36
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS CURSO DE AGRONOMIA INFLUÊNCIA DE RETARDANTES DE FOGO NA GERMINAÇÃO DE ESPÉCIES AGRÍCOLAS LUCAS BARTOLOMEU SANTOS SINOP MT Julho 2019

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS DE SINOP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS

CURSO DE AGRONOMIA

INFLUÊNCIA DE RETARDANTES DE FOGO NA GERMINAÇÃO DE

ESPÉCIES AGRÍCOLAS

LUCAS BARTOLOMEU SANTOS

SINOP – MT

Julho – 2019

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS DE SINOP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS

CURSO DE AGRONOMIA

INFLUÊNCIA DE RETARDANTES DE FOGO NA GERMINAÇÃO DE

ESPÉCIES AGRÍCOLAS

LUCAS BARTOLOMEU SANTOS

ADILSON PACHECO DE SOUZA

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)

apresentado ao Curso de Agronomia do

ICAA/CUS/UFMT, como parte das

exigências para a obtenção do Grau de

Bacharel em Agronomia.

SINOP – MT

Julho – 2019

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.

Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

S237i Santos, Lucas Bartolomeu.

Influencia de retardantes de fogo na germinação de espécies agrícolas / Lucas Bartolomeu Santos. -- 2019

34 f. : il. color. ; 30 cm.

Orientador: Adilson Pacheco de Souza. TCC (graduação em Agronomia) - Universidade Federal

de Mato Grosso, Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais, Sinop, 2019.

Inclui bibliografia.

1. Incêndios agrícola. 2. processo germinativo. 3. polímero hidroretentor. 4. manejo do fogo. I. Título.

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em
Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

AGRADECIMENTOS

A Deus, por ter me iluminado e guiado pelo meu caminho em todos os momentos de

minha vida.

Aos meus pais Edilson de Souza Santos e Maria Herminda Bartolomeu Santos, por

serem minha inspiração, terem me proporcionado a oportunidade de cursar este curso

maravilhoso, e sempre me apoiarem e me aconselharem em todos os momentos.

A minha irmã, Luana Bartolomeu Santos por sempre me ajudar.

Aos meus orientadores, Prof. Dr. Adilson Pacheco de Souza e Profª Dra. Andréa

Carvalho da Silva por terem me dado a oportunidade, apoio e confiança em desenvolver este

trabalho. E por terem contribuído ao longo do meu desenvolvimento e aprendizado como

futuro profissional.

A Universidade Federal de Mato Grosso por proporcionar todo meu aprendizado

acadêmico ao longo da graduação.

Aos integrantes do grupo de pesquisa “Interações Ambiente e Planta”, que de alguma

forma, direta ou indiretamente me ajudou (Kalisto Natam, Daniela Borella, Elen Ximenes,

Leonardo Moura, Samuel) em especial a Josiane Keffer por ter me ajudado pacientemente no

início da implantação do experimento, e Mariana Pizzatto por sempre ter me auxiliado ao

longo deste trabalho.

Aos meus colegas, Bruno, Calebe, Mateus, Victor, Lauri, Júlio, Gabriel e Thallis que

sempre estiveram junto ao longo desta caminhada.

E em especial aos meus amigos que a faculdade proporcionou, Hercules Nogueira,

Alison Martins, Felipe Gomes e Rafael Carvalho, por sempre estarem juntos em todos os

momentos, demonstrando que quando trabalhamos em grupo podemos alcançar coisas

maiores na vida, obrigado por tudo!

Muito obrigado!

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

Sumário RESUMO .............................................................................................................................. 7

ABSTRACT ........................................................................................................................... 8

LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................. 9

1. INTRODUÇÃO ..............................................................................................................11

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..........................................................................................12

2.1 Desenvolvimento agrícola ......................................................................................12

2.2 Processo germinativo .............................................................................................12

2.3 Uso do fogo e de retardantes .................................................................................14

2.5 Espécies agrícolas .................................................................................................18

3. MATERIAL E MÉTODOS ..............................................................................................19

3.1 Testes de Germinação ...........................................................................................19

3.2 Variáveis analisadas ..............................................................................................21

3.3 Análise estatística ..................................................................................................22

4. RESULTADOS ..............................................................................................................23

4.1 Germinação (porcentagem, tempo médio e índice de velocidade) .........................23

4.2 Crescimento de plântulas .......................................................................................26

4.3 Biomassa das plântulas .........................................................................................27

5. DISCUSSÃO .................................................................................................................29

5.1 Phos-Chek WD 881: Germinação e Vigor ..............................................................29

5.2 Hold Fire: Germinação e Vigor ...............................................................................30

5.3 Polímero Hidroretentor: Germinação e Vigor ..........................................................31

6. CONCLUSÃO ...............................................................................................................32

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..............................................................................33

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

7

RESUMO

Foram desenvolvidos produtos para auxiliar no manejo de incêndios, porém esses produtos necessitam de avaliação quanto o seu dano no ambiente. Sendo assim, este trabalho busca avaliar a interação do processo fisiológico germinativo de sementes agrícolas sob diferentes concentrações de retardantes de fogo. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com seis tratamentos: i) Polímero Hidroredentor nas concentrações de 0,0; 0,1; 0,25; 0,5; 0,75 e 1 g L-1; ii) Phos-Chek WD-881® nas concentrações de 0,0; 0,1; 0,3; 0,6; 0,8 e 1 ml L-1; iii) Hold Fire® nas concentrações de 0,0; 0,7; 0,9; 1,1; 1,3 e 1,5 m L-1; e quatro repetições de 100 sementes. Os testes de germinação foram conduzidos, em laboratório, em câmaras de germinação a 25 º C e fotoperíodo de 12 horas, por 7 e 14 dias (dependendo a espécie), as sementes foram acondicionadas em caixas plásticas de germinação sobre papel germitest. Os produtos Phos-Chek WD-881® influenciou negativamente a porcentagem de germinação e vigor do milheto, e diminui o crescimento da parte aérea do arroz, enquanto que nas outras espécies não foram afetadas, Hold Fire® reduz a porcentagem de germinação do milho, massa seca do sistema radicular do arroz e soja e também diminui o comprimento da parte aérea da cultura da soja, enquanto que o Polímero Hidroretentor apresentou resultados positivos, além de auxiliar no manejo do fogo, não causou toxidade às sementes das culturas sucessoras que geralmente estão no campo em época propícia a ocorrência de incêndios.

Palavras-Chave: Incêndios agrícola, processo germinativo, polímero hidroretentor, manejo do fogo.

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

8

ABSTRACT

Products have been developed to assist in the management of fires, however these products

require assessment as your damage to the environment. Therefore, this paper seeks assess

the interaction of the physiological process of agricultural seeds germination under different

concentrations of fire retardants. The experimental design was completely randomized design

with six treatments: (i)) Hidroredentor Polymer at concentrations of 0.0; 0.1; 0.25; 0.5; 0.75

and 1 g L-1; II) Phos-Chek WD-881® at concentrations of 0.0; 0.1; 0.3; 0.6; 0.8 and 1 ml L-1;

III) Hold Fire® at concentrations of 0.0; 0.7; 0.9; 1.1; 1.3 and 1.5 m L-1; and four replicates of

100 seeds. Germination tests were conducted in the laboratory, germination Chambers to 25

ºc and photoperiod of 12 hours, for 7 and 14 days (depending on the species), the seeds were

placed in plastic boxes germination on paper germitest. Phos-Chek products WD-881®

influenced negatively the percentage of germination and vigor of millet, and slows the growth

of the aerial part of the rice, while in the other species were not affected, Hold Fire® reduces

the percentage of germination of corn, dry mass of root system of rice and soybeans and also

decreases the length of the aerial part of the culture of soybeans, while the polymer

Hidroretentor presented positive results, as well assist in the handling of the fire, did not cause

toxicity to the crop seeds successors that are usually on the field in time propitious to fires.

Keywords: agricultural fires, germinal process, polymer hidroretentor, fire management.

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

9

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1: ENSAIO COM A CULTURA DO ARROZ ........................................................................... 20

FIGURA 2: SEMEADURA DE MILHETO (A) MILHO (B) E SOJA (C) ............ ERRO! INDICADOR NÃO

DEFINIDO.

FIGURA 3: PLÂNTULA ANORMAL DE MILHO AOS 14 DAS (A), PLÂNTULA NORMAL DE FEIJÃO

AOS 14 DAS (B), ANÁLISE DESTRUTIVA DO FEIJÃO AOS 14 DAS (C) .......................................... 22

FIGURA 4: SOLUÇÕES DOS PRODUTOS (ESQUERDA PARA A DIREITA, ORDEM CRESCENTE

NAS CONCENTRAÇÕES), POLÍMERO HIDRORETENTOR (A) PHOS-CHEK WD 881 (B) HOLD

FIRE (C)........................................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

FIGURA 5: VARIÁVEIS DE GERMINAÇÃO DE ESPÉCIES AGRÍCOLAS EM FUNÇÃO DE

DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE PHOS-CHEK WD881. PORCENTAGEM DE GERMINAÇÃO

AOS 7 DIAS PARA O MILHETO E 14 DIAS PARA AS DEMAIS CULTURAS APÓS A SEMEADURA

(A), TEMPO MÉDIO DE GERMINAÇÃO (B), ÍNDICE DE VELOCIDADE DE GERMINAÇÃO – IVG (C).

