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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL
YURI ACCIOLY
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
MODELAGEM DO CRESCIMENTO DAS VARIÁVEIS DENDROMÉTRICAS DE
Araucaria angustifolia (Bertol.) O. Kuntze
CURITIBA
2015
YURI ACCIOLY
MODELAGEM DO CRESCIMENTO DAS VARIÁVEIS DENDROMÉTRICAS DE
Araucaria angustifolia (Bertol.) O. Kuntze
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Florestal, Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná, como requisito para a conclusão da disciplina ENGF006 e requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Florestal.
Orientador de Estágio: Prof. MSc. Décio José de Figueiredo
CURITIBA
2015
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço aos meus pais, Maria Emilia Schwarz Accioly e
Julio Cesar Accioly pela criação fantástica que me deram, sendo responsáveis
pelos meus ensinamentos fundamentais da vida, apoio incondicional e tudo que
eu sei.
Aos meus irmãos Alexander Accioly e Pyramon Accioly por sempre
estarem ao meu lado, seja cobrando ou incentivando, pelo conhecimento
compartilhado e por servirem de inspiração como Engenheiros Florestais e seres
humanos.
Aos meus colegas de graduação Alexandre Braghini, Felipe Schumacher
Sant'Anna, Luiz Schimitka Neto e Marcel Jagnow pelos muitos momentos de
descontração, dividindo todos os desafios de cada etapa comigo, inúmeros
trabalhos realizados juntos e pela eterna amizade.
Ao meu orientador Prof. MSc. Décio José de Figueiredo pela
disponibilidade em me orientar e ajudar a qualquer hora e em qualquer lugar,
destacando sua árdua dedicação em ensinar entre um café e outro, sendo um
grande exemplo de comprometimento e atuação profissional.
Ao Prof. Dr. Sebastião do Amaral Machado por esses anos de paciência e
confiança como meu orientador de Iniciação Científica, despertando meu senso
crítico estando sempre aberto ao diálogo e diariamente me ensinando a crescer
como jovem cientista.
Aos amigos da Família Dendrometria: Angelo Alberto Pacheco dos Santos,
Luis César Rodrigues da Silva, Rodrigo Geroni Mendes Nascimento, Ronan
Felipe de Souza, Bruno Henrique Czelusniak e Naiara Teodoro Zamin. Por
sempre estarem disponíveis para ajudar em diversos temas, pelo alto astral e
motivação passada nesses anos que tive o prazer de fazer parte dessa família.
DADOS DO ACADÊMICO
Nome do aluno: Yuri Accioly
GRR: 20105548
Telefone: (41) 9827-8787 ou (41) 3263-3832
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Madre Leonie nº 783, Curitiba - PR.
Orientador: Prof. MSc. Décio José de Figueiredo
RESUMO
O crescimento de uma árvore é o aumento gradual de suas dimensões em certo período de tempo, já a produção é o crescimento acumulado dessa árvore em uma determinada idade. Este trabalho tem como objetivo analisar o crescimento e a produção das variáveis dendrométricas de Araucaria angustifolia (Bertol.) O. Kuntze em diferentes classe de sítio. Os pinheiros utilizados na presente pesquisa provieram de um plantio de 24 anos de idade localizados em Quedas do Iguaçu, Paraná na empresa Araupel. As árvores foram derrubadas e retiradas seções transversais a diferentes alturas, sendo submetidas ao método de análise de tronco completa (ANATRO) por meio da contagem e medição dos anéis visando obter a altura, diâmetro, área transversal e volume em diferentes idades. Foram ajustados modelos matemáticos para estimar o crescimento e a produção das variáveis dendrométricas, sendo escolhidos aqueles que apresentaram maiores coeficientes de determinação ajustados (R²aj) e menores erros (Syx%). Os indivíduos foram separados em duas classes de produtividade e os modelos que se apresentaram mais acurados para a estimativa das variáveis nessas classes e para o geral foram Chapman-Richards, para altura, área transversal e volume; e Prodan para o diâmetro à altura do peito. Pelas curvas de crescimento observa-se que o povoamento já atingiu o seu valor de máxima produtividade biológica para todas as variáveis estudadas, exceto volume e, que os valores de máximo ICA e de IMA obtidos foram semelhantes, indicando que não houve diferenciação entre as classes de sítio.
6
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 7
2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 9
2.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................... 9
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ..................................................................... 9
3 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................ 10
3.1 ARAUCARIA ANGUSTIFOLIA ................................................................ 10
3.2 SÍTIOS FLORESTAIS ............................................................................. 11
3.3 CRESCIMENTO E PRODUÇÃO ............................................................. 12
3.4 ANÁLISE DE TRONCO ........................................................................... 14
3.5 MODELAGEM ......................................................................................... 14
4 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................. 16
4.1 ORIGEM DOS DADOS ........................................................................... 16
4.2 ANÁLISE DE TRONCO ........................................................................... 16
4.3 AJUSTES DOS MODELOS DE CRESCIMENTO ................................... 19
4.4 DIFERENÇA EM PRODUÇÃO DE VOLUME PARA AS CLASSES DE
SÍTIO 21
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................ 22
6 CONCLUSÕES ................................................................................................. 38
7 AVALIAÇÃO DO ORIENTADOR ..................................................................... 39
8 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 40
7
1 INTRODUÇÃO
A Araucaria angustifolia (Bertol.) O. Kuntze é uma espécie arbórea de
grande porte nativa do Brasil e que possui ampla área de distribuição, tendo maior
ocorrência no sul do país onde é conhecida como Pinheiro-do-Paraná. Com o
começo da exploração de sua madeira de altíssima qualidade no final do século
XIX bem como com o aumento das áreas de pecuária e agricultura, a área de
ocorrência natural da araucária foi reduzida drasticamente, sendo encontrada
atualmente em áreas fragmentadas de Floresta Ombrófila Mista em sua forma
secundária, proveniente da regeneração natural ocorrida após a exploração da
floresta intocada (ZANON et al., 2009).
O crescimento de uma árvore se dá a partir da atividade dos meristemas
primário e secundário (câmbio), que atuam no aumento em altura e em diâmetro
respectivamente (HUSCH et al., 1982). Oriundos da atividade cambial da árvore
surgem os anéis de crescimento, que em zonas de clima temperado normalmente
representam o incremento anual da árvore (RICHTER & BURGER, 1978).
Por meio da análise de tronco completa (ANATRO) é possível reconstituir
todo o crescimento do indivíduo ou do povoamento a partir da contagem e
medição dos anéis de crescimento, obtendo relações entre as variáveis de
interesse e a idade, bem como as taxas médias de incremento dessas variáveis.
O estudo do crescimento, produção e o entendimento deste processo na floresta
são ferramentas básicas para um posterior planejamento de manejo florestal
(PRODAN, 1997).
O crescimento varia em função de uma serie de fatores internos e externos
da planta, dentre eles se destacam a capacidade genética da espécie, a idade, a
densidade e o sítio. Qualidade de sítio é a soma total dos fatores edáficos,
biológicos e climáticos que afetam o crescimento das plantas (SPURR, 1952),
sendo o acompanhamento do crescimento de uma espécie indissociável do
estudo em conjunto do sítio em que a mesma se encontra.
A legislação florestal atual é restritiva quanto ao aproveitamento das
araucárias, sendo seu corte proibido pela lei nº 4.631, de 2001, acarretando em
uma falta de interesse dos proprietários rurais com a espécie. Com isso são
8
poucos os estudos relacionados ao seu crescimento quando comparados com
espécies de maior crescimento e rusticidade como pinus e eucalipto.
O objetivo deste trabalho foi modelar o crescimento em diâmetro, altura,
área transversal e volume em função da idade por meio da ANATRO em
diferentes classes de produtividade, baseada na classificação de sítios proposta
por Hoogh et al. (1978) para o Pinheiro-do-Paraná.
9
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Analisar o crescimento e produção por classe de sítio de 30 indivíduos de
Araucaria angustifolia em um plantio equiâneo em Quedas do Iguaçu – PR.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Classificar os indivíduos em diferentes classes de sítio;
Modelar o crescimento acumulado em altura, diâmetro, área transversal e
volume ao longo dos 24 anos de idade;
Gerar curvas de crescimento e produção ajustadas.
10
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 ARAUCARIA ANGUSTIFOLIA
A Araucaria angustifolia pertence à família Araucariaceae, sendo conhecida
por pinheiro-do-paraná, pinho, pinheiro brasileiro, entre outros. Ocorre de forma
natural no Brasil e em pequenas manchas no extremo nordeste da Argentina, na
província de Misiones e no leste do Paraguai, no Departamento de Alto Paraná,
em altitudes de 500 a 2.300 m de altitude, sendo encontrada, preferencialmente,
em cotas altitudinais que variam de 500 a 1.800 m (CARVALHO, 1994). O clima
na área de ocorrência natural da araucária é classificado como temperado, onde a
temperatura média anual varia de 13 a 18 ºC, caracterizado por verões frescos e
invernos relativamente frios, com temperaturas de até 8 ºC negativos, com
ocorrência de geadas (GOLFARI, 1967).
É uma planta dióica, onde os adultos possuem altura variando de 20 a 50
metros e tronco retilíneo de 90 a 180 cm de diâmetro. A árvore jovem tem forma
piramidal bem diferente da adulta, em forma de taça (LORENZI, 1992). É a
principal espécie da Floresta Ombrófila Mista, onde domina o dossel formando o
extrato superior fornecendo condições para outros vegetais importantes se
estabelecerem, como as lauráceas (imbuia, canelas), leguminosas (jacarandá,
caviúna e monjoleiro), mirtáceas (guabiroba, pitanga), erva-mate e o pinheiro-
bravo (CARVALHO, 1994).
Apesar de ocupar extensas áreas, a sua exploração indiscriminada
colocou-a na lista oficial das espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção
(BRASIL, 1992). Dos 20 milhões de hectares originalmente cobertos pela Floresta
de Araucária, restam, atualmente, cerca de 2% dessa área. Particularmente no
Estado do Paraná, as serrarias e o uso industrial da espécie foram os principais
responsáveis pelo desmatamento em busca de sua madeira de boa qualidade
(GUBERT FILHO, 1990), sendo a década de 1960 o auge dessa expansão
madeireira.
O menor crescimento da espécie decorre principalmente de sua exigência
quanto aos aspectos físicos, morfológicos e químicos do solo. Em sítios de boa
11
qualidade, pode apresentar incrementos que, associado à qualidade da madeira e
a aspectos ambientais, viabilizem seu emprego em reflorestamentos com fins
comerciais. Assim, é imprescindível que seu cultivo seja feito em sítios propícios,
buscando obter povoamentos ecologicamente estáveis e produtivos, tornando-os
atrativos comercialmente (GERHARDT et al., 2001).
3.2 SÍTIOS FLORESTAIS
O termo sítio é amplamente utilizado no meio florestal como sinônimo da
produtividade de uma espécie em um determinado local. A qualidade de um sítio
se define como a capacidade de uma área determinada em promover o
crescimento de árvores. Como qualidade de sítio, Prodan et al. (1997) comentam
que se trata da resposta, o desenvolvimento de uma determinada espécie, a
totalidade das condições ambientais (edáficas, climáticas e bióticas) existentes
em um determinado lugar.
Husch et al. (1982), quando comentaram e definiram qualidade de sítio,
afirmaram que ela expressa a produtividade média que uma determinada área
apresenta no crescimento de árvores. Para Gomes et al. (1957) a qualidade do
sítio refere-se à combinação de todos os fatores biológicos e ambientais que
afetam o crescimento das árvores.
Inúmeras variáveis dendrométricas já foram utilizadas para classificação de
sítios florestais: Volume/ha foi abandonada devido a dificuldade em sua obtenção;
Área Basal/ha é fortemente afetada pela densidade; altura média das árvores foi
abandonada por se levar muito tempo para ser obtida; altura dominante é utilizada
pois é de fácil acesso, obtida de forma mais acurada, pouco ou quase nada
afetada pela densidade e fortemente correlacionada com V/ha. Por convenção, a
altura dominante alcançada em uma determinada idade, recomendada próximo à
idade de rotação, é tida como "idade chave, índice ou de referência", sendo
denominada de índice de sítio (SELLE, 1993).
A identificação da curva da altura sobre a idade, referenciada à altura na
idade índice, define os índices de produtividade. Da mesma forma, a relação
altura/idade poderia ser identificada por números romanos (I, II, III,
12
respectivamente, indicando do melhor ao pior sítio), dando origem às classes de
sítio ou de produtividade (BURGER, 1976).
Hoogh et al.(1978) construíram curvas de sítio para povoamentos artificiais
de A. angustifolia utilizando dados de parcelas temporárias e permanentes de
todos os Estados do Sul do Brasil, São Paulo e Minas Gerais, cobrindo toda a
amplitude de variação de sítios e idades. Em um primeiro estágio o autor utilizou a
equação de Prodan gerando curvas monomórficas de índice de sítio, e um
segundo estágio, a equação proposta por Hradetzky, o que resultou em curvas
polimórficas de índice de sítio.
3.3 CRESCIMENTO E PRODUÇÃO
A camada do anel de crescimento anual consiste em duas zonas: uma
clara que determina o início do período vegetativo denominada de lenho
primaveril, onde o crescimento da árvore é intensificado; e outra mais densa e
escura denominada de lenho outonal com crescimento menor, onde o fim do
período vegetativo é caracterizado por um final abrupto do lenho outonal
(GOMES, 1957).
A curva típica de crescimento acumulado (produção) em função da idade
de qualquer variável mensurável em uma árvore segue as leis naturais de
crescimento comum a todos os processos biológicos, ou seja, apresenta uma
forma sigmoidal ou em "S", onde se distinguem três períodos ou fases de
crescimento: juvenil, fase de crescimento lento inicial seguida de aceleração,
desde a germinação até o estabelecimento da planta; de maturidade, fase de
pleno vigor da planta, onde ocorre a taxa de crescimento máximo; e de
senescência, onde ocorre uma desaceleração rápida do crescimento rumo a um
valor assintótico (HUSCH et al., 1982; SPURR, 1952). O ritmo de crescimento é
influenciado por fatores internos da espécie (fisiológicos), fatores externos
(ecológicos) e a idade (ENCINAS, J. I. et al., 2005).
Segundo Prodan et al. (1997) pode-se diferenciar vários tipos de
crescimento, de acordo com o período de tempo determinado. Dentre eles estão o
incremento corrente anual (ICA) e o incremento médio anual (IMA). As curvas que
13
caracterizam essas taxas possuem formas semelhantes e estão diretamente
correlacionadas com a curva de produção (Figura 1).
Pode-se perceber que o valor de máximo ICA coincide com o ponto de
inflexão da curva de produção. Além disso, no momento em que as curvas de ICA
e IMA se cruzam, onde o ICA torna-se igual ao IMA tem-se o valor máximo de
IMA e também o ponto de máxima tangência na curva de produção, sendo que a
partir deste a produção da árvore tende ao valor assintótico (ASSMANN, 1970;
PRODAN et al., 1997; ZAMIN, 2013).
Figura 1. Relações entre as curvas de crescimento e produção. Fonte:
SCOLFORO, 2006.
14
Vários modelos empíricos e biológicos vêm sendo utilizados no setor
florestal para representar a estimativa do crescimento e da produção presente e
futura de árvores e povoamentos florestais, dentre eles pode-se citar os modelos
de Chapman-Richards e Prodan (ZAMIN, 2013).
3.4 ANÁLISE DE TRONCO
A metodologia mais precisa para avaliar conjuntamente a idade e o
crescimento de uma árvore quando não se conhece a data de plantio da mesma é
a contagem e medição dos anéis de crescimento (KOEHLER, 2009). A análise de
tronco é uma técnica que possibilita o registro do crescimento passado de uma
árvore através da medição dos seus anéis de crescimento (HUSCH et al., 1982).
A ANATRO pode ser completa ou parcial. A análise completa consiste na
derrubada da árvore e retirada de secções transversais ao longo do tronco, sendo
assim um método destrutivo. A análise parcial consiste na retirada de rolos de
incrementos da árvore em pé (FINGER, 1992).
Segundo Finger (1992), o método consiste na análise de seções
transversais retiradas do longo tronco de uma árvore, determinando seu
crescimento e qualidade em diferentes períodos de sua vida. Conforme Encinas
et. al. (2005), uma das vantagens do método consiste em permitir o estudo do
crescimento da árvore com resultados imediatos, pois em qualquer época pode-
se reconstituir plenamente o desenvolvimento de uma árvore em termos de
crescimentos passados, desde sua fase jovem até a idade da análise. Esta
análise consiste em avaliar os crescimentos em volume, em área basal, em
diâmetro e em altura, bem como sua forma.
3.5 MODELAGEM
A estimativa do crescimento e da produção presente e futura de árvores e
povoamentos florestais é uma etapa essencial para viabilizar o planejamento da
atividade florestal (PRODAN et al., 1997). Neste contexto, a modelagem da relação
biológica entre crescimento e produção é uma ferramenta muito útil, ressaltando a
15
necessidade de se obter relações cada vez mais eficientes na representação da
realidade (SCOLFORO, 1998).
Campos e Leite (2006) afirmaram que modelos com relações funcionais Y
= f (I) possuem aplicação limitadas, porém quando aplicados em populações
homogêneas e de pequenas áreas apresentam resultados satisfatórios. Além
disso, Scolforo (2006) afirmou que apesar da estimativa dos parâmetros desses
modelos se dar pelo ajuste não-linear, eles possuem grande potencial e eficiência
em suas estimativas.
Vários modelos biológicos vêm sendo utilizados no setor florestal ao longo
dos anos, dentre eles pode-se citar os modelos de Chapman-Richards, Gompertz
e Logística. Turnbull (1963) foi o primeiro a aplicar os modelos biológicos no
âmbito florestal. Segundo esse autor as formas matemáticas das funções
utilizadas em florestas convencionais até então eram empíricas, visto que a base
dessas funções – linear, parabólica, etc. – é algébrica ou geométrica, não tendo
relação imediata com o crescimento biológico.
O modelo de Chapman-Richards possui as características adequadas para
o ajuste do crescimento de qualquer variável biológica, descrevendo o início de
crescimento na origem, acelerado ritmo inicial de crescimento, um ponto de
inflexão e a partir deste o ritmo de crescimento decresce e, finalmente, tende a
um valor assintótico (TEMPS, 2005; ZAMIN, 2013).
O modelo de produção e crescimento de Gompertz teve como primeira
aplicação a descrição da distribuição de idades da população humana. Contudo
em 1978 esse modelo foi aplicado em um estudo com três espécies de árvores,
demonstrando flexibilidade suficiente para justificar seu uso (ZEIDE, 1993;
ZAMIN, 2013).
A equação Logística é largamente utilizada em estudos ecológicos, isto se
deve a características tais como, o ponto de inflexão da equação corresponder à
metade do tamanho final da curva e do crescimento relativo da equação
decrescer linearmente com o tamanho (ZEIDE, 1993; ZAMIN, 2013).
O modelo de Prodan (1968) tem sido muito utilizado por pesquisadores
florestais em várias partes do mundo por dois fatores: a simplicidade de obtenção
dos coeficientes e uso destes para as estimativas das variáveis de interesse; e a
precisão que o modelo oferece (TONINI et. al., 2002).
16
4 MATERIAL E MÉTODOS
4.1 ORIGEM DOS DADOS
Os dados provieram de um plantio equiâneo de 24 anos de idade com
espaçamento de 4 m x 4 m, sem desbastes, situado em Quedas do Iguaçu na
empresa Araupel a aproximadamente 630 m de altitude. O clima da região é
subtropical úmido com temperatura média anual de 18,2°C e pluviosidade média
de 1784 mm no ano. A precipitação do mês de maio, mês mais seco, é de 97 mm.
A maioria da precipitação ocorre em outubro, com uma média de 216 mm. No
mês de janeiro, mês mais quente do ano, a temperatura média é de 22,3 °C. A
temperatura média em julho, é de 13,6 °C sendo o mês mais frio do ano
(EMBRAPA, 2003). Portanto se enquadra como clima Cfa segundo classificação
de Köppen e Geiger.
4.2 ANÁLISE DE TRONCO
Foram medidos os diâmetros a 1,3 m do solo (DAP) com casca e
derrubadas 30 árvores em três diferentes níveis de altitude na área de plantio da
empresa Araupel, 10 situadas na parte mais baixa, 10 na encosta e 10 na parte
mais alta, sendo escolhidas 3 árvores finas, 4 médias e 3 grossas em cada uma
das localidades, cobrindo assim toda a amplitude diamétrica encontrada.
Posteriormente foram tomadas as alturas totais e retiradas seções
transversais ao longo do fuste de todos os indivíduos. As fatias foram marcadas e
acondicionadas em embalagens aeradas para se evitar o desenvolvimento de
fungos. Passaram pelo processo de secagem e duas fases de lixamento (Figura
2) para melhorar a visualização e medição dos anéis de crescimento, a primeira
com lixa mais grossa de granulometria 36 e a segunda mais fina, de
granulometria 80.
Posteriormente foram realizadas a contagem e medição dos anéis de
crescimento seguindo o método utilizado por Rosot (2002), identificando o maior
raio, o qual foi traçado e prolongando-o até obter o primeiro diâmetro. Em seguida
17
mais dois raios perpendiculares a este e passando pela medula foram marcados,
tentando com isto garantir a melhor representatividade possível da área
transversal em cada uma das fatias e consequentemente de cada ano, evitando-
se também, qualquer tipo de tendenciosidade. Desta maneira, foram obtidos
quatro raios em cada disco, nos quais foram feitas pequenas marcações ao
término de cada um dos anéis de crescimento anual a fim de facilitar sua
identificação no momento da medição.
Figura 2. Fase de lixamento das seções transversais.
A medição foi inteiramente efetuada no equipamento LINTAB (Figura 3),
que consiste numa plataforma com mesa móvel onde é colocada a fatia, além de
uma pequena manivela usada para movimentar a mesa. Com o auxílio de uma
lupa, o operador determina o limite dos anéis ao longo do raio selecionado, sendo
que o deslocamento da plataforma que contém o disco equivale à largura do anel.
Esse valor é automaticamente registrado e armazenado para cálculos posteriores
(SANTOS, 2006).
A média dos quatro raios medidos em cada anel da fatia é assumida como
raio representativo do anel em questão, que depois é multiplicado por dois para
obtenção do diâmetro. Tal metodologia vem sendo adotada na maioria dos
trabalhos de análise de tronco (FINGER, 1992; MACHADO et al, 2010). A partir
18
das medidas obtidas dos anéis de crescimento anuais, é possível a reconstituição
completa do crescimento da árvore em todas suas variáveis medíveis, altura,
diâmetro, área transversal e volume, bem como sua forma.
Figura 3. LINTAB. Fonte: http://www.worldagroforestry.org/.
Para a obtenção da altura a diferentes idades utiliza-se o método
trigonométrico (Figura 4), onde se considera que o término do anel se dá de
acordo com o ângulo de saída da última fatia onde aparece e é igual ao ângulo
imediatamente posterior (mais externo, da medula para fora) (HUSCH et al.,
1982).
A altura total da árvore na idade correspondente ao anel é obtida somando-
se a altura de tomada da fatia inferior à altura estimada do término do anel. Com a
medição dos raios é possível calcular o diâmetro e área transversal, com posse
das áreas transversais das seções e a distância entre as mesmas é possível obter
volumes a diferentes idades pelo método de Smalian.
19
Figura 4. Representação do método trigonométrico para obtenção da altura a
partir da interpolação do término do anel de crescimento. Fonte: Rosot, 2002.
Em que H é o comprimento da seção, h é a altura do término do anel, d é o
comprimento do penúltimo raio da fatia inferior, p é o comprimento do último raio
da fatia inferior e x é o comprimento do último raio da fatia superior.
4.3 AJUSTES DOS MODELOS DE CRESCIMENTO
Os sítios foram classificados a partir das curvas ajustadas por Hoogh et al.
(1978) na idade de referência 24 anos. Para determinação das alturas dominantes
foi realizada a média das alturas das três árvores mais grossas de cada uma das
três localidades. Em seguida foram ajustados os modelos biológicos de
Chapman-Richards, Gompertz e Logístico, bem como o modelo empírico de
Prodan (Tabela 1) para estimar a produção das variáveis dendrométricas por
classe de sítio e no geral. O ajuste se deu a partir do método de regressão não
linear, minimizando os quadrados dos resíduos por meio do SOLVER, aplicativo
do software Microsoft Excel.
Em que Y representa o DAP (cm), altura (m), área transversal (m²) ou
volume (m³) da árvore, todos sem casca; I é a idade (anos) variando entre 0 e 24;
a, b e c são os parâmetros a serem estimados; e indica a constante de Euler
(2,7183).
Os modelos foram escolhidos por serem amplamente utilizados na área
florestal, já tendo sua eficiência e precisão comprovados em diversos trabalhos
(ZEIDE, 1993; TONINI et al., 2002; TEMPS, 2005; ZAMIN, 2013).
20
Tabela 1. Modelos biológicos e empírico testados para os ajustes.
Nº Modelo Autor
1 Chapman-Richards
2 Gompertz
3 ⁄ Logístico
4
Prodan
A seleção do modelo mais eficiente para cada variável foi baseada no
coeficiente de determinação ajustado e corrigido (R2aj) no erro padrão da
estimativa em percentagem (Syx%) e na análise gráfica dos resíduos, que permite
detectar a presença de tendências em superestimar ou subestimar a variável
dependente, sendo assim determinante na escolha do modelo.
√
(
)
Em que: é o erro padrão da estimativa; é o erro padrão da
estimativa em porcentagem; é a média aritmética da variável dependente;
é o quadrado médio do resíduo; é o número de observações; é o número de
coeficientes; é a soma de quadrados dos resíduos e é a soma de
quadrados totais.
Para a análise do crescimento e produção, foram desenvolvidas as curvas
de produção e crescimento para todas as variáveis a partir do modelo de melhor
ajuste, a fim de comparar a variação no comportamento do crescimento por
classe de sítio e para o geral.
21
4.4 DIFERENÇA EM PRODUÇÃO DE VOLUME PARA AS CLASSES DE SÍTIO
Após executada a ANATRO completa foi possível estabelecer a situação
em que a amostra encontrava-se para todas as idades, em termos de diâmetro,
altura, área transversal e volume.
Evidentemente, era importante analisar as condições das diferentes
classes de sítio a fim de verificar se estatisticamente as mesmas eram iguais.
Nesse sentido, o teste "t" de Student para amostras não pareadas foi empregado
uma vez que pretendia-se testar diferenças entre duas médias apenas.
Assim sendo, esse teste foi aplicado em todas as idades para a variável
volume com intuito de verificar se existe diferença entre as classes de sítio.
O teste t determina se duas amostras podem ser provenientes de duas
populações que possuem a mesma média.
Sendo t o valor calculado a ser comparado com o valor tabelado; e as
média dos volumes reais das árvores em cada idade; representa a
variância combinada entre as duas amostras.
22
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
As estatísticas básicas de dispersão dos diâmetros, alturas, áreas
transversais e volumes das araucárias aos 24 anos de idade podem ser
visualizados na Tabela 2.
Tabela 2. Estatísticas descritivas das 30 araucárias.
Características Ht (m)
DAP (cm)
g (m²)
v (m³)
Mínimo 15,90 17,1 0,02298 0,2339
Máximo 23,30 44,0 0,15205 1,9358
Média 19,42 27,5 0,06316 0,7314
Desvio Padrão 2,04 6,9 0,03234 0,4201
CV% 10,5 25,1 51,2 57,4
Em que Ht corresponde a altura total da árvore; DAP é o diâmetro sem
casca à altura do peito; g é a área transversal sem casca; v é o volume sem
casca; CV% = coeficiente de variação.
Observa-se na Tabela 2 que o volume é a variável que apresenta maior
dispersão em relação a média (CV%) e a altura total a menor. Esse grande
coeficiente de variação encontrado para o volume e área transversal podem ser
atribuídos a grande variabilidade diamétrica estudada aos 24 anos de idade.
Hess (2006), ao estudar as inter-relações no crescimento da araucária na
Serra do Sudeste, ambiente de ocorrência natural da espécie no Rio Grande do
Sul, encontrou valores médios de altura, DAPc/c e volume aos 24 anos de idade
de 11,94 m, 21,82 cm e 0,2341 m³ respectivamente. Comparando os valores
médios com os do presente trabalho fica evidente a diferença no crescimento da
espécie quando inserida em plantios homogêneos.
O intuito de coletar indivíduo em 3 localidades diferentes era de analisar
três classes de sítio, porém utilizando como base a classificação de classes de
sítio desenvolvida por Hoogh et al. (1978), os indivíduos foram estratificados em
duas classes de produtividade. A classe de sítio I, que reúne as 10 árvores da
parte mais baixa do plantio, apresentando índice de sítio de 22 m; e a classe de
23
sítio II, com as 20 araucárias restantes da encosta e da parte mais alta do plantio,
apresentando índice de sítio de 20 m.
Na Tabela 3 estão os resultados dos ajustes dos modelos para todas as
variáveis estudadas nas classes de sítio I e II, como para os dados não
estratificados.
Tabela 3. Estatísticas dos modelos de crescimento ajustados para todas as
variáveis.
Variável Modelo Classe de Sítio I Classe de Sítio II Geral
R²aj R²aj R²aj
Ht
Prodan 0,9356 13,87 0,9301 13,45 0,9277 14,05
Chapman-Richards 0,9358 13,84 0,9303 13,44 0,9279 14,02
Gompertz 0,9347 13,96 0,9275 13,70 0,9258 14,23
Logística 0,9282 14,64 0,9189 14,49 0,9180 14,95
DAP
Prodan 0,6979 31,71 0,8129 23,07 0,7716 26,16
Chapman-Richards 0,6974 31,74 0,8120 23,13 0,7709 26,20
Gompertz 0,6950 31,87 0,8080 23,37 0,7675 26,39
Logística 0,6879 32,23 0,7990 23,91 0,7594 26,85
g
Prodan 0,4793 71,19 0,6545 49,27 0,5924 56,77
Chapman-Richards 0,4874 70,64 0,6621 48,73 0,5926 56,76
Gompertz 0,4798 71,16 0,6608 48,82 0,5915 56,83
Logística 0,4838 70,88 0,6565 49,13 0,5879 57,08
v
Prodan 0,5537 82,72 0,6509 64,74 0,6106 71,63
Chapman-Richards 0,5541 82,68 0,6512 64,71 0,6109 71,60
Gompertz 0,5538 82,70 0,6509 64,74 0,6106 71,63
Logística 0,5519 82,88 0,6484 64,97 0,6084 71,83
As estatísticas de ajuste dos modelos testados indicam que Chapman-
Richards apresentou uma performance melhor que os demais para todas as
variáveis com exceção do DAP, a qual teve sua evolução melhor representada
pelo modelo de Prodan. Todavia, os modelos apresentaram um fraco ajuste para
volume e área transversal com elevados erros, maiores que 48% chegando a
80%. Por outro lado, os erros médios foram relativamente menores para estimar o
diâmetro e a altura, variando de 13 a 32%.
Figueiredo Filho et al. (2008) ao estudar a modelagem do crescimento e da
produção de plantios de araucária com idades variando de 41 a 61 anos,
utilizando a técnica de análise de tronco completa na Floresta Nacional de Irati,
24
encontraram resultados parecidos com erros médios de 25,8%, 19,25% e 65,44%,
respectivamente para o diâmetro, altura e volume.
Na Figura 5 estão plotadas as nuvens de pontos de todos os indivíduos
para as variáveis altura, DAP, área transversal e volume sobre a idade, bem como
as curvas médias que representam os ajustes.
Figura 5. Dispersão dos valores das variáveis estudadas sobre a idade e curvas
médias dos ajustes.
Na Figura 5 é possível observar uma maior dispersão dos valores
observados de diâmetros, áreas transversais e volumes em relação aos valores
de alturas. Os valores de altura se encontram mais concentrados, por
consequência apresentam uma menor variância e baixo erro no ajuste quando
comparado as demais variáveis, que possuem alta variância dos dados,
explicando o grande erro encontrado nos ajustes.
Na Tabela 4 estão listados os coeficientes e as estatísticas dos modelos de
Chapman-Richards e Prodan, selecionados como mais adequados por possuírem
menores erros padrões da estimativa em percentagem e maiores coeficientes de
determinação ajustados. O modelo empírico de Prodan foi escolhido para
0
5
10
15
20
25
0 5 10 15 20 25
Alt
ura
(m
)
Idade (anos)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
0 5 10 15 20 25
DA
P (
cm
)
Idade (anos)
0,00
0,02
0,04
0,06
0,08
0,10
0,12
0,14
0,16
0 5 10 15 20 25
Áre
a t
ran
svers
al
(m²)
Idade (anos)
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
1,60
1,80
2,00
0 5 10 15 20 25
Vo
lum
e (m
³)
Idade (anos)
25
descrever o crescimento em diâmetro, ao invés do modelo biológico de Chapman-
Richards, por ter apresentado melhor performance para ambas as classes de sítio
e para o geral.
Tabela 4. Coeficientes e estatísticas dos ajustes dos modelos selecionados.
Variável Modelo Classe a b c R²aj
Ht C-R
Sítio I 21,4365 0,1589 2,0988 0,9358 13,84
Sítio II 19,6340 0,1568 1,7450 0,9303 13,44
Geral 20,2581 0,1563 1,8462 0,9279 14,02
DAPs/c Prodan
Sítio I 2,6488 0,1342 0,0270 0,6979 31,71
Sítio II 1,7031 0,2193 0,0244 0,8129 23,07
Geral 1,9558 0,1992 0,0250 0,7716 26,16
g C-R
Sítio I 0,0989 0,0791 2,7577 0,4874 70,64
Sítio II 0,1024 0,0689 2,3301 0,6621 48,73
Geral 0,1015 0,0719 2,4546 0,5926 56,76
v C-R
Sítio I 1,4194 0,0822 4,0088 0,5541 82,68
Sítio II 1,3144 0,0760 3,4767 0,6512 64,71
Geral 1,3529 0,0779 3,6435 0,6109 71,60
Nos modelos biológicos o valor do coeficiente a representa o valor
assintótico para a variável e b caracteriza a inclinação da curva, ou seja, expressa
a taxa de crescimento (SCOLFORO, 2006). Pode-se observar que os valores dos
coeficientes a em geral foram coerentes com os valores assintóticos observados
dos indivíduos, sendo também os coeficientes b da Classe de Sítio I ligeiramente
superiores que os da Classe de Sítio II, seguindo padrão esperado.
Os resíduos (Figuras 6-9) indicam que as estimativas não têm tendências,
exceto para as menores idades (até 10 anos).
Figueiredo Filho et al. (2008) ao estudarem araucárias de 41 a 61 anos, se
depararam com a mesma situação de distribuição dos resíduos, encontrando
tendências em superestimar a variável de interesse para as menores idades, até
20 anos.
26
Figura 6. Dispersão dos resíduos do modelo de Chapman-Richards para as
estimativas de altura.
Figura 7. Dispersão dos resíduos do modelo de Prodan para as estimativas do
DAP.
-60%
-40%
-20%
0%
20%
40%
60%
10 15 20 25
Re
síd
uo
s (%
)
Idade (anos)
Altura - Geral
-60%
-40%
-20%
0%
20%
40%
60%
10 15 20 25
Re
síd
uo
s (%
)
Idade (anos)
Altura - Sítio I
-60%
-40%
-20%
0%
20%
40%
60%
10 15 20 25
Re
síd
uo
s (%
)
Idade (anos)
Altura - Sítio II
-100%
-60%
-20%
20%
60%
100%
10 15 20 25
Re
síd
uo
s (%
)
Idade (anos)
DAP - Sítio II
-100%
-60%
-20%
20%
60%
100%
10 15 20 25
Re
síd
uo
s (%
)
Idade (anos)
DAP - Sítio I
-100%
-60%
-20%
20%
60%
100%
10 15 20 25
Re
síd
uo
s (%
)
Idade (anos)
DAP - Geral
27
Figura 8. Dispersão dos resíduos do modelo de Chapman-Richards para as
estimativas de área transversal.
Figura 9. Dispersão dos resíduos do modelo de Chapman-Richards para as
estimativas de volume.
-250%
-200%
-150%
-100%
-50%
0%
50%
100%
150%
200%
250%
10 15 20 25
Re
síd
uo
s (%
)
Idade (anos)
Área transversal - Geral
-250%
-200%
-150%
-100%
-50%
0%
50%
100%
150%
200%
250%
10 15 20 25
Re
síd
uo
s (%
)
Idade (anos)
Área transversal - Sítio I
-250%
-200%
-150%
-100%
-50%
0%
50%
100%
150%
200%
250%
10 15 20 25
Re
síd
uo
s (%
)
Idade (anos)
Área transversal - Sítio II
-600%
-450%
-300%
-150%
0%
150%
300%
450%
600%
10 15 20 25
Re
síd
uo
s (%
)
Idade (anos)
Volume - Geral
-600%
-450%
-300%
-150%
0%
150%
300%
450%
600%
10 15 20 25
Re
síd
uo
s (%
)
Idade (anos)
Volume - Sítio I
-600%
-450%
-300%
-150%
0%
150%
300%
450%
600%
10 15 20 25
Re
síd
uo
s (%
)
Idade (anos)
Volume - Sítio II
28
É possível observar que a partir dos 10 anos de idade os resíduos se
distribuem aleatoriamente ao longo dos anos, não observando qualquer
tendenciosidade nos ajustes. Para os primeiros 10 anos de idade, as equações
ajustadas superestimam as variáveis de interesse. Todavia são resultados válidos
pois a modelagem biológica pode apresentar elevados erros em função da grande
variabilidade diamétrica.
Na Tabela 5 estão apresentados os valores de máximo ICA e de IMA para
todas as variáveis na duas classes de sítio e para os dados em geral.
Tabela 5. Valores de máximo ICA e de IMA para as variáveis.
Variável Classe Máximo ICA IMA
Ht
Sítio I 1,67 m/ano 0,85 m/ano
Sítio II 1,63 m/ano 0,79 m/ano
Geral 1,62 m/ano 0,81 m/ano
DAP
Sítio I 1,88 cm/ano 1,12 cm/ano
Sítio II 1,95 cm/ano 1,14 cm/ano
Geral 1,91 cm/ano 1,14 cm/ano
g
Sítio I 0,00354 m²/ano 0,00263 m²/ano
Sítio II 0,00335 m²/ano 0,00260 m²/ano
Geral 0,00341 m²/ano 0,00261 m²/ano
v
Sítio I 0,04914 m³/ano 0,03244 m³/ano
Sítio II 0,04313 m³/ano 0,02972 m³/ano
Geral 0,04512 m³/ano 0,03063 m³/ano
Para todas as variáveis com exceção do DAP, os valores de máximo ICA e
de IMA se apresentaram ligeiramente superiores para o sítio I em relação ao sítio
II. Para a variável DAP os valores para o sítio II foram superiores. Mas a diferença
dos valores entre as classes de sítio e a geral foi muito pequena.
Nas Figuras 10-15 são apresentadas as curvas de produção, incrementos
correntes e médios anuais estimados a partir dos modelos de melhor ajuste para
todas as variáveis e classes.
29
Figura 10. Curvas de crescimento e produção geradas pelo modelo de Chapman-Richards para a altura.
0,00
0,45
0,90
1,35
1,80
0 1 2 3 4 5 6 7 8 910
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
Alt
ura
(m
)
Idade (anos)
Incrementos anuais - Sítio I
IMA
ICA
0,00
4,00
8,00
12,00
16,00
20,00
0 2 4 6 8
10
12
14
16
18
20
22
24
Alt
ura
(m
)
Idade (anos)
Produção - Sítio I
0,00
0,45
0,90
1,35
1,80
0 1 2 3 4 5 6 7 8 910
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
Alt
ura
(m
)
Idade (anos)
Incrementos anuais - Sítio II
ICA
IMA
0,00
4,00
8,00
12,00
16,00
20,00
0 2 4 6 8
10
12
14
16
18
20
22
24
Alt
ura
(m
)
Idade (anos)
Produção - Sítio II
30
Figura 11. Curvas de crescimento e produção geradas pelo modelo de Prodan para o DAP.
0,00
0,40
0,80
1,20
1,60
2,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 910
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
DA
P (cm
)
Idade (anos)
Incrementos anuais - Sítio I
IMA
ICA
0,00
4,00
8,00
12,00
16,00
20,00
24,00
28,00
0 2 4 6 8
10
12
14
16
18
20
22
24
DA
P (cm
)
Idade (anos)
Produção - Sítio I
0,00
0,40
0,80
1,20
1,60
2,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 910
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
DA
P (cm
)
Idade (anos)
Incrementos anuais - Sítio II
IMA
ICA
0,00
4,00
8,00
12,00
16,00
20,00
24,00
28,00
0 2 4 6 8
10
12
14
16
18
20
22
24
DA
P (cm
)
Idade (anos)
Produção - Sítio II
31
Figura 12. Curvas de crescimento e produção geradas pelo modelo de Chapman-Richards para a área transversal.
0,0000
0,0005
0,0010
0,0015
0,0020
0,0025
0,0030
0,0035
0,0040
0 1 2 3 4 5 6 7 8 910
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
g (m
²)
Idade (anos)
Incremento anuais - Sítio I
IMA
ICA
0,0000
0,0100
0,0200
0,0300
0,0400
0,0500
0,0600
0,0700
0 2 4 6 8
10
12
14
16
18
20
22
24
g (m
²)
Idade (anos)
Produção - Sítio I
0,0000
0,0005
0,0010
0,0015
0,0020
0,0025
0,0030
0,0035
0,0040
0 1 2 3 4 5 6 7 8 910
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
g (m
²)
Idade (anos)
Incremento anuais - Sítio II
IMA
ICA
0,0000
0,0100
0,0200
0,0300
0,0400
0,0500
0,0600
0,0700
0 2 4 6 8
10
12
14
16
18
20
22
24
g (m
²)
Idade (anos)
Produção - Sítio II
32
Figura 13. Curvas de crescimento e produção geradas pelo modelo de Chapman-Richards para o volume.
0,00
0,01
0,02
0,03
0,04
0,05
0 1 2 3 4 5 6 7 8 910
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
v (m
³)
Idade (anos)
Incremento anuais - Sítio II IMA
ICA
0,00
0,01
0,02
0,03
0,04
0,05
0 1 2 3 4 5 6 7 8 910
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
v (m
³)
Idade (anos)
Incrementos anuais - Sítio I IMA
ICA
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0 2 4 6 8
10
12
14
16
18
20
22
24
v (m
³)
Idade (anos)
Produção - Sítio I
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0 2 4 6 8
10
12
14
16
18
20
22
24
v (m
³)
Idade (anos)
Produção - Sítio II
33
Figura 14. Curvas de crescimento e produção geradas para as variáveis altura e DAP no geral.
0,00
0,45
0,90
1,35
1,80
0 1 2 3 4 5 6 7 8 910
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
Alt
ura
(m
)
Idade (anos)
Incrementos anuais - GeralIMA
ICA
0,00
4,00
8,00
12,00
16,00
20,00
0 2 4 6 8
10
12
14
16
18
20
22
24
Alt
ura
(m
)
Idade (anos)
Produção - Geral
0,00
0,40
0,80
1,20
1,60
2,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 910
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
DA
P (cm
)
Idade (anos)
Incrementos anuais - GeralIMA
ICA
0,00
4,00
8,00
12,00
16,00
20,00
24,00
28,00
0 2 4 6 8
10
12
14
16
18
20
22
24
DA
P (cm
)
Idade (anos)
Produção - Geral
34
Figura 15. Curvas de crescimento e produção geradas para as variáveis área transversal e volume no geral.
0,00
0,01
0,02
0,03
0,04
0,05
0 1 2 3 4 5 6 7 8 910
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
v (m
³)
Idade (anos)
Incremento anuais - GeralIMA
ICA
0,0000
0,0005
0,0010
0,0015
0,0020
0,0025
0,0030
0,0035
0,0040
0 1 2 3 4 5 6 7 8 910
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
g (m
²)
Idade (anos)
Incrementos anuais - Geral
IMA
ICA
0,00
0,01
0,02
0,03
0,04
0,05
0,06
0,07
0 2 4 6 8
10
12
14
16
18
20
22
24
g (m
²)
Idade (anos)
Produção - Geral
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0 2 4 6 8
10
12
14
16
18
20
22
24
v (m
³)
Idade (anos)
Produção - Geral
35
As curvas de produção apresentaram forma sigmoidal e todas as curvas de
produção do Sítio II se apresentaram mais baixas que as do Sítio I, como
esperado. Esse plantio atingiu o valor de máxima produtividade biológica para as
variáveis altura, diâmetro e área transversal, não atingindo apenas para a variável
volume, seguindo a ordem natural de culminação das variáveis dendrométricas
em árvores individuais, amplamente vista e descrita na literatura florestal.
Para a variável altura, os valores de máxima produtividade biológica foram
alcançados em idades diferentes para os dois sítios: o sítio I atingiu seu valor
assintótico aos 8 anos de idade enquanto o sítio II atingiu mais cedo, aos 6 anos.
Para os dados não estratificados o valor assintótico foi atingido aos 7 anos, uma
média dos sítios. Hess (2006) encontrou valor assintótico da altura atingido aos
55 anos na Serra do Sudeste (RS).
Para a variável diâmetro os resultados foram semelhantes: o sítio I atingiu
seu valor de máxima produtividade biológica mais tarde, aos 10 anos, enquanto o
sítio atingiu aos 8 e sem estratificação dos dados atingiu aos 9. Figueiredo Filho
et al. (2007) encontrou valor de máxima produtividade biológica para diâmetro na
idade de 12 anos.
Já para a variável área transversal a estratificação em classes de sítio não
alterou a idade onde as curvas de IMA e ICA se cruzaram, para ambos os sítios a
idade foi de 22 anos, a mesma que para os dados não estratificados. Figueiredo
Filho et al. (2007) encontrou que aos 30 anos o plantio atingiu o valor de máxima
produtividade biológica para área transversal.
Para concluir se existe diferença entre as classes de sítio, foi realizado o
teste “t” de Student para os volumes reais (Tabela 6) em todas as idades.
Para todas as idades os valores calculados de t foram não significativos a
5% de probabilidade (Tabela 7), ou seja, os volumes médios das duas classes de
sítio podem ser provenientes de uma população com a mesma média. Podendo
se concluir que não existe diferença entre as duas classes de sítio encontradas.
Os valores negativos de “t” se caracterizam pelas medidas de tendência
centrais (média, moda e mediana) não coincidirem e, a curva de distribuição estar
deslocada para a direita.
36
Tabela 6. Volumes médios (m³) para todas as idades e sítios.
Idade Sítio I Sítio II Idade Sítio I Sítio II
1 0,000005 0,00002 13 0,268280 0,26659 2 0,000106 0,00023 14 0,310529 0,30528 3 0,001106 0,00195 15 0,356886 0,34705 4 0,004551 0,00830 16 0,405878 0,38642 5 0,011940 0,01969 17 0,449621 0,42322 6 0,025666 0,03674 18 0,495578 0,46586 7 0,046601 0,05845 19 0,545682 0,51042 8 0,074616 0,08500 20 0,599982 0,55927 9 0,106871 0,11496 21 0,650344 0,60189 10 0,142288 0,14766 22 0,696982 0,64363 11 0,179947 0,18431 23 0,740573 0,67952 12 0,222632 0,22448 24 0,774827 0,70965
Tabela 7. Valores de t calculados para todas as idades.
Idade Valor t Idade Valor t
1 -1,10 ns 13 0,03
ns
2 -2,12 ns 14 0,08
ns
3 -1,49 ns 15 0,14
ns
4 -1,57 ns 16 0,25
ns
5 -1,54 ns 17 0,31
ns
6 -1,29 ns 18 0,31
ns
7 -0,93 ns 19 0,33
ns
8 -0,57 ns 20 0,34
ns
9 -0,34 ns 21 0,37
ns
10 -0,18 ns 22 0,37
ns
11 -0,12 ns 23 0,39
ns
12 -0,04 ns 24 0,39
ns
Em que ns é não significativo a 5% de probabilidade.
Figueiredo Filho et al. (2007) estudando o crescimento para plantios da
espécie por meio da análise de tronco completa apresentaram valores de ICA e
IMA para variável diâmetro inferiores aos desta pesquisa, de 1,55 cm/ano e 1,05
cm, respectivamente. Hess et al. (2009) analisando a variação do crescimento em
diâmetro de A. angustifolia para três regiões do Rio Grande do Sul, obtiveram um
IMA de 0,98 cm/ano. Já para este estudo o IMA observado foi 1,12 cm/ano,
37
mesmo tendo sido estudados indivíduos de idades semelhantes, a diferença na
taxa de crescimento do ambiente natural de ocorrência da espécie não se
compara ao de um plantio.
Zamin (2013) em plantios jovens de até 7 anos de idade encontrou valores
de máximo ICA semelhantes ao da presente pesquisa para altura, com 1,6 m/ano;
e de IMA para a variável altura, superior com 1,2 m/ano. Esse alto valor de IMA
pode ser atribuído a terem sido analisados indivíduos jovens, portanto com
maiores taxas de incremento.
Estudando indivíduos de até 60 anos de idade em seu ambiente de
ocorrência natural, Hess (2006) descobriu que a variável volume ainda não havia
atingido o valor assintótico, apresentando um ICA máximo de 0,0311 m³/ano.
Todos esses estudos evidenciam a diferença no crescimento das variáveis
dendrométricas entre o ambiente de ocorrência natural da espécie e em plantios
comerciais.
38
6 CONCLUSÕES
O modelo biológico de Chapman-Richards se mostrou o mais eficiente para
as variáveis volume, altura e área transversal. Já o modelo empírico de Prodan se
mostrou o mais eficiente na estimativa do DAP em função da idade.
Todos os modelos apresentaram tendência em superestimar as variáveis
de interesse nos primeiros 10 anos.
Pelas curvas de crescimento observa-se que o povoamento já atingiu o seu
valor de máxima produtividade biológica para todas as variáveis estudadas,
exceto volume.
As duas classes de sítio apresentaram idades diferentes para o
cruzamento das curvas de IMA e ICA para as variáveis diâmetro e altura; e a
mesma idade para a variável área transversal, não tendo se cruzado para o
volume.
Os semelhantes valores de ICA e IMA para todas as variáveis estudadas
indicam uma não diferenciação entre as classes de sítio.
39
7 AVALIAÇÃO DO ORIENTADOR
O acadêmico de Engenharia Florestal Yuri Accioly desenvolveu, durante o
período de fevereiro de 2015 a junho de 2015, uma importante pesquisa sobre
crescimento e produção florestal, cujo título é “MODELAGEM DO
CRESCIMENTO DAS VARIÁVEIS DENDROMÉTRICAS DE ARAUCÁRIA
Araucaria angustifolia (Bert.) O. Kuntze”. Este trabalho está bem redigido, tem
objetivos claros e a metodologia usada é adequada para atingir os resultados.
_______________________________ _______________________________
Yuri Accioly Prof. MSc. Décio José de Figueiredo
40
8 REFERÊNCIAS
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