: 42–44.

CABALLERO-ORTEGA, H., QUIROZ-ROMERO, H., OLAZARÁN-JENKINS, S.,

CORREA, D. 2008. Frequency of Toxoplasma gondii in fection in sheep from a tropical

zone of Mexico and temporal analysis of the humoral response changes.Parasitology.

135: 897-902.

CAMARGO, M. E. 1995. Alguns aspectos atuais de diagnóstico de laboratório da

toxoplasmose. Anais da Academia Nacional de Medicina, 1559(4):236-239.

CAMARGO, M.E. 1996. Toxoplasmose: diagnostic sorológico. Bol. Méd. Lab.

Bronstein, Porto Alegre, Ano V, jan/fev, 4 p.

CARNEIRO,A.C.A.V. 2006. Soroepidemiologiada toxoplasmose caprina e ovina no

estado de Minas Gerais. Belo Horizonte. 134f. Dissertação (Programa de Pós-

Graduação em Parasitologia) - Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal

de Minas Gerais.

CASTAÑO,P., FUERTES, M., FERRE, I., FERNÁNDEZ, M, FERRERAS, M.D.C,

MORENO-GONZALO, J., GONZÁLEZ-LANZA, C., KATZER, F., REGIDOR-

CERRILLO, J., ORTEGA-MORA, L.M, PÉREZ, V., BENAVIDES, J 2014. Placental

thrombosis in acute phase abortions during experimental Toxoplasma gondii infection

in sheep. Veterinary Research, 45(1):9.

CHIARI, C. A.; J. D.; LIMA, W. S. ANTUNES, C. M. F. 1987. Soroepidemiologia da

toxoplasmose caprina em Minas Gerais, Brasil. Arquivo brasileiro de Medicina

Veterinária e Zootecnia, 39(4):587-609, 1987.

CONDE, M.; MOLINA CABALLERO, J. M.; RODRÍGUEZ-PONCE, E.; RUIZ, A.;

GONZALEZ, J. 2001. Análisis of IgG response to experimental infection with RH

Toxoplasma gondii in goats. Comparative Immunology, Microbiology & Infectious

Diseases, 24:197-206.

Page 64: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

62

CREMERS, H.J.W.M., VAN KNAPEN, F., PANGGABEAN, S.O., DEN HARTOG,

J.M.P. 1991. Problems in detecting Toxoplasma gondii in the muscular tissues of

sheep.Tijdschr.Diergenseskd. 116:3–6.

D’ANGELINO, J.L.; ISCHIZUKA, M.M. 1986. Toxoplasmose suína. Inoculação

experimental com taquizoitos de Toxoplasma gondii por via intraperitonial. Evolução de

anticorpos revelados pelas provas de imunoflorescência indireta e hemaglutinação. Bol.

Of. Sanit. Panam. 100( 4): 400-41.

DAVIDSON M. G. 2000.Toxoplasmosis.Ve tClin North Am Small Animal Pract,

30:1051-1062.

DECOSTER, A. 1997. Detection of IgA anti-P30 (SAG 1) antibodies in acquired and

congenital toxoplasmosis. Current Trop. Microbiol. Immunol. 219:199±207.

DLUGONSKA, H. 2014, Toxoplasma gondii and the host cells. Ann Parasitol.

60(2):83-88.

DENKERS, E. Y., GAZZINELLI, R. T. 1998. Regulation and function of T-cell

mediated immunity during Toxoplasma gondii infection.Clin. Microbiol. Rev. 11:569–

588.

DENKERS, E.Y. 1999. T lymphocyte-dependent effector mechanisms of immunity to

Toxoplasma Gondii. Microbes Infect. 1:699–708.

DUBEY J.P. E BEATTIE C.P. 1988. Toxoplasmosis of animals and man. CRC Press,

Boca Raton, Florida, 1:220.

DUBEY JP, JONES JL. 2008. Toxoplasma gondii infection in humans and animals in

the United States. International Journal for Parasitology. 38:1257–78.

DUBEY, J. P. 1987. Toxoplasmosis in goats. Agriculture Pract. 8:43-52.

DUBEY, J. P. 1990. Toxoplasma, Neospora, Sarcocystis, and goats in the United

States.Journal of the American Veterinary Medical Association. 196: 259-262.

DUBEY, J.P. 1989. Lesions in goats fed Toxoplasma gondii oocysts. Vet. Parasitol., 32:

133-144.

DUBEY, J.P., DESMONTS, G., ANTUNES, F., MCDONALD, C.1985. Serologic

diagnosis of toxoplasmosis in experimentally infected pregnant goats and

transplacentally infected kids. Am. J. Vet. Res. 46, 1137±1140.

DUBEY, J.P., SCHARES, G., ORTEGA-MORA, L.M..2007. Epidemiology and

control of neosporosis and Neospora caninum.Clin.Microbiol.Rev. 20:323–367.

Page 65: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

63

ESTEBAN-REDONDO, I., INNES, E.A. 1988. Detection of Toxoplasma gondii in

tissues of sheep orally challengend with different doses of oocysts. Int. J. Parasitol. 28:

1459-1466.

ESTEBAN-REDONDO, I., MALEY, S.W., THOMSON, K., NICOLL, S., WRIGHT,

S., BUXTON, D., INNES, E.A. 1999. Detection of T. gondii in tissues of sheep and

cattle following oral infection.Vet. Parasitol. 86:155–171.

FRENKEL, J.K. Toxoplasmose. 1997 In: VERONESI, R.; FOCCACIA, R. Tratado de

Infectologia.São Paulo, Atheneu, 1803 p.

FRENKEL, J.K.; DUBEY, J.P.; MILLER, N. 1969.Toxoplasma gondii: fecal forms

separated from eggs of the nematode Toxocara cati. Science, 164:432-3.

GADDI J., Yap G.S. 2007. Cytokine regulation of immunopathology in

toxoplasmosis.Immunology and Cell Biology 85: 155-159.

GAZZINELLI RT, WYSOCKA M, HAYASHI S, DENKERS EY, HIENY S, CASPAR

P, TRINCHIERI G, SHERA. 1994. Parasite-induced IL-12 stimulates early IFN-gamma

synthesis and resistance during acute infection with Toxoplasma gondii.J Immunol.

153(6):2533-43.

GAZZINELLI, R.T., DENKERS, E.Y., SHER, A., 1993. Host resistance to Toxoplasma

gondii: model for studying the selective induction of cell mediated immunity by

intracellular parasites. Infect. Agents Dis. 2(3):139–149.

GAZZINELLI, R.T.; BREZIN, A.; LI, Q.; NUSSENBLAT, R.B.; CHAN, C.C. 1994.

Toxoplasma gondii: Acquired ocular toxoplasmosis in the murine model, protective role

of TNF- and IFN-. Exp. Parasitol., 78(2):217-229.

GHONEIM, N.H., SHALABY, S.I., HASSANAIN, N.A., ZEEDAN, G.S.G.,

SOLIMAN, Y.A., ABDALHAMED, A.M. 2010. Comparative Study Between

Serological and Molecular Methods for Diagnosis of Toxoplasmosis in Women and

Small Ruminants in Egypt. Food borne Pathog. Dis. 7: 17-22.

GONÇALVES, I.N.UZÊDA, R. S. LACERDA, G.A. MOREIRA, R.R.N, ARAÚJO,

R.S. F.R. OLIVEIRA, R.H.M. CORBELLINI L.G. GONDIM.L.F.P. 2012. Molecular

frequency and isolation of cyst-forming coccidia from free ranging chickens in Bahia

state, Brazil. Veterinary Parasitology 190:74–79.

GREINER, M.; GARDNER, I. A. 2000. Epidemiologic issues in the validation of

veterinary diagnostic tests. Prev. Vet.Med., 45(1-2):3-22.

Page 66: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

64

GREINER, M.; SOHR, D.; GOBEL, P. 1995. A modified ROC analysis for the

selection of cut-off values and the definition of intermediate results of sero diagnostic

tests.J.Immunological Methods, 185(1):123-132.

GUPTA, R.K.; SIBER, G. R. 1995. Adjuvantes for human vaccines – current status,

problems and future prospects.Vaccine, Greildford, 13(14):1263-1276.

HASAN TARIK ATMACA, NACI ÖCAL, CAHIT BABÜR, OĞUZ KUL. 2012.

Reactivated and clinical Toxoplasma gondii infection in young lambs: Clinical,

serological and pathological evidences. Small Ruminant Res. 105(1-3):335-340.

HENSYKA DLUGOŃSKA. 2014. Toxoplasma gondii and mast cells. Annals of

Parasitology. 60(4), 235-238.

JONES, T. C.; HUNT, R. D.; KING, N. W. 2000.Patologia Veterinária, 6ª ed., São

Paulo, Manole Ltda, 1415p.

JONES, T.C., BIENZ, K.A., ERB, P., 1986. In vitro cultivation of Toxoplasma gondii

cysts in astrocytes in the presence of c interferon.Infcet. Immun. 51:147–156.

KABA, J.; KUTSCHKE, L.; GERLACH, G-F. 2001. Development of an ELISA for the

diagnosis of Corynebacterium pseudotuberculosis infections in goats.Vet. Microbiol.

78:155-163.

KANETO, C.N., COSTA, A.J., PAULILLO, A. C., MORAES, F. R.MURAKAMI, T.

O. E MEIRELES, M.V.1997. Experimental toxoplasmosis in broiler chicks. Vet.

Parasitol. 69: 203-210, 1997.

