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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA A DISTÂNCIA JOSEFA ELIENE SANTOS SILVA LOPES A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL PARNAMIRIM/RN 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE EDUCAÇÃO

CURSO DE PEDAGOGIA A DISTÂNCIA

JOSEFA ELIENE SANTOS SILVA LOPES

A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

PARNAMIRIM/RN

2016

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JOSEFA ELIENE DOS SANTOS SILVA LOPES

A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Relatório Reflexivo apresentado ao

curso de Pedagogia, na modalidade a

Distância, do Centro de Educação da

Universidade Federal do Rio Grande do

Norte, como requisito parcial para

obtenção do título de Licenciatura em

Pedagogia, sob orientação da

professora Ms. Louize Gabriela Silva de

Souza.

PARNAMIRIM/RN

2016

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A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por

JOSEFA ELIENE SANTOS

Relatório Reflexivo apresentado ao

curso de Pedagogia, na modalidade a

Distância, do Centro de Educação da

Universidade Federal do Rio Grande do

Norte, como requisito parcial para

obtenção do título de Licenciatura em

Pedagogia, sob orientação da

professora Ms. Louize Gabriela Silva de

Souza.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________ Ms. Louize Gabriela Silva de Souza (Orientadora)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

_____________________________________________________ Ms. Mônica Karina Santos Reis

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

______________________________________________________ Ms. Fernanda Mayara Sales de Aquino

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a Deus, que é soberano sobre mim, por sua

benção, por estar presente em todos os momentos da minha vida e por ter

iluminando toda essa trajetória.

A minha família que sempre me apoiaram nas horas de angústias e

alegrias.

A todos os professores e colegas que contribuíram para a conclusão

dessa experiência na minha formação acadêmica.

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AGRADECIMENTOS

À Deus, que é razão maior da minha existência, pois sem ele não teria

chegado onde cheguei.

Aos meus pais, pela educação que me deram e pelos ensinamentos que

levarei comigo para sempre, como: valores, respeito, dedicação e apoio em

todos os momentos favoráveis e desfavoráveis. A vocês expresso meus

maiores agradecimentos.

As minhas filhas pela compreensão das minhas ausências.

A todos os meus familiares e amigos que sempre me apoiaram, ficando

ao meu lado quando mais precisei.

As tutoras presenciais (Dalvaneide e Cristiane Torres) que estiveram

presentes ao longo de todo processo, sempre com muita dedicação e

paciência.

A todos os meus professores nesta longa jornada, e em especial a

professora orientadora Louize Gabriela.

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RESUMO

O trabalho de conclusão de curso é um relato de experiência do estágio supervisionado realizado na Escola Municipal Miriam Gomes Rocha Vieira, localizada em Jaçanã/RN, mais especificamente com a turma de Pré I da educação infantil. Tem por objetivo refletir acerca da importância do uso dos jogos como estratégia metodológica para auxiliar na aprendizagem das crianças, de forma lúdica e significativa. No trabalho, a Educação infantil assume um papel fundamental no desenvolvimento intelectual e pessoal da criança. No ambiente escolar a criança compartilha saberes, brinca, se diverte e aprende. O uso e a busca por novas metodologias de ensino são cada vez mais frequentes, visto que a educação se faz em sintonia com as demandas sociais e históricas, renovando-se cada dia. Os jogos educativos surgem como mais uma estratégia de ensino que visa promover uma aprendizagem significativa. Enquanto estratégias de investigação foram utilizadas técnicas de observação participante com registros fotográficos dos jogos e das atividades realizadas durante os jogos. Para realização desta pesquisa foram consultados diversos trabalhos dentre os principais autores destacam-se: Freire (1996), Kishimoto (1997), Oliveira (2002) Paro (2001) e Wajskop (1995 e 2012). Por meio dos resultados obtidos com a aplicação dos jogos ficou evidente o interesse das crianças em aprender brincando. Consideramos que, sem dúvida, as diversas estratégias de ensino-aprendizagem voltadas para a Educação Infantil, enfatizando os jogos, se constituem numa ferramenta interessante e positiva para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social do educando. Palavras-chave: Jogos Educativos; Estratégias de Ensino; Teoria e Prática.

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Abstrat

The completion of course work is a stage experience report overseen held at

the Municipal School Miriam Gomes Rocha Vieira, located in Jacana / RN,

specifically the Pre I class of early childhood education. It aims to reflect on the

importance of using games as a methodological strategy to assist in the

learning of children, in a fun and meaningful way. At work, child education plays

a key role in the intellectual and personal development of children. At school

children share knowledge, play, have fun and learn. The use and the search for

new teaching methodologies are increasingly frequent, because education is

done in line with the historical and social demands, renewing itself every day.

The educational games appear more like a teaching strategy to promote

meaningful learning. While research strategies were used participant

observation techniques with photographic records of games and activities

during the games. For this research were consulted several works among the

main authors are: Freire (1996), Kishimoto (1997), Oliveira (2002) Paro (2001)

and Wajskop (1995 and 2012). Through the results obtained from the

application of the games was evident the interest of children to learn playing.

We believe that, without doubt, the various teaching and learning strategies for

early childhood education, emphasizing the games, constitute an interesting

and positive tool for cognitive, emotional and social development of the student.

Keywords: Educational Games; Teaching Strategies; Theory and practice

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01 Vista frontal da instituição 13

Figura 02 Vista frontal da instituição 13

Figura 03 Área coberta da escola 14

Figura 04 Área descoberta 14

Figura 05 Diretoria 14

Figura 06 Cozinha 14

Figura 07 Sala de informática 14

Figura 08 Sala de AEE 14

Figura 09 Biblioteca 15

Figura 10 Brinquedoteca 15

Figura 11 Jogo da memória 26

Figura 12 Crianças desenvolvendo o pensamento simbólico 26

Figura 13 Crianças em contato com as letras 27

Figura 14 Criança formulando o seu nome 27

Figura 15 Crianças utilizando os blocos lógicos 28

Figura 16 Criança identificando cores e forma geométricas 28

Figura 17 Atividade com o dado pedagógico 29

Figura 18 O trabalho com as letras de forma lúdica 30

Figura 19 Conhecendo e jogando o ábaco 30

Figura 20 Conhecendo e jogando o ábaco 30

Figura 21 Crianças relacionando quantidade com pinos 31

Figura 22 Tangran- socialização do jogo 32

Figura 23 Crianças formando outras figuras geométricas, e observando

as cores.