** SIGNIFICATIVO AO NÍVEL DE 1% DE PROBABILIDADE, * SIGNIFICATIVO AO NÍVEL DE 5% DE

PROBABILIDADE, NS NÃO SIGNIFICATIVO. .............................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

FIGURA 6: VARIÁVEIS DE GERMINAÇÃO DE ESPÉCIES AGRÍCOLAS EM FUNÇÃO DE

DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE HOLD FIRE. PORCENTAGEM DE GERMINAÇÃO AOS 7

DIAS PARA O MILHETO E 14 DIAS PARA AS DEMAIS CULTURAS APÓS A SEMEADURA (A),

TEMPO MÉDIO DE GERMINAÇÃO (B), ÍNDICE DE VELOCIDADE DE GERMINAÇÃO – IVG (C). **

SIGNIFICATIVO AO NÍVEL DE 1% DE PROBABILIDADE, * SIGNIFICATIVO AO NÍVEL DE 5% DE

PROBABILIDADE, NS NÃO SIGNIFICATIVO. .............................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

FIGURA 7: VARIÁVEIS DE GERMINAÇÃO DE ESPÉCIES AGRÍCOLAS EM FUNÇÃO DE

DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE POLÍMERO HIDRORETENTOR. PORCENTAGEM DE

GERMINAÇÃO AOS 7 DIAS PARA O MILHETO E 14 DIAS PARA AS DEMAIS CULTURAS APÓS A

SEMEADURA (A), TEMPO MÉDIO DE GERMINAÇÃO (B), ÍNDICE DE VELOCIDADE DE

GERMINAÇÃO – IVG (C). ** SIGNIFICATIVO AO NÍVEL DE 1% DE PROBABILIDADE, *

SIGNIFICATIVO AO NÍVEL DE 5% DE PROBABILIDADE, NS NÃO SIGNIFICATIVO. ....................... 25

FIGURA 8: COMPRIMENTO DA PARTE AÉREA (A) E COMPRIMENTO DO SISTEMA RADICULAR

(B) DE PLÂNTULAS DE ESPÉCIES AGRÍCOLAS, EM FUNÇÃO DE DIFERENTES

CONCENTRAÇÕES DE PHOS-CHEK WD881. AOS 7 DIAS APÓS A SEMEADURA PARA O

MILHETO E 14 DIAS PARA AS DEMAIS CULTURAS. ** SIGNIFICATIVO AO NÍVEL DE 1% DE

PROBABILIDADE, * SIGNIFICATIVO AO NÍVEL DE 5% DE PROBABILIDADE, NS NÃO

SIGNIFICATIVO. ................................................................................................................................... 26

FIGURA 9: COMPRIMENTO DA PARTE AÉREA (A) E COMPRIMENTO DO SISTEMA RADICULAR

(B) DE PLÂNTULAS DE ESPÉCIES AGRÍCOLAS, EM FUNÇÃO DE DIFERENTES

CONCENTRAÇÕES DE HOLD FIRE. AOS 7 DIAS APÓS A SEMEADURA PARA O MILHETO E 14

DIAS PARA AS DEMAIS CULTURAS. ** SIGNIFICATIVO AO NÍVEL DE 1% DE PROBABILIDADE, *

SIGNIFICATIVO AO NÍVEL DE 5% DE PROBABILIDADE, NS NÃO SIGNIFICATIVO. ....................... 27

FIGURA 10: COMPRIMENTO DA PARTE AÉREA (A) E COMPRIMENTO DO SISTEMA RADICULAR

(B) DE PLÂNTULAS DE ESPÉCIES AGRÍCOLAS, EM FUNÇÃO DE DIFERENTES

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

10

CONCENTRAÇÕES DE POLÍMERO HIDRORETENTOR. AOS 7 DIAS APÓS A SEMEADURA PARA

O MILHETO E 14 DIAS PARA AS DEMAIS CULTURAS. ** SIGNIFICATIVO AO NÍVEL DE 1% DE

PROBABILIDADE, * SIGNIFICATIVO AO NÍVEL DE 5% DE PROBABILIDADE, NS NÃO

SIGNIFICATIVO. ................................................................................................................................... 27

FIGURA 11: BIOMASSA ACUMULADA DA PARTE AÉREA (A) E DO SISTEMA RADICULAR (B) DE

PLÂNTULAS DE ESPÉCIES AGRÍCOLAS, EM FUNÇÃO DE DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE

PHOS-CHEK WD881. AOS 7 DIAS APÓS A SEMEADURA PARA O MILHETO E 14 DIAS PARA AS

DEMAIS CULTURAS. ** SIGNIFICATIVO AO NÍVEL DE 1% DE PROBABILIDADE, * SIGNIFICATIVO

AO NÍVEL DE 5% DE PROBABILIDADE, NS NÃO SIGNIFICATIVO. ................................................... 28

FIGURA 12: BIOMASSA ACUMULADA DA PARTE AÉREA (A) E DO SISTEMA RADICULAR (B) DE

PLÂNTULAS DE ESPÉCIES AGRÍCOLAS, EM FUNÇÃO DE DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE

HOLD FIRE. AOS 7 DIAS APÓS A SEMEADURA PARA O MILHETO E 14 DIAS PARA AS DEMAIS

CULTURAS. ** SIGNIFICATIVO AO NÍVEL DE 1% DE PROBABILIDADE, * SIGNIFICATIVO AO

NÍVEL DE 5% DE PROBABILIDADE, NS NÃO SIGNIFICATIVO. ......................................................... 29

FIGURA 13: BIOMASSA ACUMULADA DA PARTE AÉREA (A) E DO SISTEMA RADICULAR (B) DE

PLÂNTULAS DE ESPÉCIES AGRÍCOLAS, EM FUNÇÃO DE DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE

POLÍMERO HIDRORETENTOR. AOS 7 DIAS APÓS A SEMEADURA PARA O MILHETO E 14 DIAS

PARA AS DEMAIS CULTURAS. ** SIGNIFICATIVO AO NÍVEL DE 1% DE PROBABILIDADE, *

SIGNIFICATIVO AO NÍVEL DE 5% DE PROBABILIDADE, NS NÃO SIGNIFICATIVO. ....................... 29

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

11

1. INTRODUÇÃO

Com o crescimento populacional e o desenvolvimento socioeconômico ocorre um

aumento na demanda de produtos agrícolas. Contudo, a busca por tecnologias que aumentem

a produtividade é imprescindível para evitar a abertura de novas áreas.

A utilização do fogo em reforma e/ou abertura de áreas para o setor agropecuário é

uma prática comum em regiões com potencial produtivo, pois essa alternativa de fato é um

método barato economicamente, entretanto, essa prática exige cuidados minuciosos para que

não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007).

A área do cerrado está localizada em uma das regiões de maior desenvolvimento do

Brasil, com estações hídricas bem definidas (chuvosa e seca), sendo que na estação da seca,

aliado a baixa umidade do ar e temperaturas elevadas, geram-se condições propicias para a

ocorrência de incêndios ou a realização de queimas controladas. A queimada sem autorização

no Brasil é caracterizada por lei como crime, mas diversos e recorrentes são os casos de

queimadas de origem antrópicas ou até mesmo de origem mecânica, por desgastes ou

choques de peças de máquinas agrícolas (CORRÊA; MELLO, 2013).

Como ferramenta auxiliar no manejo do fogo, foram desenvolvidos e estão disponíveis

no mercado, produtos químicos que retardam e/ou inibem os componentes do triângulo do

fogo (comprimento da chama, velocidade de propagação e intensidade). A utilização desses

produtos ainda necessita de estudos aprofundados para definições quanto aos efeitos no

ambiente, pois, Silva-Filho (2017), afirma que podem causar diversos danos na comunidade

microbiana do solo, morte de peixes, organismos aquáticos e interferência na germinação das

espécies de plantas.

No Brasil não existe uma legislação normativa que regulamente a utilização desses

produtos no combate aos incêndios florestais, mas esses produtos estão disponíveis

comercialmente (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis -

IBAMA, 2018). Sendo assim, o presente trabalho objetivou avaliar se diferentes

concentrações de retardantes de fogo e de Polímero Hidroretentor influenciam no processo

germinativo de sementes agrícolas.