KANETO, C.N., COSTA, A.J., PAULILLO, A. C., MORAES, F. R.MURAKAMI, T.

O. E MEIRELES, M.V. 1997. Experimental toxoplasmosis in broilerchicks. Vet.

Parasitol. 69: 203-210.

KAUFMAN, H.E.; REMINGTON, J.S.; JACOBS, L. 1958. Toxoplasmosis: The nature

of virulence. American Journal of Ophthalmology, 46: 255-61.

KAUFMAN, H.E.; REMINGTON, J.S.; JACOBS, L. Toxoplasmosis: 1958. The nature

of virulence. American Journal of Ophthalmology, 46: 255-61.

LANGONI, H., SILVA, A.V. 2001. The detection of Toxoplasma gondii by comparing

cytology, histopathology, bioassay in mice, and the polymerase chain reaction

(PCR).Veterinary Parasitology 97:191-198.

LARSSON, C.D. 1989. Diagnóstico laboratorial da toxoplasmose – reações utilizadas e

interpretação clínica. Cães e Gatos, Porto Feliz, p. 5-11.

Page 67: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

65

LUNA, L. G. 1968. Manual of histologic staining methods of the Armed Forces

Institute of Pathology. 3.ed. New York: Mac Graw Hill. p. 258.

MACEDO, V. 1994. Toxoplasmose. In: CASTRO, L.P.; CUNHA, A. L.; REZENDE, J.

M. Protozooses Humanas, cap. 10, p. 153-170, São Paulo, fundação BYK, 226 p.

MACHADO TMM, LIMA JD. 1987. Freqüência de anticorpos anti- Toxoplasma gondii

em caprinos criados sob diferentes formas de exploração no Estado de Minas Gerais.

Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia. 55:485-487.

MCCOLGAN C, BUXTON D, MILLER HR. 1987. Studies on ovine efferent lymph

following infection with Toxoplasma gondii.J Comp Pathol, 97:695 703.

McCOLGAN, C., BUXTON, D., BLEWETT, D.A. 1988. Titration of Toxoplasma

gondii oocysts in non pregnant sheep and the effect of subsequent challenge during

pregnancy.Vet. Res.123: 467-470.

MEDEIROS, A. D; ANDRADE, M.M.C; VÍTOR, R.W.Q ; VALTER NETO, F.A.

2014. Ocorrência de anticorpos anti-Toxoplasma gondii em rebanhos caprinos de corte

e leiteiros do Rio Grande do Norte, Brasil. Braz. J. Vet. Parasitol., 23(4): 481-487.

MELO MB, JENSEN KD, SAEIJ JP. 2011. Toxoplasma gondii effectors are master

regulators of the inflammatory response. Trends Parasitol. 27:487–495.

MEYER, L. REGIS, V. VALE, B. PAULE, R. CARMINATI, R. BAHIA, L. MOURA-

COSTA, R. SCHAER, I., NASCIMENTO, S. FREIRE. 2005. In vitro IFN-gamma

production by goat blood cells after stimulation with somatic and secreted

Corynebacterium pseudotuberculosis antigens. Veterinary Immunology and

Immunopathology 107:249–254.

MILLER, C. M.; BOULTER, N.R.; KIN, R,J.; SMITH, N.C. 2009. The immunobiology

of the innate response to Toxoplasma gondii. Int Parasitol., Oxford,39(1):23-39.

MORENO, B., COLLANTES-FERNÁNDEZ, E., VILLA, A., NAVARRO, A.,

REGIDOR-CERRILLO, J.,ORTEGA-MORA, L.M., 2012. Occurrence of Neospora

caninum and Toxoplasma gondii infections in ovine and caprine abortions. Vet.

Parasitol. 187:312–318.

MURRAY H.W., RUBIN B.Y., CARRIERO S.M., HARRIS M. E JAFFEE E.A. 1985.

Human mononuclear phagocyte antiprotozoal mechanisms: oxygen-dependent vs.

oxygen-independent activity against intracellular Toxoplasma gondii. The Journal of

Immunology. 134(3):1982-1988.

Page 68: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

66

NISHI, S. M.; KASAI, N.; GENNARI, S. M. 2001. Antibody levels in goats fed

Toxoplasma gondii oocysts. Journal of Parasitology, 87(2):445-447.

O’ CONNELL, E., WILKINS, M. F., T, PUNGA, W. A. 1988. Toxoplasmosis in sheep.

II. The ability of a live vaccine to prevent lamb losses after an intravenous challenge

with toxoplasma gondii. N. Z. Vet. J. 36(1):1-4.

OPSTEEGH, M., TEUNIS, P., MENSINK, M., ZUCHNER, L., TITILINCU, A.,

LANGELAAR, M., VAN DER GIESSEN, J., 2010. Evaluation of ELISA test

characteristics and estimation of Toxoplasma gondii soroprevalence in Dutch sheep

using mixture models. Prevent. Vet. Med. 96:232–240.

OLIVER, H. L., NIRA, J. R., FARR, A.L., RANDALL, R. J. 1951. Protein

Measurement With the (Folin phenol Reagent. From the Departament of Pharmacology,

Washington University School of Medicine, St. Louis, Messouri) Received for

Publication, May 28.

PROPHET, E. B.; MILLS, B.; ARRINGTON, J. B. AFIP. 1992. Laboratory

Methods in Histotechnology. Washington: Am. Registry of Pathology, p. 278.

REMINGTON, J. S., THULLIEZ, P., MONTOYA, J. G. 2004. Recent developments

for diagnosis of Toxoplasmosis . Journal of Clinical Microbiology, Washington DC,

42(3):941-945.

ROBERT-GANGNEUX, F.; DARDÉ, M.-L. 2012. Epidemiology of and diagnostic

strategies for toxoplasmosis. Clinical microbiology reviews, 25(2):264– 96.

SABIN, A.B. 1941. Toxoplasmic encephalites in children. J. of the American Medical

Association, 116(9):801-807.

SANCHEZ, R.M. CASTILLO, F. de la C.; GRANA, J.P. 1985. Comparación de ELISA

com las técnicas de imunofluorescencia indirecta y fijación del complemento para el

diagnóstico de la toxoplasmosis. Rev. Cub. Med. Trop., 37:267-277.

SANTANA, L.F; COSTA, A. J;PIERONI, J; LOPES, W.D.Z; SANTOS, R.S;

OLIVEIRA, G.P; MENDONÇA, R.P., SAKAMOTO, C.A.M. 2010. Detection of

Toxoplasma gondii in the reproductive system of male goats. Rev. Bras. Parasitol. Vet.,

19(3):179-182.

SANTOS, P. O. M. 2013. Estudos de cinética da resposta imunológica na toxoplasmose

aguda em ovinos e aspectos epidemiológicos. Salvador. UFBA,103 P. Tese (Doutorado

em Imunologia) – Instituto de Ciências da Saúde.Universidade Federal da Bahia, BA.

Page 69: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

67

SCHAEFER, J.J., WHITE, H.A., SCHAAF, S.L., MOHAMMED, H.O., WADE, S.E.

2011. Modification of a commercial Toxoplasma gondii immunoglobulin G enzyme-

linked immunosorbent assay for use in multiple animal species.J. Vet. Diagn. Invest. 23:

297-301.

SCHARTON-KERSTEN, T.M., WYNN, T.A., DENKERS, E.Y., BALA, S.,

GRUNVALD, E., HIENY, S., GAZZINELLI, R.T., SHER, A., 1996. In the absence of

endogenous IFN-c, mice develop unimpaired IL-12 responses to Toxoplasma gondii

while failing to control acute infection. J. Immunol. 157:4045–4054.

SHAAPAN, R.M., EL-NAWAWI, F.A., TAWFIK, M.A.A. 2008. Sensitivity and

specificity or various serological tests for the detection of Toxoplasma gondii infection

in naturally infected sheep.Vet. Parasitol.153: 359-362.

SHAHIDUZZAMAN, M., ISLAM, M.R., KHATUN, M.M., BATANOVA,

T.A.,TENTER, A. M., HECKEROTH, A. R.,WEISS, L. M. 2000. Toxoplasma gondii:

from animals to humans. International Journal for Parasitology, 30(12-13):1217-1258.

SU, C.; KHAN, A.; ZHOU, P.; MAJUMDAR, D.; AJZENBERG, D.; DARDÈ, M.L.;

ZHU, X.Q.; AJIOKA, J.W.; ROSENTHAL, B.M.; DUBEY, J.P.; SIBLEY, L.D. 2012.

Globally diverse Toxoplama gondii isolates comprise six major clades originating from

a small number of distinct ancestral lineagens. Proc. Natl. Acad. Sci. USA.,

Washington, 109(15):5844-5849.

SUDAN V, TEWARI AK, SINGH H. 2015. Serodiagnosis of Toxoplasma

gondii infection in bovines from Kerala, India using a recombinant surface antigen 1

ELISA.Biologicals. 4(1-6). Artigo in press.

SUZUKI Y., ORELLANA M.A., SCHREIBER R.D. E REMINGTON J.S. 1988.

Interferon gamma: the major mediator of resistance against Toxoplasma gondii.

Science, 240:516-518.

TENTER AM, VIETMEYER C, JOHNSON AM. 1992. Development of ELISAs based

on recombinant antigens for the detection of Toxoplasma gondii-specific antibodies in

sheep and cats. Vet. Parasitol 43:189-201.