33

Figura 24 Criança desenvolvendo o seu imaginário, formulando

brinquedo.

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SUMÁRIO

1-INTRODUÇÃO......................................................................................

10

2-MEU CENÁRIO DA PESQUISA: Conhecendo a Escola Municipal

Miriam Gomes Rocha Vieira.....................................................................

13

3-Espaço Físico......................................................................................

14

4-formação da equipe administrativa e pedagógica................................

16

5-Gestão escolar e planejamento pedagógico..........................................

17

6-O lúdico e os jogos na educação infantil..........................

23

7-Relação teoria e prática: momentos de um estágio formativo..........................................................................................

26

8-Considerações finais...................................................................

36

9-Referências....................................................................................

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INTRODUÇÃO

A Educação Infantil assume um papel fundamental em busca de

promover o aprendizado e o crescimento pessoal e intelectual nos mais

diversos aspectos. Seja esses aspectos social, cultural e/ou política, que

transformam e favorecem a construção da identidade da criança. Podemos

dizer que é compreendida pela fase que dura aproximadamente de 0 a 10 anos

de vida.

A educação faz parte de um processo de construção contínuo.

Começamos a aprender precocemente e levamos esse aprendizado por toda a

vida. A partir do que aprendemos, construímos a nossa identidade por meio

dos valores adquiridos, dos novos pensamentos e ideias que vão surgindo e do

senso crítico que se constrói diariamente.

A escola é um local importante em diversos aspectos. Desde muito

novos, ingressamos na escola, onde, muitas vezes, os “valores” ainda estão

sendo construídos. No ambiente escolar o educador deve sempre analisar

como trabalhar com as crianças de forma dinâmica e envolvente, pensando

propostas que comtemplem o movimento, a brincadeira, a imaginação e o

lúdico. Além de trabalhar em coerência com os pilares norteadores da

educação infantil: o educar e o cuidar.

Envolvida por essas discussões busco neste relatório reflexivo narrar as

aprendizagens possibilitadas pelo estágio supervisionado na educação infantil.

Ao refletir sobre este processo, percebo a importância de unir teoria e prática,

uma vez que, é possível articular as discussões e conteúdos aprendidos e

compartilhados na graduação com o cotidiano da escola.

A educação infantil é importante tanto dentro da escola quanto fora dela,

pois a mesma visa o desenvolvimento do aluno como um ser pertencente a um

mundo no qual ele próprio desconhece, prepara-o para que, por meio daquilo

que lhe é apresentado possa construir conceitos relacionado ao seu contexto

real sócio historicamente constituído.

No decorrer da carreira docente pude vivenciar diversas situações

envolvendo o desenvolvimento e o modo de aprendizagem das crianças. O ato

de utilizar jogos como uma ferramenta de ensino merece destaque. Antes de

ingressar na graduação e já trabalhando em sala de aula, utilizava os jogos nas

minhas turmas, porém, hoje, depois de ter cursado pedagogia, percebo que

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fazia uso de jogos como possibilidade apenas de divertir as crianças e não

como uma estratégia que contribui de forma significativa para o aumento do

conhecimento, de forma lúdica, e que auxilia no desenvolvimento cognitivo das

crianças e jovens. Foi pensando neste processo e no meu interesse em

compreender o jogo como uma ferramenta importante e necessária na

educação infantil, desde que utilizado com a finalidade de estimular e favorecer

a aprendizagem dos estudantes e não apenas como diversão, que surgiu o

meu interesse em escrever sobre este tema.

Foi durante o meu período de estágio supervisionado na educação

infantil que pude refletir um pouco mais sobre este processo. No estágio a

junção da prática com a teoria estabelece uma interação positiva, pois ao

associar o conteúdo a uma atividade prática, no âmbito da ludicidade, os

resultados são motivadores. Segundo Paulo Freire (1996) “A teoria sem a

prática vira 'verbalismo', assim como a prática sem teoria, vira ativismo. No

entanto, quando se une a prática com a teoria tem-se a práxis, a ação criadora

e modificadora da realidade”.

O autor discute a necessária relação da teoria com a prática para o

desenvolvimento de uma ação pedagógica contextualizada. Portanto, faz-se

necessário por em prática os conhecimentos teóricos discutidos e

compartilhados na academia e sempre que estivermos concretizando a

docência em sala de aula, precisamos repensar de que forma as teorias nos

ajudam no desenvolvimento de nossa prática pedagógica.

O relatório reflexivo se desdobra cinco capítulos. No capítulo intitulado

“Meu cenário da pesquisa: Conhecendo a Escola Municipal Miriam Gomes

Rocha Vieira” apresento a instituição que realizei meu estágio supervisionado,

a equipe docente e pedagógica, a estrutura física e aspectos relacionados a

gestão e ao planejamento. No capítulo seguinte realizo uma reflexão acerca da

importância do lúdico e dos jogos na Educação Infantil. Em seguida apresento

a relação teoria e prática possibilitada pelo estágio supervisionado e a

importância do educador ter momentos formativos como estes. Neste mesmo

capítulo apresento atividades e jogos que foram planejados por mim e a

professora da turma com o objetivo de trabalhar determinados conteúdos de

forma lúdica e envolvente. Por fim, as considerações finais trago uma reflexão

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sobre a importância da atividade desenvolvidas no estágio para minha

formação.

A seguir apresento a escola onde foi realizado o estágio.