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

12

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Desenvolvimento agrícola

O setor agrícola brasileiro vem se desenvolvendo cada vez mais, especialmente no

Bioma Cerrado e em transições com outros biomas, a partir da substituição de áreas extensas

que antes eram designadas à pecuária. Com o avanço da pecuária e agricultura aliado à

tecnologia empregada ao campo, o cenário do setor agropecuário vem se modificando. A

pecuária vem se tornando intensiva, com maior capacidade de animais em menores áreas, e

a agricultura está buscando métodos que possam diminuir os impactos ao meio ambiente,

consequentemente, aumentando a produtividade com maior eficiência.

Segundo Gomes et al. (2016) o Brasil saiu do patamar de importador de alimentos

para um dos maiores e mais importantes celeiros agrícolas do mundo, em menos de 40 anos.

É de fato o primeiro país a alcançar os grandes exportadores de grãos, como, Estados Unidos,

Canadá, Austrália, Argentina e União Européia. Esse crescimento, permitiu destacar-se como

sendo o único país de clima tropical entre os gigantes de produção de grãos.

Com base nos dados do censo agropecuário brasileiro (2006), 68% do crescimento na

produção nacional foi devido ao emprego de tecnologia na agricultura, com crescimento

significativo da pesquisa para entendimento da interação dos elementos e fatores no meio de

produção, afim de gerar alternativas de produção, e aumentar a produtividade com menores

efeitos negativos sobre o meio ambiente (GOMES et al., 2016). No cenário atual, o produtor

tem uma difícil missão de enfrentar os desafios de aumentar a produção na mesma extensão

de área, conservando os recursos naturais (LUIZ, 2013).

2.2 Processo germinativo

Taiz et al. (2017) definem que o processo germinativo, inicia-se com a absorção de

água pela semente seca, e finaliza com a emergência do eixo embrionário, no qual a radícula

emerge rompendo os tecidos da semente. Na descrição do processo, têm-se que após a

embebição, a semente aumenta seu tamanho e, consequentemente, ocorre a ativação do

metabolismo, transformando compostos insolúveis em compostos solúveis, seguido pela

respiração e a síntese de proteínas.

Morfologicamente o tegumento perde rigidez e se rompe, os tecidos de crescimento

se desenvolvem através da subsistência dos cotilédones, fornecendo reservas de nutrientes,

enzimas, proteínas e carboidratos até que a plântula se desenvolva em condições de nutrir-

se, tornando-se independente (FLORIANO, 2004).

Nas etapas iniciais de crescimento e de desenvolvimento, os fatores bióticos e

abióticos têm elevada influência no desempenho, até que a plântula se estabeleça no

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

13

ambiente. O sucesso da germinação é alcançado quando se obtêm plântulas vigorosas, do

ponto de vista econômico, com plenas condições de se tornar um indivíduo produtivo

(ARAÚJO et al., 2016).

Os fatores intrínsecos que podem interferir na germinação estão diretamente ligados

aos aspectos morfológico e fisiológico das sementes. Segundo Filho (2005) podem ser: i)

vitalidade e viabilidade da semente, que indica como característica a ocorrência da

germinação quando ocorre exposição em ambiente favorável, dando origem a um indivíduo

com bom vigor, sendo assim, com plenas condições de crescer, desenvolver e tornar um

indivíduo produtivo; ii) longevidade, que trata-se do período de tempo que a semente

permanece viva, desde que armazenada sob condições ideais; iii) grau de maturidade, que

varia entre as espécies, e diz respeito à capacidade da semente germinar antes de atingir a

maturidade fisiológica.

Filho (2005) ainda determina que, não menos importante que os outros fatores, devem

ainda ser considerados: i) sanidade, principal meio de transporte de patógenos entre locais

diferentes; ii) genótipo, que em conjunto com a interação com o ambiente da origem ao

fenótipo, característica genética dos descendentes; iii) e por fim, a dormência, período (curto

ou longo) em que a semente permanece em repouso, para que não germine em condições

desfavoráveis, garantindo assim a sobrevivência da espécie.

A interação da semente com o ambiente é essencial para o processo fisiológico da

germinação. A água, a temperatura e o oxigênio, são três fatores determinantes para que

ocorra este processo, desde que sejam em quantidade e intensidade adequadas, pois cada

espécie vegetal apresenta exigências distintas a estes fatores do ambiente. Ressalta-se ainda

que o excesso ou a falta desses fatores podem causar prejuízos ao processo germinativo,

como exemplo a salinidade.

A temperatura influencia a germinação através da ação sobre a velocidade de

absorção da água e no fornecimento de energia na forma de calor para as reações

bioquímicas (CARVALHO; NAKAGAWA, 2012). Ribeiro et al. (2012) estudaram o efeito da

temperatura na germinação de Enterelobium contortisiliqunn e Guazuma ulmifolia, e

observaram que o aumento da temperatura melhorou o desempenho da germinação dessas

espécies, indicando que a temperatura seja de grande influência na germinação e

desenvolvimento inicial da plântula.

Kerbauy (2004) afirma que a luz é o sinal indicador do ambiente para as sementes,

podendo causar a indução ou quebra da dormência, porém, Carvalho & Nakagawa (2012)

não consideram que a luz tenha algum efeito na germinação. Nesse sentido, Floss (2008)

classifica as sementes em três categorias, sendo: fotoblásticas positivas – maior capacidade

de germinar à luz; fotoblásticas negativas – germinam melhor no escuro; e fotoblásticas

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

14

neutras – germinam com a presença ou ausência da luz, sendo a maior parte das sementes

das plantas cultivadas.

Silva et al (2016) observaram efeitos significativos da luz no desenvolvimento inicial

de pinhão-manso (Jatropha curcas L.), antecipando em 2 dias a expansão dos cotilédones

quando o ensaio foi na ausência da luz, porém, na presença de luz, as plântulas apresentaram

coloração verde mais intensa. Esses autores observaram ainda que as plântulas germinadas

na ausência de luz apresentaram maiores tamanhos em altura, podendo ser explicado pela

falta de um estimulo luminoso, causando o estiolamento; posteriormente concluíram que a luz

tem efeito significativo após a germinação, na fase de crescimento, no qual a planta “busca”

luz para se autossustentar através da fotossíntese.

A água é considerada um importante reagente ou substrato para as reações celulares,

com destaque para a fotólise, processo inicial da fotossíntese (PIMENTEL, 2004). Masetto et

al. (2013) avaliaram a germinação de Urochloa ruziziensis em função da disponibilidade

hídrica e observaram que quanto maior o estresse hídrico, menor a germinação e o

desenvolvimento inicial de plântulas, gerando posteriormente prejuízos no estabelecimento

da cultura.

Quanto a toxidade de metais pesados para as plantas, Pereira et al. (2013), avaliaram

a fitotoxicidade do Chumbo (Pb), na germinação e outros parâmetros na cultura da alface, e

observaram que o Pb alterou os padrões de divisão celular causando anormalidade no

meristema apical das raízes, dando origem a alterações morfológicas das plântulas e

comprometendo o seu estabelecimento. Nesse mesmo sentido, Bottega et al. (2017) também

observaram que o aumento na concentração de cloreto de alumínio, diminuiu

significativamente a germinação de Niger (Guizotia abyssinica).

Ainda podem ser destacados alguns fatores químicos que promovem influências na

germinação. Souza et al. (2010), observaram que sementes de pinhão-manso expostas a

condições de estresse salino na fase de embebição, sofreram atraso no processo germinativo.

Salton et al. (2002) afirmaram a necessidade de cuidados com relação ao cloreto de potássio

aplicado na linha de semeadura, que pode causar danos à soja, visto que esse fertilizante é

um sal, e pode apresentar atrasos na germinação, emergência e redução na população de

plantas. Lacerda et al. (2005) frisaram ainda que alguns dessecantes podem deixar resíduos,

causando danos à germinação e redução no vigor das sementes.

2.3 Uso do fogo e de retardantes

O fogo desempenha um papel fundamental no cerrado, pois queimadas periódicas

estimulam a quebra de dormência de sementes, o rebrotamento, a ciclagem de nutrientes, a

frutificação e o estabelecimento de plântulas de diversas espécies (FIDELIS; PIVELLO, 2011).

Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

15

Apesar da queima controlada ser eficaz e de baixo custo econômico na limpeza

agrícola, o negligenciamento de ações básicas de controle tem acarretado em perdas

ambientais imensas (LARA et al., 2007). Todavia, ressalta-se que apesar de serem

destacadas vantagens na prática das queimadas, as desvantagens são superiores, quando

mal manejada.

As condições climáticas do Cerrado se tornam críticas para ocorrência de incêndios

na estação seca, pois ocorrem associações entre baixa umidade relativa do ar, altas

temperaturas e maiores rajadas de vento. Visto que, esses fatores em conjunto com as

características dos materiais combustíveis vivos ou mortos, potencializam a propagação do

fogo (CORRÊA; MELLO, 2013).