TENTER, A. M., HECKEROTH, A. R.,WEISS, L. M. 2000. Toxoplasma gondii: from

animals to humans. International Journal for Parasitology, 30(12-13):1217-1258.

TZANIDAKIS, N., MAKSIMOV, P., CONRATHS, F.J., KIOSSIS, E.; BROZOS, C.,

SOTIRAKI, S., SCHARES, G. 2012. Toxoplasma gondii in sheep and goats:

Page 70: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

68

Seroprevalence and potential risk factors under dairy husbandry practices. Vet.

Parasitol. 190: 340-348.

UCHÔA, C. M. A., DUARTE, R., SILVA, V. L., ALEXANDRE, G. M. C.,

FERREIRA, H. G. AMENDOEIRA, M. R. R. 1999. Padronização de ensaio

imunoenzimático para pesquisa de anticorpos das classes IgM e IgGanti-Toxoplasma

gondii e comparação com a técnica de imunofluorescência indireta. Revista da

Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 32 (6):661-669.

VAN DER PUIJE W. N., BOSOMPEM, K.M., CANACOO, E.A., WASTLING, J.M.,

AKANMORI, B.D. 2000.The prevalence of anti-Toxoplasma gondii antibodies in

Ghanaian sheep and goats. Acta Trop. 76(1):21-26.

VAN KNAPEN F.V. 1984. Immunodiagnosis of Toxoplasmosis. Drukkerij Veenman

B.V, Wagenigen.

VERHOFSTEDE C, VAN GELDER P, RABAEY M. 1988. The infection-stage-related

IgG response to Toxoplasma gondii studied by immunoblotting. Parasitol. Res.

74:516±520.

VERHELST, D., CRAEYER, S., VANROBAEYS, M., CZAPLICKI, G., DORNY, P.,

COX, E. 2014.Seroprevalence of Toxoplasma gondii in domestic sheep in

Belgium.Veterinary Parasitology 205 (57–61).

VERHELST, D., CRAEYE, S., JENNES, M.,DORNY, P., GODDEERIS, E. C. 2015.

Interferon gamma expression and infectivity of Toxoplasma infected tissues in

experimentally infected sheep in comparison with pigs. Veterinary Parasitology 207:7–

16.

VERHELST, D., DE CRAEYE, S., ENTRICAN, G., DORNY, P., Cox, E., 2014.

Parasite distribution and correlated immune response during the acute phase of

Toxoplasma gondii infection in sheep. BMC Veterinary Research,10:293.

VERMA SP, BHARDWAJ RM, GAUTAM OP. 1989. Application of countercurrent

immunoelectrophoresis (CIEP) in the sero-diagnosis of Toxoplasma antibodies in sheep.

J. Vet. Parasitol., 3:61-62.

VILLENA, I.; MALE, M.; DARDE, M.; P, NON, J.; AUBERT, D. 2004. Toxoplasma

strain type and human disease: Risk of bias during parasite isolation? Trends Parasitol.

20(4):160-162.

Page 71: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

69

VITOR, R. W. A.; FERREIRA, A. M.; FUX, B. 1999. Antibody response in goats

experimentally infected with Toxoplasma gondii.Veterinary Parasitology, 81: 289-263.

VOSSENKAMPER A, STRUCK D, ALVARADO-ESQUIVEL C, WENT T,

TAKEDA K, AKIRA S, PFEFFER K, ALBER G, LOCHNER M, FORSTER I,

LIESENFELD O. 2004. Both IL-12 and IL-18 contribute to small intestinal Th1-type

immunopathology following oral infection with Toxoplasma gondii, but IL-12 is

dominant over IL-18 in parasite control. Eur J Immunol, 34:3197-3207.

WALWYN O, SKARIAH S, LYNCH B, KIM N, UEDA Y, VOHORA N, CHOE

J, MORDUE DG. 2015. Forward genetics screens using macrophages to

identify Toxoplasma gondii genes important for resistance to IFN-γ-dependent cell

autonomous immunity. J. Vis. Exp. 12:97.

WARE PL, KASPER LH. 1987. Strain specific antigens of Toxoplasma gondii. Infect

Immun. 55: 778–83.

WERRE, S.R., JACOBSON, R.H., BOWMAN, D.D., DUBEY, J.P., MOHAMMED,

H.O. 2002. Evaluation of kinetics and single-read enzyme-linked immunoassays for

detection of Toxoplasma gondii antibodies in sheep.J. Vet. Diagn. Invest.14: 225–230.

WILKINS, M., O’CONNELL, E. 1992. Vaccination of sheep against Toxoplasma

abortion. Surveillance 19:20–24.

WILKINS, M.F., O’CONNELL, E., TE PUNGA, W.A. 1988. Toxoplasmosis in sheep

III. Further evaluation of the ability of a live Toxoplasma gondii vaccine to prevent

lamb losses and reduce congenital infection following experimental oral challenge. N.

Z. Vet. J. 36:86–89.

WORMER, E.V. FRITZ, H. SHAPIRO, K. MAZET, J.A.K. CONRAD, P.A. 2013.

Molecules to modeling: Toxoplasma gondii oocysts at the human-animal-environment

interface. Comp. Immunol. Microbiol. Infect. Dis. 36(3): 217-231.

YAP G.S, SHER A. 1999. Effector cells of both non hemopoietic and hemopoietic

origin are required for interferon (IFN)-gamma- and tumor necrosis factor (TNF)-alpha-

dependent host resistance to the intracellular pathogen, Toxoplasma gondii. The Journal

of Experimental Medicine, 189: 1083-1092.

YAP, G.S., SHER, A., 1999. Cell-mediated immunity to Toxoplasma gondii: initiation,

regulation and effector function. Immunobiology 201:240–247.

Page 72: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

70

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Embora exista uma vasta literatura sobre a sorologia de ruminantes sobre

toxoplasmose, a nossa compreensão sobre a imunidade de ruminantes ao parasita seja

limitada. O fato de Toxoplasma provocar aborto e infecção crônica ao longo da vida em

ovinos e caprinos, mas não em bovinos e veados (Dubey e Buxton, 1988), é uma

indicação de que existe diferenças na resposta imune e, é ainda fundamental que seja

definida a diferença imunológica, entre essas espécies. No entanto, em termos gerais, é

provável que a imunidade para ruminantes T. gondii será semelhante à de outras

espécies. Porém, ainda precisa ser feito, estas observações, pois a resposta imune em

caprinos é compatível com o encontrado em outras espécies. Onde T. gondii podem

estimular tanto a imunidade humoral e celular, concordando que anticorpos por si só

não é insuficiente para matar os organismos e que para controlar a infecção por

Toxoplasma gondii, linfócitos T efetores e auxiliares completam o conjunto de

mecanismos imunes da resposta ao T. gondii (Camargo, 1995), com produção de

citocinas, dentres estas, o IFN-gama desempenha uo papel crucial na inibição e controle

da infecção e proliferação de parasitas (SUZUKY et al., 1988). Os linfócitos T são os

principais mediadores da imunidade adquirida, sendo o padrão Th1 elegido na resposta

ao T. gondii (GAZZINELLI et al., 1992).

Page 73: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

71

REFERÊNCIAS

ACHA, P.N. E SZYFRES, B. Zoonosis y enfermedades transmissibles comunes al

hombre y a los animales.Washington: OrganizacionPanamericana de la Salud, 1986.

Toxoplasmosis, p.646-658.

AGUADO-MARTINEZ, A.; ALVAREZ-GARCIA, G.; ARNAIZ-SECO, I.; INNES,

E.; ORTEGA-MORA, L.M. Use of avidity enzyme-linked immunosorbent assay and

avidity Western blot to discriminate between acute and chronic Neospora caninum

infection in cattle. Journal of Veterinary Diagnostic Investigation, v.17, p.442-450,

2005

AJIOKA, J. W. FITZPATRICK , M. J., REITTER, C. P., Toxoplasma gondii genomics:

shedding light on pathogenesis and chemotherapy. Expert Reviews in Molecular

Medicine, v. 6, p. 1 – 19, 2001.

AJZENBERG, D., BANULS, A.L., SU, C., DUMETRE, A., DEMAR, M., CARME,

B., DARDÉN, M.L. Genetic diversity, clonality and sexuality in Toxoplasma gondii.

Int. J. Parasitol. 34(10): 1185-1196, 2004.

ALVES, C. J.; VASCONCELLOS, S. A.; NAVARRO, I. T.; BARBOSA, C. S.

Avaliação de aglutininas anti-Toxoplasmaem soros de caprinos de cinco centros de

criação do nordeste do Brasil. Revista Brasileira de Ciência Veterinária, Niterói, v. 4, n.

2, p. 75-76, 1997.

ANDREOTTI, R.; MATOS MDE, F.; GONCALVES, K.N.; OSHIRO, L.M.;

LIMAJUNIOR, M.S.; PAIVA, F.; LEITE, F.L. Comparison of indirect ELISA based on

recombinant protein NcSRS2 and IFAT for detection of Neospora caninum antibodies

insheep. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, v.18, p.19-22, 2009.

AMARAL, V. do: SANTOS, S. M.; REBOUÇAS, M. M. Sobre a prevalência de

anticorpos antitoxoplasma em soros de caprinos e ovinos procedentes, respctivamente,

dos Estados da Bahia e Rio Grande do Sul, Brasil. O Biológico, São Paulo, v. XLIV, n.

44, p. 331-340, 1978.