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MEU CENÁRIO DA PESQUISA: Conhecendo a Escola Municipal Miriam

Gomes Rocha Vieira

O estágio foi realizado na Escola Municipal Miriam Gomes Rocha Vieira

na Educação Infantil em nível de maternal. A Escola encontra-se localizada a

Rua Manoel Fernandes s/n, centro no município de Jaçanã, Rio Grande do

Norte. A escolha por esta Instituição de Ensino deu-se em função de oferecer

etapas de Educação Infantil e contemplar as diferentes classes sociais,

entendida como ambiente natural e social da tecnologia, das artes e dos

valores que fundamentam a sociedade, valorizando a escola pública como

lugar privilegiado de implementação de processo educacional. A Instituição

vem ao longo dos anos se modificando e sendo modelada de acordo com as

necessidades, contribuindo com o trabalho significativo na Educação Pública

do município.

A escola atendia o 1º ciclo do ensino infantil e básico até o ano de 2002.

Neste período levava o nome de Centro Infantil Coração da Mamãe. No ano de

2006 passou a ser denominada de Escola Municipal Miriam Gomes Rocha

Vieira. O nome escolhido foi em homenagem a uma pessoa que muito

contribuiu com o desenvolvimento da educação no município.

Atualmente a escola oferece o Ensino Infantil do maternal II para

crianças de 03 anos de idade; o Pré I para as de 04 anos; o Pré II para

crianças de 05 anos e o 1° ano do Ensino Fundamental para crianças com 06

anos. O horário de funcionamento é de 07:00h às 11:30h no turno matutino e

13:00h às 17:30h, turno vespertino. Neste ano de 2016 o programa do governo

federal Mais Educação, perde forças e deixa de ser ofertado.

A escola atende 376 alunos dos quais 17 (dezessete) são portadores de

Necessidades Educacionais Especiais (AEE), sendo 09 (nove) alunos

portadores de DI – Deficiência Intelectual, 02 (dois) com DA – Deficiência

Auditiva, 02 (dois) com TDAH – Transtorno de Déficit Atenção e Hiperatividade,

03 (três) com TGD – Transtorno Global do Desenvolvimento (autismo) e 01

(um) aluno com surdez parcial. A instituição conta com 52 funcionários

distribuídos em diferentes funções. Neste ano de 2016, a escola conta com 28

(vinte e oito) professores.

Como as demais escolas do município, vivemos realidades diversas:

nossa sociedade é plural e com isso nossos estudantes não poderiam ser

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diferentes. A clientela atendida pela escola é bastante diversificada. A maioria

dos alunos são de famílias de baixa renda, muitos moram nos arredores da

instituição e outros ainda residem na zona rural necessitando de transporte da

prefeitura para sua locomoção. As crianças são bolsistas do Programa Bolsa

Família e os seus pais em sua grande maioria são agricultores.

Espaço Físico

A escola é estruturada e organizada propiciando espaço de convivência

e oportunidades para que cada aluno assuma diferentes papéis e diversas

responsabilidades. São estes os espaços: 10 (dez) salas de aula; 01 (uma)

sala multifuncional; 01 (uma) sala de multimeios; 01 (uma) brinquedoteca; 01

(uma) biblioteca; 01 (uma) almoxarifado; 01 (uma) sala de professores; 01

(uma) cozinha ampla com área de serviço; 05 (cinco) banheiros sendo 02

(duas) adaptados as deficiências físicas; 01 (um) banheiro para funcionários;

01 (uma) sala de direção/secretaria/ coordenação/ espaço para material

didático/ limpeza; 01 (uma) área coberta, 01 (uma) ao ar livre. A seguir

exponho fotografias dos diferentes espaços da instituição.

Foto 01 e 02 – vista frontal da instituição

Fonte: acervo da autora

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Foto 03 – Área coberta da escola

Foto 04 – Área descoberta

Foto 05 – Diretoria Foto 06 – cozinha

Foto 07 – Sala de informática Foto 08– Sala de AEE

Fonte: acervo da autora

Fonte: acervo da autora

Fonte: acervo da autora

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Foto 09 - biblioteca

Foto 10 - brinquedoteca

Formação da equipe administrativa e pedagógica

Os profissionais que atuam na escola são: 01 (uma) diretora com

pedagogia e 01 (uma) vice-diretora com pedagogia e especialização em

educação infantil; 01 (uma) supervisora com pedagogia, habilitação em

supervisão educacional e especialização em formação do educador; 01 (uma)

orientadora educacional com especialização, 02 (duas) secretárias com

pedagogia; 03 (três) porteiros com Ensino Médio, 08 (oito) ASG e 02 (duas)

cozinheiras com Ensino Médio.

Para atender a demanda a instituição conta com 28 (vinte e seis)

professores, dividindo-se em pedagogos, com especialização na educação

Fonte: acervo da autora

Fonte: acervo da autora

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infantil. Alguns estão cursando pedagogia e apenas 04 (quatro) possuem

magistério. Na medida do possível, os mesmos estão buscando aprimorar seus

conhecimentos através de cursos, palestras, oficinas e outros.

Gestão escolar e planejamento pedagógico

O modelo de gestão que a escola adota é parcialmente democrática. A

gestão democrática da educação passa a representar a luta pelo

reconhecimento da escola como espaço de politica (OLIVEIRA, 2003),

possibilitando o debate sobre os objetivos educacionais. Além disso, a defesa

da autonomia como possibilidade da participação da comunidade usuária nos

processos decisórios da escola, contribui significativamente para o atendimento

para o desenvolvimento de espaços democráticos na instituição.

A gestão escolar busca sempre envolver toda a comunidade escolar, no

entanto, considero que em determinadas ocasiões falta espaço para o diálogo

envolvendo outros funcionários que compõem a escola, como por exemplo, o

porteiro, os secretários, as merendeiras, os ASGs. É importante a participação

de todos que fazem parte da instituição, uma vez que, os mesmos também

contribuem para o bom funcionamento da escola e precisam acompanhar e

participar das decisões tomadas no coletivo. Para garantir a melhoria da

qualidade do ensino da instituição faz-se necessário que a mesma busque ter

autonomia nas tomadas de decisões, sem ter que recorrer a todo instante a

secretaria de educação e ao poder executivo.

Considero que a gestão democrática é aquela que possibilita aos

sujeitos a participação na tomada de decisões sobre diferentes pontos, com

vistas a melhoria da instituição, além disso, abre espaços de diálogo e faz uso

cotidianos de três elementos que estão interligados: organização, planejamento

e avaliação. Reconheço as dificuldades que uma gestão enfrenta para lidar

com as adversidades surgidas no interior da escola e que muitas vezes, é

preciso obedecer certas regras, porém é necessário recorrer a equipe sempre

que necessário para juntos pensar e criar estratégias dentro das limitações.

A democracia enquanto gestão escolar possibilita aos envolvidos uma

participação ativa no processo decisório da Instituição, proporcionando diálogo

e convivência coletiva, ligados aos alunos, professores, comunidade escolar e

participação das famílias dos alunos, que valoriza a melhoria e qualidade das

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ações e metas atingidas. Esse processo jamais deverá acontecer de forma

isolada “entre os muros da escola”. Nessas ocasiões a gestão escolar

democrática deverá privilegiar o acordo coletivo para além dos muros

escolares.

De acordo com PARO (2001)

Para responder às exigências de qualidade e produtividade da escola pública, a gestão da educação deverá realizar-se plenamente em seu caráter mediador. Ao mesmo tempo consentânea com as características dialógicas da relação pedagógica, deverá assumir a forma democrática para atender tanto ao direito da população ao controle democrático do Estado quanto a necessidade que a própria escola tem da participação dos usuários para bem desempenhar suas funções. (2001,p.99)

A gestão democrática também apresenta como característica a

participação, a cooperação e a comunicação. Quando a instituição apresenta

no seu PPP essa discussão, é o primeiro passo para o desenvolvimento de

ações coletivas onde todos participam efetivamente de uma ação dialética

educativa, com vistas a melhoria da escola. Juntos é possível construir

projetos, pensar estratégias conjuntas, definir ações a médio e longo prazo.

O Projeto Político Pedagógico (PPP), é construído de forma coletiva e

revisto anualmente ou sempre que houver necessidade. Segundo a

supervisora, algumas metas e ações foram alcançadas e outras estão em

processo. Esta proposta é vista como plano orientador das ações da escola

que define as metas que se pretendem obter na aprendizagem e no

desenvolvimento das crianças. É elaborado em um processo coletivo, com a

participação de professores, direção, e comunidade escolar.

Para Veiga o (PPP) Projeto Político-Pedagógico é “fruto de reflexão e

investigação”.

O Projeto Político-Pedagógico exige profunda reflexão sobre as finalidades da escola, assim como a explicitação de seu papel social e a clara definição de caminhos, formas operacionais e ações a serem empreendidas por todos os envolvidos com o processo educativo. Seu processo de construção aglutinará crenças, convicções, conhecimentos da comunidade escolar, do contexto social e cientifico, constituindo-se em compromisso político e pedagógica.(1998,p.9)

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Dessa forma o PPP constitui-se num documento coletivo norteador das

ações pedagógicas e administrativas da unidade escolar, um projeto pautado

na participação coletiva de decisões.

A escola dispõe de regimento escolar e este documento é sempre

utilizado quando necessário. Porém, acredito que deveria estar sempre a

serviço da comunidade escolar, pois se encontra arquivado e guardado em

armários, onde na maioria das vezes apenas a direção tem acesso. Segundo a

mesma esta é uma medida de garantir segurança legítima quanto a

organização dos documentos da escola. Ao tomar conhecimento do documento

é evidente que nem tudo que está escrito é posto em prática.

A escola possui conselho escolar próprio. O mesmo consiste em

democratizar as relações de poder, ou seja, os participantes desse órgão

devem refletir as necessidades, limites e possibilidades de contribuir

significadamente na busca de melhores caminhos. Não existe associação de

pais e mestres. O trabalho com os pais acontece por meio de informações

obtidas em reuniões bimestrais, por salas e também é importante ressaltar que

existe uma parceria entre professor e família. Além disso, a escola mantém

relacionamentos e parcerias com Conselho Tutelar, (Cras) Centro de

Referência de Assistência Social, Secretaria de Saúde e secretaria de

Educação e Cultura.

Em relação aos planejamentos, pode-se afirmar que as reuniões

pedagógicas acontecem quinzenalmente de forma coletiva e os participantes

em geral são: professores e coordenação pedagógica geral do município,

supervisão escolar, diretora e vice-diretora.

Os professores, equipe pedagógica e equipe administrativa da escola

discutem a prática docente, o uso de metodologias, socializam os pontos

positivos e negativos que identificam no seu cotidiano. Vale ressaltar que, os

professores se agrupam por segmentos para a organização do planejamento

semanal, selecionam conteúdos, métodos adequados que contemplam a

diversidade das crianças.

Também estão sendo discutidas metas e ações que visam orientar e

capacitar professores para dar suporte as crianças com necessidades

especiais, uma vez que muitos profissionais não sabem e sentem dificuldade

em trabalhar com essas crianças, ao mesmo tempo que desejam contribuir

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com o desenvolvimento de todas. Os professores reconhecem que a escola

inclusiva é um direito e não um favor. Sem inclusão não existem avanços na

qualidade da educação e não é possível a construção da identidade do sujeito,

uma vez que esta, se constitui através das relações com o outro. Para tais

finalidades conta-se com o auxílio da supervisora escolar, tendo como suporte

norteador o plano de curso anual, também construído com a participação dos

professores, equipe pedagógica e administrativa.

É notório que os planejamentos apresentam discursões e reflexões

fundamentais e vinculados aos princípios éticos, tendo como referências as

orientações do Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil/RCNEI.

Tal documento aponta vários aspectos a serem implantados nas salas de aula,

entre eles, o brincar. Segundo Maluf,

Brincar proporciona a aquisição de novos conhecimentos,

desenvolvem habilidade de forma natural e agradável. Ela é

uma das necessidades básicas da criança, é essencial para um

bom desenvolvimento motor, social, emocional e cognitivo

(2003, p.9).

Vemos que a prática do brincar no cenário escolar infantil proporciona

diversos aspectos indispensáveis para uma formação sólida e completa,

temáticas relevantes discutidos nos planejamentos.

Para o êxito dos planejamentos buscamos também uma aproximação

objetiva aos embasamentos contidos nas orientações das Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, (Resolução nº 5, de 17 de

dezembro de 2009). Neste documento destacam-se as fases das crianças, os

direitos concebidos as mesmas e as concepções de como conduzi-las a um

aprendizado eficaz, considerando a realidade de cada uma e sua inserção ao

meio social e educativo, além disso, reconhece que estão inseridas em culturas

diversificadas e que possuem diferentes formas de aprender/desenvolver-se.

Tais direcionamentos estão atrelados aos planejamentos da escola

analisada, por meio de textos reflexivos, slides, oficinas, entre outros, o que

torna o trabalho pedagógico da equipe mais fortalecido, uma vez que considera

a particularidade das crianças, seus interesses, promovendo a construção de

formação de identidade e autonomia através de diálogo.

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Vale ressaltar que os planejamentos dos professores colocam em pauta

a rotina realizada nas diferentes etapas de ensino, refletindo acerca dos

conhecimentos necessário a cada faixa etária, sempre pensando e construindo

uma proposta pedagógica articulada e contextualizada. Neste sentido, o

planejamento se torna um instrumento pedagógico de formação, no qual, nos

permite repensar nossa prática, trocar experiências com o outro e buscar

construir propostas que tenha por ênfase temática necessária ao

desenvolvimento das crianças. Como afirma Oliveira (2007), planejar é pensar

sobre aquilo que existe, sobre o que se quer alcançar, com que meios se

pretende agir. Logo, a ação de planejar consiste em buscar elementos

fundamentais que possam dar sustentabilidade aos processos educativos da

escola.

Nossos planejamentos sempre consideram que cada criança que chega

a escola traz consigo cultura, conhecimentos e particularidades que passam vir

a ser compartilhadas pelas crianças e professores. É entendido que as

crianças desde muito cedo se fazem construtoras de conhecimento, cultura e

da formação de identidade. Os diagnósticos dos alunos são feitos por meio de

sondagens, como análise de escrita espontânea.

Não podemos deixar de destacar que o cuidar e o educar são polos

complementares, indispensáveis e essenciais para um bom desenvolvimento

de todos. Enquanto professores devemos ter muito claro isso. Para tanto, o

planejamento e organização das rotinas deve levar em consideração estas

questões, bem como a afetividade do processo de ensino-aprendizagem.

Outro fator importante a ser considerado no momento do planejamento é

o lúdico. Entendido como elemento facilitador na construção de conhecimentos

o lúdico promove inovação, criatividade e liberdade. Neste processo, o

professor se apresenta como mediador de conhecimentos e não dono do

saber, como bem ensina Paulo Freire (1996), saber ensinar não é transferir

conhecimentos, mas criar as possibilidades para que se construa

aprendizagem.

Os professores da escola em questão são bastante dinâmicos. Sempre

buscam estratégias para tornar os espaços da escola atrativos e motivadores.

É constante o desenvolvimento e realização de projetos que promovem a

melhoria no ambiente escolar. Os projetos buscam utilizar como ferramenta

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metodológica o trabalho interdisciplinar, com o intuito de fazer dialogar

conteúdos e conhecimentos pertinentes a realidade da comunidade escolar e

para aproximar teoria e prática. A Instituição valoriza o trabalho com projetos

pedagógicos flexíveis de acordo com as necessidades cognitivas e sociais dos

alunos, na tentativa de formar cidadãos leitores críticos, capazes de produzir,

formular opiniões e contribuir com o desenvolvimento da sociedade cada vez

mais plural.

Os professores participam de formação continuada através de

encontros, como jornada pedagógica, cursos onde são inseridas oficinas

variadas e que contemplem todas as etapas de ensino infantil e fundamental I.

O trabalho desenvolvido pela supervisão junto aos professores é muito rico e

dinâmico pois visa garantir a qualidade de ensino e formação dos envolvidos.

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O LÚDICO E OS JOGOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A utilização do lúdico nas salas de aula surge como um recurso que é

interessante e criativo agindo para transformar a educação bem como o modo

de educar. O uso de atividades lúdicas como jogos e brincadeiras gera não

apenas entretenimento, mas, principalmente, estimulam o aprendizado e

desenvolvimento cognitivo da criança.

Os jogos são estratégias utilizadas para aproximar a criança da prática

escolar, e de certa forma, estabelecem uma conexão maior da escola com o

educando. Vale salientar que a utilização de jogos deve ser algo planejado

minuciosamente e que tenham objetivos bem definidos para que de tal forma

possam proporcionar uma aprendizagem significativa. Wajskop (2012) aponta

que:

Ao definir papéis a serem representados, auferindo significados diferentes aos objetos para uso no brinquedo e no processo de administração do tempo e do espaço em que vão definindo os diferentes temas dos jogos, as crianças têm a possibilidade de levantar hipóteses, resolver problemas e ir acedendo, a partir da construção de sistemas de representação, ao mundo mais amplo ao qual não teriam acesso no seu cotidiano infantil.

Dessa forma, o uso de jogos como estratégia de ensino pode ser

considerada uma alternativa interessante no contexto da aprendizagem,

contribuindo positivamente para o desenvolvimento de atividades que visam, a

princípio, fazer com que o educando tenha uma formação transformadora.

Em sala, o professor busca por meio de mecanismos diversos o melhor

caminho para se trabalhar os conteúdos com os educandos. Nesse momento

os professores conseguem identificar não só os interesses como também as

competências, curiosidades e habilidades que a criança apresenta. É

importante destacar e trabalhar com as potencialidades que elas dispõem

utilizando estratégias de ensino que despertam o interesse do aluno, ou seja,

“provocar” situações em que ocorra uma aprendizagem significativa.

Promover a aprendizagem e desenvolvimento da criança, requer um

trabalho sistemático, é necessário levar em consideração a idade e assimilação

do conteúdo à estratégia de ensino empregada, bem como a adequação de

materiais a serem aplicados. Existem várias estratégias que o professor pode

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considerar em sala de aula para o desenvolvimento do trabalho com aluno da

educação infantil. Uma delas é a utilização de jogos como uma estratégia de

ensino.

O jogo oferece o estímulo e o ambiente propício que favorecem o

desenvolvimento espontâneo e criativo dos alunos e permite ao professor

ampliar seu conhecimento de técnicas ativas de ensino, desenvolver

capacidades pessoais e profissionais para estimular nos alunos a capacidade

de comunicação e expressão, mostrando-lhes uma nova maneira, lúdica,

prazerosa e participativa, de relacionar-se com o conteúdo escolar, levando a

uma maior apropriação dos conhecimentos envolvidos.

Para Kishimoto:

O uso do brinquedo/jogo educativo com fins pedagógicos remete-nos para a relevância desse instrumento para situações de ensino-aprendizagem e de desenvolvimento infantil. Se considerarmos que a criança pré-escolar aprende de modo intuitivo adquire noções espontâneas, em processos interativos, envolvendo o ser humano inteiro com cognições, afetivas, corpo e interações sociais, o brinquedo desempenha um papel de grande relevância para desenvolvê-la. (1997. p.36).

Nessa perspectiva a utilização de jogos de forma educativa apresenta-se

não só como forma de entretenimento mas também, e principalmente, tem

significância no processo de construção e reconstrução do conhecimento.

De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação

Infantil (1998), os processos que estão envolvidos durante a brincadeira, como

os sinais, os gestos, os objetos e os espaços representam algo além daquilo

que aparentam, mas do que uma simples brincadeira há nesse mecanismo

estimulações não só físicas, mas também cognitivas.

O processo de ensino-aprendizagem requer mais do que aulas

expositivas. Exige do educador inovação e renovação de didáticas, métodos e

metodologias, uma formação que propicie aos educandos o seu

desenvolvimento intelectual. Para Wajskop,

As teorias psicológicas de desenvolvimento – de Piaget, Wallon, Vygotsky – e pedagógicas – Kergomard, Fröbel, Décroly e os teóricos da Escola Nova – contribuíram para a constituição de uma criança que define socialmente pelo não trabalho e pelo brincar ativo (1995, p. 64).

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A valorização das ações envolvidas no ato de brincar, pelas demais

ciências ocorridas ao longo do tempo, criou um ambiente propicio para

enxergar uma criança que quando está brincando está também aprendendo.

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RELAÇÃO TEORIA E PRÁTICA: MOMENTOS DE UM ESTÁGIO

FORMATIVO

Neste capítulo procuro detalhar as atividades que desenvolvi ao longo

do estágio, apresentando sugestões, propondo melhorias e comentando os

itens, considerados por mim, positivos. Neste processo, utilizei os jogos como

elementos essenciais no processo de ensino aprendizagem, visto que o jogo é

um recurso pedagógico atraente para as crianças e estimula a autonomia das

mesmas. Para tanto, antes de trabalhar com o jogo, procurei preparar as

crianças explicando o passo a passo para que as mesmas viessem entender a

lógica do jogo, suas contribuições e que para jogar é preciso compreender a

diferença entre competição e cooperação.

As atividades desenvolvidas partiram em sua maioria de músicas,

contação de histórias e jogos, sempre articulando a rotina que já existia na

turma. Considero que as atividades desenvolvidas buscavam sempre atender

as necessidades da turma, além de promover a coletividade, a socialização, o

trabalho em grupo.

Vale ressaltar que foi no estágio que busquei sempre dialogar com os

diferentes pensadores que me foram apresentados durante o período da

graduação, visando confrontar e fazer dialogar teoria e prática, sempre com o

foco em analisar o estágio como forma de compreender a cultura, a sociedade

e repensar minha formação.

Nesta perspectiva o estagiário deverá adotar uma formação crítica e

reflexiva capaz de atender uma demanda crescente, atuando e aprimorando os

seus conhecimentos a prática pedagógica, levando os alunos a superar seus

obstáculos recorrendo as ações interativas, lúdicas que promovem uma

aprendizagem prazerosa.

Durante o estágio desenvolvi junto aos alunos atividades que fizeram

uso da ludicidade e que envolvia jogos diversos, das quais destaco a seguir,

apresentando de forma breve os objetivos e como trabalhei com os alunos:

Jogo da memória: Seu principal objetivo está centrado em estimular o

raciocínio rápido e sua coordenação motora, uma vez que este jogo

induz a criança a pensar e agir de forma objetiva. Esse jogo possibilita a

criança desenvolver a inteligência simbólica e por consequência as

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capacidades cognitivas e necessárias na ampliação da oralidade.

Observa-se que as cores fortes das imagens são atraentes para as

crianças e logo no início do jogo elas interagem com as peças do jogo e

com colegas e professora. Dessa forma foi possível observar a

satisfação das crianças em sentirem-se ativas e participantes, e

determinando o interesse pela atividade.

Foto 11: Jogo da memória

Foto 12 – Crianças desenvolvendo o pensamento simbólico

Alfabeto móvel: É um jogo pedagógico ideal para trabalhar a letra

inicial do nome e exercitar a leitura prazerosa. Tem como objetivo

divertir as crianças e auxiliar de forma lúdica a introdução da leitura que

esta presente no cotidiano das mesmas.

Nesta aula procurei estabelecer a relação das letras com o nosso dia a

dia. Propus às crianças uma visita à biblioteca da escola, já que este espaço

Fonte: acervo da autora

Fonte: acervo da autora

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apresenta um bom acervo de jogos pedagógicos e escolhemos juntos uns

jogos com muitas peças. Ao retornar à sala de aula, organizamos um círculo

gigante para que todas as crianças pudessem participar da atividade proposta:

encontrar a letra inicial dos seus respectivos nomes. Neste instante percebei a

autonomia que cada um dos envolvidos foram determinando: pequenos grupos

foram sendo criados e tão logo fui surpreendida ao ver que enquanto algumas

procuravam encontrar uma, duas letras, algumas tentavam ordenar letras que

formulavam seu primeiro nome, fiquei radiante por motivar os pequenos e por

fim percebei que os mesmos sentiram-se desafiados e solicitaram que

repetisse a atividade mais vezes.

Foto 13 – Crianças em contato com as letras

Foto 14 – Criança formulando o seu nome

Blocos lógicos: É formado por um conjunto de peças geométricas

compostas de triângulos, retângulos, círculos e quadrados. Possui 48

peças divididas em três cores amarelo, azul e vermelho. Objetivo:

Auxiliar a aprendizagem das crianças na Educação Infantil. Este jogo

Fonte: acervo da autora

Fonte: acervo da autora

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gera inúmeras atividades, com ele pode-se trabalhar cores, formas,

espessuras (fino e grosso), tamanhos, (grande, médio e pequeno)

oralidade entre outras possibilidades de aprendizagem.

Trabalhei com identificação das peças e seleção de tamanhos e cores e

formação do corpo, bonecos, carrinhos. Foi uma aula dinâmica e satisfatória

quanto aos resultados esperados. Todos participaram interagiram e

compartilharam conhecimentos adquiridos no decorrer da atividade. Após a

aula prática foi realizada uma atividade impressa para comparar os resultados.

Foto 15 – Crianças utilizando os blocos lógicos

Foto 16 - Criança identificando cores e forma geométricas

Dado pedagógico: Tem como finalidade proporcionar as crianças uma

aprendizagem lúdica, contribuindo com o desenvolvimento linguístico de

forma oral ou escrita aprendendo com significado positivo. Permite

Fonte: acervo da autora

Fonte: acervo da autora

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propiciar a interação, introduzir a compreensão de natureza alfabética

das vogais como parte de um conjunto de letras denominado alfabeto.

Tendo em vistas estes objetivos procurei desenvolver atividades de

maneira, individual e coletiva sempre com a mediação da professora, buscando

estabelecer relação do seu cotidiano como, por exemplo, identificando a

letrinha que inicia o seu nome e o do colega, dos pais, brinquedos.

As cores presentes neste dado aproximam as crianças de um conjunto

de práticas e saberes, introduzindo-as no domínio do patrimônio cultural e

artístico, uma vez que pertencemos a um universo de cores. Este foi um

recurso pedagógico que eu mesma produzi, com vistas a atender as

necessidades específicas das crianças, visto que o lúdico torna a

aprendizagem bem mais interessante e aceitável. Entendo que a criança é um

ser histórico que deve participar das interações e de momentos semelhantes as

práticas cotidianas que lhes permite, imaginar, fantasiar, experimentar,

interrogar e construir sentidos sobre a natureza e a sociedade a qual pertence

produzindo cultura.

Foto 17 – Atividade com o dado pedagógico

Fonte: acervo da autora

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31 Foto 18 – O trabalho com as letras de forma lúdica

Ábaco: Este jogo é bastante divertido e foi muito bem aceito pelas

crianças. Todos queriam participar desta forma lúdica de aprender.

Alguns professores consideram que este jogo é adequado para as

crianças maiores de 5 (cinco) anos. Para tanto, fiz algumas adaptações

contemplando o imaginário infantil das mesmas, por meio do lúdico

permitindo a socialização e contribuindo com desenvolvimento e

melhoria do processo de aprendizagem das crianças.

Sugeri que os pequenos formassem grupos separando as peças por

cores e se possível contar quantas peças conseguiu juntar, depois deixei que

eles sentissem desafiadas para reproduzir suas ideias e fazer uso da

criatividade.

Esta atividade teve como objetivo estimular o raciocínio lógico e

apropriar-se de noções matemáticas (mais, menos, igualdade). Considero que

consegui atingir os objetivos alcançados. A atividade gerou entusiasmo nas

crianças e participação coletiva.

Foto 19 e 20 – Conhecendo e jogando o ábaco

Fonte: acervo da autora

Fonte: acervo da autora

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Números com pinos: Este jogo possibilita a criança ampliar as relações

lógicas.

Para o desenvolvimento desta aula foi necessário fazer algumas

adaptações, que visa facilitar o melhor entendimento das crianças nesta faixa

etária. Tão logo o jogo sugerido chamou a atenção das crianças, todos queriam

participar, utilizar as peças e sem nenhum direcionamento foram encaixando os

pinos e percebendo a relação dos mesmos, o que indica total domínio dos

conhecimentos prévios.

Nota-se que as crianças foram as protagonistas do jogo, apropriando-se

das regras apenas pela lógica, criando sozinhos importantes estratégias para

se ganhar o jogo. Desta forma fui analisando cada situação, estabelecendo

diálogo e interação entre eles, por meio de estratégias pedagógicas na

educação infantil.

Observando a cena abaixo é evidente a participação dos mesmos

demonstrando o que sabem sobre o jogo com pinos.

Foto 21 - Crianças relacionando quantidade com pinos

Fonte: acervo da autora

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33 Foto 22 – Tangran - socialização do jogo.

Tangram: É conhecido popularmente como um quebra-cabeça chinês,

que desencadeia vários tipos de atividades. A condução do jogo

depende da necessidade da turma e dos objetivos que o professor

deseja para tal atividade.

Considero que a aula que fez uso deste jogo foi muito proveitosa e

desafiadora para as crianças. Perguntei se as mesmas já conheciam o nome

das figuras e com muita facilidade a grande maioria nomeou o quadrado e o

triângulo, as outras peças não conseguiram identificar, mesmo assim o jogo foi

interessante, pois levou as crianças refletir e descobrirem funções a sua

maneira.

Depois de muito contato com o objeto em pesquisa, realizamos a

atividade. Foi sugerido que separassem as peças da mesma cor, para que

pudessem exercitar suas linguagens, como eixos norteadores das interações e

da brincadeira. A proposta pedagógica desta atividade é dar condições para o

trabalho coletivo e organização de materiais e espaços.

Percebe-se que algumas crianças são mais ativas, participativas e

outras se apresentam tímidas e retraídas, sentindo-se muitas vezes mais à

vontade sozinhas. Isto não significa afirmar que uma sabe mais que a outra.

Para Paulo Freire “Não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferentes”.

O autor refere-se as diferentes formas de aprender, em especial nos

orienta a respeitar o ritmo de cada criança, através de ações pedagógicas

mediadoras de aprendizagens.

Fonte: acervo da autora

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34 Foto 23 - Crianças formando outras figuras geométricas, e observando as cores

Foto 24 - Criança desenvolvendo o seu imaginário, formulando brinquedo.

Estas atividades contribuíram de forma significativa para o fortalecimento

de minha pratica pedagógica, visto que o trabalho com jogos estimulou uma

aprendizagem mais lúdica e envolvente para as crianças. Desta forma, pude

refletir sobre o meu ser/fazer-se professora, no qual percebi o quanto é

importante partir dos interesses dos sujeitos, motivando-os e possibilitando

situações de interação e aprendizagem com o outro e com os objetos que lhes

são apresentados. Além disso, a cada nova atividade e jogo apresentado pude

refletir também acerca de minha prática pedagógica.

Aprendi nestas diversas situações como os jogos, brincadeiras e

músicas permitem as crianças se expressarem por meio das atividades

dirigidas, ampliando suas capacidades motoras cognitivas e sociais. Como nos

orienta o RCNEI (1998),

Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. O fato de a

Fonte: acervo da autora

Fonte: acervo da autora

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criança, desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais (RCNEI 1998, p.22).

Desta forma podemos afirmar que a inserção dos jogos e brincadeiras

estimulou a interação, facilitando todo processo da oralidade e contemplando

diversas áreas de conhecimentos.

Trabalhar com os jogos e o lúdico foi bastante gratificante, uma vez que,

possibilitou as crianças despertar o espírito de coletividade, desenvolver o

raciocínio lógico, ampliar a imaginação, a criatividade, criar e reproduzir os

seus brinquedos e o explorar o meio onde estão inseridos. As crianças em sua

totalidade interagem umas com as outras por meio dos movimentos e ações. A

medida que brincam, jogam e se divertem, também aprendem. Para Queiroz

(2003, p. 22), “aprendizagem é construção de conhecimentos”. O autor refere-

se à desinibição das crianças e o desenvolvimento de habilidades de

aprendizagens geradas a partir dos jogos e brincadeiras.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A graduação foi um passo muito importante para minha formação

profissional, proporcionou-me experiências únicas, quanto ao contato com o

contexto escolar e a vivência das dificuldades e recompensas gratificantes da

profissão. Neste processo formativo pude enxergar mais além, vivenciando os

problemas que ocorrem nas escolas, as dificuldades na educação, na profissão

docente e também com a organização do sistema escolar.

O estágio promoveu a integração do aprendizado teórico adquirido ao

longo do curso com a prática em sala de aula, permitindo-me compreender o

importante papel do professor, o ensinar com qualidade. Pude desenvolver

uma reflexão crítica construtiva que veio fortalecer e abrilhantar a minha

formação profissional pedagógica. Foi uma experiência positiva, permitiu-me

uma aproximação maior da realidade do espaço escolar, criando oportunidade

de relacionarmos teoria e prática, contribuindo assim com formação profissional

dos estudantes e refletindo consequentemente com um aprendizado mais

significativo.

Ensinar, educar, compartilhar conhecimento, aprender com a prática

pedagógica diária é enriquecedor, mesmo com as dificuldades enfrentadas

diariamente pelo professor, sejam nos momentos em que o aluno demonstra

pouco interesse e pouco compromisso com a aprendizagem ou, quando a

turma conversa muito durante às aulas. Apesar das adversidades reconheço as

recompensas concedidas a cada demonstração de carinho dos alunos, o

interesse, a expressão de curiosidade, a cada informação nova. Tudo isso nos

dão motivação suficiente para continuar exercendo a profissão da melhor forma

e gerando bons resultados a cada etapa.

Para finalizar, posso afirmar, que o trabalho com os jogos trouxe

importantes aprendizagens para minha atuação profissional. Em determinados

momentos, percebi que o jogo proposto, tal como o conhecemos, não era

adequado para a faixa etária das crianças e com isso fui fazendo minhas

adaptações, criando, testando, construindo outras possibilidades. Aprendi,

porque tive que buscar, pesquisar, criar. Ingredientes necessários no cotidiano

docente.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação

Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. –

Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes

curriculares nacionais para a educação infantil. – Brasília: MEC/SEB, 2010.

FREIRE, Paulo .Citações de Paulo Freire. Em:

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2016

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática

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KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. In KISHIMOTO,

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Cortez, 1997.

MALUF, Ângela Cristina Munhoz. Brincar prazer e aprendizado. Rio de

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Contemporâneos. 7ª edição. Petrópolis, RJ. Editora Vozes, 2007.

OLIVEIRA, Romualdo de O. e ADRIÃO, Theresa (orgs). Gestão

financiamento e direito à educação: análise da LDB e da Constituição

Federal. 2º ed. São Paulo: Ed. Xamã, 2002. Coleção legislação e política

educacional: textos introdutórios

OLIVEIRA, Romualdo Portela de, Universidade de São Paulo, Faculdade de

Educação e ARAUJO, Gilda Cardoso de, Universidade Federal do Espírito

Santo, Centro de Educação. Qualidade do ensino: uma nova dimensão da luta

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PARO, V. H. Escritos sobre educação. São Paulo: Xamã, 2001.

QUEIROZ, T. D..Dicionário Pratico de Pedagogia. 1.ed. São Paulo: Rideel, 2003.

VEIGA, I. P. A.; RESENDE, L. M. G. (orgs). Escola: espaço do projeto político

pedagógico. Campinas: Papirus, 1998.

WAJSKOP, Gisela. Brincar na educação infantil: uma história que se repete.

9 ed. São Paulo: Cortez, 2012.

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WAJSKOP, Gisela. O brincar na educação infantil. Cadernos de Pesquisa,

92, 62-69, 1995.

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ANEXO

Acervo utilizado para fundamentação teórica: