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Reitor Alex Bolonha Fiúza de Mello
Vice-Reitora Regina Fátima Feio Barroso
Chefe de Gabinete Sílvia Helena Dias de Arruda Câmara Brasil
Pró-Reitor de Ensino de Graduação Licurgo Peixoto de Brito
Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação Roberto Dall’Agnol
Pró-Reitora de Extensão Ney Cristina Monteiro de Oliveira
Pró-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional Sinfronio Brito Moraes
Pró-Reitora de Administração Simone Andréa Lima do Nascimento Baía
Pró-Reitora de Desenvolvimento e Gestão de Pessoal Sibele Maria Bitar de Lima Caetano
Prefeito Luiz Otávio Mota Pereira
Procuradora Geral Maria Cristina Cesar de Oliveira
Diretor Executivo da FADESP João Farias Guerreiro
Assessora Especial de Educação a Distância Selma Dias leite
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
DIRIGENTES DAS UNIDADES ACADÊMICAS
Instituto de Ciências Biológicas José Luiz Martins do Nascimento
Instituto de Ciências da Arte José Afonso Medeiros Souza
Instituto de Ciências da Saúde Eliete da Cunha Araújo
Instituto de Ciências Exatas e Naturais Geraldo Narciso da Rocha Filho
Instituto de Ciências Jurídicas Antônio José de Mattos Neto
Instituto de Ciências Sociais Aplicadas Maria Elvira Rocha de Sá
Instituto de Educação Josenilda Maria Maués da Silva
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Maria de Nazaré dos Santos Sarges
Instituto de Geociências José Geraldo das Virgens Alves
Instituto de Letras e Comunicação Luiz Roberto Vieira de Jesus
Instituto de Tecnologia José Augusto Lima Barreiros
Núcleo de Altos Estudos Amazônicos Edna Maria Ramos de Castro
Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural Paulo Fernando da Silva Marins
Núcleo de Medicina Tropical Luiz Carlos de Lima Silveira
Núcleo de Meio Ambiente Gilberto de Miranda Rocha
Núcleo Pedagógico de Apoio ao Desenvolvimento Científico Terezinha Valin Óliver Gonçalves
Escola de Aplicação Walter Silva Júnior
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
Campus de Abaetetuba Francisca Maria Carvalho
Campus de Altamira Rainério Meireles da Silva
Campus de Bragança Rosa Helena Sousa de Oliveira
Campus de Breves Carlos Élvio das Neves Paes
Campus de Cametá Gilmar Pereira da Silva
Campus de Castanhal Adriano Sales dos Santos Silva
Campus de Marabá Erivan Souza Cruz
Campus de Santarém Marlene Escher Furtado
Campus de Soure Maria Luizete Sampaio Sobral Carliez
DIRIGENTES DOS HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS
Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza Paulo de Tarso Ribeiro de Oliveira
Hospital Universitário João de Barros Barreto Luiz Alberto Rodrigues de Moraes
PRÓ-REITOR DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL
Sinfrônio Brito Moraes
DIRETORES DE DEPARTAMENTOS:
Luiz Armando Souza Pinheiro Diretor do Departamento de Informações
Madeleine Mônica Athanázio Diretora do Departamento de Planejamento
Sandra Maria de Azevedo Carvalho Diretora do Departamento de Avaliação
__________________________
Organização e elaboração
Edna Fátima Barros Valente
Jaciane do Carmo Ribeiro
Sandra Carvalho (coordenação)
Colaboração
Luiz Armando Souza Pinheiro
Apoio
Ramon Pereira dos Reis Estagiário
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
SUMÁRIO
SUMÁRIO .................................................................................................................................6 LISTA DE GRÁFICOS ...........................................................................................................8 LISTA DE QUADROS ...........................................................................................................10 LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................11 LISTA DE TABELAS ............................................................................................................12 LISTA DE ILUSTRAÇÕES ..................................................................................................13 LISTA DE SIGLAS ................................................................................................................14 1 DADOS DA INSTITUIÇÃO .........................................................................................17 2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS .....................................................................................18 3 UNIVERSO INSTITUCIONAL ....................................................................................19 4 METODOLOGIA ...........................................................................................................24 5 DIMENSÕES DA AVALIAÇÃO ..................................................................................28 5.1 ENSINO DE GRADUAÇÃO.......................................................................................28 5.1.1 Processo seletivo de ingresso na UFPA.................................................................31 5.1.2 Exame Nacional de Avaliação de Desempenho dos Estudantes.........................38 5.1.3 Avaliação dos Cursos de Graduação....................................................................41 5.1.4 Programa de Avaliação e Acompanhamento do Ensino de Graduação............43 5.1.5 Reformulação dos Projetos Pedagógicos..............................................................57 5.1.6 Educação a Distância.............................................................................................61 5.2 ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO..............................................................................65 5.2.1 Pós- Graduação Stricto Sensu................................................................................65 5.2.2 Pós- Graduação Lato Sensu...................................................................................71 5.2.3 Educação a Distância.............................................................................................74 5.3 PESQUISA ...................................................................................................................78 5.4 EXTENSÃO E INCLUSÃO SOCIAL.........................................................................84 5.5 RESPONSABILIDADE SOCIAL ...............................................................................89 5.6 COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE ..................................................................98 5.6.1 Instrumentos de Comunicação..............................................................................98 5.6.2 Ouvidoria ...............................................................................................................102 5.7 POLÍTICAS DE PESSOAL, CARREIRA, APERFEIÇOAMENTO, CONDIÇÕES DE TRABALHO....................................................................................................................104 5.7.1 Corpo Docente e Corpo Técnico-Administrativo..............................................108 5.8 ORGANIZAÇÃO E GESTÃO...................................................................................111 5.9 INFRAESTRUTURA FÍSICA E RECURSOS DE APOIO ......................................116 5.9.1 Sistema de Bibliotecas da UFPA.........................................................................118 5.10 PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO ........................................................................122 5.10.1 Coerência do Planejamento e Avaliação............................................................122 5.10.2 Autoavaliação Institucional.................................................................................123 5.10.3 Planejamento e Ações Acadêmico-administrativas a partir do Resultado das Avaliações..............................................................................................................................125 5.11 POLÍTICAS DE ATENDIMENTO AOS ESTUDANTES........................................126 5.11.1 A Política de Assistência Estudantil da UFPA...................................................126 5.11.2 Programas de apoio ao desenvolvimento acadêmico dos discentes referentes à realização de eventos............................................................................................................127 5.11.3 Condições Institucionais de Atendimento ao Discente......................................128 5.11.4 Egressos.................................................................................................................130 5.12 SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA....................................................................132 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................134
DOCUMENTO E SISTEMAS PESQUISADOS...............................................................135 ANEXO ..................................................................................................................................138
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Número de alunos matriculados na graduação. .....................................................19 Gráfico 2 - Evolução do número de cursos de graduação. .......................................................30 Gráfico 3 - Número de vagas ofertadas nos processos seletivos de ingresso na UFPA...........37 Gráfico 4 - Quantidade de cursos de graduação submetidos ao processo de avaliação da PROEG no período de 2006 a 2008. ........................................................................................45 Gráfico 5 – Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação às salas de aulas nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). .....................................................................................46 Gráfico 6 – Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação ao acervo das bibliotecas nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). ......................................................................47 Gráfico 7 – Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação ao atendimento nas bibliotecas nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). .................................................47 Gráfico 8 – Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação aos laboratórios nos anos de 2006 (a) e 2007 (b)............................................................................48 Gráfico 9 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação aos recursos de informática que a instituição dispõe,nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). .................48 Gráfico 10 - Projetos especiais disponíveis na instituição nos anos de 2006 (a) e 2007 (b)....49 Gráfico 11 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de com relação aos recursos audiovisuais utilizados nas atividades de ensino nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). .................49 Gráfico 12 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação à orientação do coordenador sobre o percurso acadêmico, esclarecendo o Projeto Pedagógico ou grade curricular do curso nos anos de 2006 (a) e 2007 (b).......................................................50 Gráfico 13 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação à estimulação do coordenador para organização de eventos nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). ..50 Gráfico 14 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação ao bom relacionamento do coordenador com os alunos nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). ...................51 Gráfico 15 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação à disponibilidade do coordenador para atendimento aos alunos nos anos de 2006 (a) e 2007 (b)...................................................................................................................................................51 Gráfico 16 - Conhecimento do coordenador sobre a estrutura acadêmico-administrativa da instituição nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). .............................................................................52 Gráfico 17 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação à disponibilidade dos secretários para atendimento aos alunos nos anos de 2006 (a) e 2007 (b)...................................................................................................................................................52 Gráfico 18 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação à resolução de questões acadêmicas com o apoio das secretárias nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). ............................................................................................................................................53 Gráfico 19 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação ao comprometimento das atividades devido ausência do apoio técnico nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). ...................................................................................................................................53 Gráfico 20 - Desempenho dos técnicos que dão suporte às atividades do curso nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). ..................................................................................................................54 Gráfico 21- Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação no que diz respeito ao relacionamento dos técnicos e secretários com os alunos nos anos de 2006 (a) e 2007 (b).....54 Gráfico 22 - Percentual das notas atribuídas pelos alunos ao curso avaliado, em uma escala de 0 a 10, nos anos de 2006 (a) e 2007 (b)....................................................................................55 Gráfico 23 - Percentual das notas atribuídas pelos alunos à UFPA, em uma escala de 0 a 10, nos anos de 2006 (a) e 2007 (b)................................................................................................55
Gráfico 24 - Percentual das notas atribuídas pelo aluno ao seu desempenho como estudante, em uma escala de 0 a 10, nos anos de 2006 (a) e 2007 (b).......................................................56 Gráfico 25 - Situação, até 23.12.2008, do processo de análise dos projetos pedagógicos. ......60 Gráfico 26 - Número de alunos matriculados na pós-graduação stricto sensu no período 2006-2008. .........................................................................................................................................66 Gráfico 27 - Número de teses e de dissertações concluídas no período 2006-2008. ...............66 Gráfico 28 - Dimensão da pós-graduação stricto sensu em 2008. ...........................................67 Gráfico 29 - Distribuição dos programas por modalidade e níveis de cursos, segundo os conceitos do CTC. ....................................................................................................................70 Gráfico 30 - Distribuição percentual dos programas, por conceito..........................................70 Gráfico 31 - Número de cursos da pós-graduação lato sensu período 2006-200.....................73 Gráfico 32 - Número de alunos matriculados na pós-graduação lato sensu no período 2006-2008. .........................................................................................................................................73 Gráfico 33 - Número de monografias concluídas no período 2006-2008. ...............................74 Gráfico 34 - Número das ações extensionistas no período de 2006 a 2008. ............................86 Gráfico 35 - Percentual de docentes efetivos da educação superior da UFPA por titulação no período de 2006 a 2008. .........................................................................................................109 Gráfico 36 - Área física construída, reformada e adaptada em m2 no período de 2006 a 2008.................................................................................................................................................116 Gráfico 37 - Investimentos em infraestrutura no período de 2006 a 2008. ............................117 Gráfico 38 - Acervo do sistema das bibliotecas – SIBI/UFPA no período de 2006 a 2008. .120 Gráfico 39 - Recursos do tesouro destinados à aquisição de acervos no período de 2006 a 2008 ........................................................................................................................................121 Gráfico 40 - Recursos de OCC do Tesouro - período 2006-2008. .........................................132
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Número de cursos/programas e de alunos matriculados. .......................................20 Quadro 2 - Estrutura organizativa da UFPA. ...........................................................................20 Quadro 3 - Eixos estruturantes do plano de desenvolvimento da UFPA 2001–2010. .............23 Quadro 4 - Cursos criados no período 2006-2008....................................................................29 Quadro 5 - Resultados da avaliação dos cursos de graduação. ................................................42 Quadro 6 - Cursos submetidos ao processo de avaliação da PROEG no período de 2006 a 2008, por campi/pólo................................................................................................................44 Quadro 7 - Temas abordados durante a realização do III Seminário de Avaliação. ................56 Quadro 8 - Situação, até 23.12.2008, do processo de análise dos projetos pedagógicos dos cursos do campus da capital. ....................................................................................................59 Quadro 9 - Situação, até 23.12.2008, do processo de análise dos projetos pedagógicos dos cursos dos campi do interior e pólos. .......................................................................................60 Quadro 10 - Relação dos programas e projetos de extensão contemplados com bolsas do PIBEX.......................................................................................................................................86 Quadro 11 – Obras realizadas pela da associação dos amigos da UFPA. ..............................102
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Organograma da UFPA...........................................................................................21 Figura 2 - Diagrama do processo de autoavaliação..................................................................26
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Números do ensino de graduação............................................................................30 Tabela 2 - Taxa de sucesso na graduação (TSG)......................................................................31 Tabela 3 - Cursos, demanda, número de vagas ofertadas e preenchidas no PSS/2008 — Capital.......................................................................................................................................32 Tabela 4 - Cursos, demanda, número de vagas ofertadas e preenchidas no PSS/2008 — Interior ......................................................................................................................................35 Tabela 5 - Número de vagas ofertadas/contratadas no período de 2005 a 2008 ......................37 Tabela 6 - Cursos avaliados no ENADE 2006 .........................................................................38 Tabela 7 - Cursos avaliados no ENADE 2007 .........................................................................39 Tabela 8 - Cursos avaliados nas edições de 2004 e 2007 do ENADE .....................................40 Tabela 9 - Quantidade de alunos dos cursos de graduação da UFPA submetidos ao Processo de Avaliação da PROEG que responderam ao formulário aluno 2 nos anos de 2006 e 2007..45 Tabela 10 - Cursos de graduação a distância em 2007.............................................................62 Tabela 11 - Processos seletivos especiais 2008 – Modalidade a distância...............................63 Tabela 12 - Número de alunos matriculados em cursos de graduação a distância – 2006/2008..................................................................................................................................................64 Tabela 13 - Número de alunos matriculados na pós-graduação stricto sensu no período 2006-2008 ..........................................................................................................................................66 Tabela 14 - Nota do CTC aos programas de pós-graduação da UFPA ....................................68 Tabela 15 - Distribuição dos programas por modalidade e níveis de cursos, segundo os conceitos do CTC .....................................................................................................................70 Tabela 16 - Movimentação dos programas avaliados na escala de conceitos trienal 2007 versus trienal 2004....................................................................................................................71 Tabela 17 - Número de cursos lato sensu, por área do conhecimento......................................72 Tabela 18 – Número de alunos matriculados por cursos de pós-graduação (lato sensu) a distância em 2008 .....................................................................................................................74 Tabela 19 - Censo dos grupos de pesquisa da UFPA...............................................................79 Tabela 20 – Número de bolsas e de pesquisadores dos programas de iniciação científica......80 Tabela 21 - Quantitativo de marcas e patentes solicitadas em 2008 ........................................81 Tabela 22 - Quantidade de registro de obras intelectuais.........................................................81 Tabela 23 - Número de docentes, técnico-administrativos, discentes e de pessoas atendidas em programas e projetos no período de 2006 a 2008.....................................................................85 Tabela 24 - Número de cursos e concluintes no período de 2006 a 2008 ................................85 Tabela 25 - Número de eventos e participantes no período de 2006 a 2008............................86 Tabela 26 - Quantidade de servidores capacitados da UFPA no período de 2006 a 2008.....105 Tabela 27 - IQCD da UFPA no período de 2006 a 2008 .......................................................108 Tabela 28 - Quantidade e percentual de docentes efetivos da educação superior da UFPA por titulação no período de 2006 a 2008.......................................................................................109 Tabela 29 - Quantidade e percentual de técnico-administrativos da UFPA por Escolaridade/Titulação no período de 2006 a 2008................................................................110 Tabela 30 - Número de bibliotecas do SIBI/UFPA por áreas de conhecimento no ano de 2008................................................................................................................................................118 Tabela 31 - Acervo do sistema das bibliotecas – SIBI/UFPA, existentes até dezembro de 2008................................................................................................................................................119
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Ilustração 1 – Fotografias do prédio, de pavilhões de salas de aula e de laboratórios. ..........117 Ilustração 2 – Fotografias do hospital e clínica veterinária, da quadra poliesportiva e da piscina semiolímpica. .............................................................................................................117 Ilustração 3 – Laboratórios e salas de aula dos de Engenharia de Minas e Meio Ambiente, de Engenharia de Materiais e cantina multiuso...........................................................................118
LISTA DE SIGLAS
SIGLAS NOMES
ACG Avaliação dos Cursos de Graduação
AEDI Assessoria de Educação a Distância
ALUNORTE Alumina do Norte do Brasil
ANDIFES Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior
ARNI Assessoria de Relações Nacionais e Internacionais
ASCOM Assessoria de Comunicação Institucional
ASSEAI Assessoria Especial de Avaliação Institucional
AVALIA Programa de Autoavaliação da UFPA
BASA Banco da Amazônia
BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
CAC Coordenadoria de Avaliação e Currículos
CAPACIT Centro de Capacitação
CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior
CEBRAN Central de Biotecnologia da Reprodução Animal
CEFET-PA Centro Federal de Educação Tecnológica do Pará
CEPS Centro de Processos Seletivos
CESUPA Centro de Estudos Superiores do Pará
CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
CONSAD Conselho Superior de Administração
CONSEPE Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão
CONSUN Conselho Universitário
CPA Comissão Própria de Avaliação
CTC Conselho Técnico Científico
CVRD Companhia Vale do Rio Doce
DEAVI Departamento de Avaliação Institucional
DEINF Departamento de Informações
DEPLAN Departamento de Planejamento
EaD Ensino a Distância
EDUFPA Gráfica e Editora Universitária da UFPA
ELETRONORTE Centrais Elétricas do Norte do Brasil
EMATER Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural
EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
SIGLAS NOMES
ENADE Exame Nacional de Avaliação de Desempenho dos Estudantes
ENAPE Escola Nacional de Administração Pública
FAPESPA Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará
FUNDEF Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério
HUBFS Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza
HUJBB Hospital Universitário João de Barros Barreto
ICA Instituto de Ciências da Arte
ICB Instituto de Ciências Biológicas
ICED Instituto de Ciências da Educação
ICEN Instituto de Ciências Exatas e Naturais
ICJ Instituto de Ciências Jurídicas
ICS Instituto de Ciências da Saúde
ICSA Instituto de Ciências Sociais Aplicadas
IDESIGN Incubadora de Design
IDH Índice de Desenvolvimento Humano
IECOS Instituto de Estudos Costeiros
IES Instituição de Ensino Superior
IETIC Incubadora de Tecnologia da Informação e Comunicação
IFCH Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
IFES Instituições Federais de Ensino Superior
IFNOPAP O Imaginário nas Formas Narrativas Orais Populares da Amazônia
IFPA Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará
IG Instituto de Geociências
ILC Instituto de Letras e Comunicação
INDESP Instituto Nacional do Desenvolvimento do Desporto
INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
IP Internet Protocol
IQCD Índice de Qualificação do Corpo Docente
ITEC Instituto de Tecnologia
MEC Ministério da Educação
METROBEL Rede Metropolitana de Belém
NAEA Núcleo de Altos Estudos Amazônicos
NCADR Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural
SIGLAS NOMES
NMT Núcleo de Medicina Tropical
NPADC Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento da Educação Matemática e Científica
NUMA Núcleo de Meio Ambiente
OCC Despesas de Custeios e Capital
PAIUB Programa Nacional de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras
PARD Programa de Apoio ao Recém-Doutor
PBIA Programa de Bolsas de Iniciação Acadêmica
PBM Programa de Bolsa-Moradia
PGO Plano de Gestão Orçamentária
PIAPA Programa Interisntitucional de Apoio a Produção Acadêmica
PIBEX Programa Institucional de Bolsas de Extensão
PIBIC Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica
PIEBT Programa de Incubação de Empresas de Base Tecnológica da UFPA
PingIFES Plataforma de Integração de Dados das IFES
POEMATEC Comércio de Tecnologia Sustentável para a Amazônia
PROAD Pró-Reitoria de Administração e Coordenação de Órgãos Suplementares
PROAVI Projeto de Avaliação Institucional
PROEG Pró-Reitoria de Ensino de Graduação
PROEX Pró-Reitoria de Extensão
PROGEP Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoal
PROINFRA Programa de Recuperação da Infraestrutura Física
PROINT Programa Integrado de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão
PRONERA Programa Nacional de Educação para a Reforma Agrária
PROPESP Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
PROPLAN Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional
PSS Processo Seletivo Seriado
REUNI Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais
SIAPE Sistema Integrado de Administração de Pessoal
SIBI Sistema de Bibliotecas da UFPA
SIBOP Sistema de Bolsas de Permanência Estudantil
SIE Sistema de Informações para o Ensino
SINAES Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior
SIGLAS NOMES
SISAE Sistema de Gerenciamento das Ações Extensionistas
SISCA Sistema de Controle Acadêmico
SNPG Sistema Nacional de Pós-Graduação
SUS Sistema Único de Saúde
UAB Universidade Aberta do Brasil
UEPA Universidade Estadual do Pará
UFAM Universidade Federal do Amazonas
UFMG Universidade Federal de Minas gerais
UFPA Universidade Federal do Pará
UFRA Universidade Federal Rural da Amazônia
UNAMA Universidade da Amazônia
UNIAM Universidade de Integração da Amazônia
UNIVERSITEC Rede UFPA de Inovação Tecnológica
USP Universidade de São Paulo
17
1 DADOS DA INSTITUIÇÃO
1.1 NOME: Universidade Federal do Pará
1.2 CÓDIGO: 0569
1.3 ESTADO: Pará
1.4 MUNICÍPIO SEDE: Belém
1.5 COMPOSIÇÃO DA CPA
Titulares Suplentes Categorias
Adriano Sales dos Santos Silva Francisca Maria Carvalho Docente
Breno Augusto Mendes dos Santos Anderson Roberto Melo de Castro Discente da Graduação
Carmem Dias Numazawa Carlos Barbosa Pena Técnico-Administrativo
Emmanuel Zagury Tourinho Rommel Mario Burbano Docente
Fernanda do Socorro Lucas Bandeira Gilson Luis Pantoja Discente da Graduação
Francisco Rodrigues de Freitas Renato Borges Guerra Docente
Josenilda Maria Maués da Silva Maria de Nazaré dos Santos Sarges
Docente
Lorena Magalhães Freire da Silva Eliana de Cáritas Santos Cardoso Representante da Sociedade Civil
Margaret Moura Refkalefshy Maria Bernadete Santos de Oliveira
Técnico-Administrativo
Maria José Oliveira e Silva Jackson da Costa
Barbara Vieira Guedes Representante da Sociedade Civil
Max André Corrêa Costa Rigler da Costa Aragão Discente da Pós-Graduação
Réia Silva Lemos da Costa e Silva* Midori Makino Docente
Sandra Maria de Azevedo Carvalho Edna Fátima Barros Valente Técnico-Administrativo
*Coordenadora.
1.6 ATO DE DESIGNAÇÃO DA CPA: Portaria nº 1717/2007 de 29/05/2007
18
2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Em cumprimento à determinação da lei nº 10.861 de 14 de abril de 2004, a
Universidade Federal do Pará constituiu sua primeira Comissão Própria de Avaliação (CPA)
por meio da portaria nº 2.098/2004 de 11 de junho de 2004. Dentre outras, a esta Comissão
foi designada a responsabilidade de elaborar a Proposta de Autoavaliação da Universidade
Federal do Pará (UFPA) que, em 31 de março de 2005, foi encaminhada ao Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).
Em abril de 2006, a Administração Superior da Universidade Federal do Pará —
UFPA iniciou um processo de reestruturação e ampliação de suas ações de avaliação, e criou
o Departamento de Avaliação Institucional (DEAVI), unidade vinculada à Pró-Reitoria de
Planejamento e Desenvolvimento Institucional (PROPLAN).
O Departamento de Avaliação Institucional redesenhou a proposta de avaliação
encaminhada ao INEP, adequando-a as orientações sugeridas e transformando-a no Programa
de Autoavaliação da UFPA (AVALIA).
A segunda CPA da UFPA foi constituída em 29 de maio de 2007, por meio da Portaria
nº 1717 de 29 de maio de 2007, e instalada em 04 de junho de 2007, com a atribuição, dentre
outras, de coordenar os processos de avaliação interna da Universidade Federal do Pará na
forma da legislação vigente. A Comissão definiu como sua primeira atividade a análise do
Programa de Autoavaliação da UFPA para o necessário detalhamento da metodologia do
Programa de Avaliação Interna da Universidade Federal do Pará.
Na versão final do Programa de Autoavaliação da UFPA estão descritos os objetivos,
as diretrizes e a metodologia propostos para a condução do que se denomina Segundo Ciclo
Avaliativo da UFPA a partir da criação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Superior, iniciado 2006 e finalizado em 2008.
O presente Relatório sintetiza de forma organizada as ações realizadas nesse intervalo
de tempo com o objetivo de atender aos procedimentos legais e institucionais, e contempla um
referencial histórico que compreende o período que se inicia no 2º semestre de 2006 e se
estende ao 1º semestre de 2008.
19
3 UNIVERSO INSTITUCIONAL
A Universidade Federal do Pará foi criada em 1957. Aos 51 anos, reconhecida
nacionalmente como uma das mais importantes instituições da região norte, a UFPA é a maior
do Brasil (entre as instituições públicas federais) em área física e em número de alunos da
graduação — 30.297 matriculados em 300 cursos distribuídos pelos 10 campi (um na capital e
nove no interior do Estado; possui a maior densidade de pesquisa da Amazônia; e congrega
4.709 servidores (docentes e técnico administrativos).
No ano de sua criação a UFPA possuía 1.082 alunos matriculados na graduação,
cinquenta e um anos depois foi registrado um aumento considerável da ordem de 2.700,09%,
visto que a UFPA possui atualmente 30.297 alunos regularmente matriculados.
O GRÁFICO 1 apresenta o número de alunos da UFPA matriculados na graduação, no
ano de sua criação e o dos três últimos anos.
1.082
31.46529.340
30.297
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
1957 2006 2007 2008
Nú
me
ro d
e A
lun
os
Anos Gráfico 1 - Número de alunos matriculados na graduação.
Nos últimos 3 anos (2006/2008), a Universidade Federal do Pará vem trabalhando no
sentido de proceder aos ajustes necessários em suas bases de dados, principalmente as
relativas ao ensino de graduação.
Nesse sentido, foi adquirido junto a Universidade de Santa Maria/RS, um Sistema de
Informações Gerenciais, denominado Sistema de Informações para o Ensino (SIE), que se
encontra em processo de implantação/implementação na UFPA, visando dar maior
confiabilidade às informações Institucionais.
No período foram realizados ajustes nas bases de dados, que continham alunos que
apesar de estarem em situação normal no antigo Sistema de Controle Acadêmico (SISCA), já
20
haviam desistido ou abandonado seus cursos há algum tempo e, até mesmo, em alguns casos,
já tinham diplomado, e ainda permaneciam no sistema como alunos aptos à matrícula.
Com a migração dos dados do SISCA para o SIE, estas distorções estão sendo
identificadas e corrigidas, tanto que o número de alunos matriculados em 2008 sofreu uma
redução da ordem de 3,71% em relação ao ano de 2006.
Atualmente, a Universidade Federal do Pará possui 40.748 alunos matriculados,
conforme demonstra o QUADRO 1.
300 cursos1 de graduação com 30.297 alunos.
71 cursos de especialização com 3.407 alunos.
38 programas de mestrado2 com 1.629 alunos.
17 programas de doutorado com 545 alunos.
13 programas de residência médica com 159 alunos.
24 cursos de educação profissional técnica com 542 alunos.
3 cursos livres com 2.476 alunos.
Educação Básica3 com 1.693 alunos.
Quadro 1 - Número de cursos/programas e de alunos matriculados. 1 Presenciais (capital, interior, convênios/contratos) e a distância. 2 Dois profissionalizante. 3. Ensino infantil, fundamental, médio e magistério. Fonte: Departamento de Informações/PROPLAN.
Ao longo dos seus 51 anos, a UFPA se consolidou como uma força integradora da
Amazônia no contexto nacional e, hoje, a Instituição abriga um contingente de
aproximadamente 45.457 pessoas, distribuídas entre docentes, técnico-administrativos e
discentes. A constituição de sua estrutura organizativa está representada no QUADRO 2 e na
FIGURA 1, a seguir:
12 Institutos de formação acadêmica e de produção de conhecimento 9 Campi no interior do Estado. O mais próximo está a 70 km de Belém, e o mais distante a 800 km 5 Núcleos de produção de conhecimento 2 Hospitais Universitários 1 Escola de Aplicação 1 Centro de Capacitação 1 Centro de Convenções para 1.000 lugares 3 Parques Tecnológicos (Belém, Marabá e Santarém) 1 Sistema de Incubadora de Empresas
34 Bibliotecas Universitárias 1 Central 33 Setoriais localizadas na capital e nos Campi do
interior
Quadro 2 - Estrutura organizativa da UFPA.
21
ORGANOGRAMA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
Figura 1 – Organograma da UFPA. Elaborado pelo DEPLAN/PROPLAN. **Órgãos Suplementares: Biblioteca; CTIC; Museu; Editora; Gráfica; Arquivo Central; CIAC; CEPS. *Assessorias: ARNI; ASCOM; AEDI. IECOS - Situado no Campus de Bragança
Campus de Abaetetuba
Pró-reitoria de Ensino de Graduação
(PROEG)
ICA
ITEC
Campus de Altamira
Campus de Bragança
Campus de Breves
Campus de Santarém
Campus de Cametá
Campus de Castanhal
Campus de Marabá
Campus de Soure
Pró-reitoria de Planejamento e Desenvolvimento
Institucional (PROPLAN) Pró-reitoria de
Desenvolvimento e Gestão de Pessoal (PROGEP)
Pró-reitoria de Administração
(PROAD)
Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
(PROPESP)
Pró-reitoria de Extensão (PROEX)
Reitoria
CONSUN
CONSAD CONSEPE
Escola de Aplicação
HUBFS
HUJBB
ICB
ICED
ICEN
ICJ
ICS
ICSA
IG
ILC
NAEA
NCADR
NMT
IFCH
NPADC
NUMA
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Órgãos Suplementares**
Procuradoria
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mic
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Esp
ecia
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Assessorias*
Prefeitura
IECOS
22
Nos termos do artigo 3° do seu Estatuto, a prática institucional da Universidade
Federal do Pará objetiva os seguintes fins:
� estimular a criação cultural e o desenvolvimento do pensamento crítico e reflexivo,
de forma a gerar, sistematizar, aplicar e difundir o conhecimento em suas várias
formas de expressão e campos de investigação científica, cultural e tecnológica;
� formar e qualificar continuamente profissionais nas diversas áreas do
conhecimento, zelando pela sua formação humanista e ética, de modo a contribuir
para o pleno exercício da cidadania, a promoção do bem público e a melhoria da
qualidade de vida, particularmente do amazônida;
� cooperar para o desenvolvimento regional, nacional e internacional, firmando-se
como suporte técnico e científico de excelência no atendimento de serviços de
interesse comunitário e às demandas sócio-político-culturais para uma Amazônia
economicamente viável, ambientalmente segura e socialmente justa.
São princípios da UFPA:
� a universalização do conhecimento;
� o respeito à ética e à diversidade étnica, cultural e biológica;
� o pluralismo de ideias e de pensamento;
� o ensino público e gratuito;
� a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão;
� a flexibilidade de métodos, critérios e procedimentos acadêmicos;
� a excelência acadêmica;
� a defesa dos direitos humanos e a preservação do meio ambiente.
Caracterizada como Universidade Multicampi, a UFPA atua como propulsora e líder
de processos de desenvolvimento regional.
O Planejamento Estratégico das ações da UFPA está configurado no Plano de
Desenvolvimento 2001–2010, elaborado dentro dos princípios da Administração Pública,
através de um processo de planejamento contínuo e construído conjuntamente pelos
segmentos da comunidade universitária. Nele, encontram-se delineadas vinte Metas,
cinquenta Estratégias e duzentas e vinte e sete Linhas de Ação, traduzidas em forma de sete
Eixos Estruturantes, listados no QUADRO 3.
23
Universidade Multicampi
Integração com a Sociedade
Reestruturação do Modelo de Ensino
Pesquisa e Desenvolvimento Amazônico
Valorização dos Recursos Humanos
Ambiente Adequado
Modernização da Gestão
Quadro 3 - Eixos estruturantes do plano de desenvolvimento da UFPA 2001–2010.
São fundamentos do Plano de Desenvolvimento:
1. A Missão:
Gerar, difundir e aplicar o conhecimento nos diversos campos do
saber, visando à melhoria da qualidade de vida do ser humano em
geral, e em particular do amazônida, aproveitando as potencialidades
da região mediante processos integrados de ensino, pesquisa e
extensão, por sua vez sustentados em princípios de responsabilidade,
de respeito à ética, à diversidade biológica, étnica e cultural,
garantindo a todos o acesso ao conhecimento produzido e acumulado,
de modo a contribuir para o exercício pleno da cidadania, fundada
em formação humanística, crítica, reflexiva e investigativa.
2. A Visão
Tornar-se referência local, regional, nacional e internacional nas
atividades de ensino, pesquisa e extensão, consolidando-se como
instituição multicampi e firmando-se como suporte de excelência para
as demandas sócio-políticas de uma Amazônia economicamente
viável, ambientalmente segura e socialmente justa.
Nos últimos sete anos, a Universidade Federal do Pará consolidou, por meio do
fortalecimento do planejamento, uma cultura administrativa pró-ativa, a partir da qual as
unidades acadêmico-administrativas planejam suas ações, definem metas e estabelecem
indicadores que possibilitam o acompanhamento, a avaliação e mudanças de rumo, quando
necessário.
24
4 METODOLOGIA
O universo da avaliação institucional no âmbito da Universidade Federal do Pará é
constituído dos servidores (docentes e técnico-administrativos), dos discentes, dos cursos de
graduação, de pós-graduação (lato e stricto sensu), de educação profissional técnica, de
educação básica, dos cursos livres, dos projetos de pesquisa, dos programas e projetos de
extensão integrados ao ensino e/ou à pesquisa, dos hospitais universitários e dos setores
administrativos.
Considerando-se que a proposta é de institucionalização do processo de autoavaliação,
as ações desenvolvidas neste âmbito não estão atreladas a datas marcadas para início e fim e
se caracterizam pela presença permanente do processo. Contudo, determinadas atividades de
avaliação podem ser priorizadas por questões relacionadas aos planos e projetos
institucionais.
A execução da proposta de autoavaliação da UFPA prevê a ocorrência de quatro
etapas, algumas das quais desenvolvidas simultaneamente, outras, em momentos distintos,
dependendo do grau de sensibilização e de amadurecimento dos atores envolvidos em relação
às ações desenvolvidas em suas unidades acadêmico-administrativas. Foram definidos
procedimentos sob a responsabilidade das Unidades Acadêmico-administrativas, os quais
serão cumpridos periodicamente, em prazos estabelecidos pela CPA. São etapas:
1ª) Preparação
� elaboração da proposta de avaliação.
2ª) Sensibilização
� realização de eventos de sensibilização e de apresentação do SINAES e da
proposta de avaliação.
3ª) Execução da Proposta nas Unidades
� Atividades dirigidas ao levantamento e tratamento de informações relativas às
cinco áreas representativas das atividades-fim e atividades-meio da instituição:
1. Ensino de Graduação;
2. Ensino de Pós-Graduação;
3. Pesquisa;
4. Extensão;
5. Gestão.
25
Para cada uma dessas áreas, estão definidos:
� Unidades responsáveis;
� Periodicidade;
� Concepção ou Princípios Norteadores;
� Procedimentos para levantamento de informações;
� Instrumentos de coleta de dados;
� Procedimentos para análise das informações;
� Sistema eletrônico on-line para transferência das informações ao DEAVI.
A execução dessa etapa está sob a responsabilidade das Pró-Reitorias: Pró-Reitoria
de Ensino de Graduação (1), Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (2, 3), Pró-
Reitoria de Extensão (4), Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoal e
Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (5).
O detalhamento dessa etapa, para cada área, encontra-se nos APÊNDICES de A a E.
As informações produzidas e analisadas são integradas, na etapa seguinte, para que
então se possa elaborar um diagnóstico mais completo de cada área e da instituição
como um todo.
4ª) Consolidação
� elaboração de relatórios;
� publicação dos resultados;
� balanço crítico;
� uso efetivo dos resultados;
� meta-avaliação.
26
Figura 2 - Diagrama do processo de autoavaliação
Os dados quantitativos foram coletados dos relatórios das unidades acadêmicas e
administrativas; do Censo da Educação Superior; da Fita Espelho do Sistema Integrado de
Administração de Recursos Humanos (SIAPE) e dos Sistemas Corporativos que integram o
Sistema de Informações para o Ensino (SIE/UFPA). Os dados qualitativos foram extraídos
dos relatórios das unidades acadêmicas e administrativas e dos relatórios de gestão,
elaborados anualmente.
Os resultados do Exame Nacional de Avaliação de Desempenho dos Estudantes
(ENADE), o Cadastro da Educação Superior e os relatórios e conceitos da Coordenação de
Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior (CAPES) para os cursos de pós-graduação
também são incorporados ao processo de autoavaliação da UFPA.
Todo este esforço visa a garantir a utilidade da avaliação para a melhoria do ensino, da
pesquisa, da extensão e da gestão. Para tanto, é preciso periodicamente refletir sobre os
objetivos definidos, sobre os atores envolvidos, sobre as estratégias estabelecidas e sobre os
Preparação
Execução da
Proposta
Consolidação
Sensibilização
27
instrumentos utilizados. Isto requer o planejamento de ações que permitam a meta-avaliação:
elemento fundamental para que a UFPA possa avaliar o seu próprio sistema de avaliação e
estabelecer procedimentos futuros para o alcance da excelência.
28
5 DIMENSÕES DA AVALIAÇÃO
5.1 ENSINO DE GRADUAÇÃO
A Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (PROEG) é responsável por propor, coordenar
e avaliar as políticas de ensino de graduação, tecnológico e níveis equivalentes, da educação
básica e do ensino técnico e profissional, em consonância com as diretrizes estabelecidas no
Plano de Desenvolvimento Institucional, em cooperação com as unidades acadêmicas e
administrativas da UFPA.
É missão da PROEG “Alcançar excelência e modernidade no ensino de graduação”.
O ensino de graduação na Universidade Federal do Pará é voltado à formação
profissional de nível superior, articulado com a iniciação científica e a extensão, com ênfase
na formação cidadã. O acesso aos cursos de graduação se dá por meio da oferta de vagas no
Processo Seletivo Seriado (PSS).
A partir de 2005, a UFPA passou a priorizar as vocações e demandas loco-regionais,
como critério fundamental para a implantação de novos cursos, cuja principal característica é
a formação técnico-acadêmica de profissionais para responder aos desafios propostos pelo
desenvolvimento das regiões nas quais eles estão inseridos.
Para atingir esse objetivo, a administração superior da UFPA consolidou as
negociações com órgãos governamentais e empresas do setor produtivo do Estado, para o
estabelecimento de uma rede de cooperação que viabilizasse essa proposta ambiciosa, não só
para o Estado, mas para a região como um todo. Dentre as instituições parceiras, destacam-se
a Vale e a Eletronorte.
Essa estratégia culminou com a criação de 58 novos cursos — presenciais e a distância
— na capital e no interior, no período 2006-2008 e atingiu 22 municípios do interior do
Estado.
O QUADRO 4 apresenta os cursos criados no período 2006-2008, por ano de criação,
habilitação, modalidade e município.
Ano Curso Habilitação Modalidade Município Administração Não se aplica Ensino a distância Belém
Ciências Biológicas Não se aplica Ensino presencial Soure
Educação Artística Música Ensino presencial Soure
Educação Física Não se aplica Ensino presencial Belém
Física Física Ambiental Ensino presencial Santarém
Língua Portuguesa Ensino presencial Abaetetuba
Língua Portuguesa Ensino presencial Capanema
Língua Espanhola Ensino presencial Belém
2006
Letras
Língua Portuguesa Ensino presencial Santarém
29
Ano Curso Habilitação Modalidade Município Língua Alemã Ensino presencial Soure
Ensino presencial Marabá
Ensino presencial Itaituba
Pedagogia Não se aplica
Ensino presencial Colares
Ensino a distância Marabá
Ensino a distância Capanema
Ensino a distância Oriximiná Ciências Biológicas Não se aplica
Ensino presencial Oriximiná
Ensino presencial Belém Ciências Naturais Não se aplica
Ensino presencial Canaã dos Carajás
História Não se aplica Ensino presencial Parauapebas
Língua Espanhola Ensino presencial Abaetetuba
Língua Portuguesa Ensino presencial Igarapé-Miri
Língua Portuguesa Ensino presencial Pacajá
Língua Portuguesa Ensino presencial Altamira
Língua Inglesa Ensino presencial Bragança
Língua Portuguesa Ensino presencial Bragança
Língua Portuguesa Ensino presencial Breves
Letras
Língua Inglesa Ensino presencial Cametá
Ensino presencial Abaetetuba
Ensino presencial Oriximiná Matemática Não se aplica
Ensino presencial Canaã dos Carajás
2007
Química Não se aplica Ensino presencial Marabá
Artes Visuais Não se aplica Ensino presencial Belém
Ciências Biológicas Não se aplica Ensino a distância Parauapebas
Ensino presencial Parauapebas Ciências Naturais Não se aplica
Ensino presencial Marabá
Dança Não se aplica Ensino presencial Belém
Engenharia Civil Não se aplica Ensino presencial Parauapebas
Filosofia Não se aplica Ensino presencial Parauapebas
Ensino presencial Oriximiná
Ensino presencial Parauapebas Geografia Não se aplica
Ensino presencial Juruti
Língua Portuguesa Ensino a distância Goianésia do Pará
Língua Inglesa Ensino presencial Altamira
Língua Espanhola Ensino presencial Castanhal
Língua Portuguesa Ensino presencial Castanhal
Letras
Língua Portuguesa Ensino presencial Marabá
Matemática Não se aplica Ensino presencial Monte Alegre
Música Não se aplica Ensino presencial Belém
Ensino a distância Altamira
Ensino a distância Breves
Ensino a distância Bujarú
Ensino a distância Marabá
Ensino a distância Oriximiná
Ensino a distância Parauapebas
Ensino a distância Santarém
Química Não se aplica
Ensino a distância Tucuruí
2008
Sistemas de Informação Não se aplica Ensino presencial Parauapebas
Quadro 4 - Cursos criados no período 2006-2008. Fonte: http://www.educacaosuperior.inep.gov.br/ acessado em 19.02.2009.
O GRÁFICO 2 apresenta a evolução do número de cursos de graduação no período
2006-2008. Apesar da criação de novos cursos observa-se, em 2008, um acréscimo de apenas
5,26% no número de cursos da Instituição em relação ao ano de 2006 e de 10,29% em
relação ao ano de 2007 e, neste mesmo ano, ocorreu uma redução de 4,56% em relação ao
30
ano de 2006, isso porque, alguns dos cursos criados não são de oferta regular e outros cursos
foram extintos.
285
272
300
255
260
265
270
275
280
285
290
295
300
305
2006 2007 2008
Nú
me
ro d
e C
urs
os
Anos Gráfico 2 - Evolução do número de cursos de graduação. Fonte: SIE/PingIFES - mar/2009.
Com a adesão da UFPA ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão
das Universidades Federais (REUNI), serão realizados investimentos, até 2012, para a criação
de novos cursos de graduação e pós-graduação — principalmente nos campi do interior do
Estado —, contratação de professores para os dois níveis de ensino, além de recursos
destinados à infraestrutura e custeio das ações.
A UFPA possui 38.598 alunos cadastrados em 300 cursos de graduação, sendo que
destes, 30.297 se encontram efetivamente matriculados.
Nestes números estão computados, também, os cursos de educação a distância e os de
convênios/contratos financiados pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF), convênios com Prefeituras e com a
Secretaria de Estado de Educação, para a formação de professores do Ensino Básico das
Redes Públicas — Estadual e Municipal — de Ensino, estes últimos, somam 2.261 alunos
matriculados em 84 cursos.
Na TABELA 1 estão registrados os números atuais do ensino de graduação, no que diz
respeito ao número de cursos e de alunos.
Tabela 1 - Números do ensino de graduação
ALUNOS Nº DE CURSOS Ingressantes* Matriculados Diplomados**
300 6.601 30.297 3.772
(*) Por processos seletivos e outras vias. (**) Números parciais Fonte: SIE/UFPA.
31
Tabela 2 - Taxa de sucesso na graduação (TSG)
Ano 2004 2005 2006 2007 2008
TSG 0,84 0,82 0,77 0,86 0,83
A Taxa de Sucesso na Graduação na UFPA, demonstrada na TABELA 2 tem se
mantido estável ao longo dos últimos cinco anos, entre 0,82 e 0,86, com exceção do ano de
2006, que apresentou uma taxa de sucesso de 0,77, abaixo do patamar histórico. Quanto ao
ano de 2008, o número é parcial, tendo em vista que as colações de grau referentes ao 2º
semestre de 2008, ainda estão em curso. Assim, foram considerados para efeito de cálculo da
taxa de sucesso, os diplomados do 2º semestre de 2007, e do 1º semestre de 2008.
Ressalta-se que a taxa média de sucesso na UFPA, da ordem de 0,82, pode ser
considerada como boa, tendo em vista que, a meta pactuada junto REUNI, a ser alcançada em
2012, é de 0,90.
A UFPA está presente em 46 municípios, some-se a isto, os consórcios entre as
prefeituras municipais para a formação de professores do Ensino Básico, que elevam o
número de municípios para 96, o que representa uma cobertura de 67% dos municípios do
Estado.
Com o Programa de Expansão das IFES implementado pelo Ministério da Educação
(MEC), o aumento do número de cursos regulares ofertados, bem como, a diversificação dos
mesmos nas várias áreas do conhecimento, deverá ter um impacto substancial na
democratização do acesso das populações locais ao Ensino Superior.
5.1.1 Processo seletivo de ingresso na UFPA
A partir do ano de 2004, o Vestibular — tradicional processo seletivo de ingresso na
Universidade Federal do Pará — foi substituído por um novo modelo de avaliação para o
acesso aos cursos de graduação ofertados pela UFPA: o Processo Seletivo Seriado (PSS). Foi
um passo importante para a valorização e fortalecimento do ensino médio. Os candidatos
deixaram de realizar uma prova ao final do ensino médio para participar de eliminatórias ao
fim da primeira, segunda e terceira séries.
No entanto, ao logo dos seus cinco anos de existência, esse processo seletivo mostrou-
se inviável, visto que a avaliação realizada demonstrou que o PSS reduziu o ingresso de
alunos de escolas públicas na UFPA e também onerou a seleção tanto para a Instituição
quanto para o aluno, uma vez que se passou a exigir o pagamento de três taxas, uma para cada
32
etapa, num total de R$ 88,00. E garantir a isenção para todos é uma hipótese descartada diante
do gasto de mais de R$ 3 milhões com a organização do concurso.
O modelo experimentado trouxe avanços como a avaliação de cada uma das séries do
ensino médio. Também fez crescer o número de aprovados: no modelo anterior, 17% dos
inscritos passavam e no PSS 31%. Regrediu, porém, na meta de aumentar o ingresso de
alunos das escolas públicas — antes do PSS, 58% dos calouros eram de escola pública,
depois do PSS este percentual caiu para 42%.
A partir de 2011, o PSS será substituído por um concurso anual. As transformações
serão graduais e terão início no processo seletivo de 2009, ano em que não haverá oferta de
inscrição de forma isolada para a 1ª fase do PSS e que a prova da 3ª fase passará por
modificações. O novo processo seletivo far-se-á em uma única etapa, somente para os
concluintes do ensino médio, mas o novo modelo não será igual ao antigo vestibular. O novo
modelo tem como meta a valorização da capacidade de raciocínio do estudante e objetiva
proporcionar concorrência igualitária entre os candidatos oriundos da rede pública e particular
de ensino.
No processo Seletivo Seriado de 2008 foi ofertado 73 cursos regulares, com 3.396
vagas para a capital e 43 cursos regulares, com 1.640 vagas para os campi do interior.
Nas TABELAS 3 e 4 estão listados os cursos ofertados na capital e no interior,
respectivamente, com o número de vagas ofertadas e preenchidas no Processo Seletivo
Seriado do ano de 2008, por turno.
Tabela 3 - Cursos, demanda, número de vagas ofertadas e preenchidas no PSS/2008 — Capital
Vagas Área/Curso Turno Demanda
Ofertadas Preenchidas
CIÊNCIAS AGRÁRIAS 223 36 36
Engenharia de Alimentos M 223 36 36
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 989 86 86
Ciências Biológicas (Bacharelado) V/N 442 30 30
Ciências Biológicas (Licenciatura) M/V 384 30 30
Ciências Biológicas (Licenciatura) N 163 26 26
CIÊNCIAS DA SAÚDE 6.578 496 496
Educação Física (Licenciatura) V 763 46 46
Enfermagem M/N 475 40 40
Enfermagem V/N 489 40 40
Farmácia M/V 524 70 70
Medicina M/V 2675 150 150
33
Vagas Área/Curso Turno Demanda
Ofertadas Preenchidas
Nutrição M/V 989 60 60
Odontologia M/V 663 90 90
CIÊNCIAS EXATAS E TERRA 3.616 608 568
Ciência da Computação (Bacharelado) V 542 36 36
Engenharia de Computação M/V 682 80 80
Estatística (Bacharelado) V/N 97 40 30
Física (Bacharelado) M 230 50 50
Física (Licenciatura) N 174 40 40
Geofísica (Bacharelado) M/V 73 20 20
Geologia M/V 434 40 40
Matemática (Licenciatura) M/V 361 80 80
Matemática (Licenciatura) - Modalidade à Distância - 92 50 20
Meteorologia (Bacharelado) M/V 157 40 40
Oceanografia M/V 199 30 30
Química (Bacharelado) V 59 20 20
Química (Licenciatura) M 204 46 46
Sistemas de Informação (Bacharelado) N 312 36 36
CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS 8.074 860 853
Administração M 673 40 40
Administração N 605 40 40
Arquitetura e Urbanismo M/V 513 50 50
Biblioteconomia M 141 30 30
Biblioteconomia N 145 30 23
Ciências Contábeis M 262 40 40
Ciências Contábeis V 264 40 40
Ciências Contábeis N 357 40 40
Ciências Econômicas M 202 40 40
Ciências Econômicas N 126 40 40
Comunicação Social (Jornalismo) M 408 30 30
Comunicação Social (Publicidade e Propaganda) M 308 20 20
Direito M/V 1575 120 120
Direito N 662 60 60
Serviço Social M/V 806 80 80
Serviço Social N 417 40 40
Turismo M 367 80 80
Turismo N 243 40 40
CIÊNCIAS HUMANAS 3.272 420 420
Filosofia (Bacharelado/Licenciatura) 182 40 40
Geografia (Bacharelado/Licenciatura) M 251 40 40
Geografia (Bacharelado/Licenciatura) N 254 30 30
34
Vagas Área/Curso Turno Demanda
Ofertadas Preenchidas
História (Bacharelado/Licenciatura) M 406 30 30
História (Bacharelado/Licenciatura) N 348 40 40
Psicologia (Formação do Psicólogo) M/V 989 60 60
Pedagogia (Licenciatura) M 393 90 90
Pedagogia (Licenciatura) N 449 90 90
ENGENHARIA 2.731 410 410
Engenharia Civil M 395 70 70
Engenharia Civil N 459 70 70
Engenharia Elétrica M/V 386 60 60
Engenharia Mecânica M 283 40 40
Engenharia Mecânica V 266 40 40
Engenharia Naval M 146 20 20
Engenharia Química V 339 50 50
Engenharia Sanitária e Ambiental M/V 457 60 60
LINGUÍSTICA, LETRAS E ARTES 1.374 330 297
Artes Visuais (Bacharelado/Licenciatura) V/N 109 30 30
Dança (Licenciatura) M 119 40 34
Letras - Hab. em Língua Alemã (Licenciatura) M 31 26 11
Letras - Hab. em Língua Espanhola (Licenciatura) N 109 26 25
Letras - Hab. em Língua Francesa (Licenciatura) M 59 26 25
Letras - Hab. em Língua Inglesa (Licenciatura) M 184 26 26
Letras - Hab. em Língua Inglesa (Licenciatura) N 125 26 26
Letras - Hab. em Língua Portuguesa (Licenciatura) M 308 50 50
Letras - Hab. em Língua Portuguesa (Licenciatura) N 263 50 50
Música (Licenciatura) V/N 67 30 20
OUTROS 836 150 150
Biomedicina (Bacharelado) M/V 326 40 40
Ciências Sociais (Bacharelado/Licenciatura) M 176 40 40
Ciências Sociais (Bacharelado/Licenciatura) N 182 40 40
Química Industrial V 152 30 30
Total 27.693 3.396 3.316
Fonte: Centro de Processos Seletivos. M: Matutino. N: Noturno. V: Vespertino.
35
Tabela 4 - Cursos, demanda, número de vagas ofertadas e preenchidas no PSS/2008 — Interior
Vagas Campi/Núcleo/Curso Turno Demanda
Ofertadas Preenchidas
CAMPUS DE ABAETETUBA 601 130 98
Letras - Hab. Língua Portuguesa (Licenciatura) - Intervalar
M/V 243 40 39
Matemática (Licenciatura) - Intervalar M/V 245 50 50
Pedagogia (Licenciatura) N 113 40 9
CAMPUS DE ALTAMIRA 542 160 48
Agronomia M/N 155 30 19
Ciências Biológicas M 137 30 17
Letras - Hab. Língua Portuguesa (Licenciatura)
M 135 60 7
Pedagogia (Licenciatura) - Intervalar M/N 115 40 5
CAMPUS DE BRAGANÇA 787 150 113
Ciências Biológicas M 283 40 40
Engenharia de Pesca M/V 166 30 30
Letras - Hab. Língua Portuguesa (Licenciatura)
N 177 40 23
Pedagogia (Licenciatura) M 161 40 20
CAMPUS DE BREVES 389 100 48
Letras - Hab. Língua Portuguesa (Licenciatura) - Intervalar
M/V 179 50 26
Pedagogia (Licenciatura) N 210 50 22
CAMPUS DE CAMETÁ 489 130 75
Letras - Hab. Língua Inglesa (Licenciatura) - Intervalar
M/N 140 30 30
Letras - Hab. Língua Portuguesa (Licenciatura)
M 153 50 24
Pedagogia M 196 50 21
CAMPUS DE CASTANHAL 1.134 190 164
Educação Física M/V 361 40 40
Letras - Hab. Língua Portuguesa (Licenciatura)
V 192 40 40
Matemática (Licenciatura) M 149 40 36
Medicina Veterinária M/V 296 30 30
Pedagogia (Licenciatura) V 136 40 18
CAMPUS DE MARABÁ 2.133 380 275
Ciências Naturais N 72 30 14
Ciências Sociais (Licenciatura/Bacharelado)
V 113 40 24
Direito V/N 544 40 40
Engenharia de Minas e Meio Ambiente M 441 30 30
Engenharia de Materiais M 152 30 30
36
Vagas Campi/Núcleo/Curso Turno Demanda
Ofertadas Preenchidas
Geologia M/V 186 30 30
Letras - Hab. Língua Portuguesa (Licenciatura)
N 165 40 27
Matemática M 60 40 9
Pedagogia (Licenciatura) N 116 40 14
Química (Licenciatura) N 119 30 27
Sistemas de Informação (Bacharelado) M/V 165 30 30
CAMPUS DE SANTARÉM 2.019 280 250
Ciências Biológicas (Licenciatura) N 442 30 30
Direito V 447 40 40
Física Ambiental (Licenciatura) M 144 40 39
Letras - Hab. Língua Portuguesa (Licenciatura)
M/N 265 60 54
Matemática (Licenciatura) N 195 40 40
Pedagogia (Licenciatura) - Intervalar M/V 186 40 17
Sistemas de Informação (Bacharelado) M 340 30 30
CAMPUS DE SOURE 191 30 18
Letras - Hab. Língua Inglesa (Licenciatura) - Intervalar
M/N 191 30 18
NÚCLEO DE TUCURUÍ 532 90 89
Engenharia Civil V 181 30 30
Engenharia Elétrica V 185 30 30
Engenharia Mecânica M 166 30 29
Total 8.817 1.640 1.178
Fonte: Centro de Processos Seletivos. M: Matutino. N: Noturno. V: Vespertino.
A TABELA 5 e o GRÁFICO 3 mostram o número de vagas ofertadas/contratadas nos
processos seletivos de ingresso na UFPA, no período de 2005 a 2008. Nestas ilustrações,
percebe-se que no geral houve uma redução no número de vagas no período de 2006 a 2008
em relação ao ano de 2005, o que corresponde a 9,99%, 10,78% e 4,74%, respectivamente.
Ao verificar o ano de 2006, observa-se uma redução no número de vagas ofertadas nos cursos
regulares do Processo Seletivo Seriado do interior e no Processo Seletivo Seriado à
Mobilidade Acadêmica tanto na capital quanto no interior. Em 2007, verifica-se que além de
reduzir o número de vagas ofertadas nos cursos intervalares do Processo Seletivo Seriado do
interior, não houve ofertas de vagas para o Processo Seletivo Seriado à Mobilidade
Acadêmica Interna e as vagas de contrato. Finalmente, em 2008, percebe-se redução no
37
número de vagas ofertadas nos cursos regulares e intervalares do Processo Seletivo Seriado do
interior o que contribuiu para a redução geral de vagas ofertadas em relação a 2005.
Entretanto, é válido ressaltar o aumento no número de vagas no ano de 2008 em relação aos
anos de 2006 e 2007, uma vez que há oferta de vagas para o Processo Seletivo Seriado à
Mobilidade Acadêmica Interna e Externa, o que não ocorreu nos anos anteriores.
Tabela 5 - Número de vagas ofertadas/contratadas no período de 2005 a 2008
VAGAS CAMPI 2005 2006 2007 2008
Capital 3.060 3.140 3.210 3.396 Processo Seletivo Seriado – PSS Cursos Regulares Interior 1.885 1.280 1.540 1.360
Capital - - 45 - Processo Seletivo Seriado – PSS Cursos Intervalares Interior 325 385 260 280
Capital 513 369 - - Processo Seletivo à Mobilidade Acadêmica (Vestibulinho) * Interior 166 117 - -
Capital - - - 128 Processo Seletivo à Mobilidade Acadêmica Interna Interior - - - 20
Capital - - 365 113 Processo Seletivo à Mobilidade Acadêmica Externa Interior - - 111 33
Capital 40 47 - 150 Contrato
Interior 210 242 - 425
Capital 3.613 3.556 3.620 3.787 Total
Interior 2.586 2.024 1.911 2.118
Total Geral 6.199 5.580 5.531 5.905
Fonte: CEPS/CIAC/DEINF. *: A partir de 2007, a mobilidade acadêmica dividiu-se em mobilidade acadêmica interna e externa.
5.000
5.200
5.400
5.600
5.800
6.000
6.200
2005 2006 2007 2008
6.199
5.580 5.531
5.905
Nú
me
ro d
e V
ag
as
Anos Gráfico 3 - Número de vagas ofertadas nos processos seletivos de ingresso na UFPA. Fonte: CEPS/CIAC/DEINF.
38
5.1.2 Exame Nacional de Avaliação de Desempenho dos Estudantes
O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes, que integra o Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Superior, foi instituído pela Lei 10.861/2004. Coordenado pelo
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira tem o objetivo de
aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos
programáticos, suas habilidades e competências.
Em 2006, foram avaliados 22 cursos da UFPA. Destes, 08 não contribuíram para a
geração do conceito por não terem alunos ingressantes ou alunos concluintes. Ex: curso de
Administração de Castanhal (sem concluintes), curso de Ciências Contábeis de Abaetetuba
(sem ingressantes).
A TABELA 6 informa os cursos avaliados, por conceito, e o indicador de diferença
entre os desempenhos observado e esperado.
Tabela 6 - Cursos avaliados no ENADE 2006
CURSOS MUNICÍPIOS CONCEITO ENADE
IDD -3,3
IDD 1a5
Administração Belém 4 -0.757 2
Administração Castanhal SC SC SC
Administração Marabá SC SC SC
Administração Parauapebas SC SC SC
Biblioteconomia Belém 1 -0.201 3
Biomedicina Belém 3 -0.931 2
Ciências Contábeis Abaetetuba SC SC SC
Ciências Contábeis Belém 2 -0.070 3
Ciências Contábeis Capanema SC SC SC
Ciências Contábeis Marabá SC SC SC
Ciências Contábeis Parauapebas SC SC SC
Ciências Econômicas Belém 2 -0.220 2
Comunicação Social – Jornalismo Belém 2 0.964 4
Comunicação Social - Pub. e Propaganda Belém 2 0.964 4
Comunicação Social Editoração Parauapebas SC SC SC
Direito Belém 4 -0.632 2
Direito Marabá 3 -2.018 1
Direito Santarém 3 -1.127 2
Musica Belém 2 SC
Psicologia Belém 1 0.370 3
Turismo Belém 1 -2.147 1
Turismo Soure 3 -0.067 3
Fonte: http://www.inep.gov.br/superior/enade/ acessado em 04.06.2007. IDD: Indicador de diferença de desempenho (entre o observado e o esperado). SC: Sem conceito.
39
Três cursos obtiveram conceito 1: Biblioteconomia, Psicologia e Turismo. Ou seja,
21% dos cursos avaliados apresentaram conceito 1. O que perfaz, aproximadamente, 5% da
Média Nacional dos cursos com esse conceito.
Cinco cursos obtiveram conceito 2: são eles: Ciências Contábeis (Belém); Ciências
Econômicas, Comunicação Social – Jornalismo, Comunicação Social – Propaganda;
Educação Artística- Música. Ou seja, representam 36% do total dos cursos da UFPA
avaliados, sendo 11,8% da Média Nacional.
Quatro cursos obtiveram conceito 3: Biomedicina, Turismo (Soure), Direito (Marabá),
Direito (Santarém). Representam 29% dos cursos da UFPA avaliados, correspondendo a
28,8% da Média Nacional.
Dois cursos foram contemplados com conceito 4: Administração (Belém) e Direito
(Belém) representando 14% dos cursos avaliados e correspondem a 33,1% da Média
Nacional.
Em 2007 foram avaliados 12 cursos. Na TABELA 7 estão relacionados os cursos
submetidos ao ENADE 2007, com as respectivas médias e conceitos.
Tabela 7 - Cursos avaliados no ENADE 2007
Média da Formação
Geral
Média do Componente Específico
Média Geral Curso Município
Ing Conc Ing Conc Ing Conc
Conceito ENADE
IDD Conceito
Preliminar do curso
Altamira 54.1 62.0 40.9 48.4 44.2 51.8 3 SC 3 Agronomia
Marabá 59.5 55.1 43.1 43.4 47.2 46.3 3 SC 3
Biomedicina Belém 54.1 64.8 33.7 48.6 38.8 52.7 3 3 3
Belém 38.4 - 40.1 - 39.7 - SC SC SC Educação Física Castanhal 53.8 50.0 49.9 58.7 50.9 56.5 4 SC 4
Enfermagem Belém 51.5 54.3 27.7 36.4 33.6 40.9 3 3 3
Farmácia Belém 60.6 56.8 38.4 45.4 44.0 48.2 3 3 3
Medicina Belém 63.5 64.2 27.4 53.0 36.4 55.8 2 2 2
Medicina Veterinária
Castanhal 57.3 56.5 31.2 47.1 37.7 49.5 3 SC SC
Nutrição Belém 58.2 56.7 41.3 51.4 45.5 52.7 3 4 3
Odontologia Belém 64.4 71.5 37.8 61.5 44.5 64.0 4 4 4
Serviço Social
Belém 12.5 55.1 9.2 49.3 10.0 50.8 3 SC 3
Fonte: http://www.inep.gov.br/superior/enade/ acessado em 08.08.2008. IDD: Indicador de diferença de desempenho (entre o observado e o esperado). Ing: Ingressante. Conc: Concluinte.
40
Os cursos de Biomedicina, Enfermagem, Farmácia, Medicina e Nutrição registraram
menos de dez participantes no ENADE; nestes casos atribuiu-se o mesmo valor do ENADE
como IDD.
Não foi atribuído conceito para os cursos que não contavam, no mínimo, com cinco
participantes (concluintes e/ou ingressantes) no ENADE e no mínimo cinco respondentes do
questionário socioeconômico aplicado. Neste caso, enquadram-se os cursos de Educação
Física e Medicina Veterinária.
O curso de Educação Física não inscreveu alunos concluintes por ser um curso novo,
iniciado em 02.01.2006.
A TABELA 8 apresenta a movimentação dos cursos avaliados na primeira e na quarta
edições do ENADE. Dos doze cursos avaliados em 2007, oito foram avaliados na primeira
edição do ENADE (2004). Dessa maneira, dentre os oito cursos avaliados nas duas edições,
verifica-se que o curso de Agronomia nos municípios de Altamira e Marabá não possui
conceito em 2004, pois se tratava de um curso novo e observa-se que 37,50% dos cursos
permaneceram com o mesmo conceito (Farmácia, Nutrição e Odontologia) e que 25,00%
aumentaram seus conceitos (Enfermagem e Serviço Social). Apenas, o curso de medicina teve
seu conceito reduzido Isto fez com a direção da faculdade adotasse uma série de medidas que
objetivam reverter essa situação.
Tabela 8 - Cursos avaliados nas edições de 2004 e 2007 do ENADE
CONCEITOS MUNICÍPIOS CURSOS 2004 2007
ALTAMIRA AGRONOMIA SC 3
ENFERMAGEM 2 3
FARMÁCIA 3 3
MEDICINA 3 2
NUTRIÇÃO 3 3
ODONTOLOGIA 4 4
BELÉM
SERVIÇO SOCIAL
1 3
MARABÁ AGRONOMIA SC 3
Fonte: DEAVI. SC: Sem conceito.
Dentre as medidas adotadas pela Faculdade de Medicina, destaca-se a criação de uma
comissão de auditamento acadêmico do curso de Medicina. Esta Comissão promoveu uma
avaliação diagnóstica do curso, de forma criteriosa, no tocante à organização curricular,
categoria docente e discente, recursos humanos, estrutura e infraestrutura.
41
Ao término da avaliação foi elaborado um relatório que indica medidas e providências
para sanear as deficiências do curso de Medicina. São elas:
� A implementação do Projeto Pedagógico do Curso para possibilitar a
superação do ensino disciplinar isolado e baseado em especialidades; a integração
dos Ciclos Básico e Profissional; a otimização da integração do ensino com as
atividades de pesquisa e extensão; a redução do protagonismo dos docentes nas
atividades de ensino, para tornar a aprendizagem significativa; a realização de um
ensino integrado entre as atividades curriculares; a superação da formação do
médico no modelo centrado na doença, com prática médica hospitalocêntrica e
alheio ao perfil epidemiológico da Região; a realização de um processo avaliativo
que abranja os aspectos conceituais, competências e habilidades psicomotoras,
atitudes éticas e compromisso social;
� a destinação de verbas para a implantação de laboratórios de habilidades
médicas — projeto que se justifica pelo atendimento de questões fundamentais
apontadas nas Diretrizes Curriculares para o Ensino de Graduação em Medicina e
no Projeto Pedagógico do Curso — e para reequipar os laboratórios de aulas
teóricas e práticas;
� desenvolvimento das atividades administrativas e das curriculares que não
necessitem de contato com paciente e comunidade em um único espaço físico;
� realização das atividades curriculares que necessitam de contato com paciente
e comunidade em uma única unidade assistencial-hospitalar.
5.1.3 Avaliação dos Cursos de Graduação
A avaliação dos cursos de graduação (ACG), que integra o Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Superior, é um procedimento utilizado pelo MEC para o
reconhecimento ou renovação de reconhecimento dos cursos de graduação representando uma
medida necessária para a emissão de diplomas.
Essa avaliação passou a ser realizada de forma periódica com o objetivo de cumprir a
determinação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Superior, a fim de garantir a
qualidade do ensino oferecido pelas Instituições de Educação Superior.
O Formulário eletrônico, instrumento de informações preenchido pelas Instituições,
permite a análise prévia pelos avaliadores da situação dos cursos, possibilitando uma melhor
verificação in loco de comissões externas designadas pelo Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais. Este formulário é composto por três grandes dimensões, a saber:
42
� Dimensão 1: organização didático-pedagógica;
� Dimensão 2: corpo docente, corpo discente e corpo técnico-administrativo;
� Dimensão 3: instalações físicas.
Esses indicadores diagnósticos contribuem para uma análise mais substancial da
realidade.
A portaria de reconhecimento e/ou renovação do curso avaliado é gerada após a
validação do relatório elaborado pela equipe de avaliadores. O QUADRO 5 apresenta o
resultado da avaliação de cursos realizada nos anos de 2006 e 2008, cujos relatórios já foram
validados e disponibilizados aos coordenadores de cursos e encaminhados ao DEAVI. Quanto
ao ano de 2007, não existe registro neste Departamento de avaliação.
AVALIAÇÃO CÓDIGO CURSOS CAMPUS/ PÓLO DATA PP CD IE CG 2006
66475 Ciências Naturais Oriximiná 23 a 26/10 CB CB CR CB 66533 Ciências Naturais Santarém 28 a 39/09 3 5 2 CR 12001 Engenharia Civil Belém 08 a 10.06 CR CMB CB - 86396 Matemática a Distância Belém 16 a 24.09 3 3 2 CR 53202 Medicina Veterinária Castanhal 06 a 08.11 - - - CB 60886 Sistemas de Informação Belém 27 a 29.11 4 4 3 CB 86318 Sistemas de Informações Marabá 28 a 30.09 3 3 2 CR 86326 Sistemas de Informação Santarém 28 a 39.09 - - - CB 66749 Turismo Soure 14 a 16.09 4 5 3 CB
2008 66739 Geofísica Belém 14 a 18/04 SI SI SI 4
Quadro 5 - Resultados da avaliação dos cursos de graduação. PP: projeto pedagógico. CD: corpo docente. IE: infraestrutura. CG: conceito geral CMB: condições muito boas. CB: condições boas. CR: condições regulares. SI: sem informação.
O Ministério da Educação criou o Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação
para ser aplicado pelos avaliadores nas modalidades presencial e a distância. Esse instrumento
possui abrangência e flexibilização necessárias para garantir uma avaliação fidedigna dos
cursos e dar visibilidade às especificidades de cada um deles. A sua construção está pautada
nas Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos, nos princípios e diretrizes do SINAES e nos
padrões de qualidade da educação superior. No entanto, os relatórios de avaliação, contendo
as críticas das comissões externas de avaliação aos diversos itens avaliados, não são
disponibilizados às Comissões Próprias de Avaliação e nem à sociedade.
43
5.1.4 Programa de Avaliação e Acompanhamento do Ensino de Graduação
O Regulamento do Ensino de Graduação, em vigor desde 18 de fevereiro de 2008,
tornou permanente a autoavaliação dos cursos de graduação na Universidade Federal do Pará
iniciada nesta Instituição no ano de 2003. Para tanto, foi implementado o Programa de
Avaliação e Acompanhamento do Ensino da Graduação. A PROEG, por meio da Diretoria de
Ensino e de sua Coordenadoria de Avaliação e Currículos, sistematizou uma proposta na qual
formaliza as diretrizes gerais do Programa que tem por finalidade identificar situações
favoráveis ou desfavoráveis à realização do projeto pedagógico dos cursos, em todas as suas
dimensões, bem como, propor soluções a fim de subsidiar as tomadas de decisões pelos
gestores que favoreçam a melhoria do ensino de graduação.
Em junho de 2008, iniciou-se a primeira fase de implantação desse Programa de
Avaliação com a discussão do Programa nas Unidades Acadêmicas e Administrativas, com os
coordenadores dos campi, diretores e diretores adjuntos dos Institutos e Faculdades, membros
das Comissões Internas de Avaliação, docentes, estudantes e técnico-administrativos. Nessa
fase, que deve se prolongar até metade de 2009 deverá ocorrer: o diagnóstico dos cursos
extensivos e intensivos da UFPA; a consolidação das diretrizes gerais do Programa de
Avaliação; a realização de reuniões para avaliação coletiva em cada faculdade; o
preenchimento dos formulários por discentes e docentes ao final dos períodos letivos; a
adequação dos formulários existentes aos elementos do projeto pedagógico e a criação de
formulários para gestores e técnicos.
A segunda fase deve iniciar no segundo semestre de 2009. Ela consistirá na aplicação de
novos formulários para professores e estudantes com preenchimento on line ao final de cada
período letivo e também na consolidação da avaliação diagnóstica realizada anualmente pela
Coordenadoria de Avaliação e Currículos, e das reuniões para avaliação coletiva ao final dos
períodos letivos, como preconiza o Regulamento do Ensino de Graduação. A terceira fase
corresponde à aplicação de formulário, com preenchimento on line, pelos estudantes que
ingressaram de 2008 em diante, no período de integralização do curso.
Com base nos formulários existentes (Anexo A), criados na versão do projeto de
autoavaliação dos cursos de graduação, preenchidos por docentes e alunos, o QUADRO 6
apresenta, por ano, campi e pólo, o número de cursos da Universidade Federal do Pará
submetidos ao processo de avaliação da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação no período de
2006 a 2008. O cômputo levou em consideração os formulários que deram entrada na
PROEG, para leitura ótica, até dezembro de 2008.
44
Ano de Aplicação dos Formulários Campi/Pólos Cursos 2006 2007 2008
Alenquer Pedagogia ���� Altamira Ciências Biológicas ����
Artes Visuais ���� ���� Biomedicina ���� Ciências Biológicas - Bacharelado ���� Ciências Biológicas – Licenciatura ���� Ciências Biológicas - Licenciatura (noturno) ���� Ciências da Computação ���� ���� ���� Comunicação Social – Jornalismo ���� ���� Comunicação Social – Publicidade ���� ���� Dança ���� Direito ���� Educação Artística ���� Engenharia da Computação ���� Engenharia Mecânica ���� Engenharia Naval ���� Engenharia Química ���� Estatística ���� Física ���� Geofísica ���� Geografia ���� Letras ���� Matemática ���� Medicina ���� Nutrição ���� Química – Bacharelado ����
Belém
Sistema de Informação ���� ���� Letras ����
Curuá Pedagogia ���� Biologia ���� Engenharia de Pesca ���� Letras ����
Bragança
Pedagogia ���� Breves Pedagogia ����
Letras ���� Matemática ���� Castanhal Pedagogia ����
Itaituba Pedagogia ���� Agronomia ���� Direito ���� Engenharia de Materiais ���� Geologia ����
Marabá
Letras ���� ���� Letras ����
Óbidos Pedagogia ���� História ����
Oriximiná Pedagogia ����
Parauapebas História ���� Engenharia Civil ���� Engenharia Elétrica ���� Tucuruí Engenharia Mecânica ����
Total 16 22 20
Quadro 6 - Cursos submetidos ao processo de avaliação da PROEG no período de 2006 a 2008, por campi/pólo. Fonte: PROEG – dez/2008.
O GRÁFICO 4 mostra o número de cursos de graduação da UFPA submetido ao
processo de Autoavaliação da PROEG no período citado, verifica-se que o ano de 2007
45
apresentou o maior quantitativo de cursos envolvidos nesse processo, com 22 cursos, seguido
do ano de 2008, com 20 cursos avaliados.
0
5
10
15
20
25
2006 2007 2008
16
2220
Nú
me
ro d
e C
urs
os
Anos Gráfico 4 - Quantidade de cursos de graduação submetidos ao processo de avaliação da PROEG no período de 2006 a 2008. Fonte: PROEG.
A TABELA 9 apresenta, por curso, a quantidade de alunos de graduação da UFPA que
responderam ao formulário Aluno 2 quando submetidos ao Processo de Avaliação da PROEG
nos anos de 2006 e 2007. Observa-se que 1.965 alunos foram envolvidos no processo de
avaliação, sendo 914 no ano de 2006 e 1.051, no ano de 2007. Ressalta-se que a maior parte
dos alunos que participou desse processo no ano de 2006 correspondeu aos cursos de Letras e
Pedagogia, com 356 (38,95%) e 172 (18,82%) alunos, respectivamente. No ano de 2007, a
maior parte dos alunos que participou foi dos cursos de Engenharia Mecânica, Geografia e
Engenharia da Computação, com 307 (29,22%), 155 (14,75%) e 107 (10,18%),
respectivamente. Esses números não representam o total de cursos submetidos ao processo de
avaliação nos anos de 2006 e 2007. Indicam os cursos cujo processo de leitura ótica do
formulário Aluno 2 foi finalizado até setembro de 2008.
Tabela 9 - Quantidade de alunos dos cursos de graduação da UFPA submetidos ao Processo de Avaliação da PROEG que responderam ao formulário aluno 2 nos anos de 2006 e 2007
2006 2007 Total Cursos Quantidade % Quantidade % Quantidade %
Agronomia 41 4,49 0 0,00 41 2,09 Artes visuais 0 0,00 98 9,32 98 4,99 Ciência da Computação 26 2,84 63 5,99 89 4,53 Ciências Biológicas 0 0,00 41 3,90 41 2,09 Comunicação Social 134 14,66 0 0,00 134 6,82 Engenharia Civil 0 0,00 20 1,90 20 1,02 Engenharia da Computação 0 0,00 107 10,18 107 5,45 Engenharia Elétrica 0 0,00 37 3,52 37 1,88 Engenharia Mecânica 0 0,00 307 29,22 307 15,62
46
2006 2007 Total Cursos Quantidade % Quantidade % Quantidade %
Engenharia Química 141 15,43 0 0,00 141 7,18 Física 0 0,00 70 6,66 70 3,56 Geofísica 0 0,00 46 4,38 46 2,34 Geografia 0 0,00 155 14,75 155 7,89 Geologia 44 4,81 0 0,00 44 2,24 Letras 356 38,95 23 2,19 379 19,27 Pedagogia 172 18,82 26 2,47 198 10,08 Sistema de Informação 0 0,00 58 5,52 58 2,95
Total 914 100,00 1.051 100,00 1.965 100,00
Fonte: PROEG – set/2008.
Os GRÁFICOS 5 a 21 referem-se às variáveis apresentadas no formulário de avaliação
denominado Aluno 2 o qual está dividido da seguinte maneira:
� Infraestrutura - perguntas de 1 a 7
� Coordenador de Curso - perguntas de 8 a 12
� Técnicos - perguntas de 13 a 17
Infraestrutura
O GRÁFICO 5 apresenta o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação da
UFPA com relação às salas de aulas nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Nele, observa-se que, no
ano de 2006, 28,99% dos alunos entrevistados responderam que algumas vezes as salas de
aula estão adequadas às atividades didáticas e 21,01% responderam que as salas de aula não
estão adequadas. Em 2007, observa-se que 31,68% dos entrevistados informaram que
algumas vezes as salas de aula estão adequadas às atividades didáticas e 20,84% informaram
que na minoria das vezes as salas de aulas estão adequadas.
Não
21,01%
Na minoria
das vezes
19,69%Algumas
vezes
28,99%
Na maioria
das vezes
20,79%
Sim
7,99%
Nulo
0,22%
SR
1,31%Não
15,22%
Na minoria
das vezes
20,84%Algumas
vezes
31,68%
Na maioria
das vezes
19,51%
Sim
11,32%
SR
1,43%
(a) (b)
Gráfico 5 – Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação às salas de aulas nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.
O GRÁFICO 6 mostra o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação da
UFPA com relação ao acervo das bibliotecas nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Dessa maneira,
em 2006, percebe-se que 38,18% dos alunos entrevistados responderam que na minoria das
47
vezes o acervo das bibliotecas atende às suas necessidades e 24,73% responderam que o
acervo das bibliotecas não atende às suas necessidades. Enquanto que, em 2007, 31,20% dos
alunos disseram que algumas vezes o acervo das bibliotecas atende às suas necessidades e
27,50% disseram que na minoria das vezes atende às necessidades.
Não
24,73%
Na minoria
das vezes
38,18%
Algumas
vezes
24,07%
Na maioria
das vezes
10,07%
Sim
1,75%
Nulo
0,98%
SR
0,22%Não
16,18%
Na minoria
das vezes
27,50%Algumas
vezes
31,20%
Na maioria
das vezes
18,74%
Sim
4,85%
Nulo
1,43%
SR
0,10%
(a) (b)
Gráfico 6 – Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação ao acervo das bibliotecas nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.
O GRÁFICO 7 apresenta o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação da
UFPA com relação ao atendimento nas bibliotecas nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Dessa
maneira, em 2006, percebe-se que 27,58% dos alunos entrevistados responderam que
algumas vezes o atendimento nas bibliotecas é satisfatório e 24,29% responderam que na
maioria das vezes o atendimento é satisfatório. Enquanto que, em 2007, 29,21% dos alunos
disseram que na maioria das vezes o atendimento nas bibliotecas é satisfatório e 29,12%
disseram que algumas vezes é satisfatório.
Não
14,33%
Na minoria
das vezes
21,66%Algumas
vezes
27,58%
Na maioria
das vezes
24,29%
Sim
10,61%
Nulo
1,09%
SR
0,44%Não
11,32%Na minoria
das vezes
14,46%
Algumas
vezes
29,12%
Na maioria
das vezes
29,21%
Sim
14,18%
Nulo
1,71%
(a) (b)
Gráfico 7 – Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação ao atendimento nas bibliotecas nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.
O GRÁFICO 8 mostra o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação da
UFPA com relação aos laboratórios nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Dessa maneira, em 2006,
percebe-se que 43,98% dos alunos entrevistados disseram que os laboratórios não estão
adequados aos objetivos das disciplinas e do curso como um todo e 22,54% responderam que
48
na minoria das vezes os laboratórios estão adequados. Em 2007, 29,50% dos alunos disseram
que na minoria das vezes os laboratórios estão adequados e 25,21% disseram que algumas
vezes os laboratórios estão adequados.
Não
43,98%
Na minoria
das vezes
22,54%
Algumas
vezes
20,24%
Na maioria
das vezes
9,30%
Sim
1,53%
Nulo
2,30%
SR
0,11% Não
23,79%
Na minoria
das vezes
29,50%
Algumas
vezes
25,21%
Na maioria
das vezes
14,46%
Sim
5,04%
Nulo
1,90%
SR
0,10%
(a) (b)
Gráfico 8 – Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação aos laboratórios nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.
O GRÁFICO 9 apresenta o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação da
UFPA com relação aos recursos de informática que a instituição dispõe nos anos de 2006 (a) e
2007 (b). Portanto, em 2006, observa-se que 38,51% dos alunos entrevistados responderam
que os recursos de informática que a instituição dispõe não atendem às necessidades do curso
e 30,42% responderam que na minoria das vezes esses recursos atendem às necessidades do
curso. Em 2007, 27,59% dos alunos disseram que na minoria das vezes os recursos atendem
às necessidades do curso e 25,40% disseram que os recursos não atendem às necessidades.
Não
38,51%
Na minoria
das vezes
30,42%
Algumas
vezes
20,13%
Na maioria
das vezes
6,78%
Sim
2,08%
Nulo
1,86%
SR
0,22% Não
25,40%
Na minoria
das vezes
27,59%
Algumas
vezes
22,84%
Na maioria
das vezes
13,51%
Sim
8,47%
Nulo
2,00%
SR
0,19%
(a) (b)
Gráfico 9 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação aos recursos de informática que a instituição dispõe,nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.
O GRÁFICO 10 apresenta o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação
da UFPA com relação aos projetos especiais disponíveis na instituição nos anos de 2006 (a) e
2007 (b). Dessa maneira, em 2006, observa-se que 47,81% dos alunos entrevistados
responderam que os projetos especiais, tais como coleções didáticas, museus, herbários,
biotérios, entre outros, disponíveis na instituição não contribuem para a aprendizagem do
49
aluno e 20,68% responderam que na minoria das vezes esses projetos especiais contribuem
para a aprendizagem do aluno. Em 2007, 29,01% dos alunos disseram que os projetos
especiais não contribuem para a aprendizagem do aluno e 26,74% disseram que os projetos
especiais contribuem na minoria das vezes.
Não
47,81%
Na minoria
das vezes
20,68%
Algumas
vezes
14,55%
Na maioria
das vezes
9,41%
Sim
5,47%
Nulo
2,08%Não
29,01%
Na minoria
das vezes
26,74%
Algumas
vezes
21,98%
Na maioria
das vezes
11,04%
Sim
7,71%
Nulo
3,52%
(a) (b)
Gráfico 10 - Projetos especiais disponíveis na instituição nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.
O GRÁFICO 11 apresenta o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação
da UFPA com relação aos recursos audiovisuais utilizados nas atividades de ensino nos anos
de 2006 (a) e 2007 (b). Dessa maneira, em 2006, observa-se que 26,91% dos alunos
entrevistados disseram que os recursos audiovisuais utilizados nas atividades de ensino
contribuem na maioria das vezes para a aprendizagem e 24,73% responderam que algumas
vezes esses recursos contribuem para a aprendizagem do aluno. Em 2007, 28,54% dos
entrevistados informaram que na maioria das vezes esses recursos contribuem para a
aprendizagem do aluno e 27,50% responderam que os recursos contribuem algumas vezes
para o aprendizado.
Não
9,52%
Na minoria
das vezes
23,74%
Algumas
vezes
24,73%
Na maioria
das vezes
26,91%
Sim
13,02%
Nulo
1,75%
SR
0,33%Não
8,85% Na minoria
das vezes
14,84%
Algumas
vezes
27,50%
Na maioria
das vezes
28,54%
Sim
17,70%
Nulo
2,57%
(a) (b)
Gráfico 11 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de com relação aos recursos audiovisuais utilizados nas atividades de ensino nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.
Coordenador do Curso
O GRÁFICO 12 apresenta o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação
da UFPA com relação à orientação do coordenador sobre o percurso acadêmico, esclarecendo
50
o Projeto Pedagógico ou grade curricular do curso nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Nele,
verifica-se que, em 2006, 22,98% dos alunos entrevistados informaram que o coordenador do
curso não orienta o percurso acadêmico dos alunos esclarecendo o Projeto Pedagógico ou
grade curricular do curso e 21,33% responderam que o coordenador do curso orienta o
percurso acadêmico dos alunos esclarecendo o Projeto Pedagógico ou grade curricular do
curso. Enquanto que, em 2007, 28,45% dos entrevistados informaram que o coordenador do
curso orienta o percurso acadêmico dos alunos e 28,07% responderam que na maioria das
vezes há essa orientação por parte do coordenador.
Não
22,98%
Na minoria
das vezes
17,40%Algumas
vezes
17,72%
Na maioria
das vezes
19,15%
Sim
21,33%
Nulo
1,20%
SR
0,22%
Não
11,13%
Na minoria
das vezes
13,23%
Algumas
vezes
17,79%Na maioria
das vezes
28,07%
Sim
28,45%
Nulo
1,33%
(a) (b)
Gráfico 12 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação à orientação do coordenador sobre o percurso acadêmico, esclarecendo o Projeto Pedagógico ou grade curricular do curso nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.
O GRÁFICO 13 apresenta o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação
da UFPA com relação à estimulação do coordenador para organização de eventos nos anos de
2006 (a) e 2007 (b). Nele, verifica-se que, em 2006, 32,39% dos alunos entrevistados
informaram que o coordenador não estimula os alunos para organização de eventos, tais como
ciclo de palestras, visitas monitoradas, entre outras e 19,91% responderam que algumas vezes
o coordenador estimula os alunos. Enquanto que, em 2007, 23,02% dos entrevistados
afirmaram que na maioria das vezes o coordenador estimula essa organização e 19,79%
afirmaram que algumas vezes isso ocorre.
Não
32,39%
Na minoria
das vezes
17,72%
Algumas
vezes
19,91%
Na maioria
das vezes
14,22%
Sim
13,02%
Nulo
2,74%Não
18,46%
Na minoria
das vezes
16,65%
Algumas
vezes
19,79%
Na maioria
das vezes
23,02%
Sim
19,51%
Nulo
2,57%
(a) (b)
Gráfico 13 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação à estimulação do coordenador para organização de eventos nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.
51
O GRÁFICO 14 mostra o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação da
UFPA com relação ao bom relacionamento do coordenador com os alunos nos anos de 2006
(a) e 2007 (b). A partir dele, constata-se que, em 2006, 33,37% dos alunos afirmaram que o
coordenador mantém um bom relacionamento com os alunos e 18,38% afirmaram que na
maioria das vezes existe bom relacionamento entre coordenador e alunos. Em 2007, 46,15%
alunos entrevistados informaram que coordenador e alunos mantêm bom relacionamento e
22,07% informaram que na maioria das vezes existe esse bom relacionamento.
Não
17,83%
Na minoria
das vezes
13,35%
Algumas
vezes
14,66%Na maioria
das vezes
18,38%
Sim
33,37%
Nulo
2,08%
SR
0,33%Não
7,99%Na minoria
das vezes
9,04%
Algumas
vezes
12,75%
Na maioria
das vezes
22,07%
Sim
46,15%
Nulo
1,90%
SR
0,10%
(a) (b)
Gráfico 14 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação ao bom relacionamento do coordenador com os alunos nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.
O GRÁFICO 15 apresenta o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação
da UFPA com relação à disponibilidade do coordenador para atendimento aos alunos nos anos
de 2006 (a) e 2007 (b). Nele, verifica-se que, em 2006, 23,97% dos alunos afirmaram que o
coordenador é disponível para atendimento aos alunos e 21,44% afirmaram que na maioria
das vezes o coordenador é disponível. Em 2007, 33,69% dos alunos entrevistados
responderam que o coordenador é disponível para atendimento aos alunos e 28,45%
responderam que na maioria das vezes há essa disponibilidade.
Não
16,41%
Na minoria
das vezes
18,49%
Algumas
vezes
17,61%
Na maioria
das vezes
21,44%
Sim
23,97%
Nulo
1,97%
SR
0,11%
Não
5,80%Na minoria
das vezes
12,75%
Algumas
vezes
17,60%
Na maioria
das vezes
28,45%
Sim
33,69%
Nulo
1,71%
(a) (b)
Gráfico 15 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação à disponibilidade do coordenador para atendimento aos alunos nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.
52
O GRÁFICO 16 apresenta o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação
da UFPA com relação ao conhecimento do coordenador sobre a estrutura acadêmico-
administrativa da instituição nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Nele, verifica-se que, em 2006,
40,69% dos alunos responderam que o coordenador demonstra conhecimento da estrutura
acadêmico-administrativa da UFPA e 24,18% responderam que na maioria das vezes o
coordenador demonstra conhecimento. Em 2007, 49,10% dos alunos afirmaram que o
coordenador demonstra conhecimento e 24,64% afirmaram que na maioria das vezes o
coordenador demonstra esse conhecimento.
Não
9,41%Na minoria
das vezes
10,07%
Algumas
vezes
13,79%
Na maioria
das vezes
24,18%
Sim
40,69%
Nulo
1,86%
Não
4,28%
Na minoria
das vezes
6,66% Algumas
vezes
12,75%
Na maioria
das vezes
24,64%
Sim
49,10%
Nulo
2,47%
SR
0,10%
(a) (b)
Gráfico 16 - Conhecimento do coordenador sobre a estrutura acadêmico-administrativa da instituição nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.
Técnico-administrativo
O GRÁFICO 17 apresenta o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação
da UFPA com relação à disponibilidade dos secretários nos anos de 2006 (a) e 2007 (b).
Logo, observa-se que, em 2006, 27,47% dos alunos responderam que na maioria das vezes os
secretários estão disponíveis para atendimento aos alunos e 24,84% responderam que
algumas vezes isso ocorre. Em 2007, 30,16% dos alunos informaram que algumas vezes os
secretários estão disponíveis e 25,88% afirmaram que na maioria das vezes há essa
disponibilidade.
Não
12,36%Na minoria
das vezes
19,80%
Algumas
vezes
24,84%
Na maioria
das vezes
27,47%
Sim
14,11%
Nulo
1,31%
SR
0,11%Não
10,09%
Na minoria
das vezes
20,55%
Algumas
vezes
30,16%
Na maioria
das vezes
25,88%
Sim
11,80%
Nulo
1,52%
(a) (b)
Gráfico 17 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação à disponibilidade dos secretários para atendimento aos alunos nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.
53
O GRÁFICO 18 apresenta o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação
da UFPA com relação à resolução de questões acadêmicas com o apoio das secretárias nos
anos de 2006 (a) e 2007 (b). Nele, observa-se que, em 2006, 26,80% dos alunos responderam
que algumas vezes conseguem resolver questões acadêmicas com o apoio das secretárias e
24,95% responderam que na maioria das vezes os assuntos acadêmicos são resolvidos com a
ajuda das secretárias. Em 2007, 29,88% afirmaram que algumas vezes as secretárias ajudam
na resolução de assuntos acadêmicos e 25,12% informaram que na minoria das vezes esse
apoio acontece.
Não
14,33%
Na minoria
das vezes
23,96%
Algumas
vezes
26,80%
Na maioria
das vezes
24,95%
Sim
8,32%
Nulo
1,53%
SR
0,11%Não
10,56%
Na minoria
das vezes
25,12%
Algumas
vezes
29,88%
Na maioria
das vezes
23,88%
Sim
7,99%
Nulo
2,38%
SR
0,19%
(a) (b) Gráfico 18 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação à resolução de questões acadêmicas com o apoio das secretárias nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.
O GRÁFICO 19 mostra o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação da
UFPA com relação ao comprometimento das atividades devido ausência do apoio técnico nos
anos de 2006 (a) e 2007 (b). Observa-se que, em 2006, 22,65% dos alunos informaram que
algumas vezes as atividades ficam comprometidas pela ausência de apoio técnico e 22,43%
responderam que esse comprometimento das atividades ocorre na minoria das vezes. Em
2007, 26,26% afirmaram que algumas vezes as atividades ficam comprometidas pela
ausência de apoio técnico e 21,22% afirmaram que na minoria das vezes as atividades ficam
comprometidas.
Não
15,86%
Na minoria
das vezes
22,43%
Algumas
vezes
22,65%
Na maioria
das vezes
19,15%
Sim
17,61%
Nulo
2,19%
SR
0,11%Não
11,61%
Na minoria
das vezes
21,22%
Algumas
vezes
26,26%
Na maioria
das vezes
20,55%
Sim
18,08%
Nulo
2,28%
(a) (b)
Gráfico 19 - Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação com relação ao comprometimento das atividades devido ausência do apoio técnico nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.
54
O GRÁFICO 20 mostra o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação da
UFPA com relação ao desempenho dos técnicos que dão suporte às atividades do curso nos
anos de 2006 (a) e 2007 (b). Dessa maneira, verifica-se que, em 2006, 32,93% dos alunos
entrevistados responderam que algumas vezes é satisfatório o desempenho dos técnicos que
dão suporte às atividades do curso e 22,98% dos alunos responderam que na maioria das
vezes os técnicos desempenham suas funções satisfatoriamente. Em 2007, 29,69% afirmaram
que algumas vezes é satisfatório o desempenho dos técnicos que dão suporte às atividades do
curso e 25,59% afirmaram que na maioria das vezes os técnicos desempenham suas
atividades satisfatoriamente.
Não
11,71%Na minoria
das vezes
18,71%
Algumas
vezes
32,93%
Na maioria
das vezes
22,98%
Sim
10,28%
Nulo
3,17%
SR
0,22%Não
11,89%
Na minoria
das vezes
18,65%
Algumas
vezes
29,69%
Na maioria
das vezes
25,59%
Sim
10,75%
Nulo
3,43%
(a) (b)
Gráfico 20 - Desempenho dos técnicos que dão suporte às atividades do curso nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.
O GRÁFICO 21 mostra o percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação da
UFPA no que diz respeito ao relacionamento dos técnicos e secretários com os alunos nos
anos de 2006 (a) e 2007 (b). Nele, percebe-se que, em 2006, 26,59% dos alunos entrevistados
afirmaram que algumas vezes os técnicos e secretários demonstram cordialidade no
relacionamento com os alunos e 24,94% dos alunos afirmaram que na maioria das vezes os
técnicos e secretários demonstram essa cordialidade. Em 2007, 26,93% responderam que
algumas vezes os técnicos e secretários demonstram cordialidade com os alunos e 26,45%
responderam que isso ocorre na maioria das vezes.
Não
10,18% Na minoria
das vezes
18,16%
Algumas
vezes
26,59%
Na maioria
das vezes
24,94%
Sim
15,97%
Nulo
3,94%
SR
0,22%Não
10,18% Na minoria
das vezes
16,46%
Algumas
vezes
26,93%
Na maioria
das vezes
26,45%
Sim
15,70%
Nulo
4,28%
(a) (b)
Gráfico 21- Percentual do nível de satisfação dos alunos de graduação no que diz respeito ao relacionamento dos técnicos e secretários com os alunos nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.
55
O GRÁFICO 22 apresenta o percentual das notas atribuídas pelos alunos ao curso
avaliado, em uma escala de 0 a 10, nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Nele, verifica-se que, em
2006, 20,54% dos alunos atribuíram nota 7 ao curso e, aproximadamente, 1,00% atribuíram
nota 1. Em 2007, observa-se, também, que 20,37% atribuíram nota 7 ao curso e,
aproximadamente, 1,00%, nota 1.
1,350,56
1,35
4,495,50
13,2414,25
20,54
17,06
10,89 10,77
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
%
Notas
1,06 0,58 1,162,41
5,89
13,9015,64
20,37
17,66
11,00 10,33
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
%
Notas
(a) (b)
Gráfico 22 - Percentual das notas atribuídas pelos alunos ao curso avaliado, em uma escala de 0 a 10, nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.
O GRÁFICO 23 apresenta o percentual das notas atribuídas pelos alunos à UFPA, em
uma escala de 0 a 10, nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Portanto, observa-se que, em 2006,
21,49% dos alunos deram nota 5 à instituição e 1,25%, nota 1. Em 2007, observa-se que
21,44% deram nota 5 à instituição e, aproximadamente, 1,00%, nota 1.
1,82 1,252,62
6,83
9,10
21,49
16,5017,29
14,11
6,37
2,62
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
%
Notas
0,88 0,88
2,94
5,97
8,72
21,44
18,32 18,90
13,03
5,88
3,04
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
%
Notas
(a) (b)
Gráfico 23 - Percentual das notas atribuídas pelos alunos à UFPA, em uma escala de 0 a 10, nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.
O GRÁFICO 24 apresenta o percentual das notas atribuídas pelo aluno ao seu
desempenho como estudante, em uma escala de 0 a 10, nos anos de 2006 (a) e 2007 (b).
Portanto, observa-se que 33,75% dos alunos atribuíram-se nota 9 como estudantes no ano de
2006. Em 2007, observa-se que 28,85%, também atribuíram-se nota 9.
56
0,23 0,00 0,231,70 1,36
8,98 8,64
21,59
33,75
15,34
8,18
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
%
Notas
0,29 0,00 0,29 0,39 1,17
8,58
12,09
28,56 28,85
12,96
6,82
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
%
Notas
(a) (b)
Gráfico 24 - Percentual das notas atribuídas pelo aluno ao seu desempenho como estudante, em uma escala de 0 a 10, nos anos de 2006 (a) e 2007 (b). Fonte: PROEG.
No período de 10 a 12 de dezembro de 2008, no Hotel Beira Rio, a Coordenadoria de
Avaliação e Currículos da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação coordenou o III Seminário de
Avaliação “Avaliar Competências e a Competência para Avaliar”, com a participação de,
aproximadamente, duzentas pessoas representantes das três categorias acadêmicas da UFPA e
de instituições de ensino superior do Estado. O seminário foi realizado com o objetivo de:
“refletir sobre os projetos ou programas de autoavaliação dos cursos de graduação da UFPA e
instituições de ensino superior do estado do Pará e a socialização de experiências pedagógicas
por profissionais da educação das instituições participantes, desenvolvidas nesse nível da
formação universitária nas áreas de planejamento e avaliação da aprendizagem no ensino de
graduação.” O evento foi constituído por três palestras, duas mesas-redondas de socialização
de experiências institucionais e pedagógicas, e dois debates sobre as comissões internas de
autoavaliação, abertas ao público em geral, além de duas oficinas para docentes.
No QUADRO 7 estão listados os temas abordados durante a realização do Seminário.
PALESTRAS MESAS-REDONDAS DEBATES OFICINAS
Avaliar competências e competência para avaliar Palestrante: Profª Drª Léa Depresbíteres
Socialização de projetos e ações de avaliação dos cursos de graduação da UEPA, UFRA, UNAMA E CEFET
Sobre as comissões internas de avaliação do projeto pedagógico: subsídios para o trabalho Coordenador: Prof. Dr. Eugênio Bittencourt
Planejamento das atividades acadêmicas no ensino de graduação Moderador: Profª Ms. Eulália Soares Vieira
O programa de avaliação e acompanhamento do ensino de graduação da UFPA Palestrante: Prof. Dr. Eugênio Bittencourt
Socialização de experiências desenvolvidas nas áreas de planejamento e avaliação do ensino e da aprendizagem
Sobre as comissões internas de avaliação do projeto pedagógico: encaminhamento para a ação Coordenador: Prof. Dr. Eugênio Bittencourt
Avaliar competências no ensino de graduação Moderador: Profª Drª Léa Depresbíteres
O processo de avaliação no projeto pedagógico do curso de graduação Profª Esp. Maria Ludetana Araújo
Quadro 7 - Temas abordados durante a realização do III Seminário de Avaliação. Fonte: PROEG.
57
Boas perspectivas e muitas tarefas a executar. Talvez este balanço sintetize, muito a
grosso modo, o III Seminário de Avaliação. Os participantes apresentaram uma série de
propostas e as discussões mostraram que a avaliação na Universidade Federal do Pará ainda
tem grandes desafios.
5.1.5 Reformulação dos Projetos Pedagógicos
O Projeto Pedagógico representa o instrumento fundamental para definir a identidade
de um curso de Graduação, por meio de uma dinâmica de construção coletiva a partir, não só,
de orientações legais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação, mas também em
conformidade com a missão institucional estabelecida no Plano de Desenvolvimento 2001–
2010, com o Regulamento do Ensino de Graduação e ainda considerando as exigências atuais
do mundo do trabalho.
O novo modelo de ensino pretendido pela UFPA passa pela revisão do Projeto
Pedagógico da Instituição, com a adoção de currículos flexíveis, atualizados e mais
condizentes com as mudanças da realidade mundial e regional, em que os saberes se inter-
relacionem e se complementem através da utilização de modernas tecnologias de ensino.
Pretendem-se reformas que atendam a um maior número de alunos e permitam o aumento da
produção do conhecimento científico, formando profissionais mais atualizados, competentes e
capazes de intervir na realidade.
A fim de orientar a construção e/ou revisões de Projetos Pedagógicos, foram
instituídas em junho de 2004, pelo Conselho Superior de Ensino e Pesquisa, as Diretrizes
Curriculares para os Cursos de Graduação da Universidade Federal do Pará, após ampla
discussão no Fórum da Graduação da Instituição.
A organização curricular, parte integrante do Projeto Pedagógico dos Cursos de
Graduação, pauta-se, no âmbito da UFPA, nos seguintes princípios:
� integração da pesquisa e da extensão às atividades de ensino;
� articulação permanente de conhecimentos e saberes teóricos, com a aplicação em
situações reais ou simuladas;
� adoção de múltiplas linguagens que permitam ao aluno a identificação e a
compreensão do seu papel profissional social;
� liberdade acadêmica e gestão curricular democrática e flexível, possibilitando a
participação do aluno em múltiplas dimensões da vida universitária.
58
No ano de 2008, o processo de acompanhamento e assessoramento aos cursos para a
(re) elaboração dos projetos pedagógicos, conseguiu avançar consideravelmente em relação
ao ano anterior devido a alguns fatores, entre eles destacamos:
— aumento do número de Técnicos em Assuntos Educacionais que trabalham com a
análise dos projetos. Apesar de ainda não ser o número ideal, contribuiu bastante para o
atendimento aos diretores de faculdades e para a assessoria in loco nos campi; e
— a utilização do roteiro para nortear a construção dos projetos pedagógicos,
construído pela a Coordenadoria de Avaliação e Currículos, o que contribuiu para orientar a
elaboração dos projetos.
Os QUADROS 8 e 9 apresentam a situação da análise, até 23.12.2008, dos projetos
pedagógicos dos cursos do campus da capital e do interior, respectivamente.
Instituto Sistematização na Faculdade Em Tramitação Regulamentado no
CONSEPE
11 4 17 41
Ciências Biológicas -- Biotecnologia
Biomedicina Ciências Biológicas - Bacharelado Ciências Biológicas - Licenciatura
Ciências da Arte -- Museologia
Artes Visuais Dança Música – Lic. Teatro
Ciências da Educação -- -- Educação Física Pedagogia
Ciências da Saúde Fisioterapia Nutrição
Farmácia Saúde Coletiva Terapia Ocupacional
Enfermagem Medicina Odontologia
Ciências Exatas e Naturais Ciências Naturais – Lic.
Estatística Química – Bach. Química Industrial Química – Lic. EaD.
Ciência da Computação Física – Lic./Bach. Matemática – Lic. Matemática – Lic. EaD. Química – Lic. Sistemas de Informação
Ciências Jurídicas -- -- Direito
Ciências Sociais Aplicadas -- Administração Biblioteconomia Economia
Ciências Contábeis Serviço Social Turismo
Filosofia e Ciências Humanas
Psicologia Ciências Sociais Filosofia Geografia História
Geociências -- Meteorologia Geofísica Geologia Oceanografia
59
Instituto Sistematização na Faculdade Em Tramitação Regulamentado no
CONSEPE
Letras e Comunicação -- --
Comunicação Social - Jornalismo Comunicação Social - Publicidade e Propaganda Letras – Lic. Língua Alemã Letras – Lic. Língua Espanhola Letras – Lic. Língua Francesa Letras – Lic. Língua Inglesa Letras – Lic. Língua Portuguesa
Tecnologia -- Arquitetura Engenharia Elétrica Engenharia Mecânica
Engenharia de Alimentos Engenharia Civil Engenharia da Computação Engenharia Mecânica Engenharia Naval Engenharia Sanitária e Ambiental
Quadro 8 - Situação, até 23.12.2008, do processo de análise dos projetos pedagógicos dos cursos do campus da capital. Fonte: PROEG. Lic.: Licenciatura Bach. Bacharelado. EaD.: Educação a distância.
Campi/Pólos Sistematização na Faculdade
Em Tramitação Regulamentado no CONSEPE
10 11 35 23
Abaetetuba --
Engenharia Industrial Letras – Lic. Língua Espanhola Letras – Lic. Língua Portuguesa Matemática – Lic. Pedagogia
--
Altamira
Ciências Biológicas Geografia Letras – Lic. Língua Inglesa
Engenharia Florestal Ètnodesenvolvimento Letras – Lic. Língua Portuguesa Pedagogia
Agronomia
Bragança --
Ciências Naturais Letras – Lic. Língua Inglesa História Matemática
Ciências Biológicas – Lic. Engenharia de Pesca Letras – Lic. Língua Portuguesa Pedagogia
Breves Matemática
Ciências Naturais Letras – Lic. Língua Portuguesa Pedagogia Serviço Social
--
60
Campi/Pólos Sistematização na Faculdade
Em Tramitação Regulamentado no CONSEPE
Cametá
Letras – Lic. Língua Inglesa Matemática Pedagogia
Ciências Naturais História Letras – Lic. Língua Portuguesa
--
Castanhal Letras – Lic. Língua Espanhola Sistemas de Informação
Letras – Lic. Língua Portuguesa Matemática Pedagogia
Educação Física Medicina Veterinária
Marabá Engenharia Mecânica Engenharia Sanitária e Ambiental
Ciências Sociais Direito Educação do campo Física – Lic. Geografia Letras – Lic. Língua Inglesa Matemática – Lic.
Agronomia Ciências Naturais Engenharia de Materiais Engenharia de Minas e Meio Ambiente Geologia Letras – Lic. Língua Portuguesa Pedagogia Química – Lic. Sistemas de Informação
Santarém --
Ciências Biológicas - Lic. Direito Letras
Física Ambiental Matemática – Lic. Pedagogia Sistemas de Informação
Soure -- Letras – Lic. Língua Inglesa
--
Tucuruí -- Engenharia Elétrica Engenharia Civil Engenharia Mecânica
Quadro 9 - Situação, até 23.12.2008, do processo de análise dos projetos pedagógicos dos cursos dos campi do interior e pólos. Fonte: PROEG. Lic.: Licenciatura Bach. Bacharelado
GRÁFICO 25 ilustra a situação, até 23.12.2008, do processo de análise dos projetos
pedagógicos.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Capital Interior
4
11
17
35
41
23
Nú
me
ro d
e P
roje
tos
Pe
da
gó
gic
os
Localização
Sistematização na
Faculdade
Em Tramitação
Regulamentado no
CONSEPE
Gráfico 25 - Situação, até 23.12.2008, do processo de análise dos projetos pedagógicos. Fonte: PROEG
61
O cenário atual da UFPA em relação aos Projetos Pedagógicos reflete o resultado das
estratégias de sensibilização que vêm sendo adotadas pela PROEG, dentre as quais se
destacam:
� Construção de uma dinâmica de acompanhamento e assessoramento permanente
visando à (re) elaboração dos projetos;
� atendimento às faculdades, institutos e campi por meio de assessoria in loco;
� elaboração de um roteiro para nortear a construção dos projetos pedagógicos.
5.1.6 Educação a Distância
Um número cada vez maior de pessoas tem encontrado dificuldades para frequentar as
salas de aula, devido a uma série de fatores, dentre eles a falta de recursos humanos e
financeiros no sistema educacional brasileiro, em especial na rede pública, além das
limitações no que se refere ao aporte na estrutura física. Esse é um problema que só será
resolvido com intenso investimento em educação, o que não se espera em curto prazo.
Nesse contexto, a educação a distância (EaD) surge como uma alternativa para atender
à demanda excluída do ensino presencial. Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, o
objetivo social de democratizar a educação tem sido a principal motivação para o crescimento
da educação a distância que já é uma realidade na Universidade Federal do Pará.
O ensino de educação a distância teve seu início na UFPA no ano de 2004 com o curso
de Licenciatura em Matemática, do qual, em 2008, foram diplomados 101 alunos,
constituindo-se em um marco histórico na formação de professores para as redes municipal e
estadual de ensino.
Os municípios do estado do Pará de mais baixo Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH), como os do Marajó, foram os mais favorecidos com a implantação de cursos na
modalidade a distância.
Atualmente, a oferta de cursos na modalidade a distância atende 2.588 alunos e
abrange 23 municípios — de Juruti, na fronteira com o Amazonas, a Bujaru, no nordeste do
Pará.
Em 2006, os Processos Seletivos Especiais foram dirigidos aos cursos de Modalidade
a Distância, a saber: Administração, Biologia, Matemática e curso de Pedagogia — destinado
aos assentados e filhos de assentados, ou pessoas com vínculo direto com projetos de
Assentamento da Reforma Agrária.
Em junho de 2006, foi implantado o curso de graduação em Administração a distância.
Foram ofertadas 500 vagas destinadas exclusivamente a servidores públicos da rede
62
municipal, estadual e federal e funcionários do Banco do Brasil. Das vagas ofertadas, 375
foram preenchidas por funcionários do Banco, 35 por servidores públicos da própria
Universidade e as demais por funcionários de outras instituições públicas. A iniciativa
pretende melhorar a qualificação dos servidores e funcionários públicos e faz parte do
Programa de educação a distância Universidade Aberta do Brasil (UAB), do MEC.
A UFPA em 2007, com o apoio do MEC, implementou a oferta de cursos na
modalidade a distância, que apresentou um crescimento significativo, com um total de 1.528
alunos matriculados. Na TABELA 10 estão listados os cursos de graduação a distância por
município, pólo e números de alunos matriculados em 2007.
Tabela 10 - Cursos de graduação a distância em 2007
Cursos Municípios/Pólos Alunos Matriculados
Capanema 50
Marabá 50 Biologia (Licenciatura) Pro-Licencitura I
Oriximiná 50
Total Biologia 03 150
Altamira 47
Breves 44
Cametá 44
Capanema 48
Marabá 51
Macapá 51
Oriximiná 48
Santarém 49
Matemática (Licenciatura), Pro-Licenciatura I
Tucuruí 48
Total 09 430
21
50 Matemática Curso Regular UFPA-Belém
Belém
40
Belém-A 36
Belém-B 40
Breves 32
Curuá 18
Juruti 36
Limoeiro do Ajurú 59
Mocajuba 23
Santa Izabel 51
Matemática - Turmas da Prefeitura
Tomé-Açu 42
Total 08 337
Total Geral Matemática 19 878
Altamira 60 Administração
Belém 200
63
Cursos Municípios/Pólos Alunos Matriculados
Capanema 100
Marabá 60
Santarém 80
Total Administração 05 500
Total Geral 26 Pólos em 17 Municípios 1.528
Fonte: AEDI.
Em 2008, foram implantados os cursos de Licenciatura em Química e Letras –
Habilitação em Língua Portuguesa. Esses cursos possuem 615 alunos matriculados.
O número de alunos matriculados em 2008 foi de 2.588, o que representa um
acréscimo de 69,37% em relação a 2007.
No ano de 2008 foram realizados dois processos especiais para cursos de graduação na
modalidade a distância com a oferta de 650 vagas distribuídas em quatro cursos e abrangendo
sete municípios.
A TABELA 11 apresenta a oferta detalhada dos processos seletivos especiais na
modalidade a distância, em 2008 e a TABELA 12 o número de alunos matriculados no
período 2006-2008.
Tabela 11 - Processos seletivos especiais 2008 – Modalidade a distância
Curso Campus/Pólo Demanda Oferta Demanda/Oferta Vagas Preenchidas
Ciências Biológicas (Lic) Parauapebas 402 50 8,04 50
Letras (Lic) – hab. Língua Portuguesa
Bujaru 326 50 6,52 50
Letras (Lic) – hab. Língua Portuguesa
Goianésia do Pará
279 50 5,58 50
Letras (Lic) – hab. Língua Portuguesa
Parauapebas 311 50 6,22 50
Matemática (Lic) Bujaru 234 50 4,68 50
Matemática (Lic) Dom Eliseu 118 50 2,36 50
Matemática (Lic) Goianésia do Pará
180 50 3,6 50
Matemática (Lic) Parauapebas 215 50 4,3 50
Matemática (Lic) Santana do Amapá
157 50 3,14 50
Química (Lic) Altamira 1.329 50 26,58 50
Química (Lic) Bujaru 1.713 50 34,26 50
Química (Lic) Oriximiná 925 50 18,50 50
Química (Lic) Parauapebas 880 50 17,60 50
Total 7.069 650 650
Fonte: CEPS.
64
Tabela 12 - Número de alunos matriculados em cursos de graduação a distância – 2006/2008
Número de alunos matriculados Ano Administração Biologia Letras Matemática Química Total
2006 500 150 - 860 - 1.510
2007 500 150 - 878 - 1.528
2008 534 338 148 1.101 467 2.588
Fonte: AEDI.
Os números apresentados demonstram a expansão dessa modalidade de ensino que,
para as dimensões geográficas continentais do estado do Pará, que dificultam o deslocamento,
além do alto índice de pobreza, pode, efetivamente, ser a melhor forma de democratização do
acesso à educação superior e formar quadros qualificados para o ensino básico nos municípios
mais distantes dos principais centros urbanos.
Diante das demandas que se multiplicam e se diversificam, oriundas dos 143
municípios que compõem o Estado do Pará, e frente à impossibilidade do seu atendimento em
razão das limitações do quadro de recursos humanos (docentes e técnico-administrativos),
acrescidas da incapacidade financeira para o custeio dessas realizações (cursos de graduação,
pós-graduação, pesquisa e outros), a UFPA deve ultrapassar o modelo tradicional do processo
ensino-aprendizagem, centrado exclusivamente na presencialidade entre os sujeitos do
processo, para adotar a modalidade de ensino a distância.
65
5.2 ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO
5.2.1 Pós- Graduação Stricto Sensu
A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPESP) é a responsável pelo
desenvolvimento de políticas de pesquisa e de pós-graduação na UFPA e na região Norte.
Cumprindo o objetivo de expandir a pós-graduação, preferencialmente por meio da
criação de programas em áreas ainda não atendidas e para os campi do interior, no segundo
semestre de 2008 foram aprovados mais cinco cursos com previsão de início no primeiro
semestre de 2009, a saber:
� Doutorado em Ciência Animal — programa interinstitucional com a participação da
UFRA e EMBRAPA;
� doutorado em Educação em Ciências e Matemáticas;
� mestrado acadêmico em Artes — é o primeiro nesta área na Amazônia;
� mestrado em Saúde Animal na Amazônia — primeiro programa de pós-graduação
stricto sensu instalado no campus de Castanhal; e
� mestrado em Recursos Naturais da Amazônia — primeiro programa stricto sensu do
campus de Santarém onde será implantada a Universidade de Integração da Amazônia
(UNIAM).
Com isso, a UFPA atingirá até o final do primeiro semestre de 2009 42 programas de
pós-graduação, responsável pela promoção de 60 cursos, sendo 19 de doutorado, 39 de
mestrado acadêmico e 2 de mestrado profissional.
O número de alunos matriculados nos cursos de pós-graduação stricto sensu da UFPA
é muito significativo, mesmo observando que em dezembro de 2008 houve uma redução de
11,52% em relação ao ano anterior. Em dezembro de 2008, estavam matriculados 2.174
alunos, sendo 545 no doutorado e 1.629 no mestrado. Nesse mesmo período de 2007 foram
contabilizados 2.457 alunos matriculados na pós-graduação — 573 no doutorado e 1.884 no
mestrado. Esse decréscimo foi motivado pela conclusão, em 2007, de um expressivo número
de teses (51) e de dissertações (453). Observa-se na TABELA 13 e no GRÁFICO 26 um
acréscimo de 8,43% em 2007 em relação ao mesmo período de 2006.
66
Tabela 13 - Número de alunos matriculados na pós-graduação stricto sensu no período 2006-2008
Matriculados Ano Doutorado Mestrado
Total
2006 403 1.863 2.266
2007 573 1.884 2.457
2008 545 1.629 2.174
Fonte: PROPESP.
0
400
800
1200
1600
2000
2006 2007 2008
403
573 545
1.863 1.884
1.629
Nú
me
ro d
e A
lun
os
Anos
Doutorado
Mestrado
Gráfico 26 - Número de alunos matriculados na pós-graduação stricto sensu no período 2006-2008. Fonte: PROPESP.
O expressivo crescimento das teses e de dissertações no período 2006-2008, conforme
observa-se no GRÁFICO 27, revela que muitos programas estão alcançando sua maturidade e
as probabilidades de crescimento são maiores para os próximos anos, devido à criação de
novos cursos.
0
100
200
300
400
500
600
2006 2007 2008
56 5171
431453
529
Nú
me
ro d
e P
ub
lica
çõe
s
Anos
Teses
Dissertação
Gráfico 27 - Número de teses e de dissertações concluídas no período 2006-2008. Fonte: PROPESP.
67
Em dezembro de 2007, a CAPES apresentou à comunidade acadêmica e aos
interessados em geral as fichas de avaliação dos programas de pós-graduação que foram
avaliados na Trienal 2007, referente ao desempenho no período 2004-2006. Foram
submetidos à avaliação todos os programas da UFPA que integravam o Sistema Nacional de
Pós-Graduação (SNPG) em 31 de dezembro de 2006, data de fechamento do triênio
focalizado, e que atendiam as seguintes exigências:
— tinham sido implantados até a data supramencionada de fechamento do triênio e
tenham comunicado esse fato à CAPES;
— tinham enviado as informações correspondentes às atividades do curso, por meio
do sistema de coleta anual de informações junto às instituições de ensino superior, o Coleta
CAPES, referentes a pelo menos um dos anos do triênio avaliado (2004-2006).
Atendiam essas condições e, portanto, foi submetido às etapas da Avaliação Trienal
um total de 36 Programas de Pós–graduação da UFPA, responsáveis pela promoção de 48
cursos, sendo 13 de doutorado, 34 de mestrado acadêmico e 1 de mestrado profissional.
Tais números expressam a dimensão da pós-graduação stricto sensu na UFPA em
dezembro de 2006. Em 2007, foram iniciados 3 doutorados (Biologia Ambiental, Ecologia
Aquática e Pesca, e Doenças Tropicais), e 1 mestrado profissional (Gestão de Recursos
Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia). Em 2008, foi iniciado o mestrado em
Ciência Política e o doutorado em Educação. Desta forma, em 2008, a dimensão da pós-
graduação na UFPA se expressa pelo total 39 programas de pós-graduação, responsáveis
pela promoção de 55 cursos, sendo 17 de doutorado, 36 de mestrado acadêmico e 2 de
mestrado profissional, conforme ilustra o GRÁFICO 28.
0 10 20 30 40
Mestrado Profissional
Doutorado
Mestrado
2
17
36
Número de Cursos
Cu
rso
s
Gráfico 28 - Dimensão da pós-graduação stricto sensu em 2008.
68
A TABELA14 expressa a posição do Conselho Técnico Científico (CTC), sobre os
Programas de pós-graduação da UFPA e a TABELA 15 apresenta os distribuição dos
programas por modalidade e níveis de cursos, segundo os conceitos.
Tabela 14 - Nota do CTC aos programas de pós-graduação da UFPA
Nº GRANDE
ÁREA ÁREA DE
AVALIAÇÃO NOME DO
PROGRAMA NÍVEL ANO DE INÍCIO
Nota do
CTC
1 Ciência de Alimentos Ciência e Tecnologia de Alimentos
Ms. 2004 3
2 Ciências Agrárias I Agriculturas Amazônicas
Ms. 2000 4
3
Ciências Agrárias
Zootecnia/Recursos Pesqueiros
Ciência Animal Ms. 1999 4
4 Biologia Ambiental Ms./Dr. 2000/2007 4
5 Genética e Biologia Molecular
Ms./Dr. 2001/2001 5
6
Ciências Biológicas I
Zoologia Ms./Dr. 1996/1999 4
7 Ciências Biológicas II Neurociências e Biologia Celular
Ms./Dr. 2004/2004 4
8 Ciências Biológicas III Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários
Ms./Dr. 2004/2005 5
9
Ciências Biológicas
Ecologia e Meio Ambiente
Ecologia Aquática e Pesca
Ms./Dr. 2007 4
10 Farmácia Ciências Farmacêuticas
Ms. 2006 3
11 Medicina II Doenças Tropicais Ms./Dr. 1994/2007 4
12
Ciências da Saúde
Odontologia Odontologia Ms. 2004 3
13 Astronomia/Física Física Ms. 2003 3
14 Ciência da Computação Ciência da Computação
Ms. 2005 3
15 Geologia e Geoquímica
Ms./Dr. 1973/1992 6
16
Geociências
Geofísica Ms./Dr. 1992/1992 4
17 Matemática/Probabilidade e Estatística
Matemática e Estatística
Ms. 2004 4
18
Ciências Exatas e da Terra
Química Química Ms./Dr. 1987/2005 4
19 Ciência Política e Relações Internacionais
Ciência Política Ms. 2008 3
20 Educação Educação Ms./Dr. 2003/2008 4
21 Geografia Geografia Ms. 2004 3
22 História História Ms. 2004 3
23 Psicologia (Teoria e Pesquisa do Comportamento)
Ms./Dr. 1987/1999 4
24
Ciências Humanas
Psicologia
Psicologia (Clínica e Social)
Ms. 2005 3
69
Nº GRANDE
ÁREA ÁREA DE
AVALIAÇÃO NOME DO
PROGRAMA NÍVEL ANO DE INÍCIO
Nota do
CTC
25 Sociologia Ciências Sociais Ms./Dr. 2003/2003 4
26 Direito Direito Ms./Dr. 1984/2003 5
27 Economia Economia Ms. 2006 3
28
Ciências Sociais
Aplicadas Serviço Social Serviço Social Ms. 2003 3
29 Engenharias I Engenharia Civil Ms. 2001 3
30 Engenharias II Engenharia Química Ms. 1992 3
31 Engenharia de Recursos Naturais da Amazônia
Dr. 2006 4
32
Engenharias III
Engenharia Mecânica
Ms. 1994 3
33 Engenharia Elétrica Ms./Dr. 1986/1998 4
34
Engenharias
Engenharias IV Engenharia Elétrica (Processos Industriais)
Ms.Prof. 2003 3
35 Lingüística,
Letras e Artes Letras/Lingüística
Letras: Lingüística e Teoria Literária
Ms. 1987 3
36 Ensino de Ciências e Matemática
Educação em Ciências e Matemáticas
Ms. 2002 4
37 Ciências Ambientais Ms. 2005 3
38 Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido
Ms./Dr. 1977/1994 5
39
Multidisciplinar
Multidisciplinar Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia
Ms.Prof. 2007 3
Fontes: CAPES/DEAVI/PROPESP. Dr. – Doutorado. Ms. – Mestrado. Ms.Prof. – Mestrado Profissional. Ms./Dr. – Mestrado/Doutorado. CTC – Conselho Técnico Científico.
Significado dos Conceitos Atribuídos1
� Conceitos 6 e 7 - exclusivos para programas que ofereçam doutorado com nível de excelência, desempenho equivalente ao dos mais importantes centros internacionais de ensino e pesquisa, alto nível de inserção internacional, grande capacidade de nucleação de novos grupos de pesquisa e ensino e cujo corpo docente desempenhe papel de liderança e representatividade na respectiva comunidade.
� Conceito 5 - alto nível de desempenho, sendo esse o maior conceito admitido para programas que ofereçam apenas mestrado.
� Conceito 4 - bom desempenho. � Conceito 3 - desempenho regular, atende o padrão mínimo de qualidade exigido.
1 Fonte: CAPES.
70
Tabela 15 - Distribuição dos programas por modalidade e níveis de cursos, segundo os conceitos do CTC
A C A D Ê M I C O S Conceito Total Doutorado Mestrado e Doutorado Apenas Mestrado
Profissional
3 18 - - 16 2
4 16 1 11 4 -
5 4 - 4 - -
6 1 - 1 - -
7 - - - - -
Total 39 1 16 20 2
Fontes: CAPES/DEAVI/PROPESP.
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
3 4 5 6
18
16
4
1
Nú
me
ro d
e C
urs
os
Conceitos Gráfico 29 - Distribuição dos programas por modalidade e níveis de cursos, segundo os conceitos do CTC. Fontes: CAPES/DEAVI/PROPESP.
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
50,00
3 4 5 6
46,15
41,03
10,26
2,56Pe
rce
ntu
al
de
Pro
gra
ma
s
Conceitos Gráfico 30 - Distribuição percentual dos programas, por conceito. Fontes: CAPES/DEAVI/PROPESP.
Entraram com Pedidos de Reconsideração de Resultados os seguintes programas:
Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários (M/D), Ciência e Tecnologia de Alimentos
71
(M), Ciências Ambientais (M), Matemática e Estatística (M). Destes, os programas de
Matemática e Estatística e de Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários foram
reclassificados para os conceitos 4 e 5, respectivamente.
Destaca-se que o programa de Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários “é o
único das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, nas áreas de microbiologia, parasitologia e
epidemiologia (epidemiologia/doenças infecciosas) com conceito 5, se igualando aos
Programas de Pós-Graduação de Microbiologia da Universidade de São Paulo (USP) e
Parasitologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)” (Antonio Carlos R.
Vallinoto, coordenador do Programa).
Ressalta-se, que dos 39 programas de pós-graduação, 23 foram submetidos à avaliação
trienal 2004 realizada no período de 2001 a 2003. A TABELA 16 expressa a movimentação
dos programas avaliados na escala de conceitos trienal 2007 versus trienal 2004, onde se
observa que 7 programas aumentaram de conceito2; 14 permaneceram com o mesmo
conceito3 e apenas 2 caíram de conceito4.
Tabela 16 - Movimentação dos programas avaliados na escala de conceitos trienal 2007 versus trienal 2004
CONCEITO ATUAL
3 4 5 6 SOMA
3 6 5 - - 11
4 1 6 2 - 9
5 - 1 1 - 2
CO
NC
EIT
O
AN
TE
RIO
R
6 - - - 1 1
SOMA 7 12 3 1 23 Fontes: CAPES/DEAVI/PROPESP.
5.2.2 Pós- Graduação Lato Sensu
A PROPESP, buscando modernizar e otimizar a avaliação dos cursos de
especialização deu início em 2006 ao re-ordenamento da sistemática de aprovação,
acompanhamento e avaliação dos cursos de especialização seguindo as normas definidas pelo
2 Biologia Ambiental, Ciência Animal, Ciências Sociais, Direito, Doenças Tropicais, Educação em Ciências e Matemáticas e Genética e Biologia Molecular. 3 Agriculturas Amazônicas, Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido, Educação, Física, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Geologia e Geoquímica, Geofísica, Letras: Lingüística e Teoria Literária, Química, Serviço Social e Zoologia. 4 Engenharia Elétrica e Psicologia (Teoria e Pesquisa do Comportamento).
72
MEC e pela própria UFPA. Em particular, foi exigido um projeto pedagógico para cada novo
curso proposto, seguindo o modelo fornecido pela SESu/MEC.
A proposta da PROPESP, após vários debates com a comunidade acadêmica foi
aprovada e culminou na elaboração de uma resolução, específica, a de número 3.529,
aprovada no CONSEP em junho de 2007 e na consolidação do sistema de apresentação de
propostas de novos cursos e registro nas diferentes etapas do processo de avaliação em meio
eletrônico.
Todo esse processo resultou em um maior controle na oferta de cursos lato sensu e na
consequente melhoria da qualidade dos cursos ofertados.
Os procedimentos adotados para análise das propostas incluem:
� Avaliação preliminar dos projetos pela coordenadoria de Pós-Graduação Lato
Sensu;
� análise e parecer circunstanciado pelos consultores ad hoc das respectivas áreas do
conhecimento dos cursos propostos;
� análise final e parecer conclusivo da Câmara de Pesquisa e Pós-Graduação-
CPPG/CONSEPE;
� encaminhamento ao CONSEPE para análise do processo e manifestação final.
Em 2008, todos os novos projetos foram submetidos, avaliados e estão sendo
acompanhados via sistema eletrônico.
Estão em execução 71 cursos de especialização em nove áreas do conhecimento,
conforme detalhamento na TABELA 17.
Tabela 17 - Número de cursos lato sensu, por área do conhecimento
Áreas do Conhecimento Número de Cursos
9 71
Ciências Agrárias 1
Ciências Biológicas 1
Ciências da Saúde 9
Ciências Exatas e da Terra 21
Ciências Humanas 8
Ciências Sociais Aplicadas 10
Engenharias 3
Letras e Artes 11
Multidisciplinar 7
Fonte: DEINF/Relatórios de Gestão.
73
Em decorrência da nova sistemática de aprovação e avaliação adotada, percebe-se uma
redução de 17,44% na oferta de cursos de especialização em relação ao ano anterior que
registrou a execução de 86 cursos.
Em 2008, foram matriculados 3.407 discentes, uma redução de 20,80% em relação ao
ano anterior e de 6,71% em relação a 2006.
No que se refere ao número de monografias, foi registrado no decorrer 2008 a
conclusão de 239, em 2007 foram concluídas 409 e em 2006 385 monografias foram
concluídas.
Os GRÁFICOS 31, 32 e 33 ilustram os números da pós-graduação lato sensu no
período 2006-2008.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2006 2007 2008
8186
71
Nú
me
ro d
e C
urs
os
Anos Gráfico 31 - Número de cursos da pós-graduação lato sensu período 2006-2008.
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
4.500
2006 2007 2008
3.652
4.302
3.407
Nú
me
ro d
e A
lun
os
Anos Gráfico 32 - Número de alunos matriculados na pós-graduação lato sensu no período 2006-2008.
74
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
2006 2007 2008
385409
239
Nú
me
ro d
e M
on
og
rafi
as
Anos Gráfico 33 - Número de monografias concluídas no período 2006-2008.
5.2.3 Educação a Distância
Em 2008, a Pós-Graduação a distância, com 647 alunos matriculados, se manteve
estável em relação ao ano anterior que registrou 626 alunos matriculados. A TABELA 18
apresenta o número de alunos matriculados nos cursos de pós-graduação lato sensu a
distância, em 2008.
Tabela 18 – Número de alunos matriculados por cursos de pós-graduação (lato sensu) a distância em 2008
Cursos Nº de Alunos Matriculados
Ensino-Aprendizagem em Língua Portuguesa 73
Gestão Hídrica e Ambiental I 157
Gestão Hídrica e Ambiental II 175
Gestão Política e Economia Mineral 87
Planejamento e Gestão do Desenvolvimento Regional (PLANERAR III) 155
Total 647
Fonte: AEDI.
� Ensino-Aprendizagem em Língua Portuguesa: o eixo principal desse curso é a
leitura e produção de textos orais e escritos. Seu público alvo são pessoas
graduadas em letras (professores de língua portuguesa) ou em áreas afins. Em
2008 ofertou a sua sétima versão, sendo considerando, portanto, um curso bem
consolidado. O curso possui 73 alunos matriculados, dos quais 43 estão em fase
final de elaboração de monografias, com previsão para defesa em 2009.
� Gestão Hídrica e Ambiental I: implantado com o objetivo de especializar técnicos
em gestão de recursos hídricos e em gestão ambiental, é o único curso nessa área
ofertado no país. Seu público alvo são pessoas graduadas com foco em funções
estratégicas de decisão em programas e projetos com ênfase em água e meio
75
ambiente. O curso iniciou com 157 alunos matriculados, dos quais, 28 concluíram
suas monografias em 2008 e, os demais, estão com previsão de defesa de
monografia para 2009. Os trabalhos apresentados foram de excelente nível e um
dos trabalhos foi premiado pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia do Pará. Em 2009 será lançado um livro com a coletânea das melhores
monografias do curso.
� Gestão Hídrica e Ambiental II: iniciado no segundo semestre de 2008, o curso está
com 175 matriculados em quatro turmas, sendo que uma funciona em Porto
Trombetas com 14 alunos, funcionários da Mineração Rio do Norte.
� Gestão Política e Economia Mineral: iniciado em 2007, com o objetivo de
especializar técnicos em gestão de recursos minerais e em questões ambientais,
continuou em execução em 2008 com 87 alunos ativos — na grande maioria
oriundos de outras cidades e estados —, dos quais 52 estão em fases de conclusão
e defesa de monografias.
A UFPA oferta dois os cursos de especialização a distância na área do Planejamento:
� Planejamento de Gestão do Desenvolvimento Regional — PLANEAR II,
atualmente e fase final de defesa de monografias;
� Planejamento de Gestão do Desenvolvimento Regional — PLANEAR III, iniciado
em 2007 e encerrado em 2008.
O PLANEAR II registrou uma evasão de 59% de alunos e o Planear III 27% de
cancelamentos. Os índices de evasão e de cancelamentos tendem para motivos comuns.
Um dos motivos está relacionado à situação financeira. Muitos alunos realizam a
matrícula, mas não dão conta de pagar as mensalidades, apesar de o valor estar abaixo do
valor cobrado por outras instituições.
Outro motivo diz respeito ao pouco conhecimento ou dificuldade de adaptação a
modalidade de educação a distância, que exige do aluno independência na busca de
conhecimento e da interação com outros alunos e tutores.
A demora na correção dos trabalhos e nas respostas aos alunos por parte dos tutores,
também contribui para a evasão.
O PLANEAR II foi rigorosamente acompanhado por um controle de qualidade, via
pesquisa avaliativa denominada “Controle de qualidade do Curso de Especialização on-line
em Planejamento e Gestão do Desenvolvimento Regional (ênfase em Gestão Pública) –
76
Planear II ”. O estudo, realizado com base em dados primários coletados entre os alunos foi
desenvolvido em três etapas.
A primeira etapa avaliou a dinâmica de aprendizagem dos Núcleos Temáticos 1
(Introdução à Teoria do Planejamento) e 2 (Planejamento Estratégico). A segunda avaliou os
Núcleos Temáticos 3 e 4 (Metodologia da Pesquisa e Orçamento) e, finalmente, a terceira
etapa avaliou os Núcleos Temáticos 5 (Elaboração, gestão e avaliação de projetos) e 6 (Gestão
pública). Nas duas primeiras etapas, o instrumento de coleta de dados foi disponibilizado aos
alunos ativos5 na plataforma do e-ProInfo6 com a solicitação de devolução por e-mail e, na
última, o instrumento foi entregue aos alunos, no momento presencial.
Na primeira etapa, 43 alunos, de um universo de 126 alunos ativos, responderam ao
questionário e constatou-se que os dados foram representativos da realidade de um
contingente predominantemente residente na mesorregião metropolitana de Belém; percebeu-
se um predomínio de alunos do gênero feminino; o perfil dos alunos apresentou coerência
entre a escolha do curso e as demandas profissionais; os alunos considerados ativos
demonstraram satisfação com o curso. De modo geral, a modalidade da educação a distância
foi considerada um processo novo para a realidade educacional dos alunos, justificando a
ausência de familiaridade com a dinâmica apresentada em alguns aspectos da interatividade e
da participação. Além disso, esta modalidade de ensino foi considerada como um mecanismo
facilitador do processo de aprendizagem do aluno visto suas características de flexibilidade
ante o perfil do alunado — trabalhadores que possuem família e utilizam o período da noite
para realizar as atividades pedagógicas.
Na segunda etapa, 16 alunos responderam ao questionário e verificou-se, novamente,
que é bom o grau de satisfação dos discentes com relação ao curso e que a modalidade de
ensino a distância ainda não estava totalmente dominada pelos alunos; problemas com a
ferramenta Webmail e de manutenção da plataforma provocaram uma redução no grau de
satisfação dos alunos com relação a administração virtual do curso. Verificou-se, ainda, a
necessidade de um acompanhamento mais constante por parte da coordenação do sistema de
tutoria e a necessidade de cursos de aperfeiçoamento para os tutores.
Na terceira etapa e última etapa, 20 alunos devolveram os questionários preenchidos.
Os resultados dessa etapa, quando somados aos resultados das etapas anteriores, permitem
inferir que os alunos concluíram o curso com excelente nível de satisfação. Embora o Planear
5 Alunos que cumprem todos os compromissos pedagógicos no prazo estipulado (exercícios, atividades, participação em fóruns, etc.). 6 Ambiente Colaborativo de Aprendizagem, desenvolvido pelo Ministério da Educação, que utiliza a Tecnologia Internet e permite a concepção, administração e desenvolvimento de diversos tipos de ações, como cursos a distância, complemento a cursos presenciais, projetos de pesquisa, projetos colaborativos e diversas outras formas de apoio a distância e ao processo ensino-aprendizagem.
77
II tenha sido o primeiro curso a distância para a maioria dos participantes, a modalidade foi
bem aceita pelos mesmos que afirmaram que fariam outro curso a distância, principalmente
pela flexibilidade proporcionada por essa modalidade de ensino. A pesquisa também apontou
que grau de satisfação com relação aos materiais didáticos foi considerado bom e que os
mesmos são adequados aos estudos. No entanto, foi ressaltada a necessidade de explorar
outros recursos, tais como hipertextos para apresentação do conteúdo. Além disso, ao longo
do Curso, percebeu-se que qualidade da tutoria interfere diretamente no sucesso de qualquer
outro curso nesta modalidade.
A terceira edição do PLANEAR, ofertada com ênfase em gestão pública e ambiental,
registrou a inscrição de 203 alunos, dos quais, 155 foram matriculados. O curso apresentou
acentuada demanda de pessoas do interior do Estado e dos estados do Amapá, Maranhão e
Tocantins. Seu percentual de permanência (100 alunos ativos) foi de 64,52%.
Considerando que 6 alunos desistiram nos dois primeiros meses de funcionamento do
curso e o cancelamento, por inadimplência, da matrícula de 37 alunos, o curso encerrou com
57 discentes em condições de defesa de monografia. Destes, 41 — dos quais 14 alunos de
demanda social — já defenderam suas monografias.
O relatório da pesquisa avaliativa do PLANEAR III ainda não foi concluído.
Os cursos possuem excelente suporte na área administrativa e da computação no
âmbito da AEDI. Os problemas enfrentados referem-se à Plataforma E-ProInfo do MEC, que
ainda apresenta muitas falhas, o que interfere na motivação dos alunos.
78
5.3 PESQUISA
A UFPA entende a pesquisa como pressuposto ao desenvolvimento, em bases
sustentáveis, das potencialidades amazônicas, e como fator determinante à construção de um
futuro que tenha na valorização humana o seu principal objetivo. A Instituição adota, ao lado
de programas de pós-graduação disciplinares, um forte incentivo aos programas de ensino, de
pesquisa e de extensão com uma perspectiva transdisciplinar. Tal opção é considerada como
um eixo sobre o qual se realiza a interlocução da UFPA com outras instituições nacionais e
internacionais de ensino e pesquisa, com órgãos do Estado e entidades da sociedade civil, para
realizar seu compromisso com o desenvolvimento regional e nacional.
Para que a UFPA possa cumprir a sua missão na produção de conhecimentos
estratégicos, foram definidas prioridades que podem ser assim sintetizadas: pesquisa básica e
original; pesquisa e desenvolvimento em resposta a problemas nacionais e regionais; e
pesquisa e desenvolvimento para a melhoria da qualidade de vida das populações amazônicas.
Duas são as metas estabelecidas para tornar efetivas essas prioridades: promover atividades
acadêmicas multi, inter e transdisciplinares, finalidade que implica a sinergia das atividades
acadêmicas realizadas no seio da UFPA, bem como a integração dessas atividades com os
modelos de funcionamento de redes e consórcios; e institucionalizar e fortalecer programas de
pesquisa interdisciplinares e interinstitucionais, com a sistematização da pesquisa em
programas com caráter de transversalidade, extrapolando os limites de cada unidade
acadêmica e, mesmo, da UFPA, apontando integração com outras instituições congêneres.
No ano de 2006, encontravam-se cadastrados 763 projetos de pesquisa, dos quais 51
foram concluídos. Em 2007, foram concluídos 53 projetos dos 692 que se encontravam
cadastrados. No ano de 2008, encontravam-se cadastrados 804 projetos de pesquisa, dos quais
300 foram concluídos. Nos projetos em desenvolvimento em 2008, participam 631
docentes/pesquisadores e 20 técnicos, ao passo que os projetos concluídos tiveram
participação ativa de 466 docentes/pesquisadores e de 20 técnicos. Desenvolveram projetos de
pesquisa 21 Unidades Acadêmicas da UFPA, sendo, 6 Campi do Interior, 11 Institutos e 4
Núcleos. Destacam-se pelo número de projetos de pesquisa, em ordem decrescente, os
seguintes institutos: Exatas e Naturais, Filosofia e Ciências Humanas, de Tecnologia e
Ciências Biológicas.
De acordo com os dados do Diretório dos Grupos de Pesquisa credenciados pelo
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o quantitativo de
grupos de pesquisa na UFPA passou de 197 em 2006, para 263 em 2008, um aumento de
79
33,5%. Em 2006 e 2007, os grupos de pesquisa contavam com a participação de 997
pesquisadores, dos quais 621 são doutores. Os dados relativos ao Censo 2008, ainda não
foram divulgados pelo CNPq, entretanto o levantamento institucional realizado ao final de
2008 aponta para os números registrados na TABELA 19.
Tabela 19 - Censo dos grupos de pesquisa da UFPA
Descrição 2006 2008* Variação %
Grupos 197 263 33,50
Pesquisadores 997 1.097 10,03
Doutores 621 716 15,30
(D)/(P) em % 62,3 65,3 --
Fonte: CNPq e PROPESP. D – Doutores. P – Pesquisadores. * Levantamento institucional (PROPESP/UFPA). Nota: Grupos de Pesquisa – dos 263 grupos de pesquisa, 234 são certificados pelo CNPq, e 29 se encontram na situação de não atualizados por falta de relatórios.
Claro que, em termos nacionais, a produção da UFPA ainda representa muito pouco.
Ainda existe uma disparidade acentuada em relação a outras regiões, em função do número
reduzido de pesquisadores na Amazônia. Em consequência disso, os investimentos são
menores, se comparados a outros centros, transformando-se tal fenômeno num círculo
vicioso. A saída é investir na formação de recursos humanos qualificados para desenvolver
pesquisa. E isso tem sido feito de forma muito positiva, principalmente no Pará e no
Amazonas, por meio da UFPA, da EMBRAPA Amazônia Oriental, do Museu Emílio Goeldi,
da Universidade Federal Rural da Amazônia, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
e da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
Para que possa ser criada densidade acadêmica em todas as ações, é necessário, gerar
as condições para que os discentes possam ser incorporados ao ambiente da pesquisa, e cuja
tradução manifesta-se por estimular as atividades de iniciação científica. Em 2002 a UFPA
criou o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica UFPA (PIBIC/UFPA) e em
2006 o PIBIC/INTERIOR, ambos, seguindo a mesma orientação do CNPq para o
PIBIC/CNPq, têm o objetivo, entre outros, de despertar vocação científica e incentivar novos
talentos potenciais entre estudantes de graduação.
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), ao final do ano de
2008, contava com o número total de 558 bolsas e 379 pesquisadores, de acordo com a
distribuição na TABELA 20.
80
Tabela 20 – Número de bolsas e de pesquisadores dos programas de iniciação científica
Programas Bolsas Pesquisadores
PIBIC/CNPq 296 156
PIBIC/UFPA 105 94
PIBIC/FAPESPA 60 36
PIBIC/INTERIOR 35 35
PIBIC/PARD/2007 29 27
PIBIC/PARD/2008 33 31
Total 558 379
Fonte: PROPESP.
Foi constatado que muitos recém-doutores, quando de seu retorno ou contratação pela
UFPA, careciam de um apoio mínimo para garantir-lhes a inserção adequada, sem
interromper suas atividades de pesquisa. Desta forma, a UFPA criou o Programa de Apoio ao
Recém-Doutor (PARD), que visa a facilitar a inserção e dar as condições mínimas necessárias
para o desenvolvimento de pesquisa por parte dos docentes recém-doutores, já vinculados à
instituição ou recém-contratados por ela, incentivando, assim, a sua produtividade.
O Programa Pró-Discente tem por objetivo principal incentivar os estudantes,
regularmente matriculados, dos programas de pós-graduação stricto sensu da UFPA a
divulgar os resultados das pesquisas relacionadas aos seus planos de dissertação ou tese em
eventos científicos de maior relevância no país, em suas respectivas áreas, e assim contribuir
para a expansão da produção científica da UFPA. O apoio é concedido na forma de ajuda de
custo à estudante.
O Programa Institucional de Apoio à Produção Acadêmica (PIAPA) foi criado para
estimular a apresentação de trabalhos em eventos científicos. O apoio consiste em conceder
ao docente pesquisador até 3,5 (três e meia) diárias e passagem aérea no trecho nacional.
O Setor de Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia, criado em 1999,
tem por objetivo proteger juridicamente a produção intelectual da UFPA, com vistas à sua
utilização econômica, assegurando aos autores/inventores e à Instituição, uma participação
nos royalties obtidos com a comercialização, além de criar no âmbito da Universidade a
cultura do aproveitamento econômico da propriedade intelectual. Para tornar exequível este
objetivo, a UFPA vem estabelecendo parcerias com entidades responsáveis pelo registro, nas
diversas áreas da propriedade intelectual.
A Coordenadoria de Propriedade Intelectual protocolizou/registrou 149 pedidos de
registro de direitos de autor junto ao Escritório de Direitos Autorais da Fundação Biblioteca
Nacional cumprindo sua função de proteger a produção científica e tecnológica da UFPA.
81
Requereu, ainda, nove novos pedidos de obtenção de patente e cinco pedidos de registro de
marca.
Tabela 21 - Quantitativo de marcas e patentes solicitadas em 2008
Itens 2006 2007 2008
Marcas 2 4 5
Patentes 3 2 9
Fonte: PROPESP.
Tabela 22 - Quantidade de registro de obras intelectuais
Quantidade Descrição 2006 2007 2008
Biografia -- -- 1
Cinema/TV 42 12 42
Contos/Crônicas -- 4 3
Didático/Pedagógico 22 14
História em Quadrinhos 6 -- --
Música (Letras e Partituras) 70 43 28
Periódicos (Revistas e Jornais) 1 -- --
Personagens/Desenhos 1 -- 2
Poesias 12 15 21
Político/Filosófico 1 -- 6
Publicidade -- -- 1
Religioso -- 1 1
Romances 5 6 4
Teatro (Peças) 4 12 1
Técnico/Científico 7 8 5
Teses/Monografias 11 11 8
Outros 13 24 12
Fonte: PROPESP.
No novo milênio, a UFPA trabalha para se consolidar como um pólo de geração de
conhecimento, buscando maior interação com o setor produtivo e passando, pouco a pouco, a
interferir nas cadeias produtivas do Estado. Para tanto, estabeleceu-se um canal permanente
de articulação com os pesquisadores, de importância fundamental para o crescimento
registrado no setor.
No âmbito da pesquisa aplicada e serviços tecnológicos, a Universidade Federal do
Pará do Pará conta com o apoio da Rede UFPA de Inovação Tecnológica (UNIVERSITEC),
estrutura articuladora entre a UFPA e os diversos segmentos do setor produtivo,
governamental e a sociedade em geral, com vistas a disponibilizar os meios necessários à
integração de competências da UFPA para direcioná-las ao desenvolvimento científico,
tecnológico e socioeconômico da região.
82
Essa rede de integração articulada pela UNIVERSITEC é formada por dois programas
estruturantes – o Programa de Consultorias e Serviços Tecnológicos e o Programa de
Incubação de Empresas e Parques Tecnológicos – e tem como principais objetivos:
� Promover, no âmbito da UFPA, a agregação dos diversos grupos de pesquisa para o
atendimento de demandas por projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação
tecnológica requeridas pelos vários segmentos do setor produtivo e governamental
sediados na região, preferencialmente no Estado do Pará;
� estimular e promover processos legais de transferência de tecnologia,
preferencialmente aquela produzida no País e/ou na região, para os setores privado e
governamental;
� articular a prestação de serviços aos interessados, dando ênfase ao uso da
infraestrutura laboratorial e aos recursos humanos oriundos da Universidade;
� operacionalizar um Banco de Dados sobre serviços técnicos, laboratoriais e outros
serviços tecnológicos disponíveis na UFPA, no Estado e em todo o País, assim
como um guia de sites de interesse, na Internet, com informações para todos os
segmentos interessados;
� organizar eventos, simpósios e exposições pertinentes;
� buscar estabelecer formas de cooperação com as entidades representativas da
sociedade civil organizada;
� apoiar e/ou articular projetos de normatização, metrologia e certificação;
� zelo continuo pelo fomento à política de propriedade intelectual.
A Universidade Federal do Pará e o Governo do Estado deram um passo decisivo, em
2007, para a construção do primeiro parque tecnológico da região Norte. A iniciativa fomenta
a economia baseada no conhecimento e no desenvolvimento sustentável para parte
significativa da região amazônica.
Além do parque do Guamá, que deve começar a operar no início de 2010 o governo do
Estado já iniciou o processo de implantação dos parques do Tocantins, em Marabá, e do
Tapajós, em Santarém, cada um deles com foco de pesquisa de acordo com as necessidades e
vocacionais regionais. Assim, o foco do parque do Guamá será biotecnologia, energia e
Tecnologia de Informação e Comunicação; o do Tocantins, em tecnologia mineral e novos
materiais, pesquisas agropecuárias e silvicultura; o parque do Tapajós se focará em
tecnologias da madeira e produtos da floresta, pesca e aquicultura, agricultura tropical e
geologia mineral
83
Há um esforço coletivo das universidades da Amazônia, que vêm buscando estratégias
para a superação dos fatores impeditivos ao desenvolvimento da pesquisa na região, seja por
meio da formação de doutores, seja pela contratação e incentivo à fixação de doutores
formados em outros centros. Mas isso ainda é um desafio a ser vencido.
84
5.4 EXTENSÃO E INCLUSÃO SOCIAL
A Pró-Reitoria de Extensão (PROEX), encarregada das políticas extensionistas da
Universidade Federal do Pará, articula e coordena as atividades de extensão universitária dos
diversos setores da Instituição, apoiando programas, projetos, atividades e publicações de
ações extensionistas. É ainda, responsável pelas atividades que tem por fim a integração da
Instituição com a comunidade externa, com o apoio à criação de projetos e cursos. É também
encarregada pelas políticas de auxílio ao desenvolvimento das comunidades do interior e de
Belém, atendendo assim à demanda social.
O processo de institucionalização das ações de extensão na UFPA iniciou-se com a
aprovação da Resolução nº 3.298 de 07 de março de 2005, o que caracterizou as ações de
extensão e estabeleceu os procedimentos importantes para a institucionalização dos
Programas e Projetos Extensionistas na UFPA. Em 2006, houve a consolidação da política de
extensão na UFPA a partir de várias ações desencadeadas, projetos financiados e dos
inúmeros projetos e programas realizados, de acordo com o Plano de Desenvolvimento
Institucional e o Plano de Gestão 2005-2009.
Ligada diretamente à PROEX, encontra-se a Diretoria de Programas e Projetos. Essa
Diretoria tem como competência elaborar, coordenar e acompanhar a política de ação
extensionista que se configura em seus programas e projetos de intervenção na sociedade por
meio de convênios e parcerias, com o objetivo de estimular a convivência dos estudantes
universitários com as comunidades urbanas e rurais do Pará, por meio da participação nos
referidos projetos.
A TABELA 23 apresenta o número de docentes, técnico-administrativos, discentes e
de pessoas atendidas em programas e projetos cadastrados na PROEX no ano de 2006 a 2008.
Nela, verifica-se que em 2008, houve um aumento no número programas cadastrados nas
PROEX de 300,00% em relação ao ano de 2007 e de 246,67% em relação ao ano de 2006.
No mesmo ano de 2008, observa-se que 178 projetos estavam cadastrados, o que representa
um aumento de 64,81% em relação ao ano anterior e uma redução de 24,26% em relação ao
ano de 2006. Além disso, observa-se que 178.723 pessoas foram atendidas em programas e
projetos no ano de 2008, ocorrendo uma redução de 17,82% em relação ao ano anterior e um
aumento de 1,84% em relação ao ano de 2006.
85
Tabela 23 - Número de docentes, técnico-administrativos, discentes e de pessoas atendidas em programas e projetos no período de 2006 a 2008
Recursos Humanos Envolvidos Ano
Nº de Programas
Nº de Projetos Nº de
Docentes Nº de
Técnicos* Nº de
Discentes**
Nº de Pessoas
Atendidas
2006 15 235 478 450 1.205 175.489
2007 13 108 342 334 1.038 217.486
2008 52 178 769 299 315 178.723
Total 80 521 1.589 1.083 2.558 571.698
Fonte: DEINF/PROPLAN. *Técnicos e/ou colaboradores da UFPA e/ou de outras instituições. ** Da graduação e da pós-graduação.
A TABELA 24 apresenta o número de cursos e concluintes no período de 2006 a 2008.
Nela, observa-se que foram realizados 32 cursos em 2008, o que representa uma redução de
79,87% em relação ao ano anterior e uma redução de 8,57% em relação ao ano de 2006.
Além disso, observa-se que em 2008, 1.627 pessoas concluíram os cursos realizados naquele
ano, representando uma redução de 67,20% em relação ao ano de 2007 e um aumento de
45,27% em relação ao ano de 2006.
Tabela 24 - Número de cursos e concluintes no período de 2006 a 2008
Ano Número de Cursos Número de Concluintes
2006 35 1.120
2007 159 4.960
2008 32 1.627
Total 226 7.707
Fonte: PROEX.
A TABELA 25 apresenta o número de eventos e participantes no período de 2006 a
2008. Nela, observa-se que 51 eventos foram realizados em 2008, o que representa uma
redução de 76,71% em relação ao anterior e uma redução de 67,31% em relação ao ano de
2006. Além disso, observa-se que em 2008, 10.382 pessoas participaram dos eventos
realizados em 2008, representando uma redução de 24,81% em relação ao ano de 2007 e um
aumento de 88,08% em relação ao ano de 2006.
86
Tabela 25 - Número de eventos e participantes no período de 2006 a 2008
Ano Número de Eventos Número de Participantes
2006 156 5.520
2007 219 13.808
2008 51 10.382
Total 426 29.710
Fonte: PROEX.
O GRÁFICO 34 apresenta o número das ações extensionistas no período de 2006 a
2008. Nele, observa-se que dentre as ações extensionistas em 2006, a maioria corresponde aos
projetos com um quantitativo de 235 cadastrados na PROEX, seguido da realização de 156
eventos e 35 cursos no mesmo ano. Em 2007, verifica-se que a maioria corresponde aos
eventos realizados com um quantitativo de 219, em seguida tem-se a realização de 159 cursos
e 108 projetos cadastrados. Finalmente, observa-se que no ano de 2008 o maior quantitativo
refere-se a 178 projetos cadastrados, seguido de 52 programas cadastrados.
0
50
100
150
200
250
2006 2007 2008
15 13
52
235
108
178
35
159
32
156
219
51
Nú
me
ro d
as A
çõe
s Ex
ten
sio
nis
tas
Anos
Programas
Projetos
Cursos
Eventos
Gráfico 34 - Número das ações extensionistas no período de 2006 a 2008.
O Programa Institucional de Bolsas de Extensão (PIBEX), instituído a partir de 2003,
destina-se a alunos de graduação dos Campi da UFPA e é desenvolvido junto a Diretoria de
Programas e Projetos de Extensão. O QUADRO 10 apresenta a relação de alguns programas e
projetos de extensão contemplados com bolsas do PIBEX no período de 2006 a 2008.
Programas Projetos
Programa MulticampiSaúde Projeto Gavião
Programa Alfabetização Solidária Projeto Escola que Protege
Programa Conexões de Saberes Projeto Integrado Igarapé Mata Fome
Programa Projovem Projeto Arte na Escola
Programa Bem Te Ver Projeto PROEXTMEC
Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária - PRONERA
Projeto Universidade Popular em Direitos Humanos
Projeto Esporte e Lazer na UFPA Projeto Rondon Projeto de Formação de Agentes de Desenvolvimento Social da SETER
Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária - PRONERA
Quadro 10 - Relação dos programas e projetos de extensão contemplados com bolsas do PIBEX. Fonte: PROEX.
87
O Departamento Cultural, também ligado à PROEX, articula, cria e coordena,
juntamente com as unidades acadêmicas, atividades e eventos com caráter extensionista.
Nesse sentido, destacam-se algumas atividades no período de 2006 a 2008:
� I Seminário de Avaliação do Programa MulticampiArtes: ocorreu no dia 17 de
março de 2006 e seus objetivos consistiam em: (1) Avaliar as experiências do
Programa MulticampiArtes; (2) Analisar as probabilidades e limites no
desenvolvimento do programa MulticampiArtes, considerando a
institucionalização do Programa nos diversos segmentos envolvidos, as novas
perspectivas de ações do Programa na UFPA, a constituição de projeto pedagógico
e a criação do Processo de Avaliação;
� Jornada de Extensão Universitária: É um evento anual promovido pela PROEX.
Em 2006, ocorreu a IX Jornada de Extensão Universitária a qual teve a temática
“Sustentabilidade e Diversidade na Amazônia” e aconteceu no período de 5 a 7 de
dezembro. Discentes, docentes dos diversos centros da UFPA, vinculados aos
projetos de extensão, participaram dessa jornada. Dentre os 1.057 participantes
inscritos, 421 foram credenciados e dos 208 trabalhos apresentados, 108 foram
pôsteres e 100 comunicações orais. Em 2007, ocorreu a X Jornada de Extensão
Universitária que teve como tema “Extensão Universitária e Políticas Públicas” e
aconteceu no período de 5 a 7 de dezembro. Nessa jornada, ocorreu o I Encontro
de Bolsistas de Extensão, ocasião em que se reúne os alunos dos programas e
projetos cadastrados na PROEX. Em 2008, ocorreu a XI Jornada de Extensão
Universitária que abordou o tema “Tecnologias Sociais: Caminhos para a
Extensão Universitária”. Nela, houve a inscrição de 1.306 participantes
envolvendo discentes, docentes e técnico-administrativos das diversas unidades
acadêmicas da capital e campi da UFPA, vinculados ou não aos programas e
projetos da extensão da PROEX. Além disso, houve 223 sessões de comunicações
orais, 02 conferências, 01 mesa redonda, 08 grupos de trabalho, 01 exposição –
inclusão: caminhos para a extensão, 05 apresentações culturais, 16 prêmios –
Jovem Extensionistas que visa premiar trabalhos dos alunos bolsistas
compromissados em vivenciar as ações extensionistas desafiadoras, inovando,
produzindo conhecimentos e efetivando, a relação teoria/prática, 518 prestações de
serviços e o II Encontro de Bolsistas de Extensão.
88
De maneira geral, a PROEX incentivou a instalação de novos programas e projetos de
extensão em todas as Unidades Acadêmicas, a realização de jornadas ou semanas de Extensão
nessas Unidades para estimular a relação Universidade e Sociedade local; consolidou a
institucionalização da Extensão por meio do registro de todas as ações de extensão em sistema
informacional chamado de Sistema de Gerenciamento das Ações Extensionistas da UFPA
(SISAE/PROEX). Esse sistema tem como meta: a implantação do Programa de
Assessoramento e Monitoramento de Programas de Extensão; a implantação do Eixo de
Formação Continuada nos Programas e Projetos; e a implantação da Política de Avaliação da
Extensão nos Projetos Pedagógicos. Outra importante meta desse Sistema é a criação de
indicadores de avaliação da extensão em consonância com o Fórum Nacional de Extensão.
A PROEX implementou a política de assistência, de integração e de permanência
estudantil que consiste em um conjunto de princípios, objetivos, diretrizes e métodos que
orientam a estratégia institucional de provimento de soluções às necessidades do estudante em
situação de vulnerabilidade na UFPA, materializando-se em um amplo programa de apoio,
atuante em várias frentes e desenvolvendo-se de modo intersetorial, possibilitando o acesso, a
permanência e a conclusão, proporcionando experiências teóricas e práticas que o preparem
para a cidadania e para futuras inserções no mundo do trabalho. A Diretoria de Assistência e
Integração Estudantil é a diretoria responsável por propor, avaliar e acompanhar as políticas
de assistência, de integração e de permanência dos estudantes da UFPA.
A Pró-Reitoria de Extensão trabalha para dar aos seus projetos um caráter permanente
e sistemático, integrando suas atividades ao Ensino e à Pesquisa, proposta pelo modelo
estrutural multicampi. Trata-se de uma profunda mudança na forma de fazer Extensão
Universitária. Efetivamente, a Extensão é parte indissociável do processo de aprendizagem.
89
5.5 RESPONSABILIDADE SOCIAL
No início da década de 1970, na Europa, particularmente na França, Alemanha e
Inglaterra, a sociedade iniciou uma cobrança por maior responsabilidade social das
instituições e consolidou-se a necessidade de divulgação dos chamados balanços ou relatórios
sociais.
A responsabilidade social contribui para promover um maior, melhor e mais justo
desenvolvimento humano, social e ambiental. Além disso, envolve o aspecto ético e humano.
A Universidade Federal do Pará tem definidas as ações de responsabilidade em seu
Plano de Desenvolvimento 2001 – 2010 e em seu Plano de Gestão 2005 – 2009. Além desses
documentos, observa-se que o Estatuto, Regimento Geral da UFPA, Resoluções e o Programa
de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais também definem
ações para a responsabilidade social. Neste sentido, a Resolução Nº 3.361, de 5 de agosto de
2005, do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão regulamenta o sistema de cotas
em que 50% das vagas dos cursos de graduação desta Universidade, oferecidas no Processo
Seletivo Seriado são reservadas aos estudantes que cursaram todo o Ensino Médio em escola
pública e desse percentual, no mínimo, 40% são destinados aos candidatos que se declarem
pretos ou pardos e optem por concorrer ao sistema de cotas referente a candidatos negros.
Além disso, no ano de 2008, a UFPA aplicou o sistema de cotas permitindo o ingresso
de 2.766 alunos via cotas. Com o objetivo de assegurar a permanência dos estudantes
advindos desse sistema, a UFPA, em parceria com a Secretaria de Educação (SEDUC-PA),
criou o Programa de Bolsas para o Fortalecimento da Educação Pública e Inclusão Social –
FORTALECER. A iniciativa reúne projetos de experimentação pedagógica, pesquisa em
educação e apoio técnico a serem instalados em escolas estaduais.
A Universidade Federal do Pará, ao apresentar a sua proposta ao REUNI ressalta a
importância de promover a inclusão das populações locais. O REUNI tem por objetivo criar
condições para ampliação de acesso e permanência na Educação Superior a partir da
ampliação de políticas de inclusão e assistência estudantil. Desta forma, algumas metas do
REUNI referem-se a inclusão social, a saber:
� Possibilitar às pessoas com deficiência auditiva melhoria das condições de
aprendizagem;
� elaborar uma proposta de curso de graduação para ensino superior indígena, em
cooperação com representantes de comunidades indígenas e com a participação de
docentes-pesquisadores de diversas áreas de conhecimento existentes na UFPA;
90
� ampliar em 50 % o atendimento mensal no Serviço de Assistência Psicossocial
e/ou psiquiátrica a alunos regulares de graduação e de pós-graduação; e
� aumentar em 20% das ofertas de vagas nos cursos noturnos.
A Política de Assistência Estudantil implantada pela UFPA consiste em um conjunto
de princípios, objetivos, diretrizes e métodos que orientam a estratégia institucional de
provimento de soluções às necessidades do estudante em situação de vulnerabilidade7 na
UFPA, materializando-se em um amplo programa de apoio, atuante em várias frentes e
desenvolvendo-se de modo intersetorial, possibilitando o acesso, a permanência e a conclusão
e, proporcionando, ainda, experiências teóricas e práticas que o preparem para a cidadania e
para futuras inserções no mundo do trabalho. Desenvolve-se por meio de programas e
projetos específicos de assistência, procurando atender o discente em suas necessidades
básicas para que possa desempenhar suas atividades acadêmicas, visando a excelência na sua
formação integral, pautada nas responsabilidades ética e social.
Caminhando nessa direção — inclusão social — os cursos de Música, Dança e Artes
Visuais contemplam a Língua Brasileira de Sinais como atividades curriculares obrigatórias
em seu desenho curricular. O campus de Soure tem realizado ações acadêmicas em conjunto
com o Instituto Nacional de Surdos.
As relações da Universidade Federal do Pará com os diferentes setores vêm sendo
materializada por meio da implementação de programas, dos quais se destacam:
� Rede UFPA de Inovação Tecnológica, a UNIVERSI TEC — é uma estrutura
articuladora entre a UFPA e os setores produtivos, governamental e a sociedade em
geral que pretende reunir as várias competências disponíveis na Universidade e
direcioná-las ao desenvolvimento científico, tecnológico e socioeconômico da
região. O público alvo da UNIVERSITEC são os órgãos de governo federal,
estadual e municipal, ONGS e entidades de direito privado sem fins lucrativos,
empresas produtoras de bens e serviços (micro, pequenas, médias e grandes
empresas) e cooperativas. Atualmente, o Programa de Incubação de Empresas de
Base Tecnológica da Universidade Federal do Pará, ou Incubadora da UFPA está
vinculado à UNIVERSITEC;
� Programa de Incubação de Empresas de Base Tecnológica da UFPA (PIEBT)
— é uma estrutura especialmente criada para estimular o desenvolvimento de novos
7 Aquele que, oriundo de família na faixa da pobreza, se encontra em estado de falta, ausência ou privação de um ou mais de um fator elementar para seu êxito acadêmico, numa situação caracterizada pela necessidade ou precisão de apoio institucional que tenha como efeito a conclusão, em tempo hábil, de sua graduação.
91
empreendimentos e modernizar os já existentes, atuando, principalmente, como um
mecanismo de transferência de tecnologia entre a universidade e o setor produtivo,
oferecendo suporte gerencial, científico, tecnológico e apoio em infraestrutura.
O Programa é formado por três incubadoras e pelo projeto denominado de “Pré-
Incubação”. Dele participam empresas residentes, associadas e graduadas e projetos
de pré-incubação. O PIEBT está assim configurado:
� Incubadora de Base Tecnológica — que se caracteriza por ser genérica e
atuar nas diversas áreas do conhecimento. É importante destacar que a
maioria das empresas incubadas representa novos nichos de produtos
extremamente promissores e que contam com uma extraordinária demanda
nos mercados nacionais e internacionais. São os produtos naturais da
biodiversidade da Amazônia — cosméticos, óleos naturais e essenciais,
fitoterápicos e fármacos — que contribuem com a mudança da base
produtiva do Estado, que hoje dependem dos minérios e do setor madeireiro,
produtos extrativos em mais de 90% da matriz produtiva do Estado.
Algumas das empresas incubadas hoje se sobressaem em suas atividades no
cenário nacional, seja através de lojas próprias (instaladas em vários
estados), seja por meio de franquias;
� Incubadora de Tecnologia da Informação e Comunicação (IETIC): atua
predominantemente na área de informática. As principais temáticas
trabalhadas incluem sistemas baseados na Web, projetos de redes de
computadores tradicionais e de alta velocidade (inclusive óticas),
desenvolvimento de aplicativos baseados em software livre, aplicação de
inteligência artificial (mineração de dados, lógica Fuzzy etc.) em sistemas de
informação geográfica, técnicas de automação e controle para indústria,
jogos eletrônicos e avaliação de desempenho de sistemas (inclusive os de
tempo real), entre outras;
� Incubadora de Design (Idesign): segmentada, atua no desenvolvimento de
embalagens e biojóias, utilizando resíduos de madeira nobre certificada na
região Amazônica e artefatos de madeira (confecção de embalagens de
madeira certificada) e beneficia duas empresas, sendo uma associada e uma
graduada;
92
� Projeto Pré-Incubação: visa ao amadurecimento tecnológico e gerencial de
uma idéia até a definição do Plano de Negócios de futuros empreendimentos
nas áreas de atuação do PIEBT.
Os Empreendedores participam da Pré-Incubação através de diversas
atividades, como Instrutorias, Consultorias Específicas, Workshops,
Palestras, etc.
O Programa de Incubação de Empresas de Base Tecnológica da UFPA, já registrou
avanços significativos e possui o reconhecimento de órgãos e instituições de apoio à
pesquisa e ao setor produtivo do Estado. Constitui-se em um instrumento
estratégico para a Universidade, pois, além de fomentar a pesquisa e transferir
tecnologia às empresas, muitos alunos conseguem trabalhar e fazer estágios na
incubadora e nas empresas. A partir de suas práticas, produzem trabalhos de
conclusão de cursos e monografias sobre os processos de incubação e a experiência
das empresas incubadas. Na Incubadora é possível exercer o empreendedorismo de
forma concreta, real e contribuir com um dos maiores desafios da universidade:
formar empreendedores. Finalmente, a Incubadora — além de incubar empresas —
é hoje, de fato, um espaço aberto para o debate sobre inovação tecnológica,
desenvolvimento regional e o movimento das pequenas e microempresas do Estado.
Durante o processo de incubação, as empresas adquirem os conhecimentos
necessários para atuar de maneira competitiva e asseguram sua permanência e
inserção no mercado — objetivo maior de qualquer empresa;
� Programa de Pobreza e Meio Ambiente da Amazônia — é um programa de
pesquisa e desenvolvimento, com o fim de garantir o fomento da produção local
dos pequenos produtores rurais da Amazônia, fornecedores de matéria-prima, como
a fibra de coco e látex, apoiando-os com conhecimentos tecnológicos, comerciais,
ambientais e em questões de responsabilidade social. O Programa é direcionado ao
combate à pobreza e à destruição do meio ambiente voltando-se para a construção
de ações integradas entre campo e cidade, promovendo alianças entre atores
públicos, privados e não governamentais e contribui para a geração e a
implementação de vias de desenvolvimento sustentável para a Região Amazônica.
Uma experiência exitosa foi a criação da empresa POEMATEC – Comércio de
Tecnologia Sustentável para a Amazônia. A fábrica da POEMATEC é a mais
moderna do mundo, no que diz respeito à produção de artefatos de fibra de coco e
látex. A POEMATEC também finaliza uma cadeia produtiva sustentável no Estado
93
do Pará, que tem seu início na coleta dos recursos naturais, passando pelo
processamento até chegar ao produto final para ser comercializado. As principais
aplicações dos materiais são assentos e bancos para a indústria automobilística,
substituindo produtos à base de petróleo.
O projeto piloto de processamento de fibra de coco foi iniciado na Ilha do Marajó,
na comunidade de Praia Grande e no município de Ponta de Pedras, sendo este
último o local onde a empresa comunitária PRONAMAZON produz encostos de
cabeça e para-sóis para caminhões da marca Mercedes-Benz. Essa experiência foi o
ponto decisivo para a implantação de uma série de unidades de processamento de
fibras, fornecedoras de matéria-prima para a fábrica da empresa POEMATEC;
� Central de Biotecnologia da Reprodução Animal (CEBRAN) — vinculada ao
Centro Agropecuário da UFPA, voltada para a Biotecnologia da Reprodução
Animal, em especial de bubalinos e bovinos. Foram frutos desse pioneirismo o
congelamento de sêmen e a inseminação artificial em bubalinos e o domínio da
técnica de fertilização in vitro, biotecnologias desenvolvidas pela primeira vez no
Brasil, colocando a UFPA na vanguarda entre as demais Universidades brasileiras e
do mundo, sendo, portanto, hoje considerada uma Instituição de referência nacional
e internacional para o uso dessas tecnologias.
Com o funcionamento da CEBRAN, um novo patamar surgiu na pecuária do Estado
do Pará, pois detém-se em nível regional o que existe de mais moderno em
equipamentos e inovações tecnológicas, conduzidas por uma equipe do mais alto
nível técnico, possibilitando, com isso, a troca de informações entre centros
similares no Brasil e em outros países do mundo, interessados em permutar
recíprocos conhecimentos, colocando, assim, a região permanentemente atualizada
em termos científicos e tecnológicos. Foi o reconhecimento destes fatores que
levaram a Universidade Federal do Pará, através da CEBRAN, a colocar à
disposição de toda a comunidade pecuarista do Pará e do Brasil todo esse potencial
de desenvolvimento do setor;
� Programa Nacional de Educação para a Reforma Agrária (PRONERA) — é
um programa do governo federal, que, no Pará, é realizado em parceria com a
UFPA e visa contribuir para a melhoria da qualidade de vida e a conquista da
cidadania do homem do campo. O Programa iniciou com a alfabetização de pessoas
que moravam em assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária;
94
� Programa Conexões de Saberes/Escola Aberta — se caracteriza por uma política
de permanência qualificada, dessa maneira contribui para que o aluno universitário
oriundo de locais populares tenha condições de permanecer e concluir com sucesso
a graduação em universidades públicas. Além de ampliar a relação entre a
Universidade e as pessoas de locais populares, suas instituições e organizações, a
partir de encontros e a troca de saberes e fazeres entre esses dois territórios;
� Programa Multicampiartes — a partir dos Projetos de Criação Artística e
Circulação das Artes, busca apresentar à sociedade contribuições ao seu processo
de desenvolvimento material, cultural e espiritual que se realiza pelo caráter
interativo de aperfeiçoamento da visão humanista da vida e a formação de
comunidades emocionais, que a mesma proporciona. Além de contribuir com a
qualidade do saber acadêmico, de modo direto e informal, e ao aprimoramento
social. Busca, ainda, valorizar e reconhecer as atividades artísticas nos municípios
onde estão instalados os campi da UFPA, garantindo o fortalecimento do vínculo
institucional da UFPA com a realidade social, numa relação mutuamente
alimentadora. Outro aspecto, inerente ao Programa é a democratização das
oportunidades de teoria e prática das artes, próprio do caráter social dessas formas
simbólicas da cultura;
� Programa Processos Artísticos e Curatoriais Contemporâneos — estabelece
campo de ação que desenvolve propostas artísticas/culturais entre corpo docente,
discente e público, criando a inserção cultural dos jovens alunos, artistas e críticos,
a partir de proposições no sistema de arte local. O Programa consiste em: fomentar
a discussão crítica acerca do papel da arte na sociedade, expandindo as relações
entre criação e público, a partir de ações expositivas; estimular a produção dos
alunos do Curso de Educação Artística – Artes Plásticas tanto na criação visual,
quanto na elaboração teórico-crítica; e difundir a produção dos alunos do Curso de
Educação Artística – Artes Plásticas tanto na criação visual, quanto na elaboração
teórico-crítica;
� O Auto do Círio — desenvolve as linguagens artísticas produzidas na
Universidade com ênfase nas artes cênicas, em parceria com a comunidade externa
através de um núcleo de cursos e oficinas que desembocam na encenação do cortejo
dramático que reúne 500 artistas e um público superior a 10 mil pessoas na
antevéspera do Círio de Nazaré. O projeto ao longo de 15 anos de execução se
firmou como ação pedagógica, artística e cultural fortalecendo o turístico na cidade,
95
sendo reconhecido como patrimônio imaterial associado ao Círio de Nazaré,
consagrado como o maior espetáculo a céu aberto de rua da região norte;
� Programa Multicampi Social — seu objetivo é o de unir ações das áreas da
educação, da saúde e da assistência social buscando melhorar a qualidade de vida
nas localidades onde as ações são desenvolvidas. Iniciado em fevereiro de 2008, o
Programa articula atividades de direitos sociais, saúde e educação em diversos
municípios da Ilha do Marajó, escolhida por apresentar um dos menores índices de
Desenvolvimento Humano (IDH) do país. As ações do Multicampi Social estão
voltadas, inicialmente, para os municípios de Breves, Chaves e Gurupá devido às
elevadas taxas de mortalidade infantil, óbitos por doenças parasitárias e
analfabetismo, que prejudicam o seu desenvolvimento.
O Programa visa fortalecer os sistemas de educação, saúde e assistência social;
capacitar conselheiros, gestores e técnicos dos sistemas dessas três áreas, para o
planejamento e execução de políticas públicas educacionais; e promover a formação
extensionista de estudantes de graduação do Campus do Guamá, por meio de várias
ações dos cursos de Medicina, Odontologia, Serviço Social, Pedagogia,
Enfermagem, Farmácia e Nutrição.
O Multicampi Social se desenvolve a partir de três subprojetos: Saúde e Educação,
Escola que Protege e Proinfância, este atuará, inicialmente, apenas no Município de
Breves e tem por objetivo prevenir casos de violência física e psicológica,
abandono, negligência, abuso e exploração sexual comercial e exploração do
trabalho infantil por meio da construção e fortalecimento da rede de proteção da
criança e adolescente. A primeira medida do Multicampi Social em Breves é a
implantação de um curso de Especialização em Políticas Públicas e Movimentos
Sociais, no campus da UFPA do município;
� Campus Flutuante — trata-se de uma iniciativa pioneira de mapeamento completo
de todas as áreas de rios da Amazônia para minimizar os desastres naturais, como
enchentes e desabamentos nas encostas dos rios. O Campus Flutuante é o resultado
maior de projetos anteriores, como o IFNOPAP: projeto integrado da UFPA, de
caráter interdisciplinar, denominado O Imaginário nas Formas Narrativas Orais
Populares da Amazônia, concebido no segundo semestre de 1995; embora exista na
forma de programa de pesquisa desde 1993. O IFNOPAP surgiu para investigar e
conhecer os mitos das florestas e rios da Amazônia e significar o imaginário na
forma narrativa, oral e popular da Amazônia. O projeto tem contribuído de forma
96
significativa para a formação acadêmica de alunos, tanto da graduação quanto da
pós-graduação.
� Riacho Doce: Surgiu em 1993, como alternativa para melhorar o problema de
segurança do Complexo Esportivo da Universidade Federal do Pará, que enfrentava
um processo desordenado de ocupação das áreas vizinhas.
No início, objetivou a aproximação com a comunidade através de turmas de
iniciação esportiva para crianças e adolescentes, levando à conscientização dos seus
responsáveis da necessidade de colaborarem na manutenção da segurança da
Instituição.
Em pouco tempo, o projeto ganhou outras dimensões, despertando o interesse de
mais participantes. Então, tornou-se necessário aumentar a estrutura existente, o que
só foi possível com a parceria, na época, da Secretaria de Esporte do MEC, depois
substituída pelo Instituto Nacional do Desenvolvimento do Desporto (INDESP) e
mais tarde também com o apoio do Instituto Ayrton Senna.
Hoje, o Projeto é uma proposta acadêmico-social de ação complementar à escola,
desenvolvido pelo Departamento de Educação Física do Centro de Educação da
UFPA, com o apoio do Instituto Ayrton Sena, do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Secretaria Nacional de
Esportes e do Banco da Amazônia (BASA). Seu principal objetivo é “dar
oportunidade para que crianças e adolescentes de 07 a 14 anos desenvolvam o seu
potencial pela busca da formação integral, com o aprimoramento de competência
pessoais, sociais e cognitivas para o sucesso na vida e na escola, capazes de
promover melhorias na qualidade de vida”. Esta atividade de extensão promove
uma forma de integração da Instituição com a comunidade residente no Campus
Universitário do Guamá, utilizando o esporte como eixo estruturador dos seus
projetos didáticos e oferecendo atividades esportivas, pedagógicas e arte-educativas,
complemento alimentar, além de atendimento odontológico e de enfermagem;
� Isenções ao pagamento das taxas de inscrição no PSS: cumprindo sua
responsabilidade social, a UFPA disponibiliza, anualmente, um número
significativo de isenções de pagamento à taxa de inscrição no seu Processo Seletivo
Seriado, aos candidatos considerados carentes — após análise das condições sociais
e econômicas daqueles que se inscrevem para concorrer a tal isenção.
97
Além dos registros aqui efetivados, o desenvolvimento humano, social e ambiental,
promovido pela UFPA, está presente nas demais dimensões, visto que o compromisso com a
responsabilidade social é transversal a todas as ações Institucionais.
98
5.6 COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE
A responsabilidade pelas atividades de comunicação na Universidade Federal do Pará
é atribuída a Assessoria de Comunicação Institucional (ASCOM), que procura desenvolver
esforços no sentido de expandir as ações de comunicação e adequá-las, de forma planejada e
diversificada, às novas demandas e tecnologias para atendimento às necessidades de
comunicação do público interno e externo. São objetivos da ASCOM: facilitar os processos
interativos e as mediações da Universidade com os seus diferentes públicos, a opinião pública
e a sociedade em geral; socializar o conhecimento científico, tecnológico e cultural gerado
pela UFPA; e criar mecanismos para sensibilizar a comunidade acadêmica, em todos os
níveis, quanto à necessidade de perceber a comunicação como fator estratégico à Instituição.
5.6.1 Instrumentos de Comunicação
� Jornal Beira do Rio — é o instrumento mais demandado para divulgação da
produção científica da UFPA e está consolidado como instrumento de divulgação
científica na região, haja vista que muitos dos temas abordados em suas matérias
são pautados pela grande imprensa para veiculação em matérias especiais. A
distribuição de sua tiragem, de 4 mil exemplares, também é feita para órgãos
públicos e privados, IES, etc. A recepção do jornal é muito boa tanto junto ao
público interno quanto externo, sendo, inclusive, procurado por pesquisadores de
fora do Estado. A versão on-line é acessível a todos e serve de pauta para a grande
imprensa;
� Portal da UFPA — consiste em estratégias de disponibilizar as informações da
Universidade em forma racional e dinâmica ao público. Foi implementado com
recursos avançados, apresenta-se como vitrine da UFPA na Internet, apoiado pelo
moderno Sistema On-line de Informação e Comunicação, com um design
contemporâneo, versátil e arrojado, onde toda a comunidade universitária participa
do sistema, atualizando o conteúdo virtual de forma descentralizada, dinâmica e em
tempo real;
� Informativo Eletrônico Acontece — é o canal de comunicação interna mais
demandada pela comunidade acadêmica para divulgação de ações administrativas,
eventos etc.;
� Rádio Web UFPA — tem a finalidade de divulgar a produção científica e
acadêmica à comunidade universitária. Com o slogan “Rádio WEB UFPA:
99
divulgando conhecimento”, funciona como instrumento pedagógico de socialização
do conhecimento produzido na Instituição A programação da Rádio é desenvolvida
por meio de propostas de programas próprios, a saber:
� UFPA Comunidade, no qual os projetos que beneficiam diretamente a
sociedade são os destaques;
� UFPA Debate, em que pesquisadores e demais representantes da
comunidade acadêmica e da sociedade em geral opinam sobre temas
contemporâneos;
� UFPA Pesquisa, o qual divulga as pesquisas desenvolvidas na Instituição;
� UFPA Ensino, onde são debatidos temas sobre diferentes temáticas
envolvendo o ensino superior, médio e fundamental;
� Universidade Multicampi, aborda a produção científica, acadêmica e cultural
do interior do Estado; e
� Acontece na UFPA, consiste num informativo diário voltado para
divulgação de eventos científicos e outras atividades de interesse da
comunidade acadêmica.
� Minuto da Universidade — programa semanal produzido pelo Projeto Academia
Amazônia e exibido pela Rede Bandeirantes/TV RBA. Seu objetivo é aproximar a
UFPA da comunidade e, prestar contas à população do seu produto acadêmico. É
um programa de divulgação para a sociedade do que é gerado na UFPA, em termos
de pesquisa e experimentos, a partir dos seus projetos de ensino, pesquisa e
extensão. Contribui com o corpo acadêmico, visto ser importante instrumento para
captação de recursos, prestação de contas e relatórios junto aos agentes
financiadores da pesquisa;
� Protocolo de Integração das IES do Pará — O Protocolo de Integração das
Instituições de Ensino Superior do Estado do Pará, criado em 27 de setembro de
2001, é uma iniciativa conjunta da Universidade Federal do Pará, Faculdade de
Ciências Agrárias do Pará, Universidade da Amazônia, Universidade do Estado do
Pará, Centro Universitário do Pará e Centro Federal de Educação Tecnológica do
Pará e tem por objetivo originário e fundamental congregar as participantes em
ações comuns de cooperação, visando a melhoria da qualidade do ensino e o
desenvolvimento e aprimoramento de todas as demais expressões da atividade
acadêmica no estado do Pará e na região amazônica.
100
Aberto à adesão de outras instituições congêneres, desde que cumpridos os pré-
requisitos básicos da participação, o Protocolo é uma iniciativa singular e inovadora, pois
articula instituições de ensino superior públicas e privadas sinalizando que, para além das
especificidades inerentes à diversidade de suas naturezas jurídicas, é a função social comum
— a educação — o elemento que permite criar unidade e coesão de propósitos entre as
signatárias.
Num contexto histórico em que a globalização da economia, a mundialização da
cultura e a planetarização da política impõem novas agendas e estratégias de inserção no
cenário nacional e mundial, esta opção por ações em rede por certo fortalece as instituições de
ensino e pesquisa da Região Norte do Brasil, abrindo caminhos alternativos à sua
consolidação, ao seu crescimento e consequente engajamento no processo de
desenvolvimento regional.
O Protocolo de Integração das IES do Pará tem por objetivos:
� Estabelecer, de forma planejada e sistemática, integração acadêmica e de
gerenciamento administrativo entre as entidades convenentes;
� construir uma rede de cooperação que permita ações conjugadas em favor do
desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão;
� favorecer iniciativas inovadoras e criativas, além de programas integrados
de atividades científicas e profissionais; e
� contribuir para o fortalecimento institucional dos pares e a melhoria da
qualidade de vida da sociedade paraense e da região amazônica.
� Rede Metropolitana de Belém (MetroBel) — A Universidade Federal do Pará
está na coordenação local do Projeto, que consiste na interligação de instituições
públicas e privadas de ensino e pesquisa de Belém e Ananindeua por meio de cabos
de fibra ótica utilizando tecnologia Gigabit Ethernet. É o primeiro sistema
institucional a operar com esse modelo no Brasil. A interligação dessas instituições
permite o aumento significativo da capacidade de tráfego de dados entre elas,
gerando novas aplicações, aumentando a colaboração em projetos
interinstitucionais e reduzindo custos com serviços de telecomunicações. Além de
possibilitar maior integração entre as instituições de ensino e pesquisa participantes,
a MetroBel possui as seguintes vantagens:
� Maior facilidade de acesso a serviços com Internet (bibliotecas digitais,
portais de conhecimento, repositórios de dados públicos etc.);
101
� implantação de uma infraestrutura de rede com alta capacidade,
proporcionando aumento da banda de acesso à Internet das instituições
participantes pelo menos uma centena de vezes;
� utilização e desenvolvimento de pesquisa de aplicações avançadas como:
videoconferências, ensino a distância, telefonia sobre Internet Protocol (IP),
tele-medicina; e
� redução de custos com serviços de telecomunicações, entre outras.
� Associação dos Amigos da UFPA — A Associação dos Amigos da UFPA é uma
associação civil, sem fins lucrativos, que tem por objetivo fundamental apoiar
projetos e ações que favoreçam o desempenho, a qualidade e uma melhor
ambientação da Universidade. Surgiu da idéia de resgatar e valorizar a importância
da UFPA para a sociedade, com o objetivo de fomentar, junto a cada cidadão, um
sentimento de “pertencimento” da UFPA — como um patrimônio da sociedade
paraense — e de constituir um fórum amplo da sociedade civil para debater e
formar uma organização sem fins lucrativos, visando à implementação dos
objetivos propostos.
O principal objetivo da Associação dos Amigos da UFPA é a captação de recursos
financeiros junto a pessoas físicas ou jurídicas para aplicação em ações de
recuperação e investimento em infraestrutura e, assim, mudanças de patamar da
qualidade das ações acadêmicas.
A criação da Associação dos Amigos da UFPA é uma idéia socialmente relevante.
Afinal, não há futuro promissor possível sem instituições sólidas que promovam
ensino superior de qualidade, ciência, tecnologia e inovação. Este é o papel da
UFPA.
Hoje, a Associação possui, aproximadamente, 310 amigos —18 pessoas jurídicas e
280 pessoas físicas — e doze empresas âncoras: Alumina do Norte do Brasil
(ALUNORTE), Vale, Albrás, Banco do Brasil, Nassau, Rede Celpa, Daime Crysler,
Mineração Rio do Norte, Centrais Elétricas do Norte do Brasil (ELETRONORTE),
Companhia Siderúrgica do Pará (COSIPAR), Grupo IMERYS e Grupo ALUBAR.
A meta é associar cinco mil pessoas físicas, 500 pessoas jurídicas e 20 empresas
âncoras. As entidades de classe são parceiras decisivas para a conquista de amigos
— cerca de 103 mil pessoas já passaram pela universidade ao longo de seus 49 anos
e a primeira idéia no segmento de pessoas físicas é buscar os egressos da UFPA.
A meta da associação é arrecadar mensalmente R$300.000,00.
102
No QUADRO 11 estão listadas algumas as obras já realizadas pela Associação dos
Amigos da UFPA.
1. Revitalização e recuperação de muros e do pórtico principal do Campus do Belém; 2. Revitalização do bosque Paul Le Doux; 3. Reforma do Ginásio de Esportes; 4. Recuperação e revitalização do Setor de Recreação e Atividades Estudantis; 5. Participação na Campanha “em defesa do patrimônio público”; 6. Recuperação das calçadas do Campus de Belém; 7. Construção do Restaurante Universitário do Profissional; e 8. Reforma do Ver-o-Pesinho do Profissional
Quadro 11 – Obras realizadas pela da associação dos amigos da UFPA.
5.6.2 Ouvidoria
Visando estabelecer um canal direto e permanente da sociedade com a Universidade,
em junho de 2006, por meio da Resolução nº 1.211, foi instituído o Serviço de Ouvidoria,
responsável pelo encaminhamento, à administração da UFPA, das interpelações individuais
ou coletivas de membros da sociedade civil e da comunidade universitária, em prol da
melhoria do serviço público prestado pela Instituição. São objetivos do Serviço de Ouvidoria
da UFPA:
� Assegurar a participação da comunidade na Instituição em vista do aperfeiçoamento
das atividades nela desenvolvidas;
� garantir ao cidadão/usuário resposta às suas manifestações;
� atuar com autonomia, transparência, imparcialidade e de forma personalizada no
controle da qualidade dos serviços e no exercício da cidadania; e
� encaminhar as demandas sobre o funcionamento administrativo e acadêmico da
Universidade, com o fim de contribuir para uma gestão institucional mais eficiente.
São atribuições do Serviço de Ouvidoria:
� Receber demandas – reclamações, sugestões, consultas ou elogios – de qualquer
origem, relativos a direitos e interesses individuais, coletivos e difusos;
� identificar as unidades envolvidas nas demandas, articulando junto a estas, o
encaminhamento das questões suscitadas pelo público;
� diligenciar junto às unidades envolvidas para que seja esclarecido o assunto e
corrigidas as falhas, quando for o caso;
� prestar ao público, com o auxílio das Unidades envolvidas no assunto, as demandas
solicitadas, observados os limites de sua competência e a legislação pertinente;
103
� registrar todas as solicitações encaminhadas a Ouvidoria e as respostas oferecidas
aos usuários, mantendo atualizadas as informações e estatísticas referentes às
atividades do setor; e
� sugerir às instâncias administrativas e acadêmicas medidas de aperfeiçoamento da
organização e do funcionamento da Instituição.
Mais do que dialogar, debater temáticas ou servir de fórum, a Universidade tem de
ouvir a sociedade para responder, concretamente, aos seus anseios, com os instrumentos de
que dispõe. Em uma região como a amazônica, caracterizada pela fragilidade da organização
social, pela pobreza da maioria da população, por uma crescente destruição dos recursos
naturais, a Universidade Federal do Pará atua como propulsora e líder de processos de
desenvolvimento, de fortalecimento da cidadania, enfim, como instituição a serviço da
sociedade.
104
5.7 POLÍTICAS DE PESSOAL, CARREIRA, APERFEIÇOAMENTO, CONDIÇÕES
DE TRABALHO
A Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoal (PROGEP), criada pelo
Conselho Universitário em junho de 2005, é responsável pela valorização e desenvolvimento
do servidor, mediante a proposição de políticas e diretrizes de pessoal articuladas com a
missão e os objetivos institucionais. Suas competências consistem em: (1) propor,
acompanhar e avaliar, em articulação com as unidades da UFPA, políticas e diretrizes
relacionadas ao desenvolvimento, à capacitação, saúde e qualidade de vida dos servidores; (2)
propor o desenvolvimento e implantar sistemas de informação de gestão de pessoas; e (3)
coordenar, anualmente, a elaboração de proposta orçamentária e o gerenciamento da execução
financeira relacionada às ações de gestão de pessoas. Para isso, a PROGEP apresenta em sua
configuração organizacional:
� Secretaria Executiva — secretariar as atividades da PROGEP e recepcionar as
pessoas que procuram o titular da PROGEP;
� Assessoria — assessorar a PROGEP e suas Unidades quanto ao planejamento,
pesquisa, implementação e avaliação das ações referentes à gestão de pessoas;
� Diretoria de Gestão de Pessoal — tem por finalidade manter atualizados os
registros referentes à vida funcional de servidores e pensionistas da UFPA, visando
à garantia de seus direitos e deveres e a subsidiar, com informações precisas e just-
in-time, o processo decisório nos vários níveis hierárquicos da Instituição;
� Diretoria de Desempenho e Desenvolvimento — sua missão é prover a Instituição
de pessoal qualificado, por meio do recrutamento e seleção, capacitação e
programas de gestão de melhoria do desempenho e carreira; e
� Diretoria de Saúde e Qualidade de Vida — seu alvo é a promoção da saúde integral
e segurança do servidor visando a sua qualidade de vida e à responsabilidade social
da Instituição junto à comunidade interna.
O Centro de Capacitação (CAPACIT) da Universidade Federal do Pará, subordinado à
PROGEP, tem como missão executar a política de capacitação da UFPA alinhada aos seus
objetivos estratégicos, visando, prioritariamente, a melhoria do desempenho dos servidores
(docentes e técnico-administrativos), abrangendo também servidores públicos de outros
órgãos, no sentido de aumentar a produtividade e qualidade no serviço público federal.
Concentra suas atividades na capacitação de docentes e técnico-administrativos da
UFPA, além de manter parcerias com órgãos públicos federais, dentre eles, a Escola Nacional
105
de Administração Pública (ENAP), visando a capacitação de servidores públicos federais do
Estado do Pará. Em 2008 houve o fortalecimento da parceria com a Escola Nacional de
Administração Pública, que continuou sua programação de cursos em Belém e nos campi de
Altamira e Bragança, tendo como novidade a realização de cursos à distância.
A TABELA 26 apresenta a quantidade de servidores capacitados da UFPA no período
de 2006 a 2008. Nela, observa-se que em todos os anos a maioria de servidores capacitados
refere-se aos técnico-administrativos. Por exemplo, no ano de 2008 observa-se que foram
capacitados 2.726 servidores da UFPA, sendo que 2.696 (98,90%) eram técnico-
administrativos.
Tabela 26 - Quantidade de servidores capacitados da UFPA no período de 2006 a 2008
2006 2007 2008 Servidores Quantidade % Quantidade % Quantidade %
Técnico-administrativos 593 93,68 1784 98,56 2696 98,90
Docentes 40 6,32 26 1,44 30 1,10
Total 633 100,00 1810 100,00 2726 100,00
Fonte: CAPACIT/Relatórios de Atividades.
Dentre os principais programas estratégicos voltados, para a capacitação dos
servidores e melhoria da qualidade de vida dos mesmos, destaca-se:
� Programa de Educação Continuada dos técnico-administrativos da UFPA (PEC
2007-2009) — iniciado pelo CAPACIT com a programação dos eventos de
aprendizagem 2007 promove o desenvolvimento de competências profissionais e
humanas do servidor técnico-administrativo, visando à sustentação das
competências organizacionais necessárias à consecução dos objetivos estratégicos;
� Programa Saúde e Qualidade de Vida — objetiva a promoção da saúde do servidor
(docentes e técnicoa-dministrativos) da UFPA e seus familiares com vistas a
executar ações de vigilância à saúde e qualidade de vida do servidor de forma
educativa e interativa, possibilitando a adoção de hábitos sadios no ambiente de
trabalho e em sua vida. Este Programa é constituído dos seguintes Programas:
� Programa Segurança e Saúde do Trabalhador — objetiva promover e
preservar a segurança no ambiente de trabalho, bem como preservar e
promover a saúde dos trabalhadores por meio das seguintes ações:
Campanhas de Vacinação; Atendimento em Perícia Médica; Atendimento
Nutricional; Curso Higiene e Segurança no Trabalho; Trabalho
106
Preventivo/FSM; Prevenção de CA; Programa SST em Campo; Semana de
Nutrição e Saúde; Campanha de Controle aos Distúrbios da Voz; Campanha
de Prevenção ao Câncer e Combate ao Fumo; Campanha de Combate ao
Stress e Depressão; Programa de Combate às DSTs, AIDS e Drogas; e
Campanha de Prevenção a LER/DORT.
� Programa Assistência Psicossocial ao Servidor — objetiva assistir ao
servidor e sua família por meio de ações preventivas, como: Curso
Interdisciplinar para Credenciamento na Área de Intervenção com
Drogaditos; Projetos Gestão das Finanças Pessoais e Familiares; Oficinas de
Relações Interpessoais; Rodas de Conversa; e Programa de Assistência
Psicossocial ao Servidor/PAPS.
� Programa Qualidade de Vida e Responsabilidade Social — promove ações
que garantam uma relação ética e transparente da instituição com os
servidores, seus familiares e a comunidade, garantindo espaços criativos,
inovadores e salutares no âmbito institucional. São do programa: Preparação
para Aposentadoria – Renovação da Vida; Ginástica Laboral Educativa;
Construindo o Saber Digital; De bem com a Vida; Música no Trabalho;
Coral Flor de Lótus; e Qualidade de Vida: Alimentação Saudável.
� Programa de Dimensionamento de Pessoal — iniciado em abril de 2006 e
concluído em 2008, com o objetivo de identificar e analisar, qualitativa e
quantitativamente, a força de trabalho da Instituição necessária às exigências das
unidades acadêmicas e administrativas e adequá-la à atual conjuntura.;
� Programa de Redimensionamento de Pessoal — por meio da análise dos resultados
obtidos com o Programa de Dimensionamento de Pessoal, foi elaborado o
Programa de Redimensionamento de Pessoal, que visa à reorganização estratégica
da sua força de trabalho e a melhoria na qualidade das atividades desenvolvidas
pelos técnico-administrativos. ou seja, a realocação do pessoal técnico-
administrativo de forma planejada e estratégica alinhada às necessidades
institucionais visando à reorganização estratégica da sua força de trabalho.
O Programa de redimensionamento prevê o acompanhamento mensal dos servidores
realocados. A primeira avaliação aponta que 80% dos servidores que participaram
de avaliação sobre o Programa afirmaram estar plenamente satisfeitos com as
mudanças e 75,38 deles acreditam que a nova lotação contribui para o seu
desenvolvimento profissional. Além disso, 76,19% dos gestores da UFPA
107
afirmaram que o redimensionamento ajudou a suprir as demandas de sua unidade e
80,95% consideram que o Programa potencializa o cumprimento da missão
institucional. Com base nestes resultados, identifica-se que a maioria dos técnico-
administrativos consultados apóia as medidas adotadas, as quais tiveram o objetivo
principal de valorizar as competências e habilidades individuais e a melhoria do
serviço público. Ressalta-se que a UFPA foi a única IFES a realizar esse trabalho e,
hoje, está sendo consultada pelo MEC e por outras IES sobre o modelo e a
metodologia adotados.
Para facilitar a gestão de pessoas, a UFPA também criou uma ferramenta
computacional que reúne as informações sobre o quadro de pessoal da Instituição e
permite que os dirigentes de cada unidade acadêmica e administrativa tenham
acesso a esses dados a fim de potencializar suas atividades de gestão.
� Programa de Avaliação de Desempenho dos servidores técnico-administrativos em
estágio probatório — permite o acompanhamento anual desses servidores com
vistas ao processo de desenvolvimento nas suas respectivas carreiras;
� Programa de Avaliação de Desempenho dos técnico-administrativos e dos
servidores em estágio probatório — desenvolvido para prover a Instituição de
pessoal qualificado, por meio do recrutamento e seleção, capacitação e programas
de gestão de melhoria do desempenho e carreira;
� Programa de Escolarização Básica — um dos principais objetivos da PROGEP é a
formação do corpo técnico-administrativo por meio da complementação de
escolaridade, incluindo o crescimento individual e coletivo e a sua formação ética;
� Programa Segurança e Saúde do Trabalhador — tem como objetivo promover e
preservar a segurança no ambiente institucional, controlando os riscos e a atividade
desenvolvida no setor de trabalho; e
� Programa Qualidade de Vida e Responsabilidade Social — objetiva promover
ações que garantam uma relação ética e transparente da Instituição com os diversos
públicos de interesse (servidores, familiares e a comunidade) por meio de espaços
criativos, inovadores.
Todas as ações realizadas pela Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas,
no período 2006-2008, refletiram as mudanças realizadas na área de gestão de pessoal da
UFPA, com avanços inestimáveis à gestão acadêmica e administrativa, e cumpriram o papel
de alicerce na melhoria da prestação dos serviços à comunidade universitária.
108
5.7.1 Corpo Docente e Corpo Técnico-Administrativo
O processo de recomposição da força de trabalho da UFPA nos últimos anos, tem-se
dado gradativamente nas categorias docente e técnico-administrativo. No ano de 2008, foram
realizados 21 concursos públicos (20 para docentes e 1 para técnico-administrativo) e
nomeados 341 novos servidores, sendo 155 docentes e 186 técnico-administrativo. Enquanto
que no mesmo ano, 73 docentes e 96 técnico-administrativos foram excluídos dos quadros da
instituição por motivos diversos, dentre eles, aposentadorias, óbitos e exonerações.
Com a supervisão da Coordenadoria de Capacitação/Diretoria de Pós-Graduação, a
UFPA prosseguiu o seu plano de capacitação, computando-se em 2008, um total de 297
docentes desenvolvendo pós-graduação, sendo 76 (setenta e seis) realizando cursos de
Mestrado, 221 (duzentos e vinte e um) de Doutorado e 24 (vinte e quatro) em estágio pós-
doutoral. Além desses docentes afastados para qualificação, docentes doutores cedidos ao
Governo do Estado do Pará para ocupar cargos estratégicos são excluídos do cálculo do
Índice de Qualificação do Corpo Docente (IQCD), pelos critérios estabelecidos pelo Tribunal
de Contas da União .
A TABELA 27 apresenta o IQCD da UFPA no período de 2006 a 2008. Nela,
observa-se um aumento de 0,16 pontos nos últimos três anos. Fatores determinantes para esse
aumento referem-se à implementação de uma Política Institucional maciça e permanente de
qualificação do corpo docente; e a política de contratação de docentes para as IFES,
estabelecida pelo MEC, com a exigência da titulação de doutor, que em algumas situações
pode ser flexibilizada para a titulação de mestre.
Tabela 27 - IQCD da UFPA no período de 2006 a 2008
Ano 2006 2007 2008
IQCD 3,60 3,68 3,76
Fonte: DEINFI/PROPLAN/2008.
A TABELA 28 apresenta a quantidade e o percentual de docentes efetivos da
educação superior, por titulação, no período de 2006 a 2008. Nela, verifica-se que em 2006, a
UFPA possuía em seu quadro de docentes da graduação 1.783 docentes e 1.858 em 2008, o
que representa um acréscimo de 4,21% no número de docentes. Quanto à titulação, em 2006
o quadro de mestres e de doutores era de 709 e 745, respectivamente. Em 2008, o número de
mestres caiu para 701 e o número de doutores aumentou pra 883.
109
Tabela 28 - Quantidade e percentual de docentes efetivos da educação superior da UFPA por titulação no período de 2006 a 2008.
2006 2007 2008 Titulação Quantidade % Quantidade % Quantidade %
Graduação 87 4,88 75 4,22 77 4,14
Especialização/Aperfeiçoamento 242 13,57 219 12,33 197 10,60
Mestrado 709 39,76 693 39,02 701 37,73
Doutorado 745 41,79 789 44,43 883 47,53
Total 1.783 100,00 1.776 100,00 1.858 100,00
Fonte: Fita Espelho SIAPE/2008 - DEINF/PROPLAN.
O GRÁFICO 35 apresenta o percentual de docentes efetivos da Educação Superior da
UFPA por titulação no período de 2006 a 2008. Nele, constata-se um acréscimo de 6% no
percentual de doutores e um decréscimo de 2% no percentual de mestres no ano de 2008 em
relação ao ano de 2006.
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
2006 2007 2008
4,88 4,22 4,14
13,57 12,3310,60
39,76 39,0237,73
41,7944,43
47,53
Pe
rce
ntu
al
Anos
Graduação
Espec./Aperf.
Mestrado
Doutorado
Gráfico 35 - Percentual de docentes efetivos da educação superior da UFPA por titulação no período de 2006 a 2008.
A TABELA 29 apresenta a quantidade e o percentual de técnico-administrativos da
UFPA por escolaridade/titulação no período de 2006 a 2008. Nela, verifica-se que a UFPA
possuía 2.370 servidores técnico-administrativos em 2006 e 2.453 em 2008, o que representa
um aumento de 3,5% no número de técnico-administrativos. Verifica-se, ainda, que em 2008
houve um acréscimo de 57,14% e de 113,21% no número de doutores e de mestres,
respectivamente, em relação ao ano 2006.
110
Tabela 29 - Quantidade e percentual de técnico-administrativos da UFPA por Escolaridade/Titulação no período de 2006 a 2008
2006 2007 2008 Escolaridade/ Titulação Quantidade % Quantidade % Quantidade %
Doutorado 7 0,30 11 0,48 11 0,45
Mestrado 53 2,24 107 4,69 113 4,61
Especialização/ Aperfeiçoamento
289 12,19 576 25,25 612 24,95
Graduação 812 34,26 499 21,88 612 24,95
Ensino Médio 992 41,85 924 40,51 940 38,31
Ensino Fundamental 217 9,16 164 7,19 165 6,73
Total 2.370 100,00 2.281 100,00 2.453 100,00
Fonte: Fita Espelho SIAPE/2008 - DEINF/PROPLAN.
Considerando a defasagem histórica acumulada de pessoal e a expansão das unidades
descentralizadas e atividades implementadas nos últimos anos pela UFPA, de uma maneira
geral, o quadro docente e técnico-administrativo desta Instituição vem se recompondo
lentamente, mas de forma positiva. No ano de 2008, quase todas as unidades acadêmicas e
administrativas da UFPA tiveram seus quadros reforçados.
111
5.8 ORGANIZAÇÃO E GESTÃO
A Universidade Federal do Pará é uma instituição pública de educação superior,
organizada sob a forma de autarquia especial, criada pela Lei nº 3.191, de 2 de julho de 1957,
estruturada pelo Decreto nº 65.880, de 16 de dezembro de 1969, modificado pelo Decreto nº
81.520, de 4 de abril de 1978.
A UFPA goza de autonomia didático-científica, disciplinar, administrativa e de gestão
financeira e patrimonial, nos termos da lei e do seu Estatuto. Caracteriza-se como
universidade multicampi, com atuação no Estado do Pará e foro legal na cidade de Belém.
São instrumentos institucionais da Universidade Federal do Pará: a legislação federal
pertinente; o Estatuto; o Regimento Geral; o Plano de Desenvolvimento Institucional; as
resoluções dos órgãos colegiados de deliberação superior; e os regimentos das unidades.
O modelo estratégico de gestão adotado pela UFPA, organizado em cinco metas
estratégicas, abrange a integração entre planejamento e execução, em todos os níveis da
instituição: a descentralização e a desburocratização dos procedimentos, tanto na área
acadêmica quanto na administrativa; a implantação de um sistema de informações como
suporte à tomada de decisões, em todos os níveis da organização; a avaliação institucional
permanente, com a adoção do controle por resultados e a disponibilização de informações
institucionais, como forma de imprimir transparência aos atos dos gestores.
Uma das atitudes relevantes da atual administração refere-se ao empenho em
modernizar a sua gestão, utilizando-se de tecnologia avançada, com vistas a democratizar, em
princípio, o acesso ao conhecimento produzido, não apenas no Estado do Pará, mas também
àquele existente sobre a Amazônia, de autoria das demais Instituições de Ensino Superior
(IES) e/ou institutos de pesquisa situados na região. Para tanto, foi criado um espaço virtual
sob o título: Portal da Amazônia: navegando entre o rio e a floresta, onde a Academia está
representada com a produção de todas as áreas do conhecimento. O Portal constituir-se em
espaço sistematizador de informações sobre a Amazônia, em níveis acadêmico, econômico
financeiro e sócio cultural, tendo como núcleo de referência a UFPA, instituições de ensino e
pesquisa e empresas envolvidas com o desenvolvimento da região.
A gestão colegiada tem sido adotada, em todas as decisões sobre temas relevantes na
Instituição, como a reformulação do Estatuto, a adesão da UFPA ao Programa de Apoio a
Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais e o novo Regulamento de
Ensino de Graduação.
112
Os órgãos de administração superior da UFPA são responsáveis pela superintendência
e definição de políticas gerais, referentes às matérias acadêmicas e à administração, em
interação com os demais órgãos universitários. A Reitoria é o órgão executivo superior, a qual
cabe a superintendência, a fiscalização e o controle das atividades, competindo-lhe estabelecer
as medidas regulamentares cabíveis. A Reitoria é integrada pelo Reitor, Vice-Reitor,
Secretaria Geral e Assessorias Especiais.
A UFPA promove a integração entre o ensino, a pesquisa e a extensão, especialmente
por meio: dos projetos pedagógicos dos cursos; de programas de apoio institucional, de
parcerias com agentes nacionais e internacionais; do intercâmbio com instituições,
estimulando a cooperação em projetos comuns; da ampla divulgação de resultados dos
programas/projetos de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidos em suas unidades; e da
realização de congressos, simpósios, fóruns, seminários e jornadas, dentre outros, para estudo
e debate de temas culturais, científicos e tecnológicos.
Com a base de informações avançada e um sistema mais completo de produção e
armazenamento de dados, o Sistema de Informações para o Ensino, houve mudança no
modelo de gestão institucional. Dessa maneira, a UFPA passou a experimentar uma dinâmica
de aperfeiçoamento progressivo de suas fontes de informação e de formulação de indicadores,
permitindo melhor avaliação e planejamento de suas atividades. A administração inovou com
a criação da Agenda de Compras, com a terceirização dos projetos de arquitetura e
engenharia, da manutenção predial e das áreas urbanas externas, com a modernização do
sistema de vigilância.
A gestão colegiada implantada na UFPA incentivou e apoiou a criação e o
fortalecimento de diversos Fori constituídos na UFPA. Foram criados os Fori: dos Dirigentes;
dos Coordenadores dos Campi do interior; dos Diretores de Centros e Coordenadores de
Núcleos; da Pós-Graduação; das Licenciaturas, dos Coordenadores de Planejamento Gestão e
Avaliação, etc., que passaram a discutir e a deliberar, de forma colegiada, os assuntos de
interesses comuns de cada instância, fortalecendo a participação das unidades acadêmico-
administrativas no processo decisório da UFPA.
Diante das restrições orçamentárias, da necessidade de revisão dos critérios até então
adotados e dentro de uma visão de universidade-rede — de integração entre os seus campi —,
a UFPA desencadeou uma série de estudos e de reuniões no interior do Estado, que
culminaram com a criação do modelo de universidade multicampi para, dentre outras ações:
promover a implantação de novos cursos de graduação no interior; implantar programas de
pós-graduação nos pólos do interior; modernizar a gestão acadêmico-administrativa; dotar os
113
campi de pessoal técnico-administrativo; dotar os campi de equipamentos adequados e
promover a melhoraria de infraestrutura; e estabelecer novas relações institucionais entre os
campi.
A natureza e os procedimentos orientadores do novo modelo estabelecem princípios
que norteiam a gestão da universidade multicampi. São eles: oferta de ensino público, gratuito
e com qualidade; flexibilidade curricular; integração com a sociedade civil e cooperação
interinstitucional; e atenção às especificidades regionais.
Ao definir e implantar um modelo de universidade multicampi, a UFPA assumiu como
escopo o avanço social e econômico da região, respeitando o ideário do desenvolvimento
sustentável e investiu em um modelo alternativo de gestão acadêmica voltado para o
desenvolvimento do Estado. Hoje, a UFPA está presente em 10 campi contribuindo com a
diminuição das diferenças regionais, conseqüentemente com o progresso do Estado do Pará e
firmou-se como referência nacional e internacional nas atividades de ensino, pesquisa e
extensão na Amazônia.
Os Conselhos Superiores são órgãos de consulta, de deliberação e de recurso no
âmbito da UFPA.
O Conselho Universitário é o órgão máximo de consulta e deliberação da UFPA e sua
última instância recursal. É constituído pelo Reitor, como presidente; pelo Vice-Reitor; e
pelos membros que compõem o Conselho Superior de Ensino e Pesquisa e o Conselho
Superior de Administração. Entre as suas atribuições destacam-se: aprovar e supervisionar a
política de desenvolvimento e expansão universitária expressa em seu Plano de
Desenvolvimento Institucional; estabelecer a política geral da UFPA em matéria de
administração e gestão orçamentária, financeira, patrimonial e de recursos humanos; criar,
desmembrar, fundir e extinguir Órgãos e Unidades da UFPA; e julgar os recursos interposto
contra decisões do CONSEP e do CONSAD.
O CONSEP é o órgão de consultoria, deliberação e supervisão em matéria acadêmica.
Os membros do CONSEP são: o Reitor, como presidente; o Vice-Reitor; os Pró-Reitores; o
Prefeito do Campus; os representantes docentes das Unidades Acadêmicas, da Escola de
Aplicação e dos campi do interior; os representantes dos servidores técnico-administrativos;
os representantes discentes da graduação e da pós-graduação; os representantes do Diretório
Central dos Estudantes; e os representantes sindicais. Suas atribuições, entre outras, são:
aprovar as diretrizes, planos, programas e projetos de caráter didático-pedagógico, culturais e
científicos, de assistência estudantil e seus desdobramentos técnicos e administrativos; fixar
normas complementares às do Estatuto e do Regimento Geral em matéria de sua competência;
114
e decidir sobre criação e extinção de cursos. O CONSEP toma suas decisões com base em
pareceres emitidos por suas câmeras permanentes ou comissões especiais.
O CONSAD é o órgão de consultoria, supervisão e deliberação em matéria
administrativa, patrimonial e financeira. Os seus membros são: o Reitor, como presidente; o
Vice-Reitor; os Pró-Reitores; o Prefeito do Campus; os coordenadores de campi do interior;
os Diretores Gerais de Unidades Acadêmicas e de Unidades Acadêmicas Especiais; os
representantes dos servidores técnico-administrativos; os representantes discentes da
graduação e da pós-graduação; os representantes da sociedade civil; os representantes do
Diretório Central dos Estudantes; os representantes sindicais. As suas atribuições, entre
outras, consistem em propor e verificar o cumprimento das diretrizes relativas ao
desenvolvimento de pessoal e à administração do patrimônio, do material e do orçamento da
Universidade; assessorar os órgãos da administração superior nos assuntos que afetam a
gestão das Unidades; e apreciar proposta orçamentária. O CONSAD toma suas decisões com
base em pareceres emitidos por suas câmeras permanentes ou comissões especiais.
São órgãos dos Conselhos Superiores: a presidência, exercida pelo Reitor ou seu
substituto legal; o plenário, constituído pelos conselheiros presentes às reuniões regulamente
convocadas e instaladas; as câmeras permanentes, para estudo de matérias correntes
submetidas a seu exame, por iniciativa da presidência ou por deliberação do plenário; e as
comissões especiais, para estudo de matérias específicas, constituídas por iniciativa da
presidência ou por deliberação do plenário. Os Conselhos Superiores têm o apoio de uma
Secretaria geral.
A Unidade Acadêmica é órgão interdisciplinar que realiza atividades de ensino,
pesquisa e extensão, oferecendo cursos regulares de graduação e/ou pós-graduação. As
Unidades Acadêmicas são os Institutos e os Núcleos.
Os Institutos são unidades acadêmicas de formação profissional em graduação e pós-
graduação, em determinada área do conhecimento, de caráter interdisciplinar, com autonomia
acadêmica e administrativa.
Os Núcleos são unidades acadêmicas dedicadas a programa regular de pós-graduação,
de caráter transdisciplinar, preferencialmente em questões regionais, com autonomia
acadêmica e administrativa.
A Congregação é o órgão colegiado máximo das Unidades Acadêmicas, de caráter
consultivo e deliberativo. Compõem a Congregação: o Diretor-Geral da Unidade Acadêmica,
como presidente; o Diretor Adjunto; os Diretores e Coordenadores de subunidades
115
acadêmicas; e os representantes dos servidores docentes, técnico-administrativos e do corpo
discente da Unidade.
A subunidade acadêmica é órgão é órgão da Unidade Acadêmica dedicado a curso de
formação num campo específico do conhecimento. São subunidades acadêmicas nos
Institutos: a Faculdade (subunidade acadêmica integrada por curso de graduação); a Escola
(subunidade acadêmica integrada por curso de graduação e por curso técnico; e o Programa de
Pós-Graduação (subunidade acadêmica integrada por curso regular de pós-graduação. São
subunidades acadêmicas nos Núcleos: O Programa de Pós-Graduação, preferencialmente
transdisciplinar.
Os órgãos colegiados das subunidades acadêmicas são: o Conselho, em Faculdades e
Escolas; o Colegiado, em Programas de Pós-Graduação.
De acordo com o Estatuto da UFPA o órgão colegiado da subunidade acadêmica tem a
prerrogativa de deliberar sobre as atribuições que lhe competem, dentre as quais: elaborar,
avaliar e atualizar projetos pedagógicos dos cursos sob sua responsabilidade; planejar, definir
e supervisionar a execução das atividades de ensino, pesquisa e extensão e avaliar os Planos
Individuais de Trabalho dos Docentes; propor à Unidade Acadêmica critérios específicos para
a avaliação do desempenho e da progressão de servidores, respeitadas as normas e políticas
estabelecidas pela Universidade; coordenar e executar os procedimentos de avaliação do
curso; e elaborar a proposta orçamentária e o plano de aplicação de verbas, submetendo-os à
Unidade Acadêmica.
116
5.9 INFRAESTRUTURA FÍSICA E RECURSOS DE APOIO
A recuperação do espaço físico e a aquisição de equipamentos para o desenvolvimento
das atividades acadêmicas da UFPA exigiram da atual gestão um esforço substancial para a
captação de recursos provenientes de diversas fontes — Tesouro, Próprios e Convênios —
visando ao financiamento das ações estabelecidas em seu Plano de Desenvolvimento 2001–
2010, mais especificamente no eixo estruturante Ambiente Adequado. Para tanto, foram
fixadas prioridades contemplando todos os Campi e elaborados projetos de forma
compartilhada entre a Prefeitura Multicampi e as unidades acadêmico-administrativas, que
resultaram na transformação das condições de infraestrutura.
O GRÁFICO 36 apresenta a área física, em m2, construída, reformada e adaptada no
período de 2006 a 2008. Nele, observa-se que com a realização e a reforma de obras de
engenharia, tais como: construção, ampliação e revitalização de salas de aula, laboratórios,
bibliotecas, auditórios, hospital veterinário, clínicas veterinárias, piscina, quadra
poliesportiva, dentre outras, utilizou-se uma área física de, aproximadamente, 204 mil m2 nos
últimos 3 anos.
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
2006 2007 2008
48.890,22 45.081,76
110.254,26
Gráfico 36 - Área física construída, reformada e adaptada em m2 no período de 2006 a 2008. Fonte: Prefeitura - Diretoria de Espaço Físico.
O GRÁFICO 37 apresenta os investimentos em infraestrutura no período de 2006 a
2008. A partir daí, verifica-se que o total de investimentos nesse período foi de,
aproximadamente, R$ 68.470.000,00 (sessenta e oito milhões quatrocentos e setenta mil
reais). Dentre os quais, R$ 40.970.000,00 (quarenta milhões, novecentos e setenta mil reais),
foram destinados à construção, reforma e revitalização dos espaços físicos, e R$
27.500.000,00 (vinte e sete milhões quinhentos mil reais) à aquisição de equipamentos.
117
0
5.000.000
10.000.000
15.000.000
20.000.000
25.000.000
2006 2007 2008
9.938.256
23.079.061
7.950.4457.886.768
10.819.3778.795.860
Construção/Reforma Aquisição de Equipamentos Gráfico 37 - Investimentos em infraestrutura no período de 2006 a 2008. Fontes: DEFIN/PROAD e DEPLAN/PROPLAN.
Dentre os investimentos em infraestrutura física, destacam-se:
Campus de Bragança - Curso de Engenharia de Pesca
Ilustração 1 – Fotografias do prédio, de pavilhões de salas de aula e de laboratórios.
Campus de Castanhal – Projeto de Expansão das IFES
Ilustração 2 – Fotografias do hospital e clínica veterinária, da quadra poliesportiva e da piscina semiolímpica.
118
Campus II de Marabá – Projeto de Expansão das IFES (Convênio UFPA/CVRD)
Ilustração 3 – Laboratórios e salas de aula dos de Engenharia de Minas e Meio Ambiente, de Engenharia de Materiais e cantina multiuso.
5.9.1 Sistema de Bibliotecas da UFPA
A TABELA 30 apresenta o número de bibliotecas do SIBI/UFPA por áreas de
conhecimento no ano de 2008. Nela, verifica-se que a UFPA possui um Sistema de
Bibliotecas composto por 34 bibliotecas8, sendo uma Central e trinta e três setoriais,
distribuídas pelas Unidades Acadêmicas dos 10 (dez) Campi. Possui uma área construída de
11.612,72 m2.
Tabela 30 - Número de bibliotecas do SIBI/UFPA por áreas de conhecimento no ano de 2008
Áreas de Conhecimento Quantidade
Ciências Agrárias (NCADR) 1
Ciências Biológicas (ICB) 1
Ciências da Saúde (ICS, NMT, HUJBB, Odontologia) 4
Ciências Exatas e da Terra (Física, ICEN, NPADC, IG) 4
Ciências Humanas (IFCH) 1
Ciências Sociais e Aplicadas (ICSA, ICJ, ICE, NAEA) 4
Engenharia & Tecnologia - Engenharias (Elétrica, Mecânica, Química) e Arquitetura 4
Lingüística, Letras e Artes (ILC, Esc. Teatro e Dança, Museu da UFPA) 3
Geral (Biblioteca Central, Escola de Aplicação, Outros campi* 12
Total 34
Fonte: Biblioteca Central – dez/08. *: Abaetetuba, Altamira, Bragança, Breves, Cametá, Castanhal, Marabá (I e II), Santarém e Soure.
A TABELA 31 apresenta o acervo do sistema das bibliotecas – SIBI/UFPA, existentes
até dezembro de 2008. A partir daí, verifica-se um acervo9 composto por mais de 858.000
8 A Biblioteca de Pós-Graduação em Química foi desativada e a transferência do seu acervo está sendo viabilizada para a Biblioteca do Instituto de Ciências Exatas e Naturais e Biblioteca do Núcleo de Meio Ambiente ainda não foi criada. 9 A partir de 2005, os acervos da Biblioteca Central de livros, Coleções Eneida, Santana Marques, Jaime Cardoso e Frederico Barata, folhetos, dissertações, teses, Coleção Amazônia, obras raras, fitas VHS, DVD e obras de
119
volumes, incluindo todos os tipos de materiais (livros, periódicos, dissertações, teses, obras
raras, fotografias, mapas, disquetes, fitas de vídeo, CD-Roms, DVDs etc.), nos diversos
suportes (impresso, digital, eletrônico, on line).
Tabela 31 - Acervo do sistema das bibliotecas – SIBI/UFPA, existentes até dezembro de 2008
Biblioteca Central10 Bibliotecas
Setoriais campus Belém
Bibliotecas Setoriais Outros
campi
Total Geral SIBI/UFPA Tipo de
Material
Títulos Exemplares Títulos Exemplares Títulos Exemplares Títulos Exemplares
Livros 45.473 133.623 62.042 98.213 36.877 86.460 144.392 318.296
Coleção Eneida
1.508 1.554 0 0 0 0 1.508 1.554
Coleção Santana Marques
53 66 0 0 0 0 53 66
Coleção Jaime Cardoso
12 15 0 0 0 0 12 15
Coleção Frederico Barata
1 1 0 0 0 0 1 1
Coleção Silveira Netto
7 7 0 0 0 0 7 7
Obras de Referência
1.102 3.914 0 0 0 0 1.102 3.914
Folhetos 199 482 0 0 0 0 199 482
Periódicos Impressos11
5.411 334.832 5.869 124.570 1.247 8.283 12.527 467.685
Artigos de periódicos
151 151 0 0 0 0 151 151
Coleção Amazônia
2.577 6.197 0 0 0 0 2.577 6.197
Obras Raras 1.041 1.410 0 0 0 0 1.041 1.410
Dissertações 2.670 2.939 4.057 5.571 356 401 7.083 8.911
Teses 570 822 1.075 1.345 73 85 1.718 2.252
Normas Técnicas
87 92 0 0 0 0 87 92
Mapas 735 735 1.580 2.815 58 58 2.373 3.608
Discos 102 133 0 0 0 0 102 133
Fitas de áudio
65 65 19 19 0 0 84 84
referência foram quantificados tendo como referência o software Pergamum, ou seja, o acervo automatizado. O objetivo é demonstrar o número mais real possível de obras existentes e disponíveis aos usuários. 10 O total do acervo incorporado na Biblioteca Central, em 2008 é de 8.201 exemplares não estando incluídos neste total os fascículos de periódicos. A soma do total acumulado dos dados armazenados por tipo de material ainda não corresponde à realidade, em virtude dos constantes ajustes nos registros que migraram da base anterior, resultando no remanejamento de alguns códigos de acervos para outros. Assim sendo, até que todos os registros sejam revisados, poderá ocorrer alteração no resultado final. 11 No ano de 2008 foi realizada a primeira etapa do inventário de títulos de periódicos impressos existentes na Biblioteca Central e constatou-se o número real existente de 3.954 títulos armazenados no Espaço dos Serviços e Coleção de Periódicos da BC. A segunda etapa é o inventário dos títulos registrados na BC e enviados às Bibliotecas dos Institutos, Núcleos etc. Por essa razão decidiu-se permanecer com o mesmo dado de 2007, sendo ajustado após a conclusão dos trabalhos.
120
Biblioteca Central10 Bibliotecas
Setoriais campus Belém
Bibliotecas Setoriais Outros
campi
Total Geral SIBI/UFPA Tipo de
Material
Títulos Exemplares Títulos Exemplares Títulos Exemplares Títulos Exemplares
Fitas VHS 705 837 970 1.080 305 335 1.980 2.252
Fotografias 1.109 1.109 0 0 0 0 1.109 1.109
Fotografias aéreas
0 0 4.261 6.073 0 0 4.261 6.073
Disquetes 44 162 172 244 14 23 230 429
CD-Roms 6 16 1.166 1.439 234 427 1.406 1.882
DVD 11 15 146 154 348 366 505 535
Bases de Dados
47 47 0 0 0 0 47 47
Relatórios Técnicos12
0 0 1.702 2.931 101 101 1.803 3.032
Outros Materiais13
21 26 20.615 22.842 4.665 5.686 25.301 28.554
Total 63.707 489.250 103.674 267.296 44.278 102.225 211.659 858.771
Fonte: Biblioteca Central e Relatórios das Bibliotecas dos campi Belém e Interior.
O GRÁFICO 38 apresenta o acervo do sistema das bibliotecas – SIBI/UFPA no
período de 2006 a 2008. Nele, verifica-se que houve um acréscimo de 4,56% no número de
exemplares no ano de 2008 em relação ao ano de 2006. Em relação ao número de títulos,
houve um acréscimo de 8,53% no mesmo período.
0
100.000
200.000
300.000
400.000
500.000
600.000
700.000
800.000
900.000
2006 2007 2008
195.031 196.220 211.659
821.295 822.377 858.771
Títulos Exemplares Gráfico 38 - Acervo do sistema das bibliotecas – SIBI/UFPA no período de 2006 a 2008. Fonte: Biblioteca Central.
O GRÁFICO 39 apresenta os recursos do tesouro aplicados na aquisição de acervos no
período de 2006 a 2008. Nele, verifica-se que houve um investimento de R$ 3.021.195,00
12 Relatórios de Pesquisa, de Campo, de Viagens, etc. 13 Convencionais e não convencionais (Folhetos, TCC, Trabalhos de Conclusão de Curso de Especialização, Slides, Planta-baixa, Projetos, Imagem de Radar etc.).
121
(três milhões, vinte e um mil, cento e noventa e cinco reais) para aquisição de acervos nesses
três anos.
0
200.000
400.000
600.000
800.000
1.000.000
1.200.000
1.400.000
1.600.000
2006 2007 2008
425.198
1.484.075
1.111.922
Gráfico 39 - Recursos do tesouro destinados à aquisição de acervos no período de 2006 a 2008 Fontes: Biblioteca Central e DEPLAN/PROPLAN
122
5.10 PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO
5.10.1 Coerência do Planejamento e Avaliação
A Universidade Federal do Pará, nos últimos anos, vem se estruturando fortemente na
área do planejamento e gestão, de modo a criar uma cultura administrativa que se antecipe às
oportunidades conjunturais e minimize as ameaças do ambiente externo. Para tanto, elaborou
e aprovou um plano estratégico de médio prazo, um plano de gestão com desdobramentos no
nível tático e sistemas operacionais corporativos que vêm apoiando a gestão planejada de
forma determinante.
Com objetivo de sistematizar a avaliação institucional, a UFPA criou, em abril de
2006, o Departamento de Avaliação Institucional, unidade da Pró-Reitoria de Planejamento e
Desenvolvimento, responsável por “coordenar e executar a política de avaliação interna da
UFPA e de definir procedimentos técnicos a serem adotados para a execução das ações de
autoavaliação”.
A criação do Departamento de Avaliação Institucional é o desdobramento de um
processo iniciado em 1995, quando a UFPA vinculou suas ações de avaliação interna ao
Programa Nacional de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras (PAIUB) a partir
de seu Projeto de Avaliação Institucional.
Em setembro de 1993, realizou-se o seminário sobre planejamento universitário e
avaliação do ensino com o título: Universidade: o desafio da qualidade. Esse seminário foi
um marco importante na obtenção de subsídios para a elaboração de uma proposta de
Avaliação para Universidade Federal do Pará. Das análises e reflexões demandadas após a
realização desse seminário, decidiu-se realizar uma pesquisa social na UFPA, com a
finalidade de estabelecer metodologicamente os parâmetros que permitiriam uma análise
crítica das avaliações desenvolvidas internamente em algumas unidades acadêmicas. Surge,
então, o Projeto de Avaliação institucional da UFPA (PROAVI). O PROAVI permitiu uma
avaliação participativa de docentes, técnico-administrativos e alunos, bem como o
conhecimento da realidade acadêmica no que se refere ao ensino, à pesquisa, à extensão e à
gestão. Esse projeto proporcionou a definição de diretrizes capazes de favorecer o pleno
desenvolvimento institucional e foi implementado nos Campi Universitários de Abaetetuba,
Altamira, Belém, Bragança, Cametá, Castanhal, Marabá e Santarém, por meio de entrevistas e
de aplicação de formulários.
Outra iniciativa de avaliação surge em 1998, por ocasião da criação do “Fórum de
Acadêmicos”, que se constituiu em um espaço de debates entre os alunos dos cursos de
123
graduação da instituição, em que um dos pontos abordados foi a sugestão de medidas que
visassem à melhoria da qualidade de ensino dos Cursos de Graduação e do processo de
aprendizagem.
Com o processo de adequação e de integração do seu Programa de Avaliação
Institucional ao SINAES a UFPA constitui sua Comissão Própria de Avaliação. E em 2005,
instituiu a Assessoria Especial de Avaliação Institucional (ASSEAI), com a finalidade de
propor ações destinadas à superação das dificuldades no processo avaliativo e de propor
procedimentos, mecanismos, metodologias e instrumentos para a avaliação interna da UFPA.
Em 2006, a Administração Superior da UFPA iniciou um processo de reestruturação e
ampliação de suas ações de avaliação, que culminou com a extinção da Assessoria Especial de
Avaliação Institucional e a criação do Departamento de Avaliação Institucional, unidade
vinculada à Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento e integrada pela Divisão de
Autoavaliação e pela Divisão de Instrumentação e Estatística. Ao criar um Departamento de
Avaliação Institucional, a UFPA materializa um dos principais objetivos preconizados em seu
Plano de Desenvolvimento Institucional e se organiza, assim, a responder aos desafios da
eficiência e da qualidade que serão cada vez mais exigidos nos quadros dinâmicos do século
XXI, além de oferecer à sociedade em geral maior transparência administrativa.
5.10.2 Autoavaliação Institucional
A adequada implantação de uma política de avaliação institucional na UFPA, a
implantação e implementação de um processo permanente de avaliação voltado para a
instituição como um todo e a obtenção de resultados satisfatórios estão pautados em alguns
requisitos básicos, a saber: (1) compromisso explícito por parte dos dirigentes; (2)
envolvimento direto e coletivo da comunidade acadêmica nos diferentes momentos do
processo de avaliação; (3) existência de uma equipe de coordenação; (4) informações válidas
e confiáveis; (5) participação de membros da comunidade externa; e (6) uso efetivo dos
resultados.
Implantar uma política de avaliação institucional não é tarefa simples. O esforço neste
sentido é recompensado pela construção de um processo contínuo de aperfeiçoamento do
desempenho acadêmico, do planejamento da gestão institucional e de prestação de contas à
sociedade. Esses procedimentos são concretizados na UFPA mediante a articulação entre as
atividades-meio e as atividades-fim e tendo por base os seguintes princípios estratégicos:
� democracia e participação;
� globalidade;
124
� gradualidade;
� legitimidade;
� respeito à identidade institucional; e
� transparência.
Cada um desses princípios contribui significativamente para que o processo de
autoavaliação da UFPA seja o mais abrangente, transparente e fidedigno possível.
As dimensões consideradas no processo de avaliação interna na UFPA são aquelas
estabelecidas pelo SINAES, e outras consideradas relevantes pelos atores envolvidos, tendo
em vista a compreensão da missão, identidade institucional e especificidades institucionais.
Para cada dimensão, são definidos: unidades responsáveis, periodicidade, concepção
ou princípios norteadores, procedimentos para levantamento de informações, instrumentos de
coleta de dados, procedimentos para análise das informações e sistema eletrônico on-line para
transferência das informações ao DEAVI. As informações produzidas e analisadas são
integradas, na etapa seguinte, para que então se possa elaborar um diagnóstico mais completo
de cada área e da instituição como um todo.
A gestão da avaliação institucional no âmbito da UFPA é exercida de forma
compartilhada pela Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional e pela
Comissão Própria de Avaliação da UFPA. Nas unidades acadêmicas e administrativas e nas
demais unidades de ponta, a execução das atividades de avaliação se dá por meio das
Coordenadorias de Planejamento Gestão e Avaliação.
A PROPLAN, por meio do seu Departamento de Avaliação Institucional, coordena e
executa a política de avaliação interna e define procedimentos técnicos a serem adotados para
a execução das ações de autoavaliação. Por outro lado, a CPA, que tem suas atribuições
definidas na Lei do SINAES, atua como órgão colegiado na definição de políticas e diretrizes
do programa de autoavaliação, na orientação dos processos de avaliação internos, de
sistematização e de prestação das informações solicitadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas
Educacionais. Sua criação foi aprovada pela Resolução nº 615 e é constituída de treze
membros titulares, com seus respectivos suplentes, sendo cinco representantes do corpo
docente; três representantes do pessoal técnico-administrativo; três representantes do corpo
discente; e dois representantes da sociedade civil organizada.
Os mecanismos de avaliação interna da UFPA contemplam as especificidades
institucionais, permitem o autoconhecimento crítico, a análise das ações propostas no Plano
de Desenvolvimento e o contínuo aperfeiçoamento do desempenho institucional.
125
5.10.3 Planejamento e Ações Acadêmico-administrativas a partir do Resultado
das Avaliações
A autoavaliação institucional na UFPA tem o objetivo de fornecer subsídios para a
tomada de decisões que favoreçam o desenvolvimento institucional e propor ações que visem
melhorar o desempenho, maximizar os recursos e aumentar o grau de satisfação da
comunidade acadêmica e da sociedade. Além disso, é utilizada para a melhoria do ensino, da
pesquisa, da extensão e da gestão. Para tanto, é preciso periodicamente refletir sobre os
objetivos definidos, sobre os atores envolvidos, sobre as estratégias estabelecidas e sobre os
instrumentos utilizados. Isto requer o planejamento de ações que permitam a meta-avaliação:
elemento fundamental para que a UFPA possa avaliar o seu próprio sistema de avaliação e
estabelecer procedimentos futuros para o alcance da excelência.
Os resultados do Programa de Avaliação e Acompanhamento dos Cursos de
Graduação da UFPA são incorporados ao processo de autoavaliação da UFPA. Esse programa
visa ao aperfeiçoamento do processo educativo e do desempenho dos estudantes, docentes e
técnicos e à identificação das necessidades humanas e materiais que necessitem de solução
por parte dos sujeitos (professores, estudantes, egressos, gestores, técnico-administrativos) da
avaliação ou canais competentes da UFPA. Para isso, existem as tarefas de informação,
valoração e tomada de decisão que se materializam em três dimensões – diagnóstica,
formativa e sumativa. A primeira dimensão consiste em identificar as características da
realidade de cada curso e faculdade. A segunda visa à regulação, serve à apreciação da
execução das ações e é o ponto de partida para decisões de aperfeiçoamento e, finalmente, a
terceira visará ao balanço para fins administrativos, servirá à verificação dos resultados e será
base para decisões relativas ao teor e a execução do projeto pedagógico. Os resultados da
avaliação são socializados com a comunidade universitária em eventos acadêmicos.
126
5.11 POLÍTICAS DE ATENDIMENTO AOS ESTUDANTES
5.11.1 A Política de Assistência Estudantil da UFPA
A UFPA propõe na sua Política de Assistência Estudantil estratégias que abrangem:
� Serviços de Assistência Psicossocial e Psiquiátrica — a UFPA considera que o
atendimento psicossocial é apenas uma das ações de saúde necessitando ampliar
seu espectro de atendimento; estabelecer parceria com Institutos e Faculdades,
além de convênio com a rede do Sistema Único de Saúde (SUS); planejar e
articular as várias unidades dos serviços, as faculdades e serviços da universidade
estratégicos para o desenvolvimento das ações de ensino-serviço e pesquisa;
articular as ações neste campo com outras ações complementares, fortalecendo
alternativas terapêuticas, como o esporte e o lazer; e realizar estudos mais
aprofundados sobre a questão da saúde mental do estudante na UFPA, estimulando
a confecção de monografias sobre o tema.
� Serviço de Alimentação — a UFPA se propõe a: criar um Programa Permanente
de Alimentação vinculado à Pró-Reitoria de Administração; promover estudos
para avaliar a demanda de refeições por estudantes em todos os seus campi;
estruturar um grupo de ação que constitua o Comitê Gestor do Programa de
Alimentação da UFPA; ampliar o serviço de alimentação no campus do Guamá,
tendo em vista o aumento vegetativo do seu corpo discente, em especial o acesso
de estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica (cotistas); promover
convênios com o Governo do Estado na perspectiva de assegurar o oferecimento
de um serviço referenciado na política de Segurança Alimentar e Nutricional no
Estado; e estabelecer um cadastro oficial com o número de estudantes atendidos
por mês.
� Serviço de Moradia — a UFPA se propõe a criar: o Programa de Bolsa-Moradia
(PBM), de natureza flexível e permanente, vinculado a Pró-Reitoria de Extensão,
em substituição à Casa da Estudante Universitária. Tal proposta implicará no
fomento à criação de repúblicas de estudantes, organizadas e dirigidas pelos
próprios; ampliar a oferta de moradia por meio do PBM aos estudantes do sexo
masculino; criar, no âmbito da Coordenadoria de Integração, um setor que
gerencie as ações do PBM, desde a concessão até os processos de seu
monitoramento e avaliação; buscar o estabelecimento de parcerias com municípios
e Governo do Estado tendo em vista o cumprimento dos objetivos institucionais
127
ligados ao desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extensão universitária;
criar, no âmbito do Sistema de Informações de Assistência Estudantil, um banco
de dados sobre a quantidade, perfil socioeconômico, acadêmico e cultural dos
estudantes atendidos, para aperfeiçoamento e adaptação do Programa; e constituir
rotinas de monitoramento e avaliação do PBM, de modo a permitir sua análise e
aperfeiçoamento.
� Inclusão do Estudante com Deficiência — a proposta é de: ampliação das
adaptações necessárias para que os locais de estudo se tornem acessíveis, com
infraestrutura adequada e corretamente sinalizada; adequação do material didático-
pedagógico, assim como de técnicas e métodos de ensino, para que sejam
acessíveis aos portadores de deficiência; compra de equipamentos e materiais de
apoio técnico para os estudantes com deficiência; ajuste dos sistemas de
informação e bancos de dados da universidade, em base bibliográfica ou digital, às
possibilidades dos estudantes com deficiência; e a compatibilidade dos exames e
outras formas de avaliação à realidade dos estudantes com deficiência.
� Inclusão do Estudante Negro e Índio — a proposta é de: assinar convênios com
entidades federais, estaduais e municipais, assim como quaisquer formas
contratuais com entidades de direito privado para a concessão de bolsas de
permanência para estudantes indígenas e quilombolas em situação de
vulnerabilidade socioeconômica; acionar a Ouvidoria, estimulando-a a observar o
funcionamento das ações afirmativas; realizar campanha de publicização das ações
afirmativas nos campi e para a população em geral; e apoiar técnica e
pedagogicamente os professores da rede de educação básica para dar cumprimento
às determinações da lei 10.639/2003.
5.11.2 Programas de apoio ao desenvolvimento acadêmico dos discentes
referentes à realização de eventos
A Pró-Reitoria de Extensão, baseada em ações estratégicas, estabelece a socialização
dos conhecimentos produzidos e acumulados no âmbito acadêmico e a sistematização dos
conhecimentos regionais são viabilizadas por meio da articulação e proposição da Política de
Divulgação e Publicação. Essas ações consistem em: (1) implantar e fortalecer mecanismos
para a institucionalização de programas de cursos, eventos, assessorias, consultorias e
prestação de serviços à sociedade; (2) estimular a realização de eventos, palestras, oficinas e
cursos, tendo em vista a promoção dos vários saberes e expressões culturais; (3) elaborar e
128
divulgar catálogos anuais, eletrônicos e impressos, de programas, projetos, cursos,
assessorias, consultorias, oficinas e eventos em geral promovidos pela UFPA, em suas
diferentes áreas do conhecimento; e (4) apoiar a produção e divulgação de produtos, tais como
cartilhas, vídeos, cd-rom, livros e coletâneas, visando à socialização de conhecimentos para a
sociedade.
O Programa Pró-Discente, que é um Programa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-
graduação, tem o objetivo de incentivar os estudantes de pós-graduação da Universidade a
divulgar em eventos científicos de maior relevância no país, em suas áreas, resultados de suas
pesquisas relacionadas aos seus planos de dissertação ou tese. Esse Programa é dirigido
exclusivamente aos estudantes regularmente matriculados nos cursos de pós-graduação da
UFPA, nos níveis de mestrado ou doutorado.
5.11.3 Condições Institucionais de Atendimento ao Discente
A UFPA desenvolve uma política vigorosa de concessão de bolsas, como estratégia de
incentivo e inserção, tanto dos alunos da graduação quanto da pós-graduação, em projetos de
ensino, pesquisa, extensão e campos de estágio, desenvolvidos no âmbito institucional e/ou
em parceria com outras entidades. A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação viabiliza
bolsas por meio dos programas PIBIC/CNPq e PIBIC/UFPA aos pesquisadores e alunos da
UFPA, a fim de fortalecer a iniciação científica nesta Instituição. Destaca-se, ainda o
Programa de Bolsas de Iniciação Acadêmica (PBIA) que está vinculado ao Programa
Integrado de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão e o Programa de Bolsas de Extensão que
se destina à concessão de bolsas aos alunos envolvidos nos projetos de Extensão. O Programa
de Bolsas Estágio, coordenado pela Pró-Reitoria de Administração, que demanda da
necessidade dos alunos em desenvolver atividades que lhes proporcionem condições de
experiências práticas na linha de sua formação profissional, incentivando a complementação
do ensino e da aprendizagem. O Programa destina-se à concessão de bolsas aos alunos
envolvidos principalmente em atividades meio desenvolvidas pelas unidades da
Administração Superior e aquelas acadêmicas ou a elas vinculadas.
A UFPA criou o Sistema de Bolsas de Permanência Estudantil (SIBOP) com o
objetivo de identificar alunos de graduação em situação de vulnerabilidade socioeconômica e
procurar ajudá-los ofertando bolsas de apoio à alimentação, ao transporte, à moradia, às
atividades didático-pedagógicas e às atividades acadêmicas, além de proporcionar-lhes acesso
ao atendimento psicossocial. Com este Programa, serão disponibilizadas 1.710 Bolsas de
Permanência Estudantil da UFPA, a saber:
129
� Bolsas de Apoio à Moradia: 700 bolsas no valor de R$300,00 mensais, voltadas
aos estudantes que não dispõem de vaga gratuita em residência estudantil ou se
encontrem sem condições de arcar com o custo da moradia;
� Bolsas de Apoio ao Transporte: 110 bolsas no valor de R$100,00 mensais,
destinadas aos estudantes que não residem no município em que estudam ou se
encontrem sem condições de arcar com o custo de transporte;
� Bolsas de Apoio à Alimentação: 350 bolsas no valor de R$100,00 mensais,
destinadas aos estudantes que estudem em campus onde não há a possibilidade de
oferta gratuita ou subsidiada de refeição ou se encontrem sem condições de arcar
com os custos da refeição. Nos campi onde houver restaurante universitário, os
estudantes serão contemplados com atendimento gratuito;
� Bolsas de Apoio Didático-Pedagógico: 440 bolsas no valor de R$110,00 mensais,
destinadas ao estudante que não possui condições de arcar com os custos do
material didático; e
� Bolsas de Apoio às Atividades Acadêmicas: 110 bolsas no valor de R$300,00
mensais, destinadas aos universitários engajados em atividades acadêmicas com
carga horária de vinte horas semanais.
O candidato à Bolsa Permanência poderá participar, no máximo, de três modalidades
de apoio ou obter o valor máximo de R$600,00 mensais, com priorização conforme suas
necessidades.
O Campus de Belém possui dois Restaurantes Universitários com estrutura adequada
às exigências da legislação sanitária e aos padrões nutricionais que têm como principal
objetivo o fornecimento de refeições subsidiadas à comunidade universitária, promovendo a
integração e o apoio à permanência do estudante na instituição. O restaurante universitário
fornece alimentação sadia e nutritiva aos alunos da UFPA no sistema de “bandejão”.
Além do serviço de fornecimento de alimentação aos alunos, o restaurante
universitário mantém integração com a Academia por meio da oferta e concretização de
estágio para alunos do curso de Nutrição, Ciências Contábeis e Engenharia de Alimentos.
As reformas de infraestrutura física — passarelas, banheiros e salas de aulas —
implementadas pela UFPA contemplaram portadores de necessidades especiais. Hoje a
Instituição possui 52 banheiros adaptados para tal fim. Os prédios em construção estão em
conformidade com as normas estabelecidas para portadores de necessidades especiais.
130
A política de atendimento aos estudantes é desenvolvida pela UFPA de forma
compartilhada com as pró-reitorias, especialmente a de Ensino, a de Extensão e a de
Administração, visando consolidar a formação profissional e garantir a satisfação física e o
conforto dos seus alunos.
5.11.4 Egressos
Até 30 de agosto de 2006, a UFPA apresentava uma lacuna nas suas estratégias de
ação: a inexistência de um acompanhamento de egressos. A partir desta data esta lacuna foi
preenchida com o lançamento da Pesquisa Eletrônica com os Egressos. O sistema foi
desenvolvido pelo Departamento de Avaliação Institucional da UFPA, com o suporte técnico
do Serviço de Computação da Instituição e está disponível no site da UFPA
https://egressos.ufpa.br. O acesso para responder o instrumento é permitido por meio CPF e
do e-mail dos alunos egressos.
A pesquisa, parte integrante do processo de autoavaliação da UFPA, tem por
finalidade conhecer a opinião pessoas que estudaram na Universidade ao longo dos seus 51
anos de história, a respeito de sua formação acadêmica e de sua atuação profissional, visando,
principalmente, a melhoria da qualidade do ensino de graduação ofertado por esta Instituição.
O convite aos egressos para participação na pesquisa é feito por contato telefônico,
correio eletrônico e pela mídia. Entende-se por egressos não apenas àqueles que, concluíram a
graduação. Mas, também, os que saíram da Universidade sem concluir o curso — por
desligamento ou por abandono. Pesquisar as causas que determinam essas duas formas de
saída possibilitará identificar as que são de responsabilidade da UFPA, tornando-se objeto de
intervenções futuras para sua erradicação.
O questionário de pesquisa foi dividido em quatro Blocos:
� informações pessoais;
� informações acadêmicas (graduação e pós-gradação);
� informações profissionais; e
� informações Adicionais.
Os dados são armazenados diretamente em uma base de dados institucional para
posterior análise e geração de relatórios.
Na seqüência deste trabalho, buscar-se-á coletar dados junto às entidades de classe e,
desta forma, construir indicadores confiáveis para a avaliação e adequação dos currículos dos
cursos, por meio da realimentação por parte da sociedade e especialmente dos ex-alunos.
131
Este estudo é fundamental para que a Instituição possa conhecer o perfil dos seus
egressos, avaliar a eficácia de sua atuação e revê-la, no que for necessário, no sentido de
implementar políticas e estratégias de melhoria da qualidade do ensino de graduação e de pós-
graduação ofertado pela UFPA de modo a garantir uma formação adequada frente às
necessidades do mercado de trabalho.
132
5.12 SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA
A atual gestão vem empregando enormes esforços, em frentes distintas, com a
finalidade de restituir e fazer crescer o orçamento visando dar sustentabilidade financeira a
UFPA. No campo político, por meio da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições
Federais de Ensino Superior (ANDIFES), no sentido de aumentar os recursos no orçamento
do MEC destinados ao financiamento da Educação Superior, assim como no aperfeiçoamento
e consolidação da matriz de alocação de recursos de Despesas de Custeios e Capital (OCC)
para as IFES, ambas com resultados positivos e com impactos bastante representativos no
orçamento da Instituição nos últimos cinco anos. No campo técnico, com os investimentos
realizados para a melhoria da base de informações da UFPA, que possibilitaram um aumento
expressivo na captação de recursos na matriz de alocação de recursos de OCC para as IFES,
além de subsidiarem na elaboração de projetos institucionais para a captação de recursos
externos, junto aos órgãos e agências de fomento, para o financiamento de atividades
acadêmicas, de infraestrutura física e aquisição de equipamentos.
Com essas ações, a Universidade tem conseguido recompor progressivamente seu
orçamento de OCC captado junto ao MEC e outros órgãos e agências de fomento que, em
2001, havia apresentado um dos piores desempenhos dos últimos 15 anos, com um valor de
R$ 45.912.147,00 (quarenta e cinco milhões novecentos e doze mil e cento e quarenta e sete
reais). Em 2008, esse valor foi de R$ 149.819.609,00 (cento e quarenta e nove milhões
oitocentos e dezenove mil e seiscentos nove reais), um salto de 226,3%.
0
20.000.000
40.000.000
60.000.000
80.000.000
100.000.000
120.000.000
2006 2007 2008
92.471.215
113.835.233 117.694.131
18.731.440
34.255.529 32.125.477
Custeio Capital Gráfico 40 - Recursos de OCC do Tesouro - período 2006-2008. Fonte: DEFIN/PROAD.
133
Além do aumento na captação de recursos, foi implantado, em 2003, o Plano de
Gestão Orçamentária que, associado à Matriz de Distribuição Orçamentária para as unidades
acadêmico-administrativas da UFPA, possibilitou a melhoria da qualidade e racionalização na
aplicação desses recursos, por meio do financiamento de programas e projetos de ações
continuadas, como o Programa Integrado de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (PROINT)
e o Programa de Recuperação da Infraestrutura Física (PROINFRA), medida que tem
assegurado, de forma sistemática, dotações orçamentárias anuais permitindo a implementação
de políticas permanentes direcionadas às áreas consideradas estratégicas para a Instituição.
Para adequação às diretrizes estabelecidas no PGO, a estrutura programática passou a
ser composta de 40 Programas Institucionais, sendo permitida a criação de outros programas,
desde que necessários para o funcionamento da Instituição.
A estrutura programática adotada está vinculada às grandes ações do Ministério da
Educação e é integrada, de forma indissociável, aos sete Eixos Estruturantes do Plano de
Desenvolvimento 2001–2010. Sob o conceito de transversalidade, eles regem as ações —
projetos e atividades — que são desenvolvidas no âmbito da UFPA, porque um programa,
embora esteja mais fortemente ligado a um eixo estruturante, também influencia os demais
eixos.
Essa configuração permitiu uma melhor alocação de recursos das ações (projetos e
atividades) a partir das demandas informadas pelas unidades interessadas, por meio do
Sistema de Planejamento e Orçamento.
Na matriz orçamentária do MEC, a UFPA saltou do nono para o quinto lugar. O
crescimento do orçamento provocou um salto de qualidade, fazendo com que a UFPA saísse
do 17º para o 5º lugar em função dos indicadores de desempenho.
Conforme o exposto pode-se constatar, que os esforços empreendidos pela UFPA
tanto na área política quanto técnica, possibilitaram o equilíbrio na execução orçamentária e a
sustentabilidade no financiamento das ações acadêmicas, administrativas e de infraestrutura
da Instituição.
134
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O relatório final de avaliação aqui apresentado, expressa o resultado de uma trajetória
de discussão, de análise de documentos e interpretação dos dados advindos do processo de
autoavaliação, iniciado no segundo semestre de 2006 e encerrado no primeiro semestre de
2008.
Neste contexto, ao abordar as conclusões advindas do trabalho executado, fica
demonstrado, mais uma vez, o empenho da UFPA de aprimorar os seus esforços em favor da
sociedade, no âmbito da educação superior e de viabilizar a implementação das condições
necessárias para que a instituição concretize a sua missão
Ao promover seu autoconhecimento, a UFPA garante a eficácia de seu compromisso
em difundir, aprofundar e produzir conhecimento e cultura. O que se pretende, agora, é dar
prosseguimento ao trabalho já realizado no campo da avaliação institucional — apoiando-se
nas experiências exitosas — e a consolidação de uma avaliação contínua e sistemática da
qualidade das funções Institucionais.
135
DOCUMENTO E SISTEMAS PESQUISADOS
ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DA UFPA. Ofício de apresentação. Belém, 2006.
BRASIL. Mistério da Educação. Avaliação externa de instituições de educação superior : diretrizes e instrumentos. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2006.
__________. Diretrizes para a avaliação das instituições de educação superior. Brasília: Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior, [2004?].
__________. Instrumento de avaliação de cursos de graduação. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2006.
__________. Manual de avaliação institucional (versão preliminar). Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira / Diretoria de Estatísticas e Avaliação da Educação Superior, 2002.
__________. Roteiro de auto-avaliação institucional 2004. Brasília: Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior, 2004.
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Orientações para o cálculo dos indicadores de gestão: Decisão TCU n° 408/2002-Plenário. Foz do Iguaçu, 2002. Versão revisada em jan. 2007. Digitado.
CARVALHO, Sandra Maria de Azevedo. Subsídios para a implantação do processo permanente de uma política de avaliação institucional na Universidade Federal do Pará. Belém, 2003. Monografia.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. UFPA XXI – Plano de Gestão 2005–2009. Universidade Federal do Pará. Belém: EDUFPA, 2005.
__________. Relatório de atividades. Belém, 2006.
__________. Relatório de atividades. Belém, 2007.
__________. Relatório de atividades. Belém, 2008.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARPA. Pró-Reitoria de Administração. Relatório de atividades 2006. Belém, 2007.
__________. Relatório de atividades 2007. Belém, 2008.
__________. Relatório de atividades 2008. Belém, 2009.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoal. Plano de Gestão 2005–2009. Belém, 2005.
__________. Programa de desenvolvimento gerencial. Belém, 2006.
__________. Relatório de atividades 2006. Belém, 2007.
136
__________. Relatório de atividades 2007. Belém, 2008.
__________. Relatório de atividades 2008. Belém, 2009.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Pró-Reitoria de Ensino de Graduação. Avaliação dos cursos de graduação da UFPA: relatório 2004–2005. Belém, 2006.
__________. Programa de melhoria do ensino de graduação. Belém, 2006.
__________. Relatório de atividades 2006. Belém, 2007.
__________. Relatório de atividades 2007. Belém, 2008.
__________. Relatório de atividades 2008. Belém, 2009.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Pró-Reitoria de Extensão. Relatório de atividades 2006. Belém, 2007.
__________. Relatório de atividades 2007. Belém, 2008.
__________. Relatório de atividades 2008. Belém, 2009.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. Relatório de atividades 2006. Belém, 2007.
__________. Relatório de atividades 2007. Belém, 2008.
__________. Relatório de atividades 2008. Belém, 2009.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional. Anuário Estatístico 2006. Belém, 2007.
__________. Anuário Estatístico 2007. Belém, 2008.
__________. Anuário Estatístico 2008. Belém, 2009.
__________. Orientações para elaboração dos Planos de Gestão das Unidades Acadêmico-Administrativas da UFPA / Madeleine Mônica Athanázio, Luiz Armando Souza Pinheiro. Belém: EDUFPA, 2006.
__________. Plano de desenvolvimento da UFPA: 2001-2010 / Universidade Federal do Pará. Belém: EDUFPA, 2003.
__________. Programa de Auto–Avaliação da UFPA. Belém, 2008.
__________. Relatório de gestão 2006. Belém, 2007.
__________. Relatório de gestão 2007. Belém, 2008.
__________. Relatório de gestão 2008. Belém, 2009.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Serviço de Ouvidoria. Regulamento Interno do Serviço de Ouvidoria da UFPA. Belém, 2006.
137
__________. Sistema de Informações para o Ensino.
__________. Sistema de Planejamento e Orçamento.
__________. Sistema de Pós-Graduação.
__________. Vice-Reitoria – Marlene Rodrigues Medeiros Freitas. Universidade Multicampi – conhecimento e tecnologia em favor do desenvolvimento do Pará – 2001-2005 / Universidade Federal do Pará. Belém: EDUFPA, 2005.