ARKUSH, K.D., MILLER, M.A., LEUTENEGGER, C.M., GARDNER, I.A.,

PACKHAM, A.E., HECKROTH, A.R., TENTER, A.M., BARR, B.C., CONRAD, P.A.,

Molecular and bioassay-based detection of Toxoplasma gondiioocyst uptake by mussels

(Mytilusgalloprovinciallis). Int. J. Parasitol. 33, 1087–1097, 2003.

ASHBURN, D., EVANS, R., SKINNER, L.J., CHATTERTON, J.M.W., JOSS,

A.W.L., HO-YEN, D.O., Comparison of relative uses of commercial assays for

Toxoplasma gondiiIgM antibodies. J. Clin. Pathol.45, 483–486, 1992.

BAHIA, M. T. Avaliação da sorologia para o diagnóstico epidemiológico da

toxoplasmose caprina. Belo Horizonte: UFMG, 1993, 215 p. Tese (Doutorado em

Page 74: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

72

Parasitologia) – Instituto de Ciências Biológicas. Universidade Federal de Minas

Gerais, BH.

BEGHETTO E, SPADONI A, BRUNO L, BUFFOLANOW, GARGANO N Chimeric

antigens of Toxoplasma gondii: toward standardization of toxoplasmosis serodiagnosis

using recombinant products. J ClinMicrobiol 44: 2133–2140, 2006.

BETANCOURT, W.Q., ROSE, J.B. Drinking water treatment processes for removal of

Cryptosporidium and Giardia. Veterinary Parasitology 126, 219–234, 2004.

BHOPALE G. M. Development of a vaccine for toxoplasmosis: current status.

Microbes Infect. v.5, p.457-462, 2013.

BISSON, A., MALEY, S., RUBAIRE-AKIIKI, C.M., WATLING, J.M., The

seroprevalence of antibodies to Toxoplasma gondii in domestic goats in Uganda. Acta

Trop. 76, 33–38, 2000.

BOOTHROYD, J.C.; GRIGG, M.E. Population biology of toxoplasma gondii and ists

relevance to human infection do different strains cause diffrente disease. Curr Open

Microbiol. v. 5, n. p. 438-442, 2002.

BOWIE, W.R., KING, A.S., WERKER, D.H., ISAAC-RENTON, J.L., BELL, A.,

ENG, S.B., MARION, S.A. Outbreak of toxoplasmosis associated with municipal

drinking water. Lancet, 350, 173–177, 1997.

BUXTON D. Protozoan infections (Toxoplasma gondii, Neospora caninum and

Sarcocystis spp.) in sheep and goats: recent advances. Vet Res., 29:289±310, 1998.

BUXTON, D., MALEY, S.W., WRIGHT, S.E., RODGER, S., BARTLEY, P., INNES,

E.A., Toxoplasma gondii and ovine toxoplasmosis: new aspects of an old story. Vet.

Parasitol.149, 25–28, 2007.

BUXTON, D., Toxoplasmosis. Practitioner 234, 42–44, 1990.

CALAMEL, M.; GIAUFFRET, A. Une enzootie de toxoplasmose caprina abortive.

Bull. Acad. Vet. Fr., Paris, v. 48, n. 1, p. 41-51, 1975.

CAMARGO M.E., FERREIRA A.W., MINEO J.R., TAKIGUTI C.K. E NAKAHARA

O.S.Immunoglobulin G and immunoglobulin M enzymelinkedimmunosorbantassays

and defined toxoplasmosis serologicalpatterns. InfectionandImmunity. 21: 55-58, 1978.

CAMARGO, M. E. Alguns aspectos atuais de diagnóstico de laboratório da

toxoplasmose. Anais da Academia Nacional de Medicina, v. 155, n. 4, p. 236-239,

1995.

CAVALCANTE, A.C.R. Toxoplasmose Caprina no Ceará: Soroepidemiologia e

caracterização de cepas do Toxoplasma gondii. 2004. Tese (Doutorado em

Page 75: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

73

Parasitologia) – Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas

Gerais, Belo Horizonte.

CHEMELLO, D.; ECKERT, G. U.; TEIXEIRA, C. G. Imunidade a parasita. In:

SCROFERNEKER, M. L. E POHLMANN, PR. Imun. Bas. E Aplic. Porto Alegre:

SagraLuzatto. 1998. 373 p.

CHHABARA, M. B.; MAHAJAN, R.C. Toxoplasmosis in India: prevalence of

serumantibodies in sheepansgoats. Indian J. Anim. Health, Calcuta, v. 21, n. 1, p. 5-8,

1982.

CHIARI DE A C, NEVES DP. Human toxoplasmosis acquire by ingestion of goat's

milk. Memórias doInstituto Oswaldo Cruz v. 79:337±340, 1984.

CHIARI, C. A. Soro epidemiologia da Toxoplasmose caprina. Belo Horizonte: UFMG,

1981. 131 f. Tese (Doutorado em Ciências) – Instituto de Ciência Biológicas,

Universidade Federal de Minas Gerais.Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e

Zootecnia, v. 39, n. 4, p. 587-609, 1987.

CHIARI, C. A.; J. D.; LIMA, W. S. ANTUNES, C. M. F. Soroepidemiologia da

toxoplasmose caprina em Minas Gerais, Brasil. Arquivo brasileiro de Medicina

Veterinária e Zootecnia, v. 39, n. 4, p. 587-609, 1987.

CHOI, M. Y.; NAM, H. W.; YOUN, J. H.; KIM, D. J.; KONG, Y.; KANG, S. Y.; CHO,

S. Y. Detection of antibodies in serum and cerebrospinal fluid to Toxoplasma gondii by

indirect latex agglutination test and enzyme-linked immunosorbent assay.

Kisaengchunghak-Chapchi., 30(2): 83-90, 1992.

CHU, R. W. Leukocytes in blood transfusion: adverse effects and their prevention.

Hong Kong Medical Journal. V. 5, n. 3, p. 280-284, 1999.

CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) 2006. Caprinocultura na Bahia.

Disponível em: <www.conab.gov.br> Acesso em: 12 de out de 2012.

DAVIDSON M. G. Toxoplasmosis.Vet Clin North Am Small Animal Pract, 30:1051-

1062, 2000.

DECOSTER, A. Detection of IgA anti-P30 (SAG 1) antibodies in acquired and

congenital toxoplasmosis.Curr.Top.Microbiol.Immunol.219, 199-207, 1997.

DECOSTER, A., DARCY, F., CAPRON, A. Recognition of Toxoplasma gondii

excreted and secreted antigens by human sera from acquired and congenital

toxoplasmosis: identification of markers of acute and chronic infection. Clin. Exp.

Immunol.73: 376-82, 1988.

DENKERS, E.Y. From cells to signaling cascades: manipulation of innate immunity by

Toxoplasma gondii. FEMS Immunol med Microbiol, v.39, p. 93-203, 2003.

Page 76: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

74

DENKERS, E.Y., GAZZINELLI, R.T. Regulation and function of T-cell mediated

immunity during Toxoplasma gondii infection.Clin.Microbiol.Rev. v. 11, p.569–588,

1998.

DEROUIN, F.; MAZERON, M.C.; GARIN, Y.J. Comparative study of tissue culture

DESMONTS, G.; COUVREUR, J.; THULLIEZ, P.; SAINT-JOIGNYG, C.

Sérodiagnostic de la toxoplasmose acquise. Des máthodes simples pour des questions

precises. Concour. Méd., v.107, n.3, p.227-234, 1985.

DEROUIN, F.; MAZERON, M.C.; GARIN, Y.J. Comparative study of tissue culture

and mouse inoculation methods for demonstration of Toxoplasma gondii. Journal of

Clinical Microbiology, v.25, p.1597-1600, 1987.

DESMONTS, G.; NAOT, Y.; REMINGTON, J. S.. Immunoglobulin M immusorbent

agglutination assay for diagnosis of infections diseases: diagnosis of acute congenital

and acquired Toxoplasma infections. Journal Clin.Microbiol., v.14, n.486-491, 1981.

.

DUBEY JP, ZARNKE R, THOMAS NJ, WONG SK, VAN BONN W, DAVIS JW,

EWING R, MENSE M, KWOK OCH, BECKMEN KB, ROMAND S, THULLIEZ P.

Toxoplasma gondii, Neospora caninum, Sarcocystis, neurona, and Sarcocystiscanis-like

infections in marine mammals. Vet. Parasitol. 116: 275–296, 2003.

DUBEY JP.Toxoplasmosis in sheep - the last 20 years.Vet Parasitol., v. 163, p.1–14,

2009.

DUBEY, J. P. Toxoplasma, Neospora, Sarcocystis, and goats in the United

States.Journal of the American Veterinary Medical Association. V. 196, p. 259-262,

1990.

DUBEY, J. P. E ADAMS, D. S. Prevalence of Toxoplasma gondii antibodies in dairy

goats from 1982 to 1984. Journal American Veterinary Medical Association, v. 196, p.

295-296, 1990.

DUBEY, J. P. E THULLIEZ, P. Serologic diagnosis of toxoplasmasisin

Toxoplasmagondii tissue cysts. Journal of the American Veterinary Medical

Association, v. 194, n. 9, p. 1297-1299, 1989.

DUBEY, J. P. Strategies to reduce transmission of Toxoplasma gondii to animals and

humans. Vet Parasitol.V.64, n. 1-2, p. 65-70, 1996.

DUBEY, J. P. Toxoplasma, Neospora sarcocytis, and other tissue cyst-forming coccidia

of humans and animals. In: KREIER, J. P. Parasitic Protozoa San Diego: Academic, 6

ed., p. 385, 1993.

DUBEY, J. P. Toxoplasma, Neospora, Sarcocystis, and goats in the United

States.Journal of the American Veterinary Medical Association. V. 196, p. 259-262,

1990.

Page 77: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

75

DUBEY, J. P. Toxoplasmosis in goats. Agriculture Pract., v. 8, p. 43-52, 1987.

DUBEY, J. P., SUNDBERG, J.P., MATIUCK, S.W. Toxoplamosis associated with

abortion in goats and sheep in Connecticut. Am. J. Vet. Res., v. 42, n. 9, p. 1624-1626,

1981.

DUBEY, J. P.; Persistence of encysted Toxoplasma gondii in caprine livers and public

health significance of toxoplasmosis in goats.Journal of American Veterinary Medical

Association, v. 177, n. 12, p. 1203-1207, 1980.

DUBEY, J.P. Toxoplasma An overview. Southeast Asian J. Trop.Med.Public.Helth,

22(SuppI): 88-119, 1991.

DUBEY, J.P. History of the discovery of the life cycle of Toxoplasma gondii. Int. J.

Parasitol. 39: 877-882, 2009.

DUBEY, J.P. Toxoplasmosis – a waterborne zoonosis. Vet Parasitol., Netherlands, v.

126, n. 1-2, p. 57-72, 2004.

DUBEY, J.P. Toxoplasmosis of Animals and Humans. CRC Press, Taylor e Francis

Group, Boca Raton, FL, USA, 2010.

DUBEY, J.P., DESMONTS, G., ANTUNES, F., MCDONALD, C. Serologic diagnosis

of toxoplasmosis in experimentally infected pregnant goats and transplacentally infected

kids. Am. J. Vet. Res. 46, 1137-1140, 1985.

DUBEY, J.P., LAPPIN, M.R., Toxoplasmosis and neosporosis. In: Greene, C.E. (Ed.),

Infectious Diseases of the Dog and Cat. Saunders, W.B., Philadelphia, pp. 493–503,

1998.

DUBEY, J.P., Lesions in goats fed Toxoplasma gondii oocysts. Vet. Parasitol., 32: 133-

144, 1989.

DUBEY, J.P., SCHARES, G. Diagnosis of bovine neosporosis.Vet. Parasitol.240, 1–34,

2006.

DUBEY, J.P., SCHARES, G., ORTEGA-MORA, L.M..Epidemiology and control of

neosporosis and Neospora caninum.Clin.Microbiol.Rev. 20, 323–367, 2007.

DUBEY, J.P.; LINDSAY, D.S.; C.A. Structures of toxoplasma gondii tachyzoites,

bradyzoites, and sporozoites and biology and development of tissue cysts.ClinMicrobiol

Rev., United States, v. 11, n. 2, p. 267-99, 1998.

DUMETRE, A., DARDE, M.L. Detection of Toxoplasma gondii in water by an

immunomagnetic separation method targeting the sporocysts. Parasitology Research

101, 989–996, 2007.

Page 78: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

76

DUMETRE, A., DARDE, M.L., Immunomagnetic separation of Toxoplasma

gondioocysts using a monoclonal antibody directed against the oocyst wall. Journal of

Microbiological Methods 61, 209–217, 2005.

FELDMAN, H.; MILLER, L. Serological study of toxoplasmosis prevalenca. Am. J.

Hyg., v. 64, p.320-335, 1956.

FENAUX, J.B.; GOGAL, R.M.JR.; LINDSAY, D.; HARDY, C.; WARD, D.L.;

SAUNDERS, G.; AHMED, S.A. Altered Splenocyte Function in Aged C57BL/6 Mice

Prenatally Exposed to Diethylstilbestrol.Journal of Immunotoxicology, v.2, p.221-

229, 2005.

FERGUSON, D. J. P. Toxoplasma Gondii: 1908-2008, homagetoNicolle, Manceaux

and Splendore. MemInst Oswaldo Cruz.Rio de Janeiro, v. 104(2), p. 103-148, 2009.

FERREIRA, A. W.; ÁVILA, L. M. Diagnóstico Laboratorial das Principais Doenças

Infecciosas e Auto- Imunes. 2aed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, p. 278-86, 2001.

FERREIRA, A.W., CAMARGO, ME. Toxoplamosis and the laboratory: diagnosis and

a Constant striving for improvement. Rev.Inst. Med. Trop.São Paulo n.44, p. 119-120.

2002.

FIGUEIRÓ-FILHO EA, LOPES AHA, SENEFONTE FRA, JUNIOR VGS, BOTELHO

CA, FIGUEIREDO MS. Toxoplasmose aguda: estudo da freqüência, taxa de

transmissão vertical e relac¸ão entre os testes diagnósticos materno-fetais em gestantes

em estado da Região Centro-Oeste do Brasil. RevBrasGinecolObstet27:442-9, 2005.

FORNAZARI, F.; LANGONI, H.; DA SILVA, R.C.; GUAZZELLI, A.; RIBEIRO,

FREIRE, N.M. S.; NORBERG, A. N.; GAZETA, G. S. Toxoplasmose caprina no Rio

de Janeiro. Parasitologia al Dia, Santiago de Chile, v. 18, p. 77-81, 1994.

FORNAZARI, F.; LANGONI, H.; DA SILVA, R.C.; GUAZZELLI, A.; RIBEIRO,

M.G.; CHIACCHIO, S.B. Toxoplasma gondii infection in wild boars (Susscrofa) bred

in Brazil. Veterinary Parasitology, v.164, p.333-334, 2009.

FREIRE, N.M. S.; NORBERG, A. N.; GAZETA, G. S. Toxoplasmose caprina no Rio

de Janeiro. Parasitologia al Dia, Santiago de Chile, v. 18, p. 77-81, 1994.

FREYRE, A.; BONINO, J.; FALCON, J.; CASTELLS, D.; CORREA, O.;

CASARETTO, A. The incidence and economic significance of ovine toxoplasmosis in

Uruguay. Veterinary Parasitology, v. 73, p. 13-15, 1997.

FRENKEL JR, DUBEY JO, MILLER NL. Toxoplasma gondii in cats: fecal stages

identified as coccidian oocysts. Science 167: 893- 896, 1970.

FRENKEL J.K. 1997.Toxoplasmose. In: Veronesi R. &Foccacia R. (Eds). Tratado de

Infectologia. São Paulo: Atheneu, 1803 p.

Page 79: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

77

FRENKEL, J. K. Choice of animal models for the study of disease processes in

man.Introduction.Fed proceedings. V. 28, n. 1, p. 160-161, 1979.

FRENKEL, J. K. Diagnosis, incidence and prevention of congenital

toxoplasmosis.American Journal of Disesses of Children, v. 144, p. 957-959, 1990.

FRENKEL, J. K. Pathogenesis of Toxoplasmosis with saconsideration of cyst rupture in

besnoitia infection. Survey of Ophthalmology, n.6, P. 799-825, 1961.

GALUZO, I.G.; GOLOSOV, I.V. E GORBUNOVA, I.Z., Toxoplasmosis of goats. In:

Toxoplasmosis of animals Ed. College of Veterinnary Medicine. University of

IILINOIS, Urbana IILinois, p. 46-49, 1970.

GARCIA J.L., NAVARRO I.T., OGAWA L. & OLIVEIRA R.C. Soroprevalência

do Toxoplasma gondii em suínos, bovinos, ovinos e eqüinos, e sua correlação com

humanos, felinos e caninos, oriundos de propriedades rurais do norte do Paraná, Brasil.

Ciência Rural 29:91-97, 1999.

GARCIA-VASQUEZ, Z.,et al. Seroprevalence of Toxoplasma gondii infection in cattle,

swine and goats in four mexican states. Prev. Vet. Med., v. 17, p. 127-132, 1993.

GAZZINELLI, R.T; HAKIM, F.T; HIENY, S; SHEARER, G.M. SHER, A. Synergestic

role of CD4+ and CD8+ T lymphocytes in IFN-gama production and protective

immunity induced by an attenuated Toxoplasma gondii vaccine. Immunol. v.1, n.146,

p.286-292,1991.

GAZZINELLI, R; XU, Y; HIENY, S; CHEEVER, A; SHER, A. Simultaneous

depletion of CD4+ and CD8+ T lymphocytes is required to reactivate chronic infection

with Toxoplasma gondii. Immunol. v.149, p.175-180, 1992.

GOMES, M.C.O 2004. Sorologia para toxoplasmose. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba. 6(2):8-

11.

GONÇALVES, I.N., UZÊDA, R. S. LACERDA, G.A. MOREIRA, R.R.N, ARAÚJO,

R.S. F.R. OLIVEIRA, R.H.M. CORBELLINI L.G. GONDIM.L.F.P. 2012. Molecular

frequency and isolation of cyst-forming coccidia from free ranging chickens in bahia

state, Brazil. Veterinary Parasitology, n.190, p. 74– 79.

GONDIM, L.F.P., BARBOSA JR., H.V., RIBEIRO-FILHO, C.H.A., SAEKI, H.,

Serological survey of antibodies to Toxoplasma gondii in goats, sheep, cattle and water

buffaloes in Bahia State, Brazil. Vet. Parasitol.82, 273–276, 1999.

GROSS, U., HOLPERT. M., GOEBEL, S. Impact of stage differentiation on diagnosis

of toxoplasmosis.Ann Ist super Sanità4: 65-70, 2004.

GROVER, C. M.; THULLIEZ, P.; REMINGTON, J. S.; BOOTHROYD, J. C. Rapid

prenatal diagnosis of congenital Toxoplasma infection by using polymerase chain

reaction and amniotic fluid.Journal Clin. Microbiol. 28: 2297-2301, 1990.

Page 80: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

78

HASHEMI-FESHARKI, R.; Soroprevalence of toxoplasma gondiiin cattle, sheep and

goats in Iran. Vet. Parasitol., n. 61, p. 1-3, 1996.

HILL, D., DUBEY, J.P., Toxoplasma gondii: transmission, diagnosis and

prevention.ClinMicrobiol. Infect.8, 634–640, 2002.

HUNTER, C.A., SIBLEY, L.D. Modulation of innate immunity by toxoplasma gondii

virulence factors. Nat Rev Microbiol., Londor, v.10, n.11, p.799-778, 2012.

HURT C, TAMMARO D. Diagnostic evaluation of mononucleosis-like illnesses. Am.

J. Med. 120:911–918, 2007.

INNES, E.A., PANTON, W.R., THOMSON, K.M., MALEY, S., BUSTON. D. Kinetics

of interferon gamma production in vivo during infection with the S48 vaccine strain of

Toxoplasma gondii. J. Comp. Pathol. 113:89-94, 1995.

INNES, E.A., WASTLING, J.M. Analysis of in vivo immune responses during

Toxoplasma gondii infection using the technique of lymphatic cannulation. Parasitol.

Today11: 268–271, 1995.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Produção da

Pecuária Municipal 2013. Disponível

em:<ftp://ftp.ibge.gov.br/Producao_Pecuaria/Producao_da_Pecuaria_Municipal/2011/

pm2011.pdf.>. Acessoem: 10 setembro de 2014.

ISAAC-RENTON, J., BOWIE, W.R., KING, A., IRWIN, G.S., ONG, C.S., FUNG,

C.P., SHOKEIR, M.O., DUBEY, J.P.,Detection of Toxoplasma gondii oocysts in

drinking water. Applied and Environmental Microbiology 64, 2278–2280, 1998.

JACOBS, L.,Toxoplasmoa and toxoplasmosis. Ann. Rev. Microbiol. 17:429-450, 1963.

JACOBS, L.; REMINGTON, J. S.; MILTON, M. L.The resistence of the encysted

form.Journal Parasitology, v. 46, p. 11-21, 1996.

JITTAPALAPONG, S., SANGVARANOND.A., PINYOPANUWAT, N., CHIMNOIA,

W., KHACHAERAM, W., KOIZUMI, S., MARUYAMA, S., Seroprevalence of

Toxoplasma gondii infection in domestic goats in Satun Province.Thailand

Vet.Parasitol.127, 17–22, 2005.

JOHNSON, A. M. Speculation on possible life cycles for the clonal lineages in the

genus Toxoplasma. ParasitologyToday, v. 13, P. 393-397, 1997.

KANETO, C.N., COSTA, A.J., PAULILLO, A. C., MORAES, F. R.MURAKAMI, T.

O. E MEIRELES, M.V.Experimental toxoplasmosis in broilerchicks. Vet. Parasitol.,69:

203-210, 1997.

Page 81: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

79

KAWAZOE, U. Toxoplasma gondii. In: NEVES, D. P. Parasitologia Humana.11ᵃ Ed.,

São Paulo:Atheneu, 2005, 428 P.

LAPPIN MR, MARKS A, GREENE CE, ROSE BJ, GASPER PW, POWELL CC,

REIF JS. Effect of feline immunode- ®ciency virus infection on Toxoplasma gondii-

speci®chumoral and cell-mediated immune responses of cats with serologic evidence of

toxoplasmosis.J Vet Intern Med n.7, p.95-100,1993.

LEHMANN, T., GRAHAM, D.H., DAHL, E.R., BAHIA-OLIVEIRA, L.M.,

GENNARI, S.M., DUBEY, J.P. Variation in the structure of Toxoplasma gondii and the

roles of selfing, drift and epistatic selection in maintaining linkage disequilibria. Infec.

T. Genet. Evol.2: 107-114, 2004.

LEVINE, N. D.; CORLISS, J. O.; COX, F. E. G.; DEROUX, G.; GRAN, J.;

HONIGBERG, B. M.; LEEDALE, G. F.; LOEBLICH, A. R.; LOM, J.; LYNN, D.;

MERINFELD, E. G.; PAGE, F. C.; POLJANSKY, G.; SPRAGUE, V.; VAVRA, J.;

WALLACE, F. G. A newly revised classification of Protozoa.J. Protozool. Lawrence, v.

27, p. 37-58, 1980.

LIMA, R. G. S.; BAIARDI, A. Estratégias de sobrevivência dos pequenos

caprinocultores do semiárido baiano. Disponível

em:<http://www.66.102.1.104/scholar?hl=ptR&lr=&q=cache:bEN9qllYJ:gipaf.cnptia.e

mbrapa.br/itens/publ/sober2000/limargs/Paper1593.PDF++importancia+cultural+do+ca

prino> Acesso em:30 setembro de 2014.

LINDSAY, D.S., COLLINS, M.V., MITCHELL, S.M.,WETECH, C.N., ROSYPAL,

A.C., FLICK, G.J., LINDQUIST, A., DUBEY, J.P., 2004. Survival of Toxoplasma

gondiioocysts in eastern oysters (Crassostreavirginica).J. Parasitol. 90, 1053–1056.

LÔBO, R.N.B. Programa de Melhoramento Genético de Caprinos e Ovinos de Corte –

GENECOC. 2003.

Embrapa Caprinos: Sobral, CE. http://www.cnpc.embrapa.br/genecoc/pagen.htm

LUFT, B.J., KANSAS, G., ENGLEMAN, E.G., REMINGTON, J.S. Functional and

quantitative alterations in T lymphocyte subpopulations in acute toxoplasmosis. J.

Infect. Dis. 150:761–767, 1984.

MACHADO TMM, LIMA JD. Freqüência de anticorpos anti- Toxoplasma gondii em

caprinos criados sob diferentes formas de exploração no Estado de Minas Gerais.

Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia55:485-487, 1987.

MACIEL, K. P.; ARAÚJO, F. A. P. Inquérito sorológico para detecção de anticorpos de

Toxoplasma gondii em caprinos (Capra hircus) criados nos municípioos de Gravataí e

Vimão, região da grande Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Revista de Ciências

Agroveterinárias,Lages, v. 3, n. 2, p. 121-125, 2004.

Page 82: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

80

MAINARDI, R. S.; STACHISSINI, A. V. M.; LANGONI, H.; PADOVANI, C. R.;

MODOLO, J. R. Soroprevalência de toxoplasma gondii em rebanhos caprinos no estado

de São Paulo. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária,São Paulo, v. 9, n. 2, p. 97-

99, 2000.

MARTINO, R., MAERTENS, J., BRETAGNE, S., ROVIRA, M., DECONINCK, E.,

ULLMANN, A.J., HELD, T., AND CORDONNIER, C. Toxoplasmosis after

hematopoetic stem cell transplantation.Clin infect Dis. V. 31, n. 5, p. 1188-1194, 2000.

MASALA, G., PORCU, R. MADAU, L., TANDA, A., IBBA, B., SATTA, G., TOLA,

S. Suvey of ovine and caprine toxoplasmosis by IFAT and PCR assays in Sardina, Italy.

Veterinary Parasitology, v. 117, p. 15-21, 2003.

MASCHKE, M., DIETRICH, U., PRUMBAUM, M., KASTRUP, O., TUROWSKI, B.,

SCHAEFER, U.W., DIENER, H.C. Opportunistic CNS infection after bone marrow

transplantation.Bone marrow transplant. V. 23, n. 11, p. 1176, 1999.

MAUBON, D., AJZEMBERG, D., BRENIER-PINCHART, M. P., DARDE, M. L.,

PELLOUX, H. What are the respective host and parasite contribution to toxoplasmosis

Trends Parasitol., v. 24, n. 7, p. 299-303, 2008.

MAUEL J. (1984). — Mechanisms of survival of protozoan parasites in mononuclear

phagocytes. Parasitology, 88, 579-592.un., 134,1982-1988.

MAZOYER, Marcel E ROUDART, Laurence. História das agriculturas no mundo do

Neolítico à crise contemporânea.São Paulo, Editora UNESP; Brasília, NEAD, 2010, p.

103.

MCCABE R.E. e REMINGTON J.S. Mechanisms of killing of Toxoplasma gondii by

rat peritoneal macrophages.Infect. & Immunity ,v. 52, p. 151-155, 1986.

MEDHI, N. A.; KAZACOS, K. R.; CARLTON, W. W. Fatal disseminated

toxoplasmosis in goats. Journal of American Veterinary Medical Association, v. 183, n.

1, p. 115-117, 1983.

MELO, M.B., JENSEN, K.D., SAEIJ, J.P. Toxoplasma gondii effectors are

master regulators of the inflammatory response. Trends Parasitol. v. 27, p.487–

495, 2011.

MILLER, C. M., BOULTER, N.R., KIN, R,J., SMITH, N.C. The immunobiology of the

innate response to Toxoplasma gondii. .Int.Parasitol., Oxford, v. 39, n. 1, p. 23-39, jan.,

2009.

MILLER, M.A., GARDNER, I.A., PACKHAM, A., MAZET, J.K., HANNI, K.D.,

JESSUP, D., ESTES, J., JAMESON, R., DODD, E., BARR, B.C., LOWENSTINE,

L.J., GULLAND, F.M., CONRAD, P.A. Evaluation of an indirect fluorescent antibody

test (IFAT) for demonstration of antibodies to Toxoplasma gondii in the sea otter

(Enhydralutris).J. Parasitol. 88, 594–599, 2002.

Page 83: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

81

MILLER, M.A., MILLER, W.A., CONRAD, P.A., JAMES, E.R., MELLI, A.C.,

LEUTENEGGER, C.M., DABRITZ, H.A., PACKHAM, A.E., PARADIES, D.,

HARRIS, M., AMES, J., JESSUP, D.A., WORCESTER, K., GRIGG, M.E., Type X

Toxoplasma gondii in a wild mussel and terrestrial carnivores from coastal California:

new linkages between terrestrial mammals, runoff and toxoplasmosis of sea otters. Int.

J. Parasitol.38, 1319–1328, 2008.

MILLER, N.L., FRENKEL J. K., DUBEY, J. P. Oral infections with Toxoplasma cysts

and oocysts in felines, other mammals, and in birds. J parasitol. V. 58, n. 5, p. 928-937,

1972.

MONTOYA JG. Laboratory diagnosis of 7.Toxoplasma gondii infection and

toxoplasmosis.J Infect Dis., v. 185, Suppl 1, p.73-82, 2002.

MONTOYA, J. G.; LIESENFELD, O. Toxoplasmosis. Lancet.,ENGLAND, v.363,

n.9425, p. 1965-76, 2004.

MORISAKY, J. H.; HEUSER, J. E.; SIBLEY, L. D. INVASION OF Toxoplasma

gondii occurs by active penetration of the host cell. Journal of Cell Science, v. 108, p.

2457-2464, 1995.

MORRIS, A.; CROXSON, M. Serological evidence of Toxoplasma gondii infection

among pregnant women in Auckland.N Zeal Med J. v. 117, n. 1189, 2004.

MOSMANN, T.R., COFFMAN, R.L. Two types of helper T-cell clone. Implications for

immune regulation, lmmunol. Today8: 223-227, 1987.

MOURA, L., KELLY, P., KRECEK, R.C., DUBEY, J.P., Seroprevalence of

Toxoplasma gondii in cats from St. Kitts, West Indies.Journal of Parasitology 93, 952–

953, 2007.

MUNDAY, B. L. E MANSON, R. W. Toxoplasmosis as a cause of perinatal death in

goats. Australian Veterinary Journal, v. 55, p. 485-487, 1979.

NEVES, D.P. Parasitologia Humana, 11aed. Atheneu, São Paulo, p. 147-56, 2005.

NICOLE, C, MANCEAUX, L. Surunprotozoaire nouveau dugondii. AcadSci. N. 147,

p. 763-766, 1909.

OPEL, V., CHARLESTON, W. A., POMROY, W. E., ROMMEL, M.A survey of the

prevalence of Toxoplasma infection in gotas in New Zealand and a comparison of the

latex agglutination and indirect fluorescence tests.Veterinary Parasitology, v. 40, p. 181-

186, 1991.

ORTEGA-MORA, L.M. Experimental neosporosis in bulls: parasite detection in semen

p.89-94, 2009.

Page 84: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

82

OKSANEN, A.; ASBAKK, K.; PRESTRUD, K.W.; AARS, J.; DEROCHER, A.E.;

TRYLAND, M.; WIIG, O.; DUBEY, J.P.; SONNE, C.; DIETZ, R.; ANDERSEN, M.;

BORN, E.W. Prevalence of antibodies against Toxoplasma gondi in polar bears (Ursus

maritimus) from Svalbard and East Greenland. The Journal of Parasitology, v.95,

p.89-94, 2009.

PANDEY, V. S. E VAN KNAPEN, F. The seroprevalence of toxoplasmosis in sheep,

gosts and pigs in Zimbabwe.Annals of Tropical Medicine and Parasitology, v. 86, n. 3,

p. 313-315, 1992.

PESCADOR CA, OLIVEIRA EC, PEDROSO PMO, BANDARRA PM, OKUDA LH,

CORBELLINI LG, et al. Perdas reprodutivas associadas com infeccao por Toxoplasma

gondii em caprinos no sul do Brasil. Pesq Vet Bras 27:167-171, 2007.

PINHEIRO, R.R., GOUVEIA, A.M.G., ALVES, F.S.F., HADDAD, J.P. Aspectos zoo-

sanitários da caprinocultura cearense. Arq.Bras. Med. Vet. Zootec. 50: 534-543, 2000.

PIZZI, H.L. Toxoplasmosis. 1ª ed. Argentina: Rhône Poulenc Rorer Argentina, 1997,

91p.

PRATLONG, F.; BOULOT, P.; VILLENA, I.; ISSERT, E.; TAMBY, I.; CAZENAVE,

J.; DEDET, J. P.. Antenatal diagnosis of congenital toxoplasmosis: evalution of the

biological parameters in a cohort of 286 patients. British Journal of Obstetrics and

Gynaecology, v.103, p.552-557, 1996.

REMINGTON, J. S., THULLIEZ, P., MONTOYA, J. G. Recent developments for

diagnosis of toxoplasmosis. Journal of ClinicalMicrobiology, Washington DC, v. 42, n.

3, p. 941-945, 2004.

ROBERT-GANGNEUX, F.; DARDÉ, M.-L.Epidemiology of and diagnostic strategies

for toxoplasmosis.Clinicalmicrobiologyreviews, v. 25, n. 2, p. 264– 96, 2012.

RUPPANNER, R., et al. Prevalence of Coxiellaburnetti and Toxoplasma gondii among

dairy goats in California.Am. J.Vet. Res., Schaumburg, v. 39, n. 5, p. 867-970, 1978.

SACKS, J.J., ROBERTS, R.R., BROOKS, N.F. Toxoplasmosis infection associated

with raw goat milk. J. Am. Vet. Med. Assoc.,v.148, p.1728±1732, 1982.

SAEIJ, J.P.J.; BYLE, J.P.; BOOTHROYD, I.C. Differences among the three majar

strains of Toxoplasma gondii and their specific interations with the infected host.Trends

in Parasitology, Oxford, v.21,n.10,p.476-481,2005.

SLAPETA, J.R.; KOUDELA, B.; VOTYPKA, J.; MODRY, D.; HOREJS, R.; LUKES,

J. Coprodiagnosis of Hammondiaheydorniin dogs by PCR based amplification of ITS

1 rRNA: differentiation from morphologically indistinguishable oocysts of Neospora

caninum. The Veterinary Journal, v.163, p.147-154, 2002.

Page 85: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

83

SLAPETA, J.R.; MODRY, D.; KYSELOVA, I.; HOREJS, R.; LUKES, J.;

KOUDELA,B. Dog shedding oocysts of Neospora caninum: PCR diagnosis and

molecular phylogenetic approach. Veterinary Parasitology, v.109, p.157-167, 2002.

SREEKUMAR, C.; HILL, D.E.; FOURNET, V.M.; ROSENTHAL, B.M.; LINDSAY,

D.S.; DUBEY, J.P. Detection of Hammondiaheydorni-like organisms and

theirdifferentiation from Neospora caninumusing random-amplified polymorphic

DNApolymerase chain reaction. The JournalofParasitology, v.89, p.1082-1085, 2003.

SAFFER, L. D. E SCHWARTZMAN, J. D. A soluble phospholipase of Toxoplasma

gondii associated with host cell penetration. Journal of Protozoology, v. 38, n. 5, p. 454-

460, 1991.

SANTONI JR, SANTONI-WILLIAMS CJ Headache and painful lymphadenopathy in

extracranial or systemic infection: etiology of new daily persistent headaches. Intern

Med 32:530–532, 1993.

SHARIF, M., GHOLAMI, SH., ZIAEI, H., DARYANI, A., LAKTARASHI, B.,

ZIAPOUR, S.P., RAFIEI, A., VAHEDI, M., Seroprevalence of Toxoplasma gondii in

cattle, sheep and goats slaughtered for food in Mazandaran province, ran, during Vet. J.

174, 422–424,2007.

SAVVA, D.; MORRIS, J. C.; JOHNSON, J. D.; HOLLIMAN, R. E. Polimerase chain

reaction for detectio of Toxoplasma gondii. J. Med. Microbiol.; 32: 25-31, 1990.

SAUNDERS, G.; AHMED, S.A. Altered Splenocyte Function in Aged C57BL/6 Mice

SAVVA, D.; MORRIS, J. C.; JOHNSON, J. D.; HOLLIMAN, R. E. Polimerase chain

reaction for detectio of Toxoplasma gondii. J. Med. Microbiol.; 32: 25-31, 1990.

SELLA MZ, NAVARRO IT, FREIRE RL, SHIDA PN, VIDOTTO O. Epidemiologia

da toxoplasmose caprina: levantamento sorológico do Toxoplasma gondii em caprinos

leiteiros na micro região de Londrina, Paraná, Brasil. Revista Brasileira de Parasitologia

3:13-16, 1994.

SERRANO-MARTINEZ, E.; FERRE, I.; MARTINEZ, A.; OSORO, K.;

MATEOSSANZ, A.; DEL-POZO, I.; ADURIZ, G.; TAMARGO, C.; HIDALGO, C.O.;

SHARIF, M., GHOLAMI, SH., ZIAEI, H., DARYANI, A., LAKTARASHI, B.,

ZIAPOUR, S.P., RAFIEI, A., VAHEDI, M., Seroprevalence of Toxoplasma gondii in

cattle, sheep and goats slaughtered for food in Mazandaran province, ran, during Vet. J.

174, 422–424, 2007.

SHARMA, S.P.; GAUTAM, O.P. Prevalence of Toxoplasma antibodies in the

Edinburgh, v. 4, n. 4, p. 245-248, 1972.

SILVA, A. V.; CUNHA, E. L. P.; MEIRELES, L. R.; GOTTSCHALK, S.; MOTA, R.

A.; LANGONI, H. Toxoplasmose em Ovinos e Caprinos: Estudo Soroepidemiológico

em Duas Regiões do Estado de Pernambuco, Brasil. Ciência Rural, Santa Maria, v. 33,

n. 1, p. 115-119, 2003a.

Page 86: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

84

SILVA, D.A.; LOBATO, J.; MINEO, T.W.; MINEO, J.R. Evaluation of serological

tests for the diagnosis of Neospora caninuminfection in dogs: optimization of cut off

titers and inhibition studies of cross-reactivity with Toxoplasma gondii. Veterinary

Parasitology, v.143, p.234-244, 2007.

SILVA, T. A. da C., CHIOCCOLA, V. L. P. Fase aguda da infecção por Toxoplasma

gondii: avaliação do parisitismo sanguíneo e resposta humoral em camundongos

isogênicos AS/n. Scientia Medica, Porto Alegre, v. 20, n. 1, p. 88-92, 2010.

SINGH, B. Molecular methods for diagnosis and epidemiological studies of parasitic

infections. International Journal for Parasitology, v.27, p.1135-1145, 1997.

SPLENDORE, A. Um novo protozoa parassita conigli encontrado nelle lesioni

anatomiche d’ une malattiache ricorda in moltoprinti Il kalazar dell’ uomo: nota

preliminare pel. Rev Soc Sci. V. 3, p. 109-112, 1908.

SU, C.; KHAN, A.; ZHOU, P.; MAJUMDAR, D.; AJZENBERG, D.; DARDÈ, M.L.;

ZHU, X.Q.; AJIOKA, J.W.; ROSENTHAL, B.M.; DUBEY, J.P.; SIBLEY, L.D.

Globally diverse Toxoplama gondii isolates comprise six major clades originating from

a small number of distinct ancestral lineagens. Proc. Natl. Acad. Sci. USA.,

Washington, v.109, n.15, p.5844-5849, 2012.

SUKTHANA, Y. Toxoplasmosis: beyond animals to humans. Trends in parasitology,

Oxford, v. 22, n. 3, p. 137-142, 2006.

SUZUKI Y., ORELLANA M.A., SCHREIBER R.D. E REMINGTON J.S. (1988). -

Interferongamma: the major mediator of resistance against Toxoplasma gondii.

Science,240, 516-518.

TENTER, A. M., HECKEROTH, A. R., WEISS, L. M. Toxoplasma gondii: from

animals to humans. International Journal for Parasitology, Oxford, v. 30, n. 12-13, p.

1217-1258, 2000.

TESHALE S, MUHIE Y, DAGNE A, KIDANEMARIAM A. (2006). Seroprevalence of

small ruminant brucellosis in selected districts of Afar and Somali pastoral areas of

Eastern Ethiopia and the impact of husbandry practice.Rev. Med. Vet. 157:557-563.

TOMAVO, S.; FORTIER, B.; SOETE, M.; ANSEL, C.; CAMUS.D.; DUBREMETZ, J.

F. Caracterization of bradyzoite-specific antigens of Toxoplasma gondii.Infection

Immunology, v. 59, n. 10, 3750-3753, 1991.

VAN DER PUIJE WNA, BOSOMPEM KM, CANACOO EA, WASTLING JM,

AKANMORI BD. The prevalence of anti-Toxoplasma gondi iantibodies in Ghanaian

sheep and goats.Acta Trop., v. 76, pag.21-26, 2000.

Page 87: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

85

VERHOFSTEDE C, VAN GELDER P, RABAEY M. The infection-stage-related IgG

response to Toxoplasma gondii studied by immunoblotting.Parasitol Res. n.74, p.516-

520, 1988.

VERONESI R., FOCASSIA, R. Tratado Infectológico. São Paulo: pp.1290-1305 1996.

VIDOTTO, O. Toxoplasmose: epidemiologia e importância da doença na saúde animal.

Semina: Ci.Agr., v.13, p.69- 75, 1992.

VIDOTTO, O., NAVARRO, I. T., GIRALDI, N., MITSUKA, R., FREIRE, R. L.

Estudos epidemiológicos da toxoplasmose em suínos da Região de Londrina- Pr.

Semina: CiênciasAgrárias, Londrina, v. 11, n. 1, p. 53-59, 1990.

VILLENA, I., MALE, M., DARDE, M., P, NON, J., AUBERT, D. Toxoplasma strain

type and human disease: Risk of bias during parasite isolation. Trends. Parasitol.,

Oxford, v.20, n.4,p.160-162,2004.

VITOR, R. W. A.; PINTO, J. L.; CHIARI, C. A. Eliminação de Toxoplasma gondii através de

urina, saliva e leite de caprinos experimentalmente infectados. Arquivo Brasileiro de Medicina

Veterinária e Zootecnia, v. 42 n. p. 147-154, 1991.

WALWYN, O., SKARIAH, S., LYNCH, B., KIM, N., UEDA, Y., VOHORA,

N., CHOE, J., MORDUE, D.G. Forward genetics screens using macrophages to

identify Toxoplasma gondii genesimportant for resistance to IFN-γ-dependent cell

autonomous immunity. J. Vis. Exp. v.12, n.97, 2015.

WARE PL, KASPER LH. Strain specific antigens of Toxoplasma gondii. Infect Immun.

v. 55, p. 778–83, 1987.

WONG, S.Y., REMINGTON, J. S. Biology of Toxoplasma gondii.AIDS. V. 7, p. 299-

316, 1993.

Page 88: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

86

ANEXO

Dias

pós-

infecção

Grupos Estimulador - média (SD)

Conrole

negativo

PW Ag1 AG2 Ag3

D0 Controle 15

(37,1)

455,74 (165,92)

4,97 (4,55)

21,03 (34,89)

13,96 (19,69)

RH 42,1 (47,6)

472,17 (131,17)

6,06 (9,17)

30,49 (34,26)

52,84 (64,45)

TOX31 17,4 (33,8)

418,32 (243,30)

15,63 (24,35)

50,77 (82,12)

74,60 (104,60)

D15 Controle 43,2

(8,1)

1146,22 (5,51)

100,45 (134,97)

105,77 (127,97)

231,93 (216,92)

RH 47,05 (8,1)

1146,71 (6,45)

386,11 (319,64)

452,03 (369,94)

432,27 (324,48)

TOX31 85,9 (112,7)

1133,85 (20,63)

107,89 (97,63)

171,13 (155,87)

273,51 (320,41)

D30 Controle 2,0 (3,6)

304,93 (49,43)

1,00 (2,66)

2,58 (5,17)

45,81 (79,13)

RH 0,87

(0,87)

286,21 (51,88)

2,16 (3,71)

93,23 (91,20)

64,01 (87,34)

TOX31 0,75 (2,01)

314,52 (56,25)

2,24 (3,83)

3,62 (4,39)

66,56 (110,79)

D60 Controle 0,68 (1,81)

219,77 (152,54)

0,000 (0,000)

7,03 (18,59)

3,99 (10,57)

Page 89: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - repositorio.ufba.br · A comparação da proficiência entre o ELISA e o teste padrão ouro, IFI, apresentou sensibilidade de 70% e uma específicidade

87

RH 51,01

(70,63)

398,25 (242,57)

40,80 (54,71)

36,97 (51,90)

44,51 (44,25)

TOX31 31,84 (51,91)

56,25 (133,41)

20,77 (54,65)

31,97 (37,22)

22,11 (40,63)

D90 Controle 25,09 (38,46)

575,25 (119,74)

31,54 (43,80)

53,85 (65,90)

103,50 (134,31)

RH 7,09 (8,11)

528,68 (136,49)

73,920 (39,79013)

75,50571 (59,39876)

129,54 (96,68)

TOX31 14,60 (20,29)

462,14 (151,89

31,06 (45,67)

24,90 (26,56)

43,19 (60,51)

D120 Controle 11,46 (14,06)

611,38 (272,14)

31,53 (50,64)

19,72 (12,44)

96,18 (124,54)

RH 20,43

(31,46)

507,16 (346,54)

23,13 (31,93)

85,25 (75,87)

186,24 (164,93)

TOX31 10,11 (1,97)

666,46 (124,82)

16,96 (12,26)

38,71 (30,78)

37,55 (42,26)

Dias pós

infecção

Infecção experimental

Controle negativo Cepa RH Cepa TOX31

D0 0,069 0,071 0,068

D15 0,231 0,888 0,546

D30 0,109 1,179 0,599

D60 0,155 2,063 0,846

D90 0,097 1,197 0,490

D120 0,127 1,752 0,477

D150 0,135 1,625 0,526