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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO USO DE SOFTWARE COMERCIAL NAS LOJAS DE UM SHOPPING CENTER DA CIDADE DE NATAL-RN. ANA CLÁUDIA FIRMINO BARROS Natal, dezembro de 2010.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

USO DE SOFTWARE COMERCIAL NAS LOJAS DE UM SHOPPING CENTER DA

CIDADE DE NATAL-RN.

ANA CLÁUDIA FIRMINO BARROS

Natal, dezembro de 2010.

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ANA CLÁUDIA FIRMINO BARROS

USO DE SOFTWARE COMERCIAL NAS LOJAS DE UM SHOPPING CENTER DA CIDADE DE NATAL-RN.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação do curso de graduação em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientadora: Anatália Saraiva Martins Ramos, Dra.

Natal, dezembro de 2010.

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Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA

Barros, Ana Cláudia Firmino. Uso de software comercial nas lojas de um shopping center da cidade de

Natal-RN / Ana Cláudia Firmino Barros. – Natal, RN, 2013. 44f. : Il. Orientadora: Profa. Dra. Anatália Saraiva Martins Ramos. Monografia (Graduação em Administração) – Universidade Federal do

Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de Ciências Administrativas.

1. Administração – Monografia. 2. Tecnologia da informação –

Monografia. 3. Sistemas de informação gerencial – Monografia. I. Ramos, Anatália Saraiva Martins. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título. RN/BS/CCSA CDU 005.94:004.9

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

USO DE SOFTWARE COMERCIAL NAS LOJAS DE UM SHOPPING CENTER DA

CIDADE DE NATAL-RN.

ANA CLÁUDIA FIRMINO BARROS

Monografia apresentada e aprovada em 21 de dezembro de 2010, pela banca examinadora composta pelos seguintes membros:

______________________________________ Anatália Saraiva Martins Ramos, Dra.

Orientadora

_______________________________________ Bruna Miyuki Kasuya de Oliveira.

Examinadora

________________________________________ Marcelo de Santana Porte, M.Sc.

Examinador

Natal, 21 de dezembro de 2010

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois sem Ele, nada seria possível. A minha mãe; pelo esforço e dedicação, em todos os momentos desta e de outras caminhadas. A minha tia

Neuza (In memória), por me incentivar a correr atrás de meus ideais. E, em especial, ao meu filho João Lucas meu pequeno anjo, luz do meu caminho, razão de meus esforços para atingir

meus objetivos!!

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, por existir e por tudo que tenho e sou. Por transformar sonhos em realidade,

e por dá forças para seguir caminhando em meio às dificuldades da vida.

A minha mãe por ter me concebido, e me ensinado a valorizar o conhecimento e por acreditar

em mim.

A meus amigos fumacinhas (Ivan, Raquel, Rafaela, Eunice, Thiago, Klaustro e Marcela), aos

meus colegas (Amauri, Juliana, Daniel Bender), pelos momentos de aprendizagem e pela

amizade construída ao longo desse curso.

A minha orientadora, Anatália Ramos pela contribuição para o desenvolvimento desse

trabalho e, principalmente pela competência, desempenho e dedicação que demonstrou no

desenvolvimento de suas atividades.

A todos os professores que deram aula a turma (não citarei seus nomes para não cometer o

equivoco de esquecer algum), pela contribuição, em suas respectivas áreas, para nosso

desenvolvimento pessoal, intelectual, profissional e social.

Aos gerentes das lojas do shopping Midway Mall, que responderam ao questionário o que

possibilitou a concretização da pesquisa.

A todos aqueles, que direta ou indiretamente, colaboram para que esse trabalho atingisse aos

objetivos propostos.

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“Não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tornará assim uma máquina utilizável e não uma personalidade. É necessário que adquira um sentimento, senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto.” Albert Einstein

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 01 O software básico é um intermediário entre o hardware e as aplicações

funcionais 20

FIGURA 02 Modelo de Relacionamento Cíclico 21

FIGURA 03 Modelo conceitual 22

QUADRO 01 Variáveis escolhidas para estudo na pesquisa 22

TABELA 01 Valores absolutos e percentuais de respostas e resultado da análise bidimensional da variável “relevância do uso de sistema” e escolaridade

33

TABELA 02 Valores absolutos e percentuais de respostas e resultado da análise bidimensional da variável “Conhecimento em informática”

34

TABELA 03 Valores absolutos e percentuais de respostas e resultado da análise bidimensional da variável “Interesse em SI”

35

TABELA 04 Valores absolutos e percentuais de respostas da avaliação sobre cultura organizacional

36

TABELA 05 Valores absolutos e percentuais de respostas dos softwares citados 37

TABELA 06 Valores absolutos e percentuais de respostas das empresas fornecedoras 38

TABELA 07 Valores absolutos de respostas sobre avaliação dos itens do software utilizado

39

TABELA 08 Valores absolutos e percentuais de respostas e resultado da análise bidimensional da variável “Avaliação do sistema”

40

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 01 Distribuição percentual dos respondentes por sexo 31

GRÁFICO 02 Distribuição percentual dos respondentes por faixa etária 32

GRÁFICO 03 Distribuição percentual dos respondentes por escolaridade 32

GRÁFICO 04 Distribuição dos respondentes por faixa etária versus conhecimento em informática

34

GRÁFICO 05 Distribuição dos respondentes por grau de interesse em sistema de informação versus disposição da empresa em oferecer treinamento

36

GRÁFICO 06 Distribuição percentual da Avaliação geral de funcinamento do software

39

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RESUMO

O uso de softwares vem gradativamente ganhando importância no desenvolvimento das atividades gerencias, em detrimento do avanço tecnológico e da globalização da economia. Diante do exposto, o presente trabalho resulta da pesquisa realizada sobre os fatores que influenciam no uso de softwares comerciais no shopping Midway Mall, por parte dos gerentes de loja. Foram aplicados questionários estruturados, os quais permitiram coletar dados para concretizar o objetivo proposto na pesquisa. Foram aplicados 41 questionários, com gerentes de lojas selecionados por conveniência. Com o resultado obtido, pode-se auferir que uso de software entre os gerentes de lojas do Shopping Midway Mall é influenciado pelas características do sistema, do próprio gerente e da organização. Mas, essas variáveis não determinam o uso. A intensidade de uso é determinada em geral pelo interesse pessoal do usuário.

PALAVRAS-CHAVE: Uso de sistema de informação; características pessoais; características da organização; características do sistema.

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ABSTRACT

The use of softwares comes gradual gaining importance in the development of the activities manages, in detriment of the technological advance and the globalization of the economy. Ahead of the displayed one, the present work results of the research carried through on the factors that influence in the use of softwares commercial in shopping Midway Mall, on the part of the store controlling. Structuralized questionnaires had been applied, which had allowed to collect given to materialize the objective considered in the research. 41 questionnaires had been applied, with controlling of store selected for convenience. With the gotten result, it can be gained that software use enters the controlling of store of the Shopping Midway Mall is influenced by the characteristics of the system, the proper manager and the organization. But, these variable do not determine the use. The use intensity is determined in general by the personal interest of the user.

KEYWORDS: Use of information system; personal characteristics; characteristics of the organization; characteristics of the system.

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 12

1. PARTE INTRODUTÓRIA 13

1.1 Caracterização do ambiente de estudo 13

1.2 Contextualização e Problema 15

1.3 Objetivos da Pesquisa 16

1.4 Justificativa 17

2. REFERENCIAL TEÓRICO 19

2.1 Visão geral da Tecnologia da Informação 19

2.2 Software 20

2.3 Modelo de Relacionamento Cíclico 21

2.4 Modelo Conceitual 22

2.5 Pontos relevantes para abordagem proposta 23

3. METODOLOGIA 29

3.1 Caracterização da pesquisa 29

3.2 População e Amostra 29

3.3 Dados e Instrumentos da Coleta 29

3.4 Tratamento estatístico e forma de análise 30

3.5 Estudo piloto 30

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS 30

4.1 Apresentação dos resultados relacionados ao perfil dos gerentes 31

4.2 Resultados referentes as características da Organização 34

4.3 Resultados relativos ao software utilizado 37

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 41

REFERÊNCIAS 42

APÊNDICE

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APRESENTAÇÃO

A tecnologia da informação é responsável por uma revolução nos negócios. Nessa

revolução, para acessar e processar informações as empresas usam a TI como nova fonte de

energia.

O software é uma das muitas ferramentas que podem auxiliar os gerentes na tomada

de decisão. A utilização de softwares permite as organizações administrarem de forma mais

eficiente e eficaz os recursos que dispõem, tornando-se mais competitivas e assim se

mantendo no mercado.

Diante desse contexto, o presente trabalho tem o intuito de identificar os fatores que

influenciam na intensidade do uso dos softwares comerciais, por parte dos gerentes, nas lojas

do shopping Midway Mall. Com essa pesquisa poderão ser vistos os fatores que tem maior ou

menor influência na utilização das ferramentas oferecidas pelos softwares, e como base no

resultado poderão ser formuladas sugestões para utilização plena.

O presente está dividido em cinco capítulos. A princípio tem-se a parte introdutória,

caracterizando o ambiente de estudo onde a pesquisa foi realizada, a contextualização, o

problema da pesquisa, os objetivos geral e específicos, e a justificativa do estudo. Em seguida

parte-se para o referencial teórico, onde é descrita a revisão da literatura. No terceiro capítulo

apresenta-se a metodologia a ser utilizada no trabalho, descrevendo a caracterização da

pesquisa e a coleta e análise dos dados. No capítulo quatro são delineados os resultados

obtidos. No quinto são apresentadas as considerações finais. E, no final, são apresentadas as

referências utilizadas para embasar teoricamente a pesquisa e o apêndice.

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1. PARTE INTRODUTÓRIA

1.1 - Caracterização do ambiente de estudo

Shopping center ou centro comercial é uma estrutura que contém estabelecimentos

comerciais como lojas, lanchonetes, restaurantes, salas de cinema, playground, parques de

diversões e estacionamento, caracterizado pelo seu fechamento em relação à cidade.

É um espaço planejado sob uma administração centralizada, composto de lojas

destinadas à exploração comercial e à prestação de serviços, sujeitas a normas contratuais

padronizadas, para manter o equilíbrio da oferta e da funcionalidade, procurando assegurar

convivência integrada.

Os locatários pagam um valor em conformidade com um percentual do faturamento

(5 a 9%) ou um valor mínimo básico estabelecido no contrato - o que for maior. O centro

comercial, na maior parte das vezes, cobra por muitos serviços, como o estacionamento.

Os shopping centers de média e grande dimensão funcionam como pequenas cidades,

possuindo uma estrutura governamental (administração) e seus serviços de polícia e

bombeiros (segurança), de limpeza, de abastecimento de água, de manutenção de

infraestruturas, etc.

O sistema de shoppings centers teve origem nos Estados Unidos há 60 anos, a partir

de uma idéia estratégia de viabilizar um macro ambiente de consumo, que fosse

extremamente agradável e confortável, sem os tradicionais problemas verificados nos demais

estabelecimentos comerciais. No Brasil, a trajetória dos shoppings centers começou na década

de 60 com a inauguração do shopping do Méier (1963) e do Shopping Iguatemi (1966).

Segundo informações disponibilizadas no site oficial do shopping, o Midway Mall é

um dos maiores shoppings centers da região Nordeste. Com uma área construída de 227 mil

metros quadrados, reúne 262 lojas, entre lojas âncoras e satélites, e estabelecimentos na praça

de alimentação, em uma área bruta locável de 67,3 mil metros quadrados. Possui três

pavimentos destinados a lojas e serviços diversos e outros seis pavimentos destinados ao

estacionamento coberto para 3.500 veículos.

A primeira fase foi inaugurada no dia 27 de abril de 2005, com a ocupação dos dois

primeiros pavimentos. O terceiro pavimento foi inaugurado em 27 de abril de 2009. Um

complemento do 3º. piso ainda está sendo preparado e irá oferecer ao público uma Área

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Gourmet com restaurantes e um Teatro multi-funcional com capacidade para 1.400 lugares

sentados.

Em média, o shopping gera 6 mil postos de trabalho de empregos diretos. Estima-se

que o fluxo médio de veículos seja de 13 mil veículos por dia e um de público 65 mil pessoas

por dia. O shopping center Midway Mall conta com infra-estrutura típica dos grandes centros

de compras, destacando-se pela utilização de equipamentos de ponta: escadas rolantes,

elevadores panorâmicos, praça central e praças laterais com iluminação natural, painéis

decorativos, sistema de climatização e lindos jardins.

Localizado no mais importante cruzamento da cidade, formado pelas avenidas

Senador Salgado Filho e Bernardo Vieira, eixos estruturais da malha viária local, o Midway

Mall tem invejáveis condições de acessibilidade estando, no máximo, a 15 minutos dos

principais bairros da cidade e fazendo com que toda a cidade esteja no raio de sua área de

influência.

Para o cliente consumidor, esses fatores propiciam rapidez e melhores alternativas de

compras e lazer através de ambientes úteis e agradáveis, razão pela qual fazem parte do

shopping, além de lojas, praça de alimentação e prestação de serviços, espaço para exposições

culturais, salas de cinema, dentre outros. O lojista por sua vez tem a oportunidade de conduzir

seus negócios de forma rentável, desfrutando de um projeto inovador que já é um cartão

postal da cidade.

O funcionamento do Midway Mall é de responsabilidade da Administração. O

shopping em si é um grande investimento imobiliário. A administração funciona sobre forma

de condomínio, dentre suas atribuições estão à comercialização das lojas e a promoção de

marketing. Os serviços administrativos, operacionais, jurídicos, contábeis, de manutenção são

todos realizados pelo condomínio (Administração).

A administração também é responsável pelas docas (área de carga e descarga de

mercadorias), subestação elétrica de alta tensão, instalações centrais de ar condicionado,

sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário, sistema de gás canalizado,

segurança contra incêndio. Os serviços de limpeza, detetização, coleta de lixo, manutenção do

jardim e segurança são terceirizados.

As relações da Administração com os lojistas é regida por contrato. Os contratos são

renovados a cada 5 anos. Nesses contratos, existe uma cláusula que garante ao locador

(Midway) o direito de Auditar as lojas fazendo fiscalização do faturamento dos lojistas e de

todas as operações comerciais.

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Outras normas adicionais ao contrato de locação permitem que a administração

interfira na utilização das lojas, para garantir um mix de lojas e amenizar a concorrência

desleal, e também em outros aspectos como: o de construção do imóvel, modificação do

projeto de construção, projetos e obras, todos devem ser aprovados pelo comitê técnico. Um

regulamento interno apresenta as regras que todos os lojistas devem cumprir, apresenta os

deveres, horários e obrigações sujeitos às multas se não forem cumpridos.

Aos lojistas cabe, zelar pela boa utilização da estrutura física, cumprir as normas do

shopping, atender seus clientes e comercializar seus produtos.

1.2 - Contextualização e Problema

O Século XX é considerado a Era da Informação. A partir de então, a informação

começou a fluir com velocidade maior que a dos corpos físicos. Desde a invenção do

telégrafo elétrico em 1837, passando pelos meios de comunicação de massa, e até mais

recentemente, o surgimento da grande rede de comunicação de dados que é a Internet, o ser

humano tem de conviver e lidar com um crescimento exponencial do volume de dados

disponíveis.

O domínio da informação disponível é uma fonte de poder, uma vez que permite

analisar fatores do passado, compreender o presente, e principalmente, antever o futuro.

Os sistemas de informação surgiram antes mesmo da informática. As primeiras

aplicações empresarias dos computadores realizavam tarefas repetitivas, de alto volume e de

computação de transações, ocorreram em meados da década de 1950.

Hoje qualquer computador tem uma variedade de programas que fazem diversas

tarefas. Eles podem ser classificados em duas grandes categorias:

a) Software de sistema que incluiu o firmware (O BIOS dos computadores

pessoais, por exemplo), drivers de dispositivos, o sistema operacional e tipicamente uma

interface gráfica que, em conjunto, permitem ao usuário interagir com o computador e seus

periféricos.

b) Software aplicativo, que permite ao usuário fazer uma ou mais tarefas

específicas. Aplicativos podem ter uma abrangência de uso de larga escala, muitas vezes em

âmbito mundial; nestes casos, os programas tendem a ser mais robustos e mais padronizados.

Programas escritos para um pequeno mercado têm um nível de padronização menor.

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Ainda é possível usar a categoria Software embutido ou Software embarcado,

indicando software destinado a funcionar dentro de uma máquina que não é um computador

de uso geral e normalmente com um destino muito específico.

Atualmente tem-se um novo tipo de software. O software como serviço, que é um

tipo que roda diretamente na internet, não sendo necessário instalar nada no computador do

usuário. Geralmente esse tipo de software é gratuito e tem as mesmas funcionalidades das

versões desktop.

Para melhorar a eficácia, trabalhadores de todos os níveis, de todos os tipos de

empresas e de todas industrias estão fazendo uso de sistemas de informação. Em termos

corporativos, os tipos mais comuns de sistemas de informação são: de processamento de

transações e comércio eletrônico (E-commerce), de informações gerenciais, de suporte à

decisão e inteligência artificial. Juntos, esses sistemas apóiam os empregados das

organizações na realização de tarefas rotineiras e especiais.

As pessoas e as empresas reagem de maneira muito diferente diante da tecnologia.

Algumas ficam fascinadas e outras ficam perplexas; muitas se deslumbram ou são totalmente

descrentes. Há aquelas que aceitam as novas tecnologias sem maiores questionamentos e

outras que relutam em aceitá- las.

Levando-se em conta todas as informações do contexto apresentado chegou-se ao

seguinte problema: “Quais os fatores influenciadores na intensidade do uso dos softwares

comerciais, por parte dos gerentes, nas lojas do shopping Midway Mall?”.

1.3 - Objetivos da Pesquisa

a) Geral

Identificar os fatores influenciadores na intensidade do uso dos softwares comerciais,

por parte dos gerentes das lojas do shopping Midway Mall.

b) Específicos

Levantar o perfil dos gerentes e das lojas a serem estudadas;

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Descrever características do sistema e da organização

Identificar as ferramentas oferecidas pelos softwares comerciais utilizados nas lojas do

Midway;

Identificar os fatores que influenciam na intensidade de utilização das ferramentas

oferecidas pelos softwares comerciais;

Propor sugestões de utilização plena das ferramentas oferecidas pelos softwares

comerciais utilizados;

Relacionar o uso do sistema com o nível de escolaridade.

1.4 - Justificativa

O uso de sistemas de informação pode ajudar uma organização a tornar se mais

eficiente e eficaz, agregando valor ao seu negócio, promovendo mudanças na estratégia e na

direção e fazendo com que a empresa torne-se mais competitiva. Mas, para que isso ocorra é

necessário que os usuários desses sistemas conheçam as ferramentas que dispõem e a utilizem

de forma plena, extraindo o máximo de proveito.

A proposta de pesquisar os fatores influenciadores do uso dos softwares comerciais é

justificada como importante, tendo em vista que o uso pleno das ferramentas oferecidas pelos

softwares permite redução de trabalho, melhoria na qualidade dos serviços, agilidade nos

processos, melhoria na qualidade de atendimento ao cliente, maior controle das atividades

dentre outras vantagens.

A motivação para realização desta, deve-se a observação empírica possibilitada pela

realização de estágio no setor de Auditoria do shopping Midway Mall. O referido estágio

permite ao aluno vivenciar a rotina das lojas auditadas por determinado período.

A vivência na loja propicia condições favoráveis para realização da pesquisa, pois

facilita o acesso às informações, a aplicação de questionários bem como a colaboração dos

gerentes.

O baixo custo e a disponibilidade de bibliografia também contribuem para a

viabilidade do projeto. As despesas para realização da pesquisa serão apenas com cópias do

questionário. Existe uma grande variedade de livros, artigos de jornais e revistas, trabalhos

acadêmicos sobre sistemas de informação.

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Espera-se a partir do resultado da pesquisa, propor aos pesquisados sugestões de

utilização plena das ferramentas dos softwares que dispõem. E, também contribuir com

material teórico, que possibilite a acadêmicos e ao mundo cientifico informações adicionais

para o estudo do uso de sistemas de informações.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Visão geral da Tecnologia da Informação

O relacionamento das organizações com seu ambiente se dá através da troca de

informações. Freitas e Lesca (1992, p. 97), afirma que “a informação é o processo pelo qual a

empresa se informa sobre ela mesma e sobre seu ambiente, além de passar informações dela

ao ambiente”.

Até recentemente, a informação por si só não era considerada um recurso importante

para uma firma. O processo de administração era considerado uma arte pessoal, cara a cara, e

não um extenso processo de coordenação global.

Hoje em dia, é amplamente notório que a compreensão dos sistemas de informação é

essencial para os gerentes porque a maioria das organizações necessita de sistema de

informação para sobreviver e prosperar. (LAUDON; LAUDON, 2001, p.2)

Um sistema de informação fornece informações a gerentes (de nível médio) nas áreas

funcionais, afim de apoiar tarefas administrativas de planejamento, organização e controle de

operações.

O’Brien (2001, p. 17) conceitua Sistema de Informação (SI) como “um grupo de

componentes inter-relacionados que trabalham juntos rumo a uma meta comum recebendo

insumos e produzindo resultados em um processo organizado de

transformação”.Tecnicamente, SI pode ser definido como: conjunto de componentes inter-

relacionados que coleta (ou recupera) processa, armazena e distribui informações para dá

suporte à tomada de decisão e ao controle da organização.

Os sistemas de informação transformam os dados brutos em informação útil através

de três atividades: entrada, processamento e saída. A entrada captura ou coleta dados brutos

de dentro da organização ou de seu ambiente externo. O processamento converte essa entrada

de dados brutos em uma forma mais significativa. A saída transfere a informação processada

às pessoas ou atividade onde ela será usada.

A tecnologia da informação nasceu como o uso dos computadores nas empresas. Os

sistemas de informação computadorizados se baseiam em hardware e software para processar

e difundir informações.

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O hardware é o equipamento para armazenagem ou processamento da informação. O

Software, ou programa, é o conjunto de instruções operacionais que dirigem e controlam o

processamento do computador.

Para LAUDON e LAUDON (2001, p. 52),

“Os sistemas de informação e as organizações têm uma mutua influência entre si. Por um lado, os sistemas de informação precisam estar alinhados com a organização para fornecer informação necessária aos importantes grupos dentro da organização. Ao mesmo tempo a organização precisa estar ciente e aberta às influências dos sistemas de informação para se beneficiar de novas tecnologias.”

2.2 Software

Um hardware sem software não tem utilidade. A função principal do software é

direcionar os trabalhos do hardware.Tudo que um computador faz é instruído a partir de

programas. Um programa (software) é uma sequência de instruções específicas que

descrevem uma tarefa a ser realizada por um computador, na manipulação, redirecionamento

ou modificação de dados, de maneira lógica.

Existem dois tipos principais de software: software aplicativo e software básico. O

software aplicativo é um conjunto de instruções de computador escritas em linguagem de

programação. As instruções orientam o hardware na execução de atividades específicas de

processamento de dados ou informação que proporcionem funcionalidade ao usuário.

O software básico age basicamente como intermediário entre o hardware e os

programas de aplicativos, e os usuários mais avançados também podem manipulá-lo

diretamente.

A Figura 1 mostra que o software básico é necessariamente um intermediário entre o

hardware e o software de aplicativo; o software de aplicativo não consegue rodar sem o

software básico.

Figura 1 - O software básico é um intermediário entre o hardware e as aplicações funcionais Fonte: Guia de tecnologia 2, 2007.

Hardware

Software Básico

Software

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Nos anos 50, o hardware era mais caro e raro, mas com os avanços na tecnologia de

hardware os custos diminuíram significativamente, em contra partida os softwares tornaram-

se mais caro, pois estão mais complexos e demoram mais tempo para serem desenvolvidos e a

demanda por programadores excede a oferta.

Ao contrário do hardware, que pode ser projetado e fabricado por linhas de

montagem automatizadas, o software precisa ser programado à mão. De uma maneira geral,

pode-se dizer que a potência do hardware duplica a cada 18 meses, mas a do software duplica

somente a cada oito anos. Essa diferença representa um grande desafio para os

desenvolvedores de software e para os usuários de sistemas de informação em geral.

2.3 Modelo de Relacionamento Cíclico

O modelo de Relacionamento cíclico (ver figura 2), desenvolvido por Tadeu Cruz

(2002), estuda o comportamento de qualquer empresa, decompondo-a em três elementos:

Pessoas;

Processos;

Tecnologia da Informação.

Baseando-se no Modelo de Relacionamento cíclico é possível explicar como se dá o

relacionamento da tecnologia da informação com os outros elementos existentes em qualquer

organização.

Figura 2 – Modelo de Relacionamento Cíclico Fonte: CRUZ,2002.

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Para CRUZ (2002), o modelo de Relacionamento cíclico funciona da seguinte forma:

as pessoas aprendem a usar a tecnologia de informação com a finalidade de executar a

atividade que estiver sobre sua responsabilidade. Os fatores influenciadores e os fatores

determinantes são as causas que precisam ser descobertas e analisadas, pois podem atingir os

três elementos de forma positiva algumas vezes e de forma negativa outras.

O relacionamento das pessoas com a tecnologia da informação reforça e possibilita a

recriação de projetos de produtos e processos, e aprofunda o conhecimento sobre o conteúdo

de suas atividades, realizando-as com qualidade.

Absorver novas tecnologias significa aceitar possibilidades de mudanças, que

influenciarão a criação de processos mais avançados, econômicos e que atendem as

necessidades de demanda.

As tecnologias de informação têm aplicações muito amplas e na maioria das vezes

desconhecemos sua real potencialidade e limitamos seu uso, correndo o risco de tornar o

processo não competitivo, se comparado às organizações cujo pessoal tenha percebido

utilidades, que possam trazer um diferencial de resultado mercadológico e econômico.

Segundo CRUZ (2003, p. 27) “tecnologia só é boa se for útil, se tiver utilidade para

pessoas. Esse carácter utilitário aparece à medida que as pessoas aceitam a tecnologia e

passam a utilizá-la.”

2.4 Modelo Conceitual

Para realização da pesquisa sugere-se a utilização de um modelo conceitual (ver

figura 3) formulado com base no modelo de implementação apresentado por LUCAS JR.

(2006, p. 127).

QUADRO 1 - Variáveis escolhidas para estudo na pesquisa

VARIÁVEIS

INDEPENDENTES

VARIÁVEL

DEPENDENTE

Características do sistema

Características do usuário

Características da organização

USO DOS SOFTWARES

Fonte: Adaptado de LUCAS JR. (2006).

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23

Figura 3 – Modelo conceitual Fonte: Adaptado de LUCAS JR. (2006).

A elaboração do modelo tem o intuito de delimitar as variáveis independentes que

influenciam no uso de softwares.

O modelo sugere que o uso é influenciado pelas características do sistema, do usuário

e da organização. E, também que um determinante relevante do uso, é o interesse pessoal do

usuário nos problemas abordados pelo sistema.

O interesse pessoal é um indicador de quão importante o domínio do sistema é para

um individuo.

As características do sistema se referem à usabilidade do mesmo. As características

do usuário estão relacionadas a idade, gênero, escolaridade, faixa salarial, conhecimento em

informática, e atitude. As características da organização estão associadas ao ramo de

atividade, porte e política organizacional.

2.5 Pontos relevantes para abordagem proposta

2.5.1 Adoção de TI

Existe uma diversidade de modelos teóricos para explicar a adoção da Tecnologia da

informação, tanto no nível individual quanto organizacional. Molla e Licker, (2005 apud

SANTOS, 2007, p. 1) apontam quatro perspectivas teóricas dominantes: gerencial;

organizacional; tecnológica e ambiental.

Características do sistema

USO

Características do usuário

Características da organização

Interesse pessoal do

usuário

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Dentro dos limites de cada pressuposto, essas principais correntes teóricas são úteis

para explicar a adoção de TI. Mas, como o processo de adoção de TI é, em sua maioria,

complexo, esse precisa ser estudado dentro de uma perspectiva interacionista, combinando

diferentes lentes teóricas.

De acordo SANTOS (2007), a adoção de TI vista como um processo é apresentado

por Cooper e Zmud (1990, apud SANTOS, 2007, p.5) em um modelo de seis fases: iniciação,

adoção, adaptação, aceitação, rotinização e infusão.

Também, segundo SANTOS (2007), a grande maioria das principais teorias destina-

se somente à análise do individuo, não sendo apropriada para análise de uso em grupos e

organizações. A Teoria da Difusão da Inovação, Modelo “tri-core” de inovação de SI, Modelo

de Difusão e Infusão, Teoria Ator-Rede e Teoria Institucional são exemplos de algumas

exceções. Entre estas, a mais difundida e utilizada nos estudos de Sistemas de Informação é a

Teoria da Difusão da Inovação, demonstrando ser válida e adequada para explicar a adoção de

TI pelas organizações.

A Teoria da Difusão da Inovação considera que quando uma nova idéia surge, ela é

comunicada ao longo do tempo entre os integrantes de um sistema social, os quais reagem de

forma a adotar ou não esta inovação. O processo de comunicação da inovação é geralmente

denominado de difusão, enquanto que o a reação dos indivíduos à inovação pode ser

compreendida como sendo como o comportamento de adoção. Assim, a adoção não acontece

no vazio e está associada ao processo de difusão.

2.5.2 Dificuldades de uso de TI

Segundo SANTOS Jr.; FREITAS; e LUCIANO (2005), para que uma empresa faça

amplo (e bom) uso das tecnologias da informação, precisa haver orientação/estímulo, vontade

política, determinação/liderança, comprometimento, compartilhamento de visões,

planejamento, capacidade de assimilar inovações e consciência por parte de toda a

organização, notadamente da alta administração.

A intensidade de uso e o tipo de TI dependem do setor ou do ramo de atividade das

organizações (indústria, comércio ou serviço) e do grau de competitividade/turbulência do

setor.

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Para Tapscott (1997, apud SANTOS Jr.; FREITAS; e LUCIANO, 2005, p.8), a

adoção de TI possibilita às pessoas fazer mais em menor espaço de tempo, de modo que a

eficiência resulte em economia de tempo que, por sua vez, pode ser reinvestida na eficácia

pessoal.

No entanto, pode haver resistência interna à mudanças, já que diferentes habilidades

tornam-se relevantes na qualificação (ou não) dos indivíduos para as tarefas, levando a um

desequilíbrio na estrutura social existente.

Uma vez que a adoção de TI impacta sobre os indivíduos e sobre os processos

organizacionais, há que se considerar a cultura da empresa. A manifestação maior ou menor

de cada um dos aspectos da cultura implica no grau de aceitação/resistência dos indivíduos e,

conseqüentemente, da organização, à mudança.

Outro ponto a ser considerado, é a disponibilização dos recursos físicos necessários.

Apesar de o custo da TI ser cada vez menor – em função de sua universalização e conseqüente

ganho de escala – e da crescente conscientização de que a TI pode proporcionar redução nos

custos nas organizações, os recursos financeiros necessários para aquisição (ou mudança) da

TI podem impactar significativamente, dependendo do sistema a ser utilizado.

A principal responsabilidade das pessoas de uma organização no exercício de suas

funções é a (antecipação e) solução de problemas e a tomada de decisão (Freitas et al. 2000,

apud SANTOS Jr.; FREITAS; e LUCIANO, 2005, p.9). Nesse sentido, a informação ajuda na

análise, planejamento, implementação e controle, ou seja, contribui para a melhoria do

processo de decisão.

Assim, conforme Martens (2001, apud SANTOS Jr.; FREITAS; e LUCIANO, 2005,

p.9) para a efetiva gestão da TI, é fundamental que seja feita a análise dos custos, dos

benefícios mensuráveis e não- mensuráveis, dos resultados esperados, da realidade

econômica, financeira e político-social da empresa, além de questões sociopolíticas que

podem aflorar decorrentes do impacto da TI implantada.

2.5.3 Usabilidade em Sistema de Informação

A norma de qualidade ISO/IEC 9126 usa o termo usabilidade desde 1991 para

descrever “o esforço necessário para utilizar o software e para o julgamento individual deste

uso por determinado conjunto de usuários” (WINCKLER, 1999, p.14)

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A aceitação de software está diretamente relacionada à satisfação do usuário durante

a utilização do mesmo. Dessa forma, a interface com o usuário é parte fundamental dos

sistemas de informação. Para Ferreira e Leite (2003, p.115) por ser a parte visível do software,

por meio da qual os usuários se comunicam com os sistemas para executarem suas tarefas, é

preciso que ela seja amigável, ou seja, de fácil utilização e que atenda as expectativas e

necessidades de seus usuários.

Um sistema orientado para a usabilidade possui uma interface que deve ser usada

para se executar uma tarefa sem chamar nenhuma atenção para si, de modo a permitir que os

usuários não precisem focalizar a sua energia na interface em si, mas apenas no trabalho que

eles desejam executar (Norman, 1986, apud FERREIRA E LEITE, 2003, p. 117).

De acordo com Yed (1984, apud FERREIRA E LEITE, 2003, p.117) a construção

de sistemas que levam em consideração aspectos relacionados às características dos usuários e

à qualidade do software, é um processo difícil. As razões dessa dificuldade são diversas, mas

a pouca atenção dada à definição de requisitos, primeiro passo no desenvolvimento de um

software, pode ser considerada como sendo uma das principais. Por ser a etapa inicial, ela

possui forte impacto na qualidade do desenvolvimento em si e do produto final, ou na falta

dela.

Ferreira e Leite (2003) afirmam que os requisitos não funcionais, entre eles os de

interfaces, dizem respeito à qualidade do sistema, descrevem as suas facilidades e são

diretamente ligados a aspectos negligenciados da Engenharia de Software, que são os fatores

humanos. A desconsideração desses fatores na definição de requisitos, conforme Yeh (1984,

apud FERREIRA E LEITE, 2003) e Chug (1995, apud FERREIRA E LEITE, 2003) constitui

uma das principais razões da insatisfação do usuário com relação a um produto.

Segundo Pressman (1992, apud Ferreira e Leite 2003) agrupa os requisitos não

funcionais desejáveis em uma boa interface em duas categorias: requisitos relacionados à

exibição de informação e à entrada de dados.

. Requisitos Relacionados à Exibição da Informação: . Consistência; . Feedback; . Níveis de habilidade e comportamento humano; . Percepção humana; . Metáforas; . Minimização de carga de memória; . Classificação funcional dos comandos; . Projeto independente da resolução do monitor.

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27

. Requisitos Relacionados à Entrada de Dados: . Mecanismos de ajuda; . Prevenção de erros; . Tratamento de erros.

Winckler (1999) afirma que alguns autores associam a usabilidade aos princípios: a)

facilidade de aprendizado; b) facilidade de lembrar como realizar uma tarefa após algum

tempo; c) rapidez no desenvolvimento de tarefas; d) baixa taxa de erros; e) satisfação

subjetiva do usuário. A usabilidade também pode ser entendida como qualidade de uso da

interface. Embora as definições para o termo variem conforme o autor pode-se entender a

usabilidade como um conjunto de métricas ou características com as quais é possível medir a

qualidade da interação do usuário com a interface.

Também segundo o mesmo autor (1999, p. 12) quando a usabilidade no software é

alcançada ela pode ser medida em aspectos tais, como: psicológicos (satisfação dos usuários

durante a utilização do sistema), gerenciais (ganho de produtividade) e econômicos (menor

custo de treinamento dos usuários).

Segundo Nielsen (1993, apud WINCKLER,1999, p. 30), conhecer os usuários

compreende identificar suas diferenças individuais, suas tarefas atuais, desenvolver uma

análise funcional das tarefas e considerar a evolução dos usuários. Características como

experiência de trabalho, nível de instrução, idade, experiência com computadores, auxiliam na

definição da complexidade da interface para os usuários. Algumas como idade e sexo são

fáceis de serem observados enquanto outras como a memória espacial, habilidade de

raciocínio e estilos de aprendizado não são tão óbvias.

Entretanto, conhecer o usuário é uma atividade complexa. Por duas razões: primeiro,

porque envolve a compreensão de características inerentes ao ser humano como o

funcionamento da memória, o processo cognitivo e limitações físicas de percepção do

ambiente. E, segundo, porque requer a compreensão das diferenças entres os indivíduos como

personalidade, aspectos culturais, lingüísticos e grau de conhecimento, entre outros.

A atividade de conhecer o usuário pode levar à descoberta de características que se

repetem dentro da população de indivíduos, identificando assim padrões de comportamento

ou perfis. Com base no estudo destes perfis é possível desenvolver modelos de usuários para

compreender as diferenças individuais. Modelos sobre perfis dos usuários ajudam a

compreender as diferenças individuais e são peças-chave para a personalização. Devido à

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complexidade de representação das características do ser humano existem inúmeros perfis,

que refletem características diferentes dos usuários. (WINCKLER, 1999, p. 33).

Em sua tese, Winckler (1999) apresenta os tipos psicológicos dos usuários, o modelo

é baseado nas teorias de Carl Jung (1875-1961), segundo o qual, as pessoas expressam suas

preferências por alguns comportamentos mais do que por outros e podem ser classificadas em

tipos psicológicos por suas preferências, características individuais, hábitos e iniciativas.

Pela classificação de Jung, existem 16 tipos psicológicos representados pela

combinação de 4 pares opostos. Winckler ressalta que esta classificação é utilizada para

descrever características individuais de personalidade em função de padrões de

comportamento, mas de fato não existem duas pessoas com a mesma personalidade.

Também apresenta o modelo de grau de experiência dos usuários. O grau de

experiência é um modelo de usuário bastante difundido, que representa a experiência em

relação a três dimensões: a) sistema e interface; b) uso de computadores em geral; e c)

domínio da tarefa. Este é um modelo evolucionário que acompanha o aprendizado do usuário

e que, independente do estágio ou grau de experiência em que se encontre, todo usuário já foi

algum dia - em maior ou menor grau - um novato.

A experiência no domínio de conhecimento do sistema também conta. Com usuários

especialistas, pode-se utilizar terminologia especializada e maior densidade de informações na

tela. Contudo, a velocidade de aprendizado é uma característica individual que também se

modifica entre os usuários e que, com o passar do tempo, diminui as diferenças entre eles.

E, o modelo de canal de comunicação, baseado no trabalho de Orth (1993) que

propõe técnicas oriundas da Programação Neurolingüística (PNL) para personalizar a

interface.

Conforme, Winckler a PNL enfatiza que todo o aprendizado humano está baseado

em experiências realizadas através dos sentidos: visão, audição e cinestesia (tato, olfato e

paladar), e que as diferenças individuais correspondem ao canal preferencial de comunicação

de cada indivíduo.

Dessa forma, pode-se utilizar o mesmo canal de comunicação preferencial do

interlocutor para estabelecer um contato mais cordial. A identificação pode ser feita através da

observação dos tipos de palavras processuais (verbos, advérbios e adjetivos), que a pessoa

emprega para descrever sua experiência.

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3. METODOLOGIA

3.1 – Caracterização da pesquisa

Esta pesquisa pode ser definida como exploratória descritiva. A pesquisa, segundo

Tripodi (1981, p. 32) é do tipo exploratória descritiva, tendo em vista que pretende verificar

quais são as variáveis que influenciam no uso de softwares comercias, segundo adaptação do

modelo de implementação de sistemas (LUCAS JR, 2006, p.127). A abordagem ao problema

de pesquisa é do tipo quantitativa.

3.2 – População e amostra

O universo dessa pesquisa foram as lojas do Shopping Midway Mall. A população

interna compreendeu os gerentes das 262 lojas do Shopping Midway Mall.

Entretanto, devido a grande quantidade de lojas e gerentes, não foi possível trabalhar

com todos, sendo assim, optou-se por selecionar uma amostra da população.

A amostra é não probabilística, por conveniência. A amostra selecionada

correspondeu a 15% da população o que equivaleu a 41 estabelecimentos comerciais.

3.3 – Dados e instrumentos da coleta

Os dados primários foram obtidos pelo próprio pesquisador através de questionários.

O questionário foi elaborado com base nas variáveis associadas com estudos de

implementação (LUCAS JR, 2006, p.127) e, em ampla revisão da literatura sobre os fatores

que contribuam na intensidade do uso de sistemas de informação.

Para coleta dos dados foram aplicados 41 questionários a amostra populacional. O

instrumento de coleta foi aplicado aos gerentes das lojas do Midway Mall, em outubro, do

corrente ano.

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3.4 – Tratamento estatístico e forma de análise

Após a coleta dos dados, os resultados obtidos foram transferidos para o programa

Excel para o tratamento estatístico dos dados. O tratamento estatístico teve por objetivos a

obtenção dos percentuais e verificar a existência ou não de relações de dependência entre

algumas das variáveis em estudo.

A análise dos resultados foi realizada de forma quantitativa e os mesmos foram

apresentados graficamente.

3.5 – Estudo piloto

Após a elaboração da primeira versão do questionário, realizou-se uma verificação

do questionário elaborado observando se as perguntas e os conteúdos estavam abordados

corretamente.

Aplicou-se um pré-teste com 10 pessoas, para que estas avaliassem o instrumento de

pesquisa quanto a sua forma redacional: ao conteúdo, a estrutura e a linguagem; e também

apresentação visual.

O teste piloto foi avaliado por alunas do mestrado, graduandos, professores e

gerentes. O resultado foi utilizado para aperfeiçoar o questionário. Foram realizadas

alterações na estrutural redacional de algumas questões e melhoramento na disposição visual

do questionário conforme sugerido.

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS

Os resultados abaixo apresentados foram obtidos após tabulação dos dados coletados

por meio de questionário. A pesquisa foi realizada entre o dia 15 e 30 do mês de outubro do

corrente ano, aplicou-se 41 questionários estruturados com 19 perguntas. O público-alvo

foram os gerentes de loja do Shopping Midway Mall.

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Para a análise estabeleceu-se as relações entre os dados obtidos, o problema de

pesquisa e a teoria, bem como se utilizou o apoio de recursos como: tabelas e gráficos

elaborados na tabulação.

Procurou-se apresentar os resultados agrupados em blocos como as questões estavam

dispostas no questionário, sendo: 1) perfil do gerente; 2) características da organização 3)

características do software utilizado.

4.1. Apresentação dos resultados relacionados ao perfil dos gerentes

Dos 41 respondentes, 27 (65,85%) eram do sexo feminino e 14 do masculino

(34,15%) (ver Gráfico 1). Entre eles 12(29,27%) eram gerentes de lojas locais; 12 (29,27%)

de lojas direto da empresa e; 17 (41,46%) de franquias.

A média salarial de 58,54% dos gerentes era em torno de 3 a 5 salários mininos

(considerou-se o salário minino na base de R$510,00 reais), a média não diferi entre os sexos.

Gráfico 1: Distribuição percentual dos respondentes por sexo Fonte: Dados da pesquisa O gráfico 2 apresenta a distribuição dos respondentes por faixa etária. Observa-se

que a maioria (43,90%) tem idade entre 28 e 34 anos, mas, entre o sexo masculino a maior

parte (42,85%) tem entre 22-28 anos, entre o sexo feminino a faixa etária predominante é

entre 28 e 34 anos, conforme predominância geral.

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Gráfico 2: Distribuição percentual dos respondentes por faixa etária Fonte: Dados da pesquisa

Quanto ao estado civil, pode-se observar, no geral, um certo equilíbrio entre o

percentual de solteiros (53,65%) e casados (46,35%). Mas, entre o sexo masculino a grande

maioria (71,43%) é de solteiros. Entre o sexo feminino não há significativo percentual de

diferença, 44,44% estão solteiras e 55,55% estão casadas.

No gráfico 3, os respondentes estão distribuídos por nível de escolaridade. Percebe-

se que um percentual significativo possui bom nível de escolaridade. 34,15% possui ensino

superior incompleto, 14,63% ensino superior completo e 9,76% possui pós-graduação.

Gráfico 3: Distribuição percentual dos respondentes por escolaridade Fonte: Dados da pesquisa

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Quando questionados sobre o conhecimento em informática (Windows, Word,

Excel) , 43,90% dos gerentes responderam que tem conhecimento intermediário. Apenas

17,08% responderam possui conhecimento avançado.

Em relação ao grau de relevância atribuida ao uso de sistemas de informação

gerencial, a maioria (85,36%) dos respondentes assinalou entre relevante e totalmente

relevante. E 2,44% respondam pouco relevante. Sobre o grau de utilidade, 68,29% considera

o uso de softwares é muito útil do desempenho das tarefas gerenciais.

A percepção da utilidade dos computadores é diretamente influenciada pelo prazer

em usá-los e pela percepção de que eles são fáceis de ser usados. A influência da resistência

ao uso de computadores sobre a percepção de sua utilidade acontece apenas indiretamente,

como influência negativa da resistência sobre a facilidade de uso.(DIAS, 2000, p.62).

Dos respondentes, 26,83% não possui “nem pouco nem muito” interesse em

desenvolver habilidades sobre o uso de sistemas de informações gerenciais. Entretanto,

65,85% tem muito interesse. Esse significativo percentual é reflexo do grau de relevância

atribuido ao uso e também do grau de utilidade percebido no desempenho das tarefas

gerencias.

Na associação do nível de escolaridade com o grau de relevância atribuído ao uso de

sistemas de informações gerenciais (ver tabela 1), constatou-se que não existe relação

estatística significativa entre essas variáveis. O percentual de respostas entre as alternativas

relevante e totalmente relevante totaliza a maioria da respostas em todos os níveis de

escolaridade.

Tabela 1 – Valores absolutos e percentuais de respostas e resultado da análise bidimensional da variável “relevância do uso de sistema” e escolaridade.

Escolaridade Pouco

relevante Neutro Relevante Totalmente

relevante Total

Ens. Méd. Incompleto 0 (0,00) 0 (0,00) 1 (2,44) 0 (0,00) 1 (2,44) Ens. Méd. Completo 0 (0,00) 3 (7,38) 10 (24,39) 3 (7,38) 16 (39,02) Ens. Sup. Incompleto 1 (2,44) 1 (2,44) 7 (17,07) 5 (12,20) 14 (34,15) Ens. Sup. Completo 0 (0,00) 1 (2,44) 1 (2,44) 4 (9,75) 6 (14,63) Pós-graduação 0 (0,00) 0 (0,00) 2 (4,88) 2 (4,88) 4 (9,75) Qui-quadrado= 9,37 Nível descritivo= 0,43 Fonte: Dados da pesquisa

Também não foram encontradas relações significativas entre a faixa etária dos

gerentes entrevistados com o nível de conhecimento em informática, conforme se observa na

tabela 2 e no gráfico 4.

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Tabela 2 – Valores absolutos e percentuais de respostas e resultado da análise bidimensional da variável “Conhecimento em informática” e idade.

Idade Básico Intermediário Avançado Total

22-28 5(12,19) 6(14,63) 1(2,44) 12 (29,27)

28-34 8(19,51) 8(19,51) 4(9,75) 20 (48,78)

34-40 1(2,44) 2 (4,88) 2 (4,88) 5 (12,19)

40-46 1(2,44) 2(4,88) 0(0,00) 3 (7,32)

46-52 1(2,44) 0(0,00) 0(0,00) 1 (2,44) Qui-quadrado= 5,31 Nível descritivo= 0, 34 Fonte: Dados da pesquisa

Gráfico 4: Distribuição dos respondentes por faixa etária versus conhecimento em informática. Fonte: Dados da pesquisa Para Boynton, Zmud e Jacobs (1994, apud CHIEOCHAN O., D. LINDLEY E

DUNN T., p. 8) o conhecimento da tecnologia da informação por parte dos gerentes é um

fator dominante para explicar o nível de tecnologia da informação utilização nas

organizações. Da mesma forma Cragg, & King (1993, apud CHIEOCHAN O., D. LINDLEY

E DUNN T., 2000, p. 8) observa que a falta de conhecimento dos proprietários é mais forte

fator de inibição

4.2. Resultados referentes as características da Organização

Quanto ao porte da empresa, 46,34% das empresas cujos gerentes responderam a

pesquisa, são de grande porte. 34,15% de médio porte, 12,20 de pequeno. E, 7,32% são

multinacionais.

Conforme Thong e Yap (1995, apud CHIEOCHAN O., D. LINDLEY E DUNN T.,

2000, p. 8) o tamanho do negócio é uma variável importante na determinação do uso de

tecnologia da informação.

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A tabela 3, mostra os valores absolutos e os percentuais da avaliação sobre a cultura

organizacional das empresas. Segundo Burn, Davison & Jordan (1997, apud CHIEOCHAN

O., D. LINDLEY E DUNN T., 2000, p. 8), Straub (1994, apud CHIEOCHAN O., D.

LINDLEY E DUNN T., 2000, p. 8) a cultura organizacional é fator significativo para a

adoção de tecnologia de informação e a utilização.

Tabela 3 – Valores absolutos e percentuais de respostas da avaliação sobre

cultura organizacional

Cultura 1 2 3 4 5 Não Avaliou

Centralizada 2(4,88) 1(2,44) 9(21,95) 10(24,39) 15(36,58) 4 (9,76)

Descentralizada 12(29,27) 10(24,39) 7(17,07) 4 (9,76) 0 (0) 8(19,51)

Burocrática 3(7,32) 5(12,20) 9(21,95) 12(29,27) 6(14,63) 6(14,63)

Desburocratizada 12(29,27) 6(14,63) 11(26,83) 3(7,32) 2(4,88) 7(17,07)

Formal 2(4,88) 5(12,20) 15(36,58) 7(17,07) 6(14,63) 6(14,63)

Informal 8(19,51) 6(14,63) 11(26,83) 5(12,20) 3(7,32) 8(19,51)

Inovadora 1(2,44) 2(4,88) 8(19,51) 11(26,83) 13(31,70) 6(14,63)

Conservadora 11(26,83) 8(19,51) 3(7,32) 7(17,07) 5(12,20) 7(17,07)

Controlistica 5(12,20) 5(12,20) 10(24,39) 10(24,39) 4 (9,76) 7(17,07)

Flexível 1(2,44) 3(7,32) 14(34,15) 6(14,63) 12(29,27) 5(12,20) Legenda: 1 - Discordo totalmente 2 - Discordo parcialmente 3 - Indiferente (nem discordo nem concordo) 4 - Concordo parcialmente 5 - Concordo totalmente Fonte: Dados da pesquisa

Observa-se, com base na tabela 3 que há uma predominância de organizações

avaliadas como centralizadas, burocráticas, formais, inovadoras e flexíveis.

Sobre a exigência da utilização do sistema para realização das atividades gerenciais

70,73% dos respondentes assinalaram positivamente. Mas, apenas 29,27% afirmaram haver

política de incentivo ao uso.

Apesar disso 53,66% dos gerentes, afirmaram que a disposição da empresa em

oferece treinamento, cursos para capacitar os funcionários a usar o sistema. Os cursos

ocorrem com periodicidade anual (22,37%), semestral (22,73%) ou eventualmente (27,27%).

Associando a disposição da empresa em oferecer treinamento com o interesse dos

gerentes em desenvolver habilidades em sistema de informação, percebeu-se que não

significativa relação estatística entre essas variáveis.

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Tabela 4 – Valores absolutos e percentuais de respostas e resultado da análise bidimensional da variável “Interesse em SI”

Disposição da Empresa

Nenhum Pouco Nem pouco nem

muito Interessado Muito Total

Sim 0 (0,00) 0 (0,00) 4 (9,75) 1 (2,44) 1 (2,44) 23(56,10)

Não 0 (0,00) 0(0,00) 7 (17,07) 2(4,88) 9 (21,95) 18(39,02)

Qui-quadrado= 3,58 Nível descritivo= 0, 28 Fonte: Dados da pesquisa

Gráfico 5: Distribuição dos respondentes por grau de interesse em sistema de informação versus disposição da empresa em oferecer treinamento.

Fonte: Dados da pesquisa Yap (1986, apud CHIEOCHAN O., D. LINDLEY E DUNN T., 2000, p. 3) explica

que é difícil estabelecer a verdadeira relação entre a informação tecnologia e organizações.

Porque os fatores organizacionais podem determinar o uso da tecnologia da informação ou a

utilização tecnologia da informação pode influenciar a organização, ou alguma combinação

de ambos.

Uma possibilidade de abordagem é observar as características organizacionais, que

afetam o uso da tecnologia da informação a fim de compreender por que algumas

organizações investem fortemente na informação tecnologia, enquanto outros gastam

relativamente pouco.

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4.3. Resultados relativos ao software utilizado

De acordo com estudo realizado por Donaldo Dias (2000, p.62), sobre os fatores

motivadores e de resistência ao uso de Tecnologia da Informação, os gerentes enfatizam que

“os sistemas de informação devem estar alinhados com o negócio da organização, devem ser

amigáveis, fáceis de acessar, usar uma tecnologia atualizada e serem desenvolvidos com a

participação dos usuários. Os sistemas devem, ainda, atender completamente às necessidades

dos usuários, os quais devem ter amplo conhecimento e adequado treinamento sobre eles.”

Pelos dados obtidos na pesquisa, 65,85% dos respondentes utilizam software em suas

atividades gerencias. Somente 34,15% dos gerentes não responderam e/ou não utilizam.

Quanto ao nome dos softwares utilizados foram citados 17 nomes diferentes, apresentados na

tabela 5. As empresas citadas como fornecedoras são apresentadas na Tabela 6.

Tabela 5 – Valores absolutos e percentuais de respostas dos softwares citados

Software utilizado Nº citações % Linx 5 12,20

RBO 1 2,44

Ecrm 1 2,44

SIS 2 4,88

Degust 1 2,44

Windows 3 7,32

VAN 1 2,44

NatalSoft 2 4,88

Pegasus 3 7,32

Gestor 1 2,44

Dgcom 1 2,44

Inteq 1 2,44

Única informatica 1 2,44

Microsiga 1 2,44

GAL 1 2,44

SIP 1 2,44

Protheus 1 2,44

Não possui/ Não Informou 14 34,15 Fonte: Dados de pesquisa

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Tabela 6 – Valores absolutos e percentuais de respostas das empresas fornecedoras

Empresa Fornecedora Nº citações %

Linx 1 2,44 Adidas 1 2,44 Saraiva 1 2,44 Consist 1 2,44 NI 1 2,44 NTK 1 2,44 Inoados tecnologia 1 2,44 Próprio da franquia 2 4,88 Natalsoft 5 12,20 RM informatica 1 2,44 UNUM 1 2,44 Única informatica 1 2,44 Concinco 1 2,44 Expert´s 1 2,44 Uzy 1 2,44 Totis 1 2,44 Quadrant 1 2,44 Polimort 1 2,44 Não sabe/Não informou 18 43,90

Fonte: Dados da pesquisa

Sobre o tipo de software 75,61% respondeu que é do tipo proprietário- licença de uso

paga. 19,51% não responderam e 4,88% responderam que o software utilizado é do tipo livre

– licença de uso gratuita.

Mas, observando os softwares citados constata-se que esses percentuais não

correspondem à realidade. Um percentual maior de empresas faz uso de softwares do tipo

livre. Esses dados revelam que os respondentes da pesquisa não distinguem ou desconhecem

o tipo de software que utilizam.

A tabela 7 mostra a avaliação dos itens em relação ao software utilizado. Nota-se um

concentração de afirmações entre as respostas concordo parcialmente e concordo totalmente.

Também ocorreu considerável número de afirmações para a resposta indiferente (nem

discordo nem concordo).

Houve baixa freqüência de afirmações a resposta Discordo totalmente. Pode-se

afirmar desses resultados que os respondentes estão satisfeitos com os softwares utilizados.

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Tabela 7 – Valores absolutos de respostas sobre avaliação dos itens do software

utilizado

Item 1 2 3 4 5 Não Avaliou

Linguagem adequada 1 2 5 14 11 8

Número de funções Adequado 1 2 6 16 10 6 Número de passos satisfatório para realização de tarefas

1 1 10 15 8 6

Mensagens de erros informam problema e como resolve

6 4 8 9 8 6

Disposição visual dos comandos excelente 2 1 8 12 11 7

Funções compatíveis com a necessidade da loja 2 2 4 15 12 6

Fácil utilização 1 3 8 10 13 6

1 - Discordo totalmente 2 - Discordo parcialmente 3 - Indiferente (nem discordo nem concordo) 4 - Concordo parcialmente 5 - Concordo totalmente Fonte: Dados da pesquisa

No geral (ver gráfico 6) , o funcionamento do software foi avaliado com bom pela

grande maioria (53,66%). 21,95% avaliaram como muito bom e excelente. Somente 2,44%

como sendo péssimo. O que confirma a avaliação do julgamento dos itens relacionados ao

software utilizado, onde a grande maioria concordou parcial ou totalmente com os itens

julgados.

Gráfico 6: Distribuição percentual da Avaliação geral de funcinamento do software. Fonte: Dados da pesquisa

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Não foram encontradas relações estatísticas significativas entre o sexo dos

respondentes com Avaliação do sistema, conforme se observa na tabela 8.

Tabela 8 – Valores absolutos e percentuais de respostas e resultado da análise bidimensional da variável “Avaliação do sistema”

Sexo Péssimo Regular Bom Muito bom Excelente Não respondeu Total

Feminino 1 (2,44) 4 (9,75) 17 (41,46) 2 (4,88) 1 (2,44) 2 (4,88) 27(65,85)

Masculino 0 (0,00) 3 (7,32) 5 (12,2) 1 (2,44) 3 (7,32) 2 (4,88) 14(34,15)

Qui-quadrado= 5,46 Nível descritivo= 0, 34 Fonte: Dados da pesquisa

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O resultado da pesquisa oferece várias contribuições para o entendimento dos fatores

que influenciam o uso de softwares comerciais por parte dos gerentes de loja do Shopping

Midway Mall. O estudo confirmou que a grande maioria considera relevante e útil o uso de

sistemas de informações no desenvolvimento das atividades gerencias, em especial porque

acham que ela aumenta a qualidade do seu trabalho, e agiliza a execução das tarefas. Mas, os

gerentes não demonstram tanto interesse em desenvolver habilidades quanto ao uso mais

intenso dos sistemas de informação. O estudo também mostrou que os sistemas foram bem

avaliados, e atende aos critérios de usabilidade.

Constatou-se após analise dos dados que a associação entre o nível de escolaridade

com o grau de relevância atribuído ao uso de sistemas de informações gerenciais; a faixa

etária dos gerentes entrevistados com o nível de conhecimento em informática; a disposição

da empresa em oferecer treinamento com o interesse dos gerentes em desenvolver

habilidades em sistema de informação; o sexo dos respondentes com Avaliação do sistema

não existe relações estatísticas significativas entre essas variáveis. Mas, nenhuma delas é

totalmente independente.

Em face dos resultados obtidos, pode-se perceber que uso de software entre os

gerentes de lojas do Shopping Midway Mall é influenciado pelas características do sistema,

do próprio gerente e da organização. Mas, essas variáveis não determinam o uso. A

intensidade de uso é determinada em geral pelo interesse pessoal do usuário. Esse resultado

corrobora com o modelo conceitual elaborado para essa pesquisa

Em função dos resultados obtidos e das considerações da presente pesquisa,

recomenda-se:

As empresas cujos gerentes responderam a pesquisa - Incentivem desenvolvimento

do capital humano de suas organizações promovendo desenvolvimento da capacidade

intelectual através utilização dos sistemas de informação como ferramenta estratégica;

Ofereçam mais treinamentos e estimulem o uso dos softwares.

Aos gerentes – Agreguem valor as atividades gerenciais utilizando-se dos softwares

para obter conhecimento e informações para tomar melhores decisões.

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