91
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO PROFISSIONAL EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR MARIA NAIRES ALVES DE SOUZA USO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR: SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO DE ATIVIDADES ACADÊMICAS DA UFC FORTALEZA 2013

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

MESTRADO PROFISSIONAL EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO DA

EDUCAÇÃO SUPERIOR

MARIA NAIRES ALVES DE SOUZA

USO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO ENSINO

SUPERIOR: SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO DE ATIVIDADES ACADÊMICAS

DA UFC

FORTALEZA

2013

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

MARIA NAIRES ALVES DE SOUZA

USO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO ENSINO

SUPERIOR: SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO DE ATIVIDADES ACADÊMICAS

DA UFC

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior. Área de concentração: Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior. Orientador: Prof. Dr. André Jalles Monteiro.

FORTALEZA

2013

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará Biblioteca de Ciências Humanas

S716u Souza, Maria Naires Alves de.

Uso da tecnologia da informação e comunicação no ensino superior: sistema integrado de gestão de atividades acadêmicas da UFC. / Maria Naires Alves de Souza. – 2013.

89 f.: il. color., enc.; 30 cm. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e

Pós-Graduação, Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior, Mestrado Profissional em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior, Fortaleza, 2013.

Área de Concentração: Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior. Orientação: Prof. Dr. André Jalles Monteiro.

1. Sistemas de Informação. 2. Tecnologia da Informação e Comunicação. 3. Sistema

Integrado de Gestão Acadêmica. 4. Ensino Superior. 5. Universidade Federal do Ceará. 6. Professores Universitários – Fortaleza (CE). 7. Ensino Superior - efeito de inovações

tecnológicas. 8. Tecnologia Educacional. I. Título. CDD 370.733

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

MARIA NAIRES ALVES DE SOUZA

USO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO ENSINO

SUPERIOR: SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO DE ATIVIDADES ACADÊMICAS

DA UFC

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior do Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior.

Aprovada em: 19/12/2013.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________

Prof. Dr. André Jalles Monteiro (Orientador)

Universidade Federal do Ceará (UFC)

_________________________________________

Profa. Dra. Maria do Socorro de Sousa Rodrigues

Universidade Federal do Ceará (UFC)

_________________________________________

Prof. Dr. Antonio Clecio Fontelles Thomaz

Universidade Estadual do Ceará (UECE)

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

A Deus.

Aos meus pais, Onécio e Maria Neuza

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, Onécio e Maria Neuza, pelo amor e apoio incondicionais.

Aos (às) meus (minhas) irmãos, irmãs, sobrinhos (as), simplesmente por

existirem.

Ao Prof. Dr. André Jalles Monteiro, pela excelente orientação.

Aos professores participantes da banca examinadora Antonio Clecio

Fontelles Thomaz e Maria do Socorro de Sousa Rodrigues, pelas valiosas

colaborações e sugestões.

Aos professores entrevistados, pelo tempo concedido nas entrevistas.

Aos colegas da turma de mestrado, pelas reflexões, críticas e sugestões.

Aos (às) amigos (as) da vida, pelo carinho e tolerância.

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

“Se a educação sozinha não pode

transformar a sociedade, tampouco sem

ela a sociedade muda [...]” (Paulo Freire)

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

RESUMO

Nos tempos atuais vivencia-se uma revolução da tecnologia, da comunicação e da

informação. Essa revolução tem afetado, além de outras esferas da vida social, a

educação, as instituições de ensino superior, a prática docente, a formação do

professor e consequentemente sua prática pedagógica em sala de aula, bem como

seu relacionamento com os discentes. O interesse por esta pesquisa surgiu em

decorrência de serem os docentes os profissionais que têm maior aproximação com

os discentes, cabendo a eles, dentre outras funções, transitarem pelo universo da

informação, transmitirem informação, possibilitarem o conhecimento e viabilizarem o

fluxo de informação e comunicação com seus discentes. Com este estudo objetiva-

se investigar o uso do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas-

SIGAA pelos docentes de graduação da UFC, mediante uma análise desse uso

entre as diversas unidades/subunidades acadêmicas da universidade. Trata-se de

uma pesquisa exploratória descritiva na qual os dados principais foram coletados no

banco de dados da instituição, seguidos por entrevistas abertas com os docentes

que mais usam o sistema SIGAA. Conforme verificado, o SIGAA detém precário uso

pelos docentes de graduação da UFC, e as postagens por parte dos docentes no

mencionado sistema, nos últimos três semestres letivos, têm apresentado uma

estabilidade de uso. Deste modo, alguma iniciativa deverá ser implementada pela

administração superior da universidade para uma efetiva ampliação da sua

utilização.

Palavras-chave: Sistemas de Informação. Tecnologia da Informação e

Comunicação. Sistema Integrado de Gestão Acadêmica.

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

ABSTRACT

Nowadays we are living a revolution in technology, communication and information.

This revolution has affected not only the social life, but also education, the institutes

of higher education, the way of teaching, teacher education and consequently his/her

own way of teaching in the classroom, and also his/her relationship with the students.

The interest in this research arouse from the point that professors are the

professionals that have more involvement with the students. Those are responsible

for the universe of information, share information, make the knowledge possible and

enable the flux of information and communication with his/her students. With this

study, we aim to investigate the use of Sistema Integrado de Gestão de Atividades

Acadêmica- SIGAA by professor of undergraduation courses at UFC (Universidade

Federal do Ceará), establishing an analysis of its use among the many units/subunits

of the university. This is a descriptive explanatory research in which the main data

were collected in the internal documents of this institution, followed by open

interviews made with some professors that frequently use the SIGAA system. As it

could be verified, the professors from the undergraduation courses of this institution

has little knowledge of how to manage SIGAA, although the number of posts made

by these professors on the last three semesters have been stable. So, an initiative

must be implemented by the administration personnel from UFC in order to maximize

the use of SIGAA among the undergradation professors.

Keywords: Information Systems. Communication and Information Technology.

Integrated System of Academic Management.

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Etapas de geração do conhecimento nas organizações....................... 34

Figura 2 – Funções de um sistema de informação................................................. 36

Figura 3 – Rede de cooperação técnica: UFRN e Rede IFES e Rede Ciclo.......... 38

Figura 4 – Integração entre os sistemas de informação institucional..................... 39

Figura 5 – Módulos do SI3 - UFRN........................................................................ 40

Figura 6 – Módulos do SIGAA - UFRN................................................................... 42

Figura 7 – Módulos do SI3 - UFC........................................................................... 44

Figura 8 – Módulos do SIGAA - UFC..................................................................... 45

Figura 9 – Formato padrão do SIGAA.................................................................... 46

Figura 10 – Portal Docente....................................................................................... 47

Figura 11 – Tela inicial de disciplina......................................................................... 48

Figura 12 – Menu Turma Virtual............................................................................... 49

Quadro 1 – Frequência de uso do SIGAA pelos docentes da UFC......................... 72

Quadro 2 – Tipo de postagem no SIGAA realizado pelos docentes da UFC........... 72

Quadro 3 – Opinião dos docentes da UFC sobre o SIGAA..................................... 73

Quadro 4 – Subunidades e unidade acadêmicas da UFC que utilizam o SIGAA

com mais e menos frequência..............................................................

74

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Comparativo de postagens de arquivos entre as unidades

acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1............................................

51

Gráfico 2 – Postagens de arquivos do Centro de Ciências por subunidades

acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1..............................................

53

Gráfico 3 – Postagens de arquivos do Centro de Ciências Agrárias por

subunidades acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1........................

54

Gráfico 4 – Postagens de arquivos do Centro de Humanidades por

subunidades acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1........................

56

Gráfico 5 – Postagens de arquivos do Centro de Tecnologia por subunidades

acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1..............................................

57

Gráfico 6 – Postagens de arquivos da Faculdade de Direito por subunidades

acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1..............................................

58

Gráfico 7 – Postagens de arquivos da Faculdade de Economia, Administração,

Atuária e Contabilidade por subunidades acadêmicas da UFC –

2011.1 a 2013.1..................................................................................

59

Gráfico 8 – Postagens de arquivos da Faculdade de Educação por

subunidades acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1........................

60

Gráfico 9 – Postagens de arquivos da Faculdade de Farmácia, Odontologia e

Enfermagem por subunidades acadêmicas da UFC – 2011.1 a

2013.1.................................................................................................

61

Gráfico 10 – Postagens de arquivos da Faculdade de Medicina por subunidades

acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1..............................................

62

Gráfico 11 – Postagens de arquivos dos Institutos da UFC - 2011.1 a 2013.1....... 63

Gráfico 12 – Postagens de arquivos dos campi da UFC no interior do Estado do

Ceará – 2011.1 a 2013.1.....................................................................

64

Gráfico 13 – Percentual de turmas com postagens de tópicos de aulas - 2011.1 a

2013.1.................................................................................................

65

Gráfico 14 – Média das turmas com postagens de tópicos de aulas – 2011.1 a

2013.1.................................................................................................

66

Gráfico 15 – Percentual de turmas com postagens de arquivos – 2011.1 a

2013.1.................................................................................................

67

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

Gráfico 16 – Média das turmas com postagens de arquivos – 2011.1 a 2013.1..... 68

Gráfico 17 – Percentual de turmas com postagens de notícias - 2011.1 a 2013.1. 69

Gráfico 18 – Média das turmas com postagens de notícias – 2011.1 a 2013.1...... 70

Gráfico 19 – Relação entre a idade do docente e o número de arquivos postados

no SIGAA nos semestres de 2011.2 a 2013.1....................................

71

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Distribuição dos dados da graduação no SIGAA, por semestre e de

acordo com o número total de turmas, sem e com postagens de

tópicos de aula definidos. Fortaleza-CE, 2013......................................

65

Tabela 2 – Distribuição dos dados da graduação no SIGAA, por semestre e de

acordo com o número total de turmas, sem e com postagens de

arquivos. Fortaleza-CE, 2013................................................................

67

Tabela 3 – Distribuição dos dados da graduação no SIGAA, por semestre e de

acordo com o número total de turmas, sem e com postagens de

notícias. Fortaleza-CE, 2013.................................................................

69

Tabela 4 – Distribuição dos dados da graduação no SIGAA, por subunidades

acadêmicas, semestre e de acordo com o número total de turmas, e

com postagens de arquivos. Fortaleza-CE, 2013.................................

88

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABIN Agência Brasileira de Inteligência

CGU Controladoria Geral da União

CONAE Conferência Nacional de Educação

DPF Departamento de Polícia Federal

DPRF Departamento de Polícia Rodoviária Federal

FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

IES Instituições de Ensino Superior

IFAC Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre

IFAL Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas

IFPA Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará

IFPR Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná

IFRS Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do

Sul

LDBEN Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

MINC Ministério da Cultura

MJ Ministério da Justiça

MPOG Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

NPD Núcleo de Processamentos de Dados da UFC

ONU Organização das Nações Unidas

PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

SAD Sistema de Apoio à Decisão

SIE Sistema de Informação Executiva

SIG Sistema de Informação Gerencial

SIGAA Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas

SIGADMIM Sistema de Administração dos Sistemas

SIGED Sistema de Gestão Eletrônica de Documentos

SIGPP Sistema de Planejamento e Projetos

SIGPRH Sistema Integrado de Planejamento, Gestão e Recursos Humanos

SIPAC Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos

SNE Sistema Nacional de Educação

SPT Sistema de Processamento de Transações

STI Secretaria de Tecnologia da Informação da UFC

Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

TI Tecnologia da Informação

TIC Tecnologia da Informação e Comunicação

UFBA Universidade Federal da Bahia

UFC Universidade Federal do Ceará

UFCA Universidade Federal do Cariri

UFERSA Universidade Federal Rural do Semi-Árido

UFMA Universidade Federal do Maranhão

UFOPA Universidade Federal do Oeste do Pará

UFPA Universidade Federal do Pará

UFPB Universidade Federal da Paraíba

UFPI Universidade Federal do Piauí

UFRA Universidade Federal Rural da Amazônia

UFRB Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte

UFRR Universidade Federal de Roraima

UFS Universidade Federal de Sergipe

UNIFEI Universidade Federal de Itajubá

UNILA Universidade Federal da Integração Latino-Americana

UNILAB Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................... 15

2 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO...................................... 21

2.1 Tecnologia da informação e comunicação no ensino superior..................... 24

3 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO............................................................................ 34

3.1 Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas ............................. 37

3.2 Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas na UFC............... 43

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS........................................................................... 51

4.1 Arquivos postados por unidades/subunidades acadêmicas – turmas de

graduação – 2011.1 a 2013.1.............................................................................

51

4.2 Postagens de tópicos de aulas......................................................................... 65

4.3 Postagens de arquivos diversos...................................................................... 67

4.4 Postagens de notícias........................................................................................ 69

4.5 Uso do SIGAA pelos docentes de graduação – por idade............................. 71

4.6 Docentes de graduação que individualmente mais fazem uso do SIGAA.... 71

4.7 Subunidades e unidade acadêmicas que utilizam o SIGAA com mais e

menos frequência..............................................................................................

74

5 CONCLUSÃO....................................................................................................... 76

REFERÊNCIAS.................................................................................................... 79

APÊNDICES......................................................................................................... 85

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

15

1 INTRODUÇÃO

Na sociedade da informação, ora vigente, a base do desenvolvimento do

processo de produção e, portanto, do progresso, é o conhecimento. Está alicerçada

num cenário essencialmente informático, onde os indivíduos percebem angústia

diante do impacto gerado pela velocidade da evolução tecnológica e a crescente

disponibilidade da informação. Neste cenário, as tecnologias formaram a base para

a “sociedade da informação”.

A sociedade do conhecimento traz em si um novo paradigma

socioeconômico, no qual o real valor dos produtos reside no conhecimento neles

embutido. Nesta perspectiva, a informação passa a ser o elemento propulsor desse

crescimento econômico nas organizações. Segundo Fidelis e Cândido (2006, p.

425), “a nova economia mundial, baseada na informação, requer das organizações

um conhecimento para coletar, trabalhar, interpretar e gerenciar este recurso”.

Pessoas e organizações usam informações todos os dias e estas são

utilizadas em quase todas as ocupações. Contudo, a “explosão” da informação

gerou obstáculos ao seu acesso, tais como: o custo elevado pela sua busca, o

imenso número de fontes de informação, o desconhecimento de novas ferramentas

informacionais e a falta de habilidade em lidar com tais ferramentas.

Apesar dos obstáculos, a tecnologia da informação com suas ferramentas

caracteriza-se como um fator facilitador para que o indivíduo transite melhor no

universo informacional. Trata-se de um instrumento capaz de proporcionar aos

usuários saber agir, integrar saberes múltiplos, saber aprender e ter melhor visão

estratégica. Logo, é mister aos indivíduos que fazem uso da informação e a

transmitem adquirirem competência com vistas a usá-la de forma eficiente e,

sobretudo a transformá-la em conhecimentos, conforme proposto:

É indiscutível o aumento da tecnologia da informação nas organizações, e esta pode ser uma força poderosa para mudar o modo como fazemos nosso trabalho. A tecnologia, incluindo computadores, redes de comunicação e softwares, tornou-se não apenas uma ferramenta para administrar a informação, mas também um setor vigoroso em si mesmo (DAVENPORT, 1998, p. 15).

A sociedade informacional é o ambiente promissor por onde trafegam as

ferramentas da tecnologia da informação. Da aliança entre informação e novas

tecnologias surgiu o capitalismo informacional. Este, para Castells (2008, p. 55), é

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

16

uma teoria que se observa na sociedade da virada do século XX para o século XXI,

e assinala uma nova realidade de práticas sociais geradas pelas transformações

decorrentes da “revolução tecnológica concentrada nas tecnologias de informação”.

Por se tratar de ambiente tão diferente e mutável, exige novas

habilidades, pois com a “explosão da informação” alteraram-se o conhecimento e as

aptidões que os profissionais precisarão desenvolver para conviver e produzir

positivamente.

No cenário da informação, com tantas mudanças de paradigmas, Lojkine

(1995, p. 11) assim se pronuncia sobre revolução.

Este fim de século acena com uma mutação revolucionária para toda a humanidade, só comparável à invenção da ferramenta e da escrita e que ultrapassa largamente a da revolução industrial [...]. A revolução informacional está em seus primórdios e é primeiramente uma revolução tecnológica [...]. A transferência para as máquinas de um novo tipo de funções cerebrais abstratas encontra-se no cerne da Revolução.

O desenvolvimento social do homem confunde-se com as tecnologias

implementadas e agregadas no decorrer do tempo. Todavia, neste contexto, o

desenvolvimento não se restringe apenas ao uso de equipamentos e produtos, mas

participa diretamente de mudanças de comportamentos.

Consoante evidenciado, as novas tecnologias estão cada vez mais

presentes no nosso cotidiano. Isso porque o avanço tecnológico é cada vez mais

imprescindível para o crescimento da humanidade. Nos tempos atuais vivencia-se

uma revolução da tecnologia, da comunicação e da informação. Essa revolução tem

afetado, além de outras esferas da vida social, a educação, as Instituições de Ensino

Superior (IES), a prática docente, a formação do professor e consequentemente sua

prática pedagógica em sala de aula bem como seu relacionamento com os

discentes.

Na educação, as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs)

favorecem novas formas e espaços de acesso à informação, de produção e ampliação

de conhecimento. “A escola não pode ignorar o que se passa no mundo. Ora, as novas

tecnologias da informação e da comunicação (TIC ou NTIC) transformam

espetacularmente não só nossas maneiras de comunicar, mas também de trabalhar, de

decidir, de pensar” (PERRENOUD, 2000, p. 125).

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

17

Faz-se necessário conhecer o percurso e o contexto das transformações

tecnológicas na educação superior, num âmbito maior, para analisar as

repercussões na prática docente e a qualidade de serviços nas IES.

O Brasil depara-se, portanto, com desafios. É preciso não apenas

expandir as oportunidades de acesso às suas universidades como também zelar

pela qualidade do ensino praticado por todas as Instituições de Ensino Superior.

Para Rocha Neto e Lima, as universidades modernas têm como característica

importante um bom sistema de informações que registre, como um todo, todas as

atividades acadêmicas. “O sistema de informação acadêmico, ou simplesmente

sistema acadêmico, é a base para uma boa gestão da universidade como um todo”

(ROCHA NETO; LIMA, 2009, p. 1).

Em âmbito local, o Sistema Integrado de Gestão de Atividades

Acadêmicas é a ferramenta de tecnologia da informação que a UFC disponibiliza

para sua comunidade acadêmica e no qual os procedimentos da área acadêmica

são informatizados através de módulos, dentre os quais o módulo de registro e

relatórios da produção acadêmica dos docentes. O SIGAA entrou em produção em

2007, tendo sido desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Foi adquirido pela UFC por meio de convênio de cooperação técnica em 2009.

Através deste sistema os docentes acessam recursos e informações relativas à vida

acadêmica e pode utilizá-lo para postar conteúdos de aula, divulgar notícias e avisos

sobre as aulas, registrar a frequência das turmas, agendar avaliações, dentre outras

funções. Também é por meio do SIGAA que os estudantes têm acesso aos recursos

e informações sobre suas vidas acadêmicas na universidade e interagem com os

professores.

A disposição por estudar esse tema adveio a partir das percepções e

assimilações quanto à importância que a tecnologia da informação e comunicação

com suas ferramentas poderá ter em relação às habilidades que os docentes

precisam ter ou desenvolver para transformarem suas práticas docentes de forma a

torná-las mais eficazes. O interesse por esta pesquisa surgiu em decorrência de

serem os docentes os profissionais que têm maior aproximação com os discentes,

cabendo a eles, dentre outras funções, transitarem pelo universo da informação,

transmitirem informação, possibilitarem conhecimento e criarem estratégias de

busca capazes de viabilizar o fluxo de informação e comunicação com seus

discentes. Consoante se observa, boa parte dos estudantes possui domínio das

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

18

novas tecnologias da informação e comunicação. Por conseguinte, é imprescindível

os docentes também a possuírem.

Desta forma, pergunta-se: Que uso os docentes da Universidade Federal

do Ceará fazem dos recursos do Sistema Integrado de Gestão de Atividades

Acadêmicas?

Com este estudo objetiva-se investigar o uso do Sistema Integrado de

Gestão de Atividades Acadêmica pelos docentes de graduação da UFC,

estabelecendo uma análise do uso entre as diversas unidades/subunidades

acadêmicas da universidade como instrumento de comunicação entre docentes e

discentes, tendo em vista o controle e o armazenamento de dados referentes ao

universo de desempenho do docente e discente. Especificamente buscar-se-á:

a) Apresentar o panorama de utilização da ferramenta SIGAA pelos

docentes da UFC nos semestre letivos 2011.1; 2011.2; 2012.1; 2012.2

e 2013.1;

b) Descrever como os docentes lidam com o SIGAA e como este colabora

na execução das suas ações.

A atuação dos docentes é de grande relevância para a interface entre a

informação e os discentes na produção do conhecimento; seu desempenho é

fundamental no contexto da informação educacional, porquanto está envolvido em

todos os segmentos desse ciclo, desde a geração até o uso. É, pois, necessário

haver profunda interlocução entre os sujeitos envolvidos no processo de geração,

tratamento, disseminação, recuperação e uso das fontes informacionais, sejam elas

analógicas (papel) ou digitais.

Ademais, o estudo deste objeto poderá contribuir para a melhoria da

qualidade de formação dos profissionais que lidam com o ensino de graduação,

sobretudo os docentes, dada a importância dessa área profissional e por ser esta

interface docência versus tecnologia da informação, até então, pouco explorada por

parte dos pesquisadores.

Como referido, o delineamento da pesquisa, aqui tratada, possui

abordagem exploratória e descritiva. Segundo Gil (2010, p. 27), a “pesquisa

exploratória tem como objetivo proporcionar uma maior familiaridade com o

problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses”. Já para

Cervo, Bervian e Da Silva (2007, p. 61), uma pesquisa descritiva “é aquela que

Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

19

observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem

manipulá-los”. Quanto ao método de abordagem, deu-se pelo procedimento de

métodos mistos, ou seja, pesquisa qualitativa e quantitativa. Ainda no referente ao

método, utilizou-se a “estratégia explanatória sequencial que é caracterizada pela

coleta e análise de dados quantitativos, seguida pela coleta e análise de dados

qualitativos. Os dois métodos são integrados durante a fase de interpretação dos

dados” (CRESWELL, 2007, p. 217). O universo da pesquisa foram todos os

docentes de graduação da UFC, cadastrados no SIGAA, vinculados a alguma turma,

e que fizeram ou não uso do módulo Portal docente nos semestres letivos entre

2011.1 a 2013.1.

Empreendeu-se uma pesquisa no banco de dados da instituição UFC,

onde se procurou identificar dentro do módulo Portal docente do sistema SIGAA

atividades como: arquivos postados, postagem de tópicos de aulas, notícias e

arquivos diversos.

Também se buscou, por meio da entrevista aberta, compreender como os

professores que usam com maior frequência o SIGAA o utilizam e lidam com ele. Os

docentes entrevistados foram o professor MV, do Departamento de Engenharia

Mecânica e de Produção; o professor JC e o professor RE, do Departamento de

Ciências do Solo; e o professor JF, do Departamento de Computação. Com esse

grupo de docentes aplicaram-se as questões referentes à frequência de uso do

SIGAA, ao tipo de postagem que costumam empreender no sistema e à opinião

deles sobre as funcionalidades oferecidas pelo SIGAA.

Ainda foram entrevistados os chefes das subunidades acadêmicas cujos

docentes se destacam no uso do SIGAA. As subunidades em discussão foram o

Departamento de Contabilidade e o Departamento de Engenharia Mecânica e de

Produção. Além disso, o diretor da Faculdade da Medicina também foi entrevistado

em virtude da citada unidade acadêmica deter os docentes que menos usam o

sistema SIGAA. Para esse grupo de entrevistados abordaram-se questões sobre o

conhecimento do uso ou não uso do sistema SIGAA e sobre a existência de alguma

campanha para o uso do referido sistema. Esses docentes foram selecionados com

base na listagem de docentes e unidades/subunidades acadêmicas com maior

atividade de uso do sistema SIGAA. Essa forma de entrevista, segundo Gil (2009, p.

64), “é aquela que questões e sequências são predeterminadas, mas os

entrevistados podem responder livremente”.

Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

20

Quanto à estrutura de elaboração desta pesquisa, adotou-se o seguinte

critério: o primeiro capítulo, a introdução, apresenta a proposição do tema com seus

objetivos, justificativa, percurso metodológico e estrutura; o segundo capítulo expõe

alguns pressupostos teóricos, como tecnologia da informação e comunicação,

tecnologia da informação e comunicação no ensino superior, sistemas de

informação e Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmica; o terceiro

apresenta a análise dos dados com suas características; e o quarto traz a

conclusão. Complementarmente, vêm as referências e apêndices.

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

21

2 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Por tecnologia da informação e comunicação entende-se um conjunto de

recursos tecnológicos que poderão ser utilizados de forma integrada na indústria, no

comércio e serviços e na educação. Esses recursos tecnológicos possibilitaram

rapidez e difusão em rede1 dos conteúdos de comunicação.

Especificamente sobre tecnologia da informação, Laudon e Laudon (2011,

p.410), as define como todas as “tecnologias de hardware e software de que uma

empresa precisa para atingir seus objetivos organizacionais”.

Para Rezende e Abreu (2011), TI são recursos tecnológicos e

computacionais para geração e uso da informação e que possuem por

componentes: hardware e seus dispositivos periféricos, software e seus recursos,

sistemas de telecomunicações e gestão de dados e informações.

Dentre as tecnologias da comunicação, Castells (2008, p.67) inclui o

“conjunto convergente de tecnologias em microeletrônica, computação (software e

hardware), telecomunicações/radiodifusão, e optoeletrônica”. Segundo esse mesmo

autor, as tecnologias da informação começaram a remodelar a base material da

sociedade em ritmo acelerado, provocando assim uma “revolução tecnológica”. Em

corroboração a esse pensamento, Lojkine (1995) afirma que a revolução

informacional é primeiramente uma revolução tecnológica.

Na ótica de Osz e Fodor (2013), os últimos séculos foram caracterizados

pelo fato de que serem dominados pela indústria e invenção técnica. Enquanto o

século 18 foi dominado pela revolução industrial e sistemas mecânicos, o século 19

o foi pela máquina a vapor e tecnologias mecanizadas nos domicílios e o 20

caracteriza-se pela acumulação, processamento e difusão da informação

relacionada com o desenvolvimento das tecnologias da informação. Já o século 21 é

destinado ao desenvolvimento da robótica no cotidiano do homem, mas, de agora

em diante, não é possível caracterizar, porque o desenvolvimento se manifesta em

alta velocidade.

A tecnologia da informação possui determinadas funções. Entre estas,

segundo Beal (2008), incluem-se monitorar, integrar, otimizar e reduzir custos. Já

para Barros (2006), facilitar a guarda e a recuperação de dados/informações,

1 Rede – Ligação entre dois ou mais computadores, para compartilhamento de dados ou recursos

(LAUDON; LAUDON, 2011).

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

22

agregar e inter-relacionar dados/informações e minimizar o tempo de resposta do

subsistema de controle estão nas funções da TI.

As tecnologias de informação e comunicação e seus avanços têm sido

responsáveis pelas mudanças nos formatos pelos quais a informação é produzida e

disseminada. Os indivíduos decidem com base em informações. De acordo com

Bethlem (2005, p. 10), “as informações são a matéria-prima do processo decisório e

elas são captadas no mundo exterior e interior da empresa e no interior e exterior

dos indivíduos”.

Nesse contexto, conforme preceituam Tarapanoff, Araújo Junior e Cornier

(2000, p. 93), a “sociedade da informação é também conhecida como era digital e

está diretamente ligada à qualidade da infraestrutura de telecomunicações do país”.

Com o advento das TICs, a busca pela informação foi facilitada. Com

essas tecnologias, surgiram novas práticas sociais de comunicação e interação.

Como exemplo, menciona-se a comunicação online ou virtual, caracterizada pela

velocidade na distribuição da informação em tempo real. “Viver na sociedade da

informação significa conviver com abundância e diversidade de informação, e a

tecnologia é o instrumento que facilita o acesso a esse universo informacional amplo

e complexo, bem como a seu uso” (CAMPELLO, 2009, p. 13).

Tecnologia é poder. Grandes potências mundiais, sejam nações ou

corporações, gastam parte dos seus orçamentos com pesquisas sobre inovações

tecnológicas que lhes garantam algum tipo de supremacia sobre os demais. Para

Davenport (1998, p. 25), a “TI com certeza tornou muito mais fácil o acesso a

numerosos tipos de informação; novas tecnologias para comunicação em grande

largura de banda, administração orientada a objetos e multimídia, ampliam o

ambiente informacional de todos”.

Consoante divulgado, a tecnologia é generalizada, e revolucionou a

sociedade talvez até mais do que a imprensa fez em sua época. As maneiras pelas

quais nos comunicamos, realizamos negócios, aprendemos, viajamos, e até mesmo

jogamos são afetadas pela tecnologia. Assim, o uso de ferramentas de TIC e redes

digitais para o desenvolvimento de serviços baseados na web implicam uma série de

transformações organizacionais e habilidades para todos os atores envolvidos

(ARDUINI; DENNI; LUCCHESE; NURRA; ZANFEI, 2013).

Nessa nova era da tecnologia da informação, novos termos têm sido

empregados como ciberespaço e cibercultura. Ciberespaço seria o novo meio de

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

23

comunicação oriundo da interconexão mundial dos computadores. Trata não apenas

da infraestrutura material da comunicação digital, mas também do universo oceânico

de informações que ela abriga, como também dos seres humanos que navegam e

alimentam esse universo. Já cibercultura é o conjunto de técnicas (materiais e

intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se

desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço (LÉVY, 1999).

Inegavelmente, as TICs proporcionam diversos modos de comunicação e

de interação. Levy (1999) enumera algumas dessas possibilidades, como o acesso a

distância aos diversos recursos de um computador, o correio eletrônico; as

conferências eletrônicas; bases de dados, alimentadas por coletivos de pessoas

interessadas pelo mesmo assunto (groupware); comunicação através de mundos

virtuais compartilhados, facilidade na “navegação eletrônica”.

O ser humano é invariavelmente um ser social e cultural, e a construção

de significados vai sendo definida por meio das suas relações sociais. Segundo

Kenski (2007), em suas convivências cotidianas, hoje surge de maneira decisiva a

linguagem digital expressa por meio das TICs. Com a nova forma de expressão

trazida pelas TICs, promoveram-se mudanças radicais nas formas de acesso à

informação e à cultura. O poder advindo desse novo tipo de linguagem digital,

baseado no acesso a computadores e internet, com diversas possibilidades de

convergência e sinergia entre as mais variadas aplicações dessas mídias, acarretou

mudanças sobre a construção do conhecimento, valores e atitudes.

Informação é a essência da sociedade informacional e está-se diante do

paradoxo da grande quantidade de informação à qual se tem acesso e daquelas que

servem para as tomadas de decisão. Neste prisma, a adoção das TICs está

associada a uma série de mudanças organizacionais dentro de um departamento

(organização), incluindo expansão de pessoal (apoio técnico), treinamento avançado

e requisitos educacionais (SERI; ZANFEI, 2013).

No desenvolvimento de organizações e nações, a tecnologia ocupa

espaço de destaque. Consoante Ahmed e Riozuan (2012), a importância da

tecnologia para o desenvolvimento econômico tem sido reconhecida, especialmente,

em relação às TICs que oferecem potencial para aumentar a disponibilidade das

informações.

Atualmente as tecnologias da informação estão presentes em diversas

partes da sociedade, inclusive na educação. As salas de aula incorporaram

Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

24

ferramentas que propiciam ao docente gerir suas atividades, como também facilitar o

intercâmbio com os discentes. Por sua relevância, discute-se na seção a seguir os

diversos aspectos das TICs no ensino superior.

2.1 Tecnologia da informação e comunicação no ensino superior

Educação e conhecimento são itens essenciais para o desenvolvimento

social e econômico das nações. Considera-se a educação o elemento-chave na

edificação de uma sociedade baseada na informação, no conhecimento e no

aprendizado. Pensar a educação na sociedade da informação exige levar em conta

um leque de aspectos relativos às tecnologias de informação e comunicação, a

começar pelo papel que elas desempenham na construção de uma sociedade na

qual a inclusão e a justiça social constituem prioridade.

Consoante a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL,

1996), em seu artigo 43, uma das finalidades da educação superior é incentivar o

trabalho de pesquisa e investigação científica, com vistas ao desenvolvimento da

ciência e da tecnologia e criação e difusão da cultura e, desse modo, ampliar o

entendimento do homem e do meio onde vive.

De acordo com o Livro Verde do Ministério da Ciência, Tecnologia e

Inovação (BRASIL, 2000), em seu relatório, o primeiro e talvez mais fundamental

impacto de tecnologias de informação e comunicação na educação foi ocasionado

pelo advento de computadores e sua fenomenal multiplicação nas capacidades de

processamento numérico (exemplo: previsão meteorológica) e de processamento

simbólico/lógico (exemplos: editoração de texto, sistemas especialistas). Em

seguida, uma terceira capacidade, a de comunicação, veio amplificar o impacto de

computadores em duas vertentes, a saber:

a) A interação multimídia e a instrumentação de dispositivos físicos,

abrindo possibilidades para interação via imagens, sons, controle e

comando de ações concretas no mundo real, etc.;

b) A interligação de computadores e pessoas em locais distantes, abrindo

novas possibilidades de relação espaço-temporal entre educadores e

educandos.

Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

25

Conforme consta no documento final da Conferência Nacional de

Educação (2010), o Sistema Nacional de Educação deverá prover tecnologias

educacionais e recursos pedagógicos apropriados ao processo de aprendizagem.

Portanto, a instituição universitária, ao associar ensino e pesquisa,

contribui de maneira robusta e definitiva para a afirmação das identidades culturais,

para a formação do capital humano e para o desenvolvimento das suas riquezas

materiais. Segundo Dias Sobrinho (2004, p. 704), “a educação superior tem sido

considerada uma instituição que produz conhecimentos e forma cidadãos para as

práticas da vida social e econômica, em benefício da construção de nações livres e

desenvolvidas”.

Em relação à qualidade do ensino e às mudanças esperadas, diante das

alterações no perfil dos alunos e das mudanças de paradgmas no ensino e

aprendizagem, é mister os professores ocuparem-se das inovações tecnológicas.

Nesta ótica, Ekizoglu, Tezer e Bozer (2010) apresentam os padrões de desempenho

para professores em face das TICs listados pela Sociedade Internacional de

Tecnologia em Educação como:

a) Professores usam o seu conhecimento do assunto, no ensino e

aprendizagem, e tecnologia para facilitar experiências em que o

aprendizado do aluno seja enriqueçido em criatividade e inovação,

tanto face a face quanto em ambientes virtuais;

b) Professores buscam desenvolver e avaliar experiências de

aprendizagem autênticas e avaliações que incorporam ferramentas

contemporâneas e recursos para maximizar o conteúdo de

aprendizagem em contexto e desenvolver o conhecimento, as

habilidades e atitudes identificadas nas redes;

c) Professores apresentam conhecimentos, habilidades e processos de

trabalho representativos de um profissional inovador em um sistema

global e da sociedade digital;

d) Professores entendem as questões e responsabilidades da sociedade

local e global em uma cultura digital em evolução e apresentam um

comportamento legal e ético em suas práticas profissionais;

e) Professores melhoraram continuamente sua prática profissional,

procuram um modelo de aprendizagem ao longo da vida, buscam

liderança na escola e comunidade profissional, promovendo e

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

26

demonstrando o uso efetivo da tecnologia digital, ferramentas e

recursos.

Em seu relatório de 2001, o Programa das Nações Unidas para o

Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas, apresenta importantes dados

sobre o desenvolvimento tecnológico no Brasil e nas IES brasileiras. Como já

afirmava, as tecnologias de informação e comunicação implicam inovações na

microelectrônica, na informática (hardware e software), nas telecomunicações e na

optoelectrônica, microprocessadores, semicondutores e fibras ópticas. Estas

inovações permitem o processamento e armazenamento de enormes quantidades

de informação, juntamente com a rápida distribuição da informação por meio de

redes de comunicação. Indivíduos, famílias e organizações estão ligados pelo

processamento e execução de elevado número de instruções, em períodos de

tempo imperceptíveis. Isto altera radicalmente o acesso à informação e a estrutura

da comunicação – estendendo o alcance da rede a todos os cantos do mundo

(ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 2001).

Anteriormente ao relatório da ONU, o Ministério da Ciência, Tecnologia e

Inovação publicou o Livro Verde, em 2000, o qual evidenciava a preocupação por

parte do governo com a era da informação e conhecimento. Este livro contemplava

um conjunto de ações para impulsionar a sociedade da informação no Brasil em

todos os seus aspectos: ampliação do acesso, meios de conectividade, formação de

recursos humanos, incentivo à pesquisa e desenvolvimento, comércio eletrônico,

desenvolvimento de novas aplicações (BRASIL, 2000).

Poder, conhecimento e tecnologia estão conectados e presentes nas

relações da sociedade. “A educação também é um mecanismo poderoso de articulação

das relações de poder, conhecimento e tecnologias” (KENSKI, 2007, p. 18).

Como é possível perceber, a mudança de paradigma na educação está em

andamento e as tecnologias poderão ser usadas como facilitadores do processo

educacional. A mídia interativa requer uma aprendizagem com abordagens ativas,

mas, antes de ser usada para facilitar a aprendizagem, exige primeiramente o domínio

da própria ferramenta. Portanto, os docentes precisam desenvolver habilidades no

uso de aplicações eletrônicas que podem ser empregadas em empreendimentos

educacionais (CURRAN, 2008).

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

27

Mesmo após o início do movimento tecnológico nas IES brasileiras, para

muitos professores universitários, as TICs ainda são estranhas na sala de aula e em

seu relacionamento com os alunos. No entanto, várias experiências utilizando

recursos de multimídia aplicados ao ensino [...] vêm sendo efetuadas tanto no Brasil

como no exterior, até porque as novas tecnologias de informação e comunicação

têm o potencial de gerar uma nova forma de aprendizagem, introduzindo uma nova

dimensão ao ensino em que a assimilação de conceito poderá ser mais eficiente

(ASSIS; BITTENCOURT; NORONHA, 2013).

De modo geral, a tecnologia está presente em todos os espaços da

sociedade, e a academia não é exceção. Mas a despeito da crescente demanda por

tecnologia, técnicas e conteúdos de informática no currículo, parte do corpo docente

caminha em ritmo lento diante deste desafio educacional. Dessa forma, os alunos

estão ultrapassando os professores no uso de sistemas eletrônicos em rede

(CURRAN, 2008).

Urge superar tal desafio, sobretudo porque, atualmente, as IES

dependem das tecnologias da informação. O acesso ao aluno, registros, estatísticas

de matrículas, bases de dados de pesquisa, e-mail, lista de discussão e sala de aula

multimídia são atividades diárias nessas instituições. Muitas universidades

disponibilizam educação à distância como opção de tecnologias para atender às

necessidades dos alunos no referente à conveniência e disparidade geográfica

(BRONNSON; HARRIMAN, 2000).

A tecnologia pode ser uma importante estratégia para melhorar a

eficiência de uma instituição de ensino. Mediante o poder do computador, pode

tornar a vida menos estressante e mais produtiva. Há uma série de programas de

software que os novos professores precisam conhecer para colaborar na eficiência

do ensino, pesquisa, bolsa de estudos e de serviços (GONYEAU, 2009).

De acordo com Kizilkaya e Usluel (2007), as tecnologias da informação e

comunicação na integração de processos do ensino-aprendizagem contribuem em

especial com a aprendizagem, pois os alunos possuem capacidade de raciocínio

para interagir com elas. Durante o processo de aprendizagem, as TICs poderão

ajudar o professor. Para tanto, eles devem tomar conhecimento do potencial das

TICs, escolher métodos adaptáveis consoante a necessidade dos alunos. Ademais,

é importante ser capaz de lidar com a resolução de problemas no suporte de

tecnologia da aprendizagem.

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

28

A habilidade em localizar, gerenciar e utilizar informações de forma eficaz

para uma variedade de propósitos é o que Bruce (2003) conceitua de literacia da

informação. Na concepção de literacia baseada na tecnologia da informação, diz-se

tratar da utilização da tecnologia da informação para recuperação da informação e

comunicação. Um dos principais papéis da tecnologia é fazer com que a informação

se torne acessível.

Consoante ressalta Grant (2004), as tecnologias da informação têm o

potencial de afetar substancialmente o modo como os professores ensinam e os

alunos aprendem.

As TICs, especialmente a televisão e o computador, movimentaram a

educação. Assim, a tecnologia tornou-se essencial para a educação, e a maioria das

tecnologias são usadas como auxiliares no processo educativo. Sem dúvida, as

novas TICs trouxeram mudanças consideráveis para a educação, novas

possiblidades para que os atores dessa área possam se relacionar melhor.

Já não se trata apenas de um novo recurso a ser incorporado à sala de aula, mas de uma verdadeira transformação, que transcende até mesmo os espaços físicos em que ocorre a educação. A dinâmica e a infinita capacidade de estruturação das redes colocam todos os participantes de um momento educacional em conexão, aprendendo juntos, discutindo em condições de igualdade de condições, e isso é revolucionário (KENSKI, 2007, p. 47).

Diante desta realidade, os profissionais precisam atualizar seus

conhecimentos e competências periodicamente a fim de manter qualidade em seus

desempenhos profissionais. Novos atributos, advindos das novas tecnologias,

reconfiguram espaço e tempo do saber em novos e diferenciados caminhos. No

ponto de vista de Lévy (1999), estamos vivendo a abertura de um novo espaço de

comunicação.

A presença das TICs no cenário educacional tem sido abordada por

percepções múltiplas. Estas variam da alternativa de ultrapassagem dos limites

postos pelas “velhas tecnologias”, representadas pelo quadro e materiais impressos,

à resposta para os mais diversos problemas educacionais ou até mesmo para as

questões socioeconômico-políticas (BARRETO, 2004).

Com a diversificação das TICs ampliam-se também as possibilidades de uso

destas na educação, permitindo novos significados no ensino e na aprendizagem. De

acordo com Feldkercher (2012), as TICs trazem em si novas exigências ao trabalho do

Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

29

docente, como: conhecer tecnologias, identificar possibilidades e limites do uso de cada

tecnologia, desenvolver novas tecnologias para o processo de ensino, aprendizagem,

dentre outras.

No processo de globalização, dominante no mundo, está implicada a

revolução científico-tecnológica, cujos reflexos são sentidos nos contextos das salas

de aula. Na nova ordem mundial, em razão deste processo de globalização, novas

configurações marcam a educação em geral, as políticas educacionais, a escola e o

trabalho docente (MOREIRA; KRAMER, 2007). Ainda segundo os mesmos autores,

o conhecimento escolar apropriado é o que possibilita ao estudante tanto um bom

desempenho no mundo imediato quanto à análise e a transcendência do seu

universo cultural. Para isso, há de se valorizar, acolher e criticar as vozes e as

experiências dos alunos.

No âmbito de uma política nacional de formação e valorização dos

profissionais do magistério, é imprescindível a garantia do desenvolvimento de

competências e habilidades para o uso das TICs na formação inicial e continuada

dos (das) profissionais da educação, na perspectiva de transformação da prática

pedagógica e da ampliação do capital cultural dos (das) professores (ras) e

estudantes (CONFERÊNCIA NACIONAL EDUCAÇÃO, 2010).

Como evidenciado, no Documento-Referência da CONAE, há

considerações a respeito da importância da ampliação da chamada educação

tecnológica, sobretudo no incentivo à presença dos laboratórios de informática nas

escolas, pesquisas on-line e intercâmbios científicos e tecnológicos, nacional e

internacional, entre instituições de ensino, pesquisa e extensão. Entretanto, observa-

se a inexistência de uma reflexão mais profunda sobre a forma como as novas TICs

determinam os rumos dos atuais processos de ensino e aprendizagem. Contudo, a

ênfase sobre os aspectos técnicos envolvidos no uso dos instrumentais listados no

documento não pode ser tratada de forma absoluta a ponto de ofuscar a necessária

discussão sobre o papel da tecnologia como processo social que reconfigura as

características identitárias dos agentes educacionais (ZUIN, 2010).

De acordo com pesquisas, um fator crucial a influenciar a adoção das

novas tecnologias pelos professores é a quantidade e qualidade da tecnologia de

serviços, o que inclui as experiências nos programas de formação de professores

(AGYEI; VOOGT, 2011). Infelizmente, as tecnologias seguem sendo subutilizadas

por parcela dos professores e há diversas razões para tanto. Uma série de fatores

Page 32: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

30

têm sido identificados para explicar por que alguns professores não se sentem

preparados para usar a tecnologia em sala de aula, incluindo insuficiente acesso à

tecnologia (TONDEUR, 2012), a falta de tempo (WEPNER; ZIOMEK; TAO, 2003) e a

falta de habilidades tecnológicas (TEO, 2009).

Há muitos recursos tecnológicos disponíveis para auxílio dos docentes

em suas atividades cotidianas. Nesse aspecto, a tecnologia poderá ser um poderoso

aliado para melhorar a eficiência numa instituição de ensino; inclusive com o uso do

computador poderá tornar a vida do estudante menos estressante e produtiva. Para

Gonyeau (2009), dentre as diversas atividades com o uso de tecnologias,

sobressaem algumas, como:

a) Uso rotineiro de programas como o Microsoft Powerpoint para ajudar

na divulgação de informações durante uma apresentação em sala de

aula;

b) Uso de plataforma de ensino com base na Web2 como Blacboard e

Wbct;

c) Utilização de audiências em sala de aula para aumentar a participação

ativa e o envolvimento dos estudantes;

d) Disponibilização de apostilas com acompanhamento de áudio e vídeo

através de programas como webcats3 e podcats4;

e) Compartilhamento de documento de armazenamento organizacional

disponibilizado em um único local integrado onde professores e alunos

podem colaborar de forma eficiente;

f) Programa multiusuário como programas servidor-cliente Sharepoint ou

Lotus Note que permite a gestão e acesso em tempo real;

g) Utilização de banco de dados.

Nos últimos dez anos verifica-se uma corrida no intuito de democratizar a

tecnologia no ensino superior. Há muita discussão sobre a integração da tecnologia

entre os docentes de todas as disciplinas neste nível de ensino. Historicamente, a

2 De acordo com Stair e Reynolds (2011, p. 590), Web é “[...] uma plataforma computacional que dá

suporte e aplicações de software e o compartilhamento de informações entre os usuários”. 3 Webcast é a transmissão de áudio e vídeo utilizando a tecnologia streaming media. Pode ser

utilizada por meio da internet ou redes corporativas ou intranet para distribuição deste tipo de conteúdo (WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre, 2013). 4 Podcast – “Método de transmissão de áudio via internet em que os usuários assinantes podem

baixar arquivos de áudio para seus computadores pessoais” (LAUDON; LAUDON, 2011, p. 405).

Page 33: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

31

primeira definição oficial de alfabetização de tecnologia vem do Departamento de

Educação dos EUA, assim expressa: “É a capacidade de usar computadores e

outras tecnologias para melhorar o aprendizado, produtividade e desempenho

[tecnologia alfabetização] e tornou-se tão fundamental para a capacidade de uma

pessoa para navegar pela sociedade como habilidades tradicionais, como leitura,

escrita, e aritmética” (GEOGINA; OLSON, 2008, p. 5). No entanto, o Departamento

de Educação não sugere orientações sobre como usar o computador e outras

tecnologias para garantir os níveis competentes de alfabetização tecnológica.

De acordo com Shackelford, Brown e Warner (2004), alfabetização

tecnológica significa que um indivíduo deve ter a capacidade de “projetar,

desenvolver, controlar, usar e avaliar os sistemas e processos tecnológicos”. É

evidente o movimento em direção à integração da tecnologia. O novo objetivo no

ensino superior agora parece ser a criação de uma universidade onde o professorado

possua alfabetização tecnológica. Portanto, a maneira pela qual o treinamento em

tecnologia é realizado pode ser muito importante. Tecnologia sozinha não faz nada

para melhorar a pedagogia; a integração bem- sucedida é tudo sobre as maneiras

pelas quais as ferramentas tecnológicas são usadas e integradas pelo ensino. Isto,

naturalmente, significa que os docentes devem ser treinados para o uso das

ferramentas e não apenas ter acesso e que as ferramentas de integração dos novos

softwares façam parte de um interativo da estratégia ensino-aprendizagem.

Com o advento da internet e seu uso intensivo em todo o mundo, as

definições conduzem ao processo de aprendizagem, como resultado do emprego de

um meio, isto é, na maioria dos casos, a internet. Contudo, a utilização eficaz da

tecnologia na educação não é instantânea e deve levar em conta que é mister usá-lo

com planejamento cuidadoso, design, reflexão e testes (CASANOVA; MOREIRA;

COSTA, 2011).

Na educação o termo qualidade é um conceito orientado para o cliente.

Ao se referir à qualidade do ensino é preciso responder às percepções das partes

interessadas.

As escolas e outras instâncias educativas não incorporam tecnologia quando adquirem equipamentos, incorporam tecnologias quando os equipamentos fazem parte de um conjunto de ações humanas nas quais os sujeitos, de fato, se relacionam com eles de forma que possam utilizá-los, idealizá-los ou concebê-los, construindo, modificando e manipulando esses objetos, descobrindo e imaginando formas de uso (MIRANDA, 2009, p. 1).

Page 34: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

32

Membros do corpo docente são os principais integrantes das

universidades públicas e privadas e, mediante aceitação e utilização das TICs,

podem ajudar o ensino superior a se expandir consideravelmente. Ao mesmo tempo,

os membros do corpo docente, como pessoas-chave para melhorar e aumentar a

qualidade da educação, são fortemente dependentes de recursos eletrônicos para

acessar as informações necessárias e para se manterem atualizados em suas áreas

de atuação (FAGHIHARAM et al., 2012).

Hoje, as TICs são desenvolvidas com intensa velocidade em todo o

mundo e milhões de pessoas estão interagindo umas com as outras graças ao

avanço da tecnologia da informação. Além disso, a produtividade de muitas

atividades ampliou-se efetivamente após os avanços na tecnologia da informação, o

crescimento do computador e o desenvolvimento da internet. Como observado, a

utilização das TICs parece imprescindível nas universidades, em virtude,

sobremodo, de algumas razões. Em primeiro lugar, as TICs são essenciais para um

melhor ensino por professores e mais aprendizagem pelos alunos, como

representação através de PowerPoint. Em segundo lugar, os membros do corpo

docente e alunos têm urgente necessidade de um sistema de TIC, especialmente da

internet, com vistas a permutar ideias científicas e receber ou enviar suas produções

científicas. Em terceiro lugar, são úteis para salvar e manter os registros dos

membros do corpo docente, dos alunos e garantir fácil acesso a esses registros.

Inúmeras transformações estão em curso no cenário mundial, provocando

mudanças no perfil da sociedade e suas organizações. Nesse prisma, as IES

sofreram significativas alterações nos processos de gerenciamento das suas

informações.

Dentre os instrumentos que auxiliam essas instituições a manterem-se eficientes na gestão de seus processos internos, neste ambiente completamente instável, destacam-se os modernos e sofisticados sistemas de informações (SI). Sua plena aplicação e utilização devem-se, principalmente, ao fato de serem capazes de fornecer dados, informações e conhecimentos que contribuem e sustentam o processo de tomada de decisão. A necessidade que as instituições de ensino superior têm de utilizar este tipo de tecnologia decorre, na sua essência, da grande quantidade de informações que devem ser acessadas, coletadas, filtradas, processadas e analisadas pelos gestores (SENGER; BRITO, 2005, p. 15).

Evidentemente, as IES vivenciam um momento de mudança de

paradigmas e seu corpo docente precisa estar capacitado no manuseio das TICs

Page 35: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

33

para poder adentrar e dominar os modernos sistemas de informação que

impreterivelmente estarão nos sistemas das melhores universidades.

As tecnologias, juntamente com as pessoas para movimentá-las e

gerenciá-las, representam recursos e integram a infraestrutura de tecnologia da

informação que provê a plataforma sobre a qual a empresa ou organização pode

montar seus sistemas de informação. Essa temática poderá ser verificada na seção

a seguir.

Page 36: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

34

3 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

As tecnologias da informação transformam recursos de dados em produtos

de informação, os quais podem ser organizados e gerenciados dentro de um sistema.

Detentor de ampla utilização, o termo “sistema” indica um grupo de elementos inter-

relacionados que trabalham em busca de uma meta comum, formando um todo

organizado. Informação é o resultado de dados relacionados e contextualizados.

Para armazenamento e recuperação de uma grande gama de

informações, as empresas foram impelidas a organizarem seus dados

sistematizados em grandes repositórios ou bancos de dados. Como afirma Bio

(2008, p. 143), sistema de informação “é uma coleção de arquivos estruturados, não

redundantes e inter-relacionados, que proporciona uma fonte única de dados para

uma variedade de aplicações”.

Conforme Senger e Brito (2005), um sistema de informação pode ser

compreendido como um conjunto de componentes inter-relacionados que possibilita

a coleta (ou recuperação), o processamento, a armazenagem e a distribuição das

informações para suportar o planejamento, o controle, a coordenação e a tomada de

decisões nas organizações.

Os sistemas de informação manipulam dados, geram informação a partir

da utilização ou não de tecnologia da informação. Dado é um registro isolado, ou,

ainda, são observações sobre o mundo, facilmente estruturados. Já a informação é

o resultado da correlação ou organização dos dados (TJADEN, 1996). Por sua vez,

o conhecimento é a informação eficaz, valiosa, focalizada em resultados, incluindo

reflexão, e é de difícil estruturação (VALENTIM et al., 2003).

Como exposto, o processo de desenvolvimento de dados em

conhecimentos dá-se em etapas (Figura 1).

Figura 1 – Etapas de geração do conhecimento nas organizações

2

1 Registros não mensurados.

2 Registros correlacionados, agregados e consolidados.

Fonte: Adaptado de Tjaden (1996).

Dado

Informação

Conhecimento

1

2

Page 37: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

35

Para as organizações, conhecimento é componente importante à tomada

de decisão. A transformação dos dados em informação é um processo. Nas palavras

de Stair e Reynolds (2010, p. 5), “conhecimento é a consciência e a compreensão

de um conjunto de informações e os modos como essas informações podem ser

úteis para apoiar uma tarefa específica ou para chegar a uma decisão”.

Consoante O’Brien (2004, p. 6), um sistema de informação “é um conjunto

de pessoas, hardware, software, redes de comunicação e recursos de dados que

coleta, transforma e dissemina informações em uma organização”.

Segundo Laudon e Laudon (2011), sistemas de informação é um conjunto

de componentes inter-relacionados trabalhando juntos para coletar, recuperar,

processar, armazenar e distribuir informações com o fim de facilitar o planejamento,

controle, coordenação, análise e decisão das organizações.

Ainda para Bio (2008), um SI é uma rede de subsistemas. Nele, cada qual

se decompõe em procedimentos que coletam dados, processam, produzem e

distribuem as informações.

O valor de um SI consiste em sua capacidade de organizar as

informações com a finalidade de prover as organizações para suas tomadas de

decisão em razão dos seus objetivos. “Um sistema de informação (SI) é um conjunto

de componentes inter-relacionados que coleta, manipula, armazena e dissemina

dados e informações e fornece um mecanismo de realimentação para atingir um

objetivo” (STAIR; REYNOLDS, 2010, p.3).

Há diversos tipos de sistemas de informação bem como diferentes formas

de classificar esses sistemas. Audy, Andrade e Cidral (2005) citam os seguintes

sistemas de informação: sistema de processamento de transações, sistemas de

informação gerencial, sistema de apoio à decisão, sistema de informação executiva,

sistemas de informação como suporte à integração entre processos de negócio e

funções empresarias, sistemas de informação como suporte ao processo decisório e

sistemas de informação como elemento estratégico para a organização empresarial.

Quanto ao objetivo geral de um SI, seria o de disponibilizar as

informações necessárias para a organização de forma a que sirvam de suporte tanto

ao controle e à integração dos processos de negócio e funções organizacionais,

quanto ao processo decisório nos diversos níveis organizacionais e também como

suporte a estratégias competitivas, propiciando a obtenção de vantagens

competitivas (AUDY; ANDRADE; CIDRAL, 2005).

Page 38: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

36

Entre as funções de um sistema de informações (Figura 2), incluem-se a

coleta, o processamento, o armazenamento, a distribuição e retroalimentação ou

feedback dos dados. “Os dados ao serem relacionados e contextualizados pelos

usuários, proporcionarão as informações necessárias para a organização” (AUDY;

ANDRADE; CIDRAL, 2005, p. 111).

Figura 2 – Funções de um sistema de informação

Retroalimentação

Fonte: Adaptado de Laudon e Laudon (2011).

Os sistemas de informação apresentam características distintas. “Vários

sistemas podem compartilhar o mesmo ambiente; alguns deles podem ser

conectados entre si por meio de uma fronteira compartilhada ou interface” (O’BRIEN,

2004, p. 10).

Um SI bem estruturado oferece vantagens diversas às organizações,

como otimização do fluxo informacional, integridade e veracidade de informações e

mais segurança no acesso à informação.

Como observado, as IES utilizam sistema de gerenciamento acadêmico.

Este sistema promove o gerenciamento de aspectos institucionais, e também dispõe

de um conjunto de ferramentas de apoio ao ensino presencial. Como ferramentas de

apoio ao ensino, permitem que o docente possa aperfeiçoar a comunicação com sua

turma, organizar suas aulas, fornecer material de apoio on-line, dentre outras

atividades.

Um dos tipos de sistemas de informação de grande relevância para as

IES são os sistemas de gestão acadêmica, conforme exposto em seguida.

Entrada

Processar Classificar Organizar Calcular

Saída

Page 39: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

37

3.1 Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas

Por sistemas de gestão acadêmica entendem-se sistemas de informação

essenciais para o gerenciamento das atividades acadêmicas, pois permitem o

controle de informações dentro das instituições, e consolidam informações

relevantes para elas como dados sobre matrículas, frequência, evasão, etc.

Sistema de gestão acadêmica é uma plataforma geralmente desenvolvida

em ambiente web para atender às necessidades de gestão e planejamento de uma

instituição de ensino, seja esta pública ou privada, mediante otimização dos recursos

físicos, humanos, materiais e financeiros (ZIUKOSKI, 2010).

Originalmente, o SI3 (Sistema Integrado de Informações Institucionais) foi

desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte com a finalidade de

integrar sistemas institucionais de órgãos públicos federais (UNIVERSIDADE

FEDERAL DO CEARÁ, 2010). Do SI3 faz parte o Sistema Integrado de Gestão de

Atividades Acadêmicas.

Integrante do SI3, o SIGAA foi desenvolvido pela Universidade Federal do

Rio Grande do Norte, que transfere o sistema para outras IES através da rede de

cooperação técnica (Figura 3). Consoante o Decreto presidencial nº 6.619/2008, que

regulamenta a cooperação técnica, o termo de cooperação consiste no instrumento

por meio do qual é ajustada a transferência de crédito de órgão da administração

pública federal direta, autarquia, fundação pública, ou empresa estatal dependente,

para outro órgão ou entidade federal da mesma natureza (BRASIL, 2008).

O decreto regulamenta os convênios, contratos de repasse e termos de

cooperação celebrados pelos órgãos e entidades da administração pública federal

com órgãos ou entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos, para a execução de

programas, projetos e atividades de interesse recíproco que envolva a transferência

de recursos oriundos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social da União.

Page 40: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

38

Figura 3 – Rede de cooperação técnica: UFRN e Rede IFES e Rede Ciclo

Fonte: http://www.info.ufrn.br/html/conteudo/cooperacoes/ - 2013

Em 2009, a UFRN, firmou termos de cooperação técnica na área de TI com

instituições federais de ensino superior (Universidade Federal do Ceará, Universidade

Federal Rural do Semi-Árido, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do

Acre, Universidade Federal da Bahia, Universidade Federal do Maranhão, Universidade

Federal do Sergipe, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Universidade

Federal Rural da Amazônia, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia

Afro-Brasileira, Universidade Federal da Integração Latino-Americana, Instituto Federal

de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará, Universidade Federal do Piauí,

Universidade Federal da Paraíba, Universidade Federal de Roraima, Universidade

Federal do Pará, Universidade Federal do Oeste do Pará, Universidade Federal de

Itajubá, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto Federal de Educação, Ciência

e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Instituto Federal de Educação, Ciência e

Tecnologia de Alagoas, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná)

e outras instituições do governo (Departamento de Polícia Federal; Departamento de

Polícia Rodoviária Federal; Ministério da Cultura; Ministério da Justiça; Agência

Brasileira de Inteligência; Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; Fundo

Nacional de Desenvolvimento da Educação; Controladoria Geral da União), formando o

Page 41: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

39

G11. A rede de cooperações técnicas institucionais promove uma rede de colaboração

entre as instituições e uma maior interoperabilidade com os sistemas do governo. Tais

termos permitiram a transferência tecnológica da UFRN para as instituições

cooperadas. De acordo com os termos firmados, as solicitações de aprimoramentos e

sugestões para os sistemas são contempladas com uma restrição, qual seja, se o

benefício solicitado for para apenas uma das partes, essa deverá desenvolver

internamente. O projeto de cooperação consiste em implantar os sistemas existentes na

Universidade Federal do Rio Grande do Norte em outras instituições. São estes os

sistemas em discussão: sistemas das áreas administrativas (SIPAC), recursos

humanos (SIGPRH) e acadêmica (SIGAA). (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO

GRANDE DO NORTE, 2013).

Ademais, o Sistema Integrado de Informações Institucionais ainda

promove integração entre as áreas fim e meio das IES (Figura 4).

Figura 4 – Integração entre os sistemas de informação institucional

Fonte: http://www.info.ufrn.br/html/conteudo/diretorias/img/sistemas_diagramaMaior.jpg - 2013

No referente à missão da UFRN, o Sistema Integrado de Informações

Institucionais faz a integração dos sistemas de gestão acadêmica das áreas fim e

Page 42: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

40

meio da instituição (Figura 4). Trata-se de um repositório de informações para a

gestão acadêmica da instituição, principalmente em relação à atividade fim da

universidade, o ensino.

O Sistema Integrado de Informação Institucional – SI3 (Figura 5)

compreende:

Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas;

Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos;

Sistema Integrado de Planejamento, Gestão e Recursos Humanos;

Sistema de Planejamento e Projetos;

Sistema de Gestão Eletrônica de Documentos;

Sistema de Administração dos Sistemas.

Figura 5 – Módulos5 do SI3 – UFRN

Fonte: https://www.sigaa.ufrn.br/sigaa/verTelaLogin.do - 2013

5 Na programação, um módulo é uma parte de um programa de computador. Das várias tarefas a

serem desenvolvidas por um programa para executar a sua função ou alvos, um módulo geralmente executa uma dessas tarefas [...]. [...] Particularmente no caso de programação, os módulos são geralmente [...] organizados hierarquicamente em níveis, de modo que existe um módulo principal que é adequado para ligar os módulos de nível mais baixo (WIKIPEDIA: la enciclopédia libre, 2013).

Page 43: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

41

Em 2003, a UFRN iniciou um projeto denominado “base de dados

integradas” com o propósito de construir um único banco de dados que integrasse a

área acadêmica, administrativa e de recursos humanos, servindo como repositório de

informação para a sua comunidade acadêmica. Com a evolução desse projeto surgiu

o SIGAA, que entrou em produção para os cursos de graduação em agosto de 2007 e

para os de pós-gradução em meados de 2008 (ROCHA NETO; LIMA, 2009).

Segundo Rocha Neto e Lima (2009), os pré-requisitos são:

Qualquer pessoa da comunidade universitária (professores, alunos e

técnicos) deverá utilizar a mesma identificação (login) e senha para

todos os sistemas;

Todos os sistemas devem ser em página web e utilizar o mesmo padrão

visual (componentes de interface) para que o usuário tenha a sensação

de que sempre está utilizando o mesmo modelo de navegação;

Através de um único login qualquer pessoa poderá ter acesso a

qualquer informação armazenada na base de dados única que esteja

relacionada ao seu perfil.

Como referido, o SIGAA tem suas aplicações baseadas em tecnologia

JAVA; usa-se arquitetura de software baseada em componentes; a auditoria dos

aplicativos é obtida através de Log de atuação de banco de dados e de navegação

na web, a conexão com os sistemas é criptografada com o uso de Secure Socket

Layer. (LIMA; ROCHA NETO, 2007).

O SIGAA deu início à sua produção com alguns módulos (Figura 6) e

continua em expansão diante das necessidades de novos módulos e processos.

Informatizam os procedimentos da área acadêmica através dos módulos de

graduação, pós-graduação (stricto e lato sensu), submissão e controle de projetos e

bolsistas de pesquisa, submissão e controle de ações de extensão, submissão e

controle dos projetos de ensino (monitoria), registro e relatórios da produção

acadêmica dos docentes, atividades de ensino a distância e em ambiente virtual de

aprendizado. Disponibilizam portais específicos para reitoria, professores, alunos,

tutores de ensino a distância, coordenações lato e stricto sensu e comissões de

avaliação (institucional e docente) (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE

DO NORTE, 2013).

Page 44: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

42

Figura 6 – Módulos do SIGAA – UFRN

Fonte: http://www.info.ufrn.br/wikisistemas/doku.php?id=suporte:sigaa:visao_geral – 2013.

Ainda como referido, o SIGAA traz um conjunto de unidades e serviços

para a comunidade acadêmica, com o propósito de diminuir o tempo de operação das

atividades mediante automação de atividades acadêmicas, entre estas, unifica os

processos intrínsecos às atividades de ensino, pesquisa e extensão, além de outras

atividades acadêmicas.

É através deste sistema que os docentes terão acesso a todos os

recursos e informações relacionadas à vida acadêmica. Por exemplo, o

acompanhamento de notas e frequências nos componentes matriculados; também

poderá interagir com professores e outros alunos da turma, imprimir declarações de

vínculo relacionadas ao curso e também receber comunicados da coordenação do

curso. Ademais, é possível ver cursos e seus currículos e obter documentos

assinados digitalmente pelo sistema (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE

DO NORTE, 2013).

O Portal do Docente reúne informações relativas aos docentes nas suas

atividades acadêmicas, sejam elas de ensino, de pesquisa, de extensão ou de

monitoria. Além disso, também permite que o docente cadastre informações relativas

à sua produção intelectual; gerencie suas turmas através do AVA Turma Virtual;

acesse aos portais os quais tem acesso (Coordenador de Lato Sensu, Coordenador

de Stricto Sensu etc.); acesse seu porta-arquivos, inscreva-se para fiscalizar

Page 45: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

43

vestibular e solicite compra de livros à biblioteca. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO

RIO GRANDE DO NORTE, 2013).

Assim, os docentes poderão usar o sistema para disponibilizar materiais

empregados ou não em sala de aula, apresentar planejamento de aula a ser

divulgado, divulgar notícias e avisos sobre as aulas, registrar frequência de aula,

agendar avaliações programadas para o semestre, divulgar as notas dos alunos,

dentre outras funcionalidades.

3.2 Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas na UFC

O Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas na UFC

compõe o Sistema Integrado de Informações Institucionais, SI3, gerenciado pela

Secretaria de Tecnologia da Informação (Figura 8). Em substituição ao Núcleo de

Processamento de Dados foi criada a Secretaria de Tecnologia da Informação por

meio da Resolução nº 23 do Conselho Universitário em 2010 (UNIVERSIDADE

FEDERAL DO CEARÁ, 2010a).

Para atender às realidades da UFC, incluindo suas diferenças de gestão e

regimentais em relação à criadora do SI3, UFRN, a Secretaria de Tecnologia da

Informação vem promovendo diversas alterações e melhoras no sistema. Na UFC, a

utilização do SIGAA iniciou-se em agosto de 2010 no nível de ensino de pós-

graduação (stricto sensu). Para o nível de ensino da graduação presencial começou

em 2011 (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, 2010b).

Na UFC o sistema SI3 (Figura 7) compreende:

Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas;

Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos;

Sistema Integrado de Planejamento, Gestão e Recursos Humanos;

Sistema de Administração dos Sistemas.

Page 46: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

44

Figura 7 – Módulos do SI3-UFC

Fonte: http://www.si3.ufc.br/sigaa

O SIGAA, primeiro dos sistemas SI3 a ser implantado na UFC, seguiu,

primeiramente, com alterações impactantes no sistema, no intuito de adaptá-lo às

regras vigentes na UFC. Como observado, os desenvolvedores da UFC têm

procurado maior cooperação e atualização constante com a UFRN, mantendo a

mesma linha padrão de códigos, contudo com adaptações aos processos de

matrícula, criação de turmas, entre outros processos que operam de forma diferente

(UNIVERSIDADE..., 2013).

Na Figura 8, expõe-se a tela inicial de entrada no sistema SIGAA. Nela,

para ser usuário do SIGAA, o aluno ou servidor da UFC deverá acessar o sistema

SI3/ SIGAA e fazer um cadastro (aluno ou professor ou funcionário/técnico). Nesse

cadastro, o usuário preencherá uma planilha com vários dados onde optará por um

login e registrará uma senha que lhe permitirá os futuros acessos ao sistema SIGAA.

Com esta mesma senha permite-se o acesso para os módulos

administrativo (SIPAC), recursos humanos (SIGPRH) e administração e

comunicação (SIGADMIN). O usuário poderá ter acesso a qualquer informação

armazenada na base de dados única que esteja relacionada ao seu perfil de aluno,

de professor ou de servidor técnico.

Page 47: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

45

Ao se logar no sistema acadêmico SIGAA, o professor/aluno verá uma

página contendo as disciplinas que ele está lecionando/cursando no semestre

corrente, a partir dos links presentes no nome de cada disciplina ao ambiente

daquela turma. Segundo Rocha Neto e Lima (2009), o menu de navegação é

dividido em diversas categorias:

Turma: contém informações gerais sobre a turma;

Alunos: operação de frequência e nota de alunos;

Impressos: impressão do diário de turma e lista de frequência;

Material: material de aula (slides, apostilas, textos, etc.);

Atividades: opções de interatividade com os alunos;

Configurações: políticas de permissão e exibição de dados.

Como ilustrado a seguir, o SIGAA é composto por módulos (Figura 8).

Figura 8 – Módulos do SIGAA – UFC

Fonte: http://www.si3.ufc.br/sigaa

Dentro da página Módulos do SIGAA há o menu principal e os portais.

Previamente, o usuário deverá optar por qual vínculo com a UFC (aluno, professor

ou servidor técnico) pretende ter acesso. Os portais aos quais o usuário terá acesso

dependerão do vínculo dele com a instituição.

Identificação

Page 48: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

46

Os portais são disponibilizados a fim de atender à demanda acadêmica:

Portais do Docente e Discente, Portal6 do Tutor, Portais dos Coordenadores Lato e

Stricto Sensu, Portais dos Coordenadores de Graduação e Polo, Portal CPDI, Portal

da Reitoria, Portal da Avaliação Institucional e Portal de Relatórios de Gestão.

Os portais apresentam um formato padrão aos usuários com diversos

canais de comunicação (Figura 9).

Figura 9 – Formato padrão do SIGAA

Fonte: http://www.si3.ufc.br/sigaa

Através do Portal Padrão (Figura 9), o usuário do sistema SIGAA tem

acesso tanto aos diversos serviços referentes à vida acadêmica da comunidade

universitária, como declarações de matrícula, quanto às notas de aulas, avisos e

notícias, notas de disciplinas, etc. Há entrada para postagem de arquivos

relacionados aos conteúdos das disciplinas lecionadas, acompanhamento de notas

e frequência dos matriculados, enfim, um recurso de interação entre os membros da

comunidade acadêmica.

Após inserir seu usuário e senha na tela inicial do SIGAA (Figura 8), o

docente acessará sua página inicial do sistema, o Portal Docente (Figura 10).

6 Segundo Laudon e Laudon (2011, p. 405), Portal “[...] apresenta conteúdo personalizado, integrado

a partir de uma variedade de fontes”.

Page 49: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

47

Figura 10 – Portal Docente

Fonte: http://www.si3.ufc.br/sigaa

No Portal Docente, os dados do docente são visualizados no lado direito,

onde há o acesso às mensagens, edição de seu perfil, agenda de turma e demais

informações institucionais. À esquerda da tela, encontram-se as disciplinas que o

docente está ministrando no semestre corrente acrescidas das informações sobre

local, semestre e código das mesmas.

Em cada disciplina há o total de créditos e a carga horária atribuída.

Identifica-se também o total de alunos matriculados e a capacidade total de alunos

na referida turma.

Nessa mesma tela, o docente encontrará o campo “minhas turmas no

semestre” no qual poderá verificar a agenda da turma no que se refere às atividades

e avaliações agendadas, também se localiza a grade de horários e disposição das

turmas.

O docente pode selecionar qual disciplina deseja acessar. Após a

escolha, o sistema remete o docente à página da turma referente à disciplina (Figura

11).

Identificação

Identificação do docente.

Page 50: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

48

Figura 11 – Tela inicial de disciplina

Fonte: http://www.si3.ufc.br/sigaa

Conforme mostrado na tela, a identificação da disciplina para a qual o

docente optou acessar aparece na parte superior onde se visualiza o código, o nome

da disciplina, o semestre letivo e a turma.

Pelo Portal Docente, O SIGAA possui um ambiente virtual denominado

“turma virtual”, o qual tem por fim ser uma ferramenta de fácil acesso, voltada para a

comunicação entre docentes e discentes, indo além das fronteiras da sala de aula

(ROCHA NETO; LIMA, 2009).

A navegação no subsistema “turma virtual” é feita através do menu (lado

esquerdo da tela). Na parte central da tela, encontra-se a área de trabalho e à direita

localiza-se o painel de notícias e enquetes. De acordo com Rocha Neto e Lima

(2009), o menu de navegação é dividido em diversas categorias:

Turma: informações gerais sobre a turma e programação de aulas;

Alunos: operações de frequência e nota de alunos;

Impressos: impressão do diário de turma e lista de frequência;

Material: material de aula (slides, apostilas, textos etc.);

Atividades: opções de interatividade com os alunos;

Identificação

Page 51: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

49

Configurações: políticas de permissão e exibição de dados.

Clicando na categoria Turma (Figura 12), o docente tem acesso a ações

como:

Figura 12 – Menu Turma Virtual

Fonte: http://www.si3.ufc.br/sigaa

Principal: permite acesso à tela principal;

Plano de curso: gerenciar plano de curso para a disciplina;

Conteúdo programado: acesso e criação de tópicos de aulas, com um

cronograma do que foi ou será visto em sala de aula;

Participantes: página contendo a lista dos participantes da turma;

Visualizar programa: visualiza o programa do componente curricular lançado

pelo departamento ao qual o curso está vinculado;

Fórum: fórum de discussão da turma em que poderá ser utilizado para

discussões sobre os conteúdos tratados na turma;

Chat: abertura de uma janela para bate-papo entre os participantes da turma

que estiverem on-line;

Notícias: acesso ao cadastramento de notícias;

Registar aula extra: habilita o lançamento de tópicos de aula e frequência para

aulas extras;

Page 52: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

50

Visualizar como aluno: permite que o docente tenha uma visão de como o

aluno visualiza a turma virtual.

Os tópicos de aula formam a base para a organização de todo o conteúdo do

subsistema “turma virtual”. Através dessa tela podem ser disponibilizados: texto do

assunto visto na aula, arquivos contendo os materiais das aulas, referências

bibliográfica de sites, livros, etc. e tarefas para os alunos (ROCHA NETO; LIMA,

2009).

No menu Alunos, as ações disponíveis são: lançar frequência, lançar

frequência em planilha e lançar notas.

No menu Diário Eletrônico, pode-se consultar o conteúdo programado, o

diário da turma, lista de presença, mapa de frequência e total de faltas.

No menu Material, o docente poderá inserir materiais de aula, cujas opções

são: conteúdo, texto formatado contendo a descrição de um assunto; inserir arquivo

na turma, permite adicionar arquivos em qualquer formato contendo assuntos vistos

em sala de aula; porta-arquivo, permite que o professor disponibilize qualquer arquivo

para as turmas nas quais leciona.

No menu Atividades, o docente tem à disposição as seguintes opções:

avaliações, agenda das avaliações da disciplina; enquetes, possibilidade do professor

conhecer a opinião da turma sobre algum tema; fórum, permite a criação de

discussões entre os participantes da turma; tarefas, oferece ao professor a

oportunidade de aplicar atividades onde os alunos devem submeter arquivos que

serão avaliados e comentados pelo professor.

No menu Estatísticas, o docente tem a visualização da situação dos alunos

quanto às variáveis quantitativas de médias de aprovação, reprovação, etc.

O subsistema “turma virtual” do SIGAA, cuja função é servir de apoio ao ensino

presencial, mostra-se uma ferramenta fundamental para a interação dos docentes e

discentes.

Cabe ressaltar: os dados coletados e analisados na pesquisa foram obtidos a

partir do uso dos docentes através do Portal Docente como se verá nas análises a

seguir.

Page 53: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

51

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Para a apresentação dos dados, trabalhou-se com categorias: Arquivos

postados por unidades/subunidades acadêmicas – turmas de graduação – 2011.1 a

2013.1; Postagens de tópicos de aulas por turmas – 2011.1 a 2013.1; Postagens de

arquivos diversos; Postagens de notícias; Uso do SIGAA pelos docentes de

graduação – por idade; Docentes de graduação que individualmente mais fazem uso

do SIGAA; Subunidades acadêmicas e unidade acadêmica que utilizam o SIGAA

com mais e menos frequência, respectivamente.

Os dados exibidos por unidades/subunidades acadêmicas estão expostos

conforme dados tabulados e dispostos no Apêndice C.

4.1 Arquivos postados por unidades/subunidades acadêmicas – turmas de

graduação – 2011.1 a 2013.1

Gráfico 1 – Comparativo de postagens de arquivos entre as unidades acadêmicas

da UFC – 2011.1 a 2013.1

Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.

Page 54: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

52

Conforme evidencia o Gráfico 1, entre as unidades acadêmicas da UFC,

os destaques por postagens de arquivos por turmas são os seguintes: Centro de

Ciências, cujas postagens foram de 25 registros para 649 turmas em 2011.1; 66

postagens para 536 turmas em 2011.2; 162 para 619 turmas em 2012.1; 155 para

536 turmas em 2012.2 e 180 arquivos para as 526 turmas de 2013.1.

O Centro de Tecnologia sobressai igualmente. Suas postagens foram de

7 registros para 517 turmas em 2011.1; 93 postagens para 387 turmas em 2011.2;

161 para 468 turmas em 2012.1; 165 para 401 turmas em 2012.2 e 172 arquivos

para as 414 turmas de 2013.1.

Outra unidade acadêmica de realce é a Faculdade de Economia,

Administração, Atuária e Contabilidade, cujas postagens foram de nenhum registro

para 272 turmas em 2011.1; 58 postagens para 297 turmas em 2011.2; 126 para

267 turmas em 2012.1; 148 para 262 turmas em 2012.2 e 173 arquivos para as 268

turmas de 2013.1.

No quesito de poucas postagens por turmas, sobressai a Faculdade de

Medicina. Nela as postagens foram de nenhum registro para 218 turmas em 2011.1;

1 postagem para 219 turmas em 2011.2; 4 para 210 turmas em 2012.1; 8 para 210

turmas em 2012.2 e 10 arquivos para as 199 turmas de 2013.1.

Page 55: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

53

Gráfico 2 – Postagens de arquivos do Centro de Ciências por subunidades

acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1

Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.

Na unidade acadêmica Centro de Ciências, o destaque para postagens

verificou-se no Departamento de Matemática, onde as postagens foram de 5 para

108 turmas em 2011.1; 2 para 70 turmas em 2011.2; 29 para 110 turmas em 2012.1;

24 para 84 turmas em 2012.2 e 30 arquivos para as 96 turmas de 2013.1. Nesse

âmbito, esse departamento apresentou um crescimento significativo de 2011.1 a

2013.1, passando de postagens por turmas de 5,7% a 46,8%, respectivamente.

No aspecto de pouco crescimento em postagens, percebe-se o

Departamento de Química Analítica e Físico-Química, que não apresentou

crescimento destas de forma significativa. Nele as postagens foram do não registro

para 50 turmas em 2011.1; 1 para 48 turmas em 2011.2; 3 para 47 turmas em

2012.1; 2 para 43 turmas em 2012.2 e 10 arquivos para as 43 turmas de 2013.1. As

portagens desse departamento variaram do não registro a 23,3%, de 2001.1 a

2013.1, respectivamente.

No Departamento de Estatística e Matemática Aplicada as postagens

foram de 4 para 70 turmas em 2011.1; 15 para 65 turmas em 2011.2; 21 para 55

Page 56: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

54

turmas em 2012.1; 22 para 56 turmas em 2012.2 e 23 arquivos para as 96 turmas de

2013.1. Com isso, esse departamento mostrou um crescimento significativo de

2011.1 a 2011.2, passando de postagens por turmas variáveis de 5,7% a 15%,

respectivamente. Portanto, nos semestres letivos 2012.1, com 21%, 2012.2, com

22%, e 2013.1, com 22%. Manteve, assim, uma evidente estabilidade nos últimos

três semestres letivos.

O Departamento de Computação, cujas postagens foram de 1 para 71

turmas em 2011.1; 12 para 55 turmas em 2011.2; 16 para 66 turmas em 2012.1; 15

para 56 turmas em 2012.2 e 19 para 63 turmas em 2013.1, passou de postagens por

turmas correspondentes da 1,4% em 2011.1 e 30,2% em 2013.1. Ressalta-se que

um dos professores que individualmente mais usa o sistema SIGAA (Quadro 1)

integra o referido departamento.

Gráfico 3 – Postagens de arquivos do Centro de Ciências Agrárias por subunidades

acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1

Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.

Na unidade acadêmica Centro de Ciências Agrárias, o destaque para

postagens de arquivos por turmas verificou-se no Departamento de Ciências do

Page 57: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

55

Solo, no qual as postagens foram do não registro para 29 turmas em 2011.1; 11

para 30 turmas em 2011.2; 21 para 30 turmas em 2012.1; 15 para 32 turmas em

2012.2 e 22 arquivos para as 32 turmas de 2013.1. Com isso, esse departamento

revelou um crescimento significativo de 2011.1 a 2011.2, passando de postagens

por turmas correspondentes ao não registro a 68,8%, respectivamente. Esse

departamento tem destaque também em relação aos quatro docentes que

individualmente mais usam o sistema SIGAA (Quadro 1), onde dois dos seus

docentes integram a lista.

Em referência ao pouco crescimento em postagens, nota-se o

Departamento de Engenharia Agrícola que não apresentou evolução de postagens

de forma significativa. Nele as postagens foram do não registro para 42 turmas em

2011.1; novamente do não registro para 46 turmas em 2011.2; não registro para 42

turmas em 2012.1; e mais uma vez do não registro para 38 turmas em 2012.2 e 10

arquivos para as 45 turmas de 2013.1. Enfim, não registro de postagens, variável em

22,2% de 2011.1 a 2013.1, respectivamente.

No Departamento de Engenharia de Pesca, as postagens foram do não

registro para 47 turmas em 2011.1; 20 para 45 turmas em 2011.2; 22 para 42 turmas

em 2012.1; 26 para 42 turmas em 2012.2 e 23 arquivos para as 42 turmas de

2013.1. Contudo, esse departamento apresentou um crescimento significativo de

2011.1 a 2013.1, passando do não registro de postagens por turmas a 54,8%,

respectivamente.

Page 58: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

56

Gráfico 4 – Postagens de arquivos do Centro de Humanidades por subunidades

acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1

Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.

Na unidade acadêmica Centro de Humanidades, a ênfase para postagens

de arquivos por turmas verificou-se no Departamento de Ciências da Informação,

cujas postagens foram do não registro para 114 turmas em 2011.1; 11 para 41 turmas

em 2011.2; 18 para 41 turmas em 2012.1; 22 para 40 turmas em 2012.2 e 22 arquivos

para as 39 turmas de 2013.1. Com isso, esse departamento evidenciou um

crescimento significativo entre 2011.1 e 2012.2, passando de postagens por turmas

correspondentes ao não registro a 55,0%, respectivamente. Em 2013.1, a

porcentagem baixou em comparação ao semestre anterior, ficando em 30,8%.

Em relação ao pouco crescimento em postagens, percebe-se o

Departamento de Literatura, o qual não apresentou incremento de postagens de

forma expressiva. Nesse caso, as postagens foram do não registro para 62 turmas

em 2011.1; não registro para 59 turmas em 2011.2; 5 registros para 64 turmas em

2012.1; 1 registro para 53 turmas em 2012.2 e 2 arquivos para as 49 turmas de

2013.1. Variou, assim, do não registro em 2011.1 a apenas 4,1% em 2013.1.

Page 59: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

57

Gráfico 5 – Postagens de arquivos do Centro de Tecnologia por subunidades

acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1

Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.

Na unidade acadêmica Centro de Tecnologia, o destaque para postagens

de arquivos por turmas deu-se no Departamento de Engenharia Mecânica e de

Produção. Nele as postagens foram de 1 registro para 84 turmas em 2011.1; 43

postagens para 78 turmas em 2011.2; 45 para 70 turmas em 2012.1; 44 para 71

turmas em 2012.2 e 47 arquivos para as 57 turmas de 2013.1. Com isso, esse

departamento revelou uma evolução significativa de postagens por turmas entre

2011.1 e 2013.1, passando de postagens por turmas variáveis de 1,2% a 82,5%,

respectivamente. Essa evidência confirma-se também na relação individual dos

quatro docentes que mais usam o sistema SIGAA (Quadro 1), no qual um dos

professores entrevistados integra o referido departamento.

Outros departamentos que sobressaíram são o de Engenharia

Metalúrgica e de Materiais e o de Engenharia Química cujas postagens tiveram um

salto do não registro em 2011.1 e 63,3 % e 59,5% em 2013.1, respectivamente.

Page 60: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

58

Gráfico 6 – Postagens de arquivos da Faculdade de Direito por subunidades

acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1

Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.

Na unidade acadêmica Faculdade de Direito, o destaque para postagens

constatou-se no Departamento de Direito Processual, onde as postagens foram do

não registro destas para 48 turmas em 2011.1; 5 postagens para 51 turmas em

2011.2; 12 para 43 turmas em 2012.1; 18 para 43 turmas em 2012.2 e 17 arquivos

para as 42 turmas de 2013.1. Com isso, esse departamento apresentou um

crescimento significativo de postagens por turmas entre 2011.1 e 2013.1, ou seja,

passou do não registro de postagens por turmas a 40,5%, respectivamente.

Page 61: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

59

Gráfico 7 – Postagens de arquivos da Faculdade de Economia, Administração,

Atuária e Contabilidade por subunidades acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1

Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.

Na unidade acadêmica da Faculdade de Economia, Administração,

Atuária e Contabilidade, a distinção para postagens de arquivos por turmas deu-se

no Departamento de Contabilidade. Nele as postagens foram do não registro para

83 turmas em 2011.1; 46 postagens para 81 turmas em 2011.2; 65 para 81 turmas

em 2012.1; 63 para 80 turmas em 2012.2 e 66 arquivos para as 79 turmas de

2013.1. Com isso, esse departamento denotou um incremento significativo de

postagens por turmas entre 2011.1 e 2013.1, variando do não registro de postagens

por turmas a 83,5%, respectivamente.

Page 62: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

60

Gráfico 8 – Postagens de arquivos da Faculdade de Educação por subunidades

acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1

Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.

Na unidade acadêmica Faculdade de Educação, o realce para postagens

de arquivos por turmas evidenciou-se no Departamento de Teoria e Prática do

Ensino. Nele as postagens foram do não registro de postagem para 47 turmas em

2011.1; 5 postagens para 42 turmas em 2011.2; 8 para 41 turmas em 2012.1; 8 para

44 turmas em 2012.2 e 22 arquivos para as 49 turmas de 2013.1. Com isso, esse

departamento expôs uma evolução significativa de postagens por turmas entre

2011.1 e 2013.1, ao saltar do não registro de postagens por turmas a 44,9%,

respectivamente.

Page 63: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

61

Gráfico 9 – Postagens de arquivos da Faculdade de Farmácia, Odontologia e

Enfermagem por subunidades acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1

Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.

Na unidade acadêmica Faculdade de Farmácia, Odontologia e

Enfermagem, o destaque para postagens de arquivos por turmas aconteceu no

Departamento de Enfermagem. Nele as postagens foram do não registro para 120

turmas em 2011.1; 6 postagens para 109 turmas em 2011.2; 8 para 76 turmas em

2012.1; 17 para 69 turmas em 2012.2 e 12 arquivos para as 6 turmas de 2013.1.

Com isso, esse departamento mostrou um crescimento significativo de postagens

por turmas entre 2011.1 e 2012.2, passando do não registro de postagens por

turmas a 24,6%, respectivamente. Em 2013.1 houve uma menor quantidade de

arquivos postados em relação ao semestre anterior apresentando uma porcentagem

de 18,2%.

Sobressai negativamente o Departamento de Odontologia Restauradora,

que não registrou qualquer postagem de arquivo de 2011.1 a 2013.1.

Page 64: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

62

Gráfico 10 – Postagens de arquivos da Faculdade de Medicina por subunidades

acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1

Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.

Na unidade acadêmica Faculdade de Medicina, o destaque para

postagens de arquivos por turmas confirmou-se no Departamento de Fisiologia e

Farmacologia. Nele as postagens foram do não registro para 14 turmas em 2011.1;

1 postagem para 10 turmas em 2011.2; 1 para 11 turmas em 2012.1; 4 para 10

turmas em 2012.2 e 4 arquivos para as 10 turmas de 2013.1. Com isso, esse

departamento apresentou um crescimento significativo de postagens por turmas

entre 2011.1 e 2012.2, passando do não registro de postagens por turmas a 40,0%,

respectivamente.

Cabe registrar que os Departamentos de Patologia e Medicina Legal,

Saúde Comunitária e Morfologia não postaram nenhum arquivo de 2011.1 a 2013.1.

Page 65: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

63

Gráfico 11 – Postagens de arquivos dos Institutos da UFC – 2011.1 a 2013.1

Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.

Entre as unidades acadêmicas Instituto de Cultura e Arte, Instituto de

Educação Física e Esporte e Instituto de Ciências do Mar, sobressaiu o Instituto de

Cultura e Arte. Nele as postagens foram do não registro de postagem para 300

turmas em 2011.1; 30 postagens para 261 turmas em 2011.2; 31 para 282 turmas

em 2012.1; 50 para 282 turmas em 2012.2 e 66 arquivos para as 274 turmas de

2013.1. Com isso, esse instituto exibiu um crescimento significativo de postagens

por turmas entre 2011.1 e 2013.1, passando do não registro de postagens por

turmas a 24,1%, respectivamente.

Page 66: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

64

Gráfico 12 – Postagens de arquivos dos campi da UFC no interior do Estado do

Ceará – 2011.1 a 2013.1

Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.

Entre as unidades acadêmicas da UFC no interior do Estado do Ceará, a

saber campus da UFC em Quixadá, campus da UFC em Sobral e campus da UFC

no Cariri, destacou-se este último campus. Nele as postagens foram de 1 registro

para 332 turmas em 2011.1; 16 postagens para 304 turmas em 2011.2; 62 para 337

turmas em 2012.1; 80 para 319 turmas em 2012.2 e 84 arquivos para as 318 turmas

de 2013.1. Com isso, esse campus evidenciou uma evolução significativa de

postagens por turmas entre 2011.1 e 2013.1, ao passar de 0,3% a 26,4%,

respectivamente.

O campus da UFC no Cariri oferece onze cursos de graduação,

distribuídos em três campi: Juazeiro do Norte, Barbalha e Crato. Em 5 de junho de

2013, por desmembramento desse campus, criou-se a Universidade Federal do

Cariri.

Já o campus da UFC em Quixadá dispõe de quatro cursos de graduação

e o da UFC em Sobral oferece dez cursos também de graduação.

Page 67: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

65

4.2 Postagens de tópicos de aulas

Tabela 1 – Distribuição dos dados da graduação no SIGAA, por semestre e de

acordo com o número total de turmas sem e com postagens de tópicos de aula

definidos. Fortaleza-CE, 2013

Semestre

Dados da Graduação

Total de

turmas

Total de turmas sem

tópicos postados

Total de turmas com

tópicos postados

Média de

tópicos postados,

por turma

2011.1 4.502 4.460 42 6,8

2011.2 3.928 3.355 573 14,4

2012.1 4.106 3.071 1.035 14,5

2012.2 3.892 2.862 1.030 14,0

2013.1 3.924 2.706 1.218 12,6

Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.

Gráfico 13 – Percentual de turmas com postagens de tópicos de aulas – 2011.1 a

2013.1

Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.

Page 68: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

66

Gráfico 14 – Média das turmas com postagens de tópicos de aulas – 2011.1 a

2013.1

Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.

Como observado, os dados explicitam o quanto os tópicos de aulas são

pouco disponibilizados no sistema SIGAA desde sua implantação, do semestre letivo

de 2011.1 até o último semestre pesquisado, 2013.1. Nesse período, o semestre

letivo de 2012.1 apresentou a maior média de postagem, 14,5; nele o total de turmas

com tópicos de aulas definidos postados não ultrapassou 25,2% do total de turmas

de 2012.1. De acordo com os dados, nos últimos dois semestres letivos, 2012.2 e

2013.1, houve diminuição da média de postagens dos tópicos de aulas no sistema

em relação ao total de turmas acadêmicas, com média de 14,0 e 12,6,

respectivamente. Nesse caso, as turmas que postaram tópicos de aulas foram de

26,5 % e 31%, a indicar um baixo crescimento em relação ao fenômeno de

postagem de tópicos de aulas, cujo percentual de utilização ainda é menor que o

percentual de não utilização deste tipo de postagem. Cabe salientar que o tópico de

aula relaciona o conteúdo que será ministrado na aula, fazendo parte do programa

da disciplina, que possui caráter obrigatório de divulgação.

Page 69: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

67

4.3 Postagens de arquivos diversos

Tabela 2 – Distribuição dos dados da graduação no SIGAA, por semestre e de

acordo com o número total de turmas sem e com postagens de arquivos. Fortaleza-

CE, 2013

Semestre

Dados da Graduação

Total de

turmas

Total de turmas sem

arquivos postados

Total de turmas com

arquivos postados

Média de arquivos

postados, por

turma

2011.1 4.502 4.469 33 4,3

2011.2 3.928 3.531 397 9,2

2012.1 4.106 3.274 832 11,6

2012.2 3.892 3.001 891 10,9

2013.1 3.924 2.882 1.042 10,4

Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.

Gráfico 15 – Percentual de turmas com postagens de arquivos – 2011.1 a 2013.1

Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.

Page 70: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

68

Gráfico 16 – Média das turmas com postagens de arquivos – 2011.1 a 2013.1

Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.

Atinente às postagens de arquivos diversos pelo total de turmas, as

postagens de arquivos diversos alcançaram sua média máxima, dentro do período

pesquisado, no semestre de 2012.1, que ficou com média de 11,6; o total de turmas

que postou arquivos diversos equivale a 20,3% do total das turmas do referido

semestre. Nos períodos seguintes, ou seja, 2012.2 e 2013.1, houve decréscimo de

postagens de arquivos diversos por turmas acadêmicas, mas não de forma

expressiva, cujas médias foram de 10,9 e de 10,4. As turmas que postaram arquivos

diversos representaram 0,7%; 10,1%; 20,3%; 22,9% e 26,6% do total de turmas dos

semestres letivos de 2011.1, 2011.2, 2012.1, 2012.2 e 2013.1, respectivamente, ou

seja, verificou-se aumento percentual, embora não representativo, pois a média de

postagens das turmas decresceu no mesmo período. Ressalta-se que há uma

maioria de turmas em que essa funcionalidade ainda não é utilizada. Cabe salientar

que essa utilização poderia substituir a tradicional forma de ministrar aula na qual o

docente copia o conteúdo da mesma no quadro e os discentes reproduzem em seus

cadernos. Com a postagem do arquivo de forma prévia, os alunos seriam poupados

do tempo de reprodução e aula poderia ser ministrada em forma de discussão do

conteúdo do arquivo. Outra utilização seria a postagem de texto, que porventura

seria interessante para discussão em sala de aula mediante a leitura prévia por parte

dos alunos.

Page 71: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

69

4.4 Postagens de notícias

Tabela 3 – Distribuição dos dados da graduação no SIGAA, por semestre e de

acordo com o número total de turmas sem e com postagens de notícias. Fortaleza-

CE, 2013

Dados da Graduação

Semestre

Total de

turmas

Total de turmas sem

notícias postadas

Total de turmas com

notícias postadas

Média de

notícias postadas,

por turma

2011.1 4.502 4.430 72 3,1

2011.2 3.928 3.587 341 4,6

2012.1 4.106 3.226 880 6,2

2012.2 3.892 2.983 909 5,7

2013.1 3.924 2.902 1.022 5,6

Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.

Gráfico 17 – Percentual de turmas com postagens de notícias – 2011.1 a 2013.1

Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.

Page 72: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

70

Gráfico 18 – Média das turmas com postagens de notícias – 2011.1 a 2013.1

Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.

No referente a notícias postadas por turmas, segundo os dados, a maior

média para esse tipo de postagem deu-se em 2012.1, com média de 6,2. Em 2012.2

e 2013.1, as médias de turmas que postaram notícias declinaram para 5,7 e 5,6,

respectivamente. No semestre letivo de 2011.1 as turmas que postaram notícias

representaram 1,6 % do total das turmas acadêmicas do período; em 2011.2, a

representação foi de 8,7%; em 2012.1 21,4%; em 2012.2 23,4% e em 2013.1 26%.

Portanto, houve um aumento percentual, porém não de forma significativa, pois de

2012.1 a 2013.1 a média de postagens das turmas decresceu e o aumento

percentual não foi acentuado no mesmo período, mostrando com isso uma

estabilidade do acontecimento postagens de notícias. Uma notícia de urgência,

como o atraso de uma aula ou a necessidade de apresentação de material poderiam

ser facilmente comunicados aos discentes por intermédio da postagem de notícias e

a notificação aos mesmos através de e-mail que é gerado automaticamente pelo

sistema acadêmico. Isso promove uma melhor comunicação entre docentes e

discentes.

Page 73: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

71

4.5 Uso do SIGAA pelos docentes de graduação – por idade

Gráfico 19 – Relação entre a idade do docente e o número de arquivos postados no

SIGAA nos semestres de 2011.2 a 2013.1

0

50

100

150

200

250

300

350

400

20 30 40 50 60 70

me

ro d

e a

rqu

ivo

s p

ost

ad

os

de

2

01

1.2

a 2

01

3.1

Idade do docente

Coeficiente de correlação de Pearson: -0,053 (p=0,1596). Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.

Consoante os dados, não há correlação significativa entre a quantidade

de arquivos postados e a idade do docente que posta os arquivos.

Com esses dados refuta-se a hipótese segundo a qual professores mais

jovens teriam tendência a postarem mais arquivos no sistema SIGAA. Essa

presunção, inclusive, foi levantada na entrevista com o chefe da subunidade

Departamento de Contabilidade (Quadro 4) na qual justifica o fato do citado

departamento ser destaque em postagens dentro da unidade acadêmica FEAAC em

virtude do ingresso de docentes mais jovens na unidade.

4.6 Docentes de graduação que individualmente mais fazem uso do SIGAA

Para se obter informações sobre este assunto, procedeu-se a entrevistas

com os docentes da UFC que individualmente mais fazem uso do SIGAA.

Dentre os docentes de graduação da UFC, foram entrevistados os quatro

deles que mais fazem uso individual do sistema SIGAA.

Page 74: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

72

Os quatro docentes que individualmente mais usam o sistema SIGAA são

o professor MV (Departamento de Engenharia Mecânica e de Produção), o professor

JC e o professor RE (Departamento de Ciências do Solo) e o professor JF

(Departamento de Computação), como exposto nos Quadros 1, 2,3 e 4.

Quadro 1 – Frequência de uso do SIGAA pelos docentes da UFC

“Usa diariamente” (Professor 1 ou Professor MV).

“Utilizo de duas a três vezes por semana” (Professor 2 ou Professor JC).

“Utilizo semanalmente” (Professor 3 ou Professor RE).

“Diariamente” (Professor 4 ou Professor JF).

Fonte: Autoria própria.

Perguntados sobre a frequência no uso do sistema SIGAA, dos quatro

docentes entrevistados, dois responderam que usaram diariamente; um pelo menos

duas vezes por semana e um semanalmente.

Quadro 2 – Tipo de postagem no SIGAA realizado pelos docentes da UFC

“Posto material das disciplinas, planilhas, avisos para os alunos, mantenho contatos

com os alunos” (Professor 1 ou Professor MV).

“Posto material das aulas, avisos e notícias” (Professor 2 ou Professor JC).

“Coloco o conteúdo ministrado nas aulas, avisos para os alunos, posto slides”

(Professor 3 ou Professor RE).

“Todos os conteúdos das disciplinas, faço conferência com os alunos via web cam,

avisos, notícias, mantenho contato com os alunos, uso praticamente todas as

funcionalidades” (Professor 4 ou Professor JF).

Fonte: Autoria própria.

Sobre o tipo de material que os docentes postam no sistema SIGAA, os

quatro entrevistados postam os conteúdos das disciplinas ministradas e avisos para

seu alunado. Entre os outros tipos de material postado pelos citados docentes estão:

postar planilhas, slides e notícias, e fazer conferência com seus alunos.

Como se percebe, os docentes entrevistados fizeram uso das diversas

funcionalidades que o sistema SIGAA disponibiliza para eles.

Page 75: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

73

Quadro 3 – Opinião dos docentes da UFC sobre o SIGAA

“É um bom sistema, às vezes cai. É o melhor, até então, que a UFC já implantou”

(Professor 1 ou professor MV).

“Acho fácil o manuseio do sistema. No entanto, tenho dificuldades com o sistema,

por exemplo: problemas na postagem de slides e arquivos em PDF, pois não

consigo abrir. Outro problema é na postagem de um conteúdo, pois gostaria que

quando realizasse a postagem, que fosse feito para todas as turmas

simultaneamente e não realizando a postagem para cada uma” (Professor 2 ou

Professor JC).

“Inicialmente tive dificuldades, porém com o passar do tempo e conversas com

colegas, foi se tornando mais fácil” (Professor 3 ou Professor RE).

“Acho fácil o sistema e bom. Veio a calhar para disponibilizar conteúdos de forma

organizada. Dificuldades com utilização de símbolos matemáticos, quando estou

postando material de aula. Não é muito interativo, gosto de exercícios em que os

alunos participem com contribuições, porém o sistema não permite, e para isso sou

obrigado a usar outras ferramentas. Sugestão é que o sistema tenha um link

voltado para as redes sociais, tendo em vista os alunos estarem nestas redes”.

(Professor 4 ou Professor JF).

Fonte: Autoria própria.

A respeito da opinião dos docentes sobre o sistema SIGAA, consoante se

demonstra, entre os entrevistados, o SIGAA é um sistema bom e de fácil manuseio.

Assim, superadas as dificuldades iniciais de uso, torna-se fácil manuseá-lo.

Ainda como os docentes entrevistados relataram, o sistema apresenta

problemas, a exemplo de dificuldade nas postagens de conteúdos como slides e

símbolos matemáticos e por não ser um sistema interativo. Houve também a

sugestão de que o SIGAA tenha um link que faça interação com as redes sociais.

Outra dificuldade apontada pelos docentes foi em relação à infraestrutura da

universidade no tocante às tecnologias, pois esporadicamente apresenta queda de

rede, sistema etc., comprometendo o trabalho de acesso ao referido sistema.

Page 76: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

74

4.7 Subunidades e unidade acadêmicas que utilizam o SIGAA com mais e

menos frequência

Os chefes das subunidades acadêmicas que mais usam o sistema SIGAA

(Departamento de Contabilidade, Departamento de Engenharia Mecânica e de

Produção), bem como o diretor da unidade acadêmica (Faculdade de Medicina) que

menos usa o SIGAA foram inquiridos a respeito do conhecimento de uso do SIGAA

e sobre campanha para uso deste.

Quadro 4 – Subunidades e unidade acadêmicas da UFC que utilizam o SIGAA com

mais e menos frequência

Perguntas Respostas

Conhecimento do

uso do sistema

“Não tinha conhecimento que os professores utilizavam o

sistema com frequência” (Departamento de Contabilidade).

“Não” (Departamento de Engenharia Mecânica e de

Produção)

“Sim, há uma baixa usabilidade do SIGAA” (Faculdade de

Medicina).

Existência de

alguma campanha

para o uso do

sistema

“É normal, não tem nenhuma campanha. Talvez a grande

frequência de uso seja a nova geração de professores que

fazem parte do departamento” (Departamento de

Contabilidade).

“Não” (Departamento de Engenharia Mecânica e de

Produção).

“Não, pois o SIGAA não consegue reconhecer o curriculum

do curso tendo em vista que este é por módulos e o SIGAA

trabalha no sistema de disciplinas, ficando muitos

professores sem poderem se cadastrar. Só poderemos fazer

qualquer campanha quando esta distorção for corrigida”

(Faculdade de Medicina).

Fonte: Autoria própria.

De acordo com o quadro, os chefes do Departamento de Contabilidade e

do Departamento de Engenharia Mecânica de Produção, subunidades acadêmicas

que mais usam o SIGAA desconheciam que seus docentes estariam entre os de

Page 77: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

75

mais uso do sistema. O diretor da Faculdade de Medicina, unidade acadêmica que

menos usa o SIGAA, disse saber do pouco uso do sistema por seus docentes e que

este apresenta problemas com o reconhecimento do curriculum do curso da

unidade.

Ainda como evidenciado, dos chefes de departamento das subunidades e

do diretor da unidade acadêmica entrevistados, nenhum desenvolve qualquer tipo de

campanha ou incentivo ao uso do SIGAA.

Page 78: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

76

5 CONCLUSÃO

Esta pesquisa apresentou como objetivo principal investigar o uso do

Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas pelos docentes de

graduação da UFC. Para tal, estabeleceu-se uma análise do seu uso entre as

diversas unidades/subunidades acadêmicas da universidade como instrumento de

comunicação entre docentes e discentes, tendo em vista a melhoria da qualidade da

educação superior.

Hoje, a democratização da informação está intensamente ligada ao

acesso de docentes e discentes às tecnologias da informação.

Nesse quesito, os sistemas de gestão acadêmica são instrumentos

adotados pelas IES para o gerenciamento das atividades acadêmicas, haja vista

consolidarem as informações relevantes para as mesmas instituições em referência

às atividades dos discentes e docentes. As informações ali encontradas são

importantes para o planejamento de tomada de decisões que visem a melhoria da

qualidade do ensino aprendizagem. Logo, o Sistema Integrado de Gestão de

Atividades Acadêmicas é a ferramenta tecnológica que a UFC disponibiliza aos seus

docentes, discentes e técnicos no intuito de gerir a vida acadêmica.

Em face dos dados expostos, é possível afirmar, o sistema SIGAA tem

tido precário uso por parte dos docentes de graduação da UFC à exceção de alguns

dos docentes lotados nas subunidades acadêmicas Departamento de Contabilidade,

Departamento de Engenharia Mecânica e de Produção ou ainda, de forma mais

isoladamente, alguns docentes do Departamento de Ciências do Solo e do

Departamento de Computação, assim como de outros departamentos que não

possuem destaque no uso do sistema.

Os conteúdos postados pelos docentes, quais sejam, os conteúdos de

aula, notícias, avisos ou arquivos diversos, etc. não perfazem uma significativa

quantidade ante a totalidade de turmas da universidade, em que há mais turmas

sem a utilização desta disponibilidade, mesmo levando-se em consideração o

semestre 2013.1.

Dentre os docentes que mais utilizam o SIGAA, nenhum deles recebeu

treinamento prévio, todos tentaram conhecer sozinhos os recursos que a ferramenta

poderia lhes propiciar para ajudar e melhorar seus desempenhos em sala de aula.

Page 79: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

77

Outra vertente desse quadro de docentes é de que a idade não demonstrou

relevância na busca por utilizar a ferramenta SIGAA.

Ademais, não houve, por parte dos chefes dos departamentos cujos

docentes mais fazem uso do SIGAA, nenhum tipo de campanha de incentivo ou

treinamento para o seu uso efetivo.

A Universidade Federal do Ceará tem como missão a formação de

profissionais da mais alta qualificação. Compete-lhe gerar e difundir conhecimentos,

preservar e divulgar os valores éticos, científicos, artísticos e culturais, sobretudo por

ser uma instituição estratégica para o desenvolvimento do Ceará, do Nordeste e do

Brasil. Sendo assim, constata-se ser necessário aos docentes de graduação da UFC

atuarem de forma a corresponderem às exigências inerentes a essa missão a que

se propõe esta universidade.

Nessa ótica, a formação dos docentes bem como seu aperfeiçoamento

deverão refletir a realidade das suas práticas, como também as requisições da

sociedade atual, chamada de sociedade da informação ou conhecimento, em que a

tecnologia faz-se presente nas atividades cotidianas. Cabe às IES oferecerem uma

educação continuada aos seus docentes, pois é imprescindível o processo de

qualificação e capacitação aos agentes formadores de profissionais do presente e

futuro.

Evidentemente, o SIGAA pode trazer benefícios para a comunidade

universitária. Entre estes: abolição da necessidade de listas de endereços

eletrônicos ou outras formas de contato com os alunos; melhor gerenciamento dos

professores em seus conteúdos de aula, que podem ser disponibilizados com

antecedência, e, assim, os alunos, além de tomarem conhecimento prévio da aula,

poderiam pesquisar em outras fontes de informação e colaborar para a produção de

mais conteúdos; facilidade de acesso aos conteúdos das aulas por parte dos alunos;

celeridade e eficácia no preenchimento do diário de turma pelo docente. Tudo isso

contribui para a melhoria na qualidade do ensino-aprendizagem.

Conforme foi possível apreender, o SIGAA, apesar de ser considerado,

pelos docentes que mais o usam, um eficiente sistema integrado e atender às

necessidades para as quais se destina, ainda precisa ser aperfeiçoado como, por

exemplo, no quesito interatividade e ligação com as redes sociais.

Há de se considerar, porém: a administração superior da UFC e/ou dos

responsáveis diretos pela ferramenta SIGAA e formação dos docentes precisa

Page 80: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

78

empreender esforços para promover a utilização das TICs em sala de aula. Essa

iniciativa passa pela melhoria da infraestrutura de apoio ao sistema SIGAA. Em

virtude, talvez, da inconsistência desses esforços, os mecanismos de treinamento ou

promoção que porventura tenham existido não surtiram efeito significativo no seu

uso efetivo. Urge, pois, torná-los mais concretos.

Consoante a pesquisa mostra, a média de postagens das turmas de

graduação, passados os semestres iniciais de implantação do sistema no ano de

2011, alcançou seu ápice no semestre de 2012.1. Nos semestres seguintes, 2012.2

e 2013.1, houve um decréscimo na média de postagem, seja de notícias, tópicos de

aulas ou arquivos diversos. Embora não seja significativa, indica uma estabilidade

na ação de postar no SIGAA. Isso tudo sinaliza que algo precisa ser feito para

mudar esse cenário, de forma que o sistema SIGAA se amplie na sua utilização.

Medidas como treinamentos de docentes aliadas a campanhas de incentivo onde as

vantagens de uso fossem evidenciadas poderiam ajudar nesse sentido.

O caminho aponta para uma discussão e proposta de treinamentos e

qualificações coletivas, na esfera da própria universidade, no contexto das unidades

e subunidades acadêmicas e também por uma busca incisiva por parte dos

profissionais da educação. Faz-se mister um esforço conjugado dos docentes e UFC

com o fim específico da qualificação dos profissionais da educação e em

consequência a contribuição para melhoria no ensino-aprendizagem.

Viver numa sociedade globalizada e em constantes transformações exige

maior comprometimento dos profissionais, os quais devem estar aptos para atuar de

forma produtiva e integrada nesta sociedade. Como se percebe, o conhecimento é o

meio capaz de contribuir para a transformação social na medida em que capacita os

profissionais a tomarem decisões precisas e úteis em seus meios.

Page 81: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

79

REFERÊNCIAS

AGYEI, D. D.; VOOGT, J. M. Exploring the potential of the will, skill, tool model in Ghana: predicting prospective and practicing teachers’ use of technology. Computers & Education, v. 56, p. 91-100, 2011. AHMED, E. M.; RIOZUAN, R. The impact of ICT on east Asian economic grown: panel estimation approach. Journal of the knowledge economy, v.4, n.4, p. 540-555, dec. 2013. ARDUINI, D.; DENNI, M.; LUCCHESE, M.; NURRA, A.; ZANFEI, A. The role of technology, organization and contextual factors in the development of e-government services: an empirical analysis on italian local public administration. Structural change and economic dynamics, v. 27, p. 177-189, dec. 2013. ASSIS, W. S.; BITTENCOURT, T. N.; NORONHA, M. A. M. Desenvolvimento de recursos multimídia para o ensino de engenharia. Disponível em: <http://www.lmc.ep.usp.br/pesquisas/TecEdu/artigos/artigo_Ibracon.pdf>. Acesso em: set. 2013. AUDY, J. L. N.; ANDRADE, G. K.; CIDRAL, A. Fundamentos de sistemas de informação. Porto Alegre: Bookman, 2008. BALZAN, N. C. A voz do estudante – sua contribuição para deflagração de um processo de Avaliação Institucional. In: BALZAN, N. C.; DIAS SOBRINHO, J. Avaliação institucional: teorias e experiências. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2011. BARRETO, R. G. Tecnologia e educação: trabalho e formação docente. Educ. Soc., Campinas, v. 25, n. 89, set./dez. 2004. BARROS, J. P. D. Pensando estrategicamente os indicadores. In: OLIVEIRA, F. B. Tecnologia da informação e da comunicação: desafios e propostas estratégicas para o desenvolvimento dos negócios. São Paulo: Prentice Hall, 2006. BEAL, A. Gestão estratégica da informação: como transformar a informação e a tecnologia da informação em fatores de crescimento e de alto desempenho nas organizações. São Paulo: Atlas, 2008. BETHLEM, A. Gestão estratégica de empresas brasileiras. São Paulo: Atlas, 2005. BIO, S. R. Sistemas de informação: um enfoque gerencial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008. BRASIL. Decreto nº 6.619/2008. Dá nova redação aos dispositivos do Decreto no 6.170, de 25 de julho de 2007, que dispõe sobre as normas relativas às transferências de recursos da União mediante convênios e contratos de repasse. Diário Oficial da União, Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 29

Page 82: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

80

out. 2008. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/Decreto/D6619.htm>. Acesso em: agosto 2013. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, 1996. BRASIL. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Sociedade da informação no Brasil – o livro verde. Brasília, 2000. Disponível em: <http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/18878.html>. Acesso em: jun. 2013. BRONNSON, K.; HARRIMAN, R. L. Distance education in the twenty-first century. Hospital Materials Management Quarterly, v. 22, n. 2, p. 64-72, 2000. BRUCE, C. S. Las siete caras de la alfabetización em información em la enseñanza superior. Anales de Documentación, n. 6, p. 289-294, 2003. CAMPELLO, B. Letramento Informacional: função educativa do bibliotecário na escola. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009. CASANOVA, D.; MOREIRA, A.; COSTA, N. Technology enhanced learning in higher education: results from the design of a quality evaluation framework. Procedia – Social and Behavioral Sciences, v. 29, p. 893-902, 2011. CASTELLS, M. A sociedade em rede. 11. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2008. CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. ; DA SILVA, R. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. CONFERÊNCIA NACIONAL DE EDUCAÇÃO (CONAE). Doc base: documento final. Brasília: MEC, 2010. CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. CURRAN, C. R. Faculty development initiatives for the integration of informatics competencies and point-of-care techonologies in undergraduate nursing education. Nurs. Clin. N. Am., v. 43, p. 523-533, 2008. DAVENPORT, T. H. Ecologia da informação. São Paulo: Futura, 1998. DIAS SOBRINHO, J. Avaliação ética e política em função da educação como direito público ou como mercadoria?. Educ. Soc., Campinas, v. 25, n. 88, p. 703-725, out. 2004. EKIZOGLU, N.; TEZER, M.; BOZER, M. Teacher candidates’ real success situation on computers and their attitudes towars computer technology in faculties of education. Procedia Social and Behavioral Sciences, v. 9, p. 1969-1982, 2010.

Page 83: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

81

FAGHIHARAM, B. Assessment of socio-psycho factors on use of ICT (case sudy: educational faculty members). Procedia Social and Behavioral Sciences, v. 29, p. 763-769, 2012. FELDKERCHER, N. Tecnologias aplicadas à educação superior presencial e à distância: a prática dos professores. In: ENCONTRO NACIONAL DE DIDÁTICA E PRÁTICA DE ENSINO, 16., 2012, Campinas. Anais... Campinas: UNICAMP, 2012. FIDELIS, J. R. F.; CÂNDIDO, C. M. A administração da informação integrada às estratégias empresariais. Perspectiva em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 11, n. 3, p. 424-432, set./dez. 2006. GEOGINA, D. A.; OLSON, M. R. Integration of technology in higher education: a review of faculty self-perceptions. Internet and Higher Education, v. 11, p. 1-8, 2008. GONYEAU, M. J. Additional resources for new faculty. Currents in Pharmacy Teaching and Learning, v. 1, p. 33-40, 2009. GRANT, M. M. Learning to teacher with the web; factors influencing teacher education faculty. Internet and Higher Education, v. 7, p. 329-341, 2004. GIL, A. C. Estudo de casos. São Paulo: Atlas, 2009. GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010. KENSKI, V. M. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. 2. ed. São Paulo: Papirus, 2007. KIZILKAYA, G.; USLUEL, Y. K.. Sustainability of ICT Integration in Teachers Professional Development. A. D. Üniversitesi, & H, p. 482-486, 2007. LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de informação gerenciais. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2011. LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Edições 34, 1999. LIMA, G. A.; ROCHA NETO, A. F. Sistemas institucionais integrados da UFRN. Workshop de TI das IFES, 2007. LOJKINE, J. A. A revolução informacional. São Paulo: Cortez, 1995. MIRANDA, C. E. A. Pesquisa em educação e imagens, novas tecnologias e a busca pela interlocução. Com Ciência, ago. 2009. Disponível em: <http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=48&id=598>. Acesso em: out. 2013. MOREIRA, A. F. B.; KRAMER, S. Contemporaneidade, educação e tecnologia. Educ. Soc., Campinas, v. 28, n. 100, out. 2007. Disponível em: <http://www.cedes.unicamp.br>. Acesso em: jun. 2013.

Page 84: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

82

O’BRIEN, J. A. Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da internet. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2004. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Transformações tecnológicas actuais – criação da era das redes. In: RELATÓRIO do desenvolvimento humano 2001: fazendo as novas tecnologias trabalharem para o desenvolvimento humano. Disponível em: <http://www.pnud.org.br/HDR/Relatorios-Desenvolvimento-Humano-Globais.aspx?indiceAccordion=2&li=li_RDHGlobais#2001>. Acesso em: jun. 2013. OSZ, R.; FODOR, J. Possible connecting areas of education and inteligente systems. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON COMPUTACIONAL CYBERNECTICS, 9. 2013. Tihay (Hungray), 8-10 july 2013. PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar: convite à viagem. Porto alegre: Atmed, 2000. REZENDE, D. A.; ABREU, A. F. Tecnologia da informação aplicada a sistemas de informações empresariais. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2011. ROCHA NETO, A. F.; LIMA, G. A. F. Turma virtual do SIGAA como ferramenta de apoio ao ensino. Natal: UFRN, 2009. SENGER, I.; BRITO, M. J. Gestão de sistema de informação acadêmica: um estudo descritivo da satisfação dos usuários. Revista de administração Mackenzie, v. 6, n. 3, p. 12-40, 2005. SERI, P.; ZANFEI, A. The co-evolution of ICT, skills and organization in public administration: evidence from new european country-level data. Structural change and economic dynamics, v.27, p. 160-176, dec. 2013. SHACKELFORD, R.; BROWN, R.; WARNER, S. Using concepts and theoretical models to support the standards for technological literacy. Technology Teacher, v. 63, n. 5, p.7−11, 2004. STAIR, R. M.; REYNOLDS, G. W. Princípios de sistemas de informação. 9. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2010. TARAPANOFF, K.; ARAÚJO JÚNIOR, R. H.; CORNIER, P .M .J. Sociedade da informação e inteligência em unidades de informação. Ci. Inf., Brasília, v. 29, n. 3, p. 91-100, 2000. TEO, T. Modelling technology acceptance in education: a study of pre-service teachers. Computers & Education, v. 52, p. 302-312, 2009. TJADEN, G. S. Measuring the information age business. Technology Analysis & Strategic Management, v. 8, n. 3, p. 233-246, 1996.

Page 85: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

83

TONDEUR, J. et al. Preparing pré-service teachers to integrate technology in education: a synthesis os qualitative evidence. Computers & Education, v. 59, p. 134-144, 2012. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ. Conselho Universitário. Resolução nº 23/CONSUNI, de 01 de julho de 2010. Cria a Secretaria de Tecnologia da Informação em substituição e a partir da transformação do Núcleo de Processamentos de Dados. Fortaleza: UFC, 2010a. Disponível em: <http://www.ufc.br/images/_files/a_universidade/consuni/resolucao_consuni_2010/resolucao23_consuni_2010.pdf. >. Acesso em: dez. 2013. UNIVERSIDADE Federal do Ceará relata experiências com a utilização dos sistemas SIG. In: WORKSHOP SINFO-UFRN REDE CICLO E IFES, 2. Natal: UFRN, 2013. Disponível em: <http://sistemasdaufrn.blogspot.com.br/2013/11/universidade-federal-do-ceara-relata.html >. Acesso em: nov. 2013. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ. Secretaria de Tecnologia da Informação. SI3 – SIGAA: manual de demanda e ofertas de turmas. Fortaleza: UFC, 2010b. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE. Superintendência de informática. Cooperações técnicas. Disponível em: <http://www.info.ufrn.br/html/.>. Acesso em: set. 2013. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE. Superintendência de informática. Projetos. Disponível em: <http://www.info.ufrn.br/html/conteudo/projetos//.>. Acesso em: set. 2013. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE. Superintendência de informática. SIGAA – Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas. Disponível em: <http://www.info.ufrn.br/wikisistemas/doku.php?id=suporte:sigaa:visao_geral>. Acesso em: set. 2013. VALENTIM, M. L. P.; CERVANTES, B. M. N.; CARVALHO, E. L. de; DOMINGUEZ GARCIA, H.; LENZI, L. A. F.; CATARINO, M. E.; TOMAÉL, M. I. et al. O processo de inteligência competitiva em organizações. DataGramaZero – Revista de Ciência da Informação, v. 4, n. 3, jun. 2003. WEPNER, S. B.; ZIOMEK, N.; TAO, L. Three teacher educators’ perspectives about the shifting responsibilities of infusing technology into the curriculum. Action in Teacher Education, v. 24, n. 4, p. 53-63, 2003. WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre. Webcast. Página modificada em: 28 nov. 2013. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Webcast>. Acesso em: 28 nov. 2013. WIKIPEDIA: la enciclopédia libre. Module (computação). Página modificada em: 12 set. 2013. Disponível em: <http://es.wikipedia.org/wiki/M%C3%B3dulo_(inform%C3 %A1tica)>. Acesso em: 28 nov. 2013.

Page 86: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

84

ZIUKOSKI, L. C. C. Integração do Moodle com o banco de dados institucional da UFRS. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/12734/000634929. pdf?sequence=1>. Acesso em: out. 2013. ZUIN, A. A. S. O plano nacional de educação e as tecnologias da informação e comunicação. Educ. Soc., Campinas, v. 31, n. 112, p. 961-980, jul./set. 2010. Disponível em: <http://www.cedes.unicamp.br>. Acesso em: jul. 2013.

Page 87: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

85

APÊNDICES

Page 88: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

86

APÊNDICE A – Roteiro de entrevista com professores que mais usam o sistema

SIGAA

Questão 1: Frequência de uso do SIGAA pelos docentes da UFC

Questão 2: Tipo de postagem no SIGAA realizado pelos docentes da UFC

Questão 3: Opinião dos docentes da UFC sobre o SIGAA

Page 89: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

87

APÊNDICE B – Roteiro de entrevista com os chefes de departamentos das

subunidades acadêmicas que mais e menos usam o sistema SIGAA.

Questão 1: Conhecimento do uso (não uso) do sistema SIGAA pelos docentes de

graduação

Questão 2: Existência de alguma campanha para o uso do sistema SIGAA com os

docentes de graduação

Page 90: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

77

APÊNDICE C – Tabela 4 – Distribuição dos dados da graduação no SIGAA, por subunidades acadêmicas, semestre e de acordo com o número total de turmas, e com postagens de arquivos. Fortaleza-CE, 2013

UNIDADES ACADÊMICAS

SEMESTRES

2011_1 2011_2 2012_1 2012_2 2013_1 Total de Turmas

Arquivos Postados

Total de Turmas

Arquivos Postados

Total de Turmas

Arquivos Postados

Total de Turmas

Arquivos Postados

Total de Turmas

Arquivos Postados

N. N. % N. N. % N. N. % N. N. % N. N. %

Departamento de Contabilidade 83 -,- 81 46 56,8 81 65 80,2 80 63 78,8 79 66 83,5 Departamento de Engenharia Mecânica e de Produção 84 1 1,2 78 43 55,1 70 45 64,3 71 44 62,0 57 47 82,5 Departamento de Administração/FEAAC 91 -,- 101 6 5,9 87 40 46,0 86 45 52,3 89 63 70,8 Departamento de Ciências do Solo 29 -,- 30 11 36,7 30 21 70,0 32 15 46,9 32 22 68,8 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais 33 -,- 25 5 20,0 29 13 44,8 24 15 62,5 30 19 63,3 Departamento de Engenharia Química 34 -,- 36 3 8,3 38 19 50,0 34 21 61,8 37 22 59,5 Departamento de Engenharia de Pesca 47 -,- 45 20 44,4 42 22 52,4 42 26 61,9 42 23 54,8 Departamento de Estatística e Matemática Aplicada 70 4 5,7 65 15 23,1 55 21 38,2 56 22 39,3 47 22 46,8 Departamento de Economia Agrícola 31 -,- 33 6 18,2 33 9 27,3 30 14 46,7 30 14 46,7 Departamento de Tecnologia de Alimentos 37 -,- 33 5 15,2 35 16 45,7 34 12 35,3 33 15 45,5 Departamento de Teoria e Prática do Ensino 47 -,- 42 5 11,9 41 8 19,5 44 8 18,2 49 22 44,9 Departamento de Teoria Econômica 67 -,- 82 5 6,1 66 14 21,2 66 28 42,4 70 30 42,9 Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental 38 -,- 35 7 20,0 43 21 48,8 36 20 55,6 44 18 40,9 Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular 26 -,- 37 - -,- 33 10 30,3 49 10 20,4 37 15 40,5 Departamento de Direito Processual 48 -,- 51 5 9,8 43 12 27,9 43 18 41,9 42 17 40,5 Departamento de Fisiologia e Farmacologia 14 -,- 10 1 10,0 11 1 9,1 10 4 40,0 10 4 40,0 Departamento de Engenharia de Teleinformática 76 4 5,3 30 8 26,7 69 13 18,8 28 14 50,0 34 13 38,2 Departamento de Economia Aplicada 51 -,- 54 1 1,9 42 7 16,7 38 12 31,6 37 14 37,8 Departamento de Geologia 43 -,- 55 15 27,3 56 15 26,8 48 16 33,3 44 16 36,4 Instituto de Ciências do Mar 27 -,- 35 9 25,7 34 17 50,0 40 9 22,5 36 13 36,1 Departamento de Engenharia de Transportes 48 2 4,2 23 5 21,7 47 12 25,5 37 11 29,7 42 15 35,7 Departamento de Física 127 12 9,4 60 7 11,7 113 24 21,2 54 17 31,5 62 21 33,9 Departamento de Engenharia Estrutural e Construção Civil 41 -,- 42 9 21,4 42 16 38,1 43 14 32,6 41 13 31,7 Departamento de Matemática 108 5 4,6 70 2 2,9 110 29 26,4 84 24 28,6 96 30 31,3 Departamento de Geografia 53 -,- 48 4 8,3 52 11 21,2 51 18 35,3 45 14 31,1 Departamento de Ciências da Informação 114 -,- 41 11 26,8 41 18 43,9 40 22 55,0 39 12 30,8 Departamento de Computação 71 1 1,4 55 12 21,8 66 16 24,2 56 15 26,8 63 19 30,2 Campus da UFC no Cariri/Diretoria 332 1 0,3 304 16 5,3 337 62 18,4 319 80 25,1 318 84 26,4 Departamento de Farmácia 62 -,- 44 6 13,6 43 7 16,3 42 6 14,3 49 12 24,5 Instituto de Cultura e Arte 300 -,- 261 30 11,5 282 31 11,0 282 50 17,7 274 66 24,1 Departamento de Estudos Especializados 40 -,- 47 - -,- 46 8 17,4 45 8 17,8 50 12 24,0 Departamento de Química Analítica e Físico-Química 50 -,- 48 1 2,1 47 3 6,4 43 2 4,7 43 10 23,3 Departamento de Engenharia Elétrica 75 -,- 72 5 6,9 78 9 11,5 74 10 13, 69 16 23,2 Departamento de Biologia 101 -,- 98 5 5,1 87 15 17,2 95 19 20,0 89 20 22,5 Departamento de Engenharia Agrícola 42 -,- 46 - -,- 42 - -,- 38 - -,- 45 10 22,2 Departamento de Química Orgânica e Inorgânica 138 3 2,2 64 5 7,8 120 18 15,0 58 12 20,7 62 13 21,0 Departamento de Ciências Sociais 114 -,- 54 3 5,6 58 8 13,8 60 6 10,0 63 13 20,6

88

Page 91: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ... · Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa

78

APÊNDICE C – Tabela 4 – Distribuição dos dados da graduação no SIGAA, por subunidades acadêmicas, semestre e de acordo

com o número total de turmas, e com postagens de arquivos. Fortaleza-CE, 2013

(Continua)

UNIDADES ACADÊMICAS

SEMESTRES

2011_1 2011_2 2012_1 2012_2 2013_1 Total de Turmas

Arquivos Postados

Total de Turmas

Arquivos Postados

Total de Turmas

Arquivos Postados

Total de Turmas

Arquivos Postados

Total de Turmas

Arquivos Postados

N. N. % N. N. % N. N. % N. N. % N. N. %

Departamento de Economia Doméstica 29 -,- 32 - -,- 27 5 18,5 31 7 22,6 31 6 19,4 Campus da UFC em Sobral/Diretoria 296 -,- 271 15 5,5 290 49 16,9 304 39 12,8 298 56 18,8 Campus da UFC em Quíxadá/Diretoria 51 -,- 49 1 2,0 53 14 26,4 58 7 12,1 64 12 18,8 Departamento de Enfermagem 120 -,- 109 6 5,5 76 8 10,5 69 17 24,6 66 12 18,2 Departamento de Arquitetura e Urbanismo 94 -,- 46 8 17,4 52 13 25,0 54 16 29,6 60 9 15,0 Departamento de Fitotecnia 61 -,- 61 - -,- 53 3 5,7 59 6 10,2 62 9 14,5 Departamento de Direito Privado 31 -,- 33 2 6,1 34 5 14,7 34 12 35,3 35 5 14,3 Departamento de Letras Vernáculas 68 -,- 67 9 13,4 68 5 7,4 59 5 8,5 61 8 13,1 Departamento de Direito Público 38 -,- 39 1 2,6 39 1 2,6 41 2 4,9 40 5 12,5 Instituto Universidade Virtual 30 -,- 36 - -,- 44 - -,- 45 5 11,1 56 7 12,5 Departamento de Fundamentos da Educação 96 -,- 88 4 4,5 98 7 7,1 112 10 8,9 98 11 11,2 Departamento de Zootecnia 46 -,- 48 2 4,2 48 7 14,6 51 5 9,8 51 5 9,8 Departamento de Psicologia 109 -,- 91 6 6,6 71 5 7,0 72 4 5,6 67 6 9,0 Departamento de História 38 -,- 40 1 2,5 32 1 3,1 34 - -,- 34 3 8,8 Departamento de Letras Estrangeiras 142 -,- 151 2 1,3 154 9 5,8 143 8 5,6 150 11 7,3 Instituto de Educação Física e Esportes 62 -,- 55 1 1,8 47 2 4,3 41 2 4,9 57 4 7,0 Departamento de Literatura 62 -,- 59 - -,- 64 5 7,8 53 1 1,9 49 2 4,1 Faculdade de Medicina 178 -,- 181 - -,- 172 3 1,7 174 4 2,3 164 6 3,7 Departamento de Clínica Odontológica 43 -,- 37 1 2,7 35 - -,- 38 2 5,3 36 1 2,8 Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas 42 -,- 46 1 2,2 35 2 5,7 35 1 2,9 39 1 2,6 Departamento de Morfologia 11 -,- 11 - -,- 11 - -,- 11 - -,- 10 - -,- Departamento de Odontologia Restauradora 20 -,- 20 - -,- 20 - -,- 20 - -,- 20 - -,- Departamento de Saúde Comunitária 2 -,- 2 - -,- 2 - -,- 2 - -,- 2 - -,- Departamento de Patologia e Medicina Legal 13 -,- 15 - -,- 14 - -,- 13 - -,- 13 - -,-

Fonte: Autoria própria, baseada em dados da STI/UFC.

89