A origem dos incêndios nas propriedades rurais pode ser natural, ou provocado pela

ação do homem, com grande destaque para os incidentes de origem mecânica, sendo

comuns em máquinas mal projetadas e/ou mal conservadas (CORRÊA; MELLO, 2013). Em

geral, a utilização do fogo é comum (por ser um método extremamente barato

economicamente), principalmente na abertura de novas áreas, manutenção de áreas

degradadas e invadidas por plantas daninhas por ser um método de baixo custo econômico.

O ponto chave (vantagem) da queimada é que além de eliminar a vegetação da área, ocorre

a liberação de nutrientes que estavam imobilizados no tecido vegetal ao solo, ficando

disponível de forma mais rápida às plantas que irão germinar e se desenvolver.

Moura (2007) afirma que a queima tem efeitos negativos diretos sobre as populações

de organismos que vivem na superfície do solo, contudo, há carência de estudos que visam

os conhecimentos sobre os efeitos do fogo sobre esses organismos. Mas sabe-se que o fogo

além de causar morte, expõe a biota á predação, enquanto a recolonização ocorre em poucos

grupos de forma lenta e restrita.

Durante o processo da combustão são liberados gases na atmosfera como CO2, CO,

CH4, N2O e NOx, que contribui para a poluição do ar atmosférico, favorecendo o aquecimento

global, que se dá pelo aumento da temperatura do globo terrestre. Este tema está sendo muito

discutido pela comunidade científica, em busca de alternativas que possam diminuir a

emissão desses gases na atmosfera (LIMA, et al., 2016).

Realizar queimadas sem autorização é considerado crime no Brasil. Segundo

Barradas (2017), a queima controlada consiste em manejar o fogo de forma racional. Com o

avanço de tecnologias de combate a incêndios, foram desenvolvidos produtos químicos que

inibem a propagação do fogo, chamados de retardantes de fogo. Estes produtos são

classificados de acordo com o tempo de duração residual, como de curta ou longa duração

(BARREIRO et al. 2016). Segundo este mesmo autor, os retardantes são basicamente

misturas de água e sais inorgânicos, normalmente presentes em fertilizantes agrícolas

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

16

(amônio, sulfatos e fosfatos), com alguns aditivos como agentes de espessamento ou uma

mistura de surfactantes, estabilizadores de espuma, agentes umectantes e solventes.

No Brasil, os estudos sobre os efeitos desses produtos no ambiente são escassos, e

em geral, foram realizados para avaliar exclusivamente a eficiência desses produtos em

combater e/ou inibir os incêndios. Segundo Song et al. (2014) após o uso do fogo, as taxas

de germinação ou emergência podem ser alteradas, indicando que é de extrema importância

estudos para determinar essas alterações, e inferir se são decorrentes de efeitos do fogo ou

do retardante utilizado para combatê-lo.

Couto-Vázques; González-Pietro (2006) estudaram a influência dos retardantes nas

propriedades químicas do solo e observaram um aumento do pH. Luna et al. (2007)

observaram que o uso de retardantes de longa duração reduziu a taxa de germinação de

sementes, indicando que o aumento da concentração do produto resultou na redução do

banco de sementes do solo, encurtando a variabilidade de espécies no ecossistema.

Song et al. (2014) realizaram um experimento aplicando três produtos com algumas

concentrações em função da germinação, com destaque para o produto Phos-Chek WD 881®

utilizado também neste presente trabalho. Esses autores observaram que para os três

produtos, independente das concentrações houve significância na redução da taxa de

germinação em teste no laboratório, mas não houve redução na taxa de germinação de

sementes em campo, todavia, as respostas de estresse em mudas foram estatisticamente

insignificantes. Nesse caso, os autores afirmaram que os retardantes de fogo são

possivelmente seguros para o meio vegetal, podendo ser usados para combater o fogo, mas

não atesta sobre a influência desses produtos em sistemas aquáticos, onde as informações

não são conhecidas.

Bell et al. (2005) observaram que a aplicação de retardante de longa duração (Phos-

Chek D75R) não apresentou significância na alteração na diversidade de espécies e cobertura

de folhagem, porém, notaram que principalmente os tratamentos com maiores concentrações

apresentaram infestação de plantas daninhas.

O produto Hold Fire® possui propriedades surfactantes biodegradáveis (SILVA-FILHO

2017), que segundo Felipe e Dias (2017) são compostos orgânicos anfipáticos e sua molécula

apresenta uma porção polar e outra apolar, tendo como grande característica, quando

adicionado a água, o acúmulo na superfície, diminuindo a força de coesão e reduzindo assim

a tensão superficial. A espuma formada por esses produtos na superfície da água,

teoricamente, diminui a penetração dos raios solares e reduz a solubilidade do oxigênio,

podendo provocar a morte de micro-organismos, peixes e plantas aquáticas.

Vargas; Roman (2006) citaram que as substâncias surfactantes são muito utilizadas

em aplicações de herbicidas, fungicidas e inseticidas, contribuindo positivamente para a

eficiência dos mesmos. Segundo eles, os surfactantes são divididos em dois grupos, não-

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

17

iônicos e iônicos, sendo que o primeiro tipo, não reage com os sais ou moléculas presentes

na água, não apresentando toxicidade às plantas, enquanto que o segundo, pode ocorrer

dissociação, e reagir com sais ou moléculas, formando outros compostos que podem ser

tóxico.

Em busca de novas alternativas, algumas pesquisas (uso como retardante de fogo)

têm sido desenvolvidas para aumentar o leque de utilização de polímeros hidroretentores.

Zonta et al. (2009) afirma que estes polímeros são arranjos de moléculas orgânicas, que

quando isento de umidade, possuem característica de ser granular e quebradiço. Porém ao

ser hidratado, o mesmo forma um gel de característica macia e elástica.

Os polímeros hidroretentores são capazes de absorver água em relação a sua massa

seca, podendo armazenar, e de maneira controlada, disponibilizar esses recursos hídricos à

planta, garantindo assim, que o estresse hídrico seja minimizado (YONEZAWA, 2017). Suriani

(2010) obteve resultados positivos ao utilizar o polímero hidroretentor como condicionador de

solo na cana-de-açúcar; Pelegrin et al. (2017) também obtiveram o mesmo resultado na

cultura da soja, aumentando assim o rendimento. Nicoletti et al. (2014) analisou

especificamente as raízes de Eucalyptus urograndis em função de doses de Polímero

Hidroretentor e observaram que o aumento da dose propiciou maior volume de raiz.

Yonezawa (2017) afirma que o uso de Polímero Hidroretentor pode aumentar a taxa de

germinação de sementes, mas vale lembrar que diversos fatores também influenciam na

germinação, como a composição química do polímero, a quantidade aplicada e a espécie.

2.4 Produtos retardantes utilizados

Foram utilizados neste estudo os retardantes de fogo Phos-Chek WD881® (ICL

Performance Products LP, St. Louis, MO, EUA), produto que consiste numa solução de

sulfonato de alfa olefina, 2,4-pentanodiol, 2-metil-, álcool laurílico e d-limoneno (ICL, 2015), e

classificado como retardante classe A de longa duração; Hold Fire® (Favaro; Perin Ind. E

Com. LTDA – ME, Vila Velha, ES, BR), produto composto de óleos orgânicos, polímero

higroscópico e surfactante, classificado como retardante classe A (Favaro; Perin, 2016) e

considerado como de curta duração; e o Nutrigel® (Polímero Hidroretentor (Agroterra

Insumos, São José do Rio Preto, SP, BR)), produto a base de MgCO3, CaCO3 e polímeros

(AGROTERRA, 2015), consistindo num hidrogel utilizado no manejo hídrico na agricultura.

Esses produtos químicos foram selecionados (Phos-Chek WD881® e Hold Fire®) para

a realização deste estudo pois estão disponíveis no comércio de combate a incêndio, visto

que não existem estudos para saber a influência no crescimento e desenvolvimento das

espécies agrícolas. O Polímero hidroretentor, podendo ser um produto alternativo no manejo

do fogo (Bordado & Gomes, 2007; Souza et al., 2012). E, principalmente devido a inexistência

de legislação que regulamente a utilização de retardantes de fogo (IBAMA, 2018), assim como

os efeitos desses produtos na vegetação de espécies agrícolas.

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

18

Visto que atualmente, ocorrem grandes incêndios em áreas ocupadas com resíduos

vegetais de milho no período seco, e que porventura, podem ocorrer aplicações de

retardantes de fogo no combate do incêndio. Em caso positivo de controle, áreas que

receberam caldas de água e retardante terão elevados percentuais de material combustível

remanescente, indicando que, em caso de movimentação do produto na palhada e solo, o

mesmo pode promover alterações no processo de germinação das culturas subsequentes e

estímulo ao crescimento de plantas invasoras.

2.5 Espécies agrícolas

Oryza sativa L. Comumente conhecido como arroz, é uma espécie herbácea, dentro

da classe Liliopsida (Monocotiledônea), ordem Poales, família Poaceae e gênero Oryza. O

arroz é uma gramínea anual, morfofisiologicamente sendo classificada no grupo de plantas

C3, com principal característica de se adaptar ao ambiente aquático, podendo então, ser

cultivada em ambiente alagado ou sequeiro (NUNES, 2008).

O feijoeiro (Phaseolus vulgaris) situa-se na classe das Magnoliopsida (Dicotiledônea),

sendo o mesmo pertencendo a ordem Fabales, família Fabaceae, e gênero Phaseolus. O

feijão é uma leguminosa anual, morfofisiologicamente classificado no grupo de plantas C3

(ARF et al., 2015).

O milheto (Pennisetum glaucum) pertence a classe Liliopsida (Monocotiledônea),

ordem Poales, família Poaceae e gênero Pennisetum. Planta anual, de clima tropical,

morfofisiologicamente classificado no grupo de plantas C4. O milheto é uma gramínea, muito

utilizado como opção de safrinha no cerrado, possibilitando rotação de cultura com a soja e

algodão, visto que essa cultura se adapta as condições de seca, tendo uma alta eficiência no

uso da água (DANTAS; NEGRÃO, 2010).

O milho (Zea mays L.) pertence a classe Liliopsida (Monocotiledônea), ordem Poales,

família Poaceae e gênero Zea. Planta anual, morfofisiologicamente classificado no grupo de

plantas C4. O milho é uma gramínea, produzido em larga escala no território brasileiro,

especificamente no cerrado é produzido em safrinha, sendo a principal cultura sucessora após

a colheita da soja (BARROS; ALVES, 2015).

A soja (Glycine max) pertence a classe Magnoliopsida (Dicotiledônea), ordem Fabales,

família Fabaceae, gênero Glycine. Planta anual, morfofisiologicamente classificada no grupo

de plantas C3. O grande sucesso desta cultura está intimamente ligado a associação das

bactérias fixadoras de nitrogênio com a espécie (NUNES, 2016).

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

19

3. MATERIAL E MÉTODOS

As sementes das cinco espécies agrícolas avaliadas (Arroz (Oryza sativa), Feijão

(Phaseolus vulgaris), Milheto (Pennisetum glaucum), Milho (Zea mays) e Soja (Glycine max))

foram obtidas junto a empresas produtoras de sementes da região de Sinop-MT. A pesquisa

foi realizada em cinco etapa do teste de germinação, sendo uma para cada espécie devido o

limite de espaço na câmara de germinação BOD, conduzida no Laboratório Ambiente e

Planta, da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus de Sinop entre agosto de 2018 e

maio de 2019.

3.1 Testes de Germinação

Os testes de germinação com as cinco espécies agrícolas ocorreram em câmaras de

germinação vertical BOD, sob temperatura constante de 25º C e fotoperíodo de 12 horas

(figura 1). Os materiais utilizados como caixas tipo Gerbox e caixas plásticas de germinação,

foram esterilizados com hipoclorito de sódio. Pinças e/ou outros materiais utilizados no

manuseio, foram esterilizados com álcool 70%, visando diminuir a contaminação por

patógenos.

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

20

Figura 1: Ensaio com a cultura do arroz em câmara de germinação vertical BOD. Fonte: SANTOS, (2019)

O ensaio foi instalado em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial

com 5 concentrações diferentes para cada tratamento, com 4 repetições contendo 100

sementes cada, para cada espécie avaliada. Os tratamentos consistiram em três produtos

usados como retardantes de fogo, em diferentes concentrações (previamente definidas em

ensaios de campo que avaliaram esses valores no controle do fogo): i) Polímero Hidroredentor

(Nutrigel) nas concentrações de 0,1; 0,25; 0,5; 0,75 e 1 g L-1; ii) Phos-Chek WD-881® nas

concentrações de 0,1; 0,3; 0,6; 0,8 e 1 mL L-1; iii) Hold Fire® nas concentrações de 0,7; 0,9;

1,1; 1,3 e 1,5 mL L-1; iv) e testemunha, apenas água destilada para embebição do substrato.

As sementes foram acondicionadas (em caixas do tipo gerbox com dimensões:

11x11x3 cm para a cultura do milheto, arroz e bandejas plásticas de germinação com

dimensões: 18x18x7 cm para as espécies de feijão, milho e soja), (figura 2) sob papel

Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

21

Germitest® embebido com as soluções das diferentes concentrações pré-estabelecidas dos

produtos, e a testemunha, na proporção de 2,5 vezes o peso do papel (BRASIL, 2009). Para

a reposição de umidade, utilizou-se água destilada conforme necessidade de cada repetição.

Figura 2: Semeadura de milheto (A) milho (B) e soja (C)

3.2 Variáveis analisadas

i) Porcentagem de germinação (PG em %): avaliada por meio da contagem aos 7 dias

para a cultura do milheto e 14 dias para as demais culturas após a instalação do experimento,

sendo consideradas germinadas as sementes que originaram plântulas normais (BRASIL,

2009).

ii) Índice de velocidade de germinação (IVG): a contagem foi realizada diariamente a

partir do dia seguinte da instalação dos experimentos, até o último dia de contagem. Foi

considerada semente germinada a que apresentou pelo menos 3 mm de protrusão da raiz

primária e coleóptilo da parte aérea. O índice de velocidade de germinação foi determinado

conforme Maguire (1962) (Equação1):

IVG =G1

N1+

G2

N2+⋯+

Gn

Nn (Equação 1)

em que: IVG é o índice de velocidade de germinação; G1, G2, Gn é o número de

plantas normais computadas na primeira, segunda até a última contagem; N1, N2, Nn é o

número de dias desde a semeadura até a primeira, segunda até a última contagem.

iii) Tempo médio de germinação (TMG em dias): obtido por meio de contagens diárias

das sementes germinadas até o sétimo dia para a cultura do milheto; para as demais culturas

até o décimo quarto dia após a semeadura, conforme Labouriau (1983) (Equação 2):

TMG =Σ(niti)

Σni (Equação 2)

Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

22

em que: TMG é o tempo médio de germinação em dias; ni é o número de sementes

germinadas por dia, no intervalo entre cada contagem; ti é o tempo decorrido entre o início da

germinação e a sétima contagem; i é igual a 1, 2, ... n

iv) Comprimento das raízes (CR em cm) e da parte aérea (CA em cm) (Figura 3):

obtidas com auxílio de régua milimetrada aos 7 dias para a cultura do milheto e aos 14 dias

para as espécies do feijão, milho e soja, após a instalação do experimento.

v) Massa seca das raízes (MSR em g) e da parte aérea (MSA em g): as pesagens das

biomassas das plântulas foram realizadas em balança analítica de precisão (0,0001 g), em

seguida, o material vegetal foi colocado em estufa de circulação forçada de ar, sob

temperatura de 65ºC até obtenção de massa seca constante. Posteriormente o material foi

pesado e calculado valores de MSR e MSA, os resultados foram expressos em gramas por

plântula, de acordo com Nakagawa (1999).

3.3 Análise estatística

O delineamento experimental empregado foi o inteiramente casualizado. Os dados de

germinação e crescimento foram submetidos ao teste de normalidade de Shapiro-Wilk (p ≤

0,05), e posteriormente à análise de variância pelo teste F, quando significativo foram

realizadas as análises de regressão polinomial quadrática, obtidas para cada concentração,

por produto e por espécie, ao nível de 95% de confiança.

Figura 3: Plântula anormal de milho aos 14 DAS (A), plântula normal de feijão aos 14 DAS (B), análise destrutiva do feijão aos 14 DAS (C).

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

23

4. RESULTADOS

4.1 Germinação (porcentagem, tempo médio e índice de velocidade)

A porcentagem de germinação com solução de Phos-Chek WD 881 foi significativa

(p<0,01) apenas para sementes de milheto, apresentando comportamento polinomial

decrescente, indicando que o aumento inicial da concentração diminui a porcentagem de

sementes germinadas (Figura 5A).

A concentração de 0,8 mL L-1 apresentou a menor porcentagem de germinação

(75,2%) com uma redução de 15,3% no poder germinativo no milheto quando comparado à

testemunha (0,0 mL L-1) que apresentou 90,8% de plântulas germinadas normais.

Não foram observadas diferenças significativas no tempo médio de germinação (TMG)

independentemente da cultura para as concentrações de Phos-Chek WD881 (Figura 5B).

Quanto ao IVG, apenas nas sementes de milheto houve diferença a 1% de probabilidade

(Figura 5C), corroborando com o mesmo comportamento obtido na germinação.

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

24

Figura 4: Variáveis de germinação de espécies agrícolas em função de diferentes concentrações de Phos-Chek WD881. Porcentagem de germinação - %G aos 7 dias para o milheto e 14 dias para as demais culturas após a semeadura (A), tempo médio de germinação - TMG (B), índice de velocidade de germinação – IVG (C). ** Significativo ao nível de 1% de probabilidade, * Significativo ao nível de 5% de probabilidade, ns não significativo.

Já as aplicações de diferentes concentrações do produto Hold Fire (Figura 6)

permitiram efeitos significativos apenas para a porcentagem de germinação de sementes de

milho, visto que a testemunha (0,0 mL L-1) propiciou 98,8% de germinação, enquanto com a

maior concentração do produto permitiu germinação de 95,1% das sementes. Contudo,

ressalta-se que nesse caso, apesar da significância, os percentuais de germinação obtidos

são considerados elevados para a cultura. Para TMG e IVG não foram observadas influências

dos produtos e das suas concentrações, mesmo considerando o nível de significância de 5%.

Figura 5: Variáveis de germinação de espécies agrícolas em função de diferentes concentrações de Hold Fire. Porcentagem de germinação aos 7 dias para o milheto e 14 dias para as demais culturas após a semeadura (A), tempo médio de germinação (B), índice de velocidade de germinação – IVG

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

25

(C). ** Significativo ao nível de 1% de probabilidade, * Significativo ao nível de 5% de probabilidade, ns não significativo.

Nas soluções com Polímero Hidroretentor (Figura 7), as espécies obtiveram

significância apenas para a porcentagem de germinação (Figura 7A) de sementes de soja,

que apresentou 72,8 e 61,1 % de germinação a 0,0 e 0,76 g L-1, respectivamente. na maior

concentração (1,0 g L-1) ocorreu 62,3% de sementes germinadas (p<0,05). Para esse produto,

também não foram observadas diferenças no TMG (Figura 7B) e IVG (Figura 7C) para todas

as culturas.

Figura 6: Variáveis de germinação de espécies agrícolas em função de diferentes concentrações de Polímero Hidroretentor. Porcentagem de germinação aos 7 dias para o milheto e 14 dias para as demais culturas após a semeadura (A), tempo médio de germinação (B), índice de velocidade de germinação – IVG (C). ** Significativo ao nível de 1% de probabilidade, * Significativo ao nível de 5% de probabilidade, ns não significativo.

Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

26

4.2 Crescimento de plântulas

O Phos-Chek WD881 afetou negativamente o crescimento da parte aérea de plântulas

de arroz (Figura 8A), o aumento das concentrações propiciou diminuição do comprimento da

parte área, com redução de até 16%, quando se compara 0,0 e 1,0 mL L-1 (p<0,01). Já o

produto Hold Fire apresentou diferenças (p<0,05) apenas para a redução do comprimento da

parte área de plântulas de soja (Figura 9A). Por conseguinte, as diferentes concentrações de

polímero hidroretentor não apresentaram nenhuma influência nas plântulas das cinco culturas

avaliadas (Figura 10).

Quanto ao comprimento da parte radicular, não foram observadas influências

significativas de nenhum produto retardante de fogo para as espécies estudadas.

Figura 7: Comprimento da parte aérea (A) e Comprimento do sistema radicular (B) de plântulas de espécies agrícolas, em função de diferentes concentrações de Phos-Chek WD881. Aos 7 dias após a semeadura para o milheto e 14 dias para as demais culturas. ** Significativo ao nível de 1% de probabilidade, * Significativo ao nível de 5% de probabilidade, ns não significativo.

Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

27

Figura 8: Comprimento da parte aérea (A) e Comprimento do sistema radicular (B) de plântulas de espécies agrícolas, em função de diferentes concentrações de Hold Fire. Aos 7 dias após a semeadura para o milheto e 14 dias para as demais culturas. ** Significativo ao nível de 1% de probabilidade, * Significativo ao nível de 5% de probabilidade, ns não significativo.

Figura 9: Comprimento da parte aérea (A) e Comprimento do sistema radicular (B) de plântulas de espécies agrícolas, em função de diferentes concentrações de Polímero Hidroretentor. Aos 7 dias após a semeadura para o milheto e 14 dias para as demais culturas. ** Significativo ao nível de 1% de probabilidade, * Significativo ao nível de 5% de probabilidade, ns não significativo.

4.3 Biomassa das plântulas

Ao avaliar a massa seca da parte aérea, as concentrações do produto Phos-Chek

WD881 (Figura 11A) e Hold Fire (Figura 12A) não apresentaram influências para as plântulas

das cinco culturas avaliadas, mesmo ao nível de 5%.

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

28

Porém o tratamento com o Phos-Chek WD881 (Figura 11B), semelhante ao observado

para outras variáveis nas quais afetou significativamente as gramíneas, especificamente na

parte da raiz do milheto, (p<0,05) dada pela redução da massa seca da raiz de 0,01 a 0,006g

para as concentrações de 0,0 e 1,0 mL L-1. Já o Hold Fire (Figura 12B) influenciou as

biomassas seca da raiz das plântulas de arroz e soja, com o aumento das concentrações.

Visto que para a espécie do arroz apresentou 0,05g e 0,03g para as concentrações de 0,0 e

1,5 mL L-1, e a soja obteve 0,17g e 0,11g para as concentrações de 0,0 e 1,5 mL L-1.

As concentrações do Polímero Hidroretentor (Figura 13) influenciaram a massa seca

da parte aérea das plântulas de milho (Figura 13A), com tendência de crescimento com o

aumento das concentrações. Nesse caso, não houve influências na biomassa seca da raiz

(Figura 13B), independentemente da espécie.

Figura 10: Biomassa acumulada da parte aérea (A) e do sistema radicular (B) de plântulas de espécies agrícolas, em função de diferentes concentrações de Phos-Chek WD881. Aos 7 dias após a semeadura para o Milheto e 14 dias para as demais culturas. ** Significativo ao nível de 1% de probabilidade, * Significativo ao nível de 5% de probabilidade, ns não significativo.

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

29

Figura 11: Biomassa acumulada da parte aérea (A) e do sistema radicular (B) de plântulas de espécies agrícolas, em função de diferentes concentrações de Hold Fire. Aos 7 dias após a semeadura para o Milheto e 14 dias para as demais culturas. ** Significativo ao nível de 1% de probabilidade, * Significativo ao nível de 5% de probabilidade, ns não significativo.

Figura 12: Biomassa acumulada da parte aérea (A) e do sistema radicular (B) de plântulas de espécies agrícolas, em função de diferentes concentrações de Polímero Hidroretentor. Aos 7 dias após a semeadura para o Milheto e 14 dias para as demais culturas. ** Significativo ao nível de 1% de probabilidade, * Significativo ao nível de 5% de probabilidade, ns não significativo.

5. DISCUSSÃO

5.1 Phos-Chek WD 881: Germinação e Vigor

Visto que estudos para se obter informações sobre os efeitos dos retardantes de fogo

no ambiente são relativamente escassos, é de extrema importância determinar as alterações

dessas substâncias nos organismos (SONG, 2014). Nesse caso, houve redução na

porcentagem de germinação, que poderia influenciar diretamente na população de plantas da

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

30

cultura, e também redução do índice de velocidade de germinação (IVG), podendo fazer com

que as plântulas de milheto levem maior tempo para se estabelecerem no ambiente. Mas vale

ressaltar que as outras culturas avaliadas (arroz, feijão, milho e soja) não foram afetadas.

Esse produto é a base de surfactantes, que são moléculas que alteram a tensão

superficial da água (adesão e coesão), e que por sua vez podem permitir uma super-

hidratação, pois essas moléculas reduzem a hidrofobicidade dos lipídeos (CARRASCHI et al.,

2012), causando prejuízos às funções das células e alterando também o gradiente de

concentração osmótico a nível celular.

Neste contexto é importante salientar que, os resultados obtidos são em ambiente

controlado, no qual não ocorrem influências diretas da radiação solar, temperatura, microbióta

do solo, diminuição da concentração do produto por diluições decorrentes das chuvas, além

das interações das partículas do solo com a molécula do produto. Sendo assim, ao analisar

isoladamente a influência do Phos-Chek WD881 na germinação e vigor de sementes de

milheto, não seria recomendada a implantação da cultura, após a utilização desse produto.

Todavia, recomenda-se cautela, pois essa cultura normalmente é conduzida em sucessão a

cultura principal (safra), além de serem necessários estudos para se obter realmente os

efeitos do produto quando a plântula estiver se desenvolvendo em condições ambientais de

cultivo.

Apenas nas plântulas de milheto ocorreram reduções da massa seca da raiz, sendo

um indicativo de sensibilidade dessa cultura ao Phos-Chek WD881, reforçando os resultados

obtidos na porcentagem de germinação e IVG.

5.2 Hold Fire: Germinação e Vigor

Em busca de informações sobre a toxidade do retardante de incêndios Hold Fire ao

ambiente, são informações disponibilizadas, e não publicadas, de análises químicas

realizadas por laboratórios contratados pelo fabricante, nas quais foram observadas

fitotoxicidades em organismos aquáticos Daphnia magna; Desmodesmus subspicatus e Vibrio

fischeri.

Keffer (2019) em estudo semelhante a este trabalho avaliou os efeitos deste produto

na germinação de espécies florestais, e observou que o aumento da concentração de Hold

Fire, influencia negativamente na germinação de algumas espécies florestais, todavia, não

alterou o vigor de plântulas. De maneira semelhante, neste trabalho, o Hold Fire influenciou

apenas na germinação de sementes de milho, e não comprometeu o vigor de plântulas de

nenhuma das cinco espécies avaliadas.

Contudo, apesar do Hold Fire não apresentar toxicidade na maioria das espécies,

deve-se ter cautela na utilização, visto que o mesmo pode acarretar perda na porcentagem

germinativa de milho, podendo reduzir o estande de plantas na área, favorecendo o

Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

31

estabelecimento de outras espécies, visto que a cultura ficará prejudicada, pois se reduz a

porcentagem de germinação, resultará em redução no estande de plantas. Porém vale

lembrar, que apesar de significativo estatisticamente, a porcentagem de germinação na maior

concentração, levando em consideração aspectos agronômicos, ainda continua a ser elevada

para a cultura do milho.

Para o Hold Fire a espécie do milho foi sensível na porcentagem de germinação.

Fazendo um paralelo entre os dois produtos Hold Fire e Phos-Chek, nota-se que os dois

produtos apresentam toxicidade na porcentagem germinativa em duas culturas muito

próximas (milho e milheto), classificados como subfamília dos Panicoideae. Podendo ter uma

relação entre essa semelhança taxonômica e os resultados obtidos, pois esses dois produtos

são a base de surfactantes aniônicos, que podem ter interferido de alguma maneira na

germinação dessas duas espécies.

5.3 Polímero Hidroretentor: Germinação e Vigor

Yonezawa (2017) afirmou que ao fazer o uso do polímero pode-se aumentar a taxa de

germinação de sementes. Pelegrin et al. (2017) encontraram resultado positivos na cultura da

soja, obtendo melhores rendimentos com o aumento da dose aplicada. Contudo neste

trabalho, apesar de ser em outro momento de desenvolvimento da cultura, foram observados

resultados contrários para a cultura da soja, reduzindo a porcentagem de germinação, mas

não houve alteração no vigor das plântulas germinadas em nenhuma das culturas, inclusive

da soja.

Entretanto vale lembrar que a cultura da soja tem a capacidade de recompor as falhas

de estande, pois apresenta alta plasticidade fenológica em suas características, adaptando

as condições ambientais, por conta de suas modificações na morfologia da planta (KOMATSU

et al., 2010).

Ao contrário dos outros produtos, o Polímero Hidrotentor apresentou resultados

promissores, visto que não influenciou negativamente no crescimento de plântulas em

nenhuma das espécies, inclusive aumentou a massa seca da parte aérea do milho. Esse

comportamento pode ser em função da natureza dos compostos químicos desse produto, pois

o mesmo contém CaO, CaCO3, MgO e MgCO3 (KEFFER, 2019). O cálcio e o magnésio

presente no produto podem ter contribuído para os resultados positivos na massa seca da

parte aérea do milho, visto que esses elementos minerais são essenciais para a nutrição das

plantas, e em quantidades adequadas, podem resultar em efeitos positivos (RAIJ, 1991).

Vale salientar que o trabalho foi desenvolvido em ambiente controlado, pois os resultados

negativos aqui encontrados podem não ser observados em condições de campo, pois se tem

a influência do ambiente na degradação do produto. Essa constatação foi obtida por Song et

al. (2014), no qual ao realizar o experimento em ambiente controlado, o produto apresentou

Page 32: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

32

significância, mas em contrapartida, quando testou em campo não obteve resposta de

estresse em mudas.

6. CONCLUSÃO

Nas condições de testes de germinação em laboratório, conclui-se que:

O Phos-Chek WD881 influencia negativamente na porcentagem de germinação, índice

de velocidade de germinação e massa seca da raiz da cultura do milheto, demonstrando que

essa cultura é sensível ao produto. Também há influência no comprimento da parte aérea de

plântulas de arroz.

O Hold Fire reduz a porcentagem germinativa de sementes de milho, comprimento da

parte aérea e massa seca da raiz da soja, e massa seca da raiz do arroz.

Polímero Hidroretentor diminui a porcentagem germinativa da soja, porém aumenta a

massa seca da parte aérea do milho.

Page 33: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

33

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Agroterra. Ficha técnica (Produto Nutrigel). Agroterra Insumos, São José do Rio Preto, SP, 2015.

ARAUJO, C. C.; GUILHON, B. F.; ABREU, W. C.; ZANDAVALLI, R. B. Fatores que afetam a germinação e o crescimento inicial de plantas. Encontros Universitários da UFV. Fortaleza, v. 1, n. 1, p. 1321, 2016.

ARF, O.; LEMOS, L. B.; SORATTO, R. P.; FERRARI, S. Aspectos gerais da cultura do feijão Phaseolus vulgaris L. Botucatu, FEPAF, 2015.

BARRADAS, A. C. S. A gestão do fogo na Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins, Brasil. Dissertação (Mestrado em Biodiversidade em Unidades de Conservação) - Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro / Escola Nacional de Botânica Tropical, 2017.

BARREIRO, A.; MARTÍN, A.; CARBALLAS, T.; DÍAS-RAVIÑA, M. Long-term response of soil microbial communities to fire and fire-fighting chemicals. Biology and fertility of soils, v. 52, n. 7, p. 963-975, 2016.

BARROS, G. S. C.; ALVES, L. R. A. Maior eficiência econômica e técnica depende do suporte das políticas públicas. Visão Agrícola, São Paulo, v. 13, n. 9, p. 4-7, 2015.

BELL, T.; TOLHURST, K.; WOUTERS, M. Effects of the fire retardant Phos-Check on vegetation in eastern Australian heathlands. International Journal of Wildland Fire, Australian, v. 14, n. 2, p. 199-211, 2005.

BORDADO, J. C. M.; GOMES, J. F. P. New technologies for effective forest fire fighting. International Journal of Environmental Studies, London, v.64, n.2, p.243-251, 2007.

BOTTEGA, S. P.; RECH, J.; HEID, D. M.; SOUZA, L. C. F. Germinação de sementes de niger (Guizotia Abyssinica (LF) Cass) sob efeito de diferentes concentrações de cloreto de alumínio. Revista Cultivando o Saber, v. 10 – n 2, p. 251 a 258, 2017.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Brasília: MAPA, 2009. 399p.

CARRASCHI, S. P.; LUNA, L. A. V.; NETO, A. N.; GÍRIO, A. C. F.; CRUZ, C.; PITELLI, R. A. Toxicidade aguda e risco ambiental de surfactantes agrícolas para o guaru Phalloceros caudimaculatus (Pices: Poecilidae). Journal of the Brazilian Society of Ecotoxicology, Itajaí, v.7, n.1, 2012.

CARVALHO, N. M. de; NAKAGAWA, J. (Eds). Sementes: ciência, tecnologia e produção. 5.ed. Jaboticabal: Funep, 2012. 590p.

CORRÊA, I. M.; MELLO, R. C. Riscos de incêndio no uso de máquinas agrícolas. Instituto agronômico de campinas, [2013].

COUTO-VÁZQUEZ, A.; GONZÁLEZ-PRIETO, S. J. Short-and medium-term effects of three fire fighting chemicals on the properties of a burnt soil. Science of the total environment, v. 371, n. 1-3, p. 353-361, 2006.

DANTAS, C. C. O.; NEGRÃO, F. M. Características agronômicas do Milheto (Pennisetum glaucum). PUBVET, v. 4, p. Art. 956-961, 2010.

FAVARO & PERIN Indústria e Comércio Ltda - ME. Hold fire: retardante de incêndio classe A. Favaro & Perin Indústria e Comércio Ltda - ME, Vila Velha, ES, 2016.

Page 34: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

34

FELIPE, L. O.; DIAS, S. C. Surfactantes sintéticos e biossurfactantes: vantagens e desvantagens. V. 39, n 3, p. 228-236, São Paulo, 2017.

FIDELIS, A.; PIVELLO, V. R. Deve-se usar o fogo como instrumento de manejo no Cerrado e Campos Sulinos?. Biodiversidade Brasileira, n. 2, p. 12-25, 2011.

FILHO, C. M.; MARTINS, M. C.; RIBEIRO, G. A.; LIMA, G. S.; CARDOSO, M. T.; TORRES, C. M. M. E.; PINTO, F. B. Eficiência de um retardante de fogo de longa duração utilizado em incêndios florestais. Ciência Florestal, 22(2), 365-371, 2012.

FILHO, M. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. Piracicaba: Fealq, 2005. 495p.

FLORIANO, E. P. Germinação e dormência de sementes florestais, Caderno Didático nº 2, 1ª ed. Santa Rosa, 2004.

FLOSS, E. L. Fisiologia das plantas cultivadas: O estudo do que está por trás do que se vê / 4º Ed. - Passo Fundo: Ed. Universidade de Passo Fundo, 2008. 733p.

GOMES, M. P.; GRÜNDLING, R. D. P.; CONTINI, E.; JUNIOR, P. A. V. Desafios do cerrado: como sustentar a expansão da produção com produtividade e competitividade - Cuiabá: Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão, 2016.

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA.. Disponível em: <https://www.ibama.gov.br/phocadownload/quimicos-e-biologicos/retardantes dechamas/2018-SEI_IBAMA-Parecer-Tecnico-5142018-COASP-CGASQ-DIQUA.pdf>. Acesso em: 15 mai. 2019.

ICL. Safety Data Sheet (Phos-Chek® WD881 Class a Foam Concentrate). Disponível em: <https://www.fs.fed.us/rm/fire/wfcs/products/msds/foam/wd881.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2018. 2015.

KEFFER, F. J. Efeito de retardantes de fogo sobre a germinação de espécies florestais tropicais. Dissertação (Mestrado em ciências ambientais) – Universidade Federal de Mato Grosso, Pós graduação em Ciências ambientais, Sinop, 2019.

KERBAUY, G. B. Fisiologia vegetal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. 470p.

KOMATSU, R. A.; GUADAGNIN, D. D.; BORGO, M. A. Efeito do espaçamento de plantas sobre o comportamento de cultivares de soja de crescimento determinado. Campo digital l, v. 5, n. 1, p. 50-55, 2010.

LABOURIAU, L. G. A germinação das sementes. Washington: OEA, 1983. 174p.

LACERDA, A. L. S.; DE SÁ, M. E.; FILHO, W. V. V. Efeitos da dessecação de plantas de soja no potencial fisiológico e sanitário das sementes. Bragantia, p. 447-457, 2005.

LARA, D. X.; FIEDLER, N. C.; MEDEIROS, M. B. Uso do fogo em propriedades rurais do cerrado em Cavalcante, GO. Ciência Florestal, v. 17, n. 1, p. 9-15, 2007.

LIMA, M. A.; LUIZ, A. J. B.; NEVES, M. Gases de efeito estufa da queima de cana-de-açúcar no estado de São Paulo: 1990 a 2015. Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente, 2016.

LUIZ, C. R. A tecnologia no agronegócio. 2013. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Administração) – Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis, Assis, 2013.

Page 35: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

35

LUNA, B.; MORENO, J. M.; CRUZ, A.; GONZÁLEZ, F. F. Effects of a long-term fire retardant chemical (Fire-Trol 934) on seed viability and germination of plants growing in a burned Mediterranean area. International Journal of Wildland Fire, v. 16, n. 3, p. 349-359, 2007.

MAGUIRE, J. D. Speed of germination aid in selection and evaluation for emergence and vigour. Crop Science, Madison, v.2, p.176-177, 1962.

MASETTO, T. E.; RIBEIRO, D. M.; REZENDE, R. K. S. Germinação de sementes de Urochloa ruziziensis em função da disponibilidade hídrica do substrato e teor de água das sementes. Pesquisa Agropecuária Tropical, p. 10, Goiânia, 2013.

MOURA, J. M. Impacto do fogo sobre a microbiota edáfica em diferentes fitofisionomias do pantanal em Mato Grosso. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Pós-graduação em Agricultural Tropical, 2007.

NAKAGAWA, J. Testes de vigor baseados no desempenho de plântulas. In: Krzyzanowski, F. C.; Vieira, R. D.; França Neto, J. B. (Eds.). Vigor de sementes: conceitos e testes. Londrina: ABRATES, 1999. 218p.

NICOLETTI, M. F.; NAVROSKI, C. M.; ANDRIOLLO, K.; PEREIRA, M. O.; FRIGOTTO, T. Efeito do hidrogel no enraizamento e crescimento inicial de miniestaca do híbrido Eucalyptus urograndis. Revista Cultivando o Saber, v. 7 - n. 4, p. 353-361, 2014.

NUNES, J. L. S. Características do Arroz (Oryza sativa). 2008.

PELEGRIN, A. J. D.; NARDINO, M.; FERRARI, M.; CARVALHO, I. R.; SZARESKI, V. J.; BELLE, R.; SOUZA, V. Q. D. Polímeros hidroretentores na cultura da soja em condições de solo argiloso na região norte do Rio Grande do Sul. Revista de Ciências Agrárias, v. 40, n. 1, p. 175-182, 2017.

PEREIRA, M. P.; PEREIRA, F. J.; RODRIGUES, L. C. A.; BARBOSA, S.; CASTRO, E. M. Fitotoxicidade do chumbo na germinação e crescimento inicial de alface em função da anatomia radicular e ciclo celular. Revista Agro@mbiente On-line, v. 7, n. 1, p. 36-43, 2013.

PIMENTEL, C. A relação da planta com a água. Seropédica: Edur, 2004.

RAIJ B. V. Fertilidade do solo e adubação, São Paulo: CERES/POTAFOS, 1991. 343p.

RIBEIRO, E. S.; OLIVEIRA, D. P.; SOUZA, R. S.; PASA, M. C.; SOUZA, R. A. T. M. Efeito da temperatura na germinação de sementes de Enterolobium contortisiliqunn (Vell.) Morong - (Mimosoidae) e Guazuma ulmifolia - (Sterculiaceae). Biodiversidade - V.11, N1, [s.l], 2012.

SALTON, J. C.; FABRICIO, A. C.; TIRLONI, C.; GANCEDO, M. Cloreto de potássio na linha de semeadura pode causar danos à soja. Embrapa Agropecuária Oeste-Comunicado técnico (INFOTECA-E), Dourados, 2002.

SILVA FILHO, E. A. da. Relatório de biodegradação de produto inibidor de chama: Hold Fire. Laboratório de Físico-Química: UFES, Vitória, ES. 2017. 4p.

SILVA, F. J.; HISATUGO, E. Y.; SOUZA, J. D.; Efeito da luz na germinação e desenvolvimento de plântulas de pinhão-manso (Jatropha curcas L.) de distintas procedências. Hoehnea, v. 2, n. 43, 2016.

SONG, U.; MUN, S.; WALDMAN, B.; LEE, E. J. Effects of three fire-suppressant foams on the germination and physiological responses of plants. Environmental management, v.54, n. 4, p. 865-874, 2014.

Page 36: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS ......não cause desastres no ambiente, levando a um desequilíbrio da fauna e flora (LARA, 2007). A área do cerrado está localizada em

36

SOUZA, H. N.; ARAÚJO, T. G.; RIBEIRO, G. A. Avaliação da eficiência de um gel hidroretentor como retardante de fogo. Revista Árvore, Viçosa, v.36, n.3, p.471-477, 2012.

SOUZA, Y. A.; PEREIRA, A. L.; SILVA, F. F. S.; REIS, R. C. R.; EVANGELISTA, M. R. V.; CASTRO, R. D.; DANTAS, B. F. Efeito da salinidade na germinação de sementes e no crescimento inicial de mudas de pinhão-manso. Revista Brasileira de Sementes, v. 32, n 2, 9p. 2010.

SURIANI, M. W. Cana-de-açúcar submetida á doses de polímeros sintéticos condicionadores de solo. Dissertação (Mestrado em Agronomia), Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE, Presidente Prudente - SP, 2010.

TAIZ, L.; ZEIGER, E.; MOLLER, I. M.; MURPHY, A. Fisiologia e desenvolvimento vegetal. [tradução: Mastroerti et al]. - 6. ed.- Porto Alegre : Artmed, 888p. 2017.

VARGAS, L.; ROMAN, E. S. Conceitos e aplicações dos adjuvantes. Passo Fundo: Embrapa Trigo, 2006. 10. HTML. (Embrapa Trigo. Documentos Online, 56). Disponível em: http://www.cnpt.embrapa.br/biblio/do/p_do56.htm acessado em: 30 Jun 2019.

YONEZAWA, U. G.; MOURA, M. R.; AOUADA, F. A. Estado da arte: um estudo sobre polímeros biodegradáveis na germinação e desenvolvimento de plantas. Caderno de Ciências Agrárias, Montes Claros, v. 9, n. 2, p. 69-78, 2017.

ZONTA, J. H.; BRAUN, H.; REIS, E. F.; PAULUCIO, D.; ZONTA, J. B. Influência de diferentes turnos de rega e doses de hidroabsorvente no desenvolvimento inicial da cultura do café conillon (Coffea canephora Pierre) Idesia (Arica), v. 27, n. 3, p. 29-34, 2